CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO:
ULHÔA CINTRA VIVE
IMPLANTAÇÃO
ESCALA
Análise dos usos
VOLUME
EDIFICAÇÕES PARA ÁREAS DE PATRIMÔNIO COMPATÍVEIS COM AS FEIÇÕES DO LUGAR.
APRESENTAÇÃO
DENSIDADE
Segundo Cavalcanti (1977 apud Leite, 2006) a história do Bairro Santo Antônio começa ainda no século XVII, período de ocupação holandesa, quando estes alteraram o padrão português de ocupação do solo e expandiram o povoamento em direção ao continente, consolidando ocupação na Ilha de Antonio Vaz que viria ser conhecida como “Nova Maurícia”.
RITMO
COR TEXTURA
2.
CONSONÂNCIA
Densidade Consonante
Cor/ Textura Consonante
Volumetria Consonante
Ritmo Consonante
EDF. SEM PODIO E SEM RECUO
TEMPLOS CASARÃO PALACETE
27%
TÉRREO 1 a 2 PAVIMENTOS 3 a 4 PAVIMENTOS 5 a 10 PAVIMENTOS 11 a 20 PAVIMENTOS ACIMA DE 20 PAVIMENTOS
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO:
faixas de pedestre elevadas e pintura no piso (traffic calming)
Ul hô
Área de Intervenção Arquitetônica na Ulhôa Cintra
6. a
10.
Ci nt ra
9.
uso misto e introdução da habitação de interesse social
7. 8.
Proposta de intervenção arquitetônica: Sobrado de Uso Misto (Seu programa prevê 4 lojas no térreo e dois pavimentos com 4 unidades de habitação de interesse social cada).
11.
13.
14.
SOBRADO DE USO MISTO INTEGRADO
4.
5. Ru a
12.
15. 18.
17.
16.
uso misto e fortalecimento do comércio
LOJAS NO TÉRREO
N
colocar o automóvel em seu lugar
MENEZES, L. Habitar no centro histórico: a habitação de interesse social como instrumento de reabilitação do centro histórico do Recife. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Urbano). Recife: UFPE, 2015. Disponível em: < https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17045> Acesso em 12 jan. 2021.
Escala Consonante
3. criação de espaços de permanência e democráticos
novos abrigos de ônibus e estímulo ao modal coletivo
ANDRADE JUNIOR, Nivaldo Vieira de. Metamorfose arquitetônica: intervenções projetuais contemporâneas sobre patrimôni edificado, 2006.
Implantação Consonante
EDF. COM GALERIA
Análise dos Gabaritos
14%
novos espaços verdes e estímulo a biofilia
estímulo de modais não poluentes e vias compartilhadas
METODOLOGIA
REYNALDO, A. As catedrais continuam brancas: planos e projetos do século XX para o centro do Recife. Recife: Cepe, 2017.
SOBRADO
35%
A área de estudo é a Rua Ulhôa Cintra, no Bairro de Santo Antônio. A rua está delimitada entre a Rua do Sol e Avenida Dantas Barreto, dois elementos muito importantes na identidade do bairro. Em suas mediações pode-se encontrar ícones da arquitetura e da história da cidade, como exemplares de arquitetura eclética como o Tribunal de Justiça, exemplares do modernismo como o Edifício Santo Antônio, JK e Continental. A área de estudo faz parte da Zona Especial de Preservação Histórica (ZEPH-10 / Santo Antônio) e está zoneada como ZEPH Ambiental, de acordo com o novo Plano Diretor da cidade de 2021. Esta classificação sinaliza que a área necessita de diretrizes mais sensíveis de forma assegurar a identidade histórica do local.
RECIFE. Lei Municipal nº 18.770/2020. Institui o Plano Diretor do Município do Recife, revogando a lei municipal nº 17.511, de 29 de dezembro de 2008.Recife: Prefeitura da Cidade do Recife, 2020.
20%
EDF. SEM PÓDIO COM RECUO
EDF. SEM PÓDIO SOLTO NO LOTE
11,85%
1.
Como se percebe a partir dos retratos históricos, Santo Antônio foi fundamental na constituição espacial do Recife e reúne, apesar de momentos críticos na história do seu ordenamento territorial, edificações emblemáticas para a identidade da cidade.
REFERÊNCIAS
21,05%
3% 1%
A história moderna do Recife apenas tem início a partir de 1840, com a atuação da Repartição de Obras Públicas criada com intuito de ampliar a cidade através da modernização da Ilha de Antonio Vaz (MENEZES, 2015 apud REYNALDO, 1998). Já segundo Moreira (2016), entre os anos 20 e 30, a cidade do Recife foi o centro de debates sobre o seu redesenho e teve como um dos focos Santo Antônio.
A metodologia utilizada na proposta envolve: a) em primeiro lugar, realizar diagnóstico da área de estudo (verificar os usos, tipologias, fluxos, estado de conservação, gabaritos, mobiliário e massa vegetativa), b) realizar estudo da implantação de acessibilidade na área com base nos fundamentos do desenvolvimento sustentável e nos 10 passos de Jeff Speck (2012), c) em relação a proposta de intervenção arquitetônica, efetuar estudo dos 6 elementos propostos por Nivaldo Andrade Júnior (2006): Escala, Volume, Implantação, Densidade, Ritmos, Cores e Texturas, d) Propor um novo edifício com uso misto (lojas e habitação social), e) Integrar os estudos da intervenção com a proposta paisagística para a área de estudo.
38,15%
EDF. SOBRE PILOTIS CASA SEM RECUO
Estímulo de atividades culturais
Desenho universal e acessibilidade
Legendas: 1. Palácio Campo das Princesas 2. Ponte Princesa Isabel 3. Teatro Santa Isabel 4. Praça da República 5. Liceu de Artes 6. Tribunal de Justiça 7. Ponte Maurício de Nassau 8. Secretaria da Fazenda 9. Edf. Santo Antônio 10. Procuradoria Geral do Estado 11. Antiga sede da Secretaria da Educação 12. Capela Dourada 13. Correios 14. Ponte Buarque Macedo 15. Edf. JK 16. Avenida Dantas Barreto 17. Avenida Guararapes 18. Edf. Trianon
Proposta de intervenção arquitetônica: As lojas no térreo são fundamentais para a mescla de usos de vivências na região. O programa prevê lojas com layout flexível, podendo ser destinadas ao comércio ou serviços, todas elas possuem espaço para áreas molhadas.
Os 10 passos da caminhabilidade (Jeff SpecK, 2012): 1. Colocar o carro em seu lugar 2. Mesclar os usos 3. Adequar o estacionamento 4. Deixar sistema de transporte fluir 5. Proteger os pedestres 6. Acolher biciletas 7. Criar bons espaços 8. Plantar árvores 9. Criar ruas agradáveis e singulares 10. Eleger prioridades
ULHÔA CINTRA VIVE
ESPAÇO PÚBLICO CIDADÃO
ESTUDO DE VIABILIDADE PARA INTERVENÇÃO ARQUITETÔNICA E PAISAGÍSTICA EM SANTO ANTÔNIO.
Proposta de paisagismo: Prevê a preservação e revitalização de calçadas históricas, inclusão de novos mobiliários, conformação da fiação do posteamento, iluminação ao nível do pedestre, rampas e faixas elevadas, piso tátil e direcional, além de criação de novas áreas verdes com intuito de tornar o espaço mais confortável e atraente aos cidadãos.
01/03
A materialidade da proposta do “Sobrado Ulhôa”possui a contemporaneidade e o minimalismo como premissa, a intenção é uma estética de neutralidade que auxilie a nova edificação a se mimetizar no contexto urbano. As unidades habitacionais foram pensadas para atender a distintos agrupamentos familiares, nos seguintes moldes:
A promoção de moradia no centro é aspecto fundamental para a manutenção da vitalidade do centro histórico do Recife. O estudo mais recente da ONG Habitat para Humanidade (2018) revela que cerca de 12,3% dos imóveis do bairro estão em desuso, abandonados ou subutilizados, em contrapartida, a RPA01 possui uma das menores densidades demográficas da cidade do Recife. A promoção de moradias e espaços públicos saudáveis tem que ser pensada junto às questoes de Patrimônio e Preservação.
Aptos de 45m²
Aptos de 60m²
Aptos de 90m²
Faixa de Pedestre Elevada
Árvores indicadas:
- Ipê Amarelo (Tabebuia serratifolia) - Felício (Filicium decipiens) - Buganville (Bougainvillea glabra)
Deck Contemplativo
Piso tátil e direcional PALETA DE CORES DO ENTORNO
Arbusto: Pintura
Parklet
Grama: Banco de concreto moldado in loco
Espaço flexível para exposição de arte PALETA DE CORES DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ARQUITETÔNICA
Parklets são propostos com intuito de aumentar o nível de interação dos usuários com a cidade, eles funcionam ora como espaços lúdicos para interação sensorial e ora como espaços de descanso e contemplação. O primeiro parklet é proposto na esquina com a Rua Sol, em face da importância que esta via representa pro entorno e segundo é proposto em frente ao Edifício D’Ouro, a intenção é contemplar potencial de interação já existente na área.
A proposta prevê o restauro de calçadas com pedra portuguesa que encontram-se mal estado de conservação, o asfalto da rua será substituído por piso megadreno. A intenção é aplicar os conceitos da Teoria do Restauro Crítico de Cesare Brandi e evidenciar a distinguibilidade dos materiais. Assim conserva-se o antigo, marca da história e introduz o novo, com os traços da contemporaneidade, a intenção não é apagar traços da história mas adicionar novas camadas ao entorno sem descaracterizar a sua identidade.
- Clúsia (Clusia fluminensis) - Pingo-de-ouro (Duranta repens)
Solo natural
Habitação
Piso megadreno platina fulget (Braston)
Parklet Lúdico
- Batatais (Paspalum notatum fluegge) - Santo Agostinho (Stenotaphrum secundatum)
Outro ponto de destaque da área é o beco que faz a ligação com a Avenida Dantas Barreto, neste trecho é proposta a instalação de mobiliário flexível para fortalecer o potencial de comércio e serviços que existe na área. Foram identificados bares, padarias e lanchonetes, usos que atraem usuários diversificados e aumenta a vitalidade do entorno. Destaque especial para o “Pagode do Didi” que há 40 anos está em funcionamento na área. A situação atual da Rua Ulhôa Cintra é de um grande estacionamento a céu aberto, o que torna a área não convidativa. Seguindo as diretrizes de Jeff Speck (2012), o automóvel é colocado no devido lugar, para tanto, uma rota é preservada levando em consideração as necessidades dos moradores e comerciantes locais. A rota pensada permite também o acesso de bombeiros e de ambulância.
Iluminação ao nível do pedestre com fiação embutida no solo
Lojas/Serviços Mobiliário flexível
Fluxo de veículos com velocidade reduzida
Piso megadreno fulget médio azul (Braston) Piso megadreno fulget cinza azulado (Braston)
ULHÔA CINTRA VIVE
Para o mobiliário a proposta envolve: novos bancos, postes com iluminação na altura do pedestre, jardineiras de concreto, bancos de concreto, bancos de madeira, lixeiras, biciletário, coleta de lixo seletiva, mobiliário flexível (mesas, cadeiras e guarda-sol), parklets de madeira naval, alegretes, além das normais de acessibilidade com os pisos tátil e direcional.
02/03
Perspectiva da Rua do Sol : um novo deck é proposto para contemplação do Capibaribe.
Perspectiva da Rua Ulhôa: criação de um pocket park em área de estacionamento, resgate da morfotipologia com a criação de septos e preservação da calçada de pedra portuguesa. Distinguibilidade entre novo e antigo.
Perspectiva da Rua Ulhôa Cintra, esquina com a R. Siqueira Campos: criação de uma área de lazer junto ao pagode do Didi, patrimônio vivo da área.
ULHÔA CINTRA VIVE
Perspectiva da Rua Ulhôa Cintra, em frente do Edifício D’ouro: criação de uma área de uso flexível para exposição temporária de arte.
03/03