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Aviação Agrícola se Prepara para a Temporada de Incêndios 2020

Com chegada do período de calor e tempo seco no entro Oeste e Sudeste em julho a setembro, empresas investiram em aperfeiçoar o combate às chamas

Como ocorre todos os anos, agrícolas do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil se prepararam nos últimos meses para a temporada de incêndios em reservas e lavouras nas duas regiões, que vai de julho a setembro. Exemplos nesse sentido ocorreram no sudoeste goiano, onde duas empresas associadas ao Sindag realizaram cursos com pilotos e pessoal de apoio.

Uma delas foi a Tradição Aero Agrícola, do município de Caiapônia, no sudoeste de Goiás. A empresa promoveu um treinamento de dois dias, com parte teórica em 2 de junho e prática no dia 3. O curso teve a participação dos cinco pilotos que se revezarão na prontidão para chamados contra incêndios, junto com os mecânicos, técnicos e outros funcionários que atuam no serviço.

Os instrutores foram a especialista Mônica Sarmento e o piloto Sepé Barradas. “A turma já tinha experiência contra fogo, mas achamos melhor aperfeiçoar o grupo, trazendo gente de peso para falar sobre coordenação com as aeronaves, aproximação e ataque ao fogo, por exemplo”, explica o empresário Lourival Lopes Freitas. Cada piloto teve que realizar cinco lançamentos de água, simulando combate a chamas.

Aproveitando o início da entressafra – quando há uma pausa no trato de lavouras, a empresa terá três aeronaves Ipanema (com motor a pistão e capacidade para 950 litros de água cada) de prontidão. Com o suporte de uma caminhonete e dois caminhões para transporte de combustível e equipamento.

Conforme o empresário, os casos de incêndios ocorrem principalmente nas lavouras de cana-de-açúcar e milho. “Na palhada e nas plantas em pé. Aqui nós não áreas de eucalipto ou outras florestas, mas às vezes também temos que proteger nascentes e algumas áreas verdes, completa. “Todos os anos o pessoal (produtores) passa muito apuro.”

Ação Social

O outro exemplo mencionado foi a Aerotex Aviação Agrícola, no município de Rio Verde. Seus 15 pilotos encarregados da prontidão contra chamas em lavouras ou áreas de preservação tiveram seis horas de aulas teóricas no dia 13 de maio. Os integrantes da chamada Brigada Aérea da Aerotex ainda devem passar em julho pelos exercícios práticos, conforme forem iniciando os plantões.

Na primeira etapa, os profissionais (também experientes) revisaram os conhecimentos sobre navegação, meteorologia e fraseologia na comunicação via rádio. Além de segurança operacional, boas práticas e eficiência no combate às chamas. A Brigada Aérea tem este ano cinco aviões de prontidão. Os produtores que resolvem investir no serviço dividem os custos dos pilotos e profissionais de apoio em solo. E, quem acionar a Brigada, paga mais as horas voadas.

Como nos dois anos anteriores, desde sua criação, metade do arrecadado pela Brigada Aérea vai para instituições beneficentes de Rio Verde. Segundo o diretor da Aerotex, Ruy Alberto Textor, no ano passado foram distribuídos R$ 158.469,00, entre entidades que cuidam de crianças, idosos, dependentes químicos e outras. Isso depois de 140 acionamentos, 220 horas voadas e 1.050 lançamentos de água contra chamas.

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