Superando a dor do luto issu

Page 1


Copyright2009 por Marcos Kopeska Paraízo Todos os direitos em língua portuguesa reservados por: A. D. Santos Editora Al. Júlia da Costa, 215 80410-070 - Curitiba - Paraná - Brasil +55(41)3207-8585 www.adsantos.com.br editora@adsantos.com.br

Capa: PROC Design Projeto gráfico e Editoração: Manoel Menezes Impressão e acabamento: Gráfica Betânia

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) PARAÍZO, Marcos Kopeska. Superando a dor do luto – Quando vai passar? – Marcos Kopeska Paraízo – Curitiba: A. D. SANTOS EDITORA, 2009. 80 p. ISBN – 978.85.7459-156-8 CDD 236 – 1. Morte 2. Vida após a morte 3. Ressurreição dos mortos CDD 248 – 1. Oração 2. Meditação, contemplação 3. Normas de conduta cristã 1ª Edição: do autor 5ª Edição: Outubro / 2011 – 2.000 exemplares Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:


P REFÁCIO Marcos Kopeska é um pastor de almas. Escreve com sensibilidade e profundidade. Suas palavras são como bálsamo. Seus ensinos são bíblicos. Seus conselhos são terapêuticos. É uma subida honra escrever o prefácio deste livro, e isso por algumas razões: Em primeiro lugar, por conhecer o autor da obra. Marcos não é como um escritor que despeja palavras vazias, distante de seus leitores, encastelado numa torre de marfim. Ele é um homem do povo. É um conselheiro empático, um pregador consagrado, um mestre erudito, um escultor do eterno. Ele não é um teórico. Sua vida referenda sua obra. Suas experiências e cicatrizes falam mais alto que suas palavras. O triunfo pessoal diante das lutas da vida o credenciaram a erguer-se no cenário da nossa dor para nos tomar pela mão e nos por de pé. Em segundo lugar, por conhecer a obra do autor. Este livro é um manual de consolo. É um compêndio enxuto de sabedoria. O livro é sucinto, mas profundo. Os conceitos aqui iii.


exarados são tônicos para a alma, remédios para o coração, energia para a vida. Leia este livro com o coração aberto, com a alma sedenta. Levante os olhos aos céus e dobre seus joelhos na terra. Permita que o Bálsamo de Gileade desça como orvalho sobre sua vida. O luto é uma dor imensa, mas o consolo divino é maior do que a dor do luto. Há esperança em Cristo. A morte já foi vencida. Seu aguilhão já foi arrancado. Ela não tem mais a última palavra. Caminhamos não para um túmulo gelado, mas para uma manhã radiosa de esperança. Nossas lágrimas são enxugadas. Nossos corpos surrados pela doença e tombados pela morte são despertados e levantados da sepultura como corpos imortais, incorruptíveis, poderosos, gloriosos, como o corpo da glória de Cristo. Nossa vida não consiste apenas na saga vivida entre o berço e a sepultura. Fomos destinados para a glória. Nossa Pátria está no céu! Em terceiro lugar, por conhecer o Deus do autor da obra. Marcos é um homem de Deus. O que o credencia para escrever esse precioso livro é o Deus a quem ele serve. Marcos não é grande, mas seu Deus é transcendente. Marcos não é forte, mas seu Deus é onipotente. A dor do luto não pode ser vencida por meras palavras humanas. A fonte do consolo para a dor do luto está em Deus. A esperança para prosseguirmos de força em força está em Deus. Ele é o manancial da vida. iv.


Ele é o consolador que enxuga nossas lágrimas e nos carrega no colo. Conhecer o Marcos foi um privilégio. Conhecer o Deus a quem o Marcos conhece é a experiência mais bendita da vida. Isso, porque ele conhece, serve e ama o Deus vivo, criador, sustentador e redentor. A vida sem esse Deus é uma caminhada inglória, mas a vida firmada nele é uma aventura bendita, uma jornada gloriosa, mesmo passando pelo vale da sombra da morte. Recomendo a leitura deste livro. A minha ardente expectativa é que essa preciosa obra alcance milhares de corações e seja uma fonte de consolo para os enlutados! Hernandes Dias Lopes

v.


vi.


S UMÁRIO INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Capítulo 1 DIFERENTES SITUAÇÕES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1. Perda súbita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2. Perda paulatina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 3. Perda por aborto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 4. Perda de filhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 5. Perda por suicídio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Capítulo 2 FASES DO LUTO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 1. Choque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 2. Negação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Tenho que admitir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 3. Ira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Onde estava Deus?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Sinto-me culpado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Isto foi injusto! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 4. Depressão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Tristeza com propósito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 vii.


Lamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 O lento esvair da dor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 5. Aceitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Perda superada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 6. Reorientação da vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 Cuidados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Capítulo 3 REAÇÕES DURANTE O LUTO . . . . . . . . . . . . . . . . 35 1. Emoções. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 2. Indecisão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 3. Auto castigo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 4. Insensibilidade à perda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 5. Hiperatividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 6. Mudanças nos relacionamentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 7. Reações Físicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Capítulo 4 O QUE DIZER ÀS CRIANÇAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 1. O que falar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 2. Como falar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Transmissão de segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Capítulo 5 AS PERDAS NOSSAS DE CADA DIA . . . . . . . . . . . . 47 Quem nunca perdeu? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 A administração das perdas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 viii.


Capítulo 6 NOSSA ESPERANÇA MAIOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 1. A certeza da vontade de Deus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 2. Para o cristão a morte não é separação eterna . . . . . . . 57 3. Jesus venceu a morte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 4. O próprio Cristo compreende a dor da separação . . . . 58 5. A presença confortadora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 6. Fé é esperança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 NOTAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

ix.


x.


I NTRODUÇÃO

Todos nós ouvimos as mesmas palavras quando nos defrontamos com a infausta realidade da perda de queridos: Para morrer basta estar vivo. Você ainda é jovem e poderá ter outros filhos. Todos nós um dia passaremos por isso. A morte é a única certeza que temos. Poderia ter sido muito pior. Sim, as intenções de consolo podem ser sinceras e solidárias, mas é fato que há momentos nos quais precisamos ir além, mais a fundo na questão da vulnerabilidade existencial e compreender o quadro maior da perda. Conforme o Dr. Gary Collinsi, tentamos amenizar o trauma vestindo o corpo, cercando de flores ou velas, e usando palavras como “ele se foi” ou “partiu”, em vez de “morreu”, mas não podemos transformar a morte em algo bonito. Nós, cristãos, somos confortados pela certeza da ressurreição final, mas isso não elimina o vazio e a dor de sermos forçados a nos 1.


I NTRODUÇÃO

separar de alguém que amamos. Quando temos um encontro com a morte, nos defrontamos com uma situação irreversível, inalterável, que não podemos mudar. John Bowlbyii afirma que a perda de uma pessoa amada é uma das experiências mais intensamente dolorosas que o ser humano pode sofrer. É penosa não só para quem experimenta, como também para quem observa, ainda que pelo simples fato de sermos tão impotentes para ajudar. Para a pessoa enlutada, apenas a volta da pessoa perdida pode proporcionar o verdadeiro conforto; se o que lhe oferecemos fica aquém disso, é recebido quase como um insulto. Rubem Olinoiii escreve que na realidade ninguém está suficientemente preparado para morrer e isso se deve ao fato de que o ser humano foi criado para a vida. A morte é um acidente. É algo estranho. É uma situação de agressão. Todas as idades e culturas consideram traumático o pensamento da morte: ele choca, intranquiliza, enerva. Por todo o mundo, as pessoas ficam embaraçadas e gaguejam se você lhes fala sobre a morte. Em toda a parte, a experiência de privação, ou a morte de um amigo, abala as pessoas até o âmago; em todos os lugares, a expectativa da morte lança os inválidos em um desespero apático. Dezenove vezes a Bíblia chama de

2.


S UPERANDO A D OR DO L UTO

“sombra” a perspectiva da morte, e esta figura expressa muito bem o que sentimos a respeito dessa nossa inimigaiv. Parto do princípio de que quando visualizamos os contornos do escarpado caminho que estamos a palmilhar, cobrimo-nos com forças para a superação. Quando conhecemos as etapas desta trilha tão íngreme e solitária, nos sentimos mais seguros. Não existe uma fórmula mágica ou uma equação precisa para lidarmos com a dor da perda ou com qualquer outro evento no âmbito das emoções. Billy Graham escreveu que o luto é, com certeza, algo que a maioria de nós tem que enfrentar em algum momento da vida. “Quando a morte nos separa de alguém que amamos, passamos por um período em que chegamos a pensar que nunca ninguém sofreu o que estamos sofrendo. Mas acontece que a melancolia é universal.” A maneira como enfrentamos esse período é que é particular e pessoalv. Superando a Dor do Luto procura oferecer alívio ao sofrimento dos que, com pesar choram suas perdas, trazendo compreensão e luz sobre o processo de luto, isto sob uma perspectiva pastoral e numa linguagem desprovida de elementos intrincados. Se este singelo trabalho contribuir para o alívio dos que sofrem em meio aos vales sombrios da perda, terá alcançado seu propósito. 3.


4.


Capítulo 1 D IFERENTES S ITUAÇÕES

Existem diferentes reações frente às diversas formas de perdas. Estudos mostram, por exemplo, que é mais difícil se lidar com uma morte inesperada. É mais difícil aceitar a morte de um filho do que do cônjuge ou pais. O nível de dependência do falecido também afeta a aceitação da morte. Vejamos algumas destas reações.

1. PERDA SÚBITA A perda inesperada é mais difícil de ser absorvida. Não há como assimilar com facilidade a morte em forma de golpe rápido e fatal. Não houve o esvair lento da vida, afofando o terreno das emoções e preparando os corações para a notícia 5.


D IFERENTES S ITUAÇÕES

derradeira. O infarto fulminante, o estúpido acidente de motocicleta, o atropelamento brutal, o suicídio indecifrável ou o assassinato rápido e cruel. Em cada um dos casos o choque é excessivamente intenso, portanto há uma demora em avançar para as demais etapas do processo do luto. Albert Hsuvi explica que tristeza normalmente refere-se a uma perda normal, esperada, como a morte em consequência da idade avançada ou de uma doença prolongada. Trauma, todavia, é definido como “a experiência de algo chocante que aconteceu a alguém (física ou psicologicamente) e que produz um tipo de dano interior que afeta a habilidade de agir de forma normal. Os que passam pela experiência de uma perda súbita estão sempre em conflito com essas duas realidades, tristeza e trauma. Basta observarmos a dificuldade que a própria sociedade tem em digerir a perda repentina de seus ídolos. Dez anos depois da morte dos Mamonas Assassinas alguns programas de TV ainda ocupam considerável espaço para refletir sobre a ausência repentina do grupo. O mesmo pode-se dizer de Elvis Presley, Jonh Lennon, Ayrton Senna e outros.

6.


S UPERANDO A D OR DO L UTO

2. PERDA PAULATINA Um jovem marido sabia que a esposa era vítima de uma doença letal e conviveu meses com a penosa certeza de que ela morreria. As constantes idas ao hospital inspiravam-lhe saudades antecipadas. Quando a esposa morreu, ele já havia vivido boa parte do luto. Por isso a recuperação da perda da mulher e a retomada da vida não tardaram. vii Quando o sofrimento é dosado e a perda se dá paulatinamente, dia após dia, a assimilação é mais rápida. Famílias que tiveram perdas de queridos por doenças degenerativas absorvem a realidade da morte com maior facilidade. Em alguns casos a morte passa até mesmo a assumir o papel de solidariedade, pondo um fim a um sofrimento angustiante e prolongado do ente querido.

3. PERDA POR ABORTO É muito comum as pessoas não processarem o luto mediante a perda por aborto, já que não houve o nascimento nem a morte convencional. Não obstante, não podemos negar que houve sonho, ideal e espera. As roupinhas talvez já estivessem separadas, o quarto decorado e o nome escolhido. 7.


D IFERENTES S ITUAÇÕES

É evidente que se sinalizou a morte de um ser amado e o luto precisa ser processado em todas as suas etapas. As lágrimas são necessárias e o recolhimento é salutar. Também são muito comuns palavras que tentam minimizar a perda: Não se preocupe, logo vem outro. Mas as coisas não são assim. Fatos mostram o lado obscuro deste luto não elaborado. A Dra. Maria Helena Brombergviii depois de entrevistar sessenta senhoras que tiveram perdas por aborto na juventude, descobriu que algumas, devido ao trauma, à dor contida e a falta da oportunidade de externar a tristeza, nunca mais conseguiram engravidar.

4. PERDA DE FILHOS O ciclo natural da vida é o filho sepultar o pai. Quando este ciclo é inverso e os pais sepultam os filhos, além do inumar de uma vida interrompida, ali está um sonho obstruído descendo ao jazigo frio. Há uma dificuldade maior em assimilar uma perda precoce. Prova desta diferença acentuada são as expressões de negação durante os funerais de jovens e adolescentes. Certo pai, mesmo depois de anos após a perda do filho, ao escutar o barulho de uma motocicleta em frente à casa, ia 8.


S UPERANDO A D OR DO L UTO

para a janela, abria a cortina, como que a esperar o filho. O instinto lhe fazia negar a realidade e repetir o ritual de espera noite após noite. O subconsciente dizia que o rapaz estava para chegar da faculdade a qualquer momento e que dali a pouco entraria sorridente pela cozinha abrindo a geladeira.

5. PERDA POR SUICÍDIO O suicídio é a forma mais cruel de alguém dizer adeus. Não há chance para apelação ou reconsideração. O suicídio é uma declaração pública de protesto contra a vida, contra pessoas ou contra situações. Uma turbulência forma-se instantaneamente após o fato. Alguns sentimentos são comuns nesta ocasião, mas o maior é o misto de fracasso e culpa. Pais entram em conflitos e se auto-punem com vigor: Onde falhamos com nosso filho? Por que não fui um melhor pai? Na verdade até mesmo terapeutas clínicos em algum momento precisam lidar com a perda de pacientes por suicídio. Stephanie Ericssonix diz que o pior de tudo é que jamais poderemos perguntar ao suicida: “Por quê?” Estima-se que entre 25% a 50% dos especialistas, psicólogos, psiquiatras, terapeutas e conselheiros já tenham perdido alguma batalha neste nível.x É fundamental refletir que, em 9.


D IFERENTES S ITUAÇÕES

maior ou menor escala de responsabilidade, a decisão de tirar a vida foi própria e individual. Outro sentimento comum é a vergonha frente aos fortes estigmas da sociedade. É embaraçoso dizer que temos um suicida na família. Como lidar com o conceito que irá se formar ao nosso redor? Como lidar com o tabu? E os estigmas que rodeiam a questão? É importante observar que, além da tristeza, suicídio traz o trauma. É uma perda “potencializada”. A tristeza normalmente refere-se a uma perda normal , esperada, enquanto o trauma é algo chocante que aconteceu a alguém e que nos rouba a habilidade de agir de maneira normal.xi Segundo Anne-Grace Scheininxii, o suicídio não acaba com a dor. Ele apenas a coloca debaixo das asas quebradas dos sobreviventes. Todos estes sentimentos irão perdurar por algum tempo de forma mais intensa que nas outras perdas, mas são superados.

10.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.