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ANO 15 – Nº 2390 – SÃO PAULO, 04 A 10 DE OUTUBRO DE 2012 – R$ 2,50 www.nippak.com.br

Eleitores destacam importância de ter representantes na Câmara Municipal Os eleitores nikkeis não tem que vir acompanhadas são diferentes dos mais de por um outro requisito “ori140 milhões de brasileiros ginal de fábrica”, isto é, a que irão às urnas neste do- ascendência japonesa. É mingo, 7 de outubro, em verdade que essa exigência 5.564 municípios. Afinal, não se estende a toda comutodos querem candidatos nidade nipo-brasileira. No íntegros, honestos e tra- entanto, pelo menos para balhadores. Virtudes que, os entrevistados pela reporaliás, deveriam ser itens tagem do Jornal Nippak, obrigatórios para qualquer que saiu às ruas para concidadão, mas que em tem- versar com os eleitores, ter pos de mensalão acabam um representante nikkei na virando “opcionais”. E para Câmara Municipal de São alguns eleitores nikkeis, Paulo ainda é importante. a “peneira” é ainda mais E falam por que votam em rigorosa pois tais qualidades candidatos nikkeis. ————————––——–—–—————————| Pág. 04

fotos:divulgação

Victor Kobayashi é candidato pelo PSD

Geroge Hato concorre a uma vaga pelo PMDB

Aurélio Nomura busca a reeleição pelo PSDB

Ushitaro Kamia, do PSD, tambérm concorre a releição

Candidatos nikkeis pregam voto consciente nesta eleição Existe um jargão no futebol pal de São Paulo promeque diz que “uma partida tem disputar os votos dos só termina quando o juiz eleitores indecisos até o apita o final do jogo”. E se encerramento da eleição. o futebol está enraizado na Para George Hato (PMDB), cultura nacional, o clichê foi uma campanha “cansativa” e “muito desgastante”. pode ser transportado para “Trabalhamos com poucos o atual cenário político. recursos e por isso já estávaIsso porque os candidatos mos andando nas ruas há um nikkeis à Câmara Munici- bom tempo”, conta. ————————––——–—–—————————| Pág. 03


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AGENDA CULTURAL CONCERTO TORQUESTRA DE CÂMARA DA OSESP Onde: Sala São Paulo (Praça Júlio Prestes 16, Estação Luz) Dia 07/10/2012 Horário: 17h Ingresso: R$54,00 a R$62,00 Vendas Ingresso Rápido: 11/4003-1212 ou pelo site: www.ingressorapido.com.br Concertos Matinais BANDA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Onde: Sala São Paulo (Praça Júlio Prestes 16, Estação Luz) Dia 14/10/2012 Horário: 11h Ingressos: Gratuito Ingressos disponíveis na bilheteria da Sala São Paulo a partir da segunda-feira anterior ao concerto, limitados a quatro por pessoa. A partir de cinco ingressos, será cobrado o valor de R$2,00 (por ingresso). Informações: 11/3223-3966 EXPOSIÇÃO 6ª GRANDE EXPOSIÇÃO DE ARTE BUNKYO É um evento cultural com o objetivo de apresentar o constante avanço e empenho criativo dos artistas revelando novos valores, consolidando artistas em ascensão e reverenciando os já consagrados. Onde: Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Bunkyo (Rua São Joaquim 381, Liberdade) De 07 a 14/10/2012 Horário: 2ªs a 6ªs das 12h às 17h, sábados, domingos e feriados das 10h às 17h e no último dia, 14 de outubro, das 10h às 15h. Ingresso: Entrada Gratuita Informações: 11/3208-1755 e-mail bunkamatsuri@bunkyo. org.br e site: www.bunkyo.org.br LANÇAMENTO YUTAKA TOYOTA – A leveza da Matéria – Jacob Klintowitz Onde: Cinemateca Brasileira (Largo Senador Raul Cardoso 207, Vila Clementino) De 30/09 a 06/10/2012 Horário: 10h às 22h Informações: 11/3081-9300 e www.institutoolgakos.org.br Lançamento do Livro “O be-a-bá do Origami”, de Paulo Palma Ensina com clareza, detalhe por detalhe, vários temas do Origami, como os decorativos (cesta para doces, o descanso de copos,

castiçal); os mamíferos (canguru, cavalo, esquilo, golfinho, gorila); o anfíbio (rã); as plantas (amor-perfeito, tulipa, pitanga, violeta); meios de transporte (aviões) e outros mais. Onde: Livraria Cultura – Conjunto Nacional (Avenida Paulista 2073, Loja de Artes) Dia 08/10/2012 Horário: 18h30 às 21h30 CINEMA CINEMA BUNKYO Todas as quartas-feiras, a Comissão de Biblioteca e Filmes do Bunkyo apresenta uma sessão de filmes japoneses. Os filmes são exibidos em idioma japonês, sem legenda. Além disso, uma vez ao mês, realizam o “Free Market” (Frima), uma feira de produtos diversos, com artesanato, obentô (alimentos), brinquedos, livros e outros. Onde: Grande Auditório do Bunkyo (Rua São Joaquim 381) Dia 10/10/2012 Horário: Frima das 10h às 15h no Hall do Grande Auditório e a Sessão de Cinema às 13h Ingresso: Sócios entrada franca e não-sócios pagam R$5,00 Informações: 11/3208-1755 EVENTO KARAOKÊ DANCE TOKUSHIMA Onde: Tokushima Kaikan (R Antonio Maria Laerte 275, Metro Tucuruvi) Dia 06/10/2012 Horário: 9h às 17h Informações: 11/4748-5896 BAILE ÉRIKA KAWAHASHI Música ao vivo Onde: Associação AICHI (Rua Santa Luzia 74, Metrô Liberdade) Dia 06/10/2012 Horário: 18h30 (refeição à parte) Informações: 11/2578-3829, 11/99827-9925 e erika.kawahashi@yahoo.com.br KARAOKÊ-DANCE NIKKEY CULTURAL Todos os Domingos e neste domingo, música ao vivo com a participação do Tecladista Dias, das 18h às 22h. Onde: Nikkey Cultural (Praça Almeida Jr. 86 A, Liberdade) Dia 07/10/2012 Horário: 8h às 18h (incluso: café da manhã, missoshiru, almoço às 12h30, refrigerantes, àgua, chá e café.). Informações: 11/3774-7456 / 3774-7457 / 3774-7443 www.nikkeycultural.com.br

EM CARTAZ 1º FESTIVAL DO GRUPO DE TAIKÔ SORAGOI WADAIKO DA ACREC COM SORVETE A VONTADE! Onde: Associação ACREC (Rua Nunes Balboa 299, Vila Carrão) Dia 07/10/12 Horário: 11h às 18h Convite: R$12,00 antecipado e R$15,00 portaria Ponto de Venda: Nihon Him Rua Juno, 125 - Vila Carrão Informações: 11/99983-1620 e 11/98200-3995 FESTIVAL DE BRASÍLIA DA CANÇÃO JAPONESA 1º Festival de Karaokê e 24º Concurso Brasilense da Canção Japonesa Onde: Escola Modelo de Língua Japonesa (Av.L 2 Norte SGAN 611 Conj.ABC Bl.C) Dia 21/10/2012 Horário: a partir das 9h Regulamentos: www.nippobrasilia.com.br Informações e inscrições: festivaldacancaojaponesa@gmail.com CONCURSO 3º CONCURSO LITERÁRIO DO BUNKYO: CATEGORIA MANGÁ Inscrições até 15/10/2012 Endereço para envio do material: BUNKYO – Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Comissão de Atividades Literárias – Categoria Mangá – Rua São Joaquim 381, Liberdade – 01508-900 – São Paulo/SP Cerimônia de premiação durante o 42º Prêmio Literário Nikkei Onde: Salão Nobre do Bunkyo (Rua São Joaquim 381, 2º andar, Liberdade) Dia 17/11/2012 Horário: a partir das 13h Informações: www.bunkyo.bunkyonet.org.br CURSO CURSO GRATUITO PARA VESTIBULANDOS Estão abertas as inscrições para o terceiro curso gratuito Literatura para vestibular, formatado pelo CIEE para despertar o gosto pela literatura entre os alunos do ensino médio. O curso terá duração de uma semana, com três horas diárias, de segunda a sexta, totalizando 15 horas. Onde: Prédio Escola do CIEE (Rua Genebra 57, Centro, SP) De 22 a 26/10/2012 Horário: das 14h às 17h Inscrições: Gratuitas e devem ser feitas pelo site www.ciee.org.br

CURSOS CURSO AULAS DE DANÇA Professores Sergio e Rosa Taira. Onde: Assoc. Shizuoka Kenjin (R. Vergueiro, 193 - Liberdade) As 2ª e 3ªfeiras Horário: 13h às 17h Informações: 11/5588-3085 e 11/7174-8676 AULAS DE DANÇA Prof. Marcos Kina Onde: Soc. Bras. de Cult. Japonesa – Bunkyo (Rua São Joaquim 381, Liberdade) As 5ª feiras Horário: 11h às 12h30 NIKKEY CULTURAL Karaokê: aulas com o prof. e maestro Hideo Hirose (2ª, 3ª, 4ª,

6ª e sábado) e a profa. Tsuguiko Hongo (5ª). Dança Social: Prof. Murae domingo (de manhã), Prof. Hayashi (2ª das 15h às 20h), Prof. Tahira (6ª das 13h às 16h30), Profa. Luciana Mayumi - Aulas de Tango (2ª e 4ª das 20h30 às 23h), Profa. Massako Nishida (4ª das 9h às 16h), Prof. Willian (sábado à tarde), Profa. Sato Tazuko (sábado de manhã) e Profa. Yukie Miike (3ª, 5ª e domingo, diversos horários). Aulas de Violão, Guitarra e Baixo: Prof. Eder (sábado das 9h às 18h) Aulas de Japonês: (básico, intermediário e avançado) Profas. Keiko, 2ª e Isabel Kayoko, diversos horários. Obs: aulas de Português para

estrangeiro com Profa. Isabel Kayoko. Aulas de Inglês: (básico, intermediário e avançado) Prof. Anderson (sábado), Profa. Priscila (diversos horários). Aulas de Informática: Prof. Vic­ tor Kawata (diversos horários) Aulas de teclado: Profa. Neide (diversos horários) Tênis de Mesa: Prof. Mario Nakao - Técnico da Butterflay (diversos horários). Onde: Nikkey Cultural (Praça Almeida Jr. 86 A, Liberdade) Informações: 11/3774-7456, 11/3774-7457 e 11/3774-4430 com Meily (das 9h às 17h e sábado das 9h às 14h)

Informações e divulgação de eventos com Cristiane Kisihara cris_kisihara@hotmail.com – Tel. 11/3208-3977

EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI LTDA. CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - Liberdade CEP 01510-000 - São Paulo - SP Tel. (11) 3208-3977 Fax (11) 3341-6476 Publicidade: Tel. (11) 3208-3977 Fax (11) 3341-6476 comercial@nippak.com.br cristiane@nippak.com.br

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Diretor-Presidente: Raul Takaki Diretor Responsável: Daniel Takaki Jornalista Responsável: Takao Miyagui (MTb. 15.167) Redator Chefe: Aldo Shiguti Redação: Luci J. Yizima Colaboradores: Erika Tamura, Jorge Nagao, Kuniei Kaneko, Shigueyuki Yoshikuni, Célia Kataoka, Paulo Maeda, Cristiane Kisihara e Osmar Maeda (Zona Norte) Periodicidade: semanal Assinatura semestral: R$ 60,00 jornaldonikkey@yahoo.com.br

EXPOSIÇÃO 3ª EXPOSIÇÃO DE WASHI-Ê “Washi-ê” é a arte que utiliza como material, papéis artesanais japoneses, confeccionados com as fibras da planta Kozo, Mitsumata e Gampi. Incluímos também nas criações, papéis feitos com as nossas fibras: sisal, ananás, bananeira, cana, etc., com o objetivo de mesclar a forma da arte tradicional japonesa à realidade brasileira. O washi-ê explora as diferentes texturas, cores e nuanças dos papéis que desfiados, dobrados e justapostos, resultam em obras que vão do figurativo ao abstrato. Com o domínio da técnica, cada um irá explorar, a seu modo, os recursos que os papéis oferecem para elaborar além dos tradicionais quadros, decorações nos objetos como: luminárias, porta-corrediça, leques, porta-joias, bolsas, etc. Onde: Associação Comercial de São Paulo (Rua Galvão Bueno 83, Liberdade) Dia 06 e 07/10/2012 Horário: sábado das 10h às 18h e domingo das 10h às 17h Informações: 11/3208-4096 e 11/3207-9366 PROJETO VITRINES – Na ter­ ceira mostra de 2012, MASP e Metrô de São Paulo, recebem os trabalhos dos artistas Diego García, Laura Huzak Andreatto, Wallace V. Masuko e Nicole Mouracade. Caixa de Texto - Diego García De 10/09 a 05/10/2012 Paradiso - Laura Huzak Andreato De 10/10 a 07/11/2012 ei! - Wallace V. Masuko De 12/11 a 03/12/2012 “Tudo o que já foi, tudo o que é e tudo o que será” - Nicole Mouracade - Latinhas de alumínio descartadas foram os moldes utilizados para construir a obra. Onde: Estação Trianon-Masp do Metrô De 10/09 a 03/12/2012 Horário: 2ª a 6ª das 6h às 20h30, sábados e domingos das 10h às 17h. Ingresso: Gratuito Realização: Artistas, MASP e Ação Cultural do Metrô de São Paulo

ON KAWARA, ARTE E VIDA CONTEMPORÂNEA Onde: MAM/SP – Museu da Arte Moderna (Parque do Ibirapuera – portão 3) Visitação: até junho de 2013 Horário: terça a domingo e feriados, das 10h às 18h Ingresso: R$ 5,50 (domingo gratuito) Associados do MAM, crianças até 10 anos e adultos acima de 65 anos não pagam. Informações: 11/5085-1300 MARCAS DO TEMPO Eriko Sato, Bin Kondo, Futoshi Yo­shizawa, James Kudo, Hiro Ojima, Kazuo Wakabayashi, Kiji-Maru, Ki­mi Nii, Kunio Watanabe, Makoto Nakamura, Manabu Hangai, Mari Iwabuchi, Midori Hatanaka, Miyuki Abe, Nobuhiko Suzuki, Nobuo Mitsunashi, Roberto Okinaka, Ryouta Unno, Sachiko Koshikoku, Shizue Sakamoto, Shoichi Yamada, Takafumi Kijima, Takashi Fukushima, Tomie Ohtake, Yasuichiro Suzuki, Yasuo Ogawa, Yasushi Taniguchi, Yayoi Kusama, Yo Onishi e Yoshiaki Nagai. Onde – Galeria Deco (Rua dos Franceses 153, Bela Vista) De 01/09 a 28/10/2012 Horário: das 10h às 19h Informações: 11/3289-7067 www.facebook.com/galeriadeco EVENTO AOBA-MATSURI Feira de verduras frescas e comidas típicas. Onde: Miyagui Kenjin Kai (Rua Fagundes 152, Liberdade) Dia 06/10/2012 Horário: 7h às 16h (almoço das 11h às 15h) Informações: 11/3209-3265 30ª BIENAL DE SÃO PAULO A Iminência das Poéticas Onde: Parque do Ibirapuera, Pavilhão da Bienal São Paulo De 07/09 a 09/12/2012 Horário: 3ª, 5ª, sábado, domingo e feriado das 9h às 19h – Entrada até 18h – 4ª e 6ª das 9h às 22h – Entrada até 21h – Fechado às segundas. Ingresso: Entrada Gratuita Informações:

www.bienal.org.br/30bienal/pt/ EXCURSÃO Nikkey Cultural promove a 10º REVEILLON 2013 para Thermas de Fernandopolis Excursão com partida no dia 28/12/2012 (sexta feira) às 22h em ônibus super-luxo tipo LD. Nos dias 29 e 30/12 café da manhã, almoço, lazer com mo­ nitores e Karaoke-Dance à noite. No dia 31/12, café da manhã, almoço e chá da tarde e à noite sensacional ceia, queimas de fogos e baile com musica ao vivo com tecladista e vocalista. No dia 01/01/2013, café da manhã, lazer na parte da manhã e após almoço partida para São Paulo. Informações e reservas com Emi­ lia Iritsu 11 / 3751-9910 e 11 / 99510-8499, Meily 11/37747456, 11 / 3774-7457, 11 / 37747443, Deise 11 / 3749-0374, Jose Iritsu 11/9957-3845 ou Prof. Ikuhiro Hayashi e Ayako Hayashi. ILHA GRANDE - Pousada Maria Bonita – Partida dia 17/01/2013 às 23h (quinta feira) em ônibus super-luxo LD – Passeios de escunas nos dias 18, 19 e 20/01/2013 e pesca noturna. Bailes nas noites dos dias 18 e 19/01/2013 com Issamu Music Show. Retorno no dia 20/01/2013 apos o almoço. Informações e reservas com Emilia Iritsu 11/3751-9910 e 11/99510-8499, Meily 11/37747456, 11/3774-7457, 11/37747443 e Jose Iritsu 11/9957-3845


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ELEIÇÕES 2012

Em busca dos votos dos indecisos, candidatos intensificam trabalho à véspera da eleição

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xiste um jargão no futebol segundo o qual “uma partida só termina quando o juiz apita o final do jogo”. E se o futebol está enraizado na cultura nacional, o clichê pode ser transportado para o atual cenário político. Isso porque os candidatos nikkeis à Câmara Municipal de São Paulo prometem disputar os votos dos eleitores indecisos até o encerramento da eleição. “Fiquei surpreso ao constatar que ainda existe um grande número de eleitores indecisos”, admite o vereador e candidato à reeleição, Aurélio Nomura (PSDB). Por isso, segundo ele, esses três dias que antecedem a eleição serão “essenciais” e “fundamentais”. O candidato tucano é adepto de que cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém. “Chego para esta eleição muito otimista sentindo que o trabalho de um ano e meio que fiz na Câmara Municipal de São Paulo deu bastante repercussão e fez minha candidatura crescer nas últimas duas semanas”, conta Nomura, explicando que praticamente andou São Paulo de ponta a ponta em busca de votos. “Percorri a Zona Leste, a Zona Sul, o Centro, a Zona Centro-Oeste... Enfim, senti uma incorpada e espero obter uma votação que consiga me reeleger”, afirma Nomura, que espera ter convencido mais de 30 mil eleitores, cerca de 10 mil a mais que votaram nele na eleição de 2008. “Fiz um trabalho para dobrar esse número. É bas-

divulgação

Mais de 140 milhões de eleitores brasileiros irão às urnas neste domingo em todo o país

tante difícil e complicado, mas estou confiante”, explica o candidato, que procurou diversificar sua área de atuação. “O candidato nikkei que depender única e exclusivamente da coletividade dificilmente será eleito, até pelo número de candidatos dentro da comunidade e pela nossa coligação”, destaca Nomura, afirmando que a renovação na Câmara Municipal deve ficar próxima a da eleição passada, ou seja, “deve chegar, no máximo, a 30%”. Dificuldades – “Até porque os ares não estão muito para renovação. A própria indecisão dos eleitores dificulta para os candidatos espalharem seus votos”, afirma Aurélio Nomura, que pede para que os eleitores analisem os candidatos “com convicção”. “A próxima legislatura vai discutir o Plano Diretor Estra-

tégico do Município que vai afetar a vida da cidade nos próximos 20 anos. É algo que atinge a vida de nossos filhos e nossos netos. É preciso discutir e trabalhar para que as Subprefeituras sejam de fato descentralizadas formando uma cidade compacta”, observa Aurélio Nomura. Para o também vereador e candidato a reeleição Ushitaro Kamia (PSD), a campanha está bem encaminhada. “Pelo trabalho que fizemos, acredito que estou bem. Percorremos várias regiões e entidades. Acho que foi uma campanha bastante ampla, na medida do possível”, conta Kamia”, explicando que “cada eleição tem sua própria história”. “Em comum, temos as mesmas dificuldades de sempre. Uma delas é o pouco tempo que temos para divulgar nossas ideias e projetos. Nosso tempo no horário gratuito, por exem-

Confira a relação de candidatos orientais à Câmara Municipal de SP NOME Akiko Akiyama Aurélio Nomura Durciléia Aparecida Maruyama Edson Shinzi Onishi Eduardo Tsuneo Saito Elias Tanaka Fabio Mamoru Ogawa Flavio Haruyo Iizuka George Vatutin Hato Hiroaqui Yamada Hwang Yeong Jyh Leticia Regis Furuya Marcos Jesus Tachibana Marilda Watanabe Mazzocchi Masataka Ota Milton Missaka Moun Hi Cha Nelson Sussumu Shikicima *Patricia Kiyomi Tani Ricardo Kengy Okada Roberto Seidy Watanabe Rubens Massashi Ito Seong Soo Kim Sergio Koei Ikehara Severino Manoel Maruyama Santos Shinsho Takara Shuy Wen Shin Simone Michico Gava Hieda Thabada Kaoru Yamauchi Mendonça Camara Thiago Mitsuru Medeiros Arikawa Ushitaro Kamia Victor Kobayashi Dilza Mieko Muramoto Shiroma Pedro Massami Kikudome

NOME NA URNA Akiko Aki Aurélio Nomura Prof. Léia Edson Onishi Saito San Elias Tanaka Fabio Ogawa Dr. Flavio iizuka George Hato Yamada Steve Hwang Leticia Furuya Tachibana Marilda Watanabe Ota Milton Missaka Dr. Lauro Nelson Sussumu Shikicima Patricia Tani Ricardo Okada Watanabe Rubens Ito Doutor Kim Sergio Koei Manoel Maruyama Takara Prof. Shin Simone Hieda Thabata Yamauchi Thiago Arikawa Kamia Victor Kobayashi Dilza Muramoto Dr. Pedro Kaká

Nº 50900 45451 44228 20200 31004 14325 27400 65555 15622 23222 19888 55777 13600 43789 40096 14266 31777 14888 27227 44001 14169 12790 55456 16002 65613 43026 31888 20033 10333 15651 55699 55100 55655 55222

PARTIDO PSOL PSDB PRP PSC PHS PTB PSDC PC do B PMDB PPS PTN PSD PT PV PSB PTB PHS PTB PSDC PRP PTB PDT PSD PSTU PC do B PV PHS PSC PRB PMDB PSD PSD PSD PSD

plo, é de apenas 15 a 20 segundos”, lamenta o vereador, que procurou compensar sua escassa aparição na tevê divulgando suas propostas em materiais de campanha como informativos, revistas e jornais. Ao contrário de Aurélio Nomura, Kamia acredita que o cenário já está praticamente definido. Pelo menos para a disputa à Câmara Municipal. “Para o cargo majoritário o quadro ainda está bastante indefinido, mas para vereador já existe uma definição, pois as pessoas estão acompanhando nosso trabalho”, conta. Reservados – Para George Hato (PMDB), foi uma campanha “cansativa” e “muito desgastante”. “Trabalhamos com poucos recursos e por isso já estávamos andando nas ruas há um bom tempo, muito antes do dia 6 de julho, quando teve início a propaganda eleitoral”, disse Hato, afirmando que, “por não ter muito tempo no horário gratuito, procurei levar minhas propostas ao maior número de pessoas possível”.

“O mais importante é que pude fazer uma campanha limpa, sem nenhum contratempo”, conta ele, que esteve em campanha até em municípios vizinhos. “Fui até Santo André e Diadema, ou seja, fui onde tinha atividades da comunidade”, diz Hato, acrescentando que não discriminou nada, de bingo a Festa do Verde, passando por jantares e Campeonato de Skate. “Teve domingo que tinha 18 compromissos para visitar. Nesses casos, só dividindo a agenda com meu pai”, esclareceu Hato, para quem o eleitor nikkei, principalmente os mais velhos, são mais “reservados”. “Dificilmente eles vem até nós, então, nós é que temos que ir até eles ouvir suas reivindicações”, justificou Hato que, mais uma vez, destacou a presença do deputado estadual Jooji Hato (PMDB) em sua campanha. “Esse recall do meu pai foi muito importante, pois mostra que tenho uma base, isto é, que vou dar continuidade e fortalecer o trabalho que ele já vinha desenvolvendo na Câmara”, afirmou Hato. Ações sociais – Em sua segunda tentativa para ocupar uma cadeira na Câmara Municipal, o candidato Victor Kobayashi (PSD) afirma “continuar bastante animado com o apoio dos eleitores”. “Nos últimos dias, as pessoas passaram a vir com mais freqüência no nosso comitê em busca de material de campanha. É um tipo de apoio espontâneo, que deixa a gente bastante confiante”, diz Kobayashi, afirmando que “sinto que a cada ano que passa o trabalho que desenvolvemos frente ao Instituto Paulo Kobayashi vem sendo reconhecido”, diz, referindo a Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) fundada

por ele para dar continuidade aos trabalhos sociais de seu pai, Paulo Kobayashi (19452005). “As pessoas sabem que as ações sociais que desenvolvemos e que beneficiam milhares de pessoas é um trabalho sério que vem desde 2005, durante o ano inteiro, independentemente de ser ano eleitoral”, afirma Kobayashi, acrescentando que “também sinto que hoje as pessoas não me veem mais apenas como o filho do Paulo Kobayashi”. “Existe o fator sobrenome, que também é importante, mas também tem o lado de reconhecer o nosso trabalho efetivo”, diz o candidato, que afirma ter aprendido com as duas últimas eleições – em 2008 e em 2010, para deputado estadual. “Desde 2008 continuamos desenvolvendo o mesmo trabalho social e conseguimos saltar de 15 para 35 mil votos somente na capital. Isso, aliado à experiência que tive na Câmara Municipal no ano passado fez com que as pessoas me enxergassem como um candidato mais bem preparado”, explica Kobayashi, que acredita numa renovação acima dos 40% “por causa do atual cenário político, com mensalão e imagem desgastada dos políticos, principalmente os mais veteranos”. “Espero que as pessoas analisem bem as propostas dos candidatos antes de votar e votem de forma consciente. Analisem também se o candidato é acessível, porque isso facilitará a comunicação depois , caso ele seja eleito. É importante que o eleitor tenha sempre um canal aberto para que possa acompanhar e cobrar o trabalho de seu vereador”, destaca Victor Kobayashi. (Aldo Shiguti)

Oito candidatos nikkeis participaram do Encontro promovido pelo Bunkyo

COLUNA DO SILVIO SANO

Voto pilantra! Caro leitor eleitor. Permita-me dirigir-te assim pelo óbvio, devido ao momento, semana derradeira para sufragar seu voto para tentar chamar sua atenção sobre o “Voto Pilantra”. Denominei-o assim porque é o que acho que é pela consequência posterior após clicado sua opção na urna eletrônica... dependendo da intenção de como o fizer. Explico. No caso das eleições majoritárias, no deste, a prefeito, nem tanto porque a escolha é pela proporcionalidade. Mesmo assim, se a intenção for por simples protesto, anulando-o ou votando em branco, o tiro também pode sair pela culatra já que por deixar de votar, por exemplo, no seu menos pior, ao final, quem poderá ser eleito pelos demais eleitores, pode ser o pior. Assim, se não pre-

tende que isso aconteça, melhor participar efetivamente fazendo sua própria escolha, consciente e responsável. Mas o escopo deste é para os candidatos a vereador... razão para o qual dei o título de “pilantra”, além de tentar mostrar porque, ao longo de nossa história, temos convivido com tantos bandid..., digo, políticos sem nenhum mérito para nos representar nas Casas Egrégias. Pois é, a explicação está no Quociente eleitoral ou Coeficiente eleitoral, que poucos conhecem, que é o resultado de um cálculo que determina o número de vagas na Câmara a cada partido. Num país como o nosso, com 30 partidos registrados no TRE (haja ideologia política, héim!), e muita malandragem inerente, foi necessário criar essa forma para repartir as vagas entre os mesmos. Daí porque alguns partidos dos cha-

mados nanicos, senão todos, aproveitando-se do ego das pessoas, convidam-nas a se candidatarem, pela “missão patriótica”, mas para eles, uma forma para obter votos... e maior fundo partidário. E esse cálculo implica em somar todos os votos válidos, mesmo os dos não eleitos, aos respectivos partidos. Daí porque se seu voto, desde o início, for para alguém sem nenhuma condição, ou seja, inútil, não importa, será muito útil a algum “pilantra”. Ou seja, a praia pode até estar esperando, mas, antes de tudo, melhor proteger o seu. Né, não? *Silvio Sano é arquiteto e escritor. E-mail: silviossam@ gmail.com


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eleições 2012

COLUNA DA ERIKA TAMURA

Eleitores nikkeis falam por que votam em candidatos nikkeis

O

s eleitores nikkeis não são diferentes dos mais de 140 milhões de brasileiros que irão às urnas neste domingo, 7 de outubro, em mais de 5 mil municípios no país. Afina, todos querem candidatos íntegros, honestos e trabalhadores, virtudes que, aliás, deveriam ser itens obrigatórios para qualquer cidadão, mas que em tempos de mensalão acabam virando “acessórios”. E para alguns eleitores nikkeis, a “peneira” é ainda mais rigorosa, pois tais qualidades têm que vir acompanhadas por um outro pré-requisito, “original de fábrica”, isto é, a ascendência japonesa. É verdade que essa exigência não se estende a toda comunidade nipo-brasileira. Pelo menos para os entrevis­ tados pela reportagem do Jornal Nippak, ter um representante nikkei na Câmara Municipal de São Paulo ainda é importante. É o caso do oftalmologista, Yoitiro Mori, 68 anos que aposta na renovação de candidatos nikkeis na Câmara Municipal. “Eu voto no Victor Kobayashi (PSD) por ele ter dado continuidade aos trabalhos começados pelo saudoso Paulo Kobayashi, e por desenvolver projetos sociais junto à comunidade japonesa através do Instituto Paulo Kobayashi (IPK), além disso, o Victor é um rotariano”, revela. Yoneko Ikezue, 68 anos de idade, aposta em candidatos nikkeis na Câmara Municipal porque fortalece a execução dos projetos dentro da comunidade nipo-brasileira. “Acredito na seriedade e honestidade dos japoneses, meu voto vai para George Hato (PMDB), pelo trabalho que seu pai, Jooji Hato desenvolveu no município e desenvolve hoje na Assembleia Legislativa”, comenta. Outra que não esconde o voto é Maria Hiroko Kitayama, 63 anos, que vota nos candidatos da comunidade japonesa por proximidade, e o que os candidatos nikkeis podem ajudar a comunidade estando presente na Câmara Municipal. “Acredito que os nikkeis têm muito a ajudar a sociedade paulistana. Estou em dúvida entre dois candidatos a vereador George Hato e Victor Kobayashi, seus pais fizeram muito por São Paulo e acredito que eles não vão decepcionar”, responde

fotos: luci judice yizima

Ikezue: “Voto no George pelo trabalho do pai”

Regis: “Conheço os projetos do Victor Kobayashi” Arquivo pessoal

Satiko: “O Victor faz trabalho para a Terceira Idade”

Marcio Miyashita: “A gente vê a índole da pessoa”

muito otimista. Já a eleitora, Satiko Ytiyama, prefere votar em candidatos da comunidade por serem mais comprometidos. “Hoje eu sei mexer no computador graças ao Victor Kobayashi, que faz trabalho com a Terceira Idade, como a inclusão social que vem desenvolvendo aqui na Liberdade”, diz. “Eu tenho certeza se um candidato nikkei for eleito, teremos mais chances e projetos para a comunidade. Meu voto é para o Victor Kobayashi”, afirma.

sociais”, define. Entre os filhos de “ilustres”, a opinião é a mesma. Para o estudante Yugo Mabe Júnior, de 21 anos, filho do artista plástico Yugo Mabe, “é importante votar em candidatos nikkeis para que possamos reforçar nossa cultura”. Eleitor de Victor Kobayashi – votou no mesmo candidato em 2010, para deputado estadual, e em Walter Ihoshi para deputado federal – Yuguinho, como é carinhosamente chamado, faz uma ressalva. “Já ouvi muita gente criticar e concordo com a opiPulverização – O jovem Re- nião de que tem muitos cangis Yoshio Shimanoe, 35 anos, didatos nikkeis na disputa. destaca a importância de votar Acho que deveriam fazer em candidatos da comunidade uma seleção para evitar uma japonesa. “É importante para pulverização de votos”, diz a comunidade ter um candi- Yuguinho, que mesmo assim dato nikkei ocupando uma ca- é otimista. “Acho que a codeira na Câmara Municipal. A munidade consegue eleger sociedade nipo-brasileira terá o Victor Kobayashi, o Aurémais assistência, mais desen- lio Nomura e o Ushitaro Kavolvimento. Também é pre- mia”, arrisca o estudante, ciso fortalecer a nossa pre- afirmando que vota em Victor sença política desenvolvendo Kobayashi por “afinidade e e agregando projetos que por conhecer o seu trabalho”. ajude assim a sociedade brasi- “Sei o quanto ele faz pela coleira. Eu voto no Victor Koba- munidade e, por isso mesmo, yashi já conheço seus projetos tenho liberdade de cobrá-lo”,

explica Yuguinho. Índole – O presidente da Associação dos Permissionários do Mercado Municipal Kinjo Yamato, Marcio Miyashita também votará em Victor Kobayashi, mas por outra razão. “Conheci o candidato há uns seis meses e, no meu caso, ele ajudou antes de pedir qualquer coisa, o que é muito difícil para um político hoje em dia”, conta Miyashita, lembrando que Kobayashi destinou uma emenda para reforma do telhado do Kinjo Yamato, uma reivindicação antiga dos permissionários. “Muitos vieram aqui antes do Victor, prometeram e não fizeram nada”, garante. Para ele, no entanto, “melhorar apenas um lado não adianta”. “Tem que trabalhar para todos. Se melhorar para todos, melhora para gente também. Vou votar no Victor Kobayashi porque, como descendente de japoneses, a gente vê na índole quando a pessoa tem vontade de fazer alguma coisa”. (Aldo Shiguti, com Luci Judice Yizima)

O poder das mulheres Nesses últimos tempos, tenho observado muito as mulheres brasileiras que vivem aqui no Japão. E confesso que estou muito feliz com o que eu vejo. São mulheres batalhadoras, muitas vezes sofridas, mas que possuem uma força que ninguém sabe de onde vem. Um exemplo, é a minha turma na faculdade, a maioria é mulher, e são mulheres com perfis distintos mas com histórias incríveis! Todas trabalham fora, sustentam a casa, cuidam de filhos e ainda estudam. São as alunas mais esforçadas, pois os homens, não possuem esse pique. As firmas nunca esconderam que preferem a mão de obra feminina, pois são mais ágeis e ganham menos. Está aí uma injustiça, essa desvantagem salarial que considero reflexo da sociedade machista japonesa, as mulheres aqui desempenham as mesmas funções masculinas e ganham menos, por isso que na maioria das fábricas o ambiente é predominantemente feminino. Uma certeza que tenho, se pararmos para conversar com as mulheres que moram no Japão, cada uma terá certamente uma história de luta, garra e raça para contar. Pode ser em diferentes proporções, mas têm. Me deparei com várias, são mulheres que criam seus filhos e ainda trabalham em fábrica com aquele horário puxado, voltam para casa e ainda têm que cuidar de todos os afazeres domésticos, e ainda tem o lado emocional, pois sobra pouco tempo para a vaidade. Conheço mulheres que passam por dores diversas, como separação do marido, separação dos filhos, saudades, cansaço, estresse, melancolia... Mas nem por isso deixam de lutar, acho incrível essa força, esse poder de fênix. O meu chefe mesmo disse, que as mulheres atualmente são muito fortes, não fortes de força física, mas fortes estruturalmente, psicologicamente e emocionalmente. E essa percepção do meu chefe demonstra que o universo masculino as vezes se surpreende com o universo feminino. Acho o máximo mulher independente, que sabe o que quer, que tem foco e que sabe como agir, e esse é o novo conceito de mulher, é a mulher contemporânea. Em uma conversa de amigos, uma amiga levantou a questão, por que as mulheres

lindas e independentes estão solteiras? E o meu amigo respondeu, porque vocês estão muito independentes, emancipadas, são bem sucedidas, ganham bem, então vocês estão muito mais exigentes. Se ficassem só na cozinha, achariam o companheiro o máximo. Brincadeiras a parte, essa resposta polêmica faz sentido, a independência nos traz a liberdade, e hoje em dia, a mulher só mantém um relacionamento se estiver apaixonada, caso contrário, ela prefere não se envolver. Sei que esse é um assunto que rende polêmicas, que é o centro das discussões, mas que sempre vem a tona, quando se fala em humanidade. O Japão é um país extremamente machista, mas que vem mudando esse quadro. Ainda está longe de chegar a uma igualdade, mas só o fato de estar mudando já é um ótimo começo. Não quero defender um papo feminista, e nem levantar uma bandeira pró mulheres, mas eu vejo que as mulheres são muito poderosas e não podem ser submissas nunca, pois possuem uma capacidade incrível. Aqui no Japão, eu aconselho as mulheres a tirar carta de motorista, a aprender o japonês, e se estabelecerem num emprego bom, pois quanto menos dependerem do marido melhor. E muitas são 100% dependentes, e quando se vêm sozinhas não sabem como agir. A mulher é tão poderosa que ela pode afundar um homem, como também pode fazer dele uma pessoa melhor. Aquela história de que por trás de um grande homem sempre tem uma mulher, eu concordo em partes, pois acredito que tenha sim uma grande mulher, mas não atrás, e sim na frente, pois é ela quem puxa o homem, é ela quem comanda, podem reparar. E aquele homem fracassado, que tudo o que faz dá errado, geralmente tem uma mulher âncora do seu lado, aquela pessimista que desanima e desencoraja ele. Portanto mulheres, usem a cabeça e mantenham o foco! E é isso que faz a diferença na vida de todos!

Enfim, o leitor perde tempo e saúde, sobretudo, a mental. Quase sempre, textos com os malefícios retroapontados são escritos por pessoa que não tem o dom da sabedoria, ao contrário, nunca sabe discernir o certo do errado, incapaz de fazer uma avaliação crítica dos fatos que o cercam. Por isso, ele nunca tem uma posição definida acerca dos acontecimentos político-sociais. Seus tex­ tos refletem necessariamente esse posicionamento dúbio, con­fuso, caótico e amorfo de seu autor. É o tipo do escritor que pode ser considerado como o pescador de águas turvas de que falava o Presidente Geisel. Uma pessoa sem posição

definida que age sempre de forma radical: desfere uma paulada na esquerda e acerta uma cacetada na direita. Não raras vezes, dá uma palmada à frente e desfere um golpe com o calcanhar para atingir quem estiver por trás. Difícil quem estiver por perto escapar ileso. Daí o nosso conselho: fuja do pescador de águas turvas como o diabo foge da cruz.

*Erika Tamura nasceu em Araçatuba (SP) e há 14 anos reside no Japão, onde trabalha com desenvolvimento de criação. E-mail: erikasumida@hotmail.com

opinião

O pescador de águas turvas Kiyoshi Harada* Como sói acontecer em tudo na vida, na literatura, também, há escritores e escritores. Há escritor que consegue abordar um determinado tema de forma sintética, com lapidar clareza e singular objetividade para a imediata compreensão do leitor. Escritor desse naipe transmite ensinamentos e conhecimentos novos ao leitor e propicia uma alegria imensa a sua alma cansada, pressionada pela agitação e concorrência acirrada neste mundo globalizado de hoje. Seu texto, além de

enriquecer a formação profissional do leitor, aguça e agrada seus sentidos. À medida que vai lendo o texto o leitor sente uma sensação de que está contemplando uma natureza bela e harmoniosa, uma verdejante floresta po­ voada de belos pássaros can­ tando. Seu olfato passa a sentir o olor de uma flor per­ fumada. Enfim, ganha conhecimentos novos e saúde, sobretudo, a mental. Normalmente esses tex­ tos são escritos por pessoa equilibrada, disciplinada, cul­ ta e inteligente que sabe dis­ tinguir o certo do errado e, por isso, tem sempre uma posição definida acerca das

matérias que aborda com singeleza, clareza e objetividade. Entretanto, há outra clas­ se de escritor. Aquele escritor que habitualmente pro­ duz um texto rabilongo e sem nexo. Não tem pé nem cabeça, como se diz na gíria. Geralmente, são textos que não têm começo, meio e fim. Ao contrário, são textos recheados de idéias dúbias, confusas, caóticos e contraditórias que mais confundem o leitor do que o esclarecem. O pobre leitor que se deparar com um texto insano da espécie e teimar em proceder a sua leitura até o fim, na vã espe-

rança de encontrar algo de útil nas entrelinhas, além de desaprender ficará deveras estressado. Textos desse jaez, além de nada contribuir para enriquecer os conhecimentos do leitor causam-lhe uma tremenda depressão mental, afetando os seus sentidos. O leitor, à medida que vai tentando entender o confuso texto, passa a ter a sensação de que está diante de uma floresta negra e atroz, pronta para engolir quem dela se aproximar. Ao invés de doces melodias de pássaros cantando tem-se a amarga sensação de estar ouvindo um grunhido, como se algo estivesse sendo mordido ou engolido e o seu olfato passa a sentir o cheiro fétido de pássaros putrefatos.

Kiyoshi Harada, advogado, professor e jurista com 26 obras publicadas, dentre as quais, Direito financeiro e tributário, na 21ª edição. Acadêmico da Academia Paulista de Letras Jurídicas – APLJ – da Academia Brasileira de Direito Tributário – ABDT – e da Academia Paulista de Direito – APD.


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VALE DO RIBEIRA

Sérgio Doi e Tsutomu Yasunaka, de Santos, mantêm laços com Registro

N

a Associação Japonesa de Santos, na baixada santista, existem duas pessoas ligadas com a história de Registro, no Vale do Ribeira. São eles, Sérgio Doi e Tsutomu Yasuna­ka. Sérgio, de 60 anos, é presidente da Associação desde 2009. Tsutomu, de 73 anos, é um dos 300 associados. Sérgio Doi é neto do professor Yokitiro Nieda, nascido em 1880, que lecionou língua japonesa no bairro da Raposa, de Registro, por mais de 10 anos nas décadas de 1920 e 1930. Natural da província de Saga, o professor Nieda imigrou para o Brasil com sua esposa em 1919, então com 39 anos. Seus antepassados eram samurais e ele, militar. Portanto, era muito rígido na sua educação, influenciando seus alunos. Foi ele quem escreveu as “Condutas dos alunos da Escola do Bairro da Raposa” e o “Hino da Escola do Bairro da Raposa”.

rquivo pessoal

Suejiro Yasunaka montado a cavalo em 1931.

Atualmente, poucos ex-alunos seus (acima de 90 anos) vivem em Registro. O professor Nieda foi muito respeitado no bairro, por isso, a cada dois anos era realizado

Da esq. para dir., Tsutomu Yasunaka e Sergio Doi, em frente à Associação Japonesa de Santos.

o “dossokai”, (Encontro dos ex-alunos da mesma escola), que se tornou no encontro “Dokyokai”(ex-moradores do Bairro). Partindo deste evento,

agora realizam anualmente Dia das Mães, Dia dos Pais e Dia das Crianças. Viveram mais de 70 famílias japonesas neste bairro, agora moram apenas 6 famílias, mas nos

dias desses eventos reúnem mais de 100 pessoas,além de Registro participam pessoas de São Paulo, Santos, Curitiba e outras. Já Tsutomu Yasunaka é filho de Suejiro Yasunaka, que autor das fotos do álbum “Colônia Iguape 19131933”. Suejiro nasceu em Hokkaido em 1900. Veio ao Brasil aos 27 anos com a esposa e um filho. Era fotógrafo desde quando morava no Japão. Era aventureiro, mudava sempre de residência e teve um filho em Bastos e três em Registro. Tsutomu nasceu no Japão e regressou àquele país pouco antes do início da 2ª Guerra Mundial. Suejiro era excelente fotógrafo, pois suas fotos no álbum são nítidas e nem parece que foram tiradas há mais de 80 anos. Suejiro andava a cavalo dentro da colônia japonesa e fotografou cerca de 800 famílias em um ano. Ele pediu ao Consulado Geral do

Japão passagem ao Japão para confeccionar o álbum já que naquela época não tinha filme. Na bagagem, levou as volumosas chapas de negativo, encontrou com o ministro da Imigração Ryutaro Nagai e pediu o apoio. Concluiu a obra em três meses. Suejjiro tirou fotos para o álbum da Comemoração da colônia japonesa dos 10 anos de Bastos. Há uma foto da enchente de Registro ocorrida em 1935 onde se lê no verso: “Ganhei 400 mil reis vendendo esta foto”. Naquela época, foto era novidade. André Yasunaka, neto de Suejiro seguiu a profissão do pai e do avô. Hoje ele é proprietário do estúdio Foto Estrela, em São Vicente, que está fazendo sucesso. Suejiro tirou muitas fotos, porém, há poucos autorretratos. A foto desta matéria é uma das raras fotografias de Suejiro Yasunaka. (Kuniei Kaneko)

CIDADES/ATIBAIA

CIDADES/INDAIATUBA

32ª edição da Festa de Flores e Morangos recebe mais de 100 mil pessoas

18ª Festa do Chopp da Acenbi reúne quatro mil visitantes na Viber

A Associação Hortolândia de Atibaia divulgou o balanço da 32ª Festa de Flores e Morangos de Atibaia. Durante os 12 dias de evento, mais de 100 mil visitantes presenciaram os trabalhos dos organizadores e elogiaram bastante. Nesta edição foram apresentadas algumas novidades. O girassol da variedade Vincent, com melhoramento genético, que já pode ser encontrado no mercado com preço médio de R$ 8 o maço com seis hastes; a Rice Flower que é muito parecida com a Gypsophila, conhecido como “mosquitinho”, e é muito utilizada para arranjos; o ciclamen dobrado, que é vendido em vaso, tem formato de coração e chama a atenção pelo degradê de cores cultivadas e a rosa spray, que tem sua flor principal retirada para que as demais da haste tenham mais força. Além das flores, o morango de cultivo natural também teve destaque. Há anos alguns produtores de Atibaia iniciaram os trabalhos junto à Embrapa para conquistar o selo de produção integrada do Ministério da Agricultura. Para que esse documento fosse aprovado, os produtores reduziram a utilização de agrotóxicos, diminuíram a agressão ao meio ambiente, garantiram mais segurança ao trabalhador rural e, com isso, produziram uma fruta mais segura para consumo. Esses produtos estavam expostos no pavilhão de ex-

divulgação

32ª edição da Festa de Flores e Morangos apresentou novidades

divulgação

Público conferiu atrações como a apresentação de taikô

pp e guaraná de metro, apresentações da dança Bon Odori e concorreu a brindes como bicicletas e coolers. Os produtos de higiene e

limpeza doados na entrada serão entregues às entidades atendidas pelo Funssol (Fundo Social de Solidariedade).

CIDADES/BAURU Produtor de Atibaia sempre tenta realizar um trabalho diferenciado

posições, com 1.100 m². A diretora da Associação, Lilia Yuri Kobayashi, afirma que para a decoração ficar impecável e desabroche o interesse no público, o trabalho realizado é diário, irrigar, adubar, entre outros aspectos. O sentimento de satisfação vem a cada olhar, comentário e sorriso dos visitantes que passam pelo local. Isso aumentou a venda no mercado de flores, nos estandes de frutas neste ano. Com isso, é nítido que a finalidade

da Associação foi cumprida, que é mostrar a produção agrícola de Atibaia e região à sociedade, além de conquistar visibilidade entre os consumidores. Para Jorge Matsuda, diretor, a Festa de Flores e Morangos de Atibaia tem importância nacional no setor agrícola. “Somos referência em diversos aspectos porque o produtor de Atibaia sempre tenta renovar e realizar um trabalho diferenciado para melhorar produto”, explicou.

arquivo pessoal

CIDADES/PROMISSÃO

Primeiro bispo nikkei do país visita Promissão Dom Júlio En­ di Akamine, arcebispo de São Paulo, celebrará missa no dia 14 de outubro na Igreja Cristo-Rei, no Santuário de Gonzaga, na primeira igreja construída pelos imigrantes católicos japoneses, em conjunto com Dom Irineu Danelon, Bispo de

A 18ª Festa do Chopp e Bon Odori promovida pela Acenbi (Associação Cultural Esportiva Nipo Brasileira de Indaiatuba) no último dia 22 reuniu cerca de 4 mil visitantes de Indaiatuba e região, que desfrutaram de atrações culturais e gastronômicas típicas japonesas. Foram consumidos, 700 pratos de yakisoba, 650 tempurás, 2500 espetos, 800 pastéis, 2000 latas de refrigerantes e água e 2.750 litros de chopp, além de muito sashimi, temaki, sushi, doces, sakerinha, salgados, sorvete, frozen e outros. “A festa foi um sucesso e isso só nos motiva a continuar com o trabalho de divulgação da cultura japonesa através destes eventos que aliam entretenimento, gastronomia e cultura”, destaca o presidente da Acenbi, Augusto Kato. O público participou também dos concursos de cho-

Lins. Será dedicada ao Cristo-Rei cujo dia é 21 e também a Nossa Senhora Aparecida – Padroeira do Brasil – e a Nossa Senhora Estrela da Manhã –Padroeira do Japão. A imagem da Padroeira do Japão será trazida pelas religiosas da capital.

Dom Júlio Akamine

Especialidade da família Hassunuma, ‘yakissoba de Bauru’ merece patente Assim como o “Sanduíche Bauru”, criado na década de trinta por um bauruense residente em São Paulo e ficou nacionalmente famoso por seu peculiar sabor e é até objeto de lei municipal protegendo a sua fórmula, o mesmo precisa ser feito a respeito do yakissoba de Bauru. A sua receita vem sendo aperfeiçoada há uns trinta anos pela família da Mary Hassunuma. Mary, que aliás, todo mundo a conhece pela sua arte: cantora de renome mundial, showwoman, jurada, professora. O que muitos não sabem

divulgação

Mary Hassunuma: yakissoba

é que ela faz o melhor yakissoba da região, quem sabe do Brasil. Isso ela provou na 35ª Feira de Bondade da Apae realizada em setembro último. Como sempre ela tomou frente para fazer esse prato. Não revela o segredo de como faz o molho especial. Confessa que utiliza ingredientes de primeira, como filé-mignon, manteiga estrangeira. Como o sanduíche, bem que poderia patentear o seu prato como Yakissoba de Bauru. Na festa, vem visitante de várias cidades da região só para conferir o gosto. (Shigueyuki Yoshikuni)


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karaokê

Associação Naguisa realiza seu 13º Concurso de Karaokê divulgação

Lúcia Ikawa fazendo a abertura do evento. E de esq/dir: Clineu Ida, Atsushi Miyake (presiente), Eiji Denda, Masaru Kume, Kikuchi Etsuko, Cláudio Tsutiya, Jooji Hato, Kimico Hirai e George Hato.

Os jurados, professores: Kikuti Etsuko, Katsuyuki Sano, Kimico Hirai e Claudio Tsutiya.

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ovamente o palco da Associação Hokkaido foi o local da realização do Concurso Naguisa de Karaokê, na sua 13a edição, com 280 cantores inscritos, no dia 16 de setembro. Este ano, por uma série de motivos, a escolha da data do evento que tradicionalmente vinha sendo realizado no início de agosto, foi alterada, para a segunda quinzena de de setembro, causando estranheza entre os participantes tradicionais que costumam agendar previamente a sua participação. Entretanto, mesmo assim, houve uma boa adesão e a quantidade dos cantores foi o suficiente para um desenrolar confortável na sua programação, iniciando-se e terminando num horário mais conveniente (das 08:00 às 21:00h), de acordo com os seus organizadores. O corpo de jurados foi constituído pelos professores: Kikuti Etsuko, Katsuyuki Sano, Kimico Hirai e Claudio Tsutiya que aliados à sua competência, puderam trabalhar num rítmo mais adequado. Como parte da programação, houve uma apresentação especial com o Grupo de Dança da profª Hiroka Sato irmã da responsável pelo “Hibiki Family” do Japão que apresentou danças típicas japonesas que encantaram a platéia. Algumas personalidades estiveram prestigiando o evento, como o sr. Toshio Yamao, presidente da UPK, o vereador Aurélio Nomura, o deputado Jooji Hato, Victor Kobayashi do Instituto Paulo

Tereza Mizukosi, campeã da categoria Super-Extra Masaru Kume, Campeão nas categorias Extra-4 e 3. Internacional.

Laura Sakashita, Campeã na categoria A-5

Eliza Kawamoto , Campeã da categoria A-3

O grupo de Dança da profª Hiroka Sato (Hibiki Fa- O grupo de Dança masculino da profª Hiroka Sato. mily do Japão).

Kobayashi. A decoração esteve a cargo de Maurício e a iluminação e som da Daipro também foram um show à parte, valorizando a apresentação dos cantores. E finalmente, o sorteio de TVs de “leds” e outros que contemplou tanto os cantores como a platéia, encerrando o evento.

RESULTADO DO 13º CONCURSO NAGUISA DE KARAOKÊ Cat. Nome A-1/2 Edmond Sakai A-3 Eliza Kawamoto A-4 Makie Wachi A-5 Laura Sakashita A-6/7 Tiiko Seto Alves B-1 Katia Cristina Aguemi B-2/3 Ademar Aguemi B-4/5 Massao Goya Doy-B Gabrielle Ito Yamate Esp-1 Bruna Takahara Esp-2 Marisa Uehara

Esp-3 Esp-4 Esp-5 Esp-6 Esp-7 Ext-1 Ext-2 Ext-3 Ext-4 Ext-5 Ext-6 Ext-7 Intnl Shj

Neyde Kuniy Aiko Ushikoshi Yukie Okuda Eiji Denda Sakae Miyashiro Eiji Ito Midori Hoida Eliza Ishi Masaru Kume Yoko Higa Paulo Nakadate Tiyoko Iwabushi Masaru Kume Alessandra Telma Justino

COLUNA DO JORGE NAGAO

Como estou dirigindo? A pergunta está na traseira dos caminhões. Ela, obviamente, não é feita por quem está na direção do veículo mas, sim, pela direção da empresa que convida o viajante a dedurar alguma irregularidade (elogio, jamais!) cometida pelo bravo e solitário caminhoneiro. Como um bom paranóico, imaginei um questionamento semelhante no rodapé desta coluna “Como estou me dirigindo a vocês?” E topo o desafio. Conheço a opinião de meia-dúzia de três ou quatro leitores que habitualmente fazem algum gentil comentário. Agora quero saber o que pensam vocês 19 ouvintes/leitores que eventualmente visitam esta coluna. Vamos lá, nota 1, 2, 3, 4 ou 5? Conto contigo. Tenho outra coluna que me dá trabalho: é aquela que fica onde as costas mudam de nome, como diz o poeta Jessier Quirino. Alô, Lombar, de doer você é. Sapassado, ganhei outra Coluninha, uma cachaça produzida em Coluna-MG. Pinga ni mim, uai!. Assim de coluna em coluninha, a gente vai (des)construindo esta vida marvada. Porém, se for dirigir ou escrever, não beba. Motorista e escritor movido a álcool acaba em batida, nem sempre de limão. Aí é um tal de ver poste na contramão, palavras cruzadas, letras embaralhadas, dez dedos em cada mão e por aí não vai. Nesse estado, o texto derrapa e até capota se o colunista não conseguir frear as palavras a tempo. O risco de atropelar a gramática, a regência e a ortografia é iminente. Mesmo não sendo um comunista, o colunista tem que produzir uma coluna que Prestes, ou que fique prestes disso. O editor do Chico Buarque disse que quando o filho de Sergio Buarque escrevia o Leite Derramado, que recebeu elogios derramados da crítica, o compositor-escritor sentia-se inseguro. Se até o Chico, na construção de seu texto, que é uma roda viva, tem que tirar leite de

pedra, o que será do Degas aqui, um irremediável “masoescrita”. Em condições normais, o motorista do caminhão liga o piloto automático e segue em frente pois ele conhece cada palmo desse chão. Já o colunista não tem escrita automática. Quando ele não está boa frase, o negócio é o seguinte: dois pontos - volta ao ponto morto, a ponto de chorar. Admiro Woody Allen e outros cineastas que escrevem e dirigem muito bem. Conduzir um texto dificilmente é fácil, ou seja, é mais fácil ser dificil, entendeu? O ministério da saúde a diverte: escrever é uma doença crônica, que faz mal à coluna, perde-se a novela, um romance, até o programa Ensaio, então para encontrar a oração perfeita resenha para São Thomé das Letras, meu caro. Cada texto é uma viagem cheia de mistérios e emoções. Assim como os caminhoneiros são assaltados na estrada, muitas dúvidas assaltam e roubam o tempo diminuto do escritor. Se a chuva atrapalha o profissional do volante, se chovesse idéias seria uma bênção para quem escreve. Normalmente a jornada é árida, pingando uma metáfora aqui, um insight ali, mas são muitos os contratempos, tantos são os descaminhos. Quantos sinais vermelhos para esperar, pagar pedágio pra ansiedade, tapear o radar da autocensura, tapar buracos num parágrafo, retornar do beco sem saída e retomar o rumo da prosa em busca de algum atalho salvador. Bom, é melhor parar por aqui antes que o editor comece a buzinar cobrando o texto. E assim vamos, andando na linha, parando na vírgula até descer no ponto final. *Jorge Nagao é colunista do site Primeiro Programa (www.primeiroprograma. com.br). E-mail: jlcnagao@uol. com.br

JUSTIÇA

Ministro Massami Uyeda se aposenta em novembro arquivo pessoal

língua japonesa

Colégio Harmonia inaugura equipamentos para curso A Associação Harmonia de Educação e Cultura, mantenedora do Colégio Harmonia, em São Bernardo do Campo, inaugurou no último dia 22 os equipamentos - computadores e softwares - para o estudo da língua japonesa adquiridos através da Outorga de Auxílio Cultural do Programa de Assistência para Projetos Comunitários do Governo Japonês. O valor da doação foi de US$ 78.514,00 (cerca de R$ 132 mil). A cerimônia de entrega da doação contou com a presença do cônsul geral do Japão em São Paulo, Noriteru Fukushima, e do presidente da Associação Harmonia de Educação e Cultura, Tadayoshi Wada , entre outros. Localizado em São Bernardo do Campo, o Colégio Harmonia começou como um alojamento de estudantes em 1953 e em 1992 passou a funcionar como uma escola voltada prin-

Jiro Mochizuki

O cônsul Fukushima (à frente) participou da cerimônia de inauguração

cipalmente ao ensino fundamental. ONo início, a maioria dos alunos era de descendentes de japoneses, mas o método de ensino da escola passou a atrair o interesse da comunidade em geral. Tanto que, atualmente, 80% dos alunos não têm ascendência japonesa. Em 2008, o colégio recebeu a comenda Kasato Maru da Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, o que mostra que ela ainda

preserva sua importância para a comunidade nikkei no Brasil. Atualmente, a escola tem 12.300m², mas embora haja 360 alunos fazendo aulas de japonês, não há uma sala própria para essas aulas. Com o apoio do Governo Japonês, será possível adquirir computadores e softwares apropriados para que os alunos do colégio possam aprender o japonês de maneira mais eficiente. O Colégio, por sua vez, arcará com os custos das

obras de reforma para que seja instalada uma nova sala específica para o ensino de japonês. O Consulado Geral do Japão em São Paulo defende a importância da divulgação da língua japonesa no Brasil e acredita que o incentivo ao ensino do japonês em instituições de ensino fundamental, como o Colégio Harmonia, serve como base para o fortalecimento da difusão da língua japonesa no Brasil.

Shigueyuki Yoshikuni com o ministro Massami Uyeda

O primeiro nikkei a galgar o cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça, o linense Massami Uye-

da, é obrigado a se aposentar compulsoriamente por atingir os 70 anos de idade. Foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. Deverá continuar ativo, na área educativa ou na advocacia consultiva. Esteve em Lins em 2006, já como ministro, inaugurando a Vara da Justiça Federal Especial, em 11 de dezembro de 2006. Entre outros inúmeros cargos que ocupou, foi promotor Público em Mirandópolis. Recebeu homenagem da Câmara Municipal de Lins. (Shigueyuki Yoshikuni)


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literatura

Marília Kubota e Alvaro Posselt apresentam poemas japoneses

A

contece neste sábado (6), a partir das 10h30, na Livraria do Paço da Liberdade, em Curitiba (PR), o lançamento dos livros “Esperando as bárbaras”, de Marília Kubota, e “Tão breve quanto o agora”, de Alvaro Posselt. Os dois livros foram publicados pela Editora Blanche, de Curitiba. Esperando as bárbaras traz 55 poemas longos e Tão breve quanto o agora, apresenta 59 poemas em forma de tercetos. Embora Marilia Kubota seja descendente de japoneses, nem um de meus poemas tem a forma do haicai. Por outro lado, sem ter sequer qualquer traço nipônico, Alvaro Posselt é um praticante convicto do poema japonês. Os amigos se conheceram através da poeta Teruko Oda, que indicou o haicaísta para escrever sobre o tema no Jornal Memai, um jornal voltado para as artes japonesas, do qual Marilia é editora. Esperando as bárbaras é uma seleção de trabalhos que refletem sobre o fazer poético, sua inquietação e inutilidade como sobra de luminosidade no mundo pós-moderno. O poema-título tem origem no poema “À espera dos

divulgação

Casamento tardio?

Capa do livro de Álvaro Posselt

Capa do livro de Marília Kubota

bárbaros”, do grego Konstantin Kaváfis. “Minha japonesidade está relacionada ao intimismo com o qual os orientais veem a vida, e não à forma poética. A ‘ brevidade’ ou ‘síntese’ pelas quais é conhecida a poesia japonesa estão presentes no meu trabalho, privilegiando os tons delicados e a tendência à solidão”, garante a autora.

Tão breve quanto o agora é todo composto por poemas de três versos cada. Não se trata de haicai tradicional, pois a maioria privilegia o humor, o lúdico e a metalinguagem, e algumas características da poesia são bem marcantes, como a rima, principalmente. O livro é apresentado pelo poeta Lau Siqueira e ilustrado por Luiza Nogueira.

Sobre os autores Marilia Kubota (Paranaguá/PR, 1964) é escritora, jornalista. Participou das antologias Pindorama, Passagens, 8 Femmes, Antologia da Poesia Brasileira do Início do Terceiro Milênio, Blablablogue e Todo Começo é Involuntário – Poesia Brasileira no Início do Século 21, Em 2010, organizou a antologia Retratos Japoneses no Brasil – Li-

wabi sabi a vida quebra sonhos em pedaços mas sonhando no espaço nada quebra: mais um elo, um motivo, ser mais belo que a beleza destruída. (já havia aviso de asas) (Esperando as bárbaras)

teratura Mestiça. Em 2008 publicou o livro de poesia Selva de Sentidos. Em 2008, organizou o Concurso Nacional de Haicai Nempuku Sato. Em 2009, passou a ser editora do JORNAL MEMAI – Letras e Artes Japonesas, do qual foram impressas 9 edições e publicados, na internet, 14 números. Escreve no blogue Micrópolis: WWW.micropolis.blogspot.com

COLUNA DO Shigueyuki yoshikuni

Como iniciar discurso e redação comercial Discurso – Começar imediatamente no tema. Dispensar os cumprimentos aos componentes da mesa. O mestre de cerimônia já os qualificou e torna dispensável. Basta: Senhoras e Senhores, bom dia ou boa noite...e iniciar o assunto. É um desastre quando o orador se engana o nome da autoridade ou do cargo. Nunca use: digníssimo – supõe-se que todos são dignos senão não estariam ali. Nem ilustríssimo. Leia o que disse um professor conceituado de oratória: “Acredito que não há necessidade de cumprimentar todos, até porque fica extremamente monótono e cansativo. Eu, como plateia, me chateio quando isso acontece por se tratar de uma informação que já foi data, e acho perda de tempo repetir. Cumprimentar a mesa de forma geral já seria suficiente. Hoje em dia as pessoas não têm muita paciência para formalidades exageradas. Tudo corre muito rápido e ninguém quer perder tempo. Informações que não agregam em nada devem ser retiradas do contexto.” Muitos outros são da mesma opinião. Só mais uma: Não há necessidade de cada orador citar todas as autoridades já mencionadas pelo Mestre de Cerimônias. Com isso poupa-se o tempo do evento, tornando-o mais objetivo.

POEMAS

Correspondência Comercial – Início: Basta Senhor fulano de tal, nada de Prezado (ver o verdadeiro significado dessa palavra no dicionário). Se, autoridade, Excelentíssimo Senhor, no caso de Prefeito Municipal (ver relação no Manual de Redação da Presidência da República, que todos deveriam ter). É só tirar cópia na Internet até a página 27 (o restante está desatualizado na parte gramatical). Fechamento: Respeitosamente – se o destinatário for de hierarquia superior; Atenciosamente – destinatário igual ou inferior. Não usar também clichês: por meio desta, aproveitando a oportunidade, protesto de estima e consideração, temos o prazer de, temos a honra de etc. etc. Informação que são realmente necessárias. Ao escrever um texto técnico, devemos selecionar apenas – e apenas mesmo- as informações que são estritamente necessárias àquilo que se deseja transmitir. Assim: ter clareza sobre o que vamos escrever, listar informações, o que é importante, eliminar o que é supérfluo. Assim teremos uma visão geral do texto que iremos escrever. (Shigueyuki Yoshikuni é jornalista e reside em Lins. E-mail: yoshikumi@ ig.com.br)

Alvaro Posselt (Curitiba/ PR, 1971) é professor de português e poeta. Participou das antologiasPoetrix 3 e 4, da coletânea de minicontos A brisa é você e recentemente da coletânea de haicais A lâmpada e as estrelas. Tem minicontos e haicais classificados em concursos e publicados em diversas revistas, jornais e sites da internet.

Não cresceu com fermento Para o pão ficar grande usei lentes de aumento *** A vida é um flash entre quem está parado e quem se mexe *** Curitiba não nos poupa Ontem eu tomei sorvete Hoje eu tomo sopa (Tão breve quanto agora)

INTERCÂMBIO

Ceramista Yukio Tsukada visita o Japão arquivo pessoal

Magda é amiga antiga. Dos tempos em que ainda, acreditávamos que o futuro era todo nosso, cheio de glórias. Naquela época, Magda tinha um namorado firme, como ela gostava de dizer. Eu, de minha parte, nunca entendia aquele namoro. Quase todo dia ela chegava ao colégio dizendo que um dia mataria o namorado. Enfurecida, falava das últimas que ele havia aprontado e depois caia em prantos. Com o olho fininho e inchado, nariz vermelho como um pimentão, ela assistia a primeira aula. Aos poucos, ia se esquecendo das brigas com o namorado galanteador e se integrando às atividades e aos colegas. Apesar de nunca entender aquele namoro conturbado, éramos muito amigas. Nunca dei um palpite e nem falava nada do que pensava a respeito daquilo, só achava que ela perdia tempo sofrendo e se doendo daquele jeito. E em crise levaram o namoro e depois noivado por longos anos. Muitos longos anos. Os dois terminaram a faculdade, arrumaram emprego, compraram uma casa, montaram ela com tudo que um casal de classe média acha que é de seu direito. Com tudo pronto e sem nada que ali não houvesse, a não ser os dois principais donos do pedaço, tomar posse da casa e assumir a vida a dois, nunca fizeram. Só brincavam de casinha nos finais de semana e sempre com a presença de amigos, muitos amigos. Um dia, finalmente, Magda se encheu daquilo. Anunciou ao noivo quase eterno que estava saindo fora. Ele podia fazer o que bem entendesse, o que ela havia investido ali era tudo dele. Ela nada mais queria. Apenas distância dele e de todas as lembranças. Pediu afastamento da universidade, demissão da outra escola, juntou umas poucas coisas numa valise e deu adeus a todos. Viajou muito, conheceu pessoas de todos os tipos e por fim, para prolongar sua permanência na Europa, conseguiu se engajar num programa de especialização na sua área de formação.

Voltou ao Brasil, quase cinco anos depois. Refeita, amadurecida, não quis se reintegrar àquela antiga vida acadêmica que levava, antes de sair do Brasil. Não sei direito o que Magda faz, sei que trabalha muito em projetos educativos para populações que vivem afastadas dos grandes centros urbanos. Magda reinventou seu jeito de viver. E agora, o que é que ela nos traz? Um enorme convite de casamento. O nome do noivo não me é estranho. Pergunto quem é. Ela responde perguntando se me lembro de assim, assim assado. Sim me lembro. Mas ele havia se casado com a prima de Joana. Magda dá risadas, diz que estou desatualizada. Há muitos anos que ele se separou dela. E completa, ele apenas se juntou com a prima de Joana, tiveram um filho e depois de cinco anos se separaram e isso já há décadas passadas. Brinco com Magda e pergunto se entrará na igreja de vestido branco com véu e grinaldas. Orgulhosa, ela diz que sim. Vai realizar seu antigo sonho de menina e completa dizendo que terá direito a dama de honra e tudo mais que sempre sonhou enquanto jovem. Serão três daminhas de honra, suas queridas sobrinhas netas. E eu, só posso lhe desejar que sejam felizes para sempre, apesar de tudo e de todas as mazelas que o pequeno cotidiano haverá a lhes oferecer. Magda não se aborrece e rindo conta das rabugices que o encantado noivo vive lhe fazendo. E diz que já o alertou: quem largou tudo e foi embora uma vez, não hesitará em repetir a história se preciso for. Ele que se cuide e trate de andar na linha se quiser envelhecer desfrutando da jovialidade e atenção dela. Felizes vidas é o que lhes desejo.

Mari Satake escreve semana sim, semana não neste espaço

marisatake@yahoo.com.br O artista com o presidente da Rádio e TV de Kumamoto, Kobori

LITERATURA

“O be-a-bá do Origami” será lançado nesta segunda-feira

Yukio Tsukada com o prefeito de Kumamoto, Koyama

O ceramista Yukio Tsukada e sua esposa Isa, estão há dois meses no Japão. O artista foi fazer workshop e exposição em Kumamoto e aproveitou para

peregrinar pelo país. O casal foi recebido pelo prefeito de Kumamoto, Kooyama, a quem entregou de presente uma peça sua e pelo presidente da Rádio e Tevê de Kumamoto, Kobori.

Acontece nesta segunda-feira (8), na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, o lançamento do livro “O-be-a-bá do Origami” (Artliber Editora), de Paulo Palma. O autor aprendeu origami há mais de 60 anos. Quando resolveu se aprofundar, lendo livros e comprando materiais específicos, descobriu que as dobraduras eram, na verdade, uma arte que, além de melhorar a habilidade motora, lhe trazia muito aprendizado. À medida que avançava na prática, o autor percebeu que a maioria dos livros ia até certo ponto, explicando a maneira de se fazer origami

apenas com setas e desenhos - o que tornava o aprendizado bastante complicado para quem estava iniciando. O livro ensina com clareza, detalhe por detalhe, vários temas do Origami, como os decorativos; os mamíferos (canguru, cavalo, esquilo, golfinho, gorila); o anfíbio (rã); as plantas (amor-perfeito, tulipa, pitanga, violeta); meios de transporte (aviões) e outros mais. O lançamento do livro “O be-a-bá do Origami”, de Paulo Palma, será no dia 8 de outubro na Livraria Cultura – Conjunto Nacional na Avenida Paulista, 2073, Loja de Artes, das 18h30 às 21h30.


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japansul

Terceira edição se consolida como um dos mais importantes eventos do extremo sul de São Paulo

R

Ryu Jackon – No sábado (29), primeiro dia do 3º JapanSul, quem “roubou a cena” foi o astro mirim Erick Ryu Murakami, de apenas 7 anos, o “Ryu Jackson”, que encantou a plateia com sua imitação do cantor pop Michael Jackson. Além do cover mirim de Michael Jackson, o primeiro dia do JapanSul teve outras atrações, como cantores de karaokê, apresentação do grupo de taikô de Santo Amaro, do grupo de dança do Centro de Estudos daLíngua, e do grupo de dança folclórica alemã, Hallo Welt (em alemão, OLá Mundo), com dois integrantes nikkeis: Luciano Saito e Eduardo Katsumi. No domingo, grupos de dança, de taikô e apresentações de danças folclóricas da alemanha e do Japão, além de cantores de karaokê ocuparam o palco do JapanSul. Nos dois dias, o público também pode degustar pratos típicos da culinária japonesa e passear de barco pela represa (R$ 10,00/meia hora). Cerimônia – A cerimônia de abertura contou com as presenças do presidente da União das Associações Cul-

aldo shiguti

Evento já conquistou um público fiel: no ano que vem, organizadores prometem caprichar ainda mais

O pequeno Ryu Jackson deu um show de interpretação

Grupo de taiko Kiyowa de Santo Amaro foi uma das atrações

Cerimônia de abertura do 3º JapanSul reuniu os deputados Hélio Nishimoto e Jooji Hato

Barraca de culinária no JapanSul Orlando kuwai

ealizado pela União das Associações Culturais de Santo Amaro nos dias 29 e 30 de setembro no Clube da Eletreopaulo, o JapanSul (Festa do Japão na Zona Sul de São Paulo), que este ano chegou a sua terceira edição, está se consolidando como um dos mais importantes eventos do extremo sul da região. De acordo com balanço dos organizadores, nos dois dias de evento passaram pelo local mais de 20 mil pessoas, superando as expectativas e quebrando o recorde de público das duas edições anteriores. “Esta terceira edição foi, sem dúvida, a melhor festa que já realzamos até agora”, afirmou Luiz Tsuneo Kitabayashi, presidente da União das Associação Culturais de Santo Amaro, entidade que reúne sete associações da Zona Sul da capital paulista: Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de Santo Amaro, Associação Cultural Showa, Associação Cultural e Esportiva João Branco, Associação Rural de Casa Grande, Associação Cultural Beneficente Nipo-Brasileira de Colônia Paulista, Associação Cultura de Parelheiros e Associação Cultural e Esportiva de Cipó. Segundo ele, a Comissão Organizadora se reuniu nesta segunda-feira (1º de outubro) para fazer um balanço geral e acertar detalhes para o próximo ano. “O mais importante é que todos ficaram contentes e também nós, organizadores, ficamos com a sensação de dever cumprido, pois estamos atingindo nosso objetivo, que é o de resgatar a força das entidades da Zona Sul”, explicou Kitabayashi, antecipando que a quarta edição já têm data e local confirmados. “Será no primeiro fim de semana de outubro, no mesmo lugar”, assegurou Kitabayashi, acrescentando que “uma das preocupações é corrigir eventuais falhas para que o próximo seja ainda melhor”.

Público pode conferir como se amassa o moti

turais de Santo Amaro, Luiz Tsuneo Kitabayashi; dos deputados estaduais Hélio Nishimoto (PSDB) e Jooji Hato (PMDB); do presidente da Associação Brasileira de Taikô, Orlando Shimada; do presidente do Clube Eletropaulo, Paulo Marinheiro; e do presidente do Festival do Japão, Nelson Maeda. Kitabayashi elogiou a infratestrutura do local e recebeu de volta o elogio do presidente do clube, Paulo Marinheiro, que revelou sua admiração pela organização nipônica. O deputado estadual Jooji Hato discursou pela paz enquanto seu colega na Assembleia Legislativa de São Paulo, Helio Nishimoto (PSDB) agradeceu a SP Turis e o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), “que liberou a emenda para que pudéssemos ajudar esta festa”. (Aldo Shiguti)

O presidente Luiz Tsuneo Kitabayashi

Cerimônia do Chá marcou o segundo dia do JapanSul

Clube fica às margens da represa Guarapiranga

Infraestrutura do clube mereceu elogios dos organizadores e convidados


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A sedução das iscas artificiais!!! Esta modalidade já tem significado número de adeptos e, a cada dia os fabricantes inovam trazendo para o público muitos lançamentos, destinados a ludibriar e atrair os peixes predadores, principais alvos. E de quebra seduzem os pescadores, que aumentam consideravelmente suas caixas de iscas. Mauro Novalo

Curtas

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Práticos e resistentes o Porta Varas com tubo de 4” é indicado para o transporte de varas com segurança, principalmente nas longas viagens. Acomoda de 6 a 8 varas (conforme o tamanho dos passantes) protegidas internamente por uma capa de TNT que minimizam a chance de se chocarem entre si. Externamente utiliza nylon resinado de alta resistência que envolve

o tubo de PVC. A abertura é fechada por meio de zíper,e adicionalmente lacrada por uma tira unida por meio de um velcro. Fornece proteção efetiva contra impactos e toda sorte de traumas. Tamanho “3”: 80 / 125 / 145 / 165 / 175 / 185 / 195 / 215cm e para “4”: 80 / 125 / 145 / 165 / 175/185/195/215/220cm. Cores: a consultar. A venda nas melhores lojas de pesca. Informações www.mtkbrasil.com.br

Linhas Duralon Mustad

facilitar conforme a ação que a vara tem. Por exemplo, se estiver trabalhando com jigs em profundidade o ideal é ter uma vara específica para esta modalidade, sem cansar demasiadamente o pescador e, fazendo a isca desenvolver corretamente o seu trabalho em grande profundidade. Em alguns casos o ideal é ser de ação rápida para não deixar o peixe perceber o engodo e, largar a isca antes do tempo necessário para a fisgada.

H

oje é comum ver nas prateleiras das lojas muita variedade em tralha quando se fala de iscas artificiais. Seja varas específicas para trabalhar em determinada profundidade assim como muitas opções de modelos a disposição para outras ações. Muitos produtos para o consumidor avaliar e testar nas suas pescarias, fazem também aumentar as dúvidas para o que é realmente necessário para pescar aqueles bitelos dos sonhos. Aliás muitas vezes, nem são grandes assim em tamanho, o que vale na verdade é seduzir e atrair o peixe. Conseguir capturar e fotografar então passa a ser o objetivo. O primeiro passo é, como sempre, definir o peixe alvo e a partir daí determinar os locais que servirão de palco e, então começar a pensar nas iscas a serem utilizadas. Claro que vira e mexe, muitas serão adquiridas apenas pelo olhar do pescador, que tem muito de colecionador como característica principal. Definido o local da pescaria e conhecido os peixes que fazem parte deste habitat, é hora de separar as iscas a serem utilizadas. Dentre as iscas ainda a orientação de trabalharem na superfície, meia água ou em profundidade.

Iscas Você pode escolher entre Procure nas melhores casas diversos modelos, imitações do ramo. Informações no site de quase tudo da natureza. www.mustad.com.br Sejam insetos, pequenos peixes e animais, tudo para cair no gosto do mais perfeccionista. O material utilizado na Jeitosa – Moro Deconto confecção que inicialmente era madeira, osso e etc hoje Excelente opção pode ser produzido com side isca de meialicone, plástico e outras -água, com barmatérias primas, tudo para se bela e chocalho, ter uma cópia fiel do que quedisponível em 3 remos utilizar. Sem falar nas versões, ótimo iscas de fly, verdadeiras obras equilíbrio para de arte de tão próximas da rearremessos lonalidade. gos e precisos, Camarões inclusive com variadas opções de cores, fácil de trabalhar - sem arrasto na água - evitando pesos, para facilitar o trabalho assim que o pescador fique cansado ao trabalhar a isca com como se fossem de verdade embaixo dágua, seduzem até toques de ponta de vara. Outras especificações: os mais astutos dos robalos. Jeitosa 80 - comprimento 8cm; Para os frequentadores dos peso 7,5g e ação meia-água flutuante pesque-pagues, a ração artiJeitosa 80 S - comprimento 8cm; ficial é para não passar vonpeso 8,5g e ação meia-água suspending tade nestes locais. Claro que, utilização de plugs e outras Jeitosa 100 - comprimento 10cm; iscas também revertem em peso 10g e ação meia-água flutuante capturas nestes ambientes. Disponíveis nas lojas de pesca! Informações no site Afinal, os peixes não perdem www.morodeconto.com.br ou fone (41)3244 5353 as características de predadoemail: deconto@iscasartificiais.com.br res mesmo acostumados com a ração, que é a alimentação do dia a dia. Iscas como os spinners,

no primeiro momento podem até não chamar a atenção dos leigos, mas ao serem trabalhados nágua mostram a que vieram, atraindo e capturando muitas das espécies de peixes. Encaixam neste caso também os jigs e iscas metálicas, que ao serem devidamente trabalhadas, revelam qualidades que satisfazem e muito os pescadores. Também para estes pode se escolher entre uma variedade de formatos, tamanhos e pesos. As iscas de superfície trabalham na linha dágua ou até cerca de 30 cm de profundidade. Aliam a emoção da pesca com o visual do ataque dos peixes às iscas. Podemos dizer que é uma das preferidas, embora não signifique que traduza em mais resultados positivos. Ver o ataque de uma traíra, de um tucunaré é simplesmente de cair o queixo, deixar sem fala. Ainda mais quando se

consegue visualizar o peixe indo direto para a isca. Errar o alvo nesse caso, não vai representar tristeza ao pescador ao contrário, vai fazer com que capriche mais no próximo arremesso e, trabalhe bem melhor na próxima vez. Cabe dizer que para que isto aconteça, é preciso fazer uso de óculos polarizados, que diminuem os reflexos na superfície dágua, permitindo ao pescador visualizar melhor o que está acontecendo embaixo dágua. E dependendo do peixe, por exemplo o robalo, variedade de trabalho e de iscas acrescido da experiência do pescador (em determinar qual o melhor trabalho para a isca na ocasião) significa ter ou não o peixe posando para a foto no final. Fora a necessidade de muitos, mas muitos arremessos executados, para colocar a isca na cara do peixe! Varas Depende muito da adaptação do pescador com trabalho rápido ou lento da vara e, ou seja a escolha vai depender diretamente da vara escolhida. Seja ela rápida, lenta ou média rápida, os toques imprimidos na mesma vão resultar num trabalho melhor ou mais eficaz para atrair os predadores. Claro que dependendo da isca – seja ela de superfície, meia água ou de fundo – vai

Linhas A indicação recai nas multifilamentos, justamente por serem mais duras (sem elasticidade) e, assim qualquer toque vai ser rapidamente transmitido para a outra extremidade da linha. Se o local apresentar estruturas é preciso ter um líder de fluorocarbono pois o multifilamento é sensível a abrasão e, facilmente pode romper ao tocar numa pedra ou toco submerso. Outra finalidade do líder é evitar o enrosco dos anzóis das iscas na própria linha, matando o trabalho destas. Muitos testes são realizados pelos fabricantes para desenvolver linhas que praticamente somem após mergulhar nágua, para atender quem prefere linhas quase invisíveis. Preciosismo? Talvez, mas se funcionar mais é o que vale! Importante é a observação e constante adaptação do pescador ao local, isto é, perceber as nuances apresentadas sejam na água, no clima e nas ações dos peixes. Poder escolher entre várias opções de modelos, cores, trabalhos e profundidades significam melhores chances de ter bons resultados na modalidade. Segurança Imprescindível usar bonés ou chapéus, óculos e roupas leves com camisas de mangas compridas. Além do conforto isto vai lhe propiciar prevenção de danos maiores no caso de acidentes com iscas. Ótimas pescarias! Apoio: MTK Fishing Adventure Outdoor www.mtkbrasil.com.br Produtos Petersen http://pescabrasil.net/boias.html Moro e Deconto www.morodeconto.com.br Piscicultura Chang www.pisciculturachang.com.br Alkalis www.alkalis.com.br Mustad www.mustad.com.br NIPPAK PESCA

Mauro Yoshiaki Novalo Texto: Mauro Yoshiaki Novalo Revisão: Aldo Shiguti Publicidade nippak@nippak.com.br Tel. (11) 3208-4863


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música

Amigos lotam o Espaço Hakka para comemorar os 15 anos de carreira do cantor Joe Hirata

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ma homenagem singela e rápida. Não só pelo formato do show – foram apenas cinco músicas – mas também pela correria para prepará-lo – menos de uma semana. Mas nem por isso a homenagem organizada pelos Grupos de Amigos de Walter Ihoshi e William Woo ao cantor Joe Hirata pelos seus 15 anos de carreira foi desprovida de emoção. O show, com direito a banda ao vivo, foi realizado no último dia 1º de outubro, e lotou o auditório do Espaço Hakka, em São Paulo. Eram amigos que fizeram questão de levar pessoalmente seu abraço e demonstrar o carinho pelo ídolo. Fãs como a dona de casa Ana Rosa da Rocha Moreto, que saiu do Butantã (Zona Oeste) – pegou ônibus e metrô – para assistir o terceiro show de Joe Hirata. “A primeira vez que ouvi o Joe cantar foi quando estive no Paraná a passeio. Ele estava no programa do Raul Gil”, lembra Ana Rosa, explicando suas preferências pelas músicas “Porto Solidão” e “Lembranças”. “Tenho dois CDs dele, mas o que eu gostaria mesmo era poder assisti-lo no 1º Japão em Alto Mar”, disse a dona de casa, referindo-se ao cruzeiro marítimo de cinco dias no navio MSC Magnífica – cuja principal atração será o show de Joe Hirata com sua irmã, Jane Ashihara, sua sobrinha, Pamela Ashihara, e as convi-

aldo shiguti

Joe Hirata, ao lado da esposa Danielle e de amigos, foi homenageado pelos 15 anos de carreira

O cantor distribuiu bolas para a plateia: “marca registrada”

dadas internacionais, Mariko Nakahira e Franci, além do grupo de taikô Itigô Itiê. A festa em homenagem a Joe Hirata teve início com a apresentação do Grupo de Taikô Todorokidaiko, da Acenbo (Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de Osasco), e com as participações especiais dos cantores Isadora Kataoka e Renato Chibana, dois nomes que também brilham no cenário musical. Entre as canções que marcaram sua carreira, Joe Hirata interpretou “Shining on Kimiga Kanashii”, que lhe rendeu o título do Concurso Amador da Canção Japonesa (Nodojiman) da NHK, organizado pela emissora estatal japonesa, tornando-se o primeiro estrangeiro a sagrar-se

Misturou” e “Kampai”. No intervalo, uma surpresa. Os idealizadores Walter Ihoshi e William Woo, que prestaram a homenagem ao cantor, convidaram para subir ao palco Danielle (esposa do cantor), e o amigo Victor Kobayashi. Para surpresa do artista, Victor Kobayashi, exibiu um vídeo, “tirado do fundo do baú do Instituto Paulo Kobayashi” (entidade fundada por Victor Kobayashi) em que Joe Hirata aparece cantando no Ginásio do Ibirapuera durante as comemorações dos 80 anos da imigração japonesa no Brasil. O detalhe que chamou a atenção do público foram as roupas que Joe vestia na época, no melhor estilo pop. “Fiquei honrado de ter

campeão (Nippon Iti) de um dos mais cobiçados troféus do meio artístico. Cantou ainda “Lembran­ ças”, single lançado em

O grupo Todorokidaiko acompanhou a apresentação do cantor

CINEMA

Filme “Corações Sujos” é destaque em Campinas Atores japoneses e brasileiros participam do filme “Corações Sujos”, rodado em Paulínia (SP), numa co-produção da Mixer Downtown Filmes e Globo Filmes. Os figurantes foram selecionados no Instituto Cultural Nipo-Brasileiro de Campinas e no Okinawa Kenjin de Campinas e movimentou a comunidade japonesa local. O filme tem classificação para 14 anos e está em cartaz no Box Cinemas 4 (Campinas Shopping) e na Kinoplex (Parque Dom Pedro Shopping. A programação está sujeita a alterações e é recomendável confirmar os horários. O filme traz de volta uma triste realidade vivida pelos japoneses que protagonizaram o conflito na época da Segunda Guerra Mundial. É um episódio Shindo Renmei que, baseado em livro do escritor e jornalista Fernando Morais, quando japoneses não aceitavam a derrota e formavam grupos para manter uma inverdade histórica e cruel, num mundo totalmente irreal. O ator japonêsl Tsuyoshi Ihara, que arrancou aplausos da plateia que superlotou o 4º Paulínia Festival de Cinema, quando o filme do diretor Vicente Amorim foi exibido em avant-première. Ihara , que está no filme, é um dos atores mais requisitados no Japão. O destaque também é o ator Du Moscovis, que interpreta o delegado da cidade e a garota revelação Celina Fuku moto (10 anos), uma paulistana, que interpreta a menina Akemi. O filme foi produzido em 2012 e integralmente

celia kataoka

A pequena Celina ao lado de amigos

Letícia Yabiku, Aquico e Jorge Miyamura na avant-première

Vicente Amorim e Luis Yabiku

filmado na região metropolitana de Campinas . A história ocorre em 1945 e 1946 e os japoneses não acreditavam na derrota do Japão. Os que acreditavam na notícia da derrota eram considerados traidores e muitos eram

1998 e que marcou o início de sua carreira profissional, em 1998, “Porto Solidão”, sucesso dos anos 80 na voz de Jessé, “Raça e Ginga,

ameaçados de morte tendo que fugir da região O ator Takeshi Konno interpretou um samurai e segue carreira profissional na área cinematográfica. Já outros campineiros ficaram apenas na condição de figurantes, mas orgulhosos de terem participado no filme, que foi exibido no Japão e agora irá percorrer várias cidades, num circuito nacional. Entre eles, Kenji Hirai, Tadayoshi Iwashima, Luis Yabiku, Marcelo Higa, Tieme Konno, Aquico Miyamura e Kensuke Matsumoto. (Célia Kataoka)

sido homenageado pelo Walter Ihoshi e pelo William Woo”, explicou Joe, que durante várias vezes teve que conter as lágrimas. “Não esperava que, em plena segunda-feira, fosse comparecer tanta gente”, admitiu. “Na hora passou um filme na minha cabeça”, lembra o cantor, acrescentando que a homenagem foi o primeiro de uma série de eventos que pretende realizar até setembro de 2013. “Foi o pontapé para comemorar o aniversário dos 15 anos de carreira, que começa agora. Em fevereiro teremos o cruzeiro, mas meu sonho sempre foi gravar um DVD”, revela Joe Hirata, afirmando que durante sua vida sempre pode contar com os amigos. (Aldo Shiguti)


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sudoku

TÊNIS DE MESA

Criador do jogo, Maki Kaji prestigia a 1ª Copa Jornal Nikkey Shimbun

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ealizada no dia 29 de setembro, na sede da Associação Miyagui do Brasil, no bairro da Liberdade, em São Paulo, a 1ª Copa Jornal Nikkey Shimbun de Sudoku 2012, reuniu mais de 60 participantes entre homens, mulheres, jovens e idosos. Maki Kaji, o criador do jogo, veio especialmente do Japão para este evento. Esta 1ª Copa foi realizada pelo jornal Nikkey Shimbun, com o apoio da Nikoli Co., maior empresa de quebra-cabeças do Japão, e patrocinadas pela Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo), Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil (Kenren), Associação Miyagi do Brasil, Editora Kojiro, Nikkey Palace Hotel, Pilot do Brasil e Nikkey Web. A idealização desta Copa teve como objetivo a divulgação e difusão deste jogo de origem japonesa, recente, que em curto período de tempo alcançou um número gigantesco de apreciadores, se tornando um fenômeno mundial – atualmente é praticado em mais de 120 países, incluindo o Brasil. Talvez o segredo deste sucesso – para espanto do próprio criador – seja sua simplicidade, já que não há necessidade de nenhum equipamento especial, apenas de papel e caneta ou lápis, além da própria mente. Palestra – Em sua palestra, Maki Kaji explicou que “para se resolver o sudoku é necessário apenas perspicácia

nikkey shimbun

Objetivo foi divulgar e difundir o jogo; criador Maki Kaji esteve no Brasil especialmente para a Copa

e criatividade, independente de conhecimento, e principalmente, jogar com prazer”. “E isto se aplica à vida também”, disse Kaji, acrescentando que “o importante é não se entregar totalmente, mas tocar com leveza, não se focando em um ponto mas tendo uma visão geral, e sempre se divertindo”. “Assim aparecem caminhos, até inusitados, e isso é interessante. O interessante é o caminho e não o fim”, destacou. A 1ª Copa Jornal Nikkey Shimbun reuniu participantes com idades entre 8 e 86 anos. Dezesseis conseguiram terminar no tempo estabelecido de 30 minutos. Na aferição do resultado, foram 10 os que conseguiram finalizar corretamente, dentre eles os

primeiros 5 se classificaram para a final, que foi realizada no palco, num tabuleiro gigante, onde todos puderam seguir os seus movimentos. Dois participantes conseguiram completar, e três desistiram devido a erros. Maki Kaji explicou que muitos não conseguem completar devido à pressão que o candidato sente, pois normalmente este jogo é solitário e reservado. “Mesmo aquele que é muito bom, quando se sente observado, fica com o estado emocional abalado, bloqueando o raciocínio e consequentemente não conseguindo fazer nenhum movimento”, destacou. Kyoichi Terao de 61 anos, de São Miguel Arcanjo, natural de Hokkaido, ficou com a

Taça de campeão e uma TV LCD - oferecida pelo empresário Hideaki Iijima, diretor da rede Soho. Terão disse que é pratica sudoku há alguns anos, mas apenas nas horas vagas. Conseguiu esta vitória porque na prévia não tinha chegado ao topo, e que isso fez com que pudesse seguir adiante sem cobranças, de uma forma mais leve, demonstrando que a filosofia do jogo se aplicou à obtenção do seu sucesso. O segundo lugar foi para Eliza Mayu Doi, enquanto Dario Shinohara ficou em terceiro em disputa de jan-ken-po com outros três finalistas, critério sugerido por Kaji. A data da 2ª Copa Sudoku já está confirmada para o dia 29 de setembro de 2013. (do Nikkey Shimbun)

artes marciais

Família Kishikawa comemora 42 anos de kendô Para comemorar 42 anos da prática de kendô da família Kishikawa e 20 anos do Saga Kendô (Hagakure-Kan), o patriarca do clã, Yoshiaki Kishikawa realizou uma festa alusiva à data no último dia 16, no bairro da Aclimação (Zona Sul de São Paulo). O evento contou com a participação de alunos e dirigentes esportivos, totalizando cerca de 200 pessoas. Além de uma competição interna, houve demonstrações e apresentação do grupo de taikô Yama Buki, de Suzano. “Trata-se de uma data muito significativa e me sinto bastante lisonjeado”, disse Yoshiaki, lembrando que a história do Saga teve início em 1982 com a ajuda dos filhos, Jorge (7º dan, kyôshi) e Roberto (7º dan, kyôshi), e da esposa, Mitiko (6º). Segundo ele, “hagakure é uma filosofia de vida que foi deixada pelos samurais da

nikkey shimbun

Mitiko e Yoshiaki Kishikawa: em prol do kendô brasileiro

província de Saga”. “A família Kishikawa tem transmitido esta filosofia há mais de três décadas, orientando o Caminho da Arte da Espada”, conta Kishikawa, lembrando que sua esposa, Mitiko, foi a primeira mulher, casada, a praticar kendô no Brasil. “No início ela foi muito criticada, mas sua determinação e persistência abriram as portas para que outras mu-

lheres pudessem praticar”, explica Kishikawa. “Hoje, o kendô não faz distinção entre homens e mulheres nem leva em conta a faixa etária, sendo muito praticado por crianças. O que as pessoas buscam nos dias atuais é, através da prática, melhorar a harmonia, concentração, dinamismo, controle, equilíbrio mental e a

auto-confiança”, conta Kishikawa, que colaborou para o desenvolvimento do kendô brasileiro como dirigente da Federação Paulista de Kendô e da Confederação Brasileira, além da Confederação Latino-Americana de Kendô. Dança Esportiva – Além de contribuir em prol do desenvolvimento do kendô, Yoshiaki Kishikawa também atua como árbitro em competições de dança. A última foi o 4º Campeonato Brasileiro de Dança Esportiva, realizado no dia 7 de setembro, no Sesc Ipiranga, com promoção da Confederação Brasileira de Dança Esportiva (CBDance). Com certificado da IDTA (International Dance Teachers Association), Kishikawa foi homenageado pela CBDance pelos 43 anos de prática, 20 ensinando e seis como colaborador da entidade. (Aldo Shiguti)

KARATÊ

Delegação brasileira participa de seminário na Argentina com o mestre Yamaguchi Goshi Dias 12 e 13 de outubro acontecem o Campeonato Sul-Americano de Karate-do Goju-ryu e dias 14 e 15 o Seminário Internacional com a maior autoridade do Karate-do Goju-ryu no mundo, o mestre Yamaguchi Goshi (Hanshi 8º Dan), na cidade de Mendoza, Argentina. A delegação brasileira embarcará no dia 10 e entre os selecionados estão os atletas da Associação Shizuoka Goju-kan: Akira Saito, Horácio Saito, Anderson Nascimento, Cláudia Kanashiro,

divulgação

Cartaz do evento em Mendoza

Vinicius Trevisioli Nakamura, Victória Ferreira de Oliveira, Christian Misura Nastari, Marclesson Alves, Marlus Alves e Talita Hayata. O Campeonato Sul-Americano acontece de dois em dois anos e na edição anterior o Brasil conseguiu a primeira colocação na contagem geral de pontos e os atletas da Associação Shizuoka Goju-kan ficaram em primeiro lugar em suas respectivas categorias. O Campeonato Sul-Americano serve também de preparação para o Campeonato

Mundial de Karate-do Goju-kai que será realizado em 2013 na cidade de Mumbai, na Índia. O Campeonato mundial é realizado de quatro em quatro anos e na última edição realizada em 2009 na cidade de Cape Town, na África do Sul, a dupla formada pelos irmãos Akira Saito e Horácio Saito ficou com a terceira colocação na categoria Bunkai-Kumite-Kata e para o próximo mundial esperam conseguir a medalha de ouro inédita para o Brasil.

Influência do esporte na formação e educação divulgação

Ao longo destes 38 anos ensinando a modalidade, pu­ de aprender muito a avaliar comportamentos, atitudes e convivendo com atletas, pais e dirigentes; a cada ano que passa me impressiono mais e concluo “como o tênis de mesa pode Carlos Ishida da seleção brasileira mirim: mudar vidas, famí- talento ou esforço? lias e futuro”. Por ter começado nesta car- feccionistas, religião, irmãos reira de treinador muito cedo, competitivos, frustração na participei de várias gerações, área esportiva, etc. Nosso papel como orienficando nos dois lados, desde atleta infantil até técnico, hoje tador e de criar um compleatuando como dirigente e pai mento na educação do atleta, de atleta, pude observar a im- já que atualmente a grande portância do esporte na for- maioria dos pais buscam um mação do caráter, tais como: conforto para os filhos, prinprincípios, respeito, gratidão, cipalmente na área financeira, trabalhando excessivamente, dedicação, prestação, etc. Desde o Nippon Coun- jogando inúmeras atividatry Club, Piratininga, Acesa des que nem sempre sao e Itaim Keiko como técnico, bem aceitas pelo filho, para mais as palestras nos 27 es- complementar as horas de tado do Brasil e vários países, ociosidade pos escola. Quantas criancas nao tem passaram sob meus ensinamentos mais de 15 mil atletas muitas atividades como: ine acompanhando a evolução glês, espanhol, nihon-gako, deles, me perguntava quais natação, kumon, teclado, os motivos que levavam a dança, balé, futebol, xadrez, alguns a melhorarem rápido, etc. sendo que muitas vezes integrar e interagir com o elas nem tem aptidão para tal grupo naturalmente, obtendo ou gostaria de fazê-las ? Por isso nosso objetivo resultados expressivos desde não pode ser de apenas formar o inicio da carreira. A primeira foi do “atleta campeões no esporte, mas talentoso” X “atleta esfor- sim na vida; temos que criar çado”, esta eterna polêmica para os atletas um caminho que são parâmetros para fazer que os mesmos possam usar, a diferença no resultado final, quando a pressão familiar for muito forte em busca de mais a influência da família. Nem sempre o talentoso e cobrança, resultados, perfeique chega lá, a história mos- ção, modelos tradicionais que tra que os esforçados têm os pais esperam dos filhos, uma vez que estão investindo mais resultados. Também são rapida- muito tempo e dinheiro neles, mente identificados como esquecendo que também diferenciação os filhos: caçu- precisam ser felizes. O esporte la, único, temporão, mais ve- é escolhido pelo atleta e não lho, com pais separados, pre- imposto como algumas situasentes ou ausentes, pais novos ções citadas acima. ou idosos, situação financeira, local onde residem (distância), *Engenheiro escola que frequentam, avós Marcos Yamada, que moram juntos, algum proconsultor espeblema de ter alguém em casa cialista em tênis com alguma deficiência, por de mesa ter sido vítima de tragédia na família, pais campeões e per-

COLUNA AKIRA SAITO

Viver como um cronômetro “O espírito humano pode ser eterno, seus feitos também, por isso a alegria de desfrutar o presente deve ser algo radiante” Quanto tempo perdemos com coisas negativas e quase sempre sem nenhum valor prático em nossas vidas? Sentido pena de si mesmo, reclamando do trabalho, do governo, do trânsito e de tantas outras coisas que nos contaminam no dia a dia. Perdemos muito tempo com tanta negatividade, isto é certeza. Nossa vida é como um grande cronômetro que é acionado no instante em que nascemos e que caminha rápido de forma decrescente e que mal sabemos quando irá zerar, sem aviso, sem alarmes. Não temos a opção de “pausar” este cronômetro, tão pouco fazê-lo andar mais devagar, alguns poucos escolhidos tem a chance de “reiniciar” o cronômetro, mas não sem antes ver a “bateria” quase acabar. O que temos é a única certeza de que um dia nos restará apenas um segundo. Devemos nos ocupar

com coisas que façam realmente algum sentido, com coisas positivas, com coisas produtivas. Ser alguém, pessoalmente e/ou profissionalmente, viajar para conhecer outras culturas, estudar, trabalhar, ganhar dinheiro, doar dinheiro, fazer algo pelas pessoas, pela sociedade em que se vive, ajudar um amigo, dizer que ama sua família, ajudar a melhorar o mundo não poluindo e tendo mais educação, lutar contra a corrupção, não eleger político que não tenha capacidade de administrar o seu dinheiro, fazer coisas por responsabilidade e outras por lazer, escutar mais, discutir menos mesmo tendo razão, gastar menos tempo falando dos outros e aplicando mais tempo corrigindo a si mesmo, olhar para tudo isso e achar que ainda se faz pouco. O tempo do nosso cronômetro não para e precisamos correr para nos transformar em pessoas melhores e com isso transformar o mundo em um lugar melhor, se não for para nós, que seja para nossos filhos!!!!! GANBARIMASHOU!!!!!

*Akira Saito, professor e praticante de Budo há 32 anos, morou no Japão de maio de 1990 a setembro de 1996, onde treinou karate sob a tutela do Hanshi Konomoto Takashi – 9º dan, graduando-se até o 3º Dan e tornando-se instrutor da matriz na cidade de Sagara-cho e das filiais das cidades de Hamamatsu-shi e Hamakita-cho até o retorno ao Brasil. Atualmente tem a graduação de 5 Dan e recebeu o título de Renshi-Shihan da matriz no Japão. E-mail: akira.karate@gmail.com www.karatedogojukai.com.br www.saitobrothers.com www.artesdojapao.com.br www.akirasaito.blogspot.com


12

Festa – No dia 23 de setembro, foi realizado o Festival ABEUNI reunindo gastronomia e diversas atividades culturais japonesas na zona Sul de São Paulo. O evento é formado por jovens voluntários que desenvolvem não só o trabalho social assistencial, mas também o lado pessoal, como o trabalho em equipe, liderança e a organização e ainda promove a troca de ideias, experiências e a amizade. Teve presente no evento os candidatos a vereador George Hato e Victor Kobayashi. (Luci J. Yizima)

Homenagem – A Associação Cultural e Esportiva de Santana comemorou 45º Aniversário de Fundação e o 40º Edição do Engueikai – Gakugueikai e Keirokai em grande estilo, com apresentações de Koto e Shakohachi, Teatro e Danças, na sede da entidade em Santana. O evento teve a presença do vereador Ushitaro Kamia, da deputada federal Keiko Ota, Yoshio Imaizumi (representando o deputado estadual Hélio Nishimoto) que foram recepcionados pela Diretoria da entidade, Mário Suga, Edison Abe, Jorge Terabe e Anezia Takinami. (Luci J. Yizima)

JORNAL NIPPAK

São Paulo, 04 a 10 de outubro de 2012

Ação – No dia 29 de setembro, o Rotary Club de São Paulo – Liberdade em parcerias com Associação Cultural e Assistencial da Liberdade (Acal), Inaci, Drogasil, Eyemori, Enkyo, Oralplace, Cema e Alcon-Novartis e patrocínios do Restaurante Nandemoyá, Instituto Paulo Kobayashi e Somcris promoveram a XXXI Edição Campanha da Saúde - Rotary em Ação pela Saúde e Cidadania do RCSP – Li-

berdade, no bairro da Liberdade em São Paulo. Na ação foram realizados exames de Glicemia, medição de pressão arterial, Hepatite, Oftalmologia, Saúde Bucal e Orientação Alimentar, ao todo foram atendidas 1592 pessoas. Participaram do evento os médicos Yoitiro Mori, Emy Mori, Pedro Tirabosch, Dante Amato Neto, Sergio Mori, Fabio Mori, Roger Kendy Ikeda e das nutricionistas Erica Uchi-

da Watanabe e Simone Matsumoto do Hospital Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo. Também esteve presente no evento presidente do Enkyo (Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo), Yoshiharu Kikuchi, Maurício Kobayashi (diretor da Acal), Jorge Nagano (diretor de Eventos da Acal), Regis Yoshio Shimanoe, presidente do Rotary Liberdade, Ricardo Yoshikawa. (Luci J. Yizima)

Festival - A 10ª edição do Okinawa Festival, realizada nos dias 15 e 16, no Clube Escola Vila Manchester, zona Leste de São Paulo. O evento organizado pela Associação Okinawa Vila Carrão (AOVC) em conjunto com a Prefeitura

de São Paulo e a São Paulo fizeram uma festa para a família, com muita música, muita dança, mágica e com muita solidariedade, pois foram arrecadados 15 toneladas de alimentos. Marcaram presença o vereador Ushitaro Kamia, de-

putado estadual Helio Nishimoto, deputado estadual Jooji Hato, deputado federal Walter Ihoshi, subprefeito de Aricanduva/Formosa/Carrão, Coronel Jorge Leme, Kiyoshi Onaga (presidente da AOVC), entre outros. (Luci J. Yizima)


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