29HORAS - fevereiro 2021 - ed. 133_07 - Campinas

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Anderson F E V E R E I R O / 2 0 2 1 dist r ibuiç ão g rat uita em vir aco p o s

Di Rizzi De Kafka à distopia brasileira, o ator encara personagens complexos

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FE V E R E I RO 2 02 1

Sumário

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# 1 3 3/07 F EVEREIRO 2 02 1 WWW.29HORAS.COM.BR

Hora Campinas

@revista29horas

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Hospedagem O Altar, em Joanópolis, no interior de São Paulo

@29horas PUBLISHER Pedro Barbastefano Júnior CONSELHO EDITORIAL Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo, Paula Calçade e Pedro Barbastefano Júnior REDAÇÃO Paula Calçade (editora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte) COLABORADORES André Hellmeister, Anelise Zanoni, Chiara Gadaleta, Didú Russo, Georges Henri Foz, Júlia Storch, Juliana Simões, Karen Suemi Kohatsu, Luiz Toledo, Patricia Palumbo, Pro Coletivo, Tecla Music Agency P U BL I CI DADE CO M E RCI AL comercial@29horas.com.br EQUIPE: Rafael Bove (rafael.bove@29horas.com. br), Angela Saito (angela.saito@29horas.com.br) GERENTE REGIONAL Giovanna Barbastefano (giovanna.barbastefano@29horas.com.br) CAMPINAS – Marilia Perez (marilia@ imediataonline.com.br), Mariana Perez (mariana@imediataonline.com.br)

2 9 H OR AS é uma publicação da MPC11 Publicidade Ltda. A revista 29 HOR AS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários. Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 11 — Jd. Paulista, São Paulo — CEP: 01406-200 TEL.: 11.3086.0088 FAX: 11.3086.0676

06 Anderson Di Rizzi

Versátil, o ator estreia em uma distopia nos cinemas

16 Vozes da cidade

Descanso em meio à natureza e passeios ao ar livre em Campinas

17Agora é agro Exportações em alta no agronegócio brasileiro

MISTO

A TIRAGEM E DISTRIBUIÇÃO DESTA EDIÇÃO SÃO AUDITADAS PELA BDO.

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JORNALISTA RESPONSÁVEL Paula Calçade

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ASSISTÊNCIA COMERCIAL Hanna Mercaldi (hanna.mercaldi@29horas.com.br)

Foto da capa: Dessa Pires | stylist: Lili Garcia FOTO DESSA PIRES

RIO DE JANEIRO – Rogerio Ponce de Leon (rogerio.leon@viccomunicacao.com.br)


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CA PA


OS OUTROS

LADOS de um

artista

CONHECIDO POR INTERPRETAR PERSONAGENS LEVES E CÔMICOS NAS NOVELAS DA TV GLOBO, O ATOR CAMPINEIRO ANDERSON DI RIZZI AGORA INVESTE EM PAPÉIS MAIS SÉRIOS E COMPLEXOS

POR

A

KIKE MARTINS DA COSTA

OS 42 ANOS, ANDERSON DI RIZZI já tem vários personagens marcados na memória de quem gosta de acompanhar as novelas da Globo – sempre em papéis leves e divertidos. Fora da TV, o ator vem investindo em trabalhos mais complexos e desafiadores. Antes da pandemia, iniciou um giro pelo país com a peça “Um Beijo em Franz Kafka” – que narra um episódio curioso da vida do escritor tcheco - e atuou no filme “O Segundo Homem”, ambientado em um cenário distópico, em que o porte de armas é liberado no Brasil. Na produção, ele interpreta Miro, um pai de família que se une a uma legião estrangeira criada para controlar a desenfreada violência no país. Por causa da pandemia, a peça interrompeu sua turnê e o filme – que tem também Cléo Pires, Wolf Maya, Negra Li e Lucy Ramos no elenco – entrou na fase de finalização. Enquanto isso, Di Rizzi se isolou no interior de São Paulo com a mulher (a professora Taise Galante) e os dois filhinhos pequenos: Helena e Matteo, de 3 e 1,5 anos, respectivamente. “Foi um período de introspecção, de aprendizado e de conexão com a minha família. Agora sinto que algo melhor está por chegar. Acredito que em 2021 vamos colher os frutos que plantamos em 2020, tudo vai ser diferente”, avalia. Assim seja! Veja a seguir os principais trechos da entrevista que ele concedeu à reportagem da revista 29HORAS.

FOTO DESSA PIRES | STYLIST LILI GARCIA

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CA PA

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Quais recordações você tem dos tempos em que morava em Campinas? Morei na cidade até os 17 anos. Meus pais ainda vivem lá, assim como vários dos meus amigos. Até hoje eu ainda voto no mesmo colégio em que estudei. Fui dono de um salão de beleza no Jardim Guanabara. Sempre que visito a cidade, passo pelo Conjunto Bandeirantes e pelo Jardim Pacaembu, onde corria descalço, jogava bolinha de gude e empinava pipa. Minha infância foi uma fase bem feliz da minha vida. Tenho orgulho de ser campineiro. Quando adolescente, você queria ser jogador de futebol e até passou pela Ponte Preta. Por que razão acabou abandonando o esporte? Tenho um carinho especial pela Ponte Preta. Quando eu atuava nas categorias de base, jogava do meio para frente. Era um jogador de criação, mas também fazia muitos gols. Acabei me afastando do esporte por causa de um acidente de carro. Quebrei um dedo do pé e ele não cicatrizou do jeito certo. Durante anos, sentia dores, e isso acabou me desanimando. Como foi a transição de jogador de futebol para ator? Quando trabalhava em uma academia de musculação, me chamaram para trabalhar com promoção e entregar panfletos na rua. Nesse “bico”, conheci uma galera que também fazia figuração em comerciais de

O ator em "Morde & Assopra", "Gabriela", "Êta Mundo Bom!" e "Amor à Vida" , no sentido horário


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Quando revemos a sua trajetória, vêm automaticamente à nossa mente o Xavier de “Morde & Assopra”, o Palhaço de “Amor à Vida” e o Zé dos Porcos de “Êta Mundo Bom!”. Qual deles é o seu predileto? Eu adoro todos, e gostaria de também incluir nessa lista de favoritos o professor Josué de “Gabriela”, o Juvenal de “O Outro Lado do Paraíso” e o Márcio de “A Dona do Pedaço”. Mas quem ocupa um lugar especial no meu coração é Sargento Xavier, de “Morde & Assopra”. Quando fiz o teste, o personagem nem tinha nome. A sinopse dele só tinha cinco palavras: “Um guarda medroso e atrapalhado”. Me inspirei no Mazzaropi na composição.

Acima, Anderson Di Rizzi no filme "O Segundo Homem", e, ao lado, na peça "Um Beijo em Franz Kafka"

Aí o personagem foi crescendo e acabou virando um dos principais da novela. O sucesso do Xavier abriu várias portas na minha carreira e fez com que o grande público me “descobrisse”.

Onde você “quarentenou”? O que foi mais difícil durante o isolamento? O que você tirou de positivo para a sua vida desse período tão peculiar? Logo no começo da pandemia, me isolei com a minha família em Itu, onde tenho uma casa no meio do mato. Apesar de o coronavírus ter interrompido a temporada da minha peça abruptamente, eu não reclamo.

Tento sempre extrair alguma coisa boa dessas situações. Depois de muito tempo viajando com a peça e gravando novelas em outras cidades, fiquei meses e meses com meus filhos e com Taise, a minha mulher. Foi legal demais acompanhar a Helena e o Matteo crescerem, perceber como eles evoluem, vê-los brincando na grama e na terra, tomando água pura direto da nascente, colhendo frutas no pé, plantando verduras na horta, interagindo com os animais, aprendendo a respeitar a natureza. Se dependesse da Helena, a gente nunca sairia de lá… O isolamento para mim foi uma

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TV. Me juntei a eles, fiz vários jobs nessa área e tomei gosto por atuar. Como sou muito obstinado e determinado, mergulhei nesse mundo e comecei a estudar, fazer cursos, ler livros e assistir a todas as peças e filmes que podia. Depois fiz faculdade de Artes Dramáticas e, quando conquistei meu DRT (registro na Delegacia Regional do Trabalho para exercer a profissão), enfim me senti um ator de verdade. Foi uma caminhada dura. Tomei muito “não” na cara, pensei várias vezes em desistir, mas acabei indo até o fim.


CA PA

FOTO ARQUIVO PESSOAL

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oportunidade para que eu pudesse olhar para dentro, pensar na vida, repensar paradigmas. E o distanciamento teve também reflexos positivos no meu corpo. Montei uma pequena academia em casa e tive bastante tempo para me exercitar e cuidar da parte física.

Quais são seus projetos para 2021? Estou muito otimista para este ano. Acredito que vai ser diferente, cheio de coisas boas, bem melhor do que 2020. Assim que possível, vamos retomar a turnê do espetáculo “Um Beijo em Franz Kakfa” e, no cinema, estarei em “Tô Ryca 2” (sem data de estreia) e em “O Segundo Homem”, dirigido por Thiago Luciano e ainda em fase de finalização. Em “O Segundo Homem”, você interpreta um personagem que vive em um Brasil distópico onde as armas são liberadas - roteiro cada vez menos ficcional e mais realista! A seu ver, quais perigos o armamento sem controle da população pode trazer à sociedade brasileira? Tenho medo desse futuro no qual é possível comprar uma arma em um supermercado, pagar no caixa e sair por aí com ela na cintura. Tenho medo das pessoas destreinadas. Para mim, quem quiser ou precisar ter uma arma tem de, obrigatoriamente, passar por uma avaliação psicológica e ser treinado para aprender a manusear o equipamento de forma apropriada e segura. Essas são medidas razoáveis, necessárias e indispensáveis. É horrível o que acontece em alguns países que tem uma legislação frouxa no controle das armas, como os Estados Unidos. De tempos em tempos, um desajustado mata ou coloca em risco a vida de dezenas de inocentes. Não gostaria de ver essa mesma situação aqui no Brasil. Na TV, você se notabilizou por papéis leves e bem-humorados, mas no teatro interpretou textos de Kafka e no cinema encarnou esse pistoleiro nada cômico. Em qual gênero você se sente mais à vontade? Tenho um prazer enorme em fazer

Anderson Di Rizzi com seus filhos, Helena e Matteo

comédia. Foi muito divertido dar vida ao Palhaço, ao Sargento Xavier e ao Zé dos Porcos. Mas agora quero explorar outras facetas desse trabalho de interpretação. Quem for à minha peça ou assistir “O Segundo Homem” me verá de uma maneira diferente. Pretendo focar agora em papéis novos para mim. Adoraria aparecer na TV como um vilão psicopata ou como um personagem shakespeariano bem dramático. Não é só para mostrar para o público o que eu sou capaz, é para satisfazer uma necessidade que eu, como ator, trago dentro de mim.

Pena que fez poucos filmes e se aposentou precocemente. No Brasil, tenho paixão pela Fernanda Montenegro, pelo Selton Mello e pelo Wagner Moura. Ver a Fernandona em ação é uma aula, e tive a oportunidade de vivenciar isso em “O Outro Lado do Paraíso”. Cada palavra que sai da boca dela tem uma cor diferente, o repertório dela é infinito. Já o Selton e o Wagner, além de serem excelentes atores, muito versáteis, têm a minha admiração também por causa de suas posturas profissionais e pessoais, diante de questões éticas, humanas e políticas.

Quais são os seus 5 atores prediletos? O que cada uma dessas feras tem que você tanto admira? O Marlon Brando é o melhor de todos. Ele está sempre pronto para encarnar seu personagem. Não precisa de preparação nem de laboratório. O Daniel Day-Lewis é outro monstro. A entrega dele em cada papel é algo que me impressiona muito.

Por fim, qual é a primeira coisa que você vai fazer após tomar a vacina? Quero ir a Campinas dar um abraço gostoso nos meus pais, com calma e sem medo. Não faço isso desde março de 2020! Em seguida, vou pegar a Taise, as crianças e fazer uma viagem bem bacana para fora do Brasil. Depois de ficar tanto tempo em confinamento, quero ir para bem longe!


hora

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Muito bem-vinda!

CAMPINAS

O MELHOR DA REGIÃO

AEROPORTO O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, foi a porta de entrada de 5,5 milhões de doses da vacina Coronavac, vindas da China. Esse é o maior lote de vacinas contra o coronavírus já desembarcado no Brasil e na América Latina, e foi o quarto lote que o Instituto Butantan recebeu em menos de um mês da biofarmacêutica Sinovac Life Science. Além de receber as doses, o Terminal de Carga de Viracopos também foi utilizado ao longo de 2020 e neste começo de ano para o desembarque de milhares de máscaras, respiradores e testes no combate à Covid-19.


HORA CAMP INAS

FOTOS DIVULGAÇÃO E FAMÍLIA COELHO

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O CENTRO GASTRONÔMICO DE CAMPINAS está no

GASTRONOMIA

Receitas de sucesso Marcas tradicionais da cidade, D’autore e Maria Antonieta se fundem e lançam novos menus

POR JÚLIA STORCH

Cambuí. Dentre os mais de 4.800 restaurantes e bares da cidade, encontram-se no bairro o premiado restaurante D’autore e a instagramavel boulangerie e bistrô Maria Antonieta. O primeiro, inaugurado em 2015, conta com um menu contemporâneo, já a boulangerie apresenta doces e brunches de encher os olhos, desde 2013. Agora a cidade tem o melhor dos dois mundos com a união das casas, que resultou no Grupo D’Ama – o primeiro de alta gastronomia do interior paulista. O casamento contou com quatro personagens: os empresários Leandro Saikali e Georgea Henriques do D’autore e os chefs Mateus Matana e José Martin, da Maria Antonieta. “Compartilhamos os mesmos valores e propósitos, e o D’autore sempre foi parceiro e uma referência de negócio. Essa amizade originou o novo grupo especializado em fine dining, que chega para trazer aos nossos restaurantes ainda mais qualidade”, conta Mateus Matana. Com a fusão, o grupo já soma mais de dez mil atendimentos por mês, com uma equipe com 70 colaboradores, três pontos de venda em Campinas (sendo dois no Cambuí e um no Shopping Galleria) e um e-commerce. “Sempre tivemos muito em comum, a começar pelo mesmo arquiteto (Otto Felix), e um público fiel e parecido. Nada melhor do que somar forças”, comemora Georgea Henriques. A união resultou ainda em lançamentos nos menus. Neste mês, a Maria Antonieta apresenta o Brunch Versailles, disponível aos domingos – que conta com tábua de frios e frutas, ovos beneditinos de salmão e espinafre, carpaccio, croque monsieur e croque Madame, steak tartare, macarons, mini naked de frutas vermelhas e baunilha; e drinques como mimosa e Aperol Spritz, além de espumantes e vinhos. Já D’autore lançará, em março, um novo cardápio, totalmente repaginado, com steak tartar com polenta trufada, costela de boi com risoto de macadâmias e chutney de


FOTOS BERNARDO COELHO

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cebola roxa. Para a sobremesa, a casa oferecerá um delicioso creme brûlée de paçoca com sorvete de caramelo salgado. A tradição do restaurante permanece e a ampla adega e carta de vinhos, desenhada pelo sommelier Silas Honorato, segue disponível ao público. Para 2021, os sócios esperam um crescimento de 30%. “A união fortalece nossas estruturas e impulsiona os projetos futuros de cada uma de nossas marcas", explica Leandro Saikali. O Grupo D’Ama já tem planos ambiciosos, como alcançar outras cidades do interior e a capital paulista com filiais dos restaurantes em breve.

FOTOS BERNARDO COELHO | DIVULGAÇÃO

Na outra página, ambiente e doce do bistrô Maria Antonieta. Acima, restaurante D'autore e prato da casa, e os quatro empresários agora à frente do Grupo D'ama. Abaixo, opção de brunch do bistrô


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HORA CAMP INAS

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À direita, Maria Fumaça, que sai de Campinas. Abaixo, o Trem Republicano, que vai até Salto

PA S S E I O

Viaje no tempo a bordo dos trens turísticos da região Embarque no recém-inaugurado Trem Republicano e vá de Itu a Salto, ou garanta um assento na histórica Maria Fumaça, que liga Campinas a Jaguariúna

POR KIKE MARTINS DA COSTA O INTERIOR PAULISTA, nas vizinhanças do

Aeroporto de Viracopos, possui dois trens turísticos que são excelentes opções para quem quiser embarcar em uma viagem ao glorioso passado da região ou para quem busca apenas uma boa opção de passeio – para toda a família e, em especial, para a garotada sem aula enquanto as escolas permanecem fechadas. Após mais de uma década de obras, o Trem Republicano voltou a percorrer os trilhos da antiga Companhia Ytuana de Estradas de Ferro (inaugurada em 1873), entre Itu e Salto. O bilhete simples, que custa R$ 77, dá direito a um assento no vagão convencional e serviço de bordo, incluindo um lanchinho. Quem optar pelo pacote “classe boutique” (R$ 322) faz a viagem em um vagão com varanda central, lounges e janelas panorâmicas, além de passeios em Salto e van para o retorno a Itu. O percurso tem apenas 7,3 quilômetros, e cada “perna” do passeio demora pouco

mais de 30 minutos. Na chegada a Salto, é possível avistar por entre a densa vegetação, o monumento de 30 metros de altura dedicado à Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira da cidade, e a ponte estaiada sobre o Rio Tietê. Neste momento, por causa da pandemia, o receptivo faz apenas uma viagem por dia, com saída de Itu às 9h e retorno de Salto às 14h30, com 50% da capacidade para manter o distanciamento social. O Trem Republicano é formado por uma locomotiva a diesel fabricada em 1952 e três carros de passageiros, sendo o primeiro da “classe boutique”. Para mais informações, acesse www.tremrepublicano.com.br. O outro trem da região é a Maria Fumaça Campinas, que liga a estação de Anhumas à cidade de Jaguariúna, em um circuito de aproximadamente 22 quilômetros – um pequeno trecho da Companhia Mogiana do Estradas de Ferro, que no seu auge, no século passado, teve mais de 1.600 quilômetros e

ligava o interior de São Paulo a Brasília. O caminho corta bonitas paisagens rurais, imponentes fazendas cafeeiras, rios e outros marcos do ciclo do café. Um dos pontos mais fotografados é a ponte sobre o Rio Atibaia, construída em 1875 e inaugurada por Dom Pedro II. Na estação de Carlos Gomes estão instaladas as Oficinas de Manutenção e Restauração do Museu Histórico Ferroviário. O museu é aberto à visitação e tem no acervo trens e carros que não circulam mais. Várias produções de cinema e TV já utilizaram a Maria Fumaça campineira como cenário. Entre elas, as novelas “Terra Nostra”, “Cabocla” e “Éramos Seis” e os filmes “O Menino da Porteira” e “Marighella”. Os passeios são feitos aos finais de semana e no vagão do restaurante é servido um café colonial. Os ingressos custam R$ 120 (inteira) e podem ser adquiridos com antecedência por no site www.mariafumacacampinas.com.br.


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H O S P E DAG E M

Fuga na natureza Facundo Guerra, conhecido empresário da noite paulistana, se reinventa e inaugura opções de hospedagem sustentáveis e charmosas no interior POR JÚLIA STORCH

projetos do empresário Facundo Guerra. No subsolo do Teatro Municipal, ele abriu o Bar dos Arcos. Num cinema desativado da Liberdade, ele montou a casa de shows Cine Joia. Estes e outros empreendimentos saíram da mente criativa do fundador do Grupo Vegas. Porém, após três crises seguidas de Burnout e a recomendação de seu médico para dar uma descelerada, o empresário decidiu aplicar a expressão do latim "fugere urbem" a sua vida: construir uma casa no campo e escapar da cidade grande. O local escolhido foi o municípo de Joanópolis, a 120 quilômetros da capital paulista, no meio da represa de Jaguari. O pedido médico foi seguido em partes, pois o que era para ser sua residência no campo, acabou virando negócio. O Altar é uma casa com paredes de vidro que permite que seu morador acorde flutuando nas águas. A tiny house (casa minúscula) fica ancorada a 30 metros da terra firme, e possui 38 m² de área interna e 26 m² de área externa, além de toda uma represa ao redor. “A escolha do local foi pela proximidade de São Paulo, e pela represa ser um lugar calmo e inspirador. Como um dos sócios já tinha uma casa por perto, foi mais fácil viabilizar o projeto”, conta o empresário. É possível ainda alugar outra casa na mesma propriedade na Serra da Mantiqueira, a Prainha, que acaba de ser mobiliada em parceria com a curadoria de design Westwing. Trata-se de uma

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O CENTRO DE SÃO PAULO ABRIGA muitos dos

Acima e à direita, a casa flutuante O Altar. E, abaixo, a residência Prainha, disponíveis para aluguel

residência térrea de vidro, que permite total integração com a represa e a mata ao redor. Ambas foram construídas com madeira de reflorestamento, possuem captação e armazenamento de energia solar, geração de biogás para a cozinha por meio do lixo orgânico, e produtos como snacks e sabonetes de produtores da região. Para quem deseja ir além de Joanópolis,

Facundo conta que até 2022 pretende inaugurar mais cinquenta casas para aluguel temporário no litoral brasileiro, como em Sertão do Una (em São Sebastião - SP), em ilhas próximas a Paraty e em Fernando de Noronha. As diárias no Altar flutuante e na Prainha saem a partir de R$ 1.1663 e R$980, respectivamente, e as reservas podem ser feitas pelo aplicativo Airbnb.


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Vozes da cidade

POR SERGIO PELLIZZER*

Andanças revigorantes Joaquim Egídio, Cambuí e Jardim Nilópolis concentram excelentes passeios ao ar livre, diversão e alta gastronomia em Campinas

Joaquim Egídio “Separe uma manhã especial para um maravilhoso passeio de mountain bike em Joaquim Egídio, na Serra da Bocaina. Não se esqueça do capacete e de parar no Bike Hotel para ver se está tudo em ordem com a sua magrela. Para quem é mais experiente, vale pegar o caminho até Morungaba e ir direto ao Hotel Lake Villas. Seu companheiro ou companheira pode ir de carro pela estrada para almoçar e curtir uma massagem no incrível spa do hotel.” Bike Hotel Joaquim Edígio - Estrada do Bonde - Joaquim Egídio, Campinas Lake Vilas - Charm Hotel & SPA - Estrada Antenor Cezar, Km 10, Amparo

Cambuí “Um passeio a pé pelo Cambuí é imprescindível para quem quer conhecer Campinas. O Vitória Hotel é o melhor local para hospedagem na cidade. Um pastel da feirinha da rua Maria Monteiro é uma boa opção para te dar forças para uma caminhada. Lojas, ruas tranquilas, passeio com os cachorros e pracinhas com playground para crianças fazem parte da região.” Vitória Hotel - Avenida José de Souza Campos, 425 - Nova Campinas, Campinas

Galleria Shopping “Por ser aberto, é o shopping mais gostoso da rede Iguatemi. Ótimo lugar para compras, gastronomia e cinema. Todas as salas de cinemas, inclusive, são VIPs e a qualidade da tela, das poltronas e do ambiente compensam o serviço, que às vezes peca um pouco. Sempre revezo meu almoço ou jantar em três excelentes restaurantes: Kilimanjaro, Pobre Juan e Maremonti.” Galleria Shopping - Avenida Bailarina Selma Parada, s/n - Jardim Nilópolis, Campinas

*SERGIO PELLIZZER é CEO da Agência Criah e diretor da Holding Conforto

As dicas e os segredos de quem adora a região

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kikecosta@uol.com.br

COLUNA

Agora é agro

POR

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Kike Martins da Costa

Exportações em alta Embarques para o exterior de produtos agropecuários do Brasil totalizam mais de US$ 100 bilhões em 2020, graças à excelente performance da soja e das carnes Em 2020, o Agronegócio Brasileiro teve o segundo melhor desempenho de sua história em termos de exportações. As vendas para o exterior somaram US$ 100,8 bilhões (em 2018 foram US$ 101,17 bilhões). Em relação a 2019, houve crescimento de 4,1% nas vendas externas do setor. Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o complexo soja (grão, óleo e farelo) foi o principal item da pauta de exportações, com US$ 35,24 bilhões. Em seguida, o ranking traz as proteínas animais, que totalizaram US$ 17,16 bilhões (a carne bovina representa 49,4% desse montante, as aves foram responsáveis por 34,9% do total e 12,5% correspondem à carne suína). Outro produto de peso nas exportações do nosso Agronegócio é o café. Em 2020, o Brasil exportou 44,5 milhões de

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sacas, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado e moído. Segundo relatório consolidado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), esse volume é o novo recorde histórico da cafeicultura brasileira e totaliza uma arrecadação de US$ 5,6 bilhões. Por causa dessas vendas todas, o Porto de Santos bateu mais uma vez seu recorde na movimentação de cargas. E em 2020, mesmo com a pandemia, deve registrar o maior volume da história. De janeiro a novembro, o porto movimentou mais de 130 milhões de toneladas, um crescimento de quase 9% em relação a 2019. Os principais compradores dos produtos agropecuários brasileiros em 2020 foram a China (responsável por 36% do total), a União Europeia (16%), o Oriente Médio (11%) e a América Latina (8%). Os Estados Unidos de Donald Trump responderam por apenas 7% dos embarques.

Prosa rápida Agropolos O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Brasil atingiu em 2020 um total de R$ 871,3 bilhões, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O estado do Mato Grosso lidera o ranking, com R$ 134 bilhões, relativos principalmente às culturas de grãos e algodão e à pecuária. Em seguida, vêm o Paraná (com R$ 117,1 bi), São Paulo (R$ 106,4 bi), Minas Gerais (R$ 96,1 bi), Rio Grande do Sul (R$ 73,7 bi), Goiás (R$ 72,6 bi), Mato Grosso do Sul (R$ 70,9 bi) e Bahia (R$ 34,9 bi).

Ecochina A China conseguiu reduzir em 40,2% a aplicação de agroquímicos, mantendo a produtividade, nas três principais culturas do país: o arroz, o milho e o trigo. Desde 2015, o país vem estimulando a redução no uso de fertilizantes, herbicidas, inseticidas e fungicidas. Para conseguir esse resultado, as autoridades chinesas vêm estimulando produtores rurais a adotarem técnicas de alta eficiência baseadas no controle biológico de pragas e na utilização de processos agroecológicos.

Vinho & pedal Já se imaginou pedalando em meio às uvas de um vinhedo? Até o fim de semana do dia 21 de fevereiro, isso é possível no Wine & Bike, promovido pela Vinícola Góes, em São Roque (SP). A atividade começa às 8h30 e termina 11 km e três horas depois, com sanduíches, frutas, suco de uva e, claro, degustação de vinhos. O passeio custa R$ 50 por pessoa. Inscrições pelo tel. 11 4711-3500.


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