máquinas agrícolas
abolsamia.pt
A revista dedicada à mecanização agrícola
Edição nº100
tratores Vendas na Europa
TOP 5 de vendas de tratores em Portugal O testemunho dos responsáveis das marcas com melhor desempenho em 2015
Novidades apresentadas
Especial FIMA 2016 Exemplar de oferta
Exemplar de oferta
Ano XXIII . Nº 100 Ano XXII 99‘16 | Dez.‘15 / Fev. ‘16 Mar.. /NºAbr. Diretor NunoNuno de Gusmão | € 6,00 Cont. Diretor de Gusmão € 6,00 Cont. ISSN 2183-7023
Feira Internacional de Máquinas Agrícolas de Saragoça
SDF tem nova imagem • John Deere divulgou resultados globais • Tomix inaugurou unidade industrial • BKT, o gigante indiano dos pneus apresentou a nova fábrica em Bhuj • Sistema hidráulico do trator, de centro aberto ou fechado?
Editorial ficha técnica Diretor Nuno de Gusmão Propriedade Nugon - Publicações e Representações Publicitárias, Lda. Contribuinte 502 885 203 Registo 117122 Depósito legal 117.038/97 Sede R. S. João de Deus, 21, 2670-371 Loures Escritórios R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 2670-338 Loures T. 219 830 130 | F. 219 824 214 Email: abolsamia@abolsamia.pt Redação Nuno de Gusmão, Francisca Gusmão, João Sobral, Sebastião Marques Colaboraram nesta edição Heliodoro Catalán Mogorrón, Luís Alcino Conceição, Carolina Lopes Publicidade Francisca Gusmão, Américo Rodrigues, Catarina Gusmão Design e Pré-impressão Sílvia Patrão, Ana Botelho Cartoonista Nelson Martins Assinaturas João Correia Impressão Jorge Fernandes, Lda Rua Quinta Conde de Mascarenhas, Nº9, Vale Fetal - 2825-259 Charneca da Caparica, Tel. 212 548 320 Tiragem média 10.000 exemplares ISSN ISSN 2183-7023 Distribuição nas bancas Urbanos Press Rua 1º de Maio C. Empresarial da Granja – Junqueira 2625 – 717 Vialonga Os textos e fotos, bem como os anúncios registados com “a bolsa m.i.a.®” são propriedade da Nugon,Lda., não podendo ser reproduzidos sem autorização, por escrito, da mesma. O conteúdo dos anúncios e das publi-reportagens dos clientes é da sua exclusiva responsabilidade. Por opção editorial abolsamia segue o AO90, pese embora nem todos os colaboradores que integram a redação tenham adotado a nova grafia.
abolsamia é membro do júri por Portugal
de ição nº
100
Uma Centena por Sorte Em número de edições e não só... a abolsamia está de parabéns. Com a saída da presente publicação é a centésima vez, desde a sua fundação ocorrida em Janeiro de 1993, que o órgão português de comunicação dedicado a máquinas agrícolas é distribuído bimestralmente e de uma forma ininterrupta. O nascimento d’abolsamia surgiu da cabeça de quem, com a sorte de ter algum conhecimento do mercado e paixão pela especialidade, se lembrou de lançar um meio de comunicar com a Lavoura que versasse especificamente sobre a mecanização dos campos. A sorte bafejou o empreendedor em causa, ao lembrá-lo que as revistas de então, vocacionadas para a agricultura, continham sobretudo páginas e páginas com textos relacionados com culturas, sem alusão a temas da mecanização. Contudo, a publicidade paga pelos representantes das marcas das máquinas constituía a mola real do sustento dessas empresas. A importância do sector a que nos dedicámos, sem o reconhecimento devido atrás referido, estava e está patente nas principais feiras agrícolas do país por ser a fonte prioritária dos proveitos dessas organizações. E, por isso, com sorte, a ideia acabou por vir a realizar-se. De entre as tiragens que já saíram até à data tivemos ocasião e a honra de homenagear, nas primeiras páginas, a grandeza e as
por Nuno de Gusmão
descobertas dos principais inventores da História e dos seus feitos para o melhoramento da mecanização agrária; de destacar as últimas novidades e os premiados nas mais importantes feiras internacionais; de publicar estatísticas de vária ordem, nacionais e mundiais; de relatar o desempenho de tractores e implementos em provas de campo por nós organizadas; de aprofundar diversos importantes temas técnicos; de alertar para medidas de segurança ; e, como regra geral, de citar todo o universo de notícias relacionadas com o sector, de interesse para os nossos leitores. Para tanto e por sorte, abolsamia conta com uma eficiente equipa que acredita e faz gala em estar a trabalhar com produtos que promovem a nossa economia e o bem estar dos nossos meios rurais — que, por sorte, é gerida, desde que a crise nos atingiu, por duas Senhoras que ultrapassando largamente as 35 horas de trabalho semanal impediram que a revista jamais deixasse de aparecer a horas nas bancas. Mas a maior de todas as sortes reside no grande apoio que todos os fabricantes, importadores e concessionários nos têm sempre dado, desde o nº1 d’abolsamia. Por sorte, abolsamia com o número 100 é o corolário de um trabalho árduo com mais de uma vintena de anos. E, por calhar, ao falar de anos, ou por ser eu que tenho escrito sobre a nossa rubrica do Antigamente Era Assim, ouso com muito orgulho dizer que a minha família já vai na quarta geração de gente ligada a tractores e à imprensa. Com efeito, o meu pai foi editor e director, nos anos 20 do século passado, do jornal Época Agrícola e, nos anos 30, formou a primeira empresa importadora de tractores: a FreGus Lda., com sede em Lisboa, na Rua Ivens (Chiado), com tractores americanos da marca Oliver. Assim, como já tenho uma neta e um neto a trabalhar na minha empresa, eles representam a quarta geração dedicada às mesmas actividades. E isto tudo para dizer que, com tais raízes e sorte acumulada, abolsamia vai continuar com toda a força. Só tem de seguir as pegadas da sorte.
ABOLSAMIA · março / abril 2016
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Sumário ANTIGAMENTE ERA ASSIM
EMPRESAS Trelleborg - 1º pneu agrícola produzido na América 10 AGCO nomeia MITAS como Fornecedor do Ano 2015
10 Claas apresenta resultados 10 12
Lemken com performance sólida em 2015
12 Goldoni está de volta 12 Kramer tem novo importador 12 MaterMacc aumento da faturação e investimentos
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Fábrica Grimme na China inicia produção em 2017
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Faleceu o fundador da Agriduarte
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Massey Ferguson apresentou Pack de Mecanização para África 16 Vendas estáveis no Grupo Krone O ADeus a João Mendes da Tractomoz Same Deutz-Fahr tem nova imagem
especial estatísticas especial FIMA SARAGOÇA 2016
John Deere: Equipa forte mantém estratégia 62 vencedora
Neste Especial Estatísticas fique a saber qual foi a tendência dos principais países da Europa, que marcas de tratores se vendem mais e que Grupos detêm as maiores fatias do mercado. Conheça ainda o que pensam os responsáveis portuguesas pelas marcas que mais venderam no nosso país em 2015, sobre o desempenho das mesmas e as perspectivas para o ano que corre.?
Numa reunião que ficou marcada pela apresentação de Enrique Guillén como novo Diretor Geral, a John Deere divulgou os resultados da marca a nível global, que continua a apresentar lucros. Tomix inaugura unidade 36 industrial Em 18 de Janeiro, a Tomix inaugurou uma nova unidade industrial, que contou com a visita de 25 marcas de tratores, 177 concessionários e 447 visitantes. BKT
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Objetivo:”Atingir a liderança do mercado de pneus fora de estrada”. Momentos New Holland
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16 16 34
O grupo italiano Same DeutzFahr (SDF) atingiu um volume de negócios de 1.2 milhões
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de euros em 2015 e espera um crescimento de 8% para este ano.
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Da história da Lely
JCB produz a 100.000 ª miniescavadora
março / abril 2016
março / abril 2016 · ABOLSAMIA
opinião Moinhos de vento. A memória é como as ondas do mar
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O mercado de tratores na Europa em 2015 40
BAUMA Eficiência e eletricidade marcam tendência
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De 11 a 17 de abril realiza-se em Munique a 31ª edição daquela que é a feira de referência de maquinaria dirigida aos setores da construção e minas. E como é prática habitual, são atribuídos prémios de inovação em cinco categorias distintas. Fique a conhecer, neste número, os produtos nomeados para esta edição.
Inovação e tecnologia do setor das máquinas agrícolas 84 Fevereiro marcou mais uma edição da FIMA. A 39ª Feira Internacional de Maquinaria Agrícola, em Saragoça, Espanha. Hardi: Especialistas em pulverização 86 Antonio Carraro: Especializados vocacionados para Portugal 88 Herculano: Uma gama cada vez mais alargada: 89 Kramp: Um líder na distribuição de peças agrícolas 90 Tenías: Automotriz para recolha de amêndoa em contínuo 92 Juscafresa: Novos reboques espalhadores da linha Light 93 Forigo: Nova fresa articulada para tratores até 400 cv 94 Manitou: Gama forte para a agricultura 95 Galucho: Reestruturação e crescimento a passos largos 96 Joper e Tomix: Em destaque três produtos novos 98 New Holland: Gamas T5 e T6 foram renovadas 99 Rocha Pulverizadores: Equipamentos para segmento Premium 100 Massey Ferguson: Série Global recebe dois novos modelos 101 SDF: Frutteto Active Drive chega em abril 101
Kuhn: Equipamentos para múltiplas finalidades
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Kubota: Novas versões M7001
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Case-IH: Série Optum em destaque BKT: Em campo na FIMA
103 103
Pomareiros largos com larga presença n a FIMA 104 Outras empresas presentes em destaque
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Trator de Espanha 2016: E o vencedor foi...
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NOTÍCIAS Curso de Técnico de Produção Agrária em Montemor-o-Novo 60 Valtra em testes no Alentejo
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PRODUTO Krone: Fardos divididos em nove partes
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Hagie: A reinvenção dos pulverizadores automotrizes 24 Pöttinger: O conceito de enfardadeira repensado
24
Dewalt: Dar massa é mais fácil 25 RBTD: Um novo conceito de rodas de nariz
25
Murray Machinery: Transportar fardos sem reboque 26 Landini: Série 2 e outras novidades
26
ASSINE e RECEBA 1 Anuário em janeiro 5 Revistas em março / maio julho / outubro / dezembro
www.abolsamia.pt Curioso sobre a capa? Na abolsamia sempre demos importância ao design. Assim, na nossa edição nº100 decidimos destacar o Valtra N174 que foi distinguido como ‘Golden Tractor for the Design 2016’, pelo prémio Tractor of the Year®. Para celebrar, a marca lançou uma versão dourada com acabamentos de luxo, disponível por encomenda e que será exibido esta primavera em eventos especiais e exposições.
Boletim assinatura Portugal
Europe
1 ano ( 5 revistas + 1 anuário ) 38€
1 year 70 €
2 anos ( 10 revistas + 2 anuários ) 70€
2 years 120 €
Só pretendo adquirir o Anuário 15 €
2016 YearBook 25 €
Nome
PRODUTO Comatra: Faróis LED para pulverizadores Horsch: Unidade de sementeira Minidrill Krone: Linha Big X foi expandida Joskin: Sistema de pesagem dinâmica em reboques Dal Bo: Rolo para um mundo de gigantes JCB: Telescópicos Loadall Agri Tier 4 Final
CULTURAS ESPECIALIZADAS 26 28 28 28 28 30
Calmès SAS: Dispositivo para despejar big bags
30 30 GKN: Jantes para tratores acima de 300 cv 30 Honey Bee: Frente para corte rasteiro Airflex 32 Göweil: Caixa de carga com báscula hidráulica 32 Trakjak: Macaco de oficina para tratores 32 Camfab: Smartbox para lastragem e carga 32 MTU: Motores preparados para a Fase V
ESTATÍSTICAS Matrículas de tratores e reboques agrícolas em Portugal, por marcas
58 Matrículas de tratores e máquinas em Espanha 58 Matrículas de tratores na Europa 58
Holmer Exxact: Limpeza e transferência de beterraba 68 La Canne Vale: Rolo Eclairvale para monda de frutos 68 Lacruz: Eliminador de raízes hidráulico 69 MTS Sandei: Colhedoras de tomate com motores Volvo 69 F.lli Marinelli: Grande de discos independentes 70 Antonio Carraro: Novo modelo Tony 9800 TR 70 Caffini: Dupla articulação da lança premiada 70
Data nascimento Morada
Cód. postal Tel.
Email NIF: Assinale com X uma das seguintes opções:
FLORESTA
Agricultor ou
Casa Barreira, uma das maiores produtoras de Cortiça do mundo 73 Limpeza florestal com olhar cirúrgico 76 Mercado de forwarders encolhe na Suécia 77 Nisula Forest: Processadora de corte N5 78 Isenção de impostos para prédios rústicos florestais 78 Wario: Um Fendt com espírito florestal 79 Agrip: Novo skidder concebido em França 79
Empregado de Exploração
Agrícola Pecuária Mista Florestal Tamanho da exploração - hectares: Prestador de serviços Fabricante Importador/Concessionário Técnico Especializado
REGIÕES TECNOLOGIA
Concessionários/Usados
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O sistema hidráulico no trator agrícola 18
AGENDA dez 2015/fev 2016
130
De centro aberto ou de centro fechado?
CURIOSIDADES Joaquim Serralha, o artista da cortiça 132
Professor Estudante Outro: Pagamento por transferência bancária: NIB: 0035 0365 0000 1699 8307 7 Envie comprovativo para o email: joaocorreia@abolsamia.pt Pagamento com cheque: enviar à ordem de NUGON, LDA para Rua Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 - 2670-338 Loures Payment details
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ABOLSAMIA · março / abril 2016
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Os irmãos Cornelis e Arij van der Lely, fundadores da Lely, fazem parte do grupo dos pioneiros que mudaram, para melhor, o modo tradicional de tratar a agricultura.
Da história
da lely
N
a Holanda, no início do século passado, os irmãos Cornelis e Arij van der Lely começaram de tenra idade a interessar-se por brincar com o jogo de construções Meccano, à procura de soluções que tornassem as práticas agrícolas da quinta dos seus pais menos custosas de amanhar a terra e as suas culturas. Através de muitas experiências de campo bem sucedidas inventaram um sistema de voltear e juntar o
A propensão dos irmãos Lely para a construção de engenhos de trabalho remonta ao longínquo ano de 1767, onde uma sua tetravó, Teuntje van der Lely, colocou o primeiro tijolo num moinho, por si concebido, que se tornou célebre pela sua antiguidade.
Lançamento dos pioneiros Volteadores de Fenos, conhecidos como “Girassol”.
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março / abril 2016 · ABOLSAMIA
Inovando constantemente, a Lely tem mantido uma alta qualidade de fabrico até aos dias de hoje, através da segunda geração dos
Surgem os primeiros Distribuidores de Adubo de disco simples, rebocados e montados.
1948
1767
feno, accionado pela tracção animal ou por tractores. Como resultado, em Setembro de 1948, um volta-fenos por eles concebido e construído foi patenteado, passando então a constar uma nova marca no mapa mundial dos fabricantes de material agrícola.
1965
1958
São lançados os novos voltadores rebocados da Série Lotus.
Antigamente era assim... por Nuno de Gusmão
fundadores da empresa, melhorando os meios de produção forrageira com uma gama completa de máquinas para o efeito, para além de outros produtos como, nomeadamente, no sector da extracção de leite, onde a marca ocupa uma posição cimeira no universo da área de ordenha. No percurso da sua existência a Lely acompanhou sempre, com constantes inovações, o seu amplo leque de ofertas com tecnologia de ponta própria, como ainda beneficiou do know-how de empresas fabris suas concorrentes, ao adquirir marcas líderes de mercado como as alemãs Welger e Mengele. E, como remate para o alargamento mundial da sua rede comercial, a Lely foi largamente bem sucedida ligando-se, por joint-venture, com a líder norte-americana Vermeer.
Marcos históricos da evolução da Lely no campo das máquinas forrageiras 1948 foi o ano da fundação da Lely, que arranca com o lançamento dos pioneiros Volteadores de Fenos, conhecidos como “Girassol” pelo desenho da sua silhueta, o primeiro dos quais com discos munidos de dedos flexíveis
Em 1958 surgem os primeiros Distribuidores de Adubo de disco simples, rebocados e montados, a partir dos quais, com o desenvolvimento tecnológico do sistema, posteriores versões ainda são comercializadas, nomeadamente na América do Norte .
1965 e 1968 são anos marcantes que ditam o crescendo da gama de ofertas Lely. A começar pela série Lotus de Volteadores Rebocados, caracterizados por dentes em gancho, de grande flexibilidade, com reviramento ideal da erva, mais rápidos e limpos —, seguidos pelas Grades Rotativas Lelyterra, cujo bom desempenho na preparação de solos contribuiu para a internacionalização da Companhia e para o aumento de vendas.
1983 -
Nascimento das Gadanheiras da série Splendimo. Sistema único de barras de corte modular de disco, directamente accionadas por veio hexagonal flexível. O invento Lely primou por as unidades de corte estarem munidas com um menor número de engrenagens,
originando um despejo de corte extraordinário e uma consequente economia de combustível .
1997 representa um outro marco importante no historial da Lely, com a introdução do Volteador de fenos rebocado Lely Lotus 1325, equipado com 12 rotores, o maior na sua classe em largura de trabalho e, consequentemente, em produtividade. Com idêntica aplicação em grandes extensões, e para quando é preciso formar, no mais curto espaço de tempo, cordões de forragem, em 2005 a Lely apresentou o modelo Lely Hibiscus 1015 Profi. A máquina, que apesar de ocupar um grande espaço tinha uma enorme manobrabilidade e rápida velocidade, equipava com 2 grandes rotores para a formação de um cordão central.
Introdução do volteador de fenos rebocado Lely Lotus 1325.
Lançamento no mercado das grades rotativas Lelyterra.
1983
2005
1968
1997
Nascimento das gadanheiras Série Splendimo.
Apresentação do novo vloteador de feno, modelo Lely Hibiscus 1015 Profi.
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Antigamente era assim... A partir de 2008, a
Welger ficou a fazer parte da Lely. Com a incorporação da conceituada marca alemã, a Lely lançou, a nível mundial, uma gama completa da última geração de máquinas de recolha, de feno e palha, com uma gama de elevada qualidade e ao encontro de praticamente todas as exigências do mercado: 4 diferentes séries de enfardadeiras de fardos redondos e rectangulares, para um total de 15 modelos, designados por Lely Welger, com todas as possíveis opções de aplicação. E, no campo de reboques recolhedores, a Lely oferece também a série Lely Tigo com 4 diferentes modelos, igualmente munidos com especificações de vanguarda, para capacidades de 35 a 70 m3.
quando o número de cabeças atinge um determinado valor.
Marcos históricos da evolução da Lely na área dos robots para vacas leiteiras
1992 foi um ano muito especial para a Companhia, ao ter concebido o protótipo do robot de mungição de leite de vacas Lely Austronaut, considerado pelos interessados como a mais importante invenção do século XX, em alternativa ao repetitivo e intensivo processo de extracção de leite Em 2005, no campo do desenvolvimento do robot Austronat, a Companhia lançou um sistema de ordenha automatizado, completamente novo: o robot Lely Austronaut, A3. A novidade tem vindo a representar uma nova era no domínio operacional da recolha do leite, a favor de quem tem de gerir uma vacaria, sobretudo
Actualmente, no campo de facilidades para o sector leiteiro, a Lely tem um somatório de soluções semelhante ao que oferece ao sector forrageiro, isto é: tem a capacidade de resolver, cabalmente e com a última tecnologia aplicada, todas as tarefas necessárias ao funcionamento das explorações. Para além da ordenha robotizada, põe à disposição dos seus clientes: o sensor Lely MQC (Controlador de Qualidade Máxima) para o leite, o robot limpador de estábulos Lely Discovery ou o robot de pastoreio Lely Voyager, entre outros... A propensão dos irmãos Lely para a construção de engenhos de trabalho remonta ao longínquo ano de 1767, onde uma sua tetravó, Teuntje van
der Lely, colocou o primeiro tijolo num moinho, por si concebido, que se tornou célebre pela sua antiguidade. O moinho de Teuntje van der Lely foi posteriormente vendido, tendo sido readquirido em 1969 pelos seus descendentes familiares directos, detentores da Lely. Depois de integralmente reconstituído e a funcionar, o moinho de Teuntje van der Lely foi oficialmente aberto ao público em 2007. Indo ao encontro das preocupações de Teuntje van der Lely, em desenvolver sistemas energéticos para a criação de trabalho, os seus sucessores já produzem igualmente turbinas eólicas dimensionadas para a obtenção da electricidade necessária às explorações leiteiras. Nota do autor: A publicação desta rubrica não é escrita em conformidade com o novo acordo ortográfico.
A Lely na área dos robots para vacas leiteiras A Companhia lançou um sistema de ordenha automatizado, completamente novo: o robot Lely Austronat, A3.
2008-2010
Com a aquisição da Welger (2008) e da Mengele (2010), a mais valia resultante com a fusão das marcas promoveu um enorme alargamento da gama de ofertas da Lely. A sinergia adequada na união de produtos com a alta qualidade germânica, aliada à categorizada rede mundial de distribuidores da norte-americana Vermeer, alavancou a holandesa Lely, já de si altamente qualificada, para a posição cimeira que ocupa no ranking mundial das máquinas forrageiras. Nessa área, a Lely disponibiliza um leque de soluções imparável, desde o corte e acondicionamento da erva, à recolha, enfardamento e empacotamento, até à recolha e transporte de cargas.
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1992
2005 No final do século XX, a invenção mais revolucionária do século foi apresentada no sector da produção de leite: o sistema de ordenha Lely Astronaut robótico.
Empresas Mitas nomeada pela AGCO como Fornecedor do Ano 2015
Primeiro pneu agrícola da marca produzido na América Trelleborg Depois de adquirir uma nova fábrica na Carolina do Sul (EUA), a marca de pneus Trelleborg anunciou a produção do primeiro pneu agrícola na nova localização. Com 40 mil metros quadrados, esta é a primeira fábrica da Trelleborg na América do Norte, e dedica-se à produção de pneus radiais premium para máquinas agrícolas. Andrea Masella, responsável de pneus agrícolas e florestais na Trelleborg Wheel Systems Americas, reforçou a “importância estratégica para o crescimento da marca nesta região do Globo, permitindo um aumento da produção a nível local e global”. Por seu lado, Marco D’Angelo, diretor industrial da Trelleborg Wheel Systems recordou que esta “é uma das fábricas mais automatizadas na indústria agrícola”, permitindo “replicar o sucesso da fábrica de Xingtai, na China”. Tendo representado um investimento de 50 milhões de dólares e criando 150 postos de trabalho, esta será uma infraestrutura aberta aos clientes que pretendam conhecer melhor a empresa.
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MITAS A AGCO nomeou a Mitas como o seu Fornecedor do Ano 2015 na categoria Engenharia e Inovação durante o dia do fornecedor da AGCO para a região EAME (Europa, África e Médio Oriente). A Mitas venceu nesta categoria graças ao desenvolvimento do conceito AirCell, que integra o sistema VarioGrip Pro da Fendt. “A estreita colaboração entre a Mitas e a AGCO vem de longe, e as nossas relações são excecionais. Em especial a cooperação com a Fendt no projeto AirCell, que faz parte do VarioGrip Pro, teve muito êxito”, disse Jens Steinhardt, da Mitas. “Este é o terceiro reconhecimento para o projeto AirCell, que também recebeu a Medalha de Ouro na Agritechnica e o prémio Máquina do Ano 2016”, referiu ainda Steinhardt. O conceito Mitas AirCell, já apresentado noutras edições da Revista abolsamia, consiste numa câmara única que permite o enchimento de pneus agrícolas de grandes dimensões em 1 bar (de 0,8 bar até 1,8 bar) em meio minuto. Esta câmara situa-se no interior do pneu, ocupando cerca de 30% do volume do mesmo e está constantemente inflada a uma pressão máxima de 8 bars durante a
utilização do pneu libertando parte desta pressão à medida das necessidades, permitindo um enchimento rápido do pneu ao mesmo tempo que facilita o ajustamento automático e rápido da pressão. O Mitas AirCell estará, por agora, disponível para o Fendt 900 Vario equipado com Mitas 710/75R42 SFT sob a designação comercial VarioGrip Pro.
Vendas e lucros estáveis Claas A marca alemã Claas, um dos principais fabricantes mundiais de maquinaria agrícola, apresentou os seus resultados do ano transato, bem como as suas expetativas para 2016. Apesar de uma queda geral do mercado, a marca bateu o seu recorde de vendas, alcançando os 3.838 mil milhões de euros (contra 3.823 em 2014). De acordo com o porta-voz do Conselho Executivo, Lothar Kriszun, “a estrutura internacional da empresa bem como uma extensa oferta de produto” permitiram ultrapassar as dificuldades impostas pelo mercado, deixando os responsáveis pelo negócio “bastante satisfeitos”. No ano de 2016, em que se prevê que o mercado da maquinaria volte a cair, a Claas mantém a intenção de reforçar a sua posição na Europa onde investiu recentemente em infraestruturas na Rússia, França e Alemanha, continuando a ver desenvolvimentos positivos na América do Sul e do Norte. Na Ásia, prevê-se um crescimento para o mercado indiano e estabilização para a China. Acompanhando o crescimento da empresa, verifica-se também o aumento do número de empregados a nível mundial, atingindo já os 11.535.
Empresas Performance sólida em 2015, e subida para 2016
100.000 Miniescavadoras JCB A JCB celebrou a 6 de Janeiro deste ano a produção da sua 100.000ª miniescavadora, prometendo continuar a inovar no futuro. Tendo a primeira das cem mil sido produzida em 1989, um modelo 801 com 1,4 toneladas, 2016 assinala então um marco histórico para a marca inglesa que viu sair da sua fábrica de Produtos Compactos em Cheadle, Staffordshire, uma 100C-I de 10 toneladas, um dos 22 modelos que compõem a gama atual. O setor das miniescavadoras é uma das áreas mais competitivas do mercado de equipamentos de construção, existindo mais de 20 fabricantes e sendo vendidos mais de 200.000 exemplares anualmente em todo o mundo. Graeme Macdonald, CEO da JCB enalteceu a “crescente popularidade das miniescavadoras da marca, que lhe permitem ser líder do setor”, referindo ainda que “a produção de 100 000 escavadoras compactas é algo que toda a equipa da JCB deve celebrar”.
Lemken A marca alemã especialista em alfaias, apresentou os resultados do ano transato, mantendo uma posição forte a nível do mercado, alcançando lucros de 327 milhões de euros. Apesar da queda geral do mercado, a Lemken voltou a apresentar resultados positivos, ainda que inferiores ao ano de 2014 (-4,7%). Ainda assim, o Diretor Executivo da marca, Anthony van der Ley, mostrou-se “satisfeito”, apontando as incertezas e flutuações do mercado como principais óbices a que ainda melhores resultados fossem atingidos. Com um total de 13,370 alfaias vendidas em 2015, as charruas e equipamentos de restolho (23%), bem como os semeadores (25%), foram os principais responsáveis por tal marca. Para 2016 são esperados novos modelos, entre eles o atrelado pulverizador Vega, a renovada grade de discos Heliodor 9, ou uma nova versão da charrua Juwel. As previsões apontam para que as receitas aumentem ligeiramente no próximo ano.
Tratores Goldoni estão de volta Goldoni A conhecida marca de tratores especializados para vinhas e pomares Goldoni ultrapassou a crise financeira que se tinha instalado na fábrica. Com a produção parada durante vários meses, a Goldoni foi comprada pelo gigante chinês Lovol-Arbos Group no fim de dezembro de 2015 que, depois da aquisição da MaterMacc em 2014, continua a sua estratégia de globalização. No início de fevereiro, as encomendas à fábrica já eram muitas e a produção recomeçou após recapitalização da empresa, recuperação dos empregados, fornecedores e colaboradores da Goldoni. Tal como enfatizado por Shen Yang, Presidente do Grupo, o objetivo passa agora por recapitalizar e rentabilizar a empresa, manter os tratores com as mesmas características que os tornaram famosos, introduzindo modificações resultantes do departamento de pesquisa e desenvolvimento de produto a partir de 2017, assim como manter a rede de distribuição, nomeadamente o importador português, Entreposto Máquinas, que recuperou a marca após vários anos de ausência no mercado nacional. Em Portugal as encomendas já estão feitas, sendo que os tratores já estão disponíveis para utilização dos produtores nacionais.
Kramer tem novo importador Deltacinco Desde o passado dia 1 de fevereiro que a Deltacinco passou a deter em exclusivo a importação para os mercados de Portugal e Espanha da Kramer, marca independente dedicada há mais de 150 anos ao fabrico de maquinaria automotriz para a agricultura, pecuária, setor energético, reciclagem, construção e jardinagem. Líder europeia no setor das carregadoras e manipuladores telescópicos na categoria até 80 CV, a Kramer vem enriquecer ainda mais o portfólio de produtos da Deltacinco, que consegue assim a representação de mais uma marca premium.
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março / abril 2016 · ABOLSAMIA
Trator série 6M e enfardadeira de fardos cilíndricos série 800
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Entre em contacto com o concessionário John Deere da sua zona para mais informações ou para solicitar uma demonstração. JohnDeere.com
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As enfardadeiras de câmara variável série 800 da John Deere beneficiaram de mais de 150 modificações que oferecem inclusive mais rendimento e fiabilidade e custos operacionais mais baixos. Até agora fabricámos mais de 350.000 enfardadeiras de fardos cilíndricos. Os novos tratores série 6M são os parceiros ideais para a série 800. Cumprem as normas de emissões Fase IV, têm a maior gama de transmissões do mercado e agora oferecem mais densidade de potência do que nunca. Máquinas excelentes individualmente; combinadas são uma força imbatível no enfardamento.
Empresas Um empresário com uma paixão diferente pelo trabalho Faleceu o fundador da Agriduarte
Aumento da faturação e investimentos MaterMacc O ano de 2015 foi o primeiro da MaterMacc enquanto parte do grupo chinês Lovol Arbos. Numa altura particularmente difícil para o mercado a nível mundial, os resultados apresentados deixaram a administração satisfeita. Ficando marcado pela alteração do paradigma de empresa familiar para um modelo de negócio baseado em diferentes princípios de gestão, este foi um ano “particularmente atarefado”, de acordo com Massimo Zubelli, o novo Diretor-Geral da empresa. Apesar de uma quebra generalizada a todo o mercado de máquinas agrícolas, com descidas “entre 15 e 20% dos principais competidores”, um aumento de “entre 8% e 10% na receita em relação a 2014 não pode ser desvalorizado”, defendeu Zubelli. Já o Presidente da empresa, Andrea Bedosti, preferiu enaltecer os proveitos obtidos desta nova parceria com o Lovol Arbos Group, empresa mãe, destacando a partilha de métodos de organização e inovações tecnológicas, bem como os investimentos feitos, que permitiram que o complexo de San Vito al Tagliamento seja hoje o centro de excelência para o design e produção para maquinaria de preparação de solos, plantação e pulverização.
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Manuel Duarte, fundador da Agriduarte, nascido em 1950 nos arredores da cidade de Braga no seio de uma Família humilde, faleceu em 14 de janeiro último. Desde muito jovem, com uma paixão diferente pelo trabalho, cedo percebeu que para contornar os tempos difíceis de então, teria de se esforçar arduamente, como fez, chegando a trabalhar 13 horas por dia durante vários anos! Em janeiro de 1981 iniciou oficialmente a sua atividade numa oficina artesanal. Engenhoso e autodidata, começou por construir pequenas alfaias dando-lhes algo diferente das demais e criando outras que se tornaram novidades. Em meados da década de 80 já produzia Rachadores de Lenha em série, a nível nacional, com a qualidade que lhe mereceu o reconhecimento do mercado. O facto permitiu o crescimento da sua empresa a ponto de construir a sua própria fábrica, que com o tempo foi constantemente
crescendo e modernizando-se até aos dias de hoje. Como marcos dos sucessos de Manuel Duarte, nos inícios da década de 90 o empresário dá mais um passo importante nos setores da mecanização agrícola e florestal, com o lançamento de Carregadores Frontais e de Gruas Florestais -, máquinas adaptáveis a tratores, cujas performances de vanguarda as tornou como referências de qualidade no moderno desempenho requerido em áreas agrícolas, pecuárias e florestais. Ao mesmo tempo, o industrial do Norte lançou, na década de 90, novos e inovadores produtos, mantendo assim a sua marca com um crescimento acima da média. Na viragem do século, Manuel Duarte reforçou ainda mais a sua quota de mercado, continuando a investir e a desenvolver novos produtos, tanto a nível operacional como em design, onde eram e continuam a ser evidentes detalhes de qualidade.
Fábrica na China inicia produção em 2017 Grimme A China é o maior produtor mundial de batata mas apenas 20% da colheita é feita com maquinaria, o que mostra o alto potencial para o setor da mecanização especializada.
Com o desaparecimento de Manuel Duarte, a indústria da especialidade perdeu um Empresário Exemplar pela forma dedicada como encarava o trabalho, assim como na seriedade e amizade que mantinha nas suas relações com colaboradores, clientes e fornecedores. A Agriduarte está de luto, mas o paradigma das raízes da herança que recebeu são a garantia para continuar a servir, da melhor forma, a nossa Lavoura, e não só....
A firma alemã Grimme, que tem uma linha completa de equipamentos para a cultura da batata, está posicionada nos arredores da capital chinesa desde há cerca de cinco anos através de uma sucursal onde emprega mais de 40 funcionários e vai reforçar a sua presença no país. A estratégia passa por construir na cidade de Tianjin uma fábrica e um edifício de escritórios com 13.000 m². Christoph Grimme, de 27 anos, irá liderar este projeto. ”Estamos a investir mais de 13 milhões de euros neste mercado e estou muito contente por o nosso filho, Christoph, ir gerir este importante projeto”, disse Franz Grimme. Os futuros operários vão integrar um intenso programa de formação para garantir os padrões de qualidade ‘Made by Grimme’ e o início da laboração está previsto para a primavera de 2017.
OBRIGADO PORTUGAL.
BTS
O TRACTOR MAIS VENDIDO DE 2000 A 2015*
*Dados oficiais. Para mais informações contactar Marketing & Comunicação New Holland Agriculture Portugal
www.newholland.pt
Empresas Pack de Mecanização Agrícola africano Massey Ferguson A marca Massey Ferguson, pertencente ao Grupo AGCO, aproveitou a cimeira US/África Business, que decorreu na Etiópia entre 1 e 4 de fevereiro, para apresentar o Pack de Mecanização Agrícola. Direcionado para os agricultores que dão os primeiros passos na agricultura mecanizada, o pacote faz parte da estratégia da AGCO para ajudar a transformar a agricultura africana através de soluções de mecanização integradas e sustentáveis. Baseada, primeiramente, na Série MF300, considerada ideal para a realidade africana, a gama disponível consistirá em três modelos, dos 50 aos 85 CV. Também vários implementos MF estarão disponíveis, tal como reboques ou plantadores. Thierry Lhotte, vicepresidente para o marketing da Massey Ferguson para Europa, África e Médio Oriente, mostrou-se bastante satisfeito com a iniciativa, considerando que esta é mais uma prova de que “a Massey Ferguson fornece soluções para todos os tipos de agricultores, não olhando ao tamanho da exploração ou ao tipo de operação”.
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Vendas mantiveram-se estáveis Grupo Krone Apesar do impacto que a crise russa teve no setor leiteiro europeu, no ano fiscal de 2014/2015 o Grupo Krone registou um ligeiro acréscimo nas vendas. No que respeita apenas à divisão agrícola – o grupo também comercializa reboques para camionagem e eixos – os resultados cresceram ligeiramente, tendo as vendas subido para os 554,5 milhões de euros, um valor apesar de tudo próximo dos 547,9 milhões de euros verificado no ano anterior. A alemanha representou 27,9% das vendas, a Europa Ocidental 32,2%, a Europa de Leste 11,3%, a América do Norte 20,5%, e o resto do mundo 8,1%. Em termos de investimento, a companhia remodelou a fábrica de maquinaria agrícola localizada em Spelle, na Alemanha, e tem planos para introduzir melhorias também nas fábricas de reboques e eixos, quatro delas na Alemanha e uma na Turquia. O diretor geral do grupo, Bernard Krone, afirma que as projeções para o corrente ano são moderadas e antecipa que as vendas possam decrescer um ponto percentual.
O aDeus a João Mendes tractomoz João António Martins Mendes faleceu a 15 de Janeiro de 2016. É pena, custa muito e não se entende porque é que quem nesta vida faz algo de positivo, como empregar e melhorar a vida de tanta gente, acaba por partir tão cedo e por cá deixar tantos amigos. João Mendes começou a trabalhar aos 16 anos na Firma Luandeu, Lda. em Fronteira, como funcionário na secção de peças dessa empresa. Em junho de 1974, depois de cumprir o serviço militar em Angola, entrou para a Firma Coagro, em Évora, como vendedor de tratores da Marca Deutz. Em 1980 fundou a empresa Tractomoz S.A., onde começou por vender
tratores Landini e Fendt. E, desde maio de 2005 que representa a gama de máquinas e tratores John Deere, a par com a importação e distribuição de uma série de fabricantes de máquinas agrícolas das mais conceituadas marcas do mercado mundial da especialidade. A sua firma Tractomoz, com 35 empregados, para além de máquinas e tratores agrícolas, está igualmente equipada com uma secção dedicada à comercialização de adubos, fertilizantes, sementes (entre outras). Assim, prestando os principais serviços
destinados ao desenvolvimento da sua região, desde 1980, João Mendes cumpriu a sua missão na Terra pela contribuição dada ao melhoramento do conforto de trabalho e à maior produtividade rural da Lavoura local.
Tecnologia por Heliodoro Catalán Mogorrón, Doutor Engenheiro Agrónomo
Sistema hidráulico, de centro aberto ou de centro fechado?
O DETALHE IMPORTA O presente artigo pretende clarificar uma questão comum na hora de escolher um trator que é conhecer as diferenças entre um sistema hidráulico de centro aberto ou de centro fechado: qual é melhor, qual é o mais conveniente segundo as nossas necessidades, qual é mais caro...
Foto 1 Bomba de engrenagens.
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Sistema hidráulico no trator agrícola Num trator, o sistema hidráulico é aquele no qual a transmissão de força se faz de um fluido quase incompressível, geralmente óleo, que usa uma bomba hidráulica para transmitir energia aos atuadores (motores ou cilindros). A bomba: O coração do sistema transforma a
potência mecânica em potência hidráulica. As bombas que equipam os sistemas hidráulicos dos tratores são de acionamento positivo, quer dizer, o caudal de entrega é independente (quase) da pressão de trabalho. As bombas podem ser de engrenagens ou de pistões. Nas bombas de engrenagens (foto 1), o óleo entra pela admissão e enche o espaço entre a engrenagem e a carcaça da bomba, devido à sucção que se gera quando as engrenagens se movem. As bombas de pistões (foto 2) dão melhores rendimentos e têm a possibilidade de
Foto 2 Bomba de pistões axiais.
variar o volume de entrega ainda que, como contra, sejam mais caras do que as de engrenagens.
Tecnologia
Fala-se de sistema hidrostático quando se usam pressões altas e velocidade de fluido baixas, e de sistema hidrodinâmico quando as velocidades de fluido são altas ocorrendo a transmissão de energia por variação de energia cinética (turboembraiagens).
Circuito hidráulico de centro aberto caudal constante, pressão variável No sistema de centro aberto (CA), a bomba tem cilindrada (e caudal) constante. Portanto, utilizam-se bombas de engrenagens que são acionadas de forma contínua por engrenagens ou correias a partir do motor ou da transmissão. No CA, a bomba envia um caudal constante em proporção ao regime de rotação do motor térmico. Para evitar que se não houver consumo hidráulico
Circuito hidráulico de centro fechado caudal variável, pressão constante A particularidade mais destacável do sistema de centro fechado (CF) é que o fornecimento de óleo é feito de acordo com as necessidades. O sistema é implementado com bombas de caudal variável (cilindrada variável) mas mantendo a pressão. Quando o circuito não requer caudal, a bomba está, por assim dizer, em repouso e o óleo não retorna continuamente ao depósito, enquanto a pressão do óleo se mantém numa margem estreita de variação. A cilindrada da bomba varia em função da carga do sistema, proporcionando o caudal com base nas necessidades e mantendo sempre a pressão dentro de limites estreitos. No caso de ser preciso alimentar
vários atuadores em paralelo, com exigências diferentes, então controla-se o caudal ou por tubos de diferente diâmetro ou por válvulas doseadoras calibradas. Na prática isto significa que o acionamento de um atuador não interfere no trabalho dos demais quando se acionem de forma simultânea. As pressões do CF costumam ser superiores às do CA rondando os 150 a 170 kg/cm2 e as bombas geralmente incorporam 8 ou 9 pistões.
a pressão suba de forma excessiva, coloca-se uma válvula limitadora de pressão que faz o óleo retornar ao depósito. No caso de acionar um distribuidor (serviços externos, elevador...) a válvula de controlo orienta o caudal para as necessidades, sendo a velocidade de resposta diretamente proporcional ao caudal da bomba. A pressão subirá até alcançar o valor requerido para a função exigida no atuador e após realizar esse trabalho a bomba volta a funcionar sob condições de
baixa pressão. No CA, por a(s) bomba(s) ser(em) de caudal fixo, quando se abre um distribuidor consome-se a máxima potência de que dispõe o sistema hidráulico, inclusivamente sem ter nada acoplado, porque o caudal excedente tem de passar pela válvula limitadora (alívio de pressão). Normalmente a pressão nominal de trabalho em CA oscila entre os 80 e os 130 kg/cm2.
NO TRATOR AGRÍCOLA Uma vez descritos ambos os sistemas, cabe perguntar qual é melhor para o tratorista. Na realidade ao tratorista o que importa é ter resposta à sua exigência hidráulica. É comum encontrar tratores que quando chegam à cabeceira e com diversos implementos hidráulicos, por exemplo uma varredora frontal de sarmentos e uma trituradora no elevador traseiro (foto 3), ao virar para entrar noutra fila, denotem falta de caudal suficiente. Nestes
casos, o fabricante prioriza uns (o caudal exigido pela direção é prioritário) em relação a outros. Como regra geral, pode afirmarse que o CF é preferível ao CA pois com os caudais e pressões que se utilizam atualmente, uma única bomba de CA levava a que se perdesse muita potência em determinadas ações, ainda que os tratores que incorporam o centro aberto utilizem técnicas para diminuir essa desvantagem, como são por exemplo a utilização de várias bombas.
Foto 3 Quando se utilizam alfaias que requeiram disponibilidade hidráulica em ambos os elevadores em simultâneo, o sistema de centro fechado tende a garantir uma melhor resposta.
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Tecnologia Analisemos o seguinte exemplo Imagine-se um trator moderno de 100 CV. O habitual é que incorporem bombas de cerca de 100 L/ min a 170 bar. Isso é muita potência. Concretamente são quase 40 CV.
Pode dar-se o caso de acionar um distribuidor e notar uma tal queda de rotações que o motor quase se cale. No caso de um centro aberto (CA) ainda que não se exija todo o caudal, continua a absorverse a mesma potência, pois como a bomba não varia o seu caudal a pressão acaba por ser determinada pela pressão de abertura da válvula de alívio. Mas a realidade é que os tratores agrícolas utilizam sobretudo o CA devido à sua grande simplicidade no desenho e disposição dos componentes. Além disso, é um sistema que se adapta perfeitamente à operação normal do sistema hidráulico num trator, quer dizer, de forma intermitente e com um número limitado de atuadores. Mas o CA também se usa em aparelhos tão complexos como pode ser um avião, ainda que normalmente se use em aviões ligeiros como avionetas, nas quais não é necessário um fornecimento contínuo de pressão (trem de aterragem, ou flaps...) mas que precisam de fornecimento hidráulico durante um curto período de tempo.
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Continuemos a comparar ambos os sistemas em várias hipóteses de trabalho Não há consumo hidráulico: Neste caso o CA está enviando o máximo de litros embora com muito pouca pressão. O CF envia muito pouco caudal com uma pressão contida.
Esquema representativo de um distribuidor hidráulico de três posições, em posição neutra.
Centro fechado
Centro aberto
Exigência hidráulica média: O CA envia todo o caudal a uma pressão média. O CF envia o caudal necessário à pressão exigida. Exigência máxima: Ambos os sistemas funcionam de igual modo, com máximo caudal e máxima pressão. Em síntese, pode-se deduzir que a grande vantagem do CF em relação ao CA é que o CF, ao manter a pressão constante, resulta mais flexível nas aplicações e obtém-se uma resposta mais rápida (já existe pressão independentemente da carga, enquanto que com o CA há que criar essa pressão antes de acionar o cilindro ou motor). Além disso, no CF só se utiliza o caudal de que se necessita à pressão que se necessita e isto significa uma poupança de potência. Também se pode apontar como vantagem que, como regra geral e em igualdade de qualidade dos componentes de fabrico, o CF é mais durável que o CA. Porém, nem tudo são vantagens para o CF, também existem vários inconvenientes. A principal desvantagem do CF é originada na sua própria virtude, que é a bomba. Uma vez feita a solicitação
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3 4
4 caudal variável
caudal constante
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de caudal, deve operar à pressão de desenho do sistema, mesmo que a exigência requerida seja de baixa pressão. Aqui reside o “calcanhar de Aquiles” do CF, pois o estrangulamento provocado pela abertura parcial da válvula para reduzir a pressão ao nível exigido provocará um aumento da temperatura do óleo, o que significa um envelhecimento do mesmo, desgaste do sistema mecânico, e perda de energia. Existem outras desvantagens que residem mais na questão económica, pois na realidade o sistema de CF, em igualdade de
5 1 Comando atuador 2 Cilindro de duplo efeito 3 Válvula antirretorno 4 Bomba 5 Depósito
caudais, é mais caro, por isso só podem utilizar CF os tratores com maior nível de especificações, e desta forma mascarar o seu sobrecusto. Por último, outra desvantagem é que as avarias no CF são mais dispendiosas, além de que quando se sofre uma avaria o trator fica com todos os serviços hidráulicos afetados.
LOAD SENSING E BOMBAS EM TANDEM Nem tudo é “branco ou preto”, há infinitos tons de “cinzento”. Um desenhador de CF também dispõe de técnicas para combater os inconvenientes enumerados do seu sistema. Desde há alguns anos, os sistemas de pressão constante
e caudal variável (CF), para evitar que aqueçam tanto o óleo, idealizaram o conceito de load sensing. Trata-se de um sistema que é sensível à carga a que está submetido o circuito, e permite variar o caudal para adaptá-lo automaticamente às
necessidades impostas pelas alfaias. Com o load sensing o sistema mantém uma pressão latente muito mais baixa e aumenta-a apenas quando é necessário, pelo que a potência absorvida depende da exigência de caudal e
O load sensing permite manter uma pressão latente mais baixa e aumenta-a apenas quando é necessário. pressão. A cada instante, a bomba fornece só a quantidade de óleo necessária para obter uma resposta imediata dos comandos e uma adequada reação de elevação (inclusive com o motor ao ralenti). O resultado? Menor gasto de energia, um menor aquecimento do óleo no circuito e uma maior duração dos componentes hidráulicos. Quanto ao sistema de CA, a sua principal vantagem reside na sua simplicidade, e o seu grande inconveniente no facto de que está sempre em funcionamento e tem mais dificuldades para operar mais de um sistema de cada vez, embora também este inconveniente possa ser superado incorporando várias bombas independentes: direção, serviços internos, elevador… ainda que, inclusivamente, também num CA se possa incorporar o requisito de caudal de acordo com as exigências (Load Sensing). Mas retirar outro tipo de conclusões não é possível uma vez que a resposta de um motor ou cilindro hidráulico depende também de outros
parâmetros que afinal determinam a qualidade do circuito hidráulico do trator. Por exemplo, a precisão de controlo do elevador também é determinada pelo tipo de distribuidor (mecânico ou elétrico) e inclusivamente se se incorpora centralina eletrónica para dosear o caudal e controlar os valores de resposta no elevador: esforço, posição, descida rápida, misto, bloqueio para transporte, limitação da altura de elevação, regulação da velocidade de descida, antioscilação, patinagem... Como se distinguem? Observando os distribuidores será praticamente impossível distingui-los visto que externamente são idênticos e internamente só com algum bujão se consegue transformar um CA num CF. Por isso, o que resulta mais útil para a sua distinção é observar a bomba.
Foto 5 - Bombas de engrenagens em tandem.
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Tecnologia Trator e Alfaia Quando a alfaia tem incorporado algum eletrodistribuidor há que ter em atenção a natureza dos sistemas, pois deve existir concordância entre o sistema do trator e o da alfaia, já que quando se conectam com o trator por meio das tubagens passam a fazer parte do circuito do trator. Resumindo, as bombas do trator para os serviços externos podem ser ou de CA ou de CF, ou inclusivamente de CF com sensor de carga. O circuito hidráulico das máquinas deverá estar de acordo com a bomba disponível. Também se pode configurar para que funcione indistintamente sem problemas quando se têm vários tratores, mas isso significa um custo acrescido. (foto 6) Se a alfaia tiver eletrodistribuidores de centro aberto deverá ser engatada num trator com centro aberto. Na realidade, a diferença entre um distribuidor de centro aberto e centro fechado é simples e reside na posição neutra. Se é centro aberto e o distribuidor está em neutro, quando lhe chega o óleo pelo tubo conectado ao trator regressa pelo outro tubo mas sempre com pressão muito baixa. Ou seja, num distribuidor de CA em neutro, o óleo tem passagem
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Foto 6 - As bombas hidráulicas são importantes mas no momento de escolher o cliente também deve dar atenção a outros fatores. A configuração do interface de comandos é apenas um deles.
livre no seu interior podendo ir a outro distribuidor situado na continuação ou de retorno ao depósito. Se a alfaia incorpora um distribuidor de centro fechado e se conecta a um trator de centro aberto, quando estiver em posição neutra o líquido que tenta chegar do trator teria a passagem cortada e todo o caudal da bomba iria passar pela válvula de segurança, com o consequente aumento de temperatura do óleo e dissipação de energia. Ou seja, o distribuidor de CF em posição neutra não envia óleo por nenhuma tubagem através da qual se conecta a um serviço, o óleo tem a passagem cortada no seu interior pelo que a sua pressão é máxima. Para evitar que o caudal impulsionado pela bomba regresse ao depósito através da válvula de segurança (o que provocaria uma perda de energia por aquecimento do óleo)
tem um dispositivo na bomba que automaticamente faz com que deixe de enviar caudal mas mantém pressão máxima nas tubagens. No final deve ser o agricultor, ajudado pelo bom aconselhamento dos profissionais das concessões de tratores, a escolher o melhor para as suas necessidades. As máquinas para a nova vinha em espaldar (pré-podadora, desfolhadora, despontadora, varredora de sarmentos, intercepas hidráulico...) necessitam de um equipamento
muito diferente do que necessitam as máquinas num produtor de gado em alta montanha. Não basta escolher o trator com a bomba de maior caudal, mas sim ver os comandos, as eletroválvulas, o circuito de que se necessita. Também quero fazer uma chamada de atenção aos agricultores que vão comprar um trator em segunda mão para que tenham em conta a natureza hidráulica da maquinaria de que dispõem e ver a sua compatibilidade com o trator a adquirir.
E os FABRICANTES o que fazem? Não se pode afirmar que uns fabricantes se inclinem por um sistema e outros por outro. Os fabricantes oferecem ambos os sistemas em função da especificação do trator e da especificação “hidráulica” da unidade em concreto. Na realidade, o CF não é nenhuma novidade e há fabricantes que o montam desde há 50 anos. Em geral, pode-se afirmar que quando um trator necessita de oferecer um circuito hidráulico “complicado” com numerosos actuadores (direção, elevador traseiro e frontal, pilotagem…) recorre ao centro fechado, já que simplifica o desenho de válvulas. Enquanto que o centro aberto é muito popular em tratores de menor especificação hidráulica, sendo além disso muito fiáveis e recomendáveis se o fabricante tiver sabido superar as limitações do sistema. Também é comum encontrar modelos de tratores que
combinam os circuitos fechados com abertos e é uma opção muito interessante. Na realidade, o leitor deve saber que a “tecnologia hidráulica” é engenharia de fornecedor especializado e o normal é encontrar diferentes fabricantes de tratores com sistemas hidráulicos quase idênticos, visto partilharem componentes do mesmo fornecedor. No mercado, quando se escolhe um trator, o potencial comprador verá que praticamente todos os fabricantes oferecem os dois sistemas e as suas variantes: centro aberto, centro fechado, load sensing, e misto com bombas hidráulicas independentes, por exemplo para manuseamento de carregador frontal.
Foto 7 - Configuração externa do conjunto de distribuidores do sistema hidráulico.
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Produto Fardos divididos em nove partes Krone A nova Big Pack 870 HDP Multibale vem preencher um espaço entre as enfardadeiras convencionais de fardos pequenos e as enfardadeiras de fardos retangulares grandes que se impuseram no mercado nestes últimos anos. Com uma câmara de prensagem de 80 cm de altura por 70 cm de largura, incorpora cinco atadores duplos em vez de quatro, e tem a inesperada particularidade de fazer até nove fardos pequenos que são apertados em conjunto, formando um único fardo grande. No modo MultiBale (multifardo), dois atadores atam os fardos pequenos e os outros três atam o ‘pacote’, que pode ter um comprimento entre 1 e 2,7 m. A vantagem é óbvia. O número de fardos produzidos é menor, o que facilita a sua recolha e transporte. Por outro lado, já nas instalações da exploração, o manuseamento é mais fácil, bastando cortar três cordas para que um único fardo grande se transforme em vários fardos pequenos. Se o operador pretender uma densidade mais alta, que pode chegar a ser 25% superior à conseguida numa enfardadeira convencional, a pressão pode ser aumentada através do painel de controlo. Este fator é decisivo sobretudo quando os fardos têm de ser transportados a longas distâncias. Na Multibale há ainda a possibilidade de se poder reduzir a largura da câmara de prensagem até 3 cm. Além do equipamento standard, a Krone oferece uma gama de opcionais, como é o caso dos sensores de humidade. Instalados em ambos os lados da câmara de prensagem, medem o teor de humidade dos fardos e fazem o cálculo de médias, disponíveis para consulta no terminal. Um outro extra é um sistema de pesagem, que recorre a quatro células de pesagem e cujos testes realizados em campo demonstraram ter uma precisão de +/- 2 %.
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A reivenção dos pulverizadores automotrizes Hagie A marca norte-americana anuncia que levou anos a planear um pulverizador automotriz de última geração, para enfrentar a próxima década. O resultado é o modelo DTS10 de 2016, uma máquina bastante diferente de qualquer outra deste género fabricada até ao momento. Equipada com um motor Cummins de 6 cilindros, com 215 cv, e com quatro rodas direcionais, a grande inovação está no modo como estão agrupados todos os elementos que a compõem. A barra de pulverização está em posição frontal, para toda a sua extensão ser visível a partir do posto de condução, e os dois depósitos estão montados ao centro, para garantir um correto centro de gravidade e uma boa distribuição de peso. Também a plataforma apresenta um desenho fora do habitual. O operador sobe pela parte traseira, e pode caminhar por uma grelha metálica na parte superior que lhe dá acesso aos principais pontos onde precisa de intervir, quer se trate do motor, em posição traseira, ou dos depósitos de fitossanitários. A caixa de ferramentas também está instalada nesta zona, mais precisamente atrás da cabine.
O conceito de enfardadeira repensado Pöttinger Não é fácil alterar o modo de funcionamento de sistemas que estão desde há muito estabelecidos. Mas é isso que a marta austríaca pretende com o lançamento das enfardadeiras da gama Impress. Nestas enfardadeiras de fardos redondos, o pick-up integra suspensão flutuante para se adaptar ao terreno e, devido à tecnologia LIFTUP, a forragem passa por cima do rotor, o que segundo a marca resulta numa maior performance. A oferta começa no modelo Impress 125F de câmara fixa, disponível na versão Master (com 16 facas, pick-up de 2,05 m, funcionamento a 540 rpm e dirigida a tratores a partir de 80 cv) e na versão Pro (com 32 facas, pick-up de 2,30 m, funcionamento a 1000 rpm e dirigida a tratores a partir de 100 cv). Os modelos intermédios, 155V e 185V, são de câmara variável e diferenciam-se pelo tamanho de
fardo que produzem. A Impress 185VC, que é o modelo de topo, inclui embaladora e requer tratores de maior potência, com 120 cv na versão Master, e 140 cv na versão Pro. Em matéria de terminais de controlo, a Pöttinger propõe três opções. Do mais completo para o mais básico: CCI; Power Control; e Select Control. A introdução no mercado está prevista para 2017.
Produto
Dar massa é mais fácil Hoje, quase todos os utensílios à nossa volta são alimentados a energia elétrica e muitos já possuem baterias que lhes conferem portabilidade. Mas, e as bombas de dar massa? Apesar de muitos de nós continuarem a usar bombas manuais, há no mercado bombas de dar massa a bateria muito interessantes. É o caso deste modelo da DeWalt, que simplifica a tarefa de lubrificar máquinas e alfaias. Quem é que ao dar massa não pensa que o ideal era ter três mãos? Neste caso, tudo o que tem de fazer é encaixar a ponta do tubo no copo com uma mão e pressionar um botão situado na pega com a outra. Com um motor capaz de fornecer 10.000 psi de pressão, é uma boa arma para enfrentar os copos entupidos e evitar as dores de cabeça que estes costumam dar. A pensar nos ambientes de pouca luz, tem incorporada uma laterna. Pode ser abastecida por sucção numa lata ou com cartuchos próprios e, segundo a marca, uma carga da bateria dá para 16 cartuchos de massa. DeWalt
Um novo conceito de rodas de nariz Na Holanda, muitos agricultores adaptam os seus tratores até ao detalhe. Muitas vezes, na base disso está a especialização imposta pela cultura ou a adoção de uma nova técnica de trabalho. Há cerca de dois anos circulou a notícia de que a pedido de um cliente, a Offringa, um concessionário da Valtra daquele país, preparou uma estrutura de rodas de nariz que foi aparafusada ao chassis de um N143 ao qual retirou as rodas do eixo dianteiro. Agora, no mesmo país, surge uma diferente configuração de rodas de nariz, desta vez proposta pela firma Ruud Borgijink Technische Dienstverlening (RBTD). Este acessório é substancialmente diferente desde logo porque se instala no elevador hidráulico dianteiro, e não implica alterações estruturais, nem tão pouco que sejam retiradas as rodas RBTD
dianteiras, que ficam suspensas. O uso destas rodas gémeas em posição central favorece a manobrabilidade, e ao distribuir o peso do conjunto de outra forma – a passagem das rodas dianteiras não coincide com a passagem das rodas traseiras – contribui para diminuir a compactação do solo.
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Produto Transportar fardos sem reboque Murray Machinery Este fabricante sediado em Aberdeen, no Reino Unido, propõe um grande leque de acessórios, tanto para carregadores frontais como para telescópicos, muitos deles destinados ao manuseamento de fardos. O acessório que aqui apresentamos, que na verdade são dois acessórios, um para a traseira e outro para a dianteira do trator, dá pelo nome de Octa-Quad e permite transportar até doze fardos redondos num trator de grande potência. Oito são transportados no elevador hidráulico traseiro e quatro no elevador dianteiro. Tratando-se de fardos quadrados, os mesmos acessórios permitem transportar um total de seis, dois na frente e quatro atrás. Na versão mais completa, as secções laterais são dobráveis hidraulicamente, o que possibilita o transporte por estrada sem exceder a largura permitida.
Landini apresenta as novidades de 2016 Landini
A Fieragricola foi o palco escolhido pela Landini para mostrar ao público as novas linhas de tratores dos segmentos baixo e médio. A ocasião serviu também para dar a conhecer algumas atualizações introduzidas em séries de maior potência.
uma versão standard (STD) e com uma versão rebaixada (GE), embora só os modelos sem cabine possam ser configurados na versão GE, que em comparação com os Mistral é 95 mm mais baixa. Esta característica favorece o trabalho em estufas e em pomares, por exemplo.
Nova série 4D
Série 2 substitui Mistral
A Landini continua a renovar a sua gama e foi em Verona, na Fieragricola, que deu a conhecer a nova série 2, composta por três modelos: 2-045, 2-050, e 2-060. O motor é de origem Yanmar e cobre um intervalo de potência entre os 44 e os 55 cv, dependendo do modelo. A série 2 substitui a série Mistral e começa por ser comercializada na versão de plataforma, a que se juntará mais tarde a versão cabinada. Todos os modelos contam com
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Tal como acontece com a série 2, na nova série 4D também é a versão de plataforma que chega primeiro ao mercado. No total, são quatro os modelos que compõem a série: 4-060D, 4-070D, e 4-080D, com motores Deutz Tier 4Final, e 4-075D, com motor Perkins Tier 3. O intervalo de potência vai dos 64 aos 76 cv. Desenvolvida em Itália pelo Grupo Argo, a transmissão instalada nestes tratores agrupa quatro velocidades distribuídas por três
gamas. Para os clientes que necessitem de super-lentas, em opção é disponibilizada uma versão com creeper. Os 4D contam com ligação eletrohidráulica das 4RM, TDF sincronizada simples ou de duas velocidades, e sistema hidráulico de centro aberto, com fluxo de 45 L/min e 3400 kg de capacidade máxima de elevação.
Atualizações noutras séries
A série 4 surge na sua versão para 2016 com uma renovação do interior da cabine, essencialmente ao nível do painel de instrumentos e comandos. Na lista de novidades, inclui-se ainda uma transmissão Hi-Lo e travões no eixo dianteiro. A série 5H usufrui também de uma atualização da cabine e a série 6L, composta por três modelos (6-145L, 6-160L e 6-175L) situados num intervalo de potência entre os 143 e os 176 cv, recebe um sistema de suspensão no eixo dianteiro. Na Fieragricola, a Landini expôs ainda a conhecida linha de especializados REX. Cobre um intervalo de potência dos 68 e os 110 cv e apresenta agora com um capot redesenhado.
Faróis LED para pulverizadores Comatra Há estudos que demonstram os benefícios de se fazer os trabalhos de pulverização durante a noite. Mas quando se trabalha com baixa visibilidade, é fundamental monitorizar o bom funcionamento dos bicos. Foi a pensar no trabalho noturno, ou na possibilidade de se estender o dia um pouco para lá do pôr do sol para terminar uma parcela que de outra forma ficaria a meio, que a Comatra criou um kit de faróis de nove LEDs para instalação em pulverizadores de barras. De cor azul, estes faróis são mais fáceis de instalar do que as convencionais luzes individuais para bicos de pulverização, mais fáceis de limpar, e permitem ao operador observar o padrão do fluxo e monitorizar o funcionamento dos bicos a partir da cabine. A iluminação de barras tem ainda a vantagem adicional de criar um maior campo de visão em redor do pulverizador de modo a prevenir o embate em obstáculos.
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Produto Nova unidade de sementeira MiniDrill
Sistema de pesagem dinâmica em reboques
Horsch O dispositivo MiniDrill é uma nova unidade de sementeira que a Horsch disponibiliza para equipar todos os cultivadores Terrano FX (com larguras de trabalho entre os 3 e os 5 m) e Joker CT (com larguras de trabalho entre os 3 e os 6 m). A tremonha tem uma capacidade para 400 litros de semente, está equipada com a comprovada unidade doseadora da gama Pronto, e a ventoinha, desenvolvida pela própria Horsh, é muito silenciosa. A inovação está no facto de a semente ser injetada diretamente no sistema de distribuição. Pode semear sem restrições misturas de sementes com diferentes tamanhos, sendo o diâmetro de abertura da tremonha de 380 mm. A taxa de sementeira ronda os 160 – 260 kg/ha, dependendo da largura de trabalho. O MiniDrill é controlado via ISOBUS.
Joskin A firma belga lançou um sistema de pesagem dinâmica que pode equipar os espalhadores de estrume, as cisternas para distribuição de chorume, ou ainda os reboques, inclusive nos destinados à silagem. O requisito necessário é que o reboque possua suspensão hidráulica da lança e um trem de rodagem hidráulico, onde são instalados sensores de pressão. Estes enviam sinais via rádio, ou através de um cabo, de modo a que o peso seja mostrado num painel, na cabine do trator. Há a possibilidade de instalar um painel adicional numa segunda máquina que esteja a trabalhar em conjunto com o reboque, como uma ensiladora ou um carregador telescópico, para que também o operador desta máquina saiba qual é o nível de carga. Segundo a Joskin, quando comparado com um sistema de básculas, é mais barato e não rouba espaço ao nível do compartimento de carga. É compatível com ISOBUS e tem uma margem de erro máxima de 2%.
Linha Big X foi expandida Krone Ao lançar os modelos Big X 530 e 630, a Krone expande a sua oferta no segmento médio e passa a contar na sua gama com nove modelos no total. Debaixo do capot destas ensiladoras automotrizes escondem-se motores MTU Tier 4Final de 6 cilindros com, respetivamente 12,8 litros e 530 cv, e 15,6 litros e 620 cv. Trazem a nova frente de corte MaxFlow, que pode ser configurada com 20, 28 ou 36 facas, e sistema VariQuick que permite ao operador alternar entre o modo de recolha de forragem e condicionador para milho. Estas máquinas possuem ainda a funcionalidade ConstantPower, que regula a velocidade em função da carga, e dois modos de condução: Eco-Power, para trabalhos pouco exigentes e X-Power, para corte de milho a plena carga. As diferentes medidas de pneus que é possível instalar ficam todas abaixo da largura de transporte de 3 metros, mesmo no caso dos pneus de 42”.
Rolo para um mundo de gigantes Dal-Bo Dado o porte, é certo que não parece. Mas é um rolo destorroador. Este Megaroll 2430 desenvolvido pela firma dinamarquesa Dal-Bo está repartido em 9 secções que em posição de transporte se acomodam, através de recolha por comando hidráulico, num chassis com rodado duplo. Perfaz uma largura de trabalho de 24,30 metros e integra um sistema denominado Duoflex, o qual garante que cada secção trabalhe de modo independente para seguir os contornos do terreno. Pesa cerca de 24 toneladas (o peso varia consoante o tipo de anéis instalados) e exige um trator com 300 cv de potência. A Dal-Bo é uma marca especializada em alfaias para trabalho de solo, e ainda no capítulo dos rolos destorroadores, possui no seu catálogo uma grande variedade de modelos. A oferta começa no modelo CombiFlex, de secção única com 3 metros, que apesar de possuir posição de engate nos três pontos do hidráulico, trabalha em posição rebocada.
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Produto Dispositivo para despejar big bags
Telescópicos Loadall Agri Tier 4Final JCB A marca britânica atualizou parte da sua gama de carregadores telescópicos de modo a cumprir o nível de emissões Tier 4Final. Falamos concretamente dos seguintes modelos: 531-70, 536-60, 536-70 nas versões standard e LP (low profile), 541-70, 535-95, 550-80, e 560-80. Surgem todos equipados com motores JCB EcoMax. Estes motores apresentam uma capacidade de 4,4 ou 4,8 litros, dependendo do modelo, empregam tecnologia SCR, e a potência varia entre os 109, os 125 e os 145 cv. A marca refere que o consumo não saiu comprometido, tendo em conta diversas medições feitas através do sistema de telemetria JCB LiveLink, que registaram uma média de 5,97 litros/hora. A marca introduz também novidades a nível dos hidráulicos (JCB Smart Hydraulics), que fornecem agora um maior fluxo a rotações mais baixas, o que se traduz num manuseamento mais rápido do braço telescópico e dos respetivos acessórios. Mas as novidades vão para além da performance, pois foram incluídas novas funcionalidades como o amortecimento no final do curso da lança (quer quando estende quer quando encolhe), o modo automático Smooth Ride System (SRS), e a memorização de sequências (Bucket Control System). Os clientes mais exigentes podem optar pelos pacotes de equipamento Agri Plus e Agri Super.
Calmès SAS A marca francesa Calmès lançou um inovador dispositivo que visa facilitar a tarefa de transferir para dentro de um distribuidor o conteúdo de um big bag. Fabricado em inox, o Cronobag é composto por três lâminas curvadas e flexíveis em aço carbono galvanizado. De modo a que estas lâminas fiquem expostas e em contacto com o saco, para o romper, por uma questão de segurança é necessário que sobre elas se exerça um certo nível de pressão. Ou seja, que o saco seja posicionado em cima do dispositivo. O Cronobag adequa-se tanto a big bags de semente como de fertilizante, e a sua vantagem é dispensar que um operário se encontre junto à tremonha, um local que não é totalmente seguro devido ao risco de o saco se desprender e o atingir. Pesa apenas 12 kg e é com facilidade que se coloca na grelha metálica da tremonha de um distribuidor, o mesmo valendo para o processo de desinstalação.
Motores preparados para a Fase V MTU A marca MTU, que durante décadas permaneceu no universo da Daimler (Mercedes-Benz), passou a ser detida em 2014 pela Rolls-Royce Power Systems (RRPS). Mas deverá manter uma cooperação muito estreita com a casa de origem, como antevê um acordo anunciado pelas duas empresas. A nível técnico, está precisto que a partir de 2019 os fabricantes sejam obrigados a equipar as máquinas que produzem com motores adequados à Fase V, um limite de emissões ainda mais restritivo e protetor do ambiente. Durante a Agritechnica, como fabricante de motores, a MTU comunicou que já possui tecnologia para responder às exigências impostas por estes novos limites de emissões, o que passará por combinar um Filtro de Partículas Diesel (DPF) com um sistema SCR de pós-tratamento. No ramo da maquinaria agrícola, os motores MTU equipam marcas de renome como a Fendt, a Krone, a Holmer, a Ropa, ou a Deutz-Fahr, entre outras.
Jantes para tratores acima de 300 cv GKN Na agricultura recorre-se cada vez mais a tratores de alta potência e a alfaias de grande dimensão. E de modo a converter a potência dos tratores em tração, muitas vezes o que se faz é baixar o nível de pressão dos pneus para obter uma maior superfície de contacto com o solo. Mas trabalhar com baixa pressão e um nível alto de carga, tende a originar um fenómeno de patinagem entre o pneu e a jante. Para dar resposta a este desafio a GKN lançou a jante Profi-grip. Tem a particularidade de possui um rebordo mais estável e uma maior área de contacto com o pneu. Além de jantes, a GKN comercializa outro tipo de componentes, entre os quais embraiagens, depósitos de combustível, braços de hidráulico, e veios de TDF.
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Produto Frente para corte rasteiro Airflex Honey Bee A canadiana Honey Bee é especializada no fabrico de frentes de corte para ceifeiras-debulhadoras. Os vários modelos de que dispõe adequam-se a diferentes marcas de ceifeiras e dão resposta a situações de colheita muito específicas para as quais as funcionalidades das frentes de corte standard não são suficientes. A frente Airflex é a mais sofisticada desenvolvida pela Honey Bee, permitindo dois modos de trabalho: rígido, para os cereais, e flexível, para culturas de corte inteiramente rasteiro, que deva seguir os contornos do terreno, como exigem as leguminosas. É comandada a partir de um painel dedicado e adapta-se ao solo graças a sensores e a um sistema de suspensão pneumática. Está disponível com larguras entre os 9 e os 15 m. A destacar ainda a particularidade do atrelado para transporte, em que o próprio corpo da barra de corte faz de chassis, assentando atrás sobre duas rodas gémeas, e à frente sobre outras duas rodas gémeas com lança.
Macaco de oficina para tratores
Caixa de carga com báscula hidráulica Göweil A Göweil é uma marca austríaca focada no desenvolvimento de enfardadeiras, embaladoras, e acessórios para manuseamento de fardos. Apesar desta especialização, também fabrica caixas de carga com estrutura em hardox 500 e báscula hidráulica com cilindro de duplo efeito. Os modelos pequenos (GHU 06), destinados a tratores entre 10 e 25 cv, apresentam uma capacidade de carga de 700 kg. Há duas gamas intermédias, e uma quarta gama (GHU 12) destinada a tratores acima de 80 cv, que apresenta uma capacidade de carga de 5.000 kg. Estes modelos maiores estão disponíveis com quatro diferentes larguras entre os 2 e os 2,5 metros. A marca disponibiliza ainda diversos acessórios para estas quatro gamas de caixas GHU, tais como fueiros, taipais suplementares, e o sistema de engate EURO, que permite o engate rápido em carregadores frontais ou na lança de telescópicos.
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Trakjak As oficinas e os agricultores que necessitam de mudar com frequência rodas de tratores sabem que nem sempre é fácil encontrar pontos próprios para colocar um macaco, como vemos nos automóveis. Normalmente levanta-se uma roda de cada vez e, como os macacos são baixos, é preciso pôr calços de madeira, o que nem sempre é seguro. O Trakjak foi pensado para levantar a parte traseira de um trator. O seu funcionamento é muito simples. Basta engatar os braços do hidráulico nos pontos de afixação, e depois subir o hidráulico, o que faz com que o trator seja levantado do chão. Do equipamento standard faz parte uma peça para ligar o dispositivo à barra de puxo, para que em caso de necessidade se possa retirar os braços do hidráulico, duas esperas de apoio, e duas rodas de borracha que permitem deslocar o trator num chão direito, mesmo sem as rodas traseiras. Pesa 350 kg, o tamanho é universal, e suporta 12 toneladas. Na Irlanda, país onde é fabricado, custa 2400 Eur.
Smartbox para lastragem e carga Camfab Nos tratores, o espaço para arrumações não costuma ser muito generoso. Daí que às pick-ups fique muitas vezes reservada a função de veículo de apoio. Com a Smartbox, uma caixa para lastragem que se engata no elevador frontal e que também serve para transportar mercadoria, os agricultores podem contornar esta limitação. Ao centro, tem espaço para um bloco de lastragem de uma tonelada, que é colocado ou retirado do interior da caixa com a ajuda de uma forquilha para paletes. E nas laterais dois armários com fechadura para arrumar ferramentas e um encaixe para suportar um torno de bancada. Sempre que se retire a lastragem, a caixa fica livre para guardar produtos e utensílios como moto-serras, fio e rede de enfardação, ou embalagens de fitossanitários. Como extra, a Camfab propõe ainda um depósito para gasóleo ou AdBlue. Com capacidade para 200 litros, este possui uma bomba de 12v e uma mangueira de 4 m.
Empresas por Sebastião Marques
Same Deutz-Fahr
Enfrenta futuro com nova imagem O grupo italiano Same Deutz-Fahr (SDF) atingiu um volume de negócios de 1.2 milhões de euros em 2015 e espera um crescimento de 8% para este ano. No âmbito do seu plano de desenvolvimento estratégico a 10 anos, a SDF vai continuar a apostar no segmento de alta potência e a tentar crescer em novos mercados.
SDF prevê crescer em 2016 SDF tem nova imagem O plano de desenvolvimento estratégico a 10 anos da SDF continua em marcha e, desta vez, foi altura de apresentar a nova designação e logótipo. Motivada pela necessidade de apresentar um nome e símbolo mais “abrangente”, que permitisse englobar as várias marcas que compõem o grupo, e não somente a Same e a Deutz-Fahr (a Lamborghini , a Gregoire ou a Hürlimann fazem também parte do portfólio da empresa), a SDF avançou para a renovação da sua imagem de marca corporativa, em linha com o seu projeto de desenvolvimento que prevê um alargamento da gama de produtos disponíveis, bem como uma política de crescente implementação em novos mercados, como o chinês ou o turco. Este último foi, aliás, um dos temas centrais da conferência de imprensa, tendo sido considerado pelo CEO da empresa como “provavelmente o melhor mercado no mundo para o setor no ano transato”.
Museu da SDF.
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março / abril 2016 · ABOLSAMIA
Numa análise à performance da SDF no último ano, foi anunciado um volume de negócios de 1.2 milhões de euros, estando previsto para 2016 um aumento de 8%, num total de 1.3 milhões de euros. Estes resultados foram considerados positivos e totalmente em linha com o esperado pelo triunvirato que gere os destinos da marca, consciente do “estado difícil em que o mercado se encontra”. As razões apontadas para o crescimento são duas: o aumento da quota de mercado e o mix de produtos disponibilizado pela marca. No que concerne a este último ponto, é de destacar a aposta que a marca fará no segmento de alta potência (450 cv), estando em construção uma nova fábrica, na Alemanha, que será
dedicada à produção da nova Série 11. Denominada Deutz-Fahr Land, terá um custo total de 19 milhões de euros, sendo a mais moderna da Europa, e contendo várias novidades, como por exemplo a Deutz-Fahr Arena, espaço dedicado a todos os visitantes e trabalhadores. O segmento de alta potência e o alargamento da gama de oferta disponível que este representa são de extrema importância para a marca, já que permitem uma aposta ainda maior em vários países da Europa. As previsões do Grupo apontam para a estabilização do mercado europeu, apesar de uma queda nos primeiros seis meses do ano. A médio prazo, no entanto, a marca espera uma evolução positiva. De facto, apesar da fraca expressão do grupo no mercado do Reino Unido, mercados como o francês ou o italiano têm apresentado tendências positivas com, por exemplo, um aumento de 1% de quota de mercado em França. Fora da Europa, o Grupo mantém
Empresas a aposta no mercado chinês, tendo construído uma segunda fábrica no país que permitiu um aumento de 40% do volume de negócio, posicionando a marca no segmento de alta potência (que no caso chinês significa 100 cv). A Turquia, como já referido, tem sido um caso de sucesso, tendo a marca registado um aumento de 6% de quota de mercado (o objetivo é chegar aos 8%). Não baixando o ânimo em relação à aposta feita neste país, a verdade é que também aqui se espera um abrandamento no próximo ano. Em relação às ceifeiras debulhadoras, depois de um forte investimento feito, a análise feita é positiva, considerando a tendência que se tem verificado em todo o mercado. No geral, a performance da SDF esteve em linha com o esperado e com o ano anterior, mantendo-se o foco nos processos internos e não estando prevista nenhuma aquisição de outra marca.
Vice-presidentes Aldo e Francesco Carozza (à esquerda e à direita, repetivamente) e CEO Lodovico Bussolati (ao centro), respondem às questões dos jornalistas.
Arnaldo Caeiro, responsável pelo mercado português.
Forte e leve ao mesmo tempo? Eis porque criámos o pneu TM1000 High Power. Apresenta uma área de contacto pneu/pavimento extra larga, reduzindo a pressão no solo. Ao proteger o solo da compactação, garante uma maior produtividade e um maior rendimento das colheitas. Além disso, a sua resistência reduzida ao rolamento permite um baixo consumo de combustível e emissões baixas, ajudando-o a produzir mais e de forma sustentável. www.trelleborg.com/wheelsystems/es
ABOLSAMIA · março / abril 2016
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Empresas
as
3 visit cas de tratores r 25 mancessionários o 177 c isitantes 447 v Nova fábrica tem 9.500 m2
Tomix inaugura unidade industrial Em 18 de Janeiro, a TOMIX inaugurou a sua nova unidade industrial com a presença do Presidente da República, Cavaco Silva.
Cavaco Silva e Jorge Pereira no momento da inauguração.
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março / abril 2016 · ABOLSAMIA
E
sta nova fábrica, com 9.500 m2 de área coberta, está inserida no polo industrial JOPER / TOMIX com um total de 110.000 m2. Para além do Presidente da República, estiveram também
presentes, o Secretário de Estado das Autarquias, Carlos Miguel, os deputados, Assunção Cristas e Duarte Pacheco, o Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Vereadores e representantes de diversas entidades oficiais, tais como, IAPMEI, AICEP, IEFP, ANEME, CENFIM, etc., num total de 120 pessoas. Após a inauguração, usou da palavra, Jorge Pereira, Presidente do Grupo JOPER para explicar que a TOMIX investiu não só a nível das instalações, mas também numa linha de pintura e na área de movimentação e da armazenagem. Este investimento, no montante de 3.8 milhões de euros, que ainda não se encontra totalmente concluído, prevê
também a aquisição de uma máquina de rotomoldagem (para fabrico dos depósitos dos pulverizadores) e alguns equipamentos de produção. Após as visitas à TOMIX e à JOPER, o Presidente da República proferiu algumas palavras de profundo agrado pelo que lhe foi dado a visitar e felicitou a Administração por este investimento, como “um bom exemplo“ e a aposta certa na exportação e na inovação. Seguidamente, usaram da palavra, Paulo Damião, Gerente da TOMIX, bem como, o Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Bernardes, e o Secretário de Estado das Autarquias, Carlos Miguel.
Empresas De norte a sul do país, estiveram representadas as concessões das principais marcas a operar no mercado português, fornecedores e clientes. Para poder proporcionar a todos os convidados uma visita guiada às instalações da nova unidade fabril da Tomix e da Joper, o evento inaugurativo teve lugar em três datas distintas onde compareceram 447 pessoas.
A Tomix, fundada em 1924, nasceu como uma empresa familiar adotando desde o seu início uma estratégia de investimento no controlo da qualidade e em novos conceitos tecnológicos e procurando, pela investigação, oferecer aos seus clientes nacionais e estrangeiros, produtos e serviços do mais alto nível de qualidade. A Revista abolsamia esteve presente nesta inauguração e felicita o Grupo Joper por este passo corajoso em prol da indústria e do desenvolvimento do País.
ABOLSAMIA · março / abril 2016
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Opinião por João Sobral
Moinho do Salvador
A memória é como as ondas do mar Os moinhos de vento permanecem como um elemento central no imaginário de quem leu aquela que é a obra maior de Miguel de Cervantes, e até daqueles que não a tendo lido conhecem o enredo quase cinematográfico que há nas suas páginas.
M
as para falarmos de moinhos de vento, ou para os vermos, não precisamos de ir até ao Campo de Criptana, na região manchega, nem precisamos de recuar ao século XVII e às lutas de D. Quixote contra gigantes. Aqui do monte onde vivo tenho dois pontos de referência. A Serra da Arrábida, com o Sado, o Atlântico, e o céu a abraçaremna de azul, e o moinho do Salvador. O moinho, que é uma espécie de caravela, tem velas que igualmente aproveitam a força do vento, mastro, e um mestre.
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março / abril 2016 · ABOLSAMIA
E tem cordas e leme para se reorientar em função do sentido do vento. Tão sólida como as de mar alto, também navega noites inteiras no meio de ventanias, e enfrenta tempestades. Tanto que às vezes as varas ou o mastro também se partem vergadas pelas rajadas, e estando lá dentro o ruído e o movimento das engrenagens tudo abana e estremece. E nessas noites de navegação, o moleiro, lá dentro, a dormir em cima de meia dúzia de sacos de cereal, de vez em quando é acordado pelo alarme da campainha que o alerta para a necessidade de intervir no
funcionamento da embarcação. O Salvador era um homem com as suas particularidades, como temos todos, solitário nestes últimos anos, com o seu cão que o acompanhava para todo o lado. Foi capaz de ao mesmo tempo ser moleiro, barbeiro, carpinteiro, apicultor, e vendedor ambulante – vendia mel, ovos, orégãos… – e uma lista de outras habilidades, às vezes sem muita habilidade, mas ainda assim com um improviso que no final batia certo. Mas acima de tudo, era moleiro! …no moinho que era do pai e que já tinha sido do avô. Antes de termos telefone, e mesmo depois de o termos, porque ele continuou a não ter, quando precisávamos de saber se o Salvador estava em casa, era espreitarmos a ver se o moinho estava a moer. Se estivesse, ele com certeza não devia de estar longe, pois um moinho não pode ser deixado sozinho. Se de repente o vento muda, tudo se pode descontrolar. Parecia ser um homem livre, e como por vezes acontece aos homens que prezam o seu conceito de liberdade, houve alturas em que o dinheiro lhe escasseou, e outras também em que o teve. Em ambas as circunstâncias, viveu sempre à sua maneira. Tinha aparência calma, embora por vezes se agastasse quando o contrariavam ou quando
duvidavam de alguma coisa tida por si como certa. Mas depressa regressava à postura serena de quem é imune a preocupações. Ainda consigo ouvir-lhe a voz! O moinho lá continua, com capota, mastro, e varas. As velas, depois de o mestre ter partido, nunca mais ninguém as desenrolou a não ser o vento, que acabou por as esfarrapar. O moinho é já uma ruína. Mas há a memória, que é como as ondas do mar, onde navegam as caravelas. Por vezes as velas do moinho estão desenroladas, têm pano novo, e moem a bom vento. E se o moinho mói é porque o Salvador há-de andar por ali perto. Um moinho não pode ser deixado sozinho.
Moinhos abertos em abril O Dia Nacional dos Moinhos comemora-se a 7 de abril, e durante o fim-de-semana seguinte, a 9 e 10, prevê-se que estejam abertos e a funcionar entre 250 a 300 moinhos um pouco por todo o país. A iniciativa é patrocinada pela Etnoideia e tem o apoio da Sociedade Internacional de Molinologia (TIMS).
Especial Estatísticas por Heliodoro Catalán Mogorrón, Doutor Engenheiro Agrónomo
Qual é a marca de tratores mais vendida na Europa? Que grupo obtém a maior fatia do mercado?
Vendas de tratores
na Europa em 2015
A Organização Europeia do Comércio de Maquinaria Agrícola, CEMA dá conta da quebra de vendas de maquinaria agrícola que está a acontecer no continente europeu.
Vendas de tratores na Europa, 2012-2015 Europa (10 países)
Visão global de 2015 A Organização Europeia do Comércio de Maquinaria Agrícola, CEMA dá conta da quebra de vendas de maquinaria agrícola que está a acontecer no continente europeu. Para o pessimismo no mercado interno não ajudam as sanções que a UE estabeleceu ao mercado russo, devido ao problema russo-ucraniano, e que causou o abrandamento da exportação de tratores e outras máquinas agrícolas para aquele enorme mercado. Porém existem indícios otimistas, além da recuperação interna que se observou no segundo semestre, tudo parece indicar que as sanções à Rússia se vão começar a levantar e, possivelmente, 2016 trará melhores perspetivas. Ainda assim depende sobremaneira dos preços das matérias primas (sobretudo cereal e leite).
Por Países Concretamente, as cifras recolhidas são (por ordem decrescente, em número de vendas de tratores novos): Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Polónia, Espanha, Áustria, Portugal, Noruega, Suécia e Finlândia. O Reino Unido apresenta as suas estatísticas com muito atraso (por vezes mais de 12 meses) pelo que os valores apresentados relativos a este país são os do ano precedente. Análise global: A cifra global dos 11 países mais representativos é de quase 134.000 unidades. Sim, efetivamente está longe das quase 152.800 de 2012 mas é a realidade. O ano de 2015 seguiu a mesma tendência descendente de venda de tratores novos que já se iniciou em 2013. (Gráfico e tabela ao lado)
155.000 150.000 145.000 140.000 135.000 130.000
2012
Alemanha França Itália R. Unido* Polónia Espanha Austria Portugal** Noruega Suecia Finlândia Total
2013
2014
2015
2012
2013
2014
2015
36.264 33.577 19.456 14.088 19.315 8.655 7.169 3.986 3.649 3.859 2.828 152. 846
36.248 37.848 19.017 14.964 15.129 8.894 6.945 4.938 3.810 3.425 2.556 153 .774
34.611 28.905 18.313 13.490 14.472 10.004 5.434 4.766 3.136 3.252 2.095 138. 478
32.220 29.312 18.428 13.526 12.362 10.587 4.805 4.648 3.071 3.028 1.854 133. 842
(*) Os valores apresentados do Reino unido são os do ano precedente. (**) Números referentes a tratores novos, e usados importados.
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março / abril 2016 · ABOLSAMIA
Anos
John deere
01
18,6%
Especial Estatísticas
02
Fendt
New Holland
15%
03
8,9%
Case Ih + Steyr 04
Massey Ferguson
7,2%
7,8%
05
ClaAs
06
6,6%
Países considerados:
Selecionaram-se os 11 países que mais tratores vendem na Europa e por isso são os mais representativos neste mercado específico.
Vendas de tratores na Europa em 2015 por Grupos Alemanha
frança
itália
R. Unido*
polonia
Espanha
Áustria
portugal
noruega
suécia
fiNlândia
total
Case IH+Steyr
2.469
2.652
487
1.251
1.170
786
1.076
102**
105
228
97
10.423
New Holland
2.341
4.684
4.136
2.645
2.055
1.933
704
732
329
269
207
20.035
Grupo CNH
4.810
7.336
4.623
3.896
3.225
2.719
1.780
834
434
497
304
30.458
John Deere
6.279
5.529
1.650
3.993
1.874
2.661
543
533
883
661
235
24.841
Massey Ferguson
1.235
3.215
655
1.669
370
591
415
254
606
442
163
9.615
762
1.520
147
459
383
261
156
100
457
692
907
5.844
Valtra Fendt
5.494
3.071
774
820
162
555
448
66
237
218
63
11.908
Grupo AGCO
7.491
7.806
1.576
2.948
915
1.407
1.019
420
1.300
1.352
1.133
27.367
454
816
2.590
-
162
677
216
575***
4
39
-
5.533
Deutz Fahr
3.236
1.607
800
-
1.136
509
309
378
104
82
14
8.175
Grupo SDF
3.690
2.423
3.390
298
1.298
1.186
525
953
108
121
14
14.006
Claas
2.682
3.648
568
769
471
290
143
-
117
100
6
8.794
Kubota
1.923
1.811
809
636
1.095
873
100
615
39
62
-
7.963
296
728
2.406
288
332
474
55
312
68
15
7
4.981
Same/Lambo/Hurli
Grupo ARGO Outros TOTAL ano
5.049
31
3.406
698
3.152
977
640
981
122
220
155
15.432
32.220
29.312
18.428
13.526
12.362
10.587
4.805
4.648
3.071
3.028
1.854
133.842
(*) Os valores apresentados do Reino unido são os do ano precedente. (**) 102 tratores Case IH. (***) 242 tratores Same, 182 tratores Lamborghini e 154 tratores Hürlimann.
ABOLSAMIA · março / abril 2016
41
Especial Estatísticas Venda de tratores nos principais países, 2012-2015 Alemanha França Itália Polónia Reino Unido* Espanha Austria Suécia + Filândia Portugal Noruega
38.000
33.000
28.000
23.000
18.000
13.000
8.000
3.000
2013
2014
2015
Ranking de vendas por marcas e Grupos
42
24.841 20.035 11.908 10.423 9.615 8.794 8.175 7.963 133. 842
18,6 15,0 8,9 7,8 7,2 6,6 6,1 5,9
março / abril 2016 · ABOLSAMIA
27.367
24.841
25.000
Por grupos
20.000
Ao agrupar as marcas nos seus respetivos grupos empresariais, a “cor” do mercado varia bastante e agora é a CNH o líder com uma quota de 22,8% seguido do grupo AGCO que
10.000
140.06 8.794
7.963 4.981
5.000 0
AR GO
%
30.458 30.000
Ku bo ta
John Deere New Holland Fendt Case/Steyr Massey Ferguson Claas Deutz Kubota Total
2015
35.000
De er e
Penetração no mercado por marcas, 2015
CNH é o líder europeu com uma quota de 22,8%
Penetração no mercado por Grupo, 2015
Jo hn
A John Deere continua a ser a marca mais vendida no continente europeu. No grupo dos onze países principais considerados, “os verdes” venderam 24841 tratores o que corresponde a cerca de 18,6 % do mercado. No entanto, há que referir que desde 2012, em que
se situa de forma folgada na 2ª posição com algo mais de 20% do mercado global. O líder por marcas, a John Deere, encontra-se na 3ª posição com a já referida quota de 18,6%.
AG CO
vendeu 30623 tratores (20,0% do mercado) desceu cerca de 5000 unidades com uma quebra de penetração de quase 1,5 pontos. A segunda marca é a New Holland com 20035 tratores (15,0%) e que mantém a sua penetração em cerca de 15-16 %. A Fendt, como terceira marca, pelo contrário contempla subidas na sua quota de mercado e em 2015 com 11908 tratores vê a sua parte do “bolo” em quase 9%.
CN H
Por marcas
Anos
Cl aa s
2012
SD F
Em países como a Alemanha, Polónia, Áustria ou Suécia a linha está em franca tendência descendente. Os importantes mercados francês e inglês parece terem iniciado a sua recuperação. Outros países como a Itália e a Espanha também inverteram a tendência baixista para, de forma tímida, iniciarem uma ligeira subida. O caso particular português é o de um mercado “maduro” em que o número de tratores parece estar equilibrado em torno das 4500-5000 unidades, tendose notado em 2015 um ligeiro decréscimo nas matrículas de tratores novos. Os fabricantes parecem concordar com a ideia de que as vendas de tratores especializados (para vinhas e pomares) continuam a subir, da mesma forma que os tratores polivalentes ou multifunções. (Ver gráfico ao lado)
Especial Estatísticas
A Alemanha é o principal país em número de vendas de tratores novos
Ranking de vendas por países Alemanha
Apesar das quebras dos últimos anos, continua a ser o principal país em número de vendas de tratores novos. Em 2015 matricularam-se 32220 unidades, menos 4000 que as matriculadas em 2012 e 2013. Os fabricantes: Quase todos baixaram, mas a mais acentuada foi a quebra do grupo CNH (23%! de 6200 para 4800 tratores), e também a da John Deere (6,5%, de 6800 para 6279 tratores) ainda que esta continue a ser líder de vendas e supere em aproximadamente 800 tratores o seu constante “seguidor” Fendt (5493 unidades). Por grupos, é a AGCO quem domina claramente o mercado com quase 7500 tratores. A destacar a subida da Kubota que um ano mais se supera e em 2015 vendeu 1923 tratores ainda que neste número estejam incluídos alguns de potências muito baixas.
França
Depois da valente queda de 2014, em 2015 conseguiu
44
março / abril 2016 · ABOLSAMIA
recuperar ligeiramente e registou 29300 tratores, um número que ainda está bem longe das 38000 unidades de 2013. Além do mais, a “maquilhagem” dos números de 2015 deveu-se à segunda metade do ano. Os fabricantes: Por marcas, a John Deere continua a ser a mais vendida (5529 unidades) e inclusivamente aumentou ligeiramente relativamente a 2014. Seguem-na a New Holland (4684 unidades) e a Claas (3648 unidades). Por grupos, a AGCO mantém a liderança conseguida em 2014 (7806 unidades) seguido muito de perto pela CNH (7336 unidades) que desde 2013 perdeu essa posição de privilégio. A destacar no mercado francês a retoma de vendas de tratores especializados (3666 unidades) em 2015).
Itália
Parece que o pior passou e 2015 registou uma alteração na tendência de quebra. Se 2014 fechou com 18.313 unidades, 2015 praticamente manteve as
vendas com 18.428 tratores. Ainda assim, estes foram os dois piores anos para Itália desde o inicio da “tratorização” de meados dos anos 60. Os fabricantes: O líder indiscutível continua a ser o grupo CNH (4623 tratores) mas de facto perdeu quase 500 unidades em relação a 2014 enquanto que os seus seguidores aumentaram as unidades vendidas. O segundo no ranking local é a SDF (3390 unidades) que já conta com uma quota de mercado de 18,4 %. Medalha de bronze para o grupo ARGO com 2406 unidades e 13,1% de penetração.
Reino Unido
Ainda que analisemos os dados de 2014, observa-se uma ligeira recuperação face ao ano anterior, 13526 unidades face às 13490 do passado exercício. O “equilíbrio” do mercado inglês situar-se-á em torno dos 14000-15000 tratores. Os fabricantes: a John Deere não tem rival nas ilhas britânicas ainda que em 2015
tenha vendido 3993 tratores o que representa menos 1000 unidades que as 4972 vendidas em 2013! Continua a ser o líder absoluto, uma vez que a segunda marca, a New Holland, se situa longe, com 2645 tratores. Por grupos, praticamente estão igualadas a John Deere e a CNH (3896 unidades) com apenas 100 tratores de diferença.
Polónia
Curioso é o caso deste país com tanta projeção agrícola mas que após o boom da “tratorização” após a sua entrada na UE vê o seu mercado encolher ano após ano. Longe ficam as 19000 unidades de 2012 já que apenas se ultrapassaram os 12000 tratores em 2015. Os fabricantes: A marca ganhadora foi a New Holland (2055 unidades) seguida pela John Deere (1874 unidades) e a Zetor (1658 unidades).
Espanha
No país vizinho continua agora a melhoria após a terrível crise de 2012 e 2013. Se em 2014
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Especial Estatísticas se conseguiram as 10000 unidades, em 2015 este valor voltou a ser superado (10587 unidades). Os fabricantes: Em Espanha é a John Deere o líder indiscutível, posição de liderança de que vem desfrutando desde há muitos anos. Este ano vendeu 2661 tratores (25,1%) e o seu seguidor, a New Holland, 1933 (18,3 %) De destacar que a Kubota já é a 3ª marca no mercado espanhol com 873 tratores. Por grupos é sem dúvida a CNH, pelo segundo ano consecutivo, o líder de vendas (2719 tratores) com 25,7% de penetração. A medalha de bronze pertence ao grupo AGCO.
Áustria
Em declínio, assim está o mercado austríaco. 4.805 tratores vendidos, o que representa 629 unidades a menos (11,6%) que em 2014, o que representa quase 50% desde 2010, ainda que os últimos meses de 2015 parecem indiciar uma recuperação do mercado.
mercado com 907 tratores do total de 1854
Os vikings: Noruega, Suécia e Finlândia
Portugal
Os mercados sueco e norueguês são praticamente idênticos. Também em 2015 reduziram o número de vendas e agora superam em poucas unidades as 3000. A Finlândia também regista uma tendência de quebra e em 2015 não chegou aos 2000 tratores! Os fabricantes: O denominador comum dos 3 países é a preferência clara pelo grupo AGCO se bem que por marcas seja a John Deere quem domina na Noruega (883) à frente da Massey Ferguson (606). Na Suécia a 1ª marca é Valtra (794) seguida da John Deere (718); Na Finlândia, a Valtra arrasa e chega a deter quase 50 % do
2015 foi o terceiro ano consecutivo com quebra nas vendas de tratores se bem que, e esta é a boa notícia, a descida tenha sido mínima. Se em 2013 se venderam 4938 tratores, em 2014 foram 4766 e em 2015 o ano fechou com 4448 unidades. Entre as particularidades do mercado luso há que destacar, similarmente ao país vizinho, a grande importância que tem o segmento dos tratores “especiais” (fruteiros e vinhateiros). Os fabricantes: a marca mais vendida, também em 2015, foi a New Holland ainda que “os azuis” tenham matriculado 732 unidades, ou seja 100 unidades menos que em 2014! A New Holland tem que acautelar a sua posição
de liderança pois a Kubota continua a subir e alcançou resultados invejáveis. Em 2015 vendeu 615 tratores o que a situa em 2ª posição no ranking das marcas. Por grupos, a SDF é líder com 953 unidades, a CNH 834 a Kubota com as referidas 615. Destaque também para os bons resultados do grupo SDF que desde 2013 está como líder de vendas com a soma das suas marcas Same, Lamborghini e Deutz.
Em Portugal a marca mais vendida, em 2015, foi a New Holland
Venda de tratores por marcas, em Portugal, 2011-2015 1.000 1000
New Holland Kubota John Deere Deutz-Fahr Same Landini Massey Ferguson LS NEW HOLLAND Daedon/Kioti KUBOTA Lamborghini JOHN DEERE
900 900 800 800 700 700 600 600
DEUTZ-FAHR SAME LANDINI MASSEY FERGUSON LS DAEDONG/KIOTI LAMBORGHINI
Unidades
Unidades
Os fabricantes: Todos baixaram, relativamente a 2014, New Holland (-2,6%), Steyr (-2,2%) John Deere (-1,9%), exceção feita à Lindner e ao grupo AGCO: Fendt (+ 2,9%), MF (+ 2,3%) e Valtra (+ 0,9%). Por marcas, é de novo a Steyr a líder indiscutível com 982 tratores, seguindo-se a Case IH (704) e a Fendt (448). Por grupos, a medalha de ouro pertenceu ao grupo CNH com 37 % do mercado, seguido do grupo AGCO 21,2%.
500 500 400 400 300 300 200 200 100 100 00
2011 2011
2012 2012
2013 2013 Anos
Fonte: ACAP
46
março / abril 2016 · ABOLSAMIA
2014 2014
2015 2015
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As 5 marcas mais vendidas em entrevista Abolsamia entrevistou os representantes das cinco marcas com mais unidades novas matriculadas em 2015 de forma a compreender as causas e os fatores que contribuíram para os resultados apresentados, bem como as expectativas em relação ao ano 2016.
1º - New Holland
748*
unidAdes Novas matriculadas
16º ano consecutivo na liderança, foi “atípico” “Atípico”. É assim que Fernando Garcia, General Manager da New Holland em Portugal, caracteriza o ano transato. A uma quebra ao nível dos tratores contrapôs-se “o melhor ano da década” em termos de material forrageiro, e se o adeus ao T4000 vai sendo difícil, o lançamento dos novos T5 e T6 Tier4b promete ser um “reforço” importante para a squadra azzurra que se manteve líder de mercado pelo 16º ano consecutivo. (*) Estas 748 unidades correspondem a 726 tratores New Holland + 22 tratores registados como CNH (ver tabela da página 57).
48
março / abril 2016 · ABOLSAMIA
Normas de emissões obrigam a mudar. Olival estabelece novos records 2015 foi um ano com sabor agridoce para a New Holland. A uma perda de quota de mercado a nível dos tratores, “expectável face ao descontinuar da Série
T4000”, a marca teve o melhor ano da década a nível de material forrageiro. “A necessidade de alterar continuamente os motores para fazer face às novas normas de emissões levou a que uma série best seller em Portugal (T4000) fosse definitivamente descontinuada, o que teve reflexos nos resultados da
Especial Estatísticas empresa em 2015. Nos restantes produtos (ceifeiras-debulhadoras, ensiladoras, enfardadeiras) o desempenho alcançado foi muito satisfatório”, referiu Fernando Garcia. O grande destaque são, no entanto, as máquinas de olival, que demonstraram, nas palavras do General Manager, “a importância de a marca possuir um produto de nicho, o que permitiu tirar o melhor partido do grande desenvolvimento desta área de negócio com vendas record.” A categoria dos tratores convencionais, nomeadamente entre os 70 cv e os 100 cv, foi a que mais sofreu a nível de quota de mercado em 2015. Por modelos, o TD3.50 foi o mais vendido da marca. A nível de ceifeiras debulhadoras, foram vendidas nove unidades, quatro da gama baixa, duas da gama média, e três da gama alta.
2016, recuperar quota de mercado Para 2016, o objetivo passa por recuperar a quota de mercado nos tratores. Noutras áreas de negócio, como o olival, também existem boas perspetivas. “O objetivo da New Holland é recuperar quota de mercado em 2016, até porque alguns concorrentes que retardaram a substituição dos seus produtos terão mesmo que a promover para cumprir a legislação em vigor. Essa situação irá colocar em plano de igualdade as diferentes marcas, o que não aconteceu em 2015. Infelizmente, as perspetivas de mercado têm vindo a degradarse com as dúvidas acerca dos projetos e a situação difícil que atravessam alguns sectores como a suinicultura, o milho ou o leite, o que pode projetar para 2016 uma
quebra de mercado nos tratores. Na generalidade dos produtos forrageiros isso é já uma certeza. As máquinas de olival, por seu lado, continuam com um mercado bastante ativo.” De forma a atingir estes objetivos, a New Holland continuará a investir na atualização dos seus produtos, prometendo apresentar “reforços” importantes para 2016. “Como sempre, a New Holland investe bastante na atualização dos seus produtos e 2016 não será exceção. Para além de iniciarmos a comercialização do novo T7 HD, iremos assistir ao longo do ano ao lançamento dos novos T5 e T6 Tier4b. Nas gamas mais baixas, acabámos de renovar dois sucessos de vendas em Portugal (TD3.50 e TD4.F). Para além do produto, iremos continuar a investir bastante na disponibilização de soluções de
financiamento inovadoras ao cliente final, fator fundamental para potencializar vendas.” Analisando as vendas de tratores por categorias, Fernando Garcia elucida sobre o que tem acontecido nos últimos anos e o que espera para o ano corrente: “Nos tratores compactos contamos continuar a evoluir positivamente a nossa quota de mercado, nos convencionais contamos recuperar a quota perdida em 2015 no segmento entre os 70 cv e os 100 cv, e nas potências mais altas a tendência de aumento que se tem feito sentir é para continuar. Nos tratores especiais a New Holland é a marca de referência na Europa e também em Portugal.” “Queremos que 2016 seja o 17º ano de liderança consecutiva da New Holand no mercado português de tratores agrícolas”, termina Fernando Garcia.
ABOLSAMIA · março / abril 2016
49
Mercados Especial Estatísticas 2º - Kubota
612
unidAdes Novas matriculadas
Líder dos Compactos ataca os Grandes No ano em que o gigante japonês atingiu em Portugal “a melhor quota de mercado alguma vez alcançada”, Bruno Pignatelli, General Manager, e Paulo Vieira, Inspetor de Vendas da empresa Tractores Ibéricos, fazem um balanço “muito positivo” de 2015. Explicando o sucesso através de fatores como “uma forte rede de concessionários, a qualidade e fiabilidade do produto e uma gama cada vez mais alargada”, os responsáveis frisaram o importante contributo do Engenheiro Rui Videira para a obtenção de tais resultados. Em 2016, o objetivo passa por “continuar a ganhar quota de mercado”.
2015, objetivos alcançados A Kubota obteve a sua melhor quota de sempre no mercado português, tendo este sucesso sido alargado a todo o mercado europeu. Os objetivos a que a marca se tinha proposto no início do ano passado foram alcançados. Analisando os números, o General Manager explana o que se passou nas diversas categorias de tratores: “Do ano de 2015, fazemos um balanço muito positivo, não só pelos resultados obtidos, como pela performance e afirmação dos excelentes concessionários que nos representam. No que a resultados diz respeito, obtivemos a melhor quota de mercado alguma vez alcançada pela Kubota em Portugal, bem como a melhor de sempre na Europa, 13,47%, sendo que, se nos focarmos apenas nos segmentos de mercado onde dispúnhamos de produto em 2015, ou seja, até 150 cv, alcançámos 14,1%, com um crescimento de 3,9%.
50
março / abril 2016 · ABOLSAMIA
A gama dos compactos, abaixo dos 53 cv, continua a ser a “joia da coroa”, com um crescimento de 6,41%, onde obtivemos 21% de mercado, com 332 unidades vendidas. Os tratores convencionais, revelam-se a cada ano que passa, um mercado onde a Kubota se sente cada vez mais confortável e com produto bastante adaptado à realidade portuguesa, sendo que a partir deste ano temos produto para servir mais de 98% dos clientes do mercado nacional. Nos tratores especiais, pretendemos no corrente ano aumentar as vendas e subir a quota de mercado, com campanhas atrativas para o cliente final. Os objetivos a que nos tínhamos proposto em 2015 foram exatamente aqueles que alcançámos.” As vendas da Kubota em 2015 foram repartidas da seguinte forma: • Série B, entre os 16 e os 26 cv, 169 unidades, sendo que o B2650 foi o “Best Seller” com 120 unidades vendidas.
• Série L, dos 32 aos 52 cv, com 212 unidades vendidas, onde o L4240 foi rei com 98 tratores vendidos. • Série M, de 60 a 140 cv, 212 unidades vendidas, e o M9960 com quatro versões disponíveis, Arco, low profile, Cabinado e Cabinado com Hi/Lo, foi o modelo mais vendido com 52 tratores vendidos. A performance alcançada no ano anterior teve na sua base o reforço de uma já forte rede de concessionários. Este fator, aliado “à qualidade e fiabilidade do produto”, bem como a uma gama cada vez mais alargada, foi fulcral, como explica o responsável da marca: “Os resultados obtidos em 2015, têm que ver com vários fatores. Em primeiro lugar, nos últimos 2-3 anos, conseguimos encontrar parceiros à imagem da marca por nós representada em zonas onde não tínhamos uma representação tão forte, que foram peças chave na obtenção destes resultados, sendo eles as empresas Agrolima, A. Castanheira, Alonsos e Branco e J. S. Santos. Se tivermos em conta que tínhamos já uma rede de concessionários bastante forte e consolidada, com uma capacidade de trabalho e defesa da marca incríveis, e que nos dá confiança e esperança no futuro, as recentes “aquisições” permitiram-nos não só fortalecer a rede como aumentar o número de distritos onde a Kubota é líder de mercado. Na minha opinião, a par da qualidade e fiabilidade do
produto, são os nossos parceiros que conferem a identidade que a Kubota tem em Portugal aos dias de hoje, e é a eles que mais uma vez agradeço pelo esforço e dedicação a que nos habituaram. Outro dado importante que nos permitiu ter esta performance em 2015, prende-se com o facto de a Kubota se consolidar como uma marca com produto de referência com uma gama cada vez mais alargada ou seja, com especificações bastante atrativas para o cliente, não só nos tratores compactos, onde lideramos de há uns anos a esta parte, como nos tratores convencionais entre os 60 e os 140 cv.”
Ganhar quota de mercado apostando na Série M Para este ano, as expectativas da Kubota são grandes: “A nossa expetativa para 2016 é de que a marca consiga consolidar o crescimento que vem obtendo na série M (60 a 175 cv), produto que vem sendo desenvolvido a pensar na exigência do cliente europeu. Não descurando o segmento dos compactos, desde sempre muito importante para a Kubota, é na Série M que pretendemos apostar, tanto com novos produtos, como é o caso da nova Série M7001, como pela oferta de campanhas atrativas para o cliente, preços competitivos e novas campanhas de financiamento, por forma a conseguir obter um crescimento sustentado e continuar a ganhar quota de mercado, o nosso principal objetivo para 2016.”
Mercados Especial Estatísticas 3º - John deere
487
unidAdes Novas matriculadas
Recuperação em todas as frentes A John Deere começou 2015 apostada em recuperar quota de mercado. Dito e feito: atualmente com 10,7% de penetração no mercado português, a marca melhorou o resultado conseguido em 2014. Se a análise for estendida às ceifeiras debulhadoras então a performance foi ainda mais positiva. Diogo Camarate, Diretor Comercial de Portugal da John Deere Ibérica, S. A., confessa a sua satisfação, atribuindo-a à gama disponibilizada pela marca e à sua rede de concessionários, mas adianta que em 2016 não quer ficar por aqui: “queremos continuar a crescer”, afirmou Camarate em entrevista a abolsamia.
2015, ano de recuperação O ano que passou foi positivo para a John Deere, que apresentou um crescimento de 1% a nível de quota de mercado, tal como explica Diogo Camarate: “O ano 2015 foi um ano de recuperação para a John Deere em Portugal. Com 487 unidades matriculadas, chegouse a uma quota de mercado de 10,7% correspondendo a um aumento de 1% em relação a 2014. Em relação a ceifeirasdebulhadoras, venderam-se 5
52
março / abril 2016 · ABOLSAMIA
máquinas, todas elas de altas especificações o que poderá representar cerca de metade do mercado neste segmento de máquinas. Sem dúvida alguma que o principal objetivo da John Deere para 2015 era a recuperação do mercado de tratores o que foi claramente conseguido. O objetivo global que correspondia à recuperação para valores de 2013 não foi alcançado, porém o crescimento de 1 ponto percentual em relação ao ano anterior demonstra que se está a fazer o trabalho correto com os concessionários para se
obter um crescimento gradual e sustentado nos próximos anos. Em relação às ceifeirasdebulhadoras, o objetivo de vendas foi ultrapassado consideravelmente visto que se esperava vender entre 2 e 3 máquinas.” Tal sucesso, ficou a dever-se, na opinião do Diretor Comercial para o mercado português, a diversos fatores. “Grande parte do sucesso alcançado em 2015 deve-se à completa disponibilidade da nova série 5M que tinha visto a distribuição afetada em 2014, mas também à grande aceitação que as novas séries de tratores especializados 5GF/GL e à já conhecida série 5E mas que agora se pode equipar com cabina e inversor electro-hidráulico. Claro está que as reconhecidas séries 6M/MC permitem à John Deere ser líder indiscutível por cima dos 80 cv no mercado nacional. Com os 6 concessionários atuais (e mais de 20 centros de vendas e serviço), a rede está consolidada e foi também esse um dos motivos que levaram ao crescimento obtido em 2015 e que se espera, seja o fator diferenciador para o crescimento da John Deere em Portugal. A abertura para a aprovação de projetos PRODER na primeira metade do ano ajudou a manter os mercados em valores próximos de 2014 visto que grande parte dos investidores neste tipo de produtos recorre a ajudas Comunitárias para a aquisição de equipamentos sendo que o bloqueio destas ajudas afeta consideravelmente tanto o mercado de tratores como do resto de maquinaria.” No que toca ao mix de vendas por categoria, Camarate, destacou “um considerável aumento de vendas no segmento dos especializados”, sem deixar de referir, contudo, os convencionais.
“A John Deere é conhecida maioritariamente pelos seus tratores convencionais, porém devido à grande fiabilidade e altas prestações das séries atuais, começa-se a notar um considerável aumento de vendas no segmento de tratores especializados. Por outro lado, o desaparecimento da série Milenio em 2014 com as últimas unidades a serem entregues em 2015, fez com que as vendas no segmento dos compactos tenham caído consideravelmente. Assim, a distribuição de vendas foi a seguinte: 12 unidades de tratores compactos que representam menos de 1% de quota neste segmento, 103 unidades de tratores especializados que representam pouco mais de 11% e 372 unidades de tratores convencionais que equivalem a 18,2% de quota de mercado para este tipo de tratores.” A venda de ceifeiras debulhadoras ultrapassou os objetivos que a marca tinha estabelecido. O representante da marca destaca que todas elas são equipamentos de altas especificações e da Série S. “Tal como referido anteriormente, a John Deere vendeu 5 ceifeirasdebulhadoras em 2015, todas elas de altas especificações e da série S. Foram vendidos os modelos S670 (3 uds.), S680 e S690 (1 ud. cada). Estas são as máquinas de maior rendimento do mercado que funcionam com um sistema de debulha e separação através de um rotor longitudinal (ao longo do corpo da ceifeira-debulhadora) e que são indicadas para culturas de alto rendimento como o milho ou o arroz e para aqueles agricultores/alugadores que trabalham muitos hectares anualmente e necessitam de uma máquina que tenha um grande rendimento e alta fiabilidade.”
Mercados Especial Estatísticas 2016, continuar o crescimento, com base na rede de concessionários e o lançamento de novos produtos Em relação às expectativas para este ano, a John Deere espera “continuar a crescer e, se possível, ainda mais que em 2015”. Diogo Camarate, especifica os objetivos da marca: “Em 2016 a ambição da John Deere é continuar a crescer e, se possível, mais ainda do que em 2015, tendo como objetivo global alcançar os 12,5% de quota de mercado (crescimento de 1,8% em relação ao ano anterior). Para se conseguir esse objetivo
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contamos crescer no segmento de tratores compactos (abaixo dos 50 cv) onde apresentaremos ao longo do ano novas características que se poderão montar nos modelos atuais e que consideramos que se adaptam melhor ao mercado nacional. Também a grande aceitação que estão a ter os novos tratores especializados da John Deere e o respetivo aumento da gama (séries 5GF/GL/GN/GV) representam atualmente um aumento de 50% de vendas em relação às séries antigas. No segmento por cima dos 80 cv continuaremos a contar principalmente com as séries 5M, 6MC e 6M para garantir a liderança neste mercado onde se encontram os médios/grandes agricultores nacionais, não
esquecendo as séries 6R, 7R e 8R que se destinam a alugadores ou a agricultores de grandes extensões.” Para a obtenção destes objetivos, o responsável conta com “trunfos” importantes, nomeadamente a sua rede de concessionários e o lançamento de novos modelos. “Os agricultores são cada vez mais profissionais e procuram maior eficiência e produtividade nas suas explorações. Nesse sentido, a estratégia da John Deere em ter verdadeiros “Concessionários de Futuro” que se iniciou em 2005 e onde se passou de 16 concessionários para os atuais 6, pode-se considerar como totalmente implementada. Com o aumento da escala é possível obter centros mais profissionais,
com um maior número de recursos e maior especialização conseguindo-se desse modo dar um melhor serviço e apoio ao agricultor. Esta é a principal arma que eu considero para enfrentar o mercado em 2016 e nos próximos anos. Em relação a novos modelos/ séries, aqueles que tiveram a oportunidade de visitar a passada FIMA em Saragoça, puderam conhecer as principais novidades que se referem principalmente à completa renovação das atuais séries 6MC/RC com novas potências e caraterísticas (ex. nova transmissão CommandQuad nos modelos 6RC) e também os novos modelos 6M que chegam agora até aos 206 cv de potência máxima.”
Especial Estatísticas
4 º - DEUTZ-FAHR
375
unidAdes Novas matriculadas
Tratores até 100 cv representaram 50% das vendas
Com 375 matriculas em 2015, a Deutz-Fahr teve uma quota de mercado de 8,3%, subindo 0,4% em relação ao ano anterior. Com o sentimento de objetivo alcançado, Arnaldo Caeiro, Diretor Geral da SDF em Portugal, destacou a abrangência da linha de produto, o compromisso da rede de concessionários e as ações de promoção levadas a cabo, como fatores que determinaram o sucesso da marca alemã no ano que passou. Com os tratores de potência igual ou inferior a 100 cv a representarem mais de 50% das vendas da marca em 2015, este ano a estratégia passa por atacar os segmentos de média e alta potência sem efetuar, contudo, qualquer alteração ao nível da oferta disponível.
Em 2015 a Deutz-Fahr subiu ligeiramente a sua quota de mercado “Os objetivos a que nos propusemos foram alcançados”. É assim que o Diretor Geral da SDF em Portugal descreve o ano 2015, onde a Deutz-Fahr, uma das marcas do Grupo, aumentou a sua quota de mercado em 0,4%. “Em 2015 a Deutz-Fahr alcançou os objetivos a que se propôs, nomeadamente no que se refere à quota de mercado onde a marca passou de 7,9% para 8,3%”, revelando ainda alguns dos ingredientes essenciais para este resultado. “De entre os fatores que mais contribuíram para o resultado de 2015, destacamos: a linha de produto completa, entre os 35 e os 263 cv; o compromisso da rede de concessionários com a marca e a promoção feita aos produtos Deutz-Fahr no mercado
nacional, nomeadamente as ações de campo, presença em feiras e exposições e as campanhas de vendas.” Abordando o tema da repartição das vendas da marca por categorias de tratores, Arnaldo Caeiro destacou a relevância dos tratores de potência abaixo dos 100 cv para o mercado nacional e também para a Deutz-Fahr em Portugal, “No que se refere ao modelo mais vendido, temos em primeiro lugar que salientar que as vendas são totalmente condicionadas pela estrutura do mercado: em Portugal no ano de 2015 os tratores com potência igual ou inferior a 100 cv representaram 81% do mercado total. No caso da Deutz-Fahr, pelo facto ser uma marca com uma gama de produto completa e competitiva em todos os segmentos de mercado, em vez de destacarmos um modelo em concreto, optamos por referir que os tratores com potência
igual ou inferior a 100 cv representaram 50% das nossas vendas.”
Em 2016, reforçar os segmentos de média e alta potência Relativamente às expectativas para 2016, o representante da marca foi claro “manter a posição no mercado, reforçando
no entanto a quota nos segmentos de média e alta potencia (>100 cv).” Para tal não está previsto, ainda assim, nenhum lançamento de um novo modelo “Em 2016 a Deutz-Fahr vai manter a linha de produto praticamente inalterada, com exceção de um novo modelo de trator especializado, e continuar a trabalhar na promoção da marca junto dos clientes finais.”
ABOLSAMIA · março / abril 2016
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Mercados Especial Estatísticas
5º - MASSEY FERGUSON
246
unidAdes Novas matriculadas
A maior quota dos últimos seis anos
Com 246 matrículas em 2015, a Massey Ferguson apresentou um crescimento de 5% face ao ano anterior, com uma quota de mercado de 5,4%, “a maior dos últimos seis anos”, nas palavras de Carlos Rocha, Diretor Geral do Grupo Tractores de Portugal, importador da marca para Portugal. Com performances fortes em todas as categorias no ano transato, a estratégia para 2016 assenta na continuação da expansão e renovação da gama, atualmente dos 20 aos 400 cv, recentemente renovada nos tratores acima de 130 cv com as séries MF6600, MF7700 e MF8700.
2015 com performance “muito positiva” Num mercado que apresentou quebras na ordem dos 2,5%, a Massey Ferguson teve um crescimento de 5% face ao ano 2014, “um excelente resultado” e que representa a maior quota de mercado dos últimos seis anos, com 5,4% do mercado português. Esta performance “muito positiva” acabou por corresponder às expectativas que a marca depositava nos seus modelos e concessionários no início do ano. O factor chave foi, na opinião de Carlos Rocha, “o reforço da oferta de modelos como resultado da estratégia de expansão da gama, iniciada em 2014, com o lançamento do MF 2615, um trator convencional de 50 cv. Em 2015 foi expandida a gama com a introdução da nova série global da Massey Ferguson. Esta nova série de tratores, que terá diversos modelos entre os
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março / abril 2016 · ABOLSAMIA
75 e os 130 cv, incluirá diversas versões introduzidas no mercado por fases. O lançamento iniciouse em Abril do ano passado com a introdução do MF 4700, modelo convencional com plataforma e potência de 85 e 95 cv.” Também a categoria dos tratores compactos apresentou um desempenho forte: “O segmento dos tratores compactos continuou também a desempenhar um papel de relevo no nosso mix de vendas com uma performance de cerca de 100 unidades dos nossos modelos MF 1500 e MF 1700 produzidos no Japão.”
Otimismo para 2016 O ano 2016, apesar das incertezas existentes quanto à evolução do mercado, é encarado com otimismo pela Massey Ferguson. Na base desta visão positiva está, mais uma vez, a “receita” do ano que passou: o reforço da gama e a aposta nas renovadas séries MF 6600, MF 7700 e
MF 8700. “Apesar da incerteza quanto à evolução do mercado, encaramos com otimismo o ano de 2016. De facto, a nova Série Global terá mais versões neste ano. Serão introduzidas no mercado as versões cabinadas do MF 4700 que irão desempenhar um papel muito importante no segmento entre os 80 e os 100 cv. Trata-se de um modelo com especificações muito adaptadas ao mercado português incorporando tecnologia de vanguarda da Massey Ferguson. Este lançamento complementará, ainda mais, a gama de modelos da MF que, recordo, está presente em todos os segmentos de mercado com uma alargada oferta de modelos entre os 20 e os 400 cv.” Relativamente ao segmento acima de 130 cv, a Massey Ferguson mostra-se confiante quanto ao sucesso da oferta que disponibiliza. Carlos Rocha explica porquê: “Finalmente a Massey Ferguson tem uma gama completamente renovada acima
dos 130 cv, com as séries MF 6600, MF 7700 e MF 8700. Estes tratores, fabricados em Beauvais, constituem uma das maiores e melhores ofertas no mercado de tratores de elevada potência. Tal fica a dever-se às suas características excecionais tanto ao nível de potência e tração, como também pela utilização da mais moderna tecnologia, de que é exemplo o sistema de autocondução por GPS, que permite maior eficiência quando integrado em sistemas de agricultura de precisão. Também a racionalização dos custos de utilização não ficou esquecida. A Massey Ferguson sabe da importância que tem para os seus clientes e parceiros que os seus tratores sejam o mais eficientes possível. De facto, os novos motores agco power aliam excelentes performances a um eficiente consumo de combustível, cumprindo as exigentes normas de gases poluentes em vigor para o sector.”
Matrículas de tratores novos, por marcas, em Portugal, 2012-2015 NEW HOLLAND KUBOTA JOHN DEERE DEUTZ-FAHR SAME LANDINI MASSEY FERGUSON LS DAEDONG/KIOTI LAMBORGHINI MC CORMICK HURLIMANN ISEKI KUKJE CASE IH VALTRA TYM SHIBAURA FENDT YANMAR DONG FENG CNH A. CARRARO CLAAS MITSUBISHI FERRARI CARRARO SOLIS FOTON BCS EAST WIND GOLDONI YAGMUR JINMA VALPADANA MAHINDRA LINHAI FARMTRAC AGT INTERN. TRACTORS L JCB RENAULT TONG YANG ZETOR FIAT BRANSON FORD HHJM BARREIROS CUB CADET DIECI EICHER HINOMOTO MERLO MONTANA NUFFIELD PASQUALI STEYER YTO Total
2011
2012
2013
2014
2015
877 565 575 242 334 310 214 183 128 138 140 112 130 125 86 69 82 70 59 47 14 0 32 21 38 17 12 0 4 6 23 0 6 11 11 5 0 3 3 0 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 4.699
714 448 465 263 265 248 180 180 145 154 155 131 81 80 49 57 63 71 38 35 39 0 12 23 18 9 5 2 10 3 9 0 10 5 6 2 2 2 0 0 0 2 2 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 3.986
868 506 622 339 321 311 224 221 198 187 160 139 101 86 102 84 76 56 64 51 34 30 30 19 24 19 9 4 14 5 1 0 1 3 2 5 11 1 0 5 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 4.938
742 589 454 367 274 248 234 211 220 176 151 157 104 62 86 95 78 42 60 38 43 90 22 26 10 18 14 12 9 14 0 8 6 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 4.668
726 612 487 375 240 181 246 185 203 180 126 153 102 73 100 100 58 59 54 34 35 22* 23 27 12 31 9 30 5 10 0 20 5 0 0 5 1 2 1 0 4 1 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 4.544
(*) Estas 22 unidades correspondem a tratores New Holland da Série Boomer.
Fonte: ACAP ABOLSAMIA · março / abril 2016
57
portugal
Estatísticas
tratores 423 unidades +1,44%
Matrículas de máquinas agrícolas
Matrículas de reboques agrícolas novos em Portugal - janeiro 2016
Matrículas de tratores agrícolas novos em Portugal, por marcas, janeiro 2016
72 58 34 32 27 27 22 18 17 16 16 13 11 7 6 5 5 5 4 4 4 4 3 2 2 2 2 1 1 1 1 1 0 0 0 423
67 43 33 22 16 25 20 23 15 17 30 7 12 8 5 12 4 12 3 4 10 0 1 1 3 1 6 1 3 1 0 1 1 7 3 417
7,46 34,88 3,03 45,45 68,75 8,00 10,00 -21,74 13,33 -5,88 -46,67 85,71 -8,33 -12,50 20,00 -58,33 25,00 -58,33 33,33 -60,00 200,00 100,00 -33,33 100,00 -66,67 -66,67
1,44
2015
2015
KUBOTA NEW HOLLAND DEUTZ-FAHR LAMBORGHINI DAEDONG/KIOTI SAME LANDINI MASSEY-FERGUSON LS HURLIMANN JOHN DEERE ISEKI MC CORMICK VALTRA YANMAR CASE IH DONG FENG SHIBAURA FENDT FERRARI KUKJE YAGMUR SOLIS A. CARRARO CLAAS JCB TYM CARRARO GOLDONI LINHAI LS MTRON MAHINDRA BCS CNH MITSUBISHI Total Mercado
Quota mercado %
2016
Marca
2016
Unidades
Variação (%) 2015/2016
TOTAL
Fonte: ACAP
17,02 13,71 8,04 7,57 6,38 6,38 5,20 4,26 4,02 3,78 3,78 3,07 2,60 1,65 1,42 1,18 1,18 1,18 0,95 0,95 0,95 0,95 0,71 0,47 0,47 0,47 0,47 0,24 0,24 0,24 0,24 0,24
16,07 10,31 7,91 5,28 3,84 6,00 4,80 5,52 3,60 4,08 7,19 1,68 2,88 1,92 1,20 2,88 0,96 2,88 0,72 0,96 2,40
100,00
0,24 0,24 0,72 0,24 1,44 0,24 0,72 0,24 0,24 0,24 1,68 0,72 100,00
2016
2015
Evol. 16/15
Unid.
%
Unid.
%
Unid.
%
MASSIL
60
28,8
50
23,9
10
20,0
HERCULANO
33
15,9
50
23,9
-17
-34,0
GALUCHO
22
10,6
19
9,1
3
15,8
REBOAL
20
9,6
20
9,6
0
0,0
JOPER
18
8,7
25
12,0
-7
-28,0
RATES
13
6,3
20
9,6
-7
-35,0
AGRIDUARTE
11
5,3
0
0,0
11
-
ERREPPI
8
3,8
2
1,0
6
300,0
GILI
7
3,4
1
0,5
6
600,0
BASMORAIS MC
3
1,4
1
0,5
2
200,0
OUTROS
13
6,3
21
10,0
-8
-38,1
Total
208
100,0
209
100,0
-1
-0,5
Fonte: ACAP
Matrículas de maquinaria nova em Espanha janeiro 2016 Tipo de máquina
2016
2015
TRATORES
534
570
Variação (%) -6,32
80
100
-20,00
- colheita
19
29
-34,48
- equipamentos carga
38
38
0,00
- tratocarros
2
1
100,00
- motoc. e motomáquinas
18
30
-40,00
3
2
50,00
994
1127
-11,80
MÁQUINAS AUTOMOTRIZES
- outras MÁQ.REBOC. OU SUSPENSAS
225
240
-6,25
- sementeira e plantação
49
53
-7,55
- tratamentos
426
398
7,04
- distrib. fertilizante e água
133
182
-26,92
- preparação e trabalho solo
- colheita
63
84
-25,00
- outras
98
170
-42,35
REBOQUES
232
245
-5,31
13
17
-23,53
1853
2059
-10,00
OUTRAS MÁQUINAS TOTAL
Fonte: Ministério da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente de Espanha
Matrículas de tratores novos em Portugal, por escalões de potência janeiro 2016
Fonte: ACAP
58
março / abril 2016 · ABOLSAMIA
Escalões de potência (kW) < 19
42
19-25
36
26-29
25
30-39
113
40-59
102
60-73
41
74-88
36
89-110
10
111-147
9
148-184
4
> 184
7
TOTAL
425
Matrículas de tratores novos na Europa - janeiro 2016 2016
2015
Var. (%)
ALEMANHA
1.293
1.528
-15,38
FRANÇA
1.301
1.150
13,13
REINO UNIDO
586
656
-10,67
ESPANHA
534
570
-6,32
PORTUGAL
423
417
1,44
Curso de Técnico de Produção Agrária em Montemor-o-Novo A Escola Secundária de Montemor-o-Novo disponibiliza aos seus alunos um curso profissional de três anos, com vertente teórica e prática, na área da produção agrária. Contemplando várias vertentes, tais como a produção animal e vegetal, este é um curso que pretende dotar os seus alunos com um amplo conhecimento em matéria de agricultura, preparando-os para integrar ou gerir uma empresa agropecuária. Com um corpo docente estável e experiente, o curso não esquece a importância da mecanização. Assim, ao longo dos três anos, os alunos frequentam uma disciplina de técnica de mecanização agrícola, onde são ministrados
conhecimentos técnicos sobre máquinas e equipamentos tendo em vista a sua correta seleção e utilização. Abordando temas como o funcionamento do motor ou os tipos de alfaias e máquinas agrícolas ,e baseando o ensino em ambas as vertentes prática e teórica, esta disciplina permite que os alunos fiquem aptos a conduzir todos os tipos de máquinas e tratores. A escola conta com vários parceiros que ajudam os professores a dar aos alunos a melhor formação possível, tal como a Herdade do Freixo do Meio, a Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, o Viveiro Campo Alegre, a Herdade do Casão, e a revista abolsamia.
celpa lança Boas práticas silvícolas do eucalipto O Projeto Melhor Eucalipto, recentemente lançado pela Associação da Indústria Papeleira (CELPA), pretende difundir junto dos produtores florestais o conhecimento técnico acerca das boas práticas silvícolas do eucalipto. Sempre que se trate de instalar uma nova plantação, ou de renovar áreas onde a espécie se tornou improdutiva depois de vários cortes, os trabalhos a levar a cabo são variados e, naturalmente, há toda o interesse em que se siga as melhores práticas. Esta iniciativa emite recomendações sobre como preparar o terreno, sobre como construir terraços (uma prática que é aconselhada sempre que existam declives com inclinação superior a 25%), ou ainda a propósito da escolha da planta. Mas há mais decisões a tomar. A que distância instalar as plantas numa mesma linha? Qual a distância aconselhada entre linhas? E que apoios podem os produtores acionar se quiserem investir nesta espécie? Mais informações www.celpa.pt/melhoreucalipto
60
março / abril 2016 · ABOLSAMIA
Notícias Novos Valtra N4 testados no calor do Alentejo Em setembro estivemos na zona de Grândola para presenciar os ensaios feitos pela Valtra a dois N4 em fase de présérie, que foram deslocados para Portugal juntamente com um manancial de peças, filtros, instrumentação eletrónica de medição, e ferramentas. Em redor destes tratores, que rolaram horas a fio debaixo de uma nuvem de pó e temperaturas altas, esteve durante uma semana uma equipa de engenheiros das fábricas de Suolahti e de Linnavuori (Agco Power). Fizeram mobilização de solo com alfaias Galucho – cedidas pela fabricante e pela Ribeiro & Carapinha, concessionário Valtra em Beja – em terrenos batidos por gado bovino. Monitorizaram o sistema de refrigeração, o isolamento da cabine, e a
performance do ar condicionado, tendo alguns destes elementos sido ajustados ao nível da sua eficiência. “O facto de insistirem em vários anos consecutivos na vinda a Portugal no pino do Verão, para o mesmo local, e por um período semelhante, só por si já indicia a importância atribuída pela Valtra a estes testes. Um dos engenheiros responsáveis pelo desempenho do motor disse-me que as condições de teste em Portugal, mais concretamente na propriedade em questão, são tão adversas que só num lugar remoto e desértico dos Estados Unidos tinham obtido condições semelhantes”, refere João Pimenta, da Valtractor. Em suma, não obstante a evolução dos testes virtuais, nada substitui os ensaios em campo.
ABOLSAMIA · março / abril 2016
61
Empresas por Sebastião Marques
John Deere
Equipa forte mantém estratégia vencedora A John Deere Ibérica recebeu nas suas modernas instalações em Parla, Madrid, a imprensa especializada da Península Ibérica, na qual abolsamia foi a representante de Portugal.
É um orgulho poder partilhar o mérito destes resultados com os nossos associados e prestadores de serviços, que beneficiarão com estes desenvolvimentos.
n
uma reunião que ficou marcada pela apresentação de Enrique Guillén como novo Diretor Geral, foi ainda possível conhecer toda a equipa responsável pelo mercado ibérico, bem como Jim Orr, vicepresidente de vendas para a Europa e Norte de África. Depois de feitas as apresentações, foram divulgados os resultados da marca a nível global, que continua a apresentar lucros, bem como as expectativas para o mundo onde se prevê que, apesar de um abrandamento, o rendimento da empresa deverá também este ano continuar a um bom nível. Na Península Ibérica, em particular, as
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março / abril 2016 · ABOLSAMIA
Apresentação de Enrique Guillén como novo Diretor Geral da John Deere Ibérica (no centro à esquerda), na presença de Jim Orr, vicepresidente de vendas para a Europa e Norte de África (no centro à direita).
previsões apontam para que a marca cresça em Espanha e mantenha a sua performance em Portugal.
Compromisso e Inovação como base da estratégia: aquisições e medalhas O ano de 2015 ficou marcado pelo celebrar de dois importantes acordos para a Deere and Company. Se por um lado, a companhia e a The Climate Corporation assinaram um acordo para que a Deere obtenha a linha de negócio Planting LLC, permitindo uma conetividade de dados exclusiva e em tempo real entre a maquinaria agrícola da John Deere e a plataforma Climate
Field View, por outro a marca reforçou a sua posição de liderança ao nível da agricultura de precisão com a aquisição da Monosem, líder do mercado europeu em semeadores de precisão. Esta aquisição incluiu quatro instalações em França e duas nos Estados Unidos. Jim Orr, vicepresidente de vendas para a Europa e Norte de África, afirmou que tais acordos ajudarão a potenciar a liderança da John Deere no mercado, permitindo ainda que os agricultores possam usufruir do valor da agricultura digital e consequentes inovações. Em resultado dos investimentos da companhia, a John Deere foi galardoada com numerosos prémios em duas das principais feiras do sector: Agritechnica 2015 (a maior exposição mundial de maquinaria agrícola, realizada em Hannover, Alemanha): 3 medalhas de ouro e 10 de prata, selecionados entre mais de 311 inovações. E FIMA 2016 (Saragoça, Espanha): 3 medalhas de Inovação Técnica Excelente, e 7 de Inovação Técnica. “Tudo isto foi resultado dos contínuos e importantes investimentos da companhia em investigação e desenvolvimento”, nas palavras do vicepresidente de Vendas e Marketing para a Região 2, Chris Wigger. Afirmando ainda que “é um orgulho poder partilhar o mérito destes resultados com os nossos associados e prestadores de serviços, que beneficiarão com estes desenvolvimentos”.
Empresas Lucros que demonstram a resiliência da empresa
Todos os negócios da companhia permanecem solidamente rentáveis, graças a um bom desempenho e gestão de custos disciplinada. No entanto, a fragilidade dos mercados mundiais de equipamento agrário e de construção conduziram a uma diminuição das vendas e proveitos quer a nível trimestral, quer anual. A quebra do mercado americano, ou o embargo à Rússia foram apontados como causas para esta fragilidade. O resultado líquido atribuível à Deere and Company alcançou os 351,2 milhões de dólares – 1,08 dólares por ação - no quarto trimestre, que finalizou a 31 de outubro de 2015, comparando com 649,2 milhões
Enrique Guillén
Novo Diretor Geral da John Deere Ibérica Na empresa há mais de 18 anos, e com um amplo conhecimento do setor agrário em Portugal e Espanha, Guillén assumiu o cargo a 15 de setembro de 2015, tendo agora sido oficialmente apresentado à imprensa.Engenheiro agrónomo pela Universidade Politécnica de Madrid, já desempenhou diversos cargos, tendo estado integrado na equipa de marketing estratégico para a Europa, em Manheim (Alemanha), ou no Brasil, o que lhe permite ser fluente em português. Antes de assumir o cargo atual, Enrique era o responsável pela área de turf para a Europa, divisão do Departamento de Marketing Táctico.
– 1,83 dólares por ação- no mesmo período do ano passado. Relativamente ao ano fiscal de 2015, o resultado líquido atribuível à Deere and Company foi de 1940 milhões de dólares – 5,77 dólares por ação -, em comparação com 3,162 milhões de dólares, ou 8,63 dólares por ação, em 2014. Os ganhos e vendas líquidos mundiais diminuíram 25%, para 6,715 milhões de dólares durante o quarto trimestre de 2015 e baixaram 20%, até aos 28,873 milhões de dólares, para o ano inteiro. As equipas de vendas reportaram à empresa 5,932 milhões de dólares para o trimestre e 25,775 milhões de dólares para o ano inteiro, em comparação com 8,043 milhões de dólares e 32,961 milhões de dólares para os mesmos períodos em 2014. Samuel R. Allen, Presidente e Diretor Executivo, considerou que 2015 foi “um ano de êxito face à debilidade do sector agrícola mundial e a uma desaceleração nos mercados de construção e equipamento”. Allen realçou ainda o facto de as vendas e ganhos terem sido as sextas mais altas na história da empresa, que beneficiou de uma hábil execução dos planos de negocio e de uma disciplinada gestão dos custos.
Equipa responsável pelo mercado ibérico.
Previsões para 2016 e panorama ibérico Para o ano fiscal de 2016, o resultado líquido previsto ronda os 1400 milhões de dólares. “Ainda que a nossa previsão seja mais baixa para este ano, as perspetivas mostram um nível de rendimento consideravelmente melhor que o sucedido em anteriores recessões. Isto vem demonstrar o êxito do nosso esforço para estabelecer um modelo de negócio mais resistente e uma gama mais ampla de fontes de rendimento”, disse Samuel R. Allen, relativamente aos resultados da empresa a nível global. Já Enrique Guillén, referindose especificamente ao comportamento da marca no mercado ibérico, referiu que é esperado um crescimento de 4% em Espanha, onde manterá a posição de líder de mercado, e a manutenção dos números em Portugal. Tal fica a dever-se, de acordo com o Novo Diretor Geral da John Deere Ibérica, “a uma conjugação de fatores. De facto, o crescimento do sector
do olival, as culturas especiais, como a uva, a fruta, com destaque para os cítricos, ou a maior facilidade de crédito, irão contribuir de forma positiva para o crescimento. Pelo contrário, o preço dos cereais, do leite, a incerteza política, e o clima, continuam a não ajudar”. Especificamente no que concerne ao caso português, o homem forte da marca americana sente-se confiante para enfrentar os desafios que aí vêm, baseando o seu otimismo na gama de produto da marca, com especial enfoque na agricultura de precisão, e que lhe permite fazer face às especificidades do mercado português (diferenças agrícolas Norte-Sul), na oferta de suporte financeiro, onde 5000 agricultores já foram financiados (30000 em Espanha), e, finalmente, na sua reestruturada rede de concessionários. Em boa verdade, este foi um dos principais cavalos de batalha
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Empresas da John Deere nos últimos anos e, de acordo com Enrique Guillén, está agora a dar frutos. “Depois de uma quebra inicial da quota de mercado, temos vindo a recuperar e estamos hoje próximos do que tínhamos antes. No entanto, o nível de satisfação dos nossos clientes aumentou em 9 pontos percentuais em relação ao passado, mostrando a qualidade do nosso serviço pós-venda e o bom trabalho que temos desenvolvido em conjunto com os nossos parceiros. Temos como objetivo aumentar a quota de mercado mas sempre com os nossos clientes como prioridade. Estes indicadores,
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bem como a rentabilidade atingida pelos nossos parceiros, revelam que, depois de dois anos onde a política de reestruturação da rede de concessionários da marca foi muito questionada, estamos no caminho certo”. Ainda no âmbito dos concessionários, o Diretor Geral revelou que “está muito contente com os seus parceiros em Portugal, empresas altamente profissionais e que estão entre os maiores e melhores exemplos da Península Ibérica”, região que tem servido como modelo a outras zonas do mundo onde a marca tem tentado implementar esta estratégia.
Líder de mercado A Deere and Company terminou o ano transato como líder mundial em fornecimento de produtos e serviços avançados para clientes cujo trabalho está relacionado com a terra. Em reconhecimento dos sucessos que a empresa tem vivido, foram ainda obtidas importantes distinções, que demonstram também o seu compromisso com o agricultor e os seus trabalhadores. Pelo oitavo ano consecutivo, a Deere and Company foi considerada pelo Ethisphere Institute como a segunda empresa mais ética do mundo. Também a Forbes a distinguiu como uma das melhores empresas para se trabalhar, no seu setor, nos Estados Unidos: Engenharia e Fabrico. Finalmente, a Deere and Company foi distinguida como uma das empresas mais admiradas do mundo pela revista Fortune - pelo sexto ano consecutivo a empresa ficou no 46º lugar da geral e em segundo lugar na categoria de Equipamento Industrial e Agrícola.
Empresas por João Correia e Sebastião Marques
BKT Uma marca com ambição de liderança Fundado em 1954, o grupo BKT, que dá emprego a cerca de 7.000 pessoas, inaugurou no passado mês de dezembro a sua nova fábrica em Bhuj, na Índia, perante a presença de jornalistas oriundos de todos os cantos do mundo e onde abolsamia esteve presente. Com o objetivo de atingir a liderança mundial do mercado de pneus fora de estrada, a empresa indiana explicou os números e a estratégia que a orienta.
O nosso sonho, o nosso verdadeiro objetivo é chegar à liderança do mercado mundial de pneus fora de estrada.
É
assim, sem rodeios, que Arvind Poddar, Presidente da empresa, sintetiza o desiderato da equipa que lidera. Para fundamentar a sua posição, Poddar começa por traçar um quadro do mercado de pneus fora de estrada, referindo que, entre as marcas premium, como a Michelin, e as marcas de entrylevel, como alguns fabricantes chineses, existe espaço para um segmento intermédio,
que forneça produtos de qualidade a preços acessíveis. É aqui que, na sua opinião, entrará a BKT, que, tendo atualmente 6% da quota mundial de mercado, pretende ver esta cifra aumentada para os 10% até 2017-2018. Em termos de faturação, este aumento traduzir-se-á na passagem de 700 milhões de dólares americanos atuais, para 1.4 a 1.5 biliões no mesmo período, tendo a Companhia o objetivo de alcançar os 2 biliões em
À esquerda, Dilip Vaidya, ao meio Rajiv Poddar, Diretor Geral da empresa e à direira Arvind Poddar, Presidente da BKT.
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Empresas
Qualidade a um custo de produção relativamente baixo de forma a garantir que somos competitivos no mercado, este é o nosso caminho.
Com uma área de mais de 126 hectares, esta nova unidade de produção, amplamente automatizada, apresenta-se como uma “mini-cidade BKT”, incluindo, entre outros, uma central de produção de energia elétrica de 20 MW, um avançado Centro de Investigação e Desenvolvimento de novos produtos, pista de testes e ensaios com todos os tipos de piso e ainda habitações para os seus funcionários e um luxuoso centro de acolhimento para convidados.
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2020. “O crescimento seria muito mais complicado se já tivessemos 30% do mercado”, sustenta Rajiv Poddar, Diretor Geral da empresa. Para assegurar o seu posicionamento no já referido segmento intermédio, o gigante indiano aponta dois aspetos chave: a sua nova fábrica e o aumento das vendas. Localizada em Bhuj, no noroeste indiano e a 60 km do porto de Mundra, de onde os pneus são exportados para mais de 130 países, a fábrica foi aberta em 2012, estando a sua conclusão prevista para 2016, e é, de longe, a maior das cinco que a BKT detém. Representando um investimento de 500 milhões de dólares, a fábrica opera neste momento a 50% da sua capacidade máxima: 150 toneladas por dia, quando pode atingir as 325. Este é, de acordo com
Poddar, “um dos requisitos para a obtenção dos objetivos propostos”, adicionando ainda que a marca “continuará a fabricar apenas na Índia”.
Relativamente ao aumento das vendas, a BKT aponta em três direções:
• Expansão para novas áreas geográficas. A Europa continua a ser o core business da empresa, representando 53% do faturado, no entanto, operando em 130 países, a empresa acredita que existe bastante potencial de crescimento em mercados como a antiga União Soviética, a América do Norte ou a Índia. • Aumento da gama de produtos disponíveis. Produzindo nas suas 5 fábricas pneus que variam entre as 17,5” e as 49”, a BKT aumentará a sua oferta, chegando até às 51” em 2016. No que concerne aos pneus agrícolas, os Improved Flexion (IF) estarão agora disponíveis em novos
tamanhos, nomeadamente os IF 800/70 R38s e IF 800/70 R46s, destinados a tratores entre os 400 e os 500 CV. Os pneus agrícolas representam a maior percentagem do faturado, 62%, no entanto a fábrica também produz pneus para outros fins, tal como a construção civil e indústria (34%), jardim ou lazer (4%). Dedicando anualmente sensivelmente 4% da faturação à Inovação e Desenvolvimento, a BKT fabrica 2400 tipos/ tamanhos diferentes de pneus. • Aumento da percentagem de negócios com fabricantes originais dos equipamentos. A BKT pretende fornecer mais pneus aos fabricantes para que os seus produtos saiam da linha de montagem equipados com BKT. Atualmente, a divisão é de 15% para “pneus de origem” e 85% para pneus de substituição, sendo o objectivo alcançar os 25%-75%.
Culturas especializadas Rolo Eclairvale para monda de frutos La Canne Vale
Limpeza e transferência de beterraba Holmer Exxact
Quando o tegão das colhedoras fica cheio, a beterraba é depositada no terreno e a fase seguinte fica a cargo das máquinas de limpeza e transferência. A impressionante e aparatosa Terra Felis 2 Eco, recentemente lançada, é a evolução de um modelo que a Holmer já possuía na sua gama. O motor MAN da anterior geração foi substituído por um MTU Tier 4 Final de 354 cv, com 6 cilindros e 7,7 litros de cilindrada, e a velocidade máxima passou de 32 para 40
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km/h. A frente está equipada com um pick-up de 9,5 metros, e o braço de transferência alcança uma distância de 15 metros, podendo elevar-se a 6 metros de altura. Um dispositivo de contrapeso acionado hidraulicamente, assegura a estabilidade da máquina mesmo quando o braço é projetado a maior distância. Na cabine, o operador beneficia de interfaces através dos quais controla as diversas funcionalidades desta máquina, e é com facilidade que alterna entre o modo de trabalho e o modo de transporte.
Em anos de muita floração, a obtenção de fruta com bom calibre depende de se fazer a chamada monda das flores ou monda dos frutos. Por norma, ou se faz o corte seletivo de alguns ramos, ou então procede-se à monda manual, uma operação que fica muito dispendiosa em termos de mão-de-obra. Com o intuito de diminuir custos, Jean-Paul Villanou, um agricultor francês que produz pêssego na região de Perpignan, decidiu desenvolver uma alfaia para mecanizar a monda. Basicamente, o Eclairvale é um rolo que funciona através de rotação natural, por contacto com a árvore. Possui hastes flexíveis que ao penetrarem na copa a 1,40 m fazem uma monda em botões, flores e pequenos frutos, comparável à que é feita à mão e sem danificar os ramos. O Eclairvale resulta de cinco anos de pesquisa e de ensaios, e segundo Villanou, com quem nos encontrámos na FIMA, e que nos deu a conhecer a alfaia, desenvolve em apenas uma hora o trabalho que vinte pessoas fazem num dia, o que
supõe uma poupança de mais de 200 horas de trabalho por hectare. Procurando obter uma reação de um profissional ligado às árvores de fruto, falámos com Manuel Baião, gerente dos Viveiros Jardim da Várzea, de Grândola, que embora só tendo conhecimento da alfaia pela descrição que lhe fizemos, nos disse que o mais importante para o seu bom desempenho é ela permitir fazer uma monda homogénea. A Eclairvale permite fazer a monda em pomares de pêssego, damasco, ameixa e maçã, pode trabalhar a uma velocidade entre os 5 e os 15 km/h, e possui uma posição de transporte.
Culturas especializadas Eliminador de raízes hidráulico
Colhedoras de tomate com motores Volvo
LaCruz Adequado a tratores de rodas e de lagartas, o eliminador de raízes comercializado pela firma italiana LaCruz foi pensado para a desinstalação de pomares e vinhas. Com esta alfaia, as raízes são elevadas desde o subsolo com a ajuda de três varetas metálicas e cortadas a meio por um disco dentado. Na traseira, possui um rotor hidráulico que, através de movimento giratório, expulsa as raízes e os topos, deixando-os à superfície. A marca disponibiliza dois modelos. O modelo mais pequeno (SR 315 DC) requer uma potência de pelo menos 120 cv, e abarca uma largura de trabalho de 70 cm, podendo ir até uma profundidade de 55 cm. Para o modelo maior (SR 500 HT) já é necessária uma potência a partir dos 180 cv, abarca uma largura de trabalho de 120 cm, podendo ir até aos 70 cm de profundidade. Significativa é a diferença de peso entre ambos os modelos, com valores de, respetivamente, 1280 e 2180 kg.
MTS-Sandei A MTS-Sandei passou a equipar as automotrizes colhedoras de tomate da gama TH com motores Volto Penta. Os modelos mais pequenos (gama SL) usam motores Iveco e nos modelos de topo (gama TH) a marca italiana não cortou de todo com a John Deere, que continua a fornecer as unidades que têm como destino os mercados extraeuropeus. Mas na adequação desta gama às normas da Fase IV/Tier 4Final, a escolha recaiu sobre os motores Volvo Penta, que conciliam tecnologia SCR+EGR. Estes blocos de 6 cilindros e 7,8 litros de capacidade perfazem 252 cv de potência máxima. A MTS-Sandei refere que graças aos motores Volvo, estas colhedoras têm agora custos de operação mais baixos e uma
manutenção facilitada. São quatro os modelos TH que saem das instalações da marca em Pontenure, perto de Piacenza, com capacidades de recolha que variam entre as 40-50 e as 80-100 toneladas/hora.
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Culturas especializadas Grade de discos independentes F.lli Marinelli Disponível em configuração rebocada, nesta grade de dois corpos com abertura hidráulica é permitida a regulação do ângulo de incidência dos discos no solo, podendo o operador aplicar um ângulo diferente em cada um dos corpos. Outra inovação é o facto de cada disco poder ultrapassar um obstáculo, por exemplo uma pedra, sem que tal interfira com o posicionamento dos discos adjacentes. Ao deparar-se com o obstáculo, o disco é fletido graças a um sistema de amortecimento independente. A dupla regulação desta grade de 16 discos torna-a adequada aos contextos da agricultura mediterrânica e foi premiada na Feira Agrilevante 2015. A F.lli Marinelli produz diversas outras alfaias para preparação de solo, com destaque para os subsoladores combinados com grade de discos de um corpo.
Novo modelo Tony 9800 TR Antonio Carraro
Reconhecida por desenvolver tratores que são robustas máquinas de trabalho e ao mesmo tempo distintas peças de design, a Antonio Carraro tem vindo também a incluir nos seus novos modelos tecnologia cada vez mais atualizada. Exemplo disso é o mais recente
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lançamento da marca, um rígido reversível cujo nome de batismo é Tony 9800 TR, que se distingue pela transmissão de variação contínua Shift in Motion com quatro gamas de controlo eletrónico. Controlado através de software inteiramente desenvolvido pela marca, este trator ostenta ainda a nova cabine AIR com pressurização de categoria 4. Sob o capot encontra-se um motor Yanmar de 4 cilindros, com 87 cv de potência. No que respeita à TDF 540/540E, esta possui comando eletrohidráulico de engrenamento progressivo. Tal como a restante gama, este novo modelo pode beneficiar de uma extensão de garantia até 4 anos.
Dupla articulação da lança premiada Caffini Especializada em equipamentos de pulverização, esta marca de Verona comercializa desde simples atomizadores rebocados para culturas especializadas até pulverizadores automotrizes de barra destinados às grandes culturas. Um dos equipamentos que fabrica, o modelo Drif Stoper Evo, foi premiado como novidade técnica na feira italiana Agrilevante 2015. Trata-se de um pulverizador rebocado com sistema de antideriva, e recuperação através de ventilação e painéis. Foi premiado devido à lança de dupla articulação que possui.
Esta é gerida através de um sistema de ativação eletrohidráulica, capaz de assegurar que o pulverizador segue a mesma trajetória do trator, facilitando a entrada e a saída de filas apertadas. A gestão desta dupla articulação permite ainda que se possa fazer uma marcha-atrás tal qual como se se tratasse de uma alfaia rebocada de lança rígida.
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Tecnologias Horticultura
floresta Cortiça
Casa Barreira, a maior casa produtora a nível nacional
Limpeza florestal Entrevista a Tobias Wolfert coordenador da Eco Interventions
Mercado de Forwarders encolhe na Suécia • Nova processadora de corte Nisula • Isenção de impostos para prédios rústicos florestais • Um Fendt com espírito florestal • Novo Skidder concebido em França
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Junta da Cortiça Havia uma revista que era publicada pela Junta da Cortiça. Esta agregava os produtores e os consumidores para os quais fazia anúncios que mandava para o estrangeiro.
Floresta por Carolina Lopes
Casa Barreira, uma das maiores produtoras de Cortiça do mundo Fomos até Miraflores para ficar a conhecer a história da Casa Barreira. Em entrevista com o Engenheiro Pedro Barreira, dirigente desta casa que é a maior produtora de cortiça no nosso país, ficamos a saber um pouco melhor como tudo começou. Qual a origem da casa Barreira? Pedro Barreira - A família do meu avô é originária de São Braz, Algarve, uma zona produtora de cortiça, mas apesar disso a minha família não tinha muita ligação à agricultura. O meu avô, José Barreira, foi trabalhar para os Estados Unidos da América e quando voltou veio com a ideia de construir fábricas de cortiça. A Casa Barreira foi fundada nos anos 40 pelo meu avô, José Barreira e os meus dois tios, João e Henrique Barreira. Eram três irmãos, que
começaram a negociar cortiça e foram comprando algumas fábricas, na Cova da Piedade, Barreiro e Almada. A partir daí foram adquirindo novas propriedades, onde produziam a sua própria cortiça, mas também compravam a outros produtores. Foi assim que nasceu originariamente a parte do património florestal, associado ao fabrico da cortiça.
Casa Barreira, no Alentejo.
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Floresta Portugal é o maior produtor e exportador de cortiça A cortiça é produzida em Portugal, Sul de Espanha, Marrocos, Tunísia, Argélia e Itália.
Atualmente já não possuem fábricas. O que levou ao seu fecho? Estas fábricas mantiveram-se até cerca de 1971, neste ano os três irmãos fundadores já tinham falecido. Os outros membros da família, após a divisão da casa Barreira, não quiseram continuar com a indústria da cortiça, sobretudo porque todas estas fábricas passaram a estar mal localizadas. Deixou de fazer sentido estarem perto do rio uma vez que todo o transporte passou a ser feito de camião. Esta mudança obrigava a construir
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novas fábricas noutros locais. Assim, em 1971 acabaram as fábricas ficando só a parte agrícola e florestal. Mais tarde, com a Revolução do 25 de Abril de 1974, os 10.000 hectares de terras da nossa família foram nacionalizadas, tendo sido ocupada a totalidade da área agrícola e florestal. Após perderem os terrenos, como se deu a recuperação dos mesmos? Já nos anos 90, começamos a retomar as terras graças às reformas agrárias. A recuperação foi um processo muito demorado e difícil, acabamos quase nos anos 2000. Em 1985 a casa Barreira encontrava-se completamente ao abandono e sem recursos. Só em 1990, com muita dificuldade, compramos o primeiro trator. Com a ajuda dos apoios comunitários voltamos a colocar esta empresa em funcionamento Existem ajudas para quem tem montados de sobro? A produção da cortiça tem ajudas comparticipadas pela comunidade, para recuperação, intensificação e limpezas dos montados de Sobro. Se pretendermos transformar um terreno agrícola em montado
de Sobro, o estado dá uma comparticipação durante 20 anos, que é uma ajuda anual para compensar a falta de rendimentos. É uma cultura muito lenta, por isso só é possível em empresas agrícolas que possuam outras culturas e outros rendimentos. Porém, quando os sobreiros começam a produzir cortiça, a sua venda não é difícil, apesar de algumas crises cíclicas. É uma árvore mais condizente com a vida de há 60 anos atrás, que era uma vida mais calma, hoje o ritmo é diferente, as pessoas querem fazer investimentos com retornos mais rápidos. Além do
De um sobreiro, plantado num solo e clima favoráveis, só é possível extrair cortiça ao fim de 30 anos. Esta árvore pode viver 200 a 300 anos e só dá cortiça no mínimo de 9 em 9 anos.
utilização da cortiça O que se produz de mais nobre, a partir da cortiça, é a rolha natural que é feita inteiramente de cortiça. Há outras rolhas que resultam de um aglomerado de desperdícios da cortiça, fazendo uma rolha diferente da natural. Nos anos 70 surgiu uma concorrência forte de rolhas feitas de plástico. Hoje em dia os bons vinhos, produzidos em todo o mundo, usam rolhas de cortiça, pois esta é natural e biológica, o que a levou a ser preferida a nível mundial. A maior exportação de cortiça são as rolhas. A sua segunda maior utilização é para isolamentos e pavimentos. Há também acessórios feitos de cortiça mas que servem apenas para a sua divulgação pois não são representativos em termos de venda.
extração da cortiça Na extração da cortiça aproveitam-se apenas as partes mais baixas da árvore. Este trabalho continua a ser feito pelo homem, com um machado. Há algumas tentativas de mecanização da extração da cortiça mas sem grande sucesso. Quando se corta o sobreiro, para extrair a cortiça, tem que se ter sensibilidade suficiente para que não sejam feitos lanhos (golpes) no tronco da árvore, pois estes podem criar feridas que causam problemas. O período ideal para a apanha da cortiça é de finais de Maio a finais de Junho. É um trabalho sazonal mas é bem pago. A qualidade da cortiça varia em função da qualidade do solo, dos tratamentos e da chuva. Geralmente o sobreiro é originário das terras arenosas. Além da cortiça, o sobreiro dá sombra e também a bolota que pode ser usada para a alimentação dos animais. É muito usada para alimentar o porco preto, oriundo destas zonas da bolota.
investimento ser grande, existe um elevado risco de incêndio. E atualmente, como se encontra a casa Barreira e quais os planos futuros? Atualmente a casa Barreira está dividida por toda a família. Além da floresta fazemos a criação de bovinos de carne. Mas é a cortiça o nosso negócio principal. A produção de cortiça tem estado a diminuir nos últimos anos, não porque a procura seja menor, mas porque há problemas sanitários com
o sobreiro. As plantações que se fizeram também ainda não estão a produzir, uma vez que o ritmo de produção é muito lento. Houve também uma quebra no consumo dos vinhos, quando veio a moda das rolhas de plástico, o que levou a um abrandamento na plantação de sobreiros. Futuramente, tencionamos manter a produção de cortiça como principal atividade, continuar com a criação de gado e talvez dar início à plantação de pomares de amêndoa.
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Floresta por João Sobral
Eco Interventions
Limpeza florestal com olhar cirúrgico A Eco Interventions tem por missão prestar serviços de reabilitação florestal, o que passa por fazer intervenções seletivas em zonas sensíveis onde a entrada de máquinas pesadas provocaria estragos.
A maquinaria manual copia as técnicas antigas de trabalho mas com muito mais rendimento.
T
obias Wolfert é descendente de alemães mas já nasceu no Alentejo. Começou desde cedo a interessarse pela conservação do meio natural, e daí até à prestação de serviços no setor florestal foram só alguns passos. Como coordenador da Eco Interventions explicou-nos como deu início a este projeto e como ele tem evoluído. “Juntamente com o meu irmão Moritz comecei a fazer pequenos trabalhos de limpeza florestal. Trabalhávamos à mão, sem máquinas. Mas à medida que fomos tomando conta de áreas cada vez mais extensas, percebemos que não dava para continuar a trabalhar sem máquinas”. Assume-se como crítico da
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Tobias Wolfert com o livro “Subericultura”, de Vieira Natividade, ao qual tem ido buscar inspiração.
utilização de maquinaria pesada nos montados, nomeadamente sempre que tal envolva gradagens profundas. “Os montados eram tratados à mão e com animais, e criaramse sistemas incríveis. Mas a maquinaria pesada inverteu essa dinâmica. Então pensei que o melhor seria trabalhar com maquinaria manual, que copia as técnicas antigas mas com muito mais rendimento. Estou a falar de motosserras e de motorroçadoras”.
A dada altura, a par da aquisição destas ferramentas, criaram uma marca, desenvolveram uma imagem, e de certa forma acrescentaram um lado mais organizado e mais profissional à atividade que já vinham desenvolvendo. “Conseguimos o apoio da associação Circuito Explosivo, que apoia jovens projetos. Formalmente, a Eco Interventions é um departamento da Circuito Explosivo, virado para a silvicultura e para os serviços de reabilitação florestal”.
A equipa foi crescendo e é agora constituída por doze pessoas, a quem Tobias tem transmitido os seus conceitos de restauro de ecossistemas florestais. A maioria das empreitadas de que tomaram conta é na zona de Colos, concelho de Odemira, onde inclusive estão a desenvolver um viveiro florestal. A nível das máquinas, têm optado pela Stihl. “Temos sobretudo motorroçadoras FS460, que são muito equilibradas. Termos a mesma marca facilita, porque partilhamos as mesmas ferramentas e já conhecemos as máquinas”.
Nos trabalhos da Eco Interventions é dada importância à preservação de espécies arbóreas autóctones.
Santiago do Cacém. É uma cooperação que tem funcionado muito bem. Os tratores de rastos limpam as áreas mais abertas com corta-mato ou destroçador e nós trabalhamos de forma apeada nas zonas mais sensíveis, onde é interessante selecionar espécies que devem ficar”. A ação da Eco Interventions centra-se na limpeza seletiva para redução do perigo de incêndios, procurando deixar no terreno múltiplas espécies e não apenas uma monocultura, na criação de polígonos para refúgio de animais, e na proteção da regeneração natural, que é uma das chaves do futuro da floresta.
Os principais clientes são estrangeiros – alemães, suíços, ingleses e holandeses, sobretudo – que adquiriram propriedades com montado e que trazem uma visão diferente da floresta, com preocupações ambientais e de sustentabilidade. E o que a Eco Interventions lhes apresenta é um serviço alternativo às mobilizações de solo, que inclusive pode funcionar de forma coordenada com outras empresas que façam uso de equipamentos de maior dimensão mas baseados no corte do mato à superfície. “Estamos a trabalhar em cooperação com a Aquaflora, uma empresa sediada em
Mercado de forwarders encolhe na Suécia Em 2015, a John Deere reconquistou a liderança com 127 máquinas vendidas, o que corresponde a uma quota de mercado de 44,3%. Em representação da marca, Dieter Reinish refere que estes bons resultados se devem à recente renovação da gama. A Komatsu Forest recuou de 101 forwarders vendidos em 2014 para 85 vendidos em 2015, o que representa agora uma quota de mercado de 29,6%. Para Peter Hasselryd, CEO da companhia, os números não são preocupantes porque embora tenha vendido menos unidades, trata-se de modelos de segmento alto. Atrás destes dois fabricantes, e com alguma expressão no mercado estão a Rottne, a Ponsse e a Ecolog. Se olharmos para um período mais alargado, nos últimos seis anos a venda de forwarders novos registou uma quebra de 16% naquele país. Unidades vendidas
Quota de mercado
Fabricante
2015
2014
2015
John Deere
127
94
44,3
31,2
Komatsu
85
101
29,6
33,6
Rottne
29
34
10,1
11,3
Ponsse
26
41
9,1
13,6
EcoLog
14
11
4,9
3,7
Gremo
5
12
1,7
4,0
Logset
1
1
0,3
0,3
Tigercat
0
7
0,0
2,3
287
301
Total
2014
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Floresta Nova processadora de corte N5 Nisula Forest Equipada de origem com pneus florestais Nokian, esta nova processadora da marca finlandesa é impulsionada por um motor Agco Power de 4,9 litros, que fornece 160 cv de potência. A transmissão é mecânica-hidrostática, inclui bloqueio dos diferenciais, e permite uma deslocação em estrada a 40 km/h. A lança P895 que traz instalada foi especificamente desenvolvida para abate, apresentando uma capacidade de elevação de 660 kg e alcance de 10 m. A cabeça de corte é uma 425H destinada a corte e desrama de troncos até 320 mm de diâmetro. Como opção, pode ser configurada com uma cabeça 425C, que tem uma aplicação mais multifacetada, virada também para a biomassa. O cliente pode escolher entre dois diferentes interfaces eletrónicos para medição da madeira e controlo da cabeça de corte. O mais completo inclui leitura de mapas e transferência de dados.
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Isenção de impostos para prédios rústicos florestais Os prédios rústicos aderentes a Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) ou sujeitos a um Plano de Gestão Florestal (PGF), podem ficar isentos de pagamento de alguns impostos, nomeadamente IMI, IMT e Imposto de Selo. Para beneficiar destas isenções os proprietários devem apresentar um requerimento ao chefe de finanças da área de localização do prédio.No caso dos prédios integrados numa ZIF, o requerimento deve ser acompanhado de uma declaração da entidade gestora da ZIF. Já no caso dos prédios submetidos a um PGF, o requerimento a apresentar nas finanças deve ser acompanhado de um documento emitido pelo ICNF que comprove a aprovação e execução do PGF. Para conhecer os prazos legais e informação mais detalhada sobre esta regulamentação, deverá consultar a Circular nº 11/2015 emitida pela Autoridade Tributária e Aduaneira, que se encontra disponível online, a entidade gestora da ZIF onde os prédios estão integrados, ou dirigir-se a um serviço de finanças.
Um Fendt com espírito florestal Wario
À primeira vista parece um Fendt pintado de verde pistacho, com uma cabine esquisita e sem guarda-lamas. E de facto é esse o ponto de partida. Baseado na atual linha 700 Vario da Fendt, o Wario SCR é um trator para uso florestal preparado pela firma alemã Werner. Este conceito e esta parceria entre as duas empresas já vem de trás, e a grande alteração feita para que os Fendt 700 Vario se transformem em Wario é ao nível da cabine, de configuração rotativa. Esta completa um curso de 225 graus, não integra guarda-lamas, e apresenta comandos destinados ao manuseamento de uma grua, nomeadamente dois apoios de braço, ambos com joystick. Mas um operador familiarizado com a Fendt sentir-se-á perfeitamente em casa. Tendo em conta que o engate de três pontos é mantido, para além da grua Palfinger de 8 metros de alcance, os Wario podem trabalhar com alfaias tanto em contexto agrícola como em contexto florestal, sendo o modo de condução invertida bastante útil para o trabalho com destroçador.
Novo Skidder concebido em França Agrip A Agrip volta a fabricar tratores florestais do tipo Skidder. Dado a conhecer ainda como protótipo, o modelo MD 205-6 é impulsionado por um bloco de 6 cilindros, com 6,8 litros, fornecido pela FPT, que cumpre o nível de emissões Tier 4Final. A potência
anunciada é de 205 cv. Entre o equipamento standard encontramos dois guinchos com uma força de tração de 16 toneladas. Em cada um dos guinchos pode ser colocado um cabo de 14 mm com 200 m de comprimento, ou então um cabo de 16 mm com 150 m de comprimento. O sistema hidráulico, de origem Danfoss, apresenta um débito de 140 L/ min e a cabine, com posto de condução invertido, possui climatização automática. A este modelo, que chegará ao mercado em meados deste ano, a marca pretende juntar um outro com motor de 4 cilindros e 150 cv de potência. Além do fabrico de máquinas novas, esta firma francesa dedica-se também à remodelação de máquinas florestais usadas, às quais adiciona tecnologia atualizada.
IV Feira Especializada Florestal Internacional para o Sul de Europa
30 junho - 2 julho de 2016 Centro de Formacion e Experimentacion Agroforestal de Sergude Boqueixon - Santiago de Compostela
www.galiforest.com www.facebook.com/galiforest ORGANIZA:
Escola de Enxeñaría Forestal de Pontevedra
FEIRA INTERNACIONAL DE GALICIA ABANCA • E-36540 SILLEDA Pontevedra • Espanha • Tlfn. 34 986 577000 • galiforest@feiragalicia.com
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Feiras
Eficiência e eletricidade marcam tendência De 11 a 17 de abril realiza-se em Munique a 31ª edição daquela que é a feira de referência de maquinaria dirigida aos setores da construção e minas. E como é prática habitual, são atribuídos prémios de inovação em cinco categorias distintas.
O
controlo de emissões poluentes, a redução do consumo de combustível, e a eficiência energética de outros componentes para além do motor, são aspetos que se estão a tornar cada vez mais importantes para os fabricantes de maquinaria do setor da construção. Mas do lado dos utilizadores surge a dúvida: as máquinas que beneficiam destes novos desenvolvimentos fazem mais ou fazem menos do que aquelas que só dispunham de tecnologia mais básica? A Bauma é o lugar certo onde os profissionais do
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setor podem encontrar resposta para esta e para muitas outras dúvidas, e é o lugar certo para conhecer o rol de novidades. A última edição, em 2013, contou com mais de meio milhão de visitantes e mais de 3400 expositores, números que posicionam a Bauma como a feira de referência onde os principais intervenientes da indústria estão representados.
Bauma Innovation Award 2016 É a 11ª vez que através deste prémio a organização da Bauma atribui
distinções às empresas e às universidades que tenham desenvolvido tecnologia capaz de ser aplicada em equipamentos disponibilizados no mercado. As diferentes entidades participantes fizeram o registo de 118 inovações e são já conhecidos os finalistas para cada uma das categorias. Tendo em conta que algumas das inovações apresentadas estão fora do âmbito editorial d’abolsamia, apresentamos uma seleção das que mais se enquadram no setor da maquinaria.
Feiras As medições preliminares sugerem que o sistema híbrido apresenta uma rapidez e uma performance semelhante ao sistema standard, mas ganhos de eficiência na ordem dos 40%. Trata-se de uma inovação que pode alterar as regras do jogo no modo como funcionam as máquinas para construção.
Os nomeados Categoria maquinaria Uma pá carregadora totalmente elétrica da Kramer foi nomeada para a categoria referente à maquinaria. Trabalhar com uma máquina a diesel dentro de edifícios ou túneis, coloca o desafio de se garantir a renovação do ar devido à acumulação dos gases de escape, o que muitas vezes exige que se tenha de recorrer a dispendiosos exaustores para esse fim. Com tecnologia 100% elétrica (80-Volt), neste modelo 5055e são anuladas as limitações que se impunham ao trabalho em espaços fechados, e além disso o nível de ruído é muito baixo. Possui dupla tração, balde com capacidade para 0,55 m³, e dois motores, um para servir a transmissão e outro para regular o sistema hidráulico. As baterias de chumbo-ácido empregues na 5055e têm provas dadas na indústria dos empilhadores elétricos. Embora a autonomia dependa do tipo de utilização, a marca anuncia que uma carga completa pode chegar às seis horas de trabalho.
Categoria investigação Na categoria dedicada à investigação damos destaque
Categoria design
Pá carregadora totalmente elétrica da Kramer.
ao hidráulico híbrido STEAM. Assistimos a uma generalizada preocupação por parte dos fabricantes no sentido de tornarem as suas máquinas mais eficientes, o que por norma implica que considerem a máquina como um todo e não apenas os seus componentes isoladamente. Desde 2013, um instituto da Universidade de Aachen, na Alemanha, tem estado a desenvolver e a testar um novo sistema hidráulico para escavadoras que não faz uso do motor e da bomba para diretamente fornecer fluxo ao
atuadores. Em vez disso, usa-os para manter o nível de pressão em dois acumuladores hidráulicos (de alta e de média pressão). Ao usar este circuito de acumulação, torna-se possível interromper por completo a ligação entre os atuadores hidráulicos e o conjunto motor/ bomba, permitindo que estes componentes funcionem de forma mais eficiente. O motor pode funcionar a regimes mais baixos, em redor das 1200 rpm, e dãose menores perdas por estrangulamento. O sistema permite ainda uma recuperação da energia potencial e cinemática em todos os atuadores, o que faz com que a máquina possa ser referenciada como híbrida hidráulica. No âmbito do projeto, foi criado um protótipo em parceria com a Volvo. Na mesma máquina coexiste um sistema hidráulico standard com load sensing e o sistema hidráulico STEAM. Ao aplicar ambos os sistemas nesta escavadora, a equipa de investigação pôde fazer medições sem distorções e comparações objeticas.
Hidráulico híbrido STEAM.
Entre os nomeados para os Bauma Innovation Award encontramos ainda a cabine Genius Cab desenvolvida pelo recém-formado Concept Cab Cluster (CCC), uma rede formada por reputados fornecedores de equipamento para o setor da maquinaria. Concorre na categoria do design. Este cluster inclui companhias como a Bosch, a Fritzmeier, a Grammer, a Hella, a Hydac, entre outras. A Genius Cab será apresentada ao público em primeira mão na Bauma e destina-se a ser aplicada em camiões industriais, em empilhadores, ou em máquinas para a agricultura e a construção. Segundo o CCC, apresenta características futuristas, que estabelecem novos standards em termos de segurança, conforto para o operador, manutenção e design.
Cabine Genius Cab desenvolvida pelo recémformado Concept Cab Cluster (CCC).
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Feiras
Bauma 2016 A feira de referência nas máquinas de construção.
Novas ideias para transmissões em pás carregadoras
Escavadora de rodas MWR da Mecalac.
Ainda na categoria referente ao design, encontramos a escavadora de rodas MWR da Mecalac. Embora as pás carregadoras e as escavadoras, tanto de rodas como de rastos, estejam no centro do negócio da Mecalac, a companhia identificou uma área em que podia introduzir melhorias nas suas escavadoras de rodas: a estabilidade. Na nova gama MWR de escavadoras de rodas a Mecalac baixou o centro de gravidade, através de uma alteração na arquitetura de base da máquina, com o objetico de lhe conferir mais conforto, mais segurança, melhorar a posição de trabalho do operador e melhorar as acessibilidades. O resultado a que chegou é praticamente a fusão de um carregador telescópico com uma escavadora de rodas. Este novo conceito mais rebaixado gira como qualquer outra escavadora e é estável como qualquer telescópico.
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Apesar de todos os progressos alcançado em matéria de inovações eletrónicas e mecânicas, continua a haver espaço para novos avanços a nível dos sistemas de transmissão em pás carregadoras de rodas. Prova disso são os resultados apresentados pelo TEAM, um projeto de financiamento público que envolveu o esforço conjunto dos fabricantes de máquinas e das empresas de componentes. “Com o objetivo de otimizar a eficiência energética e obter o melhor desempenho possível, nos dias de hoje as máquinas decidem por si próprias o que resulta mais económico num dado processo de trabalho, como por exemplo transferir a potência para as rodas de forma mecânica ou hidráulica. A transmissão fornece a potência na proporção que for necessária”. É desta forma que Joachim Schmid, diretor geral da VDMA, descreve o estado da arte neste tipo de máquinas, para depois apresentar o Projeto TEAM. No âmbito deste projeto, dezoito fabricantes e fornecedores de componentes – entre os quais a Caterpillar, a Liebherr, a Danfoss, a Deutz, a Hydac e a Rexroth Bosch – cinco institutos universitários, e ainda a VDMA, têm vindo a trabalhar em conjunto ao longo dos últimos três anos, com o objetivo de desenvolver tecnologia capaz de obter poupanças de energia em sistemas de transmissão. Deste consórcio resultou a apresentação de
um protótipo de pá carregadora de rodas de 24 toneladas, com a designação ‘Green Wheel Loader’, na qual foi implementada uma inovadora estratégia operacional para ligação de diferentes partes de um sistema de transmissão. A máquina, apresentada no ano passado, combina um motor diesel otimizado de 270 cv de potência, uma transmissão powersplit, hidráulicos de fluxo controlado, e um sistema hidrostático híbrido integrado numa nova cadeia de transmissão. Em comparação com as atuais máquinas de série, nesta máquina a eficiência de combustível anunciada é 10% superior.
Pá carregadora de rodas ‘Green Wheel Loader.
Feiras Pá carregadora com transmissão Powersplit Liebherr
As marcas envolvidas no Projeto Team deverão aplicar em modelos de série os avanços obtidos com aquela experiência. É o que está a fazer a Liebherr com o lançamento da gama de pás carregadoras de rodas L XPower. Performance, conforto, robustez e eficiência de consumo são as características a que a marca dá destaque nos seis modelos que compõem a gama, e que apresentam um peso operacional a variar entre as 17,7 toneladas da L550 Xpower e as 32,6 toneladas da L 586
XPower. Independentemente das especificações gerais desta máquina, a atenção é dirigida à transmissão Liebherr-XPower® com divisão de potência. Combinada com uma gestão eficiente do motor, junta uma componente hidrostática e uma componente mecânica. A primeira destina-se aos ciclos curtos durante o carregamento, e a segunda a trajetos longos e a áreas com declive. A interação entre ambas é continuamente regulável em todas as gamas de velocidade, sem interrupção na força de tração.
Em conjunto, estas duas componentes transmitem sempre 100% da potência do motor, sendo a única variável a relação entre elas. Os benefícios mais visíveis são a redução do consumo de combustível até 30% e o menor desgaste dos pneus e dos travões. Segundo a Liebherr, os
Liebherr L586 XPower.
componentes centrais decisivos desta máquina foram submetidos a testes de mais de 70.000 horas.
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FIMA 2016 Novidades Empresas em destaque
Pomareiros largos Uma tendência proposta pelas marcas 84
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FIMA 2016
Fima 2016
Zaragoza/Espanha 16 a 20 de fevereiro.
4 continentes representados, 38 países Europa - 1213 América - 88 Ásia - 54 Oceanía - 2
2016
16 - 20 FEV
5 Dias de evento
1357
Espanhóis
227. 000
566
EXPOSITORES
visitantes
Outros 791
50 países
Dos quais 104.000 internacionais
150.030 m2
área de exposição
+ 20% 2014
Inovação e tecnologia do setor da maquinaria agrícola
F
evereiro marcou mais uma edição da FIMA. A 39ª Feira Internacional de Maquinaria Agrícola, em Saragoça, Espanha, contou com mais de 227.000 visitantes ao longo dos cinco dias de certame, tendo sido a mais visitada e internacional de sempre, com mais de 50 países representados. Com uma média de 45.000 profissionais da área de visita por dia, esta foi mais uma mostra da saúde que o setor
da maquinaria agrícola ,apesar das dificuldades, continua a mostrar. Com 1.357 firmas expositoras, 791 não-espanholas, representantes das várias áreas de negócio do setor, espalhadas por mais de 150.000 metros quadrados de superfície, estiveram presentes 154 delegações comerciais diferentes, representando mais de 50 países de 5 continentes.
A FIMA é o ponta de lança do setor agroalimentário. (Javier Lambán, Presidente do Governo de Aragão)
O elevado nível tecnológico do evento ficou bem patente pelas medalhas atribuídas às principais inovações, 33 medalhas entregues a 19 empresas diferentes, tendo algumas delas já sido abordadas pela abolsamia no Especial Agritechnica 2015. Abolsamia fez parte do evento, trazendo até si o que de mais importante se passou através do Especial FIMA 2016.
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Fima 2016 Hardi
Especialistas em pulverização Entre uma gama bastante completa de equipamentos, a Hardi expôs na FIMA algumas novidades, designadamente as barras de pulverização Delta-Force e Geo Force, o pulverizador suspendido Mega, e dispositivos para controlo eletrónico de última geração.
Stand da Hardi na FIMA 2016
Gama de produtos A gama de produtos da Hardi é bastante ampla e vai desde os bicos de pulverização até aos pulverizadores automotrizes, com duas variantes distintas: as máquinas para tratamento de culturas em campo aberto e as máquinas para tratamento de árvores e vinha.
Componentes de fabrico próprio
O que torna os seus produtos distintos é o nível de especialização que alcançou, já que todos os elementos vitais de qualquer um dos seus pulverizadores são fabricados internamente.
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Comparativamente com outros fabricantes que compram a terceiros os componentes genéricos com que montam os seus equipamentos, a Hardi fabrica bicos de pulverização, comandos e válvulas, bombas e elementos de regulação, e ainda os elementos eletrónicos, o que confere à marca o estatuto de especialista em pulverização.
Um compromisso a longo prazo
Segundo a companhia, na sua estratégia e nos trabalhos em que se envolve, há dois objetivos que são continuamente tidos em consideração: a adaptação
às necessidades do cliente e a inovação. “Hoje em dia sentimo-nos orgulhosos por a maioria dos clientes que compram uma máquina Hardi voltarem a escolher a marca quando se trata de adquirir um novo pulverizador, sinal de que estão satisfeitos com o produto”, refere José Maria Godia, Diretor Geral da Ilemo Hardi. “A filosofia do Grupo Hardi é a qualidade, a robustez, a facilidade de utilização, e a relação com o cliente a longo prazo. Dado que somos nós que fabricamos os nossos componentes, garantimos o fornecimento de peças de substituição durante 20 anos”, acrescenta.
HARDI Originária da Dinamarca a firma HARDI existe desde 1957 e atualmente é uma das marcas líderes em equipamentos de pulverização. A nível de instalações fabris, tem a sua atividade distribuída por cinco diferentes localizações – Dinamarca, França, Austrália, Estados Unidos e Espanha – e uma presença comercial em mais de 100 países.
No segmento dos atomizadores a Hardi propõe uma oferta muito completa.
Fima 2016
Presença na FIMA 2016 No seu stand na FIMA 2016, a Hardi expôs a sua gama completa de equipamentos e apresentou algumas novidades em maior destaque. Trata-se de um equipamento suspendido vocacionado para os profissionais que façam trabalho intensivo. Entre as novidades, encontramos o sistema de engate inferior com suspensão pneumática. As válvulas de controlo do circuito de água, os filtros e outros componentes de manuseio habitual, estão instalados no interior de um compartimento fechado, totalmente protegidos da lama e de todo o tipo de sujidade que é projetada pelas rodas do trator.
Barra Geo Force
Barra Delta-Force
Como uma envergadura entre 27 e 36 metros, esta barra oferece grande estabilidade, inclusive a velocidades de tratamento altas, e incorpora as últimas tecnologias de controlo automático de altura. Em posição recolhida esta barra assume uma largura de 2,55 metros para transporte em estrada. Destina-se à gama de pulverizadores rebocados da marca, mais concretamente à linha Commander.
Barra Delta-Force para pulverizadores rebocados.
Pulverizador suspendido Mega
De desenho moderno e depósitos de grande capacidade, entre 1200 e 2200 litros, o pulverizador Mega caracterizase por uma geometria, de tipo mochila, que se adapta à parte traseira do trator, aproveitando ao máximo os espaços mortos atrás da cabine, e deslocando para a frente o centro de gravidade.
A Geo Force é uma barra baseada numa estrutura tridimensional de 4 tubos, que se caracteriza pela sua alta manobrabilidade e resistência, permitindo que se realizem manobras sem interromper a pulverização. No final, isto significa que o agricultor completará o dia com mais área tratada. Foi desenhada para trabalhar em campos com obstáculos. “O agricultor necessita desta barra quando trabalha em parcelas de geometria complicada, em campos de vegetais em linha, ou ainda em campos com postes de rega por aspersão. É uma barra com grande capacidade de recolhimento e pulverização em simultâneo”. Esta barra está disponível para equipamentos suspendidos, com abertura vertical e comprimento
Pulverizador suspendido Mega.
Barra de grande reistência Geo Force.
entre 15 e 27 metros, e para equipamentos rebocados, com abertura paralela ao longo do chassis e comprimento entre 15 e 28 metros.
Eletrónica de última geração
Em matéria de elementos eletrónicos de gestão e controlo, a Hardi apresentou na FIMA algumas novidades, entre as quais o corte automático de secções em função da posição, os monitores de grande formato que possibilitam duas visualizações em simultâneo, e o controlo eletrónico da capacidade do depósito.
Consulte mais informações sobre a gama da Hardi em: www.hardi-international.com
Ilemo-Hardi, SA • T: 912 164 933 • E: fdm@hardi-es.com • www.hardi.es ABOLSAMIA · março / abril 2016
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Fima 2016 Antonio Carraro
Especializados vocacionados para Portugal A Antonio Carraro marcou presença na FIMA com a sua vasta gama de especializados. No stand da marca encontrámos modelos consagrados e também algumas novidades.
O responsável da marca para o mercado português, Josep Ventura, acompanhou-nos numa ronda pelo stand. “Os modelos Tigre 4000 e Tigre 4400, com 31 e 38 cv, são o nosso nível de entrada para Portugal”, começou por nos explicar. Passámos depois aos Major, uma nova série que foi apresentada na FIMA e que conta com tratores de 50 e 56 cv, com transmissão de 12+12 velocidades e inversor sincronizado. De seguida Josep Ventura falou-nos dos modelos TN e TC. “Pensamos que o TN5800, de 4 rodas iguais, vai ter boa aceitação em Portugal, mas vamos começar a fazer demonstrações com o TC5800F, com rodas traseiras maiores, por ser um conceito mais tradicional. Mas para muitos cultivos as 4 rodas iguais são mais convenientes”. Conhecedor das especificidades do nosso mercado, Ventura
Modelo Tigre 4400.
foi-nos indicando as aplicações a que cada modelo está mais vocacionado. Avançando um pouco mais, chegámos ao pé dos TRX 9900 e 10900, uma série que a marca italiana já vende em Portugal há muitos anos: “Este é
um trator que vendemos muito sobretudo para os produtores de kiwi. É reversível, muito potente, e como é baixo tornase muito estável”. A propósito dos articulados reversíveis SRX, Ventura adiantou que é um modelo muito interessante para as vinhas do Douro. Já acerca dos TRG 9900 e 10900, os maiores tratores da marca, inclusive em altura, explicou que é uma série para clientes que procuram um fruteiro. “É um trator muito corpulento, muito forte, que inclusive aqui em Espanha está a ter uma aceitação muito boa para o olival”. Entre as novidades, além da série Major, a marca apresentou os TGF com cabine Protector de perfil baixo de categoria 4, o nível que oferece maior proteção ao operador, e no segmento dos tratores com trasmissão hidrostática, o modelo TONY que só chega ao mercado em 2017.
Modelo TRG 10900.
TGF com cabine Protector de perfil baixo de categoria 4.
Balanço positivo em 2015 Regressa o tempo sereno no balanço da Antonio Carraro ao fechar o ano 2015 com uma faturação de 76 milhões, confirmando um incremento de 10% face aos resultados de 2014. Segundo a empresa, tais resultados devem-se a uma forte consolidação da rede de vendas. Graças ao importante investimento monetário (8 milhões de euros em 12 meses) por parte da família Antonio Carraro, a fábrica está preparada para enfrentar 2016 com serenidade, com uma nova previsão de aumento da faturação. O ano de 2016 traz grandes novidades, com a apresentação da nova série de tratores TONY, com o aumento das vendas em mercados emergentes (Turquia, Marrocos, Sérvia e países balcânicos), e ainda devido aos investimentos relacionados com diversos departamentos da empresa.
Antonio Carraro Ibérica, S.A. • T: +34 933 779 957 • E: iberica@antoniocarraro.com • www.antoniocarraro.com
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Fima 2016 Herculano
Uma gama cada vez mais alargada No stand da Herculano destacava-se o novo reboque tribasculante de taipais que passou a oferecer uma capacidade efetiva de 18 toneladas.
Reboque tribasculante de taipais
Os novos reboques de taipais tribasculantes série T2ET passam a estar disponíveis até 18 toneladas de capacidade efetiva. Para além disto, equipam agora com painéis da reconhecida marca austríaca Furman cuja soldadura é feita a robot o que evita pontos de corrosão. Por fim, o chassis e o eixo foram reforçados e estão preparados para a carga útil.
Também em exposição estavam outros equipamentos emblemáticos da ampla gama deste fabricante nacional, como os reboques espalhadores de estrume, os reboques monocoque (agora com toldo disponível), os reboques plataforma, as cisternas, as grades rápidas e as fresas.
Filipe Neto, diretor comercial da empresa, disse, durante a apresentação dos equipamentos expostos, que a Herculano mantém o seu empenho no melhoramento da qualidade dos seus produtos e no aumento da capacidade dos mesmos.
Fresa de maior dimensão, agora com rolo.
Reboque espalhador de estrume 18 toneladas
Agora mais versátil, o reboque espalhador de estrume com capacidade para 18 toneladas passou a integrar uma porta, o que permite que sirva também para o transporte de silagem se o grupo de rolos for retirado.
Cisterna 20.000 tridem
A gama de cisternas tridem da Herculano vai crescer até aos 22.000 L. O modelo exposto, de rodas entalhadas, é de 20.000 L com jante de 26,5 e rodas de 650. Também a dimensão das jantes irá até 30,5. Herculano, Alfaias Agrícolas, SA • T: 256 69 2515 • E: herculano@herculano.pt • www.herculano.pt ABOLSAMIA · março / abril 2016
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5 Anos de vida
Fima 2016
A Kramp Ibérica comemora mais um aniversário
Kramp
Um líder na distribuição de peças agrícolas No passado dia 17 de fevereiro, no decorrer da Feira de Saragoça, fomos recebidos no stand da Kramp pela delegação espanhola, acompanhada por uma equipa de peso. Ricardo Escayola, responsável máximo da Kramp Iberica, anunciou as novidades da empresa para 2016.
Uma empresa em crescimento
Num discurso informal, Ricardo Escayola explicou aos jornalistas a filosofia do stand da Kramp, que este ano estava dividido em quatro zonas. Um espaço pensado ao detalhe onde nada foi deixado ao acaso. Na zona de acolhimento fazia-se o check-in ao concessionário onde eram explicadas as vantagens de ser revendedor Kramp; noutro espaço estava em exposição a nova linha de roupa de trabalho de marca própria - agora disponível para os clientes Kramp que queiram ter a sua própria loja de roupa e equipamento de trabalho. Ainda uma zona com oficina de assistência equipada com ferramentas Kramp, uma das áreas de negócio que a
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março / abril 2016 · ABOLSAMIA
Ricardo Escayola, responsável máximo da Kramp Ibérica.
marca quer potenciar junto dos concessionários e, por fim, um espaço dedicado à loja on-line com um Configurador Detalhado, um dos novos projetos a estrear em julho deste ano.
A Kramp é uma empresa sólida, fundada em 1951 na Holanda. Atualmente é líder de mercado na Europa na distribuição de peças agrícolas. Na última década teve um crescimento considerável passando de um volume de negócios dos 221 milhões de euros para os 775 milhões. Para isso contribuiu a aquisição, em 2013, da Grene, um dos maiores grossistas europeus de peças, a par com a Kramp. As duas companhias complementam-se não só em termos de produtos mas também geograficamente com uma presença, atualmente, em 22 países da Europa. Philippe Everaerts, diretor de vendas para Benelux, França e Espanha, presente na FIMA, falou do crescimento da empresa que em 2015 se fixou nos 41,8% prevendo para 2016 um crescimento próximo dos 42%. Anunciou ainda a abertura de um armazém logístico em Espanha (Algete – Madrid), para julho, o décimo centro de distribuição na Europa. Este centro que contará com uma área de 3.000 m2 e um stock de 30.000 peças, vai permitir fazer entregas em 24 horas nos 600 concessionários que atualmente trabalham com a marca, em Portugal e Espanha.
350.000 artigos disponíveis em stock
A Kramp conta com um catálogo on-line com mais de 350.000 peças - com entrega em 24 horas - equivalente a um stock de 180 milhões de euros. Este manancial está ao dispor dos seus revendedores, à distância de um clique, o que lhes facilita e agiliza economicamente o negócio. Falar a língua do cliente é a chave para um serviço de primeira, oferecendo apoio e encontrando soluções para o dia-a-dia no campo. Segundo Philippe Everaerts, “para apoiar a plataforma de vendas on-line Kramp é preciso ter uma boa equipa. Contamos com 2.700 empregados na Europa para apoiarem as vendas junto dos revendedores. Orgulhamo-nos de ter uma equipa de pessoas de valor, envolvidas no projeto”.
Serviços de valor acrescentado Loja - A Kramp apresentou uma coleção de roupa de marca própria criada a pensar no agricultor moderno. É uma linha de roupa de trabalho de qualidade superior, muito resistente, repelente à sujidade e com um
Equipa Kramp Ibérica, no stand da FIMA 2016.
Philippe Everaerts, diretor de vendas para Benelux, França e Espanha.
design formal e elegante. Os revendedores Kramp têm agora a oportunidade de ter a sua própria loja. Existem seis modelos diferentes de loja, o mais pequeno com 36 m2 e um custo de 36.000 euros. É um projeto chave-na-mão que em cerca de mês e meio está pronto a faturar.
Para apoiar a plataforma de vendas on-line Kramp é preciso ter uma boa equipa. Contamos com 2.700 empregados na Europa para apoiarem as vendas junto dos revendedores.
necessárias para equipar as oficinas. Além disso, através do configurador de peças on-line, agora lançado, o revendedor pode fabricar peças à medida com as especificações que quiser, desde mangueiras hidráulicas, cilindros, pistões, etc, o que vai permitir resolver muitos pedidos de peças particulares.
A Kramp apresentou uma coleção de roupa de marca própria.
A Kramp, disponibiliza ferramentas e máquinas para equipar as oficinas.
Oficina - Esta área de negócio pós-venda, na opinião de Ricardo Escayola, tem que ser mais cuidada pelo concessionário. A Kramp, como parceiro de negócios, disponibiliza ferramentas e máquinas
Configurador de peças on-line.
Parcerias de força para um futuro brilhante A Kramp é uma empresa internacional que acredita na cooperação. Ao longo dos anos já fez inúmeras parcerias com fornecedores de peças originais SDF, AGCO, Lemken, Kverneland, Triolet, entre muitas outras - e peças de marcas de primeiro nível como a Bosch, Luk, Honda, etc. Na FIMA anunciou um novo acordo com a marca Kongskilde. Esta cooperação entre as marcas significa que os clientes vão ter acesso a mais de 7200 referências Kongskilde. O cliente poderá fazer o pedido on-line ou via telefone e receberá o artigo no dia seguinte. “Não podia ser mais fácil!”
Kramp Agri Parts Iberica, S.L. • T: +34 916 517 377 • E: escayola.ricard@kramp.com • www.kramp.com ABOLSAMIA · março / abril 2016
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Fima 2016 Tenías
Automotriz para recolha de amêndoa em contínuo Existem equipamentos para recolha mecanizada de amêndoa, mas uma máquina que realize esta operação em contínuo em plantações intensivas é uma novidade absoluta. O mérito pertence à Tenías, que inclusive já comprovou a eficácia deste conceito ao longo de várias campanhas. Existem equipamentos para recolha mecanizada de amêndoa, mas uma máquina que realize esta operação em contínuo em plantações intensivas é uma novidade absoluta. O mérito pertence à Tenías que, inclusive já comprovou a eficácia deste conceito ao longo de várias
campanhas. Esta nova máquina conta já com vários anos de desenvolvimento. “Não é uma máquina experimental. É uma máquina que tem atrás de si 17 anos de atividade”, começa por nos dizer Jesus Tenías. A família Tenías tem terras agrícolas e a certa atura decidiu
apostar na plantação de amendoal. E como não existia no mercado uma máquina de recolha que correspondesse ao que pretendiam, começaram a desenvolver uma. “A máquina fizemo-la para os nossos campos, mas com o aumento do investimento em amêndoa a que se tem assistido em Espanha, decidimos comercializá-la”.
Abordagem à árvore
A estrutura da colhedora é constituída por duas partes ligadas por um arco superior, o que possibilita o avanço em contínuo ao longo de uma fila de amendoeiras. “Por baixo da máquina existe uma espécie de apalpador que quando entra em contato com o tronco da árvore fecha o vibrador. Este entra em atuação, e acompanha o avanço da máquina. Quando termina a atuação, abre e recupera a posição inicial para apanhar outra árvore”.
Requisitos da plantação caraCterísticas Motor - Deutz de 110 cv Transmissão - Hidráulica Motricidade - Às rodas traseiras Suspensão -Hidráulica com regulação de altura para cada roda. Tremonhas standard - 2,2 m³ x2. Tremonhas opcionais - 3,2 m³ x2. Velocidade de recolha - 6 árvores/minuto.
Para um desempenho eficiente, as árvores devem estar bem alinhadas e ter 90 cm de altura livre do tronco. A distância entre filas deve variar entre 5 a 5,50 m, e a distância de árvore a árvore entre 2 e 3 m.
Posição de trabalho Em posição de trabalho a máquina fica com 5,20 m de
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largura e 4,30 m de altura. Mas um sistema de articulações na estrutura principal permite obter uma posição de transporte em que a largura se fica pelos 3,90 m e a altura pelos 3,45 m.
Método de recolha do fruto
Na cabine, o operador dispõe de um potenciómetro para regular o tempo de vibração, em função do estado de maturação do fruto. Aplicada a vibração, este cai sobre duas bandejas e é depois transportado para as unidades de limpeza, que expulsam folhas e impurezas e separam a pele da amêndoa. Daí, o fruto é enviado para as tremonhas. No final do processo a amêndoa está pronta para ir para o mercado.
Todo o processo numa só etapa
Na Califórnia, a maior região produtora de amêndoa a nível mundial, são seguidas várias etapas para colher este fruto, que Jesus Tenías enumera para demonstrar a vantagem da colhedora. “Preparam o solo, depois fazem a apanha da amêndoa para o chão, onde fica durante uma semana a secar, varrem-na para o meio para fazer um cordão, e depois passam a recolhê-la com outra máquina. Colocam-na num reboque e é levada para uma empresa para que lhe seja retirada a pele. E o que esta máquina permite é fazer a recolha em contínuo e com um só operário”.
Fima 2016 Juscafresa
Novos reboques espalhadores da linha Light Originária da Catalunha, a Juscafresa é uma marca especializada no fabrico de reboques. Em Saragoça falámos com Judit Juscafresa Cambó, do Departamento de Marketing, que nos apresentou os novos espalhadores de estrume da linha Light.
Light Maxi Basic.
Na oferta que disponibiliza encontramos reboques para as mais diversas finalidades, mas a Juscafresa é especialmente conhecida pela sua gama de reboques espalhadores de estrume, que passaram a incluir a nova linha Light, proposta em três versões.
Light Maxi Basic (MDH2 e LMH2)
Na versão Light Maxi Basic de um eixo (MDH2 e LMH2), para pequenas explorações, a marca dispõe de 8 reboques com capacidade de carga entre os 2,82 e os 9,90 m³. Nos MDH2 as rodas estão instaladas debaixo do compartimento de carga para que a largura seja contida e o
acesso às fileiras das vinhas seja mais ágil. Nos LMH2 as rodas sobressaem do compartimento de carga, o que lhes confere maior estabilidade e uma menor altura, para circulação dentro de pomares. Possuem lança que permite girar em espaços mais curtos, porta traseira com abertura de tipo guilhotina, e sistema de distribuição composto por dois sem-fins verticais com discos na parte inferior.
por 2 correntes, e três modelos de dois eixos em tandem, com tapete acionado por 4 correntes. Os sem-fins são verticais e a porta traseira é do tipo guilhotina, agora “com cilindros hidráulicos de abertura compensada”, como sublinhou Judit Juscafresa Cambó. As capacidades variam entre os 6,26 e os 13,11 m³. “Os modelos de um eixo possuem lança com suspensão por sinobloco, e os de dois eixos lança com suspensão por molas parabólicas de duas folhas”, acrescentou.
Light Maxi Plus (LMP2)
Por fim, os três modelos Light Maxi Plus (LMP2) correspondem ao segmento profissional. A tecnologia é semelhante mas a capacidade de carga é maior, entre 14,06 e 16,75 m³. Um pormenor interessante é o macaco de descanso com acionamento hidráulico manual. Nesta linha Light, o operador pode ajustar a velocidade do tapete por via hidráulica, e as correntes possuem regulação independente de tensionamento. A marca propõe ainda vários tipos de engate e diferentes tipos e medidas de pneus.
Light Maxi Plus.
Light Maxi Basic (LMB2)
Na versão Light Maxi Basic para explorações de média dimensão (LMB2) encontramos 4 modelos de um eixo, com tapete distribuidor acionado
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Fima 2016 Forigo
Nova fresa articulada para tratores até 400 cv O principal enfoque deste fabricante italiano são as alfaias para preparação de solo, entre as quais uma gama de fresas, cujo modelo mais pequeno se destina a tratores a partir de 15 cv de potência e que abarca uma largura de trabalho de 85 cm. Até agora, a série de topo era a DF5, para tratores entre 180 e 300 cv e que, dependendo do modelo, perfaziam larguras de trabalho a começar nos 4,60 m e a terminar nos 6 m. Mas a oferta alarga-se.
Na FIMA, a Forigo apresentou a nova série DF6, constituída por 5 modelos. “É uma fresa com uma nova transmissão reforçada, que permite trabalhar com um trator até 400 cv. Toda a restante estrutura é mais reforçada”, disse Alberto Forigo, Diretor Comercial da marca. No modelo maior a largura de trabalho é de 6,4 m. Este representante da marca italiana acredita que as novas DF6 têm um bom potencial de mercado em Portugal junto dos prestadores de serviços e das grandes explorações.
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Fima 2016 Manitou
Gama forte para a agricultura A Manitou, depois de mais um ano com resultados positivos, apresentou-se na FIMA com uma gama talhada para o setor agrícola, não só ao nível das máquinas mas também dos diversos acessórios disponíveis, que permitem ao agricultor customizar o seu equipamento de acordo com o seu tipo de exploração.
MLT 625 - 75 H
João Hébil, Diretor Geral da marca para Portugal e Espanha, falou à Revista abolsamia sobre os diversos modelos presentes no certame e as suas características, abordando ainda os resultados da marca francesa a nível ibérico e mundial no ano 2015 e as expectativas para 2016.
MLT 960
A maior máquina da gama agrícola, este é um empilhador telescópico dedicado a atividades muito intensivas. Podendo ser equipado com um balde de 4000l, esta é uma máquina bastante utilizada para carregar cargas a granel. Equipada com um motor de 141 CV, não ficou esquecida a preocupação com o ambiente,
não só ao nível do consumo, como das emissões. A desobstrução automática do radiador permitelhe ser ainda mais eficaz em ambientes poeirentos.
MLT 1040
A máquina ideal para empilhar fardos a grande altura.Com 10 m de alcance e uma capacidade de carga de 4000 kg, esta é a aliança perfeita entre potência e produtividade. Equipada com um motor de 137 CV e caixa automática CVT, este é um empilhador facilmente manejável em todos os tipos de terreno.
MLT 629
Ideal para pequenas explorações e trabalhos em espaços reduzidos,
O sistema de comandos, com joystick JSM permite ao condutor ter o controlo total da máquina. A maioria das máquinas da gama MLT estão homologadas como tratores e apresentam as dimensões mínimas exigidas.
é uma máquina dedicada à manutenção agrícola. Equipada com motor traseiro, apresenta uma excelente visibilidade. Os pneus agrícolas de 20’ permitem-lhe aceder aos locais mais exíguos das explorações.
MLT 735 - 120
O produto estrela da gama agrícola, é um empilhador marcado pela polivalência. Apresenta grande capacidade de carga (3500 kg), sendo, ao mesmo tempo, muito compacto e circulando com facilidade em todos os tipos de terreno e em espaços amplos ou reduzidos.
O empilhador telescópico mais pequeno da gama, com mais de 6000 exemplares vendidos. Adequada a explorações de dimensões reduzidas, apresenta uma manobrabilidade inigualável, não descurando o conforto e a segurança do agricultor. O Easy Connect System (ECS) facilita a mudança de acessórios na cabeça da lança. O modelo presente na FIMA vinha equipado para trabalhar em explorações aviárias, estando equipado com um sistema de luzes especialmente desenhadas para o efeito.
Resultados A nível mundial, a Manitou aumentou a sua faturação em 8% no último trimestre do ano 2015, cifrando-se em 3% o aumento total no ano, o que representa um total de 1.287 biliões de euros de volume de negócio. Este aumento está em consonância com os últimos dois anos, e a companhia prevê que se mantenha em 2016, com um aumento entre 2 e 3%. O Diretor Geral para Portugal e Espanha, João Hébil, referiu que este aumento ficou a dever-se, sobretudo a “um mercado europeu bastante forte, destacando-se o setor da construção e mantendo-se estáveis o setor agrícola e o industrial”.
Manitou Portugal, SA • T: 263 200 900 • E: s.mota@manitou.com • www.pt.manitou.com ABOLSAMIA · março / abril 2016
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Galucho
Reestruturação e crescimento a passos largos No stand da Galucho, que apresentava uma nova imagem de acordo com toda a restruturação que tem sido levada a cabo pela empresa, João Rosa, técnico comercial e João Montez, diretor de negócios, fizeram a apresentação de alguns equipamentos novos ou com melhoramentos. Os modelos de 14 , 16 e 18 ton podem equipar com eixos auto direcionais”. Reboques monocoque MG.
Reboques monocoque MG Esta gama de reboques, que inclui modelos de 10, 12, 14,
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16, 18 e 24 toneladas de capacidade, recebeu alguns melhoramentos, a destacar: o chassis, que passou a ser de construção soldada, “a
exemplo do que fazemos nos semirreboques e que tem provas dadas, com aço mais resistente na caixa e no chassis”. Estes reboques podem montar rodas de até 560 de largura em todos os modelos. “ A configuração da caixa tem um design mais moderno que nos permite ganhar mais largura e com altura da lateral de 1,30m ou 1,50m”. Tem como equipamento opcional taipais suplementares de 0,20;o,45 e 0,60 em metal e 0,80 em rede.
Grade NGVR em “V” pesada
A grade NGVR é uma nova grade em “V” pesada, disponível com larguras de trabalho de 3,5 a 6,5 metros. Dependendo da largura de trabalho, exige uma potência que vai desde 140 cv no modelo de 36 discos até 320 cv no de 56 discos. Pode equipar com 3 tipos de discos: 26, 28 e 30 polegadas com 2 tipos de espaçamento entre discos (230 ou 280 mm) para garantir um bom desempenho mesmo na presença de grande quantidade de restolho. “Pode
Fima 2016 Na FIMA, João Montez falou-nos acerca da estratégia da Galucho no que toca a novos desenvolvimentos de produto e aos mercados de exportação
Grade NGVR em “V” pesada.
substituir a charrua para semi-lavoura, com discos de 28 em solos difíceis, é uma máquina procurada pelos prestadores de serviços para tratores de grande potência. Rolos traseiros de vários tipo podem equipar esta máquina. Com esta apresentação vamos lançar a grade no mercado, em Portugal e Espanha onde temos várias máquinas a trabalhar”.
Chísel 3 linhas non-stop, rebocado
Modelo de 3 linhas, nonstop, rebocado, de 5 a 7 metros de largura de trabalho, e profundidade
que pode ir até 35 cm. A potência exigível ao trator é 450 a 500 cv. “É um equipamento muito polivalente que permite trabalhar em todos os tipo de terreno, é vantajoso para prestadores de serviços pois pode trabalhar com bastante velocidade e consegue um trabalho homogéneo com grande rentabilidade. O sistema defletor promove um ligeiro reviramento da terra o que é importante para garantir a incorporação da matéria orgânica no solo. Podem ser montados vários tipos de rolos para finalizar o trabalho. Todo o sistema hidráulico é comandado a partir da cabina do trator.
Chísel 3 linhas non-stop, rebocado.
Em termos de gama de produto, quais são os objetivos da Galucho para os próximos anos? A Galucho tem como objetivo complementar a sua gama na área da preparação de solo, fabricando novas soluções, melhorando e ampliando as que já existem ou encontrando parcerias de elevada qualidade, em determinado tipo de produtos. As charruas de ferros de fusível e non stop são um produto no qual a Galucho tem tradição, no entanto até final do ano iremos apresentar uma nova gama completa e remodelada, a pedido de muitos clientes. Na área dos reboques agrícolas monocoque apresentaremos uma nova gama com maior qualidade e que responda melhor às solicitações do mercado, bem como uma melhoria geral de toda a gama de reboques; nas cisternas teremos até ao final do ano uma oferta mais evoluída e de acordo com o mercado exigente nesta área, bem como nos reboques espalhadores de estrume. Iremos apostar em equipamentos de dimensões elevadas uma vez que a potências do tratores também estão a subir e teremos de corresponder a essas solicitações, nunca esquecendo o fabrico e a melhoria dos produtos adequados para os mercados de África onde temos presença muito forte e bastante significativa. Faremos também uma aposta forte na nossa gama de carregadores. Estamos atentos às evoluções de mercado, pois a nossa engenharia tem meios e capacidade para responder às solicitações sempre com muito rigor e inovação. Como é que se integra a parceria com a marca Alpego nessa estratégia? A parceria com a Alpego, para distribuição dos seus produtos, em exclusividade para Portugal
Continental e Ilhas, integra-se no complemento da nossa gama de preparação do solo, sempre com o objetivo de satisfazer as necessidades dos nossos clientes e com um produto de elevada qualidade. Portugal tem um mercado bastante importante nesta área da preparação de solo e a Galucho tem de estar presente e apresentar soluções para conquistar esses segmentos. Através desta parceria, vamos comercializar a gama de fresas de largura superior a 3 metros, fresas de multifacas direitas, rotorfresas até 8 metros de largura de trabalho e uma gama completa de chíseis. Qual a importância dos mercados de exportação para a Galucho? O mercado de exportação é bastante importante para a Galucho em termos estratégicos, e no final do ano de 2016 corresponderá a 70% da faturação da empresa. Não queremos com isto dizer que o mercado nacional não nos interessa, pelo contrário, queremos subir na faturação no nosso mercado e conquistar posições. Neste momento, a Galucho exporta para toda a Europa com predominância para Espanha e França. Estamos a desenvolver um trabalho de base para recuperar mercado na região dos Balcãs, com a abertura de uma filial na Bulgária, de modo a podermos atingir outros países tais como a Roménia, República Checa, Ucrânia… Temos uma fabrica na Argélia sendo este o nosso principal mercado internacional, no entanto estamos um pouco por toda a África através de concessionários nessas regiões e de um acordo com o grupo AGCO que distribui os nossos produtos para determinados países desse continente.
Galucho - Indústrias Metalomecânicas, SA • T: 219 608 500 • E: info@galucho.pt • www.galucho.pt ABOLSAMIA · março / abril 2016
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Fima 2016 JOPER e TOMIX
Em destaque estiveram três produtos novos Espanha é um mercado de exportação importante para a Joper e Tomix que se fizeram também este ano representar na FIMA com um stand de grande dimensão onde expuseram a sua gama de equipamentos.
Vista geral do Stand.
Grade de discos vinhateira em X, modelo GVX-12-24, equipada com deflectores laterais. Novo modelo, mais compacto.
Pulverizador pneumático modelo RIOJA. Novo modelo, indicado para vinha.
Joper - Indústria de Equipamentos Agrícolas, Lda • T: 261 330 900 • E: joper@joper.com.pt • www.joper.com.pt
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Grade de discos rápida, modelo GR-300, equipada com rolo de tubos.
Fima 2016 New Holland
Gamas T5 e T6 foram renovadas A New Holland fez na FIMA a estreia mundial dos novos T5 e T6, que surgem adaptados ao mais recente nível de emissões, e com uma nova linha estética, entre outros melhoramentos. LED foi melhorada, e além do assento de série é possível optar por três outros assentos, dois deles com um encosto giratório. A distância entre eixos de 2642 mm é agora, em todos os modelos, semelhante à da anterior gama de 6 cilindros. Entre as opções encontramos ainda o eixo dianteiro Terraglide™ com suspensão, a tecnologia ISOBUS Class II em todos os modelos, e ISOBUS Class III nos modelos Auto Command.
Novos T5, entre 99 e 117 cv
Um ano depois da renovação da gama T7 e poucos meses após o lançamento dos T7 Heavy Duty, a New Holland apresentou a nível mundial os novos T5 e os novos T6, que são produtos chave tanto no mercado ibérico como no mercado europeu como um todo.
Novos T6, entre 125 e 175 cv
A nova gama T6 é composta por cinco modelos de 4 cilindros e por um modelo de 6 cilindros, o T6.180. Todos recorrem a motores FPT Tier 4Final. A nível de transmissão, podem ser configurados com uma semipowershift Electro Command™, que em opção pode beneficiar dos modos automáticos Auto Transport, para minimizar a intervenção do operador durante
Nova geração da gama T6 com distância entre eixos igual em todos os modelos.
A renovação da gama abrange também os T5, vocacionados para as explorações leiteiras e mistas. Além da nova linha estética, os três tratores desta gama contam com um motor FPT Tier 4Final. A transmissão Electro Command™ surge agora com funcionalidades otimizadas, como a modulação do inversor e, na cabina Deluxe
VisionView™ as escovas são de grande dimensão e perfazem um ângulo de 200 graus, melhorando a visibilidade mesmo em más condições atmosféricas. A capacidade de elevação traseira aumentou para 5.420 kg, e a disposição das válvulas remotas foi melhorada para facilitar o acoplamento. Também as alterações feitas no chassis permitiram aumentar o peso bruto de 7,4 para 8 toneladas, e o novo eixo dianteiro permite instalar pneus de 28”. A nível de instrumentação, em opção é possível conciliar um monitor IntelliView™ III com tecnologia ISOBUS Class II.
Gama T5 adapta-se ao nível de emissões Tier 4Final.
as deslocações, e Auto Field, para otimizar o desempenho e a eficiência nos trabalhos de solo ou com TDF. Esta transmissão pode ainda ser especificada com uma 17ª velocidade para alcançar uma velocidade de transporte de 50 km/h ou de 40 km/h a um regime mais baixo do motor. À excepção do T6.125 e do T6.180, todos os outros modelos podem ser configurados com transmissão de variação contínua Auto Command™. Na cabina Horizon™, a iluminação
CNH Industrial Portugal, Lda. • T: 214 245 940 • E: portugal@newholland.com • www.newholland.com/pt ABOLSAMIA · março / abril 2016
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Fima 2016 Rocha Pulverizadores
Equipamentos para segmento Premium Num espaço com decoração contemporânea a condizer com as suas cores e linha estética, a Rocha expôs na FIMA a sua gama de pulverizadores, distribuidores de adubo, e equipamentos para vinha.
Uma área do stand estava reservada à linha de pulverizadores para deservagem.
Evolução em pulverizadores
No stand deste fabricante nacional fomos recebidos por Sérgio Oliveira, Diretor de Marketing e Vendas, que nos falou das áreas em que a empresa centra a sua atuação. “Os nossos produtos principais são os pulverizadores, onde temos uma gama fortíssima, os distribuidores de adubo, onde temos das linhas mais completas a nível europeu, e a área mais recente da família, que são os equipamentos de vinhas, onde temos as despontadoras, as pré-podadoras, e a varredora”, advertiu.
A customização a pensar no cliente
“Hoje a pulverização, que é uma área muito técnica, tem uma panóplia de oferta a nível de extras e acessórios que torna muito difícil oferecermos apenas um produto
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standard”, explicou o responsável pela marca. Para responder a esta tendência, a Rocha dá a possibilidade de customização de vários elementos, entre os quais o depósito, a barra, o elevador, o nivelador, os comandos, e se inclui GPS ou não. “O cliente pode escolher aquilo que melhor se adapta às suas necessidades e às exigências da propriedade”, explica Sérgio Oliveira.
A Rocha apresentou em Saragoça uma linha completa de pulverizadores, acoplados e rebocados, destinados a deservagem. E na linha de atomizadores, “o que nós trouxemos de mais moderno para a FIMA é uma evolução do nosso pulverizador pneumático com barra de quatro faces da gama Mittos” para tratamento de vinhas. Nesta máquina foram feitas melhoramentos a nível da construção e do design, para tornála mais segura e fácil de utilizar.
é muito vasta, os clientes podem optar por uma configuração básica mas têm também a possibilidade de conectar um computador de aplicação que, em função da velocidade de avanço, ajusta a quantidade a distribuir que tenha sido previamente definida.
Estratégia
A Rocha pretende continuar inteiramente focada nas três linhas de produtos que desenvolve, e virada para segmentos Premium. “Temo-nos vindo a posicionar como uma marca de qualidade, que aposta em produtos atuais, com inovações técnicas, e com durabilidade. Somos uma alternativa aos grandes players mundiais, dentro de mercados com um nível de exigência superior”, conclui Sérgio Oliveira. Atualmente, a Rocha tem presença em diversos países, como Espanha, França, Dinamarca e Finlândia.
Distribuidores de adubo
Na gama de distribuidores, que
O painel de comandos segue uma mesma filosofia, seja em atomizadores, pulverizadores acoplados ou rebocados.
Pulverizadores Rocha, SA. • T: 229 601 793 E: info@pulverocha.pt • www.pulverocha.pt
Atomizadores da linha Mittos.
Fima 2016 Massey Ferguson
Série Global recebe dois novos modelos A FIMA foi o palco escolhido pela MF para apresentar em primeira mão os novos MF 5700, que são os modelos intermédios da série Global. No seu stand exibiu também os MF 4700 com cabine, disponíveis em Portugal a partir do verão. Os novos MF 5710 (100 cv) e MF 5711 (110 cv) vêm juntarse aos MF 4700 que já estão em comercialização na versão de plataforma com arco. Entre outros detalhes, diferenciam-se destes por terem uma maior distância entre eixos, motor de
4 cilindros, e maior capacidade hidráulica. O motor de 4,4 litros é de origem Agco Power e fornece 100 ou 110 cv, dependendo do modelo. Possui ventoinha Viscostatic e o mesmo sistema de póstratamento de gases (SCR+DOC)
MT - Máquinas e Tractores, Lda • T: 218 551 000 E: geral@tractoresdeportugal.com • www.tractoresdeportugal.com
já empregue nos MF 5700 SL. A transmissão standard é de 12 velocidades com inversor mecânico, mas em opção estes tratores podem ser configurados com inversor eletro-hidráulico, regulação de sensibilidade, e botão de embraiagem elétrica na alavanca de mudanças. O sistema hidráulico é de centro aberto com opção de bomba dupla e caudal combinado de 98 L/min, e pode incluir controlo eletrónico. A capacidade máxima de elevação anunciada é de 4300 kg. A distância entre eixos é de 2431 mm, um pouco acima dos 2250 m dos MF 4700 e um pouco abaixo dos 2550 mm dos MF 5700 SL. “O desenho simples e moderno faz com que estes tratores sejam os melhor adaptados à variedade de operações
nas explorações leiteiras, de criação de gado e mistas. Por serem fáceis de manusear, são perfeitos para utilização com carregador frontal”, refere Campbell Scott, Diretor de Marketing e Relações Públicas da Massey Ferguson para a região EMEA. A intenção da marca é dispor neste segmento de tratores mais simples do que os MF 5700 SL, mas igualmente versáteis. Em suma, os clientes podem optar por equipamento muito básico, mas a marca põe à disposição um vasto leque de soluções tecnológicas, de que é exemplo o sistema de telemetria AgCommand. Quando a série Global estiver completa, cobrirá intervalo de potência que vai dos 75 aos 130 cv. Os MF 6700, a peça que falta para completar o puzzle, serão apresentados ao público dentro de alguns meses.
SDF
Frutteto Active Drive chega em abril O Grupo SDF tinha no seu stand tratores grandes das marcas Deutz-Fahr e Lamborghini mas com as cores da Same expôs FIMA sobretudo tratores especializados, virados para a agricultura mediterrânica. E a dar nas vistas logo à entrada estava o Frutteto 90.3 que foi distinguido pelo TOTY na categoria Best of Specialized 2016. Arnaldo Caeiro, Diretor Comercial da SDF Portugal, acompanhounos na visita ao stand e falou das expectativas que tem para este modelo. “Vamos receber as primeiras unidades durante o mês de abril e teremos depois um evento de apresentação no campo durante o mês de maio. É um modelo com bastante potencial sobretudo nas zonas de fruticultura intensiva, como Moimenta da Beira, ou a Região Oeste, onde se pode pôr um trator mais estreito”, adverte. A tecnologia de destaque neste modelo é a suspensão frontal independente a cada roda, na qual o curso de suspensão não afeta o ângulo de viragem. Same Deutz-Fahr Portugal, Lda • T: 263 100 500 • E: sdf.portugal@samedeutz-fahr.pt • www.samedeutz-fahr.com/pt ABOLSAMIA · março / abril 2016
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Fima 2016 Kuhn
Equipamentos para múltiplas finalidades Na Kuhn falámos com Jürgen Dycker, Diretor de Vendas, que destacou entre a vasta gama exposta, os equipamentos mais interessantes para o mercado português. A nova embaladora RW 1410 com sistema e-twin, de duas bobinas fixas, é um deles. “A vantagem é que temos maior largura de filme plástico e podemos esticar o plástico até 90%, quando o normal é em redor de 70%, o que significa que é possível poupar muito filme”, adiantou. A nova gama de enfardadeiras são uma evolução de modelos
que a Kuhn já possuía. No stand pudemos ver a versão de fardos retangulares FPB 3135 e a versão de fardos redondos VB 2260 de câmara variável. Em ambos os segmentos há a possibilidade de equiparem com embaladora. Com Jürgen Dycker falámos também do novo reboque distribuidor Primor 4246 M com sistema de corte integrado.
Este pode distribuir palha para cama em estábulos, bem como triturar palha, adequando-a às necessidades dos criadores de aves. O compartimento dá para dois fardos redondos ou dois fardos quadrados (4,20 m³). “É uma máquina com um chassis muito robusto e que necessita de um trator com mais ou menos 120 cv”. Segundo a marca, no caso da alimentação de bovinos, uma carga permite alimentar 34 vacas. Segundo JürgenDycker, também interessante para o mercado português é o novo encordoador GA 6501 P suspendido, com duplo rotor, que abarca uma largura de trabalho de 6,4 metros. “Normalmente os encordoadores de feno de dois rotores são alfaias rebocadas, e temos agora uma alfaia suspendida, com a vantagem de não necessitar de tanto espaço
Tractores Ibéricos, Lda • T: 210 009 730 • E: geral@tractoresibericos.pt • www.agriculturaemaquinas.com
Kubota
Novas versões M7001 A Kubota apresentou as novas versões Premium (Semi-Powershift) y Premium KVT (transmissão contínua) do Kubota M7001. O novo M7001 Premium permite um controlo mais preciso na transmissão Powershift robotizada (24+24 ou 40+40; 4PS) e inclui novas possibilidades de controlo como a limitação do limite de viragem, o gestor de cabeceiras ou o controlo do elevador por patinagem. O novo sistema hidráulico Centro Fechado Load Sensing de 110 l/min e os seus distribuidores electro-hidráulicos permitem simplificar todas as operações hidráulicas, que
estão perfeitamente incluídas no gestor de cabeceiras. O novo M7001 Premium KVT inclui todas as vantagens do M7001 Premium com transmissão CVT. K-Monitor – Opcional nos modelos modelos Premium y Premium KVT, este terminal táctil de 12” permite uma completa integração dos parâmetros de controlo do trator (controlo de esforço automático, cambio automático ou controlo de cabeceiras, entre outros), das alfaias via ISOBUS, geocontrolo e condução automática.
Tractores Ibéricos, Lda • T: 210 009 730 • E: geral@tractoresibericos.pt • www.agriculturaemaquinas.com
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nas viragens”. Embora pese 1200 kg, “agora os produtores de leite já possuem tratores mais potentes, que podem levantar este tipo de alfaia”, explicou. Uma vantagem adicional desta versão suspendida é o preço mais acessível, comparativamente com a versão rebocada.
Fima 2016 Case IH
Série Optum em destaque Na zona central do seu stand, e em posição mais elevada do que as restantes máquinas, a Case IH exibiu o novo Optum, que se vem posicionar entre os Puma e os Magnum. Um Maxxum de condução reversível também esteve em destaque. A série Optum é composta por dois modelos – Optum 270 CVX e Optum 300 CVX – cuja potência
nominal é de, respetivamente, 270 e 300 cv. Os motores FPT de 6 cilindros e 6,7 litros, possuem turbo de geometria variável, ventoinha reversível, e cárter reforçado, para aplicações mais exigentes. No que respeita à transmissão de variação contínua CVX, esta pode alcançar os 50 km/h a um reduzido regime do motor de
Entreposto Máquinas, SA • T: 218 548 200 E: entreposto.maquinas@entreposto.pt • www.entreposto-maquinas.pt
1600 rpm. A direção possui um modo reativo que faz regressar as rodas à posição ‘neutra’ após uma curva, e o sistema hidráulico traseiro apresenta uma capacidade de elevação superior a 11 toneladas e bomba com fluxo de 165 L/min ou 223 L/min (opcional). A nível de lastragem frontal, as instalações da marca St. Valentin, na Áustria, onde este modelo é fabricado, propõem dois blocos à escolha, com uma ou duas toneladas e caixa de ferramentas incluída. Entre os opcionais, a Case IH disponibiliza ainda um sistema de monitorização da pressão dos pneus com 8 sensores (4 para o trator e 4 para um equipamento rebocado). Na FIMA falámos com José Romão Valente, Gestor de Produto da Case IH, que nos explicou que a estratégia da Entreposto Máquinas para o mercado português passa por se concentrar nos segmentos Premium, concorrendo diretamente com a Fendt e a John Deere, o que significa que a série Optum – distinguida na Agritechnica com o prémio ‘Machine of the Year 2016’na categoria dos tratores
Maxxum com posto de condução reversível.
de grande potência – é uma peça fundamental para levar por diante esse propósito. Além de uma ceifeiradebulhadora com frente de corte TerraFlex, que se adapta aos contornos do terreno, a marca exibiu também um Maxxum com posto de condução reversível. Remo Mueller, Diretor de Marketing EMEA do segmento dos tratores na Case IH, explicounos que esta configuração preparada por uma empresa austríaca parceira da marca tem como enfoque os clientes do ramo florestal.
BKT
Em campo na FIMA Em conjunto com a empresa San José Neumáticos, a BKT apresentou na Fima uma seleção da sua gama de pneus para a agricultura que abarca um vasto leque de aplicações. Da testada linha Agrimax estiveram expostas seis versões: Agrimax RT 955 (nas dimensões 270/95 R 38 and 300/95 R 52), Agrimax Teris (s1050/50 R 32), Agrimax Fortis (800/70 R 38) e Agrimax RT 657 (650/65 R 42). O produto de topo da BKT, o Agrimax Force, na dimensão IF 800/70 R 42, também exposto no stand da empresa, é um pneu radial especialmente
concebido para tratores 4RM acima dos 250 cv, cuja tecnologia IF os tornam ideais para cargas elevadas a baixa pressão e para melhorar o desempenho na tração. Em destaque esteve também o Agrimax Sirio (710/70 R 38), um pneu de alta velocidade que permite o transporte de cargas pesadas até 70 km/h. O RIDEMAX IT 696 (440/80 R 30), também em exposição, possui um design que lhe confere melhores desempenhos em aplicações em estrada mesmo em condições climáticas desfavoráveis.
José Aniceto & Irmão, Lda • T: 231 419 290 • E: geral@sjosepneus.com • www.sjosepneus.com
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Fima 2016 Pomareiros Largos com forte presença na FIMA Quem percorreu os pavilhões da FIMA deve ter-se apercebido de que vários fabricantes expuseram modelos de baixo perfil com generosa largura de vias. Trabalhar debaixo da copa das árvores, em terrenos onde é necessária estabilidade, é a principal finalidade destes tratores.
C
omecemos por outra feira. Na Fiera in Campo 2016, realizada na região italiana de Vercelli, foram vários os fabricantes – Case IH, Claas, John Deere, Landini, New Holland, Same… – que expuseram nos seus stands tratores com rodas metálicas dentadas. O objetivo? Direcionar o produto às necessidades dos clientes locais, na sua maioria produtores de arroz. De certa forma, em Espanha assistimos a uma estratégia semelhante. Mas não foram rodas arrozeiras que as marcas tiveram nos seus stands. A pensar no olival tradicional, e no setor da amêndoa, que tem assistido a um ‘boom’ nos últimos cinco anos, as marcas levaram a Saragoça a sua oferta de pomareiros largos, de baixo perfil.
Conceito Embora a designação que cada marca lhes atribui varie – pomareiros largos, ou semi-convencionais são as mais usadas – genericamente, os tratores deste segmento apresentam uma largura de vias que mantém o centro de gravidade muito baixo e permite trabalhar em segurança em zona de montanha com pendentes acentuadas.
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A colocação de vários elementos, como os guardalamas e as luzes, foi pensada para facilitar a passagem debaixo da copa de árvores, e a tecnologia que incorporam é simples. O posto de condução rebaixado é também um elemento comum a este segmento.
Carraro
A Carraro lançou em Itália, na feira Agrilevante 2015, o novo Agricube FL 100 (Fruteiro Largo) e marcou também presença em Saragoça com a sua gama. Este novo modelo dirigido à agricultura mediterrânica equipa com motor FPT NEF de 4 cilindros e 4,5 litros, que fornece 100 cv. Os clientes podem optar por uma transmissão 24/24 com inversor mecânico sincronizado e Hi-Lo também mecânico, ou então por uma transmissão 24/12 com acionamento eletro-hidráulico do inversor, do Hi-Lo e da TDF.
Um baixo centro de gravidade e uma distância máxima entre rodas de 2426 mm, conferem ao FL grande estabilidade em terrenos inclinados. Disponível nas versões plataforma ou cabine com ar condicionado, é um trator que segundo a marca se adequa também a outras operações para lá dos pomares.
VM e fornece 102 cv, o que faz do Q-110 o trator mais potente comercializado pela marca. A transmissão é uma 24/12 com inversor sincronizado. A marca anuncia que uma equitativa repartição de peso entre o eixo dianteiro e o eixo traseiro tornam este modelo muito equilibrado em terrenos com pendentes difíceis. Está disponível em versão plataforma e em versão cabinada de fábrica.
John Deere
Goldoni
O Quasar-110 da Goldoni é um modelo de baixo perfil com estética inovadora que se diferencia da restante gama, inclusive devido às jantes em cor preta. O motor é de origem
Na John Deere estava em mostra a série 5GL, uma linha de tratores muito baixos que é constituída pelos modelos 5075 GL e 5085 GL, com respetivamente 75 e 85 cv de potência. Equipam ambos com uma transmissão 24/24 e inversor sincronizado. Daniel Arrobas Domínguez, da John Deere, explicou à revista abolsamia que estes tratores são procurados por produtores
Fima 2016 com áreas de vinha, árvores de fruto, plantações especiais de baixa altura ou estufas. A John Deere não fornece cabine de fábrica mas este representante da marca fez referência ao fabricante italiano Special Cab como um potencial fornecedor com oferta aftermarket para este segmento de tratores.
Landini
No espaço da Landini, o Rex 120 GT era o representante da marca italiana para este segmento, agora com uma estética renovada, que ostenta o mesmo ar de família dos modelos maiores. Na sua versão GT (pomareiro largo) a Landini propõe cinco modelos Rex, a começar nos 74 cv e a terminar nos 110 cv, todos com motores de origem Perkins. A nível da transmissão, são três as configurações possíveis: 12/12 e 15/15 com inversor mecânico, ou 30/30 com inversor eletro-hidráulico. Estes modelos estão disponíveis nas versões de plataforma e cabine de série.
New Holland
Na New Holland deparámo-nos com o T4.105 LP, o modelo mais potente de uma série composta por quatro modelos, e que começa nos 78 cv de potência. A oferta de transmissões é ampla: começa na versão standard 16/16 com inversor sincronizado e termina numa 44/16 com inversor eletro-
hidráulico. Gonçalo Carvalho, Diretor de Marketing da New Holland Portugal, diz que o cliente para este modelo é “alguém que procura um tractor polivalente sem ser demasiado grande”. No que respeita às tarefas para que está dirigido, “por ser polivalente pode executar todo o tipo de tarefas, com destaque para mobilizações de solo ligeiras, tratamentos fitossanitários, transporte, ou aplicações de adubo”, concretiza. Os T4 LP estão disponíveis em versão plataforma e com cabine apropriada para tratamentos fitossanitários.
Same
No stand da SDF o modelo de baixo perfil em exposição era o Same Explorer³ 105 TB, que juntamente com o 85 TB completa esta variante dos Explorer³. A potência fornecida por estes tratores com motor SDF é de, respetivamente, 85 e 99 cv. A transmissão é uma 20/20 com inversor sincronizado ou eletrohidráulico em opção.
Arnaldo Caeiro, Diretor da SDF Portugal, acompanhou-nos na visita ao stand e falounos desta modelo. “É um trator com plataforma e capot baixos, e arco rebatível, que normalmente é usado quer para mobilizações de solo quer para trabalho com aparafrutos”. Os Explorer³ TB foram introduzidos no mercado português no verão do ano passado e Arnaldo Caeiro perspetiva bons resultados. “Há potencial de mercado, sobretudo na zona centro e norte, nos terrenos mais inclinados, por ser um trator com centro de gravidade mais baixo. A mais valia é poder ser usado debaixo da copa de árvores”. Este modelo da Same não está disponível com cabine.
Valtra
Os modelos de baixo perfil da série A da Valtra podem ser configurados na versão convencional, mais alta e larga, e na versão pomareiro, com guarda-lamas mais recolhidos. Estes modelos A53, A63 e A73, apresentam potências entre os 50 e os 78 cv e uma transmissão 12/12 com inversor sincronizado. Conversámos com Álvaro García Capilla, Sales Engineer da Valtra para Espanha, com um Valtra A73 pomareiro ao pé de nós. “É o que chamamos um semi-convencional. É um
trator mais largo do que um trator para vinhas e um trator de maior dimensão que um fruteiro propriamente dito”. João Pimenta, da Valtractor, refere que em Portugal estes modelos são procurados sobretudo pelos pequenos agricultores e pelos produtores de frutos vermelhos. Vê-os como modelos adequados para rebocar, para atomização, para mobilização de solos em pequenas parcelas, entre outras tarefas, e destaca a sua manobrabilidade em pomares e a sua adequação à entrada em estufas, bem como a sua tecnologia mecânica simples. Na variante pomareiro o cliente pode optar por uma cabine after-market homologada, e na variante convencional estão disponíveis com cabine de fábrica.
Uma feira à nossa escala Se na Agritechnica e no SIMA são as novidades com tecnologia de ponta e as máquinas gigantescas para campo aberto que estão no centro das atenções, já a FIMA, ou mesmo a EIMA, têm este foco de interesse que é encontrarmos produtos mais adequados à nossa escala e às particularidades da nossa agricultura, como é o caso deste segmento dos pomareiros largos.
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Galeria de imagens
Fima 2016
Para visualizar mais fotos desta reportagem consulte o nosso site www.abolsamia.pt/net/galerias-imagens
Outras empresas em destaque Bepco Gama mais extensa
A Bepco ampliou a sua oferta com 4.000 novas referências técnicas de peças para tratores e 6.000 referências em acessórios e consumíveis para os profissionais de oficinas e comércio de máquinas agrícolas.
ATG Agristar XL Super Volume
Série de pneus desenvolvidos para tratores de alta potência, ceifeirasdebulhadoras, distribuidores de adubo e pulverizadores.
Agricortes Carraro e TYM
A empresa portuguesa que comemora em 2019 os 50 anos, esteve presente na FIMA com as suas marcas de tratores Carraro e TYM que representa para Portugal e Espanha. Na foto, Susana Vieira (Gerência), acompanhada pela equipa comercial.
ADR Eixo Teknoax
Trata-se de um eixo tubular monobloco e sem soldaduras que, segundo a empresa, não existia até aqui.
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Fima 2016 Trator de Espanha 2016 Fendt 313 Vario S4 Foram entregues na FIMA os prémios referentes à 1ª edição do concurso Trator de Espanha, organizado pela revista espanhola Agrotecnica e patrocinada pela Trelleborg Wheel Systems. O vencedor absoluto do prémio foi dado a conhecer numa cerimónia presidida pela ministra da agricultura espanhola, Isabel Garcia Tejerina, durante a inauguração da Feira, em Saragoça. O Fendt 313 Vario S4 saiu vencedor depois de ter recebido a maior pontuação entre todos os finalistas por parte do Júri de Peritos bem como do público, que votou via web. Os vencedores nas categorias de Especializado e Design foram, respetivamente, o New Holland T4 105LP e o Lamborghini Nitro 120 T4I VRT.
Fendt Série 200 Vario
Esta linha de tratores engloba várias versões: Convencional destinada às explorações mistas, versão 200 Vario P para pomares e 200 Vario F para vinhas.
Delta 5 McCormick X7 “Efficient”
Na FIMA esteve exposto o novo McCormick X7.650 “Efficient” com motor de 6 cilindros de 160 cv, equipado com transmissão Pro-Drive.
5 marcas de peso
A nova representada Kramer da Deltacinco apresentou os seus carregadores adequados para explorações mistas. No stand estavam também os novos reboques autocarregadores de forragem Krone ZX, as novas embaladoras Tanco Variwrap Série-S, os unifeed automotrizes BvL V-Mix Drive Maximus Plus e a sua gama Amazone.
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Fima 2016
Mitas Gama Premium
Alguns dos novos modelos que formam a gama Mitas Premium foram apresentados no stand da marca. Estes pneus substituem os que se fabricavam sob a marca Continental.
Recinsa Há 37 anos no mercado
A Recinsa põe à disposição dos seus clientes um sistema de informação totalmente automatizado dos seus produtos para oferecer o melhor serviço em peças e acessórios.
Ventura Em várias frentes
Uma gama completa para agricultura, floresta, reciclagem e biomassa e manutenção das zonas verdes, estava exposta na grande área de exposição da empresa.
Stagric Na pulverização desde 1986
A empresa portuguesa Stagric expôs na FIMA a sua gama de equipamentos para pulverização e para a vinha.
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Fima 2016
Trelleborg Nova gama TM1060
No centro do enorme stand da Trelleborg estava a mais recente inovação da marca, o pneu VF 710/60R42 da nova gama de pneus TM1060, projetado com a tecnologia ProgressiveTractionTM para a última geração de tratores. .
Taurus
Uma marca da Michelin
Um dos pontos fortes da linha de produto agrícola do grupo Michelin é a sua oferta multimarca. Nesta edição da FIMA, a empresa apostou na Taurus sob o slogan “Qualidade quando o preço é o mais importante”.
Ensilados Ramasa Budissa Bag
Máquinas ensiladoras em manga tubular para todo o tipo de explorações.
Maschio-Gaspardo
Topos de gama em exposição
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Momentos New-Holland 2016
New Holland 2016
Retratos do Mundo New-Holland em Portugal de lés-a-lés.
Momentos
New-Holland
Jopauto
Américo António Pousa
New Holland T4.105 N
New Holland T5.95 com enfardadeira Roll Belt 150
Cliente: Mateus e Sequeira Douro Esq. para a dir.: Ricardo Natário, Artur Lopes (vendedor Jopauto)
Esq. para a dir.: Américo e Sérgio Pousa (Concessionário), Tiago Dinis (cliente), Joaquim Oliveira (New Holland), Francisco Dinis (cliente) e João Rego (New Holland)
Etelgra, Lda New Holland 9090X - Olive
Cliente: Grupo Optipassagem Esq. para a dir.: Sr. Agostinho (operador), Sr. Pedro (operador), Sr. João Palmar (CNH), Sr. Jorge Pinto (cliente), Sr. Alexandre Pinto e Sr. Pedro Neto (cliente) Sr. Ivo Cardoso (cliente), Mário Cananão (Etelgra, Lda) e Luis Profeta (Etelgra,Lda).
Fialho Correia e Lampreia New Holland T6.165 cm carregador NH
Cliente: Soc. Ag. Alves Guerra e filhos, Lda - São Marcos do Campo, Reguengos de Monsaraz
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Auto Agrícola Sobralense New Holland Boomer 40
Cliente: Diogo Clemente Fernandes
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New Holland 2016
Auto Agrícola Sobralense New Holland T4.95F Cabinado
Esq. para a dir.: Faustino Cristo (cliente), Jorge Fale, Francisco Nicolau, José miranda (AAS)
Etelgra, Lda New Holland T8.420 AutoCommand
Cliente: Optipassagem Esq. para a dir.: Sr Brigido Chambra, Sr. Jorge Pinto (cliente), Sr. Mário Cananão (Etelgra Lda), Sr. João Pinto (cliente).
Fialho Correia e Lampreia New Holland CX8080
Esq. p/ dir.: Edmundo Vargas (chefe de oficina do concessionário), Manuel Ramos (mecânico), João Rego (CNH), João Palmar (CNH), Miguel do Ó (cliente), Claudio Ralha (mecânico).
Jopauto Américo António Pousa
New Holland T3.65 F Cabinado Cliente: Raúl Fernandes
New Holland T6.150 Autocommand Cliente: João Pedro Rego (New Holland), Tiago Afonso (Cliente) e Sérgio Pousa (Concessionário)
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REGIõES
Concessionários
Classificados por distrito
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Compra e venda de usados
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Braga Usados: • Tractor Kubota L2850 DT (1995) em bom estado com carregador frontal Agriduarte, 4 cilindros, embraigem dupla e 1600 horas - €10.000
Usados Tractores: • Fiat 420 (2RM) • Ford 1900 • Kubota 185 • Landini 5860 • Deutz 4006
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USADOS: Tractores: Agrifull Jolly 50 • Deutz-Fahr 4507 • Deutz-Fahr 4007c/ car. fr. Agriduarte M2 • Ford Super Dexta 3000 • Deutz-Fahr DX 3.10 • New Holland TS110A • Valtra A85 c/ grua Agriduarte G7000 • Valtra 8150 c/ cab. • Ford 1910 • Valtra A75 c/ cab. • Deutz-Fahr 4007
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USADOS: Tractores: Carraro 80 cv DT • Renault 7014 LB • Desensilador Agrovil
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Tractores: Landini 5-110H - €31.000 • Landini Powermondial 100 • Massey Ferguson 362 • Massey Ferguson 390/4 • Bulldozers Fiat-Allis FD7B - €15.000 • Cisternas: Neves & Santos R1E 7.0L - €6.500 • Reboal 4000L • Plastificadora de fardos Fort & Pegoraro F650 • Retroescavadora Fermec 860 + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/acastanheira
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USADOS: Tractores: Deutz-Fahr Agrolux 67 • Fiat 566 • Ford 3910 • Ford 5600 • Goldoni C75 (rastos) • Kubota 2250 DT • Landini 85 F • Landini 8860 • Landini Mistral 50 • Massey Ferguson 376C (rastos) • Massey Ferguson 396 C (rastos) • Massey Ferguson 4270 • New Holland 70-56 DT • New Holland TCE 40 • New Holland TK65V (rastos) • New Holland TN65VA • Vibrador para colheita de azeitonas Herculano Vario 3
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Usados: Tractores: Daedong L3503D • David Brown 885 Selectamatic • Ford 1210 • Iseki TS1910 • Massey Ferguson MF1220/4 • Pasquali 956/603 s/ matrícula c/ fresa + escarificador 5D • Renault R60 • Toselli (rastos)
USADOS: Tractor Massey Ferguson 135 • Cisterna Joper 6000 L • Fresa Maschio 1,65 mts • Unifeed Comag 6 m3 c/ balança
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Guarda • Coimbra
1 ano / 38 € - boletim na página 5
USADOS: Tractor: Lamborghini 784 DT (1986) • Stock de alfaias usadas.
USADOS: Tractores: David Brown 1390 (1981) • Iseki 2160 c/ fresa charrua e reboque • Kukje F4350 DT (2000) • LG N60F DT (2006) • Nibbi RM240 (1979) • Same Argon 70 (1995) • Same Corsaro DT (1984) • Same Delfino 35 DT (1981) • Same Explorer 80 DT (1995) • Empilhador Nissan Empilhador TX420 • Reboque agrícola Herculano 2100 B3 (1989)
USADOS: Tractores: Deutz-Fahr D5006 • Ford 6600 • John Deere 846 DT • Lamborghini R784 • Same Argon 60 DT • Cisterna Joper C6000 • Reboque espalhador de estrume Herculano H4 5000
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março / abril 2016 · ABOLSAMIA
Coimbra • Castelo Branco • Leiria
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USADOS: Tractores: Ebro 6040 • Ford 6600 • John Deere 6200 DT • Charrua Ovlac 3F • Pulverizador Hardi 400 L
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USADOS: Tractores: Hürlimann: H306 XE - Prince 325 DT • Massey Ferguson: 240 375 - 390 • New Holland: 1920 DT - 70-56 DT (1999) - T4030 DT (c/ 74 horas) TC24D DT (2009) - TN55 DT (2001)
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ABOLSAMIA · março / abril 2016
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20 anos USADOS: Tractores: Massey Ferguson, 274C (rastos) • New Holland T4040 DT (2008) • Charruas: Galucho 1F-90º • Kverneland EG160-8 4F (non-stop) • Kverneland EG240-8 4F (non-stop) • Pulverizador Stagric 1000 L • Rototerras: Agric 2,50 mts • Maschio 4,00 mts
USADOS: Charrua Galucho 3F-13 hid. • Despampanadeira corte horiz. e vert. • Enrolador de manga de rega Agripulve • Escarificador Galucho E7DC • Grades de discos: Galucho A2CP 24x24” • Galucho GLHR 24x24” • Galucho GVL 28x26” • em X c/ 4 corpos • Pulverizador Bargam 2500L • Reboque espalhador de estrume Galucho 6T • Reboque Galucho 6250 kg • Rototerras: Maschio Cobra 2,80 • Maschio Super Cobra 3,0 • Pegoraro LD230 • Subsolador Galucho Geo-Dec SVD358 - €6.000
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USADOS: Tractores: Deutz-Fahr Agro Climber (2011) - €28.000 • Deutz-Fahr Agrotron 85 MK3 (2003) - €17.500 • Ford 7610 DT - €12.500 • Ford 7840 (1995) - €15.000 • Same Explorer 95 - €12.500 • Distribuidor de adubo Euro Spring - €1.500 • Multifresa Struik 2,30 mts - €10.000 • Semeador de batatas 2 linhas - €3.500
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USADOS Charruas: Galucho CH 4/5-16 H5 • Galucho CHF 3/4F • Kverneland LD 85/3F • Depósito Rau 200L • Ensiladora Claas Jaguar 685 • Fresas: Maschio Pantera 5,20 mts • Maschio Super Cobra 2.5 mts • Gadanheira Vicon DMP2400 • Grade de discos Galucho GVR 48x28” • Subsolador Galucho SR 7/50 • Pegoraro 7F • Tractores: Fendt 816 (1997) • Hürlimann XA-657 (2002)
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ABOLSAMIA · março / abril 2016
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USADOS: Tractor Antonio Carraro 30 cv • Balde para tractor Stoll 160 • Carregadores frontais: El Lion • Tenias B3 c/ balde 150
USADOS: Tractores: Deutz-Fahr Agroplus 100 DT • Massey Ferguson 6290 • New Holland M135 • Descortiçador 2 cabeças • Distribuidor de adubo Amazone 1001 • Grades de discos: Galucho GLHR 24x26” • Herculano 24x26” • Rachador de lenha 15 ton • Reboque de transfega 6000 kg
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março / abril 2016 · ABOLSAMIA
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USADOS: Tractor Same Laser 110 - €5.000 • Ceifeira debulhadora John Deere, 1075 (p/ peças) • Charrua Galucho 2F 13” - €500 • Colhedora de batata Barigelli Universal T €6.500 • Colhedora de tomate Sandei SL150 T (1998) - €25.000 • Pulverizador Pulnorte, 200 LTS • Semeadores: Gaspardo MT4 €4.500 • Nodet 4L p/ milho - €2.750
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USADOS: Tractores: Kubota L235 DT c/ car. fr. • Massey Ferguson 135 • Massey Ferguson 4345 • Same Mercury 85 - €4.000
USADOS: Tractores: Case IH 845 DT €10.000 • Deutz-Fahr Agrolux 90 - €15.000 • Goldoni 1038 - €5.000 • Kubota 6000 DT €3.500 • Kubota L185 - €3.800 • Lamborghini Crono 564-60 • Landini Mythos 100 €19.000 • Same Solaris 45 DT - €12.500
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ABOLSAMIA · março / abril 2016
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Lisboa
USADOS: Tractores: JD 6170R (2012) • JD 6320 Premium (2003) • JD 6610 Premium (1999) • JD 6820 Premium (2002) • JD 6920 Premium (2005) • JD 7530 Premium (2008) • NH T4050 F (2009) • Enfardadeiras: NH BB9060P (2011) • NH BB9060R (2011) • Telescópica JCB 540-70
revista + anuário 1 ano / 38 € Tel. 219 830 130
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Tractores: Lamborghini 90 - €14.500 • Renault • (2x) Deutz-Fahr Agroplus F420 (2014) - €30.000 • Deutz-Fahr Agrotron K610 - €30.500 • John Deere 5500N €18.000 • John Deere 5510N - €16.500 • Massey Ferguson 8130 - €16.000 • Vindimadora Alma
USADOS: Tractores Fiat 480 • Massey Ferguson 135 • Massey Ferguson 35 X • Cilindro Ammann AR65 (1999) • Martelo demolidor hidráulico • Retroescavadora Fermec 860
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março / abril 2016 · ABOLSAMIA
USADOS: • Reboque 2000 c/ sem-fim • Unifeed Seko Samurai3 Plus (1999) reparado c/ fundo novo e reforçado
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USADOS: Tractores: Fiat 450 • Landini 5500 (rastos) • Charrua Galucho 1F-17” hidráulica
USADOS: Tractores: Landini 5530 F • Landini 6500 (rastos) • Pulverizador 1500 L • Triturador Joper 1,65 mts
vídeos em www.youtube.com/ abolsamia
Lisboa • Setúbal
• Tractores: Agrifull A70 DT • Case IH 845 DT • Landini Mistral 50 DT • New Holland L75 DT c/ cab. • New Holland TL80 DT • New Holland TNF80 • New Holland TNF80 c/ cab. • New Holland TNF90 • Cavadora Gramegna 6 pás • Cisterna Joper 5000 L • Gadanheira de discos Vicon • Grade de discos Galucho NA2C-20-22 DRF • Reboque agrícola Galucho PB5000 RS c/ molas
USADOS: • Tractores: Holder AG3 • Iseki 4320 • Pasquali 906 c/ fresa • Cavadoras: Falc 1.50 mts • Tortella 1,35 mts • Turbina Tomix 300 L
USADOS: Corta-mato 1,8 • Empilhador Manitou 1232S • Gerador Briggs & Stratton 3,8 kVA • Retroescavadoras: Cat WB93R • JCB 3CX • Vassoura hidráulica Bobcat 1,55 m
USADOS: Tractores: Hürlimann 6115 • Massey Ferguson 154 V - €6.500 • Caixa de carga para tractor Galucho CC-G 2 mts (2007) - €480 • Carregador frontal Case 1840 (2000) - €6.000 • Charruas: Galucho 1F-13” 45º • Galucho 1F-13” 45º • Despampanadeiras: Ero em U invertido - €2.300 • Industrias David corte latera - €2.000 • OMD Corte lateral - €800 • Escavadora Terraco T275 - €1.500 + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agriagua
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ABOLSAMIA · março / abril 2016
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Setúbal • Évora
USADOS: Fresa Joper FOR140 • Gadanheira de discos Kuhn GMD400
microsite Adira já é fácil e rápido - Tel. 219 830 130
USADOS: • Ceifeira debulhadora John Deere 1055 c/ cabina A/C • Corta-forragem 2 L • Enfardadeira John Deere 342 c/ carrinho • Gadanheira Laverda AFC 150 c/ cab.
USADOS: Motoenxada Honda F560 c/ rodas e charrua • Semeador Monosem 4L
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USADOS: Tractores: Massey Ferguson 174C (rastos) • Massey Ferguson 210 • Vindimadora Alma (rebocável)
USADOS: Tractores: John Deere 7810 DT • Massey Ferguson 290 c/ car. fr. • Lamborghini 784 DT • Fendt Farmer 305 c/ carregador frontal • John Deere 2450 • Charrua Kverneland EG 4F • Enfardadeira John Deere 565 • Escarificadores: Fialho 13B • Galucho E-11D • Galucho E-9D • Gadanheira condicionadora automotriz • Grades de discos: Galucho GLHR 24x26” • Galucho GRLCH 24x28” • Galucho GLHR 22x24” • Rolos-destorroadores: Tramagal • Fialho 4 mts • Vários Semeadores. + Usados no Microsite
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março / abril 2016 · ABOLSAMIA
Évora • Beja
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USADOS: Tractores: Case IH 845 • Fiat 8066 • Lamborghini C653L (rastos) • Massey Ferguson 699 • Same Laser 130 c/ cabina • Same Solar 60 c/ car. fr.
USADOS: • Máquina de corte Timberjack 1270B
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TRACTORES: Agrifull: 110 DT - 12.500€ • 140 - 8.000€ • 65 DT - 8.500€ • 80 - 6.500€ • 80 DT • 80 DT - 12.000€ • Carraro 920 - 7.500€ • Case-IH: 1125 - 7.500€ • 1394 DT - 5.000€ • 70 cv c/ car. fr. Galucho - 8.000€ • 7455 7.500€ • 90 cv - 9.000€ • 955 - 6.000€ • Caterpillar: D3 (rastos) - 9.000€ • D4D (rastos) - 7.000€ • D5D (rastos) - 10.000€ • Deutz-Fahr: 110 cv c/ car. fr. - 10.000€ • 130 cv c/ cab. - 8.000€ • 70 cv - 8.000€ • 7806 DT - 7.000€ • D40 S - 1.500€ • Ebro: 1025 - 7.000€ • 684 - 1.000€ • Fiat: 110-90 c/ cab. A/C - 17.000€ • 140-90 c/ cab. A/C 17.500€ • 420 - 2.000€ • 55-65 R • 80-66 - 10.000€ • 80-66 DT • 90-90 - 11.000€ • 90C (rastos) - 15.000€ • Fiatagri 140-90 c/ cabina • Ford: 5000 - 2.500€ • 5610 DT - 10.000€ • 5610 DT - 10.000€ • 6600 - 3.000€ • 6610 - 7.000€ • 6610 DT - 6.000€ • 6810 DT - 6.000€ • 7600 DT - 5.500€ • 7610 • 7610 DT - 6.000€ • 7610 DT - 10.000€ • 8210 • 8210 - 10.000€ • TW 25 - 5.000€ • International 745-S • Itma 80 cv (rastos) - 5.500€ • John Deere: 2030 • 2130 - 2.500€ • 2850 • 3040 - 5.000€ • 3150 • 3350 - 10.000€ • Lamborghini: 106 - 7.500€ • 80 cv (rastos) - 10.000€ • 874-90 - 12.000€ • Landini 7680 - 7.500€ • Massey Ferguson: 390 DT - 10.000€ • 4370 DT • New Holland: 6640 • 80-66 DT - 15.000€ • 8670 • 8670 c/ cab. A/C - 30.000€ • TD90D • TK100 (rastos) - 20.000€ • TL100 - 17.500€ • TL100 c/ cab. A/C - 20.000€ • TM165 • Renault: 120 cv - 10.000€ • 95 cv c/ cab. A/C - 10.000€ • Same: 100 - 6.000€ • 70 cv - 5.000€ • 80 cv - 5.000€ • 85 cv - 5.000€ • 95 cv - 7.500€ • Valmet 1180 - 15.000€ • Zetor: 70 cv - 5.000€ • 80 cv - 5.000€ • CEIFEIRAS DEBULHADORAS: Case-IH 1440 - 20.000€ • Claas 68 (rastos) (A) 7.500€ • Fiatagri 3500 (rastos) (A) - 10.000€ • John Deere: 1055 - 12.500€ • 1075 - 12.500€ • Laverda: 112 (rastos) (A) - 7.500€ • 132 (rastos) (A) - 7.500€ • 3400 - 15.000€ • 3650 - 15.000€ • M100 - 10.000€ • M120 - 4.000€ • M132 - 10.000€ • M152 - 10.000€ • New Holland: 8040 - 10.000€ • 8050 - 12.500€ • 8050 (rastos) (A) - 7.500€
ABOLSAMIA · março / abril 2016
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USADOS: Tractores: Deutz-Fahr DX 4.50 - €11.500 • Deutz-Fahr DX 4.70 - €12.000 • Landini Legend 145 - €19.500 • Landini Legend 145 ∆6 - €28.500 • Massey Ferguson 4270 - €11.000 • Atomizador Tomix 1500 L - €3.500 • Charrua de discos Galucho 3D - €1.890 • Enfardadeira Deutz-Fahr GP 2.12 €7.000 • Vibrador para colheita de azeitonas Berardinucci Tornado • Volta-fenos Fella 456 DNA - €3.650 + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agrivilhena
USADOS: Tractores Deutz-Fahr DX.6.30 • Fendt F380 G • Lamborghini 874-90 • New Holland T6050 • Ceifeiras debulhadoras: New Holland 8060 • New Holland TX62 DT • New Holland TX66 (rastos) • Charrua Galucho CH3/414” H3 • Destroçador Belafer T1NEO-200 • Distribuidor de adubo Vicon RS-M • Enfardadeira Vicon LB 8000 Vario • Ensiladora John Deere 5820 • Gadanheira BCS Rotex 7 • Giratória de rastos Caterpillar 229D • Grade de discos Galucho A2CP 22x24” • Reboque espalhador de estrume Reboal RB-12 • Retroescavadora New Holland NH85 • Rototerra Forigo 350 • Semeadores: Kverneland Accord Pneumatic DT • Solá Super Combi 888
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Tractor do Ano abolsamia é membro do júri para Portugal
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março / abril 2016 · ABOLSAMIA
Faro • Açores • Europa • Industriais
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USADOS: Tractores: Ford 8210 - €10.000 • Iseki TM3160 - €6.500 • New Holland TN75 - €12.000 • Renault Ceres 355
microsite 200 €/ano Sem limite de máquinas
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USADOS: • Tractor Ford 8210 + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/automecaalvorgense
ABOLSAMIA · março / abril 2016
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Agenda
Março / Abril
Feiras a visitar Março
2016
3 a 6 | Expoagro| Argentina, Buenos Aires | www.expoagro.com.ar
3 a 6 | Expojardim | Portugal, Batalha | www.exposalao.pt
3 a 6 | Frutitec / Hortitec | Portugal, Batalha | www.exposalao.pt
Para exercitar Wineathlon Correr para beber
Para Saborear Porque os “olhos também comem” Contactos Inovisa: Polo II, Tapada Ajuda, 1349-017 Lisboa Tlm: 96 118 94 56 email: sal.gengibre@gmail.com salgengibre.wix.com/salgengibre
serviços Tem um evento empresarial para organizar? Um baptizado ou uma festa de aniversário? A Sal & Gengibre conta com um serviço de organização de eventos e serviços de catering. Para além da confecção de doçaria artesanal e de vários produtos gourmet
Para pensar
Inscrições abertas www.wineathlon.co.uk desporto
É no Reino Unido, que pelo menos uma vez por mês se realiza a Wineathlon, uma maratona um tanto ou quanto original. A prova consiste em correr 10 km no entanto em cada 3km há uma paragem para descansar, e beber - vinho. Podem juntar-se como equipas e até ir mascarados. Cada paragem representa uma região vinícola do mundo da qual podem beber uma amostra e no final da corrida comprar uma garrafa. Em 2015 a York Wineathlon, contou com mais de 3.000 corredores. No calendário de 2016 já há sete corridas agendadas mas a mais esperada é a “Glasgow Wineathlon”.
O sucesso nem sempre é o que se vê.
Lembre-se que ser arrogante e ‘gabarolento’ nem sempre é igual a sucesso, nem na vida pessoal nem profissional. De facto, as pessoas mais bem sucedidas são inteligentes o suficiente para saber que a humildade é uma das maiores qualidades que uma pessoa pode alcançar.
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março / abril 2016 · ABOLSAMIA
3 a 5 | AG Connect Expo | Estados Unidos, Nova Orleães | www.commodityclassic.com
Para visitar Automóveis para que vos quero. Site billykaram.org Lazer
Billy Karam, antigo piloto é o responsável pela maior colecção de automóveis em miniatura do mundo. São cerca de 30.000 miniaturas de automóveis e mais de 400 dioramas. Billy, fanático pela Porshe, como não pode comprar o verdadeiro, compra miniaturas (conta já com cerca de 8000). Em Beirute, no seu museu tem tudo organizado por marcas e cores. Este hobby que já lhe garantiu o reconhecimento do Guinness Book of World Records e Billy garante que não fica por aqui.
7 a 11 | Expodirecto Cotrijal | Brasil , Não-metoque | www.expodireto.cotrijal.com.br 13 a 15 | Agrame - Agri Business Expo Middle East | Emirados Árabes Unidos, Dubai | www.agramiddleeast.com
16 a 20 | Giardina Zürich | Suiça, Zurique | www.giardina.ch
17 a 20 | Sant Josep (Fira de Mollerussa) | Espanha, Lleida | www.fira.com 18 a 20 | Agrotech | Polónia,Kielce | www.targikielce.pl
31 Março a 3 Abril | Agro Braga | Portugal, Braga | www.peb.pt
Abril 2016 1 a 3 | Agriumbria | Itália - Úmbria | www.umbriafiere.it
3 a 7 | Techagro | República Checa - Brno | www.bvv.cz/techagro-gb
3 a 7 | Silva Regina | República Checa - Brno | www.bvv.cz/en/silva-regina
8 a 10 | Forst Live Nord Hermannsburg | Alemanha, Offenburg | www.forst-live.de 10 a 13 | SOL&Agrifood | Itália, Verona | www.solagrifood.com
10 a 13 | Enolitech | Itália, Verona | www.enolitech.it
15 a 17 | Autotrac | Espanha, Lleida | www.fira.com/tags/fair/autotrac_2016
16 a 17 | Agri Historica (Traktorama) | Alemanha, Sinsheim | www.agri-historica-messe.de/agri-historica
18 a 20 | Expo Agro Almeria | Espanha, Almería | www.almeriaferiasycongresos.com
21 a 25 | Ovibeja | Portugal, Beja | www.ovibeja.pt 22 a 24 | Forest and Wood Riga | www.bt1.lv/nature/ Letónia, Riga
25 a 29 | Agrishow | Brasil, Ribeirão Preto | www.agrishow.com.br
Agenda
Para cozinhar por: Catarina Pellen
The Cru Comer para Ser Feliz
Dias mais importantes Tofu com legumes salteados 6 pessoas 15 a 20 minutos Legumes:
cozinha muito rápido). • Cortar também a curgete em tiras finas e a cebola. No wok, refogar a cebola e os alhos e juntar os espargos partidos em tiras. • Ir juntando os restantes legumes, juntar a abóbora e o gengibre e finlamente o tofu (esborrachado). • Temperar com molho de soja (Shoyo). • Tapar para ir cozinhando 15 a 20 minutos. Mexer de vez em quando.
1 molho de espargos 1 naco de abóbora 1/2 curgete 1 cenoura Cabecinhas de bróculos 1 cebola pequena 2 dentes de alho 4 cm de genginbre. Tofu fresco no barro (existem imensas variedades; tropical, com algas, simples, etc...)
Como fazer
• Cortar a cenoura em tiras ao alto e depois em viés. • Ralar o gengibre e a abóbora (que pode ser partida em bocadinhos como a cenoura, pois
È voilá! Tofu salteado com arroz branco e agriões com um fio de azeite.
Contactos Centro Comercial Oeiras Parque – loja nº 1075 | Piso 1 www.facebook.com/TheCruHealthyFood/
8 Mar. | Dia Internacional da Mulher • 10 Mar. | Dia Mundial do Rim • 11 Mar. | Dia Europeu das Vítimas do Terrorismo • 15 Mar. | Dia Mundial dos Direitos do Consumidor • 19 Mar. | Dia do Pai • 20 Mar. | Dia Internacional da Felicidade • Início da Primavera • 21 Mar. | Dia Mundias da Sindrome de Down • 25 Mar. | Sexta-Feira Santa • 27 Mar. | Domingo de Páscoa • 1 Abril | Dia das Mentiras • 2 Abril | Dia da Consciencialização do Autismo • 6 Abril | Dia Mundial da Atividade Física | Dia Internacional do Desporto ao Serviço do Desenvolvimento e da Paz • 7 Abril | Dia Mundial da Saúde • 11 Abril | Dia Mundial da Doença de Parkinson • 13 Abril | Dia Mundiaa sa Imprensa • 14 Abril Dia Internacional do Café • 16 Abril | Dia Mundial da Voz • 25 Abril | Dia da Liberdade (Feriado Nacional)
Declicie-se O the Cru é inteiramente nacional e uma revolução no universo da alimentação. É o primeiro e único restaurante biológico certificado em Portugal - reconhecido pela entidade reguladora da DGADR (Direção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural), e agora oficialmente classificado com a medalha de ouro da restauração biológica. Este tipo de agricultura preserva não só o ambiente da contaminação de poluentes protegendo os solos e as águas, como é uma produção que priviligia o desenvolvimento natural do animal não recorrendo ao uso de hormonas nem antibióticos como produtores de crescimento. Os alimentos são confecionados também sem glúten, sem lactose e açucares adicionais. Para que estes se tornem funcionais e tenham um melhor impacto no organsino, o restaurante conta com uma neuropata para a conjugação dos mesmos. Dizem que somos o que comemos.. daí o lema “Comer para Ser Feliz”.
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ABOLSAMIA · março / abril 2016
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Curiosidades
Joaquim Serralha, tratorista de profissão, como Hobby constrói cópias, à escala, de modelos de tratores em cortiça.
por Sebastião Marques
Joaquim Serralha, o artista da cortiça documentação que lhe permita construir as suas peças da forma mais fidedigna possível. Joaquim, conte-nos, como é que tudo começou? Em menino, como forma de ter os meus brinquedos, que nesses tempos não tinha possibilidades de adquirir, comecei a construir tratores em cortiça. Utilizando os materiais disponíveis, como bocados de cortiça cortados, ou latas de sardinha para fazer de atrelado. Na altura, tudo era mais rudimentar, sobretudo os desenhos que utilizava para me guiar. Em 1975 comecei a levar
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oaquim Serralha, tratorista de profissão, 52 anos, originário de Montemoro-Novo, tem um hobby como poucos, talvez mesmo único: constrói cópias, à escala, de modelos de tratores, históricos e atuais, recorrendo a uma matéria-prima tão característica do nosso país, a cortiça.
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abril / março 2016 · ABOLSAMIA
Com um detalhe impressionante, nada é deixado ao acaso, desde o bloco do motor, aos pormenores da cabine. Conheça melhor um pouco da história e da obra deste artista português que tem como objectivo preservar a história da maquinaria agrícola em Portugal e que apenas pretende ter acesso a
este hobby de forma “mais séria”. Desde essa altura o que mudou, nomeadamente ao nível dos materiais que utiliza? Hoje em dia recorro a cortiça cozida, numa panela de barro ou de ferro. Depois de cozida, é deixada a secar ao sol para eliminar a humidade. Cola e arame, para unir algumas componentes, fazem também parte do portfólio de materiais a que recorro atualmente. Finalmente, também utilizo plásticos para, por exemplo, fazer de vidros da cabine. Depois, todas as peças são
Curiosidades
pintadas à mão. No entanto, é mesmo ao nível do desenho e do planeamento que faço para cada peça que houve mais mudanças. Hoje, construo as miniaturas com maior detalhe e maior proximidade aos modelos de tamanho real. Quanto tempo demora a fazer cada peça, e qual a que lhe deu mais trabalho? Demoro cerca de 3 a 4 meses por peça, visto que apenas me dedico a este desiderato quando tenho tempo e existe a luz e as condições ideais: vagar e paciência. O trator que mais trabalho me deu foi o de rastos (russo) por vários motivos, nomeadamente a falta
de habituação à mecânica dos tratores russos e o tempo que foi necessário para compreendê-la de forma a que a peça fosse o mais realista possível. Até hoje tenho 18 tratores completos e alguns mais por terminar. Estão para venda? Quando os faço não tenho como objectivo vendê-los, ainda assim, é algo que não descarto. O meu objectivo é fazer uma representação da história da maquinaria agrícola em Portugal através das minhas peças, fazendo, em alguns casos, algumas alterações que, na minha opinião, baseada na prática de operador profissional, fazem sentido. Por várias vezes
contactei fabricantes chamando a atenção para factores que considero importantes. Que ferramentas utiliza Vários tipos de navalhas, lixa. O ponto fulcral são mesmo os desenhos dos tratores que me permitem criar modelos fidedignos e à escala. Tentamos fazer tudo à escala, o mais realístico possível (escala 1:20 ou 1:16). Isto apesar de os primeiros modelos terem sido feitos sem escala. Em boa verdade, a maior ajuda que me podem dar, é facultarem-me catálogos de tratores, atuais ou antigos, manuais de operadores, filmes, etc. São estes que me permitem realizar o meu trabalho com maior qualidade.
Qual é a sua peça favorita? O Fiat 90 em termos de perfeição da cópia. Com cabine é o John Deere, apesar de não ter as medidas exatas, toda a história que envolveu a sua construção, e as alterações que fiz, deram-lhe um grande significado. Qual é o próximo passo/ projeto? Ceifeiras debulhadoras e enfardadeiras, no que concerne ao tema da agricultura. Fora deste âmbito, pretendo fazer aviões, barcos, autocarros, camiões, tratores industriais. Neste momento, estou a fazer uma camionete Mercedes e um camião da ex-União Soviética. É um novo desafio.
ABOLSAMIA · abril / março 2016
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março / abril 2016 · ABOLSAMIA
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