PAPO DE CABINE
Bill Lavender bill@agairupdate.com
Aqueles Eram os Dias
Em 1976, eu estava começando minha empresa, após apenas duas safras e menos de 1.000 horas de voo agrícola.
Um conhecido meu me ligou há pouco tempo e perguntou se ele podia me enviar algo. “Claro”, eu disse. Ele explicou que tinha comprado umas terras de um fazendeiro aposentado que tinha sido meu cliente quanto tive uma aeroagrícola, nos anos 1970. Ao fazer uma limpa na casa da fazenda, ele achou uma escrivaninha com algumas faturas guardadas nela. Resumindo a história, as faturas estavam marcadas como pagas, datadas de 31/08/76 e de 31/10/76, emitidas pela AgAir Crop Service, que era a empresa que eu tinha fundado em março de 1976. Me lembro que minha esposa Sandy, que era a contadora e técnica agrícola da empresa, tinha ido até uma gráfica local e encomendado as fichas de fatura, folhas de papel de 22 x 22 centímetros para serem preenchidas a mão. Pouco depois do telefonema de meu conhecido, recebi as faturas pelo correio. Sem dúvida, estavam preenchidas com a letra de Sandy e tinham o timbre da “AgAir Crop Service”. Tenho certeza que vocês podem imaginar as lembranças que aqueles papéis de 44 anos atrás me trouxeram. Em 1976, eu estava começando minha empresa, após apenas duas safras e menos de 1.000 horas de voo agrícola. Eu tinha muito a aprender, nos anos que viriam, não apenas sobre como enviar faturas aos clientes no final do mês, mas também sobre como voar um avião agrícola e gerenciar uma empresa aeroagrícola. Porém, com 24 anos de idade, eu era infalível e não prestaria atenção em nada que você me dissesse! Eu era um piloto agrícola dono de seu próprio avião e de sua própria empresa. Puxa, eu tinha muito que aprender! Meu Cessna AGwagon “B”, com motor Continental de 300 HP e hopper de 750 litros
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tinha me servido bem naquele primeiro ano. Tão bem que eu consegui convencer o banco a me emprestar dinheiro suficiente para comprar um Ag-Cat Modelo B zero, da sobra de modelos 1976 no estoque da Mid-Continent Aircraft Company de Hayti, Missouri. Com quase zero horas de experiência em navegação (exceto por aquelas necessárias para fazer minha licença de piloto comercial e pelo translado do meu AGwagon da Geórgia até Hayti, para dá-lo de entrada), peguei um voo comercial até Elmyra, no estado de New York, para pegar meu Ag-Cat novo no meio de janeiro, pleno inverno nos EUA. O empresário para quem eu tinha voado