ParazãoHebdo06

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Ano um

ano II - número seis / 18 de MARCO de 2015/ Belém - Pará

Número Zero

FUTEBOL, HUMOR E CULTURA

Peladão F.C walter pinto

Com: emman walter pinto Harold Brand Ítalo gadelha Pedro maués Raimundo sodré

William Medeiros

ChargistaS EM AÇÃO


Escalação

Abrindo os trabalhos

“ Quero Meu PARAZÃOHEBDO” A final do primeiro turno do Parazão 2015, que teve como campeão o Independente de Tucuruí, abriu brecha pros peladeiros. No returno o empate de 5 x 5 entre Remo e Tapajós mostrou exatamente a medíocridade técnica do campeonato paraense. É um deus nos acuda e São Pedro nos proteja. Tenho certeza que os dois estão torcendo pelo surf do Medina, tal a pobreza dos jogos. Quando não dá sono, dá raiva . Vamos ver se melhora até a final. O PH irá dar um descanso e só voltará dia 31 de março. Estaremos reformulando o projeto e na captação de recursos. Obrigado e até lá. Emman

Dono da bola Emman Dono do campo Walter Pinto Dono do apito Junior Lopes Dono do placar Harold Brand Dona das bandeirinhas Lu Hollanda Dono da maca Advaldo Nobre Dono das camisas Fernando Nobre Dono da torcida organizada Ricardo Lima Dono do clube de campo Paulo Mashiro Colaboradores especiais Luiz Pê Marquinho Mota Timaço Goleiro: Tomaz Brandão Lateral direito: João Bento Lateral esquerdo: Elias Ribeiro Zagueiro central: Raimundo sodré 1º Volante: Mauro Bentes 2º Volante: Ítalo Gadelha Meia direita: Pedro Maués Meia esquerda: Versales (SP) Ponta direita: Marcelo Seabra Ponta esquerda: Marcelo Rampazzo Centroavante: Mário Quadros Torcida feminina Waléria Chaves, Helena Beatriz e Regina Damasceno Regina Coeli

Mande mensagem para o email:

pauloemman@yahoo.com.br

Administração e internet Alícia Ana Paula Administração Pablo, Pedro Brandão Redação e contatos: pauloemman@yahoo.com.br hollandaluciane@yahoo.com.br

Problemas com o Calendário


Walter Pinto

Um caso de polícia Ali, por volta do final de 1960, eu jogava bola no meio do tabatinga e do pedregulho. Eram sete contra sete ou cinco contra cinco. As traves eram duas pedras ou touceiras de capim. A bola não era oficial, mas uma que fez fama na época, chamada bola Pelé. Jogávamos sem camisa, o que não era um problema para identificação dos companheiros. O jogo começava com a escolha dos times. Dois jogadores escolhiam quem ia jogar nos seus times. Os melhores eram logo escalados. Os menos habilidosos ficavam para o fim, quase evitados. Os mais ruins iam para o gol. Não havia juiz, nem bandeirinhas. A bola saia quando caia na vala ou no meio do mato. Esfolávamos os pés no pedregulho, mas o prazer de bater bola era inegável e superava qualquer topada. Quando chovia, a tabatinga ficava um sabão, liso e escorregadio. Nada, porém, impedia o nosso sagrado jogo, de quase todas as tardes. Aliás, faço uma correção. Nada impedia é força de expressão. Havia um obstáculo, sim, às nossas peladas. Era a Dona Joana, uma senhora de maus bofes, que prendia a bola quando, num desafogo da defesa, ia parar no seu jardim. Não satisfeito de nos privar da bola, ela ligava pra rádio-patrulha, que, embora tendo

coisas muito mais sérias pra fazer, entrava em desabalada carreira na rua, com a sirene do fusquinha nos avisando que o melhor era fugir rápido do gramado. Nunca nenhum de nós deu bobeira e acabou preso pela polícia. Mas esses incidentes protagonizados pela Dona Joana eram raros. Jogávamos das 16 até as 18h30, quando já começava a ficar escuro. Naquela época, as transversais do bairro do Marco não tinham iluminação. Os jogos acabam sempre com placares elásticos, 10 a 5, 7 a 7, 5 a 3, e vai por aí, pois não

faltavam artilheiros nas nossas peladas. Me lembrei desses rachas de meio de rua no domingo, ao assistir o jogo entre Remo e Tapajós, cujo resultado foi um inacreditável 5 a 5. Uma coisas realmente absurda, principalmente se levarmos em consideração que se tratava de um jogo de um grande time da capital contra um time pequeno do interior. E o que é pior, dentro da casa do clube grande da capital. Foi uma autêntica pelada dos meus tempos de moleque. Um jogo pra

envergonhar a galera azulina, haja vista a vantagem que o Remo teve em determinado momento e não soube segurar. E o Tapajós, que não tem nada a ver com a má fase azulina, fez a sua parte e foi carimbando, com chutaços de fora da área, o gol do velho e calvo Adriano. Foi um resultado vergonhoso. Melhor seria se o carro da rádio-patrulha entrasse no Mangueirão e botasse pra correr os jogadores, colocando fim à pelada, como fazia nos meus tempos de moleque.



Pedro Maués a

A desdita do Gabi ra. Bola parada. Um – dois. Passagem dos laterais. Cruzamentos. Arremates. Tudo foi perfeitamente ensaiado e o time parecia na ponta dos cascos para a tão sonhada reabilitação. Na recreação de sábado pela manhã, Geraldo Tuberculoso chamou Gabi num canto e sentenciou:”Amanhã você vai entrar de cara.Nada de dormir tarde hoje.Alimentação tranquila. Um peixe ou camarão com açaí e nada de pinga. Olha lá hein”. Essas palavras deixaram o jovem esperançoso e ávido pelo dia seguinte.

Gabi era um jovem promissor no futebol. Desde moleque frequentava os campos daquela Abaetetuba dos anos sessenta que hoje, infelizmente, vive apenas num retrato em branco e preto a habitar nossas retinas. O menino esmirrado que vendia pastel,”croscrete” e chopp de Q-suco pra ajudar no orçamento familiar, agora se transformara num jovem corpulento, que era capaz de fazer mirabolantes embaixadinhas com uma laranja já chupada ou dar estonteantes dribles nos adversários, com destreza e rapidez que, segundo ele, adquirira ao tomar azougue, ensinamento baseado na crendice popular e trazido de berço dos avós lá das bandas do Rio Piquiarana. Estava no segundo time do Vênus Atletico Clube, lutando diariamente pra conseguir uma vaga no primeiro quadro. Cabulava as aulas, faltava ao catecismo, ausentava-se da igreja e, mesmo em que pese as verdadeiras surras de umbigo de boi que levava do pai, acreditava no sonho de, um dia, brilhar nos campos de futebol paraense e, quiçá, jogar no Flamengo, seu time de coração. Dois episódios marcaram o início e o fim daquela incipiente carreira. No primeiro deles, Gabi estava na preleção que o treinador Geraldo Tuberculoso ministrava aos atletas antes de um prélio com o Abaeté Futebol Clube, o então famoso “clássico da pinga”, derby disputadíssimo e famoso em toda região do Baixo Tocantins, marcado para as 14:00h., na preliminar do jogo entre as equipes principais, naquilo que era conhecido como o “esfria sol”. Percebendo que Geraldo Tuberculoso já dis-

tribuíra nove camisas ao eventuais titulares Gabi, agindo com cautela e sorrateiramente, passou por detrás do treinador e sussurrou em seu ouvido ”Seu Geraldo na noite passada eu sonhei que fazia dois gols nesse jogo”..., o que deixou o treinador, supersticioso como só, com a firme intenção de escalar o Gabi e assim o fez. A decepção foi imensa. Gabi quase não tocou na bola nos primeiros quarenta e cinco minutos e em duas tentativa, conseguiu jogar a bola por sobre o muro do estádio e, dizem os mais antigos, que a pelota caiu num ninho de cobras que ficava no terreno adjacente. Aos dez do segundo tempo foi substituído, saindo de campo sob uma sonora vaia e gritos de ele errava mais passes que pai de santo em início de carreira. Gabi voltou pra casa sorumbático, pensando em desistir da carreira, pensamento do qual foi demovido pela companheira, ela renitente e insistindo em acreditar no potencial técnico do amásio.

O Vênus tomou de 4x1 e em meio a um verdadeiro clima de velório, o time se reapresentou na segunda-feira, sob o olhar tenebroso e horripilante de Geraldo Tuberculoso que, além de treinador, funcionava como uma espécie de preceptor e psicólogo daqueles jovens atletas. ”Não quero saber de macho frouxo por aqui. Quem quiser permanecer treinando, tem que jogar com garra. Precisamos entrar em campo com raça e mais brabos que surucucu na desova. Bando de sangue de barata. Quero cada um parecendo onça com sinusite no próximo jogo. Caso contrário, podem pegar o caminho da roça”. O recado foi dado e captado pelos atletas. Todos treinaram com afinco durante a semana para o jogo do próximo domingo, desta feita contra a equipe do Palmeiras, outra contenda encardida para o bravo esquadrão Venista. Gabi mostrou poder de superação e arrebentou nos treinamentos que o embrião de professor Geraldo Tuberculoso ministra-

A noite, no silêncio de sua alcova, Gabi não conseguia pregar os olhos de tanta ansiedade. Levantava da rede a todo momento. Tomava água, chá de cidreira, capim santo, caldo de arroz, pitava um cigarrinho e nada do sono chegar. Deitava ao lado da companheira, ficava sob os lençóis e os olhos insistiam em ficar abertos. Lá pelas três da manhã nosso desditado amigo conseguiu dormir. E o sono bateu forte até umas cinco horas, quando Gabi teve um sonho. Um fatídico sonho. No jogo ele era derrubado na área aos 45 do segundo tempo quando o placar ainda estava em branco. Pênalti. Bola na marca da cal e a torcida em coro gritando ensandecida ”Chuta Gabi, chuta Gabi, chuta Gabi”. Numa crise de sonambulismo que se abatera pela ansiedade, Gabi levantou da rede, tomou distância e disparou um petardo. Chutou uma penteadeira de angelim-pedra que ornamentava o quarto do casal. Acordou caído ao lado da cama, se contorcendo em dores e com o pé inchado, parecendo um sapo. Não pode ir pro jogo. Hematoma imenso.A carreira acabou ali. Restou o consolo da amada a “afumentarlhe” o pé.


“BALANÇA, SACODE, ESTREMECE O MANGUEIRÃO”

A VOZ DO GUERREIRO Só não conhece esse bordão aí em cima, dito com muita força e emoção, quem nada entende de futebol pelas ruas de Belém e pelo Estado do Pará... Quem eventualmente não se interessa pelos jogos do Paysandu ou do Remo, e nunca ouviu a Rádio Clube nos últimos anos, que são poucos, com certeza...

Mundo assiste-as desde a do México, em 1986. Na Itália, Estados Unidos, França, Alemanha, África do Sul e, obviamente, Brasil, lá estava ele e sua equipe a transmitir, na fiel observância do velho slogan, sempre verdadeiro: “você vê o jogo ouvindo a Rádio Clube”. Meu radinho AM há anos que não sai da Clube...

É o bordão-quase-assinatura do locutor Guilherme Guerreiro (Filho) gritando um GOL em que a torcida, alucinada de felicidade, pula no Mangueirão, fazendo-o balançar (mas não cai!).

Narra jogos por todo o Brasil. Em 6 de agosto de 1995 narrou a final do campeonato paulista, Corinthians e Palmeiras, 2x1, e teve de enfrentar as difíceis condições do estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, onde foi disputada a partida. O número de radialistas presentes, de todo o Brasil, era muito superior às condições oferecidas pelas cabines do estádio. A aventura desses radialistas acabou contada pelo jornalista Xico Sá, em crônica na Folha de São Paulo, que você pode ler, clicando aqui.

Tem outro bordão muito conhecido: “Olha o tempo que o tempo tem” quando informa o tempo de jogo e o placar da partida. Anunciado pelos colegas como o “locutor que vale quanto pesa” – vale hoje bem mais do que pesa, já que na base da decisão e força de vontade livrou-se dos quilos que não lhe eram necessários (exemplo que preciso seguir...). Pois bem, esse jovem e simpático radialista e apresentador do programa “Bola na Torre”, na TV RBA, acaba de completar 40 anos de atuação no Rádio. Está surpreso? Pois é, parece que ele começou a trabalhar antes de nascer... Na verdade começou muito garoto, menino que sabia tudo de futebol, apresentado à Radio Clube por seu cunhado o jornalista Edson Salame, gente boa que tem um tremendo faro para as boas notícias. E essa foi uma dentro. Fez de tudo na Rádio, aprendeu tudo, até chegar ao comando da equipe, sob a orientação de um nome que se mistura à história do melhor rádio paraense, Edyr de Paiva Proença. Nos

novos tempos e novos donos da rádio, continuou na liderança da equipe, fazendo-a permanentemente líder em audiência. Em dia de jogo importante, a gente ouve pela cidade o som da Clube, tal o número de rádios ligados nessa frequência. Havia no velho Orkut uma “Comunidade Guilherme Guerreiro”, criada por algum/a fã. Uma vez, nos idos de 2007, escrevi lá isto: “Todo gol do Papão é emocionante, por mais fulero que seja o outro time. Narrado pelo Guerreiro, então, ganha poder, com um grito que sai do fundo da gar-

ganta, com a força do pulmão e a emoção... do coração. Cabra bom!”. Aí eu explicava que sou um privilegiado, porque ouvi o Guerreiro/menino, aí pelos seus 12 anos, narrando jogo de futebol de botão, que ele jogava contra ele mesmo, mais para poder narrar do que outra coisa.” Nessa época eu namorava a Rita, que vem a ser irmã dele, e lá estava o Guilherminho a narrar seu jogo. E não empastelava o NAMORO... era agradável ouvir aquela vibração adolescente... Hoje muitos milhares de pessoas têm esse privilégio. Veterano de Copas do

A foto do Guerreiro que você vê aí em cima foi capa da revista “Top”, do jornal Diário do Pará, em 14/03/2010, que tem uma grande entrevista com ele e muitas fotos, que você pode ler clicando aqui. Para conhecer mais sobre a vida profissional do Guerreiro e até um pouco sobre a história da rádio paraense e do rádio esportivo você pode ler uma excelente entrevista concedida por ele à, àquela altura (dezembro, 1999), estudante de comunicação Ellen Macedo – hoje profissional de primeira linha, que, recém-formada, foi minha trainee na comunicação da Albras. Parabéns, Guerreirão!

blog Retirado do Blog do Fernando Pelas ruas de Belém


Quero ver Vivi por aqui “No mundo dos negócios ou da produção de bens e tereréns, existe um termo, acho até que abonado na causa e na raiz, por Marx, que conhecemos por ‘valor agregado’. “ Quando contratou o volante Radamés a diretoria do Paysandu assentou-se sobre os benefícios que este conceito mercadológico traria para o clube. A lógica era certeira: se vem Radamés, Vivi vem. Sobre Viviane Araújo o Wikipédia que dá definição de tudo em quanto no mundo assegura: “ é uma modelo, dançarina e atriz brasileira. Famosa por diversos ensaios para as revistas masculinas Sexy e Playboy além de participações em programas de televisão, como o Zorra Total, A Fazenda e na telenovela Império”

o Paysandu lança um novo modelo para o manto sagrado da Curuzu e tem nos atributos (dramáticos, estéticos, atléticos) de Viviane Araújo um argumento poderoso de marketing. Espero que a bela anime a nação bicolor, embeleze a noite, mas além de tudo, que ela catalise novas ações na gestão do clube, chame investimento, atraia colaboradores, estimule iniciativas para a montagem de um time melhor, mais competitivo, lutador, um grupo para trilhar honradamente os rumos da série B. O clube está precisando.

Do volante Radamés, o Bola mesmo ela não Wikipédia diz joga, mas inferniza a grande que surgiu no área com este currículo e Fluminense. De mais ainda com um deslocarelevante conta mento fenomenal pela granque correu pelos de área da sensualidade, do campos de petrócorpo sarado, do ziriguidum leo do Al-Jazira purpurinado e do samba no pé. Explorando estes talentos (que é primo-irmão do Mancherter wikipedianos da Vivi, o bicoCity), mas o currila procura marcar um gol de culo se contém em placa nas adversidades. atuações por clubes E olha, que são muitas. menos aquinhoaGarantida na série B deste dos tanto na peleja ano a onzena bicolor ficou quanto nos cobres. em dependência na primeira Samba no pé, fase do Parazão e decepcionão sei se tem, mas nou. Quando se esperava um a vinda dele para o desempenho da equipe, à altura de um representante na Paysandu permitiu a diretoria pôr em prásegundona, a série que está tica o conceito de valor ali ali com a elite do futebol agregado. Traçou a lógibrasileiro, o time gelou, deu ca: se Radamés vem, Vivi um tilte e não se garantiu vem. E se Viviane vem nem na final do paraense. exibindo todos aqueles Mudando de uniforme talentos wikipedianos, eu como quem muda o rumo da quero ver Vivi mais vezes prosa e procura melhoras, por aqui.


Apertem os cintos

chargistas: Walter pinto Emman OZ Vitor teixeira paulo barbosa


s, a pátria pirou!! Eremildo I CAPÍTULO

II CAPÍTULO

Eremildo, o meu vizinho de 65 anos que nunca foi a uma manifestação durante a ditadura e nem em qualquer outro tempo, acaba de chegar da passeata. Eufórico, ele intercala rufadas em sua vuvuzela com a sua palavra de ordem, destinada a mim:

Eremildo, o meu vizinho de 65 anos que nunca participou de nenhuma manifestação em toda a sua vida, está eufórico com o resultado da passeata de ontem. Agora, para ele, a corrupção vai ter o fim que sempre se desejou, pelo menos aqui no Pará, onde viu a coisa mais de perto. Eremildo sentiu firmeza. Eremildo tá até os dentes de confiante que as pessoas que foram ontem para a rua, lideradas pelo Jatene, Mário Couto, Dulciomar, Zenaldo, entre outros, vão para Brasília (pois aqui a coisa tá limpa) e vão se revezar diante do Alvorada, do Banco Central (onde as pessoas já não trabalham nuas como antigamente), da Petrobrás etc. Para Eremildo, o governo federal possui a chave do cofre público e, durante à noite, quando o povo se acha dormindo, a Dilma e seus apóstolos vão lá tirar a sua fatia. Mas, doravante, Eremildo e seus camaradas de passeata vão ficar com o dedo no gatilho. Roubou, foda-se, leva chumbo!

- Você aí parado também já foi roubado! Abro-lhe a porta. Ele tá vestido com uma camiseta amarela, com a foto do Willian Bonner em estampa. - Perdeste a passeata! – diz ele, soprando a vuvuzela na minha cara. – Tô com espírito que é só revolução! Abaixo a roubalheira! – dá mais uma sopradinha. - E o que vocês apresentaram pra acabar com a roubalheira? - Nós queremos a cabeça da Dilma! - E pra acabar com a roubalheira? - Vamos pôr no paredão todos os corruptos! A ordem é matar corrupto! Você aí parado também já foi roubado!

Eremildo passa neste exato momento diante de minha porta. Sopra sua vuvuzela e grita sua palavra de ordem: - Você aí parado também já foi roubado! (Fim por fim, feito por mim)


Junior lopes Rampazzo e vitor teixeira

Assista TV Leão #04 Remo X Rio Branco Direto do Boteco Azulino https://www.youtube.comwatch?v=3JsfyB7308E

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Amanhã vai ser outro dia Foram bem fraquinhas as manifestações de protesto e apoio a Democracia em Belém nos dias 13 e 15 do corrente. Não há comparação com as manifestações de 2013 que pegou a todos de surpresa no Brasil inteiro. Desta vez os profissionais das ong’s e da política se mobilizaram a tempo e ficou tudo certinho demais. Os políticos profissionais absorveram o discurso e outros nem apareceram talvez para que não fossem taxados de oportunistas. Muito se fala em crise, vamos lá: existe crise econômica, política e social? Não. Penso que existe uma crise de autoridade presidencial e de articulação política entre poderes que não estão dialogando e no vácuo, os oportunistas de sempre, é claro que o contexto internacional permanece, este sim, em crise desde 2008. Negociações ficam muito difícil quando o Sr. Cunha e Sra. Dilma resolvem falar asneiras à vontade, trocando acusações e propondo um diálogo sem chegar junto, meio autoritário:

quem quer dialogar? (Rs). São representantes de poderes constituídos que de forma primária não estão compreendendo o que eles representam na frágil democracia brasileira. Nesta segunda, dia 16, o Governo respondeu com um pacote de medidas anticorrupção e deve resgatar as medidas propostas para uma reforma política, esta sim, de difícil digestão no Congresso Nacional em um momento

em que vários parlamentares de vários partidos estão arrolados no caso Petrolão. O toque de humor da semana foi o vazamento de um telefonema grampeado e gravado pela PF/MPF em que Renato Duque, ex-diretor da Petrobrás, cinicamente declara, sobre a possibilidade de ser preso e ir para a prisão federal no Paraná: “... vou para o Paraná? Tem que levar remédios. Que País é este?”.

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Desde 1970 quando Chico Buarque compôs o samba “Amanhã vai ser outro dia”, os brasileiros já viraram algumas páginas das farsas que foram nossas repúblicas, novos amanhãs terão que vir através das novas bandeiras de lutas até que finalmente a cidadania plena, sem bodes expiatórios, sem corrupção endêmica, sem ódios de classes, seja uma realidade em nossas vidas.


A obra de William Medeiros Nascido em Campina Grande e radicado em João pessoa, o paraibano William Medeiros nos presenteia com sua arte e muito talento.

capa de número 1.000.

O cartunista e designer gráfico paraibano William Medeiros, atua a mais de trinta anos no humor e no design gráfico, tendo começado a publicar caricaturas no Diário da Borborema, em Campina Grande,com apenas 15 anos.

Em 2013 foi selecionado para estar entre os homenageados do 40º Salão de Humor de Piracicaba.

Formado em Desenho Industrial, é diretor de criação da Rede Paraíba de Comunicação desde 1998 e desde 1997 assina a ilustração de capa da revista Brasília em Dia, já estando próximo da

Artista premiado em salões nacionais e internacionais de humor, entre eles Piracicaba, Natal, Fortaleza, Porto Alegre, Aracajú e João Pessoa.

Depois de diversos livros publicados em parceria, em 2013 lançou “Traços de Trinta”, seu primeiro livro que resume sua trajetória de atuação como cartunista. Os trabalhos do Willian podem se acessados através do site (www.william.com.br)


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