Panorama Gestão - Tecnologia - Mercado
Ano 1 • No 16 • Junho/2014
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Hospitalar Feira e Fórum
Hospitalar e as tendências de Saúde no Brasil
entrevista: Telma Sobolh, líder dos voluntários do Albert Einstein
Alta tecnologia aliada à melhor relação custo benefício.
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Editorial
Panorama Edição: Ano 1 • N° 16 • Junho de 2014
Presidência e CEO Victor Hugo Piiroja e. victor.piiroja@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7732 Publicidade - Gerente Comercial Christian Visval e. christian.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7500
Copa cara, Saúde barata
Ismael Pagani e. ismael.pagani@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7724 Fernando Melhado e. fernando.melhado@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7723 Luciano Itamar Souza e. Luciano.itamar@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7721 Editora Keila Marques e. keila.marques@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7739 Repórter Carolina Spillari e. carolina.spillari@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7741 Conselho Técnico Dr. Gonzalo Vecina Neto, Dr. Eustácio Vieira e Dra. Pina Pellegrini Financeiro Rodrigo Oliveira e. rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.77 Assistente Administrativo Michelle Visval e. michelle.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7728 Marketing Tomás Oliveira e. tomas.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7762 Graphic Designers Cristina Yumi e. cristina.yumi@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7737 Flávio Bissolotti e. flavio.bissolotti@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7737 João Corityac e. joao.corityac@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7737 Web Designer Robson Moulin e. robson.moulin@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7762 Sistemas Fernanda Perdigão e. fernanda.perdigao@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 2424.7726 Wander Martins e. wander.martins@vpgroup.com.br t. +55 (11) 4197.7762
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s gastos e os empréstimos do governo federal, dos Estados e das prefeituras com a Copa somam R$ 25,5 bilhões, segundo informações oficiais divulgadas até o fechamento dessa edição. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o secretário executivo do Ministério dos Esportes, Luis Fernandes, revelou que o valor subirá para R$ 28 bilhões em julho. O que representa um aumento de mais de 10% em comparação com a última previsão, feita em abril. A Copa de 2014 será a mais cara da história. Em comparação com as duas últimas edições, o valor já é três vezes maior do que da Alemanha em 2006 e quatro vezes o que foi gasto na África do Sul em 2010. O lucro da FIFA também atinge recorde nessa edição. E o qual é a importância disso tudo? Os gastos da Copa representam aproximadamente 12,5% dos gastos anuais do governo em Saúde, que somam R$ 206 bilhões. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos, o investimento anual em Saúde em 2014 será $1.3 trilhão. Pois Saúde é prioridade. A escolha pelo investimento em um evento como este resulta na continuidade das péssimas condições que o sistema público apresenta hoje. Uma operadora de plano de Saúde cobra cerca de R$ 2.400 por ano e o governo não dispõe nem da metade desse valor por habitante. Os R$ 206 bilhões equivalem, em média, a R$ 1 mil por pessoa. Se a maioria da população não tem condições de pagar por um plano de Saúde, não faz sentido investir em Copa do Mundo. Esse tema foi amplamente discutido na 21ª Hospitalar Feira e Fórum, maior evento do setor na América Latina. A abordagem foi bastante abrangente, tratou desde inovação, fortalecimento da indústria de saúde e gestão de recursos para o sistema público de saúde, até o mercado de saúde suplementar e o desafio da sustentabilidade dos hospitais brasileiros. E a ideia predominante foi a seguinte: não falta dinheiro, falta gestão. Falta gestão de recursos, projetos, pessoas, clínica, financeiro, administrativo, e por aí vai. A necessidade de gestão está inclusive na condição para que o País cresça e gere mais renda para ser investida em Saúde. Aproveite a leitura!
A Revista A revista Panorama Hospitalar apresenta aos administradores de hospitais e clínicas notícias atualizadas sobre o mercado, entrevistas e reportagens sobre novas tecnologias e os principais temas do segmento, além de coberturas jornalísticas dos eventos do setor. Panorama Hospitalar Online s. www.revistapanoramahospitalar.com.br Tiragem: 15.000 exemplares Impressão: Duograf
comunicação integrada
Keila Marques Editora
Alameda Madeira, 53, Cj. 92 - 9º andar 06454-010 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br comunicação integrada
Junho, 2014
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Sumário
nesta edição
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NotÍcias 10º Prêmio FBAH
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de Administração Hospitalar Drager
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Fabricação de equipamentos médicos
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Abimo
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Aliança Estratégica em Saúde
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comemora 125 anos cresce mais de 15% no primeiro trimestre vence prêmio da Apex-Brasil
Mundo hospitalar
Confira a cobertura da 21ª Hospitalar Feira e Fórum com os principais lançamentos de produtos e as novidades do evento
Hospital da Restinga, da rede Moinhos de Vento, usará soluções da Totvs por meio de uma Aliança Estratégica em Saúde 10
“Gestão é gostar de gente”
Para Denise Santos, CEO da Beneficência Portuguesa de São Paulo, gostar de gente é fundamental em um modelo de gestão
Produtos e Serviços BD Max
Dra. Waleska Santos
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Especial Imagem: JPR
Samsung
Recordamos a história da Radiologia no Brasil e apresentamos um pouco mais do que aconteceu na 44ª Jornada Paulista de Radiologia. Confira!
Siemens
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Case Study
ENTREVISTA telma Sobolh
coordena uma equipe de 460 voluntários que, segundo ela, trabalham por uma causa e gostam do que fazem
Videoconferência
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Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo implanta rede de atendimento médico à distância para o esclarecimento de diagnósticos e monitoramento de pacientes
Turismo de Saúde
Agência de Florianópolis (SC) organiza tratamentos médicos e passeios guiados na Ilha da Magia
Ponto de vista Fernando L. Motta dos Santos
43 Libânia de Alvarenga Paes TI não é só Tecnologia 44 silvio celestino Abrace seus problemas 46
Investir Certo: Por que projetos fracassam?
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Panorama Hospitalar
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livro
AGENDA
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Notícias
10º Prêmio FBAH Crédito: Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
de Administração Hospitalar
Os vencedores do 10º Prêmio FBAH de Administração Hospitalar
Drager comemora
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Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH) reuniu líderes e gestores da área de saúde na noite de 19 de maio, véspera do início da 21º Hospitalar Feira e Fórum, para o 15º Jantar do Administrador Hospitalar. A iniciativa também marcou a entrega do 10º Prêmio FBAH de Administração Hospitalar. O Prêmio Administrador Hospitalar foi entregue ao diretor geral do Hospital Regional do Baixo Amazonas, Hebert Moreschi. Na categoria Hospital Privado, o Prêmio de Administrador Emérito foi para Maria Lúcia Pontes Capelo Vides, superintendente do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos (SP). Enquanto que na categoria Hospital Público, o premiado foi Antônio José Rodrigues Pereira, o “Tom Zé”, chefe de Gabinete do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. E na categoria Hospital Filantrópico, Renato Sargo, superintendente do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc).
125 anos
Crédito: Divulgação Drager
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fabricante alemã de equipamentos médicos e de segurança celebrou os seus 125 anos em evento para cerca de 100 convidados, realizado no dia 21 de maio, segundo dia da 21º Hospitalar Feira e Fórum, em São Paulo (SP). Para o presidente do Conselho Executivo, Stefan Drager, “o momento é uma ótima razão para refletirmos sobre o que torna a Drager especial”. Ele esteve no Brasil e irá percorrer o mundo todo para comemorar com seus clientes. Após o discurso, foi realizada uma exposição dos “Dräger Moments”, com objetos que
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Panorama Hospitalar
representam cada momento importante da história da companhia nos segmentos em que atua. No ano passado a companhia completou 60 anos de atuação no Brasil. A primeira filial brasileira foi inaugurada em 1953, na capital paulista. Somente em 1988 a empresa inaugurou um prédio próprio em Barueri, cidade da região metropolitana de São Paulo. Atualmente, a companhia mantém escritórios em Recife, Salvador, Triunfo, Macaé e Manaus, e cerca de 240 funcionários que trabalham em duas divisões, de Hospitais e Segurança.
Notícias
Fabricação de equipamentos médicos cresce mais de 15% no primeiro trimestre A fabricação de equipamentos e materiais de uso médico-hospitalar e odontológico cresceu 15,3% no primeiro trimestre de 2014 em relação ao mesmo período de 2013. Já as importações desses produtos - em especial de aparelhos de raios X e os que utilizam radiações - registraram queda de 13,9% em igual período. Os dados fazem parte de um estudo sobre o desempenho do setor de produtos para a saúde realizado pela consultoria econômica Websetorial para a Abimed - Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares. O levantamento mostrou ainda que as vendas do setor cresceram 12,7% no primeiro trimestre do ano e que 1.858 novos empregos foram gerados no período - 3,8% a mais do que no primeiro trimestre do ano passado. Na avaliação da Abimed, os resultados retratam as mudanças que estão ocorrendo no setor em decorrência das políticas industriais de estímulo à fabricação local de produtos para a saúde, que incluem a realização de parcerias entre os setores público e privado. “Esses números podem ser os primeiros resultados dos Processos Produtivos Básicos (PPBs) aos quais as empresas do setor aderiram, iniciando ou ampliando a produção local de equipamentos e produtos médico-hospitalares”, analisa Carlos Goulart, presidente-executivo da Abimed.
Crédio: Divulgação Apex-Brasil
Abimo vence prêmio da Apex-Brasil
Paula Portugal (à direita), da Abimo, na entrega do prêmio Excelência em Exportação da Apex-Brasil
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Associação foi vencedora da 5ª edição do prêmio Excelência em Exportação da Apex-Brasil na categoria “Iniciativa Inovadora de Promoção Setorial - Entidade Parceira”. A premiação foi realizada pela Agência com o tema “Brasil Beyond”, dia 28 de maio, em São Paulo (SP). A Abimo concorreu ao Prêmio com outros 80 setores. O case premiado foi o Programa de Incentivo à Certificação (PIC), promovido pelo projeto Brazilian Heath Devices para auxiliar
na obtenção da certificação internacional americana - FDA (Food and Drug Administration). “Pretendemos melhorar a imagem da qualidade dos produtos brasileiros para a saúde e aumentar as vendas, não somente para os EUA, mas para diversos outros mercados que associam o selo FDA à confiabilidade e qualidade”, afirma a gerente de exportação da Abimo, Paula Portugal. Países como Chile, Jordânia, Israel também exigem a certificação. Janeiro, 2014
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Notícias
Ciclistas entregam exames no HCor
Crédito: HCor
Cerca de 40% dos exames entregues em domicílio pelo HCor poderão ser transportados por ciclistas. O serviço de bike courier deve cobrir toda a região da Avenida Paulista, localizada nas proximidades do hospital, e outros bairros no alcance de até cinco quilômetros em torno da Instituição, como Paraíso, Vila Mariana e Mooca. Com a mudança, a taxa de entrega reduz pela metade, no caso das viagens feitas por ciclistas. O valor é pago pelos pacientes. Antes, apenas motoboys eram contratados e eles devem continuar respondendo por 60% da demanda. “Nosso foco na sustentabilidade foi o principal motivador da escolha”, afirma Paulo Henrique da Costa, gerente do Centro de Diagnósticos do HCor. O HCor entrega cerca de três mil exames em domicílio todo mês, e os ciclistas devem realizar mil e duzentos envios mensais. Um projeto piloto foi testado por dois meses, entre março e abril, e a aceitação do serviço foi positiva. “Os ciclistas andam uniformizados e têm sido bem recebidos pelos pacientes, geralmente em endereços residenciais”, afirma.
História da Saúde no Brasil
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livro “A Saúde no Brasil – Do Descobrimento aos Dias Atuais”, concebido e patrocinado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), foi lançado oficialmente durante a 21º Hospitalar Feira e Fórum. A publicação tem tiragem limitada e foi escrita pela historiadora e professora Sônia Maria de Freitas. Um dos capítulos é inteiramente dedicado à história das Santas Casas e os Reais Hospitais Militares, primeiras organizações hospitalares do país. Em seguida, aborda a implantação das Beneficências Portuguesas e hospitais fundados por imigrantes, a partir da metade do século XIX, chegando à evolução tecnológica, desde os primeiros instrumentos cirúrgicos rudimentares até os mais avançados equipamentos da atualidade. São descritos como se desenvolveu a saúde pública no país e a efervência sanitarista e higienista, do final do século XIX. Na avaliação de José Carlos Rizoli, presidente do INDSH, a ideia nasceu do desejo de disseminar a evolução da história da Saúde no Brasil. “Entendemos que para progredir rumo ao futuro, precisamos conhecer muito bem nosso passado”, conclui.
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Notícias
Rastreabilidade de medicamentos
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II Workshop “Implantação da Codificação e Rastreabilidade de Medicamentos” aconteceu no dia 26 de maio, em Brasília. O encontro, promovido pela Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil (Alfob), teve por objetivo avaliar as ações já desenvolvidas para a rastreabilidade e planejar estratégias para o cumprimento das regulamentações previstas na RDC 54/13, que criou o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos. A norma estabelece um prazo de três anos
para a implantação desse sistema e demais mecanismos para rastreamento. Prevê a utilização de um Identificador Único de Medicamento (IUM), que deverá ser aplicado em embalagens secundárias, responsável por acondicionar os insumos farmacêuticos. E ainda prevê o rastreamento dos produtos desde a fabricação até a entrada no estabelecimento. “A expectativa é que a rastreabilidade possibilite maior segurança do paciente, redução de roubos, melhor gestão de custos de saúde, além de otimização das ações sanitárias”, explica a assessora da Presidência da Anvisa, Ana Paula Barreto.
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Notícias
Hospital do Sul já nasce hi-tech Sob gestão da Associação Hospitalar Moinhos de Vento, Hospital da Restinga usa soluções da Totvs e é apoiado pela Aliança Estratégica em Saúde
Nelson Pires, diretor de Segmentos de Saúde da Totvs, Luciano Hammes, superintendente do Hospital Moinhos de Vento e Francisco Sapore Júnior, diretor de Saúde para a América Latina da Microsoft
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m novo hospital construído pela Associação Hospitalar Moinhos de Vento deverá ser inaugurado em Porto Alegre até junho, estima a Secretaria de Saúde do Governo do Estado do Rio Grande do Sul (RS). O Hospital da Restinga é fruto de uma parceria público-privada, dentro do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). Além do Governo do Estado do RS, o Ministério da Saúde e a Prefeitura de Porto Alegre negociam o valor do contrato para administração do hospital, estimado entre R$ 3,8 milhões a R$ 4,1 milhões por mês, segundo dados do Governo do RS. Luciano Hammes, superintendente do Hospital Moinhos de Vento, explica que o hospital é visto pelo Ministério da Saúde como uma solução de um hospital modelo para o SUS. Para operacionalizar a tecnologia dentro deste hospital, Hammes conta que, como médico testou vários sistemas para implantar no hospital. “O sistema da Totvs é preocupado com o usuário final. Será possível olhar todo o histórico de medicamentos de um paciente em um clique. A interface exibe uma linha do tempo.” Nelson Berny Pires, diretor de Segmentos de Saúde da Totvs, acrescenta que o “Hospital é o primeiro cliente a adquirir uma solução da Aliança Estratégica em Saúde”. Essa aliança reúne em uma mesma equipe Totvs, Hospital Israelita Albert Einsten, Microsoft e Intel. Cada agente entra com sua especialidade. A solução utilizada pelo Hospital da Restinga vinha
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Panorama Hospitalar
sendo desenvolvida em parceira com o Hospital do Coração, o HCor, há cinco anos”. Dentro do pacote de soluções oferecidas pela Totvs está a plataforma fluída ou Fluig, software da Totvs com rede social, ECM, workflow, gestão de documentos e uma série de ferramentas. Essas funcionalidades levam em consideração, de acordo com o executivo da Totvs, a proximidade das pessoas com o celular. Durante a 21º Hospitalar Feira e Fórum, a Totvs apresentou um prontuário eletrônico que conversa com o médico, o software HIS. “Como no filme Her, o sistema operacional conversa com o usuário, e no final das contas o usuário acaba se apaixonando por ele”, diz Pires. Esse sistema reconhece escrita. “Podemos escrever na tela do tablet e conversar com o prontuário eletrônico registrando as informações lá.” Com todas essas facilidades da tecnologia, “o objetivo do hospital, a médio prazo, é ser um hospital sem papel. O software permite isso. O hospital usa wi-fi. Um dos critérios da escolha foi o pacote completo”, detalha Hammes. Francisco Sapore Júnior, diretor de Saúde para a América Latina da Microsoft, diz que a companhia entrou com a plataforma Microsoft, sistema operacional Windows, SQL em máquinas suficientes para suportar toda a estrutura. “Com esse tipo de ação podemos alavancar em outros hospitais. Existem modelos de negócios que podem transformar a área de saúde. Por exemplo, o uso de nuvem. Vamos usar novas plataformas para transformar o mercado de saúde.” PH
Notícias
“Gestão é
gostar de gente” Confira a entrevista com Denise Santos, CEO da Beneficência Portuguesa de São Paulo, que foi moderadora da palestra “Financiamento e Gestão em Saúde” realizada na 21º Hospitalar Feira e Fórum
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enise Santos, CEO do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo foi moderadora da palestra “Financiamento e Gestão em Saúde”, realizada na 21º Hospitalar Feira e Fórum, durante o Congresso de Gestão em Saúde. Em entrevista à Panorama Hospitalar, ao final da palestra, ela comentou a importância da proximidade entre pessoas que trabalham em uma instituição de saúde. PH - Quais são os maiores desafios para um gestor à frente de um hospital como a Beneficência Portuguesa? Denise - Quando a gente fala em gestão, tem uma coisa muito simples que a gente [da Beneficência Portuguesa de São Paulo] traduz lá dentro como proximidade. O gestor tem que estar próximo. Isso significa compartilhar a estratégia desde o primeiro nível da organização até o porteito. E cada um tem que saber por que a sua atuação é importante dentro daquele contexto. Quando a gente monta um planejamento estratégico e o transforma em orçamento de curto prazo, tem que haver envolvimento. E se esse envolvimento for o mais amplo possível, vai causar engajamento. Só assim a gente consegue fazer as pessoas acreditarem. PH - O que você considera fundamental em um modelo de gestão? Denise - Não basta só atender ou só prestar um bom serviço, é preciso acreditar em uma causa. A gestão tem que ter um propósito maior. Nós traduzimos esse propósito em três palavras: atenção, bem-estar e carinho. Isso não vale só para o paciente, mas para todos aqueles que estão ao seu lado, acima ou abaixo [na empresa]. Gestão é gostar de gente. Costumo dizer muito isso para quem trabalha, porque este é, de fato, um ato solidário. Depois vem todo o resto, resultados financeiros, metas, desempenho. Nós so-
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Panorama Hospitalar
mos uma instituição filantrópica sem fins lucrativos, mas que tem lucro, porque eu tenho que reinvestir para que o hospital continue rodando [sic]. Temos um século e meio de vida, não podemos falar de gestão sem falar de proximidade. Especialmente em um mundo onde a gente acha que a conectividade virtual tomou conta das relações. PH - Como as novas tecnologias de gestão têm colaborado, ou não, para o hospital? Denise - O hospital tem três pilares importantes. O lado financeiro, sem dúvida, é um deles, senão como é que você cria suficiência operacional não deixando de lado qualidade assistencial? Tem outro pilar que é a tecnologia, e estamos falando desde equipamentos que vão gerar diagnósticos mais precoces, até a tecnologia da informação, que reúne dados apurados em processos automatizados. E por fim, pessoas. Esse pilar pessoas, obviamente, permeia todos eles. Quanto mais competente a gente for pra gerir esses três focos, mais vai haver equilíbrio financeiro sem perda de qualidade assistencial, tecnologia na medida, nem mais nem menos, e proximidade entre as pessoas. PH - Qual é a responsabilidade do social do hospital? Denise - A gente como instituição privada, e eu não falo só de hospitais, tem compromisso com a responsabilidade social, para o Brasil sair desse estágio de País em desenvolvimento e pular para outro estágio. Não é só uma responsabilidade pública, é uma responsabilidade do cidadão e, também, empresarial. Gestão tem a ver com isso: o quanto você consegue tirar a maior satisfação possível das pessoas que trabalham em prol de uma causa para um resultado sustentável, de perenidade. Bacana estar em um lugar de 154 anos, vai fazer 155 neste ano. Não vamos ver os próximos 155, mas queremos deixar história.
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A BD (Becton Dickinson Indústrias Cirúrgicas) lançou um equipamento de bancada que acelera a leitura de códigos genéticos e detecção de doenças. Registrado na Anvisa, o BDMAX pode ser utilizado por laboratórios clínicos que oferecem diagnóstico molecular. Ele automatiza o fluxo de trabalho ao realizar a purificação dos ácidos nucleicos e a detecção por PCR (reação em cadeia da polimerase) em tempo real. Deste modo, patógenos bacterianos, virais e parasitários são encontrados. Valeria Andrade, especialista em Desenvolvimento de Negócios para Biologia Molecular da BD, explica que “a máquina possibilita ao laboratório a automação de protocolos próprios e o desenvolvimento de testes para a detecção dos agentes infecciosos sazonais”, diz. O BDMAX faz a leitura por scanner dos códigos de cada amostra, das tiras de reagentes e posteriormente realiza a dupla checagem desses códigos, permitindo um padrão de qualidade maior no diagnóstico da amostra de DNA. Sua capacidade de processamento é de até 120 amostras em oito horas. Os primeiros resultados saem em até duas horas.
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Panorama Hospitalar
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Telma Sobolh é presidente do departamento de Voluntários da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein há 19 anos e coordena uma equipe de 460 voluntários que, segundo ela, trabalham por uma causa e gostam do que fazem
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o me receber em seu escritório para uma entrevista, na sede do hospital Albert Einstein no bairro do Morumbi, em São Paulo (SP), Telma Sobolh não só explicou como funciona o sistema de Voluntariado da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE), como também relembrou o início desse trabalho e da própria SBIBAE. Para isso, ela teve que contar um pouquinho de sua própria história. Afinal, são 19 anos na presidência do departamento e 27 como voluntária da Sociedade. Sob o seu comando, o Voluntariado acompanhou o crescimento do Hospital Albert Einstein, conquistando duas certificações de qualidade, o sistema ISO 9001 e a Joint Commission International (JCI). Ela também colaborou para a publicação de três livros e se prepara para lançar mais um em outubro, com a proposta de mostrar que ‘todos nós podemos fazer a diferença’. Telma diz não acreditar em trabalho social sem transparência, que não apresente resultados. Talvez por ser genuinamente verdadeira, não saiba viver sem transparência. O engajamento, e envolvimento, com o qual ela encara o trabalho estão implícitos na maneira como ela fala - com mais leveza do que preocupação. Naturalmente, quem está ao seu redor sente-se inspirado. Pelo menos foi assim que me senti após duas horas de conversa. Nessa entrevista, você vai entender como ela lidera 460 voluntários, além dos funcionários que trabalham no setor administrativo do departamento.
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Panorama Hospitalar
São pessoas que trabalham por uma causa e, como a própria Telma diz, “gostam do que fazem”. PH - Como começou o projeto de voluntariado do hospital Albert Einstein? Estou aqui há quase 30 anos. Não sou da velha-velha guarda. Tenho amigas que são e nós [as mais novas] as chamávamos de pedras fundamentais. Hoje a pedra fundamental sou eu [risos]. Eu sempre digo que esse hospital nasceu de uma situação bastante interessante: um grupo de médicos e empresários queria ter um hospital de nível internacional criado pela comunidade judaica. Durante a construção do hospital, em 1955, um grupo de mulheres começou a arrecadar fundos e colaborar para a construção. Em 1969 elas criaram a pediatria assistencial para atender os filhos das pessoas que estavam construindo o hospital, o Palácio do Governo e o Estádio do Morumbi, em caráter de ambulatório. Essas pessoas vieram construir essas três obras, acabaram invadindo as terras nos arredores e não tinham assistência médica. O hospital só foi inaugurado em 1971. Então o trabalho social começou antes mesmo de o hospital ser inaugurado. Depois a pediatria assistencial se tornou Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis [nas proximidades do hospital]. O Voluntariado está ligado à presidência da Sociedade, que tem como presidente o Dr. Claudio Luttenberg, e completa 59 anos neste ano.
telma sobolh.
Entrevista
Eu não acredito em trabalho social que não tenha transparência, que não apresenta resultados”
PH - Como você define o perfil do voluntário de hoje? Voluntário é a pessoa que realmente pode fazer a diferença com os seus potenciais. Hoje nós somos 460 voluntários, trabalhando em 54 setores que são divididos em quatro grandes áreas. Se você me perguntar se somos todos judeus, te respondo: não. Acho que só 30% são. Esse hospital foi feito para a comunidade brasileira. Temos quase 30 voluntários no Hospital M’Boi Mirim, mas a maioria está em Paraisópolis (160) e no Einstein (120). Dentro do Instituto de Responsabilidade Social temos uma casa de idosos, o Residencial Israelita Albert Einstein (RIAI), no qual 160 idosos moram. Temos voluntários homens e mulheres. A maioria tem entre 40 e 60 anos e é mulher. PH - Qual é a rotina dos voluntários? Somos rígidos. Aqui você não vem quando quer. Todo mundo tem horário certo, tem rotina, tem setor certo de trabalho. Apesar de voluntário, o trabalho é como o de um profissional. A média é de quatro horas de trabalho por semana. Algumas pessoas querem trabalhar em mais de um setor, mas só permitimos três setores por voluntário. Eles trabalham sozinhos ou auxiliam outros profissionais, depende o caso. O voluntário fica com a gente, em média, cinco anos. Nossa meta é chegar até o final do ano com 480 voluntários e crescer mais 5% em número de voluntariado e atendimento. Então, pra este ano, nossa meta é chegar aos 35% em atendimento. Funcionário de voluntariado é criado aqui, não tem uma escola que ensina a administração deste departamento. O voluntário trabalhar com amor e você tem de administrar o amor dele, porque muitas vezes sufoca [risos]. PH - Qual é a diferença ente o voluntário e o profissional? Acho que o profissional tem uma gama de coisas para fazer normalmente e nem sempre exer a profissão que gosta. Já o voluntário faz o que ele gosta. Uma vez por mês nós fazemos uma seleção de novos voluntários e a média de comparecimento é de 40 a 60 pessoas. Desse grupo aproveitamentos no máximo 10. Às vezes a visão da pessoa sobre o que é ser um voluntário não é o que a gente entende por ser voluntário. Muita gente nos procura porque acha que vai conseguir emprego no hospital, mas funcionário não pode ser voluntário. Muita gente, psiquicamente, não está preparada. Temos
uma gama de atividades muito grande, então com alguma a pessoa você vai se identificar, desde que queira levar isso a sério. PH - Como o departamento de Voluntários ganhou importância no hospital? O voluntariado começou como arrecadador de fundos para o hospital e só depois adquiriu a proposta de ajudar crianças. Ele representava o âmago da parte social do hospital. No começo, poucos médicos queriam vir para cá, isso aqui era só mato. Depois o hospital foi crescendo e cada de os presidentes tinha uma visão diferente. O primeiro queria construir um hospital. O segundo acreditava que ter equipamentos fantásticos poderia ser um diferencial - e foi. O terceiro veio com a qualidade. Já o quarto, o Claudio, tinha uma visão maior. Ele saiu dos muros do Morumbi. Já tínhamos unidades avançadas de Check-up e a de Alphaville, mas ele ampliou. E o voluntariado caminhou junto, seguindo a qualidade e a dimensão do hospital. Tínhamos que estar no mesmo nível do hospital. Aqui se respirava qualidade. Eu pensava assim: se não me igualar, vou sumir. O sistema ISO de qualidade foi a forma que encontrei para conseguir administrar uma diversidade tão grande de ações. PH - Como você administra o departamento? Aqui é um departamento como qualquer outro do hospital. Não me sinto diferente de outros profissionais. Se somos voluntários, temos uma razão de ser. E eu ponho a mão na massa. Mas é preciso ter condições de administrar, então fomos buscar um sistema que nos ajudasse. Com o crescimento que tivemos nos últimos anos, vieram o RIAI, o M’Boi Mirim e as parcerias públicas. Como é que eu iria administrar se não tivesse um sistema que me ajudasse? O sistema ISO de qualidade me ajuda muito no sentido de avaliação constante de todos os processos, mas eu não acredito em um Voluntariado que não tenha uma equipe profissional. Atualmente a equipe profissional é que administra, formada por nove pessoas, eu dou as coordenadas. É fundamental ter profissionais capacitados que acreditem que a área social é importante, porque nós trabalhamos por uma causa. Não é fácil trabalhar aqui porque é o Einstein. Inclusive nós temos conotação de rico, entao para pedirmos doação é mais complicado. PH - Como vocês recebem as doações? Conseguimos as doações pela qualidade e seJunho, 2014
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Entrevista
telma sobolh.
riedade do nosso trabalho. A gente ganha pela transparência. Conforme a pessoa doa, recebe na hora uma carta de agradecimento e o que eu vou fazer com aquilo. Esse trabalho tem frutos, tem resultado. Ninguém me cobra, mas eu não consigo agir diferente. Todo final de ano nós divulgamos um relatório de prestação de contas com quantos atendimentos foram feitos. Eu não acredito em trabalho social que não tenha transparência, que não tenha resultados. A cada seis meses nós fazemos um avaliação que faz com que nós tenhamos mais produtividade. No ano passado, nós tivemos, com o mesmo número de voluntários, 30% a mais de atendimentos. Até o Cláudio [presidente do hospital] falou que nós somos um dos únicos departamentos que conseguiu crescer em produtividade com o mesmo número de pessoas. PH - Você é pedagoga de formação. Como se envolveu com o Voluntariado? Na época da faculdade nós tínhamos gana pelo social. Então, com o Voluntariado, eu tive a chance de resgatar algo da minha adolescência. Comecei 27 anos atrás, ligando para as fábricas para pedir doação de comida. Como consegui muita coisa, comecei a pedir produtos também. Tornei-me voluntária por que recebi um convite do chefe da Pediatria Assistencial. Está aí uma coisa que a gente não pode fazer. Vo20
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luntário tem que ser voluntário por que quer, senão a culpa vai ser do outro. É o caso de quem vai ser voluntário por que prometeu para Deus. O problema dele é com Deus, não é com a causa. Por isso todo mundo que vem pagar promessa não fica. Depois eu ainda levo a culpa perante Deus por que o voluntário não se adaptou. Falou que está pagando promessa, estou fora [risos]. PH - Qual é o segredo para manter um projeto como este? Comprometimento e gerenciamento disso tudo. Cada um dos 55 setores tem a sua coordenadora. O sistema ISO exige que você faça análise crítica de todos os processos a cada seis meses, com dois indicadores, de presença e de funcionamento do setor. Como posso ter uma voluntária que veio 30% e a outra 170%? Tem alguma coisa errada e uma hora aquela que veio mais, não vai querer mais vir. Então você se previne de um problema futuro. Por exemplo, na hemodiálise as pessoas gostam de ficar quietinhas. Já na UTI me pediram os clowns [palhaços], eu achei que não ia dar certo, mas os pacientes estão amando. Hoje eles também vão ao M’Boi Mirim. Então aquela frase ‘o que é bom pra mim não é bom para os outros’, não é verdade. Temos 20 clowns e eles são um sucesso.
telma sobolh.
Entrevista
Telma Sobolh: “Aqui é um departamento como qualquer outro do hospital, não me sinto diferente de outros profissionais, porque, se somos voluntários, temos uma razão de ser”.
PH - Como começou o trabalho voluntário em Paraisópolis? Até 15 anos atrás, as crianças eram internadas aqui. Depois percebemos que precisávamos trabalhar com a prevenção, mas não tínhamos espaço aqui dentro. Então o Voluntariado foi comprado áreas em Paraisópolis e trabalhando não só a parte médica, também a prevenção, educação, esporte e, inclusive, capacitação. Há oito anos começamos a capacitação para o trabalho no Einstein. Também oferecemos cursos de corte e costura, tricô, crochê, essas coisas. Depois introduzimos uma professora de culinária e hoje, algumas mulheres têm Buffet em Paraisópolis. Também temos curso de manicure, maquiagem e design de sobrancelha. PH - Por que obter a JCI em Paraisópolis? Você vai me dizer assim, poxa a JCI é uma coisa tão cara. Mas se o Einstein se considera um hospital de primeira linha, o seu trabalho social também tem de ser de primeira linha. Acredito muito na parte de responsabilidade e segurança que a JCI traz. A acreditação foi conquistada em Outubro de 2013. O processo foi rápido porque estava na essência da instituição, que exige uma série de documentos. Algumas adaptações foram realmente sérias em termos de construção, que vieram para contribuir.
PH - Conte-nos uma história marcante: Um dia eu quero escrever um livro ‘brincadeiras de um voluntário’, pois são tantas coisas que acontecem. Uma vez nós ganhamos toalhas de banho de um hotel e colocamos a venda no nosso bazar, por cinquenta centavos. Uma senhora do serviço de Higiene comprou e veio nos dizer, chorando, que na casa dela havia cinco pessoas e só duas toalhas de banho. Então o quinto sempre usava toalha molhada. O bazar é fundamental. Qualquer trabalho social começa de dentro pra fora, começa em casa. PH - Deve ser difícil não se envolver. O que te motiva a continuar? Coisas desse tipo. Quando comecei no Voluntariado, eu pensava que a responsabilidade toda era do Governo, depois percebi que não é. O Governo precisa pensar em grandes políticas públicas e cabe à sociedade se preocupar as pequenas. Se a gente pode, por que não? Quando eu era nova, achava que só os grandes líderes podiam fazer alguma coisa, depois aprendi que qualquer um pode. Hoje eu entendo a frase do Einstein: você salva uma vida, você salva toda a humanidade. Aquela pessoa que você salvou pode fazer a diferença na sua família inteira. PH Junho, 2014
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Hospitalar Feira e Fórum atinge a maioridade Por Carolina Spillari e Keila Marques Aos 21 anos, a Hospitalar reafirma o seu papel de principal de evento de lançamento de novas tecnologias e ponto de encontro dos profissionais da Saúde na América Latina para a promoção nacional das principais demandas do setor de Saúde
Crédito: Divulgação HOSPITALAR
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Hospitalar Feira e Fórum é o principal indicador de tendências em tecnologias para área da Saúde no Brasil. No entanto, com um Fórum de Saúde que abrange mais de 60 eventos, e a participação de 12.000 congressistas, a feira ganha uma dimensão maior. É também o período no qual os profissionais da Saúde se reúnem para debater e promover nacionalmente as principais demandas deste setor, que, hoje, corresponde a 10,2% do PIB brasileiro. Neste ano, nas diversas conferências, muito se falou em inovação, fortalecimento da indústria de saúde, gestão de recursos para o sistema público de saúde, o mercado de saúde suplementar e o desafio da sustentabilidade dos hospitais brasileiros. A questão é: não falta dinheiro, falta gestão. E até quem diz acreditar que o problema está na falta de dinheiro, concorda que falta gestão; de recursos, projetos, pessoas, clínica, financeiro, administrativo, e por aí vai. Afinal, a gestão é necessária inclusive para o País crescer e gerar mais renda para ser investida em Saúde. Assim como o setor de Saúde, a Hospitalar Feira e Fórum também é bastante abrangente. Neste ano, as especialidades atendidas em eventos paralelos aos quatro dias de exposição aumentaram. As oportunidades de negócios entre fornecedores e prestadores de serviços de saúde foram potencializadas com a inauguração
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Panorama Hospitalar
do Espaço Farmacêutico e CompoHealth– 1ª Feira Internacional de Tecnologia, Insumos e Componentes para Fabricação de Produtos Médico-Hospitalares. Cerca de 1.250 expositores, provenientes de 34 países, estiveram lá, apresentando seus lançamentos, fechando parcerias e promovendo tendências de tecnologia no setor. No Fórum de Saúde, os temas envolvem desde Administração Hospitalar, Inovação em Saúde, Engenharia Clínica e Rastreabilidade, até Design e Operação, Medicina Esportiva e Emergência e Terapia Intensiva. Nesse sentido, o público participante da feira é tão diversificado quanto a própria feira. Formado por médicos, enfermeiros, dirigentes e administradores hospitalares, formuladores de políticas públicas e privadas de saúde, profissionais do setor acadêmico, além de fornecedores de produtos, equipamentos e serviços para hospitais, clínicas e laboratórios. Ao atender esse público, de cerca de 90 mil pessoas, “a 21ª edição da Hospitalar atinge a maturidade, reafirmando seu papel de aglutinadora e ponto de encontro indispensável para aqueles que direta ou indiretamente vivem o setor saúde em todas as suas vertentes”, afirmou a Dr. Waleska Santos, presidente da Hospitalar, durante a feira. Nas próximas páginas você confere as principais novidades e lançamentos dessa 21ª Hospitalar Feira e Fórum, realizada entre 20 e 23 de maio, em São Paulo (SP). PH
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Mundo Hospitalar
CISS apresentou cases de inovação
Crédito: Divulgação HOSPITALAR
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Congresso Internacional de Serviços de Saúde – CISS foi o destaque do Fórum de Saúde. Especialistas de clusters médicos de referência mundial como Cleveland (EUA), Nuremberg (Alemanha), Jerusalém e Reino Unido participaram do evento, que aconteceu paralelamente à Hospitalar, entre os dias 21 e 22. O tema central foi “Inovação para um sistema de saúde mais eficaz e satisfatório para a cidadania: caminhos a trilhar na indústria e nos serviços”. A primeira palestra que abriu o Congresso contou com a participação de especialistas norte-americanos, que mostraram como as inovações e tecnologia são instrumentos essenciais para que uma experiência se torne referência mundial. William A. O. Riordam, vice-presidente e gerente geral da multinacional Steris, com sede em Ohio, abriu a palestra falando de
perseverança. “O Sr. Raymond Kralovic, fundador da Steris, não desistiu de sua ideia, numa época em que ninguém acreditava em esterilização rápida e em líquido. Hoje somos líderes globais pela perseverança do Sr. Ray e pela constante e alta aposta em inovação e tecnologia”. O vice-presidente de assuntos clínicos e científicos da empresa, Gerry McDonnell, mostrou a importância da tecnologia para que o sistema realmente funcione. “Investimos muito em esterilização e rastreabilidade, e desenvolvemos constantemente novas tecnologias, como formas de diminuir infecções e melhorar o fluxo de trabalho dentro do hospital”. Na foto, você vê a finalização do Congresso, quando a Dr. Waleska, presidente da feira, agradeceu a todos os participantes do evento. PH
Regulação em Produtos A abertura da V Jornada de Ação em Política Industrial e Regulação em Produtos para Saúde, na tarde do primeiro dia da Hospitalar, 20 de maio, contou com a presença de personalidades do setor. Na solenidade de abertura do evento estavam presentes: Carlos Gadelha – Secretário da Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, representando o Ministro da Saúde, o presidente da Abimo, Franco Pallamolla, o diretor da Anvisa, Luiz Roberto Klassmann e o diretor da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI, Claudionel de Campos Leite. Gadelha apontou que o sistema produtivo da área da saúde representa uma parcela substantiva do emprego, do PIB e da pesquisa brasileira. “35% da pesquisa brasileira é realizada 24
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no campo da saúde”, analisa. Segundo ele, “é fundamental que o país perceba a dimensão, o peso econômico e o grau de dependência tecnológica que existe no campo da saúde”. Durante a jornada aconteceu o lançamento do Comitê Técnico Regulatório – RDC número 50/12. O gerente geral de tecnologia de produtos para saúde da Avisa, Joselito Pedroso, apresentou os detalhes do Comitê, cuja finalidade é regular as transferências de tecnologia de produtos para a saúde.“O tipo de tecnologia que apresenta problemas de registro e pós-mercado junto à Anvisa, junto à lista de prioridades do Ministério da Saúde, é o nosso primeiro foco. Mas, é preciso entender que nunca a regulação será a ideal, pois a tecnologia muda constantemente”. PH
Mundo Hospitalar Espaço Gestor
Gestão de Pessoas e Lideranças E ntre os destaques da programação do 37º Congresso Brasileiro da Administração Hospitalar e Gestão em Saúde da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH) está o Congresso de Gestão de Pessoas e Lideranças. Antonio Antonietto, gerente de relacionamento do Hospital Sírio-Libanês, apresentou a palestra Liderança Médica: como construir resultados com corpo clínico?. Segundo ele, apenas 40% dos médicos brasileiros atuam em hospitais. Na sequência Antonietto detalhou as mudanças ocorridas na relação do médico com pacientes, hospitais e intermediários. “Entre 1947 e 1960, os médicos eram profissionais liberais que recebiam pagamento dos pacientes ou então dos familiares. Na sequência surgiram as operadoras de
plano de saúde atuando como intermediárias entre pacientes e médicos”, pontuou o palestrante. Com o controle da inflação na década de 1980 teve início um novo período. “Muitas operadoras e hospitais quebraram financeiramente e assim surgiu o médico cliente. A transição do médico cliente para o médico parceiro é o espelho da dialética da transição de hospital-material-medicamento para resultado clínico”, definiu o gerente. Como forma de aproximar o médico do hospital, o gerente de relacionamento enfatizou três perfis. “Médico na frente da marca (do hospital) – o profissional como referência; médico atrás do hospital; e o médico como integrante do hospital – modelo foco do Hospital Sírio-Libanês”. PH
O que falta para a promoção da inovação no País? Crédito: Divulgação Abimed
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painel “Caminhos para acelerar a Inovação de produtos para a saúde no Brasil” realizado pela Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares) no dia 20 de maio (terça-feira), na Feira Hospitalar, contou com a participação de Roberto Fendt, Diretor Executivo do Centro Brasileiro de Relações Internacionais; Saide Jorge Calil, professor titular do Departamento de Engenharia Biomédica da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Unicamp; Dr. Flávio Vormittag, Presidente da Fundação para o Remédio Popular; e Gilberto Peralta, CEO da GE do Brasil. A moderação, feita pelo jornalista William Waack, promoveu um verdadeiro debate entre os palestrantes. Entre os principais tópicos levantados na
conferência estavam: convergência regulatória entre Países da América Latina para gerar mais escala, aumento dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias x baixa qualidade de projetos; união entre iniciativa privada, pública e academia para acelerar a inovação. Do lado empresarial estava o presidente da GE e, para ele, “o governo federal dificulta a exportação”. Enquanto do lado acadêmico, representado por Saide, “falta entendimento entre indústria e universidade e melhoria dos projetos de inovação”. Para o Dr. Flávio Vormittag, “as iniciativas privada e pública deveriam trabalhar juntas para a inovação, com incentivos do governo”. Já Roberto Fendt defendeu a criação de uma “política de isenção que incentive as empresas a participarem da cadeia de valor”. PH Junho, 2014
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Mundo Hospitalar
Crédito: Divulgação Abimed
Presidente-executivo da Abimed, Carlos Goulart: “A inovação é um indutor do desenvolvimento socioeconômico, mas ainda temos muito a percorrer para eliminar gargalos, como o elevado custo Brasil e a falta de uma cultura de aproximação entre indústria e academia”
Crédito: Panorama Hospitalar
Presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Francisco Balestrin, durante o lançamento do Observatório Anahp: “A maior parte dos recursos destinados à Saúde Suplementar está nos hospitais vinculados à Anahp, mas, apesar disso, o número de glosas aumentou em 2013”
Crédito: Panorama Hospitalar
Crédito: Divulgação Hospitalar
Ministro da Saúde, Arthur Chioro, na diretoria da feira Hospitalar Feira e Fórum: “É interessante ver de perto o vigor da indústria e a capacidade da área de serviços da saúde, que está cada vez mais qualificada”
Superintendente financeiro do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini: “O conhecimento sobre processos internos e sistemas de informação é muito importante, apesar disso, é muito comum ver um cara lá no topo da pirâmide que não entende de hospital”
Crédito: Panorama Hospitalar Superintendente do hospital Sírio Libanês, Dr. Gonzalo Vecina Neto, na palestra “Preparando o Hospital para 2030”: “Gastamos 10% do nosso PIB em Saúde, os Países europeus gastam, em média, o mesmo, qual é a diferença então? É que o PIB de um europeu é de 30 mil dólares e de um brasileiro é de 10 mil dólares. O dinheiro novo só vai vir se a gente fizer o País crescer.”
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Crédito: Divulgação Hospitalar Dra. Waleska Santos, presidente da Hospitalar, na abertura da feira: “Este momento consolida a liderança da Hospitalar como maior e mais importante evento do setor no Brasil e nas Américas.”
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GE Healthcare amplia
produção de arcos cirúrgicos
no Brasil
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GE Healthcare incrementou a sua produção nacional de arcos cirúrgicos no último mês de maio, e passou a produzir tecnologias das linhas OEC Brivo Essential e Plus em sua unidade de Contagem (MG). Esses equipamentos servem para orientar os cirurgiões durante os procedimentos, por meio da aquisição de imagens, para monitoramento em tempo real da área afetada. A decisão da companhia em investir na produção local do arco cirúrgico OEC Brivo se baseou em análises que mostraram que o maior mercado em volume de procedimentos no Brasil é o de ortopedia, que terá um crescimento de até 9% em 2014. O objetivo da GE Healthcare é dobrar esse número no mercado de ortopedia nacional. Em 2013 a companhia teve um bom crescimento na área de arcos cirúrgicos no Brasil, o que ratifica a oportunidade de expansão local. Além disso, com o incremento de produção local, a empresa busca oferecer acesso a tecnologias de ponta, com ótimo custo-benefício, para toda a América Latina. A perspectiva é exportar de 10% a 20% dos arcos cirúrgicos que serão produzidos no Brasil. PH
HCor lança projeto de patrocínio institucional O Projeto Patrocínio Institucional, lançado pelo HCor na 21º Hospitalar Feira e Fórum, consiste na criação de um canal eficiente de comunicação entre fornecedores, empresas parceiras e demais operadores do setor para a promoção da saúde, com incentivo à pesquisa, à criação de novos projetos e soluções de interesse comum. Sendo um patrocinador institucional do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), a empresa pode usar o auditório do HCor para apresentar cases aos colaboradores do hospital, mediante aprovação do tema abordado; fazer reunião com a diretoria para estreitar relacionamentos, por cerca de 30 minutos; utilização das instalações do HCor para a realização de um evento anual; ter um informativo enviado pelo HCor para uma base seleta com informações e artigos; solicitar uma pesquisa de 10 questões para a área clínica ou administrativa. De acordo com Alberto Ribeiro, coordenador do IEP, o objetivo do hospital é se aproximar mais do mercado. “Esse projeto provém de uma necessidade do mercado, só decidimos lançá-lo por que havia muita procura nesse sentido”. PH
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Crédito: Divulgação HCor
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Philips Healthcare destaca
soluções de TI para saúde verticalizada
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Philips participou da Hospitalar com dois estandes. Em um deles estavam as soluções de TI para a saúde verticalizada. São softwares de gestão para hospitais, clínicas, bancos de sangue e operadoras de plano de saúde (Tasy – HIS), sistema para gestão e workflow de centros de diagnóstico por imagem e laboratórios (MultiMED – RIS e LIS), além de sistemas PACS (IntelliSpace DCX e iSite). A empresa também apresentou a primeira prova de conceito ‘Google Glass IntelliVue Solutions’, de transferência contínua de sinais vitais do paciente para o Google Glass. Google e Philips IntelliVue Solutions simularam o uso do dispositivo para permitir ao cirurgião controlar os sinais vitais do paciente e operar, sem tirar os olhos do procedimento, utilizando o acesso a dados críticos controlado por voz. Segundo a empresa, essa prova de conceito mostra o investimento em pesquisas sobre como tecnologias emergentes podem ser aplicadas na área da saúde para melhorar o atendimento ao paciente. Em entrevista à Panorama Hospitalar, Ana Luiza Oliveira, diretora de Marketing e Vendas da Philips Healthcare para a América Latina, explicou que o conceito ainda está em estágio inicial, mas que “a estratégia da Philips é adquirir sistemas de integração”. “Temos um road map de integração, no qual organizamos a inserção de novos equipamentos na plataforma de desenvolvimento unificado, que tem como base o Tasy”, explica Ana Luiza. A Philips apresentou também a integração entre o Tasy e as centrais de moni-
Crédito: Panorama Hospitalar
torização e eletrocardiógrafo EP12, e inovações da área clínica e financeiras implementadas recentemente no sistema, como o Protocolo de Manchester, que possibilita o acesso tanto no pronto atendimento quanto em outras partes da instituição, sem a necessidade de integração com sistemas terceiros. PH
Hospital das Clínicas comemora 70 anos na Hospitalar N o segundo dia de feira, 21 de maio, a maior organização hospitalar da América Latina, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) comemorou seus 70 anos de atividades com um coquetel no estande da administração da Hospitalar. De acordo com a presidente do evento, Dra. Waleska Santos, o espaço foi feito justamente para ser o encontro de amigos e parceiros do setor, e aproveitou a oportunidade para agradecer a presença de personalidades na saúde, como o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Dr. David Uip, e o ex-secretário e atual diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Giovani Guido Cerri. “Comemorar as atividades do HC é importante, pois está vinculado ao crescimento da saúde no País, além de elencar fatores relevantes, como a empregabilidade nesta área”, afirmou Cerri, complementando a necessidade do setor público e privado caminharem juntos. PH
Crédito: Agnaldo Dias Junho, 2014
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Crédito: Divulgação Agfa HealthCare
s soluções da Agfa HealthCare suportam fluxos de gestão de documentos e permitem mais mobilidade dentro dos hospitais. Dois produtos já consolidados no mercado europeu integram o portfólio da companhia nesta edição da feira. O primeiro é o ORBIS, solução de prontuário eletrônico focado na Gestão Clínica de instituições de saúde. A variedade de módulos e seu grande potencial de conectividade possibilitam uma visão integrada do histórico do paciente. A solução está em mais de 950 instalações em todo o continente europeu e é utilizada por mais de 500 mil usuários diariamente. Há portabilidade para uso em dispositivos móveis (tablets), além de concepção e desenvolvimento nativo em HL7. Para ser utilizado em hospitais, o sistema requer assinatura e certificação digital, necessárias para garantir a segurança dos documentos gerados eletronicamente.
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mpliada e mais robusta, a linha Medipure foi destaque da White Martins na Hospitalar 2014. Para a área Medipure Medical Devices (equipamentos), a White Martins lança o ventilador C1, fabricado pela empresa Hamilton. Com design compacto e alta tecnologia embarcada, é indicado para utilização em ambientes como UTI e no transporte de pacientes, inclusive neonatal. Cobre toda a gama de necessidades clínicas: ventilação invasiva ou não-invasiva durante cuidados de longo prazo, intensivos ou de emergência. A ampliação das ofertas da linha Medipure Healthcare Services (infraestrutura e serviços) ficou por conta do novo sistema de painéis de alarme de emergência. Além dos painéis medicinais customizados, a White Martins desenvolveu um painel de alarme que ocupa menos espaço, monitora de três a seis tipos de gases e pode ser utilizado remota ou localmente. Trata-se de um painel digital, com melhor custo-benefício e disponível para pronta entrega.
Crédito: Panorama Hospitalar
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ma das principais inovações apresentadas pela Covidien é a PillCam, um dispositivo óptico de endoscopia de deglutição minimamente invasivo. Essa tecnologia faz parte do portfólio da Given Imaging, especializada em visualização, monitoramento e detecção de anormalidades no sistema digestivo, adquirida pela companhia no início deste ano. A PillCam é uma pílula de 12mm x 33mm, equipada com câmera e serviço de transmissão, para auxiliar em diagnósticos do trato digestivo - esôfago, intestino e cólon - sem a necessidade de sedação do paciente. A cápsula é capaz de fazer de duas a 35 fotos coloridas por segundo, e com resolução HD, durante 10 horas – que é o tempo médio de duração da bateria. Esses dados são transferidos para um computador, no qual o software RAPID, desenvolvido pela Given Imaging, faz a compilação e os transforma em vídeo. A cápsula é composta por câmera CMOS, conjunto de lentes, bateria, fonte de luz de LED, transmissor e antena de radiofrequência. Dois modelos estão disponíveis no Brasil: um para registrar imagens do cólon, com duas câmeras, para alcançar um ângulo de 360º; outro, com uma câmera, para o intestino.
Crédito:Covidien
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Plannexo é a ferramenta para planejamento de demanda e estoques na área de saúde lançada pela Bionexo, empresa formada por agentes do segmento hospitalar. Com melhores indicadores de estoque, e fácil operacionalização, o gestor ganha um aliado para a melhor tomada de decisão. Com a solução de planejamento é possível agregar visibilidade, inteligência e otimização a toda cadeia de suprimentos. O Plannexo se integra ao ERP das instituições, permite otimizar o nível de estoque e serviços, reduzindo custos operacionais. Os principais ganhos são maior assertividade, segurança e agilidade do processo de planejamento de demanda e estoques. A ferramenta funciona no modelo SAAS (software como serviço – na nuvem) e possui uma interface intuitiva, o que possibilita implementação em no máximo 60 dias. É possível aplicar modelos estatísticos complexos buscando continuamente o melhor balanceamento dos estoques e do nível de atendimento.
Crédito: Divulgação Bionexo
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Crédito: Divulgação HeartBeat
empresa israelense HeartBeat lançou o MediBeat, um dispositivo inédito que permite monitorar de forma contínua as condições cardiovasculares do paciente e que associa mobilidade a baixo custo. É um aplicativo móvel para iOS e Android, que recebe dados de dispositivos médicos já existentes, como oxímetros de pulso e monitores de pressão, registrando e analisando em tempo real, de forma não invasiva, parâmetros hemodinâmicos (pressão arterial, débito cardíaco, índice cardíaco, resistência vascular periférica e volume sistólico) e exibindo-os em smartphones e tablets. A HeartBeat foi fundada em outubro de 2013, em Israel, com o objetivo de desenvolver um aplicativo móvel para implementar a tecnologia patenteada MUST (Mobile Unified Sensors Technology) em saúde, unificando sensores de dispositivos médicos existentes a smartphones e tablets.
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ovos softwares para a área de Saúde estão sendo desenvolvidos com foco no agendamento de consultas. É o caso da Leucotron, empresa brasileira que desenvolve soluções integradas de telecomunicações. A empresa apresentou produtos, serviços e soluções que permitem tanto a redução de gastos na conta telefônica, quanto agilizar o atendimento prestado aos cidadãos. Entre os destaques está o Sistema Automático de Confirmação de Consultas. O grande diferencial da solução é que o sistema dispara diversas chamadas simultaneamente, gastando menos tempo para confirmar todas as consultas; escolhe automaticamente a forma mais barata de fazer a ligação, inclusive com opção de ligações a custo zero para celulares; e interage com o sistema de gestão administrativa das clínicas ou hospitais.
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Crédito: Divulgação Leucotron
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s empresas Alert e Benner uniram suas especialidades para lançar uma nova plataforma de gestão que permite a grandes redes de hospitais terem um prontuário eletrônico integrado. A Solução de Gestão de Saúde é 100%web e pode ser operada em diferentes ambientes tecnológicos e demais sistemas hospitalares, proporcionando uma integração efetiva de dados clínicos não só entre diferentes unidades e departamentos, mas também entre sistemas. A plataforma abrange todos os processos de prática clínica, administrativa e operacional. Também dispõe de um prontuário eletrônico unificado e pessoal, integrado a estruturas e prestadores externos por meio de uma plataforma de comunicação (HIE) voltada para a interoperabilidade. Outro novo recurso é o portal pessoal PEP NET, que possibilita ao próprio paciente a criação e gestão do seu Prontuário Clínico Eletrônico Pessoal – designado internacionalmente Personal Health Record (PHR). A solução é totalmente touch screen e garante o acesso aos sistemas por meio de smartphones e tablets.
Crédito: Panorama Hospitalar
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Crédito: Panorama Hospitalar
tryker apresentou novas camas eletrônicas hospitalares na Hospitalar. O carro-chefe é a cama elétrica S3, com conectividade sem fio. O iBed Awareness monitora as informações de status do leito e alerta de forma visual, sonora ou remota, de acordo com parâmetros previamente configurados. Um botão HOB de 30º funciona com um toque e move a cabeceira da cama para a posição prescrita pelo cuidador, com ângulo calculado em relação ao chão. A tecnologia StayPut (retrátil em 25 cm) permite que o paciente permaneça na mesma posição quando a cabeça da cama é elevada. A cama tem um freio clínico central de 38 centímetros, capacidade de peso de 227 quilos, 40,6 centímetros de altura, 2,36 metros de comprimento e 1,05 metro de largura. As grades laterais são BackSmart com operação eletrônica e posição intermediária para auxílio ao paciente durante a entrada e saída do leito.
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aquet e o Grupo Getinge lançaram o novo ventilador pulmonar Servo U na Hospitalar, considerado pelas companhias o próximo passo na evolução da assistência ventilatória protetora, ao ser projetado para crescer com as necessidades do ambiente hospitalar. Em outras palavras, o Servo U apresenta uma grande variedade de modos de ventilação que podem ser ajustados para situações clínicas específicas, além de atender com ferramentas eficazes um amplo espectro de pacientes crianças, adultos e idosos. O equipamento é fácil de usar, flexível e de fácil implementação. O Servo U calcula automaticamente o volume corrente por quilograma de peso do corpo predito para ajudar a aderir as estratégias de protocolo ARDSNet. Essa economia de tempo é continuamente mensurada, facilitando o ajuste dos parâmetros de ventilação em todos os modos. Outro recurso do equipamento permite compartilhar as informações do paciente para análise, pesquisa e educação.
Crédito: Divulgação Maquet
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ClickVita é um portal criado pela Pixeon, especializada em tecnologia para medicina diagnóstica, para facilitar o fluxo de entregas de exames, proporcionar agendamento pela internet e melhorar a comunicação entre médicos e pacientes. A ideia é criar uma rede de relacionamento entre médicos, pacientes e hospital, permitindo que o exame seja compartilhado entre eles. Isso também possibilita que o profissional envie o exame para outro médico, solicitando uma segunda opinião. Por ser acessível de qualquer dispositivo com acesso à internet, o ClickVita permite a distribuição de laudos e imagens em alta resolução, o que contribui ainda para a redução de custos e fidelização do público. O Portal traz ainda o agendamento web, função que possibilita ao paciente agendar consultas e exames pelo próprio sistema, de forma interativa, tornando o serviço mais fácil e rápido.
Crédito: Panorama Hospitalar
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m novo quiosque de ultrassom foi apresentado pela SonoSite na Hospitalar. O diferencial do X-Porte é a possibilidade de visualizar um vídeo educativo em uma tela adicional ao monitor enquanto se realiza o exame de ultrassom. Assim, o profissional de saúde pode receber instruções sobre a melhor forma de executar determinado procedimento. Os vídeos também estão disponíveis no aplicativo (para dispositivos móveis) da empresa, chamado SonoAcess, que tratam temas como terapia intensiva, emergência e músculo esquelético. O X-Porte foi desenvolvido para incorporar uma tecnologia de conformação de raios de luz: XDI (Extreme Definition Imaging), que resulta em melhor resolução de contraste. O equipamento tem três conectores e um painel touch que reconhece o toque mesmo quando a tela está envolta em uma capa protetora, quando contém gel na mão do usuário ou, ainda, quando o profissional utiliza uma luva. A SonoSite aguarda a autorização da Anvisa para disponibilizar o X-Porte ao mercado brasileiro. A expectativa é que o produto comece a ser comercializado no final deste ano.
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Crédito: Panorama Hospitalar
Lifemed reuniu desfibrilador bifásico e monitor multiparamétrico em um equipamento compacto, o Life Shock Pro. O equipamento ainda tem uma tela touchscreen de apenas 8,4 polegadas, com resolução de 800x600 pixels, e interface ajustável ao usuário, permitindo a troca de cores dos parâmetros para facilitar a visualização. Entre os diferenciais estão a monitorização de EGG, que pode ser gravado na memória do equipamento, e as seguintes análises: ST, arritmia, oximetria de pulso (com tecnologia Nellcor opcional), capnografia e pressão não invasiva. O LifeShock Pro traz como item de série o modo DEA Desfibrilação Externa Semi Automática para uso em unidades de internação em situações emergenciais. Instruções de uso nas pás (fixadas por imãs para facilitar a retirada), na tela e por comando de voz no momento da emergência, permitem ao profissional da saúde concentrar-se no paciente.
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Em busca da excelência A incorporação de tecnologia avançada, tanto no setor privado quanto público, nos últimos anos elevaram o padrão de qualidade dos serviços de radiologia prestados no Brasil
A Jornada Paulista de Radiologia (JPR) acompanhou o desenvolvimento da Radiologia no País e hoje é considerada o maior evento do segmento na América Latina. Na foto, a última edição da JPR, realizada em São Paulo (SP) entre 1 e 4 de maio
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onsiderado um segmento médico importante desde a descoberta do Raio-X, há mais de cem anos, a Radiologia deslanchou mesmo a partir do final da década de 1980, período que representa ainda hoje a fase de transformação na qual o desenvolvimento de novas tecnologias sofreu verdadeiro avanço. Nesse período é que foram acopladas as principais tecnologias à ressonância magnética e à tomografia, ambas criadas na década de 1970. Ao explicar o cenário da Radiologia no Brasil hoje, o presidente da Sociedade Paulista de Radiologia (SPR) e da Jornada Paulista de Radiologia (JPR), Dr. Antônio José da Rocha, discorre sobre as mudanças mais marcantes deste setor no País. No Brasil, as modernas técnicas para o uso da tomografia e da ressonância magnética foram incorporadas somente a partir da metade da década de 1990. Em seguida, surgiram as tecnologias para equipamento digital de Radio-X, mamografia e ultrassom e
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as imagens que proporcionaram a intervenção médica, vascular ou não vascular. “Isso ocasionou o verdadeiro boom da Radiologia no Brasil e aumentou o número de especialistas da área, além de fomentar de uma maneira exponencial o mercado de Radiologia”, enfatiza o presidente da SPR. “O setor privado de medicina brasileira vem passando por um processo de incorporação de novas tecnologias nos últimos 20 anos. Mas o setor público de Saúde do Brasil só começou a modernizar máquinas nos últimos cinco anos.” Exemplo disso está na incorporação do exame PET-CT (tomografia por emissão de pósitrons) pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes com câncer de pulmão, câncer colorretal e de linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin. A resolução publicada no Diário Oficial da União no dia 23 de maio prevê a disponibilização do procedimento em até 180 dias. “A incorporação desse exame ao SUS significa mais acesso da população a uma tecnologia avançada
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que vem contribuir para o diagnóstico e tratamento do câncer”, destaca o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães. A incorporação dessas tecnologias, tanto no setor privado quanto no público, demandou grande quantidade de profissionais especializados na área. Mas a busca por especialização ultrapassou a barreira do conhecimento técnico sobre operacionalização de equipamentos e avaliação de procedimentos, imagens e diagnósticos. Hoje o radiologista, e demais profissionais do segmento, procuram também o conhecimento sobre gestão e administração. Neste contexto, a Jornada Paulista de Radiologia tornou-se mais atrativa para estes profissionais. “O evento existe há 44 anos, mas de 10 anos pra cá cresceu progressivamente. Hoje, temos cerca de 20 mil pessoas transitando pelo espaço, desde o pessoal da montagem, de segurança, limpeza e transporte, até os congressistas, que somam cerca de 6.500 profissionais”, explica o presidente da JPR. É o maior evento de Radiologia da América Latina e está entre os maiores eventos de Radiologia do mundo.
Novidades 44ª JPR Neste ano, a Fujiflim apresentou pela primeira vez no Brasil o Innovality, na JPR, equipamento que integra Mamografia 3D, Tomossíntese e Sistema de Esterotaxia. “Com a chegada do Amulet Innovality, a Fujifilm oferece soluções completas em Mamografia Digital e dispõe de tomossíntese mamária com resolução de 50 microns”, afirma Lívia Magnani, especia-
lista em mamografia digital da Fujifilm. Outra empresa que destacou a tecnologia para mamografia na JPR foi a Sul Imagem. A proposta da empresa era reforçar a parceria com a Hologic. Por isso no próprio estande da Sul Imagem foi montada uma sala de aula na qual médicos tiveram a oportunidade de aprender sobre a tecnologia 3D de tomossíntese inserida no equipamento de mamografia Selenia Dimensions. Outro diferencial é o modo combo de imagem 2D +3 D, recurso da Hologic que possibilita adquirir rapidamente uma mamografia digital tradicional e uma varredura de tomossíntese ao mesmo tempo. A ressonância magnética Vantage Elan 1.5T foi o carro-chefe da Toshiba Medical do Brasil no evento. A empresa desenvolveu uma série de atualizações, especialmente no que diz respeito ao controle de campo magnético e na alta performance do sistema de RF, que é a chave para se obter uma alta qualidade de imagem em todas as regiões do corpo. Entre as novidades, estão a tecnologia Pianissimo que reduz o ruído acústico e a interface M-PowerTM, com o conjunto de aplicações clínicas de outros sistemas da família Toshiba sem nenhum comprometimento da qualidade de imagem. Ao longo dos quatro dias da 44ª JPR, os especialistas da Copy Supply apresentaram e discutiram tecnologias de impressão para diagnósticos por imagem com os visitantes do evento. A empresa atende em todo território nacional, tanto na locação de equipamentos como em operações transacionais de máquinas e suprimentos, e apresentou seus últimos lançamentos em impressão de diagnósticos por imagem com tecnologia Xerox, seu principal parceiro.
Presidente da Sociedade Paulista de Radiologia, Dr. Antônio José da Rocha: “Na década de 1990 aconteceu o verdadeiro boom da Radiologia no Brasil e o número de especialistas da área aumentou”
A Sul Imagem montou uma sala de aula no próprio estande para que os médicos pudessem aprender na prática como operar o equipamento de mamografia Selenia Dimensions da marca Hologic, que possui a tecnologia 3D de tomossíntese.
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Digital x Analógico A transição da radiologia computadorizada (CR) para a radiografia digital (DR) está se consolidando a passos largos no Brasil. Em entrevista à Panorama Hospitalar, o diretor da Divisão Medical da Fujifilm Mauro Kiyoji Gondo afirmou que “o Brasil está em um processo diferente de digitalização, que é, talvez, a maior dentro da Radiologia, pelo menos, em termos de processos”. Segundo ele, a radiografia computadorizada é o grande carro-chefe hoje das empresas para promover a digitalização. “Há uma entrada forte dos DRs no mercado e isso deve impulsionar também a introdução dos sistemas de gerenciamento de imagens médicas, os PACS, e a popularização do arquivamento digital, diminuindo cada vez mais o consumo de filmes e mídias alternativas.” Gondo afirma que ainda não há regras claras sobre a migração do processo convencional e analógico para o digital no País, e que o processo de transição está acontecendo por força de mercado, como resultado da incorporação dessas novas tecnologias, principalmente, pela iniciativa privada. “A digitalização dos registros médicos traz economia, mas essa consciência, no Brasil, ainda é muito pouco difundida”, afirma Gondo.
Confira a programação de eventos de Radiologia I Jornada Mineira Musculoesquelética
de
Imaginologia
A Sociedade de Radiologia de Minas Gerais promoverá, nos dias 18 e 19 de julho, em Belo Horizonte (MG), a I Jornada Mineira de Imaginologia Musculoesquelética. Entre os temas da programação estão: Imaginologia Musculoesquelética no Trauma; Tumores ósseos benignos x malignos; Anomalias vasculares das extremidades; Semiologia básica do Joelho/Avaliação da RM do Joelho; Lesões Ligamentares e Meniscais do Joelho; RM na Artrite Reumatoide (novos conceitos). Mais informações: (31) 3273-1559;84988420/ srmg@srmg.org.br.
Congresso Argentino de Radiologia Estão abertas as inscrições para o 60º Congresso Argentino de Radiologia, Diagnóstico por Imagem e Terapia Radiante, a ser realizado entre 17 e 19 de setembro, em Buenos Aires. Paralelamente, serão realizados o 18º Congresso Argentino de Ultrassonografia, o II Congresso Franco-latino-americano, em parceria com a Sociedade Francesa de Radiologia, e o 3º Curso Internacional de Correlação Radiopatológica, organizado em conjunto com o Instituto Americano de Radiologia Patológica (AIRP). Mais informações e inscrições: www.congresosar.org.ar
Congresso Brasileiro de Radiologia O Congresso Brasileiro de Radiologia será realizado no Rio de Janeiro, de 9 a 11 de outubro. A American Roentgen Ray Society (ARRS), evento realizado 38
Panorama Hospitalar
Mauro Kiyoji Gondo, da Fujifilm: “O Brasil está em um processo diferente de digitalização, que é provavelmente a maior dentro da Radiologia”
em maio em San Diego (EUA), e o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) fecharam parceria e, neste ano, os 13 trabalhos premiados no congresso anual da entidade americana, o ARRS Annual Meeting, estarão disponíveis para visualização de todos os participantes do CBR 14. Vale lembrar que a parceria entre o Colégio Brasileiro e a American Roentgen Ray Society prevê também que os melhores trabalhos inscritos no CBR 14 sejam apresentados no congresso da ARRS de 2015, em Toronto (Canadá), o que representa ótima ocasião para pesquisadores brasileiros divulgarem os seus trabalhos internacionalmente. O prazo para inscrição de trabalhos científicos no CBR 14 encerra-se em 24 de junho. Acesse www.congressocbr.org.br.
Jornada Gaúcha de Radiologia 2014 A Jornada Gaúcha de Radiologia 2014 acontecerá entre 7 e 9 de agosto, em Porto Alegre (RS). A programação do ICIS trará temas como emergência oncológica, ressonância magnética de próstata, tumores da base do crânio, laringe, nódulo pulmonar e lesões tumorais intratorácicas. Um destaque entre as atividades será o Curso de Gestão da Associação Brasileira de Clínicas de Diagnóstico por Imagem (ABCDI), com apoio do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), no dia 7 de agosto. Com vagas limitadas, o curso terá como conteúdo o módulo I compacto. Será apresentado um panorama sobre a saúde no Brasil, tabelas de procedimentos médicos, padronizações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), entre outras questões. Para mais informações sobre o curso: (11) 3372-4541 ou pelo e-mail cursodegestao@cbr.org.br. Para fazer inscrição na Jornada Gaúcha de Radiologia: (51) 3339-2242/www.sgr.org.br
Case Study
opera health
Saúde no roteiro turístico do Brasil Agência de Turismo de Saúde traz estrangeiros à Florianópolis (SC) em busca de tratamentos médicos, terapêuticos e estéticos e passeios pela ilha
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s belezas naturais de Florianópolis atraem turistas do mundo todo, e principalmente da América Latina. Entre janeiro e março de 2012, mais de 300 mil turistas estrangeiros visitaram a cidade, de acordo a última pesquisa realizada pela Santa Catarina S/A (Santur). Pensando nesse público, a cirurgiã-dentista Danielle Nogueira aliou os atrativos turísticos e a qualidade dos serviços médicos da ilha para criar um novo negócio de Turismo de Saúde, setor que movimenta cerca de US$ 60 bilhões em todo o mundo. A Ópera Health é uma agência que organiza pacotes de viagem para estrangeiros que vêm ao Brasil em busca de tratamentos médicos, terapêuticos e estéticos. Danielle enfatiza como o estado da mente do paciente interfere no sucesso do procedimento médico. “Ajuda muito na recuperação. É impressionante!”, afirma. Segundo ela, os momentos de distração acontecem antes do procedimento. Quando o cliente não tem tempo para passear, o hotel é escolhido em local próximo das belezas da ilha e de pontos turísticos. O apoio da família também colabora, e muito, para o resultado do procedimento. Por isso a agência também monta pacotes personalizados para o acompanhante, ou familiares que vêm ao Brasil. A Ópera Health faz parte de um mercado que deve
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Panorama Hospitalar
crescer, em média, 30% nos próximos anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O Brasil está entre os líderes do Turismo de Saúde na América Latina, ao lado de México e Colômbia. De acordo com o World Travel Trends Report 2012/2013, a América Latina disputa a liderança mundial em tratamentos médicos e estéticos com a União Europeia e a Ásia. E a maioria dos clientes da Opera Health é latina. Além deles, clientes de países africanos e dos Estados Unidos também escolhem o Brasil. O foco está, principalmente, em tratamentos estéticos e dentários, e na realização de um check-up. Johan Kloster saiu da Noruega para fazer check-up no Brasil. “A Opera Health oferece um processo personalizado, você não precisa se preocupar com nada, a Agência organiza tudo. Fiz análises completas e até hoje, seis meses depois, recebo informações, na minha língua, sobre processos medicinais para evitar que problemas relacionados ao reumatismo”, relata Kloster.
Como funciona No Brasil, o Turismo Médico está sob as diretrizes do Ministério do Turismo. Em 2010 foi lançado o Caderno Turismo de Saúde, parte de uma coletânea de Cadernos de Orientações Básicas de Segmentos
OPERA hcor HEALTH onco
Turísticos. O caderno difunde informações atualizadas para influir na percepção daqueles que atuam no processo de promoção, desenvolvimento e comercialização dos destinos e roteiros turísticos do Brasil. A Ópera Health começou a atender em janeiro deste ano, mas foi apresentada às autoridades médicas e do setor de Turismo de Florianópolis em julho de 2013. Danielle tem dois sócios, o Diretor Médico Dr. Gilberto Teixeira e o Diretor de Negócios José Fernando Nobre. Inicialmente, as ferramentas de atendimento ao cliente foram testadas e os detalhes do processo, acompanhados de perto, justamente por ser uma estrutura ainda recente no País de prestação de serviços de Saúde. O paciente passa por quatro empresas diferentes, que envolvem laboratórios, clínicas, médicos e o hospital. Um detalhe importante no Turismo de Saúde, é que o hotel deve estar alinhado ao processo, pois receberá um cliente em recuperação por pelo menos 15 dias. “Sendo um processo novo para todos, resolvemos que os primeiros seis meses serviriam para avaliação”, conta Danielle. Os serviços prestados pela Agência incluem agendamento de consultas, exames e procedimentos, reserva em hotel, compra de passagens e viabilização de vistos, além de homecare e fisioterapia. Para dar esse suporte, há guia online disponível no site da Agência, com uma lista de médicos, no qual o cliente pode fazer sua busca, por especialidades, como: Cirurgia-Plástica, Odontologia, Cardiologia, Oftalmologia, Ortopedia, Fertilização e Cancerologia. A Agência conta com a parceria de instituições de saúde. São elas: Hospital Baía Sul, Hospital SOS Cardio, Hospital de Olhos de Florianópolis e o Fecon-
Case Study
dare Cínica de Fertilização. “O objetivo é informar e adaptar os serviços prestados por essas instituições para atender esta demanda, que tem necessidades e exigências diferenciadas”, explica Danielle. Para essas instituições, a parceria é um facilitador. Tanto para o paciente quanto para médicos e instituições. O cliente chega ao Brasil com todos os serviços pré-agendados. De manhã, ele realiza exames e os resultados já são marcados para que tarde ele possa fazer as consultas. Se estiver apto, no dia seguinte, pela manhã, faz o procedimento. Enquanto isso, a sua família passeia por Florianópolis.
Expansão Atualmente o atendimento está focado em Florianópolis, mas o plano de expansão inclui as cidades de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. “Estamos fechando parcerias nessas cidades e as atividades começarão em agosto deste ano”, revela Danielle. “Após a expansão para outras cidades, vamos estudar as possibilidades de ter filiais fora do Brasil, principalmente naqueles países com maior potencial”. Negociações e parcerias internacionais também estão sendo fechadas agora. A chegada de turistas estrangeiros ao Brasil pode aumentar entre 5% e 10% após a Copa do Mundo, segundo o ministro do Turismo, Vinicius Lages. Ele se baseou na média de elevação das chegadas internacionais na Alemanha e na África do Sul, últimas sedes do torneio, e ressaltou que cerca de 500 mil torcedores de 186 países já adquiriram ingressos para jogos, o que deve ampliar a promoção do país no exterior. PH
“Me formei cirurgiã-dentista em 1997 na USP. Em 2006 iniciei uma pós-graduação em Marketing para aplicar as ferramentas do curso no dia a dia da clínica que matinha em Florianópolis. Anos depois, fiz uma consultoria para um hospital local, cujo objetivo era a busca de novos negócios. Naquele ano, em 2010, o Ministério do Turismo lançou o Caderno Turismo de Saúde, e eu me perguntei: as pessoas não poderiam vir a Florianópolis realizar procedimentos médicos e desfrutar da beleza e dos encantos da Ilha? A ideia era associar o potencial turístico da ilha e a inauguração de um novo hospital, com infraestrutura diferenciada, e foi isso que me motivou a abrir minha própria empresa. Minha equipe e eu identificamos as oportunidades de negócios nesse setor e desenvolvemos projetos específicos para avaliar a viabilidade financeira, jurídica, logística e de marketing. A Indústria do Turismo de Saúde é uma atividade mundial, organizada, viável, lucrativa e em expansão.”
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Case Study
telemedicina sp
Videoconferência na rede de saúde Projeto de telemedicina vai ajudar a esclarecer diagnósticos e a monitorar pacientes internados em hospitais e prontos-socorros
Crédito: A2 Fotografia / Diogo Moreira Em tempo real, equipes médicas e dos serviços hospitalares discutirão quadros clínicos de pacientes por meio da videoconferência
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Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo começa a implantar uma rede inédita no país de atendimento médico à distância que irá auxiliar no esclarecimento de diagnósticos e no monitoramento de pacientes que derem entrada em hospitais, prontos-socorros e unidades de pronto-atendimento por todo o Estado. O sistema, operado pela equipe da Cross (Central de Regulação da Oferta de Serviços de Saúde), na capital paulista, servirá como apoio ao processo de regulação de leitos e transferência de pacientes entre unidades de saúde. Com investimento de R$ 3,1 milhões pelo governo do Estado, o serviço auxiliará unidades de saúde que atendem à baixa e média complexidades, geridas pelo Estado, municípios e instituições filantrópicas, a definirem condutas terapêuticas de tratamento e até avaliarem a necessidade ou não de remoção de pacientes para unidades de maior complexidade hospitalar. Em tempo real, equipes médicas da Cross e dos serviços hospitalares discutirão quadros clínicos de pacientes por meio da videoconferência, sistema de comunicação com transmissão de áudio e vídeo via internet. Casos mais complexos ainda poderão ser discutidos com equipes médicas de três hospitais universitários considerados referências nacionais: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e o Hospital São Paulo, ligado à Unifesp e à SPDM ((Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina). Somente após a avaliação dos casos e conclusão dos quadros de saúde é que será definida a neces-
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Panorama Hospitalar
sidade, ou não, da transferência dos pacientes para hospitais de referência. O objetivo do serviço é otimizar a assistência hospitalar e evitar complicações nos quadros clínicos dos pacientes, além de evitar transferências desnecessárias, de pessoas com casos mais simples e que podem ser resolvidos na própria unidade de origem. O projeto-piloto começa a operar na região da Baixada Santista, local que sofre forte variação do fluxo de atendimento hospitalar em virtude do deslocamento de turistas em finais de semana, feriados e temporada de férias. O Hospital de Bertioga é a primeira unidade a participar do sistema de regulação de leitos e pacientes por meio do projeto de telemedicina. Outras 31 unidades hospitalares, localizadas nas nove cidades da baixada santista, integrarão a rede até junho. Para ofertar o serviço, a Cross irá dispor de seis postos de apoio, cada um equipado por um monitor de 21 polegadas Full HD, câmera Full HD 1080p, microfone e caixas acústicas profissionais. Essa mesma estrutura também fará parte das estações móveis de trabalho dentro dos hospitais universitários e unidades integrantes da rede. “O uso da telemedicina no processo de regulação é um grande exemplo da importância da tecnologia no serviço público de saúde, ao aproximar importantes centros de referência às reais necessidades dentro da discussão de casos de pacientes”, afirma o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip. PH
investimento
Ponto de Vista
Investir Certo: Por que projetos fracassam? Fernando L. Motta dos Santos é criador da Solução VIAVEL Saúde – Simulação de Projetos e Análise do Investimento, diretor da SI Consultoria e da DahMotta TI, e possui 37 anos de experiência em viabilidade de investimentos, sendo 11 na área da Saúde
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fora a má gestão, as principais causas de insucesso em projetos e investimentos, que meus anos de estrada na área ensinaram, são: 1. A ausência, a insuficiência ou o desrespeito ao planejamento; 2. Inexistência, inconsistência ou equívocos nos dados de mercado; 3. Erros na tecnologia ou no projeto de engenharia; 4. Orçamento incompleto dos investimentos; 5. Esquecimento de que mais receita necessita mais Capital de Giro; 6. Insuficiência de Recursos Próprios, o que obriga o sujeito a cometer dois pecados: a. Tomada de recursos de curto prazo para investir b. Retirada de recursos de giro para custear o investimento fixo
Como o tema é complexo, explanarei as duas primeiras causas de insucesso em projetos e investimentos nesta edição. As demais etapas serão explicadas ao longo das próximas publicações. Em um projeto de investimento, o planejamento compreende a elaboração detalhada do projeto de negócio e simulações de várias alternativas possíveis, com suas respectivas avaliações do investimento. Empreendimentos que são iniciados sem ou com insuficiente planejamento tem grandes chances de fracasso. Falta de licenças legais, atraso na implantação, estouro no orçamento, ociosidade, problemas operacionais e prejuízos são alguns dos efeitos decorrentes da falta, da insuficiência ou do desrespeito ao planejamento. Vou dar um exemplo de desrespeito ao planejamento. Em um projeto que participei estava previsto que os equipamentos prediais do hospital (elevadores, transformadores, torres de refrigeração e bombas hidráulicas) seriam adquiridos obedecendo às normas do BNDES-FINAME, o que proporcionaria financiamento com baixíssimo custo e longo prazo. O recurso
do FINAME foi contratado, porém, durante a obra, o gestor optou por adquirir equipamentos que não se enquadravam nas normas do financiamento. Resultado: ele não conseguiu receber os recursos e a compra teve que ser bancada pelo hospital, pressionando o capital de giro e o caixa. A consequência foi a contratação de um financiamento de custo mais alto com menor prazo de pagamento. O segundo motivo faz parte do primeiro, mas é tão importante que merece tratamento a parte. Trata-se do mercado. Projetos sem ou com mercado insuficiente não lograrão viabilidade. Recomenda-se fortemente iniciar um projeto pelo estudo do mercado. Para isso é necessário verificar se há demanda para o(s) produto(s) e/ou serviço(s) a serem fornecidos, bem como o nível de preço que permite que essa demanda se realize. Ou seja, o preço ou faixa de preço que o mercado está disposto (ou tem condições) de pagar para ter os produtos e serviços desejados, ou de que tem necessidade. Na área da saúde, dada alta relevância do governo (SUS) e dos planos de saúde privados ou públicos, é fundamental garantir-se o credenciamento para o serviço previsto. Participei de um grande projeto ambulatorial cuja viabilidade era diretamente relacionada a uma alta taxa de ocupação dos serviços de imagem. Essa taxa, no entanto, só seria obtida se o principal plano de saúde da região, que respondia por 50% da demanda não correspondente ao SUS, credenciasse o ambulatório. A direção do hospital decidiu executar o projeto mesmo sem ter obtido esta garantia. Mais de R$ 10 milhões foram investidos e, concluída a implantação, o credenciamento no plano de saúde que geraria a grande ocupação não foi obtido. Conforme previsto, o ambulatório passou a operar com prejuízo, situação que permaneceu por vários anos. Planejamento e estudo de mercado são fundamentais para um projeto de sucesso. Até a próxima edição! PH Junho, 2014
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tecnologia
TI não é só Tecnologia
Libânia de Alvarenga Paes - Coordenadora do Curso de Especialização em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP)
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verdade é que usamos de forma errada os termos TI (Tecnologia de Informação) e SI (Sistemas de Informação). Às vezes dizemos TI pensando em todos os recursos ligados à tecnologia, como pessoas e cultura organizacional. Em outras, falamos que o sistema está fora do ar e estamos nos referindo apenas a computadores desligados. A Tecnologia é uma parte dos Sistemas de Informação, que também incluem Cultura e Gestão. Sabe-se que a área de Saúde é extremamente conservadora em relação ao uso de TI. Repare que não estou falando de Tecnologia Operacional, como tomógrafos e ressonâncias. Mas sim de prontuários digitais e prescrição eletrônica. Esse conservadorismo é parte da cultura das empresas e do próprio setor. E começa cedo: as faculdades ainda não formam os alunos para esta nova realidade. Mas isso está mudando. Os equipamentos digitais de radiologia, por exemplo, já aproximam até os mais resistentes aos computadores. É comum, ao final de cada curso de Tecnologia de Informação em Saúde que ministro, receber alunos interessados em desenvolver aplicativos e ferramentas que melhorem suas próprias vidas profissionais. As organizações de saúde já estão sofrendo com a consumerização: a tendência de os funcionários terem – e trazerem – mais tecnologia do que a empresa pode oferecer. Mas, em um mundo informatizado, também são necessários recursos humanos e financeiros. É fundamental ter estrutura e redundância. Esta semana estava conversando com um amigo, médico, sobre isso. Ele estava reclamando que não era raro o prontuário eletrônico sair do ar no hospital em que trabalha. E me contou que, para ele, é muitas vezes desagradável ter que perguntar ao paciente coisas que ele mesmo deveria saber, se tivesse acesso ao prontuário. Nota-se que aqui não falta tecnologia. Falta investimento. Falta redundância. Faltam planos B.
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No Qualihosp deste ano, realizado pela FGV EAESP e pelo GVsaúde, as tendências da atenção à Saúde no século XXI receberam destaque. Muitas delas falavam de tecnologia – ora operacional, ora de informação – e discutiu-se muito sobre o prontuário eletrônico individualizado. Até o Google já tentou, com o GoogleHealth. A ideia era um local em que os usuários – pacientes e prestadores – pudessem inserir dados e consultá-los mediante senhas e autorizações. O princípio é muito bom: se pudermos reunir em um só lugar informações sobre os pacientes, custos de exames repetidos e erros de medicação, preciosos segundos em busca de dados podem ser reduzidos. Realmente é muito bom. Mas se não conseguimos arrumar nossa própria casa, como queremos arrumar o mundo? Não estou sendo pessimista, apenas realista: os gestores de Saúde precisam investir no Sistema de informação como um todo – Cultura, Gestão e Tecnologia – e não apenas em equipamentos e softwares. As ideias são muito boas e poderão melhorar a assistência “apenas” pela melhoria da qualidade e da disponibilidade da informação. Porém, o esforço de implantá-las vai além da compra de equipamentos. Deve-se pensar em privacidade. Deve-se questionar o que pode acontecer quando falta luz. Ou quando a internet e a rede caem. É necessário se proteger de ataques externos – hackers – ou internos – funcionários e clientes mal intencionados. Se queremos usar TI pra valer e, consequentemente, depender dela, temos que ser tão eficazes quanto o Google (qual foi a última vez que você o viu fora do ar?). Ele sabe que, se falhar, nós vamos usar o Bing ou o Yahoo!. Esses segundos fora do ar são preciosos e podem significar a perda do cliente. Segundos preciosos e perda do cliente são termos comuns em um Pronto-Socorro também, não são? Pois é... PH
Campanhas inteligentes precisam de açþes....
Ponto de Vista
COACHING
Abrace
seus problemas!
Por Sílvio Celestino **Autor do livro Conversa de Elevador – Uma Fórmula de Sucesso para sua Carreira, Sílvio Celestino é sóciofundador da Alliance Coaching.
Acontece que existe somente um lugar onde você encontrará pessoas sem problemas: o cemitério. Todas as demais têm de lidar com eles.
P
essoas acreditam que a vida tem de acontecer sem problemas. Se as contas fossem mais fáceis de pagar, se os relacionamentos fossem serenos todo o tempo, se houvesse governos sem corrupção, a vida seria muito mais fácil. Todos esses problemas são exasperantes e, ao longo do tempo, geram desgastes e muito estresse, pela impossibilidade de resolvê-los definitivamente. Entretanto, a crença de que a vida deveria ser sem problemas adiciona um componente terrível para os indivíduos: que sua vida não deveria ser como é, e que são fracassados por não conseguir resolvê-los. Entretanto, para enfrentá-los, você precisará de muita energia, ou correrá o risco de sofrer um esgotamento mental, físico ou emocional. Para que essa energia apareça, você deve dar um sentido às suas adversidades. A capacidade humana de resolvê-las depende disso. Portanto, o motivo pelo qual você deseja resolver o problema é tão ou mais importante que o problema em si. Ao longo do tempo, é o significado que você
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forja para suas adversidades que constrói sua identidade. Por essa razão, já que a vida tem problemas, escolha os maiores para resolver. Albert Einstein, Charles Darwin, Gandhi, Martin Luther King e Nelson Mandela são exemplos de pessoas que resolveram problemas gigantes, que lhes deram uma identidade única e eterna. Na esfera profissional, você terá de conviver com situações como a falta de remuneração adequada às suas necessidades, chefes problemáticos, pessoas que desejam prejudicá-lo, crises na empresa, no mercado e na economia. Isso, sem falar no difícil equilíbrio da vida profissional com a pessoal. Mas você somente terá energia para enfrentar tudo isso, se forjar um significado para sua carreira e, em última análise, para sua vida. É esse significado que irá auxiliá-lo a construir sua identidade perante o mundo. Espero que escolha bem, pois o mundo precisa de indivíduos que, mais que desejarem apenas resolver seus problemas, sejam capazes de contribuir para que outros façam o mesmo. Vamos em frente! PH
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Observatório Anahp é lançado na Hospitalar Feira e Fórum 2014 A 6ª edição do anuário mostrou aumento de despesas e de glosas nos hospitais afiliados à Associação Nacional de Hospitais Privados
O
Observatório Anahp, editado pela Associação Nacional de Hospitais Privados, apresenta estudos sobre o mercado de saúde suplementar e o desempenho econômico-financeiro, assistencial, operacional e de gestão de pessoas dos hospitais membros da entidade. Durante o lançamento, o presidente da instituição, Francisco Balestrin, afirmou que em 2013, o aumento de despesas ficou acima do resultado das receitas, dos 55 hospitais que faziam parte da Associação no último ano - hoje eles somam 60. A receita líquida por saída hospitalar cresceu 5,1% em 2013 em relação a 2012, índice inferior ao avanço das despesas, que aumentaram 6,1% no mesmo período, comprometendo a margem das instituições. Além disso, é possível observar aumento de glosas de 2,9% da receita líquida em janeiro de 2012 para 3,2% em dezembro de 2013, e dos elevados prazos médios de recebimento, que chegaram a 88 dias em dezembro de 2013, e o crescimento das despesas em ritmo superior aos índices de reajustes de serviços. Os hospitais-membros da Anahp são responsáveis por 20% do total de despesas assistenciais na Saúde Suplementar. “Grande parte dos recursos destinados para a Saúde Suplementar está nos hospitais vinculados à Anahp e, no entanto, houve aumento de glosas no último ano”, afirma Balestrin. Segundo ele, o envelhecimento da população, a maior incidência de doenças crônicas mudou o perfil do paciente brasileiro, que, hoje, necessita tratamentos mais complexos. Isso resulta também em aumento da permanência no hospital. Segundo o estudo, a média de permanência aumentou de 4,5 para 4,7 dias entre 2012 e 2013, sendo que para as faixas etárias acima de 75 anos esse indicador supera os 10 dias. “Para atender essa demanda, os hospitais precisarão de mais leitos críticos e profissionais capacitados para atuar em tratamentos de alta complexidade”, explica Balestrin.
Crescimento do mercado A publicação ainda chama a atenção para o crescimento do mercado, com aumento de 4,6% do número de beneficiário em 2013, adicionando 2,2 milhões de novos usuários ao sistema, maior crescimento médio dos últimos três anos. Esse indicador supera até as es48
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Crédito: Divulgação Anahp
timativas mais otimistas realizadas no ano passado pela Anahp com relação à necessidade de ampliação dos leitos em toda a rede hospitalar do País. Do perfil de seus hospitais membros, 90% são de porte quatro - o que significa maior complexidade de estrutura assistencial, de acordo com a classificação estabelecida na portaria nº 2224, do Ministério da Saúde. Em 2013, os 55 membros associados da época (hoje são 60), alcançaram um faturamento da ordem de R$ 17,3 bilhões, geraram mais de 100 mil empregos e responderam por 20% do total das despesas assistenciais na saúde suplementar e 11,5% do total de leitos privados existentes no Brasil. Ficha técnica: Observatório Anahp Edição: 6ª Páginas: 167 ** Disponível para www.anahp.com.br
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Próximos eventos ÌÌ Negociação na Saúde – Estratégias para o “sim” 28 de junho Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 2050; São Paulo Realização: Conduta Saúde conduta@condutasaude.com.br/ www.condutasaude.com.b
ÌÌ Seminários Avançados sobre Governança em Sistemas de Saúde: Desafios Atuais 28 a 31 de julho; 8h às 12h Av. Dr. Arnaldo, 715; São Paulo (SP) Realização: Faculdade de Saúde Pública (USP) Contato: pv_inverno@fsp.usp.br / (11) 3061-7787
ÌÌ Gestão de Clínicas da ABCDI 18 e 19 de julho Avenida Paulista, 37, 7º andar, conjunto 71, São Paulo Realização: Associação Brasileira de Clínicas de Diagnóstico por Imagem (ABCDI) cursodegestao@cbr.org.br/ (11) 3372-4541
ÌÌ 2014 Annual Update in Anesthesia and Perioperative Medicine 24 de julho de 2014 a 27 de julho de 2014 Hospital Israelita Albert Einstein - Auditório Moise Safra Realização: Iniciativa conjunta com Massachusetts General Hospital e Escola Paulista de Medicina Contato: nathalia.nicoletti@einstein.br
ÌÌ Liderança e Gestão Estratégica de Pessoas (Intensivo) 21 a 26 de julho Rua Quatá, 300 - Vila Olímpia - São Paulo/SP Realização: Insper – Instituto de Ensino e Pesquisa Contato: (11) 4504-2400
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ÌÌ Pós-Graduação Gestão de Negócios e Projetos Processo Seletivo até: 25/07/2014 Início das Aulas: 02/08/2014 Aulas: Sábado entre 08h00 e 17h05 Duração: 26 meses Realização: Fundação Instituto de Administração (FIA) Local: Rua Jose Alves da Cunha Lima, 172; Butantã, São Paulo (SP) Contato: Rosa Bonina/ (11)3732-3526sobre a humanização nos serviços de saúde e o papel das humanidades no ensino dos profissionais da área de saúde.
31 de março a 1 de abril de 2014 Centro de Convenções Rebouças São Paulo, SP http://www.congressohumaniza.com.br
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