Maitê Proença
ESCANEIE E OUÇA A PLAYLIST INSPIRADA NA REGIÃO DE CAMPINAS NO 29HORAS PLAY
N O V E M B R O / 2 0 2 1 d istr ib ui ção gratu ita em vir acop o s
Atriz e escritora volta aos palcos expondo as dores e as delícias de sua vida, numa corajosa autoanálise
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Pro Coletivo
O PRO COLETIVO ajuda as pessoas a aproveitar a vida se locomovendo de forma inteligente.
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11 Hora Campinas
# 1 4 2 /1 6 NOV EMB RO 2 02 1
Projetos de casas no interior de São Paulo revelam preferência por áreas externas e integradas
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Sumário
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NOV E MB RO 2 02 1
@29horas Publisher Pedro Barbastefano Júnior Conselho editorial Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo, Paula Calçade e Pedro Barbastefano Júnior redação Paula Calçade (editora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte), Helena Cardoso (estagiária) Colaboradores Alex Mesquita, André Hellmeister, Chantal Brissac, Georges Henri Foz, Juliana Simões, Luiz Toledo, Procoletivo, Tecla Music Agency P U B L I CI DADE CO M E RCI AL comercial@29horas.com.br equiPe: Rafael Bove (rafael.bove@29horas. com.br), Angela Saito (angela.saito@29horas. com.br) Gerente reGional Giovanna Barbastefano (giovanna.barbastefano@29horas.com.br)
2 9 HO RAS é uma publicação da MPC11 Publicidade Ltda. A revista 29 HOR AS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários.
06 Capa Maitê Proença encaras seus traumas e revisita alegrias em peça
Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 11 — Jd. Paulista, São Paulo — Cep: 01406-200 Tel.: 11.3086.0088 Fax: 11.3086.0676
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Jornalista resPonsável Paula Calçade MTB 88.231/SP
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Vozes da cidade Dicas de lojas de empresárias de Campinas e região
17 Agora é agro O desperdício de alimentos na cadeia produtiva do Brasil
A TIRAGEM E DISTRIBUIÇÃO DESTA EDIÇÃO SÃO AUDITADAS PELA BDO.
Foto da capa: Dalton Valerio
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rio de Janeiro – Rogerio Ponce de Leon (rogerio.leon@viccomunicacao.com.br)
FOTO DALTON VALERIO
CaMPinas – Marilia Perez (marilia@ imediataonline.com.br), Mariana Perez (mariana@imediataonline.com.br)
CAPA
O melhor de
Maitê
ATRIZ, ROTEIRISTA E ESCRITORA BRILHA EM TURNÊ DA PEÇA “O PIOR DE MIM”, NA QUAL FAZ UM RELATO FRANCO E CORAJOSO DE SUA HISTÓRIA
POR
D
CHANTAL BRISSAC
DE 13 A 25 DE NOVEMBRO Maitê Proença volta aos
palcos dos teatros com a peça autobiográfica “O Pior de Mim”, que será encenada em Fortaleza, Belo Horizonte e Porto Alegre. No espetáculo, que estreou em setembro de 2020 em transmissões online e pela TV e reuniu uma plateia de mais de dois milhões de pessoas, a atriz revisita a sua vida, revelando ao público sua face mais escondida. “Aquela que nem eu mesma tinha coragem de bisbilhotar”, ela diz. Dirigida por Rodrigo Portella, a montagem é um dos trabalhos mais corajosos dessa atriz premiada, conhecida por suas personagens no teatro, na TV e no cinema, em mais de quatro décadas de atuações. Na peça, Maitê reflete sobre traumas e memórias desde a infância. Uma autoanálise em que expõe fragilidades e feridas profundas como a morte da mãe, assassinada pelo pai da atriz em 1970, quando ela tinha apenas doze anos. Nessa época, Maitê foi viver em um pensionato com o irmão caçula; o pai, absolvido em dois julgamentos, se internou em um manicômio. Tempos depois ele se matou e o irmão mais velho também tirou a própria vida. Além de repassar a sua história, a atriz de 63 anos, mãe de Maria e recente avó de Manuela, fala de machismo, misoginia e preconceitos que enfrentamos no nosso país. Tudo com intensidade, mas também com humor, como é próprio de sua verve. Ansiosa para viver esse reencontro direto com o público após meses de reclusão e distanciamento na pandemia, Maitê conta também nessa entrevista sobre seu momento e suas emoções.
FOTO DALTON VALERIO
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CAPA
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
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Maitê com o irmão caçula René Augusto; na sala de aula da Escola Americana de Campinas, aos nove anos; e na adolescência passada no pensionato na mesma cidade. Na outra página, a atriz aos 28 anos como a protagonista Dona Beija, novela da extinta Rede Manchete
A peça “O Pior de Mim” foi indicada ao prêmio APTR e considerada um dos melhores espetáculos desde o início da pandemia. O que a levou a mergulhar nesse trabalho e que resposta você teve do público com as apresentações online? Eu estava confinada como toda gente e reduzida a poucos entretenimentos. O Instagram, antes secundário, virou uma ponte para o mundo. Só havia pessoas felizes ali, cheias de amigos, bem-sucedidas, com a pele fulgurante. Inevitável se sentir um lixo por comparação. Todos nós já tão combalidos, e nas redes o mundo dos moranguinhos. Pensei: por que não mostrar o que não deu certo, as grandes frustrações, os fracassos? O público respondeu fortemente porque, ao abrir minhas mazelas, batia no mesmo lugar dentro da vida de quem assistia. O teatro faz você se visitar, mas sem que seja tão penoso, porque você revive, mas passando pelo filtro das experiências do outro. E aí, não se sente só.
O que você espera dessa turnê ao vivo em três capitais? Estou muito feliz e ansiosa com o contato direto com o público. A peça não é para baixo, pelo contrário, ela dá vontade de sacudir a poeira e abraçar a vida, tem bom humor, energia. Vai ser maravilhoso voltar aos palcos e sentir o calor das pessoas!
O que foi mais difícil nessa imersão em que você apresenta à plateia a sua parte mais trágica? Não conto fatos pelos fatos, mas sempre para ilustrar algo que eu não vi quando estive presa naquelas situações, e que hoje eu já consigo olhar e entender, eu consigo sanar.
Foram muitas perdas para uma criança, um trauma doloroso. O que você falaria hoje para essa menina de doze anos que se viu sozinha da noite para o dia?
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Mesmo diante de tantas adversidades, você sempre sacudiu a poeira e foi se reinventando. O que a inspira? Eu olho para fora e vejo o outro, vejo os pássaros, as ondas do mar, isso me inspira. O olhar para dentro é bom se a gente vai "arrumar a casa”, mas depois tem que sair dali. O umbigo é pequeno e atrofia o espírito se for só ele que conseguimos ver.
Quais lembranças você tem de Campinas, onde passou a infância? Nasci na cidade de São Paulo porque vivíamos em Ubatuba, que era uma aldeia, e minha mãe preferiu parir em um hospital. Mais tarde fui morar em Campinas, onde tive uma infância solta, livre, campestre. A vinte minutos do centro havia montanhas e as cachoeiras mais lindas. Meus pais trabalhavam muito e eu saía pelas redondezas, de carona, de bicicleta, e me comunicava com os amigos em tupi guarani, que nós aprendemos para nos sentirmos ainda mais integrados com as belezas a nossa volta.
O que o teatro trouxe para sua vida? A capacidade de sentir. Depois de todos esses traumas, eu teria me fechado em copas, não fosse o ofício do teatro. Na juventude, comecei a viajar bastante e depois mergulhei na dramaturgia. Por precisar dos sentimentos para desempenhar, ser atriz me salvou de um deserto emocional.
Durante a pandemia você começou a se expressar mais pelas redes e a ganhar seguidores. O que esse relacionamento significa para você? Uma ponte contra a solidão. Sou uma pessoa que lê e tem vida interior, me mexo, canto, danço. Mas o contato humano é insubstituível.
Quais são os planos para o futuro próximo? Não sou de grandes decisões, sigo apenas, um dia após o outro. Temo que, de outra forma, não daria conta, ficaria tudo sufocante. Aos poucos, sem muitos planos, só os pequenos, vou assimilando cada mudança sutil e me adaptando, seguindo minhas setas internas, para onde elas apontam.
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Eu estou aqui para te pegar no colo hoje. Nunca é tarde.
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CA PA
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“
Sou uma pessoa que lê e tem vida interior, me mexo, canto, danço. Mas o contato humano é insubstituível.
”
Mas tem coisas acontecendo. Eu me tornei produtora orgânica, com amigos, estamos plantando para vender num esquema agroflorestal. A peça “O Pior de Mim” deve virar livro num formato ampliado. E haverá uma versão revisada do meu livro “Uma Vida Inventada”, cujas edições se esgotaram há muito.
E o coração? Em março, você escreveu que buscava um amor, alguém que soubesse velejar, e hoje está feliz ao lado da cantora e compositora Adriana Calcanhoto. Que ventos trouxeram esse novo amor? Eu estava brincando quando disse que procurava alguém, nem seria possível fazer experiências amorosas no meio de uma pandemia, sem vacinas. E a Adriana é adorável, única, mas não sabe velejar. Nem eu. Estamos aprendendo sobre os ventos com barquinhos de papel.
Como começou esse projeto bacana que você faz no Instagram, falando de grandes mulheres da história? Foi há três anos, e desde então eu posto três vezes por semana, no Instagram e no YouTube, histórias de mulheres desbravadoras, singulares e corajosas que abriram as portas para todas nós em um mundo que já foi muito mais masculino. Mulheres na ciência, nas artes, na literatura, na política e no ativismo. Aventureiras, piratas, tem de tudo. Muita gente gosta e eu adoro porque ao pesquisar acabo também
aprendendo muito com nossas precursoras. Há filmes sobre algumas delas, outras caíram no esquecimento. Quem sabe um dia eu produza, dirija, escreva um roteiro ou ainda interprete alguma dessas grandes mulheres...
Você se posicionou algumas vezes sobre o atual governo e o desmonte cultural e ambiental que vem sufocando o Brasil. Como você vê o país e as eleições de 2022? Tudo já foi dito. É uma tragédia criminosa o que acontece na saúde. Nossas florestas vão sendo derrubadas com as consequências que temos visto em forma de incêndios, pouca chuva etc., e o futuro ainda dirá se conseguiremos
reverter os estragos da ignorância. E tem a educação, para qual nenhum governo – desde Dom Pedro – deu bola, essa é a verdade. Preferem um povo desinformado, manso, manipulável. Mas com a atual administração pelo avesso, tanto a educação como as artes, que são a forma de expressão de um povo, jamais foram tratadas com tamanho desprezo. Ficaremos ainda mais atrasados em relação ao resto do mundo. Temos o país mais belo e cheio de riquezas naturais, e ainda assim somos párias. Mas sonho com o melhor para todos, acredito nas pessoas, sou otimista. Precisamos de disposição, saúde e fé na caminhada. Sempre, todo dia.
FOTO DENILSON MACHADO
hora
Design em Ribeirão
CAMPINAS
O MELHOR DA REGIÃO
MÓVEIS A cidade de Ribeirão Preto, a 220 km de Campinas, recebe o primeiro showroom do designer Jader Almeida, no início de 2022, com um projeto arquitetônico singular e inovador. Inaugurada em setembro, uma inédita pop-up store da marca já prepara a atmosfera criativa do designer na região – que também tem showrooms em São Paulo, Florianópolis e Balneário Camboriú – e recebe clientes e profissionais em uma experiência imersiva. A abertura da loja segue o planejamento de expansão da marca em cidades como Belo Horizonte e Campinas, ainda em 2021.
POP-UP STORE JADER ALMEIDA: RUA GARIBALDI, 2.090, JARDIM SUMARÉ, RIBEIRÃO PRETO
HO RA CAMP INAS
FOTOS DIVULGAÇÃO
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PA S S E I O
Sabores do interior Fazenda em Itu garante uma imersão na vida caipira por meio da culinária típica e da confeitaria artesanal Em sentido horário, panorama da fazenda, almoço caipira e chocolates feitos no local
POR HELENA CARDOSO
A APENAS 100 KM DE SÃO PAULO e 60 km
de Campinas, a Fazenda do Chocolate, em Itu, atrai visitantes diariamente com seus aromas, sabores e visuais instigantes. Desde 1985 dedicada à produção de bombons, doces e bebidas artesanais, a propriedade ostenta uma charmosa arquitetura de herança colonial e propõe uma viagem sensorial pelo passado caipira por meio da simplicidade e do requinte de uma gastronomia típica e 100% caseira. Construída em meados do século 18, a fazenda conserva todas as estruturas arquitetônicas da época. O estilo rústico aparece nas construções de taipa branca e telhado de barro caprichosamente preservadas, onde hoje funcionam uma lojinha de doces e artesanatos, uma adega e um restaurante. Um moinho de fubá, uma capelinha de São Roque e uma roda d'água completam a paisagem bucólica e memorial do espaço. Na área externa, um viveiro de aves exóticas e um mini-zoo fazem a alegria da criançada, que pode mergulhar na vida campestre e interagir com pavões, araras, teiús, coelhos, mini caprinos,
mini equinos, cisnes e até pequenas lhamas. Alguns animais passeiam livremente pela propriedade e podem ser alimentados pelos visitantes – basta pedir orientação aos guias do local. A fazenda ainda abriga um dos maiores aquários marinhos do estado, com três mil litros de água salgada e variadas espécies de peixes, corais e invertebrados. Mas a atração principal do passeio é, como o nome já anuncia, a visita à loja de chocolates do espaço. Os doces são produzidos ali mesmo, com cacau cultivado e aclimatado em estufas dentro da própria fazenda. Além dos tradicionais bombons recheados, dos tabletes ao leite e das barras meio amargas 70% cacau, lá os turistas encontram à venda variedades de mel silvestre, geleias de fruta, biscoitos, licores, queijos, pães caseiros, manteigas, vinhos e cachaças, todos fabricados in loco. Essa experiência gastronômica pode ser ampliada no simpático restaurante da fazenda, aos finais de semana, quando fica aberto excepcionalmente das 12h às 15h. Na varanda do casarão, com vista para o majestoso
verde da Serra do Japi, são servidos pratos típicos da culinária caipira, preparados em fogão à lenha e com tempero caseiro. Alguns destaques do cardápio são a feijoada, o pernil acebolado e a tradicional vaca atolada – receita mineira que leva costela bovina e mandioca. O valor por pessoa é de R$ 55, com sobremesa inclusa, e crianças de até cinco anos não pagam. A Fazenda do Chocolate abre todos os dias, das 8h45 às 17h45, com entrada e estacionamento gratuitos. Algumas atividades, como o passeio de trenzinho e a visita ao mirante da propriedade – que proporciona uma bonita vista do panorama da cidade, do morro de Ipanema, em Sorocaba, e de toda a sinuosidade do Rio Tietê – ocorrem exclusivamente aos sábados, domingos e feriados, e demandam compra de ingressos. A programação completa e a grade de preços podem ser consultadas no site www.fazendadochocolate.com.br. FAZENDA DO CHOCOLATE
Estrada Parque (SP-312), km 90, Itu, SP | Whatsapp: 11 99951-0524
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ARQUITETURA
Casas saudáveis Projetos revelam a permanência da atenção aos detalhes e da valorização de áreas abertas, que foram impulsionadas na pandemia
POR PAULA CALÇADE
Acima, projetos do escritório Gabriel Garbin e, abaixo, projeto de David Ito, que mostram a atenção à iluminação natural e a integração dos ambientes
O
INTERESSE
POR
REFORMAR
ambientes, ampliar áreas externas e trazer maior bem-estar para a família em casa aumentou durante a pandemia. Para concretizar esses desejos, a procura por projetos no interior de São Paulo disparou no ano passado. Com o afrouxamento das restrições sanitárias, o “boom” por melhorar espaços e se mudar passou, mas alguns conceitos ficaram. “Acredito que as pessoas viram alternativas para conviver em família sem estarem fechadas em ambientes onde não se pode colocar os pés na grama e muito menos ver o céu. Muitos valores foram repensados nesse período”, afirma o arquiteto Gabriel Garbin, sócio de um escritório em São Paulo. Com o trabalho remoto ou híbrido, integrar o espaço do home-office à área externa foi uma das principais tendências que ficaram. “O cliente viu que pode ter um jardim dentro do escritório.”
Para além de um lugar agradável e adequado para o trabalho em casa, a maior atenção aos ambientes sociais e a integração de outros cômodos continuam em alta. “Buscamos compor espaços mais abertos para os jardins, usufruir da ventilação e iluminação natural nessas casas.” O arquiteto David Ito, com escritório também na capital paulista, assinou recentes projetos em Campinas e região. Para ele, as tendências pós-pandêmicas na arquitetura passam ainda pela valorização da mão de obra qualificada, menos resíduo de obra, maior velocidade na construção e pelo uso de materiais recicláveis. “Nesses projetos destacaria a arquitetura saudável, que é a associação da sustentabilidade com a qualidade de vida dos clientes, aliadas ao rigor estético, com um desenho mais minimalista e muita atenção aos detalhes.”
HO RA CAMP INAS
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N OV I DA D E
Redondas saborosas Tradicional pizzaria da zona sul do Rio de Janeiro, Mamma Jamma chega a Campinas com suas receitas que levam farinha italiana e ingredientes frescos POR PAULA CALÇADE
A PIZZARIA MAMMA JAMMA inaugura
sua primeira unidade no estado de São Paulo, a décima da rede, no Parque Dom Pedro Shopping, em Campinas. A nova casa aposta em suas tradicionais receitas de fermentação lenta e no uso de insumos de alta qualidade. Entre os destaques, está a pizza Mamma Jamma, que leva linguiça calabresa artesanal, molho de tomate, orégano, mozzarella e parmesão. Já a Mamma Quaresma, de autoria da chef Flávia Quaresma, é feita com queijo de cabra, pimenta rosa, azeitonas pretas marinadas em raspas de limão siciliano, tomate cereja assado, molho de tomate, mozzarella e manjericão.
A unidade de Campinas conta ainda com um menu de almoço assinado pelo chef italiano Renato Ialenti. São 22 pratos principais, que passeiam pelos clássicos da culinária italiana, massas frescas, risotos e polpettone. Feito na casa, o nhoque está presente em três receitas. O al Quattro Formaggi, por exemplo, com gorgonzola, parmesão, brie e taleggio, é gratinado e finalizado com farofa de castanha do Pará.
Mamma Jamma Avenida Guilherme Campos, 500, lojas 431, 432 e 433 – Alameda - Parque Dom Pedro Shopping - Jardim Santa Genebra
FOTO DREISON MEDEIROS | DIVULGAÇÃO
COMIDINHAS
Achado de Barão Geraldo
Eskina Bar, em região boêmia da cidade, tem carro-chefe premiado e reconhecido pelo público
CONHECIDO PONTO PARA HAPPY HOUR na calçada, o Eskina Bar apresenta um saboroso prato, que levou o primeiro lugar regional no prêmio “Cominhas di Boteco”. O “Escondidinho Maluco Beleza”, feito com purê de mandioquinha na manteiga com ‘carne maluca’ – costela bovina desfiada ao molho do chefe, gratinada com parmesão e catupiry, acompanha torradas temperadas e cachaça, e foi finalista na premiação nacional. Eskina Bar Rua Horácio Leonardi, 12, Barão Geraldo, Campinas. Tel. 19 3722-5237
FOTO RODRIGO AZEVEDO / DIVULGAÇÃO
Unidade da pizzaria Mamma Jamma no Parque D.Pedro Shopping, em Campinas
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À esquerda, criação de bois na fazenda em Boituva; abaixo, o Tomahawk bovino servido na steakhouse de Alphaville
GASTRONOMIA
O berço das carnes
‘farm to table’
Cowpig controla todas as etapas da cadeia produtiva, desde a criação de bois e porcos na fazenda em Boituva até o que é servido nas mesas de sua steakhouse, em Alphaville
POR KIKE MARTINS DA COSTA
É DE UMA FAZENDA EM BOITUVA – a 100 km de Campinas e a 115 km da capital – que saem os cobiçados cortes bovinos e suínos da Cowpig, uma empresa que nasceu na década de 1950 por iniciativa de Alfredo Sebastiani e hoje é administrada por seus filhos e netos. Os produtos da marca são vendidos nos melhores supermercados e boutiques de carnes do país, como as lojas das redes Zaffari, Emporium SP e Natural da Terra e os açougues gourmet Meatbox (de São Paulo), Boideia (de Sorocaba) e Carne Maníacos (de Campinas), e podem ser comprados e consumidos na loja e no restaurante próprio da marca. Por controlar todo o processo de forma sustentável, a Cowpig pode ser considerada uma produtora de carnes “farm to table”, ou seja, que trabalha de forma verticalizada, atuando na criação de bois e porcos no pasto, no abate no frigorífico, no empacotamento, na comercialização dos produtos in natura e, por fim, no comando de um restaurante que serve as carnes prontas para o consumo. Na propriedade de Boituva e em outra, na região de Sorocaba, são criados e finalizados bois das raças britânicas Angus e Hereford, da casta japonesa Wagyu e da variedade brasileira Araguaia (resultado da cruza de animais das raças Blond d’Aquitaine, Caracu e Nelore). Os porcos são das raças Duroc, Large White e Landrace. Quer mais? Então saiba que a empresa também trabalha com búfalos e cordeiros.
O abatedouro e o frigorífico funcionam nesse mesmo local. Já a loja da marca, o Empório da Carne, funciona no Centro de Boituva, vendendo os produtos Cowpig e tudo que é necessário para fazer um bom churrasco, como facas, espetos, tábuas, pinças e até aventais ou bonés. O restaurante, a Fredio’s Steakhouse, fica em Alphaville, no município de Barueri, na região metropolitana de São Paulo. O nome é uma homenagem ao patriarca da família Sebastiani, Alfredo, que entre amigos era conhecido como Fredio. Os carros-chefes do cardápio são o portentoso Tomahawk, as inevitáveis picanhas, os suculentos Kobe Burgers, as porchettas feitas com linguiça do Nono Fredio e as tentadoras tiras de bacon caramelado na caneca – acompanhamento perfeito para uma cerveja geladinha! Em setembro, a Cowpig lançou uma nova linha de cortes suínos e linguiças em parceria com o especialista em carnes Jimmy Ogro. A linha inclui lombo, pernil, costela, ancho suíno, pancetta, picanha suína, carré, prime rib, shoulder e torresmo, além das linguiças de lombo, toscana e chouriço (morcilla).
Empório da Carne: Avenida Pedro Márcio Vercelino, 577, Boituva, tel. 15 3263-1391. Fredio's Steakhouse: Avenida Sagitário, 138 (Alpha Square Mall), Alphaville, tel. 11 4193-4965.
HO RA CAMP INAS
Vozes da cidade
As dicas e os segredos de quem adora a região
ESPAÇO SIMONE SCORSI
POR *GEORGEA HENRIQUES SAIKALI
Negócios admiráveis
Empresárias comandam espaços que oferecem o melhor da moda, da beleza, do design e da arte, em Campinas
Espaço Simone Scorsi “A designer de joias Simone Scorsi é a proprietária do espaço. O lugar está localizado no Cambuí e é uma ótima dica para quem quer comprar uma linda joia. Peças modernas, clássicas e autorais são destaques dessa artista da região, que admiro muito!” Rua Doutor Emilio Ribas, Nº 188, Sala 61, Cambuí
IN Jackson Nunes “O salão moderno e sofisticado da empresária Isabella Negrão em parceria com renomado cabeleireiro Jackson Nunes fica no Jardim das Palmeiras. Profissionais reconhecidos trazem as últimas tendências e novidades desse universo da beleza. É o ambiente indispensável para quem quer cuidar de si."
IN JACKSON NUNES YÓTTUN
Avenida Rotary, 134, Jardim Paineiras
Yóttun “A loja de moda feminina das proprietárias Bruna Martins e Renata Lintz é uma boa sugestão para encontrar looks para o dia a dia e eventos. De roupas casuais a peças descoladas, o lugar é uma opção prática para atualizar o guarda-roupa." Rua General Osório, 1.961, Centro
Artzzi “A loja de mobiliário tem opções exclusivas e sofisticadas de móveis para os mais variados ambientes. A arquiteta Marina Dal Molin é uma das responsáveis, e um dos showrooms, em Nova Campinas, é um dos espaços de que mais gosto para buscar referências em design de interiores.” Avenida Moraes Sales, 2.147, Nova Campinas
é sócia proprietária do restaurante de alta gastronomia D’autore e sócia do grupo D’AMA, formado pelas casas D’autore e Maria Antonieta
*GEORGEA HENRIQUES SAIKALI
ARTZZI
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kikecosta@uol.com.br
COLUNA
Agora é agro
POR
Kike Martins da Costa
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Brasil é top em produção, em desperdício e em fome Se diminuísse as perdas, país poderia reduzir em 30% a pobreza alimentar da população mais carente. Falta de armazéns adequados é a principal causa desse misto de prejuízo e esbanjamento sem sentido Ao mesmo tempo em que o Brasil bate recordes na produção de alimentos, a desigualdade cresce e o país volta ao Mapa da Fome. A Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional estima que 116 milhões de brasileiros hoje não tenham comida suficiente ou passem fome. Além da falta de políticas públicas para reduzir esse paradoxo, essa questão tem como um de seus principais causadores o desperdício. Pelo ranking da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Brasil é o 10º país que mais desperdiça alimentos. As perdas se dão em todas as etapas da produção: da colheita nas lavouras às gôndolas dos supermercados. Em 2020, essas perdas deixaram de disponibilizar para a sociedade 12 mil toneladas de proteínas, 24 mil toneladas de carboidratos e 6 mil, de gordura. Se evitasse o desperdício, o Brasil reduziria a fome em até 30%.
A estocagem inadequada é a maior responsável pelos desperdícios, de acordo com estudo da USP. Ela responde por 52% das perdas de soja e 61% das de milho. O Brasil tem um déficit de armazenagem de cerca de 122 milhões de toneladas por safra, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Só 14% das fazendas têm armazéns “dentro da porteira” – para efeito de comparação, no Canadá, país campeão nesse quesito, 85% das propriedades têm silos. Para reduzir essa escassez, os agricultores precisam investir na construção de mais silos e o governo deveria estimular com mais vigor essas obras. Depois da armazenagem, o desperdício tem como principais causas o transporte rodoviário em estradas mal conservadas e as operações portuárias ineficientes. O varejo é responsável por 12% das perdas.
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Prosa rápida Alalaô Alimentos halal são aqueles que, em sua produção, seguem os princípios do islamismo. Por esses códigos, os muçulmanos – que somam quase 2 bilhões de pessoas no mundo todo – só podem consumir produtos que se encaixem nessa categoria. E, segundo dados do último Relatório Global do Estado da Economia Islâmica, o Brasil é o maior exportador mundial de comida halal. Em 2019, o país exportou US$ 16,2 bilhões de alimentos “religiosamente corretos”. Em 2º lugar ficou a Índia, que negociou US$ 4,4 bilhões.
Fol Gado Levantamento inédito do MapBiomas revelou que as pastagens são a atividade agropecuária que ocupa a maior área no Brasil. Em todo o país, elas cobrem 154 milhões de hectares – uma área do mesmo tamanho que o estado do Amazonas! As unidades da federação que lideram o ranking das áreas de pastagem são o Pará (com 21,5 milhões de hectares), Mato Grosso (21 milhões de hectares) e Minas Gerais (19,3 milhões de hectares).
Espassoja Achou que as pastagens ocupam muito espaço? Então saiba que as lavouras de soja já somam 36 milhões de hectares em todo o país, também segundo o MapBiomas, iniciativa que reúne pesquisadores de universidades, instituições e ONGs na análise de imagens de satélite com o intuito de gerar mapeamento de uso e cobertura da terra no Brasil. A oleaginosa ocupa 4,3% do território nacional – uma área quatro vezes superior à de Portugal!
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