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Bobst mantém o foco na conectividade e na automação
from Revista Abigraf 315
by Abigraf
Uma conjunção de fatores fez dos últimos anos um período de ouro para a Bobst no Brasil. Num curto espaço de tempo, a companhia colocou de pé uma nova planta fabril e meses depois teve de readequála, dobrando a capacidade produtiva. Isso em função do aumento na demanda por embalagens cartonadas a partir de meados de 2020, consequência direta da pandemia. Na esteira da Covid, dois outros movimentos se intensificaram: o engajamento da sociedade em relação à sustentabilidade, impulsionando a substituição do plástico pelo papel, e o incremento do e-commerce, que alavancou a produção de embalagens em papelão microondulado.
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A decisão da construção da nova fábrica foi tomada em 2019 levando em conta a necessidade da adoção de modernas tecnologias de produção. Pesou também a estratégia do grupo de voltar a abastecer as Américas a partir da unidade brasileira. No início da década passada, a fábrica em Itatiba, interior de São Paulo, deixou de produzir máquinas para o México, Estados Unidos e Canadá, que passaram a ser supridos pelas fábricas na China e Índia. Com a inauguração da nova planta, em julho de 2020, a América do Norte voltou a ser abastecida pela unidade brasileira. “Começamos operando com 100% da capacidade e rapidamente tivemos de duplicar a produção”, afirma Eduardo Petroni, CEO da Bobst Latinoamerica do Sul.
EXPANSÃO DOS NEGÓCIOS
Assim como em 2018, que já havia sido um bom ano para a Bobst, os carroschefes dessa alavancagem foram os convertedores que atuam nos segmentos alimentício, farmacêutico e pet, seguidos pelas embalagens para linha branca, conforme explica Eduardo Pereira, diretor de vendas. Além dos fabricantes de embalagens tradicionais, a Bobst passou a ser procurada por gráficas comerciais e promocionais interessadas no mercado de embalagens e ávidas pela elevação da produtividade. Nesse ponto entram em ação inovações como o sistema de registro das máquinas de corte e vinco Novacut 106 E e ER, o Accuregister. Ao invés de se guiar pela borda da folha, o registro passou a ser feito através da leitura de marcas de impressão na lateral da folha, agregando mais precisão ao sistema, como explica Rafael Mendes, gerente técnico de vendas. Outro exemplo é a tecnologia Speedwave incorporada à dobradeiracoladeira Novafold, a qual teve sua primeira unidade em nível mundial instalada em cliente brasileiro. Voltado à colagem de cartuchos de fundo automático, o dispositivo possibilita uma redução de 70% no tempo de setup da máquina. Para este ano, a Bobst está preparando o lançamento da nova versão da também dobradeiracoladeira Expertfold, com mais recursos de automação visando ao alto rendimento, afora mudanças no design do equipamento privilegiando a ergonomia e o conforto dos operadores. Otimista, Eduardo Petroni afirma que o mercado continua aquecido em 2023, com vários projetos em andamento. Isso não só no Brasil. Atualmente, 50% da produção da fábrica de Itatiba é exportada. Desse volume, 20% destinamse à Argentina, seguida pelo Chile, México e Estados Unidos. A equipe da Bobst está igualmente animada com a performance da impressora digital jato de tinta LB702UV, apresentada no Brasil em 2022, focada na produção de rótulos. Uma dezena de máquinas deve aportar por aqui em 2023, investimento impulsionado sobretudo pelo mercado de bebidas.