Se Cristo e os Apóstolos Vivessem Hoje - “a Igreja da Pós-modernidade e seus desafios”

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Copyright©2013 por Rui Ferreira

Coordenação editorial: Priscila Laranjeira

Todos os direitos em Língua Portuguesa reservados por:

Revisão ortográfica: Roberto Carlos de C. Gomes

A.D. SANTOS EDITORA Al. Júlia da Costa, 215 80.410.070 – Curitiba – Paraná – Brasil 55 (41) 3207-8585 www.adsantos.com.br editora@adsantos.com.br

Capa: Igor Braga Diagramação e projeto gráfico: Adilson Proc Impressão e acabamento: Gráfica Pessoa

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) FERREIRA, Rui Se Cristo e os apóstolos vivessem hoje / Rui Ferreira – Curitiba : A.D. Santos Editora, 2013. 14x21 cm. ; 152p. ISBN 978-85.7459-333-3 1. Apologética. 2. Doutrina. 3. Heresiologia. I. Título.

CDD 239

1ª Edição: Novembro / 2013 – 2.000 Exemplares

Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:

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Dedicatória Acima de tudo e de todos dedico esta obra ao Senhor da Palavra, que constantemente tem colocado no meu coração um amor e desejo de conhecê-Lo melhor e servi-Lo com inteireza. Dedico também às pessoas que eu mais amo: Maria Inês Gomes Ferreira, esposa e companheira. Guilherme e Letícia, filhos queridos. Rebecca, minha netinha. Jheniffer e Willian, nora e genro, acréscimos essenciais à nossa família. Dedico, ainda, a minha querida mãe Sebastiana Esmeria Ferreira (in memoriam) e a meu pai Eurípedes Ferreira, pela vida exemplar, pelo caráter, por todos os preciosos legados de ensinamentos que ambos nos deixaram. Agradeço de modo singular à Priscila. R. Aguiar Laranjeira pelas contribuições relevantes na revisão e estilo final ao conteúdo. A todos os meus irmãos e irmãs, aos familiares, e a todos os filhos e filhas de Deus, sejam estes estudiosos das Sagradas Letras, ensinadores da Preciosa Palavra de Deus, aos pastores autênticos na concepção da palavra, aos líderes e, sobretudo, a todos aqueles que buscam imitar a Cristo.

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Prefácio A inspiração em escrever esta obra surge na busca por respostas para a Igreja da contemporaneidade, com questionamentos na vida de Cristo e dos apóstolos, especialmente Paulo, Pedro, João, Tiago e Judas. Fazendo uma releitura destes autores e de seus textos, encontramos indagações concretas para fazer frente à Igreja que passa por uma profunda crise de valores cristãos, morais, éticos e de identidade. O verdadeiro cristão se credencia, se autentica, se deixa perceber pelo fruto do Espírito Santo, fruto de justiça e pelo amor que reparte com seu próximo. Em muitas circunstâncias, para se distinguir entre a mensagem verdadeira e a falsa, é preciso acurar a percepção, visto que as diferenças podem ser tênues quando não confrontadas com as Sagradas Escrituras. Entretanto, quando a ótica bíblica é passada de forma ortodoxa, os resultados são perenes. Pretendo, em uma analogia histórica bíblica, trazer para os nossos dias, as verdades e as necessidades de mudanças e transformações que o Texto Sagrado propõe para efetivamente sermos uma igreja autêntica, na qual Deus será louvado, glorificado e adorado na vida diária de seus filhos e filhas. Que o Pai Celestial nos capacite. Rui Ferreira

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Sumário

Introdução

Capítulo 1 Sacerdotes, Sumos Sacerdotes, Saduceus, Escribas, Fariseus, Essênios e herodianos

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Capítulo 2 E se Paulo visitasse, pregasse e ensinasse nas igrejas hoje?

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Capítulo 3 Como o pragmático Tiago se comportaria na atualidade?

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Capítulo 4 O que o apóstolo Pedro falaria para a igreja da contemporaneidade?

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Capítulo 5 Quais seriam as impressões de João, o “Apóstolo do Amor”

121

Capítulo 6 Judas pouco escreveu, mas qual mensagem ele deixou para os cristãos?

129

Capítulo 7 E as pregações empiristas?

135

Capítulo 8 A Igreja da pós-modernidade

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Conclusão

143

Referências

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Notas

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Introdução “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”. Atos 2.42, ARC O Cristianismo em seus primórdios viveu a autenticidade daquilo que Cristo propôs para uma vida onde o amor pudesse ser praticado, o relacional vivenciado dentro do conceito que é chamado de “koinonia” (comunhão) e a plenitude da cristandade na concepção da palavra. É lamentável, chegando a ser lastimável, estarmos vivenciando hoje uma comunidade cristã com seus relacionamentos tão somente no grande auditório (templo), exclusivamente nos momentos de culto. Muitos ainda denominam isto de koinonia. Mas, será comunhão um relacionamento tão superficial no qual o irmão não conhece o nome do outro irmão? Hoje é ensinado e pregado que a igreja deve crescer! Muitos pastores e líderes religiosos estão interessados somente no quesito “quantidade”. Cabe uma pergunta: por que os números são mais relevantes? Será que estão preocupados efetivamente com o futuro eterno das pessoas ou apenas na temporariedade? Evidentemente o crescimento da eclésia (igreja) é indispensável, porém, se não vier acompanhado de uma vida transformada, será mais uma filosofia farisaica ou, conceituando melhor, como disse um dos mais célebres mártires da cristandade do regime nazista, Dietrich Bonhoeffer: “a graça barata”, isto é, aquela que anuncia a salvação

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sem a necessidade de arrependimento e de tranformação de vida, sendo, portanto, sem os frutos eternos. Estamos presenciando o Cristianismo ser reduzido a conceitos, a uma meia dúzia de verdades, marcado por palavras e atitudes “sem amor”, interesseiro e evidenciado pelas aparências. Uma das estratégias para o crescimento da igreja, na visão de muitos líderes religiosos é a tática de “dar trabalho ao novo convertido”, tão logo o neófito faz sua profissão de fé, passa a “trabalhar na igreja”, o que evidentemente é nobre e salutar, porém, existem advertências do apóstolo Paulo a Timóteo em sua primeira carta, que o novo na fé à frente de um trabalho eclesial, se não observá-las, poderá trazer destruição espiritual para ele e para o corpo de Cristo: “não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo (1 Tm 3.6). É priorizado o “fazer” e não o “ser”. Muitos ensinam e pregam que deve se buscar mais e mais do Espírito Santo: “ser cheio do Espírito” e “ter mais do Espírito Santo, para falar em línguas, profetizar, curar os enfermos, expulsar os demônios”. Será que a pergunta não seria: quanto o Espírito Santo tem de nós? Quando os pressupostos e princípios bíblicos nos mostram o caminho do pragmatismo (prática) e do modelo (exemplo) como fundamentos para o crescimento da igreja, devemos seguir as orientações bíblicas, como as que o apóstolo Paulo escreve a Timóteo: “tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Tm 4.16). Tal como nos dias de Jesus, hoje também, em muitas comunidades evangélicas, é vivida uma hipocrisia religiosa, em contraste com o modelo de viver piedoso que Cristo e os apóstolos ensinaram e praticaram. Evidentemente, com as transformações da sociedade, mudaram os meios, mas os fins permanecem os mesmos, onde este pensamento é verdadeiro: “muitos líderes e pastores estão mais interessados, não no bem das ovelhas e sim, nos bens das ovelhas”. Na perspectiva de muitos cristãos, quando uma pessoa frequenta a maior quantidade de cultos possível, participa

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Introdução  |

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das atividades da igreja, faz ofertas generosas e é fiel dizimista, estará com isto “cumprindo suas obrigações com Deus” e estará com sua consciência religiosa em paz. Mas será esta a perspectiva de Jesus? Nem sempre muita atividade religiosa significa vida piedosa. Uma das maiores indagações que devemos fazer é: se Jesus, o autor da moral, o justo em sua essência, vivesse na contemporaneidade, como seria sua postura diante de tanta confusão, diante do individualismo? Como Ele agiria onde ser o melhor é o principal? Diante da superficialidade religiosa, da religião para uso pessoal e, muitas vezes, unicamente na promoção de empregos familiares, enriquecimentos pessoais? Como seria se o incisivo apóstolo Paulo chegasse nessas comunidades e nos cultos onde não se prega mais a Palavra de Deus e, quando é pregado é anunciado somente o que as pessoas querem ouvir e não o que Deus quer que as pessoas ouçam? Cultos que parecem mais uma reunião de encontro social, e com fortes evidências de religiosidade, com louvores enfadonhos e sem conteúdo bíblicos, demasiadamente repetitivos? É triste dizer, mas muitas vezes é mais um “mantra gospel” (“o mantra gospel é caracterizado pela repetição, em canções, de algumas palavras e frases durante alguns minutos”). Cultos onde o sentimentalismo é incentivado e exacerbado, valorizam o pregador que se apresenta como no palco do picadeiro buscando e levando entretenimento aos irmãos, procedendo como um auditório de artistas, e propagando apenas uma vida temporal, sem a preocupação eterna de si mesmos e das outras pessoas. Como seria se o apóstolo Pedro se deparando com falsos mestres e com pastores que apascentam a si mesmos, imaginando que a igreja ou o rebanho são sua propriedade privada, para obtenção de lucro das lãs das ovelhas ou mesmo como garantia de voto na próxima eleição? João, cognominado o apóstolo do amor, como reagiria e pregaria para nossa comunidade cristã que se reúne, incessantemente nas igrejas, para tratar de intermináveis e repetidos assuntos

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eclesiais, mas não incentiva e não vive um tempo pessoal com outras pessoas visando o estímulo do amor praticado sem interesse de recompensas no tempo presente? Como João se sentiria ao ver a igreja sem motivação para a evangelização, desprezando, não contribuindo e nem estimulando a missão que Cristo incumbiu a todos os cristãos? O pragmático Tiago, o que diria ao encontrar uma igre­ja elitizada, que privilegia um grupo por mera bajulação de liderança, interesse e apoio eclesial? Que privilegia a contribuição financeira? Uma igreja onde os valores mundanos tais como: bens, títulos, posição social e a fé sentimentalista, são as prioridades? Uma comunidade que privilegia os mais favorecidos e trata os de menor condição financeira como mais um para preencher as lacunas dos templos? Judas, embora tenha nos legado poucas palavras em sua carta, deixou nuanças de como confrontaria e agiria diante de tantos líderes e pastores que apascentam a si mesmos, com muitas promessas que não se realizam “sendo nuvens sem águas”, parecendo ser, mas definitivamente não sendo o que se apresentam. Estes autores e escritores nos trazem problemáticas e questionamentos vivenciados em seus dias e que voltaram com intensidade hoje, no entanto, a situação se agrava quando não estudamos as Santas Escrituras. Precisamos visualizar a realidade eclesial com um olhar crítico e com percepção bíblica. As decepções e frustrações de grande parte das comunidades evangélicas poderiam ser minimizadas, até mesmo eliminadas, se andássemos nos conselhos da Palavra de Deus. Mas nem tudo está perdido! Em todas as eras sempre existiu um remanescente, um grupo zeloso. É nessa proposição que vamos caminhar nas próximas páginas.

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Capítulo 1

Sacerdotes, Sumos Sacerdotes, Saduceus, Escribas, Fariseus, Essênios e herodianos “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus”. Mateus 5.20, ARC Jesus Cristo, o Deus encarnado, sempre demonstrou amor, misericórdia e compaixão por seus contemporâneos sofredores e escravizados por dominadores. Notabilizou-se por sua resignação e indignação, principalmente contra os líderes religiosos: sacerdotes, saduceus, escribas e, notadamente, os fariseus. Essas classes re­li­ gio­sas eram “os mediadores sagrados” de uma sociedade extre-

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mamente religiosa, pobre e cega no contexto do conhecimento dos textos sagrados. Viviam a “Idade Média”, o obscurantismo antecipado. Nos Evangelhos estão narradas e registradas diversas circunstâncias e porções significativas, onde Jesus dialogou e teve calorosas controvérsias com estes grupos religiosos que predominavam na Judeia. Nos tempos de Jesus, estes agrupamentos da classe dominante religiosa judaica eram respeitados e até venerados por seus compatriotas judeus. Vamos conhecê-los desde sua formação e atribuições no contexto da cultura dos judeus.

Os Sacerdotes “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. 1 Pedro 2.9, ARC Sacerdote – substantivo hebraico, kõhen ‘sacerdote, sacerdócio’, tem suas origens no Antigo Testamento. O termo kõhen era usado para se referir não só ao sacerdócio hebraico, mas aos ‘sacerdotes’ egípcios (Gn 41.40; 46.20; 47.26), aos ‘sacerdotes’ filisteus (1 Sm 6.2), aos ‘sacerdotes’ de Dagom (1 Sm 5.5), aos ‘sacerdotes’ de Baal (2 Rs 10.19), aos ‘sacerdotes’ de Quemós (Jr 48.7) e aos ‘sacerdotes’ de Baalins e de Aserá (2 Cr 34.4,5). No grego hiereus, ‘aquele que oferece sacrifícios e tem encargo das coisas pertencentes a esse respeito, é usado acerca de: (a) o ‘sacerdote’ do deus pagão Zeus (At 14.13); (b) os ‘sacerdotes’ judeus (por exemplo, Mt 8.4; 12.3,5; Lc 1.5 [onde é feita a alusão aos 24 turnos dos ‘sacerdotes’ designados ao serviço no Templo; cf. 1 Cr 24.4ss]; Jo 1.19; Hb 8.4). (c) os crentes (Ap 1.6; 5.10; 20.6). Como leciona VINE; UNGER; WITER JR (2006, p.p. 271. 272 e 964).

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O sacerdócio ou corpo sacerdotal foi ordenado por Deus. Arão e seus filhos foram designados para esse cargo que se perpetuou na família e a ela era restrito (Ex 28.1; 40.12-15; Nm 16.40). Este agrupamento de sacerdotes era dirigido pelo sumo sacerdote ou sacerdote maior. Entretanto, o historiador Lucas escreveu que não havia so­men­te um sumo sacerdote, como era a tradição bíblica, existiam dois sumos sacerdotes: “Sendo Anás e Caifás sumos sacerdotes, veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias.” (Lucas 3.2)

Os Sumos Sacerdotes “Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve.” Lucas 22.26, ARC São pertinentes estes comentários (DAVIS 2006, p.p. 75, 206 e 207) descrevendo os sumos sacerdotes: Anás (forma grega da palavra Hananiah, ‘Jeová tem sido gracioso’) – nome de um dos príncipes dos sacerdotes, no tempo do ministério de João Batista, Lc 3.2; Jo 18.13-24, cerca do ano 26. Josejo escreve Ananos, forma que é mais chegada ao hebraico. Anás foi nomeado sacerdote no ano 7, por Quirino, governador da Síria, e deposto desse cargo por Valerius Gratus, procurador da Judeia, no ano 16. Tinha cinco filhos, que também eram sacerdotes. Anás era sogro do sumo sacerdote, Caifas (antig. 18.2, 1,2; Jo 18.13). Anás não atuava como sumo sacerdote quando Jesus foi preso, mas como era pessoa de grande influência, ainda conservava o seu título, Lc 3.2; At 4.6. Jesus foi levado à casa de Anás, Jo 18.13, que o examinou, remetendo-o em seguida à casa de Caifás, seu genro, que era o pontífice daquele ano. Anás fez parte do conselho ou tribunal a que compareceram Pedro e João e foi um dos seus arguentes, At 4.6”. Caifás (no grego, ‘depressão’) – José Caifás foi nomeado para exercer o cargo de sumo pontífice por Valério Gratus, imediato predecessor de Pôncio

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Pilatos, no ano 18 da era cristã, Antig. 28.2,2. [...] Caifás profetizou a morte de Jesus e falou da sua importância em termos que estavam acima de sua convicção, dizendo:‘Vós nada sabeis, nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação’ Jo 11.39-52; 18.14. Foi no seu palácio que se reuniram em concílio os príncipes dos sacerdotes e os magistrados do povo para resolverem sobre o modo de prenderem Jesus, Mt 26.3-5. Quando aprisionaram nosso Senhor, ele foi conduzido ao palácio de Anás, que mandou levar à casa de Caifás, Jo 28.24, de onde saiu para o pretório de Pôncio Pilatos. Plenamente responsável pelo assassinato judicial de um prisioneiro inocente, Caifas tomou parte no processo de Pedro e João, apóstolos de Cristo, At 4.6. No ano 36, Vitélio, governador romano na síria, o despojou do seu ofício, Ant. 18.4.2”.(4)

Também vamos observar este importante comentário: Todos eles foram sumos sacerdotes ao mesmo tempo. É claro que isso era impossível. Lembrando que não bastava ao sumo sacerdote ser da Tribo de Levi, mas também tinha que ser da família de Aarão. E, na época, quem era da família de Aarão era Zacarias, e também Isabel. O que quer dizer que se as regras fossem mantidas, João Batista seria o sumo sacerdote nos tempos de Jesus. Quando houve a subversão no templo de Deus, Ele foi para o deserto e levou o seu Sumo Sacerdote. E como o sumo sacerdote não podia se vestir como os homens comuns, mas também ele não podia vestir as vestes sacerdotais, ele usava pele de camelo. Também como o sumo sacerdote não podia comer a comida dos homens comuns, mas também não podia comer os pães da proposição, nem a carne dos sacrifícios, ele foi comer mel silvestre e gafanhoto. Era o protesto de Deus contra o que eles estavam fazendo na sua casa. João Batista veio como profeta que anunciaria quem era o Messias, mas também veio como sumo sacerdote para indicar qual era o Cordeiro Pascal que nos livraria dos nossos pecados, pois somente o Sumo Sacerdote tinha autoridade de dizer qual era o Cordeiro que deveria ser imolado por toda a nação. E é no deserto que João começa a pregar o Reino de Deus que é maior que uma etnia, que um povo, que um lugar, do que uma nação, do que uma cultura. Mateus 3:2 “Arrependei-vos, pois está próximo o reino dos céus”. Responda a pergunta: Você sabe quais eram os pecados que João Batista ordenava que todos se arrependessem? Seria adultério? Prostituição? Mentira?

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Vícios? Pensamentos impuros? Parece que esta era uma pregação muito genérica. Mas tinham pessoas que estavam se arrependendo, que tinham entendido o que ele estava falando.

De modo propositado mencionei toda a história dos sacerdotes e dos sumos sacerdotes, para evidenciar o quando a política prostitui a religião e influencia negativamente a vida da igreja. Não estou fazendo e muito menos defendendo um antagonismo entre religião e política, porém, devido à triste história do Judaísmo e a política romana do primeiro século, a igreja precisa ser desvinculada da política, mas não separada. A igreja deve influenciá-la e todas as instituições do estado, e não a política e o estado gerenciar a vida da igreja, pois será nefasto ao Cristianismo estar sob a tutela da política e do estado. Sabemos que a igreja precisa conviver e respeitar todas as instituições, mas a verdadeira autoridade sobre a igreja deve ser as Sagradas Escrituras. Contextualizando a historicidade dos sacerdotes e dos sumos sacerdotes, poderíamos elencá-los e trazer suas aplicações para o nosso contexto, pois como disse o sábio Salomão as histórias se repetem: “O que foi isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol” (Ec 1. 9), e hoje não diferente. Os sacerdotes deveriam ser colocados como sendo o conjunto de líderes, pastores e pastoras de nossas igrejas onde, para exercer seu ministério, necessitariam ter o chamado pastoral de Jesus, como disse o apóstolo Paulo: “e ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores (Ef. 4.11). No entanto, o que ocorre? Existem inúmeros pastores (as) que não foram chamados para o ministério pastoral de Jesus, mas alguns foram chamados para serem apóstolos, profetas, outros evangelistas. Mas então, por que nas igrejas e nas congregações estão exercendo a função de pastores(as), sendo que efetivamente não possuem o chamado? Como pode acontecer isto?

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O título honorífico de pastor(a) traz prestígio na comunidade e muitos lutam para consegui-lo, mesmo não tendo o ministério. Como nos dias de Jesus, muitos são colocados como pastores(as) de igrejas por amizades com “sumo sacerdotes”, a saber, os pastores líderes regionais e os de influência político religiosa. Muitos se autointitulam estabelecendo suas igrejas e ministério, Paulo também nos ensina sobre essa situação: “verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade” (Fl. 1.15). O apóstolo menciona três categorias de pastores e pregadores, os que estão no ministério por inveja, por porfias ou contendas e outros de boa vontade: • A classe dos invejosos – Indivíduos que não possuem o ministério pastoral, mas têm um ardente desejo de ser pastor ou pastora. Fundam igrejas, e outros fazem de “tudo” para ter a sua própria igreja, e até conseguem, porém, vivem um ministério marcado pelo egocentrismo e pelas aparências, sendo evidenciado pelo ardente desejo de possuir um grande templo e muitas “ovelhas” em seu rebanho. • Os pastores(as) que estão no ministério por porfias – Disputa, competição ou rivalidade. São aqueles que não têm compromisso com Deus, são insubordinados. Muitos, sob desavenças, saem das igrejas, estabelecem seus próprios ministérios, outros querem ter um tempo maior que o templo do outro pastor e com mais membros, no entanto, não têm a firme vontade de fazer a vontade de Deus. • A classe dos de boa vontade – O terceiro conjunto de líderes e pastores(as) são aqueles que têm o chamado do Mestre, que de fato pregam a Cristo por amor a Deus e à sua Palavra, levam Deus a sério e tratam os indivíduos com amor e respeito, estes são os de boa vontade. Eles têm a preocupação com as pessoas e visam o bem estar familiar, espiritual e principalmente eterno das “ovelhas”. Não podemos nos esquecer de que as ovelhas são de Deus e não de uma pessoa em particular.

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Todavia, como no terceiro agrupamento de pastores, pre­ci­sa­mos deixar muito bem definida e clara a existência de i­nú­me­ro que ensinam a preciosa Palavra, são cooperadores da seara de Cristo, pastores(as), pregadores e muitos que fundaram seus próprios ministérios, sem inveja e sem rivalidade, mas de boa vontade, isto se deu porque o dogmatismo e a religiosidade de muitos templos e denominações os impediram de realizar a vontade e a obra de Deus de forma concreta, e só conseguiram depois que estabeleceram suas próprias igrejas. Estes não podem ser discriminados e nem é de nossa competência, pois Jesus falou sobre eles: “quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha” (Mt 12.30). Somos sabedores da história da igreja quando olhamos para a Reforma e estudamos Lutero; ele não queria mudar de igreja, mas reformá-la seguindo a Palavra de Deus e o clero não aceitou. Hoje é divulgado que se uma pessoa sai de uma denominação e estabelece um novo ministério, os antigos líderes dizem: “esta pessoa era um dos que faziam “rebelião”, “insubordinação”, “era contra nossos princípios”, “não tinha a mesma visão”, “sua crença era diferente” ou pensamentos semelhantes; no entanto, precisamos verificar biblicamente se isto aconteceu por esses fatos ou foi devido a um chamado de Deus e, ainda, por não compactuar com a hipocrisia de seus líderes. O prudente é verificar se este novo líder está ensinando e pregando heresias, se isto estiver acontecendo devemos reprová-lo, e se estiver contribuindo para o Reino, devemos pedir a Deus que o abençoe. Devemos separar o “joio do trigo”, o falso do verdadeiro. Existem inúmeros pastores e líderes que efetivamente têm um profundo amor e temor a Deus, e que não designam pastores para as igrejas e congregações por partidarismo, conchavo ou acordo eclesial, mas fazem a vontade de Deus e trabalham com pessoas que efetivamente têm compromisso com o Senhor e com os membros de suas igrejas.

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Mas como identificar um pastor verdadeiro? O apóstolo Paulo em sua primeira carta a seu filho na fé e pastor Timóteo, tece as qualidades que devem marcar a vida de um verdadeiro pastor (a): Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?); Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo (1 Tm 3.1-7). Este texto deixa bem compreensíveis as evidências das principais características que devem marcar vida e ministério de um pastor, entretanto, vamos destacar algumas palavras: “convém, pois, que o bispo seja irrepreensível”. Quantos “pastores” são dignos de severas repreensões, pois não ensinam e não pregam a verdadeira Palavra de Deus? Vivem uma vida de hipocrisia, regalia e luxo? Outros não praticam o que pregam, o que ensinam e o que falam? Compram e não pagam, prometem e não cumprem, marcam compromissos, horários e não realizam? É evidente que “não estão interessados no bem eterno das ovelhas, estão interessado nos bens temporais das ovelhas”, dão enormes escândalos em sua comunidade e no Reino de Deus e, com isto, não entram pelo caminho de Jesus e impedem que outras pessoas sirvam a Cristo. “Vigilante” – Muitos líderes não vivem esta prática e, por não vigiarem, causam inúmeros escândalos no meio cristão.

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Sóbrio – No grego é o adjetivo sõphrõn, denota “de mente sã”, este vocábulo é o contraste de bêbado; mostra para um líder equilibrado, não embriagado com as riquezas e que não tem a mente e o coração sobrecarregado com os mesquinhos interesses hedonistas e egoístas. Hospitaleiro – No primeiro século, nos tempos de Jesus e dos apóstolos, havia falta de hotéis e estalagens para hospedar as pessoas, isto graças a Deus não ocorre em nossos dias. Pastores(as) hospitaleiros(as) são aqueles que recebem a “ovelha” em sua casa, na igreja ou vão à procura dela para ouvir suas necessidades. Aqueles que vivem da obra e são assalariados devem ter uma agenda com espaço reservado para visitar as pessoas que estão no seu rebanho, principalmente, quando estas estiverem doentes ou com problemas familiares. Caso seja uma igreja com muitos membros, eles deverão estar cercados de outros pastores(as) para auxiliá-lo neste importante trabalho, neste assunto Tiago também orienta: “portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tg 1.19). Apto para ensinar – Todo líder deve estudar e conhecer muito bem a Palavra de Deus, muitos não têm este pré-requisito e não têm pré-disposição para buscar aperfeiçoá-lo, vivem uma vida de falatório e ociosidade, e quanto vão pregar e ensinar falam de tudo, menos da Palavra de Deus, pois não têm conhecimento bíblico e, desta forma, seus ensinamentos e sermões parecem uma “colcha de retalho”; a saber: falam diversos assuntos, porém, sem foco, não pregam uma mensagem expositiva dos textos bíblicos. Quando discorrem sobre assuntos, variados passam a sua ideia, muitas vezes podem estar incorretos, e, após a mensagem, ninguém guarda o que ouviu, pois não tem significado, por isso as ovelhas sob a sua orientação não têm vida transformada. Não Avarento [não ganancioso] – No grego literalmente “não amante do dinheiro”. É bom nos lembrarmos de que quando as 12 tribos estavam prestes a adentrar na terra de Canaã, o Senhor ordenou que a tribo de Levi não tivesse parte da terra como herança

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(Dt 10.8-9), este princípio, nos ensina que os levitas (especialmente separados para viver ministrando o louvor) seriam sustentados pelas outras 11 tribos. Que governe bem a sua própria casa – no grego “proistemi”, literalmente, “estar antes”, por conseguinte, “conduzir, dirigir, a­ten­der a”, resumindo: ser um modelo de cristão, ser exemplo para a os filhos e para a família, intrui-la nas Sagradas Escrituras. Andar na Palavra de Deus e conduzir seus filhos na doutrina sagrada, dirigir sua casa na busca constante da comunhão com Deus e com o semelhante, atender às necessidades de sua família nos aspectos afetivos, segurança e todas as condições para um desenvolvimento cristão e social. Tendo seus filhos em sujeição – Sendo exemplo de obediência na Palavra de Deus e no caminho do Senhor. Igualmente, tendo seus filhos no mesmo estilo de vida, de piedade reverência e obediência a Deus. Com toda a modéstia (porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?) – palavra grega para este contexto é “semnotetos”, isto é, conduta respeitosa, que tenha respeitabilidade perante sua família, vizinhos e com o seu próximo. Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo – o adjetivo neófito no texto grego neophutos, significa literalmente “recentemente plantado”, denota novo convertido, noviço, não necessariamente nos infere que deva ser uma pessoa madura ou velha, ma ser um cristão que tenha um bom tempo de caminhada com Cristo, com experiência, conhecimento e prática da Palavra de Deus. As consequências de se colocar uma pessoa nova no ministério e sem a vivência cristã é incorrer na condenação do diabo, a saber, o orgulho: “e tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante

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ao Altíssimo” (Is 14.13-14). Hoje são extremamente numerosos os escândalos devido aos neófitos à frente de grupos de cristãos. “Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo”. Os acadêmicos dizem que “o nervo ótico é menor que o nervo auditivo, no entanto, a pessoa aprende mais vendo que ouvindo”. É ser exemplo, como o adágio: “as palavras falam aos ouvidos, o exemplo fala aos olhos”. Cair nos laço do diabo, é ouvir alguém dizer: “para ser cristão ou evangélico como aquela pessoa, é melhor ficar assim mesmo, sem ir a igreja”. Jesus nos traz este alerta: “e disse aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem!” (Mt 18.7). Desta forma, se tornam pedras, fazem outros tropeçarem, formam obstáculos e constroem barreiras devido à sua conduta irresponsável e não piedosa e, sem vida transformada, impedem a conversão de muitos. Considerei tão somente algumas recomendações neste contexto bíblico, devemos observar outros textos e recomendações onde o apóstolo Paulo orienta a Timóteo, líder e pastor na cidade de Éfeso: “[...] mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza. Persiste em ler, exortar e ensinar [...]” (1 Tm 4.12-13, parcial). Paulo instruiu a outro filho na fé, Tito, que também pastoreou a comunidade cristã na ilha de Creta: Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós. Exorta os servos a que se sujeitem a seus senhores, e em tudo agradem, não contradizendo. Não defraudando, antes mostrando toda a boa lealdade, para que em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador (Tt 2.7-10).

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O Espírito Santo trouxe inspiração ao apóstolo Pedro na escolha de líderes eclesiásticos: Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória (1 Pe 5.1-3). É necessário estudar esses vocábulos para compreendê-los integralmente. Pretendo, mesmo sem muitos aprofundamentos, comentar estas porções bíblicas: “apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância”. Parafraseando, os pastores devem apascentar e cuidar do rebanho confiado pelo Senhor, não por força, no grego é o adjetivo “anagkastos”, literalmente, “obrigado”, “forçado”; não com coação, obrigação ou forçadamente, mas voluntariamente ensinando-os a amar e servir ao Sumo Pastor. “Nem por torpe ganância”, no grego, aischrokerdõs denota “avidez por lucro vil”. Os líderes ou pastores devem estar desprovidos de desejos na obtenção de lucros dos cristãos, o amor altruísta pelo rebanho deve ser o princípio a direcionar a relação com os membros de sua congregação. “Mas de ânimo pronto”, no grego, é o adjetivo “prothumos”, “de bom ânimo”, “de boa vontade”, “com entusiasmo”, “com prontidão”, ou seja, a motivação não deve ser a obtenção de lucros, mas fazer com alegria, estando ciente de que eles cuidam dos filhos e filhas de Deus e a recompensa eterna vem do Senhor.

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