Grupos pequenos issuu

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Copyright©2015 por Priscila R. Aguiar Laranjeira Todos os direitos reservados por: A. D. Santos Editora Al. Júlia da Costa, 215 80410-070 Curitiba – Paraná – Brasil +55(41)3207-8585 www.adsantos.com.br editora@adsantos.com.br

Capa:   Adilson Proc Editoração:   Manoel Menezes Revisão ortográfica:   Roberto C. de C. Gomes Coordenação Editorial:   Priscila Laranjeira Impressão e acabamento:   Gráfica

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Laranjeira, Priscila R. Aguiar GRUPOS PEQUENOS – Como promover integração, desenvolver relacionamentos significativos e obter crescimento numérico / Priscila R. Aguiar Laranjeira – A.D. Santos Editora, Curitiba, 2015. 236 Páginas. ISBN – 978.85.7459CDD 268.435 1. Igreja em células CDD 253-2 1. 1. Liderança cristã 2. Vida cristã 1ª Edição: Julho / 2015 – 2.000 exemplares. Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:


Dedicatória À minha família – meu primeiro Pequeno Grupo, especialmente aos meus pais Marlene e Florisvaldo Aguiar: vocês são os melhores, são totalmente do Senhor! À Kennely Desirée – minha muito esperada e amada filha. Você me enche de orgulho desde o primeiro momento. Você me inspira e incentiva a prosseguir. Ao meu esposo Milton Laranjeira Júnior – que me apoiou e ajudou a descobrir meu potencial para escrever sobre um assunto que vivenciamos e amamos há mais de vinte anos.

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Agradecimentos A Deus pela inspiração e por permitir-me servir escrevendo o que Ele mesmo coloca em minha mente e coração. Aos meus pais, Florisvaldo e Marlene, que me ensinaram a temer a Deus, a amar a Jesus e a ter o Espírito Santo como orientador e consolador. Aos meus irmãos, Patricia, Aldrin, Rejane, Alexandre e Alex (os meus xodós). À Maria da Conceição Silva, minha avó (a minha Dindinha) que sempre se refere ao meu pai como um homem de fé e à Aneldita Souza Aguiar (a vovó) que mesmo depois dos noventa anos continua firme com Jesus. Ao meu esposo Milton Laranjeira Júnior – casamento é um relacionamento verdadeiramente significativo, é um aprendizado árduo, mas que vale a pena. A Kennely Desirée, minha filha, que à medida que cresce me ensina o valor de ser mãe e ao mesmo tempo amiga. Você é minha grande motivação para seguir em frente, independente de todas as dificuldades. Ao pastor L. Roberto Silvado – meu pastor. Um líder dinâmico e ousado que implantou Pequenos Grupos, não como um modismo, mas como uma estratégia para alcançar vidas. Sob a sua orientação durante 12 anos, meu esposo e eu, atuamos no Ministério de Pequenos Grupos na igreja iii


sob a sua liderança e é desta base sólida que vem minha experiência no assunto que compartilho com paixão e dedicação. Aos meus amigos da A.D. Santos Editora que publicam e investem nos meus textos. Vocês são incríveis! Obrigada. Muito Obrigada. Priscila R. Aguiar Laranjeira

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Sumário Introdução_________________________________ 1 Capítulo 1 Visão Transformadora________________________ 7 A. Permanecer na torre de vigia.............................. 8 B. Escrever a visão.................................................... 9 C. O tempo certo – Aguardar até que Deus mostre a visão............................................ 10 Roteiro – “Vivendo Perigosamente”...................... 12 D. Compartilhar a visão......................................... 16 E. Meditação na Palavra de Deus.......................... 17 F. Outra maneira de perseverar na visão é ouvir o conselho dos mais velhos ou ao menos mais sábios.......................................... 18 G. Investir um tempo em jejum e consagração em favor do projeto. ........................................... 19 H. Observar as evidências circunstanciais também tem relevância, pois elas nos mostram se estamos caminhando na direção certa........... 20 I. Pedir a Deus um sinal......................................... 21 v


Foco no alvo........................................................... 22 Capítulo 2 Relacionamentos Significativos________________ 31 As principais características de um relacionamento são:............................................ 33 A visão de Deus para os relacionamentos humanos.............................................................. 42 Aspectos externos podem inteferir........................ 43 O que são valores?.................................................. 50 Relacionamento real x relacionamento virtual..... 55 Relacionamento é algo sério!................................. 56 Capítulo 3 Como promover integração___________________ 59 Não me pergunte.................................................... 63 Integrar é sempre preciso....................................... 64 O efeito rádio corredor.......................................... 71 O princípio do bambolê......................................... 74 Como integrar os demais ministérios da igreja à estratégia de Pequenos Grupos?...................... 75 Capítulo 4 Como Obter Crescimento Numérico____________ 81 Regras para o crescimento numérico..................... 82 Não desista!............................................................ 82 Abandone a tristeza............................................... 84 Pratique a amabilidade........................................... 86 Pratique a gratidão................................................. 88 vi


Ore sem cessar........................................................ 90 Pratique a verdade................................................. 92 Promova a paz........................................................ 93 Para haver crescimento é preciso um ministério focado na formação de ministros ....................... 96 Para haver crescimento é preciso incorporar o princípio do discipulado ..................................... 96 Deixemos a história do crescimento numérico dos evangélicos por conta do IBGE................... 98 As parábolas do crescimento............................... 100 Cristo no irmão.................................................... 104 Pais espirituais geram filhos espirituais................ 107 Quais são os impedimentos para se tornar um pai ou mãe espiritual?................................. 113 Discipulado um a um........................................... 115 Direções para o crescimento integral da igreja.... 117 Capítulo 5 Estratégias_______________________________ 125 Conceito smart..................................................... 126 O manjar turco..................................................... 128 Estratégias para ser e viver além das expectativas................................................ 132 Que tal tentar o caminho de José? Então comece fazendo mais do que as pessoas esperam de você.............................. 135 Sarando a cidade através das águas purificadoras do Espírito Santo de Deus.......... 139 vii


Simplificando o conceito de liderança................ 140 Estratégias Indispensáveis ................................... 146 Capítulo 6 Pequenos Grupos Multiplicadores_____________ 153 Para multiplicar um Pequeno Grupo multiplique a liderança!.................................... 155 Para multiplicar um Pequeno Grupo conheça seus liderados..................................... 156 Para multiplicar um Pequeno Grupo forme líderes segundo o coração de Deus!................. 158 Ovelhas saradas.................................................... 159 Sugestões para incrementar o Grupo Pequeno... 162 Capítulo 7 Edificação dos Pequenos Grupos______________ 169 Edificar.................................................................. 170 Edificando através do ensino............................... 171 A autoridade dos ensinos de Jesus....................... 172 Os métodos de ensino de Jesus............................ 173 O ensino mais importante de Jesus..................... 174 Capítulo 8 As lutas espirituais ________________________ 177 O ponto preto....................................................... 181 Alguns tipos que integram o Pequeno Grupo:.... 182 O cuidado com a família ..................................... 184 A verdade liberta.................................................. 187

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Capítulo 9 Roteiros dinâmicos________________________ 189 A Palavra de Deus................................................ 191 Ideias para incrementar o encontro..................... 194 Roteiro – Uma vida de esperança........................ 198 Roteiro – Sempre Alerta!.................................... 202 Roteiro – Seja efervescente!................................ 206 Roteiro – O Joio e o Trigo.................................... 209 Roteiro – Tapando as brechas.............................. 213 Conclusão Cada casa uma igreja______________________ 217 Bibliografia______________________________ 221

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Introdução A implantação dos Pequenos Grupos no Brasil é uma realidade bem sucedida há pouco mais de trinta anos. Cada igreja ou denominação adotou a estratégia à sua maneira, dando-lhe o nome que bem lhe aprouve: célula, NEB (Núcleo de Ensino Bíblico), Grupo Familiar, Grupo de Comunhão, etc. O importante é que esta é uma visão transformadora e que funciona. Os objetivos principais de um Pequeno Grupo já esclarecem sua finalidade: – Relacionamentos significativos – Pastoreio mútuo Pastores e líderes sobrecarregados delegaram parte de suas funções, passaram a contar com o apoio dos líderes dos Pequenos Grupos e tiveram suas cargas compartilhadas ou ao menos repartidas. A troca de experiências, o compartilhamento de problemas e soluções agregou diversos valores na vida da igreja e o retorno foi expressivo. – Evangelismo por amizade Ficou mais que comprovado que o Pequeno Grupo é o lugar para evangelizar por amizade. É muito mais simples e mais acessível levar alguém até a nossa casa ou na casa de um grupo de amigos. O encontro é descontraído, mais 1


informal, portanto mais receptivo àqueles que ainda não aceitaram como Senhor e Salvador. – Crescimento numérico da igreja (multiplicação) Quando estes objetivos deixam de caminhar juntos, deixam de ser o foco, a estratégia pode se perder. Muitas igrejas implantam Pequenos Grupos e conseguem manter verdadeiros grupos de comunhão que atendem a expectativa dos relacionamentos significativos e até mesmo o pastoreio mútuo, mas deixam de evangelizar, então, não conseguem cumprir o “ide” de Jesus, nem alcançar crescimento numérico. O Pastor Bill Beckham do Touch Ministries dos EUA conta a história de uma igreja de duas asas que podia voar por toda a terra e fazer a vontade do Criador. Uma asa era o grande grupo e a outra era o grupo pequeno. Conforme a história avança, a serpente orgulhosa que não tinha nenhuma asa veio e convenceu a igreja a voar apenas com a asa do grupo grande, e não usar mais a asa do grupo pequeno. Com isso, a asa do grupo pequeno atrofiou e a igreja não pôde fazer muito mais do que voar em círculos, e gastou muito do seu tempo no chão em sua casa de passarinho. Então, o Criador teve que fazer uma nova igreja com duas asas que pudesse voar novamente para cumprir os seus planos. Cremos tanto na asa do grupo grande como na do grupo pequeno. Cremos que o modelo de ministério de Pequenos Grupos é um modelo bíblico de ministração, que melhor expressa o caráter e a vida de Deus entre nós, que permite que todos os membros sejam ministros (e não apenas o pastor), que é um modelo que trabalha com evangelismo e é transferível para todas as culturas (fazendo dele um modelo para plantar igrejas). 2


Como dá para perceber uma “asa” não funciona sem a outra. Igrejas que implantaram Pequenos Grupos de forma bem sucedida, após dez anos estão deixando a estratégia morrer ou esfriar, desta maneira a pergunta óbvia é: Como evitar que isso aconteça? A resposta é simples: seguindo o modelo de liderança Jesus. O Mestre é atual e seu modelo de gestão dos seus liderados é infalível. Jesus liderava e ensinava por meio de seu exemplo. Talvez você esteja aí pensando: “Ah! Muito fácil para Jesus, afinal, ele é o Filho de Deus”. É verdade! Jesus, o Filho de Deus veio até nós, despiu-se de sua glória e fez-se homem como qualquer um de nós, por isso, sua liderança é ainda mais inspiradora. Em seu ministério na Terra, Jesus Cristo demonstrou piedade e compaixão, emocionou-se, almoçou com ricos e pobres, curou enfermos, contou histórias para exemplificar e reforçar seu ensino (parábolas,) leu a Bíblia em voz alta, retirou-se para orar, meditar e ter íntima comunhão com Deus,alimentou a multidão, perdoou pecados, ensinou e viveu o amor, entre muito mais atos e ações. Hoje, infelizmente, temos líderes que esperam ser tratados de maneira diferenciada, tornam-se, aos olhos de seus liderados, um ser superior, esquecem-se que o Mestre era um Servo Sofredor, obediente ao Pai até a morte, e uma terrível morte na cruz. Para que o seu ministério com Pequenos Grupos seja bem sucedido volte ao primeiro amor. “Entretanto, tenho contra ti o fato de que abandonaste o teu primeiro amor. Recorda-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras.” Apocalipse 2:4 e 5 “Vai e proclama aos ouvidos de todos em Jerusalém o seguinte: ‘Eu me recordo bem do teu profundo e leal amor como minha noiva nos tempos da tua juventude; como 3


recém-casados, estavas apaixonada por mim e me seguias pelo deserto, por terras áridas e ainda não semeadas”. Jeremias 2:2 “Então o Eterno continuou a falar-me: “Proclama, pois, todas estas palavras nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, dizendo: ‘Ouvi e cumpri todos os termos desta Aliança! Jeremias 11:6 Grita, pois, a plenos pulmões, não te contenhas, levanta a tua voz como um Shofar, uma trombeta, e faze ver ao povo a sua própria transgressão, mostra à Casa de Jacó o seu pecado! Isaías 58:1 Israel viu o maravilhoso poder do SENHOR e depositou nele sua confiança, como também em Moisés, seu servo. Êxodo 14:31 Assistimos, horrorizados, as execuções de cristãos pelo mundo afora, oramos choramos e clamamos a Deus por misericórdia e devemos mesmo fazer isso, cada vez com mais intensidade e sinceridade, da mesma maneira devemos orar e falar do amor de Deus às pessoas que perecem ao nosso lado assassinadas em guerras do narcotráfico, perdidas em fortes crises de depressão, sem Deus e sem esperança. Quando falamos de Pequenos Grupos precisamos ter em mente que não é uma onda, um modismo que passa, mas é uma estratégia e esta estratégia é de Deus e quando Deus está na causa ela funciona, dá certo, independente dos opositores. Tomemos o modo como os aviões voam como fator de motivação para continuarmos investindo em nossos Pequenos Grupos. Como o avião voa? Leia o texto de Fernando Badô:

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O básico é vencer duas forças que grudam o “bichão” a terra. A primeira é a resistência do ar contra o avião ou qualquer objeto em movimento. Para superá-la, os aviões usam hélices, turbinas ou foguetes para conseguir um impulso maior que a resistência. A segunda é o próprio peso da aeronave. Nesse caso, é preciso criar uma força mais poderosa que o peso para empurrar o avião para cima – o empuxo. Fácil? Nem tanto, se a gente lembrar um princípio da física traduzido pelo inglês Isaac Newton: toda ação gera uma reação de mesma intensidade, mas com sentido contrário. Ou seja, sempre que os primeiros inventores forçavam o avião para cima (empuxo), a resposta era uma força igualzinha para baixo (peso). E o avião não voava. A solução apareceu em outro princípio da física, enunciado pelo suíço Daniel Bernoulli: quando a velocidade da passagem do ar por uma superfície aumenta, a pressão diminui. Aí, os engenheiros desenharam asas de modo que o ar passasse mais rápido na parte de cima e mais devagar na parte de baixo. Com isso, a pressão na parte de cima da asa fica menor, e na parte de baixo fica maior, certo? Essa diferença de pressão “suga” a asa para cima, gerando um empuxo suficiente para fazer o avião levantar. No ar, pás móveis ajudam a controlar os movimentos laterais e de subida e descida.

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Em um Português bem claro, entendemos que os aviões, essas máquinas complexas e centenas de vezes mais pesadas que o ar, levantam voo com vento contrário. O vento contrário à implantação e ao sucesso do seu ministério com Pequenos Grupos você já tem: pessoas que torcem para que não dê certo, antagonistas, pessimistas, saudosistas e até bem intencionados que acreditam que “como está, está bom”. Use o vento contrário para alçar voo em direção à vontade do pai Celestial, pois ela é sempre boa, perfeita e agradável. Que Deus os abençoe, motive e lhes dê perseverança.

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Capítulo 1

© 2001-2009 HAAP Media Ltd/Andreas Thies

Visão Transformadora

Torre de vigia – Posto de observação, de espera

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A. Permanecer na torre de vigia “Sobre a minha guarda estarei, e sobre a fortaleza me apresentarei e vigiarei, para ver o que falará a mim, e o que responderei quando eu for arguido. Então o Senhor me respondeu, e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler quem passa correndo. Porque a visão é ainda para o tempo determinado, mas se apressa para o fim, e não enganará; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará”. Habacuque 2:1-3 O profeta Habacuque dá algumas diretrizes para que o nosso projeto seja implantado e permaneça de acordo com a vontade de Deus e essas diretrizes são pertinentes em todas as áreas da vida, e, em especial para Grupos Pequenos. Releia o texto acima e note os pontos que são destacados: Quando estamos trabalhando com algo novo, ou que parece novo, é de extrema importância buscar a direção de Deus. O profeta Habacuque nos dá uma dica preciosa quando diz que devemos nos colocar na torre de vigia. É preciso reservar tempo para oração e nem é preciso falar que sem oração pouco ou nada acontece. A oração move o coração de Deus e tem grande eficácia, o melhor é que podemos orar em todo e qualquer lugar e em toda e qualquer hora. Esta “torre de vigia” é um convite para se retirar e investir tempo para falar com Deus. Reserve minutos diários. Anote os principais motivos. Se houver possibilidade ore por um tempo maior. Muitos acreditam que horário e local definidos facilitam a comunhão. PLANEJE orar. Mas, como é isso? Estamos acostumados a enviar SOS para Deus, pedimos: “Deus, me livre de um acidente”; “Deus, abençoa-me 8


nesta prova”, “Senhor Jesus, livra-me de um assalto”, etc., mas quando planejamos orar e deixamos em nossa agenda um determinado tempo para fazê-lo, sabemos que temos um compromisso a cumprir. Lembro-me de um casal de amigos que trabalhava em horários que dificultam que se encontrassem até mesmo para bater papo, que dirá para constituir um relacionamento conjugal saudável! Quando o esposo retornava do trabalho a esposa já estava dormindo e quando ela acordava para trabalhar ele é que estava dormindo. O que fez o casal? Passou a colocar o despertador para acordá-los durante a madrugada quando já haviam descansado um pouco. Eles demoraram um pouquinho a se entusiasmar com a ideia de acordar no meio do sono, mas os resultados na vida a dois compensaram o sono perdido! Qual a sua melhor hora para orar? Ela não existe? Planeje. Permaneça na torre de vigia até que o Senhor confirme a visão.

B. Escrever a visão Meu querido amigo Paulo Segalla, há muitos anos, antes do Google existir como ferramenta de busca teve a mesma ideia. Ele disse que deveria existir algo que hoje todos acessam, mas quando ele teve o insight ELE NÃO FEZ NADA! Poderíamos estar acessando o “Segoogle”, mas como ele não anotou, não escreveu e nem registrou a visão ela simplesmente não aconteceu para ele! Fica a dica: quando surgir a próxima ideia: registre-a. No caso do Google, outro teve a ideia, anotou, escreveu, registrou e a fez acontecer. O mesmo pode acontecer conosco e o nosso projeto de Peque9


nos Grupos. Sabemos o que queremos e em comunhão com Deus temos o direcionamento, mas não escrevemos, não compartilhamos a visão e acabamos por perdê-lo. O profeta diz que devemos anotá-la em letras tão grandes que até quem passar correndo consiga vê-la. Já notou os outdoors ou as grandes placas de sinalização? Qual o papel que elas cumprem? Comunicar-nos algo, nos advertir de determinada situação. Escreva a visão. Adapte à sua realidade. Algumas perguntas que podem ajudar: você é líder de uma igreja ou grupo com, por exemplo, 50 pessoas? Então, pense em começar o seu ministério de Pequenos Grupos com 06 a 08 grupos, mas antes disso identifique quantos líderes estão prontos para dar continuidade á visão. Meus líderes têm disponibilidade de horário? Qual o melhor dia para o encontro? Precisamos providenciar um amplo treinamento antes de implantar? E agora que já estamos desenvolvendo Grupos Pequenos como multiplicar a visão? Anotar o que nos vêm à mente, não deve ser apenas hábito de pretensos escritores, deve ser um hábito frequente de cada pessoa. Uma boa dica é ter um caderninho ou gravador sempre à mão e nisso a tecnologia é uma boa aliada. Antes de dormir veio uma ideia à cabeça? Anote. Teve um sonho bem específico sobre um problema ou algo que tem posto Dante de Deus em oração? Anote. Releia, revise e faça acontecer, sempre de acordo com a vontade de Deus.

C. O tempo certo – Aguardar até que Deus mostre a visão Muitos líderes, quando querem que algo dê certo, quando querem que sua ideia seja aplicada, esperam obter 10


resultados imediatos. Não têm tempo para aguardar até que Deus mostre a visão. Mas, é Deus quem dá a visão, a nós cabe realizá-la. Lemos e relemos Eclesiastes (3: 1-8) e sabemos “que há tempo para todas as coisas”, no texto de Habacuque o profeta reforça que “a visão é ainda para o tempo determinado, mas se apressa para o fim, e não enganará; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará”. Este é o tempo para Grupos Pequenos. Por quê? Com o advento da Internet pessoas de todas as classes sociais e de todas as idades estão buscando relacionamentos. Muitas vezes são surpreendidas com relacionamentos falsos ou superficiais. Muitos conseguem teclar por horas, no entanto, não conseguem conversar olho no olho por alguns minutos. Este é o tempo para estar em um encontro com um número menor de pessoas. É importante lembrar que quando nos reunimos o fazemos para meditar, compartilhar a Palavra de Deus ou conversarmos sobre temas relativos à ela ou ao nosso Deus. Quando um Grupo Pequeno torna-se exclusivamente um grupo de comunhão (e aqui não estamos falando de nomenclatura, mas do fato) conversa-se sobre todos os assuntos: futebol, novela, filhos, política, crise financeira, viagens... Quando nos encontramos à luz da Palavra de Deus os temas podem ser os mesmos, mas o objetivo é aprendizado para a vida, por meio de princípios e valores morais atemporais e isso faz toda a diferença! Exemplo: Roteiro “Vivendo Perigosamente”

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© 2001-2009 HAAP Media Ltd/Vivek Chugh

Roteiro “Vivendo Perigosamente”.

1. Devocional Amado irmão e amigo, Você sabe quais os maiores perigos que a Internet pode oferecer? Você tem convivido com a pornografia oferecida até mesmo em comerciais aparentemente inocentes. Qual a sua reação: repúdio ou aceitação? Provavelmente nem se lembre mais, mas há cerca de trinta anos era praticamente inconcebível um beijo na televisão e hoje vemos muito mais que beijos! Acostumamos com o que vemos repetidamente e quando nos damos conta o que parecia horrível e imoral torna-se comum e na 12


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