Imagem dos Povos 2009

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BELO HORIZONTE 21 A 27 DE AGOSTO DE 2009 CINE HUMBERTO MAURO – PALÁCIO DAS ARTES FOYER INFERIOR – PALÁCIO DAS ARTES — OURO PRETO 28 A 30 DE AGOSTO DE 2009 CINE VILA RICA ANEXO DO MUSEU DA INCONFIDÊNCIA CENTRO CULTURAL TURÍSTICO DA FIEMG

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Identidade e diversidade, o binômio predominante da nova configuração das relações internacionais. O valor do particular e do exercício do diálogo entre diferentes. Imagens e sons articulados de maneira a propiciar uma relação mais justa, criativa e sustentável entre os povos. No ano da França no Brasil apresentamos a imagem contemporânea que os realizadores dos países do “sud” vêem construindo de seus povos, a partir da parceria com o mais “colorido” dos países do norte. Esta celebração da pluralidade das imagens da África, do Caribe e do Brasil através de uma seleção dos mais significativos filmes de realização recente transcende a constatação deste novo tempo de relações, ao abrir uma janela para o encontro de culturas tão próximas e ao mesmo tempo desconhecidas entre si. Para além da festa do encontro as inúmeras possibilidades que se apresentam para o desenvolvimento de ações conjuntas, criações coletivas, muito som, imagem e ação. O sincero agradecimento a todos que contribuíram para a realização desta V Mostra Internacional, exemplo claro da associação coletiva intrínseca do fazer audiovisual. Bem vindos às montanhas de Minas, bem vindos ao IMAGEM DOS POVOS.

Tâmara Braga Ribeiro e Adyr Assumpção Idealizadores e Diretores do IMAGEM DOS POVOS

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Em 2005, a França acolheu o Brasil, com grande prazer e imenso sucesso, um Brésil-Brésils múltiplo, enraizado no presente e na modernidade sem nada perder de sua influência sobre o imaginário. Em 2009, o Brasil abre generosamente suas portas à França. Algumas centenas de eventos estão sendo organizados por todo o país, em todas as áreas, refletindo uma sede de se compreender, de trabalhar, de criar juntos, de pôr em prática a parceria estratégica entre os dois países. Mas qual França o Brasil vai receber ? Uma França orgulhosa de sua memória, evidentemente, uma memória viva que ela gosta de partilhar bem além de suas fronteiras. O Brasil, aliás, na sua alegre antropofagia, nutriu-se da França ao longo de toda sua história, digerindo-a e metamorfoseando-a à sua maneira. Deste apetite que os países têm, um pelo outro, resulta o desejo de reencontrar as idéias, as imagens, os sabores, para prolongar o prazer de se conhecer e de se surpreender mutuamente. Mas a ambição do Ano da França no Brasil é também a de mostrar imagens e proporcionar sensações de uma França diferente, mais contrastante, mais aventureira do que poderíamos imaginar. Uma França que adora provar outras culturas, explorar outros territórios. Uma França que se inquieta e se questiona, em constante mutação, ao ritmo da evolução de sua sociedade, que é tão diversa quanto a sociedade brasileira. Uma França que cria a partir de suas interrogações, contemplando o mundo. Uma França, sobretudo, que olha para o Brasil. Com admiração, humildade, mas sabendo também o que ela ainda pode lhe oferecer. Uma França faminta de Brasil, que desde Jean de Léry até o rapper MC Solaar, passando por Blaise Cendrars e Claude Lévi-Strauss, gosta de se alimentar do Brasil, enriquecendo assim suas reflexões e seus impulsos. O nome deste Ano é França.Br 2009. A França é convidada a percorrer no Brasil os imaginários tão rapidamente quanto nos permitem as navegações na Internet, mas também construindo uma relação forte e ativa, permitindo que os franceses e os brasileiros atuem em conjunto no mundo.

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Yves Saint-Geours − Presidente do Comissariado Francês Danilo Santos de Miranda − Pres. do Comissariado Brasileiro Anne Louyot − Comissária geral francesa Roberto Soares de Oliveira − Comissário geral brasileiro


O Imagem dos Povos vem-se consolidando como um espaço privilegiado não só para a exibição de filmes, mas também para a discussão em torno do fazer cinematográfico. Neste ano, a mostra foi antecedida por um seminário importante para a qualificação de produtores brasileiros. Eles tiveram a oportunidade de entrar em contato com agentes culturais franceses, no âmbito do Ano da França no Brasil, abrindo novos horizontes e a perspectiva de coproduções internacionais. Depois de realizar suas primeiras edições em Ouro Preto, o Imagem dos Povos, desde 2008, passou a acontecer, também, em Belo Horizonte, ampliando o acesso do público a obras instigantes de todo o mundo. O fato de se voltar o foco, de cada edição, para determinadas cinematografias, com um trabalho cuidadoso de pesquisa e curadoria, é um dos grandes destaques deste evento. Neste ano, além dos brasileiros, teremos a oportunidade de conhecer filmes africanos, franceses e caribenhos. Certamente veremos muitas produções que passam ao largo do circuito exibidor tradicional. Trata-se, então, de um momento especial a ser aproveitado pelos cinéfilos e por todos aqueles que se interessam pela cultura dos mais diferentes povos. A Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, apoiadora do evento, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, cumprimenta os realizadores e deseja longa vida ao Imagem dos Povos.

Paulo Brant Secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais

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O BNDES acredita que as diversas formas de expressão cultural constituem uma das principais riquezas do Brasil. O vasto impacto social da cultura, porém, não se resume à esfera da identidade. As manifestações culturais têm também uma dimensão econômica, constituindo uma nova oportunidade de desenvolvimento para o Brasil. A missão do BNDES é ajudar a criar um ambiente favorável ao desenvolvimento das empresas criativas e dos criadores, para que o mercado possa ser ampliado, ganhar eficiência e realizar o seu potencial, não apenas de sustentabilidade econômica, mas de ganhos sociais (emprego, renda, acesso aos bens culturais). Assim, desde 1995, o BNDES vem apoiando a atividade cultural por meio de patrocínio com recursos incentivados e não incentivados a projetos culturais nas áreas de patrimônio histórico, acervos, cinema e música, sendo hoje um dos maiores patrocinadores à cultura do Brasil. Recentemente, foram desenvolvidas também algumas iniciativas pioneiras de financiamento reembolsável, dentre as quais vale citar o apoio financeiro a editoras de livros e a salas de projeção cinematográficas. Além de fomentar os elos da cadeia do setor audiovisual, inclusive empresas de infra-estrutura, fornecedores, distribuidores, exibidores e produtores, o patrocínio ao V Seminário Internacional Audiovisual complementa a ação do BNDES voltada para este setor, uma vez que tal evento visa a viabilizar o contato entre as entidades financiadoras nacionais e internacionais e os realizadores de atividades audiovisuais, permitindo a apresentação de linhas de atuação e procedimentos a serem adotados para o encaminhamento de projetos, estabelecendo, assim, amplo e democrático modelo de acesso a financiamentos públicos e privados para tal setor.

BNDES

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A VALLOUREC & MANNESMANN TUBES (V & M TUBES) é um dos principais produtores de tubos de aço sem costura do mundo. Com unidades na Alemanha, França, Brasil e Estados Unidos, além de uma estrutura para processamento final de tubos na China, a V & M TUBES possui uma capacidade de produção de três milhões de toneladas de tubos para diversas aplicações. Criada em 1997, por meio de uma joint venture entre o grupo francês VALLOUREC e a alemã MannesmannröhrenWerke GmbH, a VALLOUREC & MANNESMANN TUBES incorporou, em 2000, a empresa brasileira Mannesmann S.A., que passou a se chamar V & M do BRASIL Uma das mais modernas siderúrgicas integradas do mundo, a V & M do BRASIL produz tubos de aço sem costura a partir de matéria-prima e energia fornecidas pelas subsidiárias V & M FLORESTAL e V & M MINERAÇÃO. Os altos-fornos são alimentados com energia 100% renovável – o carvão vegetal proveniente das florestas plantadas da Empresa. Com capacidade para produzir cerca de 600 mil toneladas de tubos por ano, é um dos complexos siderúrgicos mais modernos e bem equipados do mundo. Responsabilidade Social e Ambiental A V & M do BRASIL acredita que suas iniciativas, programas e investimentos nas áreas social e ambiental, beneficiando os empregados, seus familiares e comunidades, contribuem para a construção de um futuro socialmente mais justo e equilibrado. Com investimentos anuais diretos e também recursos provenientes das leis de incentivo fiscal, a Empresa apóia projetos direcionados à educação, esporte, cultura e meio ambiente. Com foco na inclusão social e na geração de renda, também são implementadas ações voltadas para a capacitação profissional e a formação de mão-de-obra qualificada. Os projetos beneficiam direta e indiretamente milhares de pessoas no Estado de Minas Gerais. Além da responsabilidade social, a V & M do BRASIL é uma empresa que se compromete com a conservação ambiental como um pilar de seu negócio. O próprio processo de produção é o exemplo maior deste compromisso de sustentabilidade. As emissões de gás carbônico durante a produção do aço são compensadas pelo processo de fotossíntese no crescimento das florestas plantadas de eucalipto da V & M do BRASIL, que ainda liberam grande quantidade de oxigênio na atmosfera. É isso que confere aos tubos de aço sem costura V & M do BRASIL o título de “Tubos Verdes”. Marco Antônio Dias Analista de Comunicação

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PROGRAMA IMAGENS DA テ:RICA

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Os filmes reunidos na seleção Imagens da África foram apresentados, com duas exceções – Buud Yan, e Barakat - na mostra competitiva do último FESPACOFestival Panafriacano de cinema e televisão de Ouagadougou, realizado em fevereiro de 2009. Este festival, que comemorou quarenta anos de existência, é a mais importante janela do cinema africano e também a sua mais atual. Sendo assim, esta seleção que ora apresentamos, salvo as duas exceções citadas, apresentadas em edições anteriores do mesmo Festival e que constam nesta programação como uma homenagem a Gaston Kaboré e Djamila Sahraoui, seus realizadores, representa um panorama preciso e diverso do real estado do cinema africano do século XXI. Podemos separar esta seleção em três programas, a partir de uma divisão geográfica, que se não dá conta total das intercessões e dos aspectos comuns que unem a produção audiovisual do continente africano, aponta para as diversas direções tomadas por esta produção neste momento. O primeiro deles, que podemos chamar de Imagens do Magreb, reúne filmes do Marrocos, da Argélia, da Tunísia e do Egito. Além da proximidade geográfica podemos identificar o diálogo entre a tradição e modernidade e um olhar sobres as questões urbanas das grandes cidades. Assim “O que Lola quer” (Whatever Lola Wants) do marroquino Nabil Ayouch parte das ruas de Nova York para chegar às tradições modernas do Egito colonizado do início do século XX, construindo uma narrativa ágil e sedutora a partir das contradições entre o pensamento conservador e um mundo cada vez mais globalizado. Esta mesma duplicidade conduz a hilariante comédia do argelino Lyes Salem, “Mascarados” (Mascarades) que brinca com as tradições do casamento, assim como o tunisiano “A outra Metade do Céu” (L`autre moitié du ciel) da diretora Kalthoum Bornaz trata das diferenças entre os direitos das mulheres e dos homens no mundo árabe. Completando esta paisagem do norte da África “Al Ghaba - Os Demônios do Cairo” (Les Démons du Caire) dirigido pelo egípcio Hamed Atef apresenta as entranhas e as tribos das ruas do Cairo contemporâneo, enquanto o argelino Amor Hakkar nos transporta em “A Casa Amarela” (La Maison Jaune), para a simplicidade do universo camponês. “Sektou”, o último título desse programa é um premiado curta metragem do argelino Khaled Benaissa , que confirma uma tendência do cinema daquele país de tratar de forma cômica e absurda as questões do cotidiano.

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O segundo programa apresenta Imagens da África Ocidental ou Imagens da África Negra e compõe-se de produções do Senegal , de Camarões, do Mali e de Burkina Faso. Extremamente politizados os filmes destes países apontam as contradições internas advindas de governos longevos, de uma exploração internacional das suas riquezas naturais e da multiplicidade étnica, cultural e religiosa das suas populações. “Fantan Fanga” (O Poder dos Pobres) dos malineses Adama Drabo e Ladji Diakiteé exemplar desta combinação. Partindo de um fato acontecido recentemente, o assassinato de um albino por caçadores de cabeças de albinos, o filme traça um panorama dos imbricamentos da política, das artes, da cultura e das complexas tradições do povo do Mali. Além dos conteúdos próprios os filmes recentes da África Negra trazem também inovações formais tanto no trato das imagens e sons quanto e principalmente numa nova maneira de atuação dos atores, mais coloquial e menos expansiva. Com certeza este fato reflete o retorno de alguns criadores, que depois de algum tempo fora de seus países, vivendo principalmente na Europa, voltam a produzir em casa com um olhar que combina o intimo e o estrangeiro. Os “Fogos de Mansaré” ( Le Feux du Mansaré ) e a “Ausência” ( L”absence )dos senegaleses Mansour Sora Wade e Mama Keita espelham esta tendência tanto na busca de soluções formais novas para as narrativas quanto na condução das tramas por personagens que voltam para casa definitivamente ou num momento especifico e revelam com a sua chegada um estado de coisas a ser transformado. O camaronense “Ma Saah-sah”, dirigido por Daniel Kamwa e a “Dança Secreta em Yaka” (Danse sacrée à Yaka ) dirigido pelo burkinabé Guy-Désiré Yaméogo revisitam as tradições animistas das suas regiões estabelecendo um ponte com o grande épico Budd Yam de Gaston Kaboré, também burkinabé, no sentido de traduzir na linguagem audiovisual todo o universo da tradição oral que caracteriza estes povos. O último programa, as Imagens da África do Sul reúne três filmes, duas ficções e um documentário coincidentemente ambientados num mesmo momento histórico permitindo com este triplo olhar uma visão de 360 graus sobre um dos acontecimentos mais importantes do século XX, que foi o fim do regime do apartheid e a ascensão do CNA ao poder na África do Sul.. “Triomf” (Triomf) e “Nada, Mas a Verdade” (Nothing but the Truth) as histórias ficcionais tem origem em outros

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suportes. O primeiro dirigido por Michael Raeburn é baseado no premiado romance Triomf de Marlene van Niekerk e narra o que acontece com uma família branca e pobre num subúrbio de Johanesburgo no momento da mudança política. Além da precisão do texto e da fotografia o destaque fica para a interpretação dos atores. Os atores também são o destaque em “Nada, Mas a Verdade” de John Kani, que originalmente é uma peça de teatro escrita e interpretada pelo próprio diretor do filme e que fez muito sucesso recebendo os principais prêmios do teatro londrino. “Nada, mais a Verdade” acontece no mesmo momento de “Triomf”, só que numa família negra em Porto Elizabeth, outra cidade sul africana. “Atrás do arco-íris” (Behind the Raimbow) o documentário da diretora libanesa Jihan El-Tahiri, realizado na África do Sul revela os bastidores da mudança política demonstrando a capacidade de revelação que um documentário inventivo, mesmo quando abordando um assunto de conhecimento tão amplo pode ter. Concluindo as Imagens da África contemporânea, uma homenagem a diretora argelina Djamila Sahraoui com a exibição do seu filme “Barakat!”, realizado em 2006, que recebeu muitos prêmios nos festivais internacionais e que com a mesma persistência de personagem Amél , a médica do seu filme , tem sido uma referencia importante para o surgimento de novas diretoras no cinema africano.

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01. IMAGENS DO MAGREB

Whatever Lola Wants (O que Lola quer) 2007, Marrocos, 115 minutos. Direção Nabil Ayouch Elenco: Achmed Akkabi, Milia Ayache, Assaad Bouab, Ahmed Boulane, Jennica Carmona, Myriam Fakhr Eddine, Abdellatif Khamouli. Lola vive em Nova Iorque, onde trabalha no correio. Ela sonha em se tornar dançarina. Seu amigo gay Youssouf lhe fará descobrir a história de Ismahan, a lendária dançarina egípcia. A partir de então o projeto de vida de Lola é tornar-se uma bailaria tão fascinante quanto Ismahan. Mas este projeto é capaz de superar todos os obstáculos, inclusive aqueles ocasionados por um desilusão amorosa?

Mascarades (Mascarados) 2007, Argélia, 92 minutos. Direção Lyes Salem. Elenco: Lyes Salém, Sarah Requiea, Mohamed Bouchaib. Mounir Mekbel vive com sua família em uma pequena vila. Muito orgulhosa e confiante quanto a si própria. Ela possui um sonho: casar-se, mas a vila inteira acredita que ela terminará solteira. Uma noite, Mounir volta embriagada da cidade e anuncia que achou um rico pretendente. E a organização da cerimônia começa... só que sem o marido!

La Maison Jaune (A Casa Amarela) 2007, Argélia , 84 minutos. Direção Amor Hakkar. Elenco : Aya Handi, Tounès Ait-Ali, Amor Hakkar , BissaRatiba Ghomrassi. Aya, uma jovem garota de doze anos, cava um pedaço de terra árido. Uma viatura da polícia se aproxima. Um dos policiais lhe entrega uma carta e lhe informa que seu irmão, que prestava o serviço militar, morreu em um acidente. Pilotando seu triciclo, o pai, um camponês modesto de Aurès, sai em missão desesperada: recuperar o corpo do filho. Fátima, a mãe mergulha em imensa tristeza. Este pai, muito afetado e ajudado pela filha Aya, conseguirá devolver o sorriso à sua mulher e aos seus?

Al Ghaba (Les Démons du Caire / Os Demônios do Cairo) 2008, Egito, 92 minutos. Direção Ahmed Atef . Elenco: Reham Abdel Ghaffour, Hanan Metawie, Ahmed Azmi. Os personagens são de dois ambientes diferentes. O primeiro diz respeito a vida de Turbini, individuo violento

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que recorre a todo tipo de arma e que não hesita em fazer sofrer seus camaradas. Do lado oposto, Hamossa. Dotado de uma prodigiosa inteligência ele está a serviço da policia em troca de poder exercer suas atividades de traficante de drogas. Ele é considerado um verdadeiro Deus em seu meio. Foi ele quem denunciou Turbini à polícia.

Shtar M´haba (L`autre Moitié du Ciel / A Outra Metade do Céu) 2008, Tunísia, 93 minutos. Direção Kalthoum Barna. Elenco: Younès Ferhi, Sana Kassous, Mourad Meherzi, Féthi Messelmani, Sihem Msaddek, Ayham Kamel. Com 20 anos, Sélim e Sélima são gêmeos que moram na Tunísia com seu pai, Ali, advogado que trabalha banca de advogados na cidade. Sua mãe morreu ao colocálos no mundo. Um dia, Sélima descobre que as mulheres herdam apenas a metade da parte do irmão; ela, então, interroga o pai que lhe recita a passagem do Corão onde emana esta lei incontestável. Ali morre, Sélim aplica a lei e migra para o exterior com sua parte da herança. O que acontecerá á Sélima?

Sektou (Ils Se Sont Tus) 2009, Argélia, 18 minutos. Direção: Khaled Benaissa. Elenco: Zahir Bouzrar, Hichem Mesbah Após uma longa noite de trabalho, Smain não pensa em outra coisa que não a sua cama. Enfim um sono profundo e repousante! Mas, para sua infelicidade, a extraordinária cama se transforma em um quarto no terceiro andar de um prédio no centro de uma vila mediterrânea. Agora as coisas se complicam para Smain. Pois o sono é um sonho, e este sonho um pesadelo...

Barakat! (Barakat) 2006, Argélia, 94 minutos. Direção: Djamila Sahraoui Elenco: Rachida Brakni, Fettouma Bouamari, Zahir Bouzrar. Amel é médica de emergência num hospital na Argélia. Ela se esforça, na medida do possível, para conciliar sua profissão e sua juventude, apesar da guerra civil. Uma noite, voltando para casa, Amel constata que seu marido jornalista desapareceu e decide partir a sua procura. Vai acompanhada de Khadidja, uma enfermeira que, em sua juventude, ficou conhecida nos combates pela independência.

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02. IMAGENS DA ÁFRICA NEGRA

Fantan Fanga (Le pouvoir des Pauvres / O Poder dos Pobres) 2008, Mali, 90 minutos. Direção de Adama Drabo e Ladji Diakite. Elenco: Adama, um albino, é pego por caçadores de cabeça de albinos, assassinos que após seus crimes, dominam o campo. Daouda consegue fotografar os bandidos. Fafa, outro albino e amigo do defunto, lança avisos de procura do corpo da vítima. Ele interpela douga, o chefe de polícia, mas este último, face ao caráter explosivo do dossiê, confia as buscas à Fily, uma jovem inspetora inexperiente. Não há a menor chance de se enterrar Adama sem sua cabeça... Se não, a desgraça atingira todo o país.

Le Feux Du Mansaré ( Le Feux du Mansaré / Os Fogos de Mansaré) 2008, Senegal, 90 minutos. Direção Mansur Sora Wade. Elenco : Ibrahima Mbaye, Khady Ndiaye Bijou, Cham Joola Marie Diouf, Elhadj Dieng Blanc, Aïcha Emile Adams, Caroline Termoz, Renaud Farah, Claudie Rita Sahna. Mathias retorna com triunfo à Mansaré, sua cidade natal, após fazer fortuna no estrangeiro em alguns anos. Ele quer fazer negócios e se casar com Nathalie que lhe fora prometida no nascimento, mas dá de frente com a resistência da jovem garota, apaixonada por Lamine, um muçulmano, amigo de Mathias que, por sua vez, é cristão. Entre os dois homens e, paralelamente, entre as duas comunidades, a tensão sobe. Quando Nathalie foge, no dia de seu casamento, Mathias resolve revirar a cidade de ponta à cabeça para encontrá-la, mais por orgulho do que por amor.

L´Absence (A Ausência) 2008, Senegal, 84 minutos. Direção: Mama Keita. Elenco: William Nadylam, Ibrahima Mbaye, Mouss Diouf, Mame Ndoumé Diop, Jackie Tavernier Após uma longa estadia na Europa, Adama volta para casa. As lembranças de sua infância o reenviam, dolorosamente, à imagem de seus pais que partiram para o outro lado. Neste contexto, vazio de afetividade, somente sua avó e sua irmã preenchem seu cotidiano. Ele descobre, uma noite, que sua irmã surda-muda se entrega à prostituição.

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Ma Saah-Sah (Ma Sâ sâ) 2008, Camarões, 95 minutos. Direção Daniel Kamwa. Elenco: Abdel Aziz Nchankou, Mfouemou Béa Flore , Adamou Njoya. A ação acontece na região de Bamoun, no Camarões. Nchare tem apenas 16 anos quando seu pai morre. Ele é acolhido por seu tio Achirou e se muda para uma nova aldeia onde, desde sua chegada, ele troca olhares com uma adolecente de 14 anos chamda Mapon. É o começo de um amor recíproco. Ao se tornar adulto e escultor de bronze, Nchare quer merecer ser o noivo oficial de Mapon, mas um rumor tenaz faz pairar a dúvida sobre sua circuncisão. Ele tem que rivalizar com outros pretendentes durante o ritual periódico da dança da sedução, sob os olhos dos habitantes da aldeia e na presença de « NjiMâh´Nkam », o Grande Dignitário da mesma. Pouco após a celebração de noivado no respeito das tradições locais, Nchoutpouen, a mãe de Mapon, dá à luz ao seu quarto filho. A criança logo adoece, levando Moumpain, o pai, a aceitar a ajuda financeira de um generoso homem de negócios chamado Moluh. Este último não tarda à pretender que Mapon seja sua quarta esposa, tornando-se um inesperado rival para Nchare. Mapon fica encurralada em uma estranha situação, onde seu pai, além de negar a promessa feita à Nchare, tende a empurrá-la nas mãos de Moluh, o qual ela não deseja, se quer, encontrar. Ela consegue com o Grande Dignatário a promessa de que ele faria com que seu pai voltasse à razão. Mas, ao mesmo tempo, o irredutivel Moluh que, por acaso é o deputado local, busca afastar definitivamente Nchare causando uma intriga na qual este seria presumidamente acusado de roubo... À menos que não se produza uma surpresa de última hora.

Danse Sacrée À Yaka (Dança Secreta em Yaka) 2008 , Burkina Faso, 87 minutos. Direção Guy-Désiré Yaméogo.

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Binéta, uma jovem estudante, mora com seus pais em Yaka, uma pequena vila de Burkina. Uma noite, voltando da aula, ela descobre que se casará com Baldé, um velho tabelião da vila. Bénita foge de casa e se instala na cidade. Em sua ausência, o casamento é celebrado e os fetiches da vila se tronam testemunhas desta nova união. Pouco tempo depois, Baldé morre. Em Yaka, em circunstâncias parecidas, a viúva do interessado deve dansar


em um ritual para o repouso da alma de seu marido. Convocada, Binéta se recusa a voltar à vila, pois, pra ela, o casamento nunca aconteceu. É o começo de uma série de eventos que a mergulham em tromenta.

Buud Yam 1997, Burkina Faso, 99 minutos. Direção: Gaston Kaboré. Elenco: Serge Yanogo, Amssatou Maiga, Sévérine Ouddouda. Wend Kuuni foi encontrado quase morto na selva quando era criança e foi adorado por uma família. Apesar de ter sido aceito pela comunidade da aldeia continua a ser tratado como um forasteiro. A vida em família decorre serena até o dia que Poghnéré, sua irmã adotiva, fica gravemente doente. Wend Kuuni parte em busca de um curandeiro lendário para salvar sua irmã da morte. Sai então de sua aldeia adotiva e começa uma jornada iniciática que o conduzirá rumo às suas próprias raízes.

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03. IMAGENS DA ÁFRICA DO SUL

“Triomf” (Triunfo ) 2008, Zimbábue, 120 minutos. Direção: Michael Raebum. Elenco: Pam Andrews, Obed Baloi, Vanessa Cooke. Baseado na novela Triomf de Marlene van Niekerk. 1994 - 5 dias na vida de uma família afrikaner num subúrbio de Johanesburgo. 1994 - Em cinco dias, a África do Sul conhecerá sua primeira eleição democrática. Esta contagem regressiva é pontuada por extremos que colocam em efervescência o país. As tensões são ainda mais fortes em Triomf, subúrbio branco e pobre de Johannesburg. Neste gueto a família Benade está desamparada ao ponto do Tio Treppie culpar seu débil sobrinho, Lambert, que fará 21 anos no dia da eleição.

Nothing But The Truth (Nada, Mas a Verdade) 2008, Africa do Sul, 75 minutos. Direção John Kani. Elenco: John Kani, Rosie Motene , Motshabi Tyelele. Sipho Akhaya trabalha na Biblioteca Central de Porto Elisabeth. Ele é o diretor adjunto e espera , após quarenta e três anos de bons e leais serviços, de humilhações e sofrimentos sob o apartheid (durante o qual seu filho é assassinado) enfim chegar à direção. A política da nova África do Sul não visa a promoção dos negros?Sipho só com sua filha, Thando, que acompanha os debates da Comissão verdade e Reconciliação na esperança de conhecer enfim a verdade sobre a morte de seu irmão...

Behind The Raimbow (Atrás do arco-íris) 2009, Egito, 125 minutos. Direção: Jihan El-Tahiri. Este documentário explora a transição do CNA (Congresso Nacional Africano) para uma organização liberal no partido da situação da África do Sul, pela evolução da relação entre dois de seus mais proeminentes quadros, Thabo Mbeki e Jacob Zuma. Exilados pelo Apartheid, eram irmãos de causa, sob Mandela, eles lealmente trabalharam pela construção de um estado não racial, agora eles são rivais amargos. O duelo entre ambos ameaça separar o CNA e o país, enquanto os pobres desesperadamente procuram esperança na mudança e a elite briga pelo mimo da vitória. O filme trás entrevistas com os líderes antigos incluindo Jacob Zuma, Kgalema Motlanthe, Pallo Jordan, Thabo Mbeki e Terror Lekota e os atuais.

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PROGRAMA IMAGENS DO CARIBE

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ONDE ESTÁ O CARIBE?

por María Belén Moncayo − Ochoymedio (Ecuador) Curadora Imagens do Caribe

As circunstancias extra-audiovisuais que atravessam a curadoria que proponho são um reflexo fiel das práticas curatortiais contemporâneas que se realizam sob um olhar que, como diria Cuauhtémoc Medina, persegue “alterar a geopolítica cultural”. No Imagem dos Povos 2009 o mapa hegemônico é desprezado para dar importância a outras vozes, a outras visões , outras cores: Brasil pede ao Equador para selecionar a arte atual de imagem em movimento , concebida ao redor do universo caribenho que reconhece um parentesco com a francofonia. Conseqüência:Vinte e duas películas de diversos gêneros. O mapeamento do principio ao fim das obras, ilustra a hibrides cultural e a dinâmica “glocal” que se tece nesta compilação: Katia Paradis, uma muito jovem viajante que vive entre o Belize e o Canadá faz um retrato de três anciãos negros deste país da América Central, Caecília Tripp, uma afro-alemã que vive em Paris nos apresenta um fragmento da noite paulista e o passeio de dois poetas por Nova York, um da Martinica e outro da Jamaica; seu colega. Pascale Obolo, um camerunense que explora em vídeo digital o conceito de “futurismo africano”; Edgar Endress, um chileno que vive nos Estados Unidos, apresenta sua visão das diásporas afro-caribenhas no país onde está baseado; o mexicano Elias Brossoise, desequilibra a Torre Eiffel e oferece sua visão sobre o tráfico de armas no Kosovo; Barbara Prézeau, haitiana, viajante inesgotável que resume sua postura de gênero em um revelador videoperformance ; seu conterrâneo e companheiro de trabalho, um especialista em realidade virtual, licenciado por uma universidade francesa, traduz uma ação artística a partir de um ritual vodu; Elodie Berthélemy, uma artista plástica de dupla ascendência, francesa e haitiana, trança o cabelo de algumas mulheres e forma uma rede fraternal indissolúvel; Duas duplas de realizadores, a primeira Hervé Cohen e Guetty Felin: a campanha de Barak Oba-

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ma será o seu melhor pretexto para expor suas pulsões expatriadas francesas, sefaraditas, parisienses, haitianas e americanas; a segunda dupla Stèpahanie y Steve James de Guadalupe buscam em cada destino confrontar a vida de mulheres da diáspora caribenha ou africana que vivem fora de seus contextos, as encontram e trazem também a descoberta do Mozart negro e o “almendrón” cubano. Anne Lescot, nascida em Paris, de pai haitiano e mãe italiana e Laurence Magloire que nasceu no Haiti e vive no Canadá registram o cotidiano de homossexuais e queers envolvidos com o Vodu: Alberto Arvelo da Venezuela atualiza o novecentista drama histórico Cyrano de Bergerac de Edmmond Rostand num relato de favelas, sangue e rap; Giscard Bouchotte, de origem haitiana, vive entre Paris e Nova York, como ator e diretor de teatro e cinema, propõe um documentário honesto sobre a vida de uma mulher negra e anciã, plena de sabedoria. E para fechar com chave de ouro – e reforçar a condição glocal desta mostra – arrisco uma homenagem a Arnld Antonin (primo de Barbara Prézeau) com uma pequena retrospectiva da sua filmografia. Antonim, haitiano, estudou economia em Roma e cinema em Caracas, realizou desde 1974 quarenta e cinco filmes e recebeu prêmios do Canadá até Camarões; um autor, professor e militante comprometido com os direitos humanos das comunidades afro, com os estudantes, as mulheres e as camadas sociais mais vulneráveis. Mais que uma tarefa profissional, uma experiência afetiva que me permite situar em meu trópico-andino as diásporas caribenhas que dia a dia nutrem minha paisagem.

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01. SELEÇÃO CORPOS

PROGRAMA 1

Acto Primero Escena Cuarta (Primeiro Ato, cena quatro) 2009, México, video experimental, 8 minutos. Direção: Elías Brossoise Duas mulheres, dois tempos, um diálogo imperceptível. Evocação da diva cinematográfica, da diva da ópera. As imagens fixas falam também...

De Hombres Y Dioses (De Homens e Deuses) 2002, Haiti, documentário, 52 minutos.Direção: Anne Lescot e Laurence Maglorie. Esse documentário filmado no Haiti é sobre homossexuais e gays no Vodou. O encontro desses dois mundos nos leva a um ambiente poderoso, místico e simbólico onde a liberdade de ser , de existir e de encarnar os deuses é expressada através de emoções profundas e teatrais. Através disto nós aprendemos a necessidade que esses homens tem em achar um significado de suas vidas dentro de uma sociedade no qual a homossexualidade ainda é um tabu.Através do Vodou, alguns Haitianos homossexuais acham uma explicação para sua sexualidade e consideram-se as”crianças” dos deuses, e por isso são providos de proteção. Essa mesma proteção divina é também a mesma força que faz a sociedade civilizada a aceitar e respeitar a extensão desses homens. Esse filme é uma longa jornada, explorando um tema extremamente sensível com a ajuda de tocantes personagens com o desejo de viver e ser quem eles são independente dos obstáculos que encontram no caminho.

PROGRAMA 2

Connexion (Conexão) 2009, Haití, documentário, 11 minutos. Direção: Elodie Barthélemy. Jovens mulheres haitianas fazem tranças nos cabelos umas das outras. Enquanto se penteiam conversam sobre o seu cotidiano, desenham seus penteados em pedaços de papel. Quando terminam de trançar, seus corpos e seus cabelos se tecem e formam uma rede compacta que se move pelo espaço… poesia feminina contemporânea em estado puro.

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La Vie Rêvée De Sarah 2008, Haiti, documentário, 26 minutos. Direção: Giscard Bouchotte. No Sudeste do Haiti, a Villa de Mahotière é vista com o Éden protegido pelos deuses. Apesar da pobreza da população local, estamos longe da amarga miséria e incontrolável violência de Porto Príncipe. Nos últimos anos Sarah vive em Mahotière, mão ou avó de um grande numero de crianças, mesmo não tendo nenhum filho próprio. Em um intimo retrato, esse filme quebra a forma esteriotipada de ver o Haiti. Como desinformados ocidentais diferenciam entre suas visões sobre intoleráveis faveloas da Cidade de Soleil e as de Mahotière, no qual o antropologista Gérard Barthélémy chama de “país do de fora”? Enquanto as visões de motins fazem as manchetes, esse filme ilustra a vida de pessoas comuns e suas relações diretas com a natureza, e assim criando um universo idealista. Em 2008, como pode alguém sobreviver o dia a dia em tais condições, de extrema pobreza, e mesmo assim preserva o segredo da felicidade? Na porta de sua casa, Sarah compartilha algumas memórias com espectadores, assistindo a modernidade passar, como a quem de seu país.

PROGRAMA 3

Connexion (Conexão) 2009 Haití, Documentario, 11 minutos. Direção: Elodie Barthélemy. Jovens mulheres haitianas fazem tranças nos cabelos umas das outras. Enquanto se penteiam conversam sobre o seu cotidiano, desenham seus penteados em pedaços de papel. Quando terminam de trançar, seus corpos e seus cabelos se tecem e formam uma rede compacta que se move pelo espaço… poesia feminina contemporânea em estado puro.

Jakmelman (Jakmelman) 2007, Haiti, Vídeo Performático, 9minutos. Direção: Maksaens Denis VÈVÈ é um desenho que normalmente é desenhado no chão com farinha durante a cerimônia de vodou para chamar os espíritos. O artista Jadriz fez desse filme uma performance e desenha o vèvè no chão com farinha.

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O Complexo De Cinderela (Le Complexe de Cedrillon) 2008, Haiti, Vídeo Performático, 12 minutos. Direção: Barbara Prézeau O trabalho feminino nas sociedades pós-coloniais, do Caribe e América Latina: o branco vestido de noiva, o véu transparente, pétalas de rosa... Usando um lindo vestido de noiva, e instalada em uma janela (como a prostituta de algumas cidades europeias), a artista vai fixando, com a ajuda de uma agulh, pétalas de flores artificial em 10 metros de véu. Quem é Cinderela?

02. SELEÇÃO DIASPORAS

Passenger 2008, Estados Unidos, 2 minutos. Direção: Edgar Endress O “Tchalas” é um livro que pode ser comprado nas ruas do Haiti. Neles, os sonhos são traduzidos em números, para que se possa jogar na loteria. “Passageiro“ utiliza como cenário estúdio de fotografia no Haiti, estes estúdios foram estabelecidos quase simultaneamente pelo poder colonial francês como foi inventado na França. O retrato então é uma expressão massiva de identidade. Os fundos pintados evoluíram, de cenas realistas, de cenas realistas passaram a expressões populares com uma forte tendência naif, representando paisagens idealizadas, construções de diásporas imaginárias de cidades e cenas utópicas. Um exemplo é o fundo que reproduz uma cena de neve, resultado direto de uma fotografia que receberam no Haiti de familiares vivendo em países do norte. Neste contexto se pode entender a montagem cenográfica nos estúdios como uma viagem iniciática, como uma negação da realidade caótica, a autoconstrução de seu próprio imaginário e um ideal utópico. O ato do “retrato” se converte simultaneamente em um ato de memória, ao deixar cópias das imagens para outros, para que recordem e imaginem como o retratado decidiu ou para soar como uma viagem ao lugar imaginário do retrato.

Femme Comme 2009, Guadalupe, documentário, 78minutos.

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Direção: Stéphanie e Steve James.


Maxette OLSSON, Guadelupe/Suécia. Nascida em Guadalupe, Maxette vivem há mais de trinta anos na Suécia. Seu trabalho apaixonado em divulgar a música caribenha lhe rendeu o apelido de “sol da Suécia.” Angela HERON, Jamaica/Etiópia. Ainda minina na Jamaica, Angela sempre sonhou em regressar à terra de seus ancestrais, a Terra Santa da Etiópia. Ex-diretorada Universidade das Índias Ocidentais, eela agora dirige a escola Shashamane, um pequeno pedaço do Caribe no coração da África. Souria ADELE, Martinica/França. Para descrever as dificuldades enfrentadas pelos Antilhanos que vivem na França hexagonal, atriz Souria Adele criou a personagem “Marie-Thérèse Barnabé..” É também o fundadora do “colectivo crioulo no ensino secundário em França.”

03. POÉTICAS DO CARIBE

Making History (Fazendo História) 2008, França/Martinica/Jamaica, Documentario, 10 minutos. Direção: Caecilia Tripp e Karen Mc Kinnon Edouard Glissant é conhecido como um dos mais importantes escritores caribenhos da ultima metade do século. Em 2002 Lindon Kwesi Johnson se torna o único segundo poeta vivo e o primeiro poeta negro a ter seu trabalho publicado na serie Penguin’s Classic. Ambos os poetas são figuras importantes desse ultimo século, Lindon Kwesi Johnson é o pai da poesia de Dub e Edouard Glissant, foi indicado ao Premio Nobel de Literatura por seus textos sobre os precessos de creolização e estéticas de tratados. Esses amigos de longa data se encontram em New Cork em um dia de verão.

Cyrano Fernández 2008, Venezuela, 95 minutos. Direção: Alberto Arvelo Baseado em Cyrano de Bergerac, Cyrano Fernádez é uma versão livre e crua de um dos mais sensuais e violentos clássicos de todos os tempos. Cyrano (Edgar Ramírez), Roxana (Jessika Grau) e Cristian (Pastor Oviedo) protagonizam um triangulo amoroso que se desenvolve em

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um dos mais impactantes cenários urbanos do mundo: as labirínticas ruas e escadas de um bairro venezuelano. Cyrano é também um herói social; é um personagem que defende a ética e a dignidade popular a todo custo chocando-se com a realidade todos os dias. A história de Cyrano Fernadéz é de algum modo a de todos os homens, a de qualquer de nós, ou melhor, o abismo que há entre o que realmente somos e o que sonhamos ser.

04. MOVIMENTO

PROGRAMA 1

Voilà L´Histoire 2006, México, 19 minutos. Direção: Elías Brossoise Esta produção faz parte de uma invetigação que o autor está realizando em torno dos conceitos de historicidade, contexto social e “objeto – acontecimento”. Neste caso em particular a partir de um testemunho vinculado ao tráfico de armas no Kosovo.

Almendrón Mi Corazón 2008, Guadalupe, Documentário, 52 minutos. Direção: Stèphanie e Steve James. Os carros americanos antigos fazem parte da herança cultura e histórica de Cuba e são símbolo real de resistência e ingenuidade desse povo.

PROGRAMA 2

The Invisible Woman (A Mulher Invisivel) 2008, Haiti/França, 6 minutos. Direção: Pascale Obolo Uma jovem negra está na busca dos rostos de sua comunidade em posters de filmes de cinema. Essa coleção obsessiva nas ruas de Paris a absorve em loucura.

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Motoboy, Cacau, Mad Dog 2008, Haití/França, documentário, 38 minutos. Direção: Caecilia Tripp Uma viagem por São Paulo noturna que segue o trajeto do trabalho de Cacau, um jovem motoboy negro que ganha a vida como entregador de pacotes. Suas anedotas, suas peripécias, sua vida.

PROGRAMA 3

Closer To The Dream 2008, França, Estados Unidos, documentário, 102 minutos. Direção: Guetty Felin e Hervé Cohen Ela (Guetty Felin) foi criada em Nova York, cineasta exilada em Paris pelos últimos 20 anos, ele (Hervé Cohen) é um documentarista e videografista francês. Juntos com seus dois filhos Yeelen (16) e Joakim (12), eles trazem uma perspectiva cultural única – Francesa, Sephardic, Parisiense e Haitiano – Americano, exilado, internacional – para uma campanha (filme de estrada) sobre a improvável disputa de Barack Obama nas preliminares de 2008, até sua presidência dos Estados Unidos.

05. MOZART E OUTROS REIS

PROGRAMA 1

Jakmelman 2007, Haití, Video Performance, 9 minutos. Direção: Maksaens Denis VÈVÈ é um desenho que normalmente é desenhado no chão com farinha durante a cerimônia de vodou para chamar os espíritos. O artista Jadriz fez desse filme uma performance e desenha o vèvè no chão com farinha.

Le Mozart Noir À Cuba (O Mozart Negro De Cuba) 2006, Guadalupe, documentário, 52 minutos.

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Direção: Stéphanie e Steve James.


Le Chevalier de Saint-Georges é uma figura ilustre na historia de Guadalupe. Filho de um nobre francês com uma escrava senegalesa, Joseph Boulogne, ou Chevalier de Saint-Georges, foi uma das figuras mais famosa e carismáticas de seu tempo. Numa época em que a escravidão ainda era freqüente, o jovem mulato utilizou de todos os meios disponíveis para desafiar o preconceito racial e conseguir o respeito na corte francesa. Virtuoso violinista e compositor, sua música foi comparada àquela produzida por Mozart.

PROGRAMA 2

Passenger 2008, Estados Unidos, 2 minutos. Direção: Edgar Endress O “Tchalas” é um livro que pode ser comprado nas ruas do Haiti. Neles, os sonhos são traduzidos em números, para que se possa jogar na loteria. “Passageiro“ utiliza como cenário estúdio de fotografia no Haiti, estes estúdios foram estabelecidos quase simultaneamente pelo poder colonial francês como foi inventado na França. O retrato então é uma expressão massiva de identidade. Os fundos pintados evoluíram, de cenas realistas, de cenas realistas passaram a expressões populares com uma forte tendência naif, representando paisagens idealizadas, construções de diásporas imaginárias de cidades e cenas utópicas. Um exemplo é o fundo que reproduz uma cena de neve, resultado direto de uma fotografia que receberam no Haiti de familiares vivendo em países do norte. Neste contexto se pode entender a montagem cenográfica nos estúdios como uma viagem iniciática, como uma negação da realidade caótica, a autoconstrução de seu próprio imaginário e um ideal utópico. O ato do “retrato” se converte simultaneamente em um ato de memória, ao deixar cópias das imagens para outros, para que recordem e imaginem como o retratado decidiu ou para soar como uma viagem ao lugar imaginário do retrato.

Three Kings Of Belize (Os Três Reis Do Belice) 2007, Belice, documentario, 88 minutos. Direção: Katia Paradis

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No Belize, um pequeno país da América Central,povoado por menos de 285.000 habitantes, três músicos anciãos nos falam de sua vida cotidiana . Paul Nabour, pescador e famoso compositor garifuna vem tocando com a mes-


ma guitarra há 53 anos. Florencio Mess, harpista maya, cuida da sua solidão fabricando violinos tradicionais na espera da próxima viagem. Wilfred Peters se orgulha de ter tocado para a Rainha da Inglaterra. Seu incrível senso de humor lhe serve de antídoto para a velhice . Este documentário propõe uma viagem direto ao coração do Belize com ternura e poesia ao cotidiano surpreendente destes três extraordinários músicos que nos oferecem um raio de esperança, liberdade e humanidade.

06. RETROSPECTIVA DE ARNOLD ANTONIN

PROGRAMA 1

Prefete Duffaut 2006, Haití, Documentario, 34 minutos. Direção: Arnold Antonin É o pintor mais famoso do Haiti. Resolveu propor uma organização do mundo e da paisagem em torno da piedade e dos espíritos.Ele é comparado aos grandes primitivos italianos e iugoslavos. Ele quis ser reconhecido como surrealista. É um pintor incomparável que não queria que sua vida devore o seu sonho nem seu sonho devore a sua vida.Velho , hoje sonha com seus 83 anos em procriar com sua nova companheira, enquanto que continua criando e construindo seu excepcional destino.

Jacques Roumain - La Passion D´Un Pays (Jacques Roumain – a Paixão de um País) 2008, Haití, Documentário, 100 minutos. Direção: Arnold Antonin Jaques Roumain, escritor, poeta, dirigente revolucionário e fundador do primeiro partido comunista haitiano é um dos mais importantes escritores e políticos do Haiti. Apesar da sua vida breve, marcou a vida deste pequeno país do Caribe e é considerado hoje como um dos maiores escritores do Caribe. Este documentário nos permite descobrir a sua vida, feita de sacrifícios e lutas com prisões e exílios e também sua obra tanto poética como em prosa e o grande amor por seu país e pela sua gente, em particular os camponeses. Este longa metragem nos faz descobrir a vida atormentada e a obra do mais célebre

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escritor e homem político do Haiti. A extrema atualidade das mesmas problemáticas de cem anos atrás. Ao mesmo tempo uma visão do Haiti do século 19 e da primeira metade do século 20.

PROGRAMA 2 Aubelin De Jolicoeur, Mister Haití (Aubelin de Jolicoeur, Senhor Haití) 2007, Haití, documentário, 26 minutos. Direção: Arnold Antonin Aubelin Jacmel nasceu no que geralmente é a última morada de sua cidade natal : o cemitério de Jacmel. Ele viu nisso um destino fora do comum. De pequeno provinciano de um rincão perdido de Jacmel , decide transformar-se em um aristocrata e um dandy. Sem medo do ridículo cria a sua personagem. è Assim que sobrevive a 40 anos de histórias de horrores e humilhações criando um lugar especial acima de todos com suas vestimentas, seus gostos, suas amizades e seus trabalhos. Decide viver um conto de fadas no qual será o mago e o príncipe encanado num reino onde reina um ogro e seus asceclas. Em meio a tudo isso, como verdadeiro dandy, cultiva relações com o sexo belo e as damas de salão. Sua fama de D. Juan se impõe no Haiti e no Jet set internacional. Gram Greene y Meter Glenville o imortalizaram como o “Petit Pierre” de “Os Comediantes”. Acusado por alguns de ter estado de acordo com a ditadura dos Duvalier, foi defendido por membros do movimento de resistência contra a ditadura. Ele descobre um dia que não foi senão um bufão da corte e se torna um paladino da liberdade de expressão. A sombra de Aubelin Jolicoeur apenas falecido, plaina todavia sobre a sociedade haitiana e sobre Jacmel.

Gnb Kont Atila, Une Autre Haïti Est Posible (GNB Um Outro haiti é possível) 2004, Haiti, 110 minutos. Direção: Arnold Antonin. Este documentário reconstitui os eventos que levaram à queda de Jean Bertrand Aristide o 29 e fevereiro 2004. Um hino à coragem e à imaginação dos estudantes que foram a ponta de lança de uma extraordinária mobilização popular As imagens, tomadas durante as manifestações, mostram momentos dramáticos e dolorosos, confrontos heróicos, bem como momentos de grande alegria e criatividade.

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PROGRAMA 3

¿Tiene Sida El Presidente? (O Presidente tem AIDS?) 2006, Haiti, 123 minutos. Direção: Arnold Antonin. Dao, Super Star do “Compa”, música popular haitiana, se autodenomina “Presidente”. Arrogante, acha-se que tudo lhe é permitido: mulheres, drogas, álcool, carreiras de carroça... Até que se encontra com Nina, jovem e bela, que, apesar das pressões sociais, não o segue em sua rota para a destruição...

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PROGRAMA IMAGENS DO BRASIL

O Imagem dos Povos 2009, na perspectiva das comemorações do ano da França no Brasil optou por apresentar, jogar luzes, sobre as ações de instituições culturais e festivais franceses, ou multinacionais com a participação francesa, que atuam objetivamente para o desenvolvimento de cinematografias nacionais nos chamados países do sud , ou em desenvolvimento. Trata-se de uma ação articulada que apóia e subvenciona realizações em mais quarenta países com o objetivo de desenvolver uma cinema autoral , próprio de cada região, ao mesmo tempo criando um circuito internacional que permita uma maior circulação desta produção. Assim, inicialmente, foi realizado o V Seminário Internacional/Imagem dos Povos, que apresentou aos realizadores brasileiros as linhas gerais dos mecanismos de co produção e apoio reunidos no CNC – Centre National Du Cinéma et de l’ Image animée- além dos fundos e ateliers dos Festivais de Amiens e 3continants e principalmente o Fonds Sud , que é o mais completo programa de apoio ao desenvolvimento do cinema do governo francês. A seleção Imagens do Brasil / 2009 programou uma breve coletânea de filmes brasileiros que se beneficiaram dos expedientes acima citados em diferentes estágios da sua realização , da preparação do projeto no atelier do Produir ao Sud à finalização e distribuição com recursos dos Fonds Sud. Esta coletânea levou em consideração também os conteúdos destes filmes no sentido deestabelecer um diálogo com as seleções da África e do Caribe , elas também organizadas em função da ação do mecanismos de fomento nas suas regiões. Assim Madame Satã (2002) de Karim Ainouz e Natal da Portela (1998) de Paulo César Sarraceni revelam pelo cinema ,duas personagens emblemáticas da cultura brasileira de origem africana. Este protagonismo vem ao encontro da necessidade de uma produção audiovisual que invista na diversidade cultural brasileira e em especial nos aspectos pertinentes á afro brasilidade. Aproximando da paisagem das Minas Gerais , outro título escolhido é Mutm (2007)de Sandra Kogut que revisita a antiga relação entre a prosa de Guimarães Rosa e o cinema.Completando este quadro , KFZ-1348 (2008)de Gabriel Mascaro e Marcelo Pedroso e Os Famosos e os duendes da Morte (2009) de Esmir Filho trazem novos olhares, para esta ação que desde os anos oitenta vem contribuindo de maneira significativa para o desenvolvimento do cinema brasileiro com títulos como Central do Brasil, de Walter Salles e Maré , Nossa história de amor de Lucia Murat.

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Completando as Imagens do Brasil, um olhar feminino e francês sobre a realidade brasileira Antigone Sem Terra (2009), um documentário sobre a presença das mulheres no Movimento sem terra dirigido pó Caroline Chomienne e um trabalho em processo, Um Poema para Quenum de Carmem Luz , que num misto de documentário e registro poético estabelece uma ponte entre o Brasil e África , mais precisamente entre o Rio de Janeiro e o Benin , entre a delicadeza dos artistas de lá e de cá.

Mais pesado Que o Ar Ficção, vídeo 4 minutos e 55 segundos. Direção: Alexander de Moraes Pequena fabula contemporânea onde um homem é atormentado por uma terrível dor nas costas, ate que um dia...

KFZ-1348 2008.Brasil, 81 minutos, Documentário Diretor: Gabriel Mascaro e Marcelo Pedrosa Em 1965, um fusca é vendido a um jovem engenheiro civil de São Paulo. Quarenta anos se passam e o carro vai parar num ferro-velho do Recife, com a placa KFZ-1348. Nessa trajetória de quatro décadas, o carro passou pelas mãos de outros sete proprietários. De um empresário paulista a uma cabeleireira do interior de Pernambuco. Para cada um deles, o fusca teve seu valor, sua importância, em diferentes momentos da história do Brasil. O documentário KFZ-1348 parte em busca dessas histórias, tendo o carro como fio condutor e a vida de seus proprietários como janela privilegiada para observação da sociedade brasileira.

Mutum 2007, Brasil, 95 minutos. Direção: Sandra Kogut. Elenco: Thiago da Silva Mariz, Wallison Felipe Leal Barroso, João Miguel, Izadora Fernandes, Rômulo Braga, Paula Regina Sampaio da Silva. Mutum é um local isolado do sertão de Minas Gerais, onde vivem Thiago (Thiago da Silva Mariz) e sua família. Thiago tem apenas 10 anos e, juntamente com seu irmão e único amigo Felipe (Wallison Felipe Leal Barroso), é obrigado a enxergar o nebuloso mundo dos adultos.

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Antigone Sans Terre - Carnet de voyage dans le Nordeste 2009, França, documentário, 48 minutos. Direção: Caroline Chomienne Tudo começou com um mito e uma mulher: Antigone. O mito cruzando-se com o destino do conjunto dos sem-terras do Brasil nos dias de hoje, é o que nos conta este filme.

Um Poema Para Quenum 2008, Brasil, 10 minutos. Direção: Carmen Luz O filme apresenta um diálogo poético entre o Brasil e a Africa a partir da obra do artista plástico Gerard Quenum, nascido no Benin, e do trabalho das operárias de um depósito de lixo em Jardim Gramacho

Madame Satã 2002, Brasil, 105 minutos. Direção: Karim Aïnouz Elenco: Lázaro Ramos, Marcélia Cartaxo, Flávio Bauraqui, Felippe Marques, Emiliano Queiroz, Renata Sorrah, Floriano Peixoto, Gero Camilo. Rio de Janeiro, 1932. No bairro da Lapa vive encarcerado na prisão João Francisco (Lázaro Ramos), artista transformista que sonha em se tornar um grande astro dos palcos. Após deixar o cárcere, João passa a viver com Laurita (Marcélia Cartaxo), prostituta e sua “esposa”; Firmina, a filha de Laurita; Tabu (Flávio Bauraqui), seu cúmplice; Renatinho (Felippe Marques), sem amante e também traidor; e ainda Amador (Emiliano Queiroz), dono do bar Danúbio Azul. É neste ambiente que João Francisco irá se transformar no mito Madame Satã, nome retirado do filme Madame Satã (1932), dirigido por Cecil B. deMille, que João Francisco viu e adorou.

Natal Da Portela 1988, Brasil, 100 minutos. Direção: Paulo Cesar Seraceni Elenco: Mílton Gonçalves, Almir Guineto, Grande Otelo, Zezé Motta, Adele Fátima A trajetória de um garoto humilde que perde um braço durante a infância, nos trilhos de uma ferrovia, mas, ainda assim, torna-se um poderoso banqueiro de jogo do bixo e sustenta uma escola de samba, hospital e orfanatos.

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PROGRAMA IMAGENS DE MINAS

Como acontece todos os anos , o Imagem dos Povos, abre uma janela especial para as produções recentes do audiovisual mineiro . Oxicianureto de Mercúrio (2008) curta metragem de ficção dirigido por André Carrearas, a animação Oxossi e o Pássaro das feiticeiras de Tatu Guerra e o documentário Jururã de Armando Lacerda apresentam um painel da diversidade do audiovisual feito em Minas Gerais.

Oxicianureto De Mercurio 2008, Brasil, 15 minutos, Diretor: André Carrera Elenco: Alexandre Vasconcelos, Leonardo Bertholini, Inês Peixoto, Adilson Maghá, Odilon Esteves, Rômulo Braga Amâncio, um jovem boêmio da década de 30, encontra amigos em um bar e reata o seu doloroso tratamento com Oxicianureo de Mercúrio par se curar de uma úlcera sifilítica no estômago. Enquanto a sua história toma ares de fantasia e aventura, um homem bruto e bêbado desafia Amâncio a provar que realmente está curado.

Oxossi E O Pássaro Das Feiticeras 2009, Brasil Direção: Tatu Guerra

Jururã - O Espírito Da Floresta 2008, Brasil, 81minutos. Direção: Armando Lacerda.Documentário. Oeste filme traz para a telona a vida do único indígena a ocupar uma cadeira no Parlamento brasileiro, o cacique xavante Mário Juruna. A partir da biografia apresentada pelo primogênito Diogo Amhó, o documentário busca resgatar para as novas gerações a história do deputado e levantar as diferenças que separam e estigmatizam os povos indígenas brasileiros. A narrativa abrange, a partir de expressivo material de som e imagem registrados no Congresso Nacional, universidades e instituições indígenas, informações sobre a organização social e política do povo Xavante, os elementos de sua cosmologia e a sonoridade da língua Jê.

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AGRADECIMENTOS

Antonio Grassi Beatriz Bizzotto Bernadete Cunha Brigitte Veyne Cássia Cristina G. da Silva Catherine Faudry Cecília Bering Cristina Sales Daniel Queiroz David Madureira Diogo Louzada Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores Embaixada da França Felipe Nascimento Fernanda Azevedo Funcionários Centro Cultural e Turístico do Sistema FIEMG Funcionários Cine-Teatro Vila Rica Funcionários da Secretaria de Estado da Cultura Funcionarios da CEMIG Funcionários da Fundação Clóvis Salgado Funcionários da On Projeções Funcionários da Prefeitura de Belo Horizonte Funcionários da Prefeitura de Ouro Preto Funcionários da UFOP – Universidade Federal de Ouro Preto Funcionarios da UFSJ – Universidade Federal de Sâo João del Rey Funcionarios do BNDES Funcionários do Usicultura Gisela Mattoso Guy Désiré YAMEOGO Isis Pagy Joana Braga Reis José Amaro Siqueira Lúcia Camargos Luciano Alkimin Luiz Michalick Manuel Bernardes

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Marcos Silva Marcelo Dantas Margareth Monteiro Maria Belén Moncayo/Ocho y Médio / Equador Maria Tereza de Resende Mauricio Borges de Lemos Melissa Cabral Murilo Valadares Odilon Rogério Paula Sena Paulo Brant Rede Globo de Televisão Rodrigo Barroso Rodrigo Perpétuo Samy Kopki Sebastião Merij Silvana Pessoa Sylvie Debs Tais Pimentel Talitá Ygor Rajão Zinho Caxi Rajão Criselide Caldeira de Mello GET IT INTERCÂMBIOS Realizadores da Africa , do Caribe e do Brasil e de Minas que cederam suas obras para exibição. Patrocinadores: BNDES; USIMINAS; V&M; CEMIG França.Br: Yves Saint-Geours Presidente do Comissariado Francês Danilo Santos de Miranda Presidente do Comissariado Brasileiro Anne Louyot Comissária geral francesa Roberto Soares de Oliveira Comissário geral brasileiro

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FICHA TÉCNICA

Idealização e Direção Adyr Assumpção e Tâmara Braga Ribeiro Realização e Produção T´AI Criação e Produção Ltda Curadoria do Programa Imagens da Africa e Imagens do Brasil Adyr Assumpção e Tâmara Braga Ribeiro Curadoria do Programa Imagens do Caribe María Belén Moncayo - OCHOYMEDIO (Ecuador) Coordenação de Programação Eliane Ruas Coordenação Comunicação Maíz d’Assumpção Coordenação Administrativo e Financeiro Anderson Sabino Relações Internacionais Luciana Lima Corespondente na França Gustavo Schettino Assessoria de Comunicação FSB Comunicações Assessoria Contábil Empresarial Assessoria Contábil Produção Executiva Cris Horta Noua Braga RTVC Pólo BH Agência de Viagem Suzana Dias GET IT Layout do Site Anna Carolina Perim Programação do Site AC Portal Concepção gráfica / design Zumberto Registro Fotográfico Andre Fossati Tradução e Legendagem 4 Estações Jonas Gonzaga Maíz D’Assumpção

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« FRANÇA.BR 2009 » L’ANNÉE DE LA FRANCE AU BRÉSIL (21 AVRIL - 15 NOVEMBRE) EST ORGANISÉE : EN FRANCE : PAR LE COMMISSARIAT GÉNÉRAL FRANÇAIS, LE MINISTÈRE DES AFFAIRES ÉTRANGÈRES ET EUROPÉENNES, LE MINISTÈRE DE LA CULTURE ET DE LA COMMUNICATION ET CULTURESFRANCE. AU BRÉSIL : PAR LE COMMISSARIAT GÉNÉRAL BRÉSILIEN, LE MINISTÈRE DE LA CULTURE ET LE MINISTÈRE DES RELATIONS EXTÉRIEURES. « FRANÇA.BR 2009 » ANO DA FRANÇA NO BRASIL (21 DE ABRIL A 15 DE NOVEMBRO) É ORGANIZADA : NA FRANÇA: PELO COMISSARIADO GERAL FRANCÊS, PELO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES E EUROPÉIAS, PELO MINISTÉRIO DA CULTURA E DA COMUNICAÇÃO E POR CULTURESFRANCE. NO BRASIL: PELO COMISSARIADO GERAL BRASILEIRO, PELO MINISTÉRIO DA CULTURA E PELO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

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Apoio:

Incentivo:



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