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CAPÍTULO 3

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CAPÍTULO 2

CAPÍTULO 2

Poison

- Ellen! Por favor, acorde! – pegou a pequena humana inerte em seus braços. Tão linda, tão inocente, tão pura! Eu a contaminei...a pequena fêmea humana tem razão, tudo que eu toco torna-se vil...

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Ela, sem nem ao menos me conhecer, tentou me ajudar. E eu retribuí com cinismo e veneno.

A esperança de possuir esta fêmea tão pequena mas

tão

generosa, confiante e corajosa por companheira aqueceu o seu coração e o fez por alguns momentos achar que tudo poderia ser diferente em sua vida. Que poderia encontrar felicidade, companheirismo e afeto. Que teria uma família como os seus pais tiveram, filhos para poder amar e cuidar.

Lembrou-se de sua infância tão feliz junto a seus irmãos, e como se sentia feliz com a companhia deles e de seus amigos. Mas isso tudo foi antes. Antes de ter se tornado Poison, de conviver com os piores tipos do universo, de fazer coisas horríveis e de ver coisas ainda mais horríveis sendo feitas e não fazer absolutamente nada

para impedir. Desde que se tornara Poison nunca mais pudera voltar ao seu planeta e encarar a sua família. Não poderia... com um único olhar sua mãe saberia que tudo estava errado com ele.

O fôlego voltou ao peito da pequena fêmea, que voltou a respirar. Aliviado, com ela já respirando em seus braços, Poison prometeu a si mesmo que se conseguissem escapar dessa aventura com vida, tudo iria mudar. Ele faria de tudo para merecer a linda companheira que confiara nele. Ela era dele, só dele, para proteger e amar.

Não teve muito tempo para pensar a respeito, pois a porta foi escancarada e os piores tipos do universo começaram a entrar.

Ellen

Ellen acordou aquecida e confortável. Abriu os olhos e descobriu que ainda estava na jaula em meio à semiescuridão. Por alguns segundos considerou fechar os

olhos e tentar dormir novamente para ver se acordava daquele pesadelo com aliens estranhos...

- Ellen, acorde! Acorde e me diga que você está bem!

- Poison! Como você está aqui...

Ela olhou em volta, desorientada. Ele a segurava nos braços, a aquecendo, seus olhos verdes fosforescentes ainda mais brilhantes do que antes. Seu rosto bonito tão perto que a fez sentir um frio na boca do estômago.

Tenha mais fé em mim, fêmea! Não pensou realmente que aquelas grades poderiam me segurar, não é?

- Seus...amigos, eles já chegaram? – talvez não fosse prudente chamá-los de piratas.

- Pela movimentação, eu creio que sim. Seja uma boa menina e fique calada. Não faça contato visual com eles. Consegue ficar em pé?

- Sim, já estou bem.

Alguns minutos depois, Ellen não pôde evitar de se esconder atrás de Poison, quando um grupo enorme de aliens feios e mal-encarados entrou no recinto. Estavam

armados até os dentes. O mais repulsivo de todos era vermelho e encouraçado, seu mau cheiro empesteou o ambiente. Sua cabeça parecia conectada diretamente no corpo, sem pescoço, e várias antenas saíam da parte de trás. Tinha quatro braços, mas os braços superiores formavam garras como uma grande lagosta. Os braços inferiores eram estranhamente mais finos e se mexiam o

tempo todo. Mãos de Lagosta foi até Poison e falou com uma voz desagradável:

- E então, Poison? Cadê as fêmeas humanas que você nos prometeu e que vão nos deixar ricos?

Carun, seu bode velho! Quer que eu faça todo o serviço sozinho? Se você não demorasse tanto para me buscar já estaríamos curtindo a grana no Planeta Prazer X-Bet 8!

- Se você tivesse me mandado o sinal do rastreador

de uma vez, eu teria poupado o tempo de vir te buscar aqui.

- E apodrecer na prisão? Não, muito obrigado...

Não confia no seu ami... – nesse momento ele

percebe Ellen se escondendo atrás de Poison. –

O que temos aqui? Um lanchinho para a viagem? Essa é uma daquelas belezinhas humanas... que valem uma fortuna? – estendeu a garra para tocar nela.

Poison fechou a cara e avisou.

- Te aconselho a não tocar. Você sabe bem que não compartilho minhas putas...

O alien Mão de Lagosta, Carun gemeu de desgosto. Os demais brutos que acompanhavam a conversa riram baixinho ao perceber o desespero do capitão.

- Mas ela vale uma fortuna! Você estragou ela... a não ser que tenha um outro Xhiar rico o suficiente comprar ela. para

- Deixa de ser mesquinho, Carun! Temos a nave de Dalcor carregada de fêmeas e você chorando miséria por apenas uma? Quanto antes partirmos quanto antes começamos a colheita!

A turba de piratas comemorou com Poison, animados para o saque. Tremendo de medo e agarrada à cintura de Poison Ellen o seguiu. Nem um dos piratas se atreveu a encostar nela e Ellen sabia o porquê, seus braços

descobertos estavam iluminados por várias manchinhas verdes.

- Você me enganou! – Ellen gritou para Poison assim que ficaram a sós na cabine da nave pirata. – Por sua causa todas aquelas mulheres correm perigo!

- Enganei? Não me lembro de ter prometido mais do que a sua segurança. Em perigo elas já estavam assim que foram levadas da Terra. O que acontecerá é apenas uma mudança de donos. O resto do plano continua o mesmo. Leilão e a vida como animalzinho de estimação sexual para alguns milionários. Mas você, não! Você já é minha!

- Não sou uma puta! – Ellen estapeou-o na cara. Ele era muito maior e mais forte do que ele e ela imediatamente se arrependeu escondendo as mãos nas costas. Mas permaneceu firme, sem recuar. Não demonstre medo, Ellen pensou. Apesar de estar aterrorizada com o que ele podia fazer com ela, sabia que demonstrar medo só faria piorar a sua situação.

Ele arqueou as sobrancelhas em um olhar perigoso e sorriu com o canto dos lábios indo até ela com um andar

lento e sensual. Ela recuou até cair sentada sobre a cama.

Ele ajoelhou-se entre as pernas dela e a encarou fixamente.

- Você? Você é sim, minha! Eu decidi que te queria antes mesmo de ver o seu rosto, só pelo seu cheiro e quando vi o fogo nesse seu olhar...sabia que não poderia viver sem ter uma prova desse seu gosto, da sua maciez. Mesmo agora, me odiando de todo o seu coração, eu posso sentir o cheiro da sua excitação, chamando por mim.

Mentira! Eu não... –

Ellen começou a protestar quando se deu conta que suas coxas estavam lisas e seus seios apontavam para ele, implorando por atenção. Ele continuou sussurrando para ela, o que fazia todos os pelinhos de seu corpo se arrepiarem e seu coração bater muito alto.

- Sim, você é minha... e veio até a mim de bom grado. Eu nunca poderia ter você sem a sua colaboração. Mas não se preocupe, não esqueci da minha promessa: vou te fazer sentir tanto prazer que você não terá forças para deixar a minha cama!

A cabine de Poison na nave pirata do Mão de Lagosta estava trancada. Ellen não conseguiria sair nem se

tentasse. Em sua mente as palavras dele continuavam martelando:

- Eu nunca poderia te ter sem a sua colaboração!

Ellen sentiu-se mal, pois era verdade. Ela se agarrou a ele, por desespero ou estar atraída demais pela sua boa aparência. Como macho ele era tudo que mais atraía uma mulher. Alto, músculos fortes e bem definidos, ombros largos e uma cintura fina, coxas grossas e bem torneadas. Enquanto todos os outros piratas estavam usando roupas sujas e disformes, ele corria quase nú, usando apenas uma tanga, ficando bem pouco para a imaginação.

Lambendo os lábios, lembrou do ocorrido na cela da estação da fronteira. Como seu gosto picante formigou por seus lábios e de como tivera seu pau na boca e bebera de sua semente.

Poison cumprira sua promessa de prazer. Nunca em sua vida, Ellen sentira tanto prazer. Não havia um único recanto de seu corpo que ele não provara e acariciara. Seus gritos de prazer deixaram bem claro o quanto ele a agradara. Seu eixo grosso trabalhara incansavelmente entrando e saindo até que ambos gozassem até a exaustão.

E depois de tudo, ele a arrastara até o banheiro e a limpara levando-a de volta para a cama e dormindo abraçados.

Ellen estava tendo muitos sentimentos contraditórios

a respeito de Poison. Ele era carinhoso e atencioso com ela, cuidando do seu bem-estar, mas era um criminoso. A intenção de Poison e dos outros era interceptar os traficantes e roubar deles as outras mulheres. Não para as libertar e sim para vendê-las da mesma forma e pior ainda, os piratas falavam abertamente em estuprá-las antes! Pelo menos os asquerosos Krulls não fizeram aquilo, enquanto ela estava na nave. Quem sabe o que as outras mulheres estavam passando agora?

Alimentada e limpa, Ellen sentiu-se muito mal por estar em segurança e quentinha nos braços de Poison,

enquanto as outras talvez

estejam passando por momentos terríveis. Como ajudar? Ellen pensou antes de cair em um sono exausto e sem sonhos.

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