INSTITUTO LUCIANO BARRETO JÚNIOR Caderno de Apoio – Projeto Conectando Com a Vida Presidente do ILBJ Maria Celi Teixeira Barreto Presidente do Conselho Curador Luciano Franco Barreto Gerente Coordenadora Pedagógica Valéria Pinto Freire FICHA TÉCNICA Organização Valéria Pinto Freire
Revisão Ortográfica Gleide Selma Moraes da Silva Barros
Capa Sandra Pinto Freire
Autores de Português Daniel David Alves da Silva Gilvanete Santos de Melo Marisete Augusta da Cruz Thaisa Carolina Araújo Silva
Editoração e Diagramação Marcelo Santos Leite da Silva
Av. Barão de Maruim, 442 – Centro. Aracaju/SE – CEP: 49010-340 Fone: (79) 3224-2323 Fax: (79) 3211-6506 Site: www.ilbj.org.br E-mail: ilbj@ilbj.org.br
ÍNDICE – PORTUGUÊS APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 4 CONVERSANDO EM NOSSA LÍNGUA.............................................................................. 5 Origem da língua portuguesa, Variação linguística, Ortografia, Acentuação gráfica, Regras de pontuação e as Concordâncias. INTERPRETANDO O MUNDO ......................................................................................... 42 Interpretação. EXPRESSÃO NÃO VERBAL ........................................................................................... 47 Modalidades textuais, Dicas pré-textual e Redação oficial.
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Apresentação
Apresentamos para você o Português! Com certeza vocês já devem ter se cruzado com alguma situação, muitas vezes até duvidosa. Quem nunca se pegou na dúvida quanto à grafia de uma palavra, ou mesmo em seu significado? Entretanto, a partir de agora esta apresentação vem propor uma relação harmoniosa entre você, caro educando, e a nossa rica e vasta Língua Portuguesa. Este material oferece de forma sucinta uma matriz curricular focada em conteúdos que auxiliam na aprendizagem de quem deseja estar de acordo com a norma padrão da língua e apto a participar de futuros processos seletivos para desenvolvimento profissional. Sendo fato que você é um desses candidatos, vamos juntos nessa proposta construir uma relação harmônica e coerente com a Língua Portuguesa rumo à conquista de seus objetivos, visto que o Português é essencial nessa caminhada.
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Conversando em Nossa lĂngua
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O Processo Comunicativo
A comunicação é uma necessidade básica do ser humano, pois sem ela seria quase impossível a sobrevivência do ser humano. Já imaginou como faria para se alimentar sem comunicar-se? Sem a fala, sem os gestos, sem a escrita, sem desenhos, sem sons... A comunicação é o processo pelo qual uma pessoa transmite informações à outra sendo compreendida. Para haver o processo da comunicação o emissor envia uma mensagem ao receptor a parir de um código pré-estabelecido. Quando essa mensagem chega, é decodificada e entendida, assim ocorre o processo de comunicação.
Em caso de o receptor desejar responder a mensagem, este por sua vez passa a ser o emissor e o processo de comunicação permanece o mesmo. Fácil?? Pois é, mas o processo da comunicação não se restringe apenas a esses elementos formuladores, é preciso ter um contexto propício para efetivar com sucesso o processo de comunicação. Um dos cuidados que o emissor deve ter ao pronunciar determinado discurso é utilizar a linguagem adequada e compreensível a seu(s) 6
receptor(es). Imagine um médico dando palestras a um grupo de estudantes do 2° ano do Ensino Fundamental e utilizando termos técnicos da medicina... O resultado seria crianças sem entender as informações que foram passadas pelo médico gerando quebra na comunicação. Para que ela ocorra de fato, o médico, o emissor da mensagem, deverá adequar sua linguagem à usada pelas crianças, os receptores da mensagem. Saber se comunicar é um dos requisitos básicos para quem precisa falar em público, quer se destacar em uma entrevista de emprego, ser compreendido no ambiente familiar e profissional, entre outros.
Confira algumas dicas para passar uma boa imagem no momento de falar em público: - Lembre-se de iniciar com um singelo “Bom dia” “Boa tarde”, “Boa noite”; - Não se apoiar em pilastras e paredes ou fazer objetos de encosto; - Evite movimentos repetitivos da cabeça, mãos e pernas; - Procure uma posição que consiga visualizar todos os ouvintes, não ficando de costas para nenhum deles; - Ao falar, busque olhar nos olhos dos ouvintes passando confiança; - Mantenha um tom de voz audível a todos; - Evite ler durante as apresentações, busque ter conhecimento do assunto e improvisar; - Cuidado com a fala rápida, ela transparece o nervosismo; - Se todos os candidatos se apresentarem em pé, não seja a exceção; - Fique atento ao público ouvinte e adeque sua linguagem a deles. Fonte: http://admufsjcomunicacao.blogspot.com.br/
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Variação Linguística
O Brasil, desde sua descoberta pelos portugueses, teve apenas uma língua oficial: o português. Recentemente, outra língua foi oficializada: a LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais. Embora, essa nova oficialização tenha contribuído para a inclusão social em nada interferiu na língua portuguesa já existente por ser uma língua de gestos e sinais. Mesmo havendo uma única língua falada no Brasil que é o Português, nos deparamos com formas tão variadas de se comunicar. Pensando nisso, será que podemos definir o que é certo ou errado na maneira de falar? Vamos juntos procurar compreender esse assunto. Leia com atenção esta letra da música do grupo Mamonas Assassinas:
Chopis Centis Eu dí um beijo nela e chamei pra passear. A gente fomos no shopping, pra mó de a gente lancha. Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que tava gostoso, mas eu prefiro aipim. Quantcha gente, E quantcha alegria, A minha felicidade é um crediário nas Casas Bahia.
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Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho, prá levar as namorada e dá uns rolêzinho.
Quantcha gente,
Quando eu estou no trabalho,
E quantcha alegria,
não vejo a hora de descer dos andaime
A minha felicidade
prá pegar um cinema, do Schwarzeneger
É um crediário
e também o Van Damme.
nas Casas Bahia.
Agora vamos analisá-la:
a) A partir da leitura foi possível perceber qual a condição social desse personagem? Com base no texto, qual sua profissão? Como descrever esse personagem? Justifique. b) Mesmo com esse jeito diferente de falar ficou clara a mensagem que ele quis passar? Se sim, qual alimento podemos supor que ele comeu quando se refere a “uns bicho estranho com um tal de gergelim”?
Através das respostas que você deu aos questionamentos feitos anteriormente, podemos chegar a uma conclusão: A linguagem depende de alguns fatores em que o falante está inserido. São eles:
Regional
Escolar
Fonológico
Social
Portanto, Variação Linguística é o conceito que aplicamos as várias formas de se falar uma mesma língua e que depende da condição social, regional, escolar e fonológica em que o indivíduo está inserido.
Será que realmente existe uma maneira correta de falar?
Ao ler a letra da música dos Mamonas Assassinas você viu que foi possível entender perfeitamente o que o personagem quis dizer. Pois bem, o que podemos estabelecer é que
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diante das variações linguísticas, podemos falar de acordo com a linguagem culta (padrão) ou coloquial. Tipos de Linguagem: Culta – é a linguagem usada dentro das regras gramaticais, as palavras mantêm o significado do dicionário. Ex.: A minha residência localiza-se na zona norte da cidade. Coloquial – é a linguagem informal, mais despojada, podendo utilizar-se de novos significados e gírias. Ex.: Moro num cafofo lá na quebrada.
Veja mais alguns exemplos de variação linguística: Gestante – grávida – prenha – buchuda Pão Jacó – pão de sal – cacetinho Curioso – indiscreto – abiúdo – bisbilhoteiro
Quais desses pertencem a linguagem culta e a coloquial. Separe com a ajuda da tabela. Linguagem Culta
Linguagem Coloquial
Os exemplos acima demarcam variações linguísticas que podem ser usadas a depender da região e da situação. Então que fique claro: não existe certo ou errado quanto a maneira de falar na língua portuguesa, mas é necessário adequar a linguagem a cada situação.
Linguagem: uma questão social Já vimos que a linguagem depende de vários fatores para se definir, agora veremos que a nossa linguagem irá se adequar a situação que estejamos vivenciando e com quem estamos nos comunicando.
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Gírias
Em nosso rico e vasto vocabulário você, certamente, já deve ter ouvido ou até mesmo falado algumas expressões do tipo: “Tô de boa”, “vale night”, “vamo nessa”, “dá um role” entre outras. Essas expressões estão presentes na linguagem de um grupo específico de falantes: os jovens. Por isso, podemos conceituar Gírias como:
Uma variação linguística utilizada por um determinado grupo social.
Mas será que essa linguagem seria adequada, mesmo sendo falada por um jovem, no seu ambiente de trabalho? Portanto, é importante voltar a destacar que nossa linguagem irá se adaptar a situação a ao ambiente que estivermos expostos em um determinado momento.
Por isso, se ligue! Nem toda hora podemos falar o que queremos em qualquer ambiente. Lugares formais exigem uma linguagem formal.
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É a maneira peculiar de redigir própria da Administração pública, a qual tem como características: Impessoalidade (sem impressões pessoais), uso padrão da língua, Formalidade e padronização (obedecer às regras de forma), concisão e clareza (Transmitir a informação de forma clara em poucas palavras) e, uso adequado dos pronomes de tratamento. Uso dos pronomes de tratamento Forma de
Abreviatura Vocativo
Autoridade
tratamento V. Ex.ª Vossa
Excelentíssimo Senhor + o cargo
Presidente da República; Presidentes do Supremo Tribunal e do Congresso Nacional.
Excelência
Vossa
V. Ex.ª
Senhor + o cargo
Excelência
Vossa Excelência ou
V. Ex.ª
Vice-presidente da República, Ministros de Estado; Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; OficiaisGenerais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais.
Magnífico Senhor/
ou
Excelentíssimo
V. M.
Senhor + cargo
Reitores de Universidade
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Vossa Magnificência Vossa/Sua
V.S. ou S.S.
Santíssimo Padre
Santidade
Papa Eminentíssimo
Vossa
V. Em. ª ou V.
Senhor Cardeal /
Eminência/
Em. ª Revm.ª
Eminentíssimo e
Vossa Eminência
Reverendíssimo
Reverendíssima
Senhor Cardeal
Cardeais
Excelentíssimo e Vossa
V. Revm.ª
Excelência Vossa
Reverendíssimo
Arcebispos e Bispos
Senhor + cargo V. Revm.ª
Reverendíssima (o)
Padres, Monsenhores, Pastores, FRADES,
Reverendíssima
Freira, Madres Almirante, Brigadeiro, Comandante da
Vossa
V. Ex.ª
Excelência
Senhor + cargo
Polícia Militar, Contra-Almirante, Coronel, General Marechal, Tenente-Brigadeiro, Vice-Almirante
Fonte: http://atividadesdeportugueseliteratura.blogspot.com.br/2015/05/analise-de-tirinha-garfield-exercicio.html
Agora vejamos alguns Exemplos de textos Oficiais:
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Declaração Documento administrativo, declaratório e afirmativo da existência ou não de um direito ou de um fato de causa própria ou não. Exemplo:
DECLARAÇÃO Aracaju, __ de _________de 20__
Declaro, para os devidos fins, que a (o) jovem .........................................................., Portador (a) do R.G. nº................................. e CPF nº .__.__.__-__, encontra-se regulamente matriculada (o) no Projeto Conectando com Vida do Instituto Luciano Barreto Júnior nos dias de segunda-feira e quarta-feira no horário das 13h30 ás 17h30.
Assinatura Nome por extenso Cargo
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OFÍCIO Documento técnico e administrativo com teor exclusivamente institucional entre órgãos da Administração pública e particulares. Exemplo:
Fonte: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm
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MEMORANDO Utilizado como comunicação entre unidades administrativa de um mesmo órgão de hierarquia iguais ou diferentes. Com característica principal a agilidade e segue o modelo do padrão ofício, com seu destinatário mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplo:
Fonte: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm
Existem vários outros exemplos de textos oficiais, as quais não serão enfatizadas neste espaço, a exemplo de: Aviso, Ata, Atestado, Contrato, Edital, entre outros.
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Quem nunca escreveu uma redação, uma carta, um e-mail ou um poema e ficou com dúvida quanto à maneira de escrever uma palavra ou ao seu significado? Pensando nisso, selecionamos algumas expressões e palavras que causam dúvidas corriqueiramente. A parte da gramática que normaliza a forma com que escrevemos, chama-se Ortografia.
TRABALHANDO O CONHECIMENTO
A seguir, apresentaremos uma tabela onde trataremos de casos que mais geram dúvidas quanto à grafia e o significado de algumas palavras. Logo depois, juntos, pensaremos e formularemos frases como exemplos para exercitar nosso aprendizado. Vamos lá? Preparem-se: 1, 2, 3 e já!
PALAVRA
SIGNIFICA/ EQUIVALENTE
Onde Aonde
Lugar parado Movimento
Mal
Contrário de Bem
EXEMPLO
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Mau
Contrário de Bom
Há A
Verbo (tempo passado) Preposição (tempo futuro)
Mas Mais
Conj. Adversativa (porém) Adv. De intensidade (soma)
Porque
Utilizado em respostas, explicação ou Causa (equivale a pois) Precedido por artigo (substantivo) Frases interrogativas e quando substituído por (pelo qual e variações) No fim de frases
Porquê Por que
Por quê A gente
Agente
Equivale a (nós). Sua concordância é feita no singular Substantivo (profissional)
Senão Se não
Caso contrário (certeza) Se por acaso não (hipótese)
Em vez de Ao invés de
No lugar de Ao contrário
Cessão Sessão Seção
Ceder Tempo Repartição
Agora, é hora de utilizarmos o nosso amigo dicionário. Vamos preencher a tabela abaixo para sanar nossas dúvidas quanto ao significado das palavras e como empregá-las. Atentem-se às instruções dadas pelo (a) educador (a) para facilitar sua pesquisa e mãos à obra! Lembrem-se: As palavras no dicionário estão em ordem alfabética. Por exemplo: aba, abóbora, beijo, bola, namorada, namorado.
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PALAVRA
SIGNIFICADO
EXEMPLO
Acender Ascender Cela Sela Censo Senso Concerto Conserto Acento Assento Acidente Incidente Caçar Cassar Ratificar Retificar Flagrante Fragrante Emitir Imitir Deferir Diferir Descrição Discrição Delatar Dilatar Sortir Surtir Cessão Sessão Seção
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O emprego das palavras no contexto
Fonte: http://institutosingularidades.edu.br/novoportal/os-contatos-iniciais-com-o-amigo-dicionario/
Ao lermos um texto temos por objetivo o seu entendimento, porém, algumas vezes paramos para pensar no que o escritor quis dizer com certa expressão, frase ou palavra dentro de um contexto. Para nos ajudar, recorreremos à parte da gramática responsável pelos sentidos das palavras ou expressões, a Semântica.
Fonte: http://portugues.uol.com.br/gramatica/semantica.html
Para esclarecer melhor este assunto, explanaremos a respeito da sinonímia e antonímia, ou seja, sinônimo e antônimo, e também polissemia e ambiguidade.
Antônimo Determinamos antônimas as palavras que possuem sentidos contrários. Exemplos: 20
Bem Bom Doce Certo Ausente
Mal Ruim Azedo Errado Presente
Fonte: https://pt.depositphotos.com/vector-images/gordo-magro-st300.html?qview=132579878
Sinônimo Determinamos sinônimas as palavras que possuem sentidos idênticos, iguais. Exemplo: casa = moradia, habitação; cômico = engraçado; extinguir = apagar, abolir.
Casa Cômico Extinguir Aluno
Moradia, habitação Engraçado Apagar, abolir Estudante
Fonte: http://blog0news.blogspot.com.br/2015/08/dia-dos-pais-e-sinonimo-de-charges.html
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Poli (muitos)
Semia (significado)
Polissemia
Falamos de palavra polissémica quando esta tem mais de um significado, ou sentido. Exemplo: sopa = alimento; fácil, mole.
Para entendermos o seu real significado, precisamos de um contexto. Exemplo: A prova de Biologia estava uma sopa! Hoje teremos sopa no jantar!
Fonte: Mauricio de Sousa Produções Ltda. Todos os direitos reservados
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Falamos que uma palavra ou uma expressão é ambígua quando existe multiplicidade de sentidos. Este recurso pode tornar o enunciado interessante, pois é necessária a interpretação correta da mensagem. Por outro lado, pode apresentar falta de clareza no enunciado. A ambiguidade ocorre de forma induzida, principalmente em textos publicitários, ou de maneira involuntária, como ocorre em um deslize da comunicação oral.
Exemplo: A cadela da minha filha está na rua. (Ele se refere ao animal ou está chamando a filha de cadela?) A criança observou o pai sentado no chão. (Quem estava sentado no chão? O menino ou o pai?)
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15226
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Sinais de Pontuação
Quando falamos utilizamos a entonação, gestos e gesticulação para marcamos pausas e sermos entendidos; porém na escrita não contamos com estes artifícios, dessa forma, utilizamos os sinais de pontuação para representar tais pausas e deixar claro o que desejamos comunicar. Sendo assim, vírgula, travessão, parênteses, ponto-e-vírgula, dois pontos, ponto parágrafo, ponto final, ponto de interrogação, ponto de exclamação e as reticências representam pausas na fala e entonação da voz que reproduzem, na escrita, nossas emoções, intenções, pensamentos e anseios. Vejamos seus empregos: Vírgula 1- Enumerar mais de dois elementos: Ex.: O ILBJ trabalha com a educação (1), infoinclusão (2), mercado de trabalho (3), cidadania (4) e com o Social (5) voltados aos jovens sergipanos. 2- Isolar o vocativo Ex.: Mãe, estou indo ao ILBJ. O ILBJ, Instituto Luciano Barreto Júnior, é uma instituição de responsabilidade social. 3- Marcar a supressão do verbo em uma oração: Ex.: Eu fui aluna do ILBJ no ano de 2017; ele, de 2016 (ele foi – verbo suprimido)
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4 - Certas expressões exemplificativas, conformativas e conjuntivas: Além disso, por exemplo, isto é, ou seja, a saber, aliás, ou melhor, ou antes, com efeito, a meu ver, por assim dizer, por outra, entretanto, no entanto, por isso, logo etc. Ex.: Alguns caminhos são difíceis, no entanto não podemos desistir da caminhada. 6-Separar orações que não apresentam conjunções que as interliguem: Ex.1:
O governador, ou melhor, excelentíssimo senhor governador, dará um
aumento de 100% à classe policial. Ex. 2: Você precisa se dedicar mais ao curso, escrevendo, por exemplo, mais textos e lendo mais os artigos sugeridos. (Duas vírgulas quando o termo aparece no meio da oração). 7- Antes das conjunções: mas, porém, pois, embora, contudo, todavia, portanto, logo: Ex.: Sei que você não gosta de estudar, mas no ILBJ você vai amar. 8 - Antes de locuções adversativas como "e sim", "e não". Entretanto, não se devem isolar essas locuções adversativas com vírgula. Usa-se somente uma, precedendoas: Ex.: Ele não foi ao shopping, e sim ao ILBJ. 9 - Para separar, nas datas, o lugar, nos endereços, o número: Ex.: Sergipe, 14 de Janeiro de 2017. / Rua da Alegria, nº 31. 10 - Antes de “e”, quando as orações apresentarem sujeitos diferentes ou Quando o “e” se repetir: Ex.: Fez-se o céu, e a terra, e o mar. João escreveu uma carta, e José arrumou a cama.
Ponto e Vírgula 1- Pausa maior que a da vírgula, colocado entre elementos de uma enumeração: Ex.: a) módulos ofertados pelo ILBJ: 25
- Português; - Matemática; -Informática; -Cidadania e Trabalho. 2- Separar período que já se encontra dividido por vírgula: Ex.: Alguns quiseram português, matemática e Informática; outros Português, Informática e Cidadania e Trabalho.
Ponto Final 1- Usado ao final de frase para indicar o fim de um período ou uma ideia: Ex.: Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que se encontra. 2- Em abreviaturas: Ex.: V. Exª. / Sr. / Ltda, / adj. / OBS. Dois-Pontos 1- Citações:
Ex.: “Barroso disse na Batalha do Riachuelo: o Brasil espera que cada um cumpra o seu dever. ” 2- Enumerações: Ex.: - Três coisas agradam-me: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite. 3- Introduzir uma fala: Ex.: Ele respondeu: não, muito obrigado!
Reticências 1- Interrupção do pensamento: Ex.: Ah! Se você estivesse aqui... 2- Que o sentido vai além do que foi dito Ex.: - Deixa, depois, o coração falar... Aspas (‘’) 1- Citações de frases e certas expressões: 26
Ex.: “O que sabemos é uma gota; o que ignoramos é um oceano. ” ( Isaac Newton) 2- Em expressões estrangeiras, neologismos, gírias: Ex.: Nada pode com a propaganda de “outdoor”.
Travessão (–) 1- Mudança do interlocutor: Ex.: — Que horas são, por favor? — Perguntou o desconhecido. — São onze horas. — Respondeu a senhora. — Muito Obrigado! 2- Separar orações intercaladas, desempenhando as funções da vírgula e dos parênteses: Ex.: O momento – disse a professora- é este.
Fonte: https://br.pinterest.com/explore/sinais-de-pontua%C3%A7%C3%A3o/
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Acentuação gráfica e o emprego do hífen
Principais mudanças do Novo Acordo Ortográfico
Desde 1º de janeiro de 2016 começou a valer o Novo Acordo ortográfico. No Novo Acordo 0,5 das palavras em português teve alterações propostas, a exemplo de idéia, crêem e bilíngüe, que, com a obrigatoriedade do uso do novo Acordo Ortográfico, passaram a ser escritas sem o acento agudo, circunflexo e trema, respectivamente. Aumentou o número de letras no alfabeto, algumas palavras e expressões também mudaram, mas a pronúncia continua a mesma, modificando apenas a grafia, então, é natural que surjam as perguntas: Escrevo tudo junto? Agora é com hífen ou sem hífen? Com letra duplicada ou não? São muitas dúvidas em nossas cabeças. Eis algumas mudanças: 5. ALFABETO
Fonte: https://www.slideshare.net/esbordonhos/alfabeto-do-cristo-s
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O alfabeto brasileiro ganha mais três letras, passando de 23 para 26 letras no total. Foram incluídos o K, o W e o Y. Essas letras já eram usadas em algumas situações, como siglas ou palavras originárias de outras línguas: Km (abreviação de quilômetro), W (abreviação de watts), Kg (abreviação de quilograma), Kung fu, Washington, Kaiser.
TREMA O
trema
deixou
de
existir
em
todas
as
palavras
da língua portuguesa,
antes você escrevia conseqüência, cinqüenta, freqüência, agora escreve-se sem o trema –pontos em cima da letra U.
Mudanças na acentuação
1.Ditongos de palavras paroxítonas - ei e -oi Deixaram de existir os acentos nos ditongos (o encontro de duas vogais pronunciadas em uma só sílaba, como por exemplo ideia) EI é um ditongo - abertos de palavras paroxítonas (que possuem acentuação na penúltima sílaba) como: moreia, europeia, paranoia, centopeia e assembleia, joia, estreia. 2. Hiato Deixaram de existir os acentos circunflexos nos hiatos - uma repetição de vogais que pertencem a sílabas diferentes, como por exemplo enjoo (as sílabas da palavra são en/jo/o) - nos seguintes casos: Exemplos: oo - entoo, perdoo e abençoo ee - creem, releem e preveem Antes: Vôo - Enjôo - Vêem - Lêem Agora: Voo - Enjoo - Veem - Leem 29
3. A letra U e I tônico A letra U e I tônica deixa de ser acentuada nas sílabas que, qui, gue e gui de verbos como apaziguar, averiguar e obliquar. Também perdem os acentos as palavras paroxítonas que têm a letra I ou U tônicos precedidos por ditongos, como a palavra feiura, baiuca, cheiinho. Antes: Feiúra - Baiúca - Cheiínha Agora: Feirura - Baiuca - Cheiinha
4. Acento diferencial Os acentos diferenciais, que são usados para distinguir duas palavras iguais com significados diferentes, como por exemplo pára (do verbo parar) e para (preposição) deixa de existir nos seguintes casos: Para (verbo) Pelo (substantivo) - que se diferencia da preposição pelo Antes: Pára - Pêlo - Pólo - Pêra Depois: Para - Pelo - Polo – Pera
Como toda regra há exceção, o acento diferencia permanece: * Pôde (do verbo poder no passado), que mantém o acento para se distinguir de pode, o uso do verbo no presente; * Pôr (verbo), que mantém o acento para se diferenciar da preposição por. Observação importante: O acento permanece se a palavra for oxítona e o (i) ou (u) estiverem no final ou seguidos de (s). Observe: Piauí – tuiuiú (s) - O (i) ou (u) tônicos dos hiatos, não precedidos de ditongos também continuarão acentuados: saída – juíza – saúde.
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6. HÍFEN De todas as mudanças na nova ortografia, as mais complexas e onde todos estão tendo mais dificuldades é onde o hífen deixou ou não de ser usado. Hifen: Quando usar e não usar Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca. Mas, como em tudo há exceções, fiquem bem atento a elas.
Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo
2. Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação. Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra. Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional.
Exemplos: Maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta.
água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
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3. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação. Exemplos: Reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pinguepongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre.
4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Exemplos: gota-d ‘água, pé-d'água. 5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação. Exemplos: Belo Horizonte - belo-horizontino Porto Alegre - porto-alegrense Mato Grosso do Sul - mato-grossense-do-sul Rio Grande do Norte - rio-grandense-do-norte Africa do Sul - sul-africano
6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, erva-doce, ervilha-decheiro, pimenta-do-reino, cravo-da-índia. Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares: a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras). b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).
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O hífen é UTILIZADO: 1. Se o segundo elemento começa por 'h' geo-história; giga-hertz; bio-histórico; super-herói;
2. Para separar vogais ou consoantes iguais inter-racial; micro-ondas; sub-base; antiimperialista; anti-inflamatório; contra-atacar.
3. Prefixos 'pan' ou 'circum', seguidos de palavras que começam por vogal, 'h', 'm' ou 'n' pan-negritude; pan-americano; circum-navegação.
4. Com 'pós', 'pré', 'pró', pós-graduado; pré-operatório; pró-reitor;
Esta regra não se aplica às palavras em que se unem um prefixo terminado em vogal e uma palavra começada por 'r' ou 's'. Quando isso acontece, dobra-se o 'r' ou 's': microssonda (micro + sonda), contrarregra, motosserra, ultrassom. Porém, as demais regras continuam valendo e devemos segui-las. Vejamos:
Acentuação Gráfica. Línguas neolatinas, assim como a nossa, a Língua Portuguesa, apresentam acento gráfico, bem como palavras de duas ou mais sílabas que possuem uma sílaba tônica. Essa sílaba tônica nem sempre recebe acento gráfico. Portanto, todas as palavras com duas ou mais sílabas terão acento tônico, mas nem sempre terão acento gráfico. A tonicidade está para a oralidade (fala) assim como o acento gráfico está para a escrita (grafia). 33
Classificação das sílabas tônicas:
Oxítonas → sílaba tônica recai na última sílaba. Paroxítonas → sílaba tônica recai na penúltima sílaba. Proparoxítonas → sílaba tônica recai na antepenúltima sílaba. Observe estas regras: Acentuam-se as palavras monossílabas tônicas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s. Ex: já, fé, pés, pó, só, ás. Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s em, ens. Ex. cajá, café, jacaré, cipó, também, parabéns, metrô, inglês alguém, armazém, conténs, vinténs. Não se acentuam: as oxítonas terminadas em i e u, e em consoantes nem os infinitivos em i, seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las. Ex: ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor, fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las. Acentuam-se as palavras paroxítonas exceto aquelas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s, em e ens, bem como prefixos paroxítonos terminados em i ou r. Ex: dândi, júri, órfã, César, mártir, revólver, álbum, bênção, medo, ontem, socorro, polens, hifens, pires, tela, super-homem. Atenção: Pela nova ortografia NÃO se acentuam ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras paroxítonas. Ex: ideia, plateia, assembleia. Acentuam-se os ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras monossílabas e oxítonas. Ex: carretéis, dói, herói, chapéu, anéis. Não se acentua, pela nova ortografia, palavras paroxítonas com hiato oo seguidos ou não de s. Ex: voos, enjoo, abençoo. 34
Também não se acentuam as palavras paroxítonas com hiato ee. Ex: creem, leem, veem, deem. Acentuam-se sempre as palavras que contenham i, u: tônicas; formam hiatos; formam sílabas sozinhas ou são seguidos de s; não seguidas de nh; não precedidas de ditongo em paroxítonas; nem repetidas. Ex: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo, juízes, Piauí. Pela regra exposta acima, não se acentuam: rainha, xiita, ruim, juiz, feiura. Pela nova ortografia, não se acentua com acento agudo u tônico dos grupos que, qui, gue, gui: argui, arguis, averigue, averigues, oblique, obliques, apazigues. Pois não se usa mais o trema: Ex. aguento, frequente, tranquilo, linguiça, aguentar, arguição, Emprega-se o til para indicar a nasalização de vogais: Ex. não, coração, paixão, maçã, religião. O acento diferencial foi excluído. Mantém-se apenas nestas quatro palavras para distinguir uma da outra que se grafa de igual maneira: pôde (verbo poder no tempo passado) / pode (verbo poder no tempo presente); pôr ( verbo) / por (preposição); vem ( verbo vir na 3ª pessoa do singular) / vêm ( verbo vir na 3ª pessoa do plural); tem ( verbo ter na 3ª pessoa do singular) / têm ( verbo ter na 3ª pessoa do plural). Ex: jóquei, superfície, água, área, aniversário, ingênuos. Acentuam-se as palavras proparoxítonas sem exceção. Ou seja, todas são acentuadas. Ex: ótimo, incômoda, podíamos, abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito, nórdico, política, relâmpago, têmpora.
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O TEXTO E SUAS MAIS VARIADAS POSSIBILIDADES Em sua vida social, escolar e particular, você já percebeu que para cada situação existe um texto específico? Ou seja, para cada prática social existe um texto que corresponde às necessidades do momento. Vamos entender melhor isso. Um recado no facebook, uma mensagem no whatsApp, um manual de uso do aparelho celular, o status do perfil de sua rede social, a avaliação escolar, um recado para o seu(a) irmão(ã), um bilhete para o seu(a) namorado(a), um e-mail para o chefe e tantos outros. Todos esses textos possuem uma função específica no meio social. Tudo depende do tipo de mensagem e para quem está sendo enviada e a situação que a envolve. Dentro dessa perspectiva podemos dividir os textos em tipos e gêneros.
TIPOS
GÊNEROS
Existe uma estrutura
Estão
voltados
para
dominante (linguagem) que atividades culturais e sociais representa
o
esquema com atenção especial para a
fundamental do texto, esta funcionalidade da linguagem. não
se
caracterizará, São
formações
textuais
interativas, multimodalizadas e
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necessariamente, como um flexíveis de organização social e único tipo ou forma. São 4 os tipos textuais: narrativo,
produção de sentidos. A produção de gêneros é
descritivo, infinita.
dissertativo e injuntivo.
O TEXTO NARRATIVO
Diante dessa perspectiva de várias possibilidades, vários textos podem ser considerados narrativos por conta da sua formação estrutural. O texto narrativo parte do princípio de narras fatos, contar histórias, ou seja, é o tipo textual que acontecimentos são contados de forma sequencial ou não. Para conseguirmos identificá-lo precisamos conhecer e entender os elementos que o compõem, são eles: narrador, tempo, espaço, personagem e enredo. Veja o exemplo a seguir do trecho da autobiografia do escritor José Saramago:
“Nasci numa família de camponeses sem terra, em Azinhaga, uma pequena povoação situada na província do Ribatejo, na margem direita do rio Almonda, a uns cem quilómetros a nordeste de Lisboa. Meus pais chamavam-se José de Sousa e Maria da Piedade. Fui bom aluno na escola primária: na segunda classe já escrevia sem erros de ortografia, e a terceira e quarta classes foram feitas em um só ano. [...] Fonte:http://www.josesaramago.org/autobiografia-de-jose-saramago/
O trecho que você acabou de ler corresponde a uma autobiografia, gênero textual em que o autor narra os fatos de sua própria história. Assim, podemos afirmar que a narração é composta por uma sucessão de fatos/acontecimentos. Outro gênero textual que se utiliza da estrutura narrativa é o conto. Esse tipo de gênero corresponde a uma obra de ficção onde a imaginação e a fantasia são os principais ingredientes. Veja o exemplo a seguir. 37
A OPINIÃO EM PALÁCIO O Rei fartou-se de reinar sozinho e decidiu partilhar o poder com a Opinião Pública. ― Chamem a Opinião Pública ― ordenou aos serviçais. Eles percorreram as praças da cidade e não a encontraram. Havia muito que a Opinião Pública deixara de frequentar lugares públicos. Recolhera-se ao Beco sem Saída, onde, furtivamente, abria só um olho, isso mesmo lá de vez em quando. Descoberta, afinal, depois de muitas buscas, ela consentiu em comparecer ao Palácio Real, onde Sua Majestade, acariciando-lhe docemente o queixo, lhe disse: ― Preciso de ti. A Opinião, muda como entrara, muda se conservou. Perdera o uso da palavra ou preferia não exercitá-lo. O Rei insistia, oferecendo-lhe sequilhos e perguntando o que ela pensava disso e daquilo, se acreditava em discos voadores, horóscopos, correção monetária, essas coisas. E outras. A Opinião Pública abanava a cabeça: não tinha opinião. ― Vou te obrigar a ter opinião ― disse o Rei, zangado. ― Meus especialistas te dirão o que deves pensar e manifestar. Não posso mais reinar sem o teu concurso. Instruída devidamente sobre todas as matérias, e tendo assimilado o que é preciso achar sobre cada uma em particular e sobre a problemática geral, tu me serás indispensável. E virando-se para os serviçais: ― Levem esta senhora para o Curso Intensivo de Conceitos Oficiais. E que ela só volte aqui depois de decorar bem as apostilas. Carlos Drummond de Andrade. In Contos Plausíveis. José Olympio, 1985.
Fonte: https://www.emaze.com/@AZRWROIT/Conto---1-ano
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NOÇÕES DE CONCORDÂNCIA Sabemos que em nosso convívio social a comunicação é um processo que exige clareza por parte dos interlocutores, por isso existe a necessidade de estarmos sempre procurando manter a adequação linguística de acordo com a linguagem padrão (culta), ou seja, a linguagem que está de acordo com os padrões gramaticais, aquela de prestígio social. Para tanto, devemos ter conhecimento das normas básicas que regem a nossa língua materna, a Língua Portuguesa. Portanto, nesse momento, você tomará conhecimento das regras gerais que determinam o processo de concordância. De acordo com a gramática normativa existem dois tipos de concordância: verbal e nominal.
Fonte: http://escolakids.uol.com.br/regencia-verbal-nocoes-basicas.htm
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Concordância verbal O regulamento básico da concordância verbal é o verbo concordar em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) com o sujeito da frase. 1. Sujeito simples – o verbo concordará com ele em número e pessoa. Ex.: O aluno passeará por várias cidades do interior. 2. Sujeito composto – em regra geral, o verbo vai para o plural. Ex.: Sua mesquinhez e sua arrogância fizeram com que todos o abandonassem. Se o sujeito vier depois do verbo, concorda com o núcleo mais próximo, ou vai para o plural. Ex.: “Ainda reinavam (ou reinava) a desordem e a amargura” Se o sujeito vier composto por pronomes pessoais diferentes – o verbo concordará conforme a prioridade gramatical das pessoas. Ex.: Eu e Pedro somos pessoas responsáveis.
Fonte: http://escolakids.uol.com.br/regencia-nominal.htm
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Concordância nominal A parte da gramática que estuda as relações que as palavras estabelecem com o substantivo é chamada de concordância nominal. Esse tipo de concordância se dá a partir do acordo entre o nome (substantivo) e seus modificadores (artigo, pronome, numeral, adjetivo) quanto ao gênero (masculino ou feminino) e o número (plural ou singular). Ex.: “As pequenas coisas nos fazem maiores.” Portanto, como regra geral, temos que os termos referentes ao substantivo são seus modificadores e devem concordar com ele em gênero e número.
Fonte: https://educacao.uol.com.br/quiz/2014/11/17/voce-sabe-fazer-a-concordancia-verbal.html
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Interpretando o Mundo
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O Texto Dissertativo Caros estudantes, agora, iremos bater um papo cabeça sobre o texto dissertativo. Este, muitas vezes, é considerado como um “vilão” na vida escolar da maioria dos alunos, porém, quando conhecermos a sua verdadeira funcionalidade, perceberemos que esse texto é muito mais comum do que nós imaginávamos. Quem nunca tentou convencer a mãe ou o pai a comprar um tênis bacana ou uma calça da moda? Pois é, para conseguirmos alcançar o nosso objetivo é preciso utilizar vários e bons argumentos para que nossos pais ou responsáveis cheguem à conclusão de que a nossa ideia é realmente boa. Conceito Nesse sentido, já podemos construir um conceito para o texto dissertativo.
Dissertação: é o tipo de texto que tem como objetivo desenvolver uma opinião e sustentá-la através de argumentos, com o intuito de convencer o leitor a compartilhar a nossa ideia.
Mas, para chegarmos ao resultado de uma boa produção textual é preciso empenho e dedicação, principalmente no que diz respeito à dissertação. Na maioria das vezes formar uma opinião não é uma tarefa fácil, porque antes de desenvolver o seu texto é preciso definir, organizar e desenvolver a sua ideia, de modo que o leitor possa compreender facilmente o seu raciocínio. Para tanto, um bom escritor de textos também deve ser um bom leitor, pois a prática da escrita nunca e jamais deve se distanciar da leitura. Esta é fundamental para a elaboração de uma boa opinião. Vejamos agora alguns elementos que fazem parte dessa produção textual: Coesão: é maneira como você irá conectar e desenvolver suas ideias, a partir de conectores, a exemplo de conjunções e preposições. A coesão tem a função de tornar o seu texto claro e objetivo.
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Coerência: é a forma de desenvolver suas ideias sem perder o foco, ou seja, em fugir do assunto proposto pelo tema, já que, todo texto dissertativo parte da exposição de um tema que ira gerar uma reflexão a formação de uma opinião. Estrutura A dissertação é composta por três etapas, são elas: A introdução: momento em que é apresentada a ideia central do texto, formada por apenas um parágrafo. Desenvolvimento: é a parte do texto em que todas as ideias apresentadas na introdução serão desenvolvidas a partir de argumentos, nesse momento serão apresentadas as justificativas para sustentar o seu pensamento. Conclusão: é a última parte do texto, nesse período serão apresentadas as considerações finais da sua dissertação, sua ideia será finalizada. Agora, veremos o exemplo de uma dissertação produzida no Enem 2011, que teve como tema VIVER EM REDE NO SÉCULO XXI: OS LIMITES ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO. A crescente popularização do uso da internet em grande parte do globo terrestre é uma das principais características do século XXI. Tal popularização apresenta grande relevância e gera impactos sociais, políticos e econômicos na sociedade atual. Um importante questionamento em relação a esse expressivo uso da internet é o fato de existir uma linha tênue entre o público e privado nas redes sociais. Estas, constantemente são utilizadas para propagar ideias, divulgar o talento de pessoas até então anônimas, manter e criar vínculos afetivos, mas, em contrapartida também podem expor indivíduos mais do que o necessário, em alguns casos agredindo a sua privacidade. Recentemente, ocorreram dois fatos que exemplificam ambas as situações. A “Primavera Árabe”, nome dado a uma série de revoluções ocorridas em países árabes, teve as redes sociais como importante meio de disseminação de ideias revolucionárias e conscientização desses povos dos problemas políticos, sociais e econômicos que assolam esses países. Neste caso, a internet agiu e continua agindo de forma benéfica, derrubando governos autoritários e pressionando melhorias sociais.
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Em outro caso, bastante divulgado também na mídia, a internet serviu como instrumento de violação da privacidade. Fotos íntimas da atriz hollywoodiana Scarlett Johansson foram acessadas por um hacker através de seu celular e divulgadas pela internet para o mundo inteiro, causando um enorme constrangimento para a atriz. Analisando situações semelhantes às citadas anteriormente, conclui-se que é necessário que haja uma conscientização por parte dos internautas de que aquilo que for uma utilidade pública ou algo que não agrida ou exponha um indivíduo pode e deve ser divulgado. Já o que for privado e extremamente pessoal deve ser preservado e distanciado do mundo virtual, que compartilha informações para um grande número de pessoas em um curto intervalo de tempo. Dessa forma, situações realmente desagradáveis no incrível universo da internet serão evitadas.
Fonte: Guia e Redação do Enem, 2012. Pág.38
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Esta redação dissertativa foi produzida pela aluna Alline Rodrigues da Silva de Uberaba (MG). Como vocês puderam observar, Alline se utilizou de todos os recursos citados anteriormente, deixando assim, o seu texto claro, objetivo e realmente convincente. Além de uma escrita excelente, a aluna também demonstrou ser uma pessoa extremamente informada e consciente sobre as situações que acontecem em seu país como também no mundo. Seus exemplos confirmam claramente a sua opinião. Contudo, isso não é à toa, com certeza, esta jovem deve dedicar boa parte do seu tempo a leitura, elemento indispensável para a construção de conhecimento. Outro aspecto que nos chama atenção é o vocabulário de Alline, este também nos mostra que sua prática de escrita está intimamente ligada à prática de leitura. Além de soltar a nossa imaginação, ler é fundamental para que tenhamos um vocabulário extenso e bem articulado. Portanto, caros jovens, a leitura é responsável pela abertura de várias portas em nossas vidas. Ela nos oferece muitas possibilidades de aprendizagem.
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Fonte: http://weburbanist.com/2009/12/18/painted-alive-boldly-brilliant-body-paintings/
ExpressĂŁo nĂŁo verbal
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No incrível e fantástico universo da linguagem, a todo momento, estamos estabelecendo algum tipo de comunicação, com o intuito de transmitir nossas ideias e pensamentos. Mas nem sempre nos comunicamos apenas por meio de palavras. Em diversas situações podemos nos fazer entender através de uma imagem, um símbolo, um gesto, uma expressão facial, corporal, uns olhares, enfim, existem várias maneiras de estabelecermos uma transmissão de pensamento. Você já parou pra imaginar se no trânsito, por exemplo, tivéssemos que parar para lermos placar com informações escritas? Ficaríamos a maior parte do tempo parados que propriamente andando. Para que a informação seja passada de maneira mais rápida as placar dotadas de imagens estão lá para nos orientar sem perda de tempo. Com uma simples imagem sabemos onde podemos estacionar, onde existem homens trabalhando na pista, onde há quebra-molas e tantas outras informações. Conceito
A expressão não verbal é uma forma de estabelecermos uma comunicação sem utilizarmos palavras, ou seja, sem recorrermos à linguagem escrita.
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Desta forma é possível afirmar que uma imagem pode valer mais que mil palavras e pode nos revelar muitos sentimentos. No campo das artes plásticas uma pintura pode nos possibilitar muitas emoções e sentimentos, ou até mesmo uma maneira de enxergar o mundo. Vamos observar a imagem ao lado.
Esta obra de arte do artista plástico Cândido Portinari, intitulado como Retirantes, 1944.
Fonte: http://abrapinheiros.wordpress.com/tag/quadros-de-portinari/
Portinari foi um dos grandes pintores brasileiros, tendo retratado em boa parte de suas obras a história, a cultura, o povo a fauna e a flora brasileira. Ao analisar a obra, que sentimentos são aflorados? Que temática a obra aborda? Esta expressão não verbal nos diz muitas coisas, pode desencadear várias discursões sobre o tema abordado. Entre eles a condição social em que vivem milhares de famílias de nosso país. Como você pode ver na visita a galeria de artes, toda expressão artística retrata um sentimento, um 49
ideia, uma visão de mundo. E nós, através da nossa interpretação, podemos identificar esses sentimentos. Com isso a obra artística também estabelece uma comunicação.
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Função da Linguagem Antes de adentrarmos nas funções da linguagem, é necessário conhecermos os elementos da comunicação:
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=nORQwZ-U-CU
a) emissor: Quem envia a mensagem (pode ser uma única pessoa ou um grupo de pessoas). b) mensagem: O conteúdo (assunto) das informações transmitidas. c) receptor: Aquele a quem a mensagem é endereçada (um indivíduo ou um grupo), também chamado de destinatário. d) canal de comunicação: Meio pelo qual a mensagem é transmitida. e) código: Conjunto de signos e de regras de combinação desses signos utilizado para elaborar a mensagem: o emissor codifica aquilo que o receptor irá decodificar. f) contexto: é o objeto ou a situação a que a mensagem se refere.
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/477381629235780120/
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Partindo desses seis elementos, Roman Jakobson, linguista russo, elaborou estudos acerca das funções da linguagem, a partir desses seis elementos, os quais são muito úteis para a análise e produção de textos. Assim, para cada tipo de texto existe uma função da linguagem que a ele se adequa perfeitamente! Essas funções revelam as intenções do emissor ao elaborar a mensagem:
1- Referencial ou denotativa: Intenção é informar, privilegia a mensagem tratada, buscando transmitir informações objetivas. Predomina-se em textos de caráter científico e jornalísticos.
Fonte: https://www.facebook.com/cinform
2- Conativa ou apelativa: Intenção é convencer o destinatário, persuadindo-o, envolvendo-o, levando-o a adotar determinado comportamento.
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/funcao-conativa.html
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2- Metalinguística: Usar o código para explicar a própria língua.
Fonte: Drawing Hands – obra surrealista de Escher
4- Poética: Com intenção de dar destaque a mensagem, preocupa-se mais em como duzer do que com o que dizer.
Fonte: http://wwwgemini.blogspot.com.br/
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5- Fática: Intenção em manter, prolongar ou interromper a mensagem; testar o canal.
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/funcao-fatica.html
6- Emotiva ou expressiva: Objetivo do emissor é transmitir suas emoções, anseios e impressões pessoais e respeito de determinado assunto.
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Referências
AZEREDO, J. C. de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo, 3ª Ed. 2010. BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. Editora Lucema. Rio de Janeiro, RJ. 2001. Brasil. Presidência da República. Manual de redação da Presidência da República / Gilmar Ferreira Mendes e Nestor José Forster Júnior. – 2. ed. rev. e atual. – Brasília: Presidência da República, 2002. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm > Acessado em 23 de dez. de 2016. CUNHA, C. CINTRA, L.. A nova gramática do português contemporâneo. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. "Sinais de Pontuação"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/redacao/pontuacao.htm>. Acesso em 23 de dez. de 2016. GUIMARÃES, Elisa. Texto, discurso e ensino. 1.ed., 2ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2013. KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECZKA, Beatriz; BRITO, Karim Siebeneicher (Orgs.). Gêneros textuais: Reflexões e ensino. 4. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. SARMENTO, Leila Lauar. Gramática em textos. 2 ed. rev. São Paulo: Moderna, 2005. PORTAL DA LÍNGUA PORTUGUESA, Acordo Ortográfico. Disponível em:< http://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=acordo&version=1990 > Acessado em 23 de dez. de 2016. SARMENTO, Leila Lauar. Gramática em textos. 2 ed. rev. São Paulo: Moderna, 2005. TERRA, Ernani; DE NICOLA, José. Português. Volume 3: ensino médio 1ª ed. SP: Scipione, 2000 TODA MATÉRIA, Ortografia. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/ortografia/> Acessado em 26 de jan. de 2017.
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TERRA, Ernani; DE NICOLA, José. Português. Volume 3: ensino médio 1ª ed. SP: Scipione, 2000.
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