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Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar Sua Empresa Aero Agrícola

PAPO DE GESTÃO

Rafael Correa da Costa contato@agroflysistemas.com.br

Seja qual for o tamanho da sua empresa aero agrícola, você precisa exercer quatro funções: Planejar, organizar, dirigir e controlar. Neste artigo, vamos explicar melhor o que são essas atribuições e como você pode melhorar os processos e os resultados de cada uma delas. As quatro funções administrativas são planejar, organizar, dirigir e controlar. Elas compreendem um grande universo de ações que o gestor responsável deve tomar para manter a empresa no rumo certo.

Planejar significa estabelecer os objetivos da empresa e por quais caminhos se chegará a eles. Afinal, nenhuma safra é feita no improviso, ela é antes pensada e discutida, ou seja, planejada, e depois comunicada aos demais funcionários envolvidos, como os técnicos agrícolas, gestor de segurança operacional etc. Além de questões internas da empresa, deve-se levar em conta, na hora de planejar, os cenários futuros do mercado. Ao contrário do que muitos podem pensar, o planejamento não envolve apenas intuição do gestor responsável. Ele precisa, primeiramente, estudar bastante o mercado aero agrícola e tentar embasar as suas projeções o máximo possível. Claro que um profissional experiente ou intuitivo terá melhor capacidade de interpretar os dados, mas o estudo é sempre o ponto de partida do planejamento.

Organizar é como colocar em prática tudo aquilo que foi planejado, organizando os recursos da empresa, ou seja, definir de que maneira o projeto será feito e distribuílo entre os departamentos e profissionais correspondentes. Então entra em jogo a produtividade e eficiência, isto é, fazer o trabalho no menor tempo e com o menor desperdício possível – sem prejudicar a qualidade de entrega, é claro. Para essa função, obviamente, o gestor responsável precisa de uma ótima capacidade de organização, individual e coletiva. A visão sistêmica e um bom conhecimento sobre os processos produtivos do setor da empresa também são características essenciais.

Dirigir significa liderar, ou seja, a capacidade de mobilizar os recursos humanos para que os resultados desejados sejam alcançados. Aqui, não estamos falando apenas de distribuir as tarefas, mas sim de influenciar e motivar os funcionários da empresa de maneira positiva.

Muitos gestores que são brilhantes nas outras três funções deixam a desejar nessa, e é por isso que você já deve ter ouvido falar que nem todo administrador é um líder. Para liderar, você vai precisar, sobretudo, de muita inteligência emocional, que é a capacidade de perceber as emoções dos outros e comunicar as suas. É uma questão de fazer o possível para manter os funcionários satisfeitos coletivamente, sem prejudicar as finanças da empresa.

Até agora, você planejou, organizou e delegou as tarefas aos seus empregados. Isso tudo não é garantia de que, na prática, o trabalho será bem executado e dará os resultados previstos. Para isso, existe o controle.

Controlar envolve a criação de padrões de desempenho, medição do desempenho atual, a comparação entre o desempenho padrão e o atual e as possíveis ações corretivas para redirecionar os esforços no caminho dos objetivos inicialmente traçados. Para controlar a empresa, ajuda muito ter uma boa capacidade de análise, mas, assim como no planejamento, é fundamental se basear em números. Quanto mais indicadores técnicos você tiver, melhores condições terá de fazer uma avaliação fidedigna da situação da empresa. Mas lembre-se que a frieza dos números também pode enganar. Use a sua capacidade de observação para interpretar as planilhas.

Os gestores deverão sempre procurar equilíbrio nas funções administrativas. Assim como há gestores responsáveis que não têm perfil de liderança, como falamos anteriormente, há aqueles que sabem liderar e cativar como poucos a sua equipe, mas não têm organização o suficiente para colocar os projetos planejados em prática. Ou então sabem organizar a produção muito bem, mas sofrem no controle, pois não sabem estabelecer e comparar parâmetros para saber se está tudo certo. O que isso quer dizer é que não adianta ser um gênio em uma função e um fracasso na outra. Portanto, procure trabalhar cada uma dessas capacidades para dar à sua empresa a estabilidade que ela precisa.

À parte das funções que acabamos de listar, define um gestor responsável como sendo a pessoa responsável pelos resultados da organização, e não somente quem delega tarefas a subordinados. Quanto maior a empresa, claro, mais complexo é o trabalho do gestor responsável, porque dependerá de mais pessoas para alcançar esses resultados. Essa complexidade significa, também, que é necessário mais do que apenas executar e dar ordens para conduzir a empresa. Um bom gestor responsável é aquele que tem um equilíbrio entre as quatro funções, pode ser mais forte em uma, mas não deixa de dominar as demais. Muitas vezes, o domínio de teorias facilita a prática e, principalmente, o aperfeiçoamento do que é feito no dia a dia.

Em se tratando de gestão financeira da empresa, as atribuições do gestor responsável podem ser divididas de uma maneira diferente, quanto à linha do tempo. Nesse caso, seriam três funções: monitorar, controlar e planejar, que correspondem a passado, presente e futuro, respectivamente. Entenda:

Passado - O monitoramento inclui a análise de informações financeiras, a preparação e análise de relatórios e o reporte financeiro. Isso tudo está contemplado na função de “controlar” que vimos anteriormente. Mas, aqui, fazemos referência à avaliação de resultados financeiros que já aconteceram.

Presente - Nessa divisão de funções do gestor financeiro estão as tarefas de definir a política de gastos, os responsáveis pelo dinheiro da empresa e quando cada um que lida com dinheiro pode gastar.

Futuro- O administrador precisa olhar para a frente para analisar os objetivos da empresa, prever as necessidades financeiras e pensar de onde virá esse dinheiro de receitas, empréstimos, investidores?

Neste artigo, vimos a importância do equilíbrio nas quatro funções administrativas. Para isso, o gestor responsável precisa se concentrar mais na estratégia e no crescimento da empresa do que na operação. Se você perde todo o tempo em registro de dados, ignorando o potencial da automação e da tecnologia aplicada aos processos, deixa a eficiência de lado. Seu trabalho é, então, consumido por incumbências que vão manter o negócio em pé, mas sem a garantia da sustentabilidade no longo prazo. Resolver essa equação não é simples, mas há um atalho importante: uma plataforma de gestão aero agrícola que sirva de apoio para a tomada de decisão, conexão entre os departamentos e aceleração das rotinas na empresa aero agrícola.

Gostou das dicas para planejar, organizar, dirigir e controlar melhor a sua empresa aero agrícola? Então é hora de se concentrar nas funções administrativas e deixar o operacional no piloto automático.

Rafael Corrêa da Costa —Brasileiro, Natural de Cuiabá – MT, Residente em Tangará da Serra – MT. Casado. Bacharel em Ciência Aeronáutica pela UNIC 2007 Pós-graduado em segurança operacional Experiência de 13 anos como piloto executivo e agrícola. E 10 anos como gestor de segurança operacional pela ANAC. Com a vivência na aviação atuou como coordenador de voo e gerente de operações aéreas. Além de atuar como piloto administra 6 empresas aero agrícola com assessoria aeronáutica e no presente momento é CEO da empresa Agrofly Sistemas.

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