Centro Especializado em Reabilitação Física, Visual e Auditiva. CADERNO

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C E R visual, físico, auditivo Centro Especializado em Reabilitação





Centro Especializado em Reabilitação - visual, físico, auditivo

por Yasmin Rodrigues da Costa


Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Fau Universidade de Brasília - UnB Departamento de Projeto, Expressão e Representação Trabalho de Conclusão de Curso - Projeto de Diplomação 2 Título: CER- Centro Especializado em Reabilitação visual, físico, auditivo. Brasília, 2019. Orientador : Prof. Dr˚. Ivan Manoel Rezende do Valle Banca examinadora: Prof. Dr˚. Augusto Cristiano Prata Esteca Prof. Dr˚. Frederico Flósculo Pinheiro Barreto Profª. Drª Maria Cláudia Candeia


APRESENTAÇÃO Este Trabalho de Conclusão de Curso propõe como objeto de estudo o projeto arquitetônico de um Centro Especializado em Reabilitação (CER) para pessoas com deficiências físicas, visuais e auditivas, na cidade de Ceilândia- DF, na tentativa de proporcionar um espaço com equipamentos e atendimentos especializados. O objetivo do trabalho consiste em desenvolver uma estrutura espacial que contribua positivamente na recuperação de pacientes, que por algum motivo se encontram fora do seu estado de total funcionalidade. Visto que o ambiente exerce efeitos tanto positivos quanto negativos, a proposta busca uma nova percepção sobre edifícios de saúde utilizando conceitos como humanização e vivência para o desenvolvimento de um lugar em que a arquitetura seja parte do processo de cura e desenvolvimento. Além disso, optou-se por espaços amplos, que tenham contato com a natureza e o ambiente externo, além de espaços de convivência, compartilhamento e atividades lúdicas. O CER também contará com um centro de pesquisa e extensão para desenvolvimento de pesquisas clínicas e estudos sobre deficiências, contribuindo com o desenvolvimento de material e inovação tecnológica, aumentando as diferentes formas de avanços nos tratamentos. De modo geral, esse trabalho desenvolverá conhecimentos acerca do assunto por meio de uma contextualização histórica sobre o tema, que envolve a exposição de conceitos e outras abordagens necessárias sobre deficiência e reabilitação; estudos sobre outros centros de reabilitação para maior embasamento e ainda, referenciais projetuais, que abordam e exemplificam conceitos e ideias que foram utilizadas para o desenvolvimento do partido arquitetônico. Além disso, há uma parte destinada ao levantamento de outros dados necessários ao entendimento do projeto, como por exemplo políticas públicas, caracterização da área de intervenção e entorno, bem como diretrizes projetuais e programa de necessidades.


ÍNDICE

Apresentação Problemática e justificativa Objetivos

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Capítulo 1- Centros Especializados em Reabilitação

Capítulo 2- ESTADO DA ARTE

Capítulo 3- referenciais projetuais

1.1 Caracterização do termo Reabilitação 1.2 Contextualização histórica 1.3 Políticas públicas nacionais 1.4 Sobre a Deficiência

2.1 Centro Internacional de Neurociências e Reabilitação, SARAH Lago Norte, Brasília 2.2 Beit Halochem Rehabilitation Centre, Israel 2.3 Centro de Reabilitação para deficiência visual, Rede Lucy Montoro, São Paulo

3.1 Centro Maggie de Oldham 3.2 Complexo Escolar em Serris 3.3 Escola York House 3.4 Edifício Sky Believe in Better


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Capítulo 4- estudos sobre a área de intervenção

Capítulo 5- estudos para o projeto

Capítulo 6- projeto

4.1 Localização 4.2 Caracterização da área 4.3 O terreno

5.1 Diretrizes de projeto 5.2 Programa de Necessidades 5.3 Quantitativos 5.5 Fluxograma

6.1 Partido 6.1 Evolução da volumetria 6.2 Perspectiva explodida 6.3 Mapa de situação 6.4 Desenhos técnicos - Mapa de implantação - cobertura - Mapa de implantação- térreo - Mapa de implantação - subsolo - Planta de sugestão de layout -Perspectiva isométrica com setorização - Cortes - Detalhes construtivos 6.5 Estrutura 6.6 Perspectivas

Agradecimentos Referências bibliográficas Referências de imagens


PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA

Fatores externos :

doenças congênitas

acidentes Desafios das pessoas com deficiÊncia

fatores envelhecimento

doenças adquiridas

Trânsito

agressões

quedas

AFOGAMENTOS

outros

Brasil saúde

lazer

23,9% Pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas

DEFICIÊncias mais recorrentes NO DF

Possuem algum tipo de deficiência

63,71 %

visual Distrito Federal

22,23%

Fonte: IBGE, CENSO 2010, adaptado. Estudos epidemiológicos. Fonte: SARAH, 2017, adaptado. Fonte: Todos os pictogramas foram elaborados pela autora.

10

18,02 % motora

14,41 %

67,7%

0 a 14 anos de idade 15 a 64 anos de idade

65 anos ou mais de idade

auditiva

BRASIL (%)

educação

trabalho

7,5% 24.9%

transporte INCLUSÃO

AUTONOMIA


Toda e qualquer pessoa está sujeita a algum tipo de deficiência, seja ela proveniente de doenças congênitas, que ocorrem antes do nascimento, ou mesmo adquiridas em algum período da vida, por meio de acidentes ou doenças, o que acarreta na perda da função de alguma parte do corpo de forma temporária ou permanente. De acordo com o Censo Demográfico de 2010 do IBGE, 23,9% da população no Brasil convive com algum tipo de deficiência, sendo que no Distrito Federal, essa porcentagem abrange cerca de 22,23% da população, dado esse, maior que o encontrado no Censo do ano 2000, que era de 13,44%. Além disso, a medida em que a população vai envelhecendo, os problemas de locomoção, a perda da visão e da audição, o enfraquecimento da musculatura e doenças crônicas tais como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e distúrbios mentais vão se tornando cada vez mais frequentes. Isso indica que nos próximos anos a demanda de atendimento às pessoas com deficiência tende a aumentar. Segundo o IBGE, a categoria de deficiência que atingia o maior percentual no DF, em 2010, era a visual, com 63,71%, seguida por deficiência motora com 18,02%, auditiva com 14,41% e mental/intelectual com 3,85%, todas elas em população de maior idade. Somado a isso, há ainda outros fatores que também contribuem para o crescimento de pessoas com deficiência no Brasil, em que estão incluídos acidentes e violências. De acordo com uma pesquisa realizada pela Rede de Hospitais SARAH em 2017, verificou-se que cerca de 20,0% das internações nas unidades da Rede se deram por fatores externos como acidentes de trânsito, agressões (arma de fogo, arma branca e agressão física), quedas, acidentes com mergulho e outras. A perda da função de algum componente do corpo — mesmo que de forma temporária — causa grande impacto sobre os indivíduos, uma vez que perdem muito de sua própria independência e autonomia. Ademais, na maioria das vezes são tratados de forma desigual, seja na participação da sociedade, participação econômica, utilização de serviços (transporte, por exemplo), ou mesmo na interação com o ambiente, em que o próprio espaço confere barreiras físicas e exclusivas. Esses fatores que levam ao impedimento da atuação de forma igualitária na sociedade são responsáveis por problemas como a perda da auto-estima e confiança,

conferindo maior insegurança a essas pessoas. Diante disso, há a necessidade cada vez maior de um local que ofereça serviços de suporte e assistência para capacitar as pessoas que vivem com alguma deficiência e retirar as barreiras que as impedem de participar na comunidade. Tão importante quanto os hospitais são os mecanismos e lugares de assistência após o trauma, como os Centros de Reabilitação, por exemplo, que são medidas complementares necessárias no intuito de tratar e prevenir os pacientes por meio de reabilitação multiprofissional em ambiente extra hospitalar para aqueles que necessitam de uma continuidade do tratamento mesmo após a alta. A deficiência pode ser considerada uma importante condição com grande impacto econômico e social para os indivíduos, famílias e comunidades, então é interessante que os serviços de saúde estejam preparados para responder às necessidades dos usuários, considerando as diferenças físicas e sociais. A decisão do CER proposto destinar-se às deficiências visuais, físicas e auditivas partiu da avaliação do Censo Demográfico do IBGE que as elencou como as três deficiências mais recorrentes, respectivamente, como explicitado anteriormente, somado ao fato que um centro especializado em reabilitação trabalha em conjunto com os demais estabelecimentos de assistência à saúde como por exemplo, os hospitais, formando uma rede de apoio para dar continuidade ao tratamento. Dessa forma, os Centros Especializados em Reabilitação (CERs) vêm com o intuito de dar assistência a essas pessoas, por meio de espaços que ofereçam infraestrutura adequada, acessibilidade, equipamentos que contribuam para a melhora da saúde física e mental e ainda, forneçam as condições necessárias para que a pessoa com deficiência possa encontrar autonomia e desenvolver suas dificuldades. A proposta deste trabalho de projetar um Centro Especializado em Reabilitação sugere um lugar destinado a atender às pessoas com demandas decorrentes de deficiência temporária ou permanente para desenvolver serviços e conferir suporte, capacitando essas pessoas para que alcancem o máximo de independência, além da inclusão e reintegração na sociedade. No entanto, a motivação deste trabalho foi não somente a relevância de serviços destinados ao Apoio ao Diagnóstico e à Terapia, do qual a reabilitação faz parte, mas também, o papel da arquitetura em fornecer edificações que

contribuam com a saúde física e mental das pessoas, e no caso de ambientes de saúde, beneficiando os pacientes com um espaço mais confortável e agradável. Além disso, a temática deste trabalho abre o olhar para aspectos como a importância da configuração de espaços que atendam a todas as pessoas, reconhecendo as diversidades encontradas na sociedade, para que essas diferenças não se tornem um fator de exclusão.

OBJETIVOS Geral

projetuais que auxiliem no partido; - Levantar dados bioclimáticos, socioeconômicos e históricos sobre a área de intervenção e seu entorno para melhor adequação do projeto; - Apresentar uma proposta coerente com espaços agradáveis que promovam integração de ambientes internos e externos, entre indivíduo e espaço, singular e coletivo, ao mesmo tempo que elimine barreiras físicas e sociais, colaborando com a inclusão de todos; - Proporcionar aos pacientes um lugar que traga convívio e benefícios como um todo, para a partir da reabilitação, contribuir com a reinserção das pessoas com deficiência na sociedade.

O objetivo geral do trabalho é projetar um Centro Especializado em Reabilitação, que promova maior reintegração social, autonomia e independência para as pessoas com deficiências física, visual e auditiva. Um local capacitado para melhor atender as pessoas que necessitam de uma continuidade no tratamento, com uma multidisciplinaridade de profissionais e um espaço adequado para as atividades e o processo de reabilitação. Utilizando o conceito de humanização para a criação de um ambiente de saúde em que a arquitetura seja parte do processo de cura e desenvolvimento do tratamento, a ideia do CER é apresentar um lugar qualificado, cujo próprio ambiente influencie positivamente no bem estar dos pacientes, de forma a contribuir com o processo terapêutico.

Específicos - Pesquisar e estudar sobre a legislação e políticas públicas que abordem assuntos e diretrizes a respeito de ambientes de saúde, principalmente os que tratam especificamente de reabilitação; Entender o que é a deficiência, os tipos de deficiências e a reabilitação; - Estudar sobre o estado da arte e o contexto histórico para melhor compreender como os centros de reabilitação são projetados e utilizados, inclusive com atenção ao programa de necessidades indicado, assim como outros referenciais 11


centros especializados em reabilitação

CAPítulo

01


1.1- CARACTERIZAÇÃO DO TERMO REABILITAÇÃO

de Fisioterapia

Diferença entre Hospital de Reabilitação, Centro Especializado em Reabilitação (CER) e Clínica

terciário Atendimento SEcundário Atendimento primário

centro de referÊncia

EX: HOSPITAL SARAH kubitschek brasília

hospitais regionais e ambulatórios de especialidades unidades básicas de saúde Ex: POstos de saúde

Os sistemas assistenciais de saúde são divididos em três principais categorias com base na complexidade, nos recursos materiais e de pessoal necessários para o diagnóstico e tratamento. O nível de atendimento primário, localizado na base da pirâmide, é onde estão as unidade básicas de saúde, “[…] responsáveis pelo atendimento de pacientes portadores de moléstias de alta prevalência e com tratamento que não necessita de meios complexos de diagnóstico ou equipes especializadas” (LIANZA, 2007, p.4). Ex: postos de saúde. As unidades de atenção secundária possuem uma complexidade um pouco maior e são representadas pelos ambulatórios de especialidades e hospitais regionais. O último nível se dá pelo atendimento terciário representados pelos Centros de Referência, que necessitam de materiais de alta sofisticação e equipes especializadas, capazes de realizar tratamento e ainda exercer funções de ensino e pesquisa para maior aperfeiçoamento das técnicas de saúde. Segundo Lianza (2007) é nesse nível em que os Centros de Reabilitação se inserem. Os Centros de Reabilitação têm como objetivo atender pacientes com grande potencial de invalidez, devido a incapacidades produzidas por lesões do sistema nervoso, más formações congênitas, amputações, grandes traumas e

EX: HRC- Hospital Regional da Ceilândia

outros, que levam essas pessoas a procurarem um tratamento como forma de reduzir o impacto desses problemas nas funções corporais e/ou mentais. Dado a especificidade do tema e levando em conta que muitos são os ambientes que fazem o uso da reabilitação como parte do tratamento físico, mental ou sensorial, pretende-se aqui abordar algumas diferenças entre os Hospitais, Centros Especializados em Reabilitação e clínicas de fisioterapia para o melhor entendimento da proposta deste trabalho. Os hospitais tem como função proporcionar à população assistência médica integral, preventiva e curativa, onde se interagem relações diversas de alta tecnologia, atendimentos médicos e serviços complementares. Possuem um amplo campo de atuação, que fornece tanto atendimento ambulatorial quanto de urgências e emergências, com a realização de cirurgias de grande e pequeno porte, sendo a estrutura hospitalar a mais complexa e completa possível, seja em seu programa arquitetônico ou nas funções que a constitui. Em geral, os hospitais visam em especial o atendimento dos casos agudos, com as providências necessárias à cura, no entanto, quando o paciente está fora

de perigo, muitas vezes, recebe a alta hospitalar antes que se encontre reabilitado completamente. Se ele é paciente portador de incapacidade, retornará a sua casa com grande potencial de invalidez social, psicológica, cultural e profissional. Segundo Lianza, [...] os recursos médicos convencionais e curativos não são suficientes para resolver os problemas dessas doenças que resultam em perda ou déficit de funções, como habilidades para locomoção, cuidados pessoais e de comunicação, limitando as atividades pessoais, sociais, recreacionais e profissionais do paciente (2007, p. 3).

É aí que entram os ambientes de reabilitação, que de acordo com Organização Mundial de Saúde podem ser oferecidos em uma variedade de instalações, por exemplo “ […] hospitais especializados, asilos para doentes mentais, casas de repouso, centros de cuidados temporários, instalações de atendimento por um profissional ou por vários (consultórios e clínicas)” (2011, p. 131). Ou seja, as ações e serviços de reabilitação podem ser ofertadas em qualquer ponto de atenção da rede, porém são nos Serviços Especializados em Reabilitação, como os CERs, onde se concentra a oferta dessas ações de suporte ao diagnóstico e a terapia, de abrangência regional com equipe multiprofissional. Mesmo que ambos contem com uma rede interdisciplinar de serviços e profissionais e cuidem da reabilitação, os CERs são voltados a um pós tratamento hospitalar, não possuindo atendimentos urgenciais, emergenciais, cirurgias ou leitos de internação, apenas atendimento ambulatorial para melhor diagnóstico e escolha dos procedimentos, e os ambientes destinados à reabilitação propriamente dita. Nas clínicas de fisioterapia, a intervenção terapêutica é direcionada aos aspectos físicos, de desenvolvimento, fortalecimento e recuperação de funções corporais, no entanto, o atendimento não é feito apenas em casos graves ou severos, como acontece no CER. Muitas pessoas recorrem ao uso de clínicas de fisioterapia para resolver problemas ortopédicos e até mesmo complicações respiratórias, além de grande aliada no tratamento de diversos tipos de complicações.

lado, não lhe compete o diagnóstico de doença ou de deficiência a serem corrigidas. […] Ao fisioterapeuta cabe executar técnicas, aprendizagens e exercícios, quando recomendados pelos médicos” (REBELATTO, 1999, p. 52 e 53).

Uma outra diferença é que quando se fala em reabilitação, esse conceito engloba não só o tratamento, mas sim um conjunto de fatores responsáveis pela reintegração do indivíduo na sociedade, o que é feito a partir da equipe multiprofissional que trabalha a recuperação voltada ao bemestar biopsicossocial do indivíduo, recuperando também aspectos psicológicos. Dessa forma, a fisioterapia é uma das áreas que fazem parte do processo de reabilitação, mas não a única. Por fim, há ainda o fato dos CERs precisarem necessariamente ter mais de uma habilidade, regra explicitada pela Portaria N˚ 793, de 24 de Abril de 2012, diferente das clínicas de fisioterapia, que não possuem habilidades especializadas, o que modifica inclusive o ambiente e os espaços encontrados em cada um desses equipamentos de assistência à saúde, pois além da parte de fisioterapia, há ainda espaços específicos para as demais tipos de reabilitação. No caso do objeto de estudo proposto, são três habilidades: visual, física e auditiva. Além disso, há espaços para exercícios que estimulem a parte artística e sejam um instrumento utilizado para a pessoa se expressar, terapias em grupo e individuais, espaços abertos e locais mais reservados, ou seja, tudo pensado para que o conjunto de medidas e a integração dos conhecimentos dos diversos profissionais faça com que os resultados obtidos sejam maiores que a soma dos esforços individualmente aplicados. O retorno do indivíduo à sua condição anterior préincapacitante, permitindo a recuperação de seu papel e status dentro da família e da comunidade, ou seja, a sua Reabilitação, é o objetivo final da medicina em qualquer área de atuação ( LIANZA, 2007, p. 1) .

O fisioterapeuta é caracterizado como um membro da equipe de reabilitação em saúde mas que, por outro

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O que é “Reabilitação” ?

- Reabilitação sensorial

Conjunto de medidas que ajudam pessoas com deficiências ou prestes a adquirir deficiências a terem e manterem uma funcionalidade ideal na interação com seu ambiente (OMS, 2011, p.100).

avaliar efeitos

identificar problemas e necessidades

1. ato ou efeito de reabilitar (-se). 2. Recuperação ou restauração (parcial ou completa) da forma, função ou capacidades normais, após trauma ou doença (AURÉLIO, 2008, p.683).

A palavra reabilitação pode ser utilizada em um amplo contexto, por exemplo, no sentido de reutilizar uma estrutura existente de um edifício e torná-lo usável de novo, restituir a alguém direitos, readquirir estima pública, dentre outros. Na área da saúde, a reabilitação é vista como a restauração do máximo potencial funcional que uma pessoa com alguma doença ou trauma pode atingir, com o objetivo principal de fornecer a capacitação necessária para que pessoas com algum tipo de deficiência, ou prestes a adquirir, possam lidar com as sequelas do dano.

prevenção

recuperação

compensação

manutenção

DAS FUNçõES

A reabilitação visa, a partir de um conjunto de medidas, encorajar o desenvolvimento desses indivíduos para que alcancem maior independência e funcionalidade física, sensorial, intelectual, psicológica ou social. Envolve, também, o apoio interdisciplinar de profissionais capacitados, que atendem as dificuldades e necessidades específicas de cada um, pois a troca de experiências e de conhecimentos entre as várias áreas é de fundamental importância para a qualificação das práticas clínicas e descobrir quais os aspectos prioritários a serem trabalhados em cada fase do processo de reabilitação. Além disso, contribui com informações e orientações para a família dos pacientes, que também são parte desse processo de tratamento. A OMS, em seu Relatório Mundial Sobre a Deficiência, divide as medidas de reabilitação em três principais categorias: medicina de reabilitação, terapia e tecnologias assistivas. 14

planejar, implementar e coordenar intervenÇões

Medidas de reabilitação Medicina de reabilitação Está relacionada com a melhoria funcional por meio do diagnóstico e tratamento de condições de saúde, redução de deficiências e prevenção ou tratamento de complicações. Profissional: fisiatras

terapia Cuida de restabelecer e compensar a perda de funcionalidade com medidas como: treinamento, exercícios e estratégias de compensação, educação, apoio e aconselhamento, modificações no ambiente, disponibilização de recursos e tecnologia assistiva. Profissionais: terapeutas ocupacionais, técnicos de órteses/ próteses, fisioterapeutas, psicólogos, auxiliares técnicos, assistentes sociais e fonoaudiólogos.

Tecnologias assistivas Item ou equipamento que pode ser usado para ampliar, manter ou melhorar habilidades prejudicadas por alguma deficiência. Exemplos: muletas, próteses, órteses, cadeiras de rodas e triciclos para pessoas com dificuldades de locomoção; próteses auditivas e implantes cocleares para pessoas com deficiência auditiva; bengalas brancas, lupas, dispositivos oculares, audiolivros e softwares para ampliação e leitura de tela para pessoas com deficiência visual.

O processo de reabilitação

relacionar os problemas aos fatores modificáveis e limitantes

definir problemas e mediadores alvo; selecionar as medidas adequadas Fonte: O processo de Reabilitação, OMS, 2011

Algumas vezes se faz distinção entre habilitação e reabilitação, em que a habilitação visa ajudar os que possuem deficiências congênitas, e a reabilitação, aqueles que tiveram perdas funcionais. No entanto, para o desenvolvimento deste trabalho, o termo “reabilitação” cobre os dois tipos de intervenção. O documento base para gestores e trabalhadores do SUS/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização, 4a Ed., 2008; faz uma abordagem sobre os diferentes termos explicitando algumas diferenças e questões por trás dos termos e os processos de Reabilitação/Reabilitar e Habilitação/ Habilitar: Habilitar é tornar hábil, no sentido da destreza/ inteligência ou no da autorização legal. O “re” constitui prefixo latino que apresenta as noções básicas de voltar atrás, tornar ao que era. A questão que se coloca no plano do processo saúde/doença é se é possível “voltar atrás”, tornar ao que era. O sujeito é marcado por suas experiências; o entorno de fenômenos, relações e condições históricas e, neste sentido, sempre muda; então a noção de reabilitar é problemática. Na saúde, estaremos sempre desafiados a habilitar um novo sujeito a uma nova realidade biopsicossocial. Porém, existe o sentido estrito da volta a uma capacidade legal ou pré-existente e, por algum motivo, perdida, e nestes casos, o “re” se aplica.

Reabilitação visual A reabilitação visual identifica, qualifica e quantifica alterações do sistema ótico, tratando de vários problemas relacionados aos desvios oculares, com o uso de técnicas e equipamentos que ajudam a produzir estímulos físicos e mentais. Com isso, por meio de exercícios, que aumentam a amplitude e a função muscular, a reabilitação potencializa e otimiza o resíduo visual, tratando anomalias do movimento ocular, como por exemplo, o estrabismo. Outra parte fundamental é o trabalho com a propriocepção, ou seja, o controle postural, pois o equilíbrio é parte muito importante para o corpo humano e a visão é um dos sistemas essenciais, que confere ao indivíduo o senso de orientação e movimento. Cerca de 85% dos estímulos encaminhados ao cérebro para a realização da aprendizagem e desenvolvimento da locomoção e mobilidade se dão por meio dos órgãos da visão (GÂNGARA,1994).

Reabilitação auditiva Tem por finalidade recuperar as habilidades auditivas que foram perdidas com o passar dos anos ou desenvolver habilidades auditivas não adquiridas, utilizando o auxílio de aparelhos e dispositivos que possam amplificar o som, minimizando os sintomas da deficiência. Este trabalho é feito principalmente por meio de treino de detecção, discriminação, reconhecimento e compreensão dos estímulos sonoros para, em seguida, desenvolver o melhor tratamento. Além dos dispositivos, outra técnica utilizada nesse tipo de reabilitação é a fonoterapia, que utiliza exercícios específicos para estimular a linguagem, fala, audição, motricidade oral e voz. Esse método é aplicado para auxiliar na reabilitação auditiva, fazendo com que o paciente perceba melhoras gradativas com o uso do aparelho auditivo. Quando as pessoas já tem uma memória auditiva o processo de reabilitação é considerado mais fácil, no entanto, as crianças com deficiência auditiva pré-lingual, não possuem essa memória, por isso, tem sua fala bastante comprometida.


1.2- CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA Ao longo da história da humanidade, as pessoas que apresentavam alguma doença, diferença ou deficiências motoras, sensoriais, mentais ou de natureza congênita, eram vistas de maneira diferente dos considerados “perfeitos” e recebiam tratamentos diferenciados, de acordo com a cultura do lugar em que viviam. No entanto, ao longo dos séculos esses “problemas” se tornaram uma alavanca para os estudos e descobertas nos tratamentos. Na Antiguidade (4000 a.C e 395 d.C), com o intuito de eliminar essas diferenças, utilizavam recursos, técnicas, instrumentos e procedimentos disponíveis, além de empregarem agentes físicos como parte da terapia. Dentre esse agentes físicos destacavam-se os peixes elétricos, que eram utilizados na eletroterapia, ajudando no tratamento de certas doenças como a gota, por exemplo, e já nesse período, a ginástica era utilizada para estimular as funções corporais como forma de tratamento, a partir de exercícios respiratórios e aqueles que serviam para evitar a obstrução dos órgãos. Dessa forma, na Antiguidade, os trabalhos eram voltados à cura dos indivíduos, logo eram raros os estudos nos quais o interesse fosse voltado para evitar a ocorrência dessas morbidades (REBELATTO, 1999). Na Idade Média, período compreendido entre os séculos IV e XV, essas diferenças eram vistas como algo a ser exorcizado, pois essa época foi marcada pela concepção de uma ordem social estabelecida no plano divino. A fé era uma obrigação de todos, acreditava-se que os eventos naturais eram decisão ou atuação divina e os acontecimentos negativos, demoníaca. O corpo humano era considerado algo inferior se comparado à valorização do culto à alma e ao espírito, isso explica as razões pelas quais os estudos da Medicina foram interrompidos, sobretudo, da Reabilitação (REBELATTO, 1999). Embora os estudos científicos não tenham sido apoiados na Idade Média, foram difundidos na época imediatamente posterior: o Renascimento. Compreendido entre os séculos XV e XVI, o Renascimento foi o período em que se deu o surgimento das universidades, o que fez com que as pessoas buscassem maior conhecimento e compreensão do mundo, sendo que o desenvolvimento do humanismo e das artes permitiu a retomada dos estudos relativos ao corpo. A autonomia e a

independência ganharam espaço, pois o homem começava a se interessar pelo seu mundo exterior e a ter mais liberdade para atender a esse interesse, em contrapartida, os rígidos valores morais estabelecidos na Idade Média sofreram decadência. No entanto, foi a partir da Revolução Industrial (séc. XVIII e XIX) que as inovações tecnológicas e científicas começaram a ser implantadas também na área da saúde, uma vez que a transformação social determinada pela produção em grande escala, assim como a crescente mecanização, acarretaram mudanças na vida da população. Esse aumento no ritmo de produção intensificou também o trabalho operário, o que gerou maiores números de acidentes. Além disso, as condições de trabalho precárias, condições alimentares e sanitárias inapropriadas e o aumento das jornadas de trabalho provocaram o aparecimento de novas doenças. Com isso, houve a necessidade de maior aprimoramento na área da saúde na tentativa de descobrir novos métodos de tratamento para as doenças e suas sequelas, surgindo nesse momento a ideia do atendimento hospitalar. Nascia nesse período a predominância de uma assistência curativa, recuperativa e reabilitadora. Em seguida vieram as Guerras Mundiais e com elas consequências como lesões, mutilações e alterações físicas de vários tipos e graus aumentando ainda mais a quantidade de pessoas que precisavam de tratamento para recuperar-se ou reabilitar-se. Neste período os motivos do problema ou doença não eram relevantes, o que de fato importava era que o indivíduo não ficasse impossibilitado de produzir e prestar serviços à sociedade, por isso a maior dedicação em reabilitar e conferir a essas pessoas o mínimo de condições para voltar a uma atividade social integrada e produtiva. Com essa crescente demanda e a necessidade de realizar um trabalho integral para o paciente, criou-se a quarta função da saúde. Depois da promoção, prevenção e recuperação propriamente dita, surgiu a reabilitação. Em 1938, um desejo de estabelecer normas e requisitos para a prática da Medicina de Reabilitação deu origem à Academia Americana de Medicina Física e Reabilitação. Essa mesma academia criou, em 1948, a Câmara Americana de Medicina Física e Reabilitação.

Na última fase da Segunda Guerra Mundial, em meados em 1944, foi criado o primeiro Centro de Reabilitação na Holanda com o intuito de atender os feridos da Guerra. Em seguida, na década de 50, surgiu na Grã-Bretanha um serviço especializado, organizado pelo Governo, que se destinava à recuperação dos funcionários incapacitados das indústrias, composto por 15 Centros de Reabilitação Industrial situados de Norte a Sul do país (SOUZA,2010). Entre as décadas de 80 e 90, foi utilizada em muitos países a Classificação Internacional das Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIDID), que logo em seguida deu origem à CIF - Classificação Internacional de Deficiências, traduzida para o português em 2003, apresentando uma linguagem universal: a da funcionalidade (SOUZA, 2010).

A história da Reabilitação no Brasil

Paralelo ao que acontecia no mundo, no Brasil a área da reabilitação ainda não era muito difundida. Os Estados Unidos e a Europa estavam mais avançados em pesquisas e tratamentos para pessoas que possuíam ou adquiriam alguma deficiência. No entanto, a história da reabilitação está relacionada ao crescimento da consciência e da responsabilidade social, o que fez com que se tornasse assunto de interesse mundial. No final do século XIX, o Imperador Dom Pedro II, enviou à França um médico brasileiro para estudar e adquirir conhecimentos acerca da deficiência visual, um problema que o preocupava. Em seguida, após o retorno e maior domínio no assunto, foi criado o Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro, para assistência de pacientes com esse tipo de deficiência. Além disso, os avanços da medicina européia, manifestados também pela eletroterapia e hidroterapia, despertaram no Brasil uma tentativa de acompanhar essas inovações. Com isso, entre 1879 e 1883, surgiu no Rio de Janeiro, o primeiro gabinete de Eletroterapia da América do Sul. Devido a experiência dos Estados Unidos e Europa na criação dos centros de reabilitação, construídos para

tratamento dos soldados que voltavam das Guerras, muitos médicos de outros lugares começaram a procurar esses destinos em busca de conhecimentos sobre essa nova área que se difundia. No entanto, o fator principal que levou ao surgimento das instituições de reabilitação no Brasil não foi a demanda ocasionada pelas guerras, e sim, a grande epidemia de poliomielite que ocorreu no início dos anos 50, atingindo grande parte da população. Essa doença, que causou paralisias, atrofias musculares, hipersensibilidade, alterações na fala e tantas outras sequelas, causou grandes prejuízos à saúde da população, com isso houve a necessidade da criação de estabelecimentos que pudessem oferecer tratamento destinados à recuperação de tal doença. Em 1943, foi aprovada a Portaria 359, em que o Ministério da Educação e Saúde nomeou a Comissão de Assistência a Mutilados, que um ano depois foi incorporada à Divisão de Organização Hospitalar pela Portaria 260. Em 1950, foi criado o Centro Piloto de Reabilitação do SESI Serviço Social da Indústria, na cidade de São Paulo, o primeiro lugar a receber o nome de Centro de Reabilitação no Brasil. Entretanto, já naquela ocasião, existia o que hoje passou a ser chamado Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). Essa breve contextualização histórica mostra como se constituiu o cenário da reabilitação no Brasil e no mundo, nos levando a entender alguns dos fatores que levaram a importância desses estabelecimentos de assistência a saúde. Além disso, nos faz refletir sobre o contexto atual da reabilitação como a ciência da inclusão social, que se empenha em propor tratamentos e estabelecimentos especializados, políticas sociais e de saúde para a inclusão de todos na sociedade.

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1.3- POLÍTICAS PÚBLICAS NACIONAIS

CAPÍTULO II Dos Componentes da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência Seção II Do Componente Atenção Especializada em Reabilitação Auditiva, Física, Intelectual, Visual, Ostomia e em Múltiplas Deficiências. Art. 14. O componente Atenção Especializada em Reabilitação Auditiva, Física, Intelectual, Visual, Ostomia e em Múltiplas Deficiências contará com os seguintes pontos de atenção: I - estabelecimentos de saúde habilitados em apenas um Serviço de Reabilitação; II - Centros Especializados em Reabilitação (CER); e III - Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). Subseção II - Dos Centros Especializados em Reabilitação (CER) Art. 19. O CER é um ponto de atenção ambulatorial especializada em reabilitação que realiza diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia assistiva, constituindo-se em referência para a rede de atenção à saúde no território, e poderá ser organizado das seguintes formas: I - CER composto por dois serviços de reabilitação habilitados - CER II; II - CER composto por três serviços de reabilitação habilitados - CER III; e III - CER composto por quatro ou mais serviços de reabilitação habilitados - CER IV.

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2002 Dispõe o Regulamento Técnico no âmbito da ANVISA para os procedimentos de planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. PARTE II 2.1. Atribuições de Estabelecimentos Assistenciais

7- Apoio administrativo

1- Atend. em regime ambulatorial e hospital-dia 2- Atendimento Imediato 3- Atend. em regime de internação 4- Apoio ao Diagnóstico e terapia

8- Apoio Logístico

[…]

Resolução RDC N˚ 50, 21 de Fevereiro de

6- Ensino e pesquisa

Portaria N˚ 793, de 24 de Abril de 2012 Rede de Cuidados à pessoa com deficiência

5- Apoio técnico

1-Prestação de atendimento eletivo de promoção e assistência à saúde em regime ambulatorial e de hospitaldia -incluindo atividades de promoção, prevenção, vigilância à saúde da comunidade e atendimento a pacientes externos de forma programada e continuada; 2-Prestação de atendimento imediato de assistência à saúde - atendimento a pacientes externos em situações de sofrimento, sem risco de vida (urgência) ou com risco de vida (emergência); 3-Prestação de atendimento de assistência à saúde em regime de internação- atendimento a pacientes que necessitam de assistência direta programada por período superior a 24 horas (pacientes internos); 4-Prestação de atendimento de apoio ao diagnóstico e terapia- atendimento a pacientes internos e externos em

ações de apoio direto ao reconhecimento e recuperação do estado da saúde. (contato direto); 5-Prestação de serviços de apoio técnicoatendimento direto a assistência à saúde em funções de apoio (contato indireto); 6-Formação e desenvolvimento de recursos humanos e de pesquisa- atendimento direta ou indiretamente relacionado à atenção e assistência à saúde em funções de ensino e pesquisa; 7-Prestação de serviços de apoio à gestão e execução administrativa- atendimento ao estabelecimento em funções administrativas; 8-Prestação de serviços de apoio logístico atendimento ao estabelecimento em funções de suporte operacional. Portaria N˚ 835, de 25 de Abril de 2012 Institui incentivos financeiros de investimento e de custeio para o Componente Atenção Especializada da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde. […] I - para o CER: a) prontuário único para cada paciente, contendo as informações completas do quadro clínico e sua evolução; b) condução da atenção aos usuários conforme diretrizes estabelecidas por instrutivos a serem disponibilizadas no sítio eletrônico http://www.saude.gov.br/sas; c) estrutura física e funcional e de equipe multiprofissional devidamente qualificada capacitada para a prestação de assistência especializada para pessoas com deficiência, constituindo-se como referência em habilitação/ reabilitação, conforme requisitos disponíveis no sítio eletrônico http://www.saude.gov.br/sas; e d) equipe mínima composta por: 1) médico; 2) fisioterapeuta; 3) fonoaudiólogo; 4) terapeuta ocupacional;

5) assistente social; e 6) enfermeiro;

Portaria N˚ 706, de 20 de Julho de 2012 […] Art. 1º Fica alterada na Tabela de Tipo de Estabelecimentos do SCNES, a descrição do tipo 36 - CLÍNICA ESPECIALIZADA/AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO para CLÍNICA/ CENTRO DE ESPECIALIDADE e definir os seguintes subtipos para o tipo de Estabelecimento: […]

TIPO DE ESTABELECIMENTO: Centro de Especialidade SUBTIPO

Centro Especializado em Reabilitação (CER III)

DESCRIÇÃO

Estabelecimento de atenção ambulatorial especializada em reabilitação composto por três serviços habilitados.

Decreto N˚ 7612, 17 de novembro de 2011: Plano viver sem limite - Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Lei Nº 13.146, 6 DE JULHO DE 2015- Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Ministério da Saúde- Cartilha SOMASUS, 2013.


1.4- SOBRE A DEFICIÊNCIA

Deficiência auditiva: Perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz; Deficiência física: Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções; Deficiência visual: É a perda ou redução de capacidade visual em ambos os olhos em caráter definitivo, que não possa ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes ou tratamentos; ou ainda a baixa visão, cujos limites variam com outros fatores, tais como: fusão, visão cromática, adaptação ao claro e escuro, sensibilidade a contrastes, etc. Deficiência mental: Funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas

Deficiências múltiplas: Quando a pessoa apresenta conjuntamente dois ou mais tipos de deficiências.

Condição de saúde (distúrbio ou doença)

Na CIF, os problemas de funcionalidade humana são categorizados em três áreas interconectadas: Alterações das estruturas e funções corporais: por exemplo, paralisia ou cegueira;

alteração

A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) define a deficiência como a perda ou anormalidade de uma parte do corpo ou função corporal seja ela psicológica, fisiológica ou anatômica (LISBOA, 2004). As deficiências podem ser divididas em cinco tipos, que de acordo com o Decreto N˚ 3298 (BRASIL, 1999) são conceituadas como:

funções e estruturas corporais

limitação

restrição

Atividades

Participação

Limitações: dificuldades para executar certas atividades, por exemplo, caminhar ou comer;

Restrições à participação em certas atividades: por exemplo, enfrentar discriminação no emprego ou nos transportes. A deficiência refere-se às dificuldades encontradas em alguma ou todas as três áreas da funcionalidade. Surge da interação entre problemas de saúde e fatores ambientais e pessoais. Os fatores ambientais incluem: produtos e tecnologias, o ambiente natural e o construído, suporte e relacionamentos, atitudes e serviços, sistemas e políticas públicas. Os fatores pessoais incluem aspectos como motivação e auto-estima, que podem influenciar o quanto uma pessoa participa da vida em sociedade.

PROBLEMAS DE SAÚDE

fatores CONTEXTUAIS

fatores ambientais

fatores PESSOAIS

Fonte: OMS, 2011, p. 05, adaptado.

17


Estado da arte

CAPĂ­tulo

02


2.1- CENTRO INTERNACIONAL DE NEUROCIÊCIAS E REABILITAÇÃO, SARAH LAGO NORTE - BRASÍLIA

01

05

Localização: Brasília, Lago Norte Área do lote: 80.000 m² Área construída: 24.000m² Inauguração: 2003 Sarah Kubitschek é o nome dado à rede hospitalar destinada a reabilitação de vítimas de politraumatismos e problemas locomotores, que teve início em 1960, com uma pequena unidade de atendimento em reabilitação pediátrica em Brasília e em 1976, após reformas internas, passou a funcionar como Hospital de Doenças do Aparelho Locomotor, com o objetivo de prestar assistência de reabilitação qualificada e gratuita à população. Essa rede hospitalar possui pontos de atendimento nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País atendendo à população das mais variadas cidades. Brasília conta com duas unidades da Rede, o SARAH Centro, situado na Asa Sul, que foi o pioneiro e que tornouse pequeno em relação a demanda e o Centro Internacional de Neurociências e Reabilitação, o SARAH Lago Norte, que foi criado com o intuito de ser uma unidade complementar à central, com atendimento exclusivamente ambulatorial, atuando em uma etapa mais avançada do processo de reabilitação. O projeto foi feito pelo arquiteto brasileiro João Filgueiras Lima, Lelé, em 1995 e inaugurado em 2003, localizando-se às margens do Lago Paranoá sobre um declive de aproximadamente 20 metros, que segue em direção a água em meio a um ambiente constituído de áreas verdes e grandes espaços para a prática de esportes e reabilitação física, assim como as atividades destinadas às pesquisas avançadas, particularmente para o campo da neurologia. O conjunto é composto por três grandes edifícios que se articulam em uma arquitetura, que viabiliza a integração dos espaços internos e externos, possibilitando a circulação dos pacientes por todos os ambientes. O partido adotado para o projeto conta com a tecnologia high-tech, com grandes preocupações com a industrialização e racionalização dos métodos construtivos, conforto térmico, acústico e sustentabilidade. Para tal, o projeto conta com o uso de modulações de 1,25m para facilitar

o assentamento dos pisos e com isso perder menos material. O sistema construtivo utilizado na edificação do conjunto se baseia no emprego, em grande escala, de componentes pré-fabricados, sendo que a estrutura do edifício principal é constituída, em sua maior parte, de vigas e pilares metálicos, padronizados em chapas de aço de alta resistência a corrosão (SAC 50), sendo o vigamento duplo está apoiado em pilares de sessão circular que vencem vãos de até 13m. O programa desta unidade conta com: um pequeno ambulatório, destinado à avaliação e ao controle de paciente em tratamento; setor de imagem; laboratório de movimento; laboratório e oficina mecânica para o desenvolvimento de equipamentos; amplo ginásio para fisioterapia, hidroterapia e esportes náuticos; Setor de Apoio ao Lesado Cerebral; internação para 180 leitos e instalações específicas para pacientes-dia (semi-internação); instalações para sessenta acompanhantes; centro de estudos com biblioteca; auditório para trezentos lugares; residência para vinte professores visitantes; centro de readaptação e desenvolvimento de habilidades com oficinas para atividades profissionais; setor de serviços gerais com lavanderia, cozinha, refeitório, central de materiais, almoxarifados, farmácia, setor de limpeza etc.; e anfiteatro ao ar livre para trezentos espectadores. Dessa forma, o Sarah Lago Norte, mesmo projetado em meados de 1955, já contava com aspectos fundamentais que, naquela época, não eram tão explorados em meio a arquitetura. A qualidade espacial encontrada no edifício, as soluções arquitetônicas adotadas para possibilitar um espaço agradável, a preocupação com aspectos bioclimáticos e de construção conferem à obra um reconhecimento que a faz ser referência até mesmo mundial.

Vista aérea.

Vista panorâmica do conjunto 02

Galpão para esportes náuticos

06

Área central do Centro de Apoio à Paralisia Cerebral 03

Painéis Athos Bulcão

07

Jardim integrado ao hall principal. 04

Ginásio de fisioterapia

08

Sarah Brasília Lago Norte, piscina interna 19


09

12

Sarah Brasília Lago Norte, implantação, Brasília DF. 1. res. médica; 2. centro de pesquisa; 3. centro de estudos; 4. escolinha; 5. playground; 6. anfiteatro/ palco flutuante; 7. ginásio; 8. esportes aquáticos; 9. internação; 10. serviço; 11. pátio serviço 10

Sarah Brasília Lago Norte, planta Centro de Apoio à Paralisia Cerebral, Brasília DF. 1. casa de bombas; 2. copa; 3. limpeza; 4. sanitário; 5. consultório; 6. reuniões; 7. avaliação; 8. diretoria; 9. recepção; 10. estimulação; 11. ginásio; 12. refeitório

13

Sarah Brasília Lago Norte, prédio principal, planta pavimento térreo, Brasília DF. 1. pátio de serviço; 4. bioengenharia; 10. chefia; 13. enfermagem; 22. refeitório; 39. auditório / palco flutuante; 40. quadra; 42. esportes aquáticos; 44. convivência 11

Corte do Centro de Apoio à Paralisia Cerebral.

Sarah Brasília Lago Norte, corte esquemático, Brasília DF. 1. galpão para esportes náuticos; 2. internação e outros; 3. Centro de Apoio à Paralisia Cerebral; 4. auditório 20

Figura 1 a 13 - Sequência de imagens referentes ao Centro de Reabilitação Sarah Lago Norte, Brasília DF.


2.2- BEIT HALOCHEM REHABILITATION CENTRE - ISRAEL

15

17

16

18

Localização: Be’er Sheva, Israel Área do lote: 18.000 m² Área construída: 6.000 m² Ano: 2011 A Beit Halochem é uma organização sem fins lucrativos dedicada à conscientização e arrecadação de fundos para fornecer atendimento aos veteranos desativados, uma vez que Israel continua a enfrentar seus inimigos dentro e fora de suas fronteiras e o número de veteranos feridos continua a crescer. Para fornecer esse tratamento diário aos indivíduos, a rede conta com quatro centros de reabilitação em Israel, sendo que este projeto em especial, está localizado a sudeste de Be’er Sheva, no deserto de Negev. Realizado pela empresa Kimmel Eshkolot Architects, o projeto possui um tamanho médio e nasce da necessidade de ambientes que possam promover cuidado excepcional, tanto físico quanto psicológico aos soldados feridos para que possam reconstruir suas vidas e adquirirem melhores condições de saúde. Além disso, tem um caráter subjetivo de mostrar aos veteranos como são importantes por representarem e protegerem o país. Sua construção se iniciou em 2009 demorando apenas 2 anos para ser finalizada. O partido tem como base a ideia de cinco “rochas” unidas por um único telhado, sendo que cada “rocha” é uma ala do edifício e os espaços intermediários são revestidos por um teto em madeira. Essa inspiração nas rochas se deve aos volumes fortemente agrupados, que são intercalados com amplos panos de vidro e espaços abertos, que conferem ao espaço sensações como cheios e vazios, luz e sombra, positivos e negativos devido a forte presença do sol, que proporciona uma variedade tridimensional do espaço sobre os ângulos das paredes. Muito da inspiração desse edifício vem do lugar em que está inserido, que marca a passagem entre a cidade e o começo do deserto, em que a paisagem árida serve como plano de fundo da obra. As “rochas” acomodam funções íntimas e silenciosas, enquanto o espaço negativo entre elas cria áreas de reunião e define a circulação no edifício. O alinhamento

dessas rochas, combinado com o delicado telhado horizontal cria um pátio convidativo que encoraja a pessoa a permanecer. O edifício conta com espaços para reabilitação, com fisioterapia, terapia, massagem e clínica; esportes, com quadra de basquete, piscina, academia, bilhar, tênis de mesa e ginástica e ainda a parte de apoio e serviços, que tem refeitório, vestiários, gestão e manutenção.

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1- Hall 2-Fisioterapia 3- Administração 4- Hidroterapia 5-Cafeteria 6- Piscina 7- Piscina infantil 8- Esporte

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1- Espaços multifuncionais 2- Ateliês de arte 3- Esporte Figura 14 a 24 - Sequência de imagens referentes ao Centro de Reabilitação Beit Halochem, com vista de alguns espaços do edifício. 22


2.3- CENTRO DE REABILITAÇÃO PARA DEFICIÊNCIA VISUAL, REDE LUCY MONTORO - SÃO PAULO 26

Localização: São Paulo, SP Área do lote: 4.157, 96 m² Área construída: 2.255, 85 m² Ano: 2014 1- Cubo de alvenaria

Criada pelo Governo do Estado de São Paulo, em 2008, a Rede de Reabilitação Lucy Montoro tem como objetivo proporcionar o melhor e mais avançado tratamento de reabilitação para pacientes com deficiências físicas incapacitantes, motoras e sensório-motoras. Os tratamentos são realizados por equipes multidisciplinares, que realizam e desenvolvem programas de reabilitação específicos para cada paciente. A Rede conta com unidades de atendimento em todo o Estado de São Paulo, atualmente 17 estabelecimentos situados em meio a Campinas, Clínicas, Fernandópolis, Lapa, Marília, Mogi Mirim, Morumbi, Pariquera-Açu, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Umarizal e Vila Mariana. Dentre as 17 unidades hoje existentes, escolheuse para representar o estado da arte, o projeto do Centro de Reabilitação Lucy Montoro Humaitá datado de 2014, que se destina ao atendimento de deficientes visuais e mostra a preocupação da Rede em fornecer tratamento para diferentes demandas. A edificação se localiza na zona oeste de São Paulo, uma região importante e bastante populosa, que possuía esse terreno abandonado e utilizado como ponto de drogas, e foi totalmente recuperado, abrigando um edifício de grande relevância para a sociedade, além de amenizar o entorno da rua Galileo Emendabili. O projeto, realizado pelos arquitetos André Takiya e Fábio Mariaz Gonçalves, por encomenda da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, contou com alguns desafios decorrentes principalmente da localização, que possui difícil acesso tanto para os carros quanto para os pedestres, ocasionada devido a pouca disponibilidade, na capital, de terrenos públicos propícios a receber conjuntos dessa natureza. Além disso, apesar do terreno ser plano, o solo apresenta características de várzea, como o lençol freático

próximo da superfície. Com isso, a solução adotada pelos arquitetos foi o uso de estacas e a caixa do elevador para maior estruturação e ainda, a divisão do programa em três blocos diferentes, sendo uma das extremidades do terreno ocupada com um cubo de alvenaria, a outra por uma quadra poliesportiva coberta e entre eles, um pavilhão de dois pavimentos com estrutura metálica e lajes do tipo steel deck. No programa original, o térreo, mais fluido, é parcialmente em pilotis e está destinado a recepção e exposições e o pavimento superior, ao qual se chega por escada ou pela rampa lateral, estão as salas para as atividades de reabilitação. O serviço presta avaliação, atendimento e acompanhamento às pessoas com deficiência visual por meio de programas de prevenção precoce, tecnologia da informação e comunicação, apoio à educação, inclusão no trabalho, reabilitação visual e ações culturais, recreativas e de lazer, além de contar com centro de estudo e pesquisa, além de incluir espaços para a realização de ateliês e oficinas, bibliotecas e auditório.

2- Quadra poliesportiva coberta

3- Pavilhão

27

30

28

31

29

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23


33

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38 35

39

Figura 25 a 39 - Sequência de imagens referentes ao Centro de Reabilitação para Deficiências Visuais, Lucy Montoro. 24


Referenciais projetuais

CAPĂ­tulo

03


3.1-CENTRO MAGGIE DE OLDHAM

3.2-COMPLEXO ESCOLAR EM SERRIS 45

Arquitetos: dRMM (Rijke Marsh Morgan) Localização: Oldham, Reino Unido Área: 260,00 m2 Ano do projeto: 2017

Arquitetos: Ameller, Dubois & Associés Localização: Serris, França Área: 5.300,00 m2 Ano do projeto: 2017

40 41

A escolha do projeto como referência se deve a discreta implantação, um edifício baixo, com superfícies de vidro e cores alegres, mas que mesmo não sendo monumental, possui características marcantes que conferem identidade à obra. Além disso, a utilização das cores cria um ambiente caloroso e divertido que pode contribuir para o aprendizado das crianças, incentivando-as a produzir da mesma forma que nos ambientes de saúde, em que sas cores também são de grande relevância por causarem sensações e efeitos psicológicos que minimizam o estresse e incentivam o tratamento dos pacientes nas terapias, consultas e atividades. Desde 1996, a organização Maggie tem trabalhado para oferecer suporte gratuito, tanto físico, quanto psicológico para pessoas em tratamento de câncer, contando hoje com mais de 20 Centros difundidos em todo o Reino Unido. A ideia central e o objetivo da organização é produzir ambientes que forneçam uma diferente concepção do que se espera de um ambiente hospitalar, por isso, são projetados para elevar o ânimo dos pacientes e suas famílias. Para alcançar tal conceito, o projeto conta com um design visualmente moderno, uma forte interação entre ambiente externo e interno marcado sempre por um elemento da natureza, como a árvore que atravessa a parte central do edifício. Esse princípio foi responsável pela decisão desse referencial projetual, por valorizar essa interação e permitir um contato com a vegetação, iluminação e ventilação natural, que conferem maior sensação de acolhimento aos usuários.

42

47 44

43 Figura 40 a 43 - Vistas internas referentes ao Centro Maggie. 26

46

Figura 44 a 47 - Sequência de imagens referentes ao Complexo Escolar em Serris.


3.4- EDIFÍCIO SKY BELIEVE IN BETTER

3.3- ESCOLA YORK HOUSE 49

53

Arquitetos: Arup Associates Localização: Reino Unido Área: 3.850,00 m2 Ano do projeto: 2014

Arquitetos: Acton Ostry Architects Localização: Vancouver, Canadá Área: 3.345,00 m2 Ano do projeto: 2013

Devido a demanda da escola, houve a necessidade de um novo edifício para o ensino médio, que atendesse os quesitos de eficiência energética e iluminação natural, ao mesmo tempo que pudesse ser integrado aos demais prédios do campus. Nesse projeto as áreas de trabalho são flexíveis e se adaptam a interações informais ao longo do dia, como espaços para os estudantes e professores passarem o tempo, ou ainda, para acomodar diferentes práticas de ensino. Os materiais de acabamento são concreto texturizado, madeira, vidro e pedra e além disso, há a preocupação com a proteção solar, no caso, os brises verticais revestidos em madeira, que ficam localizados logo na entrada do edifício, funcionando como um marco para o principal acesso a escola. Dessa forma, todos esses aspectos de sustentabilidade que o prédio apresenta, assim como soluções de proteção e flexibilidade foram importantes para esse referencial. 48

Figura 48 a 51 - Sequência de imagens referentes a Escola York House.

50

51

O destaque desse projeto é dado pela flexibilidade e adaptabilidade de serviços para uma variedade de funções e usos, algo que para a indústria de mídia, que muda rapidamente, é ideal. Também é um conceito presente nas diretrizes projetuais do CER proposto pela facilidade de adaptar e ampliar os espaços, assim como um ambiente mais limpo, livre de colunas e menos enrijecido. Nesse prédio da Sky, nenhum dos espaços principais foram concebidos com um uso fixo em mente. Para tal, os grandes espaços abertos possuem divisórias que possibilitam diferentes ambientes e layouts, utilizados como escritórios, espaço social, educacional e de eventos. Sendo o primeiro edifício comercial de múltiplos pavimentos construído em madeira no Reino Unido, esse projeto conta com quatro andares e possui vigas em MLC (madeira lamelada colada), e laje e cobertura em CLT (madeira laminada cruzada).

54

55 52

Figura 52 a 55 - Sequência de imagens referentes ao edifício Sky Believe in Better, com fotos internas e externas. 27


Estudos para a área de intervenção

CAPítulo

04


4.1-LOCALIZAÇÃO Zoneamento

Ceilândia -Evolução urbana

Zoneamento

CEILÂNDIA Histórico Em 1969, diante da situação dos desabrigados no Plano Piloto, foi criado um grupo de trabalho que mais tarde se transformou em Comissão de Erradicação de Favelas pelo então governador Hélio Prates da Silveira e comandada por Otamar Lopes Cardoso. Foi criada, então, a Campanha de Erradicação das Invasões – CEI, presidida pela primeira-dama, dona Vera de Almeida Silveira. Em 1971, já estavam demarcados 17.619 lotes, de 10×25 metros, numa área de 20 quilômetros quadrados (Ampliada posteriormente para 231,96 quilômetros quadrados, pelo Decreto n.o 2.842, de 10 de agosto de 1988). A Novacap fez a demarcação em 97 dias, com início em 15 de outubro de 1970. O projeto urbanístico é de autoria do arquiteto Ney Gabriel de Souza e configura-se por dois eixos cruzados em ângulo de 90 graus, formando a figura de um barril. Em 25 de outubro de 1989, a Lei 11.921 criava a nova Região Administrativa do Distrito Federal, que virava, assim, a nova cidade-satélite de Ceilândia.

Fonte: Geoportal, adaptado 1975 1982

1986 1991

1997 2004

2009 2015

Hélio Prates SDMC Setor N Norte Setor Q Norte Setor de Indústria Hélio Prates Setor O Norte SDMC Setor N Norte P Norte Setor Norte SetorQSol Nascente Setor de Indústria Setor M Norte Setor ADE O Norte Setor P Norte Expansão do Setor O Norte Setor RSolNorte Nascente Setor PMSul Norte Setor ADE Setor R Norte Expansão do Setor O Norte Setor R Norte Setor P Sul Setor R Norte

n

SETOR M NORTE

Área de recorte

IGREJA

SETOR M NORTE 25 a 30 KM IGREJA

Distância entre o Plano e A Ceilândia

n

TERRENO FORÇA PARA VENCER

(para dependentes químicos)

TERRENO CEILÂNDIA

Metrô Principais acessos viários EPCL EPTG Planta de situação

Área de recorte

Metrô Principais acessos viários EPCL EPTG

IGREJA SARAH

FORÇA PARA VENCER PRAÇA DO CIDADÃO (para dependentes químicos) SESI IGREJA SARAH

SHOPPING JK SHOPPING JK

PRAÇA DO CIDADÃO Plano Piloto

FEIRA CENTRAL

s eSESI rat P o éli

H

HOSPITAL HRC

Relação entre o contexto urbano esde Ceilândia e o terreno rat FEIRA CENTRAL

lio

P

HOSPITAL HRC

Relação entre o contexto urbano de Ceilândia e o terreno 29


Mapa de Hierarquia Viária

Mapa de Uso do Solo

4.2-CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA TERRENO

TERRENO

n

Via primária (atividades) Via secundária Vias locais

Mapa de Hierarquia Viária

Mapa de Situação

Esc.

Área de recorte

0 75 150

n

Mapa de Uso do Solo

Mapa de Transporte

TERRENO

L0 Atividades não incômodas L1 Atividades de baixa incomodidade L2 Atividades de média incomodidade

Esc.

0 75 150

n

Mapa de Uso do Solo - aproximado

TERRENO

TERRENO

TERRENO TERRENO

Via primária (atividades) Via secundária Vias locais

Esc.

0 75 150

n

Circulação dos ônibus Paradas de ônibus Ciclovia

Esc.

0 75 150

n

L0 Atividades não incômodas L1 Atividades de baixa incomodidade L2 Atividades de média incomodidade

Fonte:Todos os mapas foram elaborados pela autora

Mapa de Transporte

30

Mapa de Uso do Solo - aproximado

Esc.

0 75 150

n

Habitação Uso misto Institucional

Área livre (grama) Área livre (terra) Esc. 0

75

150

n


Dados socioeconômicos

Estabelecimentos assistenciais de saúde

POPULAÇÃO

489.351 5

moradores

8

10

7 4 0

6

Nas regiões administrativas...

1 2

CEILÂNDIA

94.691 pessoas Localização dos equipamentos de saúde

n

Área de recorte

TAGUATINGA

51.157 pessoas

CONTEXTO URBANO DO TERRENO

SAMAMBAIA 48.565 pessoas

TERRENO

= 194.413 pessoas tes Pra o i él

H

UPA Hospitais Clínicas de fisioterapia Centros de Reabilitação

CLÍNICA DE FISIOTERAPIA MARIEL

Equipamentos de saúde

CONVIVEM COM ALGUM TIPO DE DEFICIÊNCIA HOSPITAL HRC

Esc.

0 75 150

n

Fonte: IBGE, 2011.

51,82%

EDUCAÇÃO 72,12%

não estuda

23,94%

concluiu o ensino médio

6,02%

possui superior completo

9

3

0- UPA 1- UTI Neonatal 2- Hospital São Francisco 3- OrthoPhysio - Ceilândia 4- Hidrofisio 5- Clínica de fisioterapia Mariel 6- Unidade Clínica e cirúrgica em Oftalmologia do DF 7- FisioCei 8- Hospital Regional de Ceilândia- HRC 9- Unidade oftalmológica pediátrica - Centro Especializado em Reabilitação visual e intelectual 10- Hospital Anchieta

48,18%

NÃO NATURAIS DO DF 200 mil 150 mil 100 mil 50 mil

15 a 18 + de 40 19 a 39 0 a 14 anos anos anos anos

ECONOMIA Fabricação de pré-moldados +8 feiras espalhadas pela cidade

Representa 10% do PIB-DF 17,5 milhões anualmente

dos trabalhadores da região trabalham na

37% própria ceilândia.

Renda per capita da cidade é de R$ 915, 81

RESIDÊNCIAS

142.231 residências -

3,44 moradores por imóvel

70% próprios/ 30% alugados

95% casas / 5% apartamento

59% das residências possuem 1 carro

Fonte: PNAD, SECOVI DF, 2015 . Elaborado pela autora

Fonte:Todos os mapas foram elaborados pela autora 31


4.3- O TERRENO SOL

A

VENTO PREDOMINANTE LESTE

VENTO ÚMIDO cu

rv

OESTE

a1

LESTE

0M

25

B

AM

VI 0M

3

20

rv cu

ÁREA DO LOTE: 50.000 M2

25 a1

50

100

150 m

ESC.

32

rv

cu

a1

rv

27

0

a1

26

5

B- Perfil de elevação do terreno transversal

0

A- Perfil de elevação do terreno longitudinal

cu

26

Implantação do terreno. Fonte: Adaptado de Google Maps, 2017.

n

a1 rv cu

0

5

Região Administrativa 9 Setor M Norte Quadra QNM 28 Lote Registrado

25

0


Características

0 50 100 150 m ESC.ESC. 0 50 100 150 mn n

caminhos informais caminhos informais

A análise de uma forma mais abrangente, pegando o entorno, mostra aspectos tanto do terreno analisado quanto dos elementos que influenciam, como vias principais e secundárias e massas de vegetação, que são escassas no local. Falando um pouco sobre a circulação, nota-se que o terreno possui uma fachada voltada para uma via de atividades e outra para uma via chamada de secundária, estando a via principal, Hélio Pates, situada mais abaixo. O sítio físico, também chamado de relevo do solo, é algo que pode influenciar muito em um projeto. Por isso é necessário conhecer sua topografia e fatores climáticos como a orientação solar para que o ambiente proposto tenha qualidade e proporcione bem estar. O relevo da área mostra o caimento para o norte, sendo a parte sul o lado mais alto em uma curva de 1260 ao nível do mar. Os ventos predominantes vêm do Leste e os úmidos do noroeste. O terreno possui um caimento de aproximadamente 8 metros, mas que pela dimensão do lugar em que está inserido, parece plano, como visto nas imagens.

Índices do PDL sobre o lote: Coeficiente de aproveitamento básico: 2 Coeficiente de aproveitamento máximo: 4 Uso permitido: L2 - lotes de menor restrição Atividades não incomodas, estacionamento obrigatório.

NGB 0017/1 - Setores “M” e “N” Norte QNM 28 - áreas especiais B,C,D,E, F, G, H, I, J, K

b) Destinação: Clínicas em Geral Hospitais de Pequeno Porte c) Taxa máxima de ocupação - 40% da área do terreno a qual somados sem a área pavimentada não deverá ultrapassar a 70% da área do lote. d) Altura máxima- 9,00 metros a partir da cota de soleira não computadas casas de máquina e caixa d’ água. e) Afastamentos mínimos- 10 metros das divisas voltadas para área pública e 5 metros para as demais divisas.

Legislação O local escolhido é a quadra QNM 28 do Setor M Norte da Ceilândia situado dentro da Área Especial C, regida pelo Plano Diretor Local (PDL), da lei complementar n˚ 314 de 2000. O lote de 250m x 200m confere uma área de 50.000 m2, que de acordo com o PDL, como possui área superior a dois mil metros quadrados, a taxa de permeabilidade do solo é correspondente a 30% da área do lote e a taxa de ocupação é de 60%. No lote não há nada construído, apenas dois retângulos aterrados para servirem de campos de futebol e não possui pavimentação, sendo dividida entre a maior parte coberta por grama e a outra parte por terra, que são visíveis nos mapas e imagens anteriormente apresentadas.

f) Subsolo: optativo ocupação máxima 100% uso- depósito, garagens ou outras atividades onde a permanência do pessoal seja transitaria, diurna ou noturna. g) Estacionamento: deverá ser previsto estacionamento no interior do lote para o perfeito atendimento à atividade localizada. h) No caso de dois ou mais lotes contíguos serem de um mesmo proprietário, poderão ser considerados como um único lote para efeito das normas a serem seguidas no projeto de Arquitetura.

Imagens do do terreno. Fonte: Google Maps, 2017. Imagens terreno. Fonte: Google Maps, 2017. 33


ESTUDOS PARA O PROJETO

CAPítulo

05


5.1- DIRETRIZES DE PROJETO

Acessibilidade

Humanização

Flexibilidade e Modulação

Vivência

Propõe-se para o projeto o uso da acessibilidade universal, em que os espaços da edificação, assim como os mobiliários existentes sejam adaptados para atender as diferentes necessidades e deficiências. Portas com aberturas mínimas de 80 cm (vão livre); corrimãos, instalações elétricas e peças sanitárias em alturas indicadas; espaços para terapias amplos e confortáveis, que diminuam a sensação de insegurança e medo; sinalização tátil, visual e sonora para ajudar os pacientes a se localizarem no espaço. Além disso, caso o projeto arquitetônico do edifício conte com mais de um pavimento ou desníveis dentro da edificação, rampas acessíveis serão uma alternativa para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida em caso de pane elétrica ou algo que impeça o uso do elevador.

Com essa diretriz busca-se ressaltar os valores da pessoa como ser humano, pois além de todo o equipamento com alta qualidade para ajudar no tratamento dos pacientes há ainda uma preocupação com o ambiente para que colabore positivamente na recuperação física e psicológica. Com isso, propõe-se fugir da cor branca nos ambientes de tratamento para que o paciente não tenha a sensação de um ambiente hospitalar e sim um lugar mais aconchegante; espaços que tenham interação entre ambientes externos e internos proporcionando aos pacientes maior conexão com aspectos naturais; espaços amplos com iluminação e ventilação natural, que possam proporcionar uma arquitetura de melhor qualidade e maior sensação de conforto, minimizando a sensação de um ambiente de tratamento.

O uso da modulação nas dimensões do edifício uniformiza os espaços facilitando futuras ampliações, algo que deve ser levado em conta em ambientes de saúde. Neste projeto propõe-se a utilização da planta livre com paredes e divisórias não estruturais quando possível, prevendo modificações e adaptações do espaço. Em equipamentos de assistência à saúde o recomendado é o módulo de 1,20m e seus múltiplos, em razão das dimensões do leito hospitalar e às facilidades no planejamento dos ambientes destinados aos leitos, no entanto, como o CER proposto não tem internação essa modulação pode sofrer alterações. Além disso, os sistemas pré-fabricados ou industrializados minimizam os custos da obra. Para o projeto adotou-se a modulação de 1,25 para adequação e inserção da malha estrutural.

Promover maior integração entre espaços e pessoas a partir de atividades e terapias em grupo, incluindo a participação familiar, para que compartilhando experiências, essas pessoas encontrem apoio para maior desenvolvimento individual. Além disso, proporcionar espaços que possam acolher os usuários para ficarem juntos, estimulando o convívio e interação social, a partir de atividades, brincadeiras e apresentações, por exemplo.

Aspectos bioclimáticos

Para maior conforto térmico dentro da edificação, a ideia é que os espaços destinados às terapias e tratamento dos pacientes, ateliês e áreas comuns recebam iluminação e ventilação natural para fornecer um ambiente mais acolhedor e minimizar o uso de ar condicionados, que serão usados apenas em áreas que necessitam, por exemplo, em salas de exames e lugares que precisam ser fechados para o diagnóstico, caso necessário. Logo, para que isso seja possível, será avaliada a melhor orientação solar e massas de ar, e as fachadas que ficarem voltadas para alta incidência solar receberão proteção, como brises.

35


5.2- PROGRAMA DE NECESSIDADES

Sala de atendimento individualizado (Sala para seleção e adaptação AASIAparelho de amplificação sonora individual)

1

10

HF

Consultório Diferenciado ( Oftalmológico)

2

15

HF

Sala de atendimento individualizado (Laboratório de Prótese Ocular)

1

5

HF

Consultório Indiferenciado ( Sala de Orientação de Mobilidade)

1

20

HF

Consultório Indiferenciado ( Sala de orientação para uso funcional de recursos para baixa visão)

1

12

HF

2

12,5

HF

Específicos de Reabilitação Visual

O programa de necessidades está em conformidade com as normas da ABNT para Acessibilidade a Edificações, Espaço, Mobiliário e Equipamentos Urbanos ABNT NBR-9050, de 31 de maio de 2014; da Resolução – RDC N˚ 50 ANVISA, de 21 de fevereiro de 2002; da Resolução - RDC N˚ 192 ANVISA, de 28 de junho de 2002; Portaria N˚ 2.728, de 13 de novembro de 2013 sobre o Manual de Ambiência dos Centros Especializados em Reabilitação (CER) e Oficinas Ortopédicas e o Manual de Identidade Visual da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência.

Específicos de Reabilitação Física

RECEPÇÃO/ ADMINISTRAÇÃO Unidade/ Ambiente

Quantidade Área unitária (m²) Instalações

Área grupo (m²)

237,00 m²

Área de espera / recepção (guichê de atendimento)

1

90

Ouvidoria

1

10

Sanitários independentes (masculino e feminino)

2

10

HF

Unidade/ Ambiente

Sala de triagem médica e/ou de enfermagem (Sala de Triagem)

4

8

HF

Sanitários

2

15

HF

Depósito de Material de Limpeza (DML)

1

4

HF

Fraldário

1

4

HF; HQ

Sala de arquivo

1

15

ADE

Depósito de Material de Limpeza (DML)

1

4

HF

Salão administrativo com estações de trabalho

1

50

ADE

Sala de Preparo de paciente (consulta de enferm., triagem, biometria)

1

12,5

HF

Sala do diretor

1

12

Salão para cinesioterapia e mecanoterapia (Ginásio)

1

150

HF

Almoxarifado

1

20

Box de terapias (eletroterapia)

4

8

HF; ADE

Macas e Cadeiras

1

10

Depósito para material

1

15

263,00 m²

Piscina - Hidroterapia

1

120

HF; HQ

Vestiários

2

15

HF; HQ

Guarda de material da piscina

1

15

Área grupo (m²)

NSA

Consultório Diferenciado (Fisiatria, Ortopedia ou Neurologia)

TERAPIAS

NSA

CONSULTÓRIOS MÉDICOS E EXAMES Unidade/ Ambiente

Quantidade Área unitária (m²) Instalações

Quantidade Área unitária (m²) Instalações

Banheiros (PNE - masculino e feminino)

2

15

HF

Consultório Indiferenciado (Sala de atendimento terapêutico em grupo infantil)

2

20

HF

Consultório Indiferenciado ( Consultório Interdisciplinar para avaliação clínicofuncional)

5

12,5

HF

Consultório Indiferenciado (Sala de atendimento terapêutico em grupo adulto)

2

20

HF

Consultório Indiferenciado (Sala de atendimento terapêutico infantil)

2

12

HF

Depósito de Material de Limpeza (DML)

1

Consultório Indiferenciado (Sala de atendimento terapêutico adulto)

2

12

HF

Consultório Indiferenciado (Sala de estimulação precoce)

1

20

HF

Consultório Indiferenciado (Sala de Atividade de Vida Prática - AVP)

1

20

HF; HQ; ADE;

Sala de reunião

1

15

ADE

Áreas de Convivência Interna

1

80

NSA

Ateliê de artes

1

80

Sala de jogos

1

80

Depósito de materiais

1

12

4

HF

Específicos de Reabilitação Auditiva Consultório Diferenciado ( Otorrinolaringologia)

1

12,5

HF

Sala de atendimento individualizado com cabine de audiometria (Sala comcabine acústica, campo livre, reforço visual e equipamentos para avaliação audiológica)

1

16

HF; ADE

Sala para Exame complementar Potencial Evocado Auditivo (EOA- emissões otoacústicas) e BERA

1

10

HF; ED; ADE; EE

1

10

HF

Sala de atendimento individualizado (Sala para seleção e adaptação AASI36 Aparelho de amplificação sonora individual)


Sala de jogos

1

80

Depósito de materiais

1

12

Sala de cursos para pais/ tutores

1

20

Sala de apoio pedagógico

1

20

Área grupo (m²)

ÁREA TOTAL (sem circulação) +40% circulação

HF - Água fria

Quantidade Área unitária (m²) Instalações

Sala de pesquisas

1

20

HF

Sala de reunião

1

30

HF

Sala de informática

1

50

HF

Biblioteca

1

100

HF

Sanitários

2

15

HF

Depósito de Material de Limpeza (DML)

1

4

HF

Quantidade Área unitária (m²) Instalações 2

15

Sala de manutenção

1

10

Copa/ estar/ refeitório de funcionários

1

25

HF

Depósito de Material de Limpeza (DML)

1

4

HF

Sala de armazenamento temporário de resíduos

1

4

HF

Almoxarifado

1

20

NSA

HF; HQ

93,00 m²

ÁREA EXTERNA Quantidade Área unitária (m²) Instalações

Área externa para embarque e desembarque de veículo adaptado + ambulância (coberto)

1

21

NSA

Abrigo externo de resíduos sólidos

1

5

HF

Estacionamento

1

200

NSA

Guarita

1

12

Área grupo (m²)

238,00 m²

de emergência.

E - Exaustão (3)

(3) É dispensável quando existir sistema de ar recirculado.

ADE - A depender dos equipamentos utilizados NSA - não se aplica

5.3- QUANTITATIVOS ESPECIFICAÇÕES:

EQUIPE Carga mínima necessária/sem.

Sanitário/ Vestiário para funcionários Independentes (feminino e masculino)

Unidade/ Ambiente

(2) Refere-se à necessidade de o ambiente ser provido de sistema elétrico

EE - Elétrica de emergência (2)

234,00 m²

Área grupo (m²)

na qualidade do ar.

AC - Ar condicionado (1)

SERVIÇOS Unidade/ Ambiente

(1) Refere-se à climatização destinada à ambientes que requerem controle

HQ - Água quente

Área grupo (m²)

≅3000 m²

LEGENDA

887,50 m²

PESQUISA Unidade/ Ambiente

1952,50 m²

Equipe por dia

Reabilitação Auditiva Otorrino Fonoaudiólogo Psicólogo

40 150 80

2 4 2

Reabilitação Física Fisiatra/ Neurologista/ Ortopedista Fisioterapeuta Enfermeiro Psicólogo Terapeuta Ocupacional

40 200 80 80 60

2 5 2 2 2

Reabilitação Visual Oftalmologista Fisioterapeuta Técnico em mobilidade

40 200 60

2 5 2

Demais profissionais Nutricionista Psicólogo Assistente social Terapeuta ocupacional adulto Terapeuta ocupacional infantil Educador físico Professor de artes Profissionais de nível médio e/ou técnico

60 80 40 60 60 60 60 800

2 2 1 2 2 2 2 20

Atendimento ambulatorial. Funcionamento centro-dia, com duração de 8 hrs por dia de 7 ás 12hrs. Não dispõe de internação ou emergência. PROFISSIONAIS: na faixa de 160 pessoas CAPACIDADE: 250 a 300 pessoas usando as áreas de terapias CONSULTAS: Portaria N˚ 1101, 12 de Junho de 2002 Cobertura Assistencial População da Ceilândia: 489351 x 2 (parâmetro) Consultas Especializadas: 22% do total Considerando 1 mês com 22 dias úteis e atendimento diário de 8hrs. Total de consultas especializadas por dia: 816 Atendimentos especializados no CER Medicina física = 1.2% do total = 10 consultas/dia Oftalmologia= 2.8% do total= 23 consultas/dia Otorrino= 1.5% do total= 12 consultas/dia Total de 45 consultas por dia, 11880 por ano.

37


5.4- FLUXOGRAMA / ORGANOGRAMA

TERAPIAS TRIAGEM CONSULTÓRIOS ADM

RECEPÇÃO EXAMES ACESSO PRINCIPAL (PEDESTRE) ESTACIONAMENTO (VEÍCULOS)

TÉRREO

SERVIÇOS

CARGA E DESCARGA ACESSO SECUNDÁRIO

LEGENDA: FLUXO PACIENTES ACESSO RESTRITO

38

FUNCIONÁRIOS SUBSOLO

PESQUISA

ESTACIONAMENTO (FUNCIONÁRIOS)


PROJETO

CAPítulo

06 39


6.1 O PARTIDO

A concepção de projeto partiu da necessidade de dividir o prédio em espaços que exercem diferentes funções, mas que ficam juntos em um mesmo nível. Para o atendimento ao programa de necessidades, o prédio foi dividido em três grandes blocos, que são interligados por esquadrias envidraçadas para maior permeabilidade visual. Esses três blocos estão situados no pavimento térreo e é onde estão localizados a parte ambulatorial, as terapias e a área administrativa. Optou-se por colocar todas as áreas referentes aos pacientes para evitar desníveis dentro da edificação. A área externa está diretamente ligada com esse pavimento térreo e possui um amplo espaço verde, que conta com pistas de caminhadas de diferentes dificuldades, um jardim sensorial para desenvolvimento dos sentidos, quadra para jogos e brincadeiras, e mobiliários urbanos para descanso durante as atividades. As curvas de nível originais foram remanejadas para a implantação de um subsolo, em que está situado os serviços em geral, carga e descarga, pesquisa e conforto 40

dos funcionários. Esse andar possui restrição apenas aos funcionários e pode ser acessado tanto pela parte externa do edifício, quanto pela parte interna a partir da circulação vertical existente no prédio, que poderá servir para futuras ampliações. O edifício, apesar de grande, é predominantemente linear, o que não faz que seja um elemento destoante na paisagem local em que está inserido. O único bloco que possui maior altura é o último, que está situado mais ao fundo do terreno e que possui um pé direito duplo.


Vista posterior do edĂ­ficio. Rampa de acesso ao subsolo.

41


6.2 - EVOLUÇÃO da volumetria

42


43


Telha

COBERTURA

Estrutura telhado

Cobertura

Fechamentos

TÉRREO

Estrutura

Laje de piso

SUBSOLO

Fechamentos Estrutura Laje de piso

44


6.3- perspectiva explodiDA

PERSPECTIVA MONTADA

=

45


6.4- MAPA DE SITUAÇÃO

1255

terreno

área utilizada

100 M

1260

125 M

VIA M3

* O norte foi rotacionado para melhor visualização do projeto. Têm-se como referência a Via M3, que corta a frente do terreno.

46

1265

0 ESC.

50

100 m

n


REO

6.5- PLANTA DE IMPLANTAÇÃO cobertura A

B

Esc. 1/500

E

E

SAÍDA VEÍCULOS

D

D

VIA M3 NORTE

C

C

B

A -0,30

n

47


IMPLANTAÇÃO térreo Esc. 1/350

SAÍDA VEÍCULOS

legenda

VIA M3 NORTE

n

48

1- Bicicletário 2- Guarita 3- Hall de entrada 4- Recepção 5- Ouvidoria 6- Almoxarifado 7- Sala de arquivo 8- Salão administrativo 9- Direção 10- Triagem 11- Macas e cadeiras 12- Banheiro 13- Banheiro PNE 14- DML 15- Sala de Cabine Audiométrica 16- Sala de orientação de Mobilidade 17- Consultório clínico indiferenciado

18- Consultório Otorrino 19- Sala de EOA 20- Sala de AASI 21- Laboratório de prótese ocular 22- Orientação baixa visão 23-Consultório Fisiatria 24- Consultório de Oftalmologia 25- Copa funcionários 26- Banheiro funcionários 27- Fraldário 28- Terapia individual adulto 29- Terapia individual criança 30- Terapia em grupo adulto 31- Terapia em grupo infantil 32- Jardim interno 33- Área de convivência interna 34- Lanchonete

35- Sala de reunião 36- Orientação para pais 37- Sala de apoio pedagógico 38- Sala de estimulação precoce 39- Sala de atividade de vida prática 40- Acesso funcionários 41- Circulação vertical 42- Depósito de materiais 43- Salao de jogos 44- Atelie de artes 45- Box de terapias 46- Salao para cinesioterapia e mecanoterapia 47- Area de Hidroterapia 48-Casa de máquina 49- Vestiário 50- Jardim sensorial


A

B 45

48

45

42 46

piscina

E

49

44

45

43

E

45

13

42 49

47 42

13

41

40 34 50

35

36

33

28 27

12

28

29

12 9

8

10

30

30

39

29

31

31

D

12

13 13 13

51

38

32

D 14

37

10

10

C

10

13

15

17

17

17

17

17

23

23

24

C

3 4

7 6

11

5

12

14

25 16

18

19

20

21

22

24

26

B

A

2 -0,30

1

49


IMPLANTAÇÃO SUBSOLO Esc. 1/350

SAÍDA VEÍCULOS

VIA M3 NORTE

legenda

n

50

1- Hall de entrada 2- Circulação vertical 3- Sala de manutenção 4- Lixo 5- DML 6- Almoxarifado 7-Pátio coberto / carga e descarga 8- Rouparia 9- Depósito geral 10-Sala de Reunião

11- Sala de pesquisa 12- Vestiários funcionários 13- Conforto dos funcionários 14- Sala de informática 15- Biblioteca 16-Resíduos sólidos 17- Antecâmara 18- Grupo gerador 19- Caixa d’ água 20- Estacionamento funcionários


B 16 - 4.00

7

17

- 4.00

E

E - 4.00

3

4

5

6

18 19 20 2

1 5

12

12

9

8

13

10

11

14

15

D

D CANALETA

B

51


BLOCO A

Planta baixa -sugestĂŁo de layout ESC 1/200

n 52


Planta baixa -sugestĂŁo de layout

BLOCO B

ESC. 1/200

n 53


BLOCO C

Planta baixa -sugestĂŁo de layout ESC 1/200

n 54


Perspectiva isométrica com manchas de setorizaçÃO sem escala

térreo

LEGENDA AMBULATÓRIO/ CONSULTÓRIOS ADMINISTRATIVO LIGAÇÃO ENTRE BLOCOS ÁREAS DE TERAPIAS CIRCULAÇÃO VERTICAL

55


Planta baixa -sugestĂŁo de layout ESC 1/200

subsolo

n 56


Perspectiva isométrica com manchas de setorizaçÃO sem escala

subsolo

LEGENDA SERVIÇOS CIRCULAÇÃO VERTICAL ÁREA RESTRITA AOS FUNCIONÁRIOS/ PESQUISA/ BIBLIOTECA

57


CORTE a ESC. 1/350

CORTE B

SAÍDA VEÍCULOS

VIA M3 NORTE

n 58


CORTE C ESC. 1/350

SAÍDA VEÍCULOS

VIA M3 NORTE

n 59


CORTE D ESC. 1/350

SAÍDA VEÍCULOS

VIA M3 NORTE

n 60


CORTE E ESC. 1/350

SAÍDA VEÍCULOS

VIA M3 NORTE

n 61


PLACA CIMENTÍCIA ESTRUTURAS DA COBERTURA CALHA COM RUFO EM CONCRETO PRÉ-MOLDADO

detalhes

LAJE EM CONCRETO PRÉ-MOLDADO VIGA SECUNDÁRIA EM VISTA 35 x 15 CONCRETO PRÉ-MOLDADO

VIGA PRIMÁRIA 30 x 80 CONCRETO PRÉ-MOLDADO TUBO CIRCULAR

DETALHE 2 - CALHA Esc.: 1:25

TUBO CIRCULAR VENEZIANA TELHA METÁLICA TRAPEZOIDAL SANDUÍCHE EM AÇO GALVANIZADO I= 5% VEDAÇÃO POLIURETANO PLACA CIMENTÍCIA ESTRUTURAS DA COBERTURA CALHA COM RUFO EM CONCRETO PRÉ-MOLDADO LAJE EM CONCRETO PRÉ-MOLDADO VIGA SECUNDÁRIA EM VISTA 35 x 15 CONCRETO PRÉ-MOLDADO

VIGA PRIMÁRIA 30 x 80 CONCRETO PRÉ-MOLDADO

DETALHE 1 - VENEZIANA Esc.: 1:25

detalhe 1 - Veneziana esc 1/ 25

62


TELHA METÁLICA TRAPEZOIDAL SANDUÍCHE EM AÇO GALVANIZADO I= 5% VEDAÇÃO POLIURETANO PLACA CIMENTÍCIA ESTRUTURAS DA COBERTURA CALHA COM RUFO EM CONCRETO PRÉ-MOLDADO LAJE EM CONCRETO PRÉ-MOLDADO VIGA SECUNDÁRIA EM VISTA 35 x 15 CONCRETO PRÉ-MOLDADO

VIGA PRIMÁRIA 30 x 80 CONCRETO PRÉ-MOLDADO TUBO CIRCULAR

DETALHE 2 - CALHA Esc.: 1:25

detalhe 2 - calha esc 1/ 25

TUBO CIRCULAR VENEZIANA TELHA METÁLICA TRAPEZOIDAL SANDUÍCHE EM AÇO GALVANIZADO I= 5% VEDAÇÃO POLIURETANO PLACA CIMENTÍCIA ESTRUTURAS DA COBERTURA

63


6.5 ESTRUTURA Subsolo

A estrutura utilizada para o projeto segue a racionalização de peças pré fabricadas em concreto armado, seguindo um módulo de 1,25, que facilita a montagem e fabricação das peças, além de otimizar os espaços internos. A modulação é um aspecto que facilita tanto o processo construtivo, quanto possíveis ampliações. Plasticamente propõe-se dois blocos de pé-direito simples, com abertura zenital que confere maior iluminação, além de venezianas para circulação de ar. O prédio localizado ao fundo do terreno é o único que foge do sistema utilizado nos demais. Esse tem uma estrutura inclinada que se afunila ao longo da viga, conferindo um aspecto plástico diferenciado para esse ambiente. Além disso o pé direito é duplo nesse prédio e confere a esses ambientes de atividades lúdicas um espaço amplo e iluminado.

64


abertura jardim interno

abertura zenital bloco B TÉRREO

abertura zenital bloco A

65


BLOCO A

66


BLOCO B

67


BLOCO C

68


BLOCO B

ESTRUTURA DO TELHADO

BLOCO A

69


6.6 perspectivas

Vista externa chegando ao edifício

Vista externa subsolo

Vista interna bloco de ligação

70


Vista externa lateral esquerda

Vista externa lateral direita

71


perspectivas

Perspectiva interna รกrea de hidroterapia bloco C

72


Perspectiva jardim interno bloco B Perspectiva interna ĂĄrea de convivĂŞncia interna bloco B

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Referências CORBELLA, Oscar. Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos - conforto ambiental. Rio de Janeiro: Renan, 2003. GÂNGARA M. A Expressão Corporal do Deficiente Visual. 2 ed. Campinas (SP): MEC; SEDES/ABDA; 1994. GÓES, Ronald de. Manual prático de arquitetura hospitalar. 1˚ edição- São Paulo: Edgard Blücher, 2004. LIANZA, Sergio. Medicina de reabilitação. 4˚ edição- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2007. MEZOMO, João Catarin. Hospital Humanizado. São Paulo, SP : Cent S Camilo Des Adm Saude, 1979. REBELATTO, José Rubens. Fisioterapia no Brasil fundamentos para uma ação preventiva e perspectivas profissionais. 2˚ edição - São Paulo: Manoel Ltda, 1999. Portaria N˚ 706, de 20 de Julho de 2012. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2012/ prt0706_20_07_2012_atual.html>. Acesso: 06/09/18. Portaria N˚ 793, de 24 de Abril de 2012 - Rede de Cuidados à pessoa com deficiência. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/ prt0793_24_04_2012.html>. Acesso: 06/09/18. Portaria Nº 818, de 05 de Junho de 2001- Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2001/ prt0818_05_06_2001.html>. Acesso: 11/09/2018. Portaria N˚ 835, de 25 de Abril de 2012 - Institui incentivos financeiros de investimento e de custeio para o Componente Atenção Especializada da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/ gm/2012/prt0835_25_04_2012.html>. Acesso: 06/09/18. Resolução RDC N˚ 50, 12 de Fevereiro de 2002- Dispõe sobre os procedimentos no âmbito da ANVISA para registro de produtos em processo de desenvolvimento ou de transferência de tecnologias objetos de Parcerias de Desenvolvimento 76

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