Ordenamento Urbano e Territorial

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ORDENAMENTO URBANO E TERRITORIAL

gabriel melo ricardo brendel vinícius pádua yuri costa


PERNAMBUCO

ESCOLA UNICAP ICAM TECH ARQUITETURA E URBANISMO ORDENAMENTO URBANO E TERRITORIAL (2021.1) PROF.: LÉA CAVALCANTI | RICARDO PESSOA DE MELO

RECIFE

RECIFE, 2021

área de estudo 2

3


INTRODUÇÃO

CONTEÚDO 1. Introdução

05

2. formação do território

06

3. LEGISLAÇÃO E patrimônio cultural 4. ELEMENTOS MARCANTES

15 17

5. infraestrutura urbana i - MOBILIDADE

19

6. infraestrutura urbana ii

21

7. meio ambiente natural

28

8. uso e ocupação

31

9. socioeconomia

38

10. vazios urbanos

45

11. análise segundo kevin lynch

47

12. desafios, potencialidades e diretrizes

50

13. referências

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O trabalho tem como objeto de estudo a área da cidade do Recife que compreende os bairros do Poço da Panela, Monteiro e Santana e foi orientado pelos professores Léa Cavalcanti e Ricardo Pessoa de Melo na disciplina de Ordenamento Urbano e Territorial do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pernambuco. Estruturado sob dez critérios que buscam caracterizar a área de estudo e apresentar pontos relevantes desde a formação do território, relevância do patrimônio cultural até os índices socioeconômicos.

Ainda há o mapeamento de vazios urbanos a partir da metodologia de Sousa (2014) para que possam ser encarados como oportunidades de ƂĎƊƊijħœijǙāíœāijå΄ ĈĎœƖƂŜ΄ ĈŜ΄ ĎƊſåĄŜ΄ urbano. Ainda é apresentado o estudo de elementos da paisagem de acordo com o que preconiza Kevin Lynch, para ĎœƖýŜ΄āĮĎħåƂőŜƊ΄åŜ΄ƁƞåĈƂŜ΄Ǚœåʼn΄āŜő΄ ĈĎƊåǙŜƊ͚΄ ſŜƖĎœāijåʼnijĈåĈĎƊ΄ Ď΄ ĈijƂĎƖƂijdžĎƊ΄ para a área.

A área de estudo compreende os bairros do Poço da Panela, Monteiro e Santana.

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FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO POÇO DA PANELA O Bairro do Poço da Panela tem suas origens nas iniciativas de facilitar o escoamento da produção açucareira dos antigos engenhos da região. De acordo com Menezes (2019), tudo remonta ao ano de 1802 quando a Câmara de Olinda decidiu reabrir um antigo caminho a pedido dos engenhos de Casa Forte, Monteiro e Dois Irmãos.

A região alcança a denominação de povoação em meados de 1817 com a permissão de um alvará e com a construção da Paróquia de Nossa Senhora da Saúde. O nome do bairro, de acordo com Cavalcanti (p.308, 2018) advém da lenda de que foi colocada uma panela de barro no fundo de um poço existente nas redondezas para melhorar a qualidade da água. A história do bairro está ligada também a um surto de coléra que assolou o ĎāijĦĎ΄œŜ΄Ǚœåʼn΄ĈŜ΄¢ďāƞʼnŜ΄ÓÍNNN͚΄ƁƞåœĈŜ΄ os médicos da cidade passaram a receitar como tratamento da doença para as pessoas mais abastadas, banhar-se nas águas do trecho do Rio Capibaribe que banhava aquela ʼnŜāåʼnijĈåĈĎ΄ͬ¢NaÍ ͚΄̇̅​̅̎ͭ͟

Ainda de acordo com Menezes (2019), o antigo caminho foi nomeado de Estrada Real e partir dali a ocupação humana tomou corpo no local. Ainda no Século XIX, com o parcelamento de terras do Engenho de Casa Forte, foram sendo instaladas mais moradias ao longo das margens do Rio Capibaribe (MENEZES, p.120, 2019).

MONTEIRO e santana åƂƂŜƊ΄ͬ̇̅​̅̉ͭ΄åǙƂőå΄ƁƞĎ΄å΄ĦŜƂőåĄýŜ΄ĈĎ΄ bairros como Casa Forte, Poço da Panela, Apipucos, Monteiro e Madalena está relacionada com a história de importantes engenhos na cidade do Recife. Esses engenhos existem desde a época do domínio holandês e foram cruciais para o desenvolvimento da cidade e, de alguma forma, responsáveis pelo declínio do poder holandês no Recife. Barros (2004) ƖåőĀďő΄ åǙƂőå΄ ƁƞĎ΄ ŜƊ΄ ĮŜʼnåœĈĎƊĎƊ΄ após expulsão das terras de Olinda, decidiram ocupar o território da cidade do Recife, contudo, não possuiam experiência em administrar as necessidades dos engenhos e da produção açucareira.

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aijƖŜħƂåǙå΄ ĈŜ΄ ŜĄŜ΄ Ĉå΄ åœĎʼnå͟΄ AŜœƖĎ͙΄ iĎœĎdžĎƊ΄ (2019).

Barros (2004) ressalta que o bairro do Monteiro surgiu do reparcelamento do Engenho Monteiro, fato corroborado ſŜƂ΄ åƵåʼnāåœƖij΄ ͬ̇̅̆̍ͭ΄ ƁƞĎ΄ åǙƂőå΄ ƁƞĎ΄ Ŝ΄ nome do último proprietário das terras deste antigo engenho foi Francisco Monteiro Bezerra. Já o bairro de Santana, teve origem juntamente com os bairros de Casa Forte, Poço da Panela e Parnamirim, terras que pertenciam ao Engenho de Casa Forte, que um dia também foi chamado de Engenho Dona Anna Paz. A pesquisadora ressalta que há quatro séculos a paisagem se remodela, porém a lógica do parcelamento se mantém, motivo pelo qual percebe-se quadras grandes e largas com ruas estreitas.

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO ENGENHO CASA FORTE Segundo Rodrigues (2021), o ſŜƵŜåőĎœƖŜ΄ Ĉå΄ æƂĎå΄ ĈĎ΄ ĎƊƖƞĈŜ΄ āŜőĎĄå΄å΄ſåƂƖijƂ΄ĈĎ΄͚̆̋̊̈΄āŜő΄å΄ĈŜåĄýŜ΄ de terras dos engenhos de Santo Antônio de Beberibe e Casa Forte do ĈŜœåƖæƂijŜ΄ $ƞåƂƖĎ΄ ŜĎʼnĮŜ΄ å΄ $ijŜħŜ΄ BŜœĄåʼnƵĎƊ͚΄ å΄ ƖĵƖƞʼnŜ΄ ĈĎ΄ ĈŜƖĎ΄ œƞſāijåʼn͟΄ t΄ åƂƂåœŃŜ΄ ĦŜij΄ ſƂŜƵijĈĎœāijåĈŜ΄ ĎœƖƂĎ΄ å΄ ĎƊſŜƊå΄ ĈĎ΄ $ƞåƂƖĎ΄ ŜĎʼnĮŜ͚΄ $Ŝœå΄ ƂijƖĎƊ΄ ĈĎ΄ ʼnĀƞƁƞĎƂƁƞĎ͚΄ ĈŜåœĈŜ΄ ƊĎƊőåƂijåƊ΄ ŜœĈĎ΄ $ijŜħŜ΄ BŜœĄåʼnƵĎƊ΄ āŜœƊƖƂƞijƞ΄ ŜƊ΄ engenhos de Casa Forte e Santo œƖşœijŜ΄Ĉå΄ÍæƂdžĎå͟ O engenho Casa Forte era do tipo ƖƂåſijāĮĎ͚΄ijƊƖŜ΄ď͚΄őŜƵijĈŜ΄å΄ĀŜijƊ΄Ď΄ſŜƊƊƞĵå΄ ƞőå΄ ijħƂĎŃå΄ āĮåőåĈå΄ kŜƊƊå΄ ¢ĎœĮŜƂå΄ ĈåƊ΄ kĎāĎƊƊijĈåĈĎƊ͟΄ t΄ ĎœħĎœĮŜ΄ ſŜƊƊƞĵå΄ ƞőå΄ ħƂåœĈĎ΄ æƂĎå΄ ƖĎƂƂijƖŜƂijåʼn΄ Ď΄ āŜő΄ ĎƻāĎʼnĎœƖĎƊ΄ őåƖåƊ΄ Ď΄ ǙāåƵå΄ ʼnŜāåʼnijdžåĈŜ΄ œåƊ΄ijőĎĈijåĄźĎƊ΄ĈŜ΄ åƊƊŜ΄ĈŜ΄AijĈåʼnħŜ͚΄ö΄ margem esquerda do Rio Capibaribe, œŜ΄ƊĵƖijŜ΄ĈĎſŜijƊ΄āĮåőåĈŜ΄ĈĎ΄¢åœƖåœå͟΄t΄ åĄƟāåƂ΄ ĦåĀƂijāåĈŜ΄ ĎƂå΄ āŜʼnŜāåĈŜ΄ œŜ΄ ĈijƖŜ΄ åƊƊŜ΄ Ď΄ ĈĎſŜijƊ΄ āŜœĈƞdžijĈŜ΄ Ďő΄ ĀåƂāŜƊ΄ ſåƂå΄å΄ ƂåĄå΄ĈŜ΄ ĎāijĦĎ͟

NőåħĎœƊ΄ ĈŜ΄ ſijœƖŜƂ΄ ÞåāĮåƂijåƊ΄ ÎåħœĎƂ΄ ĈĎ΄ ̆̋​̋̅΄ āŜő΄ *œħĎœĮŜ΄ ĈĎ΄ åƊå΄ AŜƂƖĎ΄ Ďő΄ åƖijƵijĈåĈĎ͟΄ *ő΄ ĈĎƊƖåƁƞĎ΄å΄āåſĎʼnå͚΄å΄ƊĎœdžåʼnå΄Ď΄Ŝ΄āåœåƵijåʼn͟΄AŜœƖĎ͙΄ Rodrigues (2021).

iåſå΄ ĈĎ΄ ĎƂœåőĀƞāŜ΄ ƊĎħƞœĈŜ΄ AƂåœƊ΄ ŜƊƖ͚΄ Ďő΄ ̆̋​͚̋̊΄ ĈĎőŜœƊƖƂå΄ āŜœƁƞijƊƖå΄ ĈŜ΄ ĎœħĎœĮŜ΄ ĈĎ΄ åƊå΄ AŜƂƖĎ͟΄ AŜœƖĎ͙΄ AƞœĈåĄýŜ΄ Ĉå΄ ijĀʼnijŜƖĎāå΄ kåāijŜœåʼn΄ (2010).

Segundo Rodrigues (2021) o engenho Casa Forte prospera sob a administração de Dona Anna Paes de džĎƵĎĈŜ͚΄ǙʼnĮå΄ĈĎ΄ƞő΄ĈŜƊ΄ĀĎœĎǙāijæƂijŜƊ΄ ĈŜ΄ ĈŜœåƖæƂijŜ΄ $ƞåƂƖĎ΄ ŜĎʼnĮŜ͚΄ Ŝ΄ ¢ĎœĮŜƂ΄ Jerônimo Paes. œœå΄ åĎƊ΄ ĦŜij΄ āåƊåĈå΄ ĈijƵĎƂƊåƊ΄ ƵĎdžĎƊ͚΄ ĎƂå΄ ſŜʼnijħʼnŜƖå΄ Ď΄ åāåĀŜƞ΄ ijœĈŜ΄ ƵijƵĎƂ΄ Ďő΄ ĎƻĵʼnijŜ΄ œå΄ IŜʼnåœĈå΄ āŜő΄ ƊĎƞ΄ ƟʼnƖijőŜ΄ őåƂijĈŜ΄ BijʼnĀĎƂƖ΄ ĈĎ΄ ÎijƖƖ͚΄ ŜœĈĎ΄ ĦåʼnĎāĎƞ΄ Ďő΄ ̆̋̌̍΄ œå΄ āijĈåĈĎ΄ ĮŜʼnåœĈĎƊå΄ ĈĎ΄ $ŜœĈƂĎāĮƖƖ͟ ŜƂ΄åƊƊŜāijåĄýŜ΄åŜ΄āåʼnƵijœijƊőŜ΄Ď΄āŜő΄ŜƊ΄ ĮŜʼnåœĈĎƊĎƊ͚΄ $Ŝœå΄ œœå΄ ĦŜij΄ āŜœƊijĈĎƂåĈå΄ĮŜʼnåœĈĎƊå΄Ď΄ĈĎƊſŜŃåĈå΄ĈĎ΄ suas posses, momento em que o *œħĎœĮŜ΄ ĈĎ΄ åƊå΄ AŜƂƖĎ΄ ď΄ ʼnĎijʼnŜåĈŜ΄ Ď΄ ĎœƖƂå΄Ďő΄ĈĎāʼnĵœijŜ͟΄ œŜƊ΄őåijƊ΄ƖåƂĈĎ͚΄åƊ΄ ƊƞåƊ΄ ƖĎƂƂåƊ΄ ƊĎƂijåő΄ ƂĎſåƂāĎʼnåĈåƊ΄ å΄ ſĎĈijĈŜ΄Ĉå΄ íőåƂå΄ĈĎ΄tʼnijœĈå͚΄ſåƂå΄ƁƞĎ΄ ĦŜƊƊĎ΄ƂĎåƖijƵåĈå΄å΄*ƊƖƂåĈå΄ Ďåʼn΄ĈŜ΄ ŜĄŜ΄ ſåƂå΄ ĎƊāŜåőĎœƖŜ΄ Ĉå΄ ſƂŜĈƞĄýŜ΄ ĈĎ΄ åĄƟāåƂ͟

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1900 - 1910

1650 - 1870

Mapa das Ferrovias no Recife, baseado no levantamento de Dougla Fox em 1906. Fonte: Laboratório ¯ŜſŜħƂæǙāŜ΄ĈĎ΄ ĎƂœåőĀƞāŜ͟ Mapa de Pernambuco segundo Frans Post em 1665, demonstra conquista do engenho de Casa Forte. Fonte: Fundação da Biblioteca Nacional (2010).

IGREJA NOSSA SRA. DA SAÚDE

Mapa do Recife em 1870. Fonte: Menezes (1988 apud RODRIGUES 2008).

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iåſå΄Ĉå΄ʼnijœĮå΄ĈĎ΄ĀŜœĈĎƊ΄ĎʼnĎƖƂijǙāåĈŜƊ΄ĈŜ΄ Recife entre 1914 a 1960. Notar que a área de estudo era atendida por bonde ĎʼnĎƖƂijǙāåĈŜ͚΄āƞŃŜ΄ſĎƂāƞƂƊŜ΄ijœijāijåƵåͲƊĎ΄œŜƊ΄ ĀåijƂƂŜƊ΄ āĎœƖƂåijƊ΄ ĈŜ΄ ĎāijĦĎ΄ Ď΄ ĎƊƖĎœĈijåͲƊĎ΄ até bairros como Várzea e Dois Irmãos. Fonte: Acervo do Laboratório de ¯ŜſŜħƂåǙå΄ĈĎ΄ ĎƂœåőĀƞāŜ΄ͬ̇̅̇̆ͭ͟

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1920 - 1930

vetorização DE 1932 MONTEIRO

POÇO DA PANELA

SANTANA Igreja de nossa senhora da saúde

N

Mapa do Recife elaborado pela equipe do Engenheiro Domingos Ferreira em 1932. Fonte: Menezes.

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1930 - 1950 Mapa do Recife elaborado pela Prefeitura da Cidade na década de 30 que demonstra a ocupação urbana nas margens do Rio Capibaribe. Fonte: Barreto (1994).

aijƖŜħƂåǙå΄ĈŜ΄ ŜĄŜ΄Ĉå΄ åœĎʼnå΄Ďő΄̆̍̉̌͟΄AŜœƖĎ͙΄AĎƂƂĎdž΄ͬ̆̎̍̉΄åſƞĈ΄i*k*Þ*¢΄̇̅̆̎ͭ͟΄ ĎƂāĎĀĎͲƊĎ΄å΄NħƂĎŃå΄ĈĎ΄kŜƊƊå΄¢ĎœĮŜƂå΄Ĉå΄¢åƟĈĎ΄åŜ΄ĦƞœĈŜ΄Ď΄ƊŜĀƂåĈŜƊ΄œå΄*ƊƖƂåĈå΄ Ďåʼn΄ĈŜ΄ ŜĄŜ͟

Mapa do Recife elaborado pela Agência de Urbanização (URB) entre as décadas de 40 e 50 que demonstra o processo de aceleração da ocupação de outras partes da cidade, como os morros. Nesse momento há a chegada de contigente populacional aos bairros do Poço da Panela e Monteiro, população expulsa dos mocambos da região central que passam a ocupar as margens do rio. Futuramente essas áreas formarão as duas ZEIS existentes na área de estudo. Fonte: URB-Recife, 1994.

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¯ƂĎāĮŜ΄ Ĉå΄ æƂĎå΄ åƖƞåʼnőĎœƖĎ͟΄ AŜœƖĎ͙΄ BŜŜħʼnĎ΄ *åƂƖĮ΄ ͬ̇̅̇̆ͭ͟΄ kŜƖåƂ΄ å΄ Þ*N¢΄ ŜĄŜ΄ Ĉå΄ åœĎʼnå΄Ďő΄ſƂijőĎijƂŜ΄ſʼnåœŜ΄Ď΄Ďő΄ĈĎƊƖåƁƞĎ΄Ŝ΄āŜœŃƞœƖŜ΄ĦŜƂőåĈŜ΄ſĎʼnå΄NħƂĎŃå΄ĈĎ΄kŜƊƊå΄ ¢ĎœĮŜƂå΄Ĉå΄¢åƟĈĎ΄Ď΄åʼnħƞœƊ΄ƊŜĀƂåĈŜƊ΄ſƂĎƊĎƂƵåĈŜƊ͟

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LEGISLAÇÃO E PATRIMÔNIO CULTURAL

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO

1

Segundo Rodrigues (2008), o conjunto urbano de Casa Forte (Casa Forte, Poço da Panela, Monteiro, Santana, ſijſƞāŜƊ͚ͭ΄ ſŜĈĎ΄ ƊĎƂ΄ āʼnåƊƊijǙāåĈŜ΄ āŜőŜ΄ bairros da várzea do Capibaribe (junto åŜƊ΄ĀåijƂƂŜƊ΄āĎœƖƂåijƊ΄ƖåőĀďő΄ĀåœĮåĈŜƊ΄ ſĎʼnŜ΄ ijŜͭ΄Ď΄ƖijƵĎƂåő΄ŜƂijħĎő͚΄āŜœĦŜƂőĎ΄Ńæ΄ ĎƻſʼnåœåĈŜ͚΄ œŜƊ΄ ĎœħĎœĮŜƊ΄ Ĉå΄ ſʼnåœĵāijĎ΄ åĈĎœƖƂŜ͚΄ ƁƞĎ΄ ĈĎſŜijƊ΄ ĦŜƂåő΄ ƊĎœĈŜ΄ ƂĎƖåʼnĮåĈŜƊ΄ Ďő΄ ƊĵƖijŜƊ΄ ĈĎ΄ ƵĎƂåœĎijŜ͚΄ Ď΄ ſŜƊƖĎƂijŜƂőĎœƖĎ΄ Ďő΄ őŜƂåĈijåƊ΄ ĈĎǙœijƖijƵåƊ͟΄ kƞőå΄ ĎƊāåʼnå΄ ƁƞĎ΄ ƵĎő΄ ƊĎœĈŜ΄ ĈĎǙœijĈå΄ Įæ΄ ƁƞåƖƂŜ΄ ƊďāƞʼnŜƊ΄ œŜ΄ ſåƂāĎʼnåőĎœƖŜ΄Ĉå΄ƞƂĀĎ͟΄ A autora esclarece ainda que os ĈĎƊőĎőĀƂåőĎœƖŜƊ΄ ĈŜƊ΄ åœƖijħŜƊ΄ ĎœħĎœĮŜƊ͚΄ ĈĎƂåő΄ ƊƞƂħijőĎœƖŜ΄ å΄ ĦƂĎħƞĎƊijåƊ΄ ƁƞĎ͚΄ ſŜƂ΄ Ɗƞå΄ ƵĎdž͚΄ ĈĎƂåő΄ ŜƂijħĎő΄ å΄ ƊĎƖŜƂĎƊ΄ āĎœƊijƖæƂijŜƊ΄ ĈŜ΄ N B*΄ ƁƞĎ΄ ĦŜƂåő΄ å΄ ĀåƊĎ΄ Ĉå΄ ŜƂħåœijdžåĄýŜ΄ ĎƊſåāijåʼn΄ſŜʼnĵƖijāŜͲåĈőijœijƊƖƂåƖijƵå΄œå΄Ɓƞåʼn΄ å΄ āijĈåĈĎ΄ ĎœāŜœƖƂåͲƊĎ΄ ĮŜŃĎ΄ ĈijƵijĈijĈå΄ ͬ Ɗͭ͟΄t΄āŜœŃƞœƖŜ΄ƞƂĀåœŜ΄ĈŜ΄ĀåijƂƂŜ΄ĈĎ΄ åƊå΄AŜƂƖĎ΄Ħådž΄ſåƂƖĎ΄Ĉå΄ ̈

]åƂĈijő΄ ƊĎāƂĎƖŜ΄ ĈŜ΄ ŜĄŜ͚΄ ʼnŜāåʼn΄ ĈĎ΄ āŜœĦƂåƖĎƂœijdžåĄýŜ΄ ŃƞœƖŜ΄ ö΄ œåƖƞƂĎdžå΄ ſĎʼnŜƊ΄ ĮåĀijƖåœƖĎƊ΄ ĈåƊ΄ ƂĎĈŜœĈĎdžåƊ͚΄ őåƊ΄ƖåőĀďő΄ĈĎ΄ƵijƊijƖåœƖĎƊ͟΄AŜœƖĎ͙΄BŜŜħʼnĎ΄NőåħĎœƊ΄ ͬ̇̅̇̆ͭ͟

14

2

3

ŜĄŜ΄ ĈåƊ΄ ƂƖĎƊ͚΄ ʼnŜāåʼn΄ ĈĎ΄ āŜœĦƂåƖĎƂœijdžåĄýŜ΄ ĎœƖƂĎ΄ ŜƊ΄ ĮåĀijƖåœƖĎƊ΄ĈŜ΄ ŜĄŜ΄Ĉå΄ åœĎʼnå͟΄AŜœƖĎ͙΄BŜŜħʼnĎ΄ijőåħĎœƊ΄ ͬ̇̅̇̆ͭ͟

΄åƞƖŜƂå΄āijƖå΄kŜƂőå΄aåāĎƂāå΄ͬ̆̎​̎̈ͭ΄ſåƂå΄ āŜœĎāƖåƂ΄ å΄ ĮijƊƖŝƂijå΄ ö΄ ĦŜƂőåĄýŜ΄ ĈŜƊ΄ ƖƂåĄŜƊ΄ āåƂåāƖĎƂĵƊƖijāŜƊ΄ ĈŜ΄ āŜœŃƞœƖŜ͟΄ tƊ΄ ƊĵƖijŜƊ΄ ĈĎ΄ åƊå΄ AŜƂƖĎ΄ ſĎƂƖĎœāijåő΄ œýŜ΄ åſĎœåƊ΄ ö΄ åƂijƊƖƂŜāƂåāijå΄ āåœåƵijĎijƂå͚΄ őåƊ΄ ƖåőĀďő΄ å΄ ƂijāŜƊ΄ āŜőĎƂāijåœƖĎƊ͚΄ ĎʼnĎƊ΄ ĎƂåő΄ ƞƂĀåœijƊƖåƊ΄ ſƂijƵåĈŜƊ΄ ƁƞĎ΄ ĈĎƊĎœĮåƵåő΄ Ŝ΄ ĀåijƂƂŜ͚΄ Ď͚΄ ĎőĀŜƂå΄ ŜƊ΄ ĀåijƂƂŜƊ΄ ƖĎœĮåő΄ ſåƊƊåĈŜ΄ ſŜƂ΄ ƖƂåœƊĦŜƂőåĄźĎƊ͚΄å΄Ɗƞå΄ĎƊƊēœāijå΄ĎƊƖæ΄ʼnæ͙΄ ĀåijƂƂŜ΄ ƖƂåœƁƞijʼnŜ͚΄ ƵĎƂĈĎ͚΄ ſƂŝƻijőŜ΄ Ĉå΄ œåƖƞƂĎdžå͟

4 5

¢ĎœĈŜ΄ åƊƊijő͚΄ ŜƊ΄ ĀåijƂƂŜƊ΄ ĈŜ΄ ŜœŃƞœƖŜ΄ Casa Forte, onde está inserido nosso ƖĎƂƂijƖŝƂijŜ͚΄ ƊĎħƞĎő΄ ƊĎœĈŜ΄ ŜƊ΄ őåijƊ΄ åƂijƊƖŜāƂæƖijāŜƊ΄ ΄ Ĉå΄ āijĈåĈĎ͚΄ Ďő΄ āŜœāŜƂƂēœāijå΄ ĈijƂĎƖå΄ āŜő΄ Ŝ΄ őĎƖƂŜ΄ ƁƞåĈƂåĈŜ΄ ĈŜ΄ ĀåijƂƂŜ΄ ĈĎ΄ Ŝå΄ ÍijåħĎő͟΄ $ŜijƊ΄ ĎƊƖijʼnŜƊ΄ ĈijĦĎƂĎœƖĎƊ΄ ĈĎ΄ ƵijĈå΄ ĈŜ΄ ĎāijĦĎ͟΄

N

*őĀŜƂå΄ å΄ āŜƂƂĎƂijå΄ Ĉå΄ ƵijĈå΄ āŜƖijĈijåœå΄ ijőſĎĄå΄ āŜœƖåƖŜƊ΄ őåijƊ΄ ĈijƂĎƖŜƊ΄ ĎœƖƂĎ΄ ŜƊ΄ ĮåĀijƖåœƖĎƊ͚΄ ĎƊƊĎ΄ āŜœƖåƖŜ΄ āŜœƖijœƞå΄ åƖƂåƵďƊ΄ ĈŜƊ΄ āåĦďƊ͚΄ ſåĈåƂijåƊ͚΄ ʼnijƵƂåƂijåƊ͚΄ ŜœĈĎ΄ ŜƊ΄ őŜƂåĈŜƂĎƊ΄ ƊĎ΄ ƂĎāŜœĮĎāĎő΄ Ď΄ ijœƖĎƂåħĎő͟

ESCALA: 1/6000

6 0 50

100

200m

1. FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO 2. CASARÃO BAR CHEFF 3. ASSOCIAÇÃO ARAUTOS DO EVANGELHO 4. IBAMA 5. IGREJA NOSSA SRA. DA SAÚDE 6. sítio donino

IEP

ZEIS 1

IPAV

ZDS Capibaribe

Edificação religiosa

ZEPH - Ambiental ZEPH - Rigoroso

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ASPECTOS LEGISLATIVOS A legislação do Recife tem como principais instrumentos de regulação urbana o Plano Diretor 18.770/2020 e a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Lei nº 16.176/96, ainda pendente de revisão desde o Plano Diretor de 2008). São instrumentos que estabelecem parâmetros, limitações, incentivos e diretrizes para o desenvolvimento da política urbana e territorial. Também existem outros instrumentos como a Lei ĈĎ΄ *ĈijǙāåĄźĎƊ͚΄ å΄ aĎij΄ ĈĎ΄ åƂāĎʼnåőĎœƖŜ΄ do Solo, bem como decretos e leis complementares que regulamentam e ĈĎǙœĎő΄ ŜƊ΄ åƊſĎāƖŜƊ΄ őåijƊ΄ ĎƊſĎāĵǙāŜƊ΄ do ordenamento urbano da cidade. A área de estudo está contida em 3 (três) bairros da cidade (Monteiro, Poço da Panela e Santana) que pertencem à Região Político-Administrativa 3, RPA3, não obstante pertencerem à mesma região, os bairros também estão contidos na Área de Reestruturação Urbana (ARU), delimitada pela Lei dos Doze Bairros (Lei nº 16.719/2001). Os bairros contido na ARU possuem diretrizes de organização espacial cujo intuito é limitar e compatibilizar o ambiente construído com a infraestrutura dos bairros, buscando equilíbrio entre desenvolvimento e conservação das caraterísticas singulares da paisagem histórica, natural e cultural, bem como arquitetônica.

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Podemos encontrar o seguinte Zoneamento na área de estudo, de acordo com o Plano Diretor de 2020: - ZEIS 1: “caracterizada como áreas de assentamentos habitacionais de população de baixa renda, surgidos espontaneamente, consolidados, carentes de infraestrutura básica, que não se encontram em áreas de risco ou de proteção ambiental, passíveis de regularização urbanística e fundiária, bem como de construção de habitações de interesse social (HIS)”;

ELEMENTOS MARCANTES

- ZDS Capibaribe: “As Zonas de Desenvolvimento Sustentável (ZDS) estão localizadas de acordo com os corpos hídricos principais e secundários formadores das suas ƂĎƊſĎāƖijƵåƊ΄ ĀåāijåƊ΄ ĮijĈƂŜħƂæǙāåƊ΄ ͬ͟​͟​ͭ͟΄ å΄ Zona de Desenvolvimento Sustentável Capibaribe (ZDS Capibaribe) se caracteriza pela concentração de média e alta densidade populacional e construtiva nas margens esquerda e direita do Rio Capibaribe”; - ZEPH: “As Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural (ZEPH) correspondem às áreas do território formadas por sítios, ruínas, conjuntos ou edifícios isolados de expressão artística, cultural, histórica, arqueológica ou paisagística, considerados representativos da memória arquitetônica, paisagística e urbanística da cidade.”

praça de casa forte

N

Também podemos encontrar āʼnåƊƊijǙāåĄźĎƊ΄ ſåƂå΄ åʼnħƞœƊ΄ ijőŝƵĎijƊ΄ œå΄ área, como Imóveis Especiais de Preservação (IEP) caracterizados por exemplares isolados de arquitetura ƊijħœijǙāåƖijƵå΄ſåƂå΄Ŝ΄ſåƖƂijőşœijŜ΄ĮijƊƖŝƂijāŜ͚΄ artístico ou cultural da cidade.

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INFRAESTRUTURA urbana I

ELEMENTOS MARCANTES Os elementos marcantes encontrados na área de estudo são: praças, áreas verdes, equipamentos de uso cultural (museus, ateliers, fundação cultural) e espaços religiosos. Foram encontradas 5 (cinco) praças (Praça do Monteiro, Jardim Secreto do Poço, Praça Mano Teodósio, Largo do Poço da Panela, Praça da Estrada Real do Poço e Praça do Amor). Há também a Igreja Nossa Senhora da Saúde, importante elemento histórico e cultural da área de estudo. Também existem templos presbiterianos e a Associação dos Arautos do Evangelho. Entre os elementos culturais característicos da área de estudo, encontramos o Museu do Homem do Nordeste, a Fundaj (Fundação Joaquim Nabuco), a Associação dos Moradores do Poço da Panela, e escolas de artes. A área também é palco de blocos carnavalescos e importante local de reunião de público de diversas faixas etárias em bares, restaurantes e cafeterias.

1 2 3 Atelier Joelsson Gomes no Poço da Panela. Fonte: Hassan Santos (2021).

4

Poço das Artes. Fonte: Clarissa Garcia (2021).

5 N

Bloco carnavalesco Os Barbas nas ruas do Poço da Panela. Fonte: Jornal do Comércio (2018).

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ESCALA: 1/6000 0 50

100

MODAIS PREDOMINANTES:

200m pOLO GERADOR DE TRÁFEGO

ÔNIBUS + TRANSPORTE INDIVIDUAL MOTORIZADO

PONTO DE ÔNIBUS

TRANSPORTE INDIVIDUAL MOTORIZADO

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SANEAMENTO INTEGRADO

MOBILIDADE A forma de ocupação e a distribuição dos usos no território analisado são fundamentais para entender a dinâmica Ĉå΄ őŜĀijʼnijĈåĈĎ΄ Ď΄ ŜƊ΄ ǚƞƻŜƊ΄ ĎƻijƊƖĎœƖĎƊ͟΄ kŜƊ΄ ƖƂēƊ΄ ĀåijƂƂŜƊ΄ ſŜĈĎőŜƊ΄ ijĈĎœƖijǙāåƂ΄ å΄ predominância do transporte motorizado, especialmente o individual, isto é, o automóvel, e os ônibus como őĎijŜ΄ĈĎ΄ƖƂåœƊſŜƂƖĎ΄ĈĎ΄őåƊƊå͟΄ ƞåœƖŜ΄ö΄ mobilidade ativa não há infraestrutura e ƂŜƖåƊ΄ ĈĎǙœijĈåƊ΄ ſåƂå΄ ĀijāijāʼnĎƖåƊ͚΄ ĀĎő΄ āŜőŜ΄ Ŝ΄ ǚƞƻŜ΄ ĈĎ΄ ſĎĈĎƊƖƂĎƊ΄ ď΄ ĎƊāåƊƊŜ΄ œåƊ΄ƂƞåƊ΄őåijƊ΄ijœƖĎƂœåƊ͚΄ĎƻāĎƖŜ΄œåƊ΄Þ*N¢͚΄ e mesmo na avenida Dezessete de ħŜƊƖŜ΄Ŝ΄ǚƞƻŜ΄ĈĎ΄ƵĎĵāƞʼnŜƊ΄ď΄ĈĎƊƖåƁƞĎ͟

*ő΄ĀŜå΄ſåƂƖĎ΄ĈŜ΄ƖƂĎāĮŜ΄åœåʼnijƊåĈŜ͚΄āŜő΄ ĈĎƊƖåƁƞĎ΄ ſåƂå΄ Ŝ΄ ŜĄŜ΄ Ĉå΄ åœĎʼnå͚΄ Įæ΄ ƞőå΄ ŜāƞſåĄýŜ΄ ĈĎ΄ Āåijƻå΄ ĈĎœƊijĈåĈĎ΄ devido aos lotes ocupados por ƂĎƊijĈēœāijåƊ΄ƞœijĦåőijʼnijåƂĎƊ͚΄āŜő΄ĎƻāĎĄýŜ΄ ĈåƊ΄ Þ*N¢΄ ĎƻijƊƖĎœƖĎƊ΄ Ď΄ ĈŜƊ΄ ĎĈijĦĵāijŜƊ΄ multifamiliares implantados a partir dos åœŜƊ΄ ̆̎​̎̅͟΄ ¢ĎœĈŜ΄ åƊƊijő͚΄ Ŝ΄ ƞƊŜ΄ ĈŜ΄ automóvel é uma constante nas ĦåőĵʼnijåƊ΄ ĈĎ΄ āʼnåƊƊĎ΄ őďĈijå΄ Ď΄ åʼnƖå΄ Ĉå΄ região, bem como não há capilaridade ĈŜ΄ ƊijƊƖĎőå΄ ĈĎ΄ ƖƂåœƊſŜƂƖĎ΄ ſƟĀʼnijāŜ͚΄ concentrado apenas na Avenida Dezessete de Agosto, via arterial ĎƊƖƂƞƖƞƂåĈŜƂå΄Ĉå΄ƂĎħijýŜ͟΄

Foram considerados como polos geradores de tráfego alguns dos ĎƁƞijſåőĎœƖŜƊ΄ſƟĀʼnijāŜƊ΄Ĉå΄ƂĎħijýŜ΄Ď΄ƁƞĎ΄ ĈĎőåœĈåő΄ ĈŜƊ΄ őŜĈåijƊ΄ ĎƻijƊƖĎœƖĎƊ΄ āŜőŜ΄ å΄ *ƊāŜʼnå΄ ĈĎ΄ ĎĦĎƂēœāijå΄ ¢ijʼnƵå΄ Jardim (polo 1, no mapa) e o conjunto formado pelo Museu do Homem do kŜƂĈĎƊƖĎ΄Ď΄AƞœĈåĄýŜ΄]ŜåƁƞijő΄kåĀƞāŜ΄ ͬſŜʼnŜ΄̈ͭ͟΄

Os ônibus não adentram os bairros, e portanto não alcançam os moradores de menor renda situados nas áreas de ijœĦƂåĎƊƖƂƞƖƞƂå΄ őåijƊ΄ ſƂĎāæƂijå΄ ƁƞĎ΄ também são mais distantes da avenida, além disso, impossibilita o incentivo ſåƂå΄ ƁƞĎ΄ ŜƊ΄ ſƂŜſƂijĎƖæƂijŜƊ΄ ĈĎ΄ åƞƖŜőŝƵĎijƊ΄ŜſƖĎő΄ſĎʼnŜ΄őŜĈåʼn΄āŜʼnĎƖijƵŜ͟

Também foi levado em consideração o ƵŜʼnƞőĎ΄ ħĎƂåĈŜ΄ ſĎʼnŜƊ΄ ĎĈijĦĵāijŜƊ΄ őƞʼnƖijĦåőijʼnijåƂĎƊ΄ ĎƻijƊƖĎœƖĎƊ͚΄ especialmente o aglomerado de torres ƂĎƊijĈĎœāijåijƊ΄ ſƂŝƻijőŜƊ΄ ö΄ ƂåĄå΄ ĈŜ΄ iŜœƖĎijƂŜ΄ ͚ͬ̇ͭ΄ Ĉå΄ ſŜƂĄýŜ΄ kŜƂƖĎ΄ ĈŜ΄ ŜĄŜ΄ Ĉå΄ åœĎʼnå΄ͬ̉ͭ΄Ď΄ŜƊ΄ƂĎāĎœƖĎƊ΄ĎĈijĦĵāijŜƊ΄ĈĎ΄ ĀåijƻŜ΄ ħåĀåƂijƖŜ΄ œŜ΄ ĎœƖŜƂœŜ΄ ĈŜ΄ åœƖijħŜ΄ ¢ĵƖijŜ΄ $ŜœijœŜ΄ ͚ͬ̊ͭ΄ ĎƊƖĎƊ΄ ƟʼnƖijőŜƊ΄ Ŝ΄ resultado das limitações de adensamento estabelecidas pela Lei ĈŜƊ΄$ŜdžĎ΄ åijƂƂŜƊ͚΄őåƊ΄ƁƞĎ΄åijœĈå΄åƊƊijő΄ āŜœĦŜƂőåő΄āŜœĈŜőĵœijŜƊ΄āŜő΄ƂådžŜæƵĎʼn΄ œƟőĎƂŜ΄ ĈĎ΄ ƞœijĈåĈĎƊ΄ ĮåĀijƖåāijŜœåijƊ͚΄ cada uma dotada de ao menos duas ƵåħåƊ΄ĈĎ΄ĎƊƖåāijŜœåőĎœƖŜ͟

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$ĎƵijĈŜ΄ö΄Āåijƻå΄ſĎƂőĎåĀijʼnijĈåĈĎ΄ĦĵƊijāå΄Ď΄ ƵijƊƞåʼn΄ĈŜƊ΄ʼnŜƖĎƊ͚΄åƊƊijő΄āŜőŜ΄ĀåijƻŜ΄ƞƊŜ΄ őijƊƖŜ΄ Ď΄ ƁƞåƊĎ΄ œƞʼnijĈåĈĎ΄ ĈĎ΄ ĦåāĮåĈåƊ΄ ativas, o tráfego de pedestres é ſĎƁƞĎœŜ΄ Ď΄ åƊ΄ ƂƞåƊ΄ ĈĎƊĎƂƖåƊ͚΄ ƁƞĎ΄ ƊŜőåĈŜ΄ ö΄ ijœĎƻijƊƖēœāijå΄ ĈĎ΄ āijāʼnŜƂƂŜƖåƊ΄ ƖŜƂœåő΄å΄őŜĀijʼnijĈåĈĎ΄åƖijƵå΄ĎƊāåƊƊå͟ ĈĎőåijƊ͚΄ď΄ijőſŜƂƖåœƖĎ΄œŜƖåƂ΄ƁƞĎ΄œƞőå΄ ƂĎħijýŜ΄őåƂħĎåĈå΄ſĎʼnŜ΄ ijŜ΄ åſijĀåƂijĀĎ΄Ŝ΄ ƖƂåœƊſŜƂƖĎ΄ǚƞƵijåʼn΄ſŜĈĎƂijå΄āŜœƊƖijƖƞijƂ΄ƞőå΄ opção viável e fundamental para åƂƖijāƞʼnåƂ΄ŜƊ΄ĀåijƂƂŜƊ΄åƁƞij΄ĎʼnĎœāåĈŜƊ΄ĎœƖƂĎ΄ si e com outras regiões da cidade, mas œýŜ΄ Įæ΄ ĎƊƊĎ΄ őŜĈåʼn΄ ĈijƊſŜœĵƵĎʼn͚΄ œĎő΄ āŜœƊƖå΄ƁƞĎ΄ĎƊƖåƂæ΄å΄őďĈijŜ΄ſƂådžŜ͟

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200m

Asfalto Paralelepípedo Não Pavimentada

Sistema de esgotamento existente e abastecimento de água pela compesa

Poço tubular Estação de tratamento de água elevada (GNM Leste)

Abastecimento de água pela compesa

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SANEAMENTO INTEGRADO

A região é predominantemente pavimentada. sendo que até as vias mais afastadas da Avenida Dezessete de Agosto possuem essa condição. Cerca de 75% do calçamento é feito com paralelepípedos e apenas 6% da região não é pavimentada. Tanto a execução e manutenção da pavimentação quanto da rede de drenagem são de responsabilidade da empresa municipal Emlurb.

REDES DIVERSAS gás + banda larga 4g

O saneamento na região estudada será dividido em três subtopicos principais: abastecimento de água, esgotamento sanitário e pavimentação. Sendo estes considerados guias para uma análise consistente da área. O abastecimento de água da área é feito principalmente de duas maneiras, através da Compesa e pelos poços artesianos localizados no subsolo da região. Apesar do nome de um dos bairros aqui analisados, Poço da Panela, não há muitos poços perfurados no local em comparação com outros bairros do Recife. Portanto, toda região depende da Compesa para ter o abastecimento, sendo ela a única concessionária no Recife. Em relação ao esgotamento sanitário, a Compesa também é responsável pela coleta, que não alcança totalmente as ƂĎƊijĈēœāijåƊ͚΄ ǙāåœĈŜ΄ ĈĎ΄ ĦŜƂå΄ åƊ΄ āåƊåƊ΄ que beiram o Rio Capibaribe. Uma Parceria Público-Privada (PPP) com a empresa BRK Ambiental está em curso para ampliação do sistema em toda a Região Metropolitana.

Ilustração de sistema de tratamento de água. Fonte: Portaldoprofessor.mec.gov.br (2013)

Esquema de funcionamento de poço tubular. Fonte: Agromamoré (2016)

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Acima, logomarca das empresas responsáveis pelo saneamento básico no Recife. Ao lado, pavimentação em paralelepípedo no bairro do Poço da Panela. Foto: Ed Machado / Folha PE (2020).

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Rede de Gás Natural em PEAD (Copergás) Cobertura Banda Larga 4G (Vivo) Cobertura Banda Larga 4G+ (Vivo)

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COLETA de RESÍDUOS SóLIDOS

redes DIVERSAS E COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS A coleta de resíduos sólidos feita na região acontece através das Ecofrotas, sistema desenvolvido pela Prefeitura do Recife juntamente com a Emlurb. que atende a maior parte dos três ĀåijƂƂŜƊ͚΄ ǙāåœĈŜ΄ ĈĎƊåƊƊijƊƖijĈŜƊ΄ ŜƊ΄ domicílios localizados em parte das ZEIS do Monteiro e Poço da Panela. Assim, as comunidades ribeirinhas localizadas às margens do Rio Capibaribe sofrem com esse problema da coleta de lixo.

Entretanto, a maioria dos domicílios não é abastecido com gás natural, provavelmente utilizando botijões de GLP, assim como os edifícios multifamiliares que contam com centrais desse tipo para alimentar suas redes internas. Em relação à cobertura de telefonia e banda larga móvel, é variada de acordo com a operadora. Nessa região, as áreas mais densas são bem assistidas pelo sinal da rede, enquanto quadras maiores e de ocupação mais rarefeita tem problemas de alcance.

Essa parceria também oferece ecopontos distríbuidos em diversos locais da cidade, onde podem ser feitos os descartes de lixo reciclável. Um ĈĎʼnĎƊ΄Ǚāå΄Ďő΄ĦƂĎœƖĎ΄åŜ΄ åƂƁƞĎ΄¢åœƖåœå͚΄ ainda dentro do território do Poço da Panela. Quanto à rede de gás natural, ainda está em expansão na cidade, sendo que uma tubulação passa ao longo da Avenida Dezessete de Agosto, com algumas derivações que adentram os bairros do Poço da Panela e Monteiro.

Gás natural x GLP. A maior parte dos domicílios da área ainda não dispões de acesso à rede de gás encanado. Fonte: falandodecondominio.com.br (2020).

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Tipo de uso (Coleta de lixo) Atendido pela Ecofrota Não atendido pela Ecofrota Ecoponto

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Veículo da Ecofrota. Fonte: Prefeitura do Recife (2020).

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infraestrutura urbana II MOBILIÁRIO urbano

mobiliário urbano

1

Há dois grupos principais de atividades que ocorrem no espaço urbano: atividades de movimento e estacionárias. Atividades estacionárias são tão cruciais que sua extensão pode ser usada como padrão para medir a qualidade da cidade. Ficar em pé é tipicamente uma atividade de curta duração. Quando os pedestres precisam parar por um tempo maior, imediatamente as pessoas procuram um bom lugar para sentar ou se apoiar. daí vem a importância dos mobiliários urbanos.

2

3

NƊƊŜ΄ ƖåőĀďő΄ ƂĎǚĎƖĎ΄ å΄ ƖĎœĈēœāijå͚΄ segundo Jan Gehl, de caminhar por até 300 m a 500 m para cumprir atividades, e que leva diferentes indivíduos a necessitarem parar, especialmemte pessoas idosas e crianças. Outra questão é a de mobiliários urbanos podem ser geradores de atividades, chamando a comunidade ao seu redor.

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5

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6

LEGENDA

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Na área estudada, os mobiliários são concentrados em praças, com grande ſåƂƖĎ΄Ĉå΄æƂĎå΄ĈĎǙāijĎœƖĎ΄œĎƊƊĎ΄åƊſĎāƖŜ͟΄ Os locais com maior quantidade e qualidade de mobiliários são a Praça do Monteiro, a do Amor, e a da Estrada Real do Poço, além dos pontos de ônibus encontrados no decorrer da Avenida Dezessete de Agosto.

200m

Nome das praças (Concentrações de mobiliário) 1 - Praça do Monteiro 2 - Jardim Secreto do Poço 3 - Praça Mano Teodósio 4 - Largo do Poço da Panela 5 - Praça Estrada Real do Poço 6 - Praça do amor

- Pontos de ônibus - Praças

A praça do Monteiro (imagem 1, no mapa) recebe mais movimento, pois há dois pontos de ônibus e uma escola no seu entorno. O mobiliário dessa praça é bastante utilizado e apresenta bom estado de conservação. Não há mobiliários que incentivem diferentes atividades, focando mais em bancos e ƊijőſʼnĎƊ΄ĎƊſåĄŜƊ΄ĈĎ΄ſĎƂőåœēœāijå͟

A praças do Amor e a da Estrada Real do Poço já se situam em um contexto estreitamente residencial, sendo as duas com movimentações muito menores que a do Monteiro. A Praça do Amor (imagem 6) possui banco e um playground, o que torna o espaço bem convidativo. Já a praça situada na Estrada Real do Poço (imagem 5) ganha destaque pela quadra de esportes, que motiva a prática de atividades físicas e encontros recorrentes no local. Os demais locais são escassos em mobiliário. A Praça da Igreja de Nossa Senhora da Saúde (imagem 4) é bem aberta, o que favorece promoção de feiras e outras atividades, mas não há quase nenhum mobiliário que estimule å΄ ſĎƂőåœēœāijå΄ å΄ œýŜ΄ ƊĎƂ΄ ƞő΄ ſĎƁƞĎœŜ΄ conjunto de bancos. O Jardim Secreto do Poço (imagem 2) tem uma proposta um pouco diferente das demais, pois tem áreas para cultivo de plantas e um conjunto de bancos sombreados de frente para o rio, mas não são a principal őŜƖijƵåĄýŜ΄ ſåƂå΄ ſĎƂőåœēœāijå΄ œŜ΄ ʼnŜāåʼn͟΄ Por último, a Praça Mano Teodósio (imagem 3) tem apenas dois bancos pequenos, ainda assim, nem a praça, nem o mobiliário atraem a população visto que funciona mais como demarcação de uma bifurcação para o trânsito. Em suma, a área é muito carente em mobiliário urbano, criando apenas ʼnŜāåijƊ΄ ſŜœƖƞåijƊ΄ ſåƂå΄ ſĎƂőåœēœāijå͟΄ Ŝ΄ menos nestes locais o mobiliário tende a ter boa conservação.

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MEIO AMBIENTE NATURAL E RECURSOS HÍDRICOS

MEIO AMBIENTE NATURAL E RECURSOS HÍDRICOS

Durante o estudo sobre a caracterização do meio ambiente natural da área analisada, acreditamos ser crucial associar também o estudo dos recursos hídricos da região. Tal estratégia se dá pelo fato de que a área-objeto está localizada às margens do Rio Capibaribe, possuindo grande conexão com manguezais e massas vegetativas. Segundo Bezerra e Oliveira (2014), os rios e os manguezais da cidade do Recife muito contribuíram com o processo de formação e estruturação do seu sítio urbano, segundo as pesquisadoras, o processo de formação da cidade está diretamente conectado ao bioma manguezal e ao Rio Capibaribe. PRAÇA DE CASA FORTE

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ESCALA: 1/6000

Rio Capibaribe

0 50

Massa vegetativa

100

200m

Conforme a análise da formação histórica do território, podemos perceber que a área costumava fazer parte de importantes engenhos produtores de açúcar desde o período holandês. O Engenho Monteiro e o Engenho Casa Forte aproveitavam a margem do rio para escoar sua produção de açúcar até o Porto do Recife. Ou seja, desde 1660 os recifenses reconhecem a possibilidade de conexão desta parte da cidade com a área central a partir do Rio Capibaribe, no entanto, esta conexão foi enfraquecida com o passar dos anos. A região também já foi utilizada como área de veraneio urbano, área de banho e de restauração da saúde, sendo até recomendada por médicos durante a epidemia de Varíola no Recife, em meados de 1920.

Hoje em dia, parte do potencial como modal de transporte foi esquecida, e barqueiros trabalham esporadicamente com passeios turísticos. t΄ ſĎƂǙʼn΄ ƊŜāijŜĎāŜœşőijāŜ΄ Ĉå΄ ſŜſƞʼnåĄýŜ΄ mais próxima à margem do rio é de Āåijƻå΄ ƂĎœĈå͚΄ ĎƊſĎāijǙāåőĎœƖĎ΄ å΄ população da ZEIS Poço da Panela e da ZEIS Vila Esperança. Nessas áreas percebe-se uma aura de “vila de interior”, pessoas nas calçadas conversam, crianças brincam nos terrenos descampados às margens do Rio. De acordo com Belém (2021), a população expulsa dos bairros centrais (mocambos existentes na área hoje ocupada pela Avenida Agamenon Magalhães), chegaram àquela região em meados da década de 1940. Na década de 1950, muitas famílias passaram a construir suas casas perto do rio, que, por muitos anos, serviu como fonte de renda e alimentação. A abundância de peixe, camarão e crustáceos favoreceu, na época, a atividade da pesca – hoje bem mais escassa. O estudo da formação histórica do território combinado com a análise da morfotipologia, levam a entender que boa parte dos moradores da região buscaram preservar o estilo de vida aristocrático, ajardinado, certamente de ijœǚƞēœāijå΄ œåƊ΄ āijĈåĈĎƊͲŃåƂĈijœƊ΄ ijœħʼnĎƊåƊ΄ a seu modo, razão pela qual maior parte da vegetação que oferece sombreamento ocorrre intralotes.

Praças

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MEIO AMBIENTE NATURAL E RECURSOS HÍDRICOS

MAPA DE USOS

Manguezal é um ecossistema costeiro de transição entre ambientes terrestres e marinhos, está associado às áreas de encontro entre águas de rio e de mar, sendo considerado de riqueza biológica.

2

6

A área de estudo encontra-se ameaçada pela quantidade de esgoto não tratado despejado na região. Moradores ribeirinhos åǙƂőåő΄ ƁƞĎ΄ ĈĎƊĈĎ΄ å΄ ĈďāåĈå΄ ĈĎ΄ 1950, a pesca tornou-se quase impossível na área.

A área ribeirinha possui grande potencial para ser via de conexão entre os moradores dos três bairros com os demais da Zona Norte e com o centro do Recife. Assim como já foi um dia quando os engenhos aproveitavam a navegabilidade do rio para escoar sua produção.

Habitantes do local buscam preservar a seu modo a aparência vegetalizada, próxima à natureza. Ampliar parques, criar hortas comunitárias, áreas ajardinadas públicas e democráticas, incentivar a manutenção de árvores intralotes e nas calçadas, podem ser importantes ações para fortalecimento da identidade local e melhoria da qualidade de vida.

3

7

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2 1

ESCALA: 1/6000 0 50

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5

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200m

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Uso Misto

Serviço

Comercial

Habitacional

Educacional

Institucional Religioso

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exemplos DE USOS

exemplos DE USOS USO MISTO

1

USO habitacional

USO SERVIÇOS

3

USO educaCIONAL

4

USO INSTITUCIONAL

6

USO RELIGIOSO

7

USO comercial

A análise dos usos da área de estudo demonstra que é uma região que não possui uma grande diversidade. É caracterizada principalmente pelo uso habitacional, onde destaca-se, de um lado, duas ZEIS com moradias destinadas à população de baixa renda e, de outro, condomínios verticalizados destinados à população de alta renda. Também encontramos na área analisada residências grandes e soltas no lote, destinadas exclusivamente à habitação e que ocupam grandes porções de terra, tais habitações a exemplo dos condomínios verticais são marcadas pela presença de muros altos, excluindo qualquer possibilidade de permeabilidade física ou visual com o entorno. Em virtude da baixa diversidade, a área ĈĎ΄ ĎƊƖƞĈŜ΄ åſƂĎƊĎœƖå΄ ƞő΄ ſĎƂǙʼn΄ œýŜ΄ āŜœƵijĈåƖijƵŜ΄ĈƞƂåœƖĎ΄ŜƊ΄ǙœåijƊ΄ĈĎ΄ƊĎőåœå΄ Ď΄ ö΄ œŜijƖĎ͚΄ ſĎƂĵŜĈŜƊ΄ ĈĎ΄ ĀåijƻŜ΄ ǚƞƻŜ͟΄ ¯åʼn΄ fenômeno ocorre em virtude da ausência de variados usos que poderiam contribuir com diferentes ſĎƂǙƊ΄ ĈĎ΄ ƞƊƞæƂijŜƊ΄ Ďő΄ ĈijĦĎƂĎœƖĎƊ΄ horários.

habitação 75% serviço

2

5

3% comércio 2%

32

33


MAPA DE OCUPAÇÃO

OCUPAÇÃO do território POÇO DA PANELA LOCALIZAÇÃO ÁREA TERRITORIAL

RPA3 81,0 ha²

POPULAÇÃO

4.615 habitantes

DENSIDADE DEMOGRÁFICA 56,7 (hab./ha) MONTEIRO LOCALIZAÇÃO ÁREA TERRITORIAL

RPA3 53,0 ha²

POPULAÇÃO

5.971 habitantes

DENSIDADE DEMOGRÁFICA 111,61 (hab./ha) SANTANA LOCALIZAÇÃO ÁREA TERRITORIAL

RPA3 47,0 ha²

POPULAÇÃO

3.054 habitantes

DENSIDADE DEMOGRÁFICA 64,65 (hab./ha)

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100

200m

A ZEIS Vila da Esperança/Cabocó está situada em grande parte no bairro do Monteiro, mas também possui uma parcela no Bairro do Poço da Panela, conforme indica a Prefeitura do Recife.

A área de estudo é constituída por trechos de três importantes bairros da Zona Norte da cidade do Recife, são eles: Monteiro, Poço da Panela e Santana. A maior parte da região analisada encontra-se nos limites do Poço da Panela, conforme demonstram as manchas do mapa anterior, seguido pelo Bairro do Monteiro e a menor porção pertence ao Bairro de Santana. Todos eles fazem parte da mesma Região Político-Administrativa do município, a RPA 3.

N

ESCALA: 1/6000

Dos três podemos perceber que o Poço da Panela possui a maior extensão territorial (81 ha²), seguido pelo bairro do Monteiro (53 ha²) e Santana (47 ha²). Apesar de ser o maior em termos de extensão territorial, o Poço da Panela é aquele que possui menor densidade ĈĎőŜħƂæǙāå͚΄ ƊĎœĈŜ΄ å΄ ĈŜ΄ åijƂƂŜ΄ ĈŜ΄ Monteiro a maior, isso se deve ao alto número de torres habitacionais, mas também pela presença de quatro grandes comunidades em seu território: a ZEIS Vila da Esperança/Cabocó, a Inaldo Martins, o Alto do Mandú e parte do Alto Santa Isabel.

ZEIS POÇO DA PANELA

santana

CASA FORTE

monteiro

zeis vila esperança

Os bairros estão inseridos no perímetro do zoneamento proposto pela Lei 16.719/2001, a chamada Lei dos Doze Bairros, que também abrange outros nove bairros: Derby, Graças, Espinheiro, ǚijƖŜƊ͚΄ ]åƁƞĎijƂå͚΄ ¯åőåƂijœĎijƂå͚΄ Parnamirim, Casa Forte e Apipucos.

Fotos do Poço da Panela, bairro de maior presença na área de estudo. Fonte: Folha de Pernambuco (2021).

35


mapa de gabaritos

gabaritos do território ΄ ſƂŜſŜƂāijŜœåʼnijĈåĈĎ΄ ĎĈijǙāåĈå΄ ĈĎ΄ ƞőå΄ æƂĎå΄ ſŜĈĎ΄ ƊĎƂ΄ őĎĈijĈå΄ å΄ ſåƂƖijƂ΄ ĈŜ΄ ĎƁƞijʼnĵĀƂijŜ΄ ĎœƖƂĎ΄ ŜƊ΄ ħåĀåƂijƖŜƊ΄ ĈåƊ΄ ĎĈijǙāåĄźĎƊ͟΄ ƊƊijő͚΄ ƁƞåœƖŜ΄ őåijƊ΄ å΄ őåƊƊå΄ĎĈijǙāåĈå΄āŜőſƞƊĎƂ΄ƞőå΄ƂĎʼnåĄýŜ΄ ĮåƂőŜœijŜƊå΄ ĎœƖƂĎ΄ ŜƊ΄ ƊĎƞƊ΄ ħåĀåƂijƖŜƊ͚΄ őåijŜƂ΄ ƊĎƂæ΄ å΄ ſƂŜſŜƂāijŜœåʼnijĈåĈĎ΄ ĈĎ΄ ƞő΄ ʼnŜāåʼn͟ ĎƂāĎĀĎͲƊĎ΄ ƁƞĎ΄ ŜƊ΄ ħåĀåƂijƖŜƊ΄ ſƂĎĈŜőijœåœƖĎƊ΄ œå΄ æƂĎå΄ ĈĎ΄ ĎƊƖƞĈŜ΄ ƊýŜ͙΄ ¯ďƂƂĎŜ΄ Ď΄ ̇΄ ſåƵijőĎœƖŜƊ͚΄ ƊĎœĈŜ΄ ĎƊƖĎƊ΄ ƖijſŜƊ΄ ƂĎʼnåāijŜœåĈŜƊ΄ åŜ΄ ƞƊŜ΄ ĮåĀijƖåāijŜœåʼn΄ ĈŜ΄ ĀåijƂƂŜ΄ Ď΄ ƊĎ΄ āŜőſŜƂƖåő΄ ĈĎ΄ ĦŜƂőåƊ΄ ĀĎő΄ſĎāƞʼnijåƂĎƊ͟ Ɗ΄ ĎĈijǙāåĄźĎƊ΄ ƖďƂƂĎåƊ΄ Ďő΄ Ɗƞå΄ ħƂåœĈĎ΄ őåijŜƂijå΄ ĎƊƖýŜ΄ œåƊ΄ æƂĎåƊ΄ ĈĎ΄ Þ*N¢͚΄ ĈĎƊƖijœåĈåƊ΄å΄ſŜſƞʼnåĄýŜ΄ĈĎ΄Āåijƻå΄ƂĎœĈå͚΄ őåƊ΄ ƖåőĀďő΄ åſåƂĎāĎő΄ Ďő΄ ŜƞƖƂŜƊ΄ ƖƂĎāĮŜƊ͚΄ āŜő΄ āåƊåƊ΄ ƊŜʼnƖåƊ΄ œŜ΄ ʼnŜƖĎ͚΄ ĮåĀijƖåĄźĎƊ΄ ĈĎƊƖijœåĈåƊ΄ ö΄ ſŜſƞʼnåĄýŜ΄ ĈĎ΄ åʼnƖå΄ƂĎœĈå͟

N

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100

200m

TÉRREO

3 A 4 PAVIMENTOS

10 A 20 PAVIMENTOS

2 PAVIMENTOS

5 A 10 PAVIMENTOS

ACIMA DE 20 PAVIMENTOS

iŜőĎœƖŜ΄ ĈĎ΄ ĎƊƖƂåœĮåőĎœƖŜ΄ œŜ΄ ĀåijƂƂŜ΄ ĈŜ΄ iŜœƖĎijƂŜ͚΄ āŜő΄ƖŜƂƂĎƊ΄ƵĎƂƖijāåʼnijdžåĈåƊ΄ƂŜőſĎœĈŜ΄Ŝ΄ħåĀåƂijƖŜ΄őďĈijŜ΄ Ĉå΄æƂĎå΄ĈĎ΄ĎƊƖƞĈŜ͟΄AŜœƖĎ͙΄BŜŜħʼnĎ΄¢ƖƂĎĎƖ΄ÍijĎƶ΄ͬ̇̅̇̆ͭ͟

aŜāåʼn΄ ĈĎ΄ ſƂŜſŜƂāijŜœåʼnijĈåĈĎ΄ œŜ΄ ĀåijƂƂŜ΄ ĈŜ΄ ŜĄŜ΄ Ĉå΄ åœĎʼnå͚΄œå΄*ƊƖƂåĈå΄ Ďåʼn΄ĈŜ΄ ŜĄŜ͟΄AŜœƖĎ͙΄BŜŜħʼnĎ΄¢ƖƂĎĎƖ΄ ÍijĎƶ΄ͬ̇̅̇̆ͭ͟

t΄ ħåĀåƂijƖŜ΄ āŜő΄ ĈŜijƊ΄ ſåƵijőĎœƖŜƊ΄ åſåƂĎāĎ΄Ďő΄ƞő΄ƖƂĎāĮŜ΄Ĉå΄Þ*N¢΄ ŜĄŜ΄Ĉå΄ åœĎʼnå͚΄ ƊijœåʼnijdžåœĈŜ΄ å΄ œĎāĎƊƊijĈåĈĎ΄ ĈĎ΄ ƵĎƂƖijāåʼnijdžåĄýŜ΄ ĈŜƊ΄ ĮåĀijƖåœƖĎƊ΄ ĈåƁƞĎʼnå΄ ƂĎħijýŜ͚΄ őåƊ΄ ƖåőĀďő΄ ď΄ āŜœƊƖåƖåĈŜ΄ Ďő΄ āåƊåƊ΄ ħĎőijœåĈåƊ΄ Ď΄ Ďő΄ ĎĈijǙāåĄźĎƊ΄ ĈĎƊƖijœåĈåƊ΄ åŜ΄ ƞƊŜ΄ āŜőĎƂāijåʼn΄ Ď΄ ĈĎ΄ ƊĎƂƵijĄŜƊ͟ ÍæʼnijĈŜ΄ őĎœāijŜœåƂ΄ ƁƞĎ΄ åƊ΄ ĎĈijǙāåĄźĎƊ΄ āŜő΄̆̅΄å΄̇̅΄ſåƵijőĎœƖŜƊ΄Ď΄åāijőå΄ĈĎ΄̇̅΄ ſåƵijőĎœƖŜƊ΄ ƊýŜ΄ Ďő΄ Ɗƞå΄ őåijŜƂijå΄ ƖŜƂƂĎƊ΄ ƂĎƊijĈĎœāijåijƊ΄ĈĎƊƖijœåĈåƊ΄ö΄ſŜſƞʼnåĄýŜ΄ĈĎ΄ åʼnƖå΄ ƂĎœĈå͚΄ Ďő΄ āŜœĈŜőĵœijŜƊ΄ ĦĎāĮåĈŜƊ͚΄ āŜő΄ æƂĎåƊ΄ ĈĎ΄ ʼnådžĎƂ͚΄ ſijƊāijœå΄ Ď΄ ŃåƂĈijœƊ΄ ſƂijƵåƖijƵŜƊ͟΄ ¢ýŜ΄ ĎőſƂĎĎœĈijőĎœƖŜƊ΄ ƁƞĎ΄ Ŝāƞſåő΄ ħƂåœĈĎƊ΄ ʼnŜƖĎƊ΄ Ď΄ ſƂŜƵŜāåő΄ ƂƞſƖƞƂå΄ Ĉå΄ ĎƊāåʼnå΄ Įƞőåœå͚΄ Ŝƞ΄ ƊĎŃå͚΄ ĎƊƖýŜ΄ ƊijƖƞåĈŜƊ΄ ʼnåĈŜ΄ å΄ ʼnåĈŜ΄ āŜő΄ ƊŜĀƂåĈŜƊ΄ Ď΄ ŜƞƖƂåƊ΄ ĎĈijǙāåĄźĎƊ΄ ĈĎ΄ őĎœŜƂ΄ ħåĀåƂijƖŜ͚΄ āåƞƊåœĈŜ΄ ƞőå΄ ƊĎœƊåĄýŜ΄ ĈĎ΄ ĈĎƊāŜœĦŜƂƖŜ΄ Ď΄ ĎƊƖƂåœĮåőĎœƖŜ΄åŜƊ΄ƞƊƞæƂijŜƊ͟

37


SOCIOECONOMIA DO TERRITÓRIO

POÇO DA PANELA ÁREA TERRITORIAL

81,0 ha²

POPULAÇÃO

4.615 habitantes

GRAU DE ALFABETIZAÇÃO

97%

COR OU RAÇA

69,25 % BRANCA

54,5 % MULHERES 45,5% HOMENS 27,71% PARDA

2,8% PRETA

FAIXA ETÁRIA PREDOMINANTE 25 - 59 ANOS DENSIDADE DEMOGRÁFICA 56,7 (hab./ha)

POÇO DA PANELA SANTANA

SANTANA

ÁREA TERRITORIAL

47,0 ha²

POPULAÇÃO

3.054 habitantes

GRAU DE ALFABETIZAÇÃO

97%

COR OU RAÇA

66% BRANCA

54,9% MULHERES 45% HOMENS 28% PARDA

4,9% PRETA

FAIXA ETÁRIA PREDOMINANTE 25-59 ANOS DENSIDADE DEMOGRÁFICA

64,65 (hab./ha)

MONTEIRO

MONTEIRO

ÁREA TERRITORIAL

53,0 ha²

POPULAÇÃO

5.971 habitantes

GRAU DE ALFABETIZAÇÃO

96%

COR OU RAÇA

53% BRANCA

54,1% MULHERES 45,8% HOMENS 38,8% PARDA

6,2% PRETA

FAIXA ETÁRIA PREDOMINANTE 25 - 59 ANOS DENSIDADE DEMOGRÁFICA 111,61 (hab./ha)

VILA ESPERANÇA - CABOCÓ * ÁREA TERRITORIAL

1,79 ha²

POPULAÇÃO

850 habitantes 57% MULHERES 43% HOMENS Não há, contudo estudos apontam 54% com primeiro grau

GRAU DE ALFABETIZAÇÃO

incompleto e apenas 3,2% com acesso a ensino superior.

COR OU RAÇA

VILA ESPERANÇA e cabocó

Não há.

FAIXA ETÁRIA PREDOMINANTE 19-50 ANOS DENSIDADE DEMOGRÁFICA Indisponível * Dados extraídos dos estudos de Cirilo (2007), que ainda aǙrma que 57,8% dos lares são cheǙados por mulheres até 30 anos, com escolaridade média de 04 anos.

N ZEIS DO POÇO DA PANELA

ZEIS POÇO DA PANELA

ESCALA: 1/6000 0 50

38

100

200m

ZEIS POÇO DA PANELA

santana

CASA FORTE

monteirO

ÁREA TERRITORIAL

0,96 ha²

POPULAÇÃO

810 habitantes

Não há dados sobre participação por gênero.

GRAU DE ALFABETIZAÇÃO

Não há.

COR OU RAÇA

Não há.

FAIXA ETÁRIA PREDOMINANTE Indisponível. Estudos apontam grande número de idosos. DENSIDADE DEMOGRÁFICA

Não há.

zeis vila esperança

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ZEIS VILA ESPERANÇA E CABOCÓ

A ocupação coincide com o período colonial. Essa área não era de interesse dos senhores de engenho por ser alagável, sendo ocupada por seus escravos que obtinham cartas de alforria, os quais não tinham para onde ijƂ΄ Ď͚΄ ſŜƂ΄ ijƊƊŜ͚΄ ǙƻåƵåő΄ őŜƂåĈijå΄ ö΄ ĀĎijƂå΄ do rio, também utilizado nessa época como corredor de fuga dos escravos da tribo Zumbi (SILVA, 2001). Com a ĎƻſåœƊýŜ΄ ĈŜ΄ āŜőďƂāijŜ΄ ĈĎ΄ åƊå΄ őåƂĎʼnå͚΄ å΄ ĎƻſʼnŜƂåĄýŜ΄ ĈĎ΄ åƂĎijå΄ Ď΄ argila do Capibaribe e com a dragagem do rio, a ocupação foi tomando mais corpo.

Vila Esperança

cabocó

Segundo Cirilo (2004), a ZEIS Vila Esperança/Cabocó surgiu em 1994 após as Associações de Moradores das comunidades da Vila Esperança e Cabocó solicitarem à Prefeitura a inclusão desta área nas políticas de ZEIS. A Lei 15.926/94, então, “institui a área conhecida como Vila Esperança e Cabocó como Zona Especial de Interesse Social (ZEIS)”.

40

ZEIS VILA ESPERANÇA E CABOCÓ

Ainda de acordo com Cirilo (2004), o nome Cabocó tem origem nos engenhos que existiram na área do Monteiro e era atribuído a um sistema de transporte de cargas que destinava mercadorias dos engenhos para as margens do Rio Capibaribe. Esse sistema constituía-se de madeira talhada chamada de cavôco /cavocó e eram manejados por caboclos dos engenhos (cavocó + caboclo = Cabocó).

Além dos descendentes dos escravos que trabalhavam nas terras do Engenho Monteiro, outras pessoas também vieram assentar-se na comunidade, segundo Cirilo (2004), o processo foi paulatino, com o primeiro contigente de pessoas chegando ainda em 1938. Atualmente, a ZEIS está cercada por edifícios residenciais de grande porte, compondo paisagem bastante heterogênea com as ĮåĀijƖåĄźĎƊ΄ Ĉå΄ ſŜſƞʼnåĄýŜ΄ ĈĎ΄ Āåijƻå΄ renda. De acordo com Cirilo (2004), cerca de 236 famílias vivem na área distribuídas em 232 residências.

Vista da comunidade onde se percebe o contraste entre as habitações pobres e as torres de luxo. A dicotomia revela contraste na paisagem e segregação social no Recife. Fonte: Google Street View, 2021.

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ZEIS POÇO DA PANELA

ZEIS POÇO DA PANELA De La Mora (2009) destaca que a área sofreu com a enchente de 1975, ocasião que a Prefeitura reconstruiu 24 casas de madeira temporária na área. O assentamento foi transformado em ZEIS através da Lei 15.949 de 1994, mesma ocasião da criação da ZEIS Vila Esperança/Cabocó.

A pesquisadora aponta que a ZEIS do Poço possui boa localização na cidade, situando-se em um bairro agradável de classe média alta e alta. Contudo, apesar da ZEIS estar inserida no bairro que possui uma das maiores rendas médias da cidade, ela está entre as comunidades que possuem menor renda média da cidade.

A grande maioria dos moradores ijĈŜƊŜƊ΄ Ĉå΄ ƂĎħijýŜ΄ ƖĎő΄ ǙʼnĮŜƊ͚΄ œĎƖŜƊ΄ Ď΄ bisnetos que ainda vivem na área pelo fato de serem bem servidos de infraestrutura e terem contato com a natureza, o que segundo os moradores lhes fornece sensação de morar em “vila do interior” (DE LA MORA, 2009).

Segundo levantamento realizado em 2005 pelo Atlas de Desenvolvimento Humano, a renda média por domicílio do Bairro do Poço da Panela é de R$ 3.431,14, já a renda média por domicílio da ZEIS Poço da Panela é de R$ 218,49. Portanto, caracteriza-se por ser uma área predominantemente residencial, cercada de mangue e ocupada por população de baixa renda.

ZEIS POÇO DA PANELA

De acordo com De La Mora (2009), em 1746 ocorreu um surto epidêmico no Recife, época em que a ocupação da æƂĎå΄ ĦŜij΄ ijœƖĎœƊijǙāåĈå΄ ſŜƂ΄ ƊĎ΄ åāƂĎĈijƖåƂ΄ que o banho nas águas do rio era algo ĀĎœďǙāŜ΄ ö΄ ƊåƟĈĎ͟΄ *ő΄ ̆̌̊̍΄ Ńæ΄ ĮåƵijåő΄ doze casas de taipa nas margens do rio que contrastavam com residências de veraneio da elite aristocrática recifense, um contraste muito semelhante ao encontrado nos dias ĈĎ΄ĮŜŃĎ͟

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Segundo De La Mora (2009), foi esse agrupamento de mocambos e taipas que deu origem ao processo de urbanização do Poço da Panela. O agrupamento tinha como fonte de renda o Capibaribe, local de extrato do sustento com crustáceos e pesca, porém, com o aumento da urbanização da cidade, a fauna se reduziu e a atividade de pesca se tornou escassa.

Tabela comparativa da renda média. Fonte: De La Mora (2009).

Zeis do Poço da Panela. Fonte: Belém (2017).

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MAPA VAZIOS URBANOS

ÍNDICES SOCIAIS DO TERRITÓRIO RENDIMENTO De acordo com o diagnóstico propostivo do novo Plano Diretor do Recife, a área de estudo possui os maiores rendimentos per capita da cidade. Somam-se aos bairros do Monteiro, Poço da Panela e Santana, os bairros da Jaqueira, Boa Viagem, Casa Forte, Apipucos e Parnamirim, como aqueles que concentram maior renda. O mapa ao lado mostra também que as ZEIS e CIS (Comunidades de Interesse Social) possuem a menor renda do município. As ZEIS da área de estudo encontram-se representadas pelas manchas da áreas mais abastadas do entorno, contudo, estudos comprovam ƁƞĎ΄ Ŝ΄ ſĎƂǙʼn΄ ĎāŜœşőijāŜ΄ ĈŜƊ΄ ƊĎƞƊ΄ moradores é muito semelhantes aos das demais ZEIS da cidade.

IDH O mapa do índice de Desenvolvimento Humano (IDH) também do Diagnóstico Propositivo do Novo Plano Diretor do Recife de 2020, mostra que a área de estudo pertence a uma área “bumerangue” onde concentra-se o maior capital da cidade e as melhores condições para se viver adequadamente. São áreas destinadas historicamente à elite aristocrática da cidade do Recife.

N

ESCALA: 1/6000

Espaços Urbanos Desocupados

0 50

Espaços Urbanos Desafetados

100

200m

Espaços Urbanos Subutilizados

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A IMAGEM DO TERRITÓRIO (O MÉTODO LYNCH)

VAZIOS URBANOS Todos os dias quando saímos pelos nossos bairros, seja para uma simples caminhada ou cumprir atividades, é comum nos depararmos com vários terrenos sem ocupação e até mesmo várias construções fechadas ou subutilizadas. Com o passar dos anos os “vazios urbanos” se tornaram uma característica das cidades. Por ĈĎǙœijĄýŜ͚΄ ƊýŜ΄ ĎƊſåĄŜƊ΄ ƁƞĎ΄ œýŜ΄ cumprem nenhuma função social e econômica, constituindo, de fato, um vazio no tecido urbano. Eles geralmente estão presentes nas áreas centrais das cidades, onde os valores de um edifício ou terreno são elevados, Ŝ΄ƁƞĎ΄ĈijǙāƞʼnƖå΄Ɗƞå΄āŜőſƂå΄Ŝƞ΄ʼnŜāåĄýŜ͚΄ em contraste com seu estado de conservação. Esses espaços vazios das cidades poderiam ser geradores de novas centralidades ou iniciativas voltadas para a habitação e mesmo para implantação de infraestruturas para uso de toda a população. Poderiam ser parte de uma estratégia do poder público no desenvolvimento de cidades mais sustentáveis, onde fosse primordial o bem-estar de maneira a facilitar a convivência das pessoas nos centros urbanos. A área estudada apresenta alguns vazios, sendo principalmente casas e antigos sobrados. Há também grandes vazios no Poço da Panela em diferentes situações, como por exemplo, envolvidos em processos judiciais. Destacam-se o terreno na Avenida Dezessete de Agosto para o qual foi recentemente anunciada a construção de uma loja de grande porte e o terreno da CHESF em frente ao parque Santana.

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Terreno da CHESF em frente ao Parque Santana, bairro homônimo. Fonte: Google Maps (2021)

Kevin Lynch é um dos autores clássicos quando pensamos em Estudos Urbanos. Em sua obra seminal A Imagem da Cidade, Lynch enfatiza a forma como percebemos as cidades e as suas partes constituintes. O autor toma como ponto de partida dos seus estudos a análise de três cidades dos Estados Unidos e analisou as questões de percepção das cidades, como essa imagem era estruturada na mente das pessoas e como elas se localizavam. Lynch concluiu em sua obra que os indíviduos estruturam a imagem da cidade em cinco elementos: CAMINHOS, LIMITES, BAIRROS, PONTOS NODAIS e MARCOS.

Vazio urbano no Poço da Panela, onde funcionou um hospital, situado na Avenida Dezessete de Agosto.. Fonte: Google Maps (2021)

ELEMENTOS DEVEM SER ANALISADOS EM CONJUNTO ANÁLISE FLEXÍVEL ADAPTANDO-SE AO CONTEXTO E DIVERSAS IMAGENS VIVAS PODEM SER ESCALAS DENSAS E ABSTRATAS, PODEM SER EM MALHA, RÍGIDAS OU FLEXÍVEIS UMA ANÁLISE COMPLETA DEVE SER FEITA POR NÍVEIS E PODE SER FEITA AOS PARES

Vazio urbano lindeiro à ZEIS e à Avenida Dezessete de Agosto, no bairro do Monteiro. Fonte: Google Maps (2021).

Outros conceitos trabalhados por Lynch (1960).

Diagramas de Lynch em sua obra A Imagem da Cidade (1960).

CAMINHOS: São canais ao longo dos quais o observador costumeiramente, ocasionalmente, ou potencialmente se move. Podem ser ruas, calçadas, linhas de trânsito, canais, estradas-de-ferro. LIMITES: São elementos lineares constituídos pelas bordas de duas ƂĎħijźĎƊ΄ĈijƊƖijœƖåƊ͚΄āŜœǙħƞƂåœĈŜ΄ƁƞĎĀƂåƊ΄ lineares na continuidade. BAIRROS: partes razoavelmente grandes da cidade na qual o observador “entra”, e que são percebidas como possuindo alguma āåƂåāƖĎƂĵƊƖijāå΄āŜőƞő͚΄ijĈĎœƖijǙāåĈŜƂå͟ PONTOS NODAIS: São pontos estratégicos na cidade, onde o observador pode entrar, e que são importantes focos para onde se vai e de onde se vem. Variam em função da escala em que se está analisando a imagem da cidade: podem ser esquinas, praças, bairros, ou mesmo uma cidade inteira, caso a análise seja feita em nível regional. MARCOS: São elementos pontuais nos quais o observador não entra. Podem ser de diversas escalas, tais como torres, domos, edifícios, esculturas, etc.

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CRIAR ÁREAS DE CONTEMPLAÇÃO E LAZER COM O RIO ( DECKS, TERMINAIS FLUVIAIS )

ELEMENTOS DO TERRITÓRIO

CRIAR ROTA INTERLIGANDO IGREJAS, PRAÇAS E ESPAÇOS VERDES.

ELEMENTOS MARCANTES CAMINHOS LIMITES TEXTURA (VEGETAÇÃO)

TRAZER MALHA URBANA ATÉ A ZEIS, CONTUDO, RESPEITAR ÁREA VERDE.

EXPLORAR POTENCIAL DE NAVEGABILIDADE DO RIO, INTERLIGANDO COM ÁREA CENTRAL

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QUADRO SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO PROPOSITIVO DESAFIOS/PROBLEMAS

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO POTENCIALIDADES

Área historicamente segregada socialmente, com divisão muito clara entre duas populações: População das ZEIS e População das Torres e das Grandes Casas Soltas no Lote.

Associação dos Moradores dos bairros e das ZEIS ativas e articuladoras.

Grandes lotes destinados à população de alta renda e lotes menores, irregulares ocupados pela população das ZEIS.

Os dois extratos da população apreciam a área, reconhecem a conexão com o Rio e com o verde/natureza. Sensação de "interior" dentro da cidade.

DESAFIOS/PROBLEMAS

PATRIMÔNIO E LEGISLAÇÃO POTENCIALIDADES

QUADRO SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO PROPOSITIVO DIRETRIZES

1) Incentivar reuniões e encontros entre as associações dos moradores dos bairros e das ZEIS; 2) Incentivar proximidade entre as duas ZEIS através da criação de espaços comunitários nos limites entre as duas ZEIS e assim borrar o limite e sensação de separação entre elas; 3) Aplicar instrumentos urbanísticos, como o parcelamento compulsório daqueles lotes que não atendem à função social da propriedade e destinar à políticas de HIS.

DESAFIOS/PROBLEMAS

AS ÁREAS DE ZEIS NÃO SÃO ATENDIDAS POR TODOS OS MODAIS. ACESSO PRECÁRIO AO RIO CAPIBARIBE.

RUAS USADAS COMO ESTACIONAMENTO E PASSEIOS ESTREITOS.

DIRETRIZES

AVANÇO DO MERCADO IMOBILIÁRIO E FALTA DE INVESTIMENTOS NA PRESERVAÇÃO DO NECESSIDADE DE INSERÇÃO DE MAIS USOS PATRIMÔNIO EXISTENTE, CONSEQUENTE DIVERSIFICADOS COMO USOS COMERCIAIS, 1) REVISÃO DA LUOS DE 1996, PARA QUE SEJA IMPEDIDA ESPECULAÇÃO CULTURAIS, USOS DE HABITAÇÃO SOCIAL E ABANDONO E PROCESSO DE IMOBILIÁRIA NA REGIÃO; 2) APLICAÇÃO E DESCARACTERIZAÇÃO DE ALGUNS IMÓVEIS DA INSTITUCIONAL. REGULAMENTAÇÃO DE INSTRUMENTOS ÁREA. URBANÍSTICOS QUE GARANTAM O CUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE COMO IPTU PROGRESSIVO CUSTO ELEVADO DA MANUTENÇÃO DE ALGUNS CARÁTER CULTURAL DOS BAIRROS, PODE NO TEMPO, PEUC, ABVA; 3) REVISÃO DOS IMÓVEIS CLASSIFICADOS COMO IEP IMÓVEIS HISTÓRICOS, PENDÊNCIAS JUDICIAIS SER INCENTIVO A EMPREENDIMENTOS QUE (AMPLIAR NÚMERO DE IMÓVEIS PARA QUE COM ELEVADAS CUSTAS PROCESSUAIS E FOMENTEM AINDA MAIS ESSE NÃO SE PERCA A IDENTIDADE DO LOCAL); IMPOSTOS. CARACTERÍSTICA DA REGIÃO. 4) INCLUSÃO DE IMÓVEIS COMO IMÓVEL DE INTERESSE SOCIAL PARA QUE POSSAM SER DESTINADOS FUTURAMENTE PARA LEGISLAÇÃO CONFUSA, RESTRITIVA QUE AFASTA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES COMBATIVA, POLÍTICAS DE HIS; 4) OFICINAS E JÁ IMPETROU MEDIDAS JUDICIAIS PARA INTERESSE DE POSSÍVEIS INVESTIDORES PALESTRAS PARA ASSOCIAÇÃO DE DIVERSIFICADOS. LEGISLAÇÃO PERMISSIVA COMBATER O AVANÇO IMOBILIÁRIO NA MORADORES ESCLARECENDO PONTOS DO COMO A LUOS DE 1996 QUE PERMITE O AVANÇO ÁREA. AS ZEIS TAMBÉM SE UNIRAM EM NOVO PLANO DIRETOR. DO MERCADO IMOBILIÁRIO E AMEAÇA A 1993 PARA SOLICITAR A SALVAGUARDA IDENTIDADE DA REGIÃO. DOS SEUS DIREITOS.

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INFRAESTRUTURA URBANA - MOBILIDADE POTENCIALIDADES

DESAFIOS/PROBLEMAS

1) ALARGAR OS PASSEIOS E REDUZIR AS VIAS DOS CARROS PARA DESESTIMULAR O VIAS COM POSSIBILIDADE DE SEREM USO DA ÁREA PÚBLICA COMO COMPARTILHADAS. PONTOS DE ÔNIBUS ESTACIONAMENTO; 2) RECUPERAR DENTRO DO RAIO DE 400M QUE FACILITAM PASSEIOS, ADAPTAR AO DESENHO MOBILIDADE DOS USUÁRIOS. UNIVERSAL E À ACESSIBILIDADE PARA QUE A EXPERIÊNCIA SEJA DEMOCRÁTICA E AUTÔNOMA PARA TODOS; 3) CRIAR TERMINAIS DE TRANSPORTE FLUVIAL E O RIO CAPIBARIBE APRESENTA BOAS ÁREAS DE LAZER COMUNITÁRIAS NAS CONDIÇÕES DE NAVEGABILIDADE NO MARGENS DO RIO CAPIBARIBE; 4) CRIAR TRECHO DA ÁREA DE ESTUDO, PODENDO ABRIGOS DE ÔNIBUS MAIS CONFORTÁVEIS CONECTAR OS BAIRROS DA VÁRZEA DO E SOMBREADOS PARA OS USÁRIOS DE CAPIBARIBE AO CENTRO DO RECIFE. TRANSPORTE COLETIVO.

INFRAESTRUTURA URBANA - MORFOTIPOLOGIA POTENCIALIDADES

LOTES GRANDES COM TERRENO NÃO EDIFICADO, ÁREAS SUBUTILIZADAS E QUADRAS MUITO LARGAS, RUAS ESTREITAS COM VAZIOS COM POTENCIAL PARA SE PASSEIOS ESTREITOS. TRANSFORMAR EM ESPAÇOS PRODUTIVOS PARA A CIDADE E PARA O TERRITÓRIO.

LOTES IRREGULARES NA REGIÃO DAS ZEIS E DIFICULDADE DE CONFORMAÇÃO DO DESENHO DAS RUAS E DOS ESPAÇOS À MALHA URBANA DA CIDADE.

DIRETRIZES

ESPAÇO PARA ADAPTAR O DESENHO DOS LOTES EM ÁREAS MAIS ADEQUADAS, PRESERVANDO O MANGUE E AO MESMO TEMPO INTEGRANDO A POPULAÇÃO DAS ZEIS À MALHA URBANA.

DIRETRIZES 1) INCENTIVAR A APLICAÇÃO E REGULAÇÃO DOS INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS PREVISTOS NO PLANO DIRETOR PARA GARANTIA DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE COMO O PARCELAMENTO EDIFICAÇÃO COMPULSÓRIOS EM LOTES QUE NÃO CUMPREM FUNÇÃO SOCIAL; 2) DESAPROPRIAÇÃO DE TERRENOS QUE SEJAM DEVEDORES E NÃO ESTEJAM CUMPRINDO FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE E UTILIZAÇÃO DESSE ESTOQUE PARA REORGANIZAÇÃO DOS LOTES DAS ZEIS E CRIAÇÃO DE NOVAS ÁREAS PARA ZEIS.

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QUADRO SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO PROPOSITIVO DESAFIOS/PROBLEMAS

USO E OCUPAÇÃO POTENCIALIDADES

DIRETRIZES 1) INCENTIVOS FISCAIS PARA EMPREENDIMENTOS DE USO MISTO; 2) BAIXA DIVERSIDADE DE USOS NA ÁREA. A ÁREA É APLICAÇÃO DE INSTRUMENTOS PREDOMINANTEMENTE DE USOS HABITACIONAIS POSSIBILIDADE DE MESCLAR USOS COM URBANÍSTICOS DE GARANTIA DA FUNÇÃO (75%). RUAS ESVAZIADAS AOS FINAIS DE SOCIAL DA PROPRIEDADE COMO EDIFICAÇÕES JÁ EXISTENTES. SEMANA, DURANTE O PERÍODO NOTURNO E AOS ARRECADAÇÃO DE BEM VAGO FERIADOS. ABANDONADO E DESTINAÇÃO DE IMÓVEIS PARA PROJETOS DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COM USOS MISTOS, CULTURAIS, DE SERVIÇOS; 3) CRIAÇÃO DE ÁREA DE INTERESSE PARA POSSÍVEIS NOVOS ESPAÇOS PÚBLICOS COM ALTA DENSIDADE POPULACIONAL NAS ÁREAS INVESTIDORES DE COMÉRCIO E CULTURAIS, PROPOSTAS ARQUITETÔNICAS QUE ATIVEM DAS ZEIS, COM LOTES AVANÇANDO NO PASSEIO, ÁREA TAMBÉM COM POTENCIAL TURÍSTICO E E REGENEREM ÁREAS VERDES E CRIEM VERTICALIZAÇÃO PRECÁRIA. ARTÍSTICO. NOVOS PONTOS DE INTERESSE NO TERRITÓRIO. MEIO AMBIENTE NATURAL E RECURSOS HÍDRICOS DESAFIOS/PROBLEMAS POTENCIALIDADES DIRETRIZES 1) REMOVER VEGETAÇÃO QUE ESTÁ EM CONFLITO COM A ILUMINAÇÃO PÚBLICA PARA GARANTIR A CAMINHABILIDADE, POPULAÇÃO DE ZEIS VIVENDO JUNTO AO MANGE MANGUEZA PRESERVADO E GRANDE SEGURANÇA E ACESSIBILIDADE DO E ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL. QUANTIDADE DE VEGETAÇÃO INTRALOTE. PASSEIO PÚBLICO; 2)CONFORMAR ESPÉCIES ÁRVORES COM OS TIPOS APROPRIADOS NO PASSEIO PARA QUE NÃO HAJA CONFLITO ENTRE AS RAÍZES DAS ÁRVORES COM O PASSEIO VEGETAÇÃO ABUNDANTE AO LONGO DO PÚBLICO;3)FORNECER INCENTIVOS TERRITÓRIO, CONTUDO NÃO FORNECE MICROCLIMA COM TEMPERATURAS MAIS FISCAIS PARA MANUTENÇÃO DE SOMBREAMENTO ADEQUADO AOS PEDESTRES, AMENAS DO QUE O RESTANTE DA CIDADE DO VEGETAÇÃO INTRALOTE; 4) CRIAÇÃO DE TAMBÉM HÁ CONFLITO ENTRE VEGETAÇÃO E RECIFE. NOVAS PRAÇAS E ESPAÇOS DE ENCONTRO IUMINAÇÃO PÚBLICA. VEGETALIZADOS; 5) CRIAÇÃO DE OFICINAS SOBRE MEIO AMBIENTE ECOSSISTEMA PARA OS MORADORES.

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QUADRO SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO PROPOSITIVO DESAFIOS/PROBLEMAS

SOCIOECONOMIA POTENCIALIDADES

ÁREA COM BOA INFRAESTRUTURA, ACESSO ALTA DIFERENÇA ENTRE OS RENDIMENTOS DOS AO ABASTECIMENTO DE ÁGUA, REDES, MORADORES DA "CIDADE FORMAL" DOS BAIRROS SISTEMA DE TRANSPORTE COLETIVO E BOA DO POÇO DA PANELA, MONTEIRO E SANTANA E QUALIDADE DE MEIO AMBIENTE EM MORADORES DAS ZEIS (POÇO DA PANELA E VILA COMPARAÇÃO COM O RESTANTE DA CIDADE ESPERANÇA). DO RECIFE.

BAIXO ÍNDICE DE ESCOLARIDADE ENTRE OS MORADORES DAS ZEIS. MAIOR PERCENTUAL DE ÁREA COM POTENCIAL COMUNITÁRIO, COM MULHERES SEM ESCOLARIDADE E CHEFES DE POTENCIAL CULTURAL E ARTÍSTICO. LARES.

DIRETRIZES 1) REGULARIZAÇÃO DE IMÓVEIS COM A TITULARIDADE PREFERENCIAL PARA AS MULHERES DAS ZEIS; 2) CRIAÇÃO DE CRECHES COMUNITÁRIAS E ESCOLAS COMUNITÁRIAS EM TEMPO INTEGRAL PARA PERMITIR QUE MÃES E PAIS SE QUALIFIQUEM E FINALIZEM SEUS ESTUDOS; 3) CRIAÇÃO DE ESPAÇOS COMUNITÁRIOS QUE PROPICIEM O CONTATO E CONVIVÊNCIA ENTRE DIFERENTES CAMADAS SOCIAIS; 4) CRIAÇÃO DE HORTAS COMUNITÁRIAS PARA SUBSISTÊNCIA; 5)CRIAÇÃO DE TRANSPORTE FLUVIAL GRATUITO PARA AS PESSOAS DAS COMUNIDADES (ZEIS).

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REFERÊNCIAS https://revistateoriadelarte.uchile.cl/index.php/RU/article/view/5085/15230 https://www.ufmg.br/rededemuseus/crch/simposio/BORBOREMA_ANA_CLAUDIA_B_ET_AL.pdf https://teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-12012012-155429/publico/tesesandraunico.pdf http://engenhosdepernambuco.blogspot.com/2014/11/engenhode-jeronimo-paes-de-gonsalves.html https://www.ufmg.br/rededemuseus/crch/simposio/VASCONCELOS_THATIANA_E_SA_LUCILENE_ANTUNES.pdf https://www.ufmg.br/rededemuseus/crch/simposio/TAVARES_JUNIOR_JOAO_R_E_CANDEIAS_ANA_LUCIA_B.pdf

ORDENAMENTO URBANO E TERRITORIAL

https://www.ufmg.br/rededemuseus/crch/simposio/VASCONCELOS_THATIANA_E_SA_LUCILENE_ANTUNES.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3204/1/arquivo2353_1.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6412/1/arquivo8166_1.pdf https://poraqui.com/casa-forte/comunidade-do-poco-conheca-um-pouco-da-vizinhanca-escondida-a-beira-do-capibaribe/ https://www.revistas.usp.br/paam/article/view/97124/96198 https://planodiretor.recife.pe.gov.br/plano-de-ordenamento-territorial

gabriel melo ricardo brendel vinícius pádua yuri costa

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