29HORAS - setembro 2020 - ed. 128 - SP

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SP

SETEMBRO/2020

distribu iç ã o g ratu ita no aeroporto de cong onh a s

Rita

Lobo

A cozinheira e apresentadora de TV se tornou a rainha da quarentena, ajudando novatos na cozinha

ESPECIAL TURISMO Refúgios na natureza e adaptações de resorts para home office em família


Alugue um carro para a próxima viagem em família e dê uma movida com segurança.

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Sumário

FOTO DIVULGAÇÃO

S E T E MB RO 2 02 0

#128 SETEM B RO 2 02 0 WWW.29HORAS.COM.BR

@29horas @29horas PUBLISHER Pedro Barbastefano Júnior CONSELHO EDITORIAL Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo, Paula Calçade e Pedro Barbastefano Júnior REDAÇÃO Paula Calçade (editora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte)

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COLABORADORES Adonis Alonso, André Hellmeister, Chantal Brissac, Chiara Gadaleta, Didú Russo, Georges Henri Foz, Juliana Simões, Karen Suemi Kohatsu, Luiz Toledo, Patricia Palumbo, Pro Coletivo, Raphael Calles, Tecla Music Agency

Especial

EQUIPE: Rafael Bove (rafael.bove@29horas.com. br), Angela Saito (angela.saito@29horas.com.br)

CAMPINAS – Marilia Perez (marilia@ imediataonline.com.br), Mariana Perez (mariana@imediataonline.com.br) RIO DE JANEIRO – Rogerio Ponce de Leon (rogerio.leon@viccomunicacao.com.br) ASSISTÊNCIA COMERCIAL Hanna Mercaldi (hanna.mercaldi@29horas.com.br) JORNALISTA RESPONSÁVEL Paula Calçade

2 9 H OR AS é uma publicação da MPC11 Publicidade Ltda. A revista 29 HOR AS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários. Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 11 — Jd. Paulista, São Paulo — CEP: 01406-200 TEL.: 11.3086.0088 FAX: 11.3086.0676

Foto da capa: Divulgação/Editora Panelinha

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MISTO

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COLUNAS

Hora H

INSTANTE FOTOGRÁFICO Programa IMS Convida

Musas, cultura, arte e colunas

HORAS DE VOO Parceria entre Latam e Azul MARKETING E MARCAS Propagandas nas redes RÁDIO VOZES Festivais brasileiros à distância BON VIVANT Dicas de bons delivery em São Paulo MOBILIDADE Reabertura das escolas

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FOTO DIVULGAÇÃO | EDITORA PANELINHA

GERENTE REGIONAL Giovanna Barbastefano (giovanna.barbastefano@29horas.com.br)

Capa

O jeito descomplicado e sincero na cozinha de Rita Lobo

SUSTENTABILIDADE Como identificar marcas conscientes BOM DE COPO Bons vinhos brancos para conhecer HORA LIVRE A primavera está chegando

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Agenda 29h A TIRAGEM E DISTRIBUIÇÃO DESTA EDIÇÃO SÃO AUDITADAS PELA BDO.

Dicas para todos os dias do mês

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CO M E RCI AL comercial@29horas.com.br

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Hoteis de luxo se adaptam e aluguel de carros e prática de esportes na natureza em alta

P U BL I CI DADE


ATENÇÃO IMPORTA

Nunca foi tão difícil para a publicidade capturar a atenção. Neste quesito, as revistas são imbatíveis* Leitores prestam mais atenção ao ler revistas do que quando se envolvem com outras mídias

82% dos leitores gostam da publicidade nas revistas

58% dos leitores disseram que não fazem mais nada enquanto leem uma revista

43% concordaram que a publicidade em revistas é relevante

57% concordaram que a publicidade em

revistas faz parte da experiência – mais do que para qualquer outro canal

*Fonte: Projeto Pay Attention


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INSTANTE FOTO G R ÁFICO

PANTERAS NEGRAS CURADORIA IMS

FOTO JUH ALMEIDA

Preocupado com a situação de grande vulnerabilidade, causada pela propagação da Covid-19, o Instituto Moreira Salles (IMS) lança a segunda etapa do Programa Convida – projeto de incentivo para a criação artística durante a quarentena. Cerca de 60 artistas, muitos deles atuantes em regiões de periferia, participam da programação e dos acervos do instituto, como o grupo baiano Panteras Negras. Primeira banda instrumental de mulheres negras e LGBTQI+ do país, o grupo é formado por quatro integrantes – Ziati Franco (baixo), Dêdê Fatuma (percussão), Line Santana (bateria) e Suyá (guitarra) – que têm relação autodidata com a música e trazem diversas influências em seus trabalhos. Um show especial para o Convida, assim como os trabalhos de todos os participantes, está disponível em ims.com.br/convida/

Show especial do Panteras Negras no IMS Convida

�F IMS ims.com.br/convida/


Filme brasileiro em Veneza; plataformas digitais para a compra de produtos regionais e as novidades das companhias aéreas no "novo normal"

hora

M U S A S | C U LT U R A | A R T E

H ARTISTAS LOCAIS

Produtos artesanais à venda em projetos online

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pág.16

NAS PISTAS

ACORDO NOS ARES

MARCAS DIGITAIS

SELECIONADO

Mariana Becker é sinônimo de coberturas de F-1 pág.10

Latam e Azul firmam parceria durante pandemia pág.12

Redes sociais são principais meios de propaganda pág.14

Filme sobre prisão de Caetano Veloso vai para Veneza pág.15


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HORA H


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MUSAS

Rotina em ritmo de F-1 Há mais de duas décadas cobrindo automobilismo, Mariana Becker corre atrás de boas histórias e é referência no jornalismo

MARIANA BECKER está de volta ao trabalho

e ao ritmo das pistas de Fórmula 1. A repórter da TV Globo estava em Melbourne, na Austrália, cidade onde aconteceria a abertura da temporada do Mundial, em março, quando soube que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) tinha cancelado o evento em decorrência da pandemia do coronavírus. Após um hiato de mais de três meses, a gaúcha voltou a cobrir os Grandes Prêmios da categoria. “É uma alegria e um alívio estar de volta, mas o receio está sempre à espreita, já que não há público, não podemos nos encontrar em coletivas e seguimos protocolos rígidos”. Repórter há 25 anos na mesma emissora, Mariana é uma das pioneiras nas coberturas de automobilismo, onde a grande maioria é de homens. Isso não a impediu de conseguir entrevistas exclusivas e informações técnicas relevantes desse universo. “O machismo persiste, é velado, então é mais difícil de combater. Acontece de uma repórter mulher ter o acesso à informação dificultado, entrevistas negadas, mas já percebi uma evolução,

há outras colegas nos autódromos e uma maior conscientização”. Sua rotina de trabalho é muito dinâmica, já que sempre tem de viajar para acompanhar as corridas. Mas quando a repórter está em casa, em Mônaco, onde vive com o marido, Jayme Brito, vai à feira comprar frutas, hortaliças e flores, senta-se em um café local para ler o jornal e aproveita a vizinhança rica, literal e culturalmente. “A França é na rua debaixo, e a Itália é logo ali, isso é incrível! Adoro montar a cavalo e aproveito as possibilidades gastronômicas daqui, amo os pães, as massas e as manteigas”. Ainda é difícil falar em sonhos em meio à realidade pandêmica, mas Mariana arrisca desejos sem grandes pretensões. “Tenho verdadeira paixão por animais, gostaria de fazer um documentário junto a uma ONG, mas ainda não é nada estruturado”. A passeadora de cachorros de amigos nas horas vagas planeja mesmo seguir fazendo o que sabe muito bem. “É cansativo, sacrificamos outras coisas nessa profissão, mas é o que amo, vou continuar trabalhando”.

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POR PAULA CALÇADE


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kikecosta@uol.com.br

COLUNA

POR

Horas de voo FOTO DIVULGAÇÃO

Kike Martins da Costa

Radar Ranking

Outrora rivais, agora parceirinhas Azul e Latam compartilham voos para reduzir seus custos. Mas o que muda para os passageiros? É bom ficar atento, pois os preços costumam subir sempre que a concorrência diminui Em junho, no momento mais agudo da crise que atingiu as companhias aéreas, a Azul e a Latam anunciaram uma parceria que, em outros tempos, seria absolutamente impensável. As duas empresas, que há anos disputam ferozmente os passageiros nas rotas que interligam as principais capitais do país, revelaram ter feito um acordo de codeshare para 64 rotas domésticas e o acúmulo de pontos nos dois programas de fidelidade. Em condições normais, Latam e Azul jamais cogitariam a celebração de um acordo desse tipo, mas a paralisação causada pela pandemia do novo coronavírus acabou gerando uma situação absolutamente excepcional. Com esse compartilhamento, as duas empresas arranjaram uma maneira de eliminar sobreposições, reduzir custos operacionais e ampliar a ocupação dos voos. Analistas do mercado enxergam o gesto como um “clinch”, aquele recurso do boxe que os lutadores utilizam ao abraçar seu oponente para neutralizá-lo e, ao mesmo tempo, para dar uma

descansadinha marota para respirar e recuperar suas forças. Mas há também quem enxergue nessa “trégua” o início de um processo de fusão entre as empresas. Desde que foi incorporada à Lan chilena, a brasileira Tam oscilou bons e maus momentos. Não seria surpresa no mercado se o Grupo Latam vendesse à Azul as suas operações no Brasil. Mas, para se concretizar, esse negócio tem que ser aprovado no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), o que não será fácil, pois a empresa resultante dessa união nascerá concentrando sozinha mais da metade dos mercados doméstico e internacional. Quem indubitavelmente sairá perdendo com isso serão os passageiros, que terão menos opções e, por causa da redução da concorrência, certamente terão de pagar preços mais altos nas passagens. É uma sinuca de bico: sozinhas, Azul e Latam Brasil correm o risco de ficarem fracas, mas juntas elas podem ficar fortes demais.

Em julho, o mercado doméstico do setor aéreo já deu uma boa mostra de como vai funcionar no pós-pandemia: a Gol segue liderando o ranking, com 44,3% dos passageiros transportados. A Azul cresceu e ficou com a vice-liderança, sendo responsável por 32% da movimentação. Já a Latam, cada vez menor, abocanhou uma fatia de apenas 23,2% do bolo.

Comida de avião Um jato Fokker 100 que há anos estava guardado em um hangar da Avianca Brasil acaba de ganhar uma segunda vida: ele terá seu interior reformado para abrigar o restaurante temático Pan Am Experience. Por fora, será pintado com as cores da companhia aérea norte-americana, falida em 1991. Lá dentro, garçons e garçonetes trabalharão vestindo elegantes uniformes iguais aos usados pelos comissários de bordo da empresa – um ícone dos tempos áureos da aviação comercial. A abertura do estabelecimento está prevista para o primeiro semestre de 2021, na capital federal.

Baixo austral Com 99% dos voos domésticos e internacionais suspensos pelo menos até novembro, o setor aéreo na Argentina está mergulhado em uma séria crise, que já causou o encerramento das operações da Latam Argentina. A nova vítima é a Austral, subsidiária da estatal Aerolíneas Argentinas, que deve desaparecer entre o final deste ano e o início de 2021.



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COLUNA

adonis@blogdoadonis.com.br

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Marketing e marcas

POR

Adonis Alonso

Larissa Manoela em campanha no Instagram da Maybelline

Olho na tela! As redes sociais nunca foram tão estratégias para as marcas no país Com uma média de 3 horas e meia por dia em redes sociais, o Brasil está entre os cinco países do mundo que mais tempo gasta nesse tipo de plataforma. E se rede social é uma estrutura de pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que compartilham valores e objetivos comuns, essa definição ficou muito mais clara durante a pandemia. Nunca marcas e consumidores falaram entre si, olho no olho, ou na tela, como nesses seis meses de isolamento e distanciamento social. Da parte das empresas, a comunicação antes voltada à mídia de massa, especialmente a TV, migrou em grande parte para a internet e especialmente para os aplicativos de contato direto com seu público. É fácil de compreender que as pessoas, em quarentena, fizeram de seu telefone celular o maior companheiro. Grandes campanhas de propaganda, igualmente, foram para as redes sociais. Marca número 1 do mundo em cosméticos, a norte-americana Maybelline, que desde 1996 pertence à multinacional

francesa L’Oreal, promoveu pela primeira vez no Brasil uma grande estratégia com as principais influenciadoras de make up do país. Em vez de uma agência de publicidade, o trabalho foi realizado por uma empresa de influencer marketing e social media, a SamyRoad. Impactando mais de 15 milhões de seguidoras, a campanha no Instagram e outras plataformas contou com a participação de 13 influenciadoras, inclusive a atriz Larissa Manoela, ícone de uma geração de jovens atraídas por maquiagem. De carona no comportamento social imposto pela pandemia, a rede de lojas de bricolagem Leroy Merlin também usou o Instagram para lançar uma ação divertida. Por meio de um filtro de reconhecimento facial, em uma espécie de jogo para casais, um sorteio definia de quem era a vez de lavar a louça, varrer a casa ou cozinhar, entre outras tarefas domésticas. Outra consequência da quarentena foi o aumento considerável de pessoas que passaram a cozinhar em casa, índice que chegou a atingir 93% dos brasileiros. E, se comida caseira remete ao tradicional arroz com feijão, a maior fabricante nacional desses alimentos, Camil, não perdeu a oportunidade. Em parceria com a chef Rita Lobo (capa São Paulo desta edição da 29HORAS), sucesso no canal GNT com seu “Cozinha Prática”, lançou uma série especial de receitas com os famosos grãos, diariamente, em hub próprio de conteúdo e no site Panelinha, da apresentadora. A quarentena também proporcionou um novo caminho para os pequenos e médios comércios de bairro, os mesmos que no início da pandemia sofreram perdas de receitas irreparáveis. Além da ajuda de grandes e-commerces, que lhes prestaram assessoria e estrutura para que continuassem vendendo, esses comércios também contaram com ajuda oficial. Por iniciativa da Associação Comercial de São Paulo, a campanha “TamuJunto” incentivou a população a prestigiar seus vizinhos comerciantes, em uma parceria importantíssima para a retomada dos negócios e o futuro da economia na pós-pandemia.

ADONIS ALONSO é jornalista, colunista e coordenador de Conteúdo do Fórum de Marketing Empresarial do LIDE.


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C U LT U R A

Resistências e recomeços “Narciso em Férias”, de Renato Terra e Ricardo Calil, vai ao Festival de Veneza, primeiro pós-pandêmico

O DOCUMENTÁRIO “NARCISO EM FÉRIAS”, sobre

a prisão de Caetano Veloso, durante a ditadura militar, foi selecionado para o 77.º Festival de Veneza, para a mostra Out of Competition. Escrito e dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, o filme é produzido por Paula Lavigne e João Moreira Salles. O Festival de Veneza acontece entre os dias 2 e 12 deste mês e é o primeiro a ser realizado depois do novo coronavírus, com uma programação reduzida. “É bonito ver como a cultura resiste a pandemias, guerras, ditaduras. Realizar, nessas condições, um festival importante como o de Veneza é a afirmação de que o cinema é fundamental para enfrentarmos tudo isso”, afirma Renato Terra. Para o diretor, os filmes do festival ganham também significado de resistência e de recomeço. Em “Narciso em Férias”, Caetano Veloso relembra sua prisão, quando ele e Gilberto Gil

foram retirados de suas casas em São Paulo por agentes à paisana no dia 27 de dezembro de 1968, e levados para uma prisão no Rio de Janeiro. “As pessoas simplesmente sumiam. É a radicalização brutal de um processo de divisão do país que alimentou o ódio e o medo. Nós não chegamos nessa radicalização. Mas os elementos de ódio e de medo, que deram início a esse processo, estão por aqui hoje”, ressalta. O formato do documentário não é óbvio e evidencia toda a maneira de se expressar do cantor e compositor: os olhares, as pausas, gestos, silêncios, as frases longas. Não há outros depoimentos e imagens de arquivo. “Pensamos muito na forma de contar essa história. E o documentário brasileiro tem contribuído para expandir esses limites do gênero. Adoraria que o filme também trouxesse a discussão sobre as possibilidades do documentário e espero que o debate brasileiro não fique pautado pelo ódio”.

FOTO BRUNO SANTOS | FOLHAPRESS

POR PAULA CALÇADE

Ricardo Terra, um dos diretores do documentário produzido por Paula Lavigne e João Moreira Salles


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HORA H

ARTE

Presentes de viagem Plataformas digitais possibilitam a compra e a venda de produtos de artistas locais POR PAULA CALÇADE

VISITAR UM LUGAR NOVO e trazer uma lem-

brancinha para alguém é um hábito tipicamente brasileiro. E, mesmo com restrições para longas viagens, ainda é possível aproximar toda a sociedade de comunidades que dependem do turismo para se manterem ativas, como os artistas de todo o país – e tudo graças a plataformas digitais. O projeto Aproximando Distâncias, da companhia aérea Gol, é uma loja virtual dedicada à promoção da cultura brasileira. Entre os produtos à venda estão obras de arte regionais e alimentos típicos, grafite, cestaria, vasos, bijuterias, panelas de barro, bonecas de pano, conserva de pimenta e bala de banana. Alguns itens são entregues porta a porta e outros vendidos por meio de vouchers – ou seja, os compradores adquirem pelo site e têm até um ano para retirar a compra no local escolhido. “Mesmo com as restrições impostas pela pandemia, os brasileiros não deixaram de pensar em viajar, alguns apenas adiaram esse desejo, por precaução. O Aproximando Distâncias traz um pouco desse nosso país rico em beleza e cultura para dentro das casas das pessoas. Ao mesmo tempo, a iniciativa fornece apoio a comunidades criativas”, conta Eduardo Bernardes, Vice-Presidente de Vendas e Marketing da Gol. Do Amazonas, a artesã e pedagoga Clarice Duhigó, oriunda da tribo Tukano, um dos povos do Alto Rio Negro, coordena 60 mulheres indígenas que trabalham com tapeçarias, cestarias, bijuterias e objetos

Acima, Camila Farina, à frente da Open Feira de Design. Ao lado, produtos à venda no projeto Aproximando Distâncias

decorativos, tudo confeccionado com fibra de tucum e à venda na plataforma. O Coletivo Mulheres Coralinas, de Goiás, é inspirado na poeta Cora Coralina e empodera mulheres vítimas de violência, que geram seu sustento por meio do artesanato. São livros de receitas, bonecas de pano, colares e flores do Cerrado para decoração. E, do Mato Grosso, Alcides Santos comercializa violas de cocho, um dos maiores símbolos cuiabanos e objeto tradicional passado por gerações em sua família.

Design à moda gaúcha A Open Feira de Design nasceu em 2015, quando Camila Farina, professora de cursos de Design em Porto Alegre e diretora da Agência Cultural Maria Cultura,

decidiu usar seu networking para reunir designers locais e regionais. Este ano, a feira acontece online, a Open Store. "Na pandemia, nossos expositores estão sem uma fonte de renda importante para seus negócios, que é a venda presencial nas feiras. Com a Open Store, conseguimos oferecer os mesmos produtos que o cliente encontra na feira, com foco em design independente, produtos de alta qualidade, feitos no Brasil de forma artesanal", afirma Camila. Entre as marcas que fazem parte da plataforma estão nomes como a Squame, da designer de moda Beta Abrantes, as peças em prata e resina da joalheira Cláudia Casaccia e os acessórios produzidos artesanalmente em lã feltrada e resíduos de couro, da Dona Rufina.


SE ESTÁ DIFÍCIL PARA NÓS,

IMAGINE PARA ELES!

O Sertão Nordestino é hoje a região do país com maior vulnerabilidade para enfrentar os efeitos da pandemia. Milhares de pessoas, neste momento, enfrentam a fome, a sede e falta total de estrutura de saúde em povoados isolados.

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COLUNA

contato@radiovozes.com

Rádio Vozes

POR

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Patricia Palumbo

A nova era dos festivais é dentro de casa! É tempo de acompanhar música ao vivo através das telas. E a variedade de opções é vasta Woodstock. Todos sabem o que foi. O mais icônico festival da cultura hippie, da paz e do amor abraçado pela música. É uma referência, é memória afetiva de quem foi, é sonho de que nem havia nascido. Por isso vários outros festivais buscam repetir aquele clima de utopia e liberdade. Tivemos aqui, por exemplo, o Festival de Iacanga que, recentemente, virou um documentário incrível disponível na Netflix. Vale a pena. Até João Gilberto foi. Um grupo de amigos, uma fazenda, um pai muito bacana que topou a brincadeira, e um desejo enorme de encontro. No Brasil, os festivais são na sua maioria de música independente. Estão espalhados por este país continental. Para lembrar de alguns: em Pernambuco tem o No Ar Coquetel Molotov; no Pará, o Se Rasgum; em Goiania, o Bananada; no Rio Grande do Norte, o Festival do Sol; no Maranhão, o BR 135. E em São Paulo tem o Popload e o Coala. Uma delícia correr esse circuito e conhecer música nova, local, diferente. Agora na pandemia, alguns desses festivais estão online. O Coquetel Molotov fez uma edição incrível. Você pode acompanhar programações no site de eventos Sympla, assistir, contribuir, manter a roda girando nesse chamado ecossistema da cultura e da música. O primeiro a sair foi um festival emergencial chamado FicaEmCasa e que foi inspirado por uma iniciativa semelhante em Portugal. Foi bem no começo do isolamento no Brasil e foram dias, centenas de artistas, muitas horas no ar, cada um de sua casa em todos os cantos do país. Foi lindo. A Casa de Francisca começou uma série de espetáculos dirigido por cineastas. Um luxo! O cenário da casa é maravilhoso e as pequenas equipes de cinema, com todos os cuidados, fazem a fotografia, a luz, o corte, e fica maravilhoso. Tivemos Tulipa Ruiz em preto e branco com direção de Lais Bodanski, e Siba com direção de Lô Politi. Ao vivo. O público em casa e com

venda de ingressos para o mundo todo, especialmente para o Japão que ama nossa música. É possível acompanhar as novas programações e as reprises no site. Eu fiz a experiência de assistir na tela da TV e foi muito bacana fazer todo o ritual, abrir um vinho, aumentar o som, comentar com amigos também conectados. É diferente, sem dúvida. Muito longe de Iacanga e Woodstock, mas tem música, tem arte, tem vida. Ouvir música faz bem. Assisti-la sendo feita ao vivo é ainda melhor. E a criatividade não tem limites. Que a tecnologia seja cada vez mais acessível para que a arte e a educação cheguem para todos. A música brasileira merece esse cuidado. Nós também.

OUÇA AS NOVIDADES DO ISOLAMENTO NO 29HORAS PLAY

PATRICIA PALUMBO é jornalista especializada em música, apresenta o programa "Vozes do Brasil" em rede nacional de rádio e é criadora da Rádio Vozes. Baixe o app gratuito nas lojas digitais ou acesse www.radiovozes.com


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CO LUNA

georgeshenrifoz@gmail.com

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Bon vivant

POR

Georges Henri Foz

Delivery do restaurante koreano Komah

A pedida certa Após alguns meses de novo mundo, aprendemos algumas lições que vão tornando a rotina mais eficiente e mais gostosa Já se passaram cinco meses desde que o confinamento e o mínimo de contato com os outros virou sinônimo de bom senso. Entre outras mudanças de comportamento para o bem geral da nação, tivemos que mudar drasticamente a nossa rotina quando o assunto é alimentação. Também tivemos de repensar nossos hábitos quando o assunto é diversão. E, para quem considera um dos maiores prazeres da vida comer fora e conhecer novos lugares junto com os amigos e familiares, relaxando e se divertindo, o golpe foi pesado. Em outras palavras, para a gente a pancada foi forte. Isso com o devido respeito à minoria que não partilha desse conceito de prazer e diversão. Apesar que provavelmente essa turma não deve ler esta coluna. Sabemos também que essa volta gradual à normalidade tem gerado muitas decepções pela própria dificuldade dos restaurantes de se adaptarem às restrições e à nossa bizarra percepção das mudanças nesses ambientes. Além de termos GEORGES HENRI FOZ é publicitário, restaurateur e empresário franco-brasileiro.

que transferir os cardápios para nossos telefones ainda temos dificuldades para achar normal clientes e funcionários com aparência de enfermeiros. Por isso acho valioso algumas dicas de restaurantes que conseguem fazer a experiência do delivery valer a pena. Menciono apenas representantes das culinárias que julgo viáveis de manterem qualidade no sistema de entrega e, muito difíceis de preparar em casa. Também não falo nem de pizza e nem de sanduíches porque todos nós já selecionamos nossos prediletos nos últimos anos. Quando a pedida é japonês, cada um frequenta o de sua preferência e já deve ter testado a entrega, mas eu desafio os amantes do sushi e do sashimi a encontrar algum que supere o Kenzo. É maravilhoso, para japonês exigente comer de joelhos. Outra pedida surpreendente é de bandeira koreana. O chefe Paulo Shin, do Komah, elevou essa culinária ao patamar das mais apreciadas e conseguiu montar um envelope de delivery à altura da experiência in loco. Não deixe de pedir o Bibimbap (arroz de alga com ovo a 63 graus e legumes/cogumelos) e Galbi Jim (costela bovina braseada com shoyu e gengibre). Se a bandeira for árabe, é difícil bater o Miski. Tudo é bom, mas só eles têm a esfiha de ricota com cebolinha (que parece um travesseiro) e uma kafta de cordeiro no espeto única. Sem contar os tradicionais doces e o malabie (manjar de miski) com ameixa ou damasco. Agora, se o desejo for puro e simplesmente de peixe e frutos do mar só existe uma opção no patamar da excelência: Ruffino’s. O delivery consegue manter toda a elegância e todo o sabor, desde o couvert (várias vezes o melhor da cidade), até os peixes e crustáceos ao forno ou grelhados. A entrega é minuciosa e os recipientes utilizados são tão bonitos e eficientes que podem ir direto para mesa. Sou muito fã. Por fim, se o desejo for bem brasileiro, a feijoada (light ou não) do Dinho’s é insuperável. Não deve nada para a que se come in loco e ganhou várias vezes o título de Melhor de São Paulo. Não recomendo carne de lugar algum (seja com molho ou de grelha) porque não viaja bem e sempre será decepcionante ao chegar. Carne se come saindo do fogo, não tem jeito. Garanto que com essas sugestões vocês terão boas experiências e momentos de alegria. Bom apetite e até!


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www.procoletivo.com.br

CO LUNA

POR

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Mobilidade

Pro Coletivo

Projeto Green Schoolyards, nos EUA, com aulas ao ar livre

O retorno à escola O transporte ativo e a aprendizagem ao ar livre têm um papel importante no planejamento da reabertura escolar O controverso retorno às aulas presenciais nas escolas envolve não só protocolos de segurança sanitária, como distanciamento entre os alunos, medidas rígidas de higiene e preferência por atividades ao ar livre, mas também questões importantes ligadas à mobilidade urbana. Afinal, como os estudantes devem ir à escola? Já que o uso do transporte coletivo está em revisão nesses tempos, qual seria a melhor forma de se locomover? A resposta diz respeito à mais simples, saudável, econômica e sustentável forma de locomoção: o transporte ativo, ou seja, a caminhada e a bicicleta. Caminhando ou pedalando, a criança e o jovem mantêm a distância necessária nessa fase, se exercitam e ainda contribuem para melhorar a nossa qualidade do ar. A questão é que nem sempre é possível manter a mobilidade ativa, especialmente quando as distâncias são

grandes. O princípio da “cidade de 15 minutos”, criado pelo cientista franco-colombiano Carlos Moreno – em que os moradores têm acesso a tudo o que precisam a apenas 15 minutos de caminhada – está longe de ser considerado por aqui. No modelo desenvolvido por Moreno, que trabalha na Universidade Paris 1 Panthéon Sorbonne, em vez da cidade com uma única região central, a urbanização deve ser feita com “centros” nos variados bairros, que contam com serviços de saúde, de educação, comerciais, industriais e administrativos. Isso reduz o tempo de deslocamento e facilita a vida das pessoas. Se aqui essa ideia parece utópica, lá fora já é uma realidade. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, encampou com tudo a tese de Moreno. Além de ampliar as calçadas e aumentar a rede cicloviária, ela estimulou as escolas a se equiparem com bicicletários.

O PRO COLETIVO ajuda as pessoas a aproveitar a vida se locomovendo de forma inteligente.

No Brasil, temos vários grupos e instituições que trabalham para melhorar a mobilidade urbana de crianças e adolescentes, especialmente nesse período crítico. O Carona a Pé, criado há cinco anos pela professora Carolina Padilha, estimula a caminhada à escola junto com pais e professores – uma forma de construir uma nova relação com a cidade. “Nesse período pós-pandêmico isso é ainda mais urgente, pois permite o distanciamento necessário para conter a contaminação do vírus e tornar a mobilidade das cidades mais eficientes”, diz Carolina. Além disso, ela destaca, “o caminhar de uma criança é sempre cheio de descobertas, e uma maneira de se aproximar da natureza nas grandes cidades. Uma cidade boa para as crianças é uma cidade boa para todo mundo”. Com o intuito de colaborar com o planejamento da reabertura das escolas quando houver condições sanitárias seguras, a Criança e Natureza (criancaenatureza.org.br) vem discutindo com especialistas de diversas áreas as contribuições que a aprendizagem ao ar livre traz para a retomada das aulas presenciais. A ONG defende a educação para as crianças em espaços abertos, que, além de evitar o contágio da Covid-19, ajuda a reconectar os alunos à natureza, com reflexos positivos em seu desenvolvimento integral e saudável. Obesidade, sedentarismo, baixa motricidade e até miopia são alguns dos efeitos relacionados à restrição de circulação e movimentação em áreas ao ar livre na infância e adolescência.


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CO LUNA

@chiaragadaleta

Sustentabilidade

POR

Chiara Gadaleta

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Atributos sustentáveis na moda Informações para boas escolhas fashion no novo mundo em construção

A moda vem passando por grandes mudanças. De um lado, as marcas se apressam para abrir uma agenda que priorize a sustentabilidade no setor, olhando para seus impactos negativos e discutindo verdades inconvenientes, e de outro, consumidores finais que, com a pandemia, estão cada vez mais exigentes e mais preocupados com a origem das peças e com a "pegada" que a forma de adquirir bens deixa no meio ambiente. A preocupação com o impacto do consumo no planeta não é de hoje. O conceito de desenvolvimento sustentável foi reconhecido internacionalmente no começo da década de 1970 na Conferência das Nações Unidas realizada em Estocolmo, na Suécia, e a ideia apontou um caminho em que as questões do desenvolvimento socioeconômico e o meio ambiente podiam e deviam andar lado a lado. Nos anos 1990, para organizar e expandir essa narrativa, foi criado o tripé da sustentabilidade ou 3Ps. O pilar Profit refere-se ao resultado financeiro da empresa, o People, ao capital humano e o Planet, ao capital natural. De lá para cá, as empresas são capazes de medir seus resultados e, assim, analisar suas operações sob essa ótica integrada. Nessa jornada em que a transparência é premissa, as corporações inseridas em toda indústria da moda podem se

Roupas com menor consumo de água na fabricação Damyller e etiquetas de papel semente da mesma marca

aproximar de toda sua cadeia de valor, ou seja, seus fornecedores e stakeholders, disseminando seus valores e mostrando como olham para o futuro das próximas gerações. Na outra ponta, clientes, muitas vezes ativistas também podem colaborar valorizando peças que carregam boas histórias em seus processos e materiais. Mas como saber se uma marca de moda está realmente antenada às mudanças que o mundo pede hoje? As empresas do futuro não se sentem desencorajadas pelas suas dificuldades, fazem análises constantes, produzem relatórios de sustentabilidade e os publicam em seus sites, mostrando metas de melhorias no que diz respeito a emissões de carbono e ao uso de recursos naturais, como água e energia. Além disso, marcas que acreditam que a moda pode colaborar para um mundo melhor usam suas vozes dentro e fora de seus portões para falar sobre a biodiversidade e as questões sociais. E na hora do consumo propriamente dito? Como alinhar o planeta, as pessoas e a moda no mundo pós-pandemia? No Movimento Ecoera, dividimos produtos

CHIARA GADALETA é fundadora do Movimento Ecoera e embaixadora do Pacto Global da ONU

em algumas categorias e cada uma delas leva um atributo que confere uma porta de entrada para processos, matérias ou iniciativas que diminuem os impactos negativos e que podem ser guias. São eles: Orgânicos, sem uso de defensivos químicos; Reuso, que reaproveita e reutiliza excedente de materiais; Produção Local, que promove economia local; Vegano, sem exploração e sem origem animal; Projeto Social, que incluem mão de obra de projeto social e se posicionam a favor da comunidade; Reciclado, que utiliza matéria prima transformada; Artesanal, feito à mão; Verde, que colabora com um menor impacto no meio ambiente; e Empresa Consciente, para marcas que direcionam seus esforços baseados nos pilares cultural, ambiental, social e econômico. Nessa nova forma de consumir, baseada em valores e propósito, a comunicação dos atributos sustentáveis de cada roupa é fundamental. Por meio de informações nas etiquetas, nos tags ou selos e certificações, cada um pode tomar decisões, escolher seus looks e se vestir com mais consciência. Vamos juntos!


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A REVOLUÇÃO COMEÇA NA

cozinha

RITA LOBO, QUE BOMBOU NA TV E NA WEB DURANTE A QUARENTENA, FALA COM SERIEDADE E UMA GENEROSA PITADA DE BOM HUMOR SOBRE O PODER DA COMIDA E SUA LUTA POR UMA ALIMENTAÇÃO MAIS SAUDÁVEL E MAIS CONSCIENTE NO “NOVO NORMAL”

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POR

KIKE MARTINS DA COSTA

DURANTE O AUGE DAS RESTRIÇÕES de isolamento social impostas pela quarentena para controlar o avanço da pandemia, nos meses de março a junho, o coronavírus dominou as redes sociais e a programação da TV, mas outro nome também bombou em todas as plataformas: o de Rita Lobo, a Palmirinha do século 21, que ensinou muita gente a cozinhar e se virar no período de confinamento. Foi graças a seus livros, seu programa no canal GNT, suas lives no Instagram e seus vídeos no YouTube que milhões de brasileiros aprenderam noções básicas de culinária, aplacaram sua fome e acabaram até melhorando sua alimentação. Toda essa exposição e esse reconhecimento coroaram uma trajetória que começou há 30 anos, quando Rita iniciou sua "vida pública". No final dos anos 1980, quando tinha apenas 15 aninhos, ela foi abordada pelo recrutador de uma conhecida agência de modelos durante uma tarde de compras no shopping Iguatemi e, pelos três anos seguintes, rodou o mundo posando para grandes fotógrafos em campanhas publicitárias e editoriais de moda para revistas badaladas. Nessas viagens, descobriu os prazeres da mesa francesa, italiana, árabe, indiana e mexicana, entre outras. De volta a São Paulo, em 1992, apresentou o programa de moda “MTV a Go-Go” e, no ano seguinte, deixou o país novamente, agora para estudar gastronomia na Peter Kump’s School of Cooking Arts, de Nova York, e na Leith School of Food & Wine, de Londres.

Decidida a trabalhar nessa área, abriu na Rua José Maria Lisboa, em sociedade com sua amiga Patricia Li, o restaurante Oriental, que chegou a ser eleito o melhor asiático de São Paulo. “Lá, pude colocar em prática todo o meu conhecimento teórico e minha pesquisa. Mas, ao final de três ótimos anos, pude dizer, com certeza: restaurante, nunca mais!” Foi aí que Rita passou a dedicar-se exclusivamente à coluna dominical que assinava na “Revista da Folha”. Esse trabalho foi o embrião do site Panelinha, que nasceu em 2000 e, atualmente, é uma plataforma que emprega dezenas de profissionais e funciona como editora de livros, licenciadora de utensílios para cozinha e produtora de conteúdo para o YouTube, para a TV e para um portal de receitas. Hoje, aos 45 anos, esta fada desgourmetizadora da TV e da web acumula onze livros, 1,5 milhão de seguidores no Instagram, mais de 500 mil no Facebook e outro meio milhão no Twitter. Rita é famosa por ensinar receitas que realmente funcionam, sem frescura – mas com muito frescor. É uma ativista e defensora da comida de verdade e uma batalhadora incansável pela universalização do empoderante e benéfico ato de cozinhar. Casada com Ilan Kow, idealizador do caderno “Paladar”, do jornal “O Estado de S. Paulo”, e mãe de um casal de filhos, na entrevista a seguir Rita fala sobre esse seu trabalho em prol da popularização da alimentação saudável, que em 2018 lhe rendeu uma medalha de honra ao mérito da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ ONU).


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Defensora da valorização da comida de verdade e das receitas mais descomplicadas, Rita prega a desgourmetização como forma de estimular o saudável e libertador ato de cozinhar

O que você acha de ser chamada de ‘Musa da Quarentena’? Estão me chamando de musa? Que legal! Olha, eu que vivo tentando convencer as pessoas a entrar na cozinha, desta vez nem precisei pedir: elas foram sozinhas, porque a nova rotina levou todo mundo para lá. Mas assim que elas encostaram a barriga no fogão, descobriram que não sabiam fazer muita coisa – e algumas não sabiam nada. Mas “Rita, Help!” e Panelinha tinham resposta para tudo: fiz 50 lives cozinhando direto de casa, a equipe fez atendimento nas redes sociais e o site sempre colocou no ar conteúdo novo e organizado para atender às dúvidas. Foi uma loucura o tanto que a gente produziu e a rapidez para colocar tudo no ar. Isso só foi possível porque é o que fazemos há vinte anos, temos muita experiência e muito conteúdo para ajudar as pessoas na cozinha. Mas agora, durante o período de confinamento, o trabalho que o Panelinha faz tornou-se um verdadeiro serviço de utilidade pública… Costumo dizer que o nosso trabalho é uma revolução silenciosa, porque ela acontece dentro das casas, na cozinha das pessoas, e meio que fica ali. Não é um assunto que vira notícia. Mas durante esse período virou um assuntão geral. E a audiência do site, que já vinha crescendo mês a mês, disparou. Mas não só o site: o número de seguidores meus e do Panelinha em todas as redes, os inscritos no canal Panelinha no Youtube, a venda de livros, a venda dos produtos na Loja Panelinha. Foi todo mundo para a cozinha! Você considera que as orientações para ficar em casa acabaram tendo efeitos positivos não só no controle da pandemia como também na melhora da alimentação das pessoas, afinal cozinhar a própria comida é uma medida eficaz para controlar a obesidade, não? Comida caseira é sinônimo de comida saudável. Isso é um conceito comprovado. Excluir os ultraprocessados e investir em comida de verdade melhora a alimentação e, consequentemente, a saúde. Para quem escolheu cozinhar mais ou aprender a cozinhar durante esse período, a transformação vai ser para a vida. Todo esse conceito de comida de verdade, de classificação dos alimentos por grau de processamento, de produtos ultraprocessados, foi criado aqui no Brasil por um grupo de Faculdade de Saúde Pública da USP, coordenado pelo professor Carlos Monteiro. Esse grupo, o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), tem um trabalho de enorme relevância nos estudos em nutrição no mundo todo. E eu tenho orgulho


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de dizer que eles são parceiros científicos do Panelinha desde 2016 e nos dão toda a retaguarda acadêmica para ajudarmos as pessoas a manter uma alimentação saudável. Agora, ao cozinhar, é importante variar, ter um repertório, porque alimentação saudável pressupõe variação — é importante comer cenoura num dia, beterraba no outro, acelga no almoço, berinjela no jantar. Cada alimento tem uma composição nutricional única, que só ele oferece. Quanto mais alimentos você consome, mais nutrientes oferece ao seu organismo.

Na sua opinião, quais outros benefícios o ato de cozinhar traz? Você diria que este ato tem também reflexos sociais e comportamentais, na reaproximação das pessoas e das famílias? A alimentação é um desafio nos dias de hoje, em que o tempo todo tem alguém dizendo que você não precisa cozinhar, que é só pedir pelo delivery ou comprar pronto, que é só aquecer no microondas,

e a gente sabe que não é verdade, que isso não deu certo. Nas sociedades em que as pessoas pararam de cozinhar, os índices de obesidade - e não estou falando de estética - e outras doenças crônicas não-transmissíveis cresceu a ponto de virar uma epidemia. A gente sabe que tem que voltar para uma alimentação parecida com a que tínhamos no tempo dos nossos avós, baseada no arroz com feijão, sempre com hortaliças na mesa. Eu não estou dizendo para ficar olhando para trás. A gente tem que olhar para a frente: não dá para uma pessoa só na casa ser responsável pelo preparo das refeições. É preciso envolver a família toda na cozinha. A gente pode pensar que a cozinha é o que a mesa era no passado: um lugar onde a família convive, os pais conversam com os filhos, trocam ideias, um lugar de alimentar não só o corpo, mas também as relações, de fortalecer os vínculos. E todo mundo cozinhando. É por isso que sempre digo que alimentação não é assunto de dona de casa, é da casa toda.

Quais são, a seu ver, os piores “alimentos” vendidos nos supermercados? Vou te responder ao contrário: quais são os melhores alimentos, porque é isso o que as pessoas querem saber. E os melhores são aqueles que não têm lista de ingredientes no rótulo, eles são alimentos que vieram da natureza e passaram por um ou outro processo, mas sem o acréscimo de aditivos químicos. Pense nos alimentos da feira: da natureza direto para a sua casa. Mas isso não significa que a pessoa tenha que viver de alface e tomate. Pelo contrário. Como já dissemos, a variação é fundamental. No grupo de alimentos in natura e minimamente processados, que devem ser a base da nossa alimentação, você encontra todas as hortaliças, os grãos (feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha, arroz), as farinhas (de milho, de mandioca, de trigo), o leite, o café, os ovos, as carnes (para quem come), as frutas frescas e secas, as castanhas. Esses alimentos, que podem ter sido secos, como no caso dos grãos, ou moídos , como no caso das farinhas,


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e todas as carnes, frutas e hortaliças (que são legumes e verduras) devem ser a base da nossa alimentação. Já os piores são aquelas formulações industriais, repletas de aditivos químicos e que excluem da mesa a comida de verdade. Não estou falando só de lasanha congelada, de nuggets, de salsicha. Isso vale, por exemplo, para a bebida: água é um alimento essencial para a vida. Mas o refrigerante exclui a água. Você não toma um copo de refrigerante e um de água. Esses ultraprocessados estão em todos os lugares. São produtos que você não precisa cozinhar, eles já estão prontos, você só precisa abrir o pacote e comer ou aquecer no microondas. Tem o tempero pronto, que faz você deixar de temperar a própria comida. Salgadinho, barrinha de cereal, biscoito recheado... Todos fazem você comer de forma compulsiva e excluem uma fruta, por exemplo, do lanche. A lista é grande. Por isso é tão importante a pessoa aprender a diferenciar comida de verdade de imitação de comida, aprender a classificação de alimentos por grau de processamento. Para conseguir excluir esses produtos da alimentação, aprender a cozinhar é fundamental. Aliás, é essencial para conseguir manter a alimentação saudável.

Mudando um pouco de assunto, quem são seus ídolos nessa área da culinária? Quando eu fiz 18 anos, eu me dei conta de que não sabia cozinhar. E resolvi aprender. Foi uma experiência tão transformadora! Eu imediatamente entendi que aquilo me dava mais autonomia — e prazer. E fiquei obcecada com o assunto, queria convencer todo mundo a aprender a cozinhar. De certa maneira, é o que venho fazendo desde então, só que hoje com uma plataforma bem maior do que o meu grupo de amigos: tento levar todo mundo para a cozinha. Meus ídolos na verdade são ídolas, três grandes mulheres: a [cozinheira e apresentadora de TV norte-americana] Delia Smith, pela precisão na hora de explicar o passo a passo da receita; a [cozinheira, antropóloga e escritora britânica] Claudia Roden, pela emoção que ela consegue passar até na descrição da receita; e a Nina Horta [banqueteira e colunista de

gastronomia do jornal “Folha de S. Paulo”, falecida em 2019], por ter aberto para mim uma janela. A Nina foi a primeira pessoa que eu vi falando em comida de alma, ela escrevia lindamente sobre esse outro aspecto da nutrição, que vai além dos nutrientes.

E de onde veio esse dom para ensinar as pessoas a cozinhar? Acredita que essa é a sua missão aqui no planeta? Ensinar está no meu DNA: todo mundo na minha família dá aula. Seria ótimo no Brasil se as escolas tivessem aula de culinária para a garotada. Seria incrível. Eu vivo dizendo que cozinhar é como ler e escrever, todo mundo deveria saber. Mas também é como ler e escrever porque ninguém nasce sabendo. A gente tem uma geração de pais e mães que não sabem cozinhar e seria fantástico essa revolução começar nas crianças, que aprenderiam a cozinhar na escola. Mas no Brasil o buraco

da educação é tão mais embaixo, as pessoas mal sabem ler e escrever direito... A cozinha é um lugar tão rico, que mesmo eu trabalhando com isso há mais de vinte anos, todos os dias aprendo alguma coisa nova. Ela é viva. É um lugar que está sempre mudando, sempre se renovando, a cozinha traz coisa nova todo dia. Eu também estou sempre aprendendo, não estou em um lugar de ser a detentora do conhecimento culinário. Acho que isso é que me faz ser uma boa professora, porque eu estou sempre aprendendo.

Quantas horas por dia você trabalhou para produzir os episódios do “Rita, Help!”? E, agora que a série chegou ao fim, quais os próximos projetos da Panelinha Corporation? Gravamos a série em casa, em família. A captação de cada programa de trinta minutos levou em média seis horas. Produzir um episódio não é só a captação, tem que pensar a série, escrever os roteiros,


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adequar receitas para o momento da quarentena, fazer dezenas de reuniões por videoconferência. O Panelinha fez vinte anos em março, quando já estávamos em confinamento. Tínhamos um calendário cheio para 2020, para celebrar essas duas décadas de vida. Mas o ano virou de ponta-cabeça e ficou mais cheio ainda. Fizemos muitas lives, fizemos o “Rita, Help! Me Ensina a Cozinhar na Quarentena”, que além de série virou livro, já à venda nas livrarias, e agora estamos voltando a gravar em estúdio para o GNT, com equipe reduzida, acompanhamento remoto e todas os protocolos de segurança sanitária. Em breve vamos lançar também um podcast. E, se não deu para comemorar os vinte anos do Panelinha, vamos comemorar no ano que vem a nossa maioridade, aos 21, com ainda mais gente na cozinha!

O que mais gosta de comer? Quando você voltar a comer fora de casa, qual será a primeira coisa que vai buscar e devorar? Eu comi muito bem nesse período de confinamento. Todo mundo aqui em casa cozinhou bastante. Com aquela base do arroz com feijão no almoço, nos garantimos. O jantar era variado e o fim de semana era para receitas mais especiais. O Ilan, meu marido, adora cozinhar, e o meu filho mais velho se mostrou um cozinheiro fantástico! Fez clássicos como Beef Wellington, croissant, crème brûlée e até um bolo Floresta Negra para o próprio aniversário de 18 anos! Não estou desesperada por algum prato. A única coisa que eu não faço em casa é comida japonesa, então, o primeiro lugar que a gente vai é em um japonês. Por fim: você acredita que essa terrível pandemia fez muita gente repensar e mudar sua alimentação para sempre e para melhor, após o período de confinamento compulsório? O que você espera ou gostaria que nunca mais voltasse a ser um hábito nesse “novo normal” da humanidade? Essa é fácil: espero que todo mundo que entrou na cozinha durante a pandemia tenha percebido que saber cozinhar é fundamental e me ajude a convencer ainda mais gente a entrar na cozinha.



Turismo

ESPECIAL

A VOLTA TEATRO pede apoio durante o período DOOficina PRAZER da quarentena DEpág.15 VIAJAR

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As medidas restritivas de circulação vão se afrouxando e os refúgios na natureza, o aluguel de carros e as adaptações de hoteis são grandes tendências do turismo

CEARÁ

RESORT OFFICE

Kite surfe em alto estilo na Praia do Preá pág. 30

Cumpra o isolamento na beira do Os protocolos do "novo normal" O melhor meio para viajar na mar ou na montanha pág. 33 em cinco hotéis de luxo pág. 36 pós pandemia pág.38

SOFISTICAÇÃO

ALUGUEL DE CARRO


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ESP ECIAL

Turismo

VIAGEM

Todos os ventos levam ao Ceará Casana Hotel, discreto refúgio dos adeptos do kite surfe na Praia do Preá, introduz o conceito do pós-luxo na região de Jericoacoara, com gastronomia caprichada e sem nenhum perrengue POR KIKE MARTINS DA COSTA

JERICOACOARA é um dos destinos mais

paradisíacos da costa nordestina, mas todo ano fica um pouco muvucado por causa da temporada dos ventos alísios e da enxurrada de adeptos do kite surfe que invade a região. O vilarejo fica lotado de franceses, italianos, americanos e também com muitos brasileiros interessados nas rajadas de intensidade média para forte, boa constância e baixa turbulência – condições ideais para a prática do esporte. De olho nas pessoas que preferem manter uma certa distância de toda essa aglomeração, a vizinha Praia do Preá (15 km a leste) vem se consolidando como refúgio mais sossegado e sem farofada. Foi lá que o magnata sueco do setor de tecnologia Jimmy Furland, casado com a modelo cearense Natália Laurindo Furland, construiu o Casana Hotel – um empreendimento com apenas oito confortáveis bangalôs projetados pelo arquiteto francês Frédéric Fournier, academia de kite surfe, gastronomia caprichada e serviço

impecável. Nessa reabertura, está seguindo todos os protocolos de higiene exigidos nesses tempos de coronavírus (veja box). Instalado em um terreno de 10 mil m² de frente para o mar e inaugurado em 2019, ele só acomoda um máximo de 20 hóspedes por vez, e isso aumenta ainda mais a sensação de exclusividade e privacidade. Cada bangalô tem uma área privativa de no mínimo 80 m² com áreas e o staff trabalha com uma discrição incomum no Brasil. Os trabalhos são coordenados pelo gerente-geral Nelson Rato, que já trabalhou no Fairmont de Montreux (na Suíça) e no Coral Lodge (em Moçambique). Sua equipe pode preparar seu equipamento de kite, pode agendar uma massagem relaxante no fim do dia e definir a hora e o cardápio das suas refeições por WhatsApp. Os bangalôs têm cortinas tipo blackout automatizadas, cama king size com lençóis de algodão egípcio 600 fios, amenities da sofisticada grife francesa Damana,

frigobar, máquina de café Nespresso, TV de tela plana com Netflix, uma gaveta cheia de snacks e piscinas privativas ou duchas ao ar livre. Nas áreas comuns, o destaque é o bonito salão com estrutura de madeira de lei aparente, que se integra ao lounge onde fica o bar e à piscina de borda infinita com efeito de espelho negro. No pool bar, a carta de drinques concebida pelo mixologista Gustavo Smolinski só tem coquetéis surpreendentes, refrescantes e com sabores complexos, preparados com destilados de primeira e ingredientes locais. No restaurante, comandado pelo chef goiano Frederico Jayme (com passagens pelo dinamarquês Noma e pelo inglês Fat Duck), o show começa logo pela manhã: o breakfast do hotel mistura referências locais (como o cuscuz nordestino, as tapiocas e o queijo coalho grelhado) e internacionais, como o croque monsieur, os ovos beneditinos e o avocado toast. Na hora do almoço, o menu em geral


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tem maravilhas como as lagostas grelhadas, o ceviche de caju, o hambúrguer de atum com guacamole, o carpaccio de beterrabas com mousse de queijo coalho e crocante de castanha, o polvo grelhado com pancetta pururucada e aioli, o beijupirá grelhado e acompanhado de vinagrete de tangerina ou ainda um suculento bife ancho com feijão verde. Assinadas pela confeiteira Ana Carolina Müller, as sobremesas apostam na vivacidade das frutas regionais, como o caju, o coco verde, a manga e o abacaxi . Não deixe de provar o pudim de tapioca e o sorvete de coco, feito com a “carne” fresca da fruta. Mas a grande atração do local – ao menos na opinião da clientela formada majoritariamente por estrangeiros – é mesmo a estrutura para kite surfe. O Casana oferece um confortável e bem montado Kite Lounge, com equipamentos de última geração da Duotone, a maior e melhor marca de equipamentos para Kite Surf no mundo. A praia em frente ao Casana é um excelente lugar para quem quiser aprender a surfar com as pipas. É segura, com ventos “side-shore” e sem interrupções. Para completar, os instrutores do hotel são formados pela International Kiteboarding Organization (IKO) e pela Associação Brasileira de Kitesurfing (ABK). Com uma arquitetura que prioriza a luz natural e a circulação do ar, o Casana tem confortáveis bangalôs com piscinas ou duchas privativas


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Os principais protocolos sanitários adotados pelo Casana para garantir a saúde e o bem-estar de seus hóspedes * Equipe treinada e equipada com máscaras, luvas, aventais e demais EPIs (equipamentos de proteção individual) próprios de cada função

Depois daquela sessão de kite surfe na praia e de massagens no spa, delicie-se o hambúrguer de atum preparado pelo chef Frederico Jayme

* Álcool em gel disponível em todas as áreas comuns do hotel e nos bangalôs; também há máscaras à disposição dos hóspedes, mas seu uso não é obrigatório * Hóspedes terão a temperatura medida na chegada; um bangalô será isolado para uso exclusivo de pessoas com qualquer sintoma até que as a u to r i d a d e s s a n i t á r i a s l o c a i s examinem o paciente

E não são só os principiantes que curtem o pico. O holandês Lasse Walker, kitesurfista profissional e campeão na categoria freestyle, já se hospedou no Casana e virou fã das lufadas do Preá. Se o kite não for a sua onda, o hotel pode providenciar outras diversões, como cavalgadas e bikes para passeios pelas dunas e lagoas da Barrinha. Quem preferir algo mais radical, pode alugar um invocado UTV ou um ágil quadriciclo para explorar as dunas de Guriú. Ali perto, no mangue, quem curte mergulho e fauna marinha vai se encantar com os cavalos-marinhos e os peixinhos que habitam a Gamboa – um ambiente que funciona como “berçário” para várias espécies. Como o primeiro empreendimento do Nordeste que se encaixa no conceito

de pós-luxo – que prioriza experiências únicas, se preocupa com a questão da sustentabilidade e valoriza os produtos e as tradições da comunidade onde está inserido – o Casana têm diárias condizentes com todo esse refinamento: elas começam na casa dos R$ 4.300. É para poucos, com certeza, mas o ambiente é “relax” e não tem nenhum tipo de pompa ou ostentação. E os dias de sol neste segundo semestre costumam ocupar 97% do calendário. É um “investimento” de baixíssimo risco, e essa peculiar combinação de conforto absoluto com o sol e o vento do Ceará é algo que simplesmente não tem preço!

CASANA HOTEL - Avenida Beira-Mar, s/ nº, Preá, Ceará, tel. 85 2180-5076. Reservas pelo site www.casana.com

* Funcionários terão as temperaturas checadas diariamente * As refeições são servidas com horário marcado, agora com mesas designadas para cada bangalô desde o check in; os hóspedes usarão a mesma mesa do restaurante – aberto, ventilado naturalmente e sem ar-condicionado – durante toda a estadia * Academia, spa e sala de reuniões funcionarão com hora marcada, por período limitado de acordo com a ocupação do hotel e intervalo entre agendamentos para “deep cleaning”; os hóspedes também poderão optar pela massagem em seu próprio bangalô * Equipamentos de kite surf também passarão por “deep cleaning” após cada uso, e serão separados para uso exclusivo de um mesmo hóspede durante toda a estadia


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Isolamento sem estresse Hotéis no campo e na praia se abrem para famílias interessadas em cumprir a quarentena de uma forma mais ‘relax’, unindo comodidade e diversão POR KIKE MARTINS DA COSTA

ENQUANTO A VACINA NÃO CHEGA, as empresas ainda recomendam

o trabalho remoto para muitos de seus executivos e as escolas não estão 100% prontas para oferecer aulas presenciais às crianças, então muitas famílias estão unindo o útil ao agradável e cumprindo o isolamento social em hotéis e resorts. Em grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, os hotéis convertem quartos em escritórios e oferecem o serviço de “room office” para quem quiser se isolar para trabalhar com toda comodidade. Nos estabelecimentos à beira do mar e no interior, mais em contato com a natureza, a tendência dos quarenteners foi rebatizada como “resort office”. Depois de meses trancados em casa, estressados, cansados de encarar os trabalhos domésticos e de descontrair apenas com diversão via TV ou computador, as pessoas estão saindo da toca e – com todo o cuidado que o momento exige – aproveitando a baixa ocupação e as vantagens oferecidas por hotéis-fazenda e balneários que funcionam não muito longe de seu lar. Com um wi-fi bom, tanto faz se você está trabalhando na biblioteca da sua casa ou na varanda do seu quarto de hotel, com vista para uma paisagem inspiradora ou a poucos metros da areia da praia. O importante é que você esteja conectado


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e bem de saúde. E hospedar-se com a família longe de casa tem ainda outras várias vantagens. Em grande parte dos prédios, muitas piscinas, academias e demais áreas comuns ainda estão interditadas ou com uso limitado. Nos hoteis e resorts, essas atrações estão abertas e funcionando com todos os protocolos sanitários apropriados. Além disso, no hotel você não tem que cuidar da limpeza e da arrumação do seu apartamento, não precisa cozinhar e nem lavar louça. Todas essas tarefas são executadas por um staff devidamente paramentado e respeitando as medidas de descontaminação mais adequadas. E, enquanto os pais trabalham – cada um em um ambiente, sem ter de dividir o mesmo espaço – a garotada gasta suas energias, se diverte e é cuidada por uma equipe de monitores treinados para evitar atividades com contato físico. Quando o horário de trabalho termina, a família pode se reunir para nadar, brincar, praticar esporte ou simplesmente descansar. O estresse do confinamento é minimizado, todo mundo fica mais descontraído o e a confraternização com a família flui de uma forma mais agradável. “Muitos resorts estão faturando com essa nova oportunidade que surgiu por causa da pandemia. Durante a semana, as tarifas estão, em média, 40% inferiores daquele valor que era cobrado em setembro

do ano passado. Nos fins de semana [de sexta a domingo], a queda nos preços é um pouco menor, de cerca de 25%”, avalia Marcos Destro, que possui 28 anos de experiência de Viagens Corporativas. Ele avisa que, para longas estadias, de 15 ou 20 dias, é possível conseguir condições ainda mais vantajosas em vários hotéis, mas para isso é fundamental a participação de uma agência. “Aqui na Líder Corp, fazemos negociações desse

tipo todo dia. Sempre buscamos tarifas que sejam razoáveis para o hotel e para nossos clientes”, explica. Para contatar a Líder Corp, ligue 11 3050-0510. No estado de São Paulo, a agência trabalha com resorts como o Villa Rossa (de São Roque), o Hotel-Fazenda Mazzaropi (Taubaté), o Sofitel Jequitimar (Guarujá), o Mavsa Resort (Cesário Lange), o Hotel Vila Inglesa (Campos do Jordão), o Eco Resort Refúgio Cheiro de Mato


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Na página anterior, o tobogã do Mavsa e uma sala das áreas comuns do Hotel-Fazenda Mazzaropi; nesta página, a partir do alto, o recreador do Tauá Atibaia aplicando alcool gel numa criança, o caprichado café da manhã do Vila Inglesa e a tirolesa do Villa Rossa, em São Roque

(Mairiporã), o Hotel Resort Recanto do Teixeira (Nazaré Paulista), o Villa Santo Agostinho (Bragança Paulista) e o Bourbon Resort e o Tauá Hotel – ambos em Atibaia. Em Minas Gerais, fica outra unidade da rede Tauá, o Tauá Grande Hotel Termas, de Araxá. Por falar nos hotéis da rede Tauá, o de Atibaia acaba de instalar em suas tubulações de ar-condicionado um sistema de purificação de ar com tecnologia Photohydroionization, que utiliza luz ultra-violeta para eliminar bactérias, vírus, fungos. Além disso, todos os quartos são desinfectados com ozônio ao serem desocupados. No Mavsa Resort, mesmo não sendo na beira do mar, tem a água como destaque. Além de toboáguas e piscinas (uma aquecida), tem um lago para stand up paddle, passeios de caiaque ou pedalinho e até pescaria. Já no Sofitel Jequitimar, a grande atração para a garotada é a Praia de Pernambuco, a poucos metros dos apartamentos. Para os adultos, tem ainda três bares, sauna e salas de reuniões de todos os tamanhos. Para quem prefere o ar da montanha, as dicas são o Hotel Vila Inglesa e o Villa Rossa. Instalado em uma das vizinhanças com natureza mais exuberante de Campos do Jordão, o Vila Inglesa tem gastronomia caprichada para os adultos e bikes, circuito de arvorismo e oficina de artes para as crianças. Já o Villa Rossa, em São Roque, tem casinhas de campo privativas com piscina e lareira, e uma equipe de recreação sempre a postos, com brincadeiras, parede de escalada e tirolesa para a criançada se jogar, literalmente. Por fim, no Mazzaropi, eleito por oito vezes o melhor hotel-fazenda do país, a criançada tem quatro piscinas e atividades rurais para se entreter, como curral para tirar leite de vaca e cavalos para passeios pela região.


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LUXO

Embarque próximo Hotéis de alto padrão no Brasil iniciam o processo de reabertura com medidas de sanitização e distanciamento social

POR RAPHAEL CALLES

Ponta dos Ganchos Governador Celso Ramos, SC - Aberto desde 30/07 Com apenas 25 bangalôs isolados entre si, Ponta dos Ganchos é conhecido pela privacidade e distanciamento oferecido a seus hóspedes. O traslado dos passageiros é realizado com veículos privativos, que são higienizados a cada viagem. O hotel ainda se preocupou com a ampliação do serviço de quarto. Os cardápios são fornecidos por meio da tecnologia QR Code. Assim, é possível conferir as opções gastronômicas nos dispositivos pessoais. Até 31/10, reservas a partir de três noites (de quinta a domingo) terão jantares cortesia. O menu é preparado pelo chef José Nero, que prepara refeições com ingredientes sazonais da região, além de opções orgânicas colhidas na horta da propriedade. PONTADOSGANCHOS.COM.BR

Txai Itacaré, BA – Aberto desde 14/08 Conhecido pelos serviços de alto padrão, o resort conta com apenas 3% de área construída em 93 hectares. A nova fase permite ocupação máxima de 80 hóspedes no hotel. Antes mesmo da chegada deles, o hotel coleta informações para o preparo prévio do minibar dos bangalôs, checa o histórico de saúde e viagens prévias. Todas as bagagens passam por sanitização ainda no aeroporto de Ilhéus e os traslados são realizados com uma família por veículo. Já os funcionários passaram por treinamentos, têm temperatura aferida diariamente e chegam ao trabalho em veículos próprios da propriedade, prática já adotada anteriormente. TXAIRESORTS.COM


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Palácio Tangará São Paulo, SP - Reabertura em 17/09

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O hotel planeja sua reabertura para meados de setembro. Para garantir a segurança dos hóspedes, a propriedade se uniu ao Hospital Albert Einstein para definição e validação de protocolos operacionais de limpeza e sanitização. Os hóspedes poderão contar com displays de álcool em gel em todas as áreas comuns, assim como receberão máscaras personalizadas, de uso obrigatório em áreas comuns. Clientes e funcionários terão suas temperaturas aferidas no momento de chegada ao hotel. Bagagens passarão por processo de sanitização. Para os restaurantes, os menus disponibilizados serão digitais, por meio de aplicativo, espaços abertos e distanciamento de pelo menos 1,5 metro entre as mesas. PALACIOTANGARA.COM

Tivoli Ecoresort Praia do Forte Mata de São João, BA – Reabertura em 01/09 O hotel, membro da Coleção L.V.X. da Preferred Hotels & Resorts, reabre com o programa Feel Safe at Tivoli, que compreende dez linhas de atuação que incluem processo de purificação de ar e água. A arquitetura da propriedade já preza pela boa ventilação. Somado a isso, houve a redistribuição de mobiliário nas áreas comuns. O hotel ainda passa a oferecer um serviço de aconselhamento chamado City Connection, que informam sobre unidades de saúde, serviços seguros de alimentação e bebidas e maneiras seguras de aproveitar os atrativos da região e serviços de locomoção. TIVOLIHOTELS.COM

Etnia Casa Hotel Trancoso, BA - Aberto desde 23/07 A propriedade, que conta com apenas 7 casas em um terreno de cerca de 7 mil metros quadrados, foi a pioneira na hotelaria brasileira a inserir o protocolo de higienização Fog in Place. Trata-se de um sistema de sanitização que dispersa uma névoa 100% atóxica, inodora e seca que cobre todas as superfícies com uma nano película de inativação de bactérias e vírus, entre eles o SarsCoV-2, o novo coronavírus. Para os hóspedes, o hotel adota check-in antecipado. Já as vilas têm um intervalo entre hospedagens de, pelo menos, 72 horas. O mesmo acontece com itens do minibar, que tem um intervalo de manipulação de 72 horas entre a reposição e a chegada dos hóspedes. ETNIABRASIL.COM.BR


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ESP ECIAL

Turismo

VIAGEM

O modal do momento Aluguel de carro é o meio estratégico para alavancar turismo na retomada

AO REDOR DO MUNDO, as cidades reabrem

seus negócios e recebem os primeiros turistas. A pandemia já mudou como agimos e, claro, como viajamos. A boa notícia é que a retomada do turismo deve começar ainda neste ano e, com as férias de verão, muita gente deve voltar a viajar. Na parte da estadia, há quem diga que os hotéis levam vantagem em relação às plataformas de aluguéis de casas e quartos compartilhados. Isso porque os hotéis conseguem adotar e fiscalizar medidas padronizadas de higiene com maior rigor. Outra mudança é o modal que escolhemos para viajar, decidido principalmente

pela distância até nosso destino. A tendência é o aumento no número de aluguéis de carros partindo de grandes centros para cidades pequenas e refúgios em meio à natureza, e de regiões metropolitanas com destinos a outros estados, o que tem apresentado crescimento superior a três vezes em comparação a antes da pandemia. “Nesse primeiro momento, o que têm se visto é um fortalecimento do turismo doméstico de curta distância”, afirma Renato Franklin, CEO da Movida. E isso é válido para todas as regiões. São destino como Campos do Jordão e Maresias, em São Paulo, Petrópolis e Búzios, no Rio

de Janeiro, Guarapari e Santa Teresa, no Espírito Santo; e as cidades históricas em Minas Gerais. Segundo da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis, em 2018 e antes da pandemia, a locação para pessoas físicas para fins de turismo já chegava a 48% dos aluguéis, considerando viagens a negócio e a lazer, uma vez que as famílias deixam de ter veículos próprios em centros urbanos e escolhem alugar quando há necessidade. “O turismo sempre foi um nicho importantissimo dentro do setor de locação. A principal mudança neste momento é


BR A NDE D CONT E NT BY 29 H + M OV I DA

em relação à mobilidade urbana, que vem ganhando espaço e crescendo acima de dois dígitos anualmente. Agora, com a pandemia, a expectativa é de que o carro saia fortalecido nas duas frentes”, conta. Para atender à demanda crescente, a empresa implementou inovações para aumentar a eficiência. “Entre os destaques que trouxemos está o web check in, que é um sistema para o aluguel de carros com reduzido contato físico. Por meio de um aplicativo, o cliente faz antecipadamente a reserva do veículo e todo o processo contratual no seu próprio celular, gerando um QR code. Depois, vai diretamente à área de retirada do veículo, onde um funcionário, munido de um tablet e caneta touch, faz a leitura do QR code e reconhecimento facial”. A Movida está presente em todo o território nacional, com lojas em todas as capitais, aeroportos e principais cidades. Com uma rede própria, sem franquias, de 184 lojas, atende todo o país, com opções de carros para todos os tipos de necessidade. Desde um modelo sedan, com porta mala maior, para a família aproveitar um final de semana no interior ou na praia; passando pelos modelos de luxo, automáticos; até jipe com tração 4x4 para trilhas off-road. A empresa tem uma frota de mais de 105 mil carros, com mais de 120 modelos. É possível alugar pelo site, pelo aplicativo da Movida, por telefone e pelo chatbox. Saiba mais: movida.com.br

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com saúde

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Baixe o app e alugue

MOVIDA.COM.BR

0800 606 8686

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Entre os destinos mais procurados nesta retomada do turismo doméstico de curta distância, vale citar Campos do Jordão (SP), Búzios (RJ) e as cidades históricas de Minas Gerais


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COLUNA

www.didu.com.br

Didú Russo

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Bom de copo

POR

Uma lista de excelentes e diversos vinhos importados por até R$ 200 Eu tenho bebido muito mais vinhos brancos do que tintos. São mais complexos, há enorme variedade e aquecem da mesma forma, afinal é o álcool que nos esquenta e não a temperatura da bebida, não estamos falando de chá, mas de vinho. Também é pouco habitual entre os brasileiros conhecer vinho branco evoluído e com idade. Você sabia que há brancos que só vão ao mercado com dez ou mais anos de adega? Sim! Queria lhe fazer uma proposta, diga rapidamente três uvas brancas que não sejam Chardonnay e nem Sauvignon Blanc. Ficou difícil? Pois listei seis vinhos deliciosos de castas diferentes. Veja e arrisque, quem sabe o branco que sempre sonhou não está nessa lista? 1) Bel Air 2018 Domaine La Grange Tiphaine biodinâmico 100% Chenin Blanc Vale Loire na De La Croix por R$ 190. A Chenin Blanc do Vale do Loire produz vinhos frutados, florais com nozes e especiarias, e é excelente para frutos do mar e nossa culinária de praia, como o vatapá. 2) Ribeiro Santo 2003 do Dão da uva Encruzado por R$ 203 na Wine Brands. A Encruzado do Dão resulta em vinhos

DIDÚ RUSSO é editor do site didu.com.br

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Brancos no frio

longevos, densos e frescos com toques de resina, flores brancas, especiarias e fica excelente com queijos amanteigados. 3) Aphros Loureiro TEN biodinâmico por R$ 133 na Wine Lovers. A uva Loureiro é floral, cítrica, lembra lichia e tem grande frescor. Excelente para aperitivos, frutos do mar, peixes e queijos novos. 4) De Lucca Marsanne do Uruguai a R$ 114,45 na Premium Wines. A uva Marsanne resulta em vinhos densos, mas com frescor, acompanham de maneira excelente truta com amêndoas, peixes de modo geral, carnes de aves e de porco, e queijos evoluídos. 5) La Flor del Ombú Bracco & Bosca Moscato Bianco a R$ 89,90 na Cantu. Com incrível aroma de uva mesmo, a moscatel vinificada seca é muito sedutora lembrando pêssego, mel e laranja. Acompanha muito bem as receitas condimentadas da comida asiática e saladas de fruta. 6) Selbach-Oster Mosel Riesling a R$ 175,10 na Mistral. Rainha das uvas, a Riesling é alemã, mas faz sucesso também na Alsácia e na Áustria, onde são mais delicadas. Com nariz típico perolado, borracha que se mistura a maçã verde e orquídea, é a acompanhante ideal da carne de porco, de aves e peixes. E então? Vai continuar no seu Chardonnay ou Sauvignon Blanc, ou vai arriscar a diversidade? E olhe, eu ainda tenho outras vinte castas brancas sensacionais que não mencionei!

Acima, Bel Air Domaine La Grange Tiphaine, Aphros Ten, La Flor del Ombú e Selbach-Oster


SET 2020

AGENDA

29h

P R O G R A M A S PA R A TO DA S A S H O R A S D O M Ê S

OS BONS TEMPOS ESTÃO VOLTANDO

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Com a flexibilização das medidas de distanciamento social, novos restaurantes e bares vão abrindo pela cidade. Para quem gosta de novidades, a dica é conhecer o Belle Époque, que serve caprichados coquetéis elaborados pelo mixologista Chris Carijó. pág. 46

CAFÉS

RESTAURANTE

ENTRETENIMENTO

COMIDINHAS

Um Coffee Co. passa a fazer seus próprios pães

Ototo aposta nos bentôs, as marmitas japonesas

Tá com raiva? Atire machados na Hatchet House

Com novo chef, Fat Cow renova opções de sandubas

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Esporte seguro

Com certeza

Hot legs

Acquadogs

Hommus é amor

A Reebok criou máscaras reutilizáveis, perfeitas para a prática esportiva. Elas são feitas em poliéster e possuem duas camadas de tecido macio: internamente, de malha e, no exterior, com elastano. Cada kit com 3 unidades custa R$ 59,99 e é vendido no www.reebok.com.br.

A Aldeia Leal – marca da família do cantor Roberto Leal – acaba de lançar seu rótulo próprio de azeite, com venda exclusiva nos supermercados Extra e Pão de Açúcar. Cada frasco de 500 ml do azeite de oliva extra virgem importado de Portugal custa R$ 16,90.

Vem, cachorrinho!

A Calzedonia é uma marca italiana de meias, dos mesmos donos da Intimissimi. Desde 2018 no Brasil via e-commerce, ela acaba de abrir sua 1ª loja física, no Shopping Pátio Paulista. Lá é possível encontrar a recém-lançada coleção Cashmere. �F Rua Treze de Maio, 1.947, Bela Vista.

Italian burgers

A hamburgueria Busger serve também cachorros quentes, com preços de R$ 12 a R$ 18. O Nachos Dog é montado com pão de brioche, salsicha, cheddar e crispy de nachos. Já no Supreme Dog, a salsicha e o brioche são incrementados com bacon triturado. �F Rua Augusta, 517. Delivery no iFood, UberEats e Rappi.

TARDE Uma das mais novas “hamburguerias virtuais” da cidade, que só trabalha com pedidos pelo aplicativo Rappi, é a Vito - a mais nova aposta do chef Rodolfo De Santis, do Nino Cucina. Especializada em smash burgers, oferece ao cliente a possibilidade de escolher o pão: brioche ou focaccia. Cada combo, com fritas e refri. sai por R$ 28.

Os donos de cachorros cheios de energia podem levar seus bichinhos para se refrescar na loja Petz de Aricanduva. Além da piscina rasa para cães de todos os tamanhos, o playground gratuito tem outros dez brinquedos para eles se divertirem e extravasarem toda a sua alegria. �F Avenida Rio das Pedras, 2.207, Jardim Aricanduva, tel. 2723-6400.

TARDE O chef Fred Caffarena é o responsável pela cozinha do Make Hommus, Not War, casa dedicada à tradicional pasta de grão-de-bico e tahine. Essa especialidade do Oriente Médio é a base de bowls incrementados com cebolas assadas ou carne de quibe no molho de tomate à moda turca. �F Avenida Heitor Penteado, 699, Sumaré, tel. 3864-8295. Delivery pelo iFood e pelo Rappi.

TARDE

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Comédia zumbi

Japa Show NOITE Além de maravilhosos sushis, o restaurante japonês J1, do chef Jun Sakamoto, tem novidades como o Ninho de Tempurá (ovo de codorna com gela mole com um toque de azeite trufado) e grelhados de sua inovadora sessão de steaks. Prove o ultramacio Porter House. �F Avenida Nações Unidas, 4.777, Alto de Pinheiros. Delivery pelo aplicativo Rappi.

NOITE O UOL Play é o novo serviço de streaming do portal de notícias e entretenimento. Lá, é possível assistir filmes como “Os Mortos Não Morrem’, do aclamado diretor norte-americano Jim Jarmush. Esta comédia zumbi tem um elenco recheado de estrelas (como Bill Murray, Adam Driver e Selena Gomez).

MANHÃ

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MANHÃ

Carnes espetaculares TARDE O restaurante Pobre Juan é uma casa de carnes cujo menu aposta em clássicos portenhos. Vale muito a pena provar as empanadas, o choripá, o Provoleta Burger e grelhados fantásticos como o Bife Ancho e o Tomahawk. �F Rua Itaguaba, 38, Higienópolis, tels. 3552-3150 e 98796-5755. Delivery pelo aplicativo iFood.

Made in USA NOITE Na lanchonete temática Johnny Rockets, o cardápio tem várias opções de milk shakes (com os de Oreo e de M&Ms) e hambúrgueres caprichados, como o Smoke House Double – dois discos de carne, queijo cheddar, bacon, onion rings e barbecue. �F Avenida Roque Petroni Jr., 1.089 (Shopping Morumbi), Brooklin, tel. 5184-1941.

Made in Scotland TARDE Caledônia é como os romanos se referiam à Escócia no passado. E é também o nome do novo whisky bar da cidade. Sua carta inclui mais de 160 rótulos, entre scotchs, bourbons, ryes, blends e single malts, além de ótimos drinques. Para petiscar, tem apetitosos scottish eggs (bolovos) e sanduíches de pepino. No delivery, entrega coquetéis (como o La Louisiane, da foto) e caprichados hambúrgueres, como o Stirling (carne Angus com blue cheese e cebolas caramelizadas). �F Rua Vupabussu, 309, Pinheiros, tel. 3031-0840. Pedidos para entrega via iFood.


kikecosta@uol.com.br

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Arte funcional

Beleza & horror

Com mais de 20 anos de tradição, a FAS Iluminação é referência no segmento e representa no Brasil as conceituadas marcas alemãs Serien e ClassiCon. As luminárias da Classicon são famosas por seu luxo atemporal. �F Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 413.

A Fundação Ema Klabin disponibiliza visitas virtuais a seu acervo por meio do projeto #CasaMuseuEmCasa. Este mês, a instituição apresenta duas gravuras da série “Os Desastres da Guerra”, do espanhol Francisco de Goya, disponíveis no site https://emaklabin.org.br.

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Galeto zureta TARDE Aos finais de semana, o Guarita Bar oferece um apetitoso galeto grelhado e desenvolvido pelo chef Greigor Caisley para pedidos feitos pelos aplicativos Rappi e iFood. Além dessa tentação, o delivery do bar tem também ótimas pizzas (de mozzarella, de calabresa com mozzarella, de frango com catupiry ou portuguesa). �F Rua Simão Álvares, 952, tel. 3360-3651.

Cachaça da boa NOITE A cachaça Gouveia Brasil Extra Premium é uma bebida exclusiva desenvolvida pelo master blender Armando Del Bianco. Com uma instigante cor dourada e uma oleosidade ímpar, ela é elegante. Cada garrafa custa R$ 228 na Casa Santa Luzia. �F Alameda Lorena, 1.471, Jardins, tel. 3897-5042.

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Obra em progresso MANHÃ O Instituto Tomie Ohtake apresenta o projeto “Aglomeração Antonio Henrique Amaral - Uma Exposição em Processo”, que por enquanto só pode ser acessada virtualmente. Reúne gravuras, desenhos e estudos. Pode ser conferido no institutotomieohtake. org.br.

Yakisoba virtual

Almoço à italiana A Trattoria Nacional, comandada pelo restaurateur Marcos Piazza, oferece ótimas saladas, pizzas, carnes (como a parmigiana de frango com batata rústica e o pesce milanese com musseline de mandioquinha) e massas, os gnocchi com ragu de linguiça, raviolli e lasagna verde e três queijos. �F Rua Canário, 480, Moema, tel. 5052-0520. TARDE

Opiniões à mesa O serviço de streaming Amazon Prime Video apresenta “Pão e Circo”, com 7 episódios em formato inovador que utiliza refeições preparadas por chefs premiados (como Enrique Olvera e Jair Tellez) como espaço para debater temas como imigração e Covid-19. As conversas são moderadas pelo ator Diego Luna e reúnem políticos, ativistas e celebridades. NOITE

TARDE O Yakisoba Panda é uma Dark Kitchen que só recebe pedidos pelos aplicativos de entregas iFood, Rappi e Uber Eats, sem um salão. Tem como carros-chefes o Yakisoba Tradicional (macarrão com vegetais, carne e frango) e o Dragon Balls Soba (nacos de frango em molho agridoce sobre um leito de macarrão).

Food temptation NOITE A Splash Bebidas Urbanas, com uma loja no Shopping Metrô Santa Cruz, serve frappuccinos nos sabores banoffee, Nutella, paçoca, café e iogurte grego. Tem ainda pães de queijo, empanadas, coxinhas, croissants, muffins tentadores e donuts recheados. A loja atende nos sistemas de take away e delivery. �F Avenida Domingos de Morais, 2.564, tel. 98425-7280.

Praça em casa TARDE Valorizando os ingredientes frescos e de alta qualidade, o Praça São Lourenço agora trabalha com delivery, via iFood. Bom para quem quiser pedir os clássicos da casa, como a feijoada, a paella (foto), o palmito pupunha na lenha com azeite de ervas e queijo Canastra, a costela braseada com aligot, a tagliata de filé mignon com rúcula e farofa crocante de pão e a lasanha de couve flor e cogumelos. �F Rua Casa do Ator, 608, Vila Olímpia, tel. 3053-9300.

Potery & poetry

Drink profissa

A Galeria Estação apresenta um misto de exposição e homenagem a Antônio Batista de Souza, conhecido como Poteiro, artista português radicado no Brasil que produziu esculturas, peças utilitárias e objetos em barro e depois enveredou também pela pintura, incentivado por Siron Franco. Visitas só com agendamento. �F Rua Ferreira de Araújo, 625, Pinheiros, tel. 3813-6355.

NOITE A Easy Drinks, marca de preparados de frutas frescas para drinques, lançou recentemente várias novidades, como a espuma de limão siciliano (R$ 42), ideal para compor aquele Moscow Mule bem autêntico ou para incrementar e dar uma nova nuance ao seu gim tônica. Está à venda no e-commerce da marca (https://loja.easydrinks. com.br/) e nos supermercados da rede St. Marché.

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Pela paz

Raiz mãe

Derby na TV

Fermento

A Galeria Carcará exibe fotos da intimidade de Yoko Ono & John Lennon em sua lua de mel, durante campanha pela contra Guerra do Vietnã, em 1969. As imagens, clicadas por Luiz Garrido, compõem a mostra “Honeymoon for Peace”, em cartaz até outubro. Visitas são agendadas. �F Rua Dr. Seng, 80, tel. 2528-4867.

A Green Natural Foods lançou a Bendita Mandioca, com cubos congelados dessa maravilhosa raiz, prontos para fritar ou assar no forno. Disponíveis nos “sabores” natural, picante ou provolone, cada pacote com 400 g custa de R$ 10 a R$ 13 em supermercados como Pão de Açúcar, Zaffari, Hortifruti e Obá, entre outros.

O Campeonato Brasileiro de Futebol segue e, hoje, em sua 9ª rodada, tem como destaque o clássico entre Corinthians e Palmeiras, repetindo a final do Campeonato Paulista, vencida nos pênaltis pelo Verdão. O jogo, às 16h, será transmitido ao vivo pela TV Globo para todo o estado, direto do Itaquerão.

MANHÃ Bem maior do que a matriz, aberta em 2015 na Rua Joaquim Antunes, a nova Padoca do Maní fica no piso Térreo do Shopping Iguatemi. No cardápio, pães, cafés e gostosas tortas. Pedidos para delivery pelo WhatsApp 97448-4683. �F Avenida Brig. Faria Lima, 2.2323.

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Sensações lusitanas

NOITE

Tradição em pão MANHÃ Criada em 1914 no bairro do Bixiga, a centenária Basilicata sempre chamou atenção pela qualidade de seu pão italiano. Mas a padaria também tem outros tipos de pães, todos elaborados artesanalmente. Além de compras no local, é possível fazer pedidos no iFood ou pelo Whatsapp 95588-2048. �F Rua Treze de Maio, 596, Bela Vista.

Entre nessa fria TARDE Criada pelos chefs Jefferson e Janaína Rueda, a Sorveteria do Centro tem em seu “cardápio” sabores incrementados como Floresta Negra (R$ 19), Leitão (sorvete de leite com caldas de chocolate e caramelo, farofa de bacon e porcopoca - R$ 15), Torta de Limão (R$ 15), Brigadeiro (R$ 15), Cascão (sorvete de leite com goiabada cremosa e poejo - R$ 15 - foto) e Merengão (sorvete de morango com morangos frescos, morangos crocantes, suspiros e pimenta rosa – R$ 15). �F Rua Epitácio Pessoa, 94, Centro, tel. 3129-8735.

Almoços à francesa

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TARDE Abadia Sabor Conventual é uma empresa que se propõe a preservar e difundir a tradição dos doces conventuais portugueses. Lá, é possível comprar e encomendar papos de anjo, pérolas de marzipã, fios de ovos, entre outras gostosuras. �F Av. Paulista, 620, tel. 94147-8822.

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Da pesada NOITE Com comidinhas exclusivamente para delivery, o Heavy Sauce é um braço gastronômico do club bar Heavy House. Tem como carro-chefe o Heavy Chicken, feito de sobrecoxa crunchy (R$ 28). Os pedidos podem ser feitos pelo Rappi, iFood e WhatsApp. �F Rua Benjamin Egas, 297, Pinheiros, tel. 94933-3763.

TARDE Reaberta recentemente, a Mercearia do Francês volta a servir almoços elaborados pelo chef José Luiz Balon. Os destaques do cardápio são os clássicos gauleses, como as Moules et Frites e o Cassoulet Maison (cozido de feijão branco com pato confit). �F Rua Itacolomi, 636, Higienópolis, tel. 3214-1295.

Tela sustentável NOITE Este ano, a Mostra Ecofalante de Cinema é totalmente online e gratuita. Até o dia 20, a programação do principal evento audiovisual socioambiental do país reúne 98 títulos. Um dos destaques é o iraniano “Exodus”, dirigido por Bahman Kiarostami. Pode ser assistido hoje no site www.ecofalante.org.br.

Almoço da gota TARDE O Centro de Tradições Nordestinas (CTN) reabre com uma grande novidade: rodízio de comidas nordestinas no restaurante O Cabra aos sábados e domingos. Pelo valor de R$ 50 por pessoa, é possível se esbaldar com baião de dois, escondidinho de carne seca e sarapatel. �F Rua Jacofér, 615, Limão, tel. 3488-9400.

Pizza bar NOITE Além de suas já famosas pizzas com massa de fermentação natural, a segunda casa da Carlos, inaugurada em 2019 nos Jardins, tem drinques assinados pelo premiado barman Alê D’Agostino, do Apothek Cocktails & Co. Vale muito a pena provar o Bloody Ipa (R$ 26), feito com suco temperado de tomates orgânicos assados e cerveja IPA. �F Alameda Tietê, 658. Jardins, tel. 3088-0666.


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Cafelândia

Chocojoias

O Coffee Lab, da barista Isabela Raposeiras, oferece sorvetes soft e brigadeiro de café. Para quem prefere um café para beber mesmo, a dica é pedir o Pingadão (café com leite). Pedidos pelo site balcao.online coffeelab. �F Rua Fradique Coutinho, 1.340.

MANHÃ A Chocolat du Jour acaba de lançar a sua primeira linha de barras Bean to Bar. Elaboradas a partir de cacau fino, 100% brasileiro, elas estão disponíveis em oito sabores, incluindo duas opções zero açúcar. �F Av. Magalhães de Castro, 12.000 (Shopping Cidade Jardim).

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Sem moleza

Da Vinci na sua casa TARDE A exposição "Leonardo da Vinci - 500 Anos de um Gênio", em cartaz até o início da pandemia no MIS Experience, agora tem uma versão digital e igualmente imersiva, com um áudio guia e imagens em 360 graus, incrementada com recursos de realidade aumentada. O visitante será conduzido virtualmente por 18 áreas temáticas, com o auxílio da tecnologia Sensory4. Os "ingressos" custam R$ 20, e o acesso deve ser efeutuado por meio do site www.exposicaodavinci500anos.com.br..

Cafoço

Carro de boi

O Zillis Bar Lounge & Restaurante serve aos sábados e domingos um delicioso Brunch, com comidinhas preparadas pelo chef José Domingos. Além de pães, cafés e sucos, tem panquecas, bolos, tortas, ovos beneditinos, batata rosti e muito mais. Custa R$ 79 por pessoa. �F Avenida Ibirapuera, 2.927, Moema, tel. 2161-2228.

As carnes grelhadas do Mania de Churrasco agora estão disponíveis para delivery. Tem New York Angus Steak, Short Rib, Bife Ancho e linguiça de pernil, entre outras saborosas opções, temperadas apenas com sal grosso e preparadas em fogo forte. Elas podem ser pedidas pelos apps Rappi e iFood. �F Avenida Rebouças, 3.970 (Shopping Eldorado), Pinheiros.

MANHÃ

TARDE Mesmo em plena pandemia, a Senhor Pudim inaugurou mais uma loja, agora no Brooklin. Além da receita tradicional, a casa com matriz em Moema oferece versões dessa delícia com pistache, fava de baunilha, chocolate belga, laranja, leite Ninho, caramelo com flor de sal, chocolate branco com calda de blueberries e limão siciliano.. �F Rua Nebraska, 323, Brooklin,tel. 99500-2910.

Trivial caprichado A Ghee Banqueteria criou o menu Home Office, exclusivo para delivery, com várias deliciosas opções de comfort food para o dia a dia. Entre elas, o estrogonofe de mignon com batata palha. Pedidos pelo WhatsApp 99925-7045. �F R Sen. Carlos Teixeira de Carvalho, 232. TARDE

Sanduba da Nonna

NOITE

Gente bizarra Você já ouviu falar nos teóricos que defendem que a Terra é plana? Em cartaz na Netflix, o documentário “A Terra É Plana” (Behind the Curve, 2018) conversa com algumas desses negacionistas, que convivem numa sociedade que rejeita a que a Terra é redonda. Será que estamos perto da borda e prestes a cair? NOITE

NOITE O La Nonna di Lucca, restaurante famoso por seu Spaghetti al Formaggio (preparado dentro do queijo parmesão), agora tem sanduíches criados especialmente para seu delivery: o Napoli (R$ 37), por exemplo, é um brioche recheado de polpetone. Pedidos pelo iFood e pelo WhatsApp 99163-9133. �F Rua Gaivota, 689, Moema

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Hotel museu A rede Vila Galé acaba de abrir seu 10º hotel no Brasil, agora em São Paulo, próximo à Avenida Paulista. Dada a proximidade do empreendimento com museus e centros culturais, cada um de seus 108 quartos homenageia um pintor.. O hotel tem ainda sauna, piscina, academia, cafeteria e o restaurante Massa Fina.

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Pipo na sua casa TARDE O restaurante Pipo, do chef Felipe Bronze, agora embala suas receitas para viagem, inclusive seu tentador menu-degustação (R$ 198, para dois), que inclui maravilhas como o steak tartare defumado. Pedidos pelo Rappi e pelo WhatsApp 96245-5592. �F Avenida Europa, 158, Jardim Europa.

Comida da vovó NOITE O Gael é um restaurante que tem como proposta servir a cozinha caseira revisitada, com outros temperos e apresentações, mas sem pretensões. No cardápio tem bolinho de arroz, polenta com ragu de linguiça e sopa de feijão com couve. �F Rua Ferreira de Araújo, 322, Pinheiros, tel. 3567-7145.


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Amilcar online A Dan Galeria apresenta uma mostra com mais de 30 esculturas, desenhos e pinturas do mineiro Amilcar de Castro. As visitas são feitas virtualmente pelo Viewing Room (www. dangaleria.com.br), ou no espaço físico da galeria, mediante agendamento. �F Rua Estados Unidos, 1.638, tel. 3083-4600. MANHÃ

Space cookies O chef Luiz Filipe Souza, do restaurante Evvai, criou a Blue Cookie, especializada em biscoitos tipicamente norte-americanos. Eles estão disponíveis em duas versões (cacau com especiarias, mel, chocolate branco e nibs de cacau) por R$ 17, cada. Pedidos pelo WhatsApp 3062-1160 ou pelo iFood.

Os irmãos Guilherme e Gustavo Mora, em parceria com o açougueiro peruano Renzo Garibaldi, chef do premiado restaurante Osso, em Lima, acabam de abrir a Osso Smash House, que só trabalha com pedidos feitos pelo iFood. Os hambúrgueres fininhos são feitos com carne dry aged e o enxuto cardápio só tem cinco opções de lanches. NOITE

sábado

TARDE O bentô, a marmita dos japoneses, é a especialidade do Ototo, novo business do chef Thiago Bañares, do Tan Tan Noodle Bar. Funcionando só no almoço, entrega via Rappi refeições compostas por arroz, conservas, vegetais cozidos e saladas, ao preço médio de R$ 40. Os clientes podem escolher uma proteína para completar seus bentôs. Tem karaage de frango, hambúrguer de copa lombo suína, rosbife e yakisakana (peixe grelhado). �F Take away na Rua Fradique Coutinho, 153, Pinheiros, tel. 95793-5983. 3083-4600.

Bons brindes

Huto to go

A confraria Grand Cru é um clube de assinaturas de vinhos com várias possibilidades de planos, com diferentes preços. No plano Confraria Reserva Especial, o cliente recebe mensalmente três vinhos excepcionais e de muito estilo e complexidade por R$ 379,90. Para assinar, acesse www.grandcru. com.br ou ligue 0800 666 1004.

NOITE O estrelado restaurante japonês Huto entrega em domicílio suas apetitosas e moderninhas receitas, como o tartar de carne bovina da raça wagyu com pimenta toban djan sobre folha de shissô empanada e tirashi de atum em cubos com arroz de sushi e ovas de ouriço. �F Avenida Jandira, 677, Moema, tel. 5052-6804.

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domingo

Espaço de convivência

MANHÃ Na Santiago Padaria Artesanal os carros-chefes são o pão de alecrim com sal grosso e o de azeite. A casa serve também pão artesanal tostado na chapa com ovo caipira mexido e bolo de cenoura com calda de chocolate. �F Rua Tavares Bastos, 750, tel. 3864-7416.

MANHÃ Com playground, equipamentos para ginástica e pista para caminhada, a Praça das Corujas é um refúgio na correria paulistana. Tem ainda árvores frutíferas, como amoreiras e abacateiros, e horta comunitária com verduras e temperos. Fica entre as ruas Pascoal Vita e Francisco Isoldi, Vila Madalena.

O restaurante Maneco oferece em seu serviço de delivery quiches, sanduíches e pratos como risotos, ragu de ossobuco no pão italiano, lasanha de berinjela e filé de frango à milanesa com risoto de limão siciliano. �F Rua Alvorada, 436, Vila Olímpia, tel. 3846-1854 ou WhatsApp 99557-8154. TARDE

Japa fora da caixinha

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Perdição de Perdizes

Caseirinho em casa

TARDE

Hambúrguer de grife

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Porco de gala TARDE O restaurante Leitão de Gravata acaba de ser inaugurado dentro do Pateo Jahú. Comandado pelo chef Adan Garcia, aposta em clássicos bem brasileiros, como o porco à pururuca, o baião de dois, o feijão tropeiro, o arroz carreteiro, a galinhada e, claro, a feijoada. �F Rua José da Silva Ribeiro, 183, Panamby.

Belas pizzas

Bebidas finas NOITE O recém-inaugurado bar Belle Époque tem carta de drinques assinada pelo fera Chris Carijó. Prove clássicos como o Turf Club (gim, vermute e bitter de funcho), o Penicilin (whisky defumado com xarope de gengibre) e o Angel Face (gim, Calvados, brandy e perfume de damasco). �F Rua Mourato Coelho, 575. Delivery via Rappi.

NOITE A Bello Bello, em Pinheiros, é a novidade para os fãs de boas pizzas. Funciona apenas nos sistemas take out e delivery. Com borda alta e massa fina de fermentação natural, oferece redondas em tamanho individual ou padrão. Pedidos pelo iFood ou Rappi. �F Rua Paulo Gontijo de Carvalho, 583, Pinheiros.


kikecosta@uol.com.br

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Roupa antiviral

Dando no couro

Bom dia!

Vegan sweets

Booze & blues

A marca de beachwear Feline apresenta a primeira coleção de bodys produzida com ação antiviral do tecido Amni Virus-Bac Off. As peças trazem uma tecnologia que protege de influenza, herpes e do coronavírus. As novidades em dois modelos, com manga curta ou comprida. A coleção está disponível em soufeline.com

A nova linha Tornabuoni 1927, da grife Salvatore Ferragamo, compreende acessórios de couro concebidos para os momentos de lazer, fora do escritório. Inclui bolsas em pele de cervo, mochilas e carteiras. �F Avenida Brig. Faria Lima, 2.232 (Shopping Iguatemi), tel. 3815-5057.

O Estúdio Caminho Morumbi comanda aulas de Tai Chi Chuan toda quarta-feira às 10h no Gramado das Palmeiras, no Parque Burle Marx. Para participar, não é necessário inscrição prévia, e é recomendável vestir roupas confortáveis. Informações pelo WhatsApp 99257-0005.

Depois de fazer sucesso em feirinhas gastronômicas, a Alfreddo Veggani ganhou uma loja física, na Aclimação. A especialidade da casa são os sorvetes veganos, à base de leite de castanhas produzido ali mesmo, em sabores como pistache e chocolate belga. �F Rua Dona Inácia Uchôa, 271, Vila Mariana, tel. 94712-8867.

NOITE Setembro é o mês do Bourbon, destilado típico do Kentucky. A Jim Beam, marca nº 1 do mundo, celebra a data com o projeto Bourbon & Blues, que apresenta um show toda quinta-feira, sempre às 19h. A atração de hoje é Alabama Mike, expoente da nova geração de blueseiros. Acesse o canal da Jim Beam no YouTube e curta essa fantástica live.

Locale fantástico TARDE O Locale Caffè é um misto de bar e café típico italiano. O cardápio tem delícias para qualquer hora do dia, como cafés, sucos, drinques, paninis, ovos mexidos com pão italiano e presunto cru crocante, pizzas e cannolis. �F Rua Manuel Guedes, 349, Itaim. Pedidos para Take Out pelo WhatsApp 94140-4371.

Pink pampas NOITE Toda segunda-feira, o Canal Brasil exibe às 22h35 a série de animação “Rocky & Hudson”, de Otto Guerra e Erica Maradona. O desenho mostra dois caubóis gays criados pelo cartunista Adão Iturrusgarai. A cada episódio, a dupla com sotaque gaúcho desafia o estereótipos para solucionar problemas.

MANHÃ

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Hot thighs TARDE A Carol Coxinhas vende caixas com 15 unidades da versão míni dos salgadinhos. Eles podem ser recheados de frango desfiado, de carne bovina moída ou também, na versão vegana, de brócolis, proteína de soja e fécula de mandioca. Pedidos via iFood e UberEats. �F Rua Jaguaribe, 338, Santa Cecília, tel. 3731-8690.

Camarão acessível O Sush1, delivery especializado em comida japonesa com conceito low cost, acaba de lançar o Camarão É Bão (R$ 35), combinado que reúne cinco niguiris de camarão, cinco de salmão, e mais quatro bateras de salmão. As entregas são feitas pela Rappi. Para retiradas, confira os endereços em www.sush1.com.br. NOITE

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Carne com pedigree TARDE A Wessel, marca que surgiu em 1830 na Hungria, investe em uma linha exclusiva de hambúrgueres feitos artesanalmente obedecendo uma fórmula secreta composta apenas por carne e gordura bovinas. Eles podem ser comprados na loja virtual https://loja. wessel.com.br ou pelos telefones 4204-2430 e 94707–3459.

Japa do dia NOITE Todo dia, o restaurante Murakami cria um novo cardápio para retirada, composto por dois menus: o “Experiências” (uma sequência em 6 etapas, entre pratos frios, quentes e sobremesa – R$ 300), ou uma seleção de sushis com 18 variedades (entre peixes, frutos do mar e ovas - R$ 300). Os pedidos devem ser feitos pelo WhatsApp 97103-1186.

Manaus em SP TARDE Comandado pelo chef Felipe Schaedler, o restaurante amazônico Banzeiro reabre as portas com mesas afastadas e outras medidas sanitárias. No cardápio, brilham os ingredientes típicos da região Norte, como a banda de tambaqui assada com baião de dois cremoso, o arroz de cogumelos Yanomami com ovo de gema mole, a formiga saúva com espuma de mandioquinha e, para finalizar, o doce de cupuaçu com brigadeiro. �F Rua Tabapuã, 830, Itaim, tel. 2501-4777. Delivery pelo aplicativo iFood.


Age nd a 29h

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s exta

POR KIKE MARTINS DA COSTA

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sábado

Carnes vegetais

Morning glory

A marca de plant-based meat mais famosa do planeta agora é vendida com exclusividade na rede de supermercados St. Marche. A linha de carnes vegetais da norte-americana Beyond Meat inclui hambúrgueres e carne-moída. �F Avenida São Gualter, 903, Alto de Pinheiros, tel. 2391-3095.

Nos brunchs do Toasty, os clientes têm à sua disposição itens como waffle com morangos e calda de baunilha, bolinhos de chuva com doce de leite, iced coffee, tostex de queijo Canastra, cookies, entre outras delícias. �F Rua Colonização, 155B, Vila Madalena, tel. 3819-3224. Pedidos para delivery via iFood.

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Bread power MANHÃ Pão proteico é solução para manter a saúde e perder peso. Não contém glúten, lactose e nem açúcar, e tem mais proteínas e menos carboidratos. Os da marca Got U Protein estão disponíveis em três versões. Conheça as três, veja mais informações e encomende os seus pelo site www.gotuprotein. com.

À peruana

Machadada TARDE A Hatchet House é a primeira casa de arremesso de machado do país. O ambiente possui uma rusticidade planejada, próprio dessa modalidade esportiva, e o cardápio de comes e bebes traz referências a personagens da mitologia nórdica. �F Rua Prof. Vahia de Abreu, 587, Vila Olímpia, tel. 3842-6387.

Temakeria O Kyodo Temaki House oferece temakis em tamanho especial, de 80g. Os hits da casa são o temakis Salmon Chipotle (com salmão empanado, molho chipotle, cebolinha e cream cheese) e o Kyodo Hot (salmão, cebolinha, cream cheese, nachos, raspas de limão e tabasco). �F Al dos Tupiniquins, 250. Delivery pelo iFood. NOITE

TARDE A Inka House tem ótimos combos a preços imbatíveis. Por R$ 19,90 dá para encomendar entrada, prato principal, sobremesa e bebida, pelo delivery ou take away. Pedidos pelo iFood. �F Avenida Aratãs, 724, tel. 2157-2794.

Britpop NOITE O Siréne Fish & Chips, lanchonete especializada na combinação tipicamente britânica de peixe e batata frita, acaba de inaugurar uma nova unidade, no Beco do Batman. Seu combo mais popular é composto por tilápia empanada e batata frita crocante, com molho tártaro. Peça delivery pelos aplicativos Uber Eats e iFood. �F Rua Harmonia, 150, Vila Madalena, tel. 97529-2059.

Pães coreanos MANHÃ Além de oferecer ao público cafés cultivados e torrados em suas próprias fazendas, a Um Coffee Co. passa a produzir também os seus pães e massas folhadas. Dá para pedir croissants com amêndoas ou chocolate, pão sourdough simples ou com cranberry, filão com gorgonzola, mel e nozes, ciabattas, baguettes, brioches e palmiers, entre outras maravilhas que casam perfeitamente com as bebidas à base de café da casa. Entregas pelo iFood e Rappi. �F Rua Pais Leme, 215, Pinheiros, tel. 3473-0149.

Meu rei! Com clima de botequim, o restaurante Consulado da Bahia é famoso por suas moquecas de peixes como a pescada-amarela ou de camarão, servidas com arroz, farofa e pirão. De entrada, prove os acarajés da casa, em versão individual ou aperitivo (em porções com 4 unidades menores). �F Rua dos Pinheiros, 534, tel. 3085-3873. TARDE

Se beber, não saia A plataforma Sip Lovers comercializa coquetéis assinados por grandes bartenders, como Jean Ponce (Guarita), Marcelo Serrano (Venuto) e Adriana Pino (vencedora do concurso de coquetelaria World Class 2018). As criações assinadas por essas feras custam de R$ 30 a R$ 38. Pedidos pelo site www. siplovers.com. NOITE

Ema executiva TARDE O restaurante Ema está disponibilizando em seu delivery via iFood um almoço executivo, com quatro opções. Por R$ 60, a casa entrega criações da chef Renata Vanzetto, como o PF composto por costela desfiada. �F Rua Bela Cintra, 1.551, Jardins, tel. 98232-7677.

Putin de perto NOITE Disponível na plataforma de streaming Now, o premiado documentário “As Testemunhas de Putin”, de Vitaliy Manskiy, traça um retrato do controverso presidente russo Vladimir Putin. O filme foi encomendado pelo próprio Putin, e o cineasta teve acesso ilimitado à intimidade do polêmico líder, desde 2000, quando assumiu, até os dias de hoje.


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Coffee duck MANHÃ O Pato Rei é um café especializado em cold brew. Para quem prefere bebidas quentes, a dica é pedir um ristretto, que pode ser servido com leite vaporizado. A casa tem ainda caprichados doces. Pedidos pelo WhatsApp 99219-6866. �F Rua Artur de Azevedo, 2.087.

Doce batido TARDE A linha de milk-shakes especiais da hamburgueria Burg Up! tem mais um sabor: doce de leite. À base de sorvete de creme, traz doce de leite no mix e na decoração, que tem ainda

chantilly. Cada taça com 350 ml custa R$ 21,90. �F Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 1.164.

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Vaca que ri

Chocolates saudáveis

O Fat Cow, casa do empresário Fabio Moon em parceria com o chef Luiz Filipe Souza, está de chef novo (o grande Uilian Goya, ex-Kinoshita e ex-Taka Daru) e novos sandubas em seu menu, como essa lindeza chamada Elvis Costelinha (foto). �F Rua Iaiá, 173, Itaim, tel. 3078-8098. Delivery pelo iFood.

A Flormel, referência na produção de doces sem adição de açúcares ou edulcorantes artificiais, apresenta seus primeiros bombons elaborados com chocolate branco, que podem ser incrementados com pedacinhos de cranberry ou com leite de coco. Para conhecer outras opções e encomendar os seus

NOITE

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prediletos, acesse www. flormel.com.br.

Asian fried rice TARDE O Jui, restaurante asiático na Chácara Santo Antônio, agora tem um irmão mais novo, o Jui Sentral, com foco no delivery e no take away. Comandado pelo chef malaio Tan Tjui-Tseng e seu irmão Tan Tjui-Yeuw, tem como carro-chefe o arroz frito em panelas wok com

vegetais, amendoim, cogumelos, ovo e carnes como barriga de porco e frango. Pode ainda ter como destaque o alho, o curry ou o abacaxi! Para beber, prove a Ginger Ale artesanal da casa. �F Rua Padre de Carvalho, 677, Pinheiros, tel. 2193-1085.

Smash gostoso NOITE A hamburgueria Po Burg, na Barra Funda, é especializada em supersmash burguers. Além do clássico feito com carne de bovina, tem versões de frango empanado e outra vegetariana, à base de falafel. De sobremesa, tem tortas com massa de brownie. Pedidos pelo iFood ou pelo telefone 3873-6581.


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COLUNA

Hora livre

texto

Luiz Toledo

yestoledo@gmail.com arte

André Hellmeister andre@collages.com.br

Save the date. Um sabiá me cantou: terça, 22 de setembro, às 10h31. Início da primavera. Não falte.


CHEGOU O

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