Copyright©2016 por João Carlos Folle Todos os direitos reservados por: A. D. Santos Editora Al. Júlia da Costa, 215 80410-070 Curitiba – Paraná – Brasil +55(41)3207-8585 www.adsantos.com.br editora@adsantos.com.br
Capa: Rogério Proença Editoração: Manoel Menezes Acompanhamento Editorial: Priscila Laranjeira Impressão e acabamento: Gráfica Exklusiva
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) FOLLE, João Carlos Santidade – Uma vida que agrada a Deus / João Carlos Folle – A.D. Santos Editora, Curitiba, 2016. 160 Páginas. ISBN – 978.85.7459-393-7 1. Vida Cristã – Igreja 2. Liderança Cristã 3. Eclesiologia CDD: 262-1 1ª edição: Setembro de 2016. Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte.
Edição e Distribuição:
Agradecimentos
À minha esposa Maria Helena, companheira inseparável. Aos meus filhos Ana Claudia, Elias e Samuel. Ao meu genro Jackson e à minha nora Gabrielly. Aos meus netos Anna Gabriela, Gabriel e Bernardo.
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Prefácio
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uito tem se falado, debatido e apreciado a respeito do tema santidade. No entanto, nos vemos pequenos quando a buscamos pelo nosso próprio esforço, por se tratar de algo que somente o Eterno possui em sua totalidade. Somente Ele é Santo, e nós, Suas criaturas, a conquistaremos somente por meio e através Dele. A leitura desse livro, sem dúvida alguma, o fará compreender um pouco mais acerca desta temática tão cativante. Até mesmo porque seu escritor, João Carlos Folle, é um homem simples como você e eu, mas que tem amado ao Senhor como poucos em uma dedicação singular e constante. Grandes foram suas provações e revezes, sem, no entanto, perder sua paixão por seu Deus e Senhor! Não há incertezas quanto ao seu caráter e suas experiências pessoais com Deus o qualificam para nos ensinar um pouco a respeito dessa questão tão importante. Tenho o privilégio de ser um dos instrumentos que levaram esse autor a render-se ao tão Maravilhoso e Santo Deus. Pastor Nilson Garcias de Alvarenga Curitiba – Paraná
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Sumário
Agradecimentos_______________________________ iii Prefácio______________________________________ v Introdução___________________________________ 9
1. A Santidade de Deus________________________ 11 2. Buscando a Santidade_______________________ 15 3. O Preço Para Viver em Santidade_______________ 25 4. As Pessoas me Veem Vivendo em Santidade?________ 33 5. Santidade: Um Estilo de Vida__________________ 43 6. Santidade no Exercício do Ministério____________ 53 7. Santidade na Vida Sentimental_________________ 65 8. Santidade no Casamento______________________ 75 9. Santidade na Política________________________ 83 10. Santidade: Uma Ordem de Deus______________ 93 11. Santidade: Por Que Somos o Templo do Espírito Santo___________________________ 107
12. Santidade: Dentro e Fora da Igreja____________ 117 vii
13. Santidade: na Mordomia___________________ 127 14. Santidade: Por Toda a Vida_________________ 135 15. Santidade: Um Processo ContĂnuo____________ 145 ConclusĂŁo__________________________________ 155 Bibliografia_________________________________ 157 Roteiro para Estudo do Livro____________________ 158
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Introdução
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eus precisa estar em primeiro plano em nossa vida, mas, infelizmente, a grande maioria não pensa e nem vive assim. No entanto, se você realmente estiver disposto a um relacionamento verdadeiro com Ele, lembre-se que, desde o Gênesis, o Pai Celestial sempre quis relacionar-se com sua criação. Para uma vida de santidade é preciso fé e confiança. – Crer em Deus implica em obediência. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” (João 14.21). – Sem santidade ninguém verá a glória de Deus (Hebreus 12.14). – Deus é maravilhoso. Sua graça é incompreensível. Ele é santo, puro, maravilhoso e sem pecado, não fugiu da sua missão, mesmo sendo dolorosa e difícil de suportar. Maior que o amor de Deus por nós é o seu zelo por sua Palavra. Santidade: Viver no mundo, mas não andar como o mundo anda. “Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver. Porquanto está escrito: sede santos, porque eu sou santo” (1 Pedro 1.14-16). 9
SANTIDADE é lutar contra a carne diariamente e não fazer aquilo o que ela quer. É obedecer a Deus, nos afastar daquilo que não O agrada. É nos afastar daquilo que nos afasta de Deus, o pecado. É sermos imitadores de Cristo, andar como Ele andou e seguir tudo aquilo que está em Sua palavra. É se separar para Deus, não andar segundo os padrões do mundo, mas segundo os padrões de Deus! “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade. Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra. Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor” (2 Timóteo 2:19-22). Santidade é não dar lugar às coisas da carne: “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é a morte; mas a inclinação do Espírito é a vida e paz. Porquanto, a inclinação da carne é inimizade contra Deus; pois não está sujeita a sua lei, nem em verdade pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”. Quer viver em santidade? Busque a agradar a Deus. Busque o conhecimento de Sua Santa e Bendita Palavra e CREIA – Deus fará grandes coisas em você e por você. 10
1 A SANTIDADE DE DEUS
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as, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1 Pedro 1.15). A Bíblia mostra em 1 Pedro 1:16 uma preocupante ordem de Deus para seus filhos: “... sede santos porque eu sou santo”. Este imperativo é aparentemente inalcançável e dificílimo de cumprir, dado a nossa natureza humana. a) Surge em nossa mente algumas indagações sobre essa exigência, como: b) Seria Deus implacável e intransigente em determinar uma tão grande responsabilidade como essa?
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Santidade – A qualquer preço
Pareceria insensível da sua parte colocar sobre os ombros da criatura amada, um tão grande compromisso, dificílimo de ser cumprido? Conhecendo bem o nosso Criador, repensamos as duas colocações acima. Para entender melhor essa ordem de sua parte, esse desejo do seu coração – que sejamos santos – podemos pensar em Deus como líder de sua equipe que coloca alguns objetivos, algumas metas para atingirmos e a santidade seria uma delas, que tentamos alcançar, com muito esforço e dedicação; alguns com mais, outros com menos dificuldade mas, tanto um como outro receberá o estímulo para aprimorar, para aperfeiçoar ainda mais. O que conta de fato é o amor por Ele, a dedicação e o esforço empreendido para atingir esse objetivo e nessa trajetória vamos sendo aperfeiçoados, abençoados e aprovados por Ele. O que conta também é a sinceridade com que nos achegamos a Ele. A sinceridade é um requisito indispensável para aqueles que buscam viver sua vida de santidade, pois a Bíblia nos diz no Salmos 51.17: “A um coração quebrantado e contrito, Deus não desprezará”. Nessas duas palavras: quebrantado e contrito, está a essência da sinceridade. Somente com vontade e verdade absoluta podemos tocá-lo. Contrário a isso está uma palavra muito usada em o Novo Testamento, hipocrisia, que tem o sentido de encenação de palco, peça teatral, onde a realidade passa longe. Esse é o lado negativo das Leis da suposta Santidade. a) Santidade de Vitrine é descartada é reprovada. A parábola do “Fariseu e o Publicano” contada pelo Senhor Jesus em Lucas 18.9-14 mostra claramente um exem12
1. A Santidade de Deus
plo de santidade de vitrine apresentada pelo Fariseu. O que contava para ele era o que os outros achariam ao ouvir suas palavras cheias de altivez e orgulho que não poderiam jamais tocar o coração de Deus. Nossas atitudes vão muito além das palavras. O salmista deixa claro isso no Salmos 131 que diz: “Senhor, o meu coração não se elevou, nem meus olhos levantaram, não me exercito em grandes assuntos e nem em coisas elevadas demais para mim. De certo eu fiz calar e sossegar a minha alma para contigo, espera Israel no Senhor desde agora e para sempre, amém!”. Por sua vez, essa oração mostra o esvaziamento, desejo algum de aparências. “Sou apenas o que sou” e não tenho pretensão de ser nada mais. “Convêm que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3.30). b) Santidade (Ostentação Discreta). Este tipo de Santidade está aliada a desejo sincero, a bom comportamento como cristão e até mesmo com grandes bênçãos advindas das mãos de Deus e porque não dizer de um relacionamento verdadeiro com Deus. Esse tipo de Santidade, muitas vezes brota do coração, com um comportamento natural do ser humano, que é contemplado pelo próximo como alguém de valor acima do que realmente é. Mas, ele é tão sutil que engana até o coração que aparentemente seja sincero e verdadeiro. A Bíblia diz “enganoso é o coração, quem o conhecerá?” Eu digo quem conhece esse coração: apenas Deus o conhece verdadeiramente. Podemos perceber esse comportamento através de um personagem bíblico, um dos homens mais próximos de Deus no Antigo Testamento – Moisés. Em Êxodo 24.35 lemos 13
Santidade – A qualquer preço
que Moisés insiste com Deus no desejo de vê-lo. Ele queria mesmo contemplar com seus olhos a glória de Deus. Ele tanto insistiu com Deus que o Senhor permitiu vê-lo, mas com certa restrição. Moisés somente poderia vê-lo pelas costas entre a rocha. Assim Deus apareceu e o resplendor da sua presença foi tão intensa que o rosto de Moisés passou a brilhar intensamente. Quando ele desceu, lhe contaram que seu rosto brilhava, pois Moisés não o havia percebido. Quando ele percebeu, surgiu em seu coração um desejo de preservação daquele brilho intenso, pois isso com certeza lhe trouxe um sentimento de satisfação interior por ser o único que até aquele momento tivera esta tremenda experiência. O que passava no seu coração não era um sentimento prejudicial a ninguém, em se tratando de pessoas, mas Deus sabe o que passa lá no íntimo do coração. c) Santidade Real (Rendição) o desejo que normalmente temos de auto contemplação não nos permite perceber o que realmente importa, e o que é importante é o que Deus espera de nós e não o que as pessoas acham ou pensam ao nosso respeito. Essa essência verdadeira, honesta e sincera é de fato Santidade. Apenas nos enquadramos como santos se formos isentos de qualquer ideia de lucro a respeito da nossa conduta com os outros. O caminho é render-se àquele Companheiro, Amigo, Consolador, Ajudador que é o Espírito Santo. Está claro que santidade não se consegue sozinho, é uma parceria entre o homem e Deus.
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