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Entrevista A osteoporose na odontologia
Reportagem Ano 1 - N° 4 - Maio de 2011
Na era da radiologia digital: economia e praticidade comunicação integrada
Especial
Odontologia estética
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Editorial
Tecnologia, ciência e simplicidade em favor da saúde bucal
M
ais uma vez tenho o prazer de apresentar a nova edição da Odonto Magazine. O quarto número está recheado de assuntos interessantes, onde a ciência e a tecnologia se aliam à consciência e simplicidade em prol da saúde bucal. Em Reportagem, um assunto de última geração: na era da radiologia digital. A Dra. Alessandra Coutinho e a Dra. Crystiane Amorim abordam fatores essenciais, como a produtividade, economia e praticidade vistos como principais benefícios da tecnologia que chegaram ao mercado da odontologia para melhorar o padrão de atendimento. Na Entrevista temos um assunto muito atual. O Dr. Augusto Roque Neto esclarece uma série de dúvidas que pairam sobre a osteoporose na odontologia e nos coloca a par do assunto de uma maneira muito didática. No Espaço Equipe, a Dra. Marina Montenegro fala da recém-regulamentação das profissões: ASB e TSB, fato histórico para a categoria, que ocorreu em dezembro de 2008. Aborda suas atribuições e funções vedadas ao ASB e TSB. Em Relacionamento contamos com a participação da Dra. Adriana Gledys Zink, dentista responsável pelo projeto social “Vila Maria: um caso de amor”. A renomada profissional de saúde bucal apresenta a missão do projeto que auxilia na formação da criança, atuando na forma física, psicológica, odontológica e profissional. Em Ponto de Vista temos o Dr. Hugo Roberto Lewgoy esclarecendo a questão da desinfecção de escovas dentais: uma técnica simples que pode auxiliar na prevenção de muitas doenças. Contamos ainda com três colunas que abordam temas atuais e de extrema relevância: - Patologia Bucal, com os professores doutores Luciano Lauria Dib e Renata Tucci. Os autores discorrem sobre a queilite actínica e a importância do diagnóstico precoce e da prevenção - Periodontia, com o Dr. Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes, que aborda um assunto polêmico com grande propriedade: dentes ou implantes? - Gestão Odontológica, com os doutores Felipe Chibás Ortiz e Claudia Firmino de Freitas. Os autores falam sobre o desafio de administrar na era das novas tecnologias: a gestão odontológica integral. No Especial Estética temos o Dr. Francisco C. Rehder Neto falando sobre o espaço da odontologia estética. Ele apresenta a questão estética como princípio fundamental para qualquer procedimento, porém com ressalvas acerca da prática sem envolvimento com a saúde. Na seção Casos Clínicos mostramos uma diversidade interessante de assuntos: “A aplicabilidade das ortoses no planejamento diagnóstico e tratamento de pacientes com perda de dimensão vertical: relato de caso clínico”, com Dr. Marcelo Bighetti Toniollo, Dr. Daniel Palhares, Dr. Murillo Sucena Pita, Dra. Daniela Aliprandini Dr. Prado Moro, Dr. Renato José Berro e Dr. Wilson Matsumoto. O tema “Clareamento dental pela técnica combinada: Whiteness HP Blue 35% + White Class7 ½% com cálcio” é apresentado pelos doutores Bruno Lippmann, Constanza Odebrecht e Letícia Ferri. Já o caso clínico sobre “Reabilitação total bimaxilar restabelecendo a tríade: função, fonética e estética” conta com a autoria dos doutores Murillo Sucena Pita, Rodolfo Bruniera Anchieta, Wirley Gonçalves Assunção, Eduardo Passos Rocha, Paulo Henrique dos Santos e Vinicius Pedrazzi. Novamente agradecemos a confiança de nossos patrocinadores e o valioso apoio de nosso corpo científico. Agradecemos também a lista incontável de elogios recebidos de profissionais de todo Brasil. Isso nos motiva ainda mais e nos convida a melhorar a cada dia. Desejamos à todos uma excelente leitura!
Edição: Ano 1 • N° 4 • Maio de 2011 Presidência & CEO Victor Hugo Piiroja e. victor.piiroja@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7501 Gerência Geral Marcela Petty e. marcela.petty@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7502 Financeiro Rodrigo Oliveira e. rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7761 Atendimento Geral Natalia Piedade e. contato@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7765 Arte Christian Visval e. christian.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7760 Débora Becker e. debora.becker@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7509 Wesley Costa e. wesley.costa@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7763 Web / Programação Wander Martins e. wander.martins@vpgroup.com.br t. +55 (11) 4197.7762 Editora e Jornalista Responsável Vanessa Navarro (MTb: 53385) e. vanessa.navarro@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7506 Publicidade - Gerente de Contas Vivian Ceribelli Pacca e. vivian.pacca@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7507 Diretora Científica Dra. Lusiane Borges e. lusianeborges@uol.com.br Conselho Científico Augusto Roque Neto, Danielle Costa Palacio, Débora Ferrarini, Éber Feltrim, Fernanda Nahás Pires Corrêa, Francisco Simões, Henrique da Cruz Pereira, Helenice Biancalana, José Reynaldo Figueiredo, José Luiz Lage Marques, Júlio Cesar Bassi, Maria Salete Nahás Pires Corrêa, Marina Montenegro Rojas, Regina Brizolara, Reginaldo Migliorança, Rodolfo Candia Alba Jr., Sandra Duarte, Sandra Kallil Bussadori, Shirlei Devesa, Tatiana Pegoretti Pintarelli, Vanessa Camilo e William Torre. A Revista A Odonto Magazine apresenta ao profissional de saúde bucal informações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importantes feiras e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas. É uma publicação da VP Group voltada para profissionais de odontologia das mais diversificadas especialidades. Conta com a distribuição gratuita e dirigida em todo território nacional, em clínicas, consultórios, universidades, associações e demais instituições do setor. Odonto Magazine Online s. www.odontomagazine.com.br Tiragem: 37.000 exemplares Impressão: HR Gráfica
Dra. Lusiane Borges Diretora Científica
Alameda Amazonas, 686, G1 - Alphaville Industrial 06454-070 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br
4
maio de 2011
Sumário
Maio de 2011 • Edição: 04
pág.
12
Reportagem
16
Entrevista
20
Espaço Equipe
4
Editorial
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Programe-se
8
Notícias
10
Produtos e Serviços
32
Especial Estética
24
Na era da radiologia digital
pág.
A osteoporose na odontologia Enfim, a regulamentação das profissões: ASB e TSB
38
Marina Montenegro Rojas
22
Relacionamento
24
Ponto de Vista
Desinfecção de escovas dentais: uma técnica simples que pode auxiliar na prevenção de muitas doenças
43
Colunistas Patologia
pág.
Luciano Lauria Dib e Renata Tucci 28 30
Casos Clínicos
Reabilitação total bimaxilar restabelecendo a tríade: função, fonética e estética Murillo Sucena Pita, Rodolfo Bruniera Anchieta, Wirley Gonçalves Assunção, Eduardo Passos Rocha, Paulo Henrique dos Santos e Vinicius Pedrazzi
Saúde bucal para todos
Hugo Roberto Lewgoy
26
16
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A aplicabilidade das ortoses no planejamento diagnóstico e tratamento de pacientes com perda de dimensão vertical Marcelo Bighetti Toniollo, Daniel Palhares, Murillo Sucena Pita, Daniela Aliprandini Prado Moro, Renato José Berro e Wilson Matsumoto
48
Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes
Clareamento dental pela técnica combinada: Whiteness HP Blue 35% + White Class7 ½% com cálcio
Gestão
Bruno Lippmann, Constanza Odebrecht e Letícia Ferri
Periodontia
Felipe Chibás Ortiz e Claudia Firmino de Freitas
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Normas para publicação maio de 2011
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Programe-se
Maio
devidamente preparada e desenvolvida por grandes profissionais das áreas específicas (cursos, palestras e simpósios).
OdontoBrasil 2011 24 a 27 de maio de 2011
A 7ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Odontologia - oferece uma diversificada amostragem do que existe de mais novo em produtos, equipamentos e serviços para clínicas, consultórios odontológicos e laboratórios de prótese. É uma excelente oportunidade para que a indústria fornecedora contate diretamente os profissionais da área odontológica e distribuidores, promovendo negócios e relacionamentos. O evento permite que os profissionais de odontologia possam vivenciar novas experiências. Juntas, Hospitalar e OdontoBrasil formam o maior evento de saúde da América Latina.
São Paulo - SP www.hospitalar.com.br
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Cuiabá – MT www.abomt.com.br
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2º Neodent International Congress
O evento promovido bianualmente pela SOBRAPE – Sociedade Brasileira de Periodontologia contará com especialistas, clínicos e estudantes interessados nas áreas de periodontia e implantodontia, e suas relações com as demais áreas da saúde. Trata-se de oportunidade ímpar para a veiculação e discussão da pesquisa mundial sobre temas que compõem a literatura científica desta área do conhecimento, asseguradas pelo nível de excelência dos ministradores convidados, nacionais e internacionais. Permite, também, efetuar intensa divulgação dos avanços tecnológicos do setor, criando oportunidades para que a indústria e o comércio odontológicos, do Brasil e exterior, possam mostrar o desenvolvimento de novos produtos e serviços.
Salvador – BA http://periodontologia.com.br
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Junho 6º Congresso Odontológico do Mato Grosso 02 a 04 de junho de 2011
Com o tema central: “Conhecimento: valorização profissional”, o evento contará com uma programação científica especializada,
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maio de 2011
21 a 24 de agosto de 2011
O evento contará com uma programação científica impecável, e será palco da comemoração dos 10 anos da Ortopedia Funcional dos Maxilares como especialidade odontológica.
Termas do Rio Quente - GO www.cbofm.com.br
16 a 18 de junho de 2011
O evento contará com nomes da odontologia mundial na área da implantodontia, e será uma grande oportunidade para a troca de informações e experiências entre palestrantes, congressistas, estudantes, profissionais e demais interessados na área. Serão realizadas mais de 150 atividades científicas nacionais e internacionais, entre elas: conferências, simpósios, fóruns científicos, painéis científicos, mesas-redondas, empresas expositoras, conferências sequenciais, fórum de tecnologia aplicada e cursos de imersão nacionais e internacionais.
Curitiba – PR
(45) 3025-2121
XXIV Congresso Brasileiro de Peridontologia 25 a 28 de maio de 2011
V Congresso de Ortopedia da CBOFM
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Setembro 1º Congresso Internacional de Odontologia da ABO-SP – CINOSP 04 a 07 de Setembro de 2011
O congresso contará com 80 dos mais renomados professores, clínicos e pesquisadores da odontologia internacional e nacional que apresentarão as mais recentes tendências, técnicas inovadoras e os últimos lançamentos em materiais e equipamentos.
São Paulo - SP www.abosp.org.br/cinosp
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Julho
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FDI Annual Dental World Congress
20º Congresso Internacional de Odontologia do Rio de Janeiro - CIORJ 20 a 23 de julho de 2011
Com um público estimado de 55.000 participantes, o CIORJ apresentará riquíssimo conteúdo científico, além de grandes oportunidades de negócios.
Barra da Tijuca – RJ www.ciorj.org.br
14 a 17 de setembro de 2011
“Novos Horizontes da Saúde Oral” é o tema do programa científico do congresso. Além do programa científico, a feira comercial paralela ao congresso apresentará centenas de expositores de todo o mundo. A experiência ficará completa com uma visita turística aos inúmeros pontos de interesse do México, a começar pela famosa cozinha e espólio cultural.
Cidade do México – México ***
Agosto Congresso Odontológico da Paraíba 04 a 06 de agosto de 2011
O evento contará com conteúdo científico ministrado por renomados profissionais das mais diversas especialidades da odontologia.
João Pessoa – PB www.abopb.com.br
www.fdi2011.org
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16º Congresso Internacional de Odontologia de Goiás - CIOGO 21 a 24 de setembro de 2011
Serão mais de 1.000 horas de atividades científicas distribuídas entre cursos internacionais, nacionais, integrados, ‘hand’s on’, conferências, videoconferências internacionais, fóruns acadêmico, científico e clínico, painéis, simpósios, temas livres e reuniões paralelas.
Goiânia – GO ***
www.ciogo.com.br
Notícias A saúde bucal na infância A proporção do número de crianças de 12 anos livres de cáries no Brasil aumentou de 31% para 44% nos últimos sete anos, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal divulgada recentemente pelo Ministério da Saúde. Isso significa que 1,4 milhão de crianças não possuem dentes cariados atualmente. Para manter estes índices, que colocam o Brasil no grupo de países com baixa prevalência de cáries, é fundamental a prevenção por meio de uma escovação eficiente, de consultas regulares ao dentista, da utilização de produtos que higienizam a boca e de dieta adequada. Segundo o odontopediatra e professor universitário Luis Fernando Medeiros, os cuidados devem começar mesmo antes do nascimento, ainda na gestação. “O desenvolvimento do paladar está ligado à dieta da gestante, por isso, o consumo exagerado de açúcar pela mãe desperta o gosto por alimentos açucarados na criança. Além disso, a alimentação balanceada da mulher durante a gestação com carnes, frutas, verduras, cereais, leite e seus derivados é importante para o bom desenvolvimento dos dentes do bebê”. No primeiro ano de vida, a amamentação é primordial, não só pelo aspecto nutricional e afetivo, mas também por ser um ato que estimula o desenvolvimento correto da face, prevenindo problemas de oclusão (mordida). Também, nos primeiros 12 meses é recomendado o início das visitas ao dentista. “Mesmo antes da chegada dos primeiros dentes, os pais
devem ser orientados sobre todos os aspectos que envolvem a manutenção da saúde bucal do filho, como métodos de limpeza da boca e dos dentes, controle de açúcar, cuidados com a mamadeira de uso noturna, uso correto de produtos fluoretados e também sobre hábitos nocivos ao bom desenvolvimento da arcada dentária, como a sucção do dedo ou da chupeta”, diz o dentista Bruno Lippmann, consultor técnico da FGM Produtos Odontológicos, empresa brasileira que dispõe de uma linha de produtos para odontopediatria, como flúor em espuma, verniz e materiais restauradores. Com o nascimento dos primeiros dentinhos, é hora de retirar gradativamente a mamadeira e introduzir alimentos sólidos na dieta, que incentivam os movimentos mastigatórios. A mãe deve se habituar a fazer a higiene diária, inicialmente nos dentes anteriores com uma fralda ou
gaze umedecida em água limpa (fervida ou filtrada) ou ainda com uma dedeira de silicone. Caso observe durante o ato da limpeza qualquer alteração, como o aparecimento de manchas brancas sobre a superfície do dente, por exemplo, deve agendar visita com o odontopediatra. Quando surgem os dentes posteriores, é recomendável o uso de escovas dentais massageadoras. “Como o próprio nome diz, elas massageiam e escovam a gengiva e os dentinhos, proporcionando uma perfeita higiene bucal e alívio ao bebê, pois diminuem a irritação e a coceira comuns nessa fase”, afirma Gerson Grohskopf, coordenador da área de Higiene Bucal da Condor. Em crianças com até cinco anos, o flúor é determinante para impedir lesões de cárie. Ainda nesta fase, a escovação deve ser supervisionada por um adulto, que deverá colocar uma pequena quantidade de creme dental na escova (proporcional a um grão de arroz) no sentido transversal às cerdas. Outra recomendação é motivar a criança a cuidar da boca e dos dentes. “Trata-se de um processo multiplicador pois o pequeno dissemina os ensinamentos entre os familiares, o que é muito importante no processo de prevenção”, conclui a dentista Constanza Odebrecht, também consultora técnica da FGM e professora da Faculdade de Odontologia de Joinville (Univille). www.fgm.ind.br www.condor.ind.br
Cirurgiões-dentistas de todo o mundo ajudam o Japão O terremoto que atingiu a costa do nordeste de Honshu, no Japão, ocorreu às vésperas de um dos mais importantes eventos da ciência odontológica internacional, o 89º Congresso da Associação Internacional de Pesquisa Odontológica. Isso fez com que a comunidade acadêmica, associativa e profissional de odontologia do Japão recebesse a solidariedade de cirurgiões-dentistas de todo o mundo. No Japão, várias equipes estão prestando cuidados às vítimas das enchentes. Para conseguir mais ajuda para o país devastado, o site da Associação de Odontologia Americana, publicou matéria com diversas informações sobre o envolvimento das associações odontológicas japonesas no enfrentamento das consequências do terremoto. A Federação Dentária Internacional (FDI) também iniciou uma campanha para arrecadar fundos para auxiliar a Associação Japonesa de Odontologia na recuperação dos serviços odontológicos nas áreas devastadas. Mais informações podem ser obtidas por meio do site www.jda.or.jp/en/index.html. As doações podem ser realizadas pelo página online: www.fdiworlddental.org/content/help-japans-recovery-efforts
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Notícias SUS apresenta novos tratamentos odontológicos Os brasileiros passam a ter duas novas opções de tratamento odontológico oferecidos pelo Programa Brasil Sorridente: ortodontia e implante dentário. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil 2010), 35% da população brasileira possui alguma disfunção que necessita de tratamento ortodôntico. “Esses novos tratamentos serão ofertados, na medida em que os serviços forem sendo implantados nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs). As Equipes de Saúde Bucal (ESB) farão a busca e a identificação dos casos prioritários, que serão encaminhados aos CEO’s para realizarem os tratamentos indicados”, explica o coordenador de
Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca. Somente em 2010, o Programa Brasil Sorridente investiu R$ 710 milhões em ações de saúde bucal. Com a inclusão dos novos procedimentos, a previsão de investimento total para 2011 é de um acréscimo de R$ 134 milhões. Atualmente, são mais de 20,4 mil ESB presentes em 4.829 municípios brasileiros. Depois de avaliados, os pacientes que tiverem necessidade de implante ou aparelho ortodôntico serão encaminhados para algum dos 853 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) em funcionamento em todos os 26 estados e no Distrito Federal. Por meio dessa ação, o governo federal
ampliará a assistência em saúde bucal para mais 1,15 milhão de brasileiros em 2011. www.saude.gov.br
Atendimento odontológico diário nas unidades de terapia intensiva O Instituto Central do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP passou a adotar o atendimento odontológico diário nas unidades de terapia intensiva (UTI). A iniciativa tem como objetivo prevenir e remover os focos de infecções bucais ativos que possam comprometer o quadro clínico geral do paciente, especialmente daqueles que estão intubados e em ventilação mecânica. A boca é uma das portas de entrada para infecções, principalmente a respiratória. Se não estiver limpa, facilita a proliferação das bactérias já existentes, além da colonização por outras bactérias, principalmente as que já se encontram no ambiente da UTI. De acordo com a diretora da Divisão de Odontologia, Paula Peres, as visitas são importantes para o diagnóstico e tratamento de infecções orais agudas e oportunistas, como abscesso dentário (pus na gengiva), traumas na língua e nos lábios, placa bacteriana, herpes, candidíase oral, entre outras patologias. Outra medida foi o treinamento da equipe de enfermagem sobre a importância da higiene oral e de como realizá-la, além da padronização da técnica. Até o momento, 400 profissionais foram treinados pela odontologia. O Centro Odontológico da Divisão de Odontologia do ICHC reúne todas as especialidades no mesmo local: atendimento ao paciente com necessidades especiais, bucomaxilofacial e dor orofacial. Fonte: Agência USP
Técnica para conter perda óssea revoluciona a odontologia Um novo tratamento para conter a perda óssea promete revolucionar a odontologia e os enxertos feitos a partir de bancos ósseos e a extração do próprio paciente. A proteína morfogenética tipo 2 (BMP-2) induz a transformação das células-tronco em novas células ósseas. A técnica reduz em 80% o tempo de recuperação dos antigos procedimentos, é menos invasiva e dispensa internação. De acordo com o especialista Daniel Vasconcellos, que já utiliza o novo tratamento, as BMPs são fundamentais para a formação óssea e para o desenvolvimento do esqueleto ósseo. Além disso, a proteína pode ser utilizada com segurança e previsibilidade
quando há necessidade de reparação óssea. A solução ainda usada na maioria dos consultórios odontológicos é o enxerto ósseo autógeno, feito por meio de materiais artificiais, banco de ossos, que são ossos, tecidos e órgãos doados por pessoas falecidas, ou com ossos do próprio paciente, obtido de outra região da boca ou o osso da bacia, chamado osso ilíaco. Porém, este procedimento requer internação hospitalar, além de causar desconforto durante a remoção e aplicação, aumentando a morbidade da cirurgia e o desconforto pós-operatório, que pode durar em torno de seis meses. A perda óssea acontece por inúmeros fatores, o mais comum é a falta de higiene
bucal, que leva à inflamação crônica na gengiva e que, dependendo do caso, avança para a raiz. Para resolver este problema, o procedimento mais comum é o enxerto ósseo na região afetada. Fonte: Isaude
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Produtos e Serviços Nova opção para tratamento ortodôntico estético A Dentsply acaba de lançar o sistema de alinhadores ortodônticos estéticos Essix Clear Aligner, primeiro produto de ortodontia da empresa no Brasil. Diferente dos alinhadores transparentes disponíveis no mercado, esse sistema possibilita que o ortodontista tenha total controle sobre a produção do aparelho, propiciando maior agilidade no tratamento, menores custos, e total estética ao paciente. Além disso, o exclusivo material polimérico de última geração tem total transparência e precisão, aceitando repetidos ajustes realizados com alicates especiais aquecidos. A Dentsply oferece cursos de credenciamento em todo o Brasil para que os profissionais interessados no produto aprendam sobre o sistema. Mais informações sobre a funcionalidade e sobre os cursos podem ser obtidas pelo site: www.dentsply.com.br/hotsite/essix
Equipamento de última geração para endodontia O localizador apical Joypex 5 possui alta precisão com a mais recente tecnologia utilizada para medição de comprimento de canais dentários, e tem a função primordial de fazer a leitura do comprimento real de trabalho quando da aproximação da zona de constrição apical. A avançada tecnologia do equipamento permite o fornecimento de leituras precisas na presença de hipoclorito de sódio, anestésicos, álcool, EDTA, sangue, pus, bem como na presença de tecido necrótico. O painel em LCD é retrátil e mostra a posição da lima por meio de gráficos e números ao mesmo tempo. O localizador apical é distribuído com exclusividade no Brasil pela Endo Smart. www.endosmart.com.br
Artes Médicas lança livro sobre distâncias biológicas periodontais Em Distâncias Biológicas Periodontais – princípios para a reconstrução periodontal, estética e protética, o doutor em periodontia, Euloir Passanezi, aborda os componentes estruturais que determinam a manifestação do comportamento fisiológico do sulco gengival. A obra se destaca por oferecer ao dentista e demais profissionais (cujo campo de atuação exija tais conhecimentos) uma abordagem completa do assunto, baseada na ampla experiência do autor. Passanezi conta com a contribuição de outros especialistas para mostrar como os fatores que representam a saúde das estruturas responsáveis pela preservação dos dentes são afetados por comprometimentos a partir dos dentes ou do próprio periodonto. O texto ainda traz as abordagens que são feitas para mostrar como as implicações desses procedimentos desenvolvidos podem favorecer alguns aspectos da reconstrução por implantes osseointegrados. O tema é completamente original e o único internacionalmente. São 10 capítulos, somando mais de 300 páginas de conteúdo, nas quais as ilustrações se destacam pela técnica e objetividade. www.artesmedicas.com.br
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Produtos e Serviços Câmera com monitor Cristófoli: intra e extra oral O equipamento possui excelente definição de imagem e foco automático, auxilia na aprovação de orçamentos e otimiza o atendimento. Não é necessária a instalação de software e as imagens podem ser salvas diretamente no computador. A câmera da Cristófoli é sem fio e vem acompanhada de monitor, cartão de memória, adaptador de cartão de memória, leitor de cartão de memória, cabo conector, cabo extensor e carregador de bateria. www.cristofoli.com
Novo fotopolimerizador sem fio A Olsen Indústria de Equipamentos Odontomédicos, em parceria com a Schuster, lançou o Fotopolimerizador sem Fio, o único no mercado com duas baterias removíveis, permitindo ações longas e intermitentes. O equipamento pode ser acoplado ao seu consultório odontológico por meio de um exclusivo suporte, permitindo mobilidade e facilitando o procedimento realizado. A ausência de fios e suas ponteiras de fotopolimerização em fibra ótica orientada, autoclavável e com giro de 360º proporcionam mais conforto e ergonomia para os cirurgiões-dentistas. O equipamento possui um timer de cinco, 10, 15 ou 20 segundos, com um bip sonoro no final da operação, o que promove maior controle dos procedimentos. www.olsen.odo.br
Técnica revolucionária transforma sorrisos de forma indolor Antes
Depois
Antes
Depois
Está chegando ao Brasil uma nova técnica na área de odontologia estética, criada pelo dentista nova-iorquino Marc Liechtung há mais de oito anos. O Snap on Smile, produzido nos Estados Unidos, é uma prótese removível desenvolvida a partir de técnicas não invasivas. O paciente não sente dor, não há necessidade de anestesias, nem de motor para desgastar os dentes e nem de longas sessões na cadeira do dentista. Em apenas duas consultas, um novo sorriso pode ser estabelecido. O Snap on Smile é feito de uma resina acetil cristalizada especialmente projetada para ter alta resistência e durabilidade. O produto é uma alternativa para a correção cosmética de sorrisos, seja pelo escurecimento, espaçamento entre dentes ou até mesmo para substituição de elementos dentais perdidos. Além disso, pode ser usado em substituição de próteses parciais removíveis ou provisórias sobre implantes e ainda para o aumento da dimensão vertical, garantindo um rosto mais jovem e amenizando até marcas de expressões existentes no semblante do paciente. Outra vantagem do produto é a possibilidade de acesso aos pacientes que, por problemas de saúde ou falta de tempo, não têm condições de fazer um tratamento mais longo ou mesmo àqueles que têm alergia a substâncias anestésicas, por exemplo. Segundo a empresa Lumident, representante exclusiva no Brasil, o produto já está sendo usado por mais de 20 mil pessoas nos Estados Unidos. As informações sobre o procedimento e sobre a empresa podem ser obtidas por meio do site: www.lumident.com.br
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Reportagem
Na era da radiologia digital Produtividade, economia e praticidade são os principais benefícios da tecnologia que chegou ao mercado da Odontologia para melhorar o padrão de atendimento.
Por: Mariana Tinêo
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radiologia digital não é propriamente uma novidade. Foi desenvolvida há cerca de 20 anos. Chegou no Brasil na década de 1990, mas sua comercialização começou a ocorrer mesmo a partir de 2000. Apenas recentemente, de 2008 para cá, os dentistas brasileiros passaram a apostar nessa tecnologia para incrementar a qualidade do atendimento ao paciente, otimizando a rotina de seus consultórios. Mas por que tanta demora em absorver o sistema de radiologia digital? São duas as explicações: o alto custo dos equipamentos para a nossa realidade e a necessidade de importação, por meio de representantes comerciais, pois nenhuma empresa nacional produz os equipamentos informatizados. Hoje o cenário continua praticamente o mesmo: os equipamentos ainda são importados e o preço não mudou muito, gira em torno de R$ 10 mil. Mas, os dentistas descobriram que a relação custo/ benefício do investimento é bastante positiva. De acordo com a Dra. Alessandra Coutinho, dentista radiologista, coordenadora do Centro Radiológico da EAP/APCD Central e consultora científica da Scientific Dental - distribuidora da Carestream Dental (antiga Kodak), agora a radiologia digital veio mesmo para ficar. “Os principais benefícios do uso do sistema digital são: praticidade no dia-a-dia, aumento da produtividade (economia de tempo), otimização do diagnóstico e a possibilidade de melhor comunicação entre o profissional e seu paciente, e também entre os próprios dentistas, porque fica bem mais fácil enviar as imagens para compartilhar opiniões e discutir casos.” Além disso, a Dra. Alessandra cita a redução do tempo de exposição do paciente à radiação, comparando com o sistema convencional. Ela ressalta que com o sistema digital intrabucal a redução do tempo da exposição do paciente à radiação é de até 90%, dependendo do equipamento gerador de raios X. No caso de sistemas extrabucais, a redução fica em torno de 30%. “Se o profissional colocar todo o investimento no papel, verá que o custo não é tão alto. Basta lembrar que não precisará mais de filme, de produtos químicos (revelador, fixador), nem de arquivos em papel, e ainda gastará menos tempo no processo. Vale a pena! Já fiz umas contas e vi, que dependendo do volume de radiografias que o dentista faz por dia, só com a economia feita, o investimento se paga em menos de um ano. Lembrando que o profissional também pode, aliás deve, cobrar a radiografia do paciente.” Para a Dra. Crystiane Amorim, endodontista, a tendência é que no
futuro todos os métodos radiográficos se tornem digitais. “Fiquei no dilema, considerando se adquiria ou não o sistema de radiologia digital. Porém, após vários testes e algumas utilizações resolvi abandonar o uso de filmes radiográficos e o processo químico de revelação e fixação e decidi pelo sistema digital. Com ele, além da redução imediata de custos durante os procedimentos e a otimização do tempo de trabalho, em comparação com a técnica de radiografia periapical convencional, tive uma série de outras vantagens, como a simplicidade operacional, e a consequente rapidez de diagnóstico.” A dentista comenta ainda que com a radiografia digital há melhor visualização dos problemas odontológicos, por meio do aumento das dimensões das estruturas ósseas e das possíveis alterações patológicas. “Com a técnica digital temos menor dose de radiação - comparada com a técnica convencional -, mas sem o comprometimento da qualidade da imagem, ou até mesmo com melhora da visualização de detalhes”, acrescenta. Existem dois tipos de sistemas de radiologia digital: » Sistema digital direto: Há um sensor digital conectado por cabo a um computador. Assim que os raios X são emitidos a imagem aparece na tela do computador. O sensor é composto por uma placa captadora cuja tecnologia é o CCD ou CMOS ou Super CMOS, dependendo do fabricante, geralmente protegida por uma fibra ótica, evitando a deterioração da imagem e conferindo uma vida útil ilimitada. » Sistema digital indireto: são utilizadas placas de fósforo fotoati vadas, sensores finos (como se fosse um filme radiográfico convencional), sem cabo, que depois de expostas a radiação são colocadas em um scanner de leitura a laser, que gera as imagens na tela do computador. É um processamento eletrônico da imagem. Esse sistema é um pouco mais caro que o direto. No entanto, as radiografias podem ainda ser digitalizadas, ou seja, o filme radiográfico pode ser scaneado e assim digitalizado. O que facilita na hora de arquivar e compartilhar as imagens. “O sistema digital direto é mais indicado para consultórios odontológicos. Já o sistema indireto é melhor aproveitado em clínicas radiológicas e universidades, devido ao grande volume de radiografias. Existem várias marcas comerciais de equipamentos digitais no mercado e o profissional deve avaliar bem na hora de optar pela compra”, orienta a Dra. Alessandra.
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Reportagem
Fique atento Se você está interessado em adquirir um sistema de radiologia digital preste atenção em alguns detalhes, que segundo a Dra. Alessandra, fazem a diferença na hora da escolha do equipamento e podem ajudar a garantir a satisfação do seu investimento: » Observe o nome da empresa que vende o equipamento, veja se há confiabilidade. Verifique se ela disponibiliza assistência técnica de fácil acesso. Como os sistemas são importados, existem muitos representantes comerciais que desaparecem do mercado e você pode ficar na mão. » O tipo de tecnologia do equipamento é importante: CCD, CMOS ou Super CMOS. Também é fundamental verificar se o sensor digital tem a proteção da fibra óptica. Isso o vendedor não costuma comentar. Então, pergunte! Essa proteção é que vai garantir a vida longa do seu sensor. » O software é outro item a ser avaliado. Precisa ser de interface amigável, ou seja, fácil de mexer. » Pergunte ainda sobre o número de pares de linha, que está diretamente ligado a resolução da imagem (definição da imagem). Quanto maior o número de pares de linha, melhor será a resolução da imagem. Para se ter uma ideia, o filme convencional gira em torno de 14, 16 pares de linha por milímetro. Os sensores diretos de última geração gira em torno de 20 pares de linha por milímetro, até ultrapassam a resolução espacial do filme. » Observe se a imagem do sistema lhe agrada, isto é, se é bem definida ou se é pixelizada (cheia de pontinhos), principalmente quando é observada com zoom.
Desvendando a tecnologia Falar em tecnologia de ponta pode parecer complicado. Mas, na prática, os sistemas de radiologia digital foram desenvolvidos para serem manejados com facilidade por seus usuários. A princípio o dentista não precisa de nenhum curso para poder trabalhar com seu equipamento, embora a empresa que o vende seja responsável por ministrar treinamento. “Os sistemas digitais são de simples instalação. O próprio dentista pode fazer isso, se quiser. Ou pode pedir suporte e treinamento para a empresa que vendeu o equipamento”, explica a Dra. Alessandra. Claro que após a instalação do equipamento e as devidas orientações técnicas, existe um período de adaptação do sistema à rotina do consultório. “Toda tecnologia demanda uma fase de aprendizagem. Vamos lembrar que o sensor intrabucal direto tem uma espessura maior, tem o cabo, ou seja, o dentista precisa aprender a lidar na rotina. Mas com a prática, isso deixa de ser uma dificuldade e passa até a ajudar no posicionamento”, afirma a Dra. Alessandra. Na opinião da consultora, a informatização do sistema não é uma barreira para os dentistas, nem mesmo para aqueles menos familiarizados com questões tecnológicas. A simplicidade do manejo
Curiosidades » A radiologia convencional existe há mais de 105 anos. Foi descoberta em 1895, pelo físico alemão Wilhem Conrad Röentgen. » A radiologia digital foi introduzida no meio odontológico em 1987, em Geneve, quando o dentista e inventor francês Francis Moyen demonstrou o primeiro sistema de radiografia digital intraoral. » No Brasil, a tecnologia chegou no início da década de 1990. » Estudos sobre os benefícios da radiologia digital, comparadas com a radiologia convencional podem ser encontrados na biblioteca virtual – Bireme: www.bireme.br » O valor jurídico das radiografias digitais ainda é uma questão polêmica, devido a possibilidade de manipulação das imagens, porém, já existe a certificação conferindo autenticidade ao arquivo digital.
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dos equipamentos facilita a adesão dos profissionais a essa nova realidade. “No último congresso de odontologia que participei, em janeiro, percebi que muitos profissionais estão aderindo ao sistema digital de imagens. Alguns até me confessaram que não sabem como viviam sem ele até agora. Realmente, a tecnologia faz diferença no nosso dia-a-dia.” Em relação ao investimento, saiba que é possível utilizar o gerador de raios X convencional, que você já tem no consultório, com a nova tecnologia digital intrabucal de imagens. Mas atenção: é indicado que seu equipamento tenha menos de 10 anos de uso. O equipamento de raios X convencional precisa ser compatível com o sistema digital. Sendo assim, é preciso ter um bom gerador de raios X (70 kV) para garantir a qualidade das imagens. Interligar um equipamento moderno a um gerador ‘velhinho’ não é uma boa ideia. Se você ficou interessado, não perca tempo. Faça contatos, pergunte aos colegas, busque informações e peça para fazer testes. Ganhar tempo e praticidade, hoje em dia, vale ouro.
“Os sistemas digitais são de simples instalação. O próprio dentista pode fazer isso, se quiser. Ou pode pedir suporte e treinamento para a empresa que vendeu o equipamento”
Dra. Alessandra Coutinho
“Fiquei no dilema, considerando se adquiria ou não o sistema de radiologia digital. Porém, após vários testes e algumas utilizações resolvi abandonar o uso de filmes radiográficos e o processo químico de revelação e fixação e decidi pelo sistema digital”
Dra. Crystiane Amorim
Entrevista
A osteoporose na odontologia A doença que atinge principalmente as mulheres na fase da pré e pós-menopausa ganhou espaço nas discussões promovidas pelos cirurgiões-dentistas. A entrevista com o Dr. Augusto Roque Neto apresenta a osteoporose no âmbito odontológico.
Por: Vanessa Navarro
Dr. Augusto Roque Neto Cirurgião-Dentista formado pela FOUSP. Especialista em Dentística Restauradora. Mestre em Clínicas Odontológicas pela FOUSP. Professor Adjunto das disciplinas de Odontogeriatria e Dentistíca Restauradora da Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo. Autor do livro: “Bases Clínicas em Odontogeriatria”, da Editora Santos.
Odonto Magazine - Como a osteoporose se manifesta no âmbito odontológico? Dr. Augusto Roque Neto - A osteoporose é uma doença metabólica crônica e progressiva que altera a integridade estrutural do osso, podendo manifestar sintomas no sistema maxilomandibular. Ela se caracteriza por uma queda na produção dos hormônios progesterona e estrogênio. Os sinais mais comuns, aos quais o profissional deve estar atento, são: a reabsorção óssea do rebordo alveolar e a redução óssea alveolar, sem que haja motivo local para causá-las. Na literatura, basicamente, são citadas dois tipos: » Tipo I primária: é aquela pós-menopausa e que leva à intensa reabsorção óssea. »Tipo II primária: caracteriza-se por uma menor formação óssea.
Odonto Magazine - Qual é a população mais vulnerável à osteoporose odontológica? Dr. Augusto Roque Neto - A população feminina é mais vulnerável. Estudos mostram que principalmente as mulheres brancas e orientais na fase pré e pós-menopausa são as mais acometidas pela doença. Engana-se quem acha que os homens não possam apresentar osteoporose, ela ocorre em aproximadamente 18% da população masculina contra quase 60% das mulheres.
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Entrevista
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Estudos mostram que as mulheres brancas e orientais na fase pré e pós-menopausa são as mais acometidas pela doença Dr. Augusto Roque Neto
Conclui-se, então, que a osteoporose se apresenta em ambos sexos, com predominância do sexo feminino a partir da quinta década de vida, quando os sinais e sintomas da menopausa e andropausa começam a se manifestar.
Odonto Magazine - Como é possível identificar o paciente vítima de osteoporose odontológica? Dr. Augusto Roque Neto - Raramente um paciente terá o diagnóstico de osteoporose odontológica, ela vai ser mais uma manifestação de um quadro geral. Salientamos que, na maioria das vezes, os diagnósticos são feitos quando existe uma fratura, sem motivo relevante. O profissional deve atentar principalmente a idade do paciente e relatos de perdas de elementos dentários. Na literatura existem citações do paciente acusar dor nas gengivas ou mesmo de mobilidades dentárias sem causa aparente, como contatos dentários com sobrecarga ou de doença periodontal presente. Outra causa citada é o uso de corticoides por tempo prolongado, o qual pode causar ou desenvolver a osteoporose. O hipertireoidismo também é uma causa frequentemente citada como fator de agravamento da osteoporose, assim como a quimioterapia. Outra forma possível é o da mensuração da densidade óssea.
Odonto Magazine - Que outras patologias bucais podem ser desenvolvidas a partir da osteoporose odontológica? Dr. Augusto Roque Neto - As patologias mais frequentemente relatadas são as de agravamento de doenças periodontais e possibilidade de fraturas por deficiência de massa óssea.
Odonto Magazine - Como o profissional de odontologia deve proceder ao iniciar o tratamento de tal doença que afeta também a saúde bucal do paciente? Dr. Augusto Roque Neto - Deve existir uma mão dupla entre o médico e o cirurgião-dentista. Muitas vezes pela avaliação de uma radiografia panorâmica somada com outros sinais, como idade e perdas de elementos dentários sem
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causa aparente, o cirurgião-dentista pode indicar ao paciente a procura de um médico, e este traçar um tratamento mais eficaz ao problema, ficando a critério do profissional indicado, junto com o paciente, encontrar a terapia mais apropriada no caso, geralmente um estudo das necessidades de uma reposição hormonal.
Odonto Magazine - Existem estudos científicos para abordar o tema na odontologia? Dr. Augusto Roque Neto - Existem muitos estudos científicos abordando o tema osteoporose e a odontologia, principalmente nas áreas de implantodontia, onde a qualidade óssea é de fundamental importância para o êxito do tratamento, assim como na periodontia e cirurgia. Os grupos de estudo, principalmente os da FOUSP e da FOUNESP, são grandes fornecedores de trabalhos de pesquisa. A radiologia odontológica, com a melhoria técnica das tomadas panorâmicas, vem sendo de grande auxílio como meio de diagnóstico.
Odonto Magazine - Qual é a relação direta entre a osteoporose, a menopausa e a doença periodontal? Dr. Augusto Roque Neto - Existe uma relação direta entre a osteoporose, menopausa. Não podemos nos esquecer da andropausa e da doença periodontal. Com a perda ou diminuição do osso alveolar existe mais quantidade de espaços dentários abertos com consequente acúmulo de placa, muitas vezes de difícil limpeza e controle por parte do paciente, estando assim, aberto um foco de desenvolvimento ou agravamento do quadro de doença periodontal.
Odonto Magazine - Como o cirurgião-dentista deve tratar o paciente neste momento de mudanças fisiológicas e psicológicas? Dr. Augusto Roque Neto - Neste momento delicado da vida do paciente, afinal as transformações são mais aparentes e muito mais drásticas do que na puberdade, o profissional de saúde deve servir de orientador ao paciente, Tentar, na medida de seu conhecimento, esclarecer as dúvidas. Lembre-se que não é demérito para ninguém não saber resolver ou explicar todas as questões. Neste caso, o cirurgião-den tista deve procurar se orientar com outros profissionais, afinal tudo é um grande aprendizado para todos.
Odonto Magazine - Existe algum treinamento específico para o profissional de odontologia interessado em se especializar no tema? Dr. Augusto Roque Neto - O profissional pode participar dos grupos de estudo citados anteriormente, mas não existem cursos de especialização focados estritamente na área da osteoporose. A doença é sempre discutida como tema de fundamental importância, principalmente nas áreas de periodontia, cirurgia e implantodontia, pois os resultados dos tratamentos dependem da qualidade óssea e da orientação profissional para manutenção adequada do quadro de osteoporose.
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Enfim, a regulamentação das profissões: ASB e TSB
Marina Montenegro Rojas Cirurgiã-Dentista. Membro da Diretoria da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD Pinheiros) e da Coordenação do Projeto Odontocomunidade – CIOSP. Cirurgiã- Dentista do Programa Saúde da Família da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Docente da Equipe Biológica nos Cursos para Auxiliares - APCD e ABO. Consultora em Odontopediatria do site “multiplos.com.br”. marinamr2006@gmail.com
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omo já vimos em outras edições, a atividade odontológica não está restrita somente à consulta ou procedimento realizado pelo cirurgião-dentista. Há uma série de funções e atribuições da equipe auxiliar que asseguram tratamento adequado com biossegurança, organização e otimização do tempo. Em 1952, o antigo Sesp - Serviço Especial de Saúde Pública começou a formar auxiliares de higiene dental (AHDs) nos programas de odontologia escolar em Aimorés (MG) e Baixo Guandu (ES) para cuidarem da educação e prevenção em saúde bucal, uma vez que os dentistas se sobrecarregavam com o tratamento cirúrgico-restaurador. Além disso, os AHDs os auxiliavam nas atividades clínicas. Em 1966 a Lei Federal 5.081 regulamentou o exercício da odontologia no Brasil. Em 1975, o Conselho Federal de Educação (CFE) aprovou a formação de auxiliares de consultório dentário (ACDs) e técnicos em higiene dental (THDs), mas somente em 1984 é que o Conselho Federal de Odontologia (CFO) aprovou o exercício dessas profissões. Finalmente a Lei 11.889, sancionada em 24 de dezembro de 2008, regulamentou o exercício de Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) e de Técnico em Saúde Bucal (TSB), em todo o país. É importante ressaltar as principais funções e atribuições de cada categoria, reduzindo multas, infrações éticas e processos civis, além de organizar o atendimento clínico e ações educativas da melhor maneira possível. Para consultar as leis e resoluções na íntegra, consulte os sites: » http://cfo.org.br/legislacao/leis-federais » http://www.planalto.gov.br/ccivil_lei11889
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Auxiliar de saúde bucal (ASB) - anteriormente denominado ACD Sempre sob supervisão do CD ou do TSB: orientar sobre higiene bucal; marcar consultas; preencher e anotar fichas clínicas; organizar arquivo e fichário; controlar o movimento financeiro; revelar e montar radiografias intrabucais; preparar o paciente para o atendimento; auxiliar no atendimento ao paciente; instrumentar o CD ou o TSB junto à cadeira operatória; manipular materiais de uso odontológico; selecionar moldeiras; confeccionar modelos em gesso; aplicar métodos preventivos para controle da cárie dental e executar limpeza, assepsia, desinfecção e esterilização do instrumental, equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho. Técnico em saúde bucal (TSB) - anteriormente denominado THD Compete, sempre sob supervisão direta do CD: participar do treinamento do ASB e dos programas educativos de saúde bucal; realizar levantamentos e estudos epidemiológicos, como coordenador, monitor e anotador; educar e orientar pacientes sobre prevenção e tratamento de doenças bucais; supervisionar, sob delegação, o trabalho dos ASBs; fazer tomada e revelação de radiografias intrabucais; realizar teste de vitalidade pulpar; remoção de indutos, placas e cálculos supragengivais; aplicar selante, cariostático e flúor; inserir e condensar materiais restauradores; polir restaurações; realizar limpeza e antissepsia do campo operatório, antes e após os atos cirúrgicos; remover suturas; confeccionar modelos e preparar moldeiras. Um CD pode trabalhar com até cinco TSBs.
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Só poderão exercer a profissão os portadores de diplomas ou certificados que atendam às normas do Conselho Federal de Educação. Não poderão exercer suas atividades de forma autônoma ou prestar assistência direta ou indiretamente sem a supervisão do cirurgião-dentista e, no caso do auxiliar, a supervisão também do técnico. É vedado realizar propaganda de seus serviços, mesmo em revistas, jornais e folhetos especializados da área odontológica. O projeto ainda prevê punição para os cirurgiões-dentistas que permitirem que técnicos e auxiliares em saúde bucal sob sua supervisão e responsabilidade extrapolem suas funções específicas. Nesse caso, o cirurgião responderá pelo erro perante os Conselhos Regionais de Odontologia, conforme a legislação em vigor. Em 11 de novembro de 2010, a resolução do CFO-107/2010 instituiu o “dia do técnico e auxiliar de saúde bucal” na data de 24 de dezembro, marco para a equipe auxiliar pela promulgação da Lei nº 11.889. Uma curiosidade: o dia do dentista é comemorado em 25 de outubro porque nesta data, em 1884, foi criado o primeiro curso de graduação de Odontologia do Brasil (no Rio de Janeiro e na Bahia). A equipe auxiliar - ASB e TSB - é fundamental principalmente para os serviços públicos de atenção primária em saúde (unidades básicas de saúde, prontos-socorros... além da Estratégia Saúde da Família), nos quais a promoção e educação em saúde são essenciais. A regulamentação da profissão trouxe benefícios ao SUS, inclusive com aumento
de contratações de novas equipes de saúde bucal. Iniciativas do governo federal, como o Programa Saúde na Escola, também serão beneficiadas com a atuação das equipes nas escolas, impulsionando a atual e bem-sucedida Política Nacional de Saúde Bucal. Ainda não se sabe como será o desenvolvimento dessas profissões no Brasil. Mas é muito importante o trabalho em sincronia, tanto em ações coletivas quanto ações individuais, em consultórios particulares ou em postos de saúde e hospitais. A equipe auxiliar precisa entender o papel e a função de cada um, realizando apenas atividades de sua competência, ainda que em muitos casos sejam induzidos ou “obrigados” a realizar procedimentos não pertinentes à sua categoria, além de condições salariais e de trabalho insatisfatórias. Devem se valorizar para serem valorizados. Por outro lado, é fundamental o respeito, a colaboração e a compreensão com os dentistas, criando um vínculo realmente de parceria e não de competição e de falta de cooperação. Isso vale também para a relação entre técnicos e auxiliares ou dentistas. Estes, por sua vez, devem respeitar e incentivar cada vez mais seus auxiliares, proporcionando-lhes condições de trabalho para que realizem plenamente seu potencial profissional, trazendo para a atenção básica ou consultório a possibilidade de realização de um amplo conjunto de atividades hoje não realizadas ou simplesmente remetidas para outros níveis de atenção. A regulamentação proporcionará, enfim, a composição de equipes de saúde bucal efetivamente integradas às equipes de saúde.
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Relacionamento
Saúde bucal para todos Com uma década de existência, o projeto social Vila Maria: um caso de amor foi criado para prestar atendimento gratuito às crianças carentes da região da vila Maria, em São Paulo. A entrevista com a Dra. Adriana Gledys Zink, cirurgiã-dentista voluntária do projeto e especialista em atendimento odontológico para pacientes com necessidades especiais, apresenta o trabalho realizado pelos nove profissionais de saúde bucal que participam voluntariamente do programa. Por: Vanessa Navarro
Dra. Adriana Gledys Zink Docente da Especialização para Pacientes Especiais da APCD. Dentista voluntária do Projeto Social “Vila Maria: um caso de amor”. Mestranda da Unicsul. Possui consultório particular para atendimento aos pacientes especiais.
Odonto Magazine - Quando e como surgiu o projeto social Vila Maria: um caso de amor? Dra. Adriana Gledys Zink - O projeto social Vila Maria: um caso de amor foi criado pela Escola de Samba Unidos de Vila Maria, em 2001. O projeto foi iniciado com a escolinha de futebol para captar, por meio do esporte, o primeiro público-alvo: as crianças. A ideia principal era tirar as crianças das ruas e arrumar uma atividade para ocupar o tempo quando não estivessem na escola regular. Em seguida, a clínica de psicologia iniciou um trabalho - também voluntário - com essas crianças, pois muitos fazem parte de famílias sem estrutura, algumas com dificuldades de aprendizado, de relacionamento e até comportamento. Depois foi criado departamento de fisioterapia, devido às contusões que eles tinham em jogos e treinamentos, e, finalmente, a iniciativa de montar um consultório odontológico, em parceria com a Associação Brasileira de Odontologia (ABO). As crianças necessitam de atendimento odontológico para melhorar o desempenho em todas as outras áreas, pois uma criança com dor de dente ou qualquer outro foco de infecção bucal não tem um bom desempenho no aprendizado e nem nos relacionamentos com os colegas. Durante a anamnese também identificamos alguns casos que necessitam de atendimento médico, e encaminhamos essas crianças ao posto de saúde da
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região. Muitas nunca haviam aferido a pressão arterial. Costumamos realizar este procedimento periodicamente, encaminhando alguns pacientes com alterações de P.A. ao posto de saúde para avaliação e acompanhamento médico. Lembro que todas as crianças só são atendidas com autorização assinada pelo responsável legal. O projeto social Vila Maria: um caso de amor já atendeu mais de 30 mil pessoas nos quesitos educação, cultura e saúde.
Relacionamento Odonto Magazine - Qual é a missão principal do Vila Maria: um caso de amor? Dra. Adriana Gledys Zink - A missão principal do projeto social é auxiliar na formação da criança, atuando na forma física, psicológica, odontológica e profissional. Odonto Magazine - Quantos profissionais da área odontológica atuam no projeto? Dra. Adriana Gledys Zink - A equipe é composta por nove cirurgiões-dentistas (abaixo relacionados): » Marcelo Diniz de Pinho, coordenador do projeto social Vila Maria: um caso de amor, cirurgião bucomaxilofacial e habilitado em sedação com óxido nitroso, CROSP 43379. » Adriana Gledys Zink, cirurgiã-dentista especialista em pacientes com necessidades especiais, CROSP 52600. » Mauro Eduardo Domiciano Carvalho, cirurgião-dentista clínico-geral, CROSP 45059. » Ricardo Calabria, periodontista, CROSP 76602. » Marcos Rodrigues G. Barros, cirurgião-dentista clínico-geral, CROSP 14292. » Eduardo Ottavio, cirurgião-dentista clínico-geral, CROSP 90182. » Wagner P. Gabriel, cirurgião-dentista clínico-geral, CROSP 101622. » Vivian Matos de Paula, cirurgiã-dentista clínico-geral, CROSP 92592. » Walter da Silva Junior, cirurgião-dentista clínico-geral, CROSP 41916. Odonto Magazine - Segundo dados da prefeitura de São Paulo, a Vila Maria possui mais de 105 mil habitantes. Quais são as estratégias utilizadas para oferecer tratamento odontológico para toda a população que reside na região? Dra. Adriana Gledys Zink - O projeto social está direcionado às crianças carentes da região da Vila Maria. As vagas para tratamento dentário estão sempre abertas. Os pais passam por uma entrevista com uma assistente social e depois as crianças são encaminhadas para nosso setor. Priorizamos os casos em que há dor. Os demais aguardam em uma fila de cadastro e são chamados assim que surge a vaga. Pacientes com necessidades especiais são atendidos independente da idade, pois consideramos a dificuldade de conseguir esse tipo de atendimento na região. As crianças que não se enquadram no perfil socioeconômico atendido pelos voluntários do projeto contam com uma grande quantidade de consultórios particulares instalados na região. Nossa intenção é dar tratamento de qualidade às crianças carentes e não desviar pacientes do consultório de colegas da região. Odonto Magazine - Existem dados estatísticos que apontam o número de atendimentos e quais foram os principais procedimentos realizados desde a criação da modalidade odontológica do projeto? Dra. Adriana Gledys Zink - Já foram realizados mais de 3.000 atendimentos, e os principais procedimentos estão ligados à prevenção, como aplicação tópica de flúor, aplicação de selantes, profilaxias, orientação de higiene oral, pequenas cirurgias,
Ganhando a confiança do paciente para iniciar o tratamento odontológico
tratamentos endodônticos, orientação sobre dieta rica em carboidratos, prevenção de câncer de boca, mostrando a importância da prevenção, dos cuidados precoces, desmistificando o medo do dentista e aproximando a população da saúde bucal. Odonto Magazine - Os profissionais de saúde bucal envolvidos no projeto recebem algum tipo de treinamento e/ou reciclagem? Dra. Adriana Gledys Zink - Periodicamente, sob a coordenação do cirurgião-dentista Marcelo Diniz de Pinho, são emitidos relatórios de progresso e realizadas as avaliações do trabalho efetivado. Com base nessas informações, medidas específicas são tomadas, sempre visando a melhoria do serviço e o fortalecimento do papel dos voluntários no projeto social. Recentemente todos os profissionais ganharam um curso de capacitação no sistema Easy, que é o programa utilizado no projeto. Odonto Magazine - Como são financiados os gastos com material, equipamentos, instalações e outros bens necessários para a excelência do atendimento odontológico? Dra. Adriana Gledys Zink - Além de contar com recursos do projeto social Vila Maria: um caso de amor, a clínica odontológica tem o patrocínio da ABO (Associação Brasileira de Odontologia), da Edita Comunicação Integrada, da Haydée Móveis Odontológicos, da Dabi Atlante e do Instituto Pedro Martinelli. Odonto Magazine - Como devem proceder os cirurgiões-dentistas interessados em ingressar no quadro de voluntários do projeto? Dra. Adriana Gledys Zink - Os interessados em participar como voluntários podem tratar na secretaria do projeto social por meio do telefone (11) 2939-2067. Todos devem estar inscritos no CRO, ter habilidade com crianças, vontade de trabalhar e muito amor ao próximo. Os currículos podem ser enviados para o e-mail: zinkpinho@yahoo.com.br.
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Desinfecção de escovas den ta que pode auxiliar na preven çã
Hugo Roberto Lewgoy Especialista. Mestre e Doutor pela FOUSP. Professor Titular de Biomateriais da UNIBAN. Professor do Mestrado em Biomateriais da UNIBAN.
A
desinfecção das escovas dentais é um tema pouco abordado e discutido pelos profissionais da odontologia. De forma geral, as pessoas não têm nenhum conhecimento sobre a necessidade da realização desta tarefa e, quando a realizam, geralmente a executam de forma incorreta e sem uma padronização. A escova dental é essencial para remoção mecânica da placa bacteriana, contudo, muitos estudos comprovam que a escova pode ser contaminada após o seu uso, devido ao contato com a cavidade oral, principalmente com o biofilme, mucosas, saliva e/ou sangue. A microbiota natural, boca quando em equilíbrio, não trás qualquer perigo ou risco de doença, porém, quando estes micro-organismos estão presentes na escova dental, podem se proliferar, tornando-se uma fonte para autoinfecções e infecções cruzadas pelo contato com outras escovas. Estas infecções podem se restringir a cavidade oral, provocando a cárie e as doenças gengivais ou ainda doenças sistêmicas mais graves. É fundamental a padronização de um procedimento de desinfecções de escovas dentais e inserção desse método no dia-a-dia das pessoas para auxiliar na prevenção de inúmeras doenças orais e sistêmicas. A desinfecção da escova deve ser realizada pelo borrifamento do desinfetante a base de clorexidina entre 0,12% a 0,2% e utilização do protetor de
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cabeça acrílico entre as escovações. As escovas dentais normalmente são embaladas e comercializadas após um processo de esterilização por radiação gama, que é capaz de eliminar os micro-organismos de sua superfície, porém, após uma única utilização, as escovas se tornam contaminadas por bactérias, vírus e/ou fungos que podem estar presentes tanto na cavidade oral quanto no meio ambiente. Estes micro-organismos podem permanecer viáveis na superfície da escova por um período que varia entre um e sete dias, contribuindo para a autocontaminação e/ou contaminação cruzada, ou seja, a contaminação entre indivíduos através do compartilhamento das escovas, ou mesmo por meio do contato entre as escovas, principalmente pelo contato entre as cerdas de diferentes escovas que dividem um mesmo local de armazenamento. Comprovadamente, os micro-organismos presentes
Ponto de Vista
n tais: uma técnica simples n ção de muitas doenças na boca estão associados às principais doenças orais, ou seja, causam cárie, gengivite e periodontite. No último congresso realizado pela FDI (Fédération Dentaire Internationale / World Dental Federation, Salvador / Brasil, 2010) o tema principal foi justamente a discussão dos motivos pelos quais as doenças orais (especialmente da cárie dental) ainda permanecem, nos dias de hoje, como uma verdadeira epidemia, incidindo em cerca de 88% da população mundial, ou seja, cerca de 5 bilhões de pessoas estão acometidas com esta doença crônica, considerada a patologia mais comum do planeta Terra. É fato que a microbiota da boca presente no biofilme oral que se deposita sobre os dentes, mucosas, gengivas e língua possui diversos micro-organismos potencialmente patógenos. Porém, não se pode esquecer que esta microbiota também desempenha um papel importante na manutenção da saúde da boca e do organismo como um todo, desde que não ocorram perturbações na homeostase corpórea no ecossistema desta microbiota. Estes micro-organismos precisam apenas ser controlados para que não provoquem, além da cárie e as doenças gengivais, outras doenças sistêmicas, como cardiopatias, acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes. Com certeza a prevenção das doenças orais com a utilização de escovas eficazes e atraumáticas, escovas interdentais, fio dental e higienizadores de língua continua sendo a melhor forma de evitar das doenças orais. Entretanto, a desinfecção das escovas utilizadas para a higienização oral poderia desempenhar um papel coadjuvante muito importante na prevenção destas e de outras doenças que poderiam ser transmitidas por meio dos micro-organismos presentes na boca, principalmente no biofilme oral, secreções, sangue e saliva. Recentemente a humanidade passou por uma epidemia com a chamada gripe “suína” ou influenza, transmitida pelo vírus H1N1. Uma das medidas adotadas para prevenir a transmissão da doença foi justamente a desinfecção rotineira das mãos com um gel alcoólico desinfetante. Não existe nenhuma justificativa para não tornar a desinfecção das escovas dentais um procedimento rotineiro e habitual que, seguramente, poderia auxiliar na prevenção de muitas doenças infecciosas. Porém, infelizmente, o hábito desta desinfecção ainda não se tornou parte das condutas regulares e indicada de uma forma massiva pelos profissionais da área odontológica à população.
Protocolo de desinfecção da escova dental A escovação dental é o meio mecânico individual de mais ampla utilização para o controle do biofilme oral. A desorganização da chamada placa bacteriana através das cerdas das escovas é fundamental, e é a forma mais simples para a prevenção das doenças orais, pois a placa desorganizada e oxidada não é capaz de provocar qualquer malefício. Porém, após a escovação, as cerdas das escovas se tornam contaminadas sendo importante a realização da desinfecção antes da próxima escovação, justamente para evitar a autoinfecção e/ou a infecção cruzada. Uma sequência de escovação é apresentada a seguir: 1) Antes de iniciar a higiene oral, as mãos e unhas devem ser muito bem lavadas e esfregadas com água e sabão. 2) Também um bochecho com água para eliminar resíduos de alimentos deve ser realizado, pois isso diminui a chance da comida ficar presa entre as cerdas e sofrer uma decomposição posterior. Se houver restos de alimento presos entre os dentes, também devem ser removidos antes da escovação com o auxílio do fio dental e de escovas interdentais do tipo Prime que se adaptam perfeitamente aos espaços interproximais. 3) Após o término da escovação, preferencialmente com uma escova com mais de 5 mil cerdas e de acordo com a técnica recomendada, todas as superfícies da escova devem ser lavadas com água corrente. 4) Segue-se o procedimento pela remoção do excesso de água com uma pequena batida da escova sobre a palma da mão ou sobre a borda limpa da pia do banheiro. 5) Faz-se então a aplicação do desinfetante através do borrifamento do antisséptico oral a base de clorexidina entre 0,12% a 0,2% especialmente na parte das cerdas. 6) Coloca-se o protetor de cabeça que deve ter a sua parte interna também embebida pela solução antisséptica. 7) Em seguida, a escova pode ser guardada dentro do armário fechado do banheiro. O antisséptico ficará agindo durante todo o intervalo entre as escovações, promovendo assim, uma desinfecção eficiente. 8) Um ponto fundamental é: antes da próxima escovação, a escova deve ser novamente muito bem lavada e enxaguada em água corrente - da mesma forma descrita inicialmente para a remoção dos resíduos do produto utilizado e também para a remoção dos micro-organismos eliminados.
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Coluna - Patologia Bucal
Queilite Actínica: importância do diagnóstico precoce e da prevenção
Luciano Lauria Dib Professor Titular da graduação e pós-graduação em Estomatologia da Universidade Paulista- UNIP.
Renata Tucci Professora de Patologia da Universidade Paulista - UNIP.
Queilite Actínica: lesão esbranquiçada em lábio inferior com área de ulceração
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cavidade bucal é acometida por uma série de lesões das mais diversas origens e que apresentam diferentes prognósticos. Um dos principais fatores que influenciam o prognóstico é o momento em que a lesão é diagnosticada. Quanto mais precocemente as lesões forem diagnosticadas, melhores serão as chances de sucesso no tratamento. Considerando que o cirurgião-dentista é o profissional responsável pelo diagnóstico precoce e prevenção das lesões bucais, atenção especial deve ser dada às lesões chamadas pré-malignas, ou seja, que têm potencial em progredir para o câncer. Falaremos neste artigo sobre uma das lesões prémalignas, a Queilite Actínica, e a sua relação com o câncer de lábio. O câncer de lábio é mais frequente em indivíduos com a pele clara, e registra maior ocorrência no lábio inferior. Sua causa está diretamente relacionada à exposição excessiva e prolongada aos raios ultravioleta do sol, que causam danos permanentes às células epiteliais. Apesar das inúmeras campanhas que estimulam o uso do protetor solar, muitas pessoas ainda ficam expostas ao sol sem a proteção adequada. E mesmo quando se protegem, muitas vezes esque-
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cem de usar o filtro solar labial, e não se preocupam em utilizar um chapéu de abas largas para proteção da face. A divulgação da importância da relação sol/câncer de lábio deve ficar cada vez mais evidente para a população. Quando falamos sobre câncer de lábio, temos que obrigatoriamente falar também sobre uma lesão denominada Queilite Actínica, que é considerada pré-maligna, ou até mesmo já representa formas superficiais do carcinoma de lábio. Essa lesão acomete mais pessoas de pele clara, raramente aparece em indivíduos com menos de 45 anos, afeta o lábio (principalmente o inferior), e tem predileção pelo sexo masculino. Seu curso clínico é muito lento, e muitas vezes as pessoas nem se dão conta de seu aparecimento. Inicialmente, as lesões se apresentam com o surgimento de uma superfície labial lisa e áreas mais esbranquiçadas, por vezes ulceradas. Conforme a lesão progride, formam-se áreas mais espessas e esbranquiçadas. Se ainda assim, o paciente continuar se expondo cronicamente ao sol, ulcerações aparecem, podendo durar meses. Outro sinal típico é a perda da visualização do limite entre o vermelhão e a porção cutânea do lábio. O endurecimento das bordas das úlceras pode ser um sinal sugestivo de transformação maligna.
Coluna - Patologia Bucal Quanto mais precocemente as lesões forem diagnosticadas, melhores serão as chances de sucesso no tratamento
Se um profissional se deparar com uma lesão labial com as características da Queilite Actínica, uma biópsia incisional é indicada para obtenção do diagnóstico final. Após a confirmação do diagnóstico, observa-se que lesões iniciais podem regredir, desde que o paciente suspenda a exposição aos raios ultravioletas e proteja o lábio com filtro solar. Por sua vez, lesões endurecidas e espessas, com áreas esbranquiçadas ou ulceradas, e sem indicação de malignidade no laudo, devem ser totalmente removidas, normalmente pela técnica da vermelhectomia. Já nos casos onde o carcinoma de lábio for detectado, o paciente deve ser encaminhado para o tratamento oncológico. Independentemente do estágio em que a lesão é encontrada no momento do diagnóstico, a proservação deve ser rea
lizada por período indeterminado. Considerando o exposto, fica evidente a importância da prevenção para se evitar o aparecimento da Queilite Actínica e, consequentemente, do câncer de lábio. Além disso, recomendam-se também consultas periódicas ao cirurgiãodentista para a realização de um exame clínico adequado. Desta forma, os métodos preventivos serão periodicamente alertados e o diagnóstico de lesões, quando for necessário, será feito precocemente.
Referências 1. Neville B, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia Oral e Maxilofacial. 3ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2009. 2. Piñera-Marques, K, Lourenço SV, Silva, LFF, Sotto, MN, Carneiro PC. Actinic lesions in fishermen´s lower lip: clinical, cytopathological and histophatologic analysis. Clinics. 2010; 65(4): 363-7. 3. Wood NH, Khammissa R, Meyerov R, Lemmer J, Feller L. Actinic Cheilitis: a case report and a review of the literature. Eur J Dent. 2011 Jan;5(1):101-6. 4. Instituto Nacional do Câncer- INCA. Disponível em www.inca. gov.br.
Coluna - Periodontia
Dentes ou implantes?
Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes Cirurgião-Dentista. Mestre em Odontologia pela Universidade Paulista. Membro da Sociedade Brasileira de Periodontia e da American Academy of Periodontology. Consultor Técnico da TePe.
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xiste um velho samba de Noel Rosa, cujo refrão exalta a questão: ”com que roupa eu vou”? Sua letra bem-humorada e o “conflito” proposto na música despertam a memória dos estudiosos da odontologia para uma questão que ganhou destaque na mídia após episódios polêmicos registrados por alguns prestadores de serviço do segmento. Diante de dentes comprometidos por doenças bucais - caso das cáries e das doenças mais avançadas das gengivas - é possível afirmar que a substituição dos dentes por implantes é uma alternativa para todos os casos? Ou seja, é uma simples questão para optar: vamos de dentes ou implantes? Na realidade a questão é um pouco mais profunda e a decisão deve se basear no que a ciência apresenta como evidência, ou seja, no respaldo científico que sustenta aquela proposta de tratamento, da forma mais segura e clara ao paciente. Essa “odontologia baseada em evidências”, justifica o conjunto
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de procedimentos possíveis para a cobertura da(s) demanda(s) dos nossos pacientes, à partir do conhecimento científico disponível para cada assunto da odontologia, analisando riscos e perspectivas das opções que atenderiam a solução de um problema bucal. A odontologia baseada em evidências nasce da reunião entre a experiência clínica de cada profissional, as melhores evidências obtidas pelas pesquisas científicas e a percepção dos pacientes sobre as propostas de intervenção (preventivas e/ou curativas). Tive a oportunidade de participar, juntamente de clínicos e estudiosos da odontologia mundial, há alguns meses, de um seminário na cidade de Boston – EUA para a discussão sobre diferentes propostas de tratamentos possíveis para um mesmo problema bucal. O conflito se baseava na avaliação das chances de preservação de dentes comprometidos ou na substituição (desses elemen-
Coluna - Periodontia
tos) por implantes dentários. Seis diferentes pesquisadores defenderam os seus diversos pontos de vista sobre as abordagens de tratamento, que entendiam mais apropriadas, para a solução de um mesmo caso clinico proposto pela organização do seminário. Foi curioso notar que, diante de um mesmo diagnóstico de doença das gengivas, que evoluiu para a perda de um pouco mais da metade do suporte de osso - que sustentava os dentes anteriores de uma paciente de meia idade - os diferentes apresentadores cogitassem, conforme o seu ponto de vista, as seguintes opções terapêuticas: » a criteriosa descontaminação dentária profissional (raspagem dentária ou limpeza profissional) associada aos rigorosos métodos de instrução de higiene da boca, seguidas de visitas periódicas ao consultório. » a somatória do primeiro procedimento descrito com
procedimento(s) cirúrgico(s), voltados a tentativa de reconstruir parte dos tecidos perdidos ao redor dos dentes. » a somatória do primeiro procedimento descrito com recursos da ortodontia – para a melhora do alinhamento dos dentes, do acesso a higiene diária e do encaixe da mordida. » e, finalmente, a substituição dos dentes por implantes (devidamente acompanhados pelos dentistas em visitas de retorno nas fases futuras). O fórum também se preocupou em avaliar a opinião da plateia de profissionais da odontologia, através de um recurso digital, para checar a percepção geral sobre os diferentes planejamentos propostos pelos apresentadores. Os resultados dessa pesquisa de opinião mostraram que o “deslumbramento” pela aparente simplicidade gerada com a substituição de dentes por implantes perde força diante da gama crescente de recursos disponíveis para a preservação e o reparo das estruturas originais. Isso não significa a exclusão dos valiosos recursos da implantodontia da lista de instrumentos para a viabilização de um plano de tratamento baseado em evidências. Serve, tão somente, para alertar que a longevidade dos implantes mostra similaridade com a dos dentes criteriosamente tratados – mesmo que de forma complexa – pelas disciplinas de base clínica. O paradigma do implante, como uma espécie de solução mágica, capaz de contraindicar propostas terapêuticas e preventivas dos dentes comprometidos, foi derrubado pelos que atuam dentro do preceito da odontologia baseada em evidências, que exige senso crítico, conhecimento e reciclagem periódica até mesmo para julgar os verdadeiros limites entre dentes e implantes. Pacientes e os meios de comunicação começaram a se preocupar com a excessiva proposição de implantes para a solução de casos clínicos ao alcance da periodontia, da endodontia, da ortodontia, dos restauros e, principalmente, da prevenção. Uma recente matéria cogitou que uma parcela significativa dos implantes executados poderia ser revista a partir de soluções voltadas a prevenção e a reparação dos dentes comprometidos. Esse tipo de “exposição midiática” é um importante contraponto as propagandas de rádio e televisão - que vendem os implantes como uma espécie de lanche do Mcdonalds, onde o “cliente” entra, pede, paga, come e se satisfaz - em curtíssimo espaço de tempo. Como professor de odontologia, noto que, apesar do sucesso de público dos cursos de implantes, boa parte dos jovens recém-formados que apostam nessa pós-graduação como o primeiro passo rumo ao “Eldorado da Odontologia”, acabam retornando às bancas de cursos clínicos voltados à prevenção e ao tratamento dos dentes ao perceberem os dissabores clínicos da escolha de um caminho, onde os implantes representam o centro dos planos de tratamento e da escolha certa para qualquer ocasião. “Não há outro critério da verdade, senão o crescimento do sentimento de poder”, disse o filósofo Friedrich Nietzsche. Essa citação remete a autolimitação imposta pela aposta na implantodontia dentária como a solução para toda a nossa atividade profissional. Faça o que sugeriu Nietzsche: torne o seu poder maior, apostando nos dentes com um entusiasmo, na pior das hipóteses, similar aos dos implantes. Voltando a última palestra do curso de Boston, lembro que o coordenador do simpósio mostrou, ao final das apresentações, a bela solução que implementou para o caso sugerido aos outros apresentadores. Ganhou quem apostou na preservação, reparo e controle - em longo prazo - dos dentes daquela paciente.
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Coluna - Gestão Odontológica
O desafio de administrar na era das novas tecnologias: a gestão odontológica integral
Felipe Chibás Ortiz Diretor da Consultoria Perfectu. Psicólogo. Mestre e Doutor pela USP em temas de Gestão e Comunicação Organizacional. Especialista em Marketing Direto pela Universidade Alcalá de Henares, Espanha. Autor de 11 livros publicados em vários países.
Claudia Firmino de Freitas Diretora da Perfectu. Odontóloga. Especialista em Ortodontia e em Atendimento e Fidelização ao Cliente pela Universidade Politécnica de Madrid, Espanha.
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a atual conjuntura mundial, muitas pessoas acham que tudo será resolvido de uma forma rápida e geral, quase como magia, por meio das novas tecnologias. Como se apenas por ter um computador ou lap top e algum software para administrar a clínica ou empresa já se fossem resolver automaticamente todos os problemas e desafios que implica administrar no século XXI. É necessário aprender a utilizar criteriosamente essas novas ferramentas, alimentar e controlar esses sistemas. Mas, ainda hoje, é necessário ter um plano de negócios e um planejamento estratégico para inaugurar um empreendimento qualquer. Certamente que as formas de abordar ao cliente ou paciente mudaram: Hoje temos o marketing virtual; marketing de relacionamento; marketing mobile (mensagens de celular); disparos de email marketing para segmentos e públicos diferenciados, com previa seleção do assunto e uma arte diferenciada dos mesmos, chamados popularmente de spans; lojas virtuais que oferecem os diversos produtos, serviços e tratamen-
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tos via net; canais de tv na internet; mídias sociais ou web 2, como Orkut, Facebook ou Twitter, etc. Hoje o bom uso dessas mídias sociais reporta muitos novos clientes e pacientes. Isso se deve as pessoas que gostam de ter um relacionamento mais verdadeiro e próximo com a empresa ou clínica, o que muitas vezes não conseguem em um site corporativo ou canal de rádio ou TV, por exemplo. É necessário ter um site corporativo, mas também um blog corporativo. Ambos cumprem funções diferentes. O primeiro, mais formal, deve falar quem somos e quais são os nossos serviços. O segundo deve mostrar um contato mais descontraído com o cliente ou paciente. Agora, uma regra: é que tanto o site como o blog e demais mídias sociais devem sempre ter informação nova, ou o internauta deixa de nos visitar. Também mudaram as formas de usar o telefone e atender presencialmente. Hoje se faz telemarketing ativo junto ao cliente para relembrá-lo das novas oportunidades e ofertas, assim como na visitação ou contato pessoal com os clientes, os re-
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Coluna - Gestão Odontológica presentantes e consultores de vendas, que utilizam o modelo de venda consultiva, deixando o cliente mais a vontade, dado que funcionam não apenas como meros vendedores, e sim como verdadeiros parceiros do cliente, a fim de que ele consiga completar sua compra. Mesmo com todas essas mudanças, continua sendo necessárias as ferramentas do empreendedorismo, planejamento estratégico, marketing, gestão financeira, coaching (aconselhamento mais próximo com um consultor experiente para os gestores), negociação, atendimento e fidelização do cliente, entre outras. É preciso também saber motivar e liderar uma equipe e saber se automotivar quando estamos desanimados. Resumindo, podemos dizer que é preciso saber aproveitar essas novas tecnologias em função de uma missão, objetivos e metas claras que nos permitam chegar onde queremos. O foco, hoje, está em ter uma compreensão geral do mercado, o público-alvo e as novas oportunidades que se abrem, partindo da utilização das novas tecnologias e segmentos de público.
É necessário aprender a utilizar essas novas ferramentas, alimentar e controlar esses sistemas. Mas, ainda hoje, é necessário ter um plano de negócios Antes, o público de uma empresa ou negócio da saúde estava restrito a quem passava frente a porta ou aos outdoors. Hoje, os clientes potenciais podem estar do outro lado do planeta. Mas utilizar as novas tecnologias com um olhar antigo ou sem o auxílio das ferramentas da administração estratégica não serve de nada.
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Especial Estética
A vez da odontologia estética O sorriso é, sem dúvida alguma, o nosso cartão de visitas. Dentes bem cuidados, brancos e limpos são peças essenciais para a promoção da saúde bucal.
Por: Vanessa Navarro
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alar em estética é falar sobre um conceito que está relacionado com a harmonia, com a beleza e com o equilíbrio. “A história da humanidade nos mostra que os conceitos estéticos em odontologia sempre estiveram presentes, tendo estes um apelo cultural extremamente forte. Desde os primórdios da odontologia é possível identificar em crânios e estruturas dentais ostentações, como a presença de pedras preciosas, que em seu tempo foram consideradas estéticas e aceitas pela população como belo”, explica o Dr. Francisco C. Rehder Neto, especialista em odontologia restauradora. A odontologia estética, que antes era tida como algo supérfluo, passou a ser considerada como primordial à saúde bucal. “Hoje é muito difícil desvincular as questões de estética à manutenção de uma saúde bucal. Pensar em estética como algo supérfluo ou superficial é um erro. A harmonia de um sorriso, os conceitos estéticos - hoje aceitos pela sociedade - podem influenciar, de maneira direta as relações sociais de uma pessoa em diversos níveis. A má condição da saúde bucal pode, inclusive, trazer consequências psicoemocionais, portanto, estética tem haver com autoestima, com sentir-se bem”, comenta o Dr. Francisco. A odontologia estética sofre mutações tecnológicas a todo o momento. São inúmeras as opções de tratamentos para os mais diversos e complexos casos clínicos. Segundo o Dr. Francisco C. Rehder Neto, a estética na odontologia nunca foi explorada como nos dias de hoje, se no passado isso fora tendência, hoje é uma realidade, onde o profissional cirurgião-dentista tem ao seu dispor um arsenal tecnológico, que quando bem indicado e corretamente aplicado, é capaz de transformar estética em sorrisos e estes em saúde. Entre os tratamentos estéticos mais procurados pelos pacientes, o Dr. Francisco explica que a correção de posicionamento do dente aliado ao clareamento dental é campeã dos pedidos no consultório odontológico. Já o implante, do ponto de vista estético, está cada vez mais ganhando mercado e tendo o acesso
facilitado, prova disso é a inclusão como procedimento junto ao Sistema Único de Saúde - SUS. O sucesso de um tratamento odontológico, seja estético ou não, depende do diagnóstico correto e da aceitação do paciente mediamente tal diagnóstico. “Conhecer as necessidades do paciente e trabalhar educação em saúde são pontos fundamentais na deter-
Dr. Francisco C. Rehder Neto possui graduação em Odontologia pela FORP (USP), é mestre em Odontologia Restauradora pela FORP (USP) e doutorando em Odontopediatria pela mesma instituição. É supervisor de inteligência de mercado da Gnatus. Possui trabalhos relacionados à odontologia minimamente invasiva com foco em cariologia, contemplando diagnóstico e tratamento de lesões cariosas e não cariosas e integração entre periodontia e dentística em procedimentos estéticos.
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Especial Estética
minação das melhores escolhas em termos de produtos, técnicas e planos de cuidados que culminem em tratamentos com resultados estéticos satisfatórios para o paciente e para o dentista. O sucesso dos tratamentos estéticos no futuro, e o mais importante, a longevidade destes tratamentos em termos de saúde está na interface entre diferentes profissionais de diferentes especialidades”, finaliza o especialista em odontologia restauradora. Quem já nasceu com dentes bem distribuídos e um sorriso harmonioso é, certamente, uma pessoa de sorte. Mas se o seu paciente não é um dos premiados pelo destino, não desanime! O mercado odontológico conta com um portfólio imenso de equipamentos e produtos que prometem (e cumprem) o sorriso perfeito.
“A estética é parte fundamental de qualquer procedimento odontológico, mas estética em um conceito que não envolva saúde pode ser algo muito prejudicial”
Dr. Francisco C. Rehder Neto
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Sistema adesivo dentinário altamente seguro O Fusion Duralink, da Angelus, é um sistema adesivo dentinário de quarta geração que apresenta comprovação científica de segurança e possui maior adesão ao esmalte e dentina, gerando maior longevidade à restauração ou cimentação. É um produto versátil, que pode ser utilizado com materiais ativados quimicamente ou por luz, possui solvente à base de água e etanol, o que diminui a sensibilidade pós-operatória. O produto é indicado tanto para restaurações como para cimentações de facetas laminadas, próteses adesivas, inlays, onlays, coroas, pontes fixas, pinos intrarradiculares pré-fabricados em metal, fibra de vidro ou carbono e núcleos metálicos fundidos. www.angelus.ind.br
Proteção clinicamente comprovada por até 12 horas contra placa bacteriana O creme dental Colgate Total 12 foi cientificamente testado e se transformou em uma alternativa saudável para o combate de problemas bucais diários. Mais de 60 estudos com mais de 10.000 pacientes do mundo todo atestaram a eficácia e a segurança de Colgate Total 12. Sua fórmula é composta por Triclosan e Copolímero, que ajudam a prevenir a formação da placa (que leva a problemas de gengiva) e a proporcionar 12 horas de proteção completa para uma boca mais saudável. Colgate Total 12 é aprovado pela Associação Brasileira de Odontologia e pela Sociedade Brasileira de Periodontologia. www.colgate.com.br
FotoWireless: praticidade e autonomia Considerada a solução inteligente do Grupo Alta Mogiana, a D700 é ideal para profissionais que buscam versatilidade, durabilidade e visual moderno ao alcance de seus bolsos. Agora traz ao mercado equipamentos mais confortáveis para que você tenha mais eficiência ao utilizá-los. O FotoWireless da D700 oferece aos profissionais mais praticidade e mobilidade, o que facilita seu trabalho no dia-a-dia. O aparelho sem fio com tecnologia em fotopolimerização de resinas compostas pela utilização de LED, conta com durabilidade superior à de qualquer lâmpada halógena e é indicado para sessões de clareamento dental. A marca possui ampla rede de assistência técnica em todo o Brasil, com loja online e rapidez na entrega. Qualidade e preço tornam os produtos D700 ótimas opções de pacotes da categoria. www.d700.com.br
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Clareamento dental fotoassistido O Whitening Lase II, da DMC Equipamentos, possui as funções de biomodulação, clareamento dental e terapia fotodinâmica. Na função biomodulação, o equipamento emite luz laser com comprimento de onda de 660 nm ± 10 nm e de 808 nm ± 10 nm para bioestimulação das áreas de odontologia, medicina geral e fisioterapia. Este equipamento possui o modo assistido, o qual ilustra algumas patologias com suas doses mínimas e máximas aplicáveis. O equipamento realiza o clareamento dental fotoassistido em todos os dentes de uma arcada. A terapia fotodinâmica (PDT) consiste na associação de um agente fotossensível a uma determinada fonte de luz, com o objetivo de realizar a redução microbiana. www.dmcgroup.com.br
Creme dental antiplaca com ação branqueadora O creme dental da edel+white protege a beleza natural dos dentes, proporcionando uma aparência natural. O produto foi desenvolvido com baixa espuma para uso com escovas de dentes elétricas e ultrassônicas e escovas de dentes manuais com maior eficiência de limpeza (KONEX®). A balanceada fórmula para remoção de placa contém pirofosfato de tetrapotássio, que ajuda a remover as manchas, enquanto minúsculas esferas de sílica delicadamente removem a placa bacteriana dos dentes. O fluoreto de sódio ajuda a proteger os dentes dos ataques ácidos durante o dia. Especialmente recomendada para dentes manchados ou em caso de resíduos e para prolongar o efeito do clareamento profissional ou de outros produtos clareadores. www.edel-white.com
Tecnologia que permite a construção de sorrisos perfeitos A resina Opallis, da FGM Produtos Odontológicos, é adequada para as mais diversas variações estéticas, e atende desde casos mais simples até os mais complexos. O produto permite alcançar êxito total em restaurações, oferecendo além de alta resistência mecânica, brilho e textura muito próximos ao dente natural, além de permitir uma estabilidade estética por um longo período. O produto é indicado para restauração de dentes cariados, substituição de restaurações pré-existentes que estejam deficientes, restabelecimento de dentes fraturados, correção de dentes com alteração de forma ou posicionamento ou ainda que tenham defeitos estruturais, entre outras utilidades. www.fgm.ind.br
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Peças de mão em prol da beleza A odontologia estética requer cada vez mais detalhes para a perfeição e para o conforto do paciente e do profissional e para isso, as peças de mão precisam trabalhar com precisão e leveza. Seguindo como inovadora, a Gnatus não ficou para trás e lançou as peças de mão coloridas no Brasil e na Alemanha. Fabricadas em alumínio, as peças estão mais leves e estão disponíveis em três cores: rosa, azul e verde. Sem abrir mão de características já consagradas das peças de mão Gnatus, como o seu exclusivo tratamento químico aplicado ao encaixe das peças e também do balanceamento digital de seus rotores, as novas opções de peças de mão em alumínio casam com a necessidade de um produto que é imprescindível ao profissional que preza pela qualidade e pelo conforto na realização de seus procedimentos. As peças de mão podem ser adquiridas individualmente e em kits, que são acompanhados de mochilas na cor da peça de mão. www.gnatus.com.br
Novidade em compósito direto O IPS Empress Direct, da Ivoclar Vivadent, oferece a estética de uma cerâmica combinada com a praticidade de um compósito – decorrente da vasta opção de cores, vários níveis de translucidez e boas propriedades processamento. O compósito nano - híbrido fotopolimerizável é baseado na tecnologia do último compósito e foi desenvolvido em cooperação com os pesquisadores, dentistas e especialistas em cores. Devido aos tons naturais e de opacidade, um resultado natural e estético pode ser obtido para todas as indicações. O produto, que está disponível em seringas e cavifils, oferece alta estabilidade, fidelidade em sua escala e excelentes propriedades de polimento e na ação de modelar. www.ivoclarvivadent.com.br
A impressão que impressiona Os materiais de moldagem do sistema Perfectim Systems, da J. Morita Brasil, são à base de vinilpolisiloxano, oferecem alta estabilidade dimensional de 14 dias, sem distorção, e alta resistência ao rasgamento. O material pesado pode ser adquirido em dois potes de 400g cada (putty) ou em cartucho de 50 ml por meio do sistema automistura (BlueVelvet). O material leve possui três opções de viscosidade (Final Wash, FlexiVelvet e SinglePhase), e também é apresentado em sistema automistura. Para mais informações ou aquisição, entre em contato com a J. Morita por meio do telefone 0800-888-5060 ou e-mail info@jmoritabrasil.com. www.jmoritabrasil.com
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Enxaguatório bucal com efeito clareador A desarmonia da coloração dentária é, geralmente, uma das primeiras alterações percebidas na boca. Os dentes amarelados causam desconforto e, muitas vezes, efeitos psicológicos negativos nos indivíduos, como a influência na autoestima e a dificuldade de sorrir sem constrangimento. Preocupada com o bem-estar dos consumidores, a Johnson & Johnson traz a solução: o enxaguatório bucal LISTERINE® Whitening, que mata os germes causadores do mau hálito e atua por meio de bolhas ativas na redução das manchas e no clareamento dos dentes. Você percebe o resultado a partir de seis semanas de uso contínuo. A linha Whitening recebe o reforço do fio CleanPaste, que remove as manchas superficiais interdentais. www.jnjbrasil.com.br
Uma nova realidade para os dentistas A MMO apresenta ao mercado o Twin Flex Evolution, um completo sistema de clareamento dental e laserterapia. Clareamento dental: sistema multifuncional de alta eficiência que utiliza a tecnologia mais avançada encontrada no mercado, o fotoclareador com LED’s azuis. O equipamento possibilita atingir resultados já nas primeiras sessões. Óptica: sistema exclusivo direciona totalmente o foco emitido pelos LED’s azuis, programações de tempo em até 10 minutos, mais tempo de vida útil - LED’s, acionamento por meio de botão diretamente ligado à estrutura do aplicador e sistema de funcionamento automatizado. Laserterapia/terapia fotodinâmica: indicado para analgesias, inflamações, dores articulares, alveolites, entre outras. O sistema de laserterapia doTwin Flex Evolution traz inúmeras possibilidades para os profissionais da área odontológica, estética, médica e fisioterápica. www.mmo.com.br
Oral-B Pro Saúde Whitening reúne duas tecnologias clareadoras O sistema de polifluoreto do creme dental Oral-B Pro-Saúde Whitening combina duas tecnologias que branqueiam os dentes pela remoção das manchas de sua superfície. Trata-se da sílica dupla, com propriedades abrasivas distintas e supereficazes na remoção de manchas superficiais. Sua fórmula contém ainda o hexametafosfato de sódio, composto por minúsculos cristais que agem quimicamente, dissolvendo e desprendendo as manchas já existentes e formando uma barreira protetora que ajuda a evitar a formação de novas manchas. A tecnologia do produto permite também que, durante a escovação, o fluoreto estanoso, um poderoso ingrediente que mata as bactérias causadoras de cáries, placa bacteriana, gengivite e mau hálito, seja liberado na boca.Trata-se da única fonte de fluoreto aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA, o órgão do governo americano que controla alimentos e remédios), como agente ativo multifuncional. www.oralb.com.br
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Caso Clínico
Reabilitação total bimaxilar restabelecendo a tríade: função, fonética e estética
O
Murillo Sucena Pita
Wirley Gonçalves Assunção
Mestre em Prótese Dentária, Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP. Doutorando em Reabilitação Oral, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto-USP, Departamento de Materiais Dentários e Prótese.
Professor Adjunto, Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP, Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese.
Rodolfo Bruniera Anchieta
Eduardo Passos Rocha
Vinicius Pedrazzi
Mestre e Doutorando em Prótese Dentária, Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP, Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese.
Professor Adjunto, Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP, Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese.
Professor Associado, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP, Departamento de Materiais Dentários e Prótese.
tratamento de indivíduos totalmente desdentados, desde os primórdios dos conceitos e fundamentos da reabilitação oral, tem sido um grande desafio para os profissionais da odontologia, especialmente em relação à retenção, suporte e estabilidade das próteses totais. Esses pré-requisitos protéticos estão geralmente deficientes em pacientes que apresentam um longo período de desdentamento, com grande atrofia e reabsorção dos rebordos alveolares, especialmente no arco mandibular. Com o advento da implantodontia e com a evolução sequencial dos estudos envolvendo o processo de osseointegração essa filosofia se tornou otimizada pelas próteses totais fixas implantossuportadas, denominadas próteses protocolo, representando uma modalidade clinicamente previsível no âmbito da odontologia moderna. Com base nessa premissa, o objetivo do presente trabalho é elucidar a sequência clínica de uma reabilitação total bimaxilar, conjugando-se uma prótese total convencional superior e uma prótese protocolo inferior.
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Paulo Henrique dos Santos Professor Assistente Doutor, Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP, Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese.
Caso clínico A. A. P., sexo masculino, 73 anos, procurou a Clínica de Pós-Graduação em Prótese Dentária da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP com o anseio de melhorar sua qualidade de vida, buscando, principalmente uma maior eficiência mastigatória e a segurança ao sorrir. O paciente apresentava desdentamento total bimaxilar, clinicamente com um bom volume de rebordo alveolar na maxila e seis implantes (SIN – Sistema de Implantes) de hexágono externo, plataforma regular, instalados e osseointegrados na mandíbula, sendo quatro posicionados na região interforaminal e um distalmente a cada forame mentoniano, com os respectivos cicatrizadores (figura 1). Apesar do uso de próteses provisórias, as mesmas já apresentavam deficiências em suas bases, com deterioração do material reembasador e odor desagradável, além de instabilidade e alterações significativas na dimensão vertical de oclusão. Na ausência das mesmas, notam-se as consequências estéticas negativas do desdentamento total, como a evidenciação dos sulcos e linhas de expressão faciais (figura 2), perda de suporte labial, diminuição do ângulo nasolabial e protrusão do mento (figura 3).
Caso Clínico
Figura 1 Implantes instalados e osseointegrados na mandíbula com seus respectivos cicatrizadores.
Figura 2 Sorriso inicial revelando as consequências estéticas negativas do desdentamento total, como a evidenciação dos sulcos e linhas de expressão faciais.
Figura 4 Radiografia panorâmica pré-reabilitação.
Figura 3 Na ausência da reabilitação bimaxilar, nota-se a diminuição da dimensão vertical de oclusão, perda de suporte labial, diminuição do ângulo nasolabial e protrusão do mento.
Figura 5 Transferentes cônicos posicionados para moldagem preliminar pela técnica da moldeira fechada.
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Caso Clínico
Figura 6
Figura 7
Molde dos implantes obtido com silicone de condensação nas consistências leve e pesada.
Molde maxilar finalizado.
Figura 8
Figura 9
Transferentes quadrados individualizados e sequencialmente numerados no modelo de estudo.
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Transferentes posicionados e unidos para moldagem de arrasto pela técnica da moldeira aberta.
Figura 10
Figura 11
Molde mandibular finalizado.
Visão frontal do caso finalizado evidenciando o espaço para a adequada higienização entre o rebordo alveolar mandibular e a base da prótese protocolo.
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Caso Clínico
Figura 12
Figura 13
Visão lateral esquerda do caso finalizado e a eficiente intercuspidação dos dentes posteriores.
Visão intraoral lateral direita do caso finalizado.
Figura 15 Suavização das linhas e sulcos de expressões faciais pós-reabilitação bimaxilar.
Figura 16 Harmonia do sorriso em visão frontal.
Figura 14
Figura 17
Visão de perfil evidenciando a recuperação da dimensão vertical de oclusão e do suporte labial.
Naturalidade de um sorriso belo e rejuvenescido.
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Caso Clínico
O tratamento de indivíduos totalmente desdentados, desde os primórdios dos conceitos e fundamentos da reabilitação oral, tem sido um grande desafio para os profissionais da odontologia Relevância clínica Para o planejamento do caso clínico realizou-se uma radiografia panorâmica (figura 4) e moldagens preliminares para a confecção dos modelos de estudo. Nessa etapa, a moldagem de transferência dos implantes foi realizada pela técnica da moldeira fechada. Foram então retirados os cicatrizadores e, consecutivamente posicionados os transferentes cônicos de moldagem (figura 5), conferindo a adaptação dos mesmos por sondagem e exame radiográfico periapical. Por meio de uma moldeira de estoque preenchida por um silicone de condensação nas consistências leve e pesada (Perfil – Vigodent), obteve-se o molde dos implantes (figura 6). Sobre os modelos de estudo obtidos foram confeccionadas moldeiras individuais para a realização das moldagens de trabalho. A moldeira superior foi recortada dentro dos limites anatômicos da área chapeável, subextendida em 2 mm para que o material de moldagem pudesse copiar e proporcionar todo o vedamento periférico, feito com silicone de condensação na consistência pesada (Perfil – Vigodent). A seguir, para a moldagem do palato e rebordo alveolar foi utilizada uma pasta zinco-enólica (Lysanda), e posteriormente finalizada a técnica com o pincelamento de cera rosa nº7 (Wilson) plastificada na linha de transição entre o palato duro e mole, caracterizando o travamento palatino posterior (figura 7). No modelo mandibular, além da confecção da moldeira individual, foram personalizados os transferentes quadrados para a moldagem dos implantes pela técnica da moldeira aberta ou moldagem de arrasto. Para tanto, esses transferentes foram posicionados nos respectivos análogos do modelo de estudo e unidos entre si por um amarrilho feito com fio dental e reforçado por resina acrílica autopolimerizável (Duralay). Após a completa polimerização da resina, os transferentes foram novamente individualizados através de secções feitas com disco de carborundum, rompendo-se assim, as forças acumuladas pela contração de polimerização da resina acrílica e que podem interferir na fidelidade do molde. Esses componentes foram então sequencialmente numerados no modelo de estudo (figura 8) e transferidos para a boca, onde, após sondagem e exame radiográfico periapical para verificação da adaptação, foram novamente unidos com uma quantidade mínima de resina acrílica autopolimerizável (figura 9) para a execução da moldagem de trabalho feita com material a base poliéter de consistência regular (Impregum – 3M ESPE), obtendo-se o molde final (figura 10). Diante dos modelos de trabalho, foram confeccionadas as bases de prova e os planos de orientação em cera, para a tomada dos registros intermaxilares de relação central e dimensão vertical de
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oclusão para a montagem dos mesmos em articulador semiajustável. Foram seguidos os parâmetros de individualização dos planos de orientação, como o paralelismo ao plano de Camper e à linha bipupilar, suporte labial, corredor bucal, bem como o registro das linhas de referência para a seleção dos dentes artificiais (Ivoclar – Vivadent), como a linha média, a linha alta do sorriso e a distância entre as comissuras labiais. Para a montagem dos dentes, seguiu-se o conceito da oclusão bilateral balanceada, preconizado para reabilitações envolvendo próteses totais, onde deve haver contatos bilaterais harmônicos e simultâneos entre os arcos antagonistas, tanto no lado de trabalho quanto no de balanceio, nas posições cêntricas e excêntricas. Após a montagem, realizou-se a prova dos dentes, aplicando-se os testes funcionais e fonéticos com a pronúncia de sons sibilantes, conferindo os parâmetros estéticos do sorriso. Finalizada esta etapa, o modelo mandibular com os dentes artificiais montados foi duplicado em gesso e confeccionado um guia transparente em acetato para orientar o enceramento da barra dentro dos seus limites anatômicos e estruturais. Após a fundição da barra, a mesma foi provada em boca para verificar a passividade de sua adaptação, comprovada novamente pela sondagem clínica e radiografias periapicais. Por fim, foi selecionada a cor gengival com o auxílio da escala STG (Sistema Thomaz-Gomes), para a caracterização dos pigmentos e processamento final das bases protéticas. Frente a limitações anatômicas impostas pelo espaço intermaxilar reduzido devido à altura do rebordo alveolar maxilar, e limitações financeiras com o custo adicional de intermediários, foram selecionados pilares calcináveis tipo UCLA com cinta metálica de mecanismo rotacional (SIN – Sistema de Implantes) como recurso terapêutico, seleção esta possibilitada pelo alto grau de paralelismo entre todos os implantes e pelo mesmo nível horizontal de suas plataformas protéticas. Concluída a etapa laboratorial de acabamento das próteses, as mesmas foram instaladas e, na sequência, realizados os ajustes oclusais, inicialmente em máxima intercuspidação durante a abertura e fechamento, e posteriormente durante os movimentos látero-protrusivos da mandíbula. Finalizado o caso, observa-se um espaço para a adequada higienização entre o rebordo alveolar mandibular e a base da prótese protocolo (figura 11), a eficiente intercuspidação dos dentes posteriores (figuras 12 e 13), a recuperação da dimensão vertical de oclusão e suporte labial com a consequente suavização das linhas e sulcos de expressões faciais (figuras 14 e 15), e a naturalidade de um sorriso belo e rejuvenescido (figuras 16 e 17).
Conclusão O tratamento desenvolvido e guiado por um correto planejamento, respeitando os princípios protéticos e biomecânicos de uma reabilitação total, possibilitou restabelecer a tríade: função, fonética e estética, devolvendo a harmonia do sorriso e proporcionando satisfação e segurança ao paciente.
Referências 1. Pita MS, Assunção WG, Rocha EP, Anchieta RB, Barão VAR. A oclusão nas próteses totais implantossuportadas mediatas e imediatas. Implant News. 2010; 7(4): 548-552. 2. Pita MS, Anchieta RB, Pita DS, Zuim PRJ, Pellizzer EP. Fundamentos de oclusão em implantodontia: orientações clínicas e seus determinantes protéticos e biomecânicos. Revista Odontológica de Araçatuba. 2008; 29(1): 53-59.
Caso Clínico
A aplicabilidade das ortoses no planejamento diagnóstico e tratamento de pacientes com perda de dimensão vertical
Marcelo Bighetti Toniollo
Renato José Berro
Murillo Sucena Pita
Especialista em Prótese Dentária pela Associação Odontológica de Ribeirão Preto – AORP. Mestrando em Reabilitação Oral pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - FORP (USP), Departamento de Materiais Dentários e Prótese.
Mestre e Especialista em Prótese Dentária. Especialista em Implantes pela UNESP - Araraquara. Professor do curso de Especialização em Prótese da Associação Odontológica de Ribeirão Preto – AORP.
Especialista em Prótese. Mestre em Prótese Dentária. Doutorando em Reabilitação Oral pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – FORP (USP), Departamento de Materiais Dentários e Prótese.
martoniollo@yahoo.com.br
Wilson Matsumoto Daniel Palhares Especialista em Prótese Dentária. Mestrando em Ciências da Saúde – concentração em Implantodontia no Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos- UNIFEB. Professor coordenador do curso de Habilitação Profissional em Implantes Dentários no GEOPAS/ABO de Passos-MG. Professor do curso de Atualização da Técnica de Implantes em Carga Imediata e Cirurgia Guiada da Associação Odontológica de Ribeirão Preto – AORP.
O
bom estado do sistema estomatognático consiste não só na adequada manutenção da questão estética, como também na efetiva funcionabilidade de todo o complexo, sendo capaz de prover ao paciente um satisfatório comportamento de todo o sistema envolvido. Para que tal complexo tenha sua função preservada e que seja de forma fisiológica, um dos fatores indispensáveis é a chamada dimensão vertical (DV). Tal DV é didaticamente dividida em dimensão vertical de oclusão (DVO) e dimensão vertical de repouso (DVR), sendo que a primeira representa a altura da face estando os dentes em contato e a mandíbula em relação cêntrica (RC); e a segunda é a altura da face, estando os dentes separados e a mandíbula em posição fisiológica de repouso. A diferença entre a DVO e a DVR representa o espaço funcional livre (EFL), que, na média, apresenta-se com 3 mm. Com o desenvolvimento técnico e científico da odontologia, o cirurgião-dentista, no campo da reabilitação oral, vem se tornando cada vez mais hábil em amenizar as desarmonias dento-faciais, mas o restabelecimento da DV ainda se caracteriza como um grande desafio1. O restabelecimento da DV, proporcionado por aparelhos protéticos removíveis, resulta na correção do comprimento fisio-
Professor Doutor do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da FORP (USP.) Coordenador do curso de Especialização em Prótese Dentária da Associação Odontológica de Ribeirão Preto – AORP.
Daniela Aliprandini Prado Moro Técnica em Prótese Dentária.
lógico das fibras musculares e no restabelecimento da estética facial2. Assim, intervindo de maneira adequada na etiologia do problema, torna-se possível a resolução de casos em que, tanto a estética como a função estão comprometidas. Mudanças patológicas da oclusão ocorrem quando o suporte posterior dos dentes é reduzido ou perdido. Nesses casos, a mandíbula necessita de novo suporte que, geralmente, é dado pelos dentes anteriores. Tal ocorrência leva a um estado ainda mais crítico de todo o sistema estomatognático, podendo gerar desgastes acentuados também na bateria dos dentes anteriores, os quais não são designados para suportar certos tipos de cargas2. Consequentemente, tais cargas excessivas podem vir a ser um dos fatores causadores do chamado colapso oclusal3,4. Outros importantes fatores que devem ser observados consistem nos hábitos de vida moderna, em que tem destaque o alto índice de pacientes com estresse, acarretando também outras desordens, como o bruxismo e ambiente bucal ácido devido ao refluxo, predispondo os dentes à atrição, erosão e abrasão5. Tratamento de casos, por meio do uso de próteses fixas ou removíveis, que apresentam perda da dentição por desgaste, caracteriza-se por ser complexo e se enquadra entre aqueles com resolubilidade mais difícil. O restabelecimento da DV é de
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Caso Clínico suma importância, a fim de haver cuidadosa compreensão do plano de tratamento requerido para cada caso6. Para o restabelecimento da DVO e, junto dela, a harmonia estética e fisiológica do paciente, pode-se fazer uso de um dispositivo protético denominado overlay ou ortose. Segundo o Dorland’s Medical Dictionary, trata-se de um aparelho ortopédico utilizado para sustentar, alinhar, prevenir e/ou corrigir deformidades ou melhorar a função de partes móveis do corpo. Nada mais é que uma prótese parcial removível diagnóstica que pode ser confeccionada em resina quimicamente ou termicamente ativada, fotopolimerizável, totalmente em metal ou em combinação desses materiais, que é o mais comumente utilizado, podendo ser utilizada com caráter provisório ou definitivo. Assim, com esse tipo de tratamento, é possível restaurar o plano oclusal e a DVO, devolvendo função e estética ao paciente, por meio de um tratamento que também se caracteriza em ser terapêutico e de diagnóstico, com a possibilidade posterior de se dar prosseguimento ao caso com outros tipos de resolução protética de caráter mais definitivo, uma vez conhecida a DV mais próxima do ideal do paciente, tornando o comportamento de seu sistema estomatognático novamente fisiológico. O presente caso clínico exemplifica exatamente esta condição, na qual o paciente passou por um planejamento diagnóstico e de tratamento com ortose superior, e posterior reabilitação superior definitiva completa.
Caso clínico Paciente do gênero masculino, 53 anos, procurou atendimento odontológico queixando-se da aparência estética de seu sorriso (figura 1). No exame clínico foi verificado acentuado desgaste em todos os dentes superiores. Por meio da anamnese e exames médicos complementares concluiu-se que o desgaste fora causado pela somatória de dois problemas: refluxo gastrointestinal e bruxismo. Na avaliação radiográfica observou-se ausência dos dentes 15 e 24, além de dentes com tratamentos prévios insatisfatórios (figura 2). Testes fonéticos e análise do perfil do paciente permitiram chegar à conclusão quanto à perda de dimensão vertical (figura 3). Com a finalidade de obter resultado estético e funcional adequados, restabelecendo a dimensão vertical perdida, optou-se pela confecção de ortose, abrangendo todos os dentes superiores. Registros oclusais em relação cêntrica foram realizados aumentando-se a dimensão vertical do paciente, por meio de testes fonéticos e análise do perfil facial (figura 4). Procedeu-se, então, moldagem superior e inferior e montagem em articulador para confecção do enceramento diagnóstico. Fotografias iniciais foram realizadas para comunicação com o técnico em prótese e determinação do formato final dos dentes a serem confeccionados na ortose. Concluído o enceramento diagnóstico (figura 5), foi realizada uma moldagem do mesmo com silicona de adição, confeccionando-se uma muralha de silicona, a fim do correto posicionamento dos dentes no momento da montagem da ortose. Com o uso da muralha de silicona, verificou-se que a perda de estrutura dental superior foi tão grande que não houve a necessidade de preparo dos mesmos. Pela perda acentuada de tecido dentário, foi possível confeccionar a overlay com volume suficiente de resina prensada, a fim de lhe conferir resistência adequada. Após o completo planejamento e interação entre clínico, protético e paciente, confeccionou-se a ortose (figura 6).
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Foi feito uso da ortose durante seis meses (figuras 7 e 8), juntamente do tratamento e cura do refluxo gastrointestinal. Passou-se então à confecção da reabilitação definitiva superior. Devido ao grande desgaste, foi idealizado o tratamento endodôntico de todos os dentes superiores para confecção de coroas metalocerâmicas unitárias nos dentes 17, 13, 12, 11, 21, 22, 26, 27 e próteses fixas de três elementos em 16, 15, 14 e 23, 24, 25. Realizou-se a moldagem do enceramento e confecção de um modelo do mesmo para que se confeccionasse uma placa de acetato fina e transparente para servir de guia na correta moldagem dos núcleos metálicos fundidos (figura 9), os quais foram moldados dente a dente, retirando-se a ortose e preparando devidamente o dente. Depois, reposicionava-a reembasada no local correspondente para que não perdesse a retenção. Todos os núcleos foram fundidos e deixados prontos. Foram posicionados todos os núcleos metálicos fundidos e fez-se uma moldagem com silicona de condensação, sacando-os todos juntamente do molde. Sobre este respectivo modelo foi possível a confecção dos provisórios individuais, utilizando-se a muralha de silicona para se aproximar ao máximo o posicionamento destes provisórios com relação à ortose. Os núcleos foram cimentados (figura 10) e preparados para receber os provisórios, os quais foram reembasados e cimentados (figura 11). O paciente permaneceu por um mês com os provisórios e não havendo nenhum problema, iniciou-se a confecção das coroas metalocerâmicas. Os preparos foram moldados individualmente com uso de casquetes e poliéter. Foi feita também uma moldagem de toda a arcada com silicona. Depois da prova dos
Figura 1 Foto inicial do caso. Insatisfação do paciente com estética desfavorável devido ao acentuado desgaste dos dentes.
Figura 2 Radiografia panorâmica inicial do caso.
Caso Clínico
Figura 3
Figura 4
Visão lateral evidenciando a perda de dimensão vertical do paciente.
Registro oclusal das arcadas em relação cêntrica com auxílio do “JIG de Lucia” e silicona pesada na dimensão vertical correta.
Figura 5
Figura 6
Enceramento diagnóstico na dimensão vertical correta.
Ortose confeccionada.
Figura 7
Figura 8
Visão intrabucal da ortose instalada. Boa adaptação e oclusão balanceada.
Aspecto satisfatório da ortose instalada. Correta recuperação da dimensão vertical e suporte músculo-esquelético.
Figura 9
Figura 10
Placa de acetato fina e transparente para servir de guia na correta moldagem dos núcleos metálicos fundidos.
Núcleos metálicos fundidos instalados, cimentados e preparados.
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Caso Clínico
Figura 11
Figura 12
Provisórios instalados e cimentados.
Moldagem de transferência dos copings.
Figura 13
Figura 14
Visão intrabucal das coroas metalocerâmicas cimentadas.
Aspecto satisfatório da reabilitação final confeccionada na correta dimensão vertical pré-determinada pelo uso da ortose.
Discussão
Figura 15 Radiografia panorâmica final do caso.
copings, fez a moldagem de transferência (figura 12), aplicação da cerâmica, prova, glaseamento e cimentação com fosfato de zinco. Foi confeccionada uma placa miorrelaxante, a fim de proteger os dentes contra o bruxismo. Sorriso final e radiografia panorâmica final (figuras 13, 14 e 15).
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Dentre os mais variados tipos de reabilitações, há consenso de que existem critérios a serem respeitados dentre todas as técnicas plausíveis de serem utilizadas. A manutenção ou recuperação da DV dentro de limites fisiológicos é de suma importância para o sucesso do procedimento restaurador. Quando a DV de um paciente é determinada erroneamente, ocorre a perda do espaço funcional livre e, assim, os músculos estarão sob esforços constantes, o que pode ocasionar sérios problemas dentais, como a movimentação destes para acomodação da DV com desgastes excessivos das estruturas dentais; problemas musculares, como fadiga acompanhada de dores dificultando o restabelecimento da DV; e problemas de articulação temporomandibular, como dor, disfunção e alterações degenerativas de disco, cápsulas e côndilo7. Uma vez a estabilidade do sistema estomatognático quebrada, todo o conjunto que compõe o correto funcionamento e inter-relacionamento das arcadas dentárias é afetado2. A observação do paciente após uso das ortoses é de suma importância, a fim de se notar a adaptação na nova DV estipulada. Caso o aumento da DV tenha sido tomado de forma arbitrária sem a avaliação criteriosa do caso, múltiplas
Caso Clínico complicações podem ser desencadeadas. No presente relato clínico nota-se que, a partir do momento em que o principal fator causador da desordem do caso, que é a perda da DV, foi restabelecido, cria -se automaticamente todos os critérios necessários para uma correta e satisfatória reabilitação, por exemplo, espaço interoclusal e bom relacionamento entre maxila e mandíbula, possibilitando a execução da reabilitação de forma adequada. É importante ressaltar que as ortoses podem ser usadas com caráter definitivo, ou então, como se fez no presente caso clínico, com caráter provisório, terapêutico e diagnóstico. Passado um primeiro momento de adaptação e verificação da correta DV do paciente, acompanhada de boa resposta fonética e músculo-esquelética, procede-se para as restaurações definitivas. Recomenda-se o uso de tais ortoses por um mínimo período de adaptação em torno de seis a oito semanas, para então confeccionar reabilitação definitiva com características semelhantes à ortose8. É necessário reforçar ao paciente a necessidade de se atentar quanto às orientações de higiene9. Além disso, demais fatores que poderiam estar contribuindo no desgaste dental e perda da DV, como bruxismo e refluxo, devem ser tratados com toda a atenção necessária, a fim de haver boa resposta do paciente frente ao tratamento.
Conclusão No presente caso clínico, a recuperação da DVO por meio do uso de ortose e, posteriormente, instalando-se próteses fixas definitivas caracterizou-se como tratamento ideal. O uso da prótese removível superior, denominada como ortose, baseada em diagnóstico acurado e técnica precisa para definição adequada de sua dimensão, mostrou sucesso para reabilitação de todo o arco com desgastes severos na dentição. É altamente recomendável que todos os pacientes com perda severa de tecido dentário associado com perda da DV passe por esta opção de tratamento.
Referências 1. Saito, L.M.S. Restabelecimento da dimensão vertical. Monografia (Especialização em Prótese Dentária) – Associação Odontológica de Ribeirão Preto - AORP, Ribeirão Preto, 2003. 2. Toniollo, M.B.; Moreto, C.; Pereira, L.A.; Berro, R.J. Removable partial dentures as a solution for a case with loss of occlusal vertical dimension: case report. Rev Assoc Paul Cir Dent. v.64, n.3, p.222-225, 2010. 3. Stern, N.; Brayner, L. Collapse of the occlusion – a etiology, symptomatology and treatment. J. Oral rehabil. v.2, n.1, p.1-19, 1975. 4. Russel, M.D. The distinction between physiological and pathological attrition: a review. J. Ir. Dent. Assoc. v.33, n.1, p.23-31, 1987. 5. Smith, B.G. Toothwear: aetiology and diagnosis. Dent Update 1989;16:20412. 6. Song, M.; Park, J.; Park, E. Full mouth rehabilitation of the patient with severely worn dentition: a case report. J Adv Prosthodont v.2, p.106-10, 2010. 7. Antunes, R.P.A.; Matsumoto, W.; Orsi, I.A.; Tunes, F.S.M. Restabelecimento da dimensão vertical – relato de caso clínico. Rev Bras Odontol. v.57, n.3, p.151-154, 2000. 8. Turner, K.A., Missirlian, D.M. Restoration of the extremely worn dentition. J Prosthet Dent. v.52, p.467–74, 1984. 9. Barsby, M.J. Partial dentures in the management of severe tooth wear. Dent Update. v.15, n.4, p.143-148, 1988.
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Caso Clínico
Clareamento dental pela técnica combinada: Whiteness HP Blue 35% + White Class7 ½% com cálcio
Constanza Odebrecht Doutora em Periodontia pela Universidad de Sevilla - Espanha.
O
Bruno Lippmann
Letícia Ferri
Graduado em Odontologia pela Universidade da Região de Joinville - SC.
Especialista em Dentística pela EAP, Florianópolis - SC.
clareamento dental contribui com a harmonia do sorriso de uma maneira bastante especial, e é constante a procura por este procedimento nos consultórios odontológicos. Pacientes de diferentes faixas etárias, com condições bucais diferentes, procuram o tratamento por um mesmo objetivo bem estabelecido: “ter os dentes brancos”. Em alguns casos, o clareamento almejado pode não ser possível devido a diversos fatores. Em outros casos, o paciente procura o tratamento para um refinamento, partindo de dentes já bastante claros. Nestas ocasiões é importante que se faça acompanhamen-
to com escala de cores ou, se possível, com fotografias, para que o paciente consiga assimilar a mudança de cor de seus dentes.
Caso clínico Apresentamos um caso onde o jovem paciente possuía dentes de coloração geral A2, e por meio da técnica combinada, utilizando uma sessão de Whiteness HP Blue 35% e White Class 7 ½ % durante uma hora diária por duas semanas, chegou-se a coloração final B1, clareando três tons, segundo escala Vita (A2 – D2 – B2 – A1 – B1).
Figuras 1a e 1b Aspecto inicial do caso - com coloração A2. A inserção de Arc Flex (FGM) garante o acesso ideal ao campo operatório.
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Caso Clínico
O clareamento dental contribui com a harmonia do sorriso de uma maneira bastante especial, e é constante a procura por este procedimento nos consultórios odontológicos Figura 2 Aplicação de Desensibilize KF2% por 10 minutos, antes do clareamento.
Figuras 3a a 3c Aplicação da barreira gengival fotopolimerizável Top Dam na gengiva marginal.
Figuras 4a e 4b Manipulação e aplicação do gel diretamente da seringa.
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Caso Clínico NORMAS PARA PUBLICAÇÂO A seção CASO CLÍNICO da ODONTO MAGAZINE tem como objetivo a divulgação de trabalhos técnico-científicos produzidos por clínicogerais e/ou especialistas de diferentes áreas odontológicas. Gostaríamos de poder contar com trabalhos originais brasileiros, produzidos por cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos, para divulgar esse material em nível nacional por meio da revista impressa e pelo site: www. odontomagazine.com.br Os trabalhos devem atender as seguintes normas:
Figura 5 O Whiteness HP Blue 35% deve permanecer em contato com os dentes por 40 minutos, sem trocas do gel.
1) Ser enviados acompanhados obrigatoriamente de uma autorização para publicação na ODONTO MAGAZINE, assinada por todos os autores do artigo. No caso de trabalho em grupo, pelo menos um dos autores deverá ser cirurgião-dentista. Essa autorização deve também dar permissão ao editor da ODONTO MAGAZINE para adaptar o artigo às exigências gráficas da revista ou às normas jornalísticas em vigor. 2) O texto e a devida autorização devem ser enviados para o e-mail: vanessa.navarro@vpgroup.com.br. As imagens precisam ser encaminhadas separadas do texto, em formato jpg e em altaresolução. Solicitamos, se possível, que o artigo comporte no mínimo três imagens e no máximo 30. As legendas das imagens devem estar indicadas no final do texto em word. É necessário o envio da foto do autor principal do trabalho. 3) O texto deve seguir a seguinte formatação: espaço entre linhas simples; fonte arial ou times news roman, tamanho 12. As possíveis tabelas e/ou gráficos devem apresentar título e citação no texto. As referências bibliográficas, quando existente, devem estar no estilo Vancouver. 4) Se for necessário o uso de siglas e abreviaturas, as mesmas devem estar precedidas, na primeira vez, do nome próprio.
Figura 6 Após uma sessão de clareamento em consultório, iniciou-se o clareamento caseiro. Este foi realizado com White Class 7 ½% com cálcio durante uma hora diária por duas semanas.
5) No trabalho deve constar: o nome(s), endereço(s), telefone(s) e funções que exerce(m), instituição a que pertence(m), títulos e formação profissional do autor ou autores. Se o trabalho se refere a uma apresentação pública, deve ser mencionado o nome, data e local do evento. 6) É de exclusiva competência do Conselho Científico a aprovação para publicação ou edição do texto na revista ou no site. 7) Os trabalhos enviados e não publicados serão devolvidos aos autores, com justificativa do Conselho Científico. 8) O conteúdo dos artigos é de exclusiva responsabilidade do(s) autor (res). Os trabalhos publicados terão os seus direitos autorais guardados e só poderão ser reproduzidos com autorização da VP GROUP/Odonto Magazine. 9) Cada autor do artigo receberá exemplar da revista em que seu trabalho foi publicado. 10) Os trabalhos, bem como qualquer correspondência devem ser enviados para: Vanessa Navarro ou Vivian Pacca – ODONTO MAGAZINE Alameda Amazonas, 686 – G1 Alphaville Industrial – Barueri-SP CEP 06460-100 11) Ao final do artigo, acrescentar os contatos de todos os autores: nome completo, endereço, bairro, cidade, estado, CEP, telefones e e-mail. 12) Informações: Editora e Jornalista Responsável Vanessa Navarro (MTb: 53385) e. vanessa.navarro@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7506
Figuras 7a e 7b Resultado final próximo à cor B1.
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