MÁQUINAS AGRÍCOLAS
abolsamia.pt
A revista dedicada à mecanização agrícola
Nº 104
Ceifeiras debulhadoras
Prova de Campo DEUTZ-FAHR
Agroplus 420 S Suspensão Ativa
5 601073 031684
00104
Ano XXIV . Nº 104 - dez.16 / fev.17 5 6010 7 3 0 3de 168 4 Diretor Nuno Gusmão | € 6,00 Cont. ISSN 2183-7023
MANUTENÇÃO ENTRE CAMPANHAS
VENCEDOR CASE IH OPTUM 300 CVX
COMPRA E VENDA DE MÁQUINAS MAIS DE 1.500 EQUIPAMENTOS • PÁGS. 91 a 108 • Mais em www.abolsamia.pt
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5 Revistas/ano Campanha de Natal
Editorial por Francisca Gusmão
FICHA TÉCNICA Diretor Nuno de Gusmão Propriedade Nugon - Publicações e Representações Publicitárias, Lda. Contribuinte 502 885 203 Registo 117122 Depósito legal 117.038/97 Sede R. S. João de Deus, 21, 2670-371 Loures Escritórios R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 2670-338 Loures T. 219 830 130 | F. 219 824 214 Email: abolsamia@abolsamia.pt Redação Nuno de Gusmão, Francisca Gusmão, João Sobral, Sebastião Marques Colaboraram nesta edição Heliodoro Catalán Mogorrón, Luís Alcino Conceição Pedro Pereira Publicidade Francisca Gusmão, Américo Rodrigues, Catarina Gusmão Design e Pré-impressão Sílvia Patrão, Ana Botelho Multimédia Francisco Marques Cartoonista Nelson Martins Assinaturas João Correia Impressão Jorge Fernandes, Lda Rua Quinta Conde de Mascarenhas, Nº9, Vale Fetal - 2825-259 Charneca da Caparica, Tel. 212 548 320 Tiragem média 10.000 exemplares ISSN ISSN 2183-7023 Distribuição nas bancas Urbanos Press Rua 1º de Maio C. Empresarial da Granja – Junqueira 2625 – 717 Vialonga Os textos e fotos, bem como os anúncios registados com “a bolsa m.i.a.®” são propriedade da Nugon,Lda., não podendo ser reproduzidos sem autorização, por escrito, da mesma. O conteúdo dos anúncios e das publi-reportagens dos clientes é da sua exclusiva responsabilidade. Por opção editorial abolsamia segue o AO90, pese embora nem todos os colaboradores que integram a redação tenham adotado a nova grafia. O “Estatuto Editorial” pode ser consultado no nosso site em: www.abolsamia.pt/whoarewe.php
abolsamia é membro do júri por Portugal
Os robots vieram para ficar “Os trabalhos das pessoas serão cada vez menos medidos em termos da produtividade, e mais em termos da criatividade e da tomada criativa de decisões.” Esta foi uma das frases que me chamou mais a atenção num livro de Kevin Keller, em que o jornalista escreve sobre como a tecnologia irá alterar a nossa vida. Se olharmos para os últimos trinta anos, para qualquer sector da economia, apercebemo-nos de enormes e rápidas mudanças que o desenvolvimento da tecnologia tem feito acontecer, graças à expansão rápida da Internet, às comunicações por satélite e à proliferação dos automatismos.
seus últimos avanços em matéria de tratores autónomos, que dispensam a intervenção do condutor e até a sua presença. Estes tratores-robot, que podem ser controlados remotamente, conseguem ajustar em tempo real uma série de parâmetros de funcionamento como a velocidade e a profundidade de trabalho, ou as doses de semente e fertilizante a aplicar, recorrendo ao mapeamento de parcelas, à localização por GPS e a sensores.
Trabalhos repetitivos e monótonos passaram a ser feitos por máquinas e robots, que usamos diariamente sem nos darmos conta, levando à extinção de muitos postos de trabalho. E há mais para vir. Um artigo publicado recentemente na Newsweek refere que serão precisos menos de dez anos para que um terço de todos os camiões que circulam na estrada tenham condução autónoma; ou que o correio em zonas rurais possa vir a ser entregue por drones em vez de carrinhas. Os exemplos são inúmeros.
É talvez esta a parte mais assustadora da história dos robots que, quer queiramos quer não, se avizinha a passos largos: pensar que muitas pessoas vão perder o seu modo de vida, pelo menos durante o período de transição que sempre existe em tempos de grandes mudanças como aquele em que estamos a viver. A História tem, porém, mostrado que a tecnologia cria mais empregos do que aqueles que destrói, empregos que exigem mais competências e criatividade, e são melhor pagos. Afinal, a ideia é que as pessoas façam cada vez mais aquilo que gostam e que as máquinas façam o resto.
Também na agricultura, a última década tem sido marcada por uma oferta alucinante de automatismos e de robots. O objetivo é sempre produzir mais e melhor, a um preço mais competitivo, e com maior conforto. Muito recentemente, como contamos neste número da Revista, os principais fabricantes desvendaram os
Num futuro breve, cada vez mais serão as informações que poderão utilizar para otimizar a eficiência das operações independentemente da intervenção humana.
Feliz Natal e um Ano Novo cheio de criatividade! ABOLSAMIA · dezembro 2016 / fevereiro 2017
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Neste Natal ofereça uma assinatura anual da Revista Líder das Máquinas Agrícolas Campanha válida até 15 de janeiro
TECNOLOGIA
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Tratores sem condutor: como será no futuro?
POUPE 33%
APENA S
20€ 5 revis tas
Nome Data nascimento Morada
TRATOR DO ANO 2017
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Cód. postal Tel.
E o vencedor foi... Case IH Optum 300 CVX
Email NIF ASSINALE COM X UMA DAS SEGUINTES OPÇÕES: Agricultor Empregado de Exploração Assinale o tipo e a área da exploração: Agrícola Pecuária Mista Florestal Tamanho da exploração - hectares:
GESTÃO DE NEGÓCIO
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Gestão de um parque de máquinas, numa exploração de ovinos no Alentejo
Fabricante Prestador de serviços Importador/Concessionário Estudante Professor Técnico Especializado Outro - Especifique qual:
Pagamento por tranferência bancária
IBAN: PT50 0035 0365 0000 1699 8307 7 Envie comprovativo para o email: joaocorreia@abolsamia.pt Pagamento com cheque: enviar à ordem de NUGON, LDA para Rua Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 - 2670-338 Loures PAYMENT DETAILS, PLEASE CONTACT: joaocorreia@abolsamia.pt
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PROVA DE CAMPO
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Deutz-Fahr Agroplus 420 S com Suspensão Ativa
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Sumário dezembro 2016 / fevereiro 2017 EIMA Bolonha Novidades técnicas e destaques
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SIMA Paris Inovações Premiadas
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Oficina SEGURANÇA
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Se o trator se volta, é toda a sua vida que se volta
Acondicionar as ceifeiras-debulhadoras entre campanhas
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Rubricas fixas Editorial 3 Antigamente era assim ...
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Empresas 8 Produto
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Culturas especializadas
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Matrículas de tratores e reboques
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Floresta
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Tecnologia
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Oficina 89
TRATOR DO ANO
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Experimentámos em campo 2 finalistas: Massey Ferguson 6718 S DYNA-VT e Goldoni Q110 120
Concessionários - Máquinas usadas Concessionários em foco Momentos New Holland
91 109, 114 112
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Antigamente era assim… por Nuno de Gusmão
A história dos tractores Zetor começou há 70 anos, na Checoslováquia, quando no dia 15 de Março de 1946 foi lançado no mercado o primeiro tractor agrícola fabricado pelo grande Grupo Industrial Brno Zbrojovka. O tractor, com a designação Z 25, foi depois “baptizado” por Zetor 25, dando origem ao aparecimento da marca Zetor, nome composto pelo prefixo Z (de Zbrojovka) e o sufixo tor (de tractor).
A História dos Tractores Zetor
A
actual Brno Zbrojovka, cujas raízes remontam ao período do Império Austro-Húngaro no que respeita à construção de material bélico, foi fundada em 1918, começando por reparar e desenvolver espingardas e locomotivas ferroviárias, assim como componentes para telégrafos e telefones. Especializada em equipamentos de defesa, a meados dos anos 20 a Companhia registou um notável crescimento de arranque, ao passar a fabricar
a lendária marca alemã de espingardas e metralhadoras Mauser, na sua linha de montagem utilizada para o fabrico da concorrente austríaca Mannlicher. A par com a fabricação dos equipamentos citados, nos anos 30 e seguintes a Zbrojovka Brno alargou os seus departamentos industriais começando por produzir, sob licença, máquinas de escrever da lendária marca Remington. Num crescendo de novos investimentos, a empresa deu um especial enfoque à
Na Índia, a predominância da marca fez de Zetor, no dialeto de algumas regiões, o significado de tractor.
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Linha de montagem do Zetor Z 25, no ano de 1949, com o modelo desenvolvido a apresentar pneus maiores, mais potência e design melhorado em estilo e conforto operacional. Ao fim do terceiro ano de existência, em Fevereiro do ano atrás citado, a Brno Zbrojovka celebrou a sua 10.000ª unidade produzida. E, até 1961, quando o modelo foi descontinuado, foram vendidos 158.570 Zetor 25, dois terços dos quais exportados.
O tractor Zetor Z 25, concebido para ajudar a resolver a enorme escassez de meios de produção de alimentos, ocasionada pela 2ª Grande Guerra Mundial, equipava com um estrito número de componentes essenciais, por forma a poder ser adquirido por um preço ajustável à maior quantidade possível de agricultores. Com a qualidade de fabrico “germânica” (pela aproximação do país com a Alemanha), o Z 25 montava um motor diesel de 15 cv, caixa de 6 velocidades (máx. 22 km/h), hidráulico, t.d.f. e as demais características indispensáveis ao nível das marcas dos tractores da última geração da altura.
construção de motores diesel e alargou o fabrico dos seus tractores dentro e fora da então República Checoslovaca, chegando a liderar o mercado de alguns países. Do curriculum da Zetor durante o período em que a Checoslováquia esteve debaixo da alçada da União Soviética, o percurso é, contudo, curiosamente composto por uma constante série renovada de modelos de rodas e de rasto contínuo, que acompanharam a concorrência em termos de apresentação de novas exigências, nomeadamente no que concerne à classe de tractores por cavalagem. Com efeito, a razão prende-se com o facto de a Zetor nunca deixar de ter apostado no mercado do Ocidente da Europa, estando presente, de há muito, em todas
as feiras internacionais do sector. Por último, a partir de 1900, depois da Muro de Berlim ter sido demolido, a Zetor investiu fortemente no desafio para a continuação de um lugar cimeiro do mercado mundial, lançando novos modelos a par com as maiores marcas da especialidade, apetrechados com a tendencial electrónica que permite a qualidade desejável de maior produtividade de trabalho e conforto de operação, para uma agricultura de precisão. Segundo a presidência da Zetor: “Em 70 anos ganhámos uma significativa posição no mercado internacional: durante a nossa existência exportámos para 136 países e vendemos 1 milhão e 200 mil unidades de 1946 a 2015”.
Da vasta gama de séries de tractores fabricados, salientamos alguns dos modelos que mais se destacaram, de 35 a 160 cv. De cima para baixo: Série 3011 (1960), Série UR 11 (1980), Série UR 111 (1991)
E, em Hanover, durante a Agritechnica, por ocasião do 70º aniversário da marca, Pininfarina concebeu, sob o conceito Zetor, o modelo de futuro que vai reger a gama de produtos ao encontro do desejo e necessidades dos agricultores de todo o mundo.
Para a satisfação do maior número de encomendas, de incorporação de inovações técnicas e do lançamento de novos produtos, a Companhia investiu, em 1959, num novo e moderno centro de fabrico e montagem.
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Empresas Feira de Saragoça premiada no setor agroalimentar FEIRA DE SARAGOÇA Os prémios Qcom.es distinguiram a Feira aragonesa pelo seu esforço e dedicação em prol do mercado primário, graças a eventos como a FIMA, FIGAN, ENOMAQ ou TECNOVID. A cerimónia, celebrada em outubro, foi presidida pela ministra da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente, Isabel García Tejerina.
New Holland Agriculture adquire Kongskilde NEW HOLLAND A New Holland Agriculture vai aumentar a sua oferta com novas linhas de alfaias como resultado do acordo que a CNH Industrial celebrou para adquirir o negócio agrícola de Forragem e Preparação de Solos da Kongskilde Industries, parte do grupo dinamarquês Group Dansk Landbrugs Grovvareselskab (DLG A.m.b.A.). Esta empresa desenvolve, fabrica e vende soluções para aplicações agrícolas nos segmentos de Lavoura, Sementeira, e Feno & Forragem sob várias marcas, incluindo a Kongskilde, a Överum e a JF. Foi na conferência de imprensa da New Holland, na Eima, que Carlo Lambro anunciou esta aquisição, que aliás se podia constatar no stand da marca onde os tratores azuis se misturavam com as alfaias vermelhas da Kongskilde. Mas por enquanto, segundo Lambro, mantém-se a atual organização de vendas e a respetiva rede de concessionários e importadores, sendo ainda cedo para confirmar se o nome e as cores das alfaias serão trocadas pelas da New Holland.
Novo plano de investimento a 4 anos ANTONIO CARRARO Recentemente, estivemos em Itália, a convite da Antonio Carraro, para uma visita à sua fábrica, localizada em Campodarsego. Ficámos a saber que a marca produz diariamente vinte e dois tratores, e que todos os modelos são produzidos na mesma linha de montagem, mas com ciclos de tempo de fabrico que variam muito, dependendo da complexidade de cada modelo. Os tratores mais simples demoram cerca de 5 horas a ser montados, e os de segmento alto, por incluírem componentes mais sofisticados, demoram cerca de 16 horas. Para além destes aspetos logísticos, inteirámo-nos também acerca da visão para o futuro da marca, que nos foi comunicada por Liliana Carraro, um dos elementos da família que dirige a companhia. “No período 2017-2020 a Antonio Carraro irá despender 20 milhões de euros para um plano de novos
investimentos a 4 anos”, começou por nos dizer. Em concreto, este plano prevê a aquisição de um novo sistema de design computorizado para o departamento de I&D, e a linha de produção irá beneficiar da automatização dos armazéns e da chegada de novos equipamentos industriais. Além disso, a equipa do departamento de peças irá ser reforçada com a contratação de novos profissionais especializados, e “o departamento de testes irá tornar-se mais eficiente, graças à introdução de um novo banco de ensaio de transmissões”, revelou,
TYM completa aquisição da Kukje AGRICORTES A Agricortes, importadora para Portugal da marca de tratores TYM, comunicou em outubro passado, à sua rede de concessionários, que o fabricante Tongyang Moolsan Co., Ltd. (TYM) completou a aquisição da Kuje Machinery Co., Ltd., fabricante dos tratores Branson, Kukje e outras máquinas, em setembro último. De acordo com a administração da
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decisões que revelam uma aposta na qualidade dos serviços prestados e dos produtos que saem de Campodarsego. Ainda no que respeita aos recursos humanos, “em novembro de 2016 a companhia conta com 350 funcionários. Este número deverá crescer nos próximos anos, graças a uma consistente tendência positiva na angariação de novas encomendas de que estamos a beneficiar com o desenvolvimento das vendas em novos mercados como o Norte de África, os Estados Unidos, e a América do Sul”, concretizou Liliana Carraro.
Agricortes, “Esta aquisição coloca a TYM & Branson como o maior fabricante de tratores e máquinas agrícolas da Coreia do Sul. A TYM e a Branson vão continuar a operar independentemente, não existindo no curto prazo quaisquer alterações nas redes comerciais, serviços, fornecimentos e contactos existentes.” Em Portugal, a marca Branson é representada pelo Entreposto Máquinas.
O NOVO 5R
Este é o novo trator série 5R. Até agora, este trator compacto só existia na sua imaginação. O trator está equipado com características de alta gama. Robusto e ágil. O trator que pode mover montanhas, mas que é altamente ágil. O trator para tudo aquilo que tem de fazer e tudo aquilo que sempre sonhou. Agora é de verdade. Ligue para o concessionário John Deere da sua zona e comprove por si mesmo.
JohnDeere.com
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OS TRATORES COMPACTOS SÃO MAIS VERSÁTEIS
Empresas 24 horas de lavoura
103,5 hectares sem reabastecer KVERNELAND
Uma equipa em representação da Kverneland, Versatile e da “traction”- revista estrangeira da área- lavrou durante 24 horas, sem qualquer pausa, seguindo as melhores práticas e utilizando para tal apenas um depósito (de 1700 litros, diga-se). Entre os dias 26 e 27 de Outubro, o conjunto composto por um trator de rastos Versatile 550 DeltaTrack, motor Cummins QSX15 de 550 cv, e uma
charrua semi-montada reversível Kverneland PW Variomat de 12 ferros, com Packomat- para assegurar a recompactação do solo, trabalhou uma área total de 103,5 hectares. A profundidade de trabalho foi ajustada para os 26 cm. O objetivo da iniciativa não era estabelecer um recorde de área trabalhada em menos tempo mas sim a procura da maior eficiência possível recorrendo às melhores práticas.
John Deere recompensa a eficiência no consumo de combustível
JOHN DEERE Desde o dia 1 de novembro de 2016 os possuidores de John Deere 7310R podem participar num programa que recompensa os clientes por conduzir com consumos de combustível eficientes. O Programa de Garantia de Consumo de Combustível foi concebido para oferecer um incentivo especial aos clientes por limitarem ou reduzirem o consumo dos seus tratores em modo de transporte. O Programa é aplicável a qualquer novo modelo 7310R pedido antes de 30 de abril de 2017. “Com aproximadamente 50% dos custos relacionados com o gasto de combustível, queremos motivar os condutores a controlarem de maneira proactiva o consumo dos seus tratores”, resumiu Chris Wigger, vicepresidente regional de Vendas e Marketing da Deere. Para mais informações visite www.deere.com.
Fendt Vario, transmissão número 250.000
Novo website para dispositivos móveis BKT No início do mês de outubro, o fabricante de pneus indiano colocou oficialmente online um novo website para dispositivos móveis, incluindo smartphones e tablets. A plataforma permite um acesso fácil e imediato a vários conteúdos especialmente selecionados graças a um layout desenhado para este tipo de aparelhos. Aceda ao site em www.bkt-tires.com.
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FENDT Da fábrica de Marktoberdorf saiu a transmissão contínua Vario número 250.000, que iniciou a produção há 20 anos atrás. Por este motivo, a empresa está de parabéns.
Empresas Uma marca histórica, a preparar o futuro ZETOR No ano em que a Zetor comemora 7 décadas de existência, estivemos na República Checa e visitámos as suas instalações. Assim que chegámos a Líšen, onde está localizada a fábrica, nos arredores de Brno, fomos recebidos na Zetor Gallery, um novo espaço inaugurado em 2013. Logo à entrada há um showroom onde estão expostos os modelos mais recentes, e uma loja de marchandising. Neste edifício, onde existe um centro de formação, visitámos ainda um museu onde é possível apreciar diversos tratores antigos que testemunham a evolução da marca. A área ocupada pela fábrica totaliza 242.000 m², e inclui um novo centro de logística que foi inaugurado em 2015. Naquelas instalações, a impressão que se tem é de que estamos na sede de um qualquer fabricante de topo. Não só porque o espaço é moderno e bem organizado mas também devido ao
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profissionalismo demonstrado por toda a equipa na recessão aos jornalistas. Nos seus tempos áureos, a Zetor chegou a empregar 11.000 funcionários, e a produzir num só ano (1979) 32.000 unidades. Hoje, emprega 700 funcionários, e a linha de montagem trabalha em função das encomendas. Nestes anos mais recentes, o número de tratores produzidos anualmente anda em redor das 4.000 unidades. Com o fim da era soviética, a situação da companhia deu um valente trambolhão e atravessou uma grave crise. A recuperação teve início em 2002, ano em que foi comprada pela HTC Holding, um grupo da Eslováquia que tem vindo a dar uma nova vida à marca. Foram contratados novos quadros e a rede de concessionários foi alargada. O resultado líquido do exercício de 2015 está nos 5 milhões de euros, o que parecendo um número modesto, se deve a um considerável investimento na ordem dos 11 milhões
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de euros, feito nas áreas de I&D e de marketing e vendas. Também renovação do produto tem vindo a ser feita e é para continuar. As atuais 4 gamas vão dos 60 aos 160 cv. Mas em breve, com o lançamento de duas novas gamas, a Zetor passará a cobrir uma faixa de potência mais alargada, entre os 50 e os 200 cv. O seu grande mercado, de forma destacada é a Polónia, logo seguido do mercado doméstico, mas tem conseguido alguma penetração em países como os Estados Unidos, o Reino Unido e até mesmo a Alemanha. A gama da marca junta uma estética contemporânea a soluções tecnológicas que se têm vindo a atualizar, e vai ser interessante ver de que forma se fará a evolução deste fabricante. Sobretudo quando as marcas chinesas se posicionam no mesmo segmento de mercado, e quando as marcas de renome também não abdicam de ter uma oferta com preço concorrencial, dirigida a clientes que procuram especificações mais simples.
Kioti tem novo importador ASCENDUM é o novo importador oficial dos tractores agrícolas Kioti desde o dia 15 de Novembro. Com 57 anos de experiência no mercado português vem agora alargar a sua área de actuação e, como tal, conta com o apoio da rede de concessionários Kioti já existente, tendo em vista o crescimento e consolidação da marca em Portugal. A Ascendum distribui, comercializa e aluga máquinas e equipamentos industriais para vários segmentos de mercado tais como construção e obras públicas, indústrias transformadora e extractiva, minas, florestas, reciclagem e movimentação de cargas, disponibilizando soluções integradas e serviços de após venda que apoiam a actividade de todos estes sectores. A Ascendum afirma-se hoje como um Grupo português de dimensão internacional, estando presente em 14 países.
Deltacinco tem nova filial
DELTACINCO No passado 21 de Outubro, foi inaugurada a nova filial da Deltacinco no município espanhol de El Campillo, Sevilh, para a comercialização das marcas Krone, Amazone, Tanco, BvL e Kramer. A nova filial, que tomou a designação de Deltacinco Sevilla mostra que Deltacinco continua a apostar no setor agrícola e pecuário. Com esta nova sucursal pretende oferecer os melhores equipamentos e serviço pós venda da zona. O grande esforço e investimento realizados foram recompensados conseguindo juntar mais de 300 pessoas que estiveram presentes na festa de inauguração a que se juntou grande parte da equipa da empresa e muitos concessionários oriundos de toda a Península Ibérica.
Empresas
Localização das novas instalações Rua Cidade de Madrid, lote 12, n.º 11, São Julião do Tojal – Casal do Arneiro.
A empresa teve a sua primeira filial no nosso país no ano de 1988, em Évora. Em 1993 passou para o Carregado onde esteve até Outubro deste ano.
SDF Portugal inaugura instalações
Equipa da SDF Portugal.
A filial portuguesa do grupo que detém as marcas Deutz-Fahr, Same, Lamborghini e Hürlimann, inaugurou no dia 26 de outubro novas instalações, no concelho de Loures.
A
SDF Portugal trocou as instalações no Carregado para passar a estar localizada em São Julião do Tojal, Loures. Na cerimónia marcaram presença os concessionários das marcas, parceiros comerciais, representantes da autarquia, bem como as principais figuras diretivas, desde logo o presidente do Grupo, Vittorio Carozza.
Arnaldo Caeiro, Diretor Executivo da SDF Portugal, destacou a “polivalência e modernidade das novas instalações”, abordando ainda a dinâmica de crescimento ao nível dos resultados no ano corrente. Para 2017 prevê um ano com vários desafios, nomeadamente os colocados pelas novas motorizações e o impacto que terão no mercado. Os novos modelos geram grandes expectativas, em especial os fruteiros, que têm sido um “sucesso de vendas”. As novas instalações permitem responder de forma mais adequada às necessidades da equipa e dos concessionários. O novo edifício é mais espaçoso e moderno, contando com mais áreas para a logística da empresa e formação técnica de colaboradores.
Vittorio Carozza enalteceu a quota de mercado do Grupo no nosso país (22,5%), inigualável na Europa. Arnaldo Caeiro mostrou-se satisfeito com a dinâmica de crescimento da empresa, prevendo ultrapassar a marca dos 1000 tratores vendidos no final do ano, algo que não ocorre desde 2012.
Da esquerda para a direita: Rainer Morgenstern, Diretor Executivo de Vendas para a Europa, Aldo Carozza, Presidente (Management Board) SDF, Arnaldo Caeiro, Diretor da filial SDF portuguesa, Lodovico Bussolati, CEO - Administrador Delegado SDF, Vittorio Carozza, Presidente (Supervisor Board) SDF, Manuel Alonso, Diretor da filial espanhola SDF.
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NOVA SÉRIE 6 RCSHIFT. MUDANÇA DE VELOCIDADE COM O MAIS ALTO CONFORTO.
Série 6 Agrotron. Disponível com a nova transmissão robotizada comfortshift. Para muitos clientes, o modo de operar o trator e uma transmissão confortável e fácil de utilizar têm uma importância crucial. Com a nova Série 6 RCshift (seis modelos com potência entre os 156 e os 226 HP), a DEUTZ-FAHR redefiniu o conceito de mudança de velocidade confortável neste segmento de potência. A nova transmissão RCShift totalmente automática permite mudar de velocidade com o mesmo conforto de um automóvel. Três modos de condução podem ser pré-selecionados: manual, semiautomático para as operações de campo e totalmente automático para o transporte em estrada. A velocidade máxima de 50 km/h pode ser atingida num regime de rotação reduzido do motor (1.480 rpm) no modo ECO ou SUPERECO. Os novos motores Deutz 6.1 Tier4 Final são extremamente eficientes. A suspensão do eixo da frente em conjunto com o exclusivo conceito de travões DEUTZ-FAHR asseguram uma condução em total segurança. No que se refere à cabina pode escolher entre os modelos MaxiVision ou MaxiVision 2. Para alcançar um nível superior em velocidade e conforto, contacte o seu concessionário DEUTZ-FAHR ainda hoje. Para descobrir mais visite deutz-fahr.com
TOTY®
Case IH Optum 300 CVX A equipa da Case IH a receber o prémio do Trator do Ano® 2017
Trator do Ano® 2017
Prémios distribuídos por 4 marcas No dia de abertura da EIMA, o prémio Tractor of the Year® divulgou ao público os modelos que venceram as quatro categorias em disputa.
vencedores a Case IH, a New Holland, a Antonio Carraro e a Deutz-Fahr, apresentamos-lhe de seguida uma breve síntese de cada um dos modelos premiados.
Na qualidade de membro do júri, a revista abolsamia esteve presente nesta cerimónia onde se procedeu à entrega dos prémios aos fabricantes. O evento reuniu os media especializados e um grande número de profissionais ligados à indústria das máquinas agrícolas, que aguardavam a divulgação dos resultados ditados pelo júri. Numa edição em que saíram
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Trator do Ano para Campo Aberto
Um trator de alta potência, com peso reduzido e dimensões relativamente compactas, a pensar na agricultura europeia. Entre outras tecnologias, no pack de equipamento encontramos os travões com ABS, a monitorização da pressão dos pneus, ou a gestão de cabeceiras HMC II.
(Leia a reportagem sobre este modelo neste número d’abolsamia.)
Melhor Utilitário
New Holland T5.120 A suspensão no eixo dianteiro e na cabine, bem como a transmissão com diferentes modos de condução e passagem automática de relações, são novidades que chegam agora aos New Holland deste segmento. (Publicámos uma reportagem acerca deste modelo n’abolsamia nº 102.)
Melhor Especializado
Antonio Carraro Tony 9800 TR Além do posto de condução reversível, e da transmissão
hidrostática com diferentes modos de condução, este modelo surge com a nova cabine Air, que proporciona ao operador um nível de proteção de categoria 4. (Publicámos uma reportagem acerca deste modelo n’abolsamia nº 103.)
Melhor Design
Deutz-Fahr 6215 RCshift Na nova geração da série 6, a Deutz-Fahr volta a exibir uma estética inovadora, desenvolvida em parceria com a Giugiaro Design, à qual se junta uma cabine com posto de condução ergonómico e funcional. (Publicámos uma reportagem acerca deste modelo n’abolsamia nº 103.)
Trator do Ano 2017 A revista abolsamia é membro do júri por Portugal.
TOTY®
O papel da Trelleborg A marca de pneus Trelleborg é, desde 2012, o patrocinador oficial do TOTY. Este patrocínio tem contribuído para que a organização do prémio tenha meios para trabalhar de forma ainda mais profissional e conserve a sua independência face às marcas. É graças à Trelleborg que desde 2012 o TOTY organiza anualmente, no mês de maio, o evento ‘Let the Challenge Begin’. Nessa reunião de trabalho é feita a concertação de todo um processo de avaliação que se prolonga por mais de cinco meses. Em contrapartida, os modelos que as marcas põem à nossa disposição para testes em campo estão equipados com pneus Trelleborg, boa parte deles dotados da tecnologia Progressive Traction®.
New Holland T5.120
Ranking de marcas Nesta 20ª edição do prémio, a Case IH conquistou a categoria rainha do TOTY, dedicada aos tratores para campo aberto. É a quarta vez que vence esta categoria. Logo atrás estão a John Deere e a New Holland, que acumulam três prémios cada uma. A marca que mais vezes venceu foi a Fendt, que obteve até ao momento cinco distinções. Nos especializados, a Antonio Carraro iguala o score da Landini, com três distinções nesta categoria. A marca com mais prémios acumulados no segmento dos especializados é a New Holland, que venceu por seis vezes. A Fendt e a Aebi seguem atrás com duas distinções cada. No design, com o prémio que obteve este ano, a Deutz-Fahr acumula quatro distinções. A New Holland tem cinco prémios acumulados. Atrás da DeutzFahr, com três galardões cada, estão a Lamborghini e a Valtra. A categoria dedicada aos utilitários foi disputada pela primeira vez no ano passado, pelo que há apenas duas marcas detentoras do prémio. A Massey Ferguson venceu em 2015 e este ano quem conquistou o título de Melhor Utilitário foi a New Holland.
Deutz-Fahr 6215 RCshift
Antonio Carraro Tony 9800 TR
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TOTY® por João Sobral
Alta potência em formato compacto
CASE IH OPTUM 300 CVX A Holanda foi o país escolhido pela Case IH para pôr à disposição do júri do TOTY o seu candidato à categoria de Campo Aberto, distinção que acabou por conquistar.
A série Optum, que além do 300 CVX conta também com um modelo menos potente, o 270 CVX, posiciona-se num segmento entre os Puma e os Magnum. São tratores que conciliam alta potência, um peso em vazio de apenas 10,5 toneladas, mas que pode ir até às 16 toneladas de peso operacional, e uma distância entre eixos abaixo dos 3 m (2995 mm), o que não é frequente neste segmento. Esta reunião de características
foi pensada para a agricultura europeia, onde a manobrabilidade e a versatilidade são fatores valorizados.
Motor com tecnologias de apoio à travagem Equipado com um motor FPT, de 6 cilindros e 6,7 litros, adequado ao nível de emissões Tier 4F, e com transmissão de variação contínua de 4 gamas, o Optum possui inclui inovações para apoio à travagem,
a começar por uma válvula de escape que limita a saída de gases. Mas há mais. Quando o operador alivia por completo o pedal de condução, deixa de haver entrada de combustível e isso representa outra ajuda adicional. Por último, também as pás da ventoinha podem rodar para uma posição aberta, favorável à redução do regime do motor, o que aumenta em 40% o efeito de travão-motor
Motor
A posição das pás da ventoinha pode oscilar entre os 7 e os 63° de inclinação, em função das necessidades de refrigeração. No software de gestão de cabeceiras, é possível programar a função reversível da ventoinha para que atue no fim das tornas.
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Fabricante /modelo
FPT Industrial / NEF
Nº de Cilindros/ cilindrada
6 / 6,7 L
Potência nominal / máxima EPM
300 cv / 313 cv
Nível de emissões
Fase IV / Tier 4F
Binário máximo / reserva
1282 Nm / 28%
Transmissão Configuração
Variação Contínua
Velocidade máx. Eco
50 km/h às 1600 rpm
Hidráulico Capacidade máx. de elevação
Traseira: 11.058 kg Ft: 5.825 kg
Fluxo da bomba
165 ou 223 L/min
No Optum, não existe painel de instrumentos junto ao volante. As informações sobre o funcionamento do trator estão no pilar da cabine e no monitor.
TOTY®
Monitorização da pressão dos pneus
Manobra e estabilidade Em opção o Optum pode ser configurado com o sistema Advanced ABS, que ao virar aplica um ligeiro efeito de travagem na roda do lado de dentro, para que a manobra seja feita num menor espaço. Para maior estabilidade do conjunto, à suspensão da cabine, a Case IH juntou o eixo dianteiro suspendido, que conta com um cilindro hidráulico de cada lado. Estes cilindros fazem um curso vertical de 110 mm, e uma oscilação de 8°. Ainda a propósito de estabilidade, os Optum possuem um carter reforçado, para suportar mais peso e reduzir o stress torsional sobre o motor.
Um máximo de 16 válvulas podem ser monitorizadas através do terminal, o que significa que além dos pneus do trator, também se pode monitorizar os pneus de reboques e alfaias. Para tal, basta retirar as válvulas normais e colocar outras que enviam informação via wireless. Assim, o operador sabe sempre se os pneus estão com a pressão desejada, e é avisado pelo sistema se ocorrer um furo. O trator pode ser configurado com compressor, para que mesmo no campo se proceda ao ajuste de pressão.
Gestão de Cabeceiras HMC II O software HMC II permite agora programar um maior número de parâmetros. Uma das possibilidades é programar a atuação da ventoinha em modo reversível no final das tornas para desobstruir o pack de refrigeração e as grelhas.
O modelo mais evoluído de assento do condutor é forrado a pele, tem apoio de costas com movimento giratório de 15°, bem como aquecimento e ventilação.
Medição de consumo com dinamómetros Sigma 5 Num dos tratores, a Case IH instalou dois dinamómetros, um em cada elevador hidráulico, e fez duas medições de consumo para demonstrar a vantagem de usar o modo económico da TDF. Ambas as TDF foram ligadas a 1000 rpm, com o regime constante do motor a situar-se nas 1890 rpm. O dinamómetro da frente foi regulado para exercer sobre o motor um nível de carga de 50 cv, e o traseiro um nível de carga de 100 cv. O trator encontrava-se em deslocação, em chão plano, a uma velocidade de 12 km/h. Nestas condições, verificámos que o consumo instantâneo se situava nos 38 L/hora. Na 2ª medição, ambas as TDF foram ligadas em modo 1000 rpm Eco, o que corresponde a um regime constante do motor de 1600 rpm. Foi exercido o mesmo nível de carga sobre ambas as TDF (150 cv no total) e foi mantida a velocidade de deslocação de 12 km/h. Nestas condições, o consumo instantâneo baixou para 36 L/ hora. Ou seja, com este nível de carga, a poupança alcançada com o modo ECO situa-se nos 2 L/hora.
Apreciação Conduzi o trator em estrada, com um reboque sem carga, num breve percurso com cerca de 7 km. Apesar da imponência do trator, e apesar da sua altura, manobra-se muito bem, é confortável, e transmite uma sensação de grande estabilidade. Pude comprovar ainda que o sistema de gestão de cabeceiras está agora mais apurado. Uma vez feita toda a programação, o operador pode deixar a condução entregue ao sistema, e concentrar-se no desempenho da alfaia. Num modelo em que é difícil encontrar defeitos, a cabine é o elemento que destoa.
Proporciona boa visão sobre a barra de puxo, nela é fácil encontrar uma posição de condução confortável, e a disposição de comandos é correta mas, apesar de tudo isto, já acusa necessidade de renovação. Dava jeito ter algum espaço para arrumação atrás do assento, pois a única zona livre é junto ao pilar A, do lado direito. Era igualmente bem-vindo um ajuste da coluna de direção acionado por pedal, bem como uma escova limpa para-brisas que abarcasse mais área.
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Gestão de negócio por Sebastião Marques
Gestão de um parque de máquinas
Numa exploração de ovinos no Alentejo
São Bento do Cortiço, Estremoz
No último artigo da nossa série “Gestão de um parque de máquinas” visitámos os irmãos Silva, que se dedicam maioritariamente à cultura do tomate no Ribatejo, gerindo uma frota de oito tratores. Desta vez, a exploração visitada é de Simão Abelho, em São Bento do Cortiço, Estremoz. Dedicada à criação de ovinos, gere uma frota constituída por um Massey Ferguson e dois Fiat.
s
imão Abelho é dono de uma exploração de merinos pretos puros, em Estremoz. Agricultor em part-time e apaixonado por máquinas agrícolas, visitámo-lo para nos explicar o que levou à escolha do seu actual parque e como efectua a sua gestão. Pelo meio, fomos descobrindo os desafios que enfrentam a maioria das explorações de média e pequena dimensão no território alentejano. Era final de Agosto quando o engenheiro Simão Abelho
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nos abriu as portas da sua exploração. Num dia quente e solarengo, com os solos já bem marcados pelo passar de tantos dias como este, rapidamente nos deparámos com uma parte do efectivo de 250 animais, vários deles premiados. Numa casa dedicada à produção de carne, mais concretamente de merinos pretos puros, são sobretudo as operações de mobilização do solo para preparação das pastagens que perfazem maior número de horas, embora a enfardação condicione todo o processo.
COMPRAR Polivalência acima de tudo Sobre os critérios que o ajudaram a idealizar o seu parque de máquinas, Simão Abelho explicou. “Há alguns anos pensava-se em ter um trator com grandes dimensões para se fazer as coisas cada vez mais rápido”, começa por explicar Simão Abelho. “Hoje em dia, esse tipo de máquinas, numa exploração como a nossa, de pequena dimensão, acaba
por ficar cada vez mais tempo parada, isto porque são máquinas muito específicas, apenas para equipamentos de mobilização. Na verdade, quem acaba por trabalhar mais são os tratores mais pequenos. Por incrível que pareça, é assim que funciona”. É por isso que Simão dá especial atenção à polivalência, mesmo que isso signifique que todos os tratores tenham características e funções parecidas. “Todos os tratores são polivalentes, aliás, foi logo um dos factores que pensei ao adquirir o parque de máquinas é que ambos os tratores façam tudo. Ambos conseguem fazer
Gestão de negócio o trabalho um do outro” (a exceção é o Fiat 80-66 de 80 cv, de tração simples, que presta apenas apoio na exploração das ovelhas, dando palha ao gado e, quando o terreno permite, trabalhando com o espalhador de adubo). “Para mim, para a minha situação, seria desajustado um parque de máquinas onde, por exemplo, existisse um trator de 130 ou 140 cv e que apenas fizesse mobilizações, não conseguindo depois fazer adubações ou trabalhar com um carregador frontal. Por isso, no meu caso, prefiro ter um conjunto com a mesma potência que me permita, apesar que de forma menos rápida, a qualquer momento fazer todos os serviços”.
Ajuda familiar evita parque sobredimensionado No entanto, Simão é também o primeiro a reconhecer que as janelas temporais para entrar com as máquinas no terreno são cada vez mais curtas. “Nesta zona do país temos vindo a presenciar um fenómeno que é, chovendo talvez a mesma quantidade de água, ela cai num espaço de tempo mais curto. E esse curto espaço de tempo é, por vezes, complicado, porque coincide exactamente com a altura em que temos de fazer as operações nas culturas e as mobilizações de solos”. E porque não, recorrer a prestadores de serviço,
PARQUE DE MÁQUINAS TRATORES DA EXPLORAÇÃO • Massey Fergunson 4225 de 80cv • Fiat 70 - 56 de 70 cv • Fiat 80-66 de 80 cv (tracção simples)
TRATORES DO AGRICULTOR PARCEIRO • New Holland TL 100 de 100cv • Valmet 4500 de 80cv.
OUTROS EQUIPAMENTOS DA EXPLORAÇÃO • Chísel de 7 braços • 2 Escarificadores de 11 braços • Vibrocultor de 31 braços (3 m) • Charrua 14’ de dois ferros (raramente utilizada) • Espalhador pendular de 600 l • Gadanheira • Grade de discos (20 discos) ligeira (apenas para fazer aceiros e enterrar sementes quando há muitos resíduos no solo) • Reboque 7500 kg • Rolo • Pá niveladora (para limpar os casões) • Forquilha apanha pedras (adaptada para ser montada à frente)
perguntámos. A resposta foi pronta. “Há alguns anos atrás recorríamos muito ao aluguer de máquinas, no entanto, hoje em dia, apesar de até existirem mais alugadores, cada vez nos prestam menos serviço, atendendo à dimensão que a exploração tem (basicamente só prestam serviços para as grandes explorações). Assim, acabamos por ter de adquirir máquinas a que não damos a utilização devida em termos de amortização, ou que essa máquina deveria ter no final da sua vida económica útil, que acaba por ter de ser prolongada”. Esta é uma realidade que leva à existência de parques de máquinas sobredimensionados (e subaproveitados). “Se, por um lado, temos um parque de máquinas adequado à dimensão da exploração, não conseguimos fazer, atempadamente, todas as operações necessárias dentro do período mais conveniente. Se, por outro lado, temos um parque de máquinas que consegue dar resposta a estas exigências, pecamos por excesso, estando os equipamentos parados durante o resto do ano”. Qual a solução? A resposta tem sido as associações “sem papéis”, no seio familiar. “Vamos só com o espírito de camaradagem, onde decidimos que vamos semear determinada folha e vamos todos. Nós, o meu irmão, o meu
PERFIL DA EXPLORAÇÃO Dimensão: 130 hectares próprios (+200 em parceria) Pessoal efetivo: 2 Actividade principal: ovelhas de leite (efetivo 250 animais) Outras culturas: Aveia, trigo, cevadas, e tremocilha
Simão Abelho
EQUIPAMENTOS DA PARCERIA • Enfardadeira de fardos redondos New Holland • Gadanheiras várias
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Gestão de negócio sobrinho, o meu tio, vamos todos para a mesma folha e semeamos tudo com 5 ou 6 tratores, e dali vamos para outro lado e fazemos tudo. Acabando o dia, cada máquina regressa à sua exploração, sendo aí feita a manutenção”. Ainda assim, o recurso à prestação de serviços externa à parceria continua a ser, por vezes, necessária, nomeadamente na fase da enfardação. “É uma fase crítica. Tem um peso muito grande já que, se não for feita no momento certo, acaba por comprometer o trabalho de um ano inteiro e o alimento para o gado”.
EXPLORAÇÃO PREMIADA DE MERINOS PRETOS PUROS Os animais da exploração de Simão Abelho foram já premiados por diversas ocasiões em concursos da ANCORME (Associação Nacional de Criadores de Ovinos de Raça Merina), que realiza concursos para o melhor borrego, o melhor carneiro, o melhor lote de ovelhas.
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Tratores potentes e compactos Na altura de adquirir um trator, Simão acompanha aquilo que considera ser uma tendência do mercado. “A tendência das marcas é, sem dúvida nenhuma, para cada vez mais potência e pequena dimensão. Para este tipo de exploração é exactamente isso que necessito, potência mas com uma dimensão reduzida, de forma a que possa utilizar essa potência quando tenho janelas de oportunidade curtas mas depois tenha dimensões que me sirvam no decorrer da manutenção normal da exploração . É que, tirando o chísel, todos os outros equipamentos acabam por não necessitar de grande potência e, nos trabalhos durante o ano, essa potência acaba por sair cara por causa dos consumos”. Quanto ao factor que mais o influencia na hora da compra, não tem dúvidas em apontar “a qualidade da representação na zona, do concessionário”, pois, como costuma dizer “não há trator ruim, o grande problema é entre o volante e o banco”. Já em relação a tratores novos ou em segunda mão, a resposta obedece a um critério simples: número de horas. “Depende do número de horas que cada pessoa trabalha. Quanto a mim, fazendo as contas aos encargos fixos e variáveis, não faz sentido adquirir um trator novo quando se fazem 100 ou 200 horas por ano. Seria preciso prolongar a vida económica útil do trator por 20 ou 30 anos. Ora um trator com 20 ou 30 anos estará tecnologicamente desadequado às necessidades da exploração”.
VENDER A altura de dizer adeus a uma máquina é, para Simão, “quando ela já está desadequada tecnologicamente às necessidades da exploração. Claro, também se os encargos com essa máquina durante o ano, forem superiores ao custo de aquisição de uma outra máquina, então também aí
fará sentido trocar”. Quisemos então saber quais os encargos que vai contabilizando nas suas máquinas e como os classifica. “Encargos fixos e variáveis. No meu caso, classificamos como encargos fixos a amortização das máquinas, a recolha da máquina (o sítio onde a máquina está), o operador, e o seguro do trator. Como variáveis, a mais importante está relacionada com a manutenção, peças, combustíveis e óleos”. As manutenções são feitas em casa e variam “consoante as condições do trabalho das máquinas”. Já as reparações são feitas no concessionário da marca.
GERIR A importância do Excel
Também relacionado com os indicadores que controla na sua exploração, quisemos saber se utiliza dados de telemetria na sua exploração. A resposta foi uma excelente solução para explorações de menor dimensão. “Utilizo esses sistemas “à antiga”. Ou seja, tenho uma folha onde registo o número de horas que cada trator faz em função da cultura, tendo depois uma conta de cultura. Assim consigo saber quanto me custou o hectare de tal cultura, quanto ficou feito consoante o tipo de mobilização utilizado, etc”.
A entreajuda familiar evita a necessidade de um parque de máquinas sobredimensionado
Adaptações A polivalência não acaba nos tratores e mesmo as alfaias são adaptadas para render onde mais são necessárias. “Nesta exploração, transformámos dois equipamentos. Uma forquilha para pedras. Era uma forquilha que trabalhava na traseira do trator, bastante desconfortável. Nós colocamo-la a trabalhar na dianteira do trator. O outro equipamento foi um abre covas para milho, em que virámos todos os braços ao contrário para que passasse a ser um “juntador” de lenha”. Para finalizar, e aproveitando a chegada do Natal, perguntámos o que gostaria de receber Simão Abelho. “Gostaria de ter um trator com variação contínua porque, para além do prazer que retiraria, acho que conseguiria tirar partido desse tipo de transmissão. Um trator à volta dos 100 cv. A nível de equipamentos, gostaria de ter a “cadeia completa” em tudo aquilo que faço. Ou seja, gostaria de conseguir completar o ciclo. Para isso faz-me falta uma enfardadeira. No meu caso, uma enfardadeira com picador, visto ter ovelhas, e, de preferência, de fardos redondos, devido ao sistema de comedouros que tenho”.
M E S E T S TE PO M A C
TOTY® Por João Sobral
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MASSEY FERGUSON 6718 S DYNA-VT Um 4 cilindros com 200 cv de potência No início de setembro, a Massey Ferguson fez a pré-apresentação dos novos MF 6700 S. A convite da marca, estivemos em França para conhecer em primeira mão o MF 6718 S, que é o modelo mais potente desta série.
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s MF 6700S substituem a série MF 6600. É acrescentado um S à designação para os diferenciar dos 6700 Global, uma linha de tratores com especificações mais básicas que a marca lançou há poucos meses.
6 modelos compõem a série
Mantendo a mesma dimensão do radiador, a MF introduziu melhoramentos no sistema e anuncia uma capacidade de refrigeração 18% superior.
Motor atualizado para Tier 4F
Neste segmento, a MF disponibilizava cinco modelos e adiciona agora mais um, o 6718S, que vem subir a fasquia em termos de potência. É mesmo anunciado pela marca como o trator de 4 cilindros mais potente disponível no mercado. Fomos experimentá-lo na região de Orléans, no âmbito dos Testes em Campo organizados para o prémio Tractor of the Year®, já que este era um dos modelos presentes na lista de nomeados.
O motor é o Agco Power de 4 cilindros, com 4,9 litros de cilindrada, já usado anteriormente, mas adaptado agora às normas de emissões Tier 4Final. Recorre a um
sistema de tratamento de gases SCR+DOC. Neste modelo, a gestão eletrónica de potência (EPM) consegue adicionar aos 175 cv de potência nominal, uma reserva adicional de 25 cv.
Transmissão Dyna-VT O modelo que experimentámos estava equipado com a conhecida transmissão de variação contínua Dyna-VT, mas as transmissões Dyna-4 e Dyna-6 também fazem parte do catálogo, contando esta última com um ‘modo pedal’ através do qual a mudança de relações se processa de modo automático.
Cabine e tecnologia A cabine possui suspensão mecânica e pode ser configurada com três diferentes níveis de equipamento. Um terminal touchscreen de 12” faz parte do pack disponível. A condução automática Auto-
Galeria de imagens
TOTY®
A reportagem em imagens no nosso site: www.abolsamia.pt/net/galerias-imagens
Por João Sobral
Guide 3000 e o sistema de telemetria AgCommand são tecnologias disponibilizadas pela marca na lista dos opcionais.
Hidráulico com mais capacidade O sistema hidráulico apresenta uma capacidade máxima de elevação traseira que é agora superior. Passou de 8.600 para 9600 kg. Pode ser configurado com 5 distribuidores (10 vias) atrás, e 2 distribuidores (4 vias) à frente. Um distribuidor traseiro de caudal contínuo (power beyond) também está disponível. Em termos de fluxo da bomba, a opção de maior performance vai agora até aos 190 L/min.
O painel de instrumentos foi ligeiramente retocado. Ficou mais fácil de consultar e ganhou uma aparência mais contemporânea.
Os novos blocos de lastragem da MF são feitos de uma liga concentrada que permite atingir o mesmo peso mas ocupando menos espaço. Apesar de não parecer, este bloco pesa 850 kg.
Todas as tomadas de óleo possuem uma patilha de descompressão, o que vem facilitar o manuseamento e tornar o trabalho mais limpo para o operador.
Motor Fabricante
Agco Power
Nº de Cilindros/ cilindrada
4 / 4,9 L
Potência nominal / máxima
175cv / 200 cv
Nível de emissões
Fase IV / Tier 4F
Binário máximo
744 Nm (840 Nm) / 32%
Transmissão Configuração
Variação Contínua
Velocidade máx.
50 km/h
Hidráulico Capacidade máx. de elevação
Traseira: 9.600 kg Ft: 3.200 kg
Fluxo da bomba
110 ou 190 L/min
Apreciação À chegada ao terreno onde o pessoal da MF nos aguardava, comecei por constatar que na aparência não há nada a diferenciar esta série e a anterior, quando já era de esperar a renovação da linha estética adotada pela MF. Experimentei o trator em trabalho de lavoura, tarefa em que se revelou muito disponível e estável, e com uma sonoridade diferente do habitual. Apesar de ter debaixo do capot o mesmo Agco Power, com a atualização do sistema de gases, o motor surge com uma sonoridade notoriamente mais silenciosa e suave. De resto, a marca apostou sobretudo na continuidade, introduzindo melhorias de pormenor, com destaque para a maior performance do hidráulico.
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TOTY® Por Sebastião Marques
Transmissão semi-powershift opcional e sistema ISOBUS
GOLDONI Q110 120
O trator que marca a renovação da série Quasar, já com a intervenção dos engenheiros do Grupo Lovol Arbos, destaca-se pela transmissão semi-powershift opcional, uma cabine com proteção de categoria 4, e a compatibilidade com o sistema ISOBUS.
N
a região italiana de EmiliaRomagna, conhecida pelas suas vinhas, a marca italiana colocou à nossa disposição o seu trator candidato a Melhor Especializado no passado mês de Outubro. Este é o primeiro modelo com “selo Arbos” a sair da forja.
Desempenho do motor Não tendo sido possível experimentar o trator em trabalho, somente condução, ficou por explorar o verdadeiro potencial do VM – R754 IE4 de 4 cilindros, injeção direta, common rail com turbo compressor e aftercooler que equipa o Q110. Ainda assim, a resposta em inclinações acentuadas foi positiva.
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Transmissão mecânica sincronizada ou semi-powershift A Goldoni disponibiliza duas versões ao nível da caixa de velocidades: uma de transmissão mecânica sincronizada (24+12), de série, com inversor mecânico e sistema START & STOP no pedal de embraiagem, ou, opcionalmente, uma semipowershift de dois níveis (16+16) com inversor eletro hidráulico. As velocidades variam entre os 400m/h e os 40km/h. A TDF está disponível em duas versões: 540/ 750 rpm (de série) ou 540/ 1000 rpm (opcional). Também opcional é a TDF dianteira 1000 rpm.
Cabines e plataformas O Q110 está disponível em duas plataformas, alta e baixa (baixo centro de gravidade) e com duas cabines (standard e low profile), consoante o tipo de tarefas e condições em que o trator será utilizado. Relativamente às cabines, para já, apenas a
Controlos da versão plataforma
versão standard tem proteção de categoria 4, sendo ainda de destacar o esforço feito ao nível da insonorização (79 dba), o ar condicionado opcional, e o assento de suspensão elástica. transmissão.
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A reportagem em imagens no nosso site: www.abolsamia.pt/net/galerias-imagens
Aspecto da cabine standard, com proteção de categoria 4. Novo sistema de abertura para manutenção diária com acesso facilitado ao radiador
Motor
Sistema hidráulico
Sistema ISOBUS
O sistema hidráulico de centro aberto com bomba tripla e três distribuidores traseiros e de serviço é uma das novidades apresentadas. Os três distribuidores dianteiros são controlados através de um joystick electro hidráulico. O hidráulico frontal está disponível como opcional.
VM
Nº de Cilindros/ cilindrada
4/ 2970 cm3
Potência nominal / máxima
102 cv
Nível de emissões
Fase IIIB
Binário máximo
420 Nm
Transmissão
Direção e travagem A direção é hidrostática com válvula de Load Sensing e consegue um ângulo de viragem de 55º. Os sistemas de travagem é hidráulico com discos múltiplos em banho de óleo, com sistema IST, activando simultaneamente a tracção das rodas dianteiras.
Fabricante / modelo
Configuração
Mecânica
Velocidade máx.
40 km/h
Hidráulico
ISOBUS
Capacidade máx. de elevação
Traseira: 2400 kg FT: 1200 kg
O novo modelo terá sistema ISOBUS, para permitir uma melhor interação com equipamentos, para o pomar e a vinha, de aplicação de taxa variável.
Fluxo da bomba
62 l/min
Dimensões Distância entre eixos
1925 mm
Peso operacional máximo
3600 kg
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EIMA 2016
NOVIDADES TÉCNICAS
EIMA 2016 No rescaldo da Feira de Bolonha, EIMA, apresentamos uma seleção de produtos premiados com o galardão “Novidade técnica 2016” pela FederUnacoma. Trata-se da 26ª edição do concurso para o reconhecimento das inovações em tecnologia apresentadas pelos fabricantes que participaram nesta exposição.
AUTOMOTRIZES C.A.E.B. INTERNATIONAL
Edy-Chipper
Carregador-cortador-recolhedor automotriz para restos de poda em culturas interfilares, que responde às exigências de especialização e aumento de produtividade de empresas de prestação de serviços.
COMPONENTES ALI
Multiplicador de lastragem
Contrapeso anterior que pode ser distanciado até 1 metro relativamente à posição standard no sentido longitudinal, para modificar a distribuição dos pesos e a estabilidade do trator, melhorando a condução. O contrapeso pode ser ajustado em todas as posições intermédias possíveis e é controlado hidraulicamente a partir da cabina.
NEW HOLLAND
Blue Cab 4 Sistema de filtração contra substâncias perigosas, com dois níveis diferentes de prestação, selecionáveis pelo operador em aplicações do trator ou por ativação automática em aplicações em pulverizadores automotrizes. O nível de filtração mais alto (cat. 4 conforme as normas EN 15695-1 e EN 15695-2), que exige sistemas de filtração mais evoluídos, pode ser utilizado apenas quando necessário, reduzindo os custos de manutenção.
ADR
Eixo para reboque agrícola com identificação por rádio-frequência Eixo para reboque agrícola construído em tubular monobloco equipado de um dispositivo de identificação por rádio-frequência para a gestão dos dados relativos a traçabilidade, manutenção e segurança.
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MITAS
Pneus de flutuação Agriterra Mitas, empresa pertencente ao Grupo Trelleborg, destacou na passada edição da Eima os pneus de flutuação Agriterra, os pneus VF HC 2000 para tratores de elevada potência e pneus para uso municipal. Em relação à gama Agriterra, uma das grandes vantagens destes pneus, de acordo com a Mitas, reside no menor custo operativo com um impacto positivo no consumo de combustível. Por outro lado, a construção de anéis de aço
assegura capacidades de carga superiores, estabilidade a velocidades superiores a 30 quilómetros por hora e uma resistência melhorada aos furos. Graças ao desenho da banda de rodagem, os pneus de flutuação Mitas têm, de acordo com a Mitas, 11% maior pegada que outros pneus premium da concorrência e 22% maior que outros pneus da concorrência com desenho de tração da banda de rodagem.
EIMA 2016 OLIMAC
Nova frente de milho Drago GT
Cabeça de corte para milho com duas caraterísticas peculiares: sistema de suspensão dos pratos colhedores e triturador duplo de caules. O primeiro reduz as perdas de produto graças à redução do impacto dos carolos contra os elementos de colheita; o segundo permite uma melhor trituração dos resíduos.
SPEZIA
Shiumone (Espumador)
Equipamento de deservagem térmica que utiliza uma solução espumosa que é depositada nas ervas a eliminar através do aumento da temperatura das mesmas. A utilização desta solução evita o uso de herbicidas químicos e permite aumentar a velocidade de tratamento comparativamente com outros sistemas que não usam estas substâncias.
ZUIDBERG F. SYSTEMS
Tomada de força frontal CVT
Tomada de força frontal acionada por transmissão de variação contínua; a velocidade do veio de saída não depende da do motor. Esta solução permite utilizar corretamente os implementos anteriores a uma baixa rotação do motor, levando a uma redução do consumo.
MÁQUINAS DE REGA IRRILAND
Protector
Dispositivo para enrolar e desenrolar uma tela de proteção dum sistema de rega automotriz numa máquina de rega. A tela é colocada entre a mangueira e o solo de forma automática enquanto o trator avança à medida que a mangueira vai sendo desenrolada. O enrolamento é automático através de atuadores alimentados por painéis solares. O processo permite reduzir o gasto de energia.
DESTROÇADORES NOBILI
Destroçador lateral SLS
Este destroçador lateral pode ser instalado à frente ou atrás do trator dispensando a utilização de ferramentas para reconfigurar a máquina.
SEMEADORES
DESERVADOR CAFFINI
Grass Killer
Equipamento para a deservagem interfilar de culturas arbóreas que utiliza exclusivamente água a uma pressão muito elevada. Equipa com uma bomba de pressão muito elevada, um rotor porta-bicos e bicos rotativos que injetam água sob a superfície do terreno destruindo o sistema radicular das infestantes. A sua utilização reduz quase a zero o impacto ambiental do processo de deservagem.
MATERMACC
RED Sistem
Sistema que permite a queda de pressão necessária para o funcionamento de um semeador pneumático de precisão, através da exploração da energia residual do gás de descarga do motor endotérmico do trator. Esta solução pode favorecer o uso de semeadores de precisão em zonas em desenvolvimento, onde os tratores não são dotados de tomada de força e os custos devem ser reduzidos. Permite a eliminação da ventoinha com redução do consumo energético, peso e manutenção.
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EIMA 2016 SOFTWARE ARGO TRACTORS
O fator humano
OUTRAS NOVIDADES GRUPO BCS
Série K105 Com a nova série de tratores especializados compactos K105 (BCS Volcan K105, Ferrari Vega K105, Pasquali Orion K105), o Grupo BCS entra na era dos tratores isodiamétricos com gestão eletrónica: o motor Kubota, Tier 3B de 3,8 litros, 98 cv e common rail de última geração promete consumes mais baixos de combustível, a par com emissões poluentes reduzidas. Também nova é a transmissão: os tratores da série K105 são, de acordo com o construtor, os únicos a adotar uma embraiagem multidisco e banho de oleo com gestão eletrónica. Possui um inversor eletro-hidráulico EasyDrive e um posto de condução melhorado, um painel de instrumentos novo e novas cabines low-profile pressurizadas e homologadas na categoria 4.
O sistema de detecção e aconselhamento do comportamento do condutor do trator durante o transporte em estrada, desenvolvido pela Argo Tractors, permite otimizar de maneira simples e imediata a forma de condução em estrada do operador, no que se refere a conforto, segurança e economia de operação. O sistema é composto por sensores, uma centralina, um sistema de comunicação de dados através dum servidor remoto e um ecrã onde são disponibilizadas as informações.
CARRARO
Agricube mais completa
OCMIS
i-Can System: sistema electrónico de gestão e alinhamento para máquinas pivot e linear
Sistema de alimentação e controlo baseado em tecnologia CAN-Bus para máquinas de rega de pivot ou frontais, caraterizado por codificadores que permitem o controlo contínuo da movimentação da máquina. O sistema integra funcionalidades de controlo adicionais dos parâmetros operativos (por exemplo, a irrigação pontual utilizando mapas por satélite) e diagnósticos em tempo real. Esta tecnologia permite uma maior simplicidade na colocação da máquina em funcionamento, a redução de custos e maior flexibilidade e uniformidade na distribuição.
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O fabricante italiano Carraro Tractors adiciona à sua linha Agricube uma nova série de tratores compactos, composta por três modelos: K4, K5 e K6. O modelo K4, de 35 cv, equipa com um 3 cilindros de 1,7 litros de cilindrada. Já os modelos K5 e K6, de respetivamente 47 e 55 cv, possuem motor de 4 cilindros com 2,3 litros. A transmissão é uma 12/12 com inversor sincronizado, que permite alcançar os 30 Km/h, e a TDF é de dois regimes: 540 e 540E. A nível de hidráulico, contam com 2 distribuidores (4 saídas) e uma capacidade máxima de elevação de 1500 kg. O fluxo é de 33,6+18 L/min no modelo de entrada, e de 42+19 L/ min nos outros dois. Esta nova série resulta de uma parceria celebrada com a marca coreana Kukje, que comercializa na Europa sob o nome Branson. Esta série está disponível apenas na configuração de plataforma com arco.
LANDINI
Série Rex 4 renovada Os novos Rex 4 foram apresentados ao público na EIMA 2016 em 4 variantes: F (Fruteiro), GT (Largo), V (Vinhateiro), e GE (Rebaixado). As três primeiras variantes podem ser adquiridas com cabine ou com arco, enquanto os modelos GE só estão disponíveis em versão plataforma com arco. São seis os modelos propostos em cada variante, com potência entre 70 e 111 cv. O motor, comum a todos, é um Deutz de 4 cilindros, de 2,9 litros, adequado à Fase IIIB/Tier 4i A transmissão 12/12 pode equipar com inversor sincronizado ou eletrohidráulico. Em função do tipo de inversor, a TDF, de 2 ou 4 regimes, contará com engrenamento mecânico ou eletro-hidráulico. Nos Rex 4 a bomba hidráulica é dupla, de 55+30 L/min (60+30 na versão GT), ou tripla, de 25+55+30 L/min, nas versões cabinadas. Entre os opcionais encontramos o eixo dianteiro com suspensão central, e para realizar tratamentos, a marca italiana disponibiliza proteção de categoria 4 da cabine.
Novos Semirreboques GALUCHO MG
Mais leves, mais independentes e ainda mais resistentes
Um objetivo, uma meta: Facilitar a vida dos agricultores A nova gama MG nasce da inovação tecnológica da engenharia GALUCHO. Uma tonelada a menos que o torna mais leve. Os novos MG superam na capacidade de transporte ao disponibilizarem até 28 m3 de caixa. O sistema hidráulico independente impede as misturas de óleos entre tratores e o sistema de eixos direcionais facilitam as manobras. Personalize ainda o equipamento com a vasta oferta de acessórios disponíveis.
GALUCHO, Soluções Eficientes.
A GALUCHO juntou-se ao BPI no financiamento à agricultura portuguesa.
www.galucho.com
EIMA 2016 CLAAS
A nova geração Nexos
MASCHIO GASPARDO
Uma gama cada vez mais completa protocol Isobus, que pode ser montado em diversos modelos da marca contribuindo para uma maior precisão da sementeira e simplificação do sistema de distribuição. Por fim, no tratamento das culturas, surgem novas barras para os pulverizadores da série Campo (de 4500 a 6600 litros), cujo desenho permite absorver melhor as imperfeições do terreno.
A Claas apresentou a nova geração dos seus especializados Nexos que inclui 5 modelos de tratores. O motor comum a todos eles é um FPT de 4 cilindros com injeção eletrónica commonrail, com potências de 75 até 112 cv e sistema de gestão de potência nos dois modelos topo de gama (250 VL and 250 F). Estes motores cumprem com os requisitos europeus em matéria de emissões (IIIB ou Tier 4i). Nos novos Nexos, a velocidade do motor pode ser ajustada com precisão através de um botão na cabine, garantindo a velocidade certa no trabalho com implementos acionados pela TDF. As dimensões da gama começam em 1.00 m de largura externa no modelo VE para linhas estreitas, 1,26 m no modelo VL para linhas mais largas, e a partir de 1.45 m no modelo F para pomares. As transmissões possíveis na nova gama são cinco, uma das quais nova, com 24 velocidades para a frente e para trás em combinação com um sistema inversor Revershift sem embraiagem (clutchless). Esta nova transmissão aplica-se apenas aos modelos F e VL. O modelo topo de gama equipa com transmissão 24 F/12 R com Revershift and Twinshift (duas velocidades powershift). Para o engate frontal de alfaias, existem agora ligações hidráulicas adicionais, e também no que toca à TDF que oferece uma versão 540 Eco rpm em alternativa à convencional com 1000 rpm. A capacidade máxima de carga nos pontos de engate do elevador traseiro é de 3,1 t (2,5 t no modelo VE). Os novos Nexos estão disponíveis com duas saídas hidráulicas diferentes. Uma bomba hidráulica com um caudal de 60 l / min proporciona um fornecimento eficiente a todas as exigências hidráulicas, mas para aplicações mais exigentes está disponível um sistema hidráulico com uma bomba adicional de 27 l / min para a ligação traseira. O peso bruto admissível desta série pode ser limitado a 3,5 t para que possa ser operado com uma carta de condução em certos países.
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Na Eima, o stand do Grupo Maschio Gaspardo cobria 3000 m2 e tinha mais de 70 produtos em exposição. Em destaque, na cor preta, a Black Edition da Extreme 365 que assinalava o 30.000° exemplar desta linha de enfardadeiras de camara e geometria variável. Outrora Feraboli, hoje com a marca Maschio. Ainda no setor da fenação, a nova gama de produtos para o corte, condicionamento e recolha, como a gadanheira Debora H Pro e o volta-fenos encordoador Golia. Na mobilização de solos, entre as novidades presents destacamos o novo cultivador de discos Veloce capaz de trabalhar bem em presença de restolho abundante graças ao distanciamento de 80 cm entre discos. Na sementeira, surge uma nova versão do semeador combinado Corona, agora com uma nova barra de sementeira reforçada. Nos semeadores de precisão, a Gaspardo destacou-se com o Isotronic, o novo elemento com gestão electronica e
SAME
Frutteto S 100 Active Drive O Grupo Same Deutz-Fahr apresentou a sua gama de vinhateiros com design renovado.
PRESENÇAS PORTUGUESAS
Stagric.
Grupo JOPER.
Novos VSMS L5S da Bridgestone testados na ALMINA, Minas do Alentejo S.A., em Aljustrel
No Complexo Mineiro de Aljustrel estão criadas as condições perfeitas para testar os limites de qualquer máquina. Por isso, a Bridgestone escolheu este local para por à prova a sua nova gama de pneus VSMS L5S destinados a utilizações que requerem máxima resistência, e em condições severas.
As máquinas envolvidas nos trabalhos da exploração de minas são diariamente expostas a condições de dureza extrema. A durabilidade dos seus componentes de desgaste é mais reduzida e são necessárias substituições frequentes. Como tal, existe uma busca constante por componentes de substituição de elevado desempenho e durabilidade. É aqui que as parcerias com os fabricantes podem representar um papel importante, com vantagens para ambas as partes: na exploração mineira estão criadas as condições perfeitas para testar os componentes no limite. Na indústria dos pneus, as minas subterrâneas são, por excelência, o laboratório de ensaio de novas tecnologias posteriormente aplicadas noutros setores. Lá, os pneus são sujeitos a elevadas temperaturas, ao contacto com águas ácidas extremamente agressivas e submetidos a todo o tipo de agressões físicas, desgaste, perfurações e rasgões. Para testar uma versão melhorada da sua gama de pneumáticos especial para aplicações em minas subterrâneas, a VSMS L5S, a Bridgestone selecionou a mina de Aljustrel e outra mina na Suécia como local de testes. Os pneus em teste foram montados numa pá carregadora subterrânea Atlas Copco Scooptram ST14 que trabalhou ininterruptamente durante cerca de 9 horas. Findo este período de trabalho, procedeu-
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-se à análise dos pneus com a realização de várias medições relativas a temperatura, desgaste e perfurações. Os resultados dos testes encontram-se todavia, ainda, no “segredo dos deuses”, devendo ser conhecidos no lançamento do pneu no mercado, o que deverá ocorrer durante o próximo ano. O VSMS L5S é um pneu radial com banda de rodagem lisa cujo composto especial de rodagem garante máxima resistência a cortes e ao desgaste. A nova versão em teste incorpora novos e diferentes compostos que lhe deverão conferir mais resistência quer à temperatura, quer às agressões físicas. Além disso o tipo de construção é de *** (3 estrelas) para permitir aumentar ainda mais a capacidade de carga. O objetivo é obter um pneumático
Análise dos pneus dentro da mina. Também no interior da mina se procedeu ao registo de dados dos novos pneus, desta vez levado a cabo por Telmo Montenegro da Bridgestone.
com maior longevidade e consequentemente, maior produtividade.
Na indústria dos pneus, as minas subterrâneas são, por excelência, o laboratório de ensaio de novas tecnologias posteriormente aplicadas noutros setores.
A Almina é uma empresa mineira de capitais portugueses que explora o Complexo Mineiro de Aljustrel e à data proporciona cerca de 1.000 postos de trabalho nas atividades da extração de Minério e na produção de concentrados de Cobre tendo, como tal, um papel relevante na economia da região e do País. Exporta para todo o mundo, mas atualmente a China é o seu principal cliente. A concessão mineira encontra-se ao redor da vila mineira de Aljustrel, no Alentejo. A área de concessão é de aproximadamente 18,7 km2 e abrange os depósitos de São
Pá-carregadora subterrânea Atlas Copco ST14 equipada com os novos pneus VSMS L5S com medida 26,5R25. Depois de trabalhar 9 horas contínuas no subterrâneo, procedeuse à medição precisa da temperatura em várias pontos e profundidades do pneu. Também se analisou o desgaste e o estado dos pneus no que respeita a perfurações e rasgões.
Reportagem fotográfica
Produto
Visite o nosso site www.abolsamia.pt/net/galerias-imagens
por João Correia
João, Moinho, Feitais e Estação. Anualmente perfura 7 a 8 km de galerias para extrair cerca de 2.700.000 toneladas de minério de cobre. Neste momento, a profundidade máxima da mina é de 600 metros. Dispõe de um parque de máquinas a rondar as 225 unidades, entre dumpers, pás carregadoras, jumbos, camiões, pick-ups, veículos de emergência, etc. Com o objetivo de diminuir o percurso das deslocações dos dumpers carregados de minério foi montada uma britagem no subterrâneo. Daí o minério é transportado por cintas transportadoras em borracha até à unidade de processamento - Lavaria, instalada à superfície. A grande parte das atividades desenvolvem-se em regime de laboração contínua. As máquinas estão sujeitas a condições de trabalho extremas e a sua manutenção e reparação assumem um papel fundamental, já que a durabilidade dos vários componentes das máquinas, devido às duras condições de trabalho, é mais reduzida requerendo substituições
frequentes. Só a divisão de manutenção das máquinas ocupa atualmente cerca de 60 mecânicos. Com um consumo anual na casa dos 800 pneus, o que representa um grande fatia dos custos totais de exploração, a escolha do pneu assume um papel muito importante. De acordo com Nuno Félix, responsável pela manutenção do parque de máquinas, “...as condições de trabalho muitas vezes não permitem a otimização dos pneus. Temos pneus que não duram mais de 700 horas de trabalho. A Bridgestone representa atualmente cerca de 60% dos pneus consumidos na mina. “...apesar de trabalharmos com outras marcas os pneus da Bridgestone são os que melhor aguentam as muito difíceis condições de trabalho próprias das minas subterrâneas. Temos o apoio de três concessionários da marca que nos dão assistência. Além disso como o trabalho não pode parar temos um grande stock de pneus novos da marca à consignação.”
De acordo com Nuno Félix, responsável pela manutenção do parque de máquinas, “...as condições de trabalho muitas vezes não permitem a otimização dos pneus. Temos pneus que não duram mais de 700 horas de trabalho.”
Empresa: ALMINA Local: Complexo Mineiro de Aljustrel, Aljustrel. Área da concessão mineira: 18,7 km2. Atividade: extração de minério e produção de concentrados de cobre. Postos de trabalho: 1.000 Produção anual: 2.700.000 toneladas de minério de cobre.
Rampa de Fetais, uma das entradas da mina.
1. Pá carregadora subterrânea a carregar um dumper subterrâneo num espaço confinado. O dumper transporta cerca de 60/70 toneladas e desloca-se num declive com inclinação de 12% a cerca de 20 km/h. Apesar do seu estado de sujidade, todos os dias as máquinas são limpas com jatos de alta pressão numa estação de lavagem no exterior da mina. 2. Aspeto geral das oficinas. Diariamente é prestada manutenção e reparação das máquinas, de acordo com uma rigorosa planificação. Cerca de 60 mecânicos desmontam e montam completamente as máquinas, substituem componentes partidos para além da manutenção do dia-a-dia. 3. Jumbo de furação de avanço, para abertura de novas galerias. Anualmente são abertos cerca de 7/8 quilómetros de novos túneis, para acesso às câmaras de minério, que após exploradas são enchidas com escombro proveniente do desenvolvimento mineiro. Nada é desperdiçado, nem mesmo o escombro. 1. 2.
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Oficina por João Sobral
Manutenção Preventiva Acondicionar as ceifeiras-debulhadoras entre campanhas Agora que a debulha está terminada, é altura de se pensar sobre a melhor maneira de acondicionar as ceifeiras-debulhadoras durante o Inverno. De preferência, deixando-as prontas para retomar o trabalho assim que comece a próxima campanha. A este propósito, falámos com três profissionais que possuem ceifeiras-debulhadoras, e ouvimos também o chefe de oficina de um concessionário. 36
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Vicente Amador
É
chefe de oficina. No seu percurso profissional completa 36 anos de trabalho ao serviço da Etelgra, o concessionário da New Holland em Vendas Novas. Presta assistência a um parque composto por cerca de 40 ceifeiras-debulhadoras, de clientes que se dedicam ao arroz e ao milho. Iniciámos a conversa com Vicente Amador perguntando-lhe se os proprietários de ceifeiras costumam solicitar à oficina um serviço de manutenção preventiva, com vista ao acondicionamento da máquina durante o inverno. “Há alguns clientes que têm a preocupação de revisionar a máquina agora no final da campanha. Mas cerca de um mês antes de a nova campanha começar é que a maioria dos clientes nos chama”, explicou.
Oficina
A CX 840 a debulhar milho.
trabalham em sequeiro. “Como trabalham com humidade, em comparação com uma máquina de sequeiro tem de se ter mais cuidados para não se deixar enferrujar. Geralmente tem de se desarmar os crivos e as mesas preparadoras, para retirar a terra acumulada. Não há problema em lavar a máquina, desde que depois seja limpa e se deixe enxugar. Há clientes que todos os anos pintam a máquina por dentro com um primário.”
VICENTE AMADOR,DA ETELGRA, PRESTA ASSISTÊNCIA A UM PARQUE COMPOSTO POR CERCA DE 40 CEIFEIRAS-DEBULHADORAS, DE CLIENTES QUE SE DEDICAM AO ARROZ E AO MILHO.
O ciclo de tempo do cliente e o da oficina
No seu entender, não é por falta de organização que as pessoas deixam as intervenções para mais tarde. “Alguns clientes não têm disponibilidade financeira no fim da campanha”, pois com frequência aguardam pagamentos por parte de clientes a quem prestam serviços ou por parte de empresas a quem vendem a produção. É um ciclo de atrasos que depois se reflete no planeamento de trabalho da oficina. “Se deixam todos para um mês antes de começar a campanha, nessa altura não consigo ter pessoal suficiente para fazer as manutenções todas e nas melhores condições”, advertiu. Por se tratar de máquinas de grande porte, difíceis de deslocar, tanto as avarias inesperadas como as intervenções programadas, são resolvidas no campo.
Máquinas do arroz requerem mais manutenção
Quisemos saber se há cuidados especiais a ter com as máquinas que debulham arroz, comparativamente às que
Pontos de manutenção preventiva
Acerca dos pontos das ceifeiras que devem ser vistos, Vicente Amador aponta os principais: “Faz-se a revisão do motor, vê-se o estado das correias, e o estado dos roletos dos rastos de ferro. Verifica-se as rotoras, o botador, e as correntes do elevador, e também a frente de corte, para ver o que é necessário substituir”. Adicionalmente, uma boa limpeza é fundamental. “Os ratos são causadores de cerca de 10% das avarias nas ceifeiras”, adianta. “Se ficarem mal limpas e se não forem postas a funcionar de vez em quando, é muito provável que os clientes venham a ter problemas devido aos ratos”, concluiu.
João Banza
Faz-se a revisão do motor, vê-se o estado das correias, e o estado dos roletos dos rastos de ferro. Verifica-se as rotoras, o botador, e as correntes do elevador, e também a frente de corte, para ver o que é necessário substituir. Particularidades das ceifeiras mais recentes
Os sistemas de tratamento de gases são um novo elemento que requer precauções. “Nestas máquinas novas com AdBlue, não se aconselha tirar a ureia [durante o período de paragem]. Deve-se é pôr a máquina a trabalhar com regularidade para que o sistema da ureia funcione e os componentes não oxidem”. Os novos componentes eletrónicos, quando estão muito expostos à humidade, têm
tendência a originar erros. Mas como nos informa, o pessoal recebe formação à medida que a tecnologia evolui, e a oficina tem os equipamentos de diagnóstico para dar resposta. Presentemente, por uma questão de especialização e conhecimento do produto, só dão assistência a ceifeiras e a automotrizes da New Holland.
A vida de um mecânico de máquinas
Tirando uma ou outra situação mais complicada, há solicitações que acontecem com maior frequência a meio da campanha. Os clientes chamam mais vezes “devido a rolamentos gripados, correntes ou correias que se estragam, ou devido a algum problema dos motores hidrostáticos, mas isso é mais raro”. Mas também há as tais avarias mais complicadas. “Já tenho tido situações de gripar uma rotora dentro de um canteiro de arroz e termos de fazer a reparação no local, ou sair um rasto e termos de o montar também dentro do canteiro.” Claro está que saem de lá completamente enlameados, o que mostra que muitas vezes o pessoal da assistência tem pela frente situações atribuladas para resolver.
G
ere a empresa Agro Vale Longo, sediada em Ervidel, juntamente com o irmão, Joaquim Banza. Têm produção própria de várias culturas, e também fazem prestação de serviços. Possuem uma ceifeira-debulhadora New Holland CX 840. Visitámos João Banza a meio de outubro, em Beringel, onde andava a bom ritmo a debulhar um pivot de milho. Entre trabalhos próprios e prestação de serviços, ao longo de uma campanha, com a CX 840 faz cerca de 800 ha de debulha, numa variedade de culturas como o milho, o milho pipoca, a colza, e o girassol.
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Oficina É verificada a existência de fugas no sistema de respiração do motor.
Fazer uma vistoria geral e uma revisão
É feita a mudança de óleo dos carters da frente de corte para milho.
Lubrificar e fazer limpeza com compressor
Fomos diretos ao tema. Que cuidados costuma ter com a ceifeira para a guardar durante o inverno? “Assim que terminamos a debulha, lubrificamos logo a máquina. Aproveitamos porque os rolamentos e os veios estão com temperatura mais alta e o lubrificante penetra melhor”, começou por nos dizer. Com a máquina ainda quente, aproveitam também para mudar os óleos, que ficam a escorrer de um dia para o outro. “Seguidamente sopramos a máquina. Para ficar bem limpa, um homem leva entre 12 a 15 horas a fazer esse serviço. Não pode ficar palha em lado nenhum”, reforçou, porque restos de palha ou semente são um chamariz para os ratos. Para os manter à distância também costuma deixar algumas bolas de naftalina em certos pontos da ceifeira. Como trabalha em sequeiro, a máquina é só soprada a compressor. “Esta máquina nunca é lavada. Só lavamos por fora com uma mangueira com pouca pressão e uma vassoura”. Faz também a limpeza da cabine, do motor, e dos filtros de ar.
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Para além da lubrificação e da limpeza, há uma outra tarefa que é feita em simultâneo. “A pessoa faz dois serviços. Quando está a soprar a máquina, verifica também se há problemas no chassis, se há fissuras, se há folgas nos veios, se há alguma polia que não esteja bem”. Ou seja, é feita uma vistoria completa a todos os elementos, onde se inclui verificar a tensão e o estado das correias. João sublinha a atenção que deve atribuir ao sistema de respiração do motor, para situar eventuais fugas. No que toca aos acessórios, no final de cada campanha é mudado o óleo de cada cárter da frente de milho. Já a frente de cereal é mais simples. Basta instalar facas novas e verificar se a caixa da foice tem folgas. Nesta fase solicitam a ajuda do concessionário New Holland de Beja, e todo o material
Quando começarmos o ano seguinte, estamos descansados. Estamos a falar de máquinas com um custo muito alto. Não podemos arriscar. de desgaste que possa estar em risco de não fazer outra campanha, é substituído. “Quando começarmos o ano seguinte, estamos descansados. Estamos a falar de máquinas com um custo muito alto. Não podemos arriscar”, sublinha.
Cuidados a ter durante os meses de paragem
Durante o inverno, “a máquina deve ser posta em cima de apoios para evitar que os pneus fiquem a suportar a carga durante 6 meses e se deformem”. Mas há outros procedimentos que costumam respeitar. “Todos os meses pomos a máquina a trabalhar. Não só o motor mas todos os componentes, para evitar que algumas peças possam agarrar”, conclui.
Virgolino Barrosinha
N
a sua exploração, no concelho de Vendas Novas, a principal cultura é o arroz, a que dedica 200 ha, embora também produza algum sorgo. Possui duas ceifeiras New Holland, uma TC56 e uma TC5.80. Visitámos Virgolino Barrosinha no início de outubro, em Lavre, quando andava em pleno na debulha. E outra vez, já mais para o final do novembro, nas suas instalações nos Nicolaus (Landeira), quando já levava adiantado a limpeza e a revisão das máquinas, trabalho que faz juntamente com um
Oficina
Verificação dos rolamentos e correias da frente de corte.
funcionário e com o filho João. A respeito de procedimentos de limpeza, disse-nos que já teve anos em que as máquinas chegaram ao fim em pior estado. “Agora, semeamos variedades de arroz de palhas curtas, que têm menos tendência para acamar, o que faz com que máquina não precise de tanta manutenção”, adianta. Isto porque entra menos lama para o interior. A TC-56, apesar de muito bem conservada, já vai com dez campanhas feitas, e a TC 5.80 completou agora a segunda campanha.
A PRINCIPAL CULTURA É O ARROZ, A QUE DEDICA 200 HA, EMBORA TAMBÉM PRODUZA ALGUM SORGO. POSSUI DUAS CEIFEIRAS NEW HOLLAND, UMA TC56 E UMA TC5.80.
A máquina acabou o serviço, e no dia a seguir fez-se a lavagem porque vem tudo ainda fresco e é mais fácil de limpar. Se deixarmos passar tempo, quando voltamos a mexer na máquina dá o dobro do trabalho.
Dar logo início à lavagem sob pressão
Assim que termina a debulha, revisiona a ceifeira de uma ponta à outra. “A máquina acabou o serviço, e no dia a seguir fez-se a lavagem porque vem tudo ainda fresco e é mais fácil de limpar. Se deixarmos passar tempo, quando voltamos a mexer na máquina dá o dobro do trabalho”. E nas condições em que trabalha tem mesmo de lavar. “Em sequeiro é possível que se faça a limpeza só com compressor. Mas nós aqui andamos na lama, e se formos só soprar a sujidade não sai”, explica-nos.
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Oficina
Elementos dos rastos, que foram totalmente desmontados para ser feita a substituição das correntes.
João Bravo da Silva
A máquina já com a limpeza feita ao pormenor.
Verificar vários componentes
O uso de rastos de ferro é muito mais exigente para o sistema de transmissão do que o uso de pneus. “Como é uma máquina que trabalha com lagartas, convém verificarmos as rotoras. Temos agora uma desmontada porque tinha lama dentro. E este ano estamos também a mudar as correntes dos rastos, que estão gastas”, explicou-nos, ao mesmo tempo que nos mostrava as peças
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desarmadas. Embora não seja uma operação que faça todos os anos, quando é necessário retira a ciranda para proceder a uma limpeza mais profunda e aplicar uma pintura para conservação. A frente de corte é também totalmente inspecionada. “Desmontamos, alargamos as correias, e verificamos se os rolamentos estão em boas condições. Vamos à procura de todos os pormenores”.
Uma oficina com bons meios
Virgolino possui um bom espaço de oficina, com equipamentos de tornagem e soldadura. Aproveitando estes meios, e o facto de atravessarem uma época baixa de trabalho no campo, grande parte do trabalho de revisão é feito pelo pessoal da casa. O concessionário, no caso a Etelgra, é envolvido na preparação das ceifeiras ao nível de intervenções mais especializadas.
G
ere a Grafiterra, uma firma de prestação de serviços, sediada em Águas de Moura, que realiza anualmente as operações do ciclo do arroz numa área de 518 hectares. Possui duas ceifeiras Claas, uma Dominator e uma Lexion 570. Além de 60 ha de produção própria, e de alguns serviços esporádicos de terraplanagem e sementeira de trigo e tremoço, a Grafiterra está dedicada ao serviço de aluguer, que presta a quatro grandes clientes produtores de arroz. Na firma, juntamente com João Bravo da Silva, trabalham três funcionários. Foi já no final de novembro que o visitámos, quando ele e a sua equipa estavam de volta da Lexion, a retirar-lhe de cima uma grande quantidade de palha, moinha e lama.
Oficina JOÃO BRAVO DA SILVA REALIZA ANUALMENTE AS OPERAÇÕES DO CICLO DO ARROZ NUMA ÁREA DE 518 HECTARES. POSSUI DUAS CEIFEIRAS CLAAS, UMA DOMINATOR E UMA LEXION 570.
Desarmar, limpar, voltar a armar
Tinham acabado de encerrar a campanha e a ceifeira estava nas últimas. Foi trazida de volta à base, com sujidade em tudo quanto era sítio, e estavam a iniciar um profundo trabalho de manutenção que segundo João nos explicou, iria demorar cerca de três semanas completas até ficar concluído. “Esta ceifeira é toda desmanchada e revisionada de uma ponta à outra, todos os anos é pintada com aparelho, lubrificamos, metemos rolamentos e correias novas, e qualquer outra coisa que precise”. Após a lavagem, para assegurar que fica sem humidade, “a máquina é toda soprada”. Esta empreitada é levada avante pelos dois maquinistas que estão responsáveis pela ceifeira no período da debulha, e que se revezam para que ela não pare ao longo de uma jornada de trabalho, nem mesmo na hora de almoço. “Eles não fazem mais nada. Só trabalham com a máquina”, afirma.
Esta ceifeira é toda desmanchada e revisionada de uma ponta à outra, todos os anos é pintada com aparelho, lubrificamos, metemos rolamentos e correias novas, e qualquer outra coisa que precise.
Manutenção dos rastos de borracha
A Dominator tem rastos de ferro. Já a Lexion está equipada com rastos de borracha e tração traseira. Como só trabalha no arroz, o que significa que anda sempre dentro de lama, nesta fase os rastos são retirados. Instalam as rodas para poder deslocar a ceifeira dentro das instalações, e procedem à limpeza e manutenção dos rastos. “Têm três campanhas e estão como novos”, assinala. É tudo feito na oficina que possui nas suas instalações. Só no caso
Só a água sob pressão não basta para retirar toda a lama. É preciso recorrer a uma alavanca raspadeira.
Existe sujidade instalada em todos os recantos.
de surgir algum problema de eletrónica é que recorre a serviço externo.
Compensa investir em manutenção preventiva
Quisemos saber se dava mais atenção a alguns pontos críticos. “Isto é uma máquina de um certo porte, e como trabalhamos muito, para mim todos os pontos são críticos. Pode haver uma pequena peça, simples, que está da parte de trás de outra peça. Não vale a pena ficar por ver só para se poupar cinquenta euros. Porque depois, se falhamos um dia de trabalho,
perdemos dois mil euros, e o cliente não fica satisfeito”. É por João Bravo da Silva achar que não pode correr esse risco, que muitas peças são retiradas e vistas ao pormenor fora da máquina. “O investimento que faço nesta altura é um investimento rentável”, daí que a estratégia seja para manter.
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SIMA 2017
Inovações Premiadas
O Sima 2017 decorre de 26 de fevereiro a 2 de março de 2017 em Paris Nord Villepinte.
SIMA 2017
A cerimónia do Sima Innovation Awards, que desde 1931 premeia os produtos apresentados pelos expositores com mais interesse para o agricultor, decorreu no final de novembro. Nesta edição do concurso, o júri atribuiu 2 medalhas de ouro e 5 medalhas de prata que seguidamente apresentamos, e 18 citações das quais publicamos uma seleção.
ver também www.simaonline.com
MEDALHAS DE OURO MICHELIN
Pneu evolutivo 2 em 1 De acordo com a Michelin, o pneu Evobib é capaz de modificar a sua forma e a sua banda de rodagem de acordo com a pressão e a utilização. A pressões mais elevadas, em estrada, apenas a parte central da sua banda de rodagem está em contacto com o solo proporcionando uma condução com menos vibrações e aumentando a segurança da condução. A pressões ultra baixas, a superfície de contacto da banda de rodagem com o solo aumenta (até +20% de acordo com a Michelin), reduzindo a compactação e aumentando a capacidade de tração do trator.
TRELLEBORG
Pressão de enchimento variável dependente da carga Este sistema é capaz de regular automaticamente a pressão do pneu em função da carga real de uma ceifeira-debulhadora em trabalho, adaptando de forma ótima a área do rasto, para reduzir a compactação. É constituída por um conjunto de sensores que medem a deformação, a pressão, a temperatura, e um dispositivo eletrónico que controla um compressor e uma válvula para ajustar a pressão.
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SIMA 2017 MEDALHAS DE PRATA CASE IH
Trator autónomo sem cabine
Leia o artigo na página 76 com a explicação do funcionamento do trator autónomo.
JCB AGRI
Transmissão variável JCB Dualtech VT A transmissão JCB DualTech VT combina um acionamento hidrostático a 100% para os trabalhos a baixas velocidades – nos quais disponibiliza flexibilidade, precisão, e uma alta disponibilidade de binário – com um módulo Powershift a 100% para as deslocações a grande velocidade em estrada ou para puxar um reboque, trabalhos para os quais as transmissões mecânicas Powershif são ideais porque oferecem um rendimento energético ótimo.
Limpa-bermas hidráulico com rotor de acionamento elétrico O limpa-bermas hidráulico e-Kastor está equipado com uma transmissão de potência elétrica para o acionamento do rotor. Um gerador transmite a potência mecânica da tomada de força do trator ao rotor da secção de trituração. O e-Kastor oferece um rendimento superior da cadeia cinemática, conservando a capacidade de manobra do braço graças à utilização de macacos hidráulicos.
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Sistema inteligente de lubrificação do trator e alfaias O sistema Smart Autolube é constituído por uma central de lubrificação que permite distribuir o lubrificante por 4 secções independentes (duas secções para o trator, e duas para as alfaias atrás ou à frente). Para os implementos Isobus, existe um reconhecimento automático do implemento. A quantidade de lubrificante é distribuída em função da utilização real de cada implemento. O conjunto de regulações e a documento estão acessíveis na consola do trator, na cabine.
NEW HOLLAND
Trator autónomo de elevado desempenho
Leia o artigo na página 76 com a explicação do funcionamento do trator autónomo.
MENÇÕES HONROSAS
ROUSSEAU
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JOHN DEERE
AGCO
Gestão dinâmica do comprimento do terceiro ponto O sistema “Massey Ferguson Dynamic Top-Link Control” (DTLC) permite o controlo e a regulação automática do comprimento do terceiro ponto afim de manter a geometria do engate e a posição do implemento em relação ao solo. Esta função permite melhorar a eficácia das alfaias, o conforto do utilizador, reduz a patinagem, o consumo de combustível e permite ainda
manter uma profundidade de trabalho uniforme.
AMAZONE
JOHN DEERE
Controlo da altura de rampa em função dos bicos
Sesam, o trator elétrico de elevada potência
O sistema HeightSelect permite programar uma altura de pulverização para cada bico integrado no porta-bicos AmaSelect. Uma vez que cada bico pode precisar de diferentes alturas de trabalho em função das suas características, este automatismo permite modificar automaticamente a altura da rampa quando a substituição dum bico é feita manualmente pelo utilizador ou automaticamente em função dos parâmetros de pulverização, com o objetivo de manter uma qualidade de pulverização perfeita.
O trator SESAM da John Deere é um trator de elevada potência totalmente elétrico, a baterias, completamente operacional. A energia elétrica fornece um elevado binário independentemente da velocidade e um rendimento elevado. Permite um controlo direto, confortável e independente de todas as funções. O carregamento controlado permite o autoconsumo de eletricidade renovável e torna possível uma agricultura autónoma em energia ao menor custo.
CLAAS
Turn In, Reentrada otimizada nas linhas A função Turn In, integrada de série nos terminais S7 e S10, está disponível em todos os tipos de máquinas, tratores, ceifeiras debulhadoras e ensiladoras. O Turn In calcula a melhor trajetória que o veículo deverá fazer para encontrar a linha de referência seguinte na fase de meia-volta na
cabeceira, levando em conta uma série de informações recolhidas no momento, com o objetivo de antecipar a vontade do operador e permitir assim encontrar a linha de forma otimizada sem sobreposições nem lapsos.
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Produto por Ana Botelho com Francisca Gusmão
NOVO DESENHO: PARA ALÉM DA FORMA MUITO CURVADA DA CABINA, OS GUARDA-LAMAS E O CAPOT FORAM REDESENHADOS E A LANÇA É NA COR PRETA.
NewAg nova geração Manitou
A
Manitou renovou completamente a sua gama de carregadores telescópicos destinados à agricultura, de 6m a 9m com uma nova cabina, transmissão de variação contínua e novas funções hidráulicas. Os modelos NewAg são homologados como “Tractor CE”. Durante a convenção anual que a marca promoveu em outubro passado na ilha italiana da Sardenha, o fabricante francês, que afirma deter 30% no mercado europeu de carregadores telescópicos, previu um crescimento positivo nas suas vendas para este ano.
Nova cabina, transmissão de variação contínua e funções hidráulicas acrescidas. A Manitou aposta forte na renovação da sua gama de telescópicos para a agricultura.
Trasmissões
Powershuttle
Modelos Potência
MLT 630-105 cv
MLT 733-105
Powershift Plus MLT 635-130 PS+
101 6,00
6,90
6,08
6,90
3.000
3.300
3500
3700
Desvío
m
3,34
3,90
3,20
Hidráulica
l/min
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Cabine Na cabine, a visibilidade da carga manipulada foi melhorada através da inclinação da grelha do teto. Foram instaladas duas luzes de trabalho reguláveis à frente e atrás, com opção LED, e um retrovisor exterior antiembaciamento regulável a partir da cabina. Também o acesso ao posto de condução foi
M-Vario Plus
MLT 630-105 V
MLT 635-140 V+
101
kg
3,90 150
de motor duplo é capaz de adaptar o binário ao trabalho em questão e permite, segundo a marca, reduzir o consumo de combustível até 5%.
M-Varioshift
MLT 737-130 PS+ MLT 630-105 V CP
Capacidad máx.
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Os nove modelos propostos na gama new Ag, como foi batizada, equipam com quatro tipo de transmissões: manual com conversor de binário 4F x 4R modo manual e automático e conversor de binário 6F x 3R hidrostática de duas gamas (018 km/h) e (0-40 km/h) transmissão de variação contínua de nova geração. Esta é a grande novidade, disponível para os modelos maiores da gama, que a marca chamou de M-VarioPlus. Com uma configuração
130
Altura de elevaçao m
104
Transmissões
5,85
6,00
3,34 104
MLT 940-140 V+
136
3000 3,44
MLT 741-140 V+
6,08
6,90
9,00
3500
4100
4000
3,20
4,90
3,90
170
Galeria de imagens
Produto
Reportagem fotográfica alargada: www.abolsamia.pt/net/galerias-imagens
Sistema hidráulico
A gama NewAg equipa com motor Deutz TCD3.6L4 Tier 4 final, com 3,6 litros e 101 a 136 cv de potência. Uma das vantagens deste motor é um ventilador reversível que permite regular a temperatura do motor e expulsar os resíduos.
facilitado através de um degrau antideslizante e de duas pegas à entrada da cabine. No apoio de braço, que acompanha os movimentos do assento e é regulável em altura, estão concentradas uma série de funções importantes: - uma alavanca manual - o Joystick Switch & Move, patenteado pela marca, que foi incorporado em todos os modelos da gama e permite o controlo de todas as funções hidráulicas. - a funcionalidade DSB (Double Switch Buttons), que permite ao operador escolher a posição dos botões no apoio de braço ou no painel de comandos para ativar mais facilmente as funções que utiliza com maior frequência (os botões estão divididos por cores que correspondem a diversas partes da máquina). Ao nível da insonorizarão, segundo a marca, a cabina dos newAg é a mais silenciosa do mercado (73 dB na cabina).
Também a este nível houve alterações. À semelhança dos modelos MLT 840 e 1040 apresentados em setembro passado, a NewAg incorpora três novos conceitos “Intelligent Hydraulics”: o Quicklift, que permite ao operador levantar e estender a lança telescópica simultaneamente. O Bucket shaker, uma nova função que permite sacudir o balde através de um único movimento dos comandos por parte do operador. O “Return to load”, que memoriza o ângulo exato da posição inicial do balde, geração uma nivelação automática para efetuar operações de carga sem necessidade de ajuste por parte do operador. A bomba hidráulica
instalada nos modelos MLT desta gama pode proporcionar um caudal de até 170 l/min. Foi também incorporada a opção “Regenerative Hydraulics” que permite baixar rapidamente a lança utilizando unicamente a gravidade, por isso a potencia hidráulica não utilizada pode ser utilizada para a execução de outros movimentos.
ar de 500 para 2000 horas, para reduzir os custos associados à manutenção em 15%. Também o consumo de combustível baixou em 5%, de acordo com a marca, na gama NewAg. Todos os modelos NewAg contam com a homologaçãoo “Tractor CE”. A capacidade máxima de reboque (MLT+reboque) para esta nova gama é de 28 toneladas.
Inovações importantes Inclinação da grelha do teto
A conectividade dos dados graças à ferramenta Easy Manager permite ao operador seguir em tempo real o estado do material e otimizar a manutenção das máquinas. Pode também recolher dados como o número de horas trabalhoadas, e a distãncia percorrida. A Manitou alargou os intervalos de substituição dos óleos hidráulicos de 1000 para 2000 horas e o do filtro de
JOYSTICK SWITCH & MOVE
DEGRAU ANTIDESLIZANTE
FUNCIONALIDADE DSB (DOUBLE SWITCH BUTTONS
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Culturas especializadas Robot para vinhas de 2ª geração VINEROBOT
Entregue Tucano 570 equipada para arroz CLAAS
No passado ano, a Claas apresentou a nova geração de ceifeiras-debulhadoras da série Tucano, composta por oito diferentes modelos. Recentemente, no mês de setembro, a marca procedeu à entrega em Portugal de uma Tucano 570 AP Hybrid, o modelo de topo desta série, preparada para a cultura do arroz. A aquisição foi feita por Joaquim Matias Chainho, um agricultor que produz arroz em Melides, no concelho de Grândola, e nos Bicos, no concelho de Odemira. Em representação da Auto Industrial, Miguel Vieira esteve em Melides no dia da entrega e falou à revista abolsamia acerca deste modelo: “É a primeira unidade Tucano de rotor, preparada para
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arroz, a ser entregue na Península Ibérica”, explicou. Esta Tucano foi configurada com rastos metálicos Berco, a melhor solução para suportar grandes cargas nos terrenos alagadiços dos canteiros de arroz, e com uma frente de corte Cerio 560, de 5,56 m. Embora esta debulhadora possa equipar com frentes de 9 m, este agricultor optou por uma frente de corte mais compacta para facilitar a deslocação pelos trilhos de acesso aos canteiros. A Tucano 570 equipa com sistema de debulha de um rotor e é propulsionada por um motor Mercedes de 6 cilindros, com 7,7 litros de capacidade, que desenvolve 354 cv de potência.
Um robot que de forma autónoma percorre as vinhas para fazer a monitorização do estado foliar das videiras, e também a monitorização da composição das uvas, é o que resulta do trabalho desenvolvido por um consórcio europeu integrado por várias empresas e universidades. À revista abolsamia, Veronica Saiz-Rubio, uma investigadora da Universidade Politécnica de Valencia, que está envolvida no projeto ao nível da realização dos mapas de parcela, explicou que os sensores de visão artificial
do Vinerobot medem o teor de nitrogénio da vinha e o teor de antocianinas das uvas, o que ajuda os produtores a tomarem decisões com base em dados objetivos. O Vinerobot II, recentemente apresentado, vai dar continuação ao trabalho desenvolvido até aqui. Comparativamente com a 1ª geração, incorpora novos sensores de recolha de dados, novos sensores de auxílio à deslocação autónoma, uma maior autonomia das baterias, e uma carroçaria biodegradável equipada com painéis solares.
Culturas especializadas
Cultivador interfilas combinado CARTERSTRAIN O cultivador David Full, proposto pela marca italiana CarterStrain, permite numa passagem, eliminar infestantes na área central entre as filas de videiras, e também entre cepas. Esta alfaia é composta por bicos que, graças ao ajuste que é permitido por duas rodas reguladoras de profundidade, podem fazer um trabalho mais profundo ou mais superficial, e por um rolo hidráulico traseiro. Todos os elementos móveis da alfaia são alimentados por um circuito dedicado, independente do sistema hidráulico do trator, que é acionado pela TDF e comandado através de um joystick elétrico de 3 funções. A gama David Full é disponibilizada em três séries – ligeira, média e pesada – que cobrem um intervalo de potência dos 40 aos 110 cv. Em cada série existem três modelos, pensados para larguras no espaço entre filas, entre os 1,8 e os 3 m. A marca anuncia uma velocidade de trabalho até aos 15 km/h.
Novos tratores especiais série 5G JOHN DEERE A última linha de tratores especiais 5G da John Deere inclui quatro modelos com motores de Fase IIIA de 3,4 litros com uma potência nominal de 75 a 105 CV (97/68/CE). Esta nova série foi projetada especificamente para trabalhar em pomares e vinhas, ou para outras aplicações que exijam uma largura de via estreita. Os tratores séries 5GF, 5GN e 5GV oferecem aos clientes a escolha de uma plataforma aberta ou um novo interior com uma nova configuração dos comandos na cabina. As novidades incluem um acelerador manual eletrónico e uma nova alavanca de inversão, novas consolas dos lados esquerdo e direito, um novo monitor, dez por cento mais espaço e um assento com suspensão pneumática Deluxe opcional. Para além disso, os tratores têm um raio de viragem
melhorado de até quinze por cento e uma maior capacidade hidráulica de até 126 litros/min, com três bombas hidráulicas. Os modelos da série 5GL com 75, 90 e 100 CV com tração dupla têm uma nova cabina de baixo perfil com instalação na fábrica, uma largura reduzida de 1,4 m e uma nova transmissão PowrReverser 24F/12R. Os tratores 5GL são ideais para as plantações de vinhas estilo pérgola e têm a mesma capacidade hidráulica aumentada dos restantes modelos da gama.
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Texto Sebastião Marques Fotos Francisco Marques
CADA PAINEL PODE FORNECER ATÉ 10 MIL METROS CÚBICOS DE AR GRAÇAS A UMA PODEROSA TURBINA DE ACIONAMENTO ELECTRO-HIDRÁULICO.
DADOS TÉCNICOS 4 VERSÕES: 600 LT - 1 FILA • 1000, 2000 E 3000 LT - 2 filas POTÊNCIA MÍNIMA DO TRATOR: 80 cv ADEQUADO PARA LINHAS DE 2.20 m a 4.0 m de largura
TESTADA DURANTE DOIS ANOS PELA UNIVERSIDADE DE UDINE E VENCEDORA DE INÚMERAS DISTINÇÕES.
VELOCIDADE DE TRABALHO: 2 km/h a 10 km/h PREÇO DE LANÇAMENTO: 55.000 Euros + IVA
Friuli Sprayers Drift Recovery
O especialista na recuperação de calda O Drift Recovery, da Friuli Sprayers, é um atomizador rebocado de duas linhas, com recuperador de calda adequado para vinhas planas, que chega agora ao mercado português.
A
Tractomoz passou recentemente a representar a Friuli Sprayers no nosso país, marca fabricada pela Agricolmeccanica, e convidou-nos para um dia de campo na Quinta da Pinheira, propriedade de Marcolino Sêbo, para que pudéssemos ficar a conhecer o Drift Recovery. O modelo escolhido foi um 2000 LT, rebocado por um John Deere 5085 M, também prata da casa. O 2000 LT faz parte de uma gama que comporta ainda um 600 litros, um 1000 e um 3000.
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Como funciona a máquina? O funcionamento dos atomizadores de túnel é conhecido; no entanto, vale a pena resumi-lo. O princípio consiste na recuperação do produto que não fica nas folhas através de um painel colocado no lado oposto da fila. A Agricolameccanica, como outros fabricantes, tem vindo a aperfeiçoar o sistema de base, acrescentando algumas variações importantes sobre o tema.
Ventilação variável
A primeira é a ventilação variável,
que nem todos os fabricantes deste tipo de máquinas adotam, considerando suficiente, para alcançar as folhas, o impulso dado a partir dos distribuidores de pressão. Porém, como defende o fabricante, sem a ação do vento, o produto não tem força suficiente para atravessar as fileiras e existe o risco de uma parte da vegetação ficar sem tratamento. Com os sistema de ventilação forçada da Friuli, isto não acontece. Cada painel pode fornecer até 10 mil metros cúbicos de ar graças a uma poderosa turbina de acionamento
electro-hidráulico. Desta forma, é possível empurrar o produto para além da parede foliar em qualquer estado vegetativo.
Regulação do fluxo de ar Mas, precisamente porque a vegetação das vinhas muda radicalmente entre o início e o fim do período de tratamento, é essencial poder regular com precisão o fluxo de ar. Algo possível graças à alimentação electro-hidráulica que permite alterar o fluxo da ventoinha. Nas máquinas de túnel, quando o ar
Reportagem fotográfica
Culturas especializadas
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O PONTO FORTE DO DRIFT RECOVERY É ENTÃO A UTILIZAÇÃO DE TURBINAS NOS QUATRO PAINÉIS RECUPERADORES DE CALDA QUE FAZEM COM QUE O AR CIRCULE DE CIMA PARA BAIXO, FAZENDO O TRANSPORTE DA ÁGUA ATÉ À VINHA E AUMENTANDO A EFICÁCIA DO TRATAMENTO.
As máquinas de túnel são uma tendência na área dos tratamentos para a vinha, não só porque respeitam o meio ambiente mas também pelo que permitem poupar na aplicação de produto.
OPINIÃO DO CLIENTE ARMIN GRASSA, CO-PROPRIETÁRIO DO CHÂTEAU DU TARIQUET
Vinha de 1125 hectares em Côte de Gascogne et Bas-Armagnac (Gers, França)
chega ao painel de recuperação, ressalta e escapa lateralmente ao longo dos bordos superiores arrastando consigo uma parte do produto; é por este motivo que no Drift Recovery os painéis têm separadores de gotas abertos: ou seja, o ar consegue atravessálos livremente saindo pelo lado oposto.
Vantagens
O ponto forte do Drift Recovery é então a utilização de turbinas nos quatro painéis recuperadores de calda que fazem com que o ar circule de cima para baixo, fazendo o transporte da água até à vinha e aumentando a eficácia do tratamento. Outra grande vantagem é que tudo está montado na mesma máquina. Os painéis recuperadores, totalmente em aço inox e com sete jatos duplos, são totalmente hidráulicos e independentes sobem, descem, abrem e fecham de forma independente, tudo controlado através do computador instalado na cabine do trator, o SPRAY CONTROL EVL, com até oito programas de trabalho diferentes. Cada programa de trabalho permite memorizar a altura, largura, e o débito de calda adequado a cada fase de
CHASSIS COM DOIS EIXOS, UM DELES ELETROHIDRÁULICO SENDO APENAS ATIVADO EM TRABALHO: 3 MAIS ESTABILIDADE À MÁQUINA 3 MENOS COMPACTAÇÃO DO SOLO 3 EVITA O ATOLAMENTO DA MÁQUINA 3 EM TRANSPORTE PERMITE ÂNGULOS DE VIRAGEM + APERTADOS 3 EQUIPA COM SISTEMA DE LUZES LED
crescimento da vinha esta máquina faz o débito proporcional ao avanço. No fundo, permite ter uma configuração para cada um dos tratamentos da vinha. Os painéis podem ser regulados de forma automática (introdução das distâncias pretendidas no computador), ou manualmente (através de interruptores).
No poupar é que está o ganho
Adequada para explorações a partir dos 50 hectares, permite poupanças na ordem dos 50% de produto por hectare. Luis Mendes,
Diretor da Tractomoz dá um caso prático: “se um agricultor gastar 300 euros em tratamentos por hectare por ano, poupará 150 euros em calda que a máquina recupera e reutiliza. A somar a este factor, há que ter em conta que o sistema de recuperação de calda possibilita que se efetuem muito menos paragens. Se tivermos 100 hectares de vinha, podemos poupar até 15.000 euros por ano. Em 4 anos a máquina está amortizada. Se tiver alguma subvenção, o período de amortização pode passar para metade”.
“Após um estudo minucioso da oferta de pulverizadores de túnel com painéis recuperadores, optámos por comprar pulverizadores da marca Friuli Pulverizadores. Comprámos 25 máquinas Drift Recovery de 2000 litros , adequadas às nossas superfícies vitícolas. Considerando a importância do investimento, desenvolvemos um estudo em colaboração com o IRSTEA (Instituto francês de Pesquisa em Ciência e Tecnologia para o Meio Ambiente e Agricultura) para obter uma referência objetiva, tanto qualitativa como quantitativa, sobre as taxas de penetração, de aplicação do produto e de recuperação da calda sobre a vegetação durante a campanha de 2015. Os resultados obtidos foram muito positivos e que diz respeito à aplicação e à taxa de recuperação, temos uma taxa de 45%, com um controlo total do estado sanitário das plantas.”
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Culturas especializadas
O TANQUE, DE 1000, 2000, E 3000 LITROS, É DE POLIETILENO, EXISTINDO AINDA UM DEPÓSITO DE 200 LITROS PARA LAVAGEM DO CIRCUITO, QUE É RECOMENDÁVEL QUE ESTEJA SEMPRE CHEIO PARA EQUILÍBRIO DA MÁQUINA, E UM LAVA-MÃOS DE 15LITROS. O ATOMIZADOR TEM AINDA LAVAGEM DO CIRCUITO INTEGRADA, SISTEMA DE AGITAÇÃO MULTIVOLUME, E PRÉ-MIXER PARA A PREPARAÇÃO DA CALDA.
Frutos saudáveis e reduzido impacto ambiental
BARRA DE PUXO HIDRÁULICA E ROTATIVA: A BARRA ENCOLHE E ESTICA DE FORMA A FACILITAR AS MANOBRAS NA CABECEIRA – ONDE SAI O TRATOR SAI A MÁQUINA.
A utilização da turbina reduz a aleatoriedade do tratamento (não se dispersa e vai diretamente para a planta), aumentando a sua eficácia, e diminuindo as oscilações da produção final. O cuidado com o meio ambiente está bem patente através da recuperação e reutilização do produto fitofármaco pelos painéis.
Percentagem elevada de recuperação da calda
A MÁQUINA FOI PENSADA PARA A VINHA MAS PODE SER TAMBÉM UTILIZADA EM OLIVAL SUPERINTENSIVO (NOS PRIMEIROS DOIS ANOS). DESTINADA A TERRENOS PLANOS OU COM INCLINAÇÕES NÃO MUITO ACENTUADAS, FAZ TODOS OS TRATAMENTOS DE FUNGICIDAS E INSETICIDAS, PODENDO TRABALHAR COM PRODUTOS LÍQUIDOS OU EM PÓ.
Computador SPRAY CONTROL EVL com 8 programas de trabalho e interface USB
Mecanismo de tranca dos painéis ativado quando em posição de transporte.
A TRACTOMOZ REPRESENTA A FRIULI EM PORTUGAL
Bomba COMET IDS 1501 de 150 l/ min, com centralina hidráulica independente (o óleo do trator apenas é utilizado para abrir e fechar a barra de puxo), que alimenta todos os movimentos dos painéis, e sistema de arrefecimento do óleo.
A empresa sediada em Estremoz é a representante da marca no nosso país. A Friuli Sprayers faz parte da Agricolmeccanica, companhia do norte de Itália, fundada em 1960 por Giuseppe Tosoratti.
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Os painéis têm uma turbina para cada sector, sendo as saídas de ar reguláveis para uma melhor penetração na parede foliar de forma a atingir as faces escondidas das folhas assegurando uma cobertura perfeita. Podem fechar-se mais ou menos jatos consoante a vegetação. O sistema é simples: as gotas que passam a vegetação são lançadas contra uma superfície de lamelas que permite a passagem do ar mas não das gotas, que escorrem até um recipiente onde existe um filtro que livrará o produto de impurezas, sendo posteriormente aspirado para ser reutilizado. Os painéis são móveis em todos os sentidos de forma a que quando sofrem um impacto, não se estraguem. O resultado é, de acordo com números fornecidos pela empresa, impressionante: até 95% de recuperação na primeira fase vegetativa e perto de 30%, quando a vinha está no máximo da exuberância. Em média, consegue-se uma recuperação até 50% do produto em comparação com um atomizador normal.
Veja o vídeo em www.youtube.com/abolsamia
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PORTUGAL TRATORES
Estatísticas
3927 unidades +13,99%
Matrículas de máquinas agrícolas Nota: Por deliberação da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), as estatísticas referentes aos tratores e reboques agrícolas apenas serão disponibilizadas ao público em julho e dezembro. Como tal, e porque não conseguimos em tempo útil uma resposta por parte do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMTT), os números aqui apresentados referem-se ao período compreendido entre janeiro e setembro.
Tratores agrícolas novos em Portugal - janeiro a setembro TOTAL Unidades MARCA
2016 2015
NEW HOLLAND KUBOTA DEUTZ-FAHR JOHN DEERE SAME DAEDONG/KIOTI LANDINI LAMBORGHINI LS HURLIMANN MASSEY-FERGUSON MC CORMICK ISEKI VALTRA CASE IH TYM SOLIS FENDT KUKJE SHIBAURA YANMAR DONG FENG A. CARRARO FERRARI MITSUBISHI CLAAS FOTON CARRARO OUTROS Total
679 573 323 317 253 193 188 179 166 127 118 101 98 86 83 59 56 48 46 44 32 29 18 18 17 12 11 10 43 3.927
Variação % 15/16
Quota mercado %
24,36 22,17 8,75 -6,49 35,29 23,72 30,56 25,17 20,29 19,81 -39,18 4,12 27,27 28,36 5,06 47,50 211,11 14,29 -14,81 -15,38 18,52 20,83 38,46 -28,00 70,00 -50,00 120,00 100,00 -36,76 13,99
17,29 15,85 14,59 13,61 8,23 8,62 8,07 9,84 6,44 5,43 4,91 4,53 4,79 4,18 4,56 4,15 4,23 4,01 3,23 3,08 3,00 5,63 2,57 2,82 2,50 2,24 2,19 1,94 2,11 2,29 1,50 1,16 1,43 0,52 1,22 1,22 1,17 1,57 1,12 1,51 0,81 0,78 0,74 0,70 0,46 0,38 0,46 0,73 0,43 0,29 0,31 0,70 0,28 0,15 0,25 0,15 1,09 1,97 100,00 100,00
546 469 297 339 187 156 144 143 138 106 194 97 77 67 79 40 18 42 54 52 27 24 13 25 10 24 5 5 68 3.445
2016
2015
Reboques agrícolas novos em Portugal janeiro a setembro
2016 Unid.
2015 %
%
Quota mercado %
Unidades 2016
Variação % 15/16
Quota mercado %
Unidades 2016
Variação % 15/16
Quota mercado %
124 318 93 3 81 55 88 79 147 42 57 35 94 0 0 8 16 0 23 44 32 29 7 15 17 0 6 0 23 1.436
34,78 24,71 36,76 -70,00 44,64 -17,91 44,26 36,21 19,51 7,69 -28,75 66,67 27,03 — — 300,00 — — -30,30 -15,38 18,52 20,83 16,67 -31,82 88,89 — 200,00 — — 17,03
8,64 22,14 6,48 0,21 5,64 3,83 6,13 5,50 10,24 2,92 3,97 2,44 6,55 0,00 0,00 0,56 1,11 0,00 1,60 3,06 2,23 2,02 0,49 1,04 1,18 0,00 0,42 0,00 1,60 100,00
219 156 62 102 61 0 67 30 19 38 1 38 3 28 15 47 24 8 23 0 0 0 11 3 0 1 5 7 13 981
59,85 92,59 40,91 32,47 64,86 — 34,00 7,14 26,67 31,03 -93,33 52,00 — 40,00 50,00 27,03 50,00 33,33 9,52 — — — 57,14 0,00 -100,00 0,00 150,00 40,00 — 43,42
22,32 15,90 6,32 10,40 6,22 0,00 6,83 3,06 1,94 3,87 0,10 3,87 0,31 2,85 1,53 4,79 2,45 0,82 2,34 0,00 0,00 0,00 1,12 0,31 0,00 0,10 0,51 0,71 1,33 100,00
336 99 168 212 111 138 33 70 0 47 60 28 1 58 68 4 16 40 0 0 0 0 3 0 0 11 0 0 7 1.510
5,99 -25,56 -9,19 -15,87 18,09 55,06 0,00 22,81 — 23,68 -39,39 -45,10 -66,67 23,40 -1,45 300,00 700,00 11,11 — — — — — — — -52,17 -100,00 — — -1,56
22,25 6,56 11,13 14,04 7,35 9,14 2,19 4,64 0,00 3,11 3,97 1,85 0,07 3,84 4,50 0,26 1,06 2,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,20 0,00 0,00 0,73 0,00 0,00 0,46 100,00
Fonte: ACAP
Unid.
%
330
23,21
351
23,93
-21
-5,98
GALUCHO
314
22,08
195
13,29
119
61,03 -19,21
RATES
164
11,53
203
13,84
-39
MASSIL
145
10,20
115
7,84
30
26,09
REBOAL
141
9,92
159
10,84
-18
-11,32
JOPER
106
7,45
146
9,95
-40
-27,40
COSTA
30
2,11
39
2,66
-9
-23,08
OUTEIRO
30
2,11
59
4,02
-29
-49,15
AGRIDUARTE
24
1,69
38
2,59
-14
-36,84
REBOSSIL
17
1,20
26
1,77
-9
-34,62
BASMORAIS MC
15
1,05
18
1,23
-3
-16,67
GILI
11
0,77
8
0,55
3
37,50
ROCHA
11
0,77
19
1,30
-8
-42,11
TOTAL
CONVENCIONAIS
Variação % 15/16
EVOL. 16/15
Unid.
ESPECIAIS
Unidades 2016
HERCULANO
OUTROS
Fonte: ACAP
COMPACTOS
84
5,91
91
6,20
-7
-7,69
1.422
100,00
1.467
100,00
-45
-3,07
Maquinaria nova em Espanha janeiro a outubro
TIPO DE MÁQUINA TRATORES MÁQUINAS AUTOMOTRIZES* - de colheita cereais - de colheita outras - de carga - tratocarros - outras REBOQUES
Fonte: Ministério de Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente de Espanha VARIAÇÃO 2016 2015 (%) 9.041 8.342 8,38 1.030 1.006 2,39 298 296 0,68 233 246 -5,28 425 386 10,10 18 21 -14,29 56 57 -1,75 4.189 4.361 -3,94 * Sem motocultivadores e motomáquinas.
Tratores novos na Europa janeiro a outubro
Alemanha França Itália Reino Unido* Espanha PORTUGAL**
2016 (unidades)
2015 (unidades)
VAR. (%)
25.023 21.886 15.283 9.490 9.041 3.927
26.250 21.268 15.469 9.620 8.342 3.445
-4,67 2,91 -1,20 -1,35 8,38 13,99
* Tractores acima dos 50 cv. ** Dados de janeiro a setembro
54
dezembro 2016 / fevereiro 2017 · ABOLSAMIA
EstatĂsticas
Estatísticas
Em resultado da assinatura de um protocolo entre o Instituto Politécnico de Portalegre (Escola Superior Agrária de Elvas), o Centro Operativo Tecnológico e Horto Frutícola Nacional e o Instituto Nacional de Investigação Agrária em Elvas, a Escola passará a funcionar como entreposto de recolha de máquinas de pulverização para inspecção ao abrigo do decreto legal 86 /2010 de 15 de julho. Desta feita, decorreu no passado dia 18 de Novembro, na ESAE, uma sessão de apresentação e demonstração pública desta parceria e do Serviço de Inspeção de Pulverizadores (SIP). O 1º Dia de Campo contou com uma parte teórica, sobre a parceria e enquadramento legal, levada a cabo pela Engenheira Carmo Martins e pelo Professor Luís Alcino Conceição. Houve ainda lugar a uma parte prática, com testemunhos de agricultores possuidores de máquinas já inspeccionadas e uma demonstração do SIP dada pelo Engenheiro Pedro Nunes.
56
dezembro 2016 / fevereiro 2017 · ABOLSAMIA
2
10
1
0
0
573
DEUTZ-FAHR
0
0
11
82
113
64
26
11
10
2
4
323
JOHN DEERE
23
1
3
6
82
45
101
39
7
3
7
317
SAME
0
0
3
78
116
38
18
0
0
0
0
253
DAEDONG/KIOTI
4
29
22
129
9
0
0
0
0
0
0
193
LANDINI
6
6
0
76
50
37
13
0
0
0
0
188
LAMBORGHINI
0
0
6
73
70
17
12
0
1
0
0
179
LS
1
15
58
73
19
0
0
0
0
0
0
166
>184
36
11
Total >246,7
34,9-38,9
198,5-246,7 148-184
148,9-197,1 111-147
20
54
89-110 119,4-147,5
109
37
74-88 99,2-118
131
83
60-73 80,5-97,9
168
158
40-59 53,6-79,1
147
64
NEW HOLLAND KUBOTA
30-39 40,2-52,3
27
8
cv
26-29
26
kW
19-25
3 157
MARCA
<19
25,5-33,5
Matrículas de tratores novos em Portugal, por marcas e escalões de potência - janeiro a setembro
<25,5
1º Dia de Campo ESAE-COTHN-INIAVElvas
679
HURLIMANN MASSEYFERGUSON MC CORMICK
0
0
0
42
44
35
6
0
0
0
0
127
20
18
6
39
12
10
5
5
3
0
0
118
0
4
3
28
36
16
9
3
1
0
1
101
ISEKI
63
26
5
3
1
0
0
0
0
0
0
98
VALTRA
0
0
0
2
32
0
12
11
22
4
3
86
CASE IH
0
0
0
0
18
25
22
0
11
4
3
83
TYM
0
25
10
20
2
0
2
0
0
0
0
59
SOLIS
16
0
0
0
23
17
0
0
0
0
0
56
FENDT
0
0
0
2
1
3
9
16
8
6
3
48
KUKJE
10
5
8
18
5
0
0
0
0
0
0
46
SHIBAURA
25
19
0
0
0
0
0
0
0
0
0
44
YANMAR
19
13
0
0
0
0
0
0
0
0
0
32
DONG FENG
2
19
5
3
0
0
0
0
0
0
0
29
A. CARRARO
0
3
4
0
4
7
0
0
0
0
0
18
FERRARI
0
4
8
3
2
1
0
0
0
0
0
18
MITSUBISHI
5
12
0
0
0
0
0
0
0
0
0
17
CLAAS
0
0
0
0
1
1
3
3
3
0
1
12
FOTON
4
2
0
3
2
0
0
0
0
0
0
11
CARRARO
0
0
0
0
5
4
1
0
0
0
0
10
5
10
4
7
8
3
3
3
0
0
43
OUTROS Total
363 245 247 992 906 491 405 122 103
0 21
32 3.927
Estatísticas
EUROPA
Mercados de máquinas agrícolas sem retoma à vista Preferimos começar pelo fim, citando o último parágrafo do mais recente comunicado emitido pelo CEMA (Comité Europeu de Máquinas Agrícolas), no final de novembro: “Ainda que as expectativas para 2017 não sejam muito positivas, o Barómetro de Negócios CEMA negócio está a recuperar lentamente do seu mais baixo nível recorde, o que poderá ser um sinal duma possível evolução positiva do mercado a ocorrer ainda em 2017. Procura de máquinas agrícolas caiu este ano
O supracitado relatório do CEMA aponta para uma quebra na procura de máquinas agrícolas na Europa, este ano. Para 2017, os peritos do CEMA não preveem um cenário muito mais animador, antecipando uma procura igual ou mesmo inferior para a maioria dos equipamentos agrícolas. Porém, apesar da tendência geral negativa, certos países têm tido um desempenho relativamente bom até agora. França e Espanha estão entre os mercados mais positivos na Europa. No entanto, a procura no mercado francês começou a abrandar no segundo semestre de 2016, e esta tendência deverá continuar nos próximos meses, resultando num declínio adicional estimado de cerca de 5% em 2017. Já para o mercado espanhol as expectativas são positivas para este ano e para o ano seguinte, com um aumento de 5% previsto para 2017. A Alemanha deverá classificar-se entre os mercados com pior desempenho em 2016, com uma redução de 9%. Em 2017, a tendência em baixa manter-se-á mas a quebra deverá ficar pelos 2%. No Reino Unido, a procura continua fraca, com exceção para os tratores, esperando-
se que o mercado estabilize em 2017. Da mesma forma, os mercados da Itália, Bélgica e Holanda deverão terminar com uma ligeira quebra em 2016.
de emissões de escape da UE. Muitos tratores com motores de Fase IIIB precisavam de ser matriculados até 1 de Outubro ou, de outra forma, não poderiam vir a ser matriculados.
Vendas de tratores na Europa baixaram 4,5%
Principais equipamentos agrícolas baixaram em 2016
Na Europa, as vendas de tratores agrícolas nos primeiros nove meses de 2016 foram 4,5% mais baixas comparativamente com o mesmo período do ano passado. A procura tem sido menor especialmente em tratores de média potência, entre 125hp e 250hp. Nos países pertencentes ao CEMA [1], somente na Áustria, Bélgica e Espanha se registaram mais tratores vendidos até agora em 2016 do que em 2015. Todos os outros países estiveram mais ou menos estáveis, como o caso da Itália. Espera-se, de acordo com os peritos das associações membros CEMA, que a procura de tratores permaneça a um nível semelhante, e relativamente baixo, em 2017. Uma ocorrência notável foi um pico na procura, em setembro, na categoria de potência de 56 kW a 130 kW (75 hp a 175 hp), o que pode ser explicado devido ao termo de algumas disposições transitórias no âmbito da legislação
A procura para a maioria dos outros principais equipamentos agrícolas declinou nos países pertencentes ao CEMA, em sintonia com as previsões. Espera-se uma quebra de 13% para as ceifeiras debulhadoras em 2016, em todos os países CEMA. Para 2017, o mercado deverá encolher ainda mais. Particularmente na França, é esperada uma redução significativa. O mercado de 2016 para as gadanheiras caiu novamente em quase 10%. Somente o mercado espanhol cresceu e os mercados francês e italiano ficaram estáveis. Em 2017, esta tendência irá continuar. Uma redução similar de 10% aconteceu no mercado de colhedoras de forragem em 2016. Mais uma vez, o mercado espanhol teve o melhor desempenho. Nos outros países, apenas o mercado belga cresceu e o mercado italiano estabilizou. Espera-se que a procura estabilize em 2017, com pequenas oscilações, para cima ou para baixo, nos diferentes mercados
ABOLSAMIA · dezembro 2016 / fevereiro 2017
57
European Agricultural Machinery
Estatísticas Índice de de clima deCEMA negócio Indice de clima negocio (CBI)CEMA (CBI) 60
CBI Situação presente
40
Expectativa futura
201611
201610
201609
201608
201607
201606
201605
201604
201603
201602
201601
201512
201511
201510
201509
201508
201507
201506
201505
201504
201503
201502
201501
201412
201411
201410
201409
201408
201407
201406
201405
201404
201403
201402
201401
201312
201311
201310
201309
0
201308
20
201307
CEMA. A quebra nas enfardadeiras ficou pelos 2,4%. A procura em todos os países manteve-se estável ou ligeiramente enfraquecida. Um declínio ligeiramente superior está previsto para 2017. Os pulverizadores foram os únicos produtos onde as vendas subiram em 2016. Um aumento de 3,6% foi principalmente devido a um grande aumento na Espanha e, em menor medida, na Itália. A Alemanha e o Reino Unido registaram vendas significativamente mais baixas. O mercado de pulverizadores não deverá manter este ritmo de crescimento para 2017, principalmente devido a nova quebra na procura esperada na Alemanha. Ainda que as expectativas para 2017 não sejam muito positivas, o Barómetro de Negócios CEMA negócio está a recuperar lentamente do seu mais baixo nível recorde (ver gráfico ao lado); o que poderá ser um sinal duma possível evolução positiva do mercado a ocorrer mais tarde em 2017. [2]
-20 -24 -40
-41
-60 Fonte: CEMA Business Barometer Index: soma de 1) avaliação da atual situação de negócio e 2) volume de negócio expectável, escala de -100 a +100
[1] Os países CEMA considerados neste relatório são: Bélgica, França, Alemanha, Itália, Holanda, Espanha e Reino Unido. [2] Como um inquérito mensal enviado para a indústria de máquinas agrícolas europeia abrangendo todas as principais categorias de produtos, o Barómetro CEMA fornece uma visão periódica do clima de negócios baseado no sentimento atual dos negócios e no volume de negócios esperado nos próximos 6 meses.
Panorama mundial do mercado de tratores Os dados sobre as vendas mundiais de tratores indicam uma quebra geral que se estende à Europa, China e Brasil. A crise dos rendimentos agrícolas, devido ao excesso de produção e, portanto, ao declínio nos preços das principais commodities, está na origem da quebra na procura de máquinas. O mercado de tratores vai fechar 2016 com uma quebra em quase todos os países importantes. Os dados processados pela Agrievolution – divulgados por Massimo Goldoni durante a conferência de imprensa da FederUnacoma que antecipa a abertura da EIMA International indicam nos primeiros nove meses do ano, um declínio nas vendas na Europa (-6%), China (-29%), Brasil (-17%), Rússia (-19%) e Japão (-24%). Alguns países, no entanto, mantêm índices positivos; entre eles a Índia (+17%, o que compensa a quebra substancial em 2015) e a Turquia (+7%). Prevê-se um ligeiro aumento nos EUA (+3%), embora os tratores com potência superior a 100 cv registem uma quebra nas vendas (-22%). No final do ano, a Índia deverá atingir 600 mil tratores, a
58
dezembro 2016 / fevereiro 2017 · ABOLSAMIA
China 400 mil, os Estados Unidos 200 mil e a Europa 160 mil. A quebra nas vendas é devida à redução dos rendimentos agrícolas causada pelo excesso de produção de matérias-primas essenciais e ao colapso subsequente dos seus preços no mercado, o que deixa os agricultores com menor margem para investimentos.
Novos protagonistas surgem no horizonte A crise conjuntural que começou em 2014 deverá continuar ainda na campanha agrícola de 20162017 na qual ainda se prevê um excesso de produção, com um aumento de 1,5% na colheita de cereais (principalmente para o desempenho produtivo dos Estados Unidos, Austrália, Canadá, China e Cazaquistão) e com incrementos de 3% para o arroz,
4% para as oleaginosas e 1,1% para o leite. É provável que a fase negativa para a aquisição de equipamentos agrícolas continue também em 2017, e só a partir de 2018 se possa esperar uma recuperação, diz o relatório da FederUnacoma. Esta tendência é comum a muitos dos principais países, mas não afeta a tendência positiva observada em alguns mercados emergentes que representam - após a emergência da Índia, China, Brasil e Turquia - a nova fronteira da mecanização agrícola. Um inquérito promovido pela FederUnacoma sobre a evolução da importação relevante de tratores destaca que, independentemente da situação económica da agricultura em todo o mundo, a procura de máquinas prossegue em ritmo acelerado em
alguns novos mercados. De 2010 a 2015, as importações de tratores no Vietname cresceram 400% (para um valor de 124 milhões de dólares), 250% na Etiópia, e mais de 240% no Quênia. O dado mais impressionante é o de Cuba, que só em 2015 viu um aumento das importações superior a 800%. Quanto a outras máquinas e equipamentos agrícolas, são as Filipinas e o Camboja os países com as maiores taxas de crescimento das importações (respetivamente +190% e +210% em seis anos), seguidos pelo Vietname e Etiópia (+128% e +117%). “Desenha-se, portanto, uma nova geografia de mercado” – comentou Massimo Goldoni, presidente da Unacoma, - “que tem como protagonistas não apenas os países líderes.”
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*campanha válida até 15 janeiro 2017
Assinale com X uma das seguintes opções:
Agricultor ou
Empregado de Exploração
Fabricante
Agrícola
Importador/Concessionário
Pecuária
Técnico Especializado
Mista
Professor
Florestal
Estudante
Tamanho da exploração:
Outro:
Prestador de serviços
Pagamento por cheque à ordem de NUGON, LDA Rua Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 - 2670-338 Loures
Floresta Charrua de discos para silvicultura ROTA DAIRON IWS A charrua de discos non-stop Mygale Cover C8D foi concebida para preparar terrenos com vista à instalação de novas plantações florestais após um corte raso. Composta por dois corpos de discos recortados, foi pensada para condições difíceis, com topos, lenha e pedras. O ângulo de trabalho de cada linha de discos é ajustável hidraulicamente entre 25 a 45°. Os braços que suportam os discos possuem um sistema de segurança com acumulador hidráulico, que recolhe em presença de um obstáculo, deixando uma altura livre ao solo de 60 cm, e se reposiciona logo que o obstáculo tenha sido transposto.
Processadora de propulsão híbrida Esta alfaia perfaz uma largura de trabalho de 2,5 m, a uma profundidade até 30 cm, e está recomendada pelo fabricante para tratores com potência entre 150 e 300 cv. Para uso florestal, a Rota Dairon fabrica ainda uma charrua non-stop de 24”, na configuração de duas ou três aivecas, para profundidades de trabalho até 50 cm..
Estilhadora florestal A.T.V. 400x650T VENTURA MAQ. FORESTALES
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Esta estilhadora tritura arbustos, ramos, troncos e cascas de árvores, podendo ser alimentada por grua e/ou manualmente. Vantagens: o tambor multifacas permite a trituração homogénea e de alta qualidade de uma grande variedade de madeiras; o sistema de extração dos chips torna a estilhadora ágil e compacta; o acionamento pela tomada de força do trator reduz o investimento; é ótima para quem precisa de mobilidade com elevada capacidade; o seu chassis exclusivo permite regular a altura do tapete, facilitando o trabalho do operador.
LOGSET A processadora 12H GTE Hybrid destina-se a empreiteiros florestais que façam um grande volume de abate em condições muito exigentes, e tem a particularidade de contar com propulsão híbrida. O sistema híbrido é composto por um motor Agco Power Tier 4F de 7,4 litros, e por um módulo gerador+motor elétrico desenvolvido pela firma finlandesa Visedo. Em conjunto fornecem 520 cv de potência (300+220 cv respetivamente) e 2000 Nm de binário máximo. A Logset anuncia que em comparação com o anterior modelo deste segmento, a 10H, que equipava com um motor de 8,4 litros, esta nova geração obtém +72% de potência, +54% de binário, +27% de fluxo hidráulico, 5% de redução no ruído, entre 20 a 30% de redução no consumo, e entre 35 a 40% de redução nas emissões. Uma parte destes benefícios devem-se ao facto de o motor diesel poder funcionar a um regime constante em redor das 1500 rpm, pois é poupado a picos de carga. É o motor elétrico que dá resposta a esses picos de carga, disponibilizando potência adicional por períodos de 4,5 segundos. Ultrapassado o pico de carga, o super compensador é recarregado em apenas 10 segundos, após uma descarga completa, e fica novamente disponível para dar resposta à próxima solicitação. Os sistemas híbridos permitem o uso de motores diesel de menor capacidade, e em simultâneo manter ou aumentar a performance das máquinas. Esta processadora de 8 rodas pesa 24,5 toneladas e equipa com uma grua fornecida pela Mesera.
1º SEMESTRE 2016 47 VÍTIMAS MORTAIS
Segurança Por João Sobral
As estatísticas sobre acidentes com tratores são o registo de uma tragédia. Por detrás de cada número, há uma pessoa que ao fim do dia não voltou para casa, ou porque perdeu a vida, ou porque foi parar ao hospital com ferimentos graves. Numa altura em que o governo prepara novas medidas que visam reduzir a sinistralidade com máquinas agrícolas, é oportuno olharmos para alguns bons exemplos que têm sido implementados noutros países.
Se o trator se volta, é toda a sua vida que se volta
O
título desta crónica é uma adaptação do slogan de uma campanha de consciencialização sobre acidentes com tratores, que tem vindo a ser promovida em França desde há alguns anos. Nessa campanha, a acompanhar o slogan ‘Votre tracteur bascule, et c’est toute votre vie qui bascule’, aparece a fotografia de uma cadeira de rodas com pneus de trator. É uma mensagem que facilmente se entende.
E que impressiona. Mas, apesar de serem peças de comunicação bem conseguidas, muitas vezes estas campanhas não contribuem para reverter o número de acidentes na proporção que se desejaria.
Estruturas de segurança em todos os tratores Sem subestimar os acidentes que resultam de outras causas, o
Campanha publicitária francesa de sensibilização aos condutores de tratores para os riscos de acidente.
capotamento é, um pouco por toda a parte, a situação que mais pessoas vitimiza em acidentes com tratores. No caso de França, além da aposta em ações de consciencialização, foi tomada uma decisão mais extrema. As autoridades decidiram criar uma lei que impõe
o uso de estruturas de segurança em todos os tratores, inclusive nos de mais idade, que foram homologados e vendidos em novos sem esses dispositivos. Assim, desde janeiro de 2010, em França todos os tratores agrícolas ou florestais ao serviço de uma exploração, têm
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Segurança de estar equipados com uma estrutura de proteção anti-capotamento, independentemente de quem os conduza (se o proprietário ou funcionários), e independentemente do seu ano de fabrico. A lei, aprovada em 2005, previu um período de transição de 5 anos. Foram definidos e comunicados os requisitos técnicos, tendo sido admitida a instalação de quatro diferentes estruturas de proteção anticapotamento certificadas: cabine, quadro de quatro pilares, arco de proteção traseiro, fixo ou basculante, e o arco de
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proteção ventral, também fixo ou basculante. Recorde-se que em Portugal as estruturas de proteção só são obrigatórias nos tratores matriculados após 1 de janeiro de 1994.
Convencer as pessoas a usar cinto Perguntará o leitor: e estas estruturas são eficazes? Os estudos sobre segurança indicam que sim, desde que ser use cinto de segurança. O uso de cinto é uma prática que muita gente vê com ceticismo. Eu próprio conheço o caso de quem saiu quase
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Um arco de segurança que ande rebatido sem necessidade é um dispositivo que de nada serve.
Exemplo de um arco after-market produzido e instalado pela firma italiana D’Eusanio.
ileso de um acidente grave, precisamente por ter sido projetado para fora de um trator sem cabine. Do modo como o acidente se deu, as consequências teriam sido trágicas se o condutor
tivesse permanecido no trator, preso por um cinto. Isto só demonstra que a realidade é sempre muito mais complexa do que aquilo que se pode prever em medidas destinadas a garantir a segurança.
NA GRANDE MAIORIA DAS SITUAÇÕES, E DESDE QUE USADOS CORRETAMENTE, OS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA PROTEGEM EFICAZMENTE O CONDUTOR EM SITUAÇÕES DE CAPOTAMENTO
Mas estes casos são raras exceções. O que a experiência também demonstra é que, na grande maioria das situações, e desde que usados corretamente, os dispositivos de segurança protegem eficazmente o condutor em situações de capotamento. Ainda assim, só cumprem essa função se a pessoa se mantiver no posto de condução. Caso contrário, corre um sério risco de ser apanhada pelo trator. Mesmo com uma cabine, o condutor pode ser projetado para fora através das zonas envidraçadas, ou não sendo projetado para fora, pode embater num pilar da cabine, com consequências muito graves.
Simular um capotamento
Uma entidade suíça que atua na área da formação sobre agricultura e floresta, o SPAA (Service de Prévention des Accidents dans L’agriculture) possui um aparelho que simula o capotamento de um trator com cabine. Basicamente, trata-se de uma normal cabine de trator, assente numa mecanismo que a bascula para um dos lados. Este simulador está a funcionar desde 2011 e é levado a feiras agrícolas onde os agricultores são convidados a experimentar a simulação, primeiro sem cinto, e depois com cinto de segurança. As pessoas à partida mostram-se reticentes. Mas quando vivenciam a experiência por si próprias, quando se lhes mostra o que acontece na prática ao dar-se um capotamento, torna-se mais fácil. Quem experimenta o simulador, muda de ideias.
A idade do condutor é um fator que conta Na Suíça, a idade mínima para obter a licença de condução é inferior à fixada na lei portuguesa. Por cá pode conduzir-se um trator a partir dos 16 anos, e na Suíça a partir dos 14 anos, ainda que o trator deva estar limitado a uma velocidade de 30 km/h. Segundo Etienne Junod, um especialista em segurança do SPAA, a tal entidade que possui o simulador de capotamento, e que foi citado recentemente pelo site francês PleinChamp por ocasião de uma conferência sobre segurança que decorreu em França, em geral, o estilo de condução dos jovens é menos perigoso do que o praticado por um condutor de 65 anos.
Triturador florestal
Triturador hidráulico
Triturador de martelos ou facas
Destroçador florestal/agrícola
Trituradora agrícola
Polidozer
Trituradora Lateral
Limpa-bermas
Reboque e grua florestal
Estilhador florestal de trator ATV
Retro - escavadora
Estilhador de tambor profissional
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Segurança A idade dos equipamentos também conta Mas não é só a idade dos condutores que conta. Um estudo divulgado pelo CEMA, que cobre sete países europeus, sugere que a idade dos equipamentos é um fator de risco. Na maioria dos acidentes que faziam parte da amostra estiveram envolvidos tratores com mais de 12 anos. Como resposta, alguns países têm introduzido inspeções obrigatórias e/ou criado incentivos à renovação do parque de tratores. Nos Estados Unidos, o diagnóstico é semelhante. É com os
tratores mais velhos que se produzem mais acidentes graves. Além da ausência de estruturas de proteção, muitas vezes estes são manobrados por agricultores de idade mais avançada, ou por pessoas sem formação adequada, e que fazem só uma utilização esporádica. Para dar resposta ao problema, foi criada a NTSC (National Tractor Safety Coalition), uma entidade que pôs de pé um programa de incentivo à instalação de arcos de segurança em tratores que não os tinham de origem. O programa financia a 70% o custo de instalação daqueles dispositivos.
O mais importante é que cada um de nós, que tem nas mãos o volante de um trator, esteja ciente de que os acidentes não acontecem só aos outros.
Os números da tragédia em Portugal Começo por destacar uma passagem de um comunicado emitido em outubro de 2015 pela ANSR (Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária), a propósito dos acidentes ocorridos em estrada. “No caso específico dos tratores agrícolas, as principais vítimas são os próprios tratoristas […]. Dois em cada três capotamentos de trator são ‘mortais’ e 70% das vítimas resultam deste tipo de acidente, em grande parte devido à inexistência ou não utilização do arco de segurança”.
Janeiro de 2013 a outubro de 2016 Segundo dados fornecidos à revista abolsamia pelo Gabinete de Imprensa da Guarda Nacional Republicana, entre 1 Janeiro de 2013 e 31 de Outubro de 2016, registaram-se em Portugal (no Continente, excluindo as Ilhas) 285 vítimas mortais em decorrência de acidentes com tratores, ocorridos em estrada e em campo. No período indicado, os cinco distritos mais afetados foram, Viseu com 32 vítimas mortais, Braga com 30,
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POR MAIS EXPERIÊNCIA QUE TENHA, ANDE SEMPRE DE OLHOS BEM ABERTOS, E CUMPRA AS RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA. PORQUE, JÁ SABE, SE O TRATOR SE VOLTA, É TODA A SUA VIDA QUE SE VOLTA. LEMBRE-SE DISTO.
Bragança com 26, Guarda com 25, e Leiria com 23. No mesmo período, registaram-se 243 feridos graves em decorrência de acidentes com tratores, também neste caso em estrada e campo. Leiria volta a aparecer entre os distritos mais afetados, com 30 feridos graves, Bragança também volta aparecer, com 26, assim como Viseu, com 23. Surge depois Castelo Branco com igual número, 23, Santarém e Vila Real com 18, e Braga com 17 feridos graves. Tanto nos acidentes com vítimas mortais como nos acidentes com feridos graves, Bragança, Viseu, Leiria, e Braga são dos distritos mais problemáticos.
Os primeiros 6 meses de 2016 Mais uma vez, foi junto da GNR que obtivemos uma amostra em que é possível contabilizar os acidentes de trabalho e os acidentes rodoviários. A amostra incide sobre os primeiros seis meses de 2016. Nesse período, do total de vítimas mortais, 38 resultaram de acidentes de trabalho, e 9 resultaram de acidentes rodoviários. Para o mesmo período, do total de feridos graves, 19 resultaram de acidentes rodoviários e 16 de acidentes de trabalho. Na mesma amostra de 6 meses, quando isolamos o fator idade, e segundo os dados da GNR, do total das vítimas de acidentes com tratores (mortes e feridos graves), 14% das vítimas tinha menos de 50 anos, 82% estava numa faixa etária entre os 50 e os 80 anos, e só 2% tinha mais de 80 anos.
As medidas anunciadas pelo governo Numa altura em que o governo anuncia medidas com vista a reduzir o número de acidentes com tratores e máquinas agrícolas, que pretende implementar em 2017, convém seguirmos com atenção o que irá ser posto em prática. Na generalidade, as intenções anunciadas parecem positivas. Mas mais do que reforçar a fiscalização – há tratores que não chegam a ir à estrada e por isso não são abrangidos por essas ações – é preciso reforçar a consciencialização. Igualmente importante é que os dirigentes tenham em consideração os bons exemplos experimentados noutros países, nomeadamente criando incentivos para a instalação de arcos em tratores matriculados antes de 1994. Mas o mais importante é que cada um de nós, que tem nas mãos o volante de um trator, esteja ciente de que os acidentes não acontecem só aos outros. Ele surgem quase sempre das maneiras mais estúpidas e inesperadas. E que cada um de nós se recorde que estes números que aqui publicamos não são apenas números. Cada número refere-se a uma pessoa que partiu antes do tempo, refere-se a famílias que ficaram desmembradas, e refere-se a pessoas que ficaram incapacitadas para sempre. Por mais experiência que tenha, ande sempre de olhos bem abertos, e cumpra as recomendações de segurança. Porque, já sabe, se o trator se volta, é toda a sua vida que se volta. Lembre-se disto.
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Prova de Campo Deutz-Fahr Agroplus 420 S Suspensão Ativa Os tratores especializados Agroplus S, tendo uma posição bem afirmada na gama da DeutzFahr, surgem agora com suspensão ativa no eixo dianteiro. Foi o lançamento desta inovação no mercado português que motivou a escolha deste trator para fazermos uma avaliação de desempenho. Agradecimentos: Same Deutz-Fahr Portugal Lda, Grupo Joper, Concessionário A. F. Nobre Prata. Equipa envolvida na Prova de Campo: Produção executiva: Revista abolsamia • Operadores abolsamia: Luís Alcino Conceição, João Sobral, e Pedro Pereira • Produção e edição de vídeo: Workmove
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Como é composta a gama Agroplus S A gama Agroplus S, destinada a o trabalho em pomares e vinhas, é composta por quatro modelos. Um deles, o 320, equipa com motor SDF de 3 cilindros e 3,3 litros de cilindrada, e os restantes três (410, 420, e 430) equipam com motor também de origem SDF mas com 4 cilindros e 4 litros de cilindrada. A faixa de potência abrangida por esta gama vai dos 82 aos 106 cv.
Personalização Consumo com by A.F.N.Prata pulverizador rebocado
E
sta Prova de Campo contou com a assistência do concessionário A.F. Nobre Prata, que tem sede em Vila Verde dos Francos e representa a Deutz-Fahr naquela região. A marca disponibilizou quatro tratores, três 420 S com suspensão ativa, e um quarto trator do mesmo modelo mas com eixo rígido, para que pudéssemos comparar. Acontece que, por estarem já destinados a clientes, os três tratores com suspensão apresentavam várias personalizações feitas na oficina de Nobre Prata. “É uma configuração deste concessionário, que se deve às necessidades específicas da região. Há um grande nível de exigência dos clientes desta região”, explicou-nos José Luís Mendes, diretor de marketing na SDF Portugal. São várias as alterações acrescentadas à configuração de série: instalação de um assento pneumático com reclinação da zona de encosto; colocação de película para escurecer os vidros, com o intuito de proporcionar não só conforto visual mas também proteção térmica; reforço da estrutura de apoio dos guardalamas, instalação de um apoio para passagem de tubos desde os distribuidores ventrais até à frente do trator, pneus de segmento premium, grade de proteção frontal, e acabamento de aço inox nos painéis laterais da cabine, para proteger o vidro e as borrachas face ao embate de ramagens.
Trabalhámos numa parcela de 1,2 hectares, com uma parte plana e outra parte com uma inclinação acentuada, de solo barrento que se encontrava bastante molhado nas duas primeiras horas de trabalho (parte da manhã) e mais seco na última hora de trabalho (à tarde). A operação realizada foi um tratamento de três passagens que durou três horas, dividido em períodos de uma hora cada. O reabastecimento do trator e do atomizador foram feitos na parcela. Desta forma,
os consumos registados são apenas de trabalho efetivo. A alfaia utilizada foi um atomizador rebocado Tomix, de 1500 litros, com uma turbina invertida de 920. O débito de calda registado foi de aproximadamente 1000 litros/hora. Com o regime do motor em redor das 1600 rpm, a TDF ligada a um regime entre as 520 e as 530 rpm, e uma velocidade de avanço de 5,5 km/hora, o consumo médio obtido nas 3 passagens foi de 7,2 litros/hora.
A alfaia utilizada foi um atomizador rebocado Tomix, de 1500 litros, com uma turbina invertida de 920.
Placas em inox para proteção das borrachas da cabine, aplicadas pelo concessionário.
Deutz-Fahr Agroplus 420 S Suspensão Ativa
Quinta do Gradil Vilar - Cadaval
2a4 nov.
www.youtube.com/ abolsamia
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Deutz-Fahr Agroplus 420S Suspensão Ativa Suspensão Ativa no eixo dianteiro A suspensão ativa de braços independentes é um equipamento inédito em tratores deste segmento. Além do objetivo mais óbvio, que é proporcionar conforto ao operador, sobretudo quando é preciso enfrentar longos dias de trabalho em terrenos difíceis e irregulares, esta suspensão visa também melhorar o desempenho e a estabilidade do trator ao garantir que, em pendentes, uma maior superfície do pneu se mantém em contacto com o solo. O nível de amortecimento é adaptativo às condições de utilização do trator. Os ajustes são feitos de forma automática pelo sistema, em função de fatores como a velocidade de avanço, o curso da suspensão e o ângulo de viragem da direção. A suspensão contribui ainda para atenuar a sensação de
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afundamento que se nota quando travamos, e em situações de curva faz compensações na roda do lado de fora. Adicionalmente, este eixo inclui um sistema de controlo de tração patenteado pela SDF, que faz com que em caso de perda de tração de uma roda, o esforço de tração seja transmitido para a roda que continua em contacto com o solo. Comparativamente com o modelo de eixo rígido, que também experimentámos, as unidades com eixo suspenso revelaram um maior conforto
e uma maior facilidade na saída de situações em que, por ausência de contacto com o solo, se deu a perda de tração de uma das rodas dianteiras.
Quanto custa o kit de suspensão?
O bloco de suspensão está associado a um pack de equipamento mais completo, como a préinstalação de hidráulico frontal. Logo, num Agroplus S com suspensão ativa, a suspensão propriamente dita não é o único equipamento
Elementos mecânicos de um dos braços da suspensão.
que determina o diferencial de preço. Em todo o caso, estamos perante um valor em redor dos 5.000 Eur que acresce ao modelo semelhante com eixo rígido.
Reportagem fotográfica
Prova de Campo
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Motor Produzido internamente pela SDF, o motor instalado neste modelo é um 4 cilindros com 4 litros de cilindrada, que fornece 96 cv de potência. Através de uma unidade de controlo eletrónico, é permitida
uma memorização de regime, especialmente útil para manter um regime constante durante as tarefas que dependam da TDF. Nos trabalhos que realizámos, revelou um bom desempenho.
Motor Fabricante / modelo
SDF / série 1000
Sistema de injeção
Bomba injetora
Nível de emissões
Fase III/ Tier 3
Sistema de tratamento de gases
Recirculação de gases
Nº de Cilindros/ cilindrada
4 /4000 cc
Potência máxima
96 cv
Binário máximo / reserva
373 Nm às 1600 rpm
Manutenção
A cada 500 horas
Motor SDF de 96 cv e 4 litros de cilindrada.
Na alavanca principal da transmissão é possível acionar a embraiagem elétrica e os níveis de powershift.
Transmissão A transmissão do Agroplus S possui 45 relações para a frente e 45 relações para trás. São 5 velocidades sincronizadas, com 3 níveis de powershift (HML), repartidas por 3 gamas. O inversor é de acionamento eletro-hidráulico.
Níveis de powershift
A passagem de relações é correta, bem como os níveis de powershift, apesar de a alavanca estar ligeiramente avançada em relação à posição natural de condução. Quanto aos níveis de powershift, parecem estar bem escalonados, e
ajudam com frequência a que não seja necessário trocar de relação. Por seu lado, a passagem de gamas revelou-se um pouco rija, estando a respetiva alavanca em posição pouco cómoda.
Funcionamento inteligente
De série, o trator possui ainda uma funcionalidade que desliga as 4RM após um determinado ângulo
da direção, como forma de proteger os elementos mecânicos de um desgaste prematuro. A tração do eixo dianteiro volta a ser ligada automaticamente assim que direção regressa a um ângulo de viragem mais baixo.
Embraiagem elétrica e Stop & Go
A alavanca de mudanças possui um botão de embraiagem elétrica (Confort Clutch), que substitui a embraigem de pé. Adicionalmente, a marca disponibiliza neste modeo a funcionalidade Stop & Go, que quando ativada, e a velocidades até 14 km/h, permite ao operador imobilizar o trator apenas recorrendo ao pedal de travão. Logo que o pedal seja libertado, é retomada a marcha no mesmo sentido.
Transmissão Tipo
Semi-powershift
Configuração
5 velocidades com HML e 3 gamas
Inversor
Eletro-hidráulico
Bloqueio dos diferenciais
Eletro-hidráulico
Velocidade mínima
180 m/h
Velocidade máxima Eco
40 km/h às 1850 rpm
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Prova de Campo 4RM - 9,28 m com suspensão ligada 4RM - 9,15 m (-7 cm)
Viragem Procedemos à medição do diâmetro de viragem em chão plano, e com um chisel engatado no hidráulico. Quando comparamos os valores obtidos com a suspensão ligada e com a suspensão desligada, verificamos que tanto em 2RM como em 4RM, se obtém um menor diâmetro com a suspensão desligada. Com o trator que não possuía eixo dianteiro com suspensão, realizámos a
com suspensão desligada
medição do diâmetro de viragem em condições idênticas e obtivemos os seguintes valores: 8,35 m em 2RM, e 9,35 m em 4 RM. Estes números mostram que embora em 2RM o diâmetro de viragem seja semelhante àquele obtido num trator com suspensão em modo desligado, em 4RM o eixo sem suspensão apresenta o valor menos interessante de todas as medições efetuadas.
2RM - 8,72 m com suspensão ligada 2RM - 8,35 m (-13 cm) com suspensão desligada
Direção Direção Bomba
Dedicada de 26 L/min
Ângulo de viragem
60°
A direção é servida por uma bomba independente com fluxo de 26 L/min. Os 60° de ângulo de viragem são um valor que está ligeiramente acima do que é habitual encontrar noutros modelos deste segmento. O diâmetro de viragem atinge os 60°.
Sistema de Travagem Como é habitual nos DeutzFahr, este trator possui travões de disco em banho de óleo em ambos os eixos. No decorrer dos ensaios, tivemos oportunidade de verificar o bom desempenho dos travões, tanto em estrada, com o
Travões
pulverizador na carga máxima, como depois dentro das fileiras de vinha, na zona declivosa em que trabalhámos. Neste trator existem três diferentes estratégias de travagem. Quando o operador
Tipo
Discos em banho de óleo
Travagem
Em ambos os eixos
pisa os dois pedais de travão em simultâneo, o trator trava às 4 rodas. Quando pisa só um pedal, o trator trava a roda traseira correspondente ao lado do pedal. Até aqui tudo como de costume. Mas existe uma terceira opção que é ativada através de um divisor de óleo, e que permite que ao pisar apenas um pedal, o esforço de travagem seja exercido sobre as duas rodas (traseira e
Divisor para alterar o modo de travagem.
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dianteira) desse lado. Verificámos que em terrenos com muita pendente lateral, em que o trator tenha tendência para escorregar, esta função pode ajudar a manter a trajetória ou até mesmo a recuperar terreno após um ligeiro deslizamento. Isto porque quando o condutor trava as duas rodas do lado de cima, transfere maior esforço de tração para as outras duas rodas.
Prova de Campo Sistema Hidráulico O sistema hidráulico possui regulação eletrónica. Duas bombas em tandem fornecem um fluxo hidráulico de 33+25 L/min. O modelo testado estava equipado com dois distribuidores traseiros, um mecânico e outro eletrónico (4 vias), dois distribuidores eletrónicos ventrais (4 vias), e ainda na zona ventral, uma repetição do distribuidor mecânico traseiro. Para facilitar o engate de alfaias, o operador pode regular a altura do elevador traseiro nos comandos instalados no guarda-lamas do lado direito. Estes comandos têm ainda a função de desbloquear o hidráulico, se carregarmos nas duas teclas em simultâneo durante alguns segundos.
Encontrar a regulação mais correta para as alfaias é uma tarefa que está muito facilitada neste modelo devido ao facto de o ajuste lateral, que habitualmente se faz na rosca dos estabilizadores, ser
feito por comando hidráulico, e ainda porque um dos pendurais é também regulado hidraulicamente. No que respeita às possibilidades de lastragem, quando o trator tem hidráulico frontal, pode ser usado um bloco com um peso máximo até 400 kg. Nos modelos sem hidráulico frontal, podem ser aparafusados vários módulos de lastragem com 20 kg cada.
Pendural com regulação hidráulica.
Sistema hidráulico
Estabilizadores com regulação hidráulica.
Tipo
Regulação eletrónica
Fluxo da bomba
33 L/min + 25 L/min
Distribuidores hidráulicos (até 10 vias)
Válvulas mecânicas/eletrónicas
Capacidade de elevação traseira
2.300 kg
Capacidade de elevação dianteira
1.500 kg
Tomada de Força TDF Engrenamento
Eletro-hidráulico
Regime (rpm)
540, 540 Eco, 1000 (+ 1000 na frente)
A TDF traseira possui três regimes, e opcionalmente o Agroplus S pode ser configurado com TDF frontal de 1000 rpm. O regime atingido pela TDF é apresentado no visor digital do painel de instrumentos.
Facilidades
Para abastecer não é necessário abrir o capot. Basta retirar uma primeira tampa e depois a tampa do depósito.
O corta-corrente está facilmente acessível junto aos distribuidores traseiros.
A caixa de ferramentas, em metal, está corretamente instalada juntos aos distribuidores ventrais.
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Deutz-Fahr Agroplus 420S Suspensão Ativa
Cabine A cabine é suficientemente funcional para um trator desta categoria, ainda que alguns detalhes pudessem ser melhorados. A alavanca das mudanças está em posição um pouco avançada, para a frente, e acontece com muita frequência que toquemos no joystick do hidráulico quando trocamos de mudança. Na coluna de direção, seria útil dispor de regulação da inclinação. De resto, todos os outros comandos, inclusive os do teto (luzes, pirilampo, climatização e rádio) estão bem posicionados. Nos dias em que decorreu a Prova de Campo, houve períodos do dia em que o sol incidiu com mais aspereza sobre a Quinta do Gradil, e o sistema de climatização cumpriu bem o seu papel. A coluna de direção possui regulação em altura.
Manutenção Os pontos de manutenção estão em posição acessível. Já o acesso à bateria, que está instalada atrás do assento, não é assim tão fácil, mas compreensível num trator que é extremamente compacto. Destacamos ainda a existência de um cortacorrente que se alcança facilmente, posicionado na traseira, acima dos distribuidores hidráulicos. Quanto aos intervalos de manutenção, as 500 horas são o limite indicado pela marca. O concessionário Nobre Prata avançou um custo de 700 Eur + IVA para as revisões a fazer a cada 500 horas.
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Comandos do elevador hidráulico e joystick para controlo dos distribuidores.
Pontos +/• • • •
Suspensão Progressão em zonas declivosas Performance de travagem Regulação hidráulica de um pendural e dos estabilizadores
• Posição de alguns comandos • Acionamento das gamas um pouco duro
Prova de Campo Apreciação dos Operadores João Sobral É licenciado em Relações Internacionais e redator na revista abolsamia. Tem experiência de vários anos como operador de máquinas, em trabalhos agrícolas e florestais.
Luís Alcino Conceição É Professor Adjunto da Escola Sup. Ag. de Elvas, onde tem a seu cargo a docência das áreas de Mecanização e Inovação Tecnológica. É Investigador do Centro Interdisciplinar para a Investigação e Inovação do Inst. Polit. de Portalegre e membro do Inst. de Ciências Ag. e Ambientais Mediterrânicas da Univ. de Évora. Colabora com a revista abolsamia.
Pedro Pereira É estudante de Ciência e Tecnologia Animal na Universidade de Évora. Tem experiência como operador de máquinas agrícolas, competência que adquiriu na exploração da família, em Mogadouro, onde faz criação de ovinos e bovinos e onde também produz forragem.
Preço
“ Num eixo dianteiro com um sistema de suspensão que vem acrescentar conforto ao condutor, também o controlo de tração revelou um bom desempenho. Nas situações em que simulei a perda de tração de uma roda da frente, por ausência de contato com o solo, verifiquei que a tração transferida para a roda oposta permitiu superar facilmente os obstáculos. A posição em que estão colocadas as alavancas do travão de parque e das gamas da transmissão, bem como permitir um maior curso para regulação da coluna de direção em altura, são detalhes que a meu ver merecem aperfeiçoamento.”
“ Do contacto com o trator ressalvo a suspensão ativa, tanto em estrada pela segurança que garante, como em trabalho de campo pela capacidade de contacto com o solo que proporciona ao conjunto trator alfaia. A capacidade de manobra em campo dada pelo raio de viragem é também de salientar, e a facilidade de acoplamento de máquinas permitida pelo comando de afinação hidráulica dos estabilizadores e pendurais traseiros, muito pouco comum em tratores especiais. Também uma nota positiva para o concessionário que propõem a entrega do trator com pequenos opcionais, que na minha opinião fazem a diferença, como sejam a montagem de pneus de marca premium e o banco de operador mais confortável e fácil de ajustar.”
“ Na minha opinião, a suspensão dá ao trator mais estabilidade em terrenos deformados, caminhos danificados, e acima de tudo em curvas apertadas feitas com alguma velocidade. Mesmo sendo um trator tao estreito, com as alfaias engatadas senti sempre segurança nas zonas com inclinação. O conforto para o operador é superior em comparação com o trator sem suspensão. A cabine, achei-a confortável, com boa visibilidade, e silenciosa. Em geral apresenta uma boa disposição de comandos, mas senti que fazia falta dispor de uma regulação do volante em inclinação, para ajustar a distância ao operador. Quanto à caixa, a alavanca principal encontra-se muito afastada do operador, e a das gamas, por ser de seleção vertical não é muito cómoda, mas num trator com tao pouco espaço, é compreensível.”
Veja na pág. 114 os primeiros clientes a receberem um Deutz-Fahr Agroplus 420S Suspensão Ativa entregues pelo concesssionário A.F.N. Prata.
Deutz-Fahr Agroplus 420S Suspensão Ativa PVP* – 68.000 EUR * Preço da versão com transmissão 45/45 e suspensão ativa. Ao PVP acresce o IVA à taxa legal e vigor.
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Tecnologia por João Sobral
Tratores sem condutor De tratores que não necessitam de condutor já se fala há muito, e de tempos a surgem notícias de novos desenvolvimentos. Recentemente, a Case IH e a New Holland fizeram a pré-apresentação de dois modelos que vieram relançar o debate em torno das potencialidades permitidas atualmente pela tecnologia. Nesta matéria, o que é que podemos pespetivar para o futuro?
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F
oi numa das maiores feiras agrícolas dos Estados Unidos, a Farm Progress Show, que o Grupo CNH desvendou os seus últimos avanços em matéria de condução autónoma, ao apresentar em simultâneo dois tratores, um New Holland e um Case IH, dotados de tecnologia que dispensa não só a intervenção do condutor, como até mesmo a sua presença.
T8 e Magnum sem condutor De ambos, aquele que mais tem dado que falar ao longo das últimas semanas é o Case IH, baseado na linha Magnum, essencialmente porque do ponto de vista estético, ao não ter cabine, desperta mais a atenção. Mas o modelo da New Holland, baseado na linha T8, surge apetrechado com o mesmo pack de tecnologia do Case IH, e com a vantagem adicional de poder ser
conduzido como qualquer outro trator, para que possa circular em estrada ou realizar outras tarefas onde o agricultor entenda que deve assumir o controlo. À parte a visibilidade conseguida com o modelo sem cabine, a Case IH também pode disponibilizar a tecnologia num Magnum de aparência normal, com cabine.
Como funcionam os novos modelos CNH Recorrem ao mapeamento de parcelas e localização por GPS, e possuem uma vasta tecnologia de sensores que inclui radar, LIDAR (deteção por laser), e câmaras de vídeo que asseguram a localização de obstáculos. O conjunto trator/alfaia pode ser controlado a partir de um computador de secretária. Um interface próprio permite ver a progressão feita no
New Holland T8
campo, com base em imagens captadas por câmaras, e permite também ajustar parâmetros de funcionamento do conjunto, como a velocidade, a profundidade de trabalho, ou a dose de semente ou herbicida a aplicar. Mas o desempenho também pode ser supervisionado a partir da cabine de uma outra máquina com que o agricultor esteja a trabalhar na mesma parcela, ou nas redondezas, o que demonstra a possibilidade de os tratores autónomos serem integrados numa frota já existente. Para o futuro, estas marcas preveem que os tratores autónomos possam utilizar “big data”, tal como informações em tempo real enviadas por satélites meteorológicos, de modo a fazerem automaticamente o melhor uso das condições ideais, independentemente da intervenção humana. Ou
Tecnologia Case IH Magnum sem cabine
seja, o trator irá parar perante condições climáticas adversas, e retomar o trabalho quando o tempo tiver melhorado. Ou em alternativa, pode deslocar-se para outra zona da propriedade onde por exemplo os solos sejam mais leves ou estejam menos encharcados. O desenvolvimento destes protótipos resultou de uma parceria entre o Grupo CNH e a firma americana Autonomous Solutions Incorporated
Fendt equipado com kit Probotiq X-pert
Não é uma ideia pioneira A firma holandesa Precision Makers já comercializa o kit Probotiq X-pert, aplicado aos tratores especializados da Fendt, para que façam os tratamentos em vinhas ou pomares, de modo totalmente autónomo, sem condutor.
Há já uns bons anos que a John Deere desvendou o seu projeto de trator autónomo, a Fendt tem vindo a trabalhar na tecnologia Guide Connect, através da qual um trator sem condutor reproduz via rádio/GPS todos os movimentos de um trator conduzido que trabalhe na mesma parcela, seguindo-o, e a Yanmar está a trabalhar num conceito semelhante, com a ligeira diferença de ser o trator sem condutor a seguir na frente do trator com condutor. Mas, neste domínio, outros têm surgido, à margem das grandes marcas. O projecto RHEA, um consórcio financiado pela UE, desenvolveu tratores autónomos para pequenas explorações, baseados em modelos do Grupo CNH, e a firma holandesa Precision Makers já comercializa o kit Probotiq X-pert, aplicado aos tratores especializados da Fendt, para que façam os tratamentos em vinhas ou pomares, de modo totalmente autónomo, sem condutor. Uma abordagem diferente é a praticada pela firma americana ATC (Autonomous Tractor Corporation), que propõe fazer a transformação de velhos tratores em tratores que dispensam condutor, dando-lhe uma nova vida ao aplicar motores elétricos nas rodas e um sistema de navegação de longo alcance (LRNS). É também oportuno referir a comunicação V2V (Vehicle-tovehicle), a que por exemplo a John Deere atribui a designação Machine Sync. Através desta tecnologia, uma ceifeira debulhadora pode ligar-se via rádio a um trator que use um reboque de transfega, de modo a que ambos avancem a uma velocidade coordenada. Como vê, são inúmeras os projetos que têm surgido. E poderíamos continuar a enumerar outros casos.
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Tecnologia
Vá-se lá saber se alguns empresários agrícolas não passarão a encarar os seus campos como uma espécie de fábrica robotizada, que podem supervisionar e gerir a partir de uma sala de controlo.
O debate em torno DA TECNOLOGIA A VISÃO CÉTICA
A VISÃO ENTUSIASTA
Acerca da aplicabilidade prática dos tratores sem condutor, as opiniões não são unânimes. Há quem entenda que estes lançamentos servem sobretudo como operações de marketing, para os fabricantes mostrarem o ponto em que estão em termos de domínio da tecnologia, sem que num futuro previsível venham a ser vistos nos campos tratores a trabalharem sozinhos, até porque, por norma, os agricultores gostam de se sentar aos comandos das suas máquinas e não as encaram de modo desapegado como farão por exemplo com um pivot, equipamento que já é habitual gerirem através de uma app no telemóvel. Ou seja, as máquinas agrícolas não se resumem à sua função, envolvem também experiências e sensações, e muitos agricultores não estarão dispostos a abdicar dessa vivência. Além disso, a fase inicial de qualquer nova tecnologia envolve preços altos, o que num tempo de orçamentos magros pode não antecipar um futuro promissor. Os céticos mencionam ainda os problemas de segurança, dado que uma máquina não tem a mesma capacidade para lidar com situações imprevistas que tem uma pessoa.
Mas há também quem assuma uma postura entusiasta, e considere que a tecnologia passará em breve a ser utilizada em algumas explorações. No setor automóvel os avanços em matéria de desempenho autónomo dos veículos começam a chegar aos modelos de produção em série, e no setor das máquinas agrícolas a condução automática via GPS (os chamados sistemas de autoguiado) já conquistou o seu espaço entre os agricultores que desenvolvem trabalho mais intensivo. Na verdade, os tratores com pack mais completo, têm já um grau muito alto de automatização e há tarefas em que praticamente dispensam a intervenção do condutor. Isto leva algumas pessoas a pensar que em propriedades de grande extensão a tecnologia de condução 100% autónoma possa vir a ser usada, para rentabilizar os encargos com pessoal (o Manuel Joaquim pode encarregar-se de trabalho de oficina nas instalações da exploração, enquanto o trator segue sem ele), e para se poder trabalhar durante turnos mais longos, inclusive noite dentro. Afinal, o passo a dar até já não é assim tão grande, tendo em conta o patamar de desenvolvimento em que já nos encontramos.
O conjunto trator/alfaia pode ser controlado a partir de um computador de secretária.
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PERSPETIVAS de futuro Cada uma destas visões terá o seu quê de razão. No fundo, ainda está por provar se esta tecnologia dá totais garantias de segurança, e também se deixará de ser apenas uma atração para ser mostrada em feiras para passar a ser uma ferramenta em que os agricultores investem para ser usada no dia-a-dia com utilidade prática. Mas se lermos o “Digit@al Manifesto”, um documento que o CEMA e o CECE divulgaram conjuntamente no ano passado, percebemos que há um caminho que está a ser trilhado pelos fabricantes, junto de quem define as regras a nível europeu, no sentido de agilizar a legislação, para que ela acompanhe as possibilidades fornecidas pela tecnologia. Diz assim: “As tecnologias digitais estão a redefinir as fronteiras respeitantes ao funcionamento das máquinas de modo autónomo. A regulamentação relativa à segurança […] precisa de evoluir a par com os progressos que vão sendo feitos pelas tecnologias digitais. Por exemplo, o atual requisito de que uma pessoa tem de estar o tempo inteiro aos comandos de um veículo, pode precisar de ser revisto”. A este respeito, o futuro não sabemos exatamente como será, mas há coisas sobre nós, humanos, que sabemos como são. Com frequência surgem soluções tecnológicas que vêm dar resposta a necessidades que não sabíamos que tínhamos, habituamo-nos a usá-las, e adaptamos o nosso estilo de vida. Vá-se lá saber se alguns empresários agrícolas não passarão a encarar os seus campos como uma espécie de fábrica robotizada, que podem supervisionar e gerir a partir de uma sala de controlo.
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Tecnologia
Avanços na tecnologia de assistência ao condutor Uma aplicação para manobrar um trator a partir do exterior da cabine, é a mais recente inovação desvendada pela ZF. A tecnologia visa facilitar a aproximação a alfaias ou a reboques, para se proceder ao engate.
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á dois anos, a ZF e a Bosch divulgaram uma outra aplicação, destinada a auxiliar o condutor a estacionar um automóvel com atrelado, apenas deslocando os dedos no ecrã de um smartphone ou de um tablet. Dedicámos uma página da edição nº92 a explicar esta tecnologia. Recentemente, a ZF apresentou novos desenvolvimentos em matéria de assistência à condução, mas agora dirigidos aos tratores agrícolas.
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Conjunto trator com reboque Para tal, instalou num trator uma rede de sensores e seis câmaras de vídeo que captam o que se passa em redor. Os dados recolhidos reproduzem uma imagem do espaço circundante, a qual pode ser vista pelo condutor através de um dispositivo móvel (smartphone ou tablet). O sistema permite que o trator seja manobrado em modo semiautomático, com o condutor no posto de condução, ou comandado remotamente desde o exterior da cabine.
Como funciona Se o condutor deslocar o trator ou o reboque para a esquerda ou para a direita no ecrã, o conjunto irá mover-se na direção escolhida. Mas perante manobras complicadas, o utilizador só tem de especificar em que direção pretende que a manobra seja feita e o sistema calcula os movimentos de direção necessários.
Função para engate É também com recurso a câmaras que a função de assistência ao engate de alfaias funciona. Para fazer uma deslocação automatizada em direção às alfaias, a posição inicial do trator em relação à alfaia é detetada. Durante a manobra a posição vai sendo medida, e o ângulo de direção vai sendo corrigido. Em complemento às câmaras, são instaladas nas alfaias placas especiais em ambos os lados que servem como alvo para que o sistema posicione o trator no local exacto em que a operação de engate é depois concretizada à mão pelo operador.
Tecnologia Manobrar em segurança Para garantir a segurança, se no sistema detetar a presença de pessoas entre o trator e a alfaia, ou se porventura o operador deixar de ter contato com o ecrã, o veículo é imediatamente imobilizado, o mesmo acontecendo se a ligação entre o dispositivo e o veículo for perdida. A velocidade de avanço pode ser definida no ecrã, estando limitada a 4 km/h para a frente e a 2 km/h para trás.
O propósito A ZF pretende demonstrar o que já é possível pôr em prática com a tecnologia que tem vindo a desenvolver, e que fica disponível para fornecer às marcas que a queiram incluir nos seus modelos de série. A assistência à condução autónoma baseiase em sistemas de mecatrónica, que são a chave para que os veículos passem a ser capazes de ver, pensar e agir.
Tração elétrica para reboques A par da assistência à condução, a ZF apresentou um avanço no domínio da propulsão. Um trator que esteja equipado com uma transmissão ZF Terra + (com gerador elétrico), produz energia que pode ser dirigida a motores elétricos instalados nas rodas de reboques, ou outras alfaias. Esses motores têm como função fornecer tração adicional a todo o
conjunto, nomeadamente em terrenos com pendentes superiores a 30%. Com este auxílio, passa ser possível utilizar reboques de maior dimensão, desde que o equilíbrio e a segurança do conjunto estejam garantidos. Mas a ZF abre ainda outra possibilidade, ao comunicar que, com base nesta tecnologia, no futuro os reboques poderão ser capazes de se deslocar autonomamente.
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Produto Renovação nos Fastrac 8000 JCB
Com o conceito Fastrac a c omemorar 25 anos de existência, a JCB apresentou os novos modelos da série 8000, baseados numa configuração semelhante a os da série 4000, lançada em 2014, com as quatro rodas de tamanho igual, cabine posicionada ao centro, e deck por cima dos guarda lamas traseiros. A série é composta por dois modelos, Fastrac 8290 (substitui o 8270) e 8330 (substitui o 8310) com respetivamente, 306 e 348 cv de potência máxima. O motor Tier 4F de 8,4 litros é de origem Agco
Power. A transmissão de variação contínua é fornecida pela Fendt, permite atingir os 70 km/h, e além de vários modos de condução, possui patamares virtuais através dos quais é possível simulam a passagem de relações como se se tratasse de uma Powershift. A destacar ainda a suspensão em ambos os eixos, com autonivelamento hidropneumático, o novo sistema de direção, os travões de disco externos, a seco, em todas as rodas, e a colocação do sistema de escape junto ao pilar traseiro da cabine. Esta renovação representa um regresso da série 8000 ao conceito tradicional dos Fastrac.
Rolo de consolidação de 24,5 metros Talvez o maior rolo do mundo
BROCK
O fabricante britânico Brock acrescentou à sua gama de alfaias para preparação de solo, um novo rolo de consolidação da cama de sementeira que se evidencia pelo seu grande porte. A marca demorou um ano a desenvolver este modelo Double Lock Roller 2450, para garantir uma estrutura compacta e estável em posição de transporte, mas flutuante em posição de trabalho, de modo a adaptar-se aos contornos do terreno. O operador alterna
entre uma posição e a outra sem sair da cabine do trator. O rolo é constituído por 11 secções, ou seja, por onze rolos independentes interligados, e abarca uma largura de trabalho de 24,5 m. Com esta dimensão, adequa-se às necessidades de quem pratica uma agricultura de tráfego controlado. Para facilitar as manobras e a passagem junto às margens das parcelas, as duas secções exteriores podem ser levantadas através de comando hidráulico.
Juntador-voltador TOP 612 PÖTTINGER Montado aos três pontos e com uma construção bastante compacta, este equipamento apresenta uma largura de trabalho de 5.9m, sem perder manobrabilidade. Os novos rotores TOPTECH PLUS, com um diâmetro de 2.80m, merecem também nota de destaque, bem como o sistema de substituição prática e fácil dos braços de dentes. A altura de transporte mantém-se abaixo dos 4 m sem remover os braços, e a largura em posição de transporte é de apenas 2.7m. Para terrenos ondulados, está também disponível um chassis tandem.
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Motores a gás natural FPT INDUSTRIAL A FPT Industrial apresentou na EIMA em estreia mundial o protótipo NEF 6 NG, destinado a aplicações agrícolas com base na energia do gás natural. Utiliza tecnologia estequiométrica e sistema eletrónico de injeção Multi Point e, de acordo com o construtor o seu consumo de combustível foi otimizado graças à combustão constante assegurada por um misturador de ar-gás patenteado e pela conceção específica dos pistões e das velas de ignição. O bloco estrutural de alta resistência e o cárter de óleo foram especificamente projetados para instalação em tratores, e o catalisador de três vias ultra-compacto e livre de manutenção ATS não requer DPF* ou SCR**. O gás natural assegura baixos níveis poluentes, até zero emissões de CO2, quando se utiliza bio-metano, sendo menos ruidoso: a injeção indireta no colector de admissão a taxa de compressão reduzida permitem que o NEF 6 NG produza ruído e vibrações inferiores aos dos motores diesel (até 5 dB a menos). * Filtro de partículas diesel ** Redução Catalítica Seletiva
H Case I Claas Brown d i v a D -Fahr z t u e D Fendt Fiat Ford ann m i l r ü H eere D n h o J a Kubot ini h g r o Lamb i Landin ou Manit son u g r e yF Masse ick m r o C Mc Merlo and l l o H New s Perkin lt Renau Same Steyr t Valme
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Produto A SSAB lança aço personalizado Docol SSAB Durante os próximos meses, a SSAB irá lançar dois novos e avançados produtos de aço laminado a quente com elevada resistência, mais ou menos personalizados para aplicações em chassis. “O avançado aço de elevada resistência supera 800 e 1000 MPa na resistência de rutura, o que oferece uma combinação exclusiva de propriedades para uma expansão maximizada de furos e maleabilidade dos bordos” afirma Daniel Sund, Product Manager de Laminados a Quente para a Indústria Automóvel, na SSAB Europe. As qualidades de aço Docol HR800HE e Docol HR1000HE cumprem os exigentes requisitos das OEM em relação à taxa de expansão de furos, como por exemplo, para um braço de controlo inferior.
Tubo de descarga 7XL de 12m CLAAS
Os fabricantes começam a dar atenção às necessidades dos agricultores que implementam sistemas CTF (agricultura de tráfego controlado) nas suas explorações. É o que caso da Claas, que apresenta um inovador tubo de descarga na linha de ceifeirasdebulhadoras Lexion 700. Graças a este tubo 7XL, com
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alcance de 12 m, o reboque de transvase pode circular ao longo da mesma linha usada pela ceifeira na passagem anterior. Para desenhar o 7XL, que estará no mercado em 2017, a marca teve por base o tubo de descarga 4XL e adicionou-lhe uma extensão com 2,11m que se articula a 120°, para se acomodar na traseira da máquina. Um mecanismo de segurança assegura que esta
extensão só possa ser dobrada e desdobrada quando o tubo estiver recolhido. Este componente requer um tegão reforçado e estará disponível no mercado em 2017. A Claas informa ainda que fornece outros equipamentos para CTF, como as barras de corte Vario 1230 de 12,27 m e o software de planeamento automático das linhas de passagem.
Produto Incorporadores Solodisc XXL JOSKIN A marca belga Joskin atualiza a sua gama de incorporadores de chorume de discos ao propor três novos modelos, com larguras de trabalho de 6,75 m, 7,5m, e 8,25 m. Têm todos a mesma largura de transporte de 2,64 m, a mesma distância entre linhas de 18,75 cm (contra 21,5 cm na anteriores versões), mas apresentam diferenciação a nível do peso: 1950, 2200 e 2640 kg. Uma das preocupações da marca foi diminuir o peso total do equipamento face à geração anterior. E isso foi conseguido em parte porque os discos passam a ser compostos por metal e por borracha nitrílica (NBR). Como o conjunto ficou mais leve, foi possível aumentar o número
Para-choques para trator PEECON
de discos, que podem trabalhar a uma profundidade entre 1 cm e 6 cm, e o seu diâmetro (400 mm), o que tem como vantagem diminuir a potência de tração necessária. Para abordar trajetórias irregulares, os elementos injetores permitem um movimento pivotante lateral de 10° em ambas as secções. Adicionalmente, dada elemento de injecção pode ser levantado individualmente, sendo por isso compatível com a tecnologia Section Control.
Esta marca holandesa de equipamentos para agricultura e pecuária adicionou à sua oferta um dispositivo para absorção do choque em caso de embate entre um trator e um veículo ligeiro. Instala-se no elevador dianteiro como qualquer outra alfaia – requer um distribuidor hidráulico –, ajusta-se a altura a 40 cm do solo e a partir daí é um pouco como os airbags. Esperamos que nunca seja necessário. Mas como os imprevistos acontecem, a ideia é que ao haver um embate com um automóvel, ele ocorra ao mesmo nível do parachoques dessa viatura e com o mínimo de estragos possível. A travessa dianteira tem por detrás cilindros hidráulicos com acumuladores, que em caso de
colisão podem recolher até 20 cm, absorvendo o choque. Não menos importante é a sua função de sinalização. Possui iluminação LED nas extremidades e chapas refletoras para indicar os limites do veículo. Para poder ser usado em diferentes tratores, é ajustável em largura, entre 2,10 e 2,55 m. Este acessório da Peecon pode ainda servir de suporte para módulos de lastragem, até ao peso máximo de uma tonelada.
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Produto Nova Série M5000
KUBOTA A marca japonesa continua o seu forte investimento no sector agrícola e apresenta agora os sucessores dos modelos M8540 e M9960. A nova série, denominada M5000, é constituída por dois modelos, o M5091 de 95 cv, e o M5111 de 113 cv, ambos com motor de 4 cilindros, com 3,7 litros de cilindrada e adaptados ao nível de emissões Tier 4Final. A transmissão tem uma configuração de 6 velocidades, com HI-LO, distribuídas por três gamas, num total de 36 velocidades, sendo o inversor eletro-hidráulico. A TDF, na versão standard, é de duas velocidades (540 e 540e), no entanto, uma terceira velocidade, de 1000 rpm, está disponível como opcional. O elevador traseiro levanta até 4.100 kg. Os novos tratores, fabricados em França, chegam primeiro em versão cabinada mas no início de 2017 será disponibilizada uma versão plataforma. A cabine está maior em relação ao seu antecessor, com ar condicionado de série e banco pneumático. Para melhorar a visibilidade quando em utilização do carregador frontal pode optarse por uma cabina com teto em vidro. Em simultâneo a este lançamento, a Kubota renovou também a gama MGX.
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Pulverizador Lexis rebocado KUHN A Kuhn lançou o novo pulverizador rebocado Lexis, que em termos de especificações se situa na sua gama abaixo das linhas Metris e Oceanis. As barras em alumínio, mais leves do que as barras em aço, tornam este pulverizador mais ligeiro, o que contribui para proteger a estrutura do solo ao trabalhar em zonas mais alagadas. Além disso, é um material mais resistente ao contacto com os produtos químicos, o que aponta para uma mais longa vida útil. As barras podem ir dos 18 aos 24 m e estão equipadas com o sistema de suspensão Trapezia (de molas) ou Equilibra (molas pendulares independentes em cada um dos lados). O depósito tem capacidade para
3000 litros, e um desenho que proporciona um baixo centro de gravidade e uma boa estabilidade independentemente do nível de carga. A marca propõe para os Lexis as caixas de comando Visioreb que foram concebidas em exclusivo para pulverizadores. A largura de via é ajustável dos 1,5 aos 2,25 m, e o peso em vazio com uma barra de 24 m é de 2054 kg.
Gadanheiras com suspensão QuattroLink
KVERNELAND As gadanheiras condicionadoras da Kverneland passam a estar disponíveis com um inovador conceito de suspensão inspirado nos automóveis de competição. Através da tecnologia QuattroLink, a secção de corte está ligada
a um braço de transporte por via de quatro braços que a mantêm suspensa e em modo flutuante. Este conceito de suspensão apresenta um curso total de 700 mm e permite não só manter constante a pressão sobre o solo, mas também uma constante adaptação aos contornos do terreno, o que aponta para a possibilidade de gadanhar a velocidades de avanço mais altas. A pensar num armazenamento seguro e que não ocupe muito espaço, possui um apoio para ficar parqueada na vertical. É
também na vertical que esta alfaia é deslocada em modo de transporte, permitindo desta forma uma melhor distribuição de peso. No modelo 3336 MT Vario, com uma unidade de corte, a largura de trabalho é de 3,60 m. No modelo 53100 MT Vario, com duas unidades de corte, e destinada a trabalhar em conjunto com uma gadanheira frontal, a largura de trabalho pode atingir os 10,20 m. Para cada modelo, a potência mínima necessária é de, respetivamente, 97 e 200 cv.
Use um leitor de QRCode no seu smartphone e veja o vídeo da máquina em trabalho
Deservagem sem químicos CAFFINI A Grass Killer é uma máquina de deservagem interfilar “ecológica” que, apenas com a utilização de água a uma pressão muito elevada, destrói as ervas infestantes nas zonas interfilares das vinhas e dos pomares. Apresentada na última edição da EIMA de Bolonha, foi premiada no âmbito do concurso Novidades Técnicas 2016 com o prémio Novidade Técnica e ainda com o Prémio Azul que certifica as máquinas que permitem reduzir o impacto ambiental.
MUNDIAL DOS FORNECEDORES DA AGRICULTURA E DA PECUÁRIA
26 FEVEREIRO > 02 MARÇO 2017
Paris Nord Villepinte - França
GROWING THE WORLD ST
Como funciona
A máquina de deservagem Grass Killer é composta por uma bomba de pistões com pressão de trabalho de 1000 bar, ligada a um depósito de água e a uma cabeça rotativa com discos porta-jatos. Esta cabeça, posicionada lateralmente em relação ao corpo da máquina, é acionada por um motor hidráulico e gira a uma velocidade de 600 rpm. A utilização de uma pressão tão elevada possibilita não só a destruição das infestantes mas também a do seu sistema radicular, sem necessidade de utilização de produtos químicos. No fundo, faz o trabalho de uma enxada, contornando os pés da vinha e deixando o terreno em volta perfeitamente limpo. Duas passagens por ano são suficientes para garantir o resultado da operação. O consumo de água à temperatura ambiente é de aproximadamente 2000 litros/hectare, em fileiras de 2.5 metros de largura. A capacidade do depósito pode ser de 1000, 1500 ou 2000 litros. Pode ser utilizada em zonas com declive.
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Produto Primeiros robots de ordenha MONOBOX na Península Ibérica
GEA O sistema de ordenha Monobox apresenta uma avançada tecnologia de ordenha automatizada. Com um conceito inovador da rotina da pré-ordenha, ordenha e post-dip integrado na tetina, tem também um rápido sistema de colocação. O sistema Monobox posiciona-se como uma solução interessante para as explorações que querem apostar na ordenha robotizada. As primeiras unidades estão a ser instaladas no Valle de los Pedroches (Córdoba).
Ensiladoras Big X com motor Liebherr KRONE A partir de 2017, as ensiladoras automotrizes Krone Big X 700 e Big X 770 recebem um novo motor fornecido pela marca suíça Liebherr. Trata-se de um bloco V8, de 16 litros de cilindrada, que alcança os 718 cv no caso da Big X 700, e os 763 cv no caso da Big X 770. A Liebherr tem uma larga experiência no fabrico de motores para os setores de minas e movimentação de terra, e apresenta como vantagem comparativa os longos intervalos de serviço de 1000 horas.
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John Deere expande série 6R
JOHN DEERE Apresentados em Manheim, surgem agora os novos 6230R (230 cv) e 6250R (250 cv). Estes dois novos modelos vêm posicionar-se na série 6R acima dos outros 9 modelos já existentes. O 6250R, que é agora o mais potente dos 6R, com boost alcança os 300 cv de potência máxima, o que aliado a uma estrutura ligeira, resulta numa relação peso/potência de 31 kg/cv.
Sistema Cross Flow
Semeador de linhas pareadas
PÖTTINGER O último desenvolvimento da Pottinger permite formar cordões sem um condicionador e diretamente depois do corte. O design fechado da máquina evita perdas de forragem.
PÖTTINGER A marca austríaca passa a disponibilizar nos modelos Aerosem PCS, um novo sistema de sementeira de milho em linhas pareadas. Este sistema, denominado Duplex Seed, pode ser usado nos modelos Aerosem PCS 3002, 3502 e 4002. A Pöttinger anuncia uma maior velocidade de sementeira, até 10 km/h, e uma produtividade de trabalho melhorada em 2 hectares por hora, num semeador de quatro linhas duplas, que cobre uma largura de trabalho de 3 metros.
Sistema de cobertura da carga JOSKIN Os reboques para silagem da linha Silo-Pace podem agora dispor de um novo sistema para cobertura da carga. Este sistema Dual-Cover é constituído por duas redes que se sobrepõem. Fixadas nas laterais do compartimento de carga, as redes perfazem uma rotação de 270° para permitir a operação de enchimento do reboque, e são acionadas por comando hidráulico a partir da cabine do trator. Esta cobertura pode também ser aplicada nos reboques monocoque da linha Drakkar.
Oficina Por João Sobral
Reboque mais versátil com alta flutuação A instalação de novas jantes e novos pneus permite levar este reboque a zonas dentro dos pivots onde antes ele não podia chegar.
No seu parque de máquinas, o agricultor António Vieira Lima, de Cuba, possui um reboque Herculano de dois eixos, com capacidade de carga de 12 toneladas.
Com uma alteração simples e pouco dispendiosa, poupou em custos com mão-de-obra, e adicionou a este reboque uma versatilidade que ele não tinha. Costuma usá-lo para fazer o transporte de milho na época da debulha, mas com os pneus normais era impensável entrar em terrenos com humidade, quanto mais sair de lá com carga. “Apenas podia deslocar o reboque em estrada”, explicou-
nos. Para chegar ao pé da ceifeira-debulhadora, recorria a um reboque de trasfega, o que o obrigava a contratar mais um funcionário durante a campanha para andar com esse reboque. Perante este constrangimento, e querendo evitar o investimento em novos equipamentos, projetou uma modificação caseira. Trocou as jantes originais do Herculano e instalou pneus de alta flutuação, o que lhe permite agora entrar dentro dos pivots e chegar junto à ceifeiradebulhadora. Com uma alteração simples e pouco dispendiosa, poupou em custos com mão-de-obra, e adicionou a este reboque uma versatilidade que ele não tinha.
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Braga USADOS: Tractores: Kubota B7100 DT (s/ matrícula • Kubota L295 (bom estado c/ 1 ano de garantia) • Kubota L4200 DT (1995) (Excelente estado) • Tractor corta-relvas Kubota GR-2100 (2008) • Reboque cisterna Reboal RB-5000 L (muito bom estado)
TRATORES USADOS: Ford 2910 • Kubota 185 • Lamborghini: Crono 554-50 • Crono 574-70 DT • Massey Ferguson 188 • Same Delfino 35 DT
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USADOS: Tractores: John Deere 1640 DT • Kubota M1-75 DT • New Holland TD 4030 F (2014) c/ 560 h. • Same Condor 55 (1983) • Desensilador Luclar Arizona
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USADOS: Tractor Carraro Agri Up 80 • Fresa Agrovil 1.80 m • Reboque auto-carregador 16 m3 p/ erva • Unifeeds: Gilioli 5 m3 • Luclar 19 m3 (bom estado)
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dezembro 2016 / fevereiro 2017 · ABOLSAMIA
TRACTORES USADOS: Agrifull Jolly 50 (1981) • Deutz-Fahr 4007 • Deutz-Fahr 4507 • Deutz-Fahr 4007 (1981) c/ car. fr. Agriduarte M2 • Deutz-Fahr DX 3.10 (1987) • Ford 1910 • Ford Super Dextra 3000 • New Holland TS110A (2006) c/ cab. • Valtra 8150 c/ cab. • Valtra A75 c/ cab. (2007) • Valtra A85 (2007) c/ grua Agriduarte G7000
Vila Real • Bragança
USADOS: Tractores: Fendt 260 S (1992) • New Holland 55-85 V (rastos) c/ 1657 horas • Goldoni Star 85 (2003) c/ 2960 horas • Hürlimann Prince 445 (2001) • John Deere 2450 (1988) c/ car. fr. Herculano • Massey Ferguson: 390/4 (1990) c/ car. fr. Herculano • 4345 (2002) • Same Argon 50 (1996) c/ 3250 horas • Retroescavadoras: Komatsu WB 97R-5 (2006) • Terex 860 SX (2006) c/ 4270 horas + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/alonsosebranco
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TRATORES USADOS: • Fiat 566 • Ford 3910 • Landini 85 F (1999) • Landini 8860 • Massey Ferguson 376C (rastos) • Massey Ferguson 396 TC (rastos) c/ buldozer • New Holland 35-66 DT • New Holland 4835 • New Holland 50-66 DT (1993) • New Holland 7056 DT (1998) • New Holland TCE 40 (2002) • New Holland TD80D (2007) • New Holland TK65V (rastos) • New Holland TN75F (1999)
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93
200 € POR ANO
Porto
MICROSITE ADIRA JÁ - Tel. 219 830 130
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/adelinolopes
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dezembro 2016 / fevereiro 2017 · ABOLSAMIA
Aveiro
Tractores Usados: • Ford 1210 • Renault R60 • Toselli (rastos)
USADOS: Tractor Massey Ferguson 1529 c/ 30 horas • Cisterna Joper 6000 L c/ equipamento Garda
ABOLSAMIA · dezembro 2016 / fevereiro 2017
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1.200
VISITAS/DIA
Aveiro • Viseu
VENDA OS SEUS USADOS EM www.abolsamia.pt
VÍDEOS EM www.youtube.com/ abolsamia
boletim PÁG. 4
ASSINE A REVISTA + Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/danielmota
96
dezembro 2016 / fevereiro 2017 · ABOLSAMIA
+ VISITE O NOSSO SITE: www.abolsamia.pt/clientes/mota
Guarda • Coimbra
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/mta
USADOS: Tractor TYM T273 DT (2008) muito bom estado c/ carregador frontal + balde
e porta-paletes + fresa com abre regos 1,30 m • Tractor Same Frutteto 75 DT (1998) bom estado • Tractor Same Corsaro 4RM (1984) bom estado • Empilhador Nissan TX420 muito bom estado
Stock de tractores e alfaias usados em bom estado - Consulte-nos antes de comprar.
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Coimbra • Castelo Branco • Leiria
Tractores: Deutz-Fahr D5006 • Fiat 17-66 DT • Ford 6600 • New Holland 1220 DT (2000) • Same Solaris 45 DT • Same Titan 160 DT • Reboque espalhador de estrume Herculano H4 5000 • Cisterna Joper C-6000
USADOS Tractores: Ford 6600 • John Deere 6200 DT • Pulverizador HardI 400 L • Semeador Gaspardo SP520 4 linhas (completo)
MOTO-SERRAS NOVAS CAMPANHA - €175
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TRATORES USADOS: Hürlimann: H306 XE • Prince 325 DT • John Deere 1030 • Kubota: 1501 DT • 1902 DT • New Holland: 1920 DT • 70-56 DT (1999) • T4030 DT c/ 74 horas • TC24D DT (2009) • TN55 DT (2001)
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USADOS: Tractores: Hürlimann XT-909 (2001) c/ grua Costa 2500 • Iseki 4320 (1986) • Massey Ferguson 4270 (2001) c/ grua Costa G3000 • Mitsubishi MT 250D • Same Explorer 3/100 c/ reboque e grua • Shibaura SE2540 DT • Yanmar YM155D c/ fresa • Motoenxada Agrico 6LD 360
Vasto stock de máquinas usados em bom estado. Consulte-nos antes de comprar
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www.abolsamia.pt/clientes/imapal
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dezembro 2016 / fevereiro 2017 · ABOLSAMIA
200 € POR ANO
Leiria
MICROSITE ADIRA JÁ - Tel. 219 830 130
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www.abolsamia.pt/clientes/agrorecta
USADOS: Tractores: Fiat 55-66 DTF - €10.000 • Ford 2000 €2.500 • Massey Ferguson 1030 DT (1989) - €8.000 • Massey Ferguson 5465 Dyna 4 (2007) - €29.000 • New Holland TN75V (2003) - €20.000 • Same Dourado 60 (1997) - €13.500 • Same Solaris 35 - €9.500 • Triturador Berti TA/P 160 (2013) - €3.750 • Pulverizador Rocha Ellegace AP Alpha 10 - €3.000 • Rototerra Maschio Drago DC-3000 (2000) - €5.000
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MICROSITE 200 €/ano Sem limite de máquinas
USADOS: Tractores: Fendt 260 (1997) • Fendt 415 Vario c/ 3950 h. • Fendt Favorit 510 (1999) c/ 8750 h.
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ABOLSAMIA · dezembro 2016 / fevereiro 2017
99
200 € POR ANO
Santarém
USADOS: Tractores: Lamborghini 1106 DT • Massey Ferguson 274C (rastos) • Massey Ferguson 374 • Charrua Maschio 3” • Fresa Agric BM-100 • Grade de discos Joper GPR 24x26” • Rototerras: Agric 2,50 mts • Maschio 4,00 mts
VENDA OS SEUS USADOS NO NOSSO SITE
| USADOS | • Charrua de discos Galucho vinhateira • Charruas: Galucho 1F-17” • Galucho 2F12” • Galucho 3F-13” hid. • Galucho 3F-16” • Chisel 7 braços • Grades de discos: Galucho A2CP 24x24” c/ rodas • Galucho GLHR 24x24” • Galucho GVL 28x26” • Safisal 20 discos • em X c/ 4 corpos • Rototerras: Agrator 2,50 mts • Maschio Cobra 2,80 mts (2006) • Maschio Super Cobra 3,0 mts (2000) • Pegoraro LD-230
USADOS: TRATORES: Barreiros 70 • Case IH: 284 - 285 - JX1060C DT • DF: 5506 - D8006 DT • Fendt 309 DT • Ford 4600 • JD: 2030 - 2250 DT - 3040 • MF 3630 DT - 2640 DT - 3050 DT - 390 DT - 399 DT • NH TN85A DT • Same: Explorer 90C (rastos) - Explorer II TOP 90 - Explorer TOP 90 DT - Frutetto 75 DT - Silver 80 DT • Universal 445 • MINI-ESCAVADORA: Bobcat LS170 • RETROESCAVADORAS: Case 580 Super K • MF 50 • EMPILHADORES: Isuzu 2,5t (diesel) • Manitou: 2t (diesel) - MB 3t (diesel) • TRACTORES P/ PEÇAS: Carraro Agroplus 85 DT • DF: Agrotron 130 - DX 3.50 DT • Ebro 6079 DT • Fendt: 280 - 307 DT - 308 DT • Fiat: 100-90 DT - 110-90 DT - 35-66 DT - 45-66 DT - 60-66 DT - 80-66 DT • Ford: 1710 - 1720 DT - 2600 - 5640 DT - 6610 - 7740 DT • Hinomoto: C144 DT - C174 • Hürlimann: Prince 45 DT - XA306 DT • Iseki 4320 DT - 4270 • JD: 3040 DT - 3350 DT - 4400 DT - 5500 DT - 6100 - 6300 DT - 6620 DT - 6800 - 946 DT • Kubota: L2550 DT - L285 • Lamborghini: 235 - 847-90 DT - Premium 950 DT • Landini: 65 DTF - 8860 DT - Globus 60 Trekker 55 (rastos) • MF: 1030 - 174 DT - 2640 DT - 3090 DT - 3650 DT - 396 TC (rastos) - 4270 DT - 6180 DT • NH: M100 DT - M160 DT - TDD90D - TL90 DT - TNF95 DT - TS115A DT • Renault 120-54 DT • Same: Argon 50 DT - Delfino 35 DT - Dorado 70 DT - Laser 110 DT - Laser 150 DT - Minitaurus - Rock 60 (rastos) - Solar 60 DT Solaris 45 DT • Steyr: 9094 DT - 975 DT • Valmet 455 DT - 6400 DT - 655 DT - 8000 DT - 805 DT - T130 DT • Yanmar: 241 - 336D DT • Telescópicas: JCB 525-67 • Manitou MLA 627 Maniscopic • Retros: Case: 580 G - 580 Super K • Caterpillar 428 • Fermec 860 DT • JCB 3CX • Komatsu WB97 R • NH LB110 DT • Volvo BL71 • Eixos tracção: Carraro • Sige • ZF • Hurth • Spicer • Dana • Merlo
+ Usados no Microsite
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USADOS • Balde para tractor Stoll 160 • Carregador frontal El Lion
+ Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/tractosorraia
100
dezembro 2016 / fevereiro 2017 · ABOLSAMIA
MÁQUINAS USADAS: Tractores: Fiat 1180 DT (1996) - €8.500 • Ford 7610 DT c/ reboque e grua florestal €17.500 • Ford 7840 DT (1995) - €15.000 • Ford 8240 DT - €12.500 • Goldoni rastos - €12.500 • New Holland M135 (1998) - €12.500 • New Holland TD95D - €14.500 • Same Explorer 95 - €12.500 • Abre regos Esperança - €1.000 • Corta-mato Herkulis 1,90 mts - €2.500 • Ensiladoras: JF FH1450 - €2.500 • 2 linhas - €1.000 • Grade de discos Galucho H2CP 18x26” - €3.500 • Pulverizadores: Fitosa 200 L - €550 • Fitosa 300 L - €250
+ Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/custodiojoao
Santarém
NOS ANÚNCIOS COM ESTE SÍMBOLO
Consulte todos os usados no MICROSITE da empresa
+ Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/ovs
USADOS: Tractores: Fendt 816 (1997) c/ caixa 50 km/h, suspensão frontal e cabina • New Holland T7060 (2011) c/ suspensão frontal e na cabina • Charrua Galucho CHF 3/4F c/ afinação mecânica polegadas • Depósito Rau 200L p/ Fendt • Ensiladora Claas Jaguar 685 c/ frente milho • Pulverizador Hardi MAS-1800-FLE c/ depósito frontal 1000 L e barra 18 mts • Semeador Agricola Italiana 2 linhas pneumático • Subsolador Pegoraro 7 ferros
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agrimagos
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/mecagricola
USADOS: Tractores: Landini 5500 (rastos) - €5.500 • Fiat 100-90 DT (p/ peças) • Fiatagri 70-90 DT (p/ peças) • John Deere 4455 (1990) (p/ peças) • Ceifeira debulhadora John Deere, 1075 (p/ peças) • Frente de milho Moresil MT2090 6L • Colhedora de batata Barigelli Universal T - €6.500
+ Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/tecnolavra
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ABOLSAMIA · dezembro 2016 / fevereiro 2017
101
1.200
VISITAS/DIA
Santarém • Lisboa
USADOS: Tractores: Massey Ferguson 135 - €4.500 • Yanmar 330 • Retroescavadora Komatsu WB932 - €13.000 (s/ matrícula)
VENDA OS SEUS USADOS EM www.abolsamia.pt
USADOS: Tractores: Same Explorer 90 C (rastos) • Kubota 7000 DT c/ fresa (s/ documentos) • Lamborghini Racing 165 (2002) • Same Titan 145 (1998) • Yanmar 1300 DT c/ fresa (s/ documentos)
+ Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/alburitelense
USADOS: Tractor Agrifull 80 DT (1987) c/ 5900 horas • Charrua Galucho 1F-17” hidráulica • Pulverizador Tomix Gondomar 400 Z7 c/ bomba APS 41 nova • Rotorfresa Joper RF 2R260 c/ rolo de tubos e barra niveladora
+ Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/justopereira
102
dezembro 2016 / fevereiro 2017 · ABOLSAMIA
Lisboa
NOS ANÚNCIOS COM ESTE SÍMBOLO
Consulte todos os usados no MICROSITE da empresa
USADOS: Tractor Landini 5530 frutteto • Pulverizadores: Tomix 600 L (como novo) • 1500 L (rebocável) • Triturador Joper 1,65 mts
USADOS: Tractores: John Deere 6310 Premium • John Deere 6830 Premium • John Deere 6930 Premium • John Deere 6930 Premium • Enfardadeiras: McHale Fusion 3 • New Holland, BB9060R • New Holland BB940P • Gadanheira condicionadora Claas Disco 3050C • Telescópica JCB 530-70 Farm Special • Volta-fenos Vicon Fanex 903
VISITE O NOSSO SITE:
www.abolsamia.pt/clientes/jinacio
USADOS: Tractores: (2x) Deutz-Fahr Agroplus F420 (2014) - €30.000 • Deutz-Fahr Agrotron K610 c/ cabina - €30.500 • John Deere 5500N c/ carreg. fr. - €18.000 • John Deere 5510N - €16.500 • Lamborghini 90 c/ carreg. fr. e cab. - €14.500 • Massey Ferguson 8130 - €16.000 • Renault • Vindimadora Alma
Usado: Reboque 2000 como novo - com semfim, nunca trabalhou.
+ Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/sobralense
USADOS • Tractores: Ebro 30 cv articulado • Ford 3000 • Renault R60 vinhateiro • TYM T433 (2014) • Cavadoras: Gramegna 1.50 mts 2V • Tortella 1,35 mts
Tratores: Fiat 480 - €4.000 • Massey Ferguson 135 - €5.250 • Massey Ferguson 35 X - €2.750 • Caixas de carga para tractor CCA100 - €295 • CCA150 - €400 • Charrua vinhateira 1,60 mts - €750
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/litoralpecas
ABOLSAMIA · dezembro 2016 / fevereiro 2017
103
1.200
VISITAS/DIA
Lisboa • Setúbal
VENDA OS SEUS USADOS EM www.abolsamia.pt
• Tractor Case IH 845 DT • Tractor New Holland L75 DT c/ cabina • Tractor New Holland TNF90 F
USADOS: Corta-mato 1,8 mts (2015) • Destroçador T1000L • Gerador Briggs & Stratton 3,8 kVA (monofásico) • Retroescavadora Fermec 860 LE • Telescópica JCB 525-67
USADOS: Tractores: Hürlimann 6115 c/ cab. • Kubota L1802 DT c/ fresa Joper - €3.000 • Caixa de carga para tractor Galucho CC-G 2 mts (2007) - €480 • Charruas: (2x) Galucho 1F-13” 45º • Despampanadeiras: Ero LK/UE (2003) - €3.500 • Industrias David corte lateral (2000) - €2.000 • OMD corte lateral (1990) - €800 + Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/agriagua
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dezembro 2016 / fevereiro 2017 · ABOLSAMIA
Setúbal • Portalegre • Évora
USADO: Fresa Joper FOR140 revista de mecânica
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/autoalvaladense
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USADOS Tractor Fiat 640 • Gadanheira condicionadora Kuhn 250RG (rebocável) • Semeador Rau 6 linhas p/ milho c/ abertura hidráulica e sistema informático
+ Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/lagril
USADOS: Tractores: Deutz-Fahr Agrotron 1160 TTV (2003) c/ cab. A/C • Lamborghini C674 (rastos) • Massey Ferguson 294C (rastos) • Charrua Galucho14” hid. • Chiseis: Agrator 9/11 bicos • Clam 9 bicos • Escarificadores: Galucho 13D • Galucho 15D • Galucho 9D • Galucho 9D • Grades de discos: Galucho A2CP 18x24” • Galucho GLHR 24x24” • Galucho GPR 16x28” • Galucho A2CP 20x24” • Galucho GRLCH 24x28” • Reboques agrícolas: Galucho 3500 kg • Galucho 4000 kg • Joper 3500 kg
TRATORES USADOS: Deutz-Fahr DX 90 c/ cabina • Lamborghini C653 L (rastos) • Hürlimann 90 cv c/ carregador frontal Ténias
+ Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/maquidiana
ABOLSAMIA · dezembro 2016 / fevereiro 2017
105
200 € POR ANO
Évora • Beja
MICROSITE ADIRA JÁ É FÁCIL e RÁPIDO - Tel. 219 830 130
USADOS: Tractores: Claas Celtis 446 RC (2005) • Massey Ferguson 174C (rastos) • Massey Ferguson 210 • Vindimadora Alma (rebocável) • Atomizador Tomix 1500 lts (rebocável)
boletim PÁG. 4
ASSINE A REVISTA + Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/etelgra
USADOS: Forwarder John Deere 1110D • Processadores: John Deere 1270D • Timberjack 1270B
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dezembro 2016 / fevereiro 2017 · ABOLSAMIA
NOS ANÚNCIOS COM ESTE SÍMBOLO
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Beja
USADOS: Tractores: Deutz-Fahr DX 4.50 - €11.500 • Deutz-Fahr DX 4.70 - €12.000 • Landini Legend 145 - €19.500 • Landini Legend 145 ∆6 - €28.500 • Massey Ferguson 4270 - €11.000 • Atomizador Tomix 1500 L - €3.500 • Charrua de discos Galucho 3D hid. - €1.890 • Enfardadeira Deutz-Fahr GP 2.12 - €7.000 • Vibrador para colheita de azeitonas Berardinucci Tornado • Volta-fenos Fella 456 DNA - €3.650 + Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/agrivilhena
TRACTORES: Agrifull: 110 DT - 12.500€ • 140 - 8.000€ • 65 DT - 8.500€ • 80 - 6.500€ • 80 DT • 80 DT - 12.000€ • Carraro 920 - 7.500€ • Case-IH: 1125 - 7.500€ • 1394 DT - 5.000€ • 70 cv c/ car. fr. Galucho - 8.000€ • 7455 7.500€ • 90 cv - 9.000€ • 955 - 6.000€ • Caterpillar: D3 (rastos) - 9.000€ • D4D (rastos) - 7.000€ • D5D (rastos) - 10.000€ • Deutz-Fahr: 110 cv c/ car. fr. - 10.000€ • 130 cv c/ cab. - 8.000€ • 70 cv - 8.000€ • 7806 DT - 7.000€ • D40 S - 1.500€ • Ebro: 1025 - 7.000€ • 684 - 1.000€ • Fiat: 110-90 c/ cab. A/C - 17.000€ • 140-90 c/ cab. A/C 17.500€ • 420 - 2.000€ • 55-65 R • 80-66 - 10.000€ • 80-66 DT • 90-90 - 11.000€ • 90C (rastos) - 15.000€ • Fiatagri 140-90 c/ cabina • Ford: 5000 - 2.500€ • 5610 DT - 10.000€ • 5610 DT - 10.000€ • 6600 - 3.000€ • 6610 - 7.000€ • 6610 DT - 6.000€ • 6810 DT - 6.000€ • 7600 DT - 5.500€ • 7610 • 7610 DT - 6.000€ • 7610 DT - 10.000€ • 8210 • 8210 - 10.000€ • TW 25 - 5.000€ • International 745-S • Itma 80 cv (rastos) - 5.500€ • John Deere: 2030 • 2130 - 2.500€ • 2850 • 3040 - 5.000€ • 3150 • 3350 - 10.000€ • Lamborghini: 106 - 7.500€ • 80 cv (rastos) - 10.000€ • 874-90 - 12.000€ • Landini 7680 - 7.500€ • Massey Ferguson: 390 DT - 10.000€ • 4370 DT • New Holland: 6640 • 80-66 DT - 15.000€ • 8670 • 8670 c/ cab. A/C - 30.000€ • TD90D • TK100 (rastos) - 20.000€ • TL100 - 17.500€ • TL100 c/ cab. A/C - 20.000€ • TM165 • Renault: 120 cv - 10.000€ • 95 cv c/ cab. A/C - 10.000€ • Same: 100 - 6.000€ • 70 cv - 5.000€ • 80 cv - 5.000€ • 85 cv - 5.000€ • 95 cv - 7.500€ • Valmet 1180 - 15.000€ • Zetor: 70 cv - 5.000€ • 80 cv - 5.000€ • CEIFEIRAS DEBULHADORAS: Case-IH 1440 - 20.000€ • Claas 68 (rastos) (A) 7.500€ • Fiatagri 3500 (rastos) (A) - 10.000€ • John Deere: 1055 - 12.500€ • 1075 - 12.500€ • Laverda: 112 (rastos) (A) - 7.500€ • 132 (rastos) (A) - 7.500€ • 3400 - 15.000€ • 3650 - 15.000€ • M100 - 10.000€ • M120 - 4.000€ • M132 - 10.000€ • M152 - 10.000€ • New Holland: 8040 - 10.000€ • 8050 - 12.500€ • 8050 (rastos) (A) - 7.500€
USADOS: Tractores: Deutz-Fahr DX.6.30 • Lamborghini 874-90 • Ceifeiras debulhadoras: New Holland TX62 (1999) • New Holland TX66 (2000) • Charrua Galucho CH3/4 – 14” H3 • Destroçador Belafer T1NEO-200 (2007) • Distribuidor de adubo Vicon RS-M • Enfardadeira Vicon LB 8000 Vario • Ensiladora John Deere 5820 • Escarificador Galucho 15B • Giratória de rastos Caterpillar 229D • Máquina de rega Ocmis 90R2 (1998) • Pulverizador Hardi 1000 L hidráulico • Reboque espalhador de estrume Reboal RB12 (2008) • Retroescavadora New Holland NH85 (1996) • Semeadores: Gaspardo (1998) • Kverneland Accord Pneumatic DT
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Beja • Faro • Açores • Europa • Industriais
USADOS: Arrancador de batata Spedo CPB130 • Distribuidor de adubo G2R-1200 (2013) • Ensiladora Mengele • Semeador Gaspardo Magica Plus
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Concessionários em foco E.P.L. Algarve Portas abertas New Holland No dia 12 de novembro, a Empilhadores de Portugal Algarve juntou nas suas instalações cerca de 250 pessoas entre, clientes e amigos.
Jopauto em dia de Portas Abertas Realizou-se, a 29 de outubro, mais um dia de portas abertas na Jopauto onde juntámos cerca de 500 pessoas entre clientes, amigos, fornecedores, administração e colaboradores, formando esta grande Família. A Jopauto foi fundada em 1983 em S. João da Pesqueira para dar resposta a às crescentes necessidades de mecanização das vinha do Alto Douro . Foi concessionária Fiatagri e, após a sua fundação e até aos dias de hoje, concessionária da marca líder de mercado desde o ano 2000, a New Holland Em 2014 alargou a sua área de intervenção com a abertura de instalações em Vila Real, cobrindo os concelhos mais a norte do Douro. Tem como principais fornecedores, para além dos tratores New Holland, as alfaias Rocha e Herculano e representa em exclusivo para o mercado nacional as marcas de equipamentos para vinha,
Provitis, Boisselet, Clemens e Beccio e Mandrile. Para além destas representa tambám as seguintes: Electrocoup, Herculis, Agroramoa, Agriduarte, Pereira & Gomes, Hardi e ainda a linha agrojardim Honda. Tem 16 funcionários, sendo 8 da área do pós-venda. A Jopauto procura diariamente a satisfação dos seus clientes, tendo assim garantida a fidelização de parceiros com mais de 30 anos de ligação comercial o que lhe permite, com um crescimento constante e sustentado, encarar o futuro com otimismo. Para corolário de um dia de sã confraternização, a cereja no topo do bolo: a venda de 2 tratores New Holland, um T3.65F e um TD4.70F.
A EPLALGARVE existe desde Abril de 2000 e é a empresa regional, líder no ramo do comercio e reparação de máquinas de movimentação de cargas e terras e agora aposta forte no ramo agrícola. É concessionário New Holland, Manitou, Fassi, Bobcat, Doosan e Wacker. Conta com o empenho de 15 funcionários nas áreas: comercial, administrativa e especialistas técnicos na área mecânica.
Agronunes entrega o primeiro Fendt da nova série 300 Na ilha do Pico, Açores, a Agronunes entregou o primeiro Fendt da nova série 300 ao cliente Luís Carlos Silva Nunes.
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Concessionários em foco por Américo Rodrigues
Equipas da Agridirect e Apolinários & Irmãos
No passado dia 27 de Novembro, a Apolinários & Irmãos e a Agridirect promoveram em conjunto um dia de portas abertas. O evento teve lugar nas suas instalações, no lugar da Azeitada, no Ribatejo, onde estiveram presentes mais de 800 convidados.
DIA DE PORTAS ABERTAS
Apolinários & Irmãos e Agridirect
E
m demonstração estiveram quatro tratores Case-IH, entre os quais o Optum, vencedor do prémio Trator do Ano, equipados com alfaias Galucho, Lemken e Maschio. As outras marcas distribuídas por ambas as empresas também se fizeram representar com produtos em exposição, acompanhados por técnicos para esclarecimento dos interessados. Embora representem marcas diferentes, as duas empresas partilham instalações e recursos humanos. Nas instalações da Azeitada trabalham 19 pessoas, quatro na oficina, duas na secção de
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peças e três no departamento de vendas. Dispõem de 3 carros de assistência, um dos quais todo-o-terreno preparado para assistência direta no campo, e ainda de um carro para o transporte e entrega de alfaias. Tratando-se de uma zona
onde existe uma grande profissionalização da agricultura, a rapidez da assistência é fundamental. Por isso, as duas empresas têm pessoal disponível dia noite, em alturas de campanha, para conseguir responder às avarias com
eficácia, dispondo de um serviço de entrega de peças a pronto, no máximo em 24 horas. A este respeito, a opinião de ambos os gerentes é coincidente: “estamos preparados dar a melhor assistência aos nossos clientes”.
Galeria de imagens
Concessionários em foco
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Publi-Reportagem Nuno Paim (gerente Agridirect).
Florêncio Apolinário (um dos fundadores da empresa) e Ana Apolinário Paim (filha, uma das atuais gerentes da Apolinários & Irmãos).
O que dizem OS CLIENTES JOAQUIM MARCELINO
Empresa: Irmãos Marcelino, Lda. ALMEIRIM
Cliente da Apolinários & irmãos
”Sou cliente da Casa há pelo menos 30 anos. Hoje em dia dedicadamo-nos mais às vinhas, mas também fazemos milho, pimentos e bróculos. Quase todas as alfaias que adquiro são compradas nos Apolinários. A Assistência é sempre aqui feita. Somos atendidos sempre no momento, com profissionalismo e rapidez no serviço. O preço é competitivo. A qualidade é ótima e recebem-nos bem.”
LUÍS MARTINS
Empresa: Luís Martins GOLEGÃ
Cliente da Agridirect
“Sou cliente da Agridirect desde que ela existe. A assistência, principalmente a nível da Geringhoff, é sempre feita aqui pois estamos nas mãos de excelentes profissionais. Somos sempre bem recebidos nesta empresa.” Na foto: esq. p/ dir: Nuno Paim e Luís Martins.
Na foto: esq. p/ dir: João Apolinário (filho), Joaquim Marcelino e Florêncio Apolinário (pai).
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Momentos New-Holland 2016
New Holland 2016
Retratos do Mundo New-Holland em Portugal de lés-a-lés.
Momentos
New-Holland
DB Tractores Agrícolas
Américo António e Pousa
New Holland T4.75 Powerstar
New Holland T5.105
Cliente: Nuno Alexandre Azevedo Lourenço Martins. Na foto: ao volante, Vítor Martins (pai de Nuno Martins) e Belarmino Miguel (DB Tactores).
Na foto: Esq. para a dir.: Manuel Cristino, Maria Adriana Ferreira e André Teixeira (A.A e Pousa).
Etelgra New Holland CX 5080 Rice
Na foto: Esq. para a dir.: João Palmar (CNH), Arlindo Lino, Jorge Lino (cliente), José Carlos, Mário Cananão, Luís Raposo (ETELGRA).
A. A. Sobralense (Viseu) New Holland Bommer35
Na foto: Esq. para a dir.: Ricardo Lopes e seu irmão (clientes) e Manuel Santos (A.A. Sobralense).
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Américo António e Pousa New Holland T4.95LP
Na foto: Laurentino Mosqueira Lopes (cliente).
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New Holland 2016
Jopauto New Holland NH T3.50F
Na foto: José Luis Gomes (cliente)
A. A. Sobralense New Holland T4.95N Cabinado
Na foto: Esq. para a dir.: João Penedo (A.A. Sobralense) e Rafael Lourenço (cliente).
Etelgra New Holland VX 9090 HIGH Cliente: Maria Inácia Palma Unipessoal Lda.
Varanda & Cordeiro New Holland T4.85
CLiente: Palombar - Associação de Conservação da Natureza e Património Rural. Na foto: Esq. para a dir.: Nuno Martins (Palombar ) e Bruno Martins (Varanda & Cordeiro).
Jopauto New Holland T4.75V
Cliente; Quinta do Bonfim da Symington Vinhos, SA. Na foto: Esq. para a dir.: Pedro Leal da Costa (Dir. Geral de Viticultura do Grupo Symington Vinhos, SA) e Artur Lopes (Jopauto) . ABOLSAMIA · dezembro 2016 / fevereiro 2017
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Concessionários em foco
A.F.N. Prata entrega quatro Deutz-Fahr S420 com suspensão ativa O final dos trabalhos da Prova de Campo marcou também a cerimónia de entrega dos primeiros fruteiros Deutz-Fahr com suspensão ativa a serem entregues no nosso país. O evento, organizado por António Fernando Nobre Prata, teve lugar na Quinta do Gradil.
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1. Fábio e Virgílio Noronha, da Noronha e Ribeiro Lda, dedicam-se à produção de pêras e maçãs num total de 45 hectares. 2. Avelino e Hélio Rosa (cliente), da Rural Frutas Lda, é também produtor de pêras e maçãs. Trabalha atualmente 10 hectares mas prevê duplicar a área no futuro próximo. 3. Hugo Gomes, que em conjunto com o seu irmão são donos da Absolutland, sediada no Bombarral. Tendo recebido o trator durante o mês de Agosto, realizaram até à data da Prova de Campo quase 200 horas de trabalho nos seus pomares. Na foto, está acompanhado por António Fernando Nobre Prata. 4. Os irmãos Nélson e Tânia Costa, da Globalcister Lda, produz pêras e maçãs em aproximadamente 25 hectares.
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A MULTITAREFA TORNA-SE MAIS FÁCIL APRESENTAMOS A ÚLTIMA GERAÇÃO DE TRATORES T5. MAIS CONFORTO, MAIS MANOBRABILIDADE E MELHOR DESEMPENHO.
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