PLANO DIRETOR CICLOVIÁRIO DO MUNICÍPIO DE CANOAS CANOAS, RS
2014
EQUIPE DE PROJETO Responsáveis Técnicos:
Arq. Tiago Holzmann da Silva (coordenador) Arq. Alexandre Pereira Santos Arq. Leonardo Marques Hortencio Arq. Leonardo Damiani Poletti Equipe:
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOAS Prefeito: Jairo Jorge da Silva Vice-prefeita: Beth Colombo Rua 15 de Janeiro, 11 Centro - Canoas / RS - CEP 92010-300 Fone: (51) 3462 1565 Site: www.canoas.rs.gov.br
Arq. Angélica Magrini Rigo Arq. Aline Beatriz Cervo Acad arq. Guilherme Iablonovski Acad arq. Paula Bellé Acad arq. Paulo R. de Carvalho Acad arq. Pedro Terra Acad arq. Sheila Magnani Consultores:
Arq. Ricardo Corrêa Arq. Emílio Merino Eng. Flavia Manica Arq. Pedro Xavier de Araujo Arq. Rogério Malinsky Adv. Ricardo Waldman Adv. Fernanda Armichi Camargo Soc. Eliete Gomes Rua Santa Teresinha, 35 Farroupilha - Porto Alegre/RS - CEP 90040-180 Fone: (51) 3312-2497 E-mail: 3c@3c.arq.br
SUMÁRIO ficha técnica....................................................................................... 02 ETAPA 1 - PESQUISAS E ENTREVISTAS.................................................... 03 PESQUISAS E ENTREVISTAS............................................................................... 04
ETAPA 2 - DIAGNÓSTICO......................................................................... 07 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO................................................................... 08 LEGISLAÇÃO........................................................................................................ 10 MOBILIDADE URBANA....................................................................................... 11
ETAPA 3 - PROCESSO PARTICIPATIVO..................................................... 14 eventos do plano.......................................................................................... 15 OUTRAS FERRAMENTAS DE PARTICIPAÇÃO.....................................................18
ETAPA 3 - PLANO CICLOVIÁRIO.............................................................. 19
INSTITUTO CANOAS XXI Diretor presidente: Celso Pitol
lINHAS ESTRATÉGICaS....................................................................................... 20 linha estratégica: infraestrutura..........................................................21 linha estratégica: gestão........................................................................... 31
Comissão de avaliação técnica:
linha estratégica: promoção.................................................................... 34 implantação do plano cicloviário..........................................................35
Secretária executiva: Maria da Graça Ilgenfritz Eng. Cartógrafo Lauri Henrique Bastos Arq. Daniel Cardoso Leite Arq. Fábio Otacílio Cardoso Eng. Euclides Heron Coimbra Reis
FOTOMONTAGENS.................................................................................. 36
Rua Domingos Martins, 310 Centro - Canoas / RS - CEP 92010-170 Fone: (51) 3465 6217 E-mail: instituto.canoas@canoas.rs.gov.br
Fotomontagem da capa: Esquina da Av. Boqueirão e Av. A. J. Renner
3C Arquitetura e Urbanismo rua santa teresinha 35 | porto alegre rs brasil | 51 33122497 3c@3c.arq.br | www.3c.arq.br | CAU-RS 7582-5
Equipe e Sumário
01
PLANO diretor CICLOVIÁRIO Do município de CANOAS Plano Setorial Urbano - 2014 Área de abrangência do plano: 131,1 km² População diretamente beneficiada: 323.827 habitantes
O Plano Diretor Cicloviário visa promover a acessibilidade e a mobilidade dos ciclistas de Canoas. Atua através do planejamento de uma malha cicloviária abrangente e conectada, da sua rede de equipamentos de apoio e da criação de política públicas para promover a bicicleta como um modo de transporte integrado com os demais modais, como o Trensurb e ônibus urbanos e metropolitanos.
AV. BE RT O CÍRIO
86
7D AV .1
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BR-116
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4 -4
Rio Jacuí
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AV. GUIL HERME SCHELL
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AV. ENG. IRINEU C. BRAGA
8
No município de Canoas, as bicicletas já são utilizadas por grande parte da população principalmente para a circulação nos bairros. Esses usuários usam as bicicletas para as mais diversas atividades, com grande número usando para ir ao trabalho ou estudar, e mesmo para afazeres diários e o lazer. Apesar disso, a infraestrutura das vias é insuficiente e os ciclistas convivem não apenas com grande número de veículos pequenos, mas com caminhões de carga e ônibus que atendem as muitas indústrias do município. As três linhas estratégicas definidas para o Plano Cicloviário buscam atender as demandas existentes e mitigar problemas relativos ao modal, através de medidas de curto, médio e longo prazos, a serem desenvolvidas por um conjunto de agentes. Cada linha estrutura uma série de propostas e ações necessárias para atingir os resultados esperados: Infraestrutura: corresponde à linha que organiza a implantação da estrutura física de uma rede cicloviária composta por ciclofaixas, ciclovias e vias compartilhadas. Além da definição da rede e da sua especificação é proposta uma estratégia de implantação que leva em conta aspectos sociais, políticos e econômicos do município; Gestão: essa linha determina uma estrutura política para executar, monitorar e manter as ações previstas no Plano; Promoção: define instrumentos para divulgação e estímulo do modal cicloviário e programas de educação para a conscientização do papel do ciclista no trânsito.
BR-116
BR
-4 4
8
OBJETIVOS
Rede Cicloviária Estrutural Estrutural projetada Alimentadora
Mapa da Rede Cicloviária definida pelo Plano
R
v ata í io Gra
Alimentadora projetada
n 3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
02
0 Ficha 0,5 Técnica 1 2 Km
ETAPA 1 - PESQUISAS E ENTREVISTAS PLANO DIRETOR CICLOVIÁRIO DO MUNICÍPIO DE CANOAS
Fotomontagem da Av. Victor Barreto e do tunel passando sobre a linha do trem, com a implantação de ciclofaixas. 3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
03
PESQUISAS E ENTREVISTAS As pesquisas foram desenvolvidas com o objetivo de mapear o volume atual de ciclistas que trafegam pelo município, visando identificar a origem e o destino de seus deslocamentos e suas necessidades quanto à guarda de bicicletas, segurança, conexões da rede viária e outras. Os instrumentos adotados para coleta de dados qualitativos e quantitativos e os públicos foco de cada instrumento foram os seguintes:
PLANO DIRETOR CICLOVIÁRIO DE CANOAS
ͳͳ Pesquisa quantitativa de contagens classificadas de bicicletas e veículos com o objetivo de estimar o volume de ciclistas que trafegam pela malha viária de Canoas; ͳͳ Entrevistas qualitativas com questionários para conhecer a origem e destino dos atuais ciclistas e suas opiniões e críticas sobre a realidade; ͳͳ Pesquisa de demanda reprimida com o objetivo de auferir o potencial latente de futuros usuários da bicicleta e os motivos para que ainda não sejam; ͳͳ Questionários online abertos à resposta de toda comunidade com objetivo de reforçar os dados quantitativos e qualitativos dos demais instrumentos.
Responda o questionário e faça parte da construção desse Plano! Vamos fazer de Canoas Figura 1. Contagem de tráfego (incluindo bicicletas). Fonte: 3C
contageNS DE TRÁFEGO
uma cidade cada dia melhor!
www.facebook.com/planociclocanoas
As contagens classificadas de veículos e bicicletas serviram para que fosse possível caracterizar o cenário atual das regiões analisadas. Dessa forma, identificou-se quais as zonas que possuem maior tráfego de bicicletas e, também, pode-se fazer comparações entre modais. Foi identificada a hora de pico dos pontos estudados, tanto para veículos motorizados, quanto para as bicicletas.
entrevistas de origem e destino com ciclistas
http://goo.gl/YWFxIO
Com os dados coletados nas entrevistas de origem e destino, foi possível realizar uma caracterização da amostra, segundo gênero, faixa etária, escolaridade e faixa de renda. Para identificar o perfil dos usuários de bicicleta, foram feitas perguntas que identificaram a frequência do uso desse meio de transporte, o objetivo e o tempo da viagem e, também, se o usuário possui automóvel e/ou utiliza outro modal de transporte para se locomover. Foram realizadas, no total, 163 entrevistas.
Questionários com usuários de transporte público e privado (demanda reprimida)
Figura 2. Entrevista com usuários de bicicleta. Fonte: 3C
Figura 3. Convites para o questionário online. Fonte: 3C
Figura 4. Entrevista com usuários de bicicleta. Fonte: 3C
Figura 5. Convites ao questionário online pendurados nas bicicletas dos canoenses.
Foram realizadas 89 entrevistas com usuários de transporte público e automóvel particular, abordados aleatoriamente em pontos pré-estabelecidos, conforme apresentado na metodologia. Essas entrevistas buscaram identificar os usuários que hoje utilizam outro modal de transporte, mas que estariam dispostos a utilizar bicicleta como meio de locomoção, mediante certas condições; também estas detectadas por esta pesquisa.
questionário online para ciclistas e usuários de outros meios de transporte Os questionários online foram respondidos por 280 pessoas. Os que declararam utilizar bicicleta como meio de transporte somaram 151 usuários e os que responderam não utilizar bicicleta como modal de transporte foram 129 usuários. Essas entrevistas tiveram como objetivo complementar as informações coletadas nas pesquisas de campo, caracterizando os usuários, tanto de bicicletas, como de outros modais de transporte e identificando os principais problemas encontrados pela população quando utilizam do modal cicloviário para seus deslocamentos. A análise foi feita separadamente para usuários de bicicletas e para não usuários.
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
ETAPA 1: PESQUISAS E ENTREVISTAS
04
resultados das pesquisas As pesquisas identificaram um grande número de ciclistas trafegando diariamente por Canoas. Nos pontos de contagem distribuídos pela cidade foram contabilizadas, em um único dia (5,5 horas de contagem), 3.136 viagens de bicicletas. As grandes quantidades de bicicletas contadas nestes pontos são ainda reiteradas pelas respostas das entrevistas realizadas em campo, quando os ciclistas confirmaram o uso diário deste modal. Em relação às entrevistas com ciclistas, percebe-se uma diferença acentuada entre a frequência de uso diário da bicicleta das entrevistas em campo e dos questionários online (79% e 40%, respectivamente), bem como há nos quesitos renda e escolaridade, onde os ciclistas que responderam ao questionário online apresentam maiores faixas de renda e níveis mais altos de escolaridade. Por outro lado, independente dessas diferenças, há um acordo quanto aos problemas enfrentados, ou seja, a maioria de ambos os grupos aponta a segurança física, o desrespeito do motorista em relação ao ciclista e a falta de ciclovias como principais dificuldades enfrentadas ao usar a bicicleta pela cidade. Nas entrevistas com os não-ciclistas (entrevistas para a demanda reprimida e questionário online), essas mesmas problemáticas quanto à segurança física e à falta de ciclovias aparecem também como principal razão de desestímulo ao uso desse modal. Por fim, com o intento de representar a malha de vias utilizadas atualmente pelos ciclistas de Canoas e de compreender a intensidade de uso de cada uma destas vias, foi feito um trabalho de espacialização dos itinerários desenhados ou descritos pelos ciclistas entrevistados. No mapa de carregamento cicloviário de Canoas percebe-se, em tons mais escuros, as vias mais utilizadas pelos ciclistas, ou seja, a Av. Guilherme Schell, Av. Victor Barreto e Av. Santos Ferreira.
!
12
13
São José
15 / 25
São Luís
São José
1677 / 1868
São Luís
Guajuviras
Guajuviras Igara
Mathias Velho
Igara
Mathias Velho !
!
10
Harmonia
9
117 / 184
!
5
! !
51 / 68
!
46 / 65
8
82 / 91
868 / 1321
Olaria
Marechal Rondon
Centro
2732 / 2966
Mato Grande
7
!
2379 / 2995
13 / 12 !
!
!
Nossa Senhora das Graças
3
33 / 37
4
Nossa Senhora das Graças
2312 / 2254
!
1042 / 1085
99 / 121 Fátima Ilha das Garças
2
!
Fátima
Niterói
!
Rio Branco
Olaria
Estância Velha !
6
!
4391 / 3062
!
1375 / 1639
!
29 / 40
Mato Grande
968 / 1770
!
Estância Velha
!
2249 / 2540
!
Harmonia
47 / 42
Marechal Rondon
Centro
11
Ilha das Garças
Niterói
!
129 / 157
Rio Branco
!
1
673 / 254
2645 / 2175
11 / 7
Volume de bicicletas/hora
Volume de veículos equivalentes/hora n
Limite dos bairros !
0
Pontos de contagem
0,5
1
2 Km
n
Limite dos bairros
Período da manhã Período da tarde
0
Pontos de contagem
!
0,5
1
2 Km
Figura 6. Mapa da contagem de bicicletas, por ponto e por hora pico (manhã e tarde). Fonte: 3C Figura 7. Mapa da contagem de veículos equivalentes, por ponto e por hora (manhã e tarde). Fonte: 3C
HORA PICO
P5 P6 P7 P8
P9 P10 P11 P12 P13
Totais
06:30 - 07:30
16 68
28
62
42 21 16 47
90
48 35
15
13
501
06:45 - 07:45
8
35
88
54 33 17 66 111 51 41
21
17
640
99
46 29 13 82 117 51 47
23
15
695
07:15 - 08:15
9 114 33
91
47 23 14 72 114 44 48
17
14
640
07:30 - 08:30
5
86
24
72
43 21
9
65 102 40 39
15
13
534
07:45 - 08:45
5
69
15
52
36
8
7
56
85
31 39
9
8
420
08:00 - 09:00
3
49
13
36
34
9
7
49
72
20 42
8
7
349
Mathias Velho
Rua Rio Grande do Sul
Guajuviras
Igara
lica epúb
11 129 33
São José São Luis
R. R
07:00 - 08:00
Brigadeira
Industrial
rreto
P4
tor B a
P3
R. Farroupilha
P1 P2 98
1208 / 969 !
!
Harmonia Centro
Marechal Rondon
Estância Velha
dê Inconfi
Olaria
66
60 42 11 67 105 53 19
12
10
586
16:45 - 17:45
9 118 30
93
62 64
9
67 127 67 25
18
18
707
17:00 - 18:00
8 124 31 112 68 66
9
75 154 71 29
24
24
795
17:15 - 18:15
7 151 36 121 72 79 11 84 181 68 42
26
24
902
17:30 - 18:30
7 157 37 121 65 76 12 91 184 68 42
24
25
909
17:45 - 18:45
7 139 32 108 58 61 16 82 170 63 53
19
21
829
18:00 - 19:00
6 127 29
93
46 65 18 92 161 59 45
14
15
770
18:15 - 19:15
5
91
27
89
37 119 17 75 140 51 38
11
10
710
18:30 - 19:30
2
65
20
82
33 118 14 58 121 37 41
9
7
607
Nossa Senhora das Graças
Carregamento das vias
Fátima
Quantidade de ciclistas 0-1
Ilha das Graças
2-3
Niterói
aúde
ncia ira rre Av. Santos Fe
R. Venâncio Aires
11 105 25
Av. Guilherme Schell
Mato Grande
16:30 - 17:30
R. Boqueirão
Av .
PONTOS DE CONTAGEM - BICICLETAS - DIA 1
!
Av. V ic
HORÁRIO
Industrial
23 / 24
Período da manhã Período da tarde
TOTAIS DE BICICLETAS CONTADAS NO 1° DIA (por ponto de contagem e indicação da hora pico)
Brigadeira
Brigadeira Industrial
oa S
R. B
n
4 - 16
Rio Branco
17 - 31
0
32 - 65
Origem-destino por bairros
0,5
1
2 Km
Quantidade de ciclistas: 1-2
n
3-5 6-8 9 - 12 13 - 16
0 0,5
1
2 Km
Figura 8. Mapa de origem-destino, considerando a quantidade de viagens entre bairros. Fonte: Figura 9. Mapa de carregamento das vias considerando as respostas da Entrevista OD e do 3C Questionário Online. Fonte: 3C
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
ETAPA 1: PESQUISAS E ENTREVISTAS
05
RESULTADO DAS PESQUISAS
Escolaridade
12%
ensino fundamental incompleto
29%
03até %
30%$500 a
20%$1500 a
11 % 56 anos ou + 43 % 36 a 55 anos 37 % 19 a 35 anos 09 % até 18 anos
$1.500
$500
12
fa at z v % é ia 5m ge in ns . d
v a iag 30 en m s in de .
40 %
86% falta de integração entre modais 84% falta de ciclovia 81% falta de bicicletários 81% segurança da bicicleta 79% segurança física 78% iluminação das vias
14% outros
16%
utiliza a bicicleta 2 a 3 vezes/sem.
Faixa etária
$3000
Motivos que fazem pessoas a não serem usuários de bicicleta
não utiliza bicicleta
fundamental completo
Renda mensal
52 % mulher
61%
20 % ensino
ensino médio incompleto
48 % homem
fa z
25%
ensino médio completo
Gênero
15
5
25
fa z % a via 15 ge m ns in d . e
NÃO USUÁRIOS DE BICICLETA
e
Tempo de deslocamento com o meio de transporte utlizado diariamente
Motivos que fazem as pessoas não usar bicicletas
51%
22% 20%
falta de ciclovias segurança física
utiliza ônibus diariamente
segurança do equipamento distâncias grandes não há bicicletas públicas
22%
utiliza carro próprio diariamente
56%
09% 07% 06%
possui automóvel
USUÁRIOS DE BICICLETA
ensino médio completo
29%
ensino médio incompleto
20%
ensino fundamental completo
67%
16% menor custo 14% 12% bicicletas públicas 10% bicicletários 07% não usaria 06% integração com modais 03%
32%
trânsito congestionado
usa tb. outro transporte
menor tempo de deslocamento
64%
25%
ensino fundamental incompleto
existência de ciclovias
não possui automóvel Tempo de deslocamento
de
20 % mulher
Motivos que fariam as pessoas utilizar a bicicleta
12
80 % homem
12%
48
Escolaridade
55%
usa para ir ao trabalho
fa at z v % é ia 5m ge in ns .
Gênero
usa todos os dias
v % a iag 30 en m s in de .
$500
79%
15
$1.500
32 % 56 anos ou + 38 % 36 a 55 anos 26% 19 a 35 anos 03 % até 18 anos
34
$3000
fa z
Faixa etária
fa z % a via 15 ge m ns in d . e
08até %
51%$500 a
16%$1500 a
5
Renda mensal
Figura 10. Resultado das pesquisas com usuários e não usuários de bibicleta. Fonte: 3C
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
ETAPA 1: PESQUISAS E ENTREVISTAS
06
ETAPA 2 - DIAGNÓSTICO
PLANO DIRETOR CICLOVIÁRIO DO MUNICÍPIO DE CANOAS
Fotomontagem da Av. Boqueirão na confluência com a BR-116, com a implantação de sinalização cicloviária no cruzamento 3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
07
BR
La
oldo
Sapucaia do Sul
S Leãoo p
Nova Santa Rita
RMPA
RS
38
Esteio
jea 6 do
29°5'W
11 8
Gr
av
48
BR 116
O Município de Canoas localiza-se no centro geométrico da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA). Faz parte do grupo de 14 municípios que formaram a região desde a sua institucionalização, em 1973. Apesar do grande crescimento da RMPA - que atualmente é formada por 32 municípios – estes 14 originais seguem sendo os que mantêm maior relação de conurbação, de mobilidade pendular e de interdependência funcional. Localizado estrategicamente em uma importante articulação viária, o Município possui interface com a BR-290, BR-448 e BR-386 e com a futura RS-010. Além disso, é dividido pela BR-116 e a linha do trem metropolitano (TRENSURB), as quais conectam o Município com o Estado ao mesmo tempo em que confinam a região central. O eixo norte da RMPA reúne alguns dos municípios de maior população e de maior importância econômica da região: Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo e São Leopoldo. Canoas é o segundo município mais populoso, e com o segundo maior PIB na RMPA, ficando somente atrás da capital gaúcha. Por estas características, estes municípios representam polos de atração e indução do desenvolvimento.
RIO GRANDE DO SUL
BR 4
CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
Cachoeirinha
MESORREGIÃO
Metropolitana de Porto Alegre
MICRORREGIÃO
Porto Alegre
COREDE
Vale do Rio dos Sinos
REGIÃO DE INFLUÊNCIA
Porto Alegre
Gu
Ferrovia Rodovia federal Rodovia estadual Figura 11. Mapa da RMPA e conexões. Fonte: mapa 3C; dados IBGE (2014).
0 02 taí S R rava G
Porto Alegre
R 29
0
51°10'W
Sul
BR116 e B
51°15'W
GRANDE REGIÃO
aíba
aí
29°55'W
BR 290
CATEGORIAS REGIONAIS
at
30°0'W
Canoas Limites municipais
n 0 1,5 3 km
Figura 12. Acessos viários e municípios vizinhos Fonte: 3C
POSIÇÃO GEOGRÁFICA LATITUDE
29°55’04”S
LONGITUDE
51°11’01”W
DISTÂNCIA À POA
13,5 km
LIMITES MUNICIPAIS
Porto Alegre, Cachoeirinha, Esteio e Nova Santa Rita.
ÁREA
131,1 km²
Brigadeira
Industrial
São José
São José
São Luis
São Luis
Guajuviras
Guajuviras
Igara
Igara
Mathias Velho
Mathias Velho
Centro
Harmonia
do
Harmonia
Ri o Si no s
s
ambiente natural
Brigadeira
Industrial
Marechal Rondon
Estância Velha
Canoas possui um território predominantemente plano, apresentando declividade máxima de 22%. A topografia do Município é configurada a partir de um platô no setor nordeste que se junta às várzeas dos rios dos Sinos e Jacuí no extremo oeste, apresentando declividade quase nulas a oeste da BR-116. As maiores diferenças de elevação são encontradas nos bairros Olaria, Nossa Senhora das Graças e Guajuviras, mas também estão presentes na área central, mesmo que moderadamente. O Município é margeado por dois importantes rios do sistema hidrológico do Rio Grande do Sul, à oeste e ao sul: o Rio dos Sinos e o Rio Gravataí, respectivamente. Ambos deságuam junto ao Delta do rio Jacuí, no lago Guaíba. O Parque Estadual do Delta do Jacuí, uma das maiores unidades de conservação do estado, abrange parte do território municipal. O parque é um complexo hídrico formado pelos rios Caí, Sinos, Gravataí e Jacuí, que formam o Lago Guaíba. Esta junção dá origem a um arquipélago composto por Topografia (m) 30 ilhas e áreas continentais. As cheias do Rio dos Sinos mantêm parte significativa do Município sazonalmente alagada, fato que influencia de forma considerável o seu desen0 0,5 53 26 0 volvimento urbano. Esse fato fica evidenciado pelas obras de proteção hídrica realizadas para a ocupação dos bairros Mathias Velho e Harmonia, assim como pelo atual estado de Figura 14. Topografia de Canoas. Fonte: mapa 3C; dados: GeoCanoas/ICXXI (2014) alagamento do Bairro Mato Grande.
Centro
Marechal Rondon
Estância Velha Olaria
Olaria
Mato Grande
Mato Grande
Rio
Nossa Senhora das Graças
Ja
cu
í
Nossa Senhora das Graças
Fátima
Ilha das Garças
Fátima
Ilha das Garças
Niterói
Rio Branco
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
Niterói Rio Branco
Gravataí
n 1
n 2 Km
Hidrografia
0
0,5
1
2 Km
Figura 13. Hidrografia de Canoas. Fonte: mapa 3C; dados: GeoCanoas/ICXXI (2014).
ETAPA 2: DIAGNÓSTICO
08
AMBIENTE HUMANO O Município possui uma população de 323.827 habitantes; é a segunda maior população da Região Metropolitana de Porto Alegre (superada apenas por Porto Alegre) e a quarta do estado. Encontra-se entre os cinco municípios com maior densidade populacional do RS, com 2.470 hab;/km². Na década de 70, polos industriais e tecnológicos se instalaram no Município, ocasionando um crescimento populacional significativo para o período, de 43%. A sua posição geográfica favorável, a facilidade de chegar à Capital e a instalação de novos empreendimentos industriais e comerciais continuou atraindo novos moradores e alimentando o crescimento da população nos anos seguintes. No entanto, o percentual de crescimento vem diminuindo gradualmente, devido a processos migratórios e declínio da taxa de fecundidade no país. A população de Canoas também se enquadra na tendência nacional de envelhecimento. O aumento da expectativa de vida e as baixas taxas de fecundidade resultam na redução da proporção de crianças e jovens e o aumento na proporção de idosos. O indicador de desempenho sócioeconômico IDH-M do Município encontra-se entre os 10% mais altos do país. O Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (IDESE) de Canoas apresentou pequena elevação entre 2007 e 2009 e se manteve estável na última publicação, realizada em 2010. O Município apresenta maiores índices na relação renda média domiciliar e PIB per capita, mas esses altos índices não se refletem em melhorias do desempenho na frequência ou rendimento escolar e nem na qualidade de vida, como pode ser auferido através do índice de saúde, que considera longevidade e taxas de mortalidade e óbito.
Brigadeira Industrial
São José
São Luis
Guajuviras Igara Mathias Velho
Harmonia
Mato Grande
Nossa Senhora das Graças
Fátima
Ilha das Garças
90 a 94 75 a 79 60 a 64 45 a 49 30 a 34 15 a 19 0a4 20.000 10.000
Figura 17. Evolução urbana. Fonte: mapa 3C; dados: GeoCanoas/ICXXI (2014).
306.093
300.000 279.127
326.458
0,50
100.000
0
!
1
2 Km
!
!
Guajuviras
! ! ! ! ! ! ! ! !
Igara
2007
2010
!
São José
!
Mathias Velho
!
!
Marechal Rondon
!
Estância Velha
! !
!!
Mathias Velho
! ! !
Harmonia
!
!
!! !
!
!! ! !
! !! !
!
!! !!! !!! !
!! !
!!
!
!
!
!
!
!! !
0,85
0,84
0,750
0,665
0,9
0,664
0,746 0,727
!
Mato Grande
!
!
0,80 Nossa Senhora das Graças
0,8 0,75
0,76
0,7
0,71
! !! ! Fátima
!
!
!
0,74
0,418
!
!
! !
!
! !
!
! !
!
Olaria
!
!
!
Nossa Senhora das Graças
!
!
!
!! !!! ! ! ! !
!
!
!
!
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!
!!
!
!
!
Ilha das Garças
Niterói
! !
!
!! !
!
Ilha das Garças
!
!
Fátima
!
0,74
0,73
!!
!
!
!
0,612
0,542 0,493
Mato Grande
0,84
!!
Estância Velha
! !
!
Guajuviras
!
!
Marechal Rondon
Centro !
!
!
!
! !
!
Igara
!
!
!
Olaria
0,862
! !! ! !! !! !
São Luis
São Luis
10.000 20.000
0,40
! !
!Niterói
!
0,6
0,30
0,58
0,58
0,61
Rio Branco
0,61
Rio Branco
! !
0,208
0,20 0,10
! !! ! ! !
São José
0,820
0,556
0,5
Brigadeira
Industrial
200.000
IDH-M
0,60
480,01 - 750,00
Brigadeira
Industrial
Centro
0,697
90,01 - 215,00
n 0
Figura 18. Densidade habitacional. Fonte: mapa 3C; dados IBGE (2011)
Harmonia
0,70
215,01 - 480,00
323.827
283.408
0
0,80
45,01 - 90,00
400.000
Homens Mulheres 1991 1996 2000 Figura 15. Pirâmide etária e evolução Populacional de Canoas. Fonte: IBGE (2011).
0,90
Niterói
Rio Branco
0,00 - 45,00
Evolução populacional ‐ Canoas
Estância Velha
Olaria
Densidade (hab/ha)
Pirâmide etária
Marechal Rondon
Centro
0,5
0,120
1991 Menor IDH do Brasil Maior IDH do Brasil
!
!
!
2000 Media IDH RS Média IDH do Brasil
2010 Canoas
Índice Educação
Índice Geral
Índice Saúde
Índice Renda
Figura 16. Evolução do IDH-M e Composição Idese Canoas 2010. Fonte: PNUD (2013) e FEE (2012)
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
Renda Nominal Mensal Média (R$)
925,01 - 1.505,00 1.505,01 - 2.435,00
4.085,01 - 8.075,00
1,00 - 925,00
Figura 19. Distribuição de renda. Fonte: mapa 3C; dados IBGE (2011).
Nº matrículas Escolas
n
2.435,01 - 4.085,00 0
0,5
1
2 Km
!
!
0 - 100 101 - 200
!
201 - 500
!
501 - 1000
!
1001 - 1741
Instituição de Ensino Superior
!
0-600
!
9500
!
21718
n 0
0,5
1
2 Km
Figura 20. Matrículas escolares. Fonte: mapa 3C; dados SEDUC (2014) e Canoas (2014).
ETAPA 2: DIAGNÓSTICO
09
LEGISLAÇÃO Analisou-se a Legislação Federal e Municipal de Canoas com respeito à mobilidade urbana e ao transporte não motorizado através de bicicletas em particular. Neste contexto foi analisada a legislação que trata ou deveria tratar do tema: ͳͳ Lei de Política Nacional de Mobilidade Urbana (LEI Nº 12.587/2012); ͳͳ Plano Diretor Urbano e Ambiental de Canoas (PDUA); ͳͳ Demais leis municipais; ͳͳ Lei n.º 5674/2012; ͳͳ Lei n.º 5495/2010 e ͳͳ Lei nº 5853/2014. Foram levantados, também, estudos e planos setoriais desenvolvidos em escala metropolitana. Dentre eles destaca-se: ͳͳ Plano de Desenvolvimento Metropolitano de 1973 (METROPLAN, 2000); ͳͳ Plano Diretor Metropolitano de Transportes de 1976 (METROPLAN, 2000); ͳͳ Estudo do Transporte Coletivo da RMPA; ͳͳ Projeto de Corredores Metropolitados de 1981; ͳͳ Programa de Complementação da Malha Viária Metropolitana (METROPLAN, 2000); ͳͳ Plano Integrado de Transporte e Mobilidade Urbana - PITMUrb (METROPLAN; EPTC; TRENSURB, 2009).
Figura 21. Mapa do Sistema Viário de Canoas, Plano Diretor de Canoas.
Figura 22. Mapa síntese PITMUrb. Fonte: METROPLAN; EPTC; Trensurb (2009, p.50)
Figura 23. Ágora em Rede especial do Plano Cicloviário. Fonte: Canoas (2014).
Figura 24. Organograma da Gestão e Participação. Fonte: Canoas (2014).
GESTÃO E PARTICIPAÇÃO A Administração Pública de Canoas disponibiliza aos cidadãos vários instrumentos de participação popular. Destaca-se os seguintes programas: ͳͳ Orçamento Participativo; ͳͳ Plenária de Serviços públicos; ͳͳ Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social; ͳͳ Casa dos Conselhos; ͳͳ Audiências Públicas; ͳͳ Plano Plurianual Participativo; ͳͳ Estado da Cidade; ͳͳ Congresso da Cidade; ͳͳ Canoas em Dados; ͳͳ Geo.Canoas; ͳͳ Instituto Canoas XXI; ͳͳ Ágora em Rede.
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
ETAPA 2: DIAGNÓSTICO
10
MOBILIDADE URBANA !
rio
An
el V iár
io
Anel Viá
! prolongam
ento BR-386
! ! Ane l Vi á ri o
An
! !
An
el
Vi á
rio
Av. do
TRANSPORTE PÚBLICO
Av. Guilherme Schell
io ár Vi
Naz á rio
el
O sistema viário do Município de Canoas conta com 10 pontos de ligação com os municípios vizinhos. Destes, cinco se dão por grandes rodovias federais (BR-116, BR-448, e BR-386). A principal via de acesso ao Município é a Rodovia BR-116, que atravessa Canoas no sentido Norte-Sul. A BR-448 permeia o limite ocidental do território municipal, ao longo da área do Parque Estadual do Delta do Jacuí e das margens do Rio dos Sinos. Há ainda três vias estruturadoras que fazem a conexão com os municípios vizinhos: ͳͳ Av. Guilherme Schell, que atravessa o Município no sentido Norte-Sul; ͳͳ Avenida Santos Ferreira, com início no centro da cidade, se estende no sentido Leste; ͳͳ Av. do Nazário, situada à leste e nordeste do município, faz conexão os municípios de Cachoeirinha e Esteio.
Av. Santos Ferreira
!
to
rne s
Av. E
Av. A .J
. Ren
ne r
Ne ug
eb a
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RS-01
0
O quadro do transporte público é composto por três tipos principais de viagens: Hierarquia Viária 1) viagens intramunicipais por ônibus ou bicicletas; Existente ! 2) viagens para a Região Metropolitana em ônibus ou bicicletas com integração ao Estrada io iá r lV e Arterial Trensurb; An Anel Viário 3) viagens para a Região Metropolitana em ônibus intermunicipais. Urbano Coletora Em relação aos modais disponíveis, nota-se que tanto ônibus metropolitanos quanLocais to intramunicipais oferecem serviços ponto a ponto, sem concentração de fluxos em tronEstações Ônibus ! Trensurb Projetadas ! Municipal cais e baixos índices de desempenho. As linhas municipais de ônibus concentram-se no n Arterial projetada Terminais de Ônibus ! ônibus Anel Viário sentido Norte-Sul, em torno da BR-116 e na Av. 17 de Abril e no sentido Leste-Oeste, na Metropolitano 0 0,5 1 2 n Urbano Projetado ! Km Linha Trensurb R. Rio Grande do Sul, Av. Boqueirão e Av. Santos Ferreira. Coletora 0 0,5 1 2 projetada Há dois terminais de ônibus junto às estações Mathias Velho e Canoas/La Salle do Km Trensurb. Estas linhas de ônibus locais têm pouca frequência o que, somada ao custo das Figura 25. Mapa viário conforme Plano Diretor do Município. Fonte: mapa 3C; dados: Figura 26. Mapa das linhas de transporte público no Município: Trensurb, ônibus municipais e metropolitanos. Fonte: SMTM (2014) passagens, destina grande parte dos usuários ao modal bicicleta, principalmente em seus GeoCanoas/ICXXI (2014) trajetos intraurbanos.
TRANSPORTE POR BICICLETAS BR-116
BR
-44
8
A bicicleta tem importância destacada nos deslocamentos feitos em Canoas. De forma geral, a maioria dos deslocamentos neste modal se encontram na escala intraurbana, seja para conectar com as estações do Trensurb e terminais rodoviários ou para alcançar destinos variados dentro da cidade. A demanda existente de infraestrutura cicloviária é parcialmente atendida pelo comércio local que provê paraciclos em quantidade e tipos variados; e pelo poder público, que aproveita-se da implantação de obras viárias nos bairros para inserir ciclovias e ciclofaixas. Há também diversas de lojas e oficinas de bicicletas espalhada por grande parte da cidade, especialmente nos bairros Mathias Velho, Fátima e Niterói. Quanto à mobilidade, as barreiras formadas pelo Trensurb e BR-116 no sentido Norte-Sul obrigam os ciclistas a utilizar os poucos viadutos existentes, tendo que disputar espaço com os veículos automotores. São expostos a poluição, ruído, baixa qualidade do pavimento e, de forma mais grave, ficam sujeitos a acidentes potencialmente fatais. A integração deste com outros modais é tímida, o que torna inviável o uso da bicicleta em conjunto com o trem para deslocamentos funcionais de longa distância.
BR-3
AV. RIO GRANDE
DO SUL
do
A
BLIC
AV. GUILHERME SCHELL
EPU
R. R
s
BR
Difíceis transposições para ciclistas
n
Pontos de conflito com veículos automotores
Figura 27. Análise situação atual do transporte por bicicletas. Fonte: mapa 3C
0
0,5
1
IRA
RE
AV. SANTOS FER
AIRÚ R. C
AV. E. IRINEU BRAGA
48
-4
Rio Jacuí
Barreiras
ÁRIO NAZ
no
BR-116
s
Si
AV. D O
Rio
AV. V BAR ICTOR RET O
R. BOQUEIRÃO
Rio
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
AV .1 7 AB DE RI L
86
Gravataí
Número de acidentes envolvendo ciclistas 2012-2013 2 Km
1
2
3
4
n 0
0,5
1
2 Km
Figura 28. Acidentes envolvendo bicicletas. Fonte: mapa 3C; dados Canoas(2014)
ETAPA 2: DIAGNÓSTICO
11
Figura 29. Ciclovia existente na Rua República
Figura 30. Usuários de bicicleta na Av. Boqueirão, trafegando junto a pedestres.
Figura 31. Usuário Rua rua Matos de Maia, no bairro Niterói
Figura 32. Avenida Guilherme Schell tem perfil rodoviário e desafia a segurança dos ciclistas.
Figura 33. Ciclovia existente na Rua República, quando ainda inacabada.
Figura 34. Ciclista na Rua Matos de Maia, bairro Niterói, transportando objetos.
Figura 35. Linha do Trensurb, Avenida Guilherme Schell e BR-116: barreiras que dividem a cidade
Figura 36. Tráfego intenso de caminhões em algumas vias agrava a segurança para ciclistas
Figura 37. Ciclistas e skatista no Bairro Mathias Velho
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
ETAPA 2: DIAGNÓSTICO
12
!
POLOS GERADORES DE Viagens REFAP
Polos Geradores de Viagens (PGV) são empreendimentos que atraem ou produzem grande número de viagens, causando impactos na circulação viária em seu entorno imediato (DENATRAN, 2001). Podemos observar que há uma concentração de PGV na área central de Canoas e ao longo do traçado da BR-116 e do Trensurb. O mapa ao lado realçar a influência dos polos localizados na região central do Município. Em relação às demais cidades da região Metropolitana, a que apresenta maior potencialidade de atração e geração de viagem é Porto Alegre, por possuir os maiores equipamentos e ser referência em quesitos como saúde e educação.
Brigadeira
Industrial
! !
!
! !!
!! ! !!! ! ! ! !
São Luis
!
PROJETOS EM ANDAMENTO A cidade de Canoas situa-se no centro da Região Metropolitana de Porto Alegre, e em função de sua localização estratégica e pela disponibilidade de espaços tornou-se um grande atrator de grandes projetos. Estes projetos produzem alterações chave na estrutura da metrópole, mas geram um grande impacto sobre a mobilidade urbana. No mapa ao lado estão indicados os grandes projetos urbanos em andamento ou previstos para Canoas, segundo seu nível de impacto em relação à geração de tráfego. Do ponto de vista da mobilidade pode-se ter conclusões de dois pontos de vista: ͳͳ Estes empreendimentos se utilizam da rede de transporte coletivo de massa de alta capacidade; ͳͳ Potencial de implantação e estimulo aos modais suaves para circulação de pessoas na área central da cidade.
!
!
!
Comercial
!
Industrial
!
Cultura
!
Saúde
!
Educação
!
Ambiental
Equipamento
! !! !!! !!
! ! !
Aeromóvel
!
Classe
!
!
! ! ! ! ! Guajuviras ! ! ! ! ! ! ! ! !!Igara !! ! ! !! ! ! ! ! !! ! ! ! Mathias Velho ! ! !! ! ! !! ! ! ! ! ! ! ! !! !! ! ! !! ! ! ! RS 010 ! ! !! ! ! !! ! ! !! !! ! ! !! ! ! ! ! ! ! !! ! !! ! ! ! !! ! ! !! Harmonia ! ! ! !! ! ! ! ! ! !! !! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !! !!! Marechal Rondon ! ! !! Centro !! ! !! ! Estância Velha ! ! ! !!!! ! ! ! ! ! !! ! ! ! !! ! ! ! !! ! !! ! Olaria ! ! ! !!! ! ! ! !! ! !! !! ! ! ! ! ! ! ! !! ! ! ! !!! ! ! !! !! ! ! ! ! ! !! ! ! !! Mato Grande ! ! ! ! ! ! !! ! ! ! ! ! !! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! Nossa Senhora das Graças ! ! ! ! ! ! ! Fátima !! ! ! !! ! !! ! ! ! !! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !! ! ! ! !! ! Ilha das Garças ! ! ! ! ! Niterói ! ! ! ! ! ! ! !! ! ! Rio Branco ! ! ! ! !!!! ! ! Dist. !! ! ! ! Industrial ! !
!
! !São ! José
!
n 0 0,5 1
!
2 Km
Figura 38. Pólos Geradores de Viagens da RMPA, classificação por influência. Fonte: mapa 3C, Figura 39. Pólos Geradores de Viagens no Município. Fonte: mapa 3C, dados 3C e GeoCanoas/ICXXI dados 3C e GeoCanoas/ICXXI (2014) (2014)
Figura 40. Mapa dos projetos em andamento. Mapa: 3C
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
Legenda dos projetos: 0. Parque Canoas de Inovação 1. Novo Bairro Sustentável 2. Aeromovel Linha 01 - Lee Rogers 3. Aeromovel Linha 01 - Carlos Drumont 4. Aeromovel Linha 01 - Brigada 5. Aeromovel Linha 01 - Guajuviras 6. Aeromovel Linha 01 - Upa 7. Aeromovel Linha 01 - Açucena 8. Aeromovel Linha 01 - Farroupilha 9. Aeromovel Linha 01 - Liberdade 10. Aeromovel Mathias Velho 11. Aeromovel Linha 02 - Rua Porto Alegre 12. Aeromovel Linha 02 - Rua Camaquã 13. Aeromovel Linha 02 - Rua Carazinho 14. Aeromovel Linha 02 - Rua Vacaria 15. Aeromovel Linha 02 - Rua Lavras 16. Aeromovel Linha 02 - Rua São Jeronimo 17. Aeromovel Linha 02 - Rua São Borja 18. Aeromovel Linha 03 - Aurora 19. Aeromovel Linha 03 - Rafaela 20. Aeromovel Linha 03 - São Bernardo 21. Aeromovel Linha 03 - Sete Povos 22. Aeromovel Linha 03 - Praça Avião 23. Revitalização Calçadão de Canoas
24. Presídio Sistema Apac 25. Rodovia RS-010 26. Praça da Juventude 27. Residencial Igara 28. Residencial Paradis 29. Residencial Palermo 30. Canalização Vala Curitiba 31. Multiplan Parque Shopping 32. Pista de Skate Edu Gomes 33. Rebaixamento Trensurb 34. Shopping Pop Mathias Velho 35. Terminal Portuário 36. Túnel Domingos Martins 37. Centro Negócios 38. Central Park II 39. Cond. Mcmv MQ3 40. Cond. Mcmv MQ5 41. Terminal Intermodal 42. Residencial Puerto Madera 43. Posto De Combustível 44. Igreja Adventista 45. Empresarial Jd Algo 46. Igreja Batista Central 47. Posto Combustível 48. Prolongamento BR-386
ETAPA 2: DIAGNÓSTICO
13
ETAPA 3 - PROCESSO PARTICIPATIVO PLANO DIRETOR CICLOVIÁRIO DO MUNICÍPIO DE CANOAS
Fotomontagem da R. Florianópolis, com a implantação de ciclofaixas 3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
14
eventos do plano A participação, neste Plano, foi garantida através de diversos instrumentos, cada qual relativo a etapa que vinha sendo desenvolvida. No ínicio dos trabalhos, durante a Etapa 1 - Pesquisas e Entrevistas, a população foi convocada para o Primeiro Seminário Cicloviário de Canoas, onde pôde manifestar-se sobre seus anseios e expectativas. Nesta etapa, a população também foi consultada através de questionários presenciais ou via internet. Para a Etapa 2 - Diagnóstico, foi organizada uma Oficina de Construção Coletiva para entender os problemas e potencialidades do modal cicloviário a partir da visão da comunidade canoense. Na Etapa 3 - Programa Cicloviário, realizou-se uma série de seminários regionais, um em cada Subprefeitura da cidade, para corrigir e validar a Rede Cicloviária proposta. Também foi realizado o Segundo Seminário Cicloviário de Canoas, para informar a população sobre o andamento do processo e para realizar uma consulta pública sobre as prioridade de implantação do Plano. O último evento participativo a ser realizado será a Audiência Pública, quando a população poderá opinar mais uma vez sobre o Plano antes de ele seguir para votação na Câmara de Vereadores de Canoas.
Figura 41. Cartaz-convite para o 1° Seminário Cicloviário
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
Figura 43. Encontro do Primeiro Seminário Cicloviário de Canoas
Figura 42. Quadro de respostas construído pelos participantes
Figura 44. Conclusão sobre o Primeiro Seminário
Figura 45. Trabalho em grupo da Oficina
Figura 46. Participantes do Primeiro Seminário
ETAPA 3: PROCESSO PARTICIPATIVO
15
Esteio
BR-116
Nova Santa Rita
Brigadeira
R. ANTONIO FREDER
BR-
R. RAMIRO BARCEL OS
6
São José LEGENDA SISTEMA VIÁRIO
AV. G U
ICA R . RE
AV. SEZEFR ED
NOAS
Centro
BR-116
AV. DAS CA
AV. GUILHERME SCHELL
IRÚ
R
R . CA
AV. ENG. IRINEU C. BRAGA
Ilha das Garças
R. VENÂNCIO AIRES
8
Fátima
EIR
REDE CICLOVIÁRIA ALTERADA GI
O
DE
FR
REDE ESTRUTURAL REDE ALIMENTADORA EIT AS
PROPOSIÇÕES DA COMUNIDADE ALTERAÇÕES SUGERIDAS ESTRUTURAL
Olaria
ALIMENTADORA
A
TRECHOS A ELIMINAR PONTOS DE CONFLITO
Nossa Senhora das Graças
BICICLETÁRIOS
R. JÚLIO DE CASTILHOS
Niterói Rio Branco
vataí io Gra
n 0
0,5
1
Porto Alegre
Figura 47. Considerações sobre a Rede Cicloviária apontadas pelos canoenses nos seminários regionais.
Figura 48. Mapa síntese dos apontamentos sobre a Rede Cicloviária Potencial, realizados pelos participantes dos Seminários Regionais
Figura 49. Participação da comunidade no Seminário do Quadrante Sudoeste
Figura 50. Participação da comunidade no Seminário do Quadrante Sudeste
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
LD
Cachoeirinha
R. TAMOIO
-44
í
AV. SANTOS FERR
BR
Jacu
O A. VIEIRA
Estância Velha
Mato Grande
Rio
ABR
R. AÇUCENA
os
PUBL
od
os
R.
Marechal Rondon
AV. D NAZÁRIO O
Ri
Harmonia
Sin
R. BOQUEIRÃO
ILHE
R. FLORIANOPOLIS
HIDROGRAFIA
Guajuviras
7
RME
Mathias Velho
DE
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R. RIO GRANDE DO SUL
LIMITE MUNICIPAL
IL
Igara
LL
BR-38
R. FARROUPILHA
R. BERTO CIRIO
São Luis
ICO OZANAN
AV .1
448
Industrial
2 Km
Figura 51. Participação da comunidade nos Seminários Regionais
ETAPA 3: PROCESSO PARTICIPATIVO
16
Figura 52. Apresentação do documento do Plano pelo Arq. Alexandre Pereira
Figura 54. Participantes do 2º Seminário Cicloviário
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
Figura 53. Cartaz-convite para o 2° Seminário Cicloviário de Canoas
Figura 55. Autoridades presentes na audiência pública
Figura 56. Discussão do Plano pela comunidade
ETAPA 3: PROCESSO PARTICIPATIVO
17
OUTRAS FERRAMENTAS DE PARTICIPAÇÃO No início da elaboração do Plano Cicloviário de Canoas, foi criada uma página de Facebook, pela 3C Arquitetura e Urbanismo, como meio de divulgar as etapas do processo, seus resultados e convidar os canoenses a participar da construção deste plano. A página alcançou o público usuário desta rede social e as associações afins que operam de mesma forma no Facebook. Para os eventos participativos, foram criados “eventos de Facebook”, que são instrumentos dessa rede social próprios para divulgação de atividades a serem realizadas. O “Ágora em Rede” consiste em uma plataforma colaborativa da Prefeitura Municipal de Canoas, onde os habitantes podem sugerir debates sobre temas específicos. O Plano Diretor Cicloviário foi tema de debate nesse canal no dia 10 de setembro de 2014.
Figura 59. Jornal da Prefeitura de Canoas divulgando o 2º Seminário e da Audiência Pública do Plano Cicloviário.
Figura 57. Jornal da Prefeitura de Canoas anunciando os seminários regionais do Plano Cicloviário.
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
Figura 58. Página do Plano Cicloviário de Canoas no Facebook
Figura 60. Ágora em Rede especial do Plano Cicloviário. Fonte: Canoas (2014)
ETAPA 3: PROCESSO PARTICIPATIVO
18
ETAPA 3 - PLANO CICLOVIÁRIO PLANO DIRETOR CICLOVIÁRIO DO MUNICÍPIO DE CANOAS
Fotomontagem da R. Quinze de Janeiro, com a implantação de ciclofaixa e tráfego compartilhado 3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
19
lINHAS ESTRATÉGICaS O Plano Cicloviário propõe três linhas estratégicas:
INFRAESTRUTURA: IMPLANTAR UMA ESTRUTURA FÍSICA CICLOVIÁRIA legível e EFICAZ E PROMOVER A INTEGRAÇÃO MODAL
ͳͳ A rede cicloviária deve garantir segurança ao ciclista e ao seu equipamento. ͳͳ Aumentar as possibilidades de deslocamentos diários. ͳͳ Conciliação do transporte de cargas com o deslocamento por bicicleta. ͳͳ Buscar formas de garantir a transposição do ciclista através das barreiras urbanas existentes (em especial a Linha Férrea e a BR-116). ͳͳ Conectar pontos com pouca oferta de transporte coletivo. ͳͳ Buscar a integração entre os modais bicicleta e transporte público. ͳͳ Priorizar e prover infraestrutura adequada. ͳͳ Melhorar a relação dos munícipes com as áreas públicas existentes, a partir da implantação de ciclovias ao longo de seus cursos.
GEstão: ESTABELECER UMA ESTRUTURA DE GESTÃO E PROMOVER POLÍTICAS DE COLABORAÇÃO COM OUTROS AGENTES, ÓRGÃOS E ENTIDADES
ͳͳ Antever uma estrutura precisa e adequada para gestionar o plano. ͳͳ O poder público deve estabelecer parcerias com grupos de ativistas e buscar outros agentes e colaboradores. ͳͳ Desenvolvimento conjunto de uma rede metropolitana para o modal.
Promoção: PROMOVER A CULTURA DA BICICLETA ATRAVÉS DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCATIVOS E DE PUBLICIDADE
ͳͳ Estabelecer, paulatinamente, a bicicleta como meio de transporte na cultura do trânsito de Canoas, por meio de sinalização e políticas adequadas. ͳͳ Educação para o trânsito. ͳͳ Instrumentos de promoção do modal, enfatizando suas vantagens e pontos positivos. ͳͳ Incentivar o aumento no número de ciclistas e, consequentemente, a diminuição da circulação de veículos motorizados, diminuindo também a emissão de CO².
PROGRAMAS E AÇÕES As linhas estratégicas se desdobram em Programas e Ações. Cada Programa define uma série de ações que visam a concretização do plano: ͳͳ Linha 1: Infraestrutura ͳͳ Rede cicloviária do sistema; ͳͳ Rede de equipamento de apoio; ͳͳ Programa de implantação; ͳͳ Plano de ação. ͳͳ Linha 2: Gestão ͳͳ Estrutura de gestão; ͳͳ Intermodalidade; ͳͳ Participação da comunidade; ͳͳ Instrumentos financeiros; ͳͳ Outros planos e projetos; ͳͳ Fiscalização; ͳͳ Avaliação e monitoramento. ͳͳ Linha 3: Promoção ͳͳ Programas de educação; ͳͳ Instrumentos para estímulo e divulgação do modal cicloviário; ͳͳ Parcerias com outras entidades.
PONTOS-CHAVE barreiras e descontinuidade da malha
segurança física e material
LINHAS ESTRATÉGICAS
PROGRAMAS rede cicloviária
equipamentos de apoio
compatibilização com outros instrumentos capacitação de agentes de trânsito
fiscalização
Objetivo: estabelecer uma estrutura de gestão e promover políticas de colaboração com outros agentes, órgãos e entidades
intermodalidade
orçamento municipal PPPs
instrumentos financeiros participação da comunidade
condição ambiental da cidade
articulação com o transporte coletivo articulação com municípios da RMPA
GESTÃO
imagem positiva da bicicleta no cenário mundial
mobiliário urbano
lei do plano
cultura da bicicleta
ganhos econômicos, ambientais e sociais
sinalização
comitê gestor do plano
legislação
gestão institucional e parcerias
rede alimentadora
paisagismo
estrutura de gestão
integração entre modais
viabilidade econômica
rede estrutural
manutenção da rede
INFRAESTRUTURA Objetivo: implantar uma estrutura física cicloviária legível e eficaz e promover a integração modal
AÇÕES
contrapartidas e contribuições privadas ferramentas de participação na escola no trânsito nas empresas privadas
programa de educação
PROMOÇÃO Objetivo: promover a cultura da bicicleta através de políticas e programas educativos e de publicidade
campanhas de divulgação
material pedagógico incentivo ao uso eventos ciclísticos publicidade da rede instituições de ensino
parcerias com outras entidades
cicloativistas entidades comunitárias
Figura 61. Quadro das linhas estratégicas do Plano e seus respectivos programas e ações
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
ETAPA 4: PLANO CICLOVIÁRIO
20
linha estratégica: infraestrutura
-4 4
BR-116
BR
AV. BE RT O CÍRIO
86
7D AV .1
AV. BO QUEIRÃO
AV. V IC
A BLIC
ÁRI NAZ
no s
O
BR-116
R. R
EPU
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EA B
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AV. SANTO FER S
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BR
Rio Jacuí
4 -4 Rio
AV. GUILHE RME SCHELL
AIR R. C
AV. ENG. IRINEU C. BRAGA
RESPONSÁVEIS PELA IMPLANTAÇÃO DA REDE CICLOVIÁRIA COORDENAÇÃO Instituto Canoas XXI ÓRGÃOS ENVOLVIDOS Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade; Escritório de Engenharia e Arquitetura ETAPAS 1. Projetos executivos da Rede Estrutural 2. Licitação/realização de obras 3. Revisão da Rede Alimentadora 5. Projetos executivos da Rede Alimentadora 6. Licitação/realização de obras INDICADORES 1. Quilômetros implantados 2. Grau de conectividade da rede
Ú
8
Rede Cicloviária Estrutural: prevê uma malha cicloviária estruturadora da circulação por bicicleta, conectando diferentes macrozonas, centralidades e pontos de intermodalidade. Tem a função de estruturar os deslocamentos de bicicleta no Município, através da continuidade no desenho das vias cicláveis ao longo do percurso e da criação de conexões seguras entre diversos pontos da cidade. Seus requisitos são: ͳͳ Implementação da rede de acordo com os traçados e perfis previstos no Plano; ͳͳ Implementação de equipamentos de apoio ao ciclista no interior desta rede; ͳͳ Implementação de um sistema de sinalização de orientação de percursos. Os critérios que embasaram a definição da Rede Cicloviária Estrutural foram: ͳͳ Atender aos deslocamentos cotidianos em que o objetivo da viagem de bicicleta é o deslocamento por motivo Trabalho (55% dos deslocamentos observados); ͳͳ Atender aos deslocamentos cotidianos em que o objetivo da viagem de bicicleta é o deslocamento por motivo Lazer (13% dos deslocamentos observados); ͳͳ Atender aos deslocamentos cotidianos em que o objetivo da viagem de bicicleta é o deslocamento por motivo Estudo (9% dos deslocamentos observados); ͳͳ Permitir a integração entre áreas públicas; ͳͳ Permitir a integração intermunicipal cicloviária; ͳͳ Permitir a integração modal com as Estações de Trem; ͳͳ Permitir a transposição com barreiras urbanas, como a linha férrea e a BR 116; ͳͳ Reduzir conflitos com vias que já apresentam alto índice de acidentes. Rede Cicloviária Alimentadora: prevê uma malha cicloviária voltada, principalmente, à conexão de regiões habitacionais e regiões de menor demanda de deslocamentos por bicicletas à Rede Estrutural Cicloviária. Complementa e integra a Rede Estrutural Cicloviária e tem como objetivo gerar condições seguras ao deslocamento do ciclista em localidades onde não há menor demanda por infraestrutura cicloviária. Os critérios que embasaram a definição prévia da Rede Alimentadora foram: ͳͳ Ampliar o atendimento da Rede Estrutural para garantir o percurso do ciclista de forma segura e confortável no interior do sistema; ͳͳ Permitir a integração entre regiões com menor demanda à Rede Estrutural; ͳͳ Reduzir conflitos com vias que apresentam alto índice de acidentes.
8
dIRETRIZES E CRITÉRIOS PARA A REDE CICLOVIÁRIA
Grav ata í
RESPONSÁVEIS PELA MANUTENÇÃO DA REDE CICLOVIÁRIA COORDENAÇÃO ÓRGÃOS ENVOLVIDOS ETAPAS INDICADORES
Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade Secretaria Municipal de Obras; Secretaria Municipal de Serviços Urbanos 1. Criação de central de reclamações 2. Realização de obras 1. Tempo médio de resolução dos problemas 2. Frequência reincidências
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
n
Rede Cicloviária Estrutural
Alimentadora
Estrutural projetada
Alimentadora projetada
0
0,5
1
2 Km
Figura 62. Mapa da Rede Cicloviária (Rede Estrutural e Rede Alimentadora)
ETAPA 4: PLANO CICLOVIÁRIO
21
tipologias cicloviárias
-4 4
C4 BR-3
BR-116
BR
AV. BE RT O CÍRIO
.1
86
EA B 7D
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AV .1
BAR TO R
A
BR-116
8
Tipologias correspondentes ao PDUA C 1 Tipologia p/ vias especiais
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AV. GUILHE RME SCHELL
C 2.1
AV. ENG. IRINEU C. BRAGA
Rio
R. C
X
ORGANIZAÇÃO DAS TIPOLOGIAS
3 C 4.
C 2.1
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C 4.1
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4 -4
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C 3.1
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Organizadas seguindo a hierarquia viária do Plano Diretor Urbano e Ambiental de Canoas (PDUA) e nomeadas da seguinte maneira: ͳͳ Tipologia Cicloviária C1: são os casos especiais de vias no Município de Canoas, sendo estas pertencentes a “Vias de Transição” e a vias especiais do PDUA. ͳͳ Tipologia Cicloviária C2: são as tipologias correspondentes às “Vias Arteriais” do PDUA. ͳͳ Tipologia Cicloviária C3: são as tipologias correspondentes às “Vias Coletoras” do PDUA. ͳͳ Tipologia Cicloviária C4: são as tipologias correspondentes às “Vias Locais” e de “Acesso ao Lote” do PDUA.
R AV. SANTO FER S
C 4.1
BR
Rio Jacuí
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AV. BO QUEIRÃO
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R. RIO GRANDE DO SUL
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C 3.1
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C 2.1
8
A caracterização dos perfis viários onde deverão haver infraestrutura cicloviária são diretrizes que deverão ser adotadas a posteriori em Projeto Básico Cicloviário. Para a definição das tipologias cicloviárias, procurou-se incorporar as cinco exigências para o planejamento cicloviário: ͳͳ Segurança viária ͳͳ Rotas diretas/rapidez ͳͳ Coerência ͳͳ Conforto ͳͳ Atratividade Foram também considerados os aspectos levantados no diagnóstico e pesquisas, que procuraram estabelecer os parâmetros para a definição dos tipos mais adequados de infraestrutura cicloviária.
C 3.1
Grav ata í
n
C 3: Tipologia p/ Coletoras C 4: Tipologia p/ Vias Locais
: Tipologia p/ Perimetrais e Arteriais C 2:
0
0,5
1
2 Km
Figura 63. Mapa da Rede Estrutural Cicloviária com a definição das tipologias correspondentes aos tipos de via do PDUA
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
ETAPA 4: PLANO CICLOVIÁRIO
22
Desenho: Corte esquemático - tipologia proposta
Desenho: Corte esquemático - tipologia proposta
1.00 a 5.00
variável (25 a 35m)
Escala: 1:250
Escala: 1:250
23 ETAPA 4: PLANO CICLOVIÁRIO 10m
5 2 1
Data 24/1
Data 24/1
0
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
ndência com o PDUA: Vias Perimetrais (V2) / Vias Arteriais (V3) e Especial para as Vias Coletoras V4.11 e V4.12 a via: Vias Bidirecionais
OLOGIA: C 1.3
minação: Ciclovia Unidirecional em ambos os bordos
Tipologia C2.1: Ciclofaixa Unidirecional sem estacionamento (aplicável em Vias Perimetrais - V2 e Vias Arteriais - V3)
Tipologia C1.3: Ciclovia Unidirecional em ambos os bordos (especial para a Av. Santos Ferreira)
pondência com o PDUA: Não há ção da tipologia: Especial para a Av. Santos Ferreira o da via: Via Bidirecional
exemplo da tipologia cicloviária c2:
exemplo da tipologia cicloviária c1:
minação: Tráfego Compartilhado em ambos os sentidos
pondência com o PDUA: Vias Locais (V5) o da via: Vias Bidirecionais
OLOGIA: C 3.1
Corte esquemático - tipologia proposta
Desenho: ominação: Ciclofaixa Unidirecional em vias coletoras, sem estacionamento
spondência com o PDUA: Vias Coletoras (V4) e Especial para a Via Arterial V3.5 do da via: Vias Unidirecional e Bidirecionais
Desenho: Corte esquemático - tipologia proposta
Escala: 1:250
24 ETAPA 10m4: PLANO CICLOVIÁRIO 5 2 1 0 10m 5
Escala: 1:250
3C Arquitetura e Urbanismo 0 1 2 Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
Tipologia C4.1: Tráfego compartilhado em ambos os sentidos (aplicável em Vias Locais (V5)
Tipologia C3.1: Ciclofaixa Unidirecional sem estacionamento (aplicável em Vias coletoras - V4)
variável (12 a 16m) variável (14 a 20m)
exemplo da tipologia cicloviária c4:
exemplo da tipologia cicloviária c3:
Da 24
Da 24
DIRETRIZES E SOLUÇÕES PARA CRUZAMENTOS E TRANSPOSIÇÕES
A. CONVERSÃO À DIREITA
B. CONVERSÃO À ESQUERDA: BIKE BOX
C. DECK LATERAL PARA VIADUTOS
Diretrizes gerais para o tratamento de pontos de conflito entre os modais e para pontos de descontinuidade da rede: SEGURANÇA VIÁRIA: ͳͳ Ilhas de refúgio: canteiros implantados entre as faixas de tráfego; facilita a travessia de pedestre e orienta o fluxo dos veículos; promove o chamado “atrito lateral”, que leva os motoristas a reduzir a velocidade; ͳͳ Sinalização de advertência e regulamentação para motoristas, indicando a presença de ciclistas e sua preferência sobre os veículos automotores; ͳͳ Semaforização específica ao ciclista.. ROTAS DIRETAS: ͳͳ Garantir um percurso mais linear e direto possível em cruzamentos; ͳͳ Evitar a utilização de semaforização com interrupções nos percursos diretos; ͳͳ Dar preferência a soluções em que o ciclista não necessite descer da bicicleta e carregá-la a pé. COERÊNCIA E CONFORTO: ͳͳ Manter a constância na largura da faixa da ciclofaixa/ciclovia; ͳͳ Sistema de sinalização para alertar o ciclista do cruzamento perigoso; ͳͳ Sistema de informação ao ciclista para direcioná-lo ao percurso final; ͳͳ Tratamento do piso de alerta à presença de pedestres cruzando a via; ͳͳ Tratamento do piso do leito carroçável anterior ao cruzamento com ciclistas para alertar outros modais; ͳͳ Tratamento com paisagismo em cruzamentos, a fim de permitir uma maior humanização do trecho e maior conforto térmico ao pedestre e ciclista que aguardam no cruzamento; ͳͳ A travessia deve ser atrativa ao ciclista; caso seja complexa e desviar seu percurso, o ciclista sairá da ciclovia para depois retornar, aumentando a insegurança do seu percurso; ͳͳ Prover iluminação específica e adequada ao ciclista.
Devem ser previstos elementos que afastem o veículo motorizado da ciclovia, de modo que o motorista diminua a velocidade para fazer a conversão e faça atenção ao ciclista a sua direita. Pode ser apenas uma marcação no piso ou receber também elementos verticais como balizadores. Há ainda o recurso das ilhas de refúgio.
D. INTERSECÇÃO MODELO
Área reservada ao ciclista nas intersecções, a frente dos demais veículos. - Aumenta a visibilidade de ciclistas - Dá prioridade de partida aos ciclista - Facilita a conversão do ciclista à esquerda - Ajuda a evitar conflitos com veículos que convertem à direita.
Decks de estrutura metálica e devidamente revestidos para garantir conforto e segurança, podem ser acoplados à estrutura dos viadutos existentes para dar espaço de passagem aos modos suaves. - Aproveita estruturas existentes - Garante segurança pela separação - Gera maior acessibilidade a ciclistas e pedestres
Este modelo de interseção é baseado no modelo holandês de intersecção para ciclovias. Prevê o cruzamento das ciclovias devidamente resguardadas do fluxo de veículos automotores. Essa separação é garantida pela inserção de ilhas junto às quatro esquinas, conduzindo o motorista a realizar a curva mais aberta, dando-lhe maior visão e, assim, evitando colisões com os ciclistas. As ilhas podem ter larguras variadas, porém devem ser elevadas, de forma a servir como uma barreira física. - Gera maior clareza nos cruzamentos quanto ao espaço destinado a cada modal - Permite a separação física entre modais - Garante maior segurança ao ciclista durante as conversões dos veículos
Figura 64. Padrões de soluções cicloviárias para Canoas
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
ETAPA 4: PLANO CICLOVIÁRIO
25
1
4 AV. S ANTO S FER REIRA
2
5
0
HO IAS VEL R. MAT
ESTUDO DE CASO: PASSAGEM EM TÚNEL (passagem sob a linha do trem) 1. Semaforização p/ veículos automotores; 2. Ciclofaixa de bordo na descida p/o túnel; 3. Direcionamento do ciclista na intersecção; 4. Sinalização horizontal para proteger o ciclista nas conversões.
3
R. S ANT AM ARI A
SEMÁFORO
5
AV . IN CO NF IDÊ NC IA
PASSAGEM DE PEDESTRE VIA UNIDIRECIONAL EXCLUSIVA PARA CICLISTAS FLUXO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
IRA RE ER .F .S AV
ESTUDO DE CASO: CRUZAMENTOS COMPLEXOS (Av. Santos Ferreira com Av. Inconfidência) 1. Intersecção modelo (rótula holandesa); 2. Ilhas de refúgio nas esquinas para proteger o ciclista; 3. Passagens em nível; 4. Semaforização para ciclistas; 5. Tratamento paisagístico e iluminação específica (humanização da via).
n 12,5
25m
Figura 65. Croqui de estudo do cruzamento da Av. Santos Ferreira e Av. Inconfidência
3
AV. GUILHERME SCHELL
4
1
LINHA DO TREM (TRENSURB)
1
2
2 AV. VICTOR BARRETO
VIA BIDIRECIONAL EXCLUSIVA P/ CICLISTAS TRAJETO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES SEMÁFORO
ESTUDO DE CASO: TRAVESSIA POR VIADUTO 1. Deck lateral acoplado ao viaduto; 2. Sinalização viária priorizando o ciclista; 3. Sinalização horizontal p/ proteção do ciclista; 4. Tratamento paisagístico e iluminação da área do viaduto;
6
1
R. RIO G RAND E DO S UL
n 0
12,5
25m
Figura 66. Croqui de estudo da passagem da via sob os trilhos do trem
5. Semaforização no cruzamento da Av. Guilherme Schell e R. RS; 6. Vias de acesso à R. Rio Grande do Sul com compatilhamento de modais; 7. Bicicletário junto à Estação.
2
4
3
5
AV. BOQUEIRÃO
7 PASSAGEM DE PEDESTRE VIA UNIDIRECIONAL EXCLUSIVA P/CICLISTAS VIA BIDIRECIONAL EXCLUSIVA P/ CICLISTAS TRAJETO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES SEMÁFORO
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
3
AV. G. VARGAS
4
BR 116 (VIADUTO)
TER ÔNIB MINAL D US M E ETRO P. AV. G UILH ERM E SCH ELL ESTA ÇÃO MAT HIAS AV. V VELH ICTO O R BA RRET O
7
4
TÉS R. CAE
PASSAGEM DE PEDESTRE VIA UNIDIRECIONAL EXCLUSIVA P/ CICLISTAS
4 0
n 25m
Figura 67. Croqui de estudo do viaduto da Av. Boqueirão
ETAPA 4: PLANO CICLOVIÁRIO
26
rede de equipamentos de apoio Sinalização cicloviária A ciclovia é uma pista para a circulação de ciclistas separada fisicamente do tráfego comum. Essa separação pode ser entendida através de elementos de geometria viária – blocos de concreto, guias, ilhas de segregação, passeios. Propõe-se dois tipos de ciclovia: ͳͳ ciclovia elevada na calçada, com faixa de serviços públicos entre a rua e a ciclovia, no passeio; ͳͳ ciclovia em canteiro central, segregada do leito carroçável por canteiro verde. A ciclofaixa é parte da pista de rolamento destinada à circulação de ciclistas, delimitada por sinalização horizontal. A circulação da bicicleta, na ausência de infraestrutura exclusiva destinada a ela, deverá ocorrer “nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores”1. O “tráfego compartilhado” tem o intuito de garantir o direito dos ciclistas nas vias através de sinalização de advertência ao motorista. Propõe-se duas formas: ͳͳ tráfego compartilhado em ambos os sentidos, em ruas locais; ͳͳ tráfego compartilhado com ciclofaixa no contrafluxo, em vias unidirecionais.
Ciclovia elevada na calçada.
Ciclovia em canteiro central.
Tráfego compartilhado
Ciclovia elevada na calçada.
Ciclofaixa com faixa segregadora
Ciclofaixa sem faixa segregadora
Figura 68. Tipos de vias para o tráfego de ciclos.
A sinalização horizontal é a forma de sinalização viária que se utiliza de linhas, marcações, símbolos e legendas, pintados ou apostos sobre o pavimento das vias. É aplicada com a finalidade de determinar a posição e o fluxo de veículos motorizados, não motorizado e pedestres nas vias: ͳͳ Marcação de via ciclável ao longo da pista: indica ao ciclista a demarcação da área de circulação da bicicleta. ͳͳ Faixa segregadora: orienta o fluxo de tráfego em uma via, direcionando a circulação de veículos e segregando horizontalmente o veículo motorizado da bicicleta. ͳͳ Tachas segregadoras: elementos contendo unidades refletivas, aplicados diretamente no pavimento, junto à faixa segregadora. ͳͳ Sinalização de Bicicleta e Seta: indica ao ciclista direção e sentido do fluxo da ciclovia ou ciclofaixa. ͳͳ Sinalização de tráfego compartilhado: indica a obrigatoriedade de compartilhamento entre ciclistas e veículos motorizados, com preferência da bicicleta. (mín. 0.60) ͳͳ Cruzamentos rodocicloviários: indica a travessia do ciclista em trechos com conflitos viários. Figura 69. Faixa segregadora em ͳͳ Sinalização de zona de espera para ciclistas em cruzamentos (bike box): indica vias com mesmo sentido uma área de espera do ciclista em cruzamentos, a frente dos veículos motorizados.
(mín. 0.60)
Figura 70. Faixa segregadora em vias com sentidos oposto
Figura 71. Sinal: Bicicleta e Seta
Figura 72. Sinalização de tráfego compartilhado
Figura 73. Zona de espera do ciclista em cruzamentos (bike box)
A sinalização vertical tem por finalidade transmitir mensagens de caráter permanente através de legendas e/ou sinais pré-reconhecidos cumprindo as funções de regulamentação, advertência e orientação de percursos.
1 LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997. Artigo 58.
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
Figura 74. Locação da sinalização vertical
ETAPA 4: PLANO CICLOVIÁRIO
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Aplicação da sinalização cicloviária
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
ETAPA 4: PLANO CICLOVIÁRIO
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MOBILIÁRIO URBANO COMPLEMENTAR A implementação de infraestrutura de apoio para a bicicleta é uma demanda premente no centro da cidade e nas estações de trem. Bicicletários públicos e paraciclos espalhados por locais estratégicos são equipamentos de extrema importância. Bicicletários são espaços destinados para o estacionamento de bicicletas por períodos de média a longa duração (acima de 2h, ou até por alguns dias). Paraciclos são peças de mobiliário urbano destinados para o estacionamento de bicicletas por períodos de curta duração (até de 2h). Seu uso é mais dinâmico e, portanto, deve ser o mais simples e desburocratizado possível. Devem estar espalhados por toda a cidade, principalmente em áreas comerciais e de uso misto. Adequação de infraestrutura existente: existem algumas maneiras de facilitar a transposição de desníveis com bicicleta. Um deles é a implantação de escadarias com canaletas para acesso de bicicletas, pelas quais o ciclista deve empurrar a bicicleta. A iluminação correta de ciclovias pode contribuir significativamente para a redução de acidentes, em especial quando existem cruzamentos com vias de trânsito de veículos motorizados.
CÁLCULO DE VAGAS DE ESTACIONAMENTO PARA BICICLETAS (BICICLETÁRIOS) NAS ESTAÇÕES DO TRENSURB ESTAÇÃO
VOLUME HP MANHÃ TRENSURB
Instituto Canoas XXI
ÓRGÃOS ENVOLVIDOS
Secretaria Municipal do Meio Ambiente; Escritório de Engenharia e Arquitetura 1. Projeto executivo 2. Licitação de obras 3. Concessão da gestão (opcional e parcial) 1. Bicicletários implantados 2. Paraciclos instalados 3. Sinalização implantada (em km de via)
ETAPAS
INDICADORES
%
TOTAL
ESTACIONAMENTO NA ESTAÇÃO (redução de 25%)
NITERÓI
1.040 passageiros
3%
31
23 vagas
FÁTIMA
753 passageiros
3%
23
17 vagas
CANOAS
1.179 passageiros
3%
35
26 vagas
MATHIAS VELHO
1.389 passageiros
3%
42
31 vagas
SÃO LUÍS
480 passageiros
3%
14
11 vagas
PETROBRÁS
165 passageiros
3%
5
4 vagas
Fonte: Bicycle Parking Demand Analysis - Metropolitan Washington Council of Governments
ALINHAMENTO PREDIAL
RESPONSÁVEIS PELA IMPLANTAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE APOIO COORDENAÇÃO
USUÁRIOS CICLISTAS
FAIXA DE ACESSO
FAIXA DE SERVIÇO
Figura 75. Recomendação de implantação de paraciclos
PAISAGISMO Em vias cicláveis segregadas, paralelas às vias de tráfego automotor, recomenda-se prever, quando o espaço entre a via e a ciclovia for superior a 1,50m, a colocação de espécies vegetais arbustivas. Objetivos: ͳͳ formar uma barreira de segurança e conforto ao ciclista; ͳͳ minimizar os efeitos da intimidação aos ciclistas, provocados pela velocidade e pelo peso dos demais veículos; ͳͳ atenuar o efeito dos gases lançados pelos veículos automotores. O plantio de árvores deve ser previsto principalmente quando há ciclovia no canteiro central, locando-as no eixo do canteiro central, entre as pistas cicláveis. As árvores plantadas devem ser não-frutíferas, com copa abrangente, que permitam uma altura livre de no mínimo 3,0 metros e de raiz axial, distantes no mínimo 7 metros uma da outra.
Figura 76. Esquema de canteiro segregador com árvores
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
Figura 77. Esquema de canteiro segregador com espécies arbustivas
ETAPA 4: PLANO CICLOVIÁRIO
29
Implantação do sistema cicloviário
AV. BE RT O CÍRIO
86
7D AV .1
AV. BO QUEIRÃO
AV. V IC
A BLIC
ÁRI NAZ
no s
O
BR-116
R. R
EPU
s do
Si
AV. D O
Rio
TO R
BAR
RET
O
R. RIO GRANDE DO SUL
EA B
RIL
BR-3
Conceitos e critérios para a definição das prioridades
ER AV. SANTOS F
IRA
4 -4
Rio Jacuí
RE
BR
Infraestrutura existente 1 (até 2 anos)
Ú AIR
AV. GUIL HERME SCHELL
Prioridades de implantação
R. C
AV. ENG. IRINEU C. BRAGA
8
Relação com o espaço urbano: o nível de estruturação da Rede que determinados trechos apresentam e como eles se inserem no espaço urbano envoltório, tanto em nível local, como municipal e até metropolitano: ͳͳ CONECTIVIDADE DA CIDADE – MACRO ESCALA: diz respeito à composição de uma rede que atravesse e conecte o Município como um todo, conectando diversos usos e setores e permitindo a intermodalidade, através da conexão com outros modos de transporte. ͳͳ CONECTIVIDADE NOS BAIRROS – MICRO ESCALA: considera a possibilidade do trecho dar mobilidade à população para percursos mais curtos e de caráter local, o que pode impactar a economia municipal através da dinamização dos pequenos comércios de bairro e equipamentos de pequeno e médio porte, como escolas municipais, postos de saúde, ginásios esportivos, mercados, etc. Relação com o uso: diz respeito ao tipo de uso que as pessoas podem vir a vislumbrar em cada um dos trechos, o que se relaciona com a forma com que é encarada a mobilidade por bicicleta no Município e, também, na relação com o espaço urbano. ͳͳ DESLOCAMENTOS DE ROTINA: é considerado o potencial de oferecimento de infraestrutura cicloviária capaz de conectar os principais pontos de trabalho (comércio, serviços e indústria), educação e saúde, que dizem respeito aos deslocamentos obrigatórios e diários da população, aos locais de moradia. ͳͳ DESLOCAMENTOS EVENTUAIS: avalia o oferecimento de infraestrutura cicloviária para conectar os pontos de cultura, lazer e áreas verdes da cidade, que correspondem aos locais de deslocamento opcional e eventual, aos locais de moradia. Relação com a segurança viária. ͳͳ POTENCIAL DE DIMINUIÇÃO DE ACIDENTES: é avaliado como forma de dar prioridade de implantação de infraestrutura às vias onde, atualmente, acontecem maior quantidade de acidentes envolvendo ciclistas.
BR-116
BR
-4 4
8
Para instrumentalizar a Prefeitura no processo de implantação da Rede Cicloviária, direcionar a tomada de decisões e elencar a ordem de prioridade de implantação de cada um dos trechos cicloviários, esses são submetidos a uma Matriz Analítica Multicriterial. A análise multicritério visa conceder a população, aos agentes técnicos e políticos a oportunidade de realizar ponderações sobre propostas alternativas ao atendimento de um objetivo, além de servir para justificar o faseamento ou a ordem cronológica de instalação de cada um dos trechos integrantes das redes propostas. Na sua montagem, são atribuídas notas para cada um dos trechos, considerando critérios técnicos, e ponderando-os segundo pesos distintos, a ser definidos em diálogo com a população (fator social), com a Prefeitura (fator político) e entre os técnicos que estão elaborando este Plano (fator urbanístico). A partir disso, cada trecho tem suas notas somadas para produzir uma lista de prioridades para implantação de cada um desses trechos.
n
2 (até 6 anos) 3 (até 10 anos)
0 Rio
0,5
1
2 Km
Grav ata í
Figura 78. Mapa da prioridade de implantação da rede cicloviária
resultado da ponderação O resultado final considerou a priorização definida pelos diversos agentes e os custos de implantação para o Município e relacionou as fases de implantação as gestões municipais em três períodos: a) até o fim da atual gestão (2 anos); b) a duração da próxima gestão (6 anos deste momento); e c) a duração da gestão seguinte (10 anos deste momento). Para cada um destes períodos se estabeleceram metas gerais de implementação da rede, de 24,3% para os primeiros 2 anos (cerca de 17,5km); de 69,6% (acumulados) para os primeiros 6 anos (totalizando cerca de 47 km) e 100% para os 10 anos a partir da promulgação do Plano (alcançando os 71,6km da rede estrutural).
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
PESOS ATRIBUIDOS PELOS TRÊS GRUPOS AOS CRITÉRIOS DE PRIORIZAÇÃO DE EMPLANTAÇÃO DA REDE Critério (Ci) Peso(pesoCi) Peso(pesoCi) Peso(pesoCi) população técnicos consultores agentes políticos Conectividade macro (C1) 3 3 1 Conectividade micro (C2)
2
2
3
Deslocamentos de rotina (C3)
4
4
4
Deslocamentos eventuais (C4)
1
1
2
Diminuição de acidentes (C5)
5
5
5
ETAPA 4: PLANO CICLOVIÁRIO
30
linha estratégica: gestão
LINHAS DE AÇÃO
ICXXI
PREFEITO MUNICIPAL . orientação e coordenação política e administrativa . gestão de recursos financeiros
COORD.
COORD. EEA
ICXXI
IMPLANTAÇÃO DA REDE CICLOVIÁRIA
SMTM
SMO
MANUTENÇÃO DA REDE CICLOVIÁRIA
COORD. SMTM
PGM
EEA
EQUIPAMENTOS DE APOIO
SMPECI
SMRI
SME
COORD. SMRI
ICXXI
GP
SMTM
SECOM
GP
CAMPANHAS DE DIVULGAÇÃO
COORD.
SMMA
SECOM
PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO
INTERMODALIDADE
COORD. ICXXI
SMPECI
PROMOÇÃO
COORD. SMSU
SMRI
FUNÇÕES DO COMITÊ: . orientar a execução do plano . coordenar ações . garantir a participação da comunidade
LEGISLAÇÃO
COORD. SMTM
SMDUH
ICXXI [COORDENAÇÃO]: . coordenar o Comitê Executivo . acompanhar os processos e ações . monitorar a implantação do plano
GESTÃO
SMTM
SMTM
COMITÊ EXECUTIVO DO PLANO CICLOVIÁRIO
INFRAESTRUTURA
ICXXI
PROGRAMAS E RESPONSÁVEIS
Comitê Executivo do Plano Cicloviário: a ser criado pela Prefeitura Municipal, formado por representantes de diversas esferas da Administração Municipal e por representantes da comunidade, que se reunirá para coordenar e acompanhar a implantação efetiva dos programas e projetos previstos no Plano. Conformado por: ͳͳ Instituto Canoas XXI (ICXXI): coordenar as ações e acompanhar o trabalho dos demais agentes monitorando e aplicando indicadores de desempenho; contratar ou delegar a contratação dos projetos técnicos e a execução das obras previstos no plano; ͳͳ Gabinete do Prefeito: orientar política e administrativamente as ações e garantir recursos nos orçamentos do Município, assim como facilitar e proporcionar as relações institucionais com agentes externos (Trensurb, Metroplan, etc.); ͳͳ Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade (SMTM): coordenar a manutenção da rede cicloviária, coordenar as ações educativas, atuar nas ações de integração modal, colaborar na elaboração dos projetos viários, atuar na fiscalização das obras de implementação e atuar na utilização das vias com infraestrutura ciclável; ͳͳ Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SMDUH): estabelecer a relação do Plano Cicloviário com o Plano Diretor Urbano e Ambiental de Canoas (PDUA), estabelecendo formas de incentivo para o progresso do modal cicloviário; ͳͳ Secretaria Municipal de Relações Institucionais (SMRI): coordenar a implementação do Plano com o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU) além de promover a discussão entre o comitê e a sociedade civil, através das representações da comunidade (Orçamento Participativo, associações de ciclistas, associações de bairro, associações comerciais e empresariais, e outros), de modo a garantir a participação da comunidade em todas as etapas de implantação do Plano e na sua avaliação e revisão; ͳͳ Secretaria Municipal de Projetos Especiais, Captação e Inovação (SMPECI): indicar os instrumentos financeiros a serem utilizados para cada etapa do Plano e atuar na captação de recursos externos para a implantação de infraestrutura e para realização de campanhas de promoção do modal cicloviário.
COORDENAÇÃO E ORIENTAÇÃO
Estrutura de Gestão
COORD.
SMF
SMDUH
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
GP
SMRI
SMDE
ICXXI
GP
PARCERIAS INSTITUCIONAIS
COORD.
SMRI
GP
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE Figura 79. Diagrama da estrutura de gestão do prevista no Plano Cicloviário
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
ETAPA 4: PLANO CICLOVIÁRIO
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PROGRAMAS
AÇÕES Infraestrutura
INTERMODALIDADE Tem por objetivo promover uma maior integração dos modais e, assim, a fluidez do sistema. O modal bicicleta é um importante fator mitigador às deseconomias urbanas (congestionamentos e poluição ambiental), além de já possuir grande número de usuários em Canoas. Os órgãos de planejamento e gestão de Canoas devem adotar medidas para favorecer este modal, em vias a multiplicar a quantidade atual de ciclistas.
Implantar a Rede Cicloviária Estrutural, que conecta os principais nós de transporte público Instalação de bicicletário nas estações do Trensurb
Acesso ao transporte público
Trensurb: a curto prazo, horários estendidos para transportar bicicletas dentro dos vagões; a longo prazo, entrada de bicicletas em qualquer horário, estipulando vagões específicos. Empresas de ônibus: meios de portar a bicicleta no ônibus.
Sistemas complem. Articulação institucional
Sistema de aluguel de bicicletas.
A ação pública deve estabelecer diálogo com a população, de forma a garantir os direitos previstos na Constituição Federal e aos princípios norteadores da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 2.587/2012)
COORDENAÇÃO
ÓRGÃOS ENVOLVIDOS Secretaria Municipal de Relações Institucionais; Gabinete do Prefeito
Nível RMPA: articulação com os demais municípios da RMPA, favorecendo as viagens intermunicipais com bicicleta.
ETAPAS
1. Coordenação com empresas de transporte 2. Coordenação com os demais municípios da RMPA
Nível federal: articulação com a Trensurb
Publicidade de todos os projetos e planos seguida de consulta específica Submissão dos planos e projetos à deliberação do Conselho do Plano Diretor Implementar as políticas articulando com entidades de bairro, desportivas e grupos afins
RESPONSÁVEIS PELA PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE COORDENAÇÃO
ETAPAS
1. Incluir tema na pauta do CMDU 2. Incluir tema no Ágora em Rede 3. Levar projetos da infraestrutura a ser implantada à discussão pública (equipamentos, rede alimentadora,...)
INDICADORES
1. Ferramentas de participação utilizadas 2. Grau de participação
Estabelecimento de observatório da mobilidade voltado para os modos suaves com foco na qualificação da infraestrutura e segurança dos usuários Vinculação das políticas de mobilidade cicloviária aos sistemas de monitoramento e relatórios municipais Orçamento Municipal: prever percentual mínimo para implantação dos programas e ações do Plano Fundo de Mobilidade Urbana: abranger os modais não-motorizados de deslocamento
RESPONSÁVEIS PELOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS COORDENAÇÃO
Secretaria Municipal de Projetos Especiais, Captação e Inovação
ÓRGÃOS ENVOLVIDOS
Secretaria Municipal da Fazenda; Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação; Gabinete do Prefeito
ETAPAS
1. Previsão investimentos inicial 2. Previsão orçamentária fixa 3. Definição e estabelecimento de outras fontes
INDICADORES
1. Investimentos no sistema cicloviário 2. Captação de recursos
Descontos e Isenções de Impostos: recursos diretos ou indiretos provenientes de renúncia fiscal do Município ou de descontos no pagamento de impostos e taxas municipais
INSTRUMENTOS FINANCEIROS O Plano Cicloviário terá, necessariamente, variadas fontes de recursos para a implantação dos seus programas e projetos.
Multas de Trânsito Parcerias Público Privadas
Federal
Percentual vinculado de obras de infraestrutura Trensurb: a Empresa pode ser estimulada a destinar parte de seus recursos para a implantação de equipamentos de apoio e outras estruturas cicloviárias
Sociedade e iniciativa privada
Contrapartida de Empreendimentos
Secretaria Municipal de Relações Instucionais
ÓRGÃOS ENVOLVIDOS Gabinete do Prefeito
Inclusão dos modos suaves nas políticas de mobilidade municipais
Recursos municipais
Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade
Nível municipal: sistema de gestão definido no Plano
Publicação regular de prestação de contas sobre projetos, obras e programas
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
RESPONSÁVEIS PELA INTERMODALIDADE
Contribuição de Melhoria Adoção de Ciclovia ou Equipamento Cicloviário Publicidade e Patrocínios Doações
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
ETAPA 4: PLANO CICLOVIÁRIO
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RELAÇÃO COM OUTROS PLANOS E PROJETOS ͳͳ ͳͳ ͳͳ ͳͳ ͳͳ ͳͳ ͳͳ
Plano Diretor Urbano e Ambiental de Canoas (PDUA) Plano de Mobilidade Outros Planos (arborização urbana, de iluminação pública, de sinalização, etc) Rebaixamento Linha do TRENSURB Aeromóvel Revitalização do Calçadão Projeto da Perimetral Oeste
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
DEFINIÇÃO
EFICIÊNCIA
Eficiência Instrumental
Definida pela relação estrita entre custos econômicos e benefícios que são em geral tangíveis e divisíveis.
Eficiência Política
Definida pela relação entre os ‘custos’ sociais e políticos e os benefícios dele decorrentes.
Eficácia Funcional
Busca avaliar se a política está sendo (ou foi) implementada de acordo com as diretrizes concebidas para a sua execução. Avalia se os meios e a metodologia de implantação do programa estão sendo empregados de acordo com as estratégias previamente definidas.
Eficácia Objetiva
Busca avaliar se o seu produto atingirá (ou atingiu) as metas desejadas. Avalia o sucesso ou fracasso do programa ou projeto, através da comparação entre as metas atingidas e as metas propostas inicialmente.
Objetiva
Está associada à análise e avaliação das transformações ou impactos objetivos (mudanças quantitativas) decorrentes da implementação de um determinada política pública ou programa governamental nas condições de vida da população
Subjetiva
Está associada à análise e avaliação das transformações ou impactos qualitativos (mudanças de valores e práticas dos atores envolvidos) decorrentes da implementação de uma determinada política pública ou programa governamental nas condições de vida da população
EFICÁCIA
Fiscalização Duas frentes: ͳͳ fiscalização da efetiva implantação do sistema cicloviário, conforme cronograma estabelecido; ͳͳ fiscalização de trânsito em relação a motoristas e ciclistas. A responsabilidade destas tarefas caberá à Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade, como já ocorre atualmente.
EFETIVIDADE/ IMPACTO
AVALIAÇÃO É a verificação global do sucesso do Plano Cicloviário. Consiste em atribuir valores às ações desenvolvidas: 1. Promover a acessibilidade e a mobilidade dos ciclistas; 2. Prever uma infraestrutura abrangente; 3. Prever uma malha cicloviária conectada; 4. Promover a integração desse modal com o transporte público.
TABELA DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DO PLANO CICLOVIÁRIO
MONITORAMENTO
OBJETIVOS DO PLANO
É um processo mais detalhado e cotidiano de acompanhamento das ações e, sempre que possível, das variáveis que compõem o diagnóstico. É proposto um conjunto de indicadores auxiliares que permita identificar a evolução de cada um dos seus programas e ações. A compilação dos dados do monitoramento do Plano deverá ser feita anualmente, podendo integrar-se ao documento “Estado da Cidade”, elaborado pelo Intituto Canoas XXI.
Promover a acessibilidade Quantidade de ciclistas no tráfego (contagens de - N° de ciclistas contados nos pontos de contae a mobilidade dos ciclistas ciclistas) gem definidos para o diagnóstico; - Percentual de usuários do modal sobre o total das viagens
INDICADORES O indicador é um fator ou um conjunto de fatores que sinaliza ou demonstra a evolução/desenvolvimento rumo aos objetivos e metas do projeto. Uma das suas características fundamentais é que eles estabelecem certo padrão normativo a partir do qual: 1. Avalia-se o estado social da realidade, construindo-se um diagnóstico que sirva de referência para o processo de definição de estratégias e prioridades; e/ou 2. Avalia-se o desempenho das ações, medindo-se o grau em que seus objetivos foram alcançados (eficácia), o nível de utilização de recursos (eficiência) ou as mudanças operadas no estado social da população alvo (impacto).
Revisão do plano diretor cicloviário A partir dos dados obtidos pelo monitoramento dos indicadores do Plano e na avaliação global dos resultados, deverá ser realizada a revisão do Plano Diretor Cicloviário. A primeira revisão do Plano Cicloviário deverá ser realizada em seis anos, ou seja, no ano de 2021. As revisões seguintes deverão ser feitas de oito em oito anos. A revisão levará em conta a infraestrutra e demais programas implantados e servirá para corrigir o curso do Plano, em razão de mudanças nos cenários social, econômico e político. A exemplo da elaboração deste Plano, é fundamental o envolvimento de toda a comunidade neste processo de revisão. 3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
INDICADOR GLOBAIS PARA AVALIAÇÃO
Prever uma infraestrutura Rede Cicloviária implantada abrangente Equipamentos destinados a ciclistas
UNIDADE DE MEDIDA
METAS A CURTO PRAZO
- Km de rede
- 17,4 km de vias cicláveis
- N° de bicicletários e paraciclos - Adequações de sinalização, iluminação, paisagismo (em km)
Prever uma malha cicloviá- Rede Estrutural implantada - Percentual da Rede Estrutural implantada ria conectada Concentração do fluxo de ciclistas na infraestrutu- - Percentual das vias preferenciais de pesquisas ra cicloviária O-D e qualitativas Promover a integração des- Quantidade e ocupação das vagas de bicicletários - N° de bicicletários se modal com o transporte nos terminais de ônibus e estações Trensurb/Ae- - Ocupação média dos bicicletários público romóvel
- 112 vagas de paraciclos
Quantidade de usuários portando sua bicicleta no - N° de passageiros com bicicletas trem Prover segurança ao ciclista Quantidade de acidentes com ciclistas, pondera- - N° de acidentes leves em seus deslocamentos dos pela gravidade - N° de acidentes fatais
- A serem definidas
Infrações no trânsito relativas ao modal cicloviário - N° de infrações (cometidas por motorista e/ou ciclistas)
ETAPA 4: PLANO CICLOVIÁRIO
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linha estratégica: promoção
A Linha de Ação Promoção discorre sobre os instrumentos para promoção do modal cicloviário e sobre programas de educação passíveis de serem utilizadosno Município. Seu objetivo é informar a população, promover a segurança no trânsito, a conscientização coletiva e consolidar a cultura da bicicleta em Canoas, melhorando a vida dos usuários de bicicleta e atraindo novos adeptos.
AÇÕES
PROGRAMAS
PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO A educação para o trânsito deve sempre priorizar o pedestre e a bicicleta dentre todos os modais. As ações educativas devem ser difusas, de forma a abarcar públicos diversos, e de aplicação continuada, para garantir resultados a longo prazo.
CAMPANHAS DE DIVULGAÇÃO Ações de divulgação e de promoção da bicicleta para valorizar e difundir a cultura da bicicleta e ampliar o número de ciclista na cidade.
PARCERIAS INSTITUCIONAIS
Orientação Comportamental
Educação para a coexistência
Instituições de Ensino
Programas a serem implantados em escolas e em Centros de Formação de Condutores
Material Pedagógico
Publicações de divulgação do modal, cartilhas endereçadas a diferentes públicos sobre legislação, priorização dos modos suaves, segurança no trânsito e de instruções de como o ciclista proceder no trânsito.
Ações de incentivo de uso
Incentivos fiscais para que as empresas criem condições ou programas para que seus funcionários usem a bicicleta no seu deslocamento ao trabalho
Campanhas de promoção
Material gráfico e eventos para informar e sensibilizar a população quanto às vantagens do uso deste modal.
Eventos ciclísticos
Informações veiculadas por diferentes meios para que atinjam a uma gama maior da população: jornais, rádio, websites, redes sociais, outdoors, distribuição de material impresso
Ações facilitadoras
Sistema de compartilhamento de bicicletas; aplicativos para celular da rede cicloviária; etc.
ônibus municipais
Secretaria Municipal de Comunicação; Secretaria Municipal de Relações Institucionais; Secretaria Municipal de Educação
ETAPAS
1. Desenvolvimento de campanhas educativas para motoristas 2. Capacitação dos fiscais de trânsito 3. Desenvolvimento de campanhas educativas para ciclistas 4. Convênios com instituições de ensino 5. Criação de projetos educativos complementares
INDICADORES
1. Número de alunos capacitados 2. Número motoristas/ciclistas capacitados 3. Número motoristas capacitados 4. Pesquisa de satisfação
RESPONSÁVEIS PELAS CAMPANHAS DE DIVULGAÇÃO COORDENAÇÃO
Instituto Canoas XXI
ÓRGÃOS ENVOLVIDOS
Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade; Secretaria Municipal de Comunicação; Gabinete do Prefeito
ETAPAS
1. Publicidade da infraestrutura implantada 2. Elaboração de material informativo 3. Realização de eventos ciclísticos
INDICADORES
1. Público atingido por ações 2. Público presente em eventos 3. Pesquisa de satisfação
RESPONSÁVEIS PELAS PARCERIAS INSTITUCIONAIS COORDENAÇÃO
Secretaria Municipal de Relações Institucionais
ÓRGÃOS ENVOLVIDOS
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico; Instituto Canoas XXI; Gabinete do Prefeito
ETAPAS
1. Parcerias empresas privadas e sindicatos: ações educativas 2. Parcerias cicloativistas: ações de multiplicação/ campanhas 3. Formação de parcerias com empresas privadas para implantação de infraestrutura
ônibus metropolitanos empresas de logística
Setor Produtivo
taxis e outros sindicatos patronais sindicato laborais empresas privadas
Instituições de Ensino
escolas universidades centros de formação de condutores
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ÓRGÃOS ENVOLVIDOS
entidades sociais/ comunitárias empresários locais
Setor de Transportes
Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade
entidades esportivas
Trensurb
Aproximar as políticas municipais: de entidades focadas nas questões de mobilidade para ampliar a visibilidade, legitimidade e alcance social das iniciativas; do setor de transportes, para efetivar a intermodalidade municipal e metropolitana; e do setor produtivo, para fortalecer o uso do modal cicloviário para atividades de trabalho.
COORDENAÇÃO
Apoiar iniciativas já estabelecidas na cidade e estabelecer novos eventos ciclísticos
Publicações nas mídias
Entidades Civis Representativas
RESPONSÁVEIS PELOS PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO
ETAPA 4: PLANO CICLOVIÁRIO
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Nas tabelas ao lado são apresentados os custos de implantação do Plano segundo os dois cenários estabelecidos. Ou seja, num cenário de transição, caso as vias cicláveis sejam implantadas nas vias existentes; e num segundo cenário, considerando que todas as vias cicláveis sejam implantadas nos perfis viários estabelecidos pelo PDUA de Canoas. Somados aos custos da rede, foram calculados também os custos de paraciclos previstos no Plano relativos a instituições e equipamentos públicos; e foram considerados, ainda, gastos para a promoção do modal, através de diversas ações educativas, de estímulo e divulgação.
cronograma de implantação do plano CICLOVIÁRIO
ETAPAS GESTÃO DO PLANO
No diagrama ao lado, é indicada, de forma resumida, uma sequência lógica e factível das ações previstas no Plano Cicloviário. As etapas deste diagrama correspondem às fases de implantação da rede cicloviária, de modo que “ações imediatas” correspondem aos 2 (dois) primeiros anos, “ações concomitantes à implantação da rede” correspondem aos 4 (quatro) anos seguintes e “ações continuadas”, a outras 4 (quatro) anos, somando os 10 (dez) anos previstos neste Plano. O propósito desse esquema é deixar claro a simultaneidade das ações, seja de implantação da infraestrutura, de promoção do modal ou de gestão do plano; e a sua sucessão no decorrer das etapas.
IMPLANTAÇÃO DA INFRAESTRUTURA
Custos e fases de implantação do Plano cicloviário
AÇÕES IMEDIATAS [CURTÍSSIMO PRAZO]
PROMOÇÃO DO MODAL
implantação do plano cicloviário
17,4KM DE REDE ESTRUTURAL
AÇÕES CONTINUADAS [LONGO PRAZO]
AÇÕES CONCOMITANTES À IMPLANTAÇÃO REDE [MÉDIO]
32,4KM DE REDE ESTRUTURAL
21,7KM DE REDE ESTRUTURAL
REDE ALIMENTADORA (EVENTUALMENTE)
REDE ALIMENTADORA (EVENTUALMENTE)
IMPLANTAR PARACICLOS TRENSURB
SUBSTITUIR PARACICLOS P/ BICICLETÁRIOS
PARACIC.+BICICLET. PRÉDIOS PÚBLICOS
CONSCIENTIZAÇÃO MOTORISTAS
CONSCIENTIZAÇÃO CICLISTAS
EDUCAÇÃO ESCOLAR (PRIM. + SECUND.)
CAPACITAÇÃO FISCAIS
CAMPANHAS E MATERIAL DIVULGAÇÃO PUBLICIDADE DA REDE
EVENTOS CICLÍSTICOS
CONSTITUIÇÃO COMITÊ
CAPTAÇÃO DE RECURSOS
GESTÃO + MANUTENÇÃO
ELABORAÇÃO PROJETOS REDE ESTRUTURAL
ELABORAÇÃO PROJETOS REDE ALIMENTADORA MONITORAMENTO
AVALIAÇÃO + REVISÃO DO PLANO
Figura 80. Diagrama ações do Plano Cicloviário e indicação das fases de implementação
CUSTOS DA INFRAESTRUTURA CICLOVIÁRIA E PRAZOS DE IMPLANTAÇÃO, NO CENÁRIO DE TRANSIÇÃO* *IMPLANTAÇÃO DA REDE CICLOVIÁRIA NAS VIAS EXISTENTES Prazo de implantação 1 (até dois anos) 2 (até seis anos) 3 (até dez anos)
Comprimento da rede (m) 17.423,20 32.432,52 21.724,37
Custo da rede R$ 3.552.049,05 R$ 6.253.937,82 R$ 5.973.372,92
Quantidade de paraciclos 96 264 144
Custo paraciclos R$ 27.336,96 R$ 75.176,64 R$ 41.005,44
Custos programas de promoção do modal R$ 536.907,90 R$ 949.367,17 R$ 902.156,75
Custo total
R$ 4.116.293,91 R$ 7.278.481,63 R$ 6.916.535,11 TOTAL = R$ 18.311.310,65
CUSTOS DA INFRAESTRUTURA CICLOVIÁRIA E PRAZOS DE IMPLANTAÇÃO, DE ACORDO COM OS PERFIS DEFINIDOS NO PDUA DE CANOAS Comprimento Quantidade de Custo Custos programas de Prazo de Custo da rede Custo total implantação da rede (m) paraciclos paraciclos promoção do modal 1 (até dois anos) 17.630,91 R$ 3.588.031,99 96 R$ 27.336,96 R$ 542.305,34 R$ 4.157.674,29
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
2 (até seis anos)
32.432,52
R$ 6.004.856,27
264
R$ 75.176,64
R$ 912.004,94
3 (até dez anos)
21.724,37
R$ 4.159.954,88
144
R$ 41.005,44
R$ 630.144,05
R$ 6.992.037,85 R$ 4.831.104,37 TOTAL = R$ 15.980.816,51
ETAPA 4: PLANO CICLOVIÁRIO
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FOTOMONTAGENS
PLANO DIRETOR CICLOVIÁRIO DO MUNICÍPIO DE CANOAS
Fotomontagem da Av. Guilherme Schell com a implantação de ciclovia 3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
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Situação existente na esquina da Av. Boqueirão e Av. A. J. Renner
Fotomontagem com implantação de ciclofaixas unidirecionais
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
FOTOMONTAGENS
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Situação existente na Rua Florianópolis
Fotomontagem com a implantação de ciclofaixas unidirecionais
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
FOTOMONTAGENS
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Situação existente na Rua Quinze de Janeiro, no centro de Canoas
Fotomontagem com a implantação de ciclofaixa no contrafluxo e tráfego compartilhado
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
FOTOMONTAGENS
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Situação existente na Avenida Guilherme Schell
Fotomontagem com a implantação de ciclovia bidirecional, junto ao leito do Trensurb
3C Arquitetura e Urbanismo Plano Diretor Cicloviário do Município de Canoas
FOTOMONTAGENS
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