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Foto de: Jorge Manuel O. Rocha

Citroën ID/ DS

11

– Parte 1


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Só Encomendas e informações Tel.:

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Em Junho de 1939, Boulanger envia ao departamento de estudos da Citroen o caderno de encargos do projecto VGD. Velocidade, conforto e segurança Sem ser muito preciso de pormenores, o caderno de encargos descrevia, no entanto, os princípios básicos por que se deveria reger o aspecto do futuro veículo e que deveriam ser os seguintes: Ser mais confortável que o “Traction”, e o seu peso e preço deverão ser pontos fundamentais a ter em conta, não se falava ainda em nada de hidráulica e a sua estética por enquanto não é muito relevante pois será desenvolvida mais tarde com base nas tendências estilísticas do momento, devendo no entanto ser mais aerodinâmica que a do “Traction”, permitindo melhores performances com um maior conforto. Para o desenvolvimento de todos estes requisitos, contava-se com a criatividade de Flaminio Bertoni, estilista italiano, que já tinha desenhado grandes sucessos para a casa Citroen, entre os quais o famosíssimo 2 CV .

Desenho de Lefèbvre que iria inspirar Bertoni nas linhas do projecto VGD RPM pág.3

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Citroën ID/DS

Parte I

Tudo estava programado para que o projecto VGD fosse apresentado ao público em 1940, mas a guerra que entretanto assolava a Europa e a consequente ocupação das fábricas em França retardaram todos os estudos, que só viriam a ser retomados após o final da guerra. Entretanto, neste interregno, o engenheiro Paul Magès continuava com os estudos para o desenvolvimento de um sistema de suspensão hidráulica, baseado no princípio da interacção de líquidos e gases, que permitisse a utilização em automóveis, com o intuito de aumentar o conforto e melhorar a condução. O desaparecimento de Boulanger No dia 11 de Novembro de 1950, Pierre Boulanger sofre um trágico acidente quando ensaiava um protótipo de um “Traction Avant”. Este terrível acontecimento fez estremecer a Citroen, chegando a pôr-se em causa se o novo presidente, que viria substituir Boulanger, seguiria a mesma Pierre Boulanger, em 1945 linha de orientação dele, ou mesmo se teria capacidade para liderar e dar continuidade ao desenvolvimento dos projectos em fase avançada que se encontravam 11


Coube, no entanto, a Robert Puiseux (foi ele o escolhido para substituir Boulanger) assumir essa responsabilidade, de orientar os caminhos futuros da Citroen, decidindo dar continuidade ao projecto VGD e delegando em André Lefèbvre a manutenção de todos os estudos. É o início da década de 50 e a partir daí tudo se começa a precipitar. As linhas fluidas do automóvel já estavam mais ou menos definidas.Bertoni explorava então a via de um automóvel monoFlaminio Bertoni volume, algo que era completamente impensável segundo as normas da época. É necessário ter em conta que o estilo americano, que influenciara a Europa antes da guerra, estava a ser abertamente atacado pelos estilistas italianos que apresentavam carroçarias mais ligeiras e com menos aspectos decorativos. Após inúmeros esboços, Flaminio Bertoni apresenta o último protótipo do que ficará conhecido como um dos maiores fenómenos da história do automóvel e,é curioso salientar que,esse protótipo foi cognominado de “hipopótamo” por causa do enorme capot frontal que fazia lembrar o pescoço desse animal.

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Citroën ID/DS

Parte I

24 de Janeiro de 1954. Arrebatado por fúria criadora Bertoni desenhou naquele dia numerosos esquiços do que poderiam vir a ser as versões desportivas do DS.

Se a parte da frente estava definida, tanto da berlina de 4 lugare com do cabriolé, Bertoni virava-se agora para a rectaguarda que parecia difícial de encontrar.

16 de Junho de 1955. Outra versão da rectaguarda em que o painel do tejadilho passa de maneira muito original por cima do vidro de trás. Esta disposição encontrava-se também no Triumph Dolomite Sprit e no Trabant 601 Universal, para além de outros.




Ficha Técnica

Componentes

Especificações

Regulações

Motor montador à frente Relação de compressão: . . . . . . . . .

Motor

7,5/1

Potência fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

11 CV

Potência efectiva . . . . . . . . . . . . . . . . .

66 CV SAE às 4500 rpm

Peso do motor: . . . . . . . . . . . . . . . .

142 Kg

Modelo invertido com “starter” comandado. Bomba de reprise Filtro de ar: “Miom” ou “Vokes” Bateria: 6 V - 75 Amperes

Distribuidor: SEV ou Ducellier Ordem de inflamação: 1 - 3 - 4 - 2. Número de velocidades: 4 e marcha-atrás.

Relações: Comando mecânico sob o volante: 2.ª, 3.ª e 4.ª sincronizadas. Cx. velocidades

Eixo dianteiro

Eixo traseiro

O cárter da caixa contém também o diferencial. Embraiagem de disco único, a seco com comando mecânico. Diferencial: 2 planetários, 4 satélites Grupo cónico: 9 x 35 Relação de desmultiplicação: 0,257 Transmissão: Juntas Glaenzer-Spicer. Rodas idependentes. Suspensão hidropneumática Amortecedores incorporados nas esferas da suspensão Corrector de altura automático Barra de torsão antiderrapagem.

Diversos

Jacto da bomba . . . . . . . . 50 Starter gasolina . . . . . . . . 115 Starter ar . . . . . . . . . . . . . 4 Agulha . . . . . . . . . . . .(mm) 2 Bóia . . . . . . . . . . . . . . .(g) 5,7

1ª. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Marcha-atrás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Convergência vazio . . . . . . . . . . . . . . . . . . (p/ a frente)

1 a 3 mm 0° 15’

Inclinação cavilhão p/trás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

1° 30’

Raio de viragem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (m)

5,50

Pneus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

165 x 400

Pressão de enchimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . (kg/cm )

1700

Sopé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

0 a 0,15’

2

Convergência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (p/ a frente) (mm)

0a2

Pneus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

155 x 400

Pesos e cargas 60

0,282 0,529 0,816 1,175 9,235

Sopé (vazio) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

CAPACIDADES Depósito de gasolina: . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

26 125 175 50 130 19

Avanço à inflamação actuando . . . . . . . . . . . . . . . . . 0° Corrector de avanço manual Velas Marchal CR 55 Afastamento dos platinados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,6 a 0,7 mm Afastamento dos electrodos das velas . . . . . . . . . . . . 0,4 a 0,7 mm

Inflamação por bateria e bobina.

Distribuidor

Calagem com folga provisória especial AAA 3° antes do PMS ou 0,1 antes PMS AFA 45° depois do PMI ou 88,7 antes PMS AAE 45° antes do PMI ou 88,7 depois PMS AFE 11° depois do PMS ou 1,2 depois PMS Folga nos balanceiros a frio: Admissão: 0,20 e Escape: 0,25 mm Cone de ar: . . . . . . . . . . . . Jacto principal . . . . . . . . . . Automatismo . . . . . . . . . . . Jacto de marcha lenta . . . . Calibrador de ar . . . . . . . . . Emulsão . . . . . . . . . . . . . . .

Carburador SOLEX TIPO 34 PBIC.

Carburador

ID 19

Kg

litros

Radiador: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

9,5 litros

Cárter motor : . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

4

litros

Caixa-diferencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2

litros

Reservatório circuito hidráulico: . . . . . . . . . .

5,2 litros

Peso vazio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Carga útil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Peso sobre o eixo da frente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Parafusos o eixo de trás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

“ “

1170 480 758 385


Características Detalhadas Quadro das diferentes características 3 modelos ID e DS 19 Modelos ID 19 Confort

DS 19

Normal

Luxo

Potência real em CV . . . . . . . . . .

63 (motor 11 D)

66

Posição das válvulas . . . . . . . . . .

Em linha

Em V

Em V

Em V

Colocação do carburador . . . . . . .........................

À direita de corpo simples

À esquerda de corpo simples

À esquerda de corpo simples

À esquerda de corpo duplo

Colocação das velas . . . . . . . . . .

À esquerda

Ao centro

Ao centro

Ao centro

Escape . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Directo

Directo

Silencioso

Silencioso

Mecânico

Mecânico

Mecânico

Hidráulico

Mecânico

Mecânico

Mecânico

Hidráulico

Mecânico

Mecânico

Mecânico

Hidráulico

Hidráulico

Hidráulico

Hidráulico

Hidráulico

Roda sobressalente . . . . . . . . . .

Mala traseira

À frente

À frente

À frente

Cores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .........................

Carroçaria negra tejadilho beje

Carroçaria cores diversas tej. beje

Carroçaria cores diversas tej. beje

Carroçaria cores diversas tej. beje

Tampa da mala traseira . . . . . . .

Sem equilíbrio

Sem equilíbrio

Sem equilíbrio

C/ mola de equilíbrio

Tejadilho . . . . . . . . . . . . . . . . . . .........................

Plástico nem nem forrado

Plástico não pintado, mas forrado

Plástico não pintado, mas forrado

Plástico ou Alumínio pint. ext. e forrado int.

PESO . . . . . . . . . . . . . . . . . . .(Kg)

1095

1090

1150

1170

VELOCIDADE . . . . . . . . .(Km/h)

130

135

135

Mais de 140

CONSUMO . . . . . . . .(aos 100 Km) .......................

10 l

10 l

10 l

10,5 l

à média 70

à média 75

à média 75

à média 75

MOTOR 66

75

CAIXA DE VELOCIDADES Comando . . . . . . . . . . . . . . . . . .

EMBRAIAGEM Comando . . . . . . . . . . . . . . . . . .

DIRECÇÃO Comando . . . . . . . . . . . . . . . . . .

TRAVÕES Comando . . . . . . . . . . . . . . . . . .

EQUIPAMENTO

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Citroën ID/DS Parte 1

extrair os parafusos de fixação da travessa às longarinas (ter o cuidado de não danificar o ou os calços de regulação entre a travessa e as longarinas).Passar uma corda sob a tampa da bomba de água, levantar o motor e retirá-lo do veiculo, assentando-o num suporte. MONTAGEM Regular os suportes traseiros e montar a travessa do suporte dianteiro. Colocar as anilhas encontradas na desmontagem,entre as travessas e as longarinas, de forma a obter-se uma diferença de cota = 70+2 mm entre o disco do travão e a longarina de cada lado (conservar o mesmo número de anilhas). Ligar e regular os comandos das velocidades,operando do modo seguinte:

Montar o veio e apertar a porca, certificando-se de que a cota «b» não se alterou. Ligar a bicha do conta-quilómetros à caixa de velocidades. Montar a direcção do modo seguinte (Figs. 3 e 4): Orientar o carreto de comando para fazer corresponder a referência «a» (feita durante a desmontagem) e depois colocá-lo. Colocar a direcção nas suas chumaceiras (respeitando as referências feitas, na desmontagem, em «b»). Montar as alavancas.Após se ter desmontado a tampa da chapa-suporte do «tablier», comprimir a mola (3 – Estampa IV) de espiras ligadas e apertar o parafuso 4 da braçadeira 5. Verificar se não há folga, puxando ou empurrando o volante. Montar o radiador, o tubo de escape, etc. Regular o ponto de inflamação (ver mais adiante).Verificar o nível de óleo do motor (4 litros, SAE 20). Encher o radiador. Purgar os travões. NOTA - O conjunto do motor desmontado não deve escorregar sobre os discos do travão. A desmontagem do conjunto motor-caixa e a separação da caixa do motor não apresentam dificuldades especiais.

DESMONTAGEM E MONTAGEM DO MOTOR

Fig. 2 – Comando das velocidades

Colocar a alavanca do selector numa posição tal que se obtenha nele uma cota «b»=39,5 mm (ver figs.1 e 2) e,com o tubo de comando sobre a tampa da caixa na posição de “ponto morto”, deslocar a forquilha (14) até que o furo fique exactamente em face com o furo da alavanca (11) sobre o tubo de ligação (1).

PARA REPARAÇÃO Respeitar as precauções do costume, observando atentamente as indicações abaixo: PONTOS PARTICULARES DESMONTAGEM Desmontar o veio dos balanceiros de admissão, colocando os parafusos no seu lugar para se evitar a dispersão das peças. Manter as camisas no 51


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Fig. 12 – Montagem das caixas de vedação

troço, uma anilha de regulação de 0,05 mm, a anilha de batente (6), o carreto da cambota (provisoriamente sem chaveta) e apertar a porca (39) (chave 1667 T,ver fig.14).Puxar a cambota para a chumaceira do lado da distribuição, por meio de uma alavanca ou de uma cunha oblíqua,colocada entre a a face do bronze (6) e a anilha de batente (5) (em «j»). Esta folga deve ser de 0,03 a 0,09 mm. Escolher as anilhas que permitam obter esta folga.Desmontar o carreto. MONTAR A DISTRIBUIÇÃO Montar o copo de lubrificação (13) da corrente de distribuição, com o furo orientado no veio da cambota, apertá-lo a 1 Kgm e a contraporca a 1,4 Kgm. Montar os bujões da canalização do óleo. Colocar no torno os dois carretos da cambota e da árvore de 62

cames. Orientar as duas referências,de modo que uma régua que passe pelo veio dos dois carretos acerte na referência (golpe de punção num dente) do carreto da árvore de «cames» e pela referência (golpe de punção entre dois dentes) do carreto da cambota. Pode-se igualmente utilizar o aparelho 1680 T. Este aparelho tem um traço que permite alinhar as referências. Montar o conjunto da corrente e carretos. Sem libertar estes últimos,colocar o conjunto; rodar a árvore de «cames» por meio do carreto,para fazer corresponder as ranhuras de enchavetamento dos carretos e dos veios. Montar o conjunto correntes-carretos, certificando-se de que as chavetas estão bem colocadas sobre a árvore de «cames» e sobre a cambota.Apertar a porca daquela a 15 Kgm, e

Fig. 13 – Corte longitudinal do motor


Citroën ID/DS Parte 1

d) Engatar os batentes de comando no seu lugar, batendo na extremidade do veio de transmissão.Apertar a porca (10) a 40 Kgm. Fixar o freio (9) da porca (10) e travá-lo com dois golpes de punção. Montar a junta de vedação (12),deformá-la com a mão, inclinar a chumaceira da transmissão e meter a junta, fazendo-a girar em torno daquela. Não deteriorar a aresta interior da junta,ao raspar nas esterias da chumaceira. Meter o rebordo exterior da junta na caixa do cubo e utilizar uma espiga cuja extremidade seja arredondada, para não deteriorar a junta.Colocar esta dando a volta ao furo do cubo com a espiga. Colocar no seu lugar a cinta de vedação (11) sobre o cardan duplo (cone 1930 T). Colocar os meio-apoios de fixação, aproximá-los um do outro e rebitá-los, mantendo-os com um par de pinças «universais».Montar o copo de lubrificação. Montar a cinta (13) de vedação do lado da caixa sob a transmissão.Colocar o conjunto transmissão-cavilhão sobre o veículo. Desengordurar cuidadosamente os cones das rótulas e os braços do eixo. Engatar a transmissão nas estrias do conjunto elástico (bibax),previamente lubrificado (massa de rolamentos).Ligar as rótulas aos braços do eixo,colocar os apoios de

Fig. 26 – Suspensão do eixo da frente

«nylon» (8) e os de borracha (7).Apertar as porcas e meter troços. Colocar a cinta de vedação do lado da caixa e montar as braçadeiras. Ligar a rótula da alavanca de ligação à barra de ligação 79


DS 19 - ID 19 CONTROLO DE UM VEÍCULO DANIFICADO, SEM IR AO BANCO DE ENSAIO Após um ligeiro acidente, é por vezes possível evitar um controlo da carroceria no banco de ensaio, desde que se observem os seguintes pontos:

c) Se se obtiverem valores diferentes, o semi-eixo e o guarda-lama não estão em esquadria.

CONTROLO DA DIANTEIRA DA CARROÇARIA CONTROLO, À VISTA, DA CARROÇARIA Ver o capítulo «Suspensão Dianteira». Verificar com o prumo no pé dianteiro se o quadro e o estrado não estão torcidos. Preparação Colocar o veículo num terreno plano e horizontal. Tirar os guarda-lamas, as duas portas da frente e os tampões das rodas.

CONTROLO MECÂNICO DO BRAÇO DIANTEIRO 1.° Controlar o sopé em cada lado. NOTA - Para eliminar qualquer erro que possa provir dum empeno da roda, fazer uma segunda medição, após se ter feito a roda dar meia-volta. Achar a média das duas leituras.

2.° Controlar a inclinação dos cavilhões para trás,em cada lado.Se o sopé ou a inclinação dos cavilhões para trás estiverem mal dum lado,substituir o semi-eixo por um novo e fazer novos controlos. a) Se o sopé e a inclinação dos cavilhões para trás estiverem correctos,o primeiro semi-eixo não estava em esquadria. b) Se se obtiverem os mesmos valores, é porque a carroceria não está em boas condições. 102

CONTROLO MECÂNICO E DA CARROÇARIA TRASEIRA 1.° Controlar o sopé de cada lado. Operar do mesmo modo que para as rodas da frente. 2.° Controlar o paralelismo de cada semi-eixo. Utilização do aparelho para controlo do paralelismo 1.° Colocar o veículo num terreno plano e horizontal.As alturas à frente e atrás devem ser correctamente reguladas. Colocar o veículo em posição de «estrada (ou colocado sobre calços para dar a altura desta posição) ou seja, à frente, 228+10 mm e atrás, 335+10 mm, tanto uma como a outra desde a parte de baixo da barra antiderrapagem até ao solo. (Para tirar esta medida, desapertar o bujão de borracha que se encontra à direita dos tubos de escape). 2.° Colocar o aparelho MR 3756-20 (fig. 1). 3.° Desapertar a parte móvel (F) e afastá-la da jante. Levar a parte fixa (A) a contacto com a jante,à altura da cavilha da manga de eixo, fazendo deslizar o veio (B) no suporte (C). Imobilizar o veio,apertando o parafuso (D).


Ficha Técnica

Componentes

Motor

D S 21

Especificações Cilindros, diâmetro e curso: . . . . . . . . . . . . . Cilindrada: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Relação de compressão: . . . . . . . . . . . . . . . . Potência fiscal: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Potência efectiva: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Binário máximo: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Regulações

90 x 85,5 mm 2 175 cm3 8,75 para 1 12 CV 109 CV a 5 500 rpm 17,7 Kgm a 3 000 rpm

Válvulas: folga de marcha (a quente): admissão: escape:

0,20 0,25

Distribuição - regulação: montar a corrente de acordo com as referências no carreto da cambota e no carreto da árvore de cames. Regulações:

Carburador

Carburador Weber de duplo corpo Tipos 28-36 DDE ou DDE A 1 Dispositivo de ralenti acelerado incorporado Dispositivo de arranque a frio por estrangulador Bomba de aceleração de êmbolo Ø 16 mm

Distribuidor

Distribuidor: Ducellier, SEV-Marchal Ordem de ignição: 1 - 3 - 4 - 2 (nº. 1 lado volante) Regulação da ignição: marca sobre o volante do motor (12º avanço PMS). Avanço máximo possível: 10° 20’ (a 2 500 rpm distribuidor)

Equipamento eléctrico: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Velas Marchal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Afastamento dos eléctrodos: . . . . . . . . . . . . . . . . . Nova curva de avanço da ignição Afastamento dos contactos do rotor: . . . . . . . . . .

Número de velocidades: 4 e 1 marcha-atrás

Relações de desmultiplicação:

Ø do corpo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . tubo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . jacto principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . jacto do ralenti . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . jactodo automático . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Eixo dianteiro

Eixo traseiro

O cárter da caixa contém também o diferencial.

36 27 175 70 155 12 V 35 B 0,60 mm 0,40 mm 0,03076 0,5151 0,7857 1,1739 0,3170

Diferencial: 2 planetários, 4 satélites Grupo cónico 8 x 35 (4,375/1) Relação de transmissão: 0,228 Transmissão: juntas homocinéticas trípodes à saída da caixa, homocinéticas duplas do lado das rodas.

2 a 4 mm Convergência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (p/ a frente) Sopé (vazio) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1° 30’ Inclinação do eixo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . não regulável 5,50 Raio de viragem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (m) 180 x 380 Pneus. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (Michelin AS) 1,900 Pressão de enchimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . (kg/cm )

Rodas idependentes – braços de suspensão Suspensão hidropneumática Amortecedores incorporados nas esferas da suspensão Corrector de altura automático Barra de torsão estabilizadora.

Inclinação do eixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2

0 a 0,15’

Convergência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (p/ a frente) (mm)

0a2

Pneus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (Michelin AS)

180 x 180 1,900

Pressão de enchimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . (kg/cm ) 2

CAPACIDADES

Diversos

2º corpo

28 23 130 50 155

1ª. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.ª . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Marcha-atrás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Comando hidráulico: 4 velocidades sincronizadas para a frente Cx. velocidades

1º corpo

Depósito de gasolina: . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

65

Radiador do motor e aquecimento: . . . . . . . .

10,8 litros

litros

Cárter motor : . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

4,5 litros

Caixa-diferencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2

Reservatório circuito hidráulico: . . . . . . . . . .

5,2 litros

litros

Peso vazio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (kg) Carga útil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (kg) Peso sobre o eixo dianteiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . (kg) Peso sobre o eixo traseiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (kg) Binários de Aperto Cabeça do cilindro (frio) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (kgm) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . depois Tampa da chumaceira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (kgm)

1170 480 835 835 3 6 +0,5/ - 0 10


CITROEN DS 21 – DS 21 M – DS 19 A – DS 19 MA Este estudo é válido para as seguintes viaturas: Berline

DS 21 com caixa de comando hidráulico, símbolo Fabril (Usine) . . . . . . . . . . . DX

Berline

DS 21 M com caixa de comando mecânico, símbolo Fabril(Usine) . . . . . . . . . . DJ

Berline

DS 19 A com caixa de comando hidráulico símbolo Fabril (Usine) . . . . . . . . . . DY

Berline

DS 19 MA com caixa de comando mecânico, símbolo Fabril (Usine) . . . . . . . . DL . . . . . . . . . . DJF

Break

ID 21 F com caixa de comando mecânico, símbolo Fabril (Usine)

Break

ID 19 F série A com caixa de comando mecânico, símbolo Fabril (Usine) . . . . . DLF

Cabriolé DS 21 com caixa de comando hidráulico, símbolo Fabril (Usine) . . . . . . . . . . . DX Cabriolé DS 21 M com caixa de comando mecânico, símbolo Fabril (Usine) . . . . . . . . . DJ As Break (furgonetas) são equipadas, por escolha, com comando hidráulico ou mecânico da direcção

Introdução As modificações apresentadas pela Citroën nestas viaturas constituem importantes melhoramentos. Na senda da evolução que as manteve no mundo sempre na primeira linha da sua categoria, os “DS” passaram a ter na versão 1966 mais potência graças a novos motores. Existem dois “DS” de base de que derivam as versões DS 19 “A” e DS “21”. O aparecimento dos novos motores provocou consequentemente o estudo de outros órgãos da viatura e o aumento da velocidade levou à adjunção de certo número de novos dispositivos no DS “21”. Foi assim que para responder ao aumento da potência foi instalada uma nova transmissão inteiramente homocinética; modificado o arrefecimento dos travões de disco, formados por duas placas de metal ligadas entre si; modificado também o eixo dianteiro e os amortecedores; melhorado o corrector da reembraiagem, a primeira sincronizada, em todos os modelos. O DS “21” possui um dispositivo de segurança que adapta automaticamente a direcção dos faróis à posição da viatura, um mostrador de indicação do desgaste das pastilhas dos travões e o seu conta-quilómetros indica as distâncias de travagem para certas velocidades. Os pneus Michelin X A que equipam estas viaturas foram especialmente concebidos para utilização prolongada a velocidades elevadas.

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CitroĂŤn DS Parte 1

Break

Cabrio

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Motor DS 19

Corte longitudinal do motor

Próximo Volume: Conclusão do Estudo dos Citroën DS 19, 20 e 21 de 1966 até ao fim da produção.

• Conselhos Práticos. • Evolução da construção DS 21 / DS 19 A / DS 20. • Evolução da construção DS 21 / DS 20 Berlina / Break / Cabriolé e Pallas de 1970 a 1975 Fim da Produção. Corte transversal do motor

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Próximo Volume

12

Citroën ID/DS

– Parte 2

Fica concluída a publicação dedicada aos ID e DS Da mesma colecção ainda… disponíveis!!!

Tel.:

21 215 30 09

e-mail: classicos-populares@sapo.pt


Pr贸ximo livro


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