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Sindag nomeia diretor operacional

Decisão do Conselho de Administração entidade foi anunciada na quinta-feira (24/02/2022) e Cláudio Junior Oliveira vai atuar junto com o diretor-executivo Gabriel Colle

O Conselho de Administração Sindag anunciou o nome de Cláudio Júnior Oliveira para o cargo de diretor operacional da entidade. Oliveira atua no Sindag desde 2017, onde vinha exercendo a função de secretário executivo. Porém nos últimos anos já vinha auxiliando o diretor-executivo Gabriel Colle e o presidente Thiago Magalhães Silva em ações estratégicas e de relações institucionais da entidade, estando à frente da articulação de diversas parcerias do setor aeroagrícola com entidades do agro, instituições privadas e órgãos públicos, além de diversas ações de melhoria contínua do setor.

Formado em Adm. de Marketing pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), com MBA em Gestão Empresarial e Mestrado em Indústria Criativa pela Universidade Feevale, Oliveira atualmente é doutorando em Administração pela Unisinos, em São Leopoldo/ RS, assim como é acadêmico de Ciências Econômicas. Desde o ano passado, ele coordena o MBA em Gestão, Inovação e Sustentabilidade Aeroagrícola, uma parceria entre o Sindag, Ibravag e a Faculdade Imed, de Passo Fundo/RS. Totalmente online. O curso é a primeira pósgraduação do mundo desse tipo voltada exclusivamente à aviação agrícola – ele foi inaugurado no ano passado, com duas turmas em andamento, com cerca de 60 alunos.

CAPACIDADE

Conforme Thiago Magalhães, Oliveira é considerado um profissional extremamente capacitado, pelo excelente trabalho realizado no Sindag. “Assim, essa promoção é também um reconhecimento merecido”, ressalta o presidente. O cargo de diretor operacional permanecia vago devido à estrutura enxuta da entidade, que conta com coordenadores atuando diretamente na parte de administração e eventos, além de assessorias nos setores Jurídico, de Comunicação e Técnico e Documentação. Conforme Gabriel Colle, a presença de mais um dirigente no quadro da entidade dará mais agilidade às tomadas de decisões. O diretor-executivo destacou ainda que o Conselho do Sindag também estendeu a responsabilidade dos dois diretores, que ganharam maior autonomia para atuar em nome da entidade. “Isso é resultado de ações amplas de relacionamento com o mercado, governos e sociedade, e vai fortalecer o trabalho do sindicato aeroagrícola”, assinala Colle.

Já o novo diretor ressalta estar extremamente agradecido ao Conselho de Administração do sindicato aeroagrícola e honrado pelo grande número de congratulações recebidas dos associados da entidade. Cláudio Júnior Oliveira lembra que nesses cinco anos a serviço da entidade, atuou na defesa da atividade em 23 Estados brasileiros, conectando entidades do agronegócio e órgãos de regulamentação e fiscalização para conversarem sobre o trabalho aeroagrícola, sua segurança e importância para lavouras o País.

Na parte de melhoria contínua da aviação agrícola, seu retrospecto tem ainda a atuação em iniciativas como a Academia de Segurança Operacional Aeroagrícola e o Seminário de Gestão Financeira do setor. “Quando represento a atividade em uma reunião, levo comigo, além de cada profissional da aviação agrícola, também suas famílias. Por isso a responsabilidade aumenta no sentido do cargo, mas segue o trabalho sério, com o mesmo empenho e dedicação e dedicação de sempre”, conclui Oliveira.

Combatendo Incêndios Para Agricultores Do Centro Oeste Brasileiro

Por Lucas Zanoni

Parte da brigada de incêndio Aerotex. A empresa se destaca por utilizar aeronaves menores, com uma grande frota de Cessnas equipados para combate a incêndios.

Operando aeronaves agrícolas há mais de três décadas, a Aerotex é uma empresa que está na vanguarda do país. Localizada na cidade de Montividiu/GO, a família Textor começou a combater incêndios há quinze anos, inicialmente em parques estaduais e outras reservas florestais.

Nos últimos quatro anos, eles mudaram substancialmente a dinâmica desse trabalho. Foram criadas duas brigadas aéreas de combate a incêndios, prestando serviços a usinas de cana-de-açúcar, produtores rurais e empresas do agronegócio, visando a proteção patrimônio do homem campo. O projeto conta ainda com a parceria de algumas prefeituras da região, para a proteção de áreas naturais de preservação permanente e outras de domínio do poder público. Tiago Textor, piloto de segunda geração da família no ramo, nos dá alguns detalhes sobre a estruturação de sua operação: “Montamos uma brigada, prospectamos clientes e buscamos os interessados. Na hora de constituir a brigada, prevemos um custo fixo, que é rateado entre todos os participantes. Os custos variáveis (por hora de voo) são pagos por quem necessita do serviço”.

Os Textors voam aeronaves Cessna, Air Tractor e Thrush. Um ponto interessante a ser destacado é a utilização de aeronaves menores:

“Trabalhamos há muito tempo e vimos eficácia mesmo com esses aviões menores, incluindo os Cessnas. Obviamente, isso só funciona em alguns tipos de incêndios. Não adianta querer fazer combate em vegetação nativa, matas de grande densidade ou em fogo mais avançado com uma aeronave menor. No entanto, elas atendem muito bem a demanda em focos menores. Fogo de linha, fogo de palhada etc.

Operação de combate aéreo a incêndios realizada pela Aerotex. A empresa é responsável por fomentar o mercado local e reunir agricultores, empresas privadas e prefeituras para a contratação do serviço.

Mas é importante que quem vá combater incêndios (principalmente com aeronaves menores) tenha experiência, busque informações e conhecimento. Temos visto muitas operações sendo feitas de maneira errada, com lançamentos ao acaso, sem a velocidade e altura de voo adequadas. Isso, além de não ser eficiente, acaba denegrindo toda a indústria e o trabalho sério. O treinamento é muito importante para qualquer piloto que queira ingressar na atividade, mas principalmente para quem vai trabalhar com aeronaves de pequeno porte, que têm um volume menor”.

Tiago nos disse ainda que, apesar da grande estiagem em 2021, o trabalho foi mais eficaz e ocorreram menos focos, com uma época de incêndios mais controlada. ➤

Tiago Textor (à direita) é um piloto agrícola que segue os caminhos de seu pai, Beto Textor (à esquerda), em uma das principais empresas de aplicação aérea do Brasil.

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Brasil: Agrotec

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Vista de um incêndio em uma plantação no Cerrado brasileiro, no estado de Goiás. A família Textor lidera o combate aéreo a incêndios na região há 15 anos.

Ele comentou que continua vendo o crescimento do setor com muito otimismo, pois os agricultores perceberam a eficácia do combate aéreo a incêndios: com rápido acionamento, pessoal preparado e hopper cheio (a aeronave costuma decolar em até 10 minutos após o acionamento), o resultado é muito satisfatório e os clientes podem verificar isso na prática.

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