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Ainda Aprendendo Depois de Todos Estes Anos
Depois de quase 50 anos de aviação agrícola e mais ainda de instrução de voo, ainda estou aprendendo sobre a aviação agrícola. Digo a meus alunos que ao final de seu segundo ano de aviação agrícola, eles pensarão que dominaram a arte. Porém, ao final do terceiro ano, eles dirão algo como “uau, estou muito melhor do que no ano passado”! E espero, isto continuará assim até que eles finalmente possam pendurar o velho balde craniano (capacete, para os veteranos).
Às vezes, nós instrutores podemos ter a tendência de deixar passar algo que consideramos como fato bem conhecido, mas que um novato pode nunca ter pensado a respeito. Uma vez, tive um jovem fazendo meu curso de transição para turbinas e fui lembrado de algo que aparentemente eu não tinha enfatizado o bastante, ou talvez até tenha omitido totalmente.
No segundo voo em nosso Thrush, subimos a 3.000 pés e fazemos três estóis com motor, um estol com potência de decolagem, um estol de velocidade (com a bolinha centrada) e finalmente um estol de velocidade com os comandos cruzados, o qual realmente chama a atenção deles. Durante os anos 50 e 60, este era um estol no qual muitos veteranos entravam inadvertidamente em seus Stearman 220 ou 450. No Thrush, estamos vazios quando fazemos estes estóis, e eu explico sobre como o fator carga sobe exponencialmente a medida em que o ângulo de inclinação e o peso total aumenta. No dia seguinte, em nosso último voo, com mais de 1.100 litros a bordo, nós tivemos estas leis da aerodinâmica e da física brutalmente relembradas quando puxamos sobre algumas árvores ao final de um “tiro” e começamos nossa primeira curva do “balão”, para a esquerda. Tínhamos um vento sul em nosso “tiro” para o norte, então começamos uma subida suave e antecipada. Mas quando começamos a primeira curva, com apenas 1520 graus de inclinação, o avião subitamente e quase sem aviso trepidou com alguma violência. Nós dois levamos o manche a frente e nivelamos as asas imediatamente. Uma velha lição reforçada!
A três mil pés, vazio, bem abaixo da velocidade de manobra e deliberadamente entrando no estol, nós sabemos exatamente o que está por acontecer e estamos preparados para aquilo. Mas quando acontece a 200 pés e você não está esperando, ele faz uma marca forte no disco rígido do seu cérebro. Estóis acelerados com os comandos cruzados são raros hoje, mas ainda acontecem. Puxadas e curvas com carga pesada e vento de cauda são condições especialmente precárias.
Sei que isso não é nenhuma novidade para a maioria de vocês, mas pode ser algo que os pilotos veteranos possam querer enfatizar para um novato.
Assim, voem seguros, divirtam-se e ganhem dinheiro.