Diretor: Nuno de Gusmão • 6,00€
Ano XXI • nº 91 • maio/junho 2014
tratores Faz falta um plano de apoio à renovação do parque
transmissões Quando se justifica a Variação Contínua
comprar um usado
8 pontos a considerar
Editorial por Francisca Gusmão
Uma questão de contas “Quando se quer construir uma empresa duradoura e de sucesso, não se fecha uma venda, inicia-se uma relação”.
E
sta frase é de Patricia Fripp, uma mulher de negócios americana e resume de maneira muito clara a base mais importante de qualquer negócio. De facto, ainda que as empresas se estejam a tornar cada vez mais informatizadas e que a presença humana seja cada vez menor, continua a existir um fator, ou melhor, um valor da maior importância na escolha dos parceiros de negócio: a confiança. Ao modelo de comércio tradicional, extremamente personalizado e baseado nas relações interpessoais, sucedeu-se o deste tempo presente, mais virtual, em que a globalização traduzida no enorme crescimento da oferta fez com que
as empresas tivessem que dar cada vez mais atenção às necessidades, vontades e tendências de consumo dos seus clientes. Alguns homens de sucesso nos negócios tiveram bem mais cedo esta visão, como Henry Ford, de quem ficou conhecida a máxima “quem paga os salários não é o empregador, mas o cliente”. Aquilo a que Ford se referia, com esta sua frase célebre era, na essência, à necessidade de adequar a oferta à procura. Porém, aquilo que ele tão sabiamente afirmou é muitas vezes mal interpretado por quem se julga, enquanto cliente, dono dos negócios dos outros, exigindo a torto e a direito, sem qualquer respeito e consideração.
Da mesma forma que ao fornecedor se deve exigir a melhor relação preço/qualidade, também de quem compra se espera que consiga valorizar os bons serviços prestados pelos fornecedores da sua confiança. Pondo a questão na prática do negócio das máquinas agrícolas é sabido o quão importante é, durante uma campanha agrícola, o apoio da empresa que representa as marcas com que se trabalha, a qualquer hora do dia ou até da noite. Antes de trocar de parceiro, é recomendável pesar bem os prós e os contras, e fazer contas para perceber se, afinal, o barato não sai caro.
Prova de Campo Regressamos à Prova de Campo na próxima edição O mês de abril trouxe águas mil, tal qual como diz o ditado, o que inviabilizou que realizássemos a Prova de Campo a tempo desta edição. Mas vamos voltar aos trabalhos logo que o tempo permita e a terra dê trabalho. A reportagem da 3ª Prova de Campo abolsamia será assim publicada no número de julho/agosto.
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Sumário
maio / junho 2014
40 Transmissões Quando se justifica a transmissão de Variação Contínua
Nesta edição Antigamente era assim... 6
A raiz dos tratores Kioti.
Culturas 16
Fórum Baycereais 2014: Temos mercado e margem para crescer.
Tecnologia 29
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NH T8 Autocommand
Telescópicos
Entrevista exclusiva a Sean Dorosz, diretor de marketing de Produto na NH North America.
Oferta expande-se mas UE pondera rever homologação.
Qualquer pessoa pode reparar um trator moderno?
Estatísticas 38 O mercado de tratores agrícolas em Portugal.
Lubrificantes 72 Transmissões e Sistemas Hidráulicos.
Empresas 92 Agro e Trofa 2014: empresas destacadas. 100 Momentos New Holland.
Calendário
96 Agenda para maio e junho.
Regiões 102 Concessionários / Máquinas usadas.
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Tomate para indústria
Auto Agrícola Sobralense
“Exportamos 95% do que produzimos”.
Festeja o 40º aniversário.
Visite-nos também em: www.facebook.com/abolsamia | www.youtube.com/abolsamia | http://issuu.com/abolsamia | www.abolsamia.pt Diretor Nuno de Gusmão • Propriedade Nugon - Publicações e Representações Publicitárias, Lda. • Contribuinte 502 885 203 • Registo 117122 • Depósito legal 117.038/97 • Sede R. S. João de Deus, 21, 2670-371 Loures Escritórios R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 — 2670-338 Loures • T. 219 830 130 • F. 219 824 083 • Email: abolsamia@abolsamia. pt • Redação Nuno de Gusmão, Francisca Gusmão, João Sobral, Ângelo Delgado, João Pedro Rego • Publicidade Francisca Gusmão, Américo Rodrigues, Catarina Gusmão • Cartoonista Nelson Martins • Pré-impressão Sílvia Patrão, Catarina Gusmão • Assinaturas João Correia (joaocorreia@abolsamia.pt) • Impressão Jorge Fernandes, Lda, Rua Quinta Conde de Mascarenhas, Nº9, Vale Fetal - 2825-259 Charneca da Caparica - Tel. 212 548 320 • Tiragem 10.000 ex. Os textos e fotos, bem como os anúncios registados com “a bolsa m.i.a.®” são propriedade da Nugon,Lda., não podendo ser reproduzidos sem autorização, por escrito, da mesma. O conteúdo dos anúncios e das publi-reportagens dos clientes é da sua exclusiva responsabilidade.
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A Goldoni está de volta
Renovação do parque de tratores
Entrevista a Andrea Goldoni, General Manager Goldoni.
Faz falta um plano de apoio à renovação do parque de tratores.
1 ano/year ( 5 Revistas + 1 Anuário ) 38€/ 70€ 2 anos/years ( 10 Revistas + 2 Anuários ) 70€ / 120€
Nome/ Name
Morada/ Address
Cód. postal TEL.
cont. nº EMAIL
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Comprar um usado
Produção de pinha e pinhão
Oito pontos a considerar.
O que se sabe e o que não se sabe.
A vida no campo
pagamento por transferência bancária: NIB: 0007 0000 0182 8400 2402 3 Envie comprovativo para fax: 219 824 083 ou e-mail: joaocorreia@abolsamia.pt por cheque nº envie para: R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 2670-338 Loures bank transfer to IBAN PT: PT50 0007 0000 0182 8400 2402 3 SWIFT: BESCPTPL send an e-mail to: joaocorreia@abolsamia.pt
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Daedong Industry
A raiz dos tractores Kioti Na origem dos tractores com a marca Kioti está a sul-coreana Daedong Industry, fundada em 1947, que iniciou a sua actividade com o fabrico de alfaias agrícolas.
Motores Daedong
D
ois anos depois do arranque da Daedong Industry surgiu a alavanca que serviu de trampolim para o rápido e contínuo crescimento registado da mesma, com o nascimento dos primeiros motores Daedong. O coração dos novos produtos, que desde então a fábrica passou a desenvolver, não só é responsável pelo bom desempenho da vasta e prestigiada gama de máquinas agrícolas do fabricante, como contribuiu para o elevado nível de qualidade que, de um modo generalizado, a indústria sul-coreana tem usufruído mundialmente, nomeadamente no sector automóvel. Como primeiras unidades motorizadas para fins agrícolas, para além de motores de rega e outras aplicações congéneres, a Daedong lançou uma linha de motocultivadores, seguida de plantadores e ceifeiras para arroz e de mais implementos do
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grupo de máquinas da classe “Mini”, destinados ao mercado doméstico e à exportação para países asiáticos vizinhos.
Primeiros tractores A partir dos anos 70 foram lançados no mercado sulcoreano os primeiros tractores Daedong que começaram por ser modelos de pequena potência. Com o objectivo maioritariamente direccionado para a exportação, uma vez devidamente experimentados e dotados de todos os requisitos necessários para concorrerem em exigentes mercados externos, os tractores têm tido um leque de oferta sucessivamente alargado, chegando a Companhia, aos dias de hoje, a apresentar tractores numa faixa de potência que vai até aos 90 cavalos.
1947 Fundação da Daedong Industry Aspecto da primeira fábrica Daedong face à imponência das suas actuais modernas instalações, assim como dos estabelecimentos das suas filiais distribuídas pelos países onde os seus tractores, de uma forma sustentável, bem posicionados no mercado, justificam o investimento (como nos Estados Unidos da América, Europa, Austrália e China).
Antigamente era assim... 1949 Primeiro motor Exemplar de um dos primeiros motores Daedong.
1962 Motocultivador
1952 Daedong Industry
Modelo de motocultivador de 1962, resultado do desenvolvimento de produto após uma dezena de anos de fabrico.
Designada como a principal fábrica do setor, pelo Ministério do Comércio e Indústria da Coreia do Sul.
1968 Os primeiros tractores agrícolas produzidos.
1970 Daedong de 22 cv Daedong de 22 cv, da série L, de meados dos anos 80. Os primeiros Minis Daedong, introduzidos em Portugal em 1987, eram da série L.
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Antigamente era assim...
1997 I&D Conclusão dos Laboratórios de Tecnologia Avançada.
Tecnologia coreana Os tractores Kioti, concebidos alguns anos depois de já haver concorrentes com a mesma classe de máquinas, necessariamente como acontece com os demais fabricantes de qualquer outro produto, começaram por ser incorporados com o melhor que havia a introduzir em termos de características técnicas, melhorando e aumentando itens necessários. Segundo consta e tudo leva a crer, à semelhança do que explica e é demonstrado pelo sucesso da restante indústria sul-coreana, os engenheiros desenhadores de máquinas da Daedong/Kioti naturalmente optaram por seguir a tecnologia japonesa aplicada pelo principal fabricante nipónico da especialidade, da mesma forma
que os fabricantes sul-coreanos da Branson/Kukje se guiaram pela tecnologia usada pela japonesa Yanmar.
Internacionalização da marca No que respeita à internacionalização da marca do fabricante em questão, necessariamente indispensável ao incremento da exportação, a Kioti tem vindo a consolidar a sua inserção em mercados externos, nomeadamente nos EUA e na Europa. Ao longo do tempo, nos Estados Unidos, através de uma parceria ocorrida com os tractores Ford e, recentemente, na Europa, com a integração dos motores Kioti de 20 a 60 cv aos novos modelos de tractores de menor potência da Landini e da McCormick.
Pesquisa e Desenvolvimento O departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Kioti, guiado por exigências de agricultores de todo o mundo através do desempenho dos tractores em campo, tem vindo constantemente, ao longo dos tempos, a melhorar e aumentar a sua gama de
produtos e suas aplicações (versões cabinadas, carregador frontal, corta-relvas, acessórios florestais...); assim como tem acompanhado a restante procura de produtos complementares do tractor, como por exemplo os carros utilitários, entre outros.
Por cá, em boas mãos
Em Portugal
A gama dos equipamentos Kioti é distribuída pela Tractores de Portugal.
A distribuição dos tractores Kioti em Portugal tem vindo a ser afectada por percalços, dos quais, não fora a qualidade indiscutível dos mesmos, poderia ter resultado em franco
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desabono aos milhares de agricultores que adquiriram a marca em causa. Com efeito, por razões que desconhecemos, eventualmente ligadas à crise e/ou não só, as empresas que
têm sido distribuidoras da marca, acabaram por deixar de existir no mercado português. Primeiro a Casa Catela, segundo a Promec e, por último, a espanhola Catron. E, para bem
dos que poderiam vir a ser lesados e dos que gostariam de comprar, pela qualidade e preço, o produto Kioti, a marca sul-coreana acabou finalmente por encontrar o parceiro ideal, o melhor. Agora, passou a ficar representada pela empresa portuguesa Tractores de Portugal. E, Tractores de Portugal é, de há muito, a firma mais antiga da especialidade, pioneira na distribuição de máquinas agrícolas no nosso país, que não só é recordista em termos de número de anos de actividade, como é, a nível da Europa, a mais antiga distribuidora dos lendários tractores MasseyFerguson.
A New Holland escolhe lubrificantes
BTS
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Apoio e informação 24/7 *A chamada é gratuita desde que efectuada a partir de um telefone fixo. Se a chamada for feita de um telemóvel, consulte as taxas com o seu operador.
Empresas 100 mil tratores Claas em LeMans Claas A fábrica da Claas em LeMans, França, chegou ao número redondo de 100 mil tratores produzidos em 10 anos. A marca foi, de resto, assinalada pelos administradores da empresa. “Trabalhamos em estreita colaboração com os agricultores e produtores para que as nossas máquinas possam ter a mais alta tecnologia possível. Nesse sentido, e desde 2003, investimos cerca de 400 milhões de euros no departamento de Investigação e Desenvolvimento”, afirmou Lothar Kriszun, membro executivo da administração da Claas. Desde a sua entrada no universo dos tratores, em 2003, a Claas já desenvolveu 34 modelos que vão dos 72 aos 524 cv de potência. Os tratores da marca têm vindo a obter reconhecimento pelas significativas inovações. É o caso do modelo AXION 800, distinguido em vários prémios internacionais nas categorias de desempenho e design.
New Holland, parceira da Expo Milano 2015
Claas adquire fabricante chinês
New Holland
A próxima Exposição Universal será realizada em 2015, na cidade de Milão, em Itália. É um evento semelhante à Expo 98, mas enquanto a exposição portuguesa esteve virada para os Oceanos, a Expo Milano estará centrada num tema mais agrícola, como sublinhou Carlo Lambro, o presidente da New Holland. “Graças à Expo Milano 2015 e ao seu tema ‘Alimentar o planeta, energia para a vida’, a New Holland poderá proporcionar a milhões de visitantes de todo o mundo uma ilustração tangível da importância das práticas agrícolas eficientes e sustentáveis em que se baseia a nossa estratégia Clean Energy Leader®”, afirmou. A New Holland Agriculture é um dos parceiros oficiais do evento e estará representada num pavilhão de 1.638 m2 dedicado à agricultura sustentável, uma visão na qual a produção de alimentos é feita com respeito pelo planeta, baseando-se no uso de recursos renováveis e evitando desperdícios. A Expo Milano 2015 decorre entre 1 de maio e 31 de outubro de 2015.
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Vicon coleciona prémios de design Vicon A gadanheira de engate frontal Vicon EXPERT 432F, do Grupo Kverneland, recebeu três prémios de design pela sua linha estética inovadora, bem como pela facilidade de utilização. O Gio Design Award, da Holanda, o IF Design Award, da Alemanha, e o RedDot Design Award, prémio internacional que tem no júri vários designers de todo o mundo, foram os três galardões que acabaram nas prateleiras do grupo norueguês. O modelo Vicon EXPERT 432F foi inteiramente desenvolvido com a atenção posta na ergonomia e na facilidade de utilização. Novidade nesta gadanheira são as proteções laterais FlexProtect, produzidas em aço e polietileno, que garantem alta estabilidade e flexibilidade. A ViconEXPERT 432F tem ainda uma caixa de ferramentas incorporada.
Claas/Jinyee A Claas finalizou, no passado mês de janeiro, a aquisição da empresa chinesa de maquinaria agrícola, Jinyee. Após a operação - que estava já contratualizada desde 16 de julho de 2013 – a companhia será conhecida no mercado como Claas Jinyee Agricultural Machinery (Shandong) Co. Ltd. Henry Puhl, diretor-geral da Claas, foi o porta-voz da empresa alemã, após finalizada a compra. “É um passo muito importante para uma ainda maior presença internacional da Claas. A importância da China nesta indústria tem vindo a aumentar nos últimos anos. Com esta operação estamos bem posicionados para sustentar o nosso crescimento no maior e mais rápido mercado do continente asiático na área da maquinaria agrícola. A Claas e a Jinyee perfazem uma dupla que se complementa”, elogiou. De referir que a Jinyee produz, sobretudo, ceifeiras e encontra-se situada em Gaomi e em Daqing, duas das regiões mais relevantes na produção agrícola chinesa.
Empresas Landini comemora 130 anos e reforça presença no Brasil
Landini A Landini está a comemorar em 2014 os seus 130 anos de existência. Com um longo percurso ligado ao fabrico de tratores agrícolas convencionais, e também de tratores especializados, onde se inclui a gama de rastos, até aqui a marca tem produzido apenas em Itália, nas suas instalações localizadas em Fabbrico e San Martino in Rio. Porém, tem em marcha a abertura de uma linha de montagem no Brasil. A Landini já tem presença naquele país desde 2006, ano em que acordou uma joint-venture com a Montana, um fabricante local de equipamentos agrícolas que está sediado no estado do Paraná, e que é conhecido sobretudo pelos seus pulverizadores automotrizes. Mas acontece que a Montana passará
em breve a ser controlada pela Kuhn. E neste cenário a Landini pretende implementar uma estratégia autónoma para operar no mercado brasileiro, o que passará pela construção de uma nova fábrica. A localização exata não está ainda decidida mas sabe-se que será na região de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais. A fábrica deverá representar um investimento na ordem dos 10 milhões de euros, e terá uma capacidade anual de produção de 1.200 unidades. Numa 1ª fase sairão da linha de montagem os modelos entre 100 e 180 cv e mais tarde os modelos de gama baixa. Prevê-se que comece a laborar em 2015.
John Deere vende divisão de irrigação John Deere A Deere & Company anunciou que acaba de chegar a um acordo definitivo para vender a sua divisão de irrigação à FIMI Opportunity Funds, uma sociedade privada de investimento sediada em Israel. A transação conta com a intermediação do banco Merrill Lynch e deverá ficar concluída no decorrer do 2º trimestre deste ano. Ainda que se retire do setor da rega de precisão, área de negócio em que operava desde há sete anos, a empresa comunica que no quadro da estratégia John Deere FarmSight™, continuará a desenvolver produtos e serviços no sentido de ajudar os seus clientes a melhorem a performance das suas explorações agrícolas, o que inclui as sondas para medição de humidade do solo e os sistemas de recolha de dados meteorológicos, comercializados sob o nome John Deere Field Connect. A John Deere Water é uma dos mais importantes fabricantes de equipamento de rega de precisão a nível mundial e passará a ser detida pela empresa detentora do maior fundo de investimento de Israel.
Fonte: www.dieselprogress.com
AGCO investe em fábrica no México AGCO A AGCO vai erguer, na sua fábrica em Queretáro, México – a funcionar há 18 anos - um novo piso para a construção de tratores Massey Ferguson. Este novo departamento terá uma capacidade anual de produção de cinco mil máquinas, estará finalizado nos primeiros meses de 2015 e irá criar 100 postos de trabalho. Martin Richenhagen, presidente da AGCO, anunciou que o investimento será de 10 a 20 milhões de dólares. Em 2013, a empresa faturou, em vendas, 10,8 mil milhões de dólares.
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Empresas John Deere entre as empresas mais éticas John Deere Pelo oitavo ano consecutivo, a Deere&Company viu o seu nome incluído na lista de empresas mundiais mais éticas pelo Ethisphere Institute. Trata-se de um trabalho desenvolvido por aquele instituto que, tendo em conta as políticas de responsabilidade social, sustentabilidade, anticorrupção, ética, inovação e boas práticas nos negócios selecionam um conjunto de empresas como bandeiras desta distinção. Timothy Erblich, diretor executivo do Ethisphere Institute, lembrou que a Deere&Company “insere-se num pequeno grupo de empresas a nível mundial que conjugam, de forma positiva, todos os fatores considerados fulcrais pelo organismo”. A lista final, que foi divulgada após vasta e profunda análise do tecido empresarial de todo o mundo, destacou 144 companhias de 22 países e 41 indústrias distintas.
Deltacinco representa BVL Van Lengerich na Península Ibérica Deltacinco
SSAB destacada pela John Deere A SSAB foi reconhecida pelo Programa de Excelência da John Deere, relativamente ao ano de 2013, como “Fornecedor com Estatuto de Parceiro”, entrou para o quadro dos Fornecedores “Hall of Fame”, e recebeu ainda o prémio de Fornecedor do Ano nos Setores de Construção e Área Florestal. A classificação “Fornecedor com Estatuto de Parceiro” é a mais alta distinção atribuída a fornecedores pela Deere & Company. A entrada no Hall of Fame é alcançada pelos fornecedores que, após cinco anos consecutivos, são considerados “Fornecedor com Estatuto de Parceiro”. A empresa sedeada em Lisle, Ilinóis, mereceu este reconhecimento pela dedicação e fornecimento de produtos e serviços de qualidade, e pelo seu compromisso de melhoria contínua. “É com grande honra que a SSAB Americas recebe tão prestigiosos prémios da John Deere”, afirmou SSAB
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Jeff Moskaluk, diretor comercial da SSAB. “Estamos muito gratos por ter um cliente como a John Deere, que valoriza a inovação e a criação de valor. Na SSAB estamos firmemente empenhados na melhoria contínua e estamos orgulhosos por sermos fornecedores da John Deere”. A SSAB é fornecedora de chapas grossas de aço laminado para a John Deere em Davenport e Dubuque, Iowa, e em Thibodaux, Louisiana. Os fornecedores que participam do Programa de Obtenção de Excelência são avaliados, anualmente, em categorias como a qualidade, a gestão de custos, entregas, assistência técnica e capacidade de resposta. Este programa foi criado pela divisão de Gestão da Oferta da John Deere, em 1991, e pretende avaliar os fornecedores, garantindo um processo de retorno da informação que promova a melhoria contínua.
O mês de Abril marcou o início da colaboração da Deltacinco com a BVL Van Lengerich, ficando o importador com a exclusividade da marca para os mercados português e espanhol. Juan Pablo Hernangómez, engenheiro agrónomo especializado em Engenharia Rural, será o responsável da Deltacinco para os produtos da companhia. A BVL é uma marca familiar alemã com mais de 150 anos de experiência no setor das máquinas desenhadas para explorações agrícolas. Especializaram-se ainda no design e fabrico de misturadores, área onde possuem uma das gamas
mais amplas do mercado. Todos os misturadores podem, aliás, ser equipados com o inovador sistema Dairy Feeder, uma ferramenta que faz em tempo real, num dispositivo móvel, a gestão inteligente do processo de alimentação, criando além disso uma base de dados online. Este processo permite aumentar a precisão na hora de criar as doses, traduzindose numa importante poupança de custos. O portfólio de produtos da empresa gerida por Bernard Van Lengerich conta ainda com uma gama completa de equipamentos para manipulação, nomeadamente os corta-silos Topstar e Megastar.
A nossa nova cabina de 4 lugares Com o nosso inovador Acesso Remoto ao Monitor John Deere, o concessionário John Deere da sua zona, o fabricante de alfaias, o seu assessor agronómico ou você mesmo como proprietário poderão sentar na cabina e analisar tudo o que se passa através do monitor.
Condutor do trator
Fabricante de alfaias
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JohnDeere.com
AS1574.1 POR
É uma das mais importantes inovações apresentadas em 2014.
Fórum Baycereais 2014
Culturas
Casa do Cadaval, em Muge 31 de março de 2014.
por Ângelo Delgado
Fórum Baycereais 2014
Temos mercado e margem para crescer A Casa do Cadaval, em Muge, foi palco de discussão sobre as problemáticas na produção do milho. As dificuldades da cultura, o Mercado de Futuros, o mercado global e, ainda, a apresentação de um novo herbicida para o milho - Adengo - foram alguns dos temas desenvolvidos no fórum organizado pela Bayer, no passado dia 31 de Março.
Preço e suas variáveis
Paulo Costa e Sousa, sénior trader da LDC Espanha.
“Cerca de 80 por cento do milho consumido em Portugal é proveniente da Ucrânia”. Com esta afirmação, Paulo Costa e Sousa, sénior trader da LDC Espanha, deu início ao evento organizado pela Bayer, que teve como objetivo discutir a cultura do milho no país, a sua proteção e os preços praticados. Continuando a lançar números para a discussão, o responsável lembrou que “os Estados Unidos são responsáveis por 50 por cento da produção mundial, sendo, por isso, o país-chave aquando da determinação do preço”. Outro dado curioso desvendado por Costa e Sousa teve que ver com o facto de a China ser “o segundo maior
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produtor de milho à escala global”, mas, ainda assim, “sentir necessidade de importar o cereal”. Além dos exemplos citados, Brasil, Argentina, Ucrânia, Rússia e União Europeia são os principais exportadores e importadores, a que se juntam o Japão, Coreia do Sul, México e Egito como grandes consumidores de milho. Agarrando no caso português, Paulo Costa e Sousa explica o desnível entre a produção interna e o que é necessário importar. “Em Portugal, a produção anual de milho atinge as 400 mil toneladas. Sendo o nosso consumo de 1,9 milhões, importamos 1,5 milhões de toneladas. A maioria,
conforme dito antes, chega-nos da Ucrânia”. Do caso nacional, para o resto do mundo, o responsável da LDC Espanha continua a revelar estatísticas. “Anualmente, são produzidos 900 milhões de toneladas, sendo que o consumo é de 893 milhões. Só os Estados Unidos produzem 353 milhões de toneladas. Realce ainda para o Brasil, que atinge os 81 milhões. Já nos importadores, destaque para o Japão e União Europeia, com 15 e 12 milhões respetivamente”, referiu. Ainda sobre o Espaço Europeu, o mesmo responsável justificou a importação daquele número “com a produção de apenas 63 milhões de toneladas para um consumo total de 73 milhões”.
Outro dos temas abordados por Paulo Costa e Sousa prendeuse com os fatores que mais determinam o preço do milho. Numa perspetiva inicial, o responsável adiantou quatro itens: “Devemos ter em conta o custo do transporte do barco, a taxa de câmbio euro/dólar, a descarga da mercadoria e o transporte ao destino final, que é realizado de camião ou comboio”. Por outro lado, para minimizar as flutuações do preço do milho – uma instabilidade que prejudica os produtores – existe o Mercado de Futuros. Trata-se de um conjunto de transações na bolsa com vista a fixar o preço daquele cereal. Paulo Costa e Sousa, mais uma vez, desenvolve o assunto. “Este mercado surgiu para simplificar as necessidades dos agricultores, fixa os preços antes das colheitas, fixa também as suas margens e diminui o risco em aberto”. Fugindo da palavra “vantagens”, o senior trader da LDC Espanha elencou ainda o que, na sua opinião, o Mercado de Futuros permite. “Com este instrumento, temos um ator central para as transações e para a transferência de risco. Todos os produtores estão subordinados a ferramentas standard, os contratos não podem ser comercializados fora da bolsa, e o preço é transparente, já que é publicado”, falando logo
Culturas
“Ir em conjunto para o mercado, para que haja um equilíbrio de forças”. Esta foi uma das ideias mais defendidas pelos agricultores.
de seguida dos players que dão vida àquele mercado. “Agricultores, indústria, comerciante, pequenos especuladores, fundos financeiros e bancos que ofereçam produtos financeiros proporcionam liquidez à bolsa”.
Menos campo, mais computador
À parte dos aspetos acima citados, o Mercado de Futuros implica algumas alterações no paradigma do agricultor. Na opinião de Paulo Costa e Sousa, “com esta ferramenta, o agricultor tem uma opinião sobre o mercado; e deverá passar mais tempo em frente a um computador ou tablet e não tanto no campo”. “Este novo mundo permitirá ao agricultor deixar de ser um especulador e passar a ser um gestor de risco, além de estar mais familiarizado com a linguagem de bolsa. Desta forma, teremos um agricultor que sabe analisar e trabalhar a informação”, concluiu.
O que dizem os agricultores
“Deve haver uma concentração da produção, ou seja, devemos ir em conjunto para o mercado. Do outro lado, existem players mais fortes e só assim poderá
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acontecer um equilíbrio de forças”, começa por dizer António Carvalho, um dos agricultores convidados pela Bayer a dar o seu testemunho sobre a cultura do milho em Portugal. Já José Rasquilha, também empresário agrícola, chamou a atenção para a importância do armazenamento do milho. “Devemos fazer um esforço muito grande para armazenar o que produzimos. Apenas dessa forma conseguiremos ir ao mercado de forma mais livre e com menos pressão”,
asseverou. Relativamente às principais dificuldades sentidas, o agricultor apelou a uma maior agilidade por parte de quem regula o mercado. “Convém realçar que os 1,5 milhões de toneladas de milho que importamos são produzidos com sementes que, em Portugal, não são permitidas. As entidades competentes deveriam rever esta situação, pois, assim, não estamos a jogar no mesmo campeonato”, criticou. António Carvalho destacou o facto de não possuírem “as mesmas ferramentas que
os produtores da América do Sul”, como aspeto negativo relativamente ao mercado global do milho. Ainda no mesmo discurso, o empresário recordou os “elevados custos energéticos” existentes neste tipo de cultura. A finalizar, boas notícias. “Temos mercado e margem para crescer. Faltam-nos apenas os meios. Seria ótimo se conseguíssemos ser mais independentes relativamente à importação. Trata-se de uma cultura que não exige um knowhow muito grande, pelo que é uma área aberta a quem quiser entrar nela”, afirmou.
Adengo e as suas propriedades Tiencarbazona-metilo
Atua através da inibição da enzima acetolactase sintase (ALS). Sistémico, com ação residual e de contato, absorvido pelas raízes e folhas. Controla as infestantes bloqueando a síntese de aminoácidos, o que tem como resultado a imediata paragem de crescimento e danos progressivos até à destruição completa das infestantes sensíveis.
Ciprosulfamida
Safener ou protetor de fitotoxidade com ação foliar e residual no solo, constitui a última inovação em tecnologia de segurança da Bayer CropScience. Aumenta o metabolismo do Isoxaflutole e da Tiencarbazona-metilo no milho, o que reduz o stress herbicida, especialmente sob condições adversas, sem comprometer a eficácia.
Isoxaflutole
Poderoso herbicida que atua por inibição da enzima 4-hidroxi-fenil-dioxigenase (HPPD) nas plantas. Sistémico, com ação residual e de contato, absorvido pelas raízes, hipocótilo e folhas. Controla as infestantes pelo bloqueio da síntese de carotenóides e consequente perda de clorofila por foto-oxidação, o que é visível por esbranquiçamentos.
Culturas Adengo, o protetor do milho
Jorge Matias, crop manager da Bayer CropScience, apresentou o novo produto desenvolvido pela Bayer para a proteção da cultura do milho: Ardengo é o seu nome e, segundo os seus responsáveis, estabelece um novo nível de conveniência no controlo das infestantes, sendo fácil de usar e de máximo rendimento. “Falamos de um novo herbicida de pré-emergência e baixa dose de aplicação, tem um largo espectro de ação residual e foliar precoce, flexível na época de aplicação – pré-emergência até à pós-emergência precoce - e é adaptável aos mais variados sistemas de produção e variedades de milho”, explicou.
Falamos de um novo herbicida de pré-emergência e baixa dose de aplicação. É adaptável aos mais variados sistemas de produção e variedades de milho.
Ainda sobre o Adengo, o responsável lembrou que este possui um “controlo duradouro de mais de 85 espécies de infestantes gramíneas e dicotiledóneas anuais, incluindo algumas das mais difíceis de controlar”. A tecnologia deste produto, concebida para um máximo desempenho na produção do milho, é, de acordo com Jorge Matias, outra das maisvalias. “A tecnologia presente no Adengo permite uma maior segurança no transporte e fácil gestão de armazenagem, tem uma elevada compatibilidade em misturas de tanque e possui uma suspensão concentrada de baixa dose por hectare para um fácil manuseamento e limpeza das embalagens com o mínimo desperdício”.
Jorge Matias, crop manager da Bayer CropScience.
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O futuro tem sempre uma história para contar.
A tecnologia simplificou-nos a todos o trabalho. Desde há 6o anos que a Adr apoia o nosso trabalho com a força da sua tecnologia.
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A Goldoni est谩 de volta
Entrevista a Andrea Goldoni, General Manager Goldoni 20
maio / junho 2014 路 ABOLSAMIA
Entrevista por Francisca Gusmão
Os Goldoni estão de volta. Depois de alguns anos de ausência em Portugal, a marca italiana que ficou notoriamente conhecida no nosso país pelos seus tratores especializados e também pelos motocultivadores, volta agora pela mão do Entreposto Máquinas.
Abolsamia
Após alguns anos de ausência, a Goldoni está de volta ao mercado português e espanhol. Quais as razões deste regresso? Andrea Goldoni
Depois de alguns anos de distribuição em parceria com outro fabricante, de grande prestígio, decidimos voltar a vender os nossos tratores com a nossa marca nos mercados da Península Ibérica. Estamos focados nesta escolha porque acreditamos fortemente na possibilidade de fazer crescer a marca Goldoni para o nível que detém no mercado italiano há muitos anos, onde o trator pomareiro-vinhateiro é identificado inequivocamente como Goldoni. O principal objetivo do nosso negócio, atualmente, é aumentar a quota das exportações e acreditamos firmemente que, para conseguir isso é crucial a promoção do produto com a nossa marca, e não com outras, para garantir um negócio contínuo ao longo do tempo e, consequentemente, para ter
a garantia de um futuro mais certo e mais sólido nos mercados estrangeiros. Nos territórios de Espanha e Portugal, no entanto, o nosso produto está perfeitamente em linha com as expetativas dos clientes em termos de qualidade, eficiência e caraterísticas técnicas, e por isso estamos confiantes de que a nossa decisão será recompensada com um pleno sucesso. A Goldoni é uma marca histórica e de referência em Portugal, mas já se passaram alguns anos desde a sua saída do mercado. De que forma pretende entrar, novamente, nas escolhas dos agricultores portugueses? Estamos convencidos de que os agricultores portugueses não esqueceram o nosso produto, que, contudo, continuou a circular no mercado com outra cor, pelo que podemos dizer que nunca chegaram realmente a sair deste mercado. Acreditamos que em Portugal há um forte desejo de rever a nossa marca, e que as caraterísticas vencedoras das nossas máquinas são as armas secretas que nos permitirão voltar sem problemas, apesar de estarmos cientes de que o número atual de matrículas de tratores ainda está longe dos níveis pré-crise. A nossa história em Portugal tem origens antigas, e é precisamente neste forte enraizamento no território que se baseia a convicção das nossas decisões. Quando começarão a ser comercializados os tratores? Em maio, começaremos a ver as nossas máquinas expostas na rede de concessionários autorizados, por isso a nossa entrada no mercado está realmente iminente. Quais as vossas expetativas para o mercado português?
Quais os objetivos ao nível da quota de mercado para os próximos cinco anos? Esperamos voltar a alcançar, dentro de poucos anos, uma quota de mercado de 10% no setor dos especializados e dos compactos. É uma percentagem bastante ambiciosa, mas acreditamos que se o mercado - como parece - der sinais de recuperação, não estará muito longe da realidade. O desenvolvimento de produtos em linha com as expectativas deste mercado encoraja-nos a pensar que este é um objetivo ao nosso alcance. Que máquinas e modelos estarão disponíveis no mercado português? Vamos estar presentes com toda a nossa gama de tratores, seja compactos, especializados, isodiamétricos, e também motoagrícolas. A nossa gama inclui agora tratores de 20 a 95 cavalos, para além de motocultivadores. Estamos confiantes de que as vendas se vão concentrar principalmente nas gamas Ronin 40 e 50, Star 3050 e 3080 e Energy 60 e 80, numa faixa de potência de 40 a 75 cv. No entanto, poderemos vir a apresentar outros modelos que em outros mercados foram responsáveis por soluções únicas e sem verdadeiros concorrentes, como por exemplo o modelo Quasar, um trator com caraterísticas técnicas que são incomparáveis no mercado. A estratégia a seguir pela Goldoni em Portugal será extensível a Espanha? Em Portugal tivemos uma filial até há poucos anos, o que nos coloca numa posição bastante favorável, porque a nossa presença foi sempre muito forte e a nossa “saída” foi, afinal, bastante recente. Em Espanha, a nossa marca não está presente no mercado há mais tempo, por isso a reentrada vai ser
um desafio bastante ambicioso. O objetivo é estabelecer uma rede de distribuição, tal como tem sido feito em Portugal. Posso confirmar que, durante as últimas semanas, temos estado a investir fortemente neste projeto. Veremos, portanto, também em Espanha, a curto prazo, o nosso produto disponível no mercado. A Goldoni regressa a Portugal através de uma parceria, com o Entreposto Máquinas. Quais os moldes desta ligação? A observação é correta. O Entreposto Máquinas é o melhor parceiro que poderíamos imaginar encontrar e com quem estamos em sintonia desde o início. É uma empresa com grande história e tradição, assim como nós, que operamos desde 1926 na área das máquinas agrícolas. É uma empresa sólida, gerida por pessoas de profissionalismo e competência, e com uma rede de concessionários no território capaz de satisfazer as necessidades da venda e - ainda - do serviço pósvenda (peças de substituição e assistência técnica ao cliente). Com o Entreposto Máquinas, houve uma grande comunhão nos propósitos e na visão do negócio que permitiu termos chegado a este acordo e à assinatura do contrato num curto espaço de tempo. A Goldoni avança sempre de forma ponderada e faz as suas escolhas com muito cuidado, tendo sempre em mente não tanto o ganho imediato, mas a criação de uma base estável e duradoura focada na atenção ao cliente, o único ator que tem o poder de determinar o sucesso de qualquer negócio. A parceria entre a Goldoni e o Entreposto Máquinas é a síntese dessa filosofia, noutras palavras, é uma colaboração que nasceu com o objetivo de permanecer duradoura e sólida como uma rocha, como é a Goldoni .
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Produto Apresentada a nova geração do veterano Unimog Um novo Unimog U423 esteve em exposição na Agritechnica. O seu pacote de equipamentos – pneus agrícolas, plataforma especial, TDF traseira reconfigurada, e dois elevadores hidráulicos – deixavam transparecer a sua vocação, não só para transporte mas também para o trabalho em campo. A série é composta por oito modelos, do U216 ao U530, que cobrem uma faixa de potência entre os 156 e os 299 cv. Os motores MercedesBenz, três de 4 cilindros e dois de 6 cilindros, cumprem as normas anti-poluição Euro IV e possuem tecnologia de gestão eletrónica BlueEfficiency para redução do consumo. A nível da transmissão, o operador pode alternar em andamento entre o modo hidrostático de variação contínua, indicado para operações no campo e Mercedes-Benz
Novo cultivador semi-montado da gama Karat Lemken A Lemken lançou uma nova versão de cultivadores Karat semi-montados (KTA), com três fileiras de dentes, que utiliza a mesma secção de trabalho das versões pesadas de configuração montada. Tendo em conta que muitos clientes necessitam de uma largura de trabalho semelhante à oferecida pelas alfaias mais pesadas, mas por vezes não fazem uso de todas as suas funcionalidades, ou nem sempre têm tratores com capacidade de elevação hidráulica adequada para as poder suportar, o fabricante alemão desenvolveu um trem de transporte inteiramente novo que, aplicado à estrutura de um cultivador montado, deu origem a um cultivador ligeiro semi-montado. Neste cultivador de elevado rendimento de trabalho, que possui uma distância entre dentes (70 cm) um pouco menor do que nos modelos mais pesados (100 cm), é possível escolher entre sete diferentes tipos de dentes, o que faz com que a alfaia se adeqúe a condições de utilização muito variadas, com profundidades entre 5 e 30 cm. O sistema de substituição rápida dos dentes é opcional. As larguras de trabalho disponíveis situam-se entre os 4 e os 5 m, o que complementa a gama já existente de cultivadores da gama Karat.
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velocidades até 50 km/h, e o modo manual, destinado sobretudo a operações de transporte em estrada, em que os Unimog podem atingir os 90 km/h. Esta possibilidade de comutação é um opcional. Na cabina, a disposição de comandos foi reconfigurada, os limpa para-brisas agora situados na parte superior garantem maior visibilidade, e um monitor ligado a uma
câmara facilita o engate de alfaias. Desde o posto de condução o operador pode ainda ajustar automaticamente a pressão dos pneus, escolhendo entre 3 prédefinições: estrada, areia e estrada áspera. Muitos produtos agrícolas precisam de ser transportados desde o campo, com rapidez, a grandes distâncias, e em grande volume de carga. É por isso que, além do Unimog, a Mercedes apresentou também os camiões Arocs equipados para funções logísticas no setor agrícola.
Novo encordoador Pöttinger Top 662 Pöttinger Aos encordoadores Top 812 e Top 712, a Pöttinger junta agora um modelo mais compacto. Possui dois rotores com 3,07 m de diâmetro e 12 garfos, que perfazem uma largura de trabalho de 6,55 m. O chassis de cada rotor tem ângulo ajustável e pode estar configurado com 3 ou 5 rodas (versão de eixo em tandem). A largura de transporte pode ser regulada num
intervalo entre os 2,55 e os 2,90 m, enquanto a altura de transporte é inferior a 4 m. O Top 662 possui uma ampara em toldo ajustável hidraulicamente. Esta pode adaptarse ao volume do cordão e ser completamente recolhida para transporte. Em trabalho, a manobrabilidade é otimizada pelo controlo sequencial da subida e descida. Esta funcionalidade permite a cada operador configurar o modo como a alfaia é manuseada na linha de cabeceira. Os garfos e os braços que os suportam são as peças que estão mais sujeitas a embates; a sua substituição está facilitada já que implica desapertar apenas dois parafusos. Em opção, o Top 662 pode equipar com comando independente de cada rotor, o que permite encordoar faixas mais estreitas, por ex. nas beiradas das parcelas. A iluminação e os guarda-lamas são equipamento standard.
Produto Série N da Valtra ganha sistema de direção articulada Valtra A Valtra já produziu vários tratores articulados, mas ultimamente do seu catálogo não constava nenhum modelo com esta configuração. O fabricante finlandês volta agora a disponibilizar um trator com este tipo de direção mas com uma grande inovação quando comparado com os que chegou a produzir. O novo articulado está disponível em 3 diferentes modelos – N123, N143, e N163 Direct – e tem a particularidade de combinar dois elementos de direção: a articulação central (que resulta de uma parceria com as empresas Afcon Oy e LH Lift Oy) e um eixo frontal de rodas direcionais. Isto possibilita que o trator possa avançar com as rodas da frente e as de trás desencontradas, com a frente desviada para o lado até um certo ponto, o que constitui uma maneira de trabalhar completamente inédita num trator. Segundo a marca, esta posição de avanço contribuirá para manter níveis baixos de compactação do solo. Estes N articulados têm mais 60 cm e pesam
mais 300 kg que os N convencionais, mas ganham em agilidade. Além disso, este sistema é também vantajoso por permitir chegar rente a uma parede, ou junto ao limite de uma parcela, por exemplo com um carregador ou outra alfaia de engate frontal, com um ângulo de abordagem diferente daquele que se consegue com um trator rígido. E ao nível da produtividade, a Valtra adianta que um
articulado executa tarefas com carregador frontal com uma rapidez 35 a 40% maior do que um convencional A articulação central e a viragem das rodas funcionam de modo automatizado, com um rácio de atuação que se ajusta consoante a velocidade. À medida que a velocidade aumenta, a atuação da direção articulada diminui, chegando mesmo a zero de atuação. Ou seja, a velocidades altas a direção atua apenas sobre as rodas como em qualquer outro trator. A baixa velocidade, em campo, o tratorista tem a possibilidade de ajustar o rácio de atuação, quer da articulação central quer das rodas dianteiras, de modo a adaptar o comportamento do trator à tarefa. Este modelo está ainda em fase de testes mas a produção em série, que ficará a cargo do Unlimited Studio, a unidade da Valtra que desenvolve soluções especializadas, deverá começar antes do fim deste ano.
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Produto Lely Welger RPC 445 Tornado na Flor do Lis Lely Welger
A Terralis vendeu recentemente uma enfardadeira/plastificadora Lely Welger RPC 445 Tornado à Coudelaria Flor do Lis. Localizada em pleno Vale do Lis, nas planícies férteis dos concelhos de Leiria e Marinha Grande, esta coudelaria é especializada na criação de cavalos Puro Sangue Lusitano, que é a sua principal atividade. Para além disso, recebe cavalos a penso em pastagem e dedica-se à produção e venda de feno para cavalos. A Lely Welger RPC 445 Tornado, agora adquirida, vai trabalhar em
175 hectares de área agrícola, na produção de feno-silagem e feno em seco. A Tornado, como é simplesmente conhecida, é uma máquina emblemática na gama Lely Welger, por ter sido a primeira enfardadeira/ embaladora do mercado com um sistema totalmente variável. Com diâmetros de rolo que variam entre os 0,90m e os 1,60m, o sistema automático de plastificação também é variável. O tempo que demora a fazer e a plastificar o fardo é muito reduzido, o que permite maximizar o rendimento do trabalho e melhorar a qualidade da forragem.
Embaladora de fardos Tanco A100 Tanco
As embaladoras de fardos redondos da série A100 são modelos rebocados extremamente compactos e robustos, que funcionam de acordo com um sistema de embalamento completamente automático. Esta automatização é garantida por um controlador eletrónico RDS que permite manobrar a alfaia a partir da cabina e selecionar uma variedade de modos de operação. A série é composta por dois modelos. A embaladora A100J, semi-automática e controlada por um joystick que garante precisão e suavidade, está pensada para sistemas
Versatile lança trator de rastos Versatile
Com o lançamento da gama DeltaTrack, a Versatile acaba de entrar no segmento dos tratores de rastos de borracha. Embora seja conhecida sobretudo pelos articulados de rodas, a marca canadiana aposta agora neste sistema de tração devido à aceitação que ele tem vindo a conquistar. Os 3 modelos DeltaTrack, com 450, 500 e 550 cv, estão dotados de um motor Cummins de 15 litros. Os trens de rastos foram desenvolvidos em parceria com a marca Camoplast de propósito para esta gama, e a transmissão powershift 16/4, que é fornecida pela Caterpillar, permite alcançar os 35 Km/h. O sistema hidráulico pode equipar com uma de duas bombas: 208 ou 428 L/min. A Versatile esteve representada na última Agritechnica, e é bem provável que se venha a posicionar no mercado europeu. Com esta gama fará concorrência ao QuadTrac da Case IH.
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hidráulicos de baixa pressão. Já a embaladora A100EH, é totalmente automatizada e pode ser equipada com um controlo remoto via rádio para trabalhar em modo estático. A alfaia possui um braço hidráulico que recolhe o fardo e o coloca no cilindro giratório que enrola o plástico à volta do fardo. Está arquitetada para fardos até 1200 kg e requer uma disponibilidade hidráulica mínima de 25 Lpm. A Tanco é um fabricante irlandês especializado em equipamentos para manuseamento de fardos, nomeadamente embaladoras e acessórios para carregadores frontais.
Farmall A recebem novos motores FPT Case IH
A FPT desenvolveu uma nova geração de motores para tratores de baixa potência. Numa configuração de 3 cilindros e 2,2 litros, este bloco está preparado para servir um segmento entre os 44 e os 70 cv. Estão entre as suas características um turbocompressor, um sistema de injeção direta a 1.600 bar, e um binário máximo que atinge os 250 Nm. A inclusão de uma cobertura destinada a reforçar o isolamento e diminuir o nível de ruído é novidade. Um sistema de recirculação interna dos gases de escape (EGR) e um catalisador de oxidação diesel (DOC) asseguram o cumprimento da Fase IV/Tier 4 Final. Os Farmall A da Case IH serão dos primeiros tratores a receber este novo motor. O FPT R22 poderá ser encontrado debaixo do capot dos modelos de menor potência desta série até ao final de 2014. Os Farmall A são convencionais com uma grande versatilidade, indicados para explorações de pequena dimensão.
Reboques Joskin com descarga acionada pela TDF Joskin
Os reboques para silagem da linha Silo-Space passam a estar disponíveis com acionamento mecânico do tapete rolante. Nesta configuração mecânica, os reboques dispõem de uma caixa de transferência acionada pela TDF e de um veio que se prolonga até à traseira, onde se situam as engrenagens que movimentam o fundo para efetuar a descarga. A marca pretende obter um ganho de polivalência, já que deste modo os Silo-Space podem ser usados em tratores com uma disponibilidade de fluxo hidráulico menor, que por vezes não é suficiente para um reboque em que todas as funções dependem do hidráulico. Uma outra vantagem associada a este tipo de acionamento é
que ele garante uma velocidade de movimento do tapete superior a 15 m/min, o que resulta numa descarga mais rápida. Os “rolos dosificadores” continuam a ser compatíveis nesta configuração mecânica e serão ligados quando o tapete estiver em funcionamento. Os modelos da gama Silo-Space apresentam uma capacidade de carga entre os 44 e os 55 m³ de volume.
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Produto Caixa de ferramentas frontal John Deere John Deere Nos últimos anos os operadores têm tido dificuldade em arranjar espaço nos tratores para arrumar algumas ferramentas maiores ou mesmo peças de substituição. É para responder a esta necessidade que a John Deere criou uma caixa metálica que se fixa nos pesos do trator. Possui duas prateleiras removíveis, e duas tampas de abertura. É robusta e tem espaço suficiente para usar bombas de dar massa, cavilhões de engate e uma série de outras ferramentas que fazem falta no dia a dia e que muitas vezes andam incomodamente espalhadas dentro da cabina. O sistema de fixação permite remover a caixa, podendo esta ser mudada de uma máquina para outra com facilidade. Este acessório é compatível com todos os tratores de rodas e de rastos, da série 6 à série 9, que possuam pesos frontais.
Kubota termina atualização da série M
Lamborghini Nitro conquista mais um prémio de design Lamborghini
A Lamborghini Trattori enriquece o seu palmarés com o ‘Red Dot Product Design Award 2014’, atribuído ao modelo Nitro. O prémio é adicionado ao título de ‘Golden Tractor for the Design 2014’, conferido também a este modelo, em novembro do ano passado, pelo júri do prémio Trator do Ano. O Red Dot Design Award, considerado um dos reconhecimentos mais importantes de design a nível mundial, premeia desde 1955 a excelência de qualidade de projetistas e fabricantes. Segundo a marca, este reconhecimento comprova que este trator de média potência,
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cuja estética foi desenvolvida em colaboração com a Giugiaro Design, constitui “a síntese perfeita entre inovação e desempenho na agricultura”. “Vencer o Red Dot Product Design Award 2014 é motivo de enorme satisfação para o nosso Grupo – comenta Lodovico Bussolati, diretor executivo da Same Deutz-Fahr – e o facto de receber pelo segundo ano consecutivo um prémio tão prestigiante como este, após o êxito obtido em 2013 com o DEUTZ-FAHR 7250 TTV Agrotron, representa o melhor reconhecimento dos esforços de investigação e desenvolvimento no âmbito do design implementados nos últimos anos”.
Kubota A transição da geração ‘40’ da série M para a nova geração ‘60’ acaba de ficar concluída. Depois de a marca já ter feito a renovação do M8540 e do M9940, que deram lugar, respetivamente, ao M8560 e o M9960, chegou agora a vez dos modelos de menor potência. Os novos Kubota M6060 (versão arco e cabina) e M7060 (só cabina) vêm substituir, respetivamente, o M6040 e o M7040. O motor de origem Kubota que equipa estes dois modelos, um 4 cilindros com 3,3 litros, fornece ao primeiro uma potência de 63,5 cv e ao segundo uma potência de 71cv, e recorre a um sistema DPF+EGR para cumprir as normas antipoluição da Fase IV. A pensar na eficiência, conta com uma função Eco que, atuando com a mudança
mais alta engrenada, permite manter a velocidade em estrada a um regime de 1960 rpm, quando o regime máximo é de 2400 rpm. A transmissão 12/12 (18/18 com creeper) permite alcançar os 40 km/h e beneficia de melhorias que a tornam mais suave do que na geração anterior. O inversor possui travão de parque. No que respeita ao conforto, a marca introduziu aperfeiçoamentos ergonómicos no posto de condução. Adrian Langmead, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Kubota, destaca este aspeto: “Colocámos na arquitetura da cabina um extenso trabalho de pesquisa e desenvolvimento a fim de garantir ao utilizador um maior nível de controlo e de conforto”.
Claas Xerion entra numa nova era Claas A gama de topo da Claas acaba de ser renovada. Os Xerion são tratores de rodas iguais fabricados em Harsewinqel, Alemanha, e estão disponíveis em três diferentes modelos: Xerion 4000, 4500 e 5000, cuja potência máxima é de, respetivamente, 435, 490 e 530 cv. O primeiro equipa com motor Mercedes-Benz de 10,8 litros, e os outros dois com um motor da mesma proveniência mas com 12,8 litros. Ambos recorrem a tecnologia SCR. A nível estético, os Xerion apresentam uma grelha frontal com o ar de família Claas, e o escape saiu da posição em que se encontrava, ao lado do capot, quase junto à dianteira do trator, e está agora do lado direito da cabina, mais discretamente acomodado. Cada modelo está disponível em versão Trac (cabina fixa posicionada ao centro), Trac VC (cabina reversível)
e no caso do Xerion 4000 ainda em versão Saddle Trac (cabina fixa posicionada na frente). Ao nível da transmissão, o pacote standard traz uma ZF Eccom 4.5 CVT que atinge os 50 km/h a um baixo regime do motor. Mas os clientes podem também optar por uma ZF Eccom 5.0 CVT, uma solução mais barata destinada a trabalhos pesados. Atinge os 30 km/h, pesa menos 500 kg, e em opção pode não incluir ligação de TDF. No hidráulico, que tem fluxo de 250 l/min, encontramos um novo sistema de segurança que protege o trator de um manuseamento incorreto. Quando trabalha com a direção em modo caranguejo, se o operador exceder os 15° de viragem com a alfaia arriada, o trator aciona um alarme no terminal CEBIS. Se a manobra não for corrigida, o hidráulico é automaticamente levantado.
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Produto Claas com inovações nas ceifeiras-debulhadoras Claas Enquanto as Lexion recebem aquilo que de mais recente existe a nível dos sistemas de assistência ao operador, baseados sobretudo em sensores e câmaras de vídeo, as ceifeiras Tucano e Avero passam a equipar com sistemas de debulha mais sofisticados.
Tucano e Avero
Lexion
Nas gamas mais baixas, a Claas está a introduzir tecnologias que encontrávamos só nas Lexion. A Tucano 420 recebe um sistema APS de 5-sacudidores, que apresenta um pré-acelerador na unidade de debulha. A Avero 240 usa a tecnologia APS 4-sacudidores e integra um motor Perkins de 205 cv que, a nível de emissões, já cumpre as exigências da Fase IV/Tier 4Final.
Depois de no ano passado ter lançado o CEMOS Automatic, para configurar as funções de separação e de limpeza, a Claas expande a tecnologia de assistência ao operador com a introdução de três novos sistemas: ajuste automático da direção de descarga para espalhar palha; ajuste da pressão dos pneus no eixo traseiro; câmara para monitorizar a qualidade do grão; e câmara traseira para marcha-atrás. A série de topo da Claas passa também a contar com novos modelos: Lexion 740, com motor Caterpillar de 6 cilindros que perfaz 400 cv; Lexion 750 TT com rastos de borracha para velocidades até 40 km/h; e Lexion 600 com 4 rodas motrizes.
Tecnologia de descarga LaserLoad Krone
Ao trabalhar com uma automotriz, o operador nem sempre consegue coordenar com facilidade o andamento e as manobras de maneira a que o fluxo de descarga vá todo parar dentro do reboque que trabalha em paralelo com a máquina. Para facilitar esta operação, a Krone instalou um scanner industrial no tubo de descarga das automotrizes Big X, que faz um mapa tridimensional onde são constantemente identificados os limites do reboque. Este sistema LaserLoad garante que o fluxo de forragem é direcionado automaticamente para o interior do reboque, com precisão e sem perdas, mesmo quando este segue a uma maior distância. A poeira e a chuva não comprometem o funcionamento do dispositivo, que tem ainda a vantagem de poder ser utilizado durante a noite.
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Zetor entra num novo patamar com os Forterra HD Zetor A Zetor reservou o lançamento da nova série de tratores Forterra HD para a edição de 2014 da Techagro. Nesta feira realizada na República Checa, o seu país de origem, a Zetor entrou num novo patamar de tecnologia e também de potência, já que o modelo maior da série agora desvendada será o trator mais potente até agora fabricado pela marca. A nova série Forterra HD, agora apresentada em Brno, é constituída por 3 modelos: Forterra HD 130, 140 e 150, que desenvolvem, respetivamente, 127, 136 e 147 cv de potência. O bloco de 4 cilindros é fabricado pela própria Zetor, possui 4.156 cm³, e cumpre a Fase IIIB de emissões poluentes. Uma transmissão 30/30, em configuração semipowershift de três passos, permite alcançar os 40 km/h, e o sistema hidráulico possui gestão de viragem nas cabeceiras. Diferencia-se dos Forterra HSX por apresentar uma maior distância entre eixos, mas não só. Os comandos foram redesenhados, a cabina é mais silenciosa, os eixos podem suportar mais carga, a transmissão foi reforçada, e entre os opcionais encontramos a suspensão da cabina e do eixo dianteiro. Esta nova variante dos Forterra vem confirmar que a Zetor procura acompanhar o ritmo de evolução dos fabricantes de maior renome, mas apostando numa estratégia em que também mantém no catálogo modelos mais básicos.
Tecnologia
Qualquer pessoa pode reparar um trator moderno? Até agora, só os profissionais com qualificações técnicas reconhecidas estavam autorizados a aceder às informações de reparação e de manutenção (RMI na sigla inglesa) dos tratores agrícolas, e a fazer reparações vitais neste tipo de máquinas. Mas a UE está a reavaliar as condições de acesso às RMI, com a intenção de dar aos reparadores independentes o livre acesso a estes dados. Segundo o CEMA, a concretizar-se, esta alteração comporta diversos riscos. Sobretudo porque são necessárias qualificações para intervir em sistemas tão complexos como os que encontramos nas modernas máquinas agrícolas. Gilles Dryancour, Presidente do CEMA (Comité Europeu de Fabricantes de Máquinas Agrícolas), tem vindo a pronunciar-se sobre as condições contidas no regulamento (167/2013/ EC) que prevê desbloquear o acesso às RMI, alertando para as consequências que daí podem advir. Dryancour encara “a falta de qualificação dos reparadores independentes” com bastante preocupação, referindo que esta abertura poderá não
só ameaçar a reputação da indústria e os investimentos que têm vindo a ser feitos na formação dos concessionários em matéria de segurança dos tratores, como pôr em risco a integridade física de quem os utiliza diariamente. Em nome do CEMA, esclarece que esta mudança das regras está a ser forçada pelo poderoso lobby de reparadores e revendedores de peças do setor automóvel, que ambicionam entrar no mercado da manutenção das máquinas agrícolas. E alerta para o facto de estes agentes não conhecerem as características do setor, que são a proximidade, a disponibilidade, e o alto nível de qualificação técnica que os concessionários possuem, com a agravante de não quererem estar sujeitos a qualquer requisito legal que os obrigue a receberem formação específica para intervir em máquinas que são altamente complexas. Antecipando as consequências, Dryancour diz que “o mercado nunca se pode regular através de um aumento do número de acidentes”.
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Notícias Vem aí a Fase V de emissões poluentes Mercado europeu de alfaias agrícolas regista ligeira subida 3,6 mil milhões de euros. Em 2013, foi este o volume de mercado europeu das alfaias agrícolas para preparação de solo, fertilização, sementeira, e pulverização, segundo a CEMA. Os fabricantes europeus veem assim aumentar o volume de negócio, pois em 2012 os números ficaram pelos 3,3 mil milhões de euros. Para 2014, é esperado, novamente, um comportamento estável. Estes valores foram apresentados pela CEMA EuropeanAgriculturalMachinery – que se reuniu em março para apresentar os resultados do exercício anterior, bem como analisar o atual estado do setor a nível europeu. Gerd Wiesendorfer, um dos coordenadores da CEMA, foi o porta-voz das conclusões da organização, que abordou as dificuldades atuais “sentidas pelo mercado polaco e francês, ao contrário do que acontece no Reino Unido, Alemanha e, até, nos Estados Unidos”. Com a tecnologia cada vez mais presente nas várias máquinas relacionadas com esta indústria, Wiesendorfer refere, ainda assim, a importância de se adaptar as mesmas às necessidades particulares de cada região. “O nível de tecnologia associada a este setor está cada vez mais avançado, ainda que deva estar adaptada aos diferentes países, mercados e regiões”, acrescentando ainda que a agricultura de precisão, com GPS, “poderá tornar os trabalhos mais precisos e rápidos”.
A imposição de novos limites de emissões poluentes em máquinas agrícolas é já dada como certa. Apesar das reservas emitidas pelo CEMA, que divulgámos na passada edição, a Fase V vai mesmo avançar! Um plano inicial apresentado pela Comissão Europeia prevê que os motores de ignição das máquinas móveis não rodoviárias com potências abaixo de 19 kW e acima de 560 kW, que até agora estavam de fora, passem a ser abrangidos pela legislação. Já os motores entre 37 e 560 kW, faixa de potência em que se insere a grande maioria dos tratores agrícolas, os limites de óxidos de azoto (NOx), monóxido de carbono (CO) e hidrocarbonetos (HC) devem permanecer inalterados. Mas serão alvo de um novo aperto a um outro nível. É que os motores entre 19 e 560 kW vão ter de cumprir limites mais restritivos no que respeita ao número de partículas (PN) e à massa de partículas (PM). A legislação deve entrar em vigor em 2016 mas deverá ser só em 2019 ou 2020 que se torna obrigatório que os motores
cheguem ao mercado respeitando os novos limites, embora essa data de introdução possa variar consoante a categoria dos motores. Estas imposições planeadas nos gabinetes de Bruxelas representam mais um desafio para os fabricantes, que se veem obrigados a instalar num mesmo motor diferentes sistemas de tratamento de gases, e um fardo às costas dos agricultores europeus, que terão de continuar a comprar equipamentos bem mais caros do que os vendidos noutras partes do mundo.
Agrievolution Alliance anuncia entrada do Japão O Japão é o mais recente membro da coligação que congrega as principais associações de fabricantes de maquinaria agrícola a nível mundial. A associação japonesa (JAMMA) representa 64 fabricantes e contribuirá para ampliar a perspetiva da Agrievolution Alliance e alargar o seu alcance à região do Extremo Oriente. A Agrievolution encontra-se atualmente a trabalhar numa “Declaração de Impacto Global” que pretende consciencializar os líderes mundiais acerca da importância que tem na economia global o fabrico de equipamentos agrícolas, e explicar como as máquinas são importantes para aumentar a eficiência do trabalho e a produtividade das culturas, fatores essenciais para garantir o fornecimento de alimentos à população mundial.
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Mecanização por Ângelo Delgado
46% dos tratores têm mais de 20 anos
renovar
em Portugal
Faz falta um parque de tratores renovado A renovação do parque de tratores é, cada vez mais, um tema de discussão no espetro agrícola nacional, porquanto, em Portugal, 46% do parque de tratores tem mais de 20 anos*. Agarrando nesse debate e no Plano Impulso ao Meio Ambiente (PIMA), que começou a ser aplicado em 2013, em Espanha, a abolsamia auscultou os principais agentes do setor para perceber a viabilidade de um projeto semelhante em Portugal. A renovação em Espanha
O parque de tratores em Espanha encontra-se bastante envelhecido. Mais de 55% das máquinas utilizadas na agricultura possuem uma idade superior a 16 anos, o que faz com que sejam os principais responsáveis pela poluição atmosférica no universo rural espanhol. No entanto, os vários executivos do país vizinho têm trabalhado no sentido de erradicar as máquinas mais velhas e, portanto, mais poluidoras, dos seus campos de cultivo. Tudo começou em 2003, com o
Com o PIMA, prevê-se a redução de 94% de partículas e 15 a 20% de emissão de CO2 por trator substituído.
chamado Plano Renove e uma verba de quase 190 milhões de euros para apoiar o setor. Findo este programa de incentivo, agora é a vez do PIMA. O Plano de Impulso ao Meio Ambiente (PIMA Terra) é, portanto, uma estratégia desenvolvida pelo Ministério da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente de Espanha que tem como prioridades reduzir, de forma significativa, as emissões prejudiciais ao meio-ambiente. A sua diminuição será, assim, alcançada através de uma renovação do atual parque
de tratores por um outro mais moderno e ajustado à diretiva ratificada pelo Parlamento Europeu, em maio de 2008. Ainda segundo o governo de Mariano Rajoy (atual presidente do governo espanhol), com esta operação prevê-se a redução de 94% de partículas e 15 a 20% de emissão de CO2 por cada trator substituído. O governo prevê também que esta medida venha ter um impacto social e económico relevante: o mercado de tratores é atingido por um forte impulso, a economia cresce e o emprego aumenta na mesma medida.
* Fonte: Parque de Tratores Manifestado, em 2012, Níveis de Mecanização da Agricultura Portuguesa.
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PIMA em Portugal? Em Espanha, é assim. E, em Portugal? É possível aplicar “um programa PIMA” em território nacional? O que pensa o setor? E o governo? Há planos? Comecemos por este último. “Não existe, para já, nenhuma ideia/projeto específico para apoiar a renovação do parque de tratores”, começa por dizer Diogo Albuquerque, secretário de Estado da Agricultura, para depois continuar: “no âmbito do futuro Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), está previsto o apoio à aquisição de máquinas agrícolas, onde se incluem os tratores. Assim, o agricultor, através do PDR 2020, poderá adquirir equipamento com apoio comunitário, contribuindo, de forma determinante, para a viabilidade do seu negócio”, adianta o governante. Agarrando na ideia dos fundos europeus, o secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) Luís Mira, lembra, porém, que existem
Luís Mira, secretáriogeral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).
apoios que não têm sido aproveitados. “A mecanização agrícola e a introdução de novas tecnologias são sinais de desenvolvimento do setor. Existem apoios comunitários destinados a este efeito que não têm sido aplicados. No entanto, na maior parte dos casos o agricultor possui vários tratores com muitos anos e que se mantêm no ativo devido aos apoios relativos ao gasóleo verde”, começa por dizer. Por outro lado, segundo o secretário-geral da CAP, o atual plano de resgate financeiro dificulta a implementação de
Diogo Albuquerque, secretário de Estado da Agricultura.
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Mecanização um programa PIMA em Portugal. “O plano espanhol foi colocado em prática através de verbas provenientes do Orçamento do Estado (OA) do país e não apenas com ajudas comunitárias. No atual contexto económicofinanceiro de Portugal, tendo em conta o programa de assistência financeira ainda em curso, tornase difícil empreender medidas que exijam uma mobilização específica de verbas do OA”, conclui. Pedro Serra Ramos, presidente da Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA), gostaria de ver o setor com um parque de tratores renovado e mais amigo do ambiente mas... com regras rígidas. “A colocação em prática de um programa como o PIMA obrigaria a que o processo de candidatura fosse muito rigoroso, permitindo entender
Pedro Serra Ramos, presidente da Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA).
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Face ao estado em que se encontra o país, há que evitar os exageros do passado, onde se compraram muitos tratores para estarem parados a maior parte do tempo.
o que as pessoas fizeram nos últimos anos com os tratores que possuem e o que pretendem fazer com os tratores que vão adquirir. E, a partir daqui, exercer uma forte fiscalização sobre essa atividade”, sublinha. Para o responsável, a acontecer, o apoio deverá obedecer a vários critérios e não apenas à idade da máquina. “Essa candidatura terá de permitir uma análise sobre a dimensão do trator a apoiar e não apenas porque a viatura tem 20 anos. Se o Estado não tem capacidade para esse controlo, então mais vale não apoiar a medida, já que muitos dos tratores são adquiridos através de fundos comunitários associados aos investimentos nas explorações agrícolas”, adverte. A finalizar, uma crítica. “Face ao estado em que se encontra o país, há que evitar os exageros do passado, onde se compraram muitos tratores para estarem parados a maior parte do tempo ou, pior que isso, a prestarem serviços a outros sem qualquer fatura”.
Ambiente e segurança Para Augusto Pissarreira, gerente das empresas Agronegócios e AgroPissarreira, a aplicação de um projeto PIMA em Portugal apenas traria vantagens. Na segurança, primeiro, e no ambiente logo a seguir. “Cerca de 50% dos tratores em circulação não tem cabine ou arco de segurança. Por outro lado, as mais-valias seriam evidentes: máquinas menos poluentes a nível sonoro e, mais importante, na emissão de gases”, afirma. Também Firmino Cordeiro, presidente da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), refere a segurança, bem como o ambiente como fatores de grande valia na aplicação de um programa de renovação do parque de tratores. “A matéria ambiental e os aspetos relacionados com a segurança dos operadores deveriam fazer parte dos objetivos de um programa desta natureza. De registar, infelizmente, o número de vidas perdidas, vítimas de acidentes com estes equipamentos, obviamente por razões diversas, mas certamente também por falhas técnicas. Por outro lado, importa hoje destacar, mais do que nunca, as questões ambientais. Não só pela poluição atmosférica – motores velhos e em deficientes condições de manutenção – como também pelos resíduos libertados para o solo”. Os ganhos a nível ambiental são, de facto, um dos trunfos mais relevantes para a eventual aplicação de um programa de renovação de máquinas em Portugal. A ANEFA transmite, igualmente, essa preocupação. “Os ganhos seriam consideráveis, pois as
Augusto Pissarreira, gerente das empresas Agronegócios e AgroPissarreira.
novas tecnologias são muito menos poluentes e os consumos inferiores”, adianta Serra Ramos, advertindo, porém, para a necessidade da existência de uma gestão equilibrada neste processo. “Seria importante evitar a aquisição de tratores sobredimensionados, bem como haver uma preocupação com a formação por parte de quem os utiliza. Tratar-se-iam de módulos formativos sobre técnicas de prevenção de acidentes ambientais associados à má utilização dos equipamentos”. Também Pissarreira, lança um aviso à eventual colocação em marcha de um plano de renovação de tratores. “A implementação de um programa similar ao espanhol só será eficaz se for pago o valor de 100 euros por cavalo com o abatimento efetivo das largas dezenas de milhar de tratores
Mecanização
Firmino Cordeiro, presidente da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP).
importados do Japão e Europa como sucata e que continuam a ser vendidos sem qualquer controlo. A importação deste tipo de equipamento deveria ser controlada, sob pena da eficiência de um programa deste tipo ser nula”. Por outro lado, surgem algumas resistências dos profissionais ligados a este setor em deixarem de contar com as suas máquinas, muitas delas ainda em condições. “Se é verdade que os tratores têm evoluído imenso no que diz respeito à motorização e em sistemas que os tornam menos poluidores, não é menos verdade que muitos existem, com 15 ou mais anos, em bom estado de manutenção e conservação, e que os seus proprietários se recusam a perder sem serem justamente ressarcidos. O mesmo se verifica com os
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Estatísticas
reboques, semi-reboques e outras alfaias que mantêm condições razoáveis de utilização”, justifica Firmino Cordeiro.
Portugal
Maior produtividade
Matrículas de tratores agrícolas novos baixam 2,1 % no 1º trimestre de 2014
“As mais-valias da mecanização agrícola e da utilização de maquinaria eficiente nas explorações são inquestionáveis em termos de produtividade e capacidade concorrencial dos agricultores portugueses face aos seus colegas europeus”, afirma, de forma perentória, Luís Mira, quando questionado para outras vantagens relacionadas com a modernização do parque de tratores em Portugal. Ainda que não tenha previsto qualquer projeto similar ao PIMA, o secretário de Estado da Agricultura elogia o caminho preconizado pelos agentes que sustentam esta indústria. “Há margem para o setor agrícola crescer, produzir e colocar mais produtos portugueses no mercado nacional e internacional”, elogia. Para José Diogo Albuquerque, “esta dinâmica é possível devido a uma agricultura cada vez mais moderna, onde a qualidade dos equipamentos faz toda a diferença”. Em jeito de remate final, o governante afirma que “a modernização da agricultura portuguesa é bastante visível no que diz respeito aos jovens agricultores, cuja perspetiva é virada para o mercado global”.
*A ACAP foi contactada pela abolsamia, mas remeteu para mais tarde quaisquer comentários sobre o tema.
O mercado de tratores agrícolas No mês de março de 2014 foram matriculados 409 tratores agrícolas novos, o que significa um decréscimo de 7,3 %, face ao mês homólogo do ano anterior. Por tipo de tratores, foram matriculados 150 tratores compactos, 197 tratores convencionais e 62 tratores especiais o que significa variações homólogas de menos 22,3 %, de mais 5,3 % e de mais 1,6 %, respetivamente. Em termos de valores acumulados no primeiro trimestre de 2014, foram matriculados um total de 1.113 tratores novos o que representa uma
redução do mercado 2,1 %, relativamente ao mesmo período do ano anterior. Esta redução foi determinada pelo decréscimo de 16,1 % das matrículas de tratores compactos, visto que as de tratores convencionais e de especiais registaram acréscimos de 6,2 % e de 10,9 %, respetivamente. Quanto à distribuição do mercado por classes de potência, os escalões que vão dos 40 aos 88kw representaram 46,1 % do total das matrículas, os escalões até aos 39kw representaram 43,6 % e os escalões com mais de 88kw representaram 10,3 %.
Matrículas de Tractores Agrícolas Novos janeiro e fevereiro de 2014.
1095
1119 2014 2013
466 461
387
495
213
*A CONFAGRI foi contactada pela abolsamia, mas à hora de fecho desta edição não foi possível obter resposta.
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Tecnologia por João Sobral
TRANSMISSÕES
Quando se justifica a Variação Contínua As transmissões conheceram uma evolução tecnológica surpreendente. As de variação contínua estão na vanguarda da tecnologia. Mas o que as distingue e quais são as suas vantagens?
e
Estão no topo da comodidade e da facilidade de utilização quando comparadas com as transmissões convencionais. A Fendt foi pioneira mas os outros fabricantes têm vindo a desenvolver os seus próprios conceitos de transmissão de variação contínua.
Precisão e suavidade Permitem ajustes precisos de velocidade como nunca antes tinha sido possível. Foi como se deixássemos de usar os degraus de uma escadaria para passar a usar uma rampa. E em vez de ter um número limitado de rácios de transmissão, que determinam a velocidade de avanço, a transmissão CVT permite alternar
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em contínuo e sob carga entre uma infinidade de rácios. Na prática, até mesmo nas transmissões Powershift mais modernas e suaves, sentimos um ligeiro impulso ao passar de relação. Isso não acontece numa CVT, até porque verdadeiramente não existem degraus a transpor.
Motor e transmissão interligados
Por outro lado, o motor e a transmissão passaram a funcionar conjuntamente. Uma unidade de gestão eletrónica ajusta as rotações e o rácio de transmissão de modo a obter o melhor desempenho. Um exemplo em estrada, quando o trator segue com pouca carga, o regime do motor desce mas o rácio de
transmissão mantém-se para garantir uma velocidade alta. Há também vantagens a nível da segurança. As transmissões CVT podem deter o trator numa inclinação sem ser necessário usar a embraiagem ou os travões, e além disso, praticamente não permitem erros, o que protege a mecânica de uma má utilização.
É possível definir prioridades
Se queremos que a velocidade seja prioritária, por exemplo durante trabalhos de mobilização, definimos uma velocidade objetivo. Consoante o esforço, o trator procurará continuamente a melhor combinação entre o motor e a transmissão para atingir essa velocidade.
Se o regime do motor for prioritário, o que acontece quando se trabalha com alfaias ligadas à TDF, definimos o nível de rotações pretendido e a gestão eletrónica procurará mantê-las constantes mesmo que para isso tenha de sacrificar a velocidade de avanço. A personalização de parâmetros de funcionamento é um dos pontos fortes nestas transmissões. O operador pode regulá-las em função das suas preferências de condução e em função da especificidade do trabalho que tem em mãos.
Quem fabrica transmissões CVT?
A Fendt (Vario), o Grupo CNH (Auto Command nos New Holland e CVX nos Case IH), a John Deere (AutoPowr), e a Valtra (Direct) fabricam as suas próprias transmissões CVT. A Claas (CMatic) também as desenvolve desde o ano passado. Equipam os Arion 500 e 600. A Massey Ferguson (Dyna-VT) recorre à transmissão desenvolvida pela Fendt. A ZF, uma empresa alemã especializada em eixos dianteiros e transmissões, possui no seu catálogo transmissões CVT para o segmento entre os 70 e os 450 cv (Terramatic), e para tratores de elevada
Tecnologia potência, acima dos 650 cv (Eccom). Fornece transmissões à Claas, para os Axion, às marcas do Grupo SDF (que ganham a designação TTV nos Deutz-Fahr e V-Drive nos Hürlimann), e à McCormick (VT Drive), que conta pela 1ª vez com variação contínua na série X7.
Muitas vantagens! E desvantagens?
Uma transmissão CVT permite fazer praticamente tudo o que uma transmissão convencional faz. Com a vantagem de também fazer muito mais. O principal senão é o seu preço. Mas para quem faz muitas horas por ano, e para quem realiza tarefas onde se retira pleno proveito das suas funcionalidades, o investimento compensa.
Em entrevista à revista abolsamia, representantes das principais marcas de tratores em Portugal deram a sua opinião acerca das vantagens do uso da transmissão de variação contínua.
1.
Quando é que se justifica optar por uma transmissão CVT?
3.
A transmissão CVT exige uma manutenção mais frequente e mais dispendiosa?
5.
Em que segmento de potência é que este tipo de transmissão é mais solicitado?
2.
Em média, uma transmissão CVT inflaciona o preço de um trator em que percentagem?
4.
No mercado europeu, e considerando as vendas totais da(s) marca(s) que representa, qual é a percentagem de tratores vendidos com CVT? E em Portugal?
6.
Na sua opinião, em que sentido é que as transmissões CVT irão evoluir nos próximos anos?
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Tecnologia aumenta de ano para ano pois a New Holland está a alargar as transmissões contínuas a outras séries. Em Portugal, podemos afirmar que as vendas de transmissões contínuas praticamente duplicam de ano para ano. Em 2010 representavam apenas 4% das vendas. 5
New Holland Fernando Garcia, diretor da New Holland Agriculture em Portugal.
1 Na nossa opinião justificase em qualquer situação. Obviamente por terem um custo de aquisição ligeiramente maior é mais fácil justificar sendo um alugador ou um grande agricultor que faça muitas horas por ano. No entanto qualquer um que compre um trator com transmissão contínua dificilmente volta às transmissões convencionais. 2 Normalmente o aumento é de 15%. No entanto não é só o valor da transmissão que inflaciona o preço pois estes tratores estão habitualmente equipados com um nível equipamento superior. Na New Holland, a série T7 tem um aumento de cerca de 7% a 10% entre uma transmissão CVT e uma Semi-Powershift. 3 Não tem uma manutenção mais frequente. No caso da New Holland o intervalo de manutenção é igual ou superior. 4
Na Europa, 13% das vendas New Holland são tratores de transmissão contínua. A percentagem
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Na New Holland até agora é de 180 a 220cv. No entanto, com o lançamento da série T6 AutoCommand a procura far-se-á sentir a partir de 120cv. 6
Já temos uma gama bastante alargada. Começámos na faixa de 160 a 200cv, alargámos para 125 a 270cv e agora introduzimos os 4 cilindros entre 160 e 200 cv. No futuro podemos esperar um alargamento gradual às gamas inferiores.
rotações, estão desenhadas para qualquer tipo de aplicação, sendo especialmente solicitadas em trabalhos de transporte e TDF, já que a variação de velocidade é maior e com uma transmissão mecânica teria de se mudar muitas mudanças, reduzindo a comodidade do operador. Uma transmissão CVT tem maior tecnologia que uma transmissão mecânica e por isso o investimento é geralmente maior, pelo que os agricultores que optam por esta transmissão são aqueles que fazem muitas horas ou aqueles que estabelecem como principal requisito a comodidade. 2 É uma pergunta difícil de responder já que cada série tem um preço distinto. 3 Uma transmissão CVT é composta por uma parte hidráulica e por uma parte mecânica. No entanto, o intervalo de manutenção de óleo e eletrónica é superior ao de uma transmissão convencional. 4 Não disponho desta informação.
John Deere Jesus Montoro, especialista de vendas para o segmento dos tratores de grande potência, na John Deere Ibérica.
1 As transmissões contínuas, graças à capacidade de adaptação de velocidade e
5 O mercado mais importante é o dos tratores de dupla tração com mais de 150 cv. E em tratores com especificações mais altas, que nós denominamos como Premium. 6
Na minha opinião, as transmissões Autopowr estão cada vez mais a ir no sentido de um maior desenvolvimento de potência e de economia de combustível, ao mesmo tempo que se vão melhorando os benefícios tecnológicos para os clientes tais como o modo pedal, o modo Eco, etc.
Valtra João Pimenta, gerente da Valtrator, empresa que representa a Valtra em Portugal.
1 Justifica-se principalmente para algumas atividades específicas de precisão, em que a velocidade de trabalho é muito baixa e não pode variar mais que 5% a 10%, ou em aplicações de TDF como fresagem, ou em transporte, se a carga do motor não está sempre próxima do seu limite, pois este tipo de transmissão permite “separar” a velocidade do veículo do regime do motor, permitindo alcançar altas velocidades a muito baixos regimes de motor sempre que a potência máxima não seja constantemente requerida. 2 No caso da Valtra, em média inflaciona o preço de 5% a 19%, dependendo se o modelo é o de entrada na gama (19%) ou se é o topo de gama (5%). 3
Não.
4 No mercado europeu, 16% são modelos CVT, incluindo Série S). No mercado português, 7% a 10% são modelos CVT. 5
A partir dos 160 cv.
Tecnologia 6
A tendência geral é a extensão a toda a gama como opção, ainda que moderadamente e com as devidas limitações já que quando se muda de gama de tratores, pode não ser possível utilizar a transmissão CVT atualmente em fabricação e uma nova transmissão leva anos a entrar em produção.
maior facilidade de operação, maior conforto e segurança e redução de consumos. No fundo, uma conjugação de fatores que permitam a otimização do investimento, através de um trabalho mais rápido, com mais qualidade e com menos custos.
que equipam os tratores do grupo é a mesma que as powershift. No entanto, em alguns modelos a exigência do lubrificante é maior aumentando também o seu preço. Por outro lado, no caso de reparação estas transmissões têm um acesso muito facilitado lateralmente. Por este motivo, e também porque a cartridge (miolo) está montada dentro de uma estrutura, a sua extração não implica a divisão da máquina ao meio, o que significa uma grande poupança de mão de obra. 4
McCormick e Hürlimann Jorge Amaro, coordenador do serviço após-venda da Terralis, empresa que representa ambas as marcas em Portugal.
1 Sobretudo para os prestadores de serviços e para os agricultores que fazem muitas horas por ano e que garantem a rentabilização do investimento numa máquina tecnologicamente evoluída. 2
Inflaciona em 6%.
3
Não. É a mesma coisa.
6
Sempre no sentido da maior eficiência operacional,
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Grupo Same Deutz-Fahr José Luís Mendes, administrador de vendas e marketing, na SDF Portugal.
A Alemanha e França, comparados com os restantes países europeus, são os mercados que em percentagem procuram mais este tipo de tecnologia. As razões são várias mas principalmente devido às boas performances produtivas da agricultura destes países e à exigência do trabalho. No resto da Europa, principalmente a sul, a procura deste tipo de tecnologia é cerca de 50 % nos tratores acima de 180 cv. 5 Em tratores a partir dos 200 cv.
1 Sempre que uma operação seja particularmente exigente ao nível do esforço e precisão de trabalho. Uma transmissão CVT é muito útil, e apresenta mais valor em qualquer tipo de operação, tanto na facilidade de utilização como na precisão. No entanto devido ao seu custo será de maior pertinência a sua utilização intensiva. 2 Entre 10 % a 20 %, dependendo do equipamento e do tipo de transmissão que o trator não CVT tem. 3
Não, a frequência de manutenção das transmissões
6 A tendência serão as transmissões híbridas e o Grupo SDF não deixará de estar na linha da frente no que diz respeito a inovação. Terão acoplado um gerador de energia elétrica, o qual alimentará tomadas que por sua vez estarão ligadas aos implementos, substituindo as convencionais tomadas hidráulicas auxiliares.
Fendt João Lopes Gerente da Forte, empresa que representa a Fendt em Portugal.
A Fendt foi a primeira marca a comercializar, em 1996, uma transmissão CVT sob o nome Vario. Esta chegou ao mercado integrada nos Fendt 900, mas a marca foi gradualmente alargando a sua aplicação às séries mais baixas, a ponto de se ter tornado o primeiro fabricante, e até agora o único, que já não dispõe de transmissões de outro tipo. Perguntámos a João Lopes em que sentido é que no seu entender as transmissões do construtor alemão irão evoluir nos próximos anos, ao que nos respondeu: “Na minha opinião, irão evoluir a curto prazo com melhor gestão entre a velocidade necessária ou possível e o ajuste da potência, sempre com o objetivo de reduzir custos, obtendo menos consumo e mais produtividade. Teremos regulações totalmente automáticas, combinadas com os sistemas auto-piloto GPS. Teremos menos regulações e mais automatismos, ficando ainda mais simples de operar para todos os níveis de operadores”.
Culturas por Ângelo Delgado
Tomate para indústria
“Exportamos 95% do que produzimos” Cerca de um milhão de toneladas produzidas em 2013. Um número que foi mais alto em 2012, e que os agentes do setor querem ver aumentado novamente. Para isso, há um conjunto de desafios a ultrapassar. Conheça-os.
Produção de Tomate EM PORTUGAL
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2013
1 milhão de Toneladas
2012
1,2 milhões de Toneladas
P
ortugal é, hoje, um dos maiores produtores de tomate para indústria a nível mundial. Apesar do recuo em 2013 (997 mil toneladas) face a 2012 (1,2 milhões de toneladas), mantém-se no top dez mundial desta categoria. Na lista das nações mais relevantes, destaque para o estado da Califórnia, nos
Estados Unidos, com 11 milhões de toneladas, o equivalente a um terço do que se produz a nível global. Itália (4,1 milhões), China (3,9), Turquia (2,2), Irão (1,9), Espanha (1,7) e Brasil (1,5) são os restantes países com uma produção em larga escala, segundo dados avançados pelo World Processing Tomato Council (WPTC) relativamente a 2013.
Culturas
10 maiores
PRODUTORES MUNDIAiS de Tomate (para indústria) (TONELADAS)
Califórnia (EUA) 11 MILHÕES Itália 4,1 MILHÕES China 3,9 MILHÕES Turquia 2,2 MILHÕES Irão 1,9 MILHÕES Espanha 1,7 MILHÕES Brasil 1,5 MILHÕES Portugal 1 MILHÕES Chile 682 MIL Tunísia 618 MIL
Apesar de se posicionar como oitavo maior produtor mundial, Portugal enfrenta, ainda, alguns desafios pela frente. Miguel Cambezes, presidente da Associação Nacional dos Industriais do Tomate (AIT), em conversa com a abolsamia, fala sobre as principais preocupações. “Perdemos as vantagens competitivas, nomeadamente para a Califórnia, cuja produtividade agrícola igualámos no passado. O que devemos fazer é, através de investigação aplicada, aumentar a produtividade agrícola, com a consequente diminuição do preço da matéria-prima (50/55% dos custos de produção), sem quebra de rendimento para o produtor”, explica, acrescentando também sobre este assunto que “o preço médio do tomate na Califórnia é de 67 euros a
tonelada, contra os 80 euros em Portugal”. Ainda no campo das dificuldades, o presidente da AIT sublinha o facto da quase inexistência de mercado interno, dado que expõe os produtores nacionais a um mercado demasiado competitivo. “Exportamos 95% do que produzimos! E, desta realidade, decorre uma muito maior exposição a uma concorrência nem sempre justa, a uma taxa de câmbio dólar/ euro que pode não ser benéfica, e a não aplicação dos mesmos parâmetros qualitativos aos produtos da União Europeia e aos provenientes de países terceiros, o que gera uma enorme desigualdade competitiva”, critica. “O elevado custo da energia e a impossibilidade de estender a campanha no tempo” são, segundo aquele responsável, outros obstáculos existentes.
*Dados da World Processing Tomato Council relativos a 2013.
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Culturas Tonelada de Tomate PREÇO MÉDIO Califórnia (EUA) 67€/Tonelada
PORTUGAL 80€/Tonelada
A Sugalidal, uma das maiores empresas de transformação de tomate do Mundo, também falou com a abolsamia. Apesar dos mais de 50 anos no mercado nacional, de ter uma faturação na ordem dos 200 milhões de euros e uma capacidade anual de transformação de tomate de cerca de 1,15 milhões de toneladas, o Grupo, que mantém a génese familiar, também viu a sua produção diminuir em 2013. “Tivemos um inverno extremamente
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rigoroso e prolongado, o que dificultou a preparação dos terrenos no momento ideal e as baixas temperaturas de maio e junho provocaram um atraso na maturação dos frutos”, começa por dizer fonte da empresa, explicando, contudo, que “a existência de seguro de colheita contra chuvas persistentes permitiu prolongar a colheita até outubro, o que minimizou o impacto na produção global, embora a produção por hectare tenha ficado abaixo de 2012”, lamenta.
Tecnologia de ponta A eficácia e uma maior produção e posterior transformação do tomate tem que ver com os níveis de tecnologia existentes entre os profissionais e empresas que trabalham nesta área. Segundo as fontes contactadas pela abolsamia, as dificuldades, em Portugal, não têm aqui a sua origem. “O nível de mecanização no nosso país, na apanha, é de 100% e, portanto, ao nível do melhor que se faz a nível mundial”, assegura o presidente da AIT, uma opinião corroborada pela Sugalidal. “Pela experiência e conhecimento de décadas nesta cultura, os produtores nacionais estão equipados com a tecnologia mais recente. É possível, a 20 minutos de Lisboa, ver em prática a melhor tecnologia do mundo utilizada neste setor”, enaltece. A mesma fonte adianta ainda que
O nível de mecanização no nosso país, na apanha, é de 100% e, portanto, ao nível do melhor que se faz a nível mundial.
“a permanente atualização das técnicas de cultivo, atenção e estudo das variedades mais vantajosas e adaptadas às condições existentes, têm vindo a permitir o aumento da produtividade por hectare, permitindo compensar o crescimento que os mercados produtores concorrentes têm tido ano após ano”.
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Culturas
Centro de Competências PARA O TOMATE
Objectivos
10% Apoios comunitários Tal como muitos outros setores de atividade, a indústria do tomate conta, igualmente, com as ajudas provenientes da União Europeia. Segundo a Sugalidal, esse processo é vital para a sobrevivência de quem trabalha nesta área. “Será definida, em breve, a forma como o Estado distribuirá pelos diferentes setores da agropecuária as ajudas comunitárias durante o período de 2015/2020. A sua boa distribuição será essencial para manter os profissionais que existem na produção de tomate para a indústria, responsáveis por 18 mil hectares de terrenos cultivados”, diz, quando questionado sobre a competitividade do mercado nacional. Ainda sobre o mesmo assunto, a empresa realça que “a permanência e alargamento da cobertura dos seguros de colheita, de forma a permitir o aumento do número de dias da campanha do tomate, será um fator determinante na manutenção e incremento
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da competitividade do mercado nacional face ao internacional”. Já Miguel Cambezes, enaltece o esforço que o Executivo tem vindo a fazer para que o setor continue a ser um dos mais competitivos do mundo. “Tem havido, com o governo nos últimos anos, um nível de colaboração, sobretudo em sede de negociações europeias, que permitiu extinguir e minimizar propostas legislativas profundamente lesivas”, elogia. Para o responsável, o organismo que dirige deve estar presente “em todos os locais onde se decidam as regras desta indústria, sejam elas legislativas, institucionais, políticas, ou outras. A ANI é o interlocutor do Executivo, dos sindicatos, dos representantes da produção, das duas associações internacionais onde toma assento, dos diferentes agentes, nacionais ou não, que com ela contactam institucional, formal ou informalmente”, concluiu.
Alargar o número de dias da campanha.
Redução dos custos de produção por hectare. Diferença de produção relativamente à Califórnia.
Centro de Competências Viabilizado após assinatura de um protocolo no passado dia 7 de abril, o Centro de Competências para o Tomate, em Santarém, terá, objetivamente, duas grandes prioridades: aumentar a produtividade da cultura de tomate para a indústria e promover uma estratégia de investigação que privilegie, para além do aumento da produção, o valor nutricional do fruto e dos produtos transformados. Assunção Cristas, ministra da Agricultura e do Mar, presente na assinatura do protocolo, falou sobre o Centro. “Com este espaço conseguiremos reduzir, em 10%, os custos de produção por hectare, alargar em 10% o números de dias da campanha e reconquistar a segunda posição
na produtividade agrícola do tomate a nível mundial, com uma diferença inferior a 10% face à Califórnia”, prometeu. Além dos organismos envolvidos diretamente no Centro de Competências para o Tomate – Ministério da Agricultura, Associação dos Industriais de Tomate, Confederação dos Agricultores de Portugal e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária -, é prioridade do projeto abraçar outros intervenientes. “Pretendemos envolver universidades, autarquias e outros institutos de pesquisa. Este modelo, que junta o governo, industriais, autarquias e investigadores é a receita que queremos replicar noutros domínios”, acrescentou a governante.
Entrevista por João Sobral
O perfil do New Holland T8 AutoCommand Em entrevista exclusiva à revista abolsamia, Sean Dorosz, diretor de marketing de Produto na New Holland North America, e conhecedor das especificidades tanto da agricultura americana como da europeia, enunciou as principais características do New Holland T8 AutoCommand e o tipo de tarefas em que este modelo é mais utilizado em cada um dos lados do Atlântico. A gama de tratores T8 é fabricada nas instalações da marca em Racine, no Estado do Wisconsin, Estados Unidos.
Na Europa, eu diria que são muito usados para fazer lavoura e outras operações de mobilização do solo.
Sean Dorosz, diretor de marketing de Produto da New Holland para as séries T8 e T9.
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Abolsamia: Quais são os pontos fortes do New Holland T8 AutoCommand? Sean Dorosz A transmissão AutoCommand é o ponto número um a que dou destaque. É uma transmissão que permite obter uma grande amplitude de velocidades. Consoante as condições do solo ou o trabalho que se está a fazer, consegue-se facilmente, e de forma muito suave, ajustar variações muito pequenas de velocidade.
A transmissão e o motor funcionam coordenados… Sim, o que nós fizemos foi uma programação eletrónica que permite ir constantemente adaptando a transmissão e o motor. A transmissão está programada para proporcionar o máximo de economia de combustível. Se no trabalho em campo a transmissão encontra zonas do terreno que requerem menos esforço, faz baixar as rotações do motor. Você não queima combustível quando não é preciso.
O que destaca a nível da cabina? A cabina é muito confortável e muito silenciosa, apresenta cerca de 68/69 db, e permite ver bem o que se está a passar à volta do trator. Pode-se ter um assento de tecido ou então em pele. E pode-se ter suspensão na cabina e também suspensão no assento. Colocaram o inversor numa posição muito avançada. Por que razão? Sim, costumava ser às ‘9 horas’ e agora é às ‘10 horas’. Nós
apercebemo-nos de que muitos clientes costumam usar a mão no volante numa posição mais avançada. Sobretudo quando estão a trabalhar com um implemento, e mantêm a mão direita nos comandos, a mão esquerda costuma estar mais à frente no volante. Além disso, para ver o implemento o operador vira-se para a direita, e naquela posição consegue achar mais facilmente o inversor. Mas também temos a possibilidade de inverter com a mão direita. Na verdade, numa transmissão AutoCommand é possível reverter de 3 maneiras diferentes: no inversor, num botão no manípulo, ou movendo o manípulo. O operador escolhe dependendo do trabalho que está a fazer. No que respeita ao motor, está preparado para que nível de emissões? Os tratores que foram construídos em 2013 são Fase IIIB/Tier 4i e continuarão no mercado europeu até ao outono de 2014. Nessa altura mudarão para Fase IV/Tier 4Final. Serão feitas apenas umas pequenas alterações no motor e no sistema de escape para cumprir
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a nova regulamentação. E quais são as principais aplicações a que este trator é destinado? Dependendo da parte do mundo onde nos encontramos, podem ser muito diferentes. Na Europa, eu diria que são muito usados para fazer lavoura e outras operações de mobilização do solo. Na América do Norte estão a ser muito usados para fazer sementeira com semeadores de grande dimensão e com uma lâmina dianteira para arrumar e compactar silagem. E também para cortar feno, com 4 ‘mesas’ independentes, uma ao centro, na frente, e duas laterais, atrás. Também é usado para 100 transporte? Sim, na Europa é bastante95 usado para transporte. E 75 também um pouco na América do Norte, sobretudo para transportar o estrume dos animais. E também trabalham 25 com grandes enfardadeiras e com reboques de recolha de cereal. Este trator permite5fazer mais hectares por dia, mais 0 tarefas feitas em menos tempo, e isso torna a exploração mais produtiva.
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An
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quinta-feira, 17 de Abril de 2014 10:00:19
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por João Sobral
pon8 tos a co nsid era r
comprar usado
o que deve ter em conta
Quando um agricultor tem de decidir se compra um trator novo ou se compra um usado, são inúmeros os fatores que influenciam a decisão. Mas sempre que a opção recaia sobre um usado, há uma série de elementos que deve ter em atenção para que faça um bom negócio. Vamos dar-lhe algumas pistas.
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A decisão Novo ou usado?
Os pratos da balança podem pender mais para um lado ou mais para o outro consoante o tamanho da exploração, a capacidade de investimento, o volume de trabalho ao longo do ano, e se o trator a adquirir se destina aos trabalhos principais ou apenas às operações secundárias e menos
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Para cada usado à venda há um intervalo de preço que é justo e uma aplicação que é adequada.
exigentes. Há muitas situações em que comprar um trator novo é a opção mais acertada. Sobretudo quando o volume de trabalho é grande e se torna importante garantir que se tem pela frente muitas centenas de horas sem problemas de qualquer tipo. Mas para quem pretende investir menos, ou tem uma área pequena e pouco volume de trabalho ao longo do ano, optar por um usado por ser a melhor decisão.
É adequado?
Antes de mais, quando estiver para comprar um trator em segunda mão, defina com exatidão de que é que precisa. Encontrou um trator que até pode ser um achado. Está em bom estado, o preço também lhe agrada, mas você precisa de TDF frontal e como esse não tem não lhe serve. E se estiver acima ou abaixo da potência de que necessita, e se não se adequar ao seu parque de alfaias, também não será um bom negócio.
Usados Um trator muito sujo pode esconder soldaduras. Um trator lavado pode esconder fugas de óleo.
O estado e a qualidade dos pneus
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Primeiras impressões A primeira impressão
À primeira vista, na presença de um trator, formamos uma ideia. Tem muitas amolgadelas? Os farolins estão partidos? O mesmo em relação ao interior da cabina. Está bem conservada ou parece que lá por dentro passou uma tempestade? O trator até pode ter uma pintura envelhecida mas ver-se que foi levando as peças que faziam falta. São pequenas pistas que podem indicar se tem sido corretamente assistido ou se está abandalhado.
O funcionamento da instrumentação
Se o trator estiver descalço ou perto disso, quer dizer que em breve vai ter de investir em novos pneus. Pode também acontecer que aparente estar bem calçado mas os pneus são de baixa qualidade, ou são reconstruídos, ou então não se adaptam ao tipo de trabalho que vai realizar.
O bom estado dos pneus é um fator de valorização.
Confira o funcionamento de todos os comandos.
É aconselhável que verifique o funcionamento até das coisas mais simples, como as luzes, a buzina, o limpa para-brisas. Não são o mais importante, mas à partida também revelam se a máquina tem sido bem cuidada. O ar condicionado funciona corretamente? Se o trator possui um visor eletrónico, confirme que as configurações são perfeitamente executadas e que não existem mensagens de erro.
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Comprar um usado?
Usados
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Mercado e assistência técnica Facilidade de obter assistência e peças
Há tratores mais antigos, de marcas descontinuadas, para os quais pode ser difícil encontrar peças ou obter assistência. Se estiver a comprar um trator mais recente e sofisticado, informese se existe na sua zona um concessionário da marca que lhe garante assistência.
Valor de mercado
Procure anúncios de tratores semelhantes para ter uma referência de valor e comparar preços. No entanto, tenha em conta que os valores podem variar muito consoante a idade, e sobretudo consoante as horas de trabalho e o estado de conservação do trator.
Interesse comercial da marca
Há marcas, e também modelos, que por serem mais conceituados ou por estarem mais acreditados, dão uma maior garantia de que o valor do trator não desce em demasia. Isto é particularmente importante no futuro, quando quiser pôr o trator à venda ou como retoma na compra de um novo.
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Observar mais de perto
Há situações em que um usado faz sentido, mas é determinante saber comprar.
Pintura e soldaduras
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Fugas de óleo e de água
Informe-se O passado do trator
Se o trator é de alguém que conhece, e sabe que tipo de trabalho a pessoa faz e de que maneira, e se a manutenção era feita a tempo e horas, tem a vida facilitada. Se não sabe, apesar de não ser fácil de obter, é um género de informação que tem importância. Uma máquina que é usada por vários operadores tende a ter mais desgaste. Se trabalhou muito com carregador frontal, isso significa que o eixo dianteiro esteve sujeito a maior carga e que pode necessitar de levar casquilhos em breve. Trabalhou muito com um destroçador florestal ou com outra alfaia pesada acionada pela TDF? Então o motor pode já não estar assim tão fresco.
Peças soldadas ou jantes com o debrum amolgado podem revelar que o trator foi sujeito a uma utilização mais exigente. Uma pintura nova pode esconder uma pintura muito velha e também pode disfarçar soldaduras. Além disso, uma pintura nova feita com uma cor aproximada à original mas que não seja exatamente a cor original da marca, pode ser um fator de desvalorização.
O hidráulico pode estar babado de óleo só porque um distribuidor veda mal. É um motivo praticamente sem importância. Basta substituir a tomada de óleo e está resolvido. Mas convém ver de onde vêm as fugas. Há coisas que não são assim tão simples. Abra o capot e inspecione o aspecto do ‘favo’ do radiador. Se houver uma fuga no circuito de arrefecimento, o mais certo é que se forme uma mancha onde escorre ferrugem (quando o circuito tem corrosão) ou uma mancha com a coloração do líquido de refrigeração.
O conta-horas é a sua bússola
Nos automóveis temos como referência o número de quilometros. Nos tratores temos como referência o número de horas. Mas acontece com muita frequência, sobretudo nos tratores mais antigos, que o conta-horas deixe de funcionar em algum momento da sua vida e que depois não seja consertado. Perante um contahoras avariado você fica sem bússola e tem de ter especial atenção aos elementos onde o desgaste se revela.
Pontos de desgaste O número de horas de trabalho pode dizer muito sobre a saúde da parte mecânica.
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Há uma série de elementos que deve ter em atenção para fazer um bom negócio.
Um dos mais visíveis pontos de desgaste é o assento do condutor. O trator tem poucas horas mas o assento já não é o de origem? Então há qualquer
Analise o estado de conservação do ‘favo’ do radiador.
À primeira vista formamos uma ideia. O interior da cabina está bem conservado ou parece que passou por lá uma tempestade?
Usados coisa que não está a bater certo. Verifique se existem folgas nos pedais de embraiagem e de travão, nas alavancas da caixa de velocidades e no inversor. As articulações do eixo dianteiro, o veio da dupla tração e os terminais de direção também costumam ganhar folgas. Verifique ainda o desgaste nas extremidades dos braços do hidráulico e no engate de reboque, que podem revelar em que é que o trator trabalhou mais.
A barra de engate e as esferas dos braços do hidráulico podem revelar em que género de tarefas foi mais utilizado.
Verifique os óleos
Retire a vareta do motor e verifique o óleo. Se estiver demasiado escuro e espesso pode querer dizer que não é mudado há muito tempo. Verifique também o óleo do hidráulico e da transmissão (se forem separados). Níveis muito baixos ou que nem sequer apareçam na vareta, também revelam descuido. Aproveite e veja também em que estado está o filtro do ar.
Observe se as articulações do eixo dianteiro e terminais de direção apresentam folgas.
Verifique o estado e o nível dos óleos.
Dar à chave e ir experimentar Motor
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Deixou aquecer a resistência e acabou de ligar o motor. O motor pegou com facilidade? Deitou muito fumo? Se deitou, pode haver alguma anomalia no sistema de injeção ou então o motor já está um pouco cansado. E o trabalhar parece afinado ou há alguma coisa que não lhe soa bem?
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USADoS 58
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Microsite
Sem limite de Máquinas 40 €
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1 ano
Comprar um usado? Se tem dúvidas, vamos dar-lhe algumas pistas.
Direção
Ande um pouco em estrada e tenha em atenção se o trator tem muita tendência para desviar para algum dos lados. Pode significar que o orbitol da direção está desgastado, o que apesar de não ser muito grave não é uma peça barata, ou pode significar algum outro género de desequilíbrio.
Caixa de velocidades
O ‘tato’ das caixas de velocidades difere de umas marcas para as outras, mas em regra quando as alavancas apresentam demasiada folga é porque já trabalharam muito. As mudanças entram todas e não arranham? Ao inverter a marcha, o inversor não arranha? Ouve algum ruído estranho?
Embraiagem
Com uma mudança engrenada, solte a embraiagem devagar. Se o trator só inicia a marcha já quase no final do curso do pedal, isso pode significar que necessita de afinação, ou, no pior cenário, que precisa de uma embraiagem nova.
Travões
Destranque os pedais de travão e a baixa velocidade verifique a eficácia de travagem de cada um dos lados.
Dupla tração
Faça o trator patinar num piso solto e veja se o acionamento elétrico da tração liga e desliga efetivamente o eixo dianteiro.
Hidráulico e TDF
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Se tiver essa possibilidade, submeta o trator a esforço. Ponha peso no hidráulico e utilize uma alfaia que requeira potência da TDF. Há anomalias que por vezes não se revelam quando os sistemas não estão sob carga.
Tem dúvidas? Se notar algum comportamento que lhe levante dúvidas, procure saber se é normal. Se chegar à conclusão de que existe uma anomalia, informe-se sobre qual é a gravidade e avalie se compensa resolvê-la. E convém que não se esqueça que o barato pode sempre sair caro. Se ao comprar tiver negociado um período de garantia, certifique-se de que as condições acordadas ficam registadas por escrito.
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Expectativas De um trator que regista 15.000 horas não pode esperar o mesmo que de um trator que regista só 1.500 horas. Mas não quer dizer que ele esteja em fim de vida e seja inadequado para o que pretende. Para cada usado à venda há um intervalo de preço que é justo e uma aplicação que é adequada. A si, cabe-lhe encontrar o ponto de equilíbrio entre uma coisa e a outra. Bons negócios!
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Auto Agrícola Sobralense Lda.
Não somos melhores nem piores
Somos diferentes! Quarenta anos depois, a Auto Agrícola Sobralense (AAS) está mais forte que nunca. Alicerçada em valores transmitidos pela família, a empresa é dos maiores concessionários New Holland no país. Em conversa com a abolsamia, Francisco Penedo, gerente da AAS, conta-nos a história e a cultura da companhia que nasceu em 1974.
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Entrevista por Ângelo Delgado
Vista geral das instalações da AAS, em Sobral de Monte Agraço.
E
m 1974, comemorava-se o fim de 41 anos de Estado Novo. Numa perspetiva empresarial, 1974 é o ano de nascimento da que é hoje conhecida como Auto Agrícola Sobralense (AAS). Na época, apresentava-se ao mercado como Pedro Rocha Penedo e Estefânia Belchior Penedo. Era o início de uma marca de sucesso no mercado português que se destacou, e ainda hoje se destaca, pela sua forte ligação ao Grupo Fiat. Antes, foram sub-agente da Massey Ferguson e, depois, agente da Lamborghini, até se fixarem na insígnia azul e amarela. “Fomos nomeados concessionários do Grupo New Holland em 1983, função que mantemos até hoje. Queremos ser líderes nesta região, representando a grandeza da marca. É essa a nossa forma de estar no mercado, respeitando os clientes e a concorrência. Não somos melhores, nem piores. Somos diferentes!”, começa por dizer Francisco Penedo, gerente da AAS, que partilha as rédeas da empresa com a mãe Estefânia Belchior Penedo e os irmãos Lúcia, Diogo e Pedro Penedo. Ainda sobre a liderança na região, Francisco Penedo adianta que a AAS é concessionária em Sobral de Monte Agraço,
Arruda, Vila Franca, Azambuja e Alenquer. Já sobre a sua relação com a New Holland e o modus operandi da AAS, o responsável sublinha que “manter os níveis de exigência altos são meio-caminho andado para um bom trabalho. Quando a New Holland diz que quer vender 50 tratores, esse valor passa, automaticamente, a ser a linha de água. Não posso descer daquela fasquia e, por isso, a meta acaba por ter que superar aquela marca”, esclarece, dando, de seguida, o exemplo do primeiro trimestre de 2014. “Nos primeiros três meses do ano vendemos 40 tratores!”.
Para a zona da Lezíria de Vila Franca vendemos alguns tratores com 150 cavalos e, muito pontualmente, comercializamos modelos com 300 cavalos”, detalha. Além do mercado nacional, Angola é uma das apostas da AAS para a venda de tratores. Por agora, a relação tem por base o concessionário em Portugal. O futuro está ainda em aberto. “Em 2013, apenas para citar um exemplo mais recente, vendemos 70 tratores em Portugal. Como disse antes, este ano já vamos nas 40 máquinas comercializadas”.
Vantagens New Holland
“Um dos aspetos que mais destaco na New Holland tem que ver com as campanhas promovidas para os seus clientes”, lança para a discussão o gerente da empresa. E, que vantagens são essas? O responsável tem a resposta na ponta da língua. “A New Holland
proporciona excelentes condições para quem pretende adquirir as suas máquinas, já que estamos a falar de uma campanha de financiamento com taxa zero! São 84 meses sem juros, o equivalente a sete anos! É uma vantagem muito grande para os nossos clientes”, vinca. Ainda com as vantagens New Holland no centro do seu discurso, Francisco faz referência ao serviço pós-venda. “Existe uma linha verde interna, onde podemos ligar para a New Holland e requisitar uma peça que não conseguimos fornecer ao cliente. Nesses casos, a marca envia um táxi a Portugal e entrega o material em 24 horas. Esta situação tem acontecido com alguma recorrência e há clientes que podem comprovar a existência desse serviço por parte da marca”.
Conselhos e a agricultura nacional
Muito se discute hoje sobre a importância e o futuro da agricultura, tanto a nível nacional como mundial. O regresso ao campo, a formação superior relacionada com a área agrícola, entre outros assuntos, têm sido alvo de debate a nível global. Francisco
Modelos e culturas
“Estamos situados numa região de vinhas, pelo que os tratores vinhateiros e frutetos são os mais comercializados”, esclarece, continuando: “Os modelo vão, regra geral, até aos 100 cavalos. Atualmente, vendemos muitas máquinas cabinadas – algo que em tempos idos era visto como um luxo – e ainda bem que assim é, pois torna-se muito mais seguro para o agricultor.
Família Penedo, o eixo central da AAS.
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Entrevista
Para Francisco Penedo, gerente da AAS, parte do sucesso da empresa deve-se à união familiar.
Lúcia Ribeiro, administradora da AAS e Francisco Penedo.
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Penedo também opina sobre o tema. “É um setor que tem, definitivamente, de dar o salto. E, sinceramente, penso até que já estamos a senti-lo. Há muito menos terrenos por cultivar, os jovens formam-se e já não ficam nas grandes cidades, voltando, não raras vezes, para o campo...temos que produzir, pois comemos diariamente. Há que cultivar, ponto!”, exclama, apontando ainda o dedo à forma de trabalhar em Portugal. “A mentalidade do povo português tem de mudar. Das 8h30 às 17h30 às vezes não chega”. Desafiado a aconselhar futuros empresários que queiram enveredar por um caminho idêntico ao seu, Francisco Penedo é perentório: “Devem, primeiro, respeitar quem já está no mercado. Saber respeitar o agricultor, ganhar algum dinheiro e, mais importante, escolher uma marca de prestígio”, finaliza, entre risos.
AAS, a empresa de cariz familiar
“As empresas não são erguidas por uma só pessoa. É impossível que assim seja. E a AAS não é diferente, pois o seu sucesso deve-se à grande união existente entre os seus irmãos. Por outro lado, tratamos os clientes com muito carinho e os nossos colaboradores são muito qualificados”, destaca Francisco Penedo, afirmando que “são tudo fatores que dão um enorme impulso à companhia”. Para o gerente da AAS, uma marca de sucesso apenas funciona com rigor, disciplina, mas, não menos importante, com um conjunto de funcionários satisfeitos. “Uma empresa deve ter, além do seu negócio, uma preocupação muito grande com os seus colaboradores. Nesse sentido, organizamos alguns passeios onde os nossos 15 trabalhadores têm momentos de grande convívio e espírito de grupo. É nossa convicção que apenas dessa forma as pessoas que constituem a empresa conseguem manter-se motivadas”, garante. Dos colaboradores para os clientes, Francisco revela ainda um evento que já conta com oito anos de vida. “Patrocionamos há alguns anos uma corrida de touros na nossa vila, no mês de setembro, com alguns dos melhores praticantes do país. É sempre um momento de enorme alegria para todos aqueles nos rodeiam”.
O espírito de grupo é fomentado através da realização de atividades lúdicas.
Sobre o futuro da empresa, o responsável adianta que “para já, o negócio central continuará a ser a venda de tratores”. Ainda assim, o negócio das bombas de combustíveis poderá ser uma realidade a longo-prazo. “Temos um lote de terreno perto das nossas instalações e pensámos em entrar na área dos combustíveis, até pelas dificuldades que temos na vila no que toca ao abastecimento de gasóleo. Não é algo pensado no curto prazo, mas poderá ser uma possibilidade nos próximos anos”.
Uma empresa deve ter, além do seu negócio, uma preocupação muito grande com os seus colaboradores.
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Tecnologia Projeto europeu desenvolve tratores robotizados
RHEA
A automatização dos equipamentos agrícolas avança para patamares cada vez mais sofisticados. Um consórcio europeu que beneficia da cooperação entre 14 entidades parceiras, originárias de oito países, e que abarca 17
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grupos de trabalho, está dedicado à conceção, desenvolvimento e ensaio de uma nova geração de sistemas automáticos robotizados para fins agrícolas e florestais. Diminuir o uso de herbicidas em 75%, melhorar a qualidade das culturas, e consequentemente a segurança alimentar, e ainda reduzir os custos de produção, são os principais objetivos que estão por detrás do Projeto RHEA. Além de unidades aéreas (drones) equipadas com câmaras de visão artificial, este projeto apoiado pela Comissão Europeia desenvolveu três protótipos de tratores não tripulados. Os tratores foram cedidos pela CNH (modelo New Holland Boomer T3050) e dotados de instrumentação que lhes permite trabalhar em simultâneo e de forma coordenada numa mesma parcela, e
seguindo uma trajetória predefinida. A intenção é que exista uma coordenação entre os meios terrestres e os meios aéreos que complementam o sistema. O seu funcionamento em conjunto assenta numa complexa estrutura de comunicação que dispensa a presença de operadores.
Esta combinação de meios destina-se à eliminação de infestantes, quer através de meios químicos, quer por via mecânica ou térmica, e foi pensada para atuar em culturas como o tomate, o milho, o morango, o girassol, os cereais de inverno, e em árvores, como nogueiras, amendoeiras, oliveiras, e mesmo espécies florestais. No futuro, quem queira fazer agricultura deve perceber mais de informática do que de máquinas? Os agricultores irão passar mais tempo à frente de um PC a monitorizar robots do que no campo dentro de um trator? Não sabemos. Mas que se
abre a possibilidade de as coisas virem a ser feitas de outra forma, isso abre. Será realizada em Madrid, nos próximos dias 21 a 23 de maio, uma conferência internacional que visa disseminar os resultados deste projeto e discutir temas em torno da agricultura de precisão e da robótica aplicada à agricultura. Do programa consta uma demonstração a realizar numa exploração nos arredores da capital espanhola.
Gotas em quantidade 300 microns
=1 gota
150 microns
=8 gotas
75 microns
=64 gotas
Com um volume de líquido igual, gotas de 75 microns cobrem 4 vezes mais de superfície que uma gota de 300 microns.
Um resultado claro Em 1 cm de calda aplicada quantas gotas, quantos cm2 tratados? 3
Dimensão das gotas
Número de gotas
Superfície tratada (cm2)
1.000 microns 500 microns 200 microns 100 microns
1.900 15.000 240.000 1.910.000
15 30 75 150
O parasita é o alvo da gota e não o contrário.
Site oficial: www.rhea-project.eu
Rubroprod entrega Dewulf RQ2060 Rubroprod A Rubroprod, Lda, entregou uma colhedora de cenouras/batatas da prestigiada marca Dewulf, modelo RQ2060, à empresa de prestação de serviços Maria do Rosário Godinho, Lda (Enxofradeiras). Esta máquina tem a particularidade de colher cenouras abrangendo todo o camalhão de 1,60mt (por baixo), tem um alto rendimento e grande qualidade do produto final, seja cenouras ou batatas. Destaca-se este serviço pelo sistema de recolha, pela disposição dos tapetes e pelo sistema de limpeza. Esta máquina está equipada com um eixo de tração para superar condições extremas (encharcamentos).
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Depósito de 3.000 L 4 carreiras completas fácil montagem/desmontagem
Depósito de 1.500 L 3 carreiras completas
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Tecnologia Trator elétrico apresentado na Holanda Multi Tool Trac Sete agricultores holandeses estavam à procura de um trator multiusos para operar em áreas cultivadas segundo a técnica CTF (Agricultura com Tráfego Controlado). Não tendo encontrado no mercado um modelo com as características exatas de que necessitavam, envolveram-se no desenvolvimento de um conceito inovador em parceria com o Osse Group, um consórcio holandês de empresas que operam na indústria do aço e construção de equipamentos. Entre as características que mais diferenciam esta máquina estão a propulsão elétrica, que é assegurada por motores instalados em cada uma das rodas, o ajuste na hora da largura de via com cinco diferentes posições, a cabina que se pode deslocar ao longo da estrutura, e as quatro rodas direcionais. As alfaias podem ser montadas de três diferentes formas: na frente, atrás, ou por baixo do chassis, a meio do trator. O Multi Tool Trac possui direção automática por GPS de modo a percorrer sempre as mesmas faixas, não sujeitando assim a restante área ao efeito de compactação. Um motor diesel de seis cilindros, com 185 cv, é usado para prolongar a autonomia das baterias. A máxima largura de vias, que é de 3,25 m, pode ser encurtada para 2,25 m para circular em estrada, a distância entre eixos é de 5,5 m e a capacidade de carga é de cinco toneladas. Os dois primeiros tratores estão a ser exaustivamente testados e começam a trabalhar ainda este ano.
Motor FPT vence ‘Diesel of the Year 2014’ Um novo motor da FPT, a unidade de motores do Grupo CNH, foi distinguido como ‘Diesel of the Year 2014’. Estamos a falar concretamente do FPT Cursor 16, um motor de seis cilindros em linha, com 16 litros de capacidade que foi descrito por Fabio Batturi, o editor chefe da Diesel, do seguinte modo: “É um motor de 16 litros que fornece a mesma potência de um 18 litros mas com a dimensão de um motor de 13 litros”. O Cursor 16 está no topo da gama Cursor, e faz uso da tecnologia patenteada Hi-eSCR para cumprir as normas da FPT Industrial
Fendt, o preferido dos alemães fendt Mais de 40 por cento dos prestadores de serviços alemães preferem trabalhar com um trator Fendt. Esta percentagem foi apurada através de um inquérito realizado pela AgriDirect Deutschland GmgH, em dezembro do ano passado, e que contou com um universo de 2.650 participantes. Já em 2012, ano anterior à realização deste estudo, aquela marca liderava as preferências dos profissionais que fazem prestação de serviços agrícolas, tendência que se manteve em 2013. A John Deere, com 18,1 pontos percentuais é a segunda insígnia mais procurada. A Case-IH, DeutzFahr e New Holland completam a lista. Outro dado apresentado pela sondagem mostra que dois em cada dez prestadores de serviços manifestaram vontade de adquirir um trator no decorrer deste ano, seja ele novo ou em segunda mão. Aqui, mais uma vez, a Fendt (44,4%) e a John Deere (27,8%) ocupam as duas primeiras posições nas intenções de compra.
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Fase IV/Tier 4Final. A distinção ‘Diesel of the Year’ é atribuída anualmente pela revista Diesel, uma publicação italiana especializada em motores, com base numa avaliação das inovações técnicas introduzidas em novos motores produzidos em série. Nas palavras de Massimo Siracusa, vice-presidente de Engenharia de Produto da FPT, marca que recebe esta distinção pela 2ª vez, “este prémio serve para reconhecer a excelência em termos de pesquisa e de inovação feita pela FPT Industrial”.
Empresas Cimertex festejou bodas de Ouro Cimertex A Cimertex festejou o seu 50º aniversário em março e comemorou esta data na sua sede, em Matosinhos e também nas suas instalações em Lisboa. Estes eventos, que juntaram clientes, colaboradores, e a administração da empresa, proporcionaram excelentes momentos de convívio entre todos. No parque das instalações, a Cimertex tinha em exposição vários modelos das marcas de máquinas e equipamentos que representa, nomeadamente bulldozers, escavadoras,
pás carregadoras Komatsu, carregadores telescópicos Merlo, perfuradoras hidráulicas Sandvik, martelos hidráulicos Rammer, carregadoras industriais Terex/Fuchs e empilhadores Hangcha. Para além da sua sede em Matosinhos, a Cimertex possui atualmente filiais em Lisboa, Leiria, Aljustrel, Madeira, Cabo Verde e Angola.
Parque das instalações da filial de Lisboa da Cimertex.
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Empresas Publi-reportagem
Deutz-Fahr Série 7 A escolha certa
A entrega dos tratores à Margar S.A. foi feita pela Maquidiana com a presença da Same Deutz-Fahr Portugal.
A Maquidiana, concessionário Deutz-Fahr para o distrito de Évora, entregou recentemente 3 unidades 7250 Agrotron TTV à Margar, S.A., na Herdade de Vale do Rico Homem, em S. Manços, Évora.
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estratégia da marca que passa pelo desenvolvimento de tratores de alta potência equipados com tecnologia de ponta que visa, acima de tudo, aumentar a eficiência e reduzir os custos de operação”. Os modelos adquiridos, 7250 Agrotron TTV, estão equipados com motores Deutz Tier 4i, com 263 cv de potência máxima, cabina Maxi Vision, transmissão de variação contínua ZF (TTV), suspensão na cabina e na ponte dianteira, hidráulico e TDF frontal, computador de bordo i-Monitor 2 e sistema de guiamento por GPS. A entrega destas unidades foi acompanhada diretamente pela Maquidiana, e pela equipa comercial e técnica da Same Deutz-Fahr Portugal. O processo de entrega foi feito ao longo de vários dias e durante o mesmo foi ministrada uma formação completa ao responsável de campo da Margar S.A., Inácio Falcato, e aos operadores que vão trabalhar com os tratores.
Trator Deutz-Fahr 7250 Agrotron TTV a trabalhar com chisel pesado.
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Esta aquisição por parte da Margar S.A., está incluída na estratégia de expansão da empresa através da qual prevê alcançar, nos próximos dois anos, uma área regada por pivot próxima dos 400 hectares. Além do regadio, também faz parte do plano de investimentos o aumento da área de vinha para cerca de 150 hectares. Nas palavras de Henrique Granadeiro Jr., administrador da Margar S.A., a opção pela Deutz-Fahr e por três unidades desta potência “resulta da confiança na marca alemã e da assistência técnica e suporte dados pelo concessionário e fabricante. Os baixos custos de operação deste modelo também pesaram na decisão de compra, porque a competitividade ao nível dos custos é o fator chave da agricultura moderna”. Para Arnaldo Caeiro, diretor comercial da SDF Portugal, “Esta operação é única pela sua dimensão, três tratores de 263 cv num único cliente, e resulta da
Empresas Cotesi, o seu parceiro na proteção das culturas COTESI Na Divisão Indústria e Agrotêxteis, a Cotesi propõe uma gama de produtos destinados à melhoria da rentabilidade das explorações agrícolas, sejam elas efetuadas pelas tradicionais estufas, ou mesmo em grandes áreas protegidas como é o caso da produção de frutas. Com uma vasta experiência assente quase exclusivamente nos mercados externos, a empresa tem vindo nos últimos anos a consolidar a presença em Portugal, nomeadamente através do envolvimento junto de produtores de Uva de Mesa, Legumes, Aromáticas e Frutos Vermelhos. Para o aconselhamento técnico junto dos nossos clientes, dispomos de uma equipa de engenheiros agrónomos, especialistas na utilização
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|| Comunicado Cotesi
de Agrotêxteis e na Montagem de Sistemas de Proteção de Culturas. Hoje podemos afirmar com orgulho, que a grande maioria dos novos projectos agrícolas de renome nacional trabalham com a Cotesi, sendo eles os nossos melhores interlocutores no mercado. Através do nosso contacto com muitos dos novos produtores de frutos vermelhos, ponderamos ser agora altura para abordar os principais pontos críticos na conceção/construção dos sistemas de proteção nos pequenos frutos, dos quais destacamos os três principais tópicos: Conceção da Estrutura, Redes de Proteção e Manuseamento da Instalação. Para mais informações: www.cotesi.pt
Lubrificantes de tratores e máquinas agrícolas Transmissões E Sistemas Hidráulicos
Os óleos lubrificantes em geral são chamados a desempenhar as mais variadas funções, de acordo com as exigências dos órgãos onde são aplicados. A mais nobre função é lubrificar, no entanto também são utilizados para transmissão de potência, no caso dos sistemas hidráulicos. Os óleos lubrificantes são produzidos a partir de óleos base minerais ou sintéticos e um conjunto diversificado de aditivos que lhes conferem propriedades específicas de acordo com as exigências dos equipamentos onde irão ser aplicados.
Classificação de serviço API para óleos de engrenagens “automotive” Classe API
Tipo de Lubrificante
GL-1
Sem aditivos EP (Extrema Pressão)
GL-2
Obsoleta
Grau viscosiDAde SAE
Viscosidade cinemática a 100 °C, mm2/s (ASTM D 445)
GL-3
Obsoleta
70W
-55,0
MíN. 4,1
GL-4
Com aditivos EP moderados (50%)
75W
-40,0
4,1*
—
GL-5
Com aditivos EP ativos (100%)
80W
-26,0
7,0
—
GL-6
Obsoleta
85W
-12,0
11,0
—
MT-1
Caixas manuais não sincronizadas (GL-5 + Estabilidade térmica elevada)
80,0
—
7,0
<11,0
Classificação de viscosidades ISSO VG, para Sistemas Hidráulicos e Industria Grau de Viscosidade ISO-VG
72
Máx. temperatura para viscosidade de 150 000 mP.s, °C (ASTM D 2983)
Limites de Viscosidade Cinemática (cSt) a 40 graus Celsius
2
MíN. 1,98
Máx. 2,42
3
2,88
3,52
5
4,14
5,06
7
6,12
7,48
10
9
11
15
13,5
16,5
22
19,8
32
28,8
46 68
Grau SAE
Máx. —
85,0
—
11,0
<13,5
90,0
—
13,5*
<18,5*
110,0
—
18,5
<24
140,0
—
24,0
<32,5
190,0
—
32,5
<41,0
Viscosidade a baixas temperaturas
Viscosidade a altas temperaturas
Alta taxa Baixa taxa Máxima Máxima de corte de corte viscosidade de viscosidade Viscosidade Viscosidade arranque a frio bombagem (mm2/s)a 100°C (mPa.s, a 150°C) (mPa.s a °C) (mPa.s a °C) (4) (3) (2) (1)
60 000 a -40
Mín. 3.8
Máx. —
Mín. —
3.8
—
—
4.1
—
—
0W
6 200 a -35
24,2
5W
6 600 a -30
60 000 a -35
35,2
10 W
7 000 a -25
60 000 a -30
41,4
50,6
15 W
7 000 a -20
60 000 a -25
5.6
—
—
61,2
74,8
20 W
9 500 a -15
60 000 a -20
5.6
—
—
100
90
110
25 W
13 000 a -10
60 000 a -15
9.3
—
—
150
135
165
20
—
—
5.6
<9.3
2.6
220
198
242
30
—
—
9.3
<12.5
2.9
320
288
352
40
—
—
12.5
<16.3
2.9 (5)
460
414
506
40
—
—
12.5
<16.3
3.7 (6)
680
612
748
50
—
—
16.3
<21.9
3.7
1000
900
1100
60
—
—
21.9
<26.1
3.7
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Classificação de viscosidade SAE para óleos de engrenagens “automotive” (SAE J 306, ex: SAE J 2360)
Classificação de viscosidades SAE para óleos de motor (SAE J 300)
Lubrificantes Óleos de transmissões para caixas de velocidade Manuais e Diferenciais São lubrificantes diferentes dos óleos de motor, dado que terão que responder a diferentes exigências de funcionamento resultantes dos órgãos onde são aplicados. Poderão ser produzidos a partir de óleos base minerais ou sintéticos e um conjunto de aditivos que lhes conferem propriedades específicas adequadas às exigências dos equipamentos. Na sua produção são classificados por graus de viscosidade SAE de transmissões. De notar que há duas classificações de viscosidade distintas, para óleos de motor e para óleos de transmissões. Assim para óleos de transmissões os graus SAE mais comuns são: SAE 80W, 75W80, 75W90, 80W90, 85W140. Além das classificações de viscosidade, estes lubrificantes distinguem-se pelo seu nível de performance. As especificações mais utilizadas são API: GL4 e GL5, além de outras especificas dos fabricantes, nomeadamente ZF, Allison, NH etc. Os tipos de aditivos utilizados na produção de lubrificantes de transmissão são muito diferentes dos usados na produção de óleos de motor, facilmente são reconhecidos os odores dos óleos de transmissão quando comparados aos óleos de motor. Alguns óleos de transmissão, destinados a órgãos de maior exigência de lubrificação, nomeadamente diferenciais, contem aditivos de extrema pressão indispensáveis à boa lubrificação dos mesmos. As viscosidades também são em geral muito diferentes das usadas nos óleos de motor.
Óleos de transmissões, incluindo travões em banho de óleo
São um outro tipo de lubrificantes designados por U.T.T.O – Universal Tractor Transmission Oils. Estes lubrificantes embora específicos para tratores, poderão eventualmente ser usados em transmissões de outro tipo de máquinas. Estes lubrificantes têm uma classificação de viscosidades SAE usada nos óleos de motor, mas NUNCA poderão ser usados na lubrificação de motores. As viscosidades mais comuns são SAE 10W30 e 20W30. Estes lubrificantes podem ser produzidos a partir de bases minerais ou sintéticas e um conjunto de aditivos especiais, que lhes conferem propriedades específicas para o bom funcionamento destas transmissões, nomeadamente em relação ao controlo do ruído nos travões. As especificações mais utilizadas nestes óleos são: API GL 4, NH, ZF, ALLISON, CAT, J.D.M., MF SDFG.
PETRONAS ARBOR MTF 10W-30 Lubrificante multifuncional (U.T.T.O.) para transmissões, sistemas hidráulicos, travões em banho de óleo de tratores, máquinas agrícolas e máquinas de movimentação de terras. Especificações: SAE 10W-30 • API GL 4 • ISO VG 32/46 • ZF TE-ML 03E,05F,17E,21F • DENISON HF-0/HF-1/HF-2 • ALLISON C4 • Cat TO-2 • JDM J20C/D •MF M-1135/M-1110/M-1141/M1127/M-1129A
Super Tractor Oil Universal, cuja principal diferença em relação aos U.T.T.O, são a possibilidade de também serem usados como lubrificante de motor. Classificação de viscosidade mais comum: SAE 15W-40 e 10W-40. Poderão ser produzidos a partir de bases minerais ou sintéticas, contendo um conjunto de aditivos especiais que lhes conferem múltiplas funções ou seja motor, transmissões e alguns sistemas hidráulicos.
PETRONAS ARBOR UNIV. 15W-40 Óleo universal para lubrificação de motores diesel de aspiração natural ou turbo alimentados, transmissões, sistemas hidráulicos, de tratores, máquinas agrícolas em geral e máquinas de movimentação de terras. Especificações: SAE 15W-40 • ISO VG 46/68 • API CE • API GL 4 • CAT TO-2 • ZF TE-ML 06B, 07B, MIL-L-2105 Performance • MIL-L-2104 E Performance
Óleos de transmissões automáticas e conversores de binários
designados por ATF – Automatic Transmisson Fluids, normalmente de cor vermelha, formulados a partir de bases minerais e sintéticas. A classificação de viscosidade mais comum é SAE 10W ou ISO VG 32/46.
PETRONAS ARBOR MTA
PETRONAS ARBOR TRW 90 Óleo lubrificante de transmissões, com características de extrema pressão (E.P.), para caixas de velocidade, diferenciais equipados com engrenagens Hipoide e redutores finais de tratores, máquinas agrícolas em geral e máquinas de movimentação de terras.
Óleos de transmissão Universais: S.T.O.U
Especificações: SAE 80W-90 • API GL-5 • ZF TE-ML 05A,12E,16B,17B,19B,21A • MIL-L-2105 D Performance
Óleo para caixas de direções assistidas, transmissões hidrostáticas, comandos hidráulicos de tratores, máquinas agrícolas e máquinas de movimentação de terras.
Óleos para sistemas hidráulicos
Pela sua natureza funcional ou seja transmissão de potência, são constituídos por um conjunto de componentes muito diferentes do motor e transmissões. Neste caso os óleos tem como função, transmitir potencia, lubrificar os componentes internos dos circuitos, tais como bombas e válvulas. Estes óleos são normalmente muito mais finos do que os anteriormente referidos. A classificação de viscosidade são graus ISO VG, sendo os valores mais utilizados o ISO 32, ISO 46 e ISO 68. Estes lubrificantes são normalmente produzidos a partir de óleos base minerais com diferentes tipos de aditivos, de acordo com as exigências dos equipamentos. De notar a grande diferença entre os óleos de alto índice de viscosidade, cuja performance é muito superior quando sujeitos a grandes variações de temperatura de funcionamento. As classificações de performance destes óleos distinguem-se pelas normas a que respeitam nomeadamente: MAT, NH, VICKERS, DIN, Denison, Cincinnati Milacron, etc.
PETRONAS ARBOR HYDRAULIC 46 Lubrificante para sistemas hidráulicos, destinado a tratores e máquinas agrícolas e máquinas de movimentação de terras. Recomendado para temperaturas exteriores de 0º - 50ºC. Especificações: ISO VG 46 • DENISON HF-0/ HF-1/HF-2 • DIN 51524 HLP • CINCINNATI MILACRON P-70
Estes tipos de óleos não devem ser misturados com óleos do tipo motor.
Especificações: SAE 10W • DEXRON II D LEVEL • ZF TE-ML 03D, 14A, 17C • ALLISON C4 • Cat TO-2 • FORD MERCON • VOITH 3/92-G607 ABOLSAMIA · maio / junho 2014
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Foto: Rafael Calama
O que se sabe e o que não se sabe sobre
Produção de pinha e pinhão Os profissionais da fileira do pinheiro manso reuniram-se em Alcácer do Sal, no dia 28 de março, no âmbito de um seminário técnico promovido pela UNAC1. Sob o tema “Valorização da Fileira da Pinha/Pinhão”, os trabalhos centraram-se nos fatores que influenciam as oscilações na produção.
O
pinheiro manso [Pinus pinea L.] “é atualmente uma das espécies florestais mais interessantes ao nível da economia das nossas explorações. Esta atratividade reside na valorização que está associada ao pinhão”, explicou Nuno Calado, da UNAC. Como as estatísticas demonstram, os produtores florestais têm realizado um forte investimento na instalação de novos povoamentos, com um aumento de 54% da área arborizada desde 1995, o que faz com que atualmente esta espécie ocupe já mais de 175.000 ha de floresta. O preço da pinha em alta tem trazido à fileira um clima de otimismo. Mas quem está no
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ramo é também assombrado por algumas preocupações, decorrentes sobretudo da oscilação da produção. Com o objetivo de apoiar a profissionalização do setor e difundir os resultados da investigação realizada neste domínio, a UNAC organizou mais um seminário técnico que contou com muitas dezenas de participantes.
Fatores com influência na produção de pinha O investigador espanhol Rafael Calama centrou a sua apresentação nos fatores que influenciam a produção de pinha e de pinhão, baseandose num estudo que tem por base o seguimento de um conjunto de parcelas ao longo do tempo. Começou por mostrar estatísticas de produção na Província de Valladolid, correspondentes a um período de 50 anos, com valores que variam entre os 20 e os 1.000 kg por ha/ano, e alertou para o seguinte: “A produção de pinha é muito variável no tempo” quando comparada a outros frutos.
Não há ciclos fixos de produção
Em alguns anos, 80 a 90% das árvores não apresentam praticamente nenhuma produção de fruto, mas não tem sido possível identificar ciclos fixos que ajudem a entender as causas. A regra que lhe ensinaram quando era aluno de engenharia florestal - “cinco anos de colheita boa, duas regulares e duas más” não se tem revelado muito fidedigna, pois segundo os estudos que está a levar por diante juntamente com outros investigadores, não há um padrão definido. Ainda assim, têm verificado que “três anos
Floresta por João Sobral
mau é mau em todo o lado, ou seja verifica-se a tendência entre árvores de uma mesma parcela, entre parcelas de uma mesma zona, e entre zonas de uma região mais abrangente”.
O que influencia a variabilidade interanual
Rafael Calama, investigador florestal no CIFOR-INIA2.
depois de uma colheita muito boa, tende a haver uma colheita má”, o que, segundo adiantou, pode estar relacionado com o esgotamento dos recursos da árvore para desenvolver uma colheita boa. Há no entanto um padrão de sincronia: “Um ano bom é bom em todo o lado, um ano
Entre o aparecimento e a maturação das pinhas decorrem quatro anos, e “em quatro anos podem acontecer muitas coisas”, explicou. Calama referiu depois que a variabilidade inter-anual é influenciada não só pelo efeito do vento e da chuva na polinização, e pelo efeito de fatores climáticos como secas extremas e geadas continuadas, temperaturas altas e ventos secos, mas também pelos predadores e pelas pragas, na fase inicial de desenvolvimento das pinhas. Destacou ainda que as melhores produções foram obtidas nos pinhais com densidade entre 100 a 200 árvores, instalados em solos mais argilosos ou freáticos, e onde se verificaram níveis de precipitação na ordem dos 500 a 600 mm. Rafael Calama fez notar que até agora a sua equipa
conseguiu identificar melhor os fatores que fazem com que a colheita seja boa mas que tem sido mais difícil identificar os que determinam que seja má. Ainda assim, sugeriu que é nos territórios com fatores mais limitantes ao desenvolvimento do pinheiro, sobretudo a nível de solo e pluviosidade, que isso tende a acontecer.
Rendimento do pinhão branco em queda
A diminuição de rendimento do pinhão branco é um fator preocupante que Rafael Calama também mencionou. Na região que está a analisar, e com base na recolha feita
Variação da produção na Província de Valladolid (1960 – 2010) Produção Média (1960-2010) Média móvel dos últimos 10 anos
16.000,000
Fonte: CIFOR-INIA
14.000,000 12.000,000 10.000,000 8.000,000 6.000,000 4.000,000 2.000,000 0
1960
1970
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1980
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2000
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em 500 árvores, a média de pinhões vazios passou de 13,4%, no período entre 1996 e 2000, para um patamar de 47% registado no ano passado. Pensa-se que estes pinhões não válidos para consumo poderão dever-se à ação do ‘Leptoglossus occidentalis’ e possivelmente à ‘Dioryctria’, uma praga que chega a atacar 25% da colheita. Mas ainda não há dados seguros que o confirmem. Em jeito de conclusão este especialista em engenharia florestal deixou a seguinte ideia: “Ainda que já saibamos muitas coisas sobre os fatores que influenciam a produção de pinha e pinhão, ainda resta muito por conhecer”.
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ABOLSAMIA · maio / junho 2014
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Floresta Monitorização da produtividade da pinha
Conceição Santos Silva engenheira florestal, APFP3.
Em representação da APFC, Conceição Santos Silva comunicou os resultados de uma série de ensaios de monitorização sobre produtividade da pinha, que resultam do acompanhamento feito em alguns povoamentos pelo departamento técnico daquela associação. A APFC recolheu dados referentes a três diferentes locais. Um local A, que corresponde a uma propriedade com mais de 1.000 ha e com dados já desde 1995, um local B, que corresponde a um povoamento com cerca de 100 ha, com registos desde 2002, e um local C, que corresponde
ao parque clonal da APFC, com produção desde 2009. Estes dados não constituem uma explicação de carácter científico. Como explicou Conceição Santos Silva, são, isso sim, análises exploratórias que reúnem algumas ideias acerca do comportamento produtivo dos pinhais.
Influência da precipitação sobre a produção de pinha
Uma primeira análise, permite formular uma constatação: “Há de facto uma sincronia nos anos de melhor produção. O ano de 2011 é evidente em qualquer um dos povoamentos.
6.000
100,000
5.000
800,000
80,000
4.000
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0
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0
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maio / junho 2014 · ABOLSAMIA
Local A Local B Local C 2009 2010 2011 2012 2013 2014
120,000
1.000,000
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
1.200,000
1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2011 2013
Kg Pinha
Produção de pinha em 3 parcelas monitorizadas pela APFC.
Fonte: APFC
Provavelmente a razão não será apenas a qualidade da estação onde o povoamento está, mas sim um fator climático em que todas as condições estiveram reunidas e permitiram chegar àquela produção”. A APFC analisou a precipitação total de cada ano registada na região, e cruzou esses dados com os picos de produção, mas considerando o ciclo de 4 anos relativo à maturação da pinha. “Tivemos que ir olhar para o ano antes da floração, em que são formados os primórdios que vão originar a pinha”, clarificou. O que os técnicos conseguiram apurar é que existe uma relação positiva entre a precipitação total registada no ano anterior à formação dos primórdios (quatro anos antes) e a produção de pinha. Mas estes dados explicariam apenas cerca de um terço da produção, daí que tenham explorado outras variáveis. Analisaram também a precipitação sazonal e encontraram uma correlação negativa em termos de precipitação da primeira primavera relativa à polinização. “Se houver muita chuva nessa primavera, há uma menor produção de pinha, mas tudo isto com valores de 30% de explicação”.
Floresta
Produtividade de povoamentos enxertados
A APFC analisou a produção no seu parque clonal, que ocupa uma área de 8 ha, e numa seleção de outras parcelas, sendo a conclusão muito clara: “Nitidamente que há um efeito potenciador da enxertia sobre a produtividade”.
Monitorização de parcelas permanentes. Produção de pinhas por árvore. 20 Nº de pinhas/árvores
Uma terceira variável ajuda a completar o puzzle: “Uma correlação positiva entre o nível de crescimento da pinha no último ano, e a precipitação nos dois outonos anteriores”, que é a fase em que o crescimento de biomassa da pinha é muito grande. Em todo o caso, dos três tipos de análise, “aquela que deu uma melhor correlação ao nível da produção de pinha foi a precipitação total do ano anterior à formação dos primórdios”.
15 10 5 0 Árvores Enxertadas
Árvores não Enxertadas
2010 2011 2012
Fonte: APFC
Mas Conceição Santos Silva alertou também para um facto importante: “Quando olhamos para a enxertia, não podemos considerar que ela
vai homogeneizar toda a nossa produção e diminuir as situações de safra e contrassafra, e achar que por estarmos a utilizar um material de produção melhorado isso vai significar uma produção mais homogénea. Não é isso que se passa”. Nas parcelas exteriores ao parque clonal, a APFC selecionou um conjunto de talhões mais férteis, com solos de maior humidade, e um conjunto de talhões de topo de encosta, onde os solos são caracterizados por maior secura. Os resultados são elucidativos: “A qualidade da estação vai influenciar muito a produtividade”. As árvores foram instaladas no mesmo ano, com o mesmo banco de clones, mas a qualidade da estação influenciou a produção.
Influência do enxerto na formação da árvore
A enxertia em pinheiro manso é praticada desde 2004. Retirase um garfo de uma árvore que já produz, e divide-se em três partes. A parte de baixo não é utilizada e com as outras duas fazem-se dois enxertos;
Gomo Terminal.
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Floresta
Terço médio.
um em que é utilizado o gomo terminal (GT), e o outro em que é utilizado o terço médio (TM). Tendo em conta que há povoamentos enxertados há já vários anos, e onde já se fizeram desramações, é possível verificar que o material do enxerto tem influência no
desenvolvimento da árvore. A APFC verificou que as árvores enxertadas com o GT apresentam um crescimento médio superior de cerca de 10 cm e produziram mais pinhas. Mas há também uma diferença na formação da própria árvore. “O número de ramos originados com a enxertia do GT é inferior”. O enxerto com GT deu origem, em média, a 7 ramos – com distância de cerca de um palmo entre o enxerto e a base da copa – enquanto o enxerto com TM deu origem a 11 ramos – que saem imediatamente acima do local do enxerto e apresentam uma disposição mais desordenada. Nas palavras de Conceição Santos Silva, “Isto está relacionado com a diferenciação dos tecidos. O bom terminal é
aquele que está preparado para fazer a floração e produzir a pinha. Os outros, inferiores, terão mais tecidos diferenciados para a produção de ramos”. A investigadora da APFC relembrou que estes dados são preliminares, porque o acompanhamento é ainda muito recente e terminou dizendo a APFC irá fazer o
acompanhamento destes povoamentos ao longo do tempo para verificar se as tendências se mantêm. “Precisamos de procurar que fatores é que condicionam a produção, para tentar arranjar as técnicas que nos permitam reproduzir esses fatores e aumentar a produtividade dos pinhais”.
O que ainda não se sabe... Por que é que existem safras e contrassafras? O que poderemos fazer para minimizar as oscilações? Quando deixamos de explorar pinhais de regeneração natural para passarmos a explorar plantações de pinheiro manso, a abordagem deve ser diferente? Qual a intensidade a aplicar nos desbastes? Que ordenamento devem ter os povoamentos? Como é que devemos adubá-los? Qual a adaptabilidade dos materiais de reprodução a cada região? Nos pomares enxertados, há uma grande
produção de flores na primavera mas depois as quebras são muito grandes. A que se deve? Era muito vasto o rol de questões que pairavam em torno deste seminário. Os produtores ficaram a conhecer algumas pistas para responder a parte delas, e sobretudo ficaram cientes de que tanto em Portugal como em Espanha a investigação sobre esta fileira avança a bom ritmo. É muito o que ainda não se sabe. Mas, aos poucos, os especialistas em engenharia florestal hão de encontrar mais respostas.
União da Floresta Mediterrânica. Centro de Investigación Forestal – Instituto Nacional de Investigación y ATecnología Agraria y Alimentaria, Madrid. 3 Associação de Produtores Florestais de Coruche. 1 2
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Centro de Jarocin continua a inovar na mecanização florestal CTFJ Já não é a primeira vez que damos a conhecer nestas páginas os equipamentos desenvolvidos pelo Centro de Tecnologia Florestal de Jarocin (CTFJ), sediado na Polónia. Há uns meses divulgámos um pulverizador para viveiros florestais e agora damos destaque a um rolo destinado à manutenção de áreas recentemente arborizadas e a um destroçador com depósito para recolha de biomassa. Soluções relativamente simples mas interessantes que poderão ter interesse para algumas das nossas fileiras.
Destroçador com depósito para biomassa
O CTFJ desenvolveu um depósito para recolha de biomassa adaptado a um destroçador florestal. O princípio de funcionamento é semelhante ao dos sacos de um corta-relva. Os sobrantes que são estilhaçados pelo destroçador entram para o depósito metálico que este tem acoplado. Uma vez cheio o material lenhoso pode ser transferido diretamente para um reboque ou colocado num monte para ser carregado mais tarde. A elevação e descarga do depósito é feita através de um cilindro hidráulico. A alfaia pesa 2400 kg, está pensada para uma velocidade de trabalho entre os 0,8 e os 1,5 Km/h, e o depósito tem uma capacidade de aproximadamente 2m³.
Rolo Krokowski para novas plantações
Esta alfaia destina-se à manutenção de novos povoamentos, com idade entre um e cinco anos, plantados em linha. Possui dois rolos, que trabalham distanciados de modo a que as pequenas árvores fiquem no entremeio, dispensa o uso de TDF e o ângulo dos 32 bicos de cada rolo foi ajustado de maneira a remoer o sistema radicular das ervas infestantes. A velocidade de trabalho aconselhada situa-se entre os três os cinco km/h.
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Floresta Komatsu Forest lança plataforma flexível Komatsu Forest
A empresa apresentou algumas inovações que vêm aumentar a flexibilidade dos seus forwarders. A possibilidade de ajustar o compartimento de carga ao tipo de madeira é um aspecto importante para obter uma boa produtividade durante a rechega.
Plataforma LoadFlex
A plataforma flexível LoadFlex permite expandir o compartimento de modo a que se atinja a máxima capacidade de carga, independentemente do comprimento ou grossura dos toros e da densidade total da carga. De modo a garantir maior segurança, oferece ainda a possibilidade de fazer a pesagem da madeira arrumada na plataforma. A solução LoadFlex também facilita a movimentação da grua em posição mais baixa, o que é vantajoso em operações de desbaste dentro de povoamentos apertados. São três os possíveis ajustes de largura.
Gradeamento FlexGate
O novo formato do gradeamento frontal da plataforma, a que a Komatsu deu o nome FlexGate, é outra inovação proposta pela marca. É composto por partes que flexionam quando o braço da grua lhes embate, o que protege não só a grua mas também o próprio gradeamento. Com este no desenho de gradeamento, o operador também obtém uma melhor visibilidade sobre a plataforma e sobre área de trabalho. Estas inovações estão disponíveis como opção na maior parte dos modelos de forwarder da Komatsu.
Corte constante em processadoras Komatsu As processadoras Komatsu podem agora ser equipadas com uma nova cabeça com serra de corte constante. Segundo a marca, esta tecnologia reduz o risco de ressaltos e traz maior fiabilidade e rapidez a este componente. A solução passou por dotar a serra de um novo motor e de uma nova barra de montagem. Esta tecnologia permite alcançar uma velocidade otimizada de 40m/s ao longo do ciclo completo de corte, e é disponibilizada de série nas cabeças de corte da gama C e V.
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Suportes laterais Flexbunk
A solução Flexbunk torna o compartimento ajustável em altura e largura. A largura pode ser ajustada mecanicamente e os suportes laterais podem ser levantados ou baixados através de comando hidráulico. A possibilidade de carregar em largura, em vez de altura, torna o centro de gravidade mais baixo, melhora a estabilidade e permite fazer transporte a velocidades mais altas. O compartimento de carga pode ainda ser dividido por secções, podendo-se reservar por exemplo a secção central para madeira grossa e os lados para madeira miúda, o que permite descarregar e arrumar a madeira em diferentes pilhas mais rapidamente.
World Bioenergy 2014 3, 4 e 5 de junho de 2014 em Jönköping, na Suécia.
A Bioenergia pode substituir os combustíveis fósseis World Bioenergy 2014
Os profissionais da bioenergia começam já a assinalar nas suas agendas os dias 3, 4 e 5 de junho. É nessa altura que se realiza em Jönköping, na Suécia, aquela que é a feira mais importante deste ramo a nível mundial. Num encontro de antevisão da World Bioenergy 2014, que se realizou em dezembro, Heinz Kopetz, presidente da Associação Mundial de Bioenergia (WBA), previu que o fornecimento de energia para eletricidade, aquecimento e transportes a nível mundial venha a ser assegurado quase na totalidade pelas energias renováveis. De acordo com a visão apresentada pela WBA, após 2035 as fontes solar e eólica assegurarão o fornecimento de cerca de dois terços da energia, e as fontes biomassa, hídrica e geotermal cerca de um terço. O caso da Suécia, onde atualmente 51% do fornecimento de energia já é garantido por fontes renováveis, foi apresentado como modelo. Todavia, esta deverá ser a tendência também a nível mundial, pois o consumo de combustíveis fósseis deve ser reduzido em 50% para se dar cumprimento aos objetivos fixados pelo Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas A World Bioenergy 2014, onde se discutirão estes temas mais aprofundadamente, será composta por uma área de exposição, tanto em espaço fechado como no exterior, por conferências e workshops que serão
complementadas com visitas de campo relacionadas com os temas aí tratados, e ainda por encontros de negócios B2B. As empresas expositoras divulgam as mais recentes tendências – de mercado, serviços, equipamentos, e inovações tecnológicas – e atuam maioritariamente nos seguintes domínios: • Processamento de sobrantes florestais. • Manuseamento e transporte de matéria lenhosa. • Produção de combustível a partir de biomassa (pellets, etanol, etc). • Biogás e biocombustíveis. • Tecnologias de combustão para produção de energia e aquecimento. “Nesta feira, a teoria, a prática, a resolução de problemas, e a celebração de negócios aparecem combinadas”, explica Kjell Andersson, responsável pela área das conferências. “Aos participantes queremos dar a oportunidade de aprender acerca de ‘know-how’ – o que em teoria pode ser feito – ‘show-how’ – como fazer na prática – e ainda ‘know-who’ – como encontrar as pessoas e fazer os contactos certos.” A World Bioenergy tem periodicidade bianual, realizando-se em anos desencontrados da feira Elmia Wood, e vai para a sua 6ª edição em 2014. Na edição de 2012 contou com 134 expositores de 19 países, e participantes oriundos de 64 países, que estavam ligados a 1320 diferentes empresas.
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Curiosidades New Holland equipado para trabalhos de desminagem A Armtrac (não confundir com o fabricante de tratores Armatrac) é uma empresa britânica que se dedica há mais de 20 anos a projetar e a construir máquinas blindadas para operações de desminagem. As suas máquinas são usadas na recuperação pós-conflito de áreas contaminadas com engenhos explosivos não detonados, quer no âmbito de programas humanitários internacionais quer através de ações promovidas pelos próprios Estados. Entre outros, as máquinas Armtrac já operaram ou estão atualmente a operar nos seguintes países: Albânia, Angola, Bósnia, Croácia, Jordânia, Líbano, Moçambique e Sudão. Armtrac
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Alguns destes equipamentos são desenvolvidos a partir de máquinas de lagartas, por vezes dotadas de controlo remoto com alcance de 800 metros. Mas a solução a que damos destaque tem como base um trator New Holland que pode ser equipado com um bulldozer dotado de um rolo hidráulico rotativo ou então com uma alfaia pesada rebocada. Ambos os acessórios têm como função revolver o solo a uma profundidade de até 40 cm e provocar a detonação dos explosivos. Assim equipado, este trator pode enfrentar minas anti-tanque até 9 kg. A Armtrac explica que optou pela New Holland por ser uma marca que garante disponibilidade de peças em qualquer parte do mundo.
Curiosidades Produtor de ostras da Tasmânia usa tratores MF Por cá, habituámo-nos a ver os tratores vermelhos enterrados em lama onde quer que haja campos de arroz, e também em alguns pontos da costa a puxar as redes de pesca. Mas não é só em Portugal que eles são escolhidos para trabalhar dentro de água. É precisamente do outro lado do mundo que os MF trabalham numa tarefa do mesmo género. A Shellfish Culture, uma empresa australiana que se dedica à aquacultura, usa tratores MF para puxar barcaças e para transportar cestos de ostras desde os viveiros até às suas instalações. A empresa possui um velho Massey Ferguson
MF, e impressionada com a sua fiabilidade ao fim de vários anos a trabalhar parcialmente submerso nas águas salgadas da costa australiana, decidiu comprar um novo MF 2615. Os tratores são lavados diariamente e verificados com frequência durante a manutenção de rotina e, segundo a empresa, têm-se revelado bastante fiáveis apesar da adversidade a que estão expostos. A Shellfish Culture encontrase sediada na Tasmânia, uma ilha situada no extremo sul da Oceânia, e está na vanguarda da inovação no setor da aquacultura.
A roda de bicicleta reinventada FlyKly Uma bicicleta com motor elétrico para dar uma ajuda durante as subidas está a despertar as atenções. Mas se já nos cruzamos regularmente com algumas destas, qual é a admiração? É que na verdade esta bicicleta é a sua. Isto depois de ter substituído a roda de trás por uma roda SmartWheel, que tem dentro um motor elétrico de 250 W e baterias com autonomia para 50 km. Esta inovadora roda inteligente permite acumular energia durante as descidas e enquanto se pedala, além de poder ser posta à carga em qualquer tomada elétrica. A SmartWheel dispõe ainda de uma conexão para smartphone, via bluetooth, que torna possível definir e monitorizar a velocidade (até 25 km/h), saber que distância já percorreu, e em que tempo, e quanto ainda falta para chegar ao destino definido. Na mesma aplicação pode ainda dar ordem para bloquear o motor quando se distanciar da bicicleta, e em caso de roubo é possível localizá-la através de GPS. A FlyKly também comercializa um farolim que serve de suporte ao smartphone e o recarrega. É caso para dizer que os avanços da tecnologia não param de nos surpreender.
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Curiosidades Turbina eólica capta água da atmosfera Dutch Rainmaker
Máquina de limpeza de bermas em rodovia e ferrovia O fabricante italiano Energreen dispõe de uma vasta oferta em equipamentos para limpeza de bermas e cursos de água, bem como para a manutenção de espaços verdes em zonas de declive acentuado. Mas não só. Uma das máquinas que comercializa destina-se ao corte de ervas e arbustos e pode trabalhar em praticamente todo o lado, inclusive nas linhas de caminhos de ferro. Trata-se de uma máquina compacta, com 4 rodas motrizes, e braço hidráulico articulado, que tem como principal particularidade o facto de poder circular Energreen
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tanto em estrada como nas vias ferroviárias. Alterna entre o modo estrada e o modo ferrovia de forma completamente automática, baixando ou levantando, através de acionamento hidráulico, as engrenagens que transferem a potência de tração das rodas para os eixos ferroviários que possibilitam a circulação sobre carris. O sistema de luzes adequado ao tráfego ferroviário é também acionado assim que a máquina se posiciona na linha férrea. Para além do comum destroçador, o braço hidráulico pode ser equipado com uma variedade de outros acessórios.
Captar água da atmosfera recorrendo a uma turbina eólica, cujo aspeto só se diferencia das usadas para produzir eletricidade por possuir na sua base um grande depósito para acumulação de água, é o que propõe esta empresa da Holanda. A turbina é composta por compressores, acionados pelas pás, que forçam a entrada de ar num zona de arrefecimento onde a água contida no ar é condensada. Depois, é mineralizada para se destinar ao consumo humano ou à irrigação. A empresa refere que em condições climatéricas ideais o aparelho é capaz de acumular 7.500 litros de água por dia, embora só funcione em pleno com uma temperatura do ar acima de 15° e abaixo de 45°, humidade relativa do ar superior a 70%, e velocidade do vento acima de três metros por segundo. Este sistema também pode fazer purificação da água de rios ou dessalinização da água do mar. Neste caso, recorrendo a uma hélice de maior dimensão mas mantendo o mesmo Fonte: Holland Herald e Dutch Rainmaker.
princípio de funcionamento, a sua capacidade pode subir até aos 60.000 litros por dia. Existem para já dois projetos piloto, na Holanda e no Kuwait, mas a empresa acredita que o sistema tem potencial para ser bem sucedido em várias regiões do mundo afetadas pela escassez de água.
Legislação
Telescópicos
um importante complemento às operações realizadas pelos tratores.
por João Sobral
Oferta expande-se, mas UE pondera rever homologação
Telescópicos agrícolas Concebidos para a construção e para a indústria, os telescópicos têm vindo a conquistar espaço no setor agrícola. São cada vez mais as marcas posicionadas neste segmento, numa altura em que a União Europeia pondera rever a homologação dos telescópicos como tratores. Mas a questão permanece em aberto.
Nas explorações de maior dimensão, onde o manuseamento de carga é uma necessidade constante, um telescópico faz todo o sentido.
Manitou MLT.
O
s telescópicos foram originalmente concebidos para aplicações não agrícolas. Começámos por vê-los sobretudo nos estaleiros de obras, e onde quer que houvesse mercadorias para deslocar. Mas os fabricantes com maior tradição no desenvolvimento deste tipo de máquinas, têm vindo a desenvolver versões agrícolas que desempenham já um importante papel nas explorações agropecuárias. A Manitou, uma das marcas de referência dos telescópicos, é desde há vários anos presença habitual nos principais salões europeus de maquinaria agrícola, onde tem exposto a
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evolução por que têm passado os seus telescópicos agrícolas da gama MLT. O setor agrícola representa uma fatia importante do seu volume de negócios. Outros fabricantes de renome no segmento dos telescópicos, como a Merlo, a JCB, mas também a Caterpillar, que se posicionavam sobretudo no setor da construção, têm vindo igualmente a participar nas feiras agrícolas e a reforçar as suas gamas de telescópicos com características direcionadas para a agricultura.
Em que é que se tornaram agrícolas
As marcas dotaram-nos de pneus com perfil agrícola e
desenvolveram um conjunto de acessórios destinados a múltiplas operações – retirar e distribuir silagem; manusear e empilhar fardos redondos e quadrados; carregar cereal a granel; limpar estábulos, entre outras – que têm vindo progressivamente a diferenciá-los dos modelos destinados à construção. Mas além dos acessórios para a frente da lança, eles passaram a incluir também outro género de equipamentos, como válvula de travão e barra de engate, que os capacitam para manusear alfaias rebocadas e fazer transporte em estrada.
Claas Scorpion.
Fabricante de Confiança. www.merlo.com
MERLO 1964-2014
No nosso país, os telescópicos agrícolas possuem homologação de trator agrícola.
Novas funcionalidades A Merlo é a marca que foi mais longe na conversão dos seus telescópicos, tornando-os verdadeiramente versáteis para a agricultura. Os Merlo da linha Multifarmer são quase um híbrido, a meio caminho entre o telescópico tradicional e um
Merlo MultiFarmer.
trator, pois possuem braços de hidráulico, distribuidores de óleo e TDF. Estas características permitem-lhes operar com uma grande variedade de alfaias. Embora não sejam verdadeiramente uma alternativa à altura de substituir um trator, porque, se formos a
MACHINE OF THE YEAR 2014
SEGURANÇA
CONFORTO
ERGONOMIA
CONSUMO
Deutz-Fahr Agrovector.
MF 9000.
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Legislação Enquadramento legal. O que está em causa?
ver, a cabina de um telescópico proporciona um excelente campo de visão para a frente, para cima, e também para o lado esquerdo, mas para atrás e para o lado direito a visibilidade fica comprometida, há no entanto uma série de tarefas secundárias, ou complementares, que eles podem realizar.
Os carregadores evoluíram...…
Os carregadores frontais também evoluíram muito nos últimos anos. Há fabricantes especializados em desenvolver este tipo de equipamentos mas as marcas de tratores também têm as suas linhas próprias de carregadores com que equipam os tratores logo de fábrica, ou com que podem ser equipados posteriormente sem que se tenha de fazer adaptações complicadas como antigamente. As bombas hidráulicas de maior débito, os comandos através de joystick, os sistemas de auto-nivelamento, e os cilindros de duplo efeito, são alguns dos avanços que melhoraram muito a performance destes equipamentos e que vieram trazer mais conforto para o operador.
...mas os telescópicos também fazem sentido
Um trator com carregador frontal é uma opção mais polivalente, mas sobretudo nas explorações de maior dimensão, onde o manuseamento de carga é uma necessidade constante, um telescópico pode fazer todo o sentido. Empilha fardos 88
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Retirar e distribuir silagem, manusear e empilhar fardos, carregar cereal a granel, e limpar estábulos, são tarefas que hoje estão a cargo dos telescópicos. New Holland LM 5000.
a uma altura que o carregador frontal não alcança, e pode ser equipado com baldes de maior dimensão, para elevar mais volume e mais peso de cada vez. Além de que também se consegue desenvencilhar melhor em espaços apertados devido à sua superior agilidade e capacidade de manobra.
A resposta dos fabricantes de tratores
Ao verem as marcas de telescópicos entrarem no seu mercado, vários fabricantes de tratores começaram a comercializar telescópicos com as suas próprias cores. Muitos já os incluem no catálogo há vários anos e outros passaram a inclui-los mais recentemente. Além dos tradicionais fabricantes de telescópicos que já mencionámos, os agricultores podem optar ainda pelos modelos das seguintes marcas: Case IH, Claas, DeutzFahr, Massey Ferguson e New Holland. Os telescópicos conquistaram um espaço nas explorações e a oferta expandiu-se bastante, mas é agora a legislação que ameaça limitar a sua utilização.
CAT TH 400.
Até agora, os telescópicos agrícolas são homologados como tratores e beneficiam por isso do mesmo enquadramento legal. Mas a Comissão Europeia (CE) está a rever a regulamentação sobre veículos agrícolas, e pretende que a homologação da lança telescópica passe a estar conforme com a diretiva sobre maquinaria. Neste cenário, a homologação dos telescópicos manter-se-ia no âmbito da legislação que regula a homologação dos tratores (diretiva 2003/37/CE), mas ao mesmo tempo seria imposto que a lança telescópica fosse homologada em conformidade com a diretiva sobre maquinaria (diretiva 2006/42/CE). O problema é que esta sobreposição de diplomas pode dificultar a harmonização do modo como os telescópicos são homologados em cada Estado-membro da UE. É por isso que o CEMA (Comité Europeu de Fabricantes de Máquinas Agrícolas) tem vindo a tomar posição sobre esta matéria, no sentido de que os telescópicos
Legislação continuem a ser considerados tratores e possam gozar dos mesmos benefícios que aqueles. Estes benefícios são diferentes de país para país, mas dizem respeito ao seguinte: • Regime fiscal aplicado ao combustível; • Habilitação legal de condução; • Regime de seguro; • Regime fiscal aplicado à máquina.
O CEMA relembra por isso que, “se não puderem continuar a ser homologados como tratores, há o risco de que deixem de ser economicamente viáveis para os agricultores”. Por outro lado, “em alguns países, os telescópicos que não sejam aprovados como tratores, não são autorizados a atrelar nenhum reboque ou alfaia, o que limita as suas funcionalidades”.
JCB Agri.
Em Portugal Os telescópicos agrícolas são equiparados a tratores
No nosso país, os telescópicos agrícolas possuem homologação de trator agrícola. Como tal, em vez de serem matriculados como máquinas industriais, recebem uma matrícula semelhante à dos tratores, o que significa que podem consumir gasóleo verde e ser abrangidos pelo mesmo regime de seguro dos tratores. Além disso, podem fazer trabalho de reboque sempre que estejam equipados com válvula de travão hidráulico e gancho de reboque homologado. Em termos de idade legal e habilitação para os conduzir, aplicam-se exatamente as mesmas regras em vigor para os tratores agrícolas.
Podem vir aí alterações?
O CEMA está a apresentar fundamentação técnica junto da CE no sentido de que os telescópicos continuem a ser homologados como tratores. Ainda é cedo para responder com certezas se haverá ou não alterações, mas pensamos que será encontrada uma solução que permita manter os telescópicos no mesmo enquadramento legal dos tratores. Em todo o caso, continuaremos a seguir de perto esta questão.
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Produto Gama alargada com a chegada de modelos compactos
Telescópicos New Holland A gama de telescópicos agrícolas da New Holland, que era constituída por três modelos, foi recentemente alargada com a chegada de dois novos modelos de potência mais baixa e dimensões compactas.
Os novos compactos LM 5020 e 5030 veem completar a gama de telescópicos da New Holland. Destinam-se a operar em locais apertados.
Telescópicos convencionais
Os modelos LM 5040, LM 5060 e LM 5080 equipam com o mesmo motor NEF de quatro cilindros e 4.485 cm³ de cilindrada, que desenvolve uma potência de 120 cv. O que os diferencia é a altura máxima de elevação – entre os 6,1 e os 9,6 m – e capacidade máxima de elevação – entre os 3.3 t e as 4 t. Estão disponíveis nas versões Delta, com equipamento standard, e Plus, que pode incluir bomba hidráulica de caudal variável e uma transmissão PowerShift, mais vocacionada para trabalho de transporte.
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Telescópico compactos
A série LM expandiu-se com a chegada de dois novos modelos compactos, vocacionados para as explorações agrícolas mistas ou de criação de gado, de pequena e média dimensão. A menor dimensão total dos LM 5020 e LM 5030, assim como o seu baixo perfil, fazem com que sejam a escolha mais adequada para manusear materiais em locais apertados. O LM 5020 possui motor de 4 cilindros e 3.319 cm³, que desenvolve 85 cv, e o LM 5030 possui motor de 4 cilindros e 4.400 cm³, que desenvolve 101 cv. A capacidade de elevação máxima do primeiro é de 2.5 t, para uma altura de elevação de
5,78 m, e o caudal hidráulico é de 80 L/min. Já o segundo apresenta uma capacidade de elevação de 2,8 t, para uma altura de elevação de 6,35 m, com caudal de 110 L/min. A versão de equipamento Plus diferencia-se da versão Delta por incluir coluna de direção ajustável, apoios de braços, ampla abertura da porta, inversor eletro-hidráulico e travão de estacionamento acionado por botão. O Plus conta ainda com banco de
suspensão pneumática, ar condicionado, joystick proporcional multifunções e, exclusivamente no LM5030, vidros elétricos e teto de abrir ajustável. Têm uma distância entre eixos de, respetivamente, 2.350 mm e 2,800 mm (3.010 mm nos convencionais) e largura total de 1.800 e 2.000 mm (2.340 mm nos convencionais).
Os telescópicos convencionais são máquinas viradas para uma maior capacidade e para um maior alcance de elevação.
Uma necessidade? Infinitas soluções. Máquinas? Acessórios? Energia em contínuo ou em standby? Os equipamentos CAT são utilizados para os mais diversos sectores de actividade e na maior parte das situações, a utilização de um acessório específico é o suficiente para que um equipamento desenvolva, com o máximo de produtividade, uma função mais específica. Conheça todas as soluções que podemos disponibilizar!
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AGRO 2014
AGRO 2014
Braga 27 a 30 de março.
47ª Edição
AGRO 2014 O Parque de Exposições de Braga foi palco de mais uma edição da AGRO Braga – Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação. Entre os dias 27 e 30 de Março recebeu mais de 100 mil visitantes, num espaço total de 25 mil metros quadrados de exposição. Além das várias atividades paralelas, destaque para o 36º Concurso Nacional da Raça Holstein Frísia, que atraiu visitantes de norte a sul do país. A seguir, ilustramos a AGRO 2014 com algumas imagens de stands e marcas que fizeram questão de estar presentes no evento. As máquinas agrícolas, naturalmente, em destaque. agripalmeira
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16 irmãos
agroarco
ADJ
Garagem bispo
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AGRO 2014
ferreira & c陋-
repoutiz
mecagriminho
repoutiz
mecagriminho
dispnal
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AGRO 2014
maciel
nova rocha
Valtra apresenta
os “mais pequenos” da família valtra A Valtractor escolheu a Agro para apresentar ao mercado três novos modelos da Série A. Estes 3 modelos - A53, A63 e A73 - são mais pequenos desta série, com potências de, respetivamente, 50, 68 e 78 cv, e estão disponíveis nas versões Pomareiro e Convencional, esta última com arco de proteção ou com cabina integral, e ar condicionado como opção. João Pimenta, gerente da filial portuguesa, referiu à abolsamia que ”este foi um passo muito importante para a marca poder competir no mercado nacional nos segmentos de volume mais significativo”. Este responsável disse também que a nova linha teve uma excelente aceitação por parte da rede de concessionários, que compareceu em massa a esta apresentação, mostrando-se entusiasmada e motivada, quer com o produto
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quer com as condições comerciais oferecidas, tendo inclusivamente sido concretizados alguns negócios durante a feira. E que houve vários pedidos de Concessão da marca em zonas até agora não cobertas e que esta gama torna apetecível.
João Pimenta mostrou-se muito satisfeito com a participação da Valtra neste certame, onde nem a chuva, que insistiu em cair durante quase todo o tempo, impediu que o stand fosse muito visitado por agricultores interessados em conhecer as novidades.
Feira de Trofa Maschio-Gaspardo A Maschio-Gaspardo esteve presente com a gama geral, na Feira Anual da Trofa considerada actualmente como uma das feiras agro-pecuárias mais ímpares, emblemáticas e populares da região.
SERVIMOR
terra bastos Tractorave A Tractorave também marcou presença na Feira de Trofa onde esteve com as novas representações, Regent e Einbock.
tractorave
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Memórias de outros tempos Museu do Trabalho Rural de Abela
18 maio Dia dos Museus Em www.museusportugal.org tem acesso aos museus de Portugal classificados por Nome, Localidade, Serviço ou Coleção.
dias mais relevantes Dia 1 - Dia do Trabalhador (feriado nacional) • 4 - Dia da Mãe • 5 - Dia Mundial do Trânsito • 9 - Dia da Europa • 17 - Dia Mundial das Telecomunicações • 18 - Dia dos Museus • 24 - Dia Nacional da
Luta Contra a Obesidade • 28 - Dia Mundial da Esclerose Múltipla • 30 - Dia Nacional Prevenção do Cancro da Pele • 31 - Dia Mundial do NãoFumador.
- Alcanena, Alenquer, Almeirim, Alter do Chão, Alvito, Anadia, Ansião, Arraiolos, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Beja (Dist.), Benavente, Cartaxo, Chamusca, Estremoz, Golegã, Loulé, Mafra, Marinha Grande, Mealhada, Melgaço, Monchique, Mortágua, Oliveira de Bairro, Salvaterra de Magos, Sobral de Monte Agraço, Torres Novas, Vidigueira e Vila Franca de Xira.
Real de Santo António; Santa Comba Dão • 14 - Vouzela • 15 - Caldas da Rainha • 16 - Fafe • 20 - Vinhais • 21 - Vila Nova de Foz Côa • 22 - Leiria (distrito) • 23 - Celorico da Beira • 25 Mirandela; Santana (Madeira) • 29
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agenda fiscal Até ao dia 12: IRS: Entrega da
Declaração Mensal de Remunerações relativas ao mês anterior. • IVA: Envio da Declaração Periódica pelos sujeitos passivos do regime normal mensal, relativa às operações efetuadas em março. Pagamento do IVA apurado na declaração respeitante a março (mensal, regime normal).
de fotografias da época, e através de ferramentas, arreios para animais e alfaias, como eram levados a cabo os mais variados trabalhos do campo. Uma das alfaias mais interessantes do espólio é o chamado arado de garganta, de grande dimensão e quase inteiramente feito de madeira. Outro utensílio exposto, já algo raro, é uma enfardadeira manual vertical, na qual a palha era batida a maço no interior
Até ao dia 15: IVA: Entrega Declaração Periódica, por transmissão eletrónica de dados (trimestral, regime normal) relativa às operações efetuadas no 1.º trimestre. Pagamento do IVA apurado na declaração respeitante ao 1.º trimestre, (trimestral, regime normal). Até ao dia 20: IRC / SELO / IRS (Singulares): Entrega das
importâncias retidas, no mês anterior. IVA: Entrega da Declaração Recapitulativa. Até ao dia 26: IVA (ficheiro SAFT):
feriados municipais Dia 2 - Arouca • 3 - Barcelos; Sernancelhe • 4 - Sesimbra • 8 - Murça • 12 - Aveiro • 13 - Vila
A memória das tarefas agrícolas que marcaram o final do séc. XIX e uma boa parte do séc. XX está registada no Museu do Trabalho Rural, situado na Abela, uma aldeia próxima de Santiago do Cacém. A exposição permanente está dividida por secções – cavas e lavouras, sementeiras e plantações, mondas e sachas, ceifas, transportes, debulhas, e forja de alfaias – e mostra através de uma coleção
4 maio Dia da Mãe Vem da Grécia Antiga os primeiros indícios de comemoração desta data. Os gregos prestavam homenagens à deusa Reia, mãe comum de todos os seres.
Comunicação, por transmissão eletrónica de dados, dos elementos das faturas emitidas no mês anterior. Até ao dia 31: IRC: Entrega da Declaração periódica de rendimentos Modelo 22. Pagamento final do IRC. • IUC: Liquidação do IUC relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no presente mês. www.portaldasfinancas.gov.pt
Calendário
22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Serpão, sabe o que é? E lódão? A Otoctone explica! www.otoctone.pt
de taipais e o aperto com arame era feito a braços, por dois homens, através de alavancas. Percorrendo a exposição, e levados sobretudo pelas fotografias, entramos por momentos naquela época e imaginamo-nos numa eira com uma forquilha nas mãos, a ajudar na azáfama da debulha. Mas a música ambiente e os carros que passam lá fora trazem-nos de volta ao séc. XXI. Afinal é num museu que estamos.
duração dias e noites Dia 1: em Lisboa, o sol nasce às 6h40min. e põe-se às 20h29min. • Dia 31: nasce às 6h14min. e põe-se às 20h55min. Dia 1: no Porto, o sol nasce às 6h33min. e põe-se às 20h55min. • Dia 31: nasce às 6h05min. e põe-se às 21h00min.
S
erpão, açaflor, feijoca, chicharro, lódão, erva do calhau e ossama. Uns, saberão do que se trata, outros nem tanto. Ainda assim, num aspeto estaremos todos de acordo: temos estado afastado destes produtos de origem vegetal.
Trazê-los de volta ao quotidiano dos portugueses e, em alguns casos, apresentalos pela primeira vez. É este o objetivo da Otoctone, marca fundada por Álvaro Dias. “Apresentamo-nos como uma ferramenta para tirar estes vegetais do esquecimento e colocá-los nos pratos nacionais”, diz o diretor executivo da empresa. O projeto Otoctone pretende, desta forma, dar a conhecer experiências gastronómicas que caíram no esquecimento,
sendo que os seus produtos são provenientes, por exemplo, de zonas como os Açores, Beira Alta ou Alentejo. Ainda segundo o responsável da Otoctone, “trata-se de um trabalho que implica uma logística cuidada e um permanente acompanhamento dos produtos, uma vez que estes são produzidos, muita vezes, em zonas remotas por agricultores artesanais e de pequena escala”.
feiras internacionais Datas
Designação
País - Cidade
Página web
5a7
Usetec
Alemanha - Colónia
www.usetec.com
5a7
NAMPO
África do Sul - Bothaville
www.nampo.co.za
14 a 18
Feira Inter. de Benguela
Angola - Benguela
www.eventosarena.co.ao
15 a 18
SIPSA
Argélia - Argel
www.sipsa-dz.net
20 a 22
Agrikexpo West Africa
Nigéria - Lagos
www.agrikexpo.com
21 a 23
Expoforest
Brasil - São Paulo
www.expoforest.com.br
21 a 24
Agri-Expo
Itália - Milão
www.senaf.it
27 a 29
Vinexpo Asia-Pacific
China - Hong Kong
www.vinexpo.com
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junho
1
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F
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Duas feiras europeias enquanto aguardamos a Agroglobal As feiras dinâmicas, onde os agricultores podem esclarecer dúvidas junto dos técnicos das diversas marcas de equipamentos, onde podem beneficiar de demonstrações, e ainda conhecer novos produtos e práticas de cultivo, representam uma tendência que está em alta. Por cá, temos a Agroglobal. E já não é preciso esperar muito até à próxima edição que se realiza, entre 10 e 12 de setembro, em Valada
dias mais relevantes Dia 1 – Dia da Criança e Dia Mundial do Leite • 4 – Dia Mundial
das Crianças Inocentes Vítimas de Agressão • 8 - Dia Mundial dos Oceanos • 10 - Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas (Feriado Nacional) • 12 - Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil • 14 - Dia Mundial do Dador de Sangue • 17 - Dia Mundial do Combate à Seca e Desertificação • 20 - Dia Mundial dos Refugiados • 21 - Dia Europeu da Música • 26 - Dia Internacional das Nações Unidas de Apoio às Vítimas de Tortura e Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico de Droga • 29 - Dia do Vinho. feriados municipais
(Dist.), Proença-a-Nova, Reguengos de Monsaraz, Vale de Cambra, Vila Nova de Barquinha, Vila Nova de Famalicão, Vila Real (Dist.) e Vila Verde • 14 - Abrantes • 16: Espinho e Olhão • 20 - Ourém
do Ribatejo. Mas até lá, os profissionais do campo podem seguir o que se vai passar em duas importantes feiras europeias que também se realizam no campo.
11 e 12 de junho Cereals – The Arable Event
Duxford, Inglaterra É a principal feira técnica de Inglaterra dedicada às grandes culturas. Ocupa uma área total de 64 ha,
e Corvo • 22 - Vila Pouca de Aguiar • 24 - Alcochete, Almada, Almodôvar, Alcácer do Sal, Angra do Heroísmo, Armamar, Arronches, Braga (Dist.), Calheta (Madeira), Castelo de Paiva, Castro
entre stands e campos de demonstração, envolve mais de 500 expositores e pretende chegar a cerca de 26.000 visitantes. Os fertilizantes, as diferentes variedades de sementes, os talhões com amostras de cultivo, os produtos para proteção das culturas, as energias renováveis, e os equipamentos agrícolas em demonstração dinâmica, fazem parte do cartaz deste importante evento. www.cerealsevent.co.uk
Marim, Cinfães, Figueira da Foz, Figueiró dos Vinhos, Guimarães, Horta, Lourinhã, Lousã, Mértola, Moimenta da Beira, Moura, Nelas, Porto (Dist.), Porto Santo, São João da Pesqueira, Santa Cruz
feiras internacionais Datas
Designação
País - Cidade
Página web
3a5
World Bioenergy
Suécia - Jonkoping
www.elmia.se/en/worldbioenergy
4a6
Carrefour Int. du Bois
França - Nantes
www.timbershow.com
4a7
Agro (expo)
Ucrânia - Kiev
www.agro-expo.com
4a7
Agroi Kiev
Ucrânia - Kiev
www.agro-expo.com
7 a 15
Feira Nacional de Agricultura
Portugal - Santarém
www.cnema.pt
8 a 11
World Processing Tomato Cong.
Itália - Sirmione
www.worldtomatocongress.com
10 a 11
Agro-Mashov
Israel - Tel Aviv
www.mashovgroup.net
11 a 14
Fieldays
Nova Zelândia - Hamilton
www.fieldays.co.nz
11 a 12
Cereals - The Arable Event
Reino Unido - Cambridge
www.cerealsevent.co.uk
12 a 15
Semana Verde da Galiza
Espanha - Silheda
www.semanaverde.es/web
14 a 16
CXIAF
China - Urumqi
www.cxiaf.com.cn
Dia 1 - Miranda do Corvo, Palmela e São Brás de Alportel • 7 - Oeiras • 9 - Montalegre; Dia 13: Aljustrel,
18 a 20
Western Canada Farm Progress
Canadá - Regina
www.wcfps.com
19 a 21
Euroforest
França - Burgundy
www.euroforest.fr
23 a 26
European Biomass Conf. & Exhib.
Alemanha - Hamburgo
www.conference-biomass.com
Alvaiázere, Amares, Cascais, Estarreja, Ferreira do Zêzere,Lisboa
26 a 29
Inter Agrar
Áustria - Wieselburg
www.messewieselburg.at
26 a 28
Galiforest
Espanha - Galiza
www.galiforest.com
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Calendário
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1 junho Dia Mundial do Leite
17 a 19 de junho DLG Field Days Bernburg-Strenzfeld, Alemanha Os dias de campo da Sociedade Alemã de Agricultura (DLG) são uma plataforma de encontro entre os produtores de grandes culturas que procuram não só informação técnica mas também novidades de produtos e de equipamentos, e as empresas que os comercializam. Existem vários
das Flores, Sertã, Tabuaço, Tavira, Valongo, Vila do Conde, Vila Franca do Campo, Vila do Porto (Açores) e Vila Nova de Gaia • 28 - Barreiro e Ribeira Brava • 29 - Bombarral, Évora, Lages do Pico, Montijo, Penedono, Ribeira Grande, São Pedro do Sul, Seixal e Sintra. agenda fiscal Até ao dia 12: IRS:Entrega
da Declaração Mensal de
campos de experimentação onde foram instaladas culturas e nos quais serão demonstrados métodos de fertilização seletiva e técnicas inovadoras para controlo de pragas e doenças. A tecnologia estará também no enfoque da DLG, com a demonstração de máquinas, drones e robots de campo. A organização espera receber 20.000 visitantes nesta feira que reúne mais de 320 expositores e ocupa uma área total de 45 ha. www.dlg-feldtage.de
Remunerações relativas ao mês anterior. • IVA: Envio da Declaração Periódica pelos sujeitos passivos do regime normal mensal, relativa às operações efetuadas em abril. Pagamento do IVA apurado na declaração respeitante a abril (mensal, regime normal). Até ao dia 20: IRC / SELO / IRS (Singulares): Entrega das
importâncias retidas, no mês anterior. • IVA: Entrega da
Declaração Recapitulativa. Até ao dia 25: IVA (ficheiro SAFT): Comunicação, por
transmissão eletrónica de dados, dos elementos das faturas emitidas no mês anterior. Até ao dia 30: IUC: Liquidação do IUC relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no presente mês. www.portaldasfinancas.gov.pt
duração dias e noites Dia 1: em Lisboa, o sol nasce
às 6h14min. e põe-se às 20h56min. / Dia 30: nasce às 6h15min. e põe-se às 21h05min. Dia 1: no Porto, o sol nasce
às 6h04min. e põe-se às 21h01min. / Dia 30: nasce às 6h05min. e põe-se às 21h11min.
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New Holland 2014
Momentos New-Holland 2014 Retratos do Mundo New-Holland em Portugal de lés-a-lés.
Momentos
New-Holland Etelgra New Holland T 7.270 AutoCommand
Cliente: Herdeiros de José Nunes Cecílio - Herdade Monte Novo de Gacha Esq. p/ dir.: Sr. Mário Cananão (Etelgra), Sr. José Cecílio (Cliente), Sr. Nelson Carrasquinha (Etelgra Lda).
Lampreia & Filhos New Holland T6.165
Cliente: Elidio Matos. Esq. p/ dir.: José Lampreia, Eng.º Luís Gomes (Aggrária Portugal) e João Matos.
100
maio / junho 2014 · ABOLSAMIA
SEAC New Holland T4050
Cliente: Daniel Valente Esq. p/ dir.: António (Seac) e Daniel Valente (Cliente) e João Antão (Seac).
Varanda & Cordeiro New Holland T3040
Cliente: Miguel Guerra - Sequeiros, Açoreira, Torre de Moncorvo Esq. p/ dir.: Mário Varanda (Varanda & Cordeiro) e Miguel Guerra (Cliente).
Siga-nos no FacebooK
New Holland 2014
www.facebook.com/NewHollandAgriculture
Jopauto
Agro-Mecânica das Meãs
New Holland T4020V
New Holland T7.185 AutoCommand
Cliente: Pedro Mário Batista Garcias Esq. p/ dir.: Carlos Barreleiro (Comercial Jopauto, SA), Sr. António (Caseiro/Tractorista).
Esq. p/ dir.: José Carlos (AMM) e Eng. Paulo Valente (Cliente).
Varanda & Cordeiro
DB Tractores Agrícolas
New Holland T4020
New Holland T3030
Cliente: João Neves Na foto: Tractorista Humberto Rodrigues - Sampaio - Mogadouro.
Cliente: Sr. Joaquim da Conceição Delgado Alves e seu filho.
Auto Agrícola Sobralense New Holland T4.95N
Esq. p/ dir.: José Miranda (AAS) e Joaquim António Pinheiro (Cliente).
Tractorusseira New Holland Td3.50
Esq. p/ dir.: Jorge Cartaxo (Tractorusseira) e José Rodrigues (Cliente).
Apolinários Máquinas New Holland T7.260
Cliente Madalena Dionizio Localidade Cortiçóis-Almeirim.
ABOLSAMIA · maio / junho 2014
101
Viana do Castelo • Braga
Máquinas usadas
REGIõES
Classificados por distrito Os anúncios com este símbolo têm microsite. No microsite das empresas (internet) pode consultar a lista detalhada das máquinas usadas, com preço e foto.
USADOS: Tractores: Fiat 70-66 DT c/ car. fr. • Hürlimann Prince 55 • Lamborghini 874-90 DT • Same Solar 50 • Motocultivador Goldoni 16 cv c/ reboque e volante
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/servimor
102
maio / junho 2014 · abolsamia
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agripalmeira
Braga • Vila Real USADOS: Tractores: Fiat 50-66 DTS (1995) - 12.000€ • John Deere 1070 DT (1993) - 8.500€ • Kubota L1501 c/ fresa - 4.500€ • Kubota L345 II DT (1988) - 12.000€ • Kubota M5700 DT
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/mecagriminho
Tractores: Kubota 225 p/ peças • NH 4635 • Fresa p/ Motoenchada • Semeadores: Gaspardo MTE • Gaspardo SP • Gaspardo SP520 • Monosem 102 • (2x) Monosem PNU • Nodet 2.50 • Nodet Pneumosem II • Sulky 3N • Plantador hort. Monosem 2F • Distribuidores adubo: Nodet • Sulky DPAX1503 • Reboque auto-carregador Poettinger • Reboque Galucho 5000 • Reb. espalhador estrume • Rototerra Maschio 2500 • Volta-fenos: Deutz-Fahr • Galfre • Kuhn • Morra H2M • Colhedores p/ milho: Benac • PZ • Abre-valas: Agrobig • Debulhadora Alma • Broca perfuradora • Vasta gama de pneus agrícolas • Mais máquinas e peças em stock consulte-nos
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/anibalmacedo
Tractores: Ford 3000 - 3.000€ • Ford Super Dexta 3000 • New Holland TD90D DT - 16.500€ • New Holland TS110 DT c/ cab. • Same Argon 60 DT c/ car. fr. • Shibaura SE2500 c/ fresa - 5.350€ • Valtra 6400 DT, • Valtra 6400 DT • Valtra 8150 DT • Valtra A85 DT - 22.500€ • Valtra A75 c/ cab.
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/adj
USADOS: (2x) Corta-silos Agrovil • Semeador pneumático p/ erva • Tractores: Carraro 8000 • DeutzFahr Agroplus 70 DT
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/repoutiz
Tractores: Agrifull 55C - 9.500€ • Case IH JX95 • Fiat 465C - 8.000€ • Goldoni Star 3050 - 11.000€ • Itma C60 - 8.500€ • Jinma 244E 6.250€ • Kubota L1501DT - 3.850€ • Kubota ZB1400 - 4.500€ • Lamborghini Runner 450 DT - 10.500€ • Massey Ferguson 274C - 15.000€ • Valpadana 300 DT - 3.500€ • Várias alfaias usadas em stock - Consulte-nos antes de comprar
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/alfaidouro
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/acastanheira
abolsamia · maio / junho 2014
103
Bragança • Porto
Tractores: Ford 6600 • Goldoni C75 (rastos) • International A480 • Lamborghini R325 DT • Massey Ferguson 134C (rastos) • Massey Ferguson 135 • (2x) New Holland 55-85 (rastos) • New Holland 72-85 (rastos) • New Holland TN60VA DT • New Holland TN85A DT • New Holland TN95A DT • Same Silver 80 DT • Cortaforragem JF FH1300 • Enfardadeira Rivieri Casalis ER 40 Tractores: Agrifull 50 DT - 12.000€ • David Brown 1190 - 3.000€ • Landini 4035 DT • Landini Powerfarm 85 • McCormick MTX 125 - 24.800€ • New Holland TN 60 VA • Semeadores: Cosmo 400 - 600€ • Solá SuperSem 784 - 2.500€ • Vicon 400L - 500€ • Mais alfaias usadas em stock + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/alonsosebranco
microsite
USADOS: Tractores: Ford 6600 • Kubota L345 DT • Kubota M85 c/ cab. • Retroescavadora Komatsu (totalmente reparada)
venda os seus usados na internet desde 40,00€ (1 mês)
abolsamia.pt Consulte em www.abolsamia.pt/microsite.php
104
maio / junho 2014 · abolsamia
Porto
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/tractorave
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/adelinolopes
abolsamia 路 maio / junho 2014
105
Porto • Aveiro
Tractores usados: • John Deere 6620 • Lamborghini Runner 450 • Massey Ferguson 1230 DT • Massey Ferguson 135 • Massey Ferguson 4260 DT • Ursus 3512
Tractores usados: Agria 9900 • John Deere 1020 • Mitsubishi MT270 D
106
maio / junho 2014 · abolsamia
USADOS: Cisterna Joper 6000 L • Fresa Galucho FR2200 • Semeadores: Gaspardo SP520 (completo) • Sulky 2,50 mts • Tractor Carraro 7.1000.2 • Unifeed Comag 6 m3
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Peças desgaste • Cardans • Óleos • Massas • Filtros• Peças de engate • Acessórios para gado • Vedações elétricas Baterias • Parafusaria • Pvc • Ferramentas obras • Quinquilharia • entre muitas mais secções...
Material agrícola de ocasião, revisto e recondicionado, e máquinas industriais: Ceifeiras debulhadoras • Máquinas automotrizes de ensilar • Gadanheiras, rototerras Tratores de grande potência • Enfardadeiras • Telescópicas • Volta fenos • Cisternas, etc.
Claas Celtis 456 • 26.000,00€
Renault Ares 550 • 19.000,00 €
Claas Axos 310 • 25.000,00 €
Massey-Ferguson 174F • 7.500,00 €
Telescópica Manitou • 22.500,00 €
Huard 465 4 ferros (3+1) • 4.000,00 €
Claas Variant 180 • 7.500,00 €
Volta-fenos Claas Liner 350S • 3.750,00 €
+ usados em: www.abolsamia.pt/clientes/matagriet Contacte-nos: Rua da Quinta, 778 3880-731 São João - Ovar T. 256 597 445 • M. 914 381 395 Email: matagriet@hotmail.com Mat Cichy: Tm. 919 593 162 Tel. (0033) 386 425 975
Colaboração da Mat Cichy (França)
www.capalliance.fr
Aveiro
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/danielmota
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/matagriet
Mercado agr铆cola Classificados compra venda aluguer
abolsamia.pt Consulte em www.abolsamia.pt/ads.php
108
maio / junho 2014 路 abolsamia
Viseu • Guarda • Coimbra
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/mota
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/mta
Tractores usados: • Ford 34-35 • John Deere Milenio 50
abolsamia · maio / junho 2014
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Coimbra
Usados: Claas Ares 616 RZ • Fiat 450 V • Fiat 480 • Fiat 640 • Ford 1900 • Hürlimann Prince 435 DT • John Deere 2650 • Kubota B7001 • Landini DT 8860 • Massey Ferguson 165 • New Holland TN 55 • Same Falcon • Same Falcon 50 • Same Solar 50 • Same Solaris 35 • Shibaura 2240
USADOS: Tractores: Deutz-Fahr D5006 • Ford 6640 DT • Hürlimann H305 XE DT • Iseki 321 DT • New Holland 70-56 DT • New Holland TC24D DT • Same Solaris 35 DT • Shibaura SP6040 DT turbo • Cavadora Joper
Tractores usados: • Ebro 6040 • Same Delfino 35 • Zetor 6211
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agrisoure
110
maio / junho 2014 · abolsamia
Coimbra • Castelo Branco • Leiria
Tractores: Branson 2100 - 10.000€ • Ferrari 30 cv - 2.350€ • Hinomoto E23 - 3.400€ • Iseki TU1700 - 4.250€ • Mitsubishi MT210D - 6.750€ • Same Falcon 50 - 4.000€
USADOS: Auto-carregadores: Timberjack 1110D (6 rodas) • Timberjack 1410D • Timberjack 230 • Máquinas de corte: Timberjack 1270 A • Timberjack 870 A • Timberjack 870 B • Máquinas de Rechega: Timberjack 1110 D • Timberjack 1110C (8 rodas) • Skiders: Timberjack 225 • Timberjack 240 B c/ pinças • Tractor Massey Ferguson 298 DT
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/pccondeixa
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/novapercampo
Tractores: Goldoni 921 DT • (2x) Kubota 245 • Massey Ferguson 253 DT c/ inversor • Same Explorer 70 DT - 9.750€ • Shibaura 215 • Valtra T130 c/ reboque e grua
USADOS: Tractores: David Brown 990 • Ford 4610 • Shibaura 2540 DT • Retroescavadora p/ tractor + 60 cv
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/silvagriauto
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/pintoefilho
catálogos flyers posters
tradução + impressão
www.facebook.com/
www.youtube.com/
http://issuu.com/
T. 219 830 130
abolsamia
abolsamia
abolsamia
abolsamia · maio / junho 2014
111
Leiria
USADOS Tractores: Fendt 614 LS Turbomatik • Fiat 750 • Massey Ferguson 595 • New Holland 110-90 • Arrancadores de batata • Cabina • Cavadora • Ceifeiras debulhadoras • Charruas • Chisel • Corta-silos • Encordoador de feno • Enfardadeiras • Ensiladoras • Espalhador de estrume • Estilhaçador • Frentes de cereal • Frentes de milho • Fresas • Gadanheira de discos • Grades de discos • Grade de bicos • Grua industrial • Pá niveladora • Plantador • Pneus agrícolas • Pulverizadores • Reboque espalhador de estrume • Retroescavadora para tractor • Retroescavadora • Rotorfresas • Rototerras • Semeador • Triturador de palha • Unifeeds • Volta-fenos • Furgão Mitsubishi L400 • Comercial Renault Megane
+ Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/maquifetal
USADOS: Tractores: Antonio Carraro 5500 • Bertolini 433 • Carraro 7.1000 4F • Carraro 8.1000 4F • Carraro 8000-4 • Goldoni 930 • Hürlimann XT908 • Landini 100 F • Landini Rex 100F • Shibaura SE2240 • Shibaura SL1643 (1998) - 3.800€ • Universal 453 DT
Tractor Pasquali 956 - 2.800€ • Charruas: Galucho 1F 10/12 90º - 650€ • Galucho 1F 17x90 - 700€ • 3F vinhat. - 350€ • Escarificador Joper 5D - 450€ • Fresas: Goldoni 21M - 400€ • Goldoni 22M - 400€ • Joper JFO-D 1,4 mts - 800€ • Pasquali 1,20 mts - 750€ • Valpadana 80cm - 450€ • Pulverizadores: Paulject 200 L - 600€ • Rocha 300 L c/ turbina - 1.400€ • Rocha 400 L c/ turbina - 1.750€ • Tomix 200 L c/ turbina - 1.100€ • Reboque 1200 kg - 550€
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maio / junho 2014 · abolsamia
Tractor MF 390 DT • Ceifeiras debulhadoras: Fiatagri 3350 (M/T) • Fiatagri L521 • John Deere 6920 S • Laverda 3700 • Enfardadeira Fiatagri rolos • Ensiladora John Deere 5460 • Frentes de cereal: 6 L • Laverda L575 • Moresil 5 linhas • Gadanheira Vicon 8 discos • Gadanheira condicionadora 2,80 mts • Reboque 18.000 kg
Leiria • Santarém
USADOS Tractor Fendt 211 Vario • Charruas: Galucho 3F • Huard 3F • Fresas: 3,00 mts • Joper 3,00 mts • Kverneland GS120/285 • Rototerras: Celli Ranger 3,00 mts • Lemken Zircon 300 • Maschio D11 • Mais alfaias usadas em stock
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USADOS Tractores: Agrifull A80 DT - 9.500€ • Carraro AgriUp 80F • Ford 1920 DT - 7.500€ • Ford 2910 - 6.500€ • Ford 3600 • Goldoni • John Deere 1550 • Landini 4500 - 4.500€ • New Holland TN60 A STD DT - 16.000€ • New Holland TS100 • Reboque Galucho 5T • Reboques espalhador de estrume: Annovi Reverberi A45 - 8.000€ • Galucho - 5.500€ • Charrua de discos Galucho 3+3 • Mais alfaias usadas em stock - Consulte-nos
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USADOS Tractores: Fiat 450 • Lamborghini Crono 564-60 • Massey Ferguson 165 • Massey Ferguson 274C (rastos) • UTB DT c/ carreg. fr. • Valmet 6400 DT c/ car. fr. • Ceifeira debulhadora New Holland 8055 (T/M) • Subsolador Maschio 4,00 mts • Mais alfaias usadas em stock
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USADOS • TRATORES: Barreiros 70 • Case-IH 585 DT • DF: 5506 - 8006 DT • Fendt 309 DT • Ford: 4830 • JD: 2030 - 2250 DT - 3040 • Landini 10000 • MF: 3630 DT - 5445 DT c/cab. Cabena • NH: TN 85A DT - TN60A DT - T4050 DT • Same: Frutteto 75 DT - Explorer 90C R - Silver 80 DT - Silver 110 DT • Universal 445 • Valmet: 805 • MINI-ESCAVADORA: Bobcat LS170 • RETROESCAVADORAS: Case 580 Super K • MF 50 • EMPILHADORES: Isuzu 2,5 t (diesel) • Manitou: 2 t (diesel) - MB 3 t (diesel) • ÚLTIMAS AQUISIÇÕES P/ PEÇAS: Tratores: Case-IH CS • DF: Agroplus 85 DT - Dx 3.50 DT - Agrotron 130 • Ebro 6079 DT • Fendt: 280 - 307 DT - 308 DT • Fiat: 35-66 DT - 45-66 DT - 60-66 DT - 80-66 DT - 100-90 DT - 110-90 DT • Ford: 1720 DT - 2600 - 5640 DT - 6610 - 7740 DT • Hinomoto C144 DT - C174 • Hürlimann: Prince 45 DT - XA306 DT • Iseki 4320 DT • JD: 946 DT - 3040 DT - 3350 DT - 4400 DT - 5500 DT - 6100 - 6300 DT - 6620 DT - 6800 • Kubota: L285 - L2550 DT • Lamborghini: 235 - Premium 950 DT - 874-90 DT • Landini: 65 DTF - Globus 60 - Trecker 55 (rastos) - 8860 DT • MF: 174 DT - 3650 DT - 396 TC (rastos) - 1030 - 2640 DT - 3090 DT - 4270 DT - 6180 DT • NH: TDD90D - TS115A DT - M100 DT - M160 DT - TNF95 DT - TL90 DT • Renault 120-54 DT • Same: Solar 60 DT - Laser 110 DT - Solaris 45 DT - Delfino 35 DT - Laser 150 DT - Minitaurus - Argon 50 DT Dorado 70 DT - Rock 60 (rastos) • Steyr: 9094 DT - 975 DT • Valmet: T130 DT - 455 DT - 655 DT - 805 DT - 6400 DT - 8000 DT • Yanmar 336D DT – 241 • Telescópicas: JCB 525-67 • Manitou MLA 627 Maniscopic • Retros: Case: 580 G - 580 Super K • CAT 428 • Fermec 860 DT • JCB 3CX • Komatsu WB97R • NH LB110 DT • Eixos: Merlo tracção
Charruas: 1F-20” p/ vinha • Galucho 1F-17” • Galucho 2F-12” • Galucho 2F-13 hid. • (2x) Galucho 3F-13” hid. • Galucho 3F-16” • Charrua de discos Galucho vinhateira • Escarificadores: Galucho 5 D • Galucho 9 D • Fresa Joper 1,40 mts descentrada • Grades de discos: 7D p/ vinha • 4 corpos em X • Galucho 18D • Galucho GLHR 24x24” • Multifresa 3 linhas c/ rolos p/ tomate • Mais alfaias usadas em stock - Consulte-nos
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Santarém
Tractores: Ford 2000 - 3.250€ • New Holland TN60A - 15.500€ • Yanmar F16D c/ fresa - 4.000€ • Grades de discos: Galucho 18x20” H. - 2.000€ • Galucho A2CP 24x24” - 3.250€ • Herculano HRM18/22 H. - 1.750€
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USADOS: Cisterna Joper C8000DE - 8.500€ • Distribuidor de adubo Euro Spring - 1.500€ • Ensiladora JF - 2.000€ • Semeadores: Solá 19 L p/ cereal 2.000€ • 2 L p/ batata - 3.500€ • Tractores: Ford 7610 DT - 12.500€ • Ford 7840 - 15.000€ • Ford 7840 - 15.000€ • Lamborghini 110 DT - 12.500€ • New Holland M135 - 15.000€ • Same Explorer 70 DT - 5.500€ • Vibrocultor - 750€
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USADOS: Tractores: Deutz-Fahr: Agroplus 100 DT - Agroplus 100 DT • Fendt 615 LSA • Fiat 180-90 DT • Hürlimann Prestige H478 DT • Massey Ferguson 274C • New Holland: M135 - TS115A • Valmet: 4400 - 700
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maio / junho 2014 · abolsamia
USADOS: Tractores: Fendt 309 LSA • Fendt 512C • Fendt 712 c/ car. fr. • Fendt 816 • Fendt Xilon 524 • John Deere 6430 Premium • New Holland TS110 c/ car. fr. • Renault Temis 610X • Same Dorado 70 c/ car. fr. • Valtra N163 • Reboque Galucho 5 ton. • Reboque auto-carregador Claas 6800P • Carregador frontal Tenias • Charruas: Galucho 5F • Galucho CHF 4 • Galucho SF4 • Kverneland VD85 • Distribuidor de adubo Solá 3000L • Gadanheiras: Gaspardo 5D • Kverneland Taarup 4232 LR • Semeador Agricola Italiana 2 L • Depósito Rau 200 L • Pick-up Land Rover Discovery TD5 • Mais máquinas e alfaias usadas em bom estado - Consulte-nos antes comprar USADOS Tractor Hürlimann XT909 c/ car. fr. Tenias B3 • Grade de Discos Herculano HVR 22x26”
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Santarém • Lisboa
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USADOS: Ceifeira debulhadora John Deere 1075 (p/ peças) • Charrua Galucho Europa CHF 4-12/18 • Colhedora de batata Barigelli Universal T • Destroçador Kuhn BNG270 (2,7 mts) • Grade de discos Galucho GAHR 32x26” • Pulverizador Hardi NK600 • Reboques: Herculano D1ET10000 • Joper 10.000 kg • Rototerra Rau RWP 30 (3 mts) • Transplantador Checchi & Magli Wolf 2
Tractores: Kubota L185 (1978) • Massey Ferguson 135 (1970) • Massey Ferguson 188 (1972) • Same Argon 50 DT (2008) • Same Delfino 35 DT (1988) • Same Silver 80 DT (1999) • Satoh S750D (1979)
USADOS: Tractores: Ford 2000 - 2.500€ • John Deere 1850 DT (1989) - 10.000€ • Kubota L185 • Shibaura S330 DT (1998) - 9.000€
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USADOS - Tractores: JD 6120 • JD 6920S • JD 6930 c/ car. fr • JD 7530 AutoPower • JD 7530 AutoQuad • JD 7930 AutoPower • JD 8200 • McCormick MTX 1356 NH TN85FA • NH TN85FA • Enfard. McHale Fusion • Enfard. NH BB9060 c/ CropCuter • Gadan. Claas Disco 3100 FC • Telesc. JCB 530-70 • Telesc JD 3800 • Volta-fenos Vicon Fanex 903
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Lisboa
USADOS: Enfardadeira Welger D4000 de fardos grandes • Fresa Joper 2,40 mts • Tractor Deutz-Fahr 80 cv com cabina A/C e carregador frontal.
USADOS: Tractores: David Brown 990 • New Holland TN90 F • Same Delfino 35 DT • Fresa Galucho FNL 14/16 • Motocultivador Pasquali 14 cv • Pulverizadores: 1500 L (rebocável) • 200 L c/ turbina • Tomix 200 L • Reboques: Galucho 3000 kg (basculante) • Galucho 3500 kg (tribasculante)
USADOS: USADOS: Tractores: Agrifull • Carraro F80 • Deutz-Fahr Agrotron K110 • Fiat 605 (rastos) • Goldoni 933 S • Hürlimann XF481 • Iseki TS3110 • John Deere 5510 • Lamborghini Plus 75 • Landini 6830 DT • MF: 1260 - 8130 • Same: Antares 130 - Centurion 75 DT - Delfino 35 DT - Frutteto 275
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maio / junho 2014 · abolsamia
Tractor New Holland TN75F c/ cabina, 75 cv (1999) Mais alfaias usadas em stock Consulte-nos antes de comprar
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Lisboa • Setúbal
Tractores: Case-IH 845 DT • Fiat 45-66 DT • Fiatagri L75 DT c/ cabina • Ford 7600 • Lamborghini R503 DT • Landini 6500 • New Holland TCE50 • New Holland TN75 F c/ cab. A/C • New Holland TN75V DT c/ car. fr. Galucho • Same Solaris 50 DT • Cavadora Gramegna 6 pás • Reboque espalhador de estrume Galucho 5 ton. c/ porta hidráulica.
USADOS: Tractores: International 434 • International 484 • Cavadora Gramegna 1,70 mts • Pulverizador 2000 L (rebocável) • Reboque espalhador de estrume 6000 kg
Tractores: Case-IH JX 1090 U • Claas 456 RX • David Brown 885V • David Brown 995 • Fiat 100-55 (rastos) • Fiat 450 V • (2x) Fiat 70-65 (rastos) • Lamborghini C553 (rastos) • Massey Ferguson 1260 DT • Same Explorer II 90 DT • Same Frutteto 75
Tractores usados: • Case-IH 733 DT • David Brown 880 • David Brown 995 • Landini 75 cv • Massey Ferguson 135 • Massey Ferguson 165 • M. Ferguson 35X • Renault 60
USADOS: Charrua Galucho 1F-13” 45º • Cisterna 4000 L • Despampanadeiras: Industrias David • Terral hidráulica • Intercepas Spedo de discos rotativos • Tractor Hürlimann 6115 c/ cab.
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Setúbal • Évora
USADOS: Motoenxada Honda F560 • Semeador Monosem 4 L • Tractocarro UFO
USADOS: Tractores: Case-IH 845 DT • Deutz-Fahr Agroplus 85 DT c/ car. fr. • Deutz-Fahr Agrotron K110 DT • Ebro 470 • John Deere 6920 • Massey Ferguson 290 c/ car. fr. • Charrua Kverneland EG 4F • Grades de discos: Galucho GLHR 22x24” • Galucho GLHR 24x26” • Galucho GPR 16x28” c/ rodas • Escarificadores: Galucho E-13D • Galucho E-9D • Rolos-destorroadores: Fialho 3 mts • Fialho 4 mts • Destroçador Berti 1,80 m • Gadanheira condicionadora New Holland 447 • Reboque Fialho 6500 kg (basculante)
USADOS: Tractores: John Deere 2450 DT c/ car. fr. • UTB 643 DT • Ceifeira debulhadora John Deere 1170 c/ cab. A/C • Enfardadeira Claas Rollant 250 RotoCut • Gadanheira condicionadora Vicon 2,40 mts
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USADOS • Tractor Kubota M5030 DT c/ 6 cilindros e em muito bom estado
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maio / junho 2014 · abolsamia
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Évora • Beja
+ Usados no Microsite
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USADOS: Tractores: Claas Celtis 446 RC • Claas Nectis 257 c/ cab. • Renault Ceres 330 DT • Vindimadoras: Alma Alinea 100 (automotriz) • Alma Selecta XL (rebocável) + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/etelgra
Tractores: Fendt 312 c/ vibrador 17.500€ • Fiat: 55-56 c/ car. fr. - 9.500€ • 80-66 c/ car. fr. - 8.250€ • John Deere: 2850 c/ cab. - 11.000€ • 3650 c/ car. fr. - 6.000€ • 5075 - 17.500€ • 5100 GF Super Star - 30.000€ • 5215 - 18.500€ • 6110 - 12.500€ • 6110 P. c/ car. fr. 17.500€ • 6220 c/ car. fr. - 16.500€ • (2x) 6310 - 9.500€ • 6320 Premium c/ car. fr. - 25.000€ • 6420SE c/ cab. - 27.500€ • 6520SE - 30.000€ • Massey Ferguson: 4245 c/ cab. A/C - 19.990€ • 4270 c/ cab. - 19.990€ • New Holland: TM155 - 32.500€ • TN75F c/ cab. - 13.500€ • TS100A - 19.990€ • Same Antares 100 Vasto stock de alfaias usadas
Máquinas usadas: Tractor: Fendt 311 LSA TurboMatik c/ cabina e dupla tracção
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Beja
USADOS: Tractor Fiat 80-90 DT Tractor Same Panther 70 cv Tractores: Deutz-Fahr DX 4.70 • Hürlimann H478 Prestige • Atomizador Fede 2000 L • Charrua Galucho CH2-16 H • Compressor Berardinucci p/ 8 tesouras • Semeador Monosem 4 L • Unifeed Luclar Titan 17 • Vibrador Berardinucci Tornado • Volta-fenos: Fella TS 455 • Kuhn GA 7822 + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agrivilhena
TRACTORES: Agrifull: 110 DT - 12.500€ • 140 - 8.000€ • 65 DT - 8.500€ • 80 - 6.500€ • 80 DT • 80 DT 12.000€ • Carraro 920 - 7.500€ • Case-IH: 1125 - 7.500€ • 1394 DT - 5.000€ • 70 cv c/ car. fr. Galucho - 8.000€ • 7455 - 7.500€ • 90 cv - 9.000€ • 955 - 6.000€ • Caterpillar: D3 (rastos) - 9.000€ • D4D (rastos) - 7.000€ • D5D (rastos) - 10.000€ • Deutz-Fahr: 110 cv c/ car. fr. - 10.000€ • 130 cv c/ cab. - 8.000€ • 70 cv - 8.000€ • 7806 DT - 7.000€ • D40 S - 1.500€ • Ebro: 1025 - 7.000€ • 684 - 1.000€ • Fiat: 110-90 c/ cab. A/C - 17.000€ • 140-90 c/ cab. A/C - 17.500€ • 420 - 2.000€ • 55-65 R • 80-66 - 10.000€ • 80-66 DT • 90-90 - 11.000€ • 90C (rastos) - 15.000€ • Fiatagri 140-90 c/ cabina • Ford: 5000 - 2.500€ • 5610 DT - 10.000€ • 5610 DT - 10.000€ • 6600 3.000€ • 6610 - 7.000€ • 6610 DT - 6.000€ • 6810 DT - 6.000€ • 7600 DT - 5.500€ • 7610 • 7610 DT - 6.000€ • 7610 DT - 10.000€ • 8210 • 8210 - 10.000€ • TW 25 - 5.000€ • International 745-S • Itma 80 cv (rastos) - 5.500€ • John Deere: 2030 • 2130 - 2.500€ • 2850 • 3040 - 5.000€ • 3150 • 3350 - 10.000€ • Lamborghini: 106 - 7.500€ • 80 cv (rastos) - 10.000€ • 874-90 - 12.000€ • Landini 7680 - 7.500€ • Massey Ferguson: 390 DT - 10.000€ • 4370 DT • New Holland: 6640 • 80-66 DT - 15.000€ • 8670 • 8670 c/ cab. A/C - 30.000€ • TD90D • TK100 (rastos) - 20.000€ • TL100 - 17.500€ • TL100 c/ cab. A/C - 20.000€ • TM165 • Renault: 120 cv - 10.000€ • 95 cv c/ cab. A/C - 10.000€ • Same: 100 - 6.000€ • 70 cv - 5.000€ • 80 cv - 5.000€ • 85 cv - 5.000€ • 95 cv 7.500€ • Valmet 1180 - 15.000€ • Zetor: 70 cv - 5.000€ • 80 cv - 5.000€ CEIFEIRAS DEBULHADORAS: Case-IH 1440 - 20.000€ • Claas 68 (rastos) (A) - 7.500€ • Fiatagri 3500 (rastos) (A) - 10.000€ • John Deere: 1055 - 12.500€ • 1075 - 12.500€ • Laverda: 112 (rastos) (A) - 7.500€ • 132 (rastos) (A) - 7.500€ • 3400 - 15.000€ • 3650 - 15.000€ • M100 - 10.000€ • M120 - 4.000€ • M132 - 10.000€ • M152 - 10.000€ • New Holland: 8040 - 10.000€ • 8050 - 12.500€ • 8050 (rastos) (A) - 7.500€
USADOS: Tractores: Case-IH 5150 (1997) • Claas Ares 697 ATZ (2007) • Claas Arion 640 (2008) • Fendt Farmer 310 LSA turbo (1987) • Ford 7610 (1989) c/ car. fr. • John Deere 2140 • Charruas: Galucho CH 2F-16” H. • Joper vinhateira • Nardi • Fresa Galucho hidráulica • Grade de discos Galucho GVL36x28” (2008) • Semeadores: Solá Super Combi 194 (2005) • Solá Super Combi 888 (1998) • Amazone Primera • Galucho SD 4000 • Mais alfaias e máquinas usadas em stock
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maio / junho 2014 · abolsamia
Beja • Faro • Açores • Europa
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Escolha a opção que mais lhe convém (1, 3 ou 12 meses) Faça Transferência bancária para NIB: 0007 0000 0182 8400 2402 3 e mande-nos o comprovativo para o email: joaocorreia@abolsamia.pt O seu microsite fica de imediato disponível para começar a vender os seus equipamentos usados. + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/henriquesfrancisco
abolsamia · maio / junho 2014
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Máquinas Indústriais
USADOS: Charrua Safisal 2F-10” 180º • Fresa Galucho FN1700 • Tractores: Fiat 480 • Massey Ferguson 135 • Massey Ferguson 35 X • Mais máquinas usadas em stock.
USADOS: Tractor Ford 8210 + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/automecaalvorgense
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maio / junho 2014 · abolsamia
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