Diretor: Nuno de Gusmão • 6,00€ Ano XXI • nº 94 • novembro/dezembro 2014
máquinas agrícolas
Acidentes com tratores Tendências
Inspeção periódica de tratores, uma problemática atual
Mais robótica e máquinas de maior potência
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ATC
Agricultura de tráfego controlado
CONHEÇA CINCO Dos nomeados para o trator do ano
Na floresta
Pinheiro Bravo, sim ou não? Opiniões a favor e contra
Dia Nacional Maschio Gaspardo • Massey Ferguson, a nova Série Global • Landini, 130 anos + 130 horas • Conceito M7001, a nova insígnia Kubota • Campeonato Mundial de Lavoura • Agroglobal • Vinitech-Sifel • Innov-Agri • Potato Europe
Novo T6 Auto Command
Agricultura
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Editorial por Francisca Gusmão
ficha técnica Diretor Nuno de Gusmão Propriedade Nugon - Publicações e Representações Publicitárias, Lda. Contribuinte 502 885 203 Registo 117122 Depósito legal 117.038/97 Sede R. S. João de Deus, 21, 2670-371 Loures Escritórios R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 2670-338 Loures - T. 219 830 130 F. 219 834 214 Email: abolsamia@abolsamia.pt Redação Nuno de Gusmão, Francisca Gusmão, João Sobral, Ângelo Delgado Colaboraram nesta edição João Pedro Rego, Luís Alcino Conceição e Nuno Marques Publicidade Francisca Gusmão, Américo Rodrigues, Catarina Gusmão Pré-impressão Sílvia Patrão, Catarina Gusmão Cartoonista Nelson Martins Assinaturas João Correia Parceiros multimédia workmove.net Impressão Jorge Fernandes, Lda Rua Quinta Conde de Mascarenhas, Nº9, Vale Fetal - 2825-259 Charneca da Caparica, Tel. 212 548 320 Tiragem 10.000 exemplares Os textos e fotos, bem como os anúncios registados com “a bolsa m.i.a.®” são propriedade da Nugon,Lda., não podendo ser reproduzidos sem autorização, por escrito, da mesma. O conteúdo dos anúncios e das publi-reportagens dos clientes é da sua exclusiva responsabilidade.
Ir à frente
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As notícias que lemos quase diariamente de acidentes envolvendo tratores, com uma taxa de mortalidade muito superior à de qualquer outra categoria de veículos, não podem deixar-nos indiferentes. O retrato atual é mau: em Portugal, os acidentes com tratores matam oito vezes mais que os de automóveis ligeiros e pesados e mais do dobro dos que ocorrem com motociciclos! A idade do parque de máquinas e a ausência do arco de segurança, a par com a fadiga, a condução sob o efeito de álcool e o excesso de carga transportada são as principais causas visíveis e mensuráveis apontadas para um nível de sinistralidade tão elevado. Porém, na base destes números preocupantes está seguramente um défice comum a uma grande parte das pessoas que trabalha diariamente com as máquinas agrícolas: a falta de formação específica que afeta, em circunstâncias diferentes, tanto utilizadores ocasionais como profissionais. Os primeiros por falta de habilitações e experiência na condução de tratores; e os outros, os que fazem da operação de máquinas agrícolas a sua profissão, porque na maioria dos casos têm como formação de base apenas a licença para condução de tratores que, contudo, nada prevê sobre a utilização de máquinas tão complexas e potencialmente tão perigosas como podem ser todas quando não se conhecem a fundo as suas condições de utilização.
Dá que pensar. Para que servem as constantes e admiráveis inovações tecnológicas, pensadas com o propósito último de proporcionarem maior segurança, maior conforto e mais produtividade, se delas não se souber tirar proveito?
Os próprios operadores também podem sempre aprender mais do que aquilo que lhes ensinam. O tema da segurança no trabalho com máquinas agrícolas exige o envolvimento das autoridades, dos fabricantes e dos comerciantes do setor e a definição de ações concertadas… coisas que levam tempo…. Mas entretanto, cada um dos intervenientes, na sua esfera de ação, pode ir fazendo aquilo que está ao seu alcance procurando, na medida do possível, facilitar da melhor forma e com eficácia o conhecimento e a formação a quem vai fazer uso das máquinas. E já agora, os próprios operadores também podem sempre fazer por aprender mais do que aquilo que lhes ensinam, ou não fosse hoje a informação um bem acessível a todos. ABOLSAMIA · novembro / dezembro 2014
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Sumário AGENDA novembro/dezembro 116 Para aprender – para visitar – para relaxar – para conhecer – para cozinhar – para vestir. Espreite as nossas sugestões!
ANTIGAMENTE ERA ASSIM… O preço dos produtos e salários na Agricultura em 1921 6
CURIOSIDADES Mais mobilidade em cadeira de rodas 35 BKT patrocina tournée europeia do Monster Jam 68 Multicopter VV1, elétrico e tripulado 68
EMPRESAS Visão do Futuro, segundo a Massey Ferguson 10 Poupar 3800 euros com pneus Trelleborg 10 Pöttinger com volume de negócios de 314 milhões 12 GIMA comemora 20 anos 12 Kuhn tem novo CEO 12 Trelleborg presente no Campeonato Espanhol de Lavoura 12 AGCO aposta na cana de açúcar 14 Dewulf compra Miedema 14 Galp entre as empresas mais sustentáveis 14 Galucho tem novaliderança 27 Terralis fez Dia Aberto 40 O Grupo Bridgestone tem nova estratégia e uma gama alargada 62 Reptractor vende unifeed Kuhn SPV12 66
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Mecânica Agrícola volta às máquinas agrícolas com a New Holland 70 Deltacinco reforça presença em Portugal 79 Momentos New Holland 114
ENTREVISTA Saber adaptar-se 108 Para conseguir estar em sintonia com as leis ambientais que regulamentam a aplicação de chorume no nosso país, um jovem empresário agrícola pôs todo o seu engenho na construção de um equipamento que também lhe permite poupar recursos e tempo.
ESPAÇOS VERDES Limpa-bermas Lagarde com discos de poda Stihl lança novas podadoras de sebes Novos cortadores de relva Viking
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Estatísticas Mercado de tratores, reboques e semirreboques em Portugal e Espanha 119
FEIRAS QUE VISITÁMOS PotatoEurope Innov-Agri Agroglobal
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FLORESTA Pinheiro Bravo: sim ou não? Existem os defensores da produção em massa da espécie, e há quem
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prefira outras alternativas, apontando o longo tempo de espera, incêndios e pragas como obstáculos difíceis de ultrapassar. As opiniões que recolhemos dão-nos uma visão mais clara do atual estado de espírito da massa crítica envolvida nesta indústria. O trator florestal polivalente Prime-Tech 100 Para melhor compreender a versatilidade e capacidade de trabalho da Prime-Tech PT 300, a abolsamia falou com Andreas Lambacher, diretor de vendas da Prime-Tech e com a gerência da Unitractores. Loja da Floresta: ao serviço da 96 agricultura e floresta Trator florestal produzido na Alemanha 97 Um capacete com absorção de impactos 98 Controlo inteligente da lança num forwarder 98 Máquina de limpeza de árvores 98 Rolos de tração para cabeças de corte 99 Medir pilhas de madeira com smartphone 99 Cunha Mecânica para abate de árvores 102 Pinça para sobrantes 102 Novas motosserras 102 Stihl a gasolina FAE comemora 25 anos de atividade 103 Westtech renova gama de cabeças processadoras 104 Grupo Stihl, Encontro Regional de Distribuidores 105
Afonso de Oliveira e Costa vende MF7618 Dyna VT 79 Alonsos e Branco na feira dos Gorazes
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PRODUTO Deutz-Fahr apresentou nova série de ceifeiras debulhadoras
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A nova geração do New Holland T8 chega em 2015 42 Charrua rápida Bugnot para lavoura superficial
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Thierart lança recuperador de palha para ceifeiras 42 Monda entre linhas e plantas da Garford
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FORMAÇÃO
Fliegl apresenta reboque com grade de proteção 44
Curso de Operadores de 118 Máquinas Agrícolas
Cultivador Sketetee para controlo de infestantes 44
Boas práticas para tornar reuniões mais produtivas 138
NOTÍCIAS II Encontro Nacional do Setor do Azeite Campeonato Mundial de Lavoura 2014
John Deere 9R e 9RT com potência aumentada 44 Os subsoladores pesados da Samco
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Ventura na Expobiomasa 88
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Väderstad mostra novidades de produto
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Massey Ferguson apresenta ceifeiras debulhadoras 89
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Boletim assinatura PORTUGAL / EUROPE 1 ano/year ( 5 Revistas + 1 Anuário ) 38€/ 70€
regiões Concessionários / Máquinas usadas
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REPORTAGENS Conceito M7001, a nova 38 insígnia Kubota Em setembro passado, a Kubota mostrou o seu “novo conceito” nos tratores que compõem a nova Série M7. Esta série disponibiliza três modelos com 130, 150 e 170 cv de potência, em três níveis de equipamento: Standard, Premium e CVT. Fomos conhecê-los. Dia Maschio Gaspardo 46 O Dia Nacional Maschio Gaspardo, não serviu apenas para juntar agricultores e concessionários na Casa Cadaval. Além das aguardadas novidades, a marca comemorou os seus 50 anos. Trator do Ano: Os testes em campo 50 Durante o mês de setembro uma boa parte do nosso tempo é dedicada às sessões de testes em campo que ajudam a definir os vencedores do Trator do Ano. Mostramos-lhe aqui como se comportaram os 5 finalistas a Trator do Ano.
Massey Ferguson Série Global, tratores simples com tecnologia contemporânea 64 Foi em Beauvais, França, que experimentámos um dos primeiros tratores da Série Global saídos da linha de montagem, o MF 4709. Landini, 130 anos 72 + 130 horas Já ouviu falar do 24 horas Le Mans? O que aqui relatamos é mais ousado. A Landini festejou os seus 130 anos de existência organizando uma prova em que o modelo 7-215 esteve 130 horas em funcionamento! A abolsamia esteve lá e conta como foi a aventura. Era uma vez… uma marca 74 chamada Maschio Percorrer centenas de quilómetros no Norte de Itália, visitar algumas unidades fabris da Maschio Gaspardo, conhecer as novidades preparadas para a EIMA, em Bolonha e, por fim, ouvir do próprio Egídio Maschio a estratégia da empresa para o futuro...que também inclui Portugal.
SEGURANÇA Tratores, inspeções e acidentes 30 Obrigatoriedade na inspeção
periódica de tratores. Formação de operadores e autoridades. Tornar obrigatória a utilização do arco de segurança. Envelhecimento do parque. Estes são os principais argumentos de quem defende uma ação conjunta e concertada por parte das entidades responsáveis pelo assunto em Portugal. Ainda assim, outras vozes se levantam, afirmando o contrário. Procurámos fazer um levantamento de opiniões, dados e números, de forma a lançar a discussão sobre esta problemática.
TECNOLOGIA Tendências: + robótica + potência 16 Nos anos mais recentes temos notado duas grandes tendências ao nível das máquinas agrícolas. Um avanço nos pequenos robots projetados para trabalhos minuciosos, e o aparecimento de máquinas de cada vez maior dimensão e potência destinadas às grandes culturas. Richard Markwell e Luís Alcino Conceição ajudam-nos a melhor entender este rumo. ATC, Agricultura de Tráfego Controlado 80 Está a ser praticada sobretudo
2 anos/years ( 10 Revistas + 2 Anuários ) 70€ / 120€
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por produtores de batata e de vegetais mas pode aplicarse a praticamente todas as culturas. Por ser um conceito ainda pouco difundido, talvez não lhe seja familiar. Explicamos-lhe em que consiste.
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VITICULTURA Vinitech-Sifel: conheça os premiados desta edição 86
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Antigamente era assim... por Nuno de Gusmão
Em 1921 era assim ... .… ..o preço dos produtos e salários na agricultura Por se tratar de um tema que entendemos ser do interesse dos leitores da nossa rubrica do Antigamente, vamos dar a conhecer o preço dos produtos e salários agrícolas praticados em finais do primeiro quartel do século XX. Para a compilação necessária de elementos, recorremos aos opúsculos da Divisão da Estatística Agrícola do Ministério da Agricultura, publicados pela Imprensa Nacional em 1922.
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ntes do aparecimento do motor e, depois, enquanto o mesmo não deu lugar a que a revolução industrial tivesse arrancado, o único suporte da economia mundial era baseado na “arte de empobrecer alegremente”: a Agricultura. A razão que nos leva a publicar, nas primeiras páginas da nossa Revista, temas sobre a História dos Grandes Homens que inventaram e desenvolveram as máquinas e os sistemas destinados ao nobre sector da Mecanização Agrária, prende-se com a homenagem que pretendemos seja feita a quem deu novos meios de produção ao agricultor, com
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maior conforto de operação e real rentabilidade —, tornando a Agricultura numa actividade que, devidamente assim explorada, tem concorrido e vai necessariamente continuar a contribuir para que a economia dos países possa dar o melhor nível de vida possível às suas populações. O relatório estatístico sobre o preço de produtos agrícolas, agora sintetizado, referente às regiões do Continente, foca a média dos valores do mercado decorrentes no ano 1921, e abrange: - cereais, farinhas e pão, bolbos, legumes, tubérculos, frutas frescas e secas, azeite e vinho. Comparando o preço dos
produtos e salários agrícolas de Portugal, de há 100 anos, com o preço dos mesmos praticados por essa Europa fora, pela miséria generalizada que por lá também grassava, ficamos com uma imagem da penúria ou da fome por que a maioria dos nossos avós passou. Baseando-nos nos valores das tabelas juntas, como
demonstração do nível de vida Zero do povo desses tempos, basta uma simples conta para vermos que o dinheiro de cada jorna (quando havia...) mal chegava ou não chegava para alimentar o agregado mínimo de cada família. O Pão, na época em questão, era o produto alimentar por excelência da
grande maioria da população de então ; podendo, inclusive, em muitos casos, sobretudo nas zonas do interior, ser considerado como alimento exclusivo através de refeições anuais à base da açorda; ou, ainda, como fazendo parte do farnel dos pastores, nesse caso muitas vezes composto por pão mole tendo por conduto o pão duro.
1921
Operações agrícolas Salário médio diário (Escudos) Os preços mencionados são a retalho (venda ao público). Em relação a salários, por jorna, para homens e mulheres, as estatísticas incluem os diferentes valores praticados em cada uma das operações de campo (cava, sementeira, poda, vindima, etc).
s e Bolbos m Tubérculo Home
Mulher 1$37 2$84 ura vo 1$13 La u o a 6 Cav ção 2$9 ta n la P a/ 1$54 ir Semente 3$08 toa n o $54 m A e a Sach 3$31 1 $58 m 1 e ag at 6 lf 9 u S 2$ $43 1 e Arranqu 3$03 io/dia d é m io ár Sal
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$19 2$85 1 $51 1 9 9 2$ $62 1 3$11 $45 1 — $53 1 7 9 $ 2 $93 1 3$56 $58 1 5 3$2 $53 1 2$67
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— 2$76 — 3$02 — 5 2$8 1$41 — — 2$88
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Antigamente era assim...
imagens de: www.postaisportugal.canalblog.com
Camponeses
Semeador
Pastor
Vendedora de galinhas
Camponesa
1921 versus 2014 Salários mensais
Média de salários dos operários agrícolas Feitas as contas à jorna do homem e da mulher, em 1921, a média de salário do homem era 73$25 e da mulher, 37$25. Comparando esses valores com os de hoje, concluímos que para um homem comprar um cabaz de produtos agrícolas (ver quadro ao lado) gastava quase 20% do seu salário mensal; se fosse mulher, um terço. Já nos dias que correm, com cerca de apenas 5% dum salário, seja homem ou mulher, se
avia o mesmo cabaz de há cerca de cem anos atrás! Lembramos que os valores de salários mencionados são apenas indicativos e que ficavam muito aquém das necessidades alimentares das numerosas famílias dos assalariados agrícolas de então. Por outro lado, a carne e o peixe, entre outros, não constam em linha de conta, na medida em que só entravam na mesa do pobre, “quando o Rei fazia anos”.
Cabaz de produtos
Média dos salários mensais
Ano 1920 Ano 2014 Escudo $
Homem 73$25 Mulher 37$25
Euro €
800,00 700,00
20%
73$25
salário
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33%
37$25
salário
Preço médio Escudo $
Euro €
1 kg arroz 1$14 0,68€ 1 kg trigo 1$10 0,42€ 1 pão de kg 0$65 1,99€ 1 kg batata 0$39 0,33€ 1 kg feijão 0$66 2,00€ 1 kg cebola 0$24 0,48€ 1 kg tomate 0$29 1,59€ 1 kg amêndoa 1$48 8,00€ 12 laranjas 0$63 3,24€ 12 maçãs 0$47 2,14€ 1 kg uvas 0$43 2,50€ 1 L azeite 3$85 5,00€ 1 L vinho tinto 0$60 1,50€ 1 L vin. branco 0$66 1,50€ Total 12$59 31,37€
Empresas Poupar 3800 euros com pneus Trelleborg
Visão do Futuro segundo a Massey Ferguson Massey Ferguson Dois anos depois, o Vision of the Future regressou aos campos de cultivo de Beauvais, França. Máquinas, inovação, tecnologia e estratégias para a agricultura de futuro. De 19 a 29 de Agosto, jornalistas, concessionários e importadores viveram as experiências proporcionadas pelo Grupo AGCO. No total, foram mais de seis mil visitantes. De Portugal, viajaram 60 pessoas. E todos tiveram a oportunidade de assistir ao vivo a uma ópera preparada por Campbell Scott – diretor de engenharias de vendas e desenvolvimento – onde tratores, ceifeiras, enfardadeiras e outras máquinas fizeram as vezes dos músicos e atores. Outro dos “highlights” do Vision of the Future prendeu-se com a visita ao Centro Tecnológico da AGCO e ao Instituto Politécnico LaSalle, locais onde são forjadas algumas das inovações desenvolvidas pelo grupo. Mas foram as máquinas as principais atrações: a Série Global [abordada na edição anterior da abolsamia], com destaque para os MF4708 e MF4709. Tratores Massey Ferguson que resultam de um processo de investigação e desenvolvimento que teve a duração de mais de seis anos e que contou com um investimento de 260 milhões de euros. Também bastante aguardado, o discurso de Thierry Lhotte – vice-presidente da Massey Ferguson para a área do marketing na Europa, África e Médio Oriente – revelou a sua visão para o futuro da agricultura numa perspetiva, também ela, global. “É vital que o solo seja bem trabalhado, de forma a suportar as movimentações inerentes à mecanização agrícola, e permitir ainda a infiltração e armazenamento de água. No que toca à preservação do meio-ambiente, deverá existir uma correta aplicação de todos os produtos ligados às produções, nomeadamente fertilizantes e sementes, bem como uma análise detalhada da terra para cultivo. Outro aspeto relevante para a agricultura de futuro é a entrada de jovens profissionais para o setor. A União Europeia possui apenas seis por cento de agricultores com menos de 35 anos, sendo que vários estudos mostram que estes têm um índice de produtividade superior ao restantes em cerca um terço”.
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Trelleborg A empresa divulgou, durante o evento Vision of the Future, da Massey Ferguson, os resultados de um estudo efetuado, onde mostra que as impressões/marcas da superfície de um pneu mais amplo podem aumentar a eficiência e produtividade das operações de cultivo. O documento desenvolvido divulga, até, alguns números para sustentar a tese: numa área cultivável de 500 hectares, pode-se fazer uma poupança de 3800 euros. Os testes foram feitos em Beauvais, França, localidade que recebeu o Vision of the Future. Foram utilizados dois tratores Massey Ferguson 7617 Dyna – 6 Efficient, numa pista de 200 metros, sendo que uma das máquinas equipou-se com pneus Trelleborg 710/60R38 TM1000 High Power, e o outro trator “calçou” o modelo standard: 510/85R38. As avaliações foram efetuadas através de cronómetros digitais que mediram o tempo que cada trator precisou para atravessar a pista, além de dois dispositivos instalados em cada
uma das máquinas para mostrar os respetivos consumos de combustível. A combinação da largura do pneu, além da elevada flexibilidade lateral, garantem uma pegada/impressão/marca plana e larga a baixa pressão. Desta forma, a lama não se agarra ao pneu, aumentando a sua capacidade de auto-limpeza. Assim, os tacos do pneu operam de um modo mais eficiente, pois a sua área de trabalho é 46% superior, e garantem, por isso, uma maior tração e equilíbrio de custos. A pegada/impressão/marca do 710/60R38 TM1000 High Power é 36% mais larga que o modelo standard, proporcionando uma distribuição da pressão no solo mais baixa, bem como uma melhor flutuação. Esta conjugação de fatores garantem uma cultura mais produtiva. Os resultados dos testes feitos pela Trelleborg revelam que, em qualquer tipo de solo, o 710/60R38 TM1000 High Power possui uma eficiência maior, reduzindo o consumo de combustível em 16%.
Empresas Pöttinger com volume de negócios de 314 milhões
Kuhn tem novo CEO Kuhn Thierry Krier é, desde outubro, o novo CEO do Grupo Kuhn, tendo substituído Michel Siebert, antigo presidente do grupo. Apesar das mudanças estruturais, e para assegurar a continuidade, Siebert irá manter as suas funções como presidente do conselho da Kuhn SA, Kuhn-Audureu e Kuh-Huard, aceitando ainda realizar algumas missões não operacionais. Michel Siebert serviu a empresa durante mais de 35 anos, tendo sido nomeado presidente do Grupo em 1999. Sob a sua liderança, a Kuhn passou de uma bem sucedida companhia francesa para uma empresa próspera a nível global, que emprega mais de 5000 pessoas, opera em 12 locais na Europa, América do Norte e do Sul, possuindo ainda 11 empresas de marketing e distribuição localizadas nos cinco continentes. Em 2013, a faturação do Grupo ultrapassou os mil milhões de euros. O seu sucessor, Thierry Krier, deu os primeiros passos na multinacional em 1990. Os últimos 20 anos foram passados como presidente e CEO das empresas Kuhn na América do Norte, tendo desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento do Grupo naquele continente.
Pöttinger Quatro anos consecutivos de crescimento e no ano fiscal de 2013/14 um novo recorde no volume de negócios: 314 milhões de euros. Segundo nota de imprensa divulgada pela marca austríaca, estes resultados devem-se à orientação para o cliente, excelente relacionamento com os concessionários e um comprometimento muito grande para com os seus mais de 1500 colaboradores. Voltando à análise dos números, a Pöttinger afirma que 61 por cento das suas receitas provêm da tecnologia agrícola dedicada às pastagens, ficando 26 pontos percentuais para a área dedicada ao cultivo. O mercado doméstico mantém-se forte, possuindo uma quota na ordem dos 15 por cento. Ainda assim, destaque para as exportações da Pöttinger que atingem 85 pontos, representando, por isso, um volume de vendas de 266 milhões de euros. Cerca de 66 por cento das vendas na área das tecnologias agrícolas têm como destino a Alemanha, França, República Checa, Suíça, Polónia e, também o mercado austríaco. Fazendo uma análise regional, de referir que a América do Norte – com um aumento de 47 por cento –, a Oceânia (26%) e a Comunidade de Estados Independentes (7%) mostram que a Pöttinger cresce a nível global.
GIMA está a comemorar 20 anos AGCO/Claas A GIMA (Groupement International de Mecanique Agricole) está sediada em França, e dedica-se ao desenvolvimento de transmissões para máquinas agrícolas. Foi fundada em 1994 pelo Grupo AGCO e pela Renault Agriculture, tendo a Claas tomado posição na joint venture quando adquiriu a secção agrícola da Renault. A fábrica ocupa 4,7 hectares das instalações do Grupo AGCO em Beauvais, é propriedade dos dois grupos industriais, que detêm partes iguais, e produz anualmente mais de 20.000 transmissões (caixas de velocidades e eixos traseiros). A maior parte dos componentes fabricados pela GIMA destinam-se à linha de montagem da Massey Ferguson em Beauvais e os restantes, cerca de 40%, são enviados para a fábrica de tratores da Claas em Le Mans. A GIMA emprega perto de mil funcionários e o seu volume de negócios ronda os 325 milhões de euros.
Trelleborg presente no Campeonato Espanhol de Lavoura Trelleborg A Trelleborg marcou presença na 39ª edição do Campeonato Nacional de Lavoura, que se realizou no passado mês de setembro, em Riocabado, Ávila, Espanha. Ramón Martinez, country manager da marca em Portugal e Espanha, explicou a presença no evento. “O Campeonato Nacional de Lavoura é um certame que promove a excelência e a paixão no setor agrícola, sendo, por isso, um orgulho enorme estar associado a este espetáculo. Além disso, trata-se de uma grande oportunidade para a Trelleborg mostrar os seus produtos inovadores, recebendo, de imediato, um feedback por parte dos nossos clientes”. O concurso – organizado pela Associação Agrária de Jovens Agricultores (ASAJA), reuniu os melhores tratores do país, que entraram em competição num espaço de 40 hectares. Os vencedores representarão Espanha no Campeonato Mundial de Lavoura 2015, que se realizará na Dinamarca. Entre as novidades apresentadas pela Trelleborg, destaque para os pneus TM1000 High Power IF 710/70R42 e o TM3000 800/65R32 para ceifeiras-debulhadoras.
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Empresas AGCO aposta na cana-de-açúcar AGCO
O Grupo Agco acaba de reforçar a sua posição no setor da cana-de-açúcar ao adquirir a Santal, uma companhia brasileira especializada no fabrico de equipamentos destinados àquela cultura. Criada em 1960, em Ribeirão Preto, no Brasil, a empresa conta atualmente com 350 funcionários e atua nos mercados de África e da América Latina. Possui equipamentos para todo o ciclo da cultura, desde a plantação à colheita, e inclusive para manuseamento e transporte. A colhedora 5010 (na foto) é um dos modelos mais sofisticados produzidos pela marca. O Grupo AGCO já detinha o controlo da empresa desde janeiro de 2012, altura em que adquiriu 60% do seu capital.
Galp entre as empresas mais sustentáveis Galp energia
A companhia portuguesa voltou a integrar o grupo de empresas mais sustentáveis do mundo, integrando, pelo terceiro ano consecutivo, o Dow Jones Sustainnability Index. A Galp Energia obteve 77 pontos em 100 possíveis que compara com uma média de 49 pontos no seu setor (oil & gas). De referir que este ano apenas seis empresas europeias desta indústria fazem parte do ranking. A empresa obteve a pontuação máxima em várias categorias das três dimensões analisadas – económica, ambiental, e social – nomeadamente na “Gestão de risco e crise”, “Transparência”, “Biodiversidade”, “Riscos relacionados com a água” e “Impactos sociais na comunidade”. O índice global integra este ano 319 empresas, enquanto o europeu conta com 154 membros.
Trelleborg mostra tecnologia Trelleborg
Dewulf compra Miedema Dewulf A Dewulf alcançou um acordo preliminar para a aquisição da Miedema, empresa especializada no armazenamento, triagem, transporte e cultivo de batatas e vegetais. Desta forma, a empresa belga aumenta a sua área de intervenção, podendo trabalhar as áreas dominadas pela Miedema e conseguir um alcance global no cultivo daqueles produtos. A finalização da compra por parte da Dewulf deverá ser oficializada nos últimos meses do ano, sendo que as operações da Miedema continuarão a decorrer em Winsum, na Holanda. As primeiras operações conjuntas das duas empresas serão realizadas na área de vendas de maquinaria e no departamento de marketing.
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De agosto até ao final do ano, a Trelleborg está a marcar presença em vários eventos internacionais, na Suíça e na Alemanha, para mostrar o seu portfólio. No passado dia 27 de agosto, a Trelleborg esteve representada nos dias de campo Fendt-Saaten Union, um evento bianual realizado em Wadenbrunn, Alemanha. No certame, o novo Fendt 1000 Vario esteve equipado com pneus TM1000 High Power, de tamanho IF900/65R46. Rolf Christmann, diretorgeral da Trelleborg para o mercado alemão, austríaco e suíço enalteceu o “forte compromisso existente com a Fendt, que resulta em inúmeras iniciativas de marketing em conjunto”, adiantando ainda que a sua empresa se posiciona como
um dos principais fornecedores de produtos premium junto do grupo AGCO. A Trelleborg foi o único fabricante a apresentar duas opções de pneus TM 1000 High Power para o Fendt 1000 Vario no segmento de 2,3 m e 46 polegadas: o IF 750/75R46TL 180D e o IF 900/65R46TL 190D. A Trelleborg está a marcar presença noutras feiras locais, na Alemanha e na Suíça, com destaque para a AGRAMA.
Tecnologia por João Sobral*
TENDÊNCIAS
Mais robótica e mais potência Nos anos mais recentes temos notado duas grandes tendências ao nível das máquinas agrícolas. Um avanço nos pequenos robots projetados para trabalhos minuciosos, e o aparecimento de máquinas de cada vez maior dimensão e potência destinadas às grandes culturas. Richard Markwell e Luís Alcino Conceição ajudam-nos a melhor entender este rumo.
Parte 1 Tendências na indústria das máquinas agrícolas. O artigo continua na próxima edição.
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Tecnologia Trabalhos minuciosos a cargo de robots Ao longo das últimas edições temos vindo a noticiar o aparecimento de pequenas máquinas destinadas a realizar tarefas agrícolas minuciosas, por vezes dentro de culturas sensíveis. Nuns casos são alfaias com dispositivos eletrónicos de assistência, noutros são máquinas automotrizes de pequena dimensão que, ao recorrerem a tecnologias sofisticadas, são capazes de operar sem intervenção humana. Vamos avivar-lhe a memória revisitando algumas delas. Demos a conhecer o Agrobot, uma máquina desenvolvida aqui ao lado, em Espanha, destinada à apanha de morangos. Além de se conduzir por si própria por entre as linhas das estufas, através de dispositivos de visão artificial deteta os morangos que estão capazes para apanha e os que não estão. Recolhe da plantação apenas aqueles que têm a dimensão e o grau de maturação pretendidos e passa à frente dos que ainda estão verdes. Uma alfaia desenvolvida na América pela Blue River Technology que faz uma monda seletiva em grandes
plantações de alface também teve destaque nestas páginas. Recorre a imagem computacional para identificar as plantas muito próximas que necessitam de desbaste e as infestantes que devem ser eliminadas. Falámos ainda de um robot também de origem americana que pode operar de forma ininterrupta, de noite e de dia, e independentemente das condições climatéricas, deslocando vasos em viveiros de plantas. Criado pela Harvest Automation tem a particularidade de poder
Robot para viveiros criado pela Harvest Automation.
orientar-se num espaço onde trabalhem outros robots semelhantes sem que colidam uns com os outros. Mais recentemente, demos a conhecer o Projeto RHEA, que envolveu quase duas dezenas de instituições parceiras, entre os quais o Grupo CNH, pequenas empresas privadas ligadas ao setor tecnológico e institutos universitários de investigação. Se esteve atento, talvez se tenha apercebido de que a lista de equipamentos capazes de funcionar autonomamente que já divulgámos é bem mais extensa. E aqui mesmo, nesta edição, pode encontrar duas alfaias para monda (das marcas Steketee e Garford) que fazem análise de imagens de vídeo para se posicionarem nas entrelinhas de uma plantação de hortícolas e para detetarem o que são plantas e o que são infestantes. Mesmo para nós que acompanhamos de muito perto o surgimento de novas máquinas, muitos destes aparelhos não deixam de nos parecer surpreendentes.
Agrobot, máquina destinada à apanha de morangos.
Alfaia para monda desenvolvida na América pela Blue River Technology.
O cenário em Portugal parque de tratores Como publicámos no Manual de Compras 2014, do Parque de Tratores Manifestado em Portugal, que em 2012 era composto por 165.448 unidades, só 5,18% dos tratores se enquadra num escalão de potência acima dos 100 cv. E do universo de tratores novos matriculados em 2013, este mesmo escalão de potência foi responsável por uma quota de mercado de 16,8% (832 unidades). Se puxarmos ainda mais o zoom vemos que destes, só perto de 20% (166 unidades) são tratores acima dos 150 cv. O grande bolo corresponde ao escalão entre os 40 e os 50 cv (1.122 unidades), logo seguido do escalão que vai dos 60 aos 80 cv (1.043 unidades).
* A versão original foi escrita segundo a antiga ortografia. ABOLSAMIA · novembro / dezembro 2014
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Tecnologia Trabalhos em campo aberto a cargo de maior potência Os principais fabricantes de máquinas agrícolas têm vindo a escalar a montanha da potência e estão cada vez lá mais em cima. Isto acontece sobretudo nos tratores. Mas não só. A máquina agrícola mais potente do mundo é uma ensiladora. Vejamos então o que está a acontecer nos segmentos de maior potência de cada fabricante. Como são tratores maioritariamente destinados aos trabalhos de solo, vamos pôr em destaque dois elementos que são importantes
O S374 é o maior trator fabricado pela Valtra.
neste tipo de tarefa: o peso sem lastragem e a distância entre eixos. Relativamente ao peso podem procurar-se diferentes combinações. Nos tratores mais leves é possível adicionar lastragem para melhorar a tração e voltar a retirá-la para trabalhos que exijam performance mas em que a compactação se pretenda reduzida, ou em transporte. Já a distância entre eixos é naturalmente uma característica inalterável e que pode desvendar alguma coisa sobre a personalidade de cada trator. Marcante na personalidade de cada um é também a sua estrutura base. Neste segmento encontramos uma grande variedade de configurações: rígidos com dois rastos de borracha, articulados com rodas iguais ou quatro rastos de borracha, convencionais rígidos com rodas iguais e também com rodas desiguais. Comecemos pela Massey Ferguson. O maior trator da
O 11440 TTV alarga a oferta da Deutz-Fahr até aos 440 cv.
marca é o MF 8737, que através de um bloco Agco Power de 6 cilindros e 8,4 litros atinge os 400 cv de potência máxima. A distância entre eixos é de 3093 mm e pesa 10,8 toneladas. Na finlandesa Valtra, o S374 tem a propulsão assegurada pelo mesmo motor e atinge exatamente a mesma potência. A distância entre eixos é de 3105 mm e pesa 10,3 toneladas. Sendo ambos produzidos em Beauvais, são poucas as diferenças entre o S374 e o MF8737. Talvez a maior delas seja o facto de o
Valtra poder ser equipado com posto de condução reversível. Vejamos agora o que se passa no Grupo SDF, onde a DeutzFahr é a marca que está na dianteira a nível de potência. Com a série 11, cuja produção deverá arrancar até ao final de 2015, a marca vai chegar aos 440 cv. Uma antevisão do modelo 11440 TTV, que contará com um motor Mercedes de 6 cilindros e 12,8 litros, foi mostrada pela primeira vez na última Agritechnica. A distância entre eixos é de 3250 mm e pesa 13,5 toneladas. A Fendt vai mais adiantada. Em 2007 apresentou o protótipo TriSix, que tinha a particularidade de possuir seis rodas. Situava-se na faixa de potência dos 500 cv mas
Traços de personalidade dos maiores tratores Marca / modelo
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Potência
Distância entre eixos
Peso
Tração
MF 8737
400 cv
3093 mm
10,8 ton
Convencional
Valtra S374
400 cv
3105 mm
10,3 ton
Convencional
Deutz-Fahr 11440 TTV
440 cv
3250 mm
13,5 ton
Convencional
Fent 1050 Vario
500 cv
3350 mm
14 ton
Convencional Convencional de rodas iguais
Claas Xerion 5000
530 cv
3600 mm
13,4 ton
Challenger MT875E
640 cv
Não se aplica
19,3 ton
Dois rastos
John Deere 9620 R
670 cv
3912 mm
19 ton
Articulado de rodas iguais
Case IH Steiger 620
682 cv
3912 mm
21,8 ton
Articulado de rodas iguais ou rastos
New Holland T9.700
682 cv
3911 mm
20 ton
Articulado de rodas iguais ou rastos
Crédito: Grainews Blog
acabaria por não passar à fase de produção. No entanto, a marca não desistiu de possuir oferta neste segmento e acabou por desenvolver a recémlançada série 1000, mas com uma configuração convencional, distante da direção anunciada há sete anos. O modelo 1050 Vario alcança os 500 cv, é o maior da série, e também o trator convencional mais potente do mercado. Recorre a um bloco de 6 cilindros e 12,4 litros fornecido pela MAN, prevendo-se que as primeiras entregas sejam feitas até ao final de 2015. A distância entre eixos é de 3350 mm e pesa 14 toneladas. Sem sairmos da Alemanha encontramos os Xerion, que são os únicos tratores da Claas fabricados naquele país. Estão no topo da gama, sendo o Xerion 5000 o maior de todos. Com um motor Mercedes de 6 cilindros e 12,8 litros, apresenta uma potência máxima de 530 cv. A distância entre eixos é de 3600 mm e pesa 13,4 toneladas. É um trator fora do comum, não só por a direção poder funcionar em estilo caranguejo mas também porque a cabine pode ser posicionada de três diferentes maneiras. Regressamos ao Grupo Agco, desta vez para vermos até onde vai a gama da Challenger. O seu modelo de topo é o MT875E. Com um impressionante motor
John Deere 9RX, protótipo articulado de 4 rastos.
V12 de 16,8 litros fornecido pela Agco Power alcança os 640 cv de potência máxima. Possui dois rastos de borracha e pesa 19,3 toneladas. Ainda mais acima encontramos a John Deere. Os 9R são tratores articulados que ocupam o lugar cimeiro na oferta da marca. O 9620R, o maior da série, recorre a motor Cummins de 15 litros e alcança os 670 cv de potência máxima. Apresenta uma distância entre eixos de 3912 mm e pesa 19 toneladas. Na série 9 também há modelos de dois rastos (RT), que se ficam pelos 628 cv de potência máxima, e é provável que venha a haver uma terceira configuração. Um articulado de 4 rastos de borracha em versão protótipo (9RX) foi recentemente desvendado pela John Deere em Milwaukee, nos Estados Unidos. No caso de vir a entrar em produção, deve situarse neste mesmo nível de potência. Quando chegamos à New Holland apercebemo-nos de que está ainda mais acima, ainda que com uma ligeiríssima diferença. Os T9,
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Tecnologia T9.700, o maior trator fabricado pela New Holland.
que são vendidos na América e em apenas em alguns mercados europeus, são tratores articulados que podem equipar com rodas ou com quatro rastos de borracha. O maior da série é o T9.700, que tem escondido debaixo do capot um motor FPT Cursor 13, de 12,9 litros, ao qual são atribuídos 682 cv de potência máxima. A distância entre eixos é de 3911 mm e pesa 20 toneladas. Foto New Holland T9 Como faz parte do Grupo CNH e os seus modelos de topo são igualmente fabricados na fábrica de Racine, nos Estados
Ensiladora Krone Big X 1100.
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Unidos, os modelos de topo da Case IH, o Steiger 620 e o Steiger Quadtrac 620, possuem características semelhantes às dos New Holland T9. Apenas o peso de 21,8 toneladas é ligeiramente superior. Daqui para cima não há mais nada no que diz respeito a tratores. Mas se olharmos para baixo, mesmo os fabricantes que até aqui se têm posicionado em segmentos de baixa e média estão a fazer a sua escalada. Isso acontece com as marcas do Grupo Argo, a Landini e a McCormick, acontece com a Kubota, com a Iseki, e também com a Kioti. Está cada uma em diferentes zonas da montanha, mas todas a olhar lá para cima. Em mercados mais periféricos, encontramos marcas com
tecnologia algo arcaica mas com níveis de potência muito altos. É o caso da Kirovets, da Rússia, cujo modelo K-9500 ascende aos 510 cv, e da Belarus, da Bielorrússia, que na edição deste ano da principal feira daquele país, a Belagro, fez a pré-apresentação do modelo 4522 que alcança os 450 cv. A lista não ficaria por aqui mas há exemplos que não têm relevância para o mercado europeu. Apenas uma nota para a canadiana Versatile, que não sendo nem periférica nem arcaica, está agora a expandirse à Europa. O HHT 575, um articulado de rodas iguais, é o seu maior trator. Possui motor Cummins e chega aos 610 cv de potência máxima. Tem uma distância entre eixos de 3930 mm e pesa 20,7 toneladas. E deixando agora para trás os tratores, lá mais acima o que vemos é outro género de máquinas com propulsão própria, como ceifeiras-debulhadoras, ensiladoras automotrizes, e colhedoras de batata e de beterraba. A máquina agrícola mais potente do mundo encontramo-la neste grupo. É a ensiladora Krone Big X 1100. Equipada com um motor V12 de fabrico MAN que alcança os 1078 cv. A concorrência segue
também num patamar muito alto, com a maior das ensiladoras da Claas, a Jaguar 980, a recorrer ao mesmo motor de 12 cilindros, do qual extrai 884 cv. A New Holland FR 850, com motor V8 de origem FPT chega aos 824 cv. E as maiores ceifeiras-debulhadoras em que patamar de potência se encontram? Vejamos três marcas que são representativas. A maior da Claas é a Lexion 780. Com motor Mercedes V8 de 16 litros, perfaz 598 cv de potência máxima. Já a John Deere S690, com motor de 12,5 litros, alcança os 625 cv. A New Holland CR 10.90 atinge os 653 cv com recurso a um bloco FPT. Terminamos com uma referência às máquinas colhedoras automotrizes, onde o patamar de potência também está bastante alto. A colhedora de batata Dewulf Kwatro, para quatro linhas, equipa com um motor Scania de 6 cilindros e 12,8 litros que atinge os 500 cv de potência. Nas colhedoras de beterraba, a Euro-Tiger da Ropa está configurada com um V8 de origem Mercedes que alcança os 598 cv, e a Grimme Rexor, também para beterraba, possui um motor Mercedes semelhante, que neste caso chega aos 625 cv.
Máquina colhedora automotriz Grimme Rexor.
Tecnologia
A opinião de Luís A. Conceição Luís Alcino Conceição é professor adjunto da Escola Superior Agrária de Elvas, onde tem a seu cargo a docência das áreas de Mecanização e Inovação Tecnológica. É Investigador do Centro Interdisciplinar para a Investigação e Inovação do Instituto Politécnico de Portalegre e membro do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas da Universidade de Évora.
Abolsamia:
Os tratores de grande potência representam uma quota pouco expressiva do parque de tratores em Portugal. Mas as vendas acima dos 100 cv têm subido ligeiramente, inclusive com algumas unidades vendidas acima dos 250 cv. Como vê esta tendência? Luís Alcino Conceição A tendência de crescimento de potências parece-me ter a ver de alguma forma com o redimensionamento da propriedade agrícola observada nos últimos censos, em que a redução do número de propriedades em muitos casos conduziu a um aumento da dimensão de outras já existentes que apresentando um mais elevado nível de especialização e competência técnica progressivamente têm vindo a atribuir a tarefa da mecanização a prestadores de serviços. Estes por sua vez, também eles tecnicamente melhor formados que o operador de máquinas tradicional, acabam por optar por máquinas de maiores níveis de potência não só pelo nível de equipamento que possuem, como pela possibilidade de aumentar as respetivas capacidades de trabalho, já que se torna possível operar com máquinas de maior largura e velocidade de trabalho e assim amortizando mais facilmente os custos de operação que no passado recente se distribuíam por maior número de conjuntos de máquinas e operadores.
Muitas vezes estes tratores substituem vários tratores de baixa ou média potência. Que possibilidades é que se abrem e que consequências é que isto tem no modo como uma exploração está organizada? 22
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Conforme referi, o aumento de potência dos tratores, quando se justifica considerando o número total de horas de trabalho por ano, permite aumentar a relação largura/velocidade trabalho e assim maiores capacidades efetivas de campo. Por outro lado os níveis de equipamento dos modelos de tratores de potência mais elevada ainda são mais completos do que em modelos de menor potência o que nalguns casos pode conduzir a essa opção. Por exemplo, apesar da tendência de generalização de adoção de soluções de agricultura de precisão em máquinas agrícolas, os sistemas integrados de auto-condução por GPS continuam a ser disponibilizados em média só a partir dos 120 - 140 cv de potência. A questão aqui é até onde “crescer” em potência, e a resposta necessariamente prende-se com a área de trabalho requerida por ano que justifique a amortização desse investimento e o parque de máquinas e alfaias existente na exploração que tem de acompanhar esse investimento. No segmento de grande potência, encontramos diferentes configurações: chassis rígido de dois rastos, articulados de rodas ou quatro rastos, e também convencionais de rodas desiguais. No seu entender, a que se deve uma tão grande disparidade de configurações? Hoje a produção do sistema científico e tecnológico faz-se a um ritmo talvez só comparável ao que se verificou durante os dois conflitos bélicos da Europa com a diferença que a difusão de informação é incomparavelmente superior. Isto faz com que diariamente surjam novas soluções técnicas que originam novos produtos. Assim e
considerando o mercado de máquinas agrícolas um mercado altamente competitivo, salvo em pequenos nichos de mercado, penso que aqui é mesmo uma política das marcas em se manterem a par dos produtos umas das outras dentro dos respetivos segmentos, permitindo assim também manter fidelizados os seus clientes. O aparecimento de pequenas máquinas automotrizes robotizadas não para de nos surpreender. Haverá espaço para elas na nossa agricultura ou tendem a ser equipamentos reservados a certos nichos, nomeadamente asexplorações altamente profissionalizadas? A adoção desta tecnologia a seu tempo pareceme quase inevitável atendendo a três ordens de razões: por estar associada a formas de energias renováveis e amigas do ambiente, por eliminarem tarefas que pela sua repetibilidade ou exposição dos operadores a situações de risco ainda são motivo de acidentes na atividade agrícola e porque permitem a intensificação de tarefas que não têm de ser necessariamente padronizadas mas sim atuando de forma diferenciada consoante as condições da cultura ou do meio envolvente. Na nossa agricultura já vão aparecendo alguns exemplos, como os robots de ordenha, pelo que será tudo uma questão de tempo e de aparecimento de produtos no mercado acompanhados da respetiva consultoria técnica. Acredito que a sua difusão se faça junto de explorações com maior especialização de produção onde se fazem sentir mais os fatores que enumerei anteriormente.
Tecnologia
A opinião de Richard Markwell Richard Markwell é Presidente do CEMA e vice-presidente e diretor da Massey Ferguson para a região EAME. CEMA O CEMA, European Agricultural Machinery, representa um total de 4.500 fabricantes de equipamentos agrícolas onde se incluem grandes multinacionais mas também muitas pequenas e médias empresas. O setor apresenta um volume de negócios de 26 milhões de euros e proporciona cerca de 135.000 empregos diretos e mais 125.000 empregos indiretos, ao nível da distribuição e rede de assistência.
Abolsamia: Ultimamente, há uma tendência para as explorações agrícolas substituírem os seus tratores de baixa e média potência por um menor número de tratores de maior potência. Que vantagens vê na concentração de mais potência em menos máquinas? Richard Markwell As decisões dos agricultores a nível de classe de potência costumam ser feitas tendo em conta o tamanho da sua exploração – e tendo em vista as tarefas específicas que é suposto o trator levar a cabo. Como tal, vemos uma clara tendência no sentido de os agricultores adquirirem tratores com características à medida das suas necessidades operacionais. Por um lado, isto tem de facto resultado numa tendência no sentido das máquinas mais potentes. Na Europa, a procura é neste momento mais forte nos tratores de segmento entre os 210 e os 250 cv. As máquinas de maior dimensão possibilitam maiores larguras de trabalho, o que se pode traduzir em maior conforto e eficiência nos trabalhos agrícolas. Ao mesmo tempo, também assistimos a um mercado em crescimento no segmento dos pequenos tratores em redor dos 30 cv, já que numa exploração há tarefas específicas que
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podem ser melhor desempenhadas por este tipo de máquinas. Os fabricantes têm vindo a apresentar tratores cada vez mais potentes, tendo já sido ultrapassada a barreira dos 600 cv. Pensa que ainda é possível ir muito mais além? Tecnicamente falando, podem ser encarados novos avanços nessa direção. E como o tamanho médio das explorações continua a crescer, existe uma tendência estrutural que favorece o desenvolvimento de máquinas ainda maiores e mais potentes. O que resta saber é que tipo de vantagens práticas irão tais máquinas evidenciar em campo. Se os benefícios e os ganhos de eficiência de tais máquinas forem suficientemente grandes, a procura irá seguramente acompanhar a tendência. Há um género de agricultura, a Agricultura de Tráfego Controlado (ATC), que aponta numa direção alternativa e que recorre a máquinas bastante diferentes das que a generalidade dos fabricantes produz em larga escala. Vê potencial no alargamento deste método de trabalho a grandes áreas, podendo os principais fabricantes passar a
desenvolver modelos destinados a ATC, ou é mais provável que no futuro continue a ser praticado por um pequeno número de agricultores e as essas máquinas produzidas por fabricantes mais periféricos? A indústria das máquinas agrícolas e a comunidade agrícola partilham uma visão comum: produzir mais com menos, ou seja, impulsionar a produtividade dos processos agrícolas enquanto ao mesmo tempo se aumenta a sustentabilidade. Uma solução tecnológica em que a indústria das máquinas agrícolas se tem vindo a focar nos anos mais recentes para avançar neste objetivo é a Agricultura de Precisão: a maquinaria inteligente permite que os agricultores giram de forma mais precisa as variações no campo e que produzam mais alimentos usando menos recursos e reduzindo os custos de produção. Embora a abordagem específica da ATC – reduzir o impacto das passagens das máquinas no campo e assim reduzir a ameaça da compactação do solo – seja um pouco diferente das típicas aplicações da Agricultura de Precisão, o objetivo estrutural é o mesmo: reduzir os custos de produção e aumentar a produtividade, melhorando simultaneamente a saúde do solo e com um retorno positivo para
Tecnologia o ambiente. Como tal, penso que a ATC deve ser vista como um elemento complementar na procura mais ampla de abordagens e soluções tecnológicas que ajudem o agricultor a dominar a intensificação sustentável da agricultura. O desenvolvimento e utilização de pequenas máquinas inteligentes está também a crescer. Mas neste domínio, a inovação parece partir sobretudo de equipas de investigadores universitários que trabalham em cooperação com pequenos fabricantes. Fica-se com a impressão de que os principais fabricantes estão demasiado ocupados a desenhar o próximo ‘maior trator’ e não estão tão atentos a este segmento. É uma observação que pode soar injusta às maiores marcas ou é sobretudo uma oportunidade de mercado para as pequenas marcas? Eu penso que tal perceção é um pouco errada. É claro que vemos diferentes tipos de inovações a chegarem de diferentes proveniências na nossa indústria. Mas em geral, todos os fabricantes – sejam grandes ou pequenos –
estão a tentar alargar as fronteiras da inovação. No último ano, o relatório de competitividade da Comissão Europeia confirmou que a maquinaria agrícola está entre as setores da indústria com melhor performance em termos de inovação e vantagem competitiva. Nesse sentido, a diversidade na nossa indústria é provavelmente também um dos nossos pontos fortes, – o que é demonstrado por encontrarmos soluções comuns e interfaces como o ISOBUS que permite que as diferentes inovações se interliguem e funcionem em conjunto sem problemas quando são aplicadas na prática. A indústria da maquinaria agrícola tem vindo a atravessar um período próspero. Como perspetiva a próxima década, tendo em conta o género de produtos que os agricultores vão necessitar de comprar, e também a nível de volume de vendas? A dinâmica do mercado tem sido muito positiva para a nossa indústria desde 2009. 2012 e 2013 foram anos particularmente fortes. A procura global em 2014 será mais baixa do que no último ano, mas continuamos
a avançar a níveis bastante altos – embora existam diferenças significativas entre os vários mercados europeus. Olhando em diante, é difícil prever o futuro, já que a vontade e a capacidade dos agricultores para investir em maquinaria depende de uma ampla variedade de parâmetros que se alteram, como os preços, o tempo e os resultados da colheita, o preço das mercadorias, os subsídios e as decisões políticas. Dito isto, penso que a nível geral as perspetivas estruturais continuam positivas. Um inquérito recentemente feito aos agricultores europeus confirma que o seu investimento prioritário até 2020 é em novas máquinas e equipamentos. As razões apontadas são claras: os agricultores acreditam que máquinas novas lhes dão maiores garantias de melhorarem a qualidade dos seus produtos ao mesmo tempo que lhes oferecem uma maior eficiência e conforto. Com as muitas novas soluções de maquinaria que se espera que cheguem ao mercado nos próximos anos, estou confiante de que há um conjunto de boas razões para os agricultores continuarem a investir.
ABOLSAMIA · novembro / dezembro 2014
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Estatísticas Portugal
O mercado de
reboques e semirreboques
O mercado de
tratores Agrícolas No mês de setembro de 2014 foram matriculados 407 tratores agrícolas novos, o que significa um acréscimo de 6,3 por cento, face ao mesmo mês do ano anterior. Por tipo de tratores, foram matriculados 192 tratores convencionais, 147 tratores compactos e 68 tratores especiais (fruteiros e vinhateiros) o que significa variações homólogas de 10,3 por cento, de 5,8 por cento e de menos 2,9 por cento, respectivamente. Em termos de valores acumulados nos primeiros nove meses de 2014, foram matriculados um total de 3.501 tratores agrícolas novos o que representa um decréscimo do mercado de 4 por cento, relativamente ao mesmo período do ano anterior, determinado pelas quedas do mercado dos tractores compactos (-8,6%) e dos convencionais (-3,5%). No período em análise o mercado dos tratores especiais cresceu 1,1 por cento, face ao período homólogo do ano anterior. Quanto à distribuição do mercado de tratores novos por classes de potência nos primeiros nove meses do ano, os escalões que vão dos 40 aos 88kw representaram 46,2 por cento do total das matrículas, os escalões até aos 39kw representaram 45,6 por cento e os escalões com mais de 88kw representaram 8,2 por cento.
1618 1411
Matrículas de
maquinariA NOVA
Decréscimo de 7% em Setembro crescimento de 9,1% nos primeiros nove meses de 2014.
Crescimento de 6,3% em setembro decréscimo de 4% nos primeiros nove meses de 2014.
Matrículas de Tratores Agrícolas Novos janeiro a setembro de 2014
ESPANHA
3647
3501
1586
Em Espanha, os registos de tratores novos aumentaram 18,9% de janeiro a setembro deste ano, contrariando a tendência dos anos anteriores. Os reboques apresentaram um ligeiro crescimento nesse período, à semelhança das máquinas automotrizes para colheita de cereais.
Nos primeiros nove meses de 2014 foram matriculados 372 reboques de carga e 1.383 semirreboques novos o que significa acréscimos de 9,1 por cento e de 79,4 por cento, respectivamente, face ao período homólogo do ano anterior.
Mercado dos Reboques de Carga
mês de setembro
Em termos de evolução mensal, foram matriculados no mês de Setembro um total de 40 reboques de carga novos o que representa um decréscimo de 7 por cento, relativamente ao mês homólogo do ano anterior. Quanto ao ranking das marcas de reboques de carga no final destes primeiros nove meses do ano, a Ifor Williams detém a liderança do mercado, com 11,8 por cento de quota de mercado. Seguem-se-lhe a Top Trailer e a Outeiro com 11,6 por cento e 7,3 por cento, respectivamente. O conjunto das cinco marcas mais vendidas representou 40,6 por cento do mercado total.
Tipo de máquina
2014
733
922
Máquinas automotrizes
79
89
De colheita de cereais Outras Equipamentos de carga Tratocarros Outras
18 34 20 4 3
25 39 22 1 2
542
525
Reboques
PERIODO DE JANEIRO A setembro Tipo de máquina
2013
2014
Tratores
6001
7136
868
846
345 202 248 37 36
348 178 243 26 51
Máquinas automotrizes De colheita de cereais Outras Equipamentos de carga Tratocarros Outras
Mercado dos Semirreboques
Em termos de evolução mensal, foram matriculados no mês de Setembro um total de 160 semi-reboques novos o que representa um acréscimo de 27 por cento, relativamente ao mês homólogo do ano anterior. Quanto ao ranking das marcas de semireboques no final destes primeiros nove meses do ano, a Schmitz detém a liderança do mercado, com 36,9 por cento de quota de mercado. Segue-se-lhe a Krone, com 14,2 por cento. O conjunto das cinco marcas mais vendidas representou 76,9 por cento do mercado total e cresceu 93,3 por cento, face ao período homólogo do ano 2635 2605 2397 anterior.
2013
Tratores
Reboques
Fonte: Dirección General de Recursos Agrícolas y Ganaderos del MAGRAMA
Matrículas de Reboques de Carga e de Semirreboques Novos de janeiro a setembro 2014
2109
1290
618
1164 1310
625 Reboques de Carga
Compactos
Convencionais
Especiais
2014 2013
26
4133 4201
novembro / dezembro 2014 · ABOLSAMIA
Total
Origem: IMT Fonte: ACAP
614
Semirreboques
Origem: IMTT Fonte: ACAP
1383 1014
703 407
458
546
502
458
376
348
771
341
372
Notícias Novo comissário da agricultura é irlandês
comissão Juncker A nova equipa da Comissão Europeia (CE) liderada por Jean-Claude Juncker entra em funções em novembro para um mandato de cinco anos. A pasta da agricultura e desenvolvimento rural vai ficar a cargo de Phil
Hogan, político irlandês de 54 anos que desempenhava desde 2011 as funções de ministro do Ambiente e do Governo local. Dacian Cioloș, o anterior comissário, teve por missão preparar a reforma da PAC. Cioloș possuía um percurso académico e profissional ligado ao setor agrícola e quando assumiu o cargo já conhecia o ambiente políticoinstitucional de Bruxelas. Hogan tem formação em artes e educação, e não consta que tenha experiência no setor. Ainda assim, cabe-lhe implementar a reforma da PAC e gerir cerca de 40% do orçamento comunitário.
Numa carta de missão, Juncker definiu que nos primeiros 12 meses o novo comissário deverá avaliar que potencial existe para se simplificar ainda mais a área dos pagamentos diretos, em especial no que diz respeito às metas ambientais, ao desenvolvimento rural, à política de qualidade e ao regime para as frutas e os legumes. E relembrou que o desemprego é a prioridade da CE: “Vivemos numa União com um 29º Estado de pessoas desempregadas, muitos deles jovens que se sentem postos de parte. Até que esta situação mude, o 29º Estado deve ser a nossa preocupação número um”.
Galucho tem nova liderança Galucho A Galucho tem um novo presidente do Conselho de Administração: José Américo Mouro Justino, filho do falecido João Francisco Justino e antigo líder da empresa. Segundo o novo presidente, “a equipa escolhida irá proceder a uma mudança tranquila mas programada no sentido da evolução”. “Iremos tirar proveito do legado positivo deixado pelo meu pai e, por outro lado, proceder a uma profissionalização da direção da empresa com o objetivo de recuperarmos a Galucho como marca de referência a nível nacional e internacional”, explicou, em nota de imprensa. A administração será constituída por José Américo Mouro Justino como presidente do Conselho de Administração, António Pedro Dekker Guimarães Pestana como vogal e administrador executivo e António Vieira dos Santos Silva também como vogal e administrador não executivo.
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Produção nacional de azeite
Notícias
2012 – 59.117 toneladas 2013* – 91.587 toneladas 2014** – 85.000 toneladas
II Encontro Nacional do Setor do Azeite
Produção de azeite em alta Num encontro sobre a fileira do azeite, falou-se sobre o momento que o setor atravessa e das expectativas para a campanha olivícola que se inicia.
O avanço espetacular da produção nacional deve-se ao aumento da produção no Alentejo.
N
o dia 23 de setembro, os lugares disponíveis no Centro Cultural Manuel da Fonseca não chegaram para receber todos quantos acederam ao convite para participar no II Encontro Nacional do Setor do Azeite. O evento foi organizado pela Câmara de Ferreira do Alentejo e pela associação Olivum, e além de algumas intervenções técnicas sobre a cultura, a Casa do Azeite apresentou números e tendências que ajudam a compreender o setor. Vejamos pois estes dados.
Alentejo é a maior região produtora
Nas palavras de Mariana Matos, Secretária-geral da Casa do Azeite, “o avanço espetacular
Mas estes números escondem um dado curioso relativo ao consumo informal, como o auto-consumo ou as vendas paralelas, que representa cerca de 25.000 toneladas, e sem que nos últimos anos esta quota dê sinais de abrandar. da produção nacional deve-se ao aumento da produção no Alentejo”. Em 2007 esta região já era responsável por 45,1% da produção, tendo este valor disparado para 66,8% em 2013, e com tendência para aumentar devido às novas plantações que têm vindo a ser instaladas. Ainda que a uma escala inferior, Trás-osMontes é outra região onde também têm sido feitos novos investimentos em olival.
Consumo interno estabilizado
O consumo em Portugal permanece inalterado. Ainda que no passado já tenha sido superior a 80.000 toneladas, nos últimos dois anos estabilizou em redor das 78.000 toneladas.
Brasil é um mercado muito importante
A Casa do Azeite refere que “nos principais países consumidores, a nossa posição é marginal. A exceção é o Brasil, onde temos uma posição dominante na exportação para consumo final.” O azeite português detém 57,3% da quota de mercado no Brasil, mas o facto de as exportações estarem tão dependentes de um único mercado representa uma fragilidade. A restante quota de exportações diz respeito a azeite vendido maioritariamente a granel para Espanha e Itália.
Balanço do setor A nível nacional, da
campanha de 2012/13 para a campanha de 2013/14 a produção aumentou mais de 30.000 toneladas. Mas sem que isso fosse expectável, as importações também aumentaram. À revista abolsamia, Mariana Matos explicou que mais de 90% do azeite importado é originário de Espanha, vindo o restante da Tunísia e da Turquia. E ainda que a as exportações também tenham evoluído (108.838 toneladas), o volume não foi tão significativo como o das importações (120.105 toneladas), daí que o stock estimado em 2013 seja de 24.854 toneladas, segundo dados provisórios avançados pelo INE.
O que esperar da próxima campanha?
A Casa do Azeite estima que na campanha 2013/14 a produção venha a baixar, por ser um ano de contrassafra. No entanto, não se sabe exatamente qual será o efeito de compensação originado pelos novos olivais que estão a entrar em produção. Ainda assim, a estimativa é de que a produção atinja as 85.000 toneladas. Por outro lado, uma vez que os stocks mundiais apresentam uma tendência para baixar, prevê-se que isso tenha reflexo positivo no preço pago aos produtores.
*Dados provisórios / **Estimativa da Casa do Azeite
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Mundo rural dá-se a conhecer nas capitais europeias Nuit Verte Várias entidades ligadas à agricultura francesa inauguraram há dois anos a Nuit Verte, uma espécie de festival para mostrar aos habitantes de Paris de onde vêm os alimentos que consomem, como são produzidos e em que estação do ano. O evento voltou a realizar-se este ano e segundo a organização tem contribuído para “proporcionar ao grande público e aos media um esclarecimento sobre o mundo agrícola e os seus parceiros” e também para “mostrar como é o dia a dia dos agricultores e os desafios que enfrentam”. Junto à Torre Eiffel, os visitantes podem fazer degustações, comprar alimentos diretamente aos produtores, e levar as crianças a verem animais numa quinta pedagógica. Mas há outros festivais deste género. Nós temos o Mega Pic-Nic, os romenos têm a RuralFest, e os belgas acabam de organizar a Bruxelles Champêtre. Os ingleses organizam uma iniciativa com o mesmo propósito, mas em moldes diferentes. Há um dia no ano em que as explorações associadas à iniciativa abrem as portas para receber visitantes. A tendência parece estar na moda e as marcas de tratores também aderiram. A Nuit Verte é apoiada pela Fendt, o Open Farm Sunday é apoiado pela John Deere, e a Bruxelles Champêtre pela Massey Ferguson.
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Segurança por Ângelo Delgado
SEGURANÇA Tratores, inspeções e acidentes Obrigatoriedade na inspeção periódica de tratores. Formação de operadores e autoridades. Tornar obrigatória a utilização do arco de segurança. Envelhecimento do parque. Estes são os principais argumentos de quem defende uma ação conjunta e concertada por parte das entidades responsáveis pelo assunto em Portugal. Ainda assim, a discussão ultrapassa, largamente, as fronteiras físicas do país.
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Segurança Os casos de sinistralidade grave relacionadas com a utilização de tratores não estão diretamente relacionados com a sua inspeção.
As causas [de acidentes] são variadas, mas a principal tem que ver com o envelhecimento do parque e respetiva falta do arco de segurança. Carlos Rocha (Tractores de Portugal)
Luís Mira (CAP)
“As inspeções periódicas aos tratores agrícolas não se justificam!”. Após análise, no início do ano, de uma proposta lançada pela Confederação de Agricultores Ingleses sobre este tema e que o próprio Executivo de David Cameron (primeiro-ministro do Reino Unido) colocou em prática, o Parlamento Europeu não caminhou na mesma direção. Como argumento, adiantou que se “tratam de operações muito caras” e que se “tornariam num ónus para os agricultores”. Ainda no mesmo texto, Bruxelas afirma que “as inspeções periódicas não se apresentam necessárias para a segurança rodoviária”. Esta é a opinião da instituição presidida pelo alemão Martin Schulz. De Portugal, existe quem defenda esta posição. É o caso de Luís Mira, secretáriogeral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP). “Os casos de sinistralidade grave relacionadas com a utilização de tratores
não estão diretamente relacionados com a sua inspeção. A generalidade dos acidentes graves e mortais não se verifica na via pública, e sim em situações de capotamento do veículo no interior das explorações e com máquinas mais antigas, sem arco protetor. A inspeção poderá apenas constatar que o arco não está lá, porque o trator não foi construído de forma a poder comportálo. Pelo contrário, os tratores mais recentes possuem esse arco, sendo obrigatória a construção dessa forma”. Ainda assim, outras vozes se levantam, afirmando o contrário. A abolsamia procurou fazer um levantamento de opiniões, dados e números, de forma a lançar a discussão sobre esta problemática. Sem sucesso, tentámos também ouvir uma opinião do governo. A ausência de resposta não foi, porém, um travão na realização desta reportagem. Muito há a dizer, mesmo sem esta fonte.
As inspeções periódicas obrigatórias devem ser alargadas aos tratores agrícolas tão breve quanto possível. Arnaldo Caeiro (SDF)
Números que assustam Comecemos pelos números, a melhor forma de enquadrarmos o leitor: dados disponibilizados pela Guarda Nacional Republicana (GNR) mostram-nos que, até finais de julho de 2014, ocorreram, na via pública, 20 acidentes. Daqui, resultaram 15 mortos, 23 feridos graves e dois ligeiros. Quando o cenário é transportado para terreno agrícola/privado, e tendo em conta que o período de análise diminui dois meses (31 de maio), o número de acidentes dispara para 66. Foram contabilizadas 22 mortes, 13 feridos graves e 33 ligeiros. Num breve resumo, é percetível que a grande maioria dos acidentes com tratores ocorre em terrenos agrícolas privados, local onde se verifica, também, a grande maioria das vítimas mortais. Neste capítulo, destaque para Bragança, com cinco mortos, como o distrito “mais mortal”. E o que diz a GNR sobre estes números? Numa notícia publicada pela Lusa, são enumeradas as seguintes causas: “falta de manutenção do veículo, ausência
da estrutura de proteção (arco de segurança), fadiga provocada pelo excesso de horas de trabalho, condução sob o efeito de álcool e excesso de carga”. Confrontado sobre este tema, Carlos Rocha, diretor-geral do Grupo Tractores de Portugal, identifica aqueles que, na sua opinião, são os motivos para os números apresentados pela GNR. “Cada vez mais somos confrontados com notícias de diversos acidentes envolvendo tratores agrícolas. As causas são variadas, mas a principal tem que ver com o envelhecimento do parque e respetiva falta do arco de segurança. Além disso, o estado de conservação e manutenção de muitos tratores não é o mais adequado”, crítica. João Pimenta, da AGCO, não tão crítico, apresenta, ainda assim, uma perspetiva de que é necessário debater este tema junto das entidades competentes. “Pareceme importante discutir este tema em Portugal, cuja implementação certamente exigirá bastante trabalho e envolvimento das autoridades,
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Segurança É necessário definir se esta [a inspeção] irá focar a vertente de segurança de circulação na via pública, se na segurança do operador ou, até, em ambas as vertentes.
Números que assustam Acidentes em
João Pimenta (AGCO)
fabricantes e comerciantes do setor”, afirma, para depois explicar os vários níveis de inspeção a considerar e as suas diferentes abrangências. “Nem todos os veículos apresentam homologação comunitária e portanto não cumprem os mesmos requisitos legais. Quanto ao nível de inspeção, é necessário definir se esta irá focar a vertente de segurança de circulação na via pública, se na segurança do operador ou, até, em ambas as vertentes”, enumera. Também contactado pela abolsamia, Arnaldo Caeiro, diretor comercial da Same Deutz-Fahr Portugal (SDF), lembra que “as inspeções periódicas obrigatórias devem ser alargadas aos tratores agrícolas tão breve quanto possível”. Para o responsável, “esta medida deve ter como objetivo detetar e corrigir situações de não conformidade relacionadas com a segurança de utilização, condições de circulação na via pública, emissões de gases poluentes e segurança ambiental”. “Atendendo ao elevado número de tratores em circulação com muitos anos de utilização, durante um período inicial, as inspeções teriam de ser conjugadas com um sistema de incentivos ao abate de tratores em fim de vida”, propõe. Já Luís Mira segue em direção oposta. “A CAP acha, naturalmente, que deveriam existir incentivos à modernização da maquinaria agrícola, de forma a que os tratores antigos possam ser progressivamente substituídos por veículos construídos com o arco, mas trata-se de uma matéria que não tem a ver com as inspeções”.
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Dados disponibilizados pela GNR
DISTRITO MAIS MORTAL Bragança
20 ACIDENTES
Via pública
15 Mortos
66 ACIDENTES Terreno agrícola
23 FERIDOS GRAVES
22 Mortos
2 FERIDOS ligeiros
13 FERIDOS GRAVES 33 FERIDOS ligeiros
O que diz a GNR? Principais CAUSAS falta de manutenção do veículo ausência da estrutura de proteção (arco de segurança) fadiga provocada pelo excesso de horas de trabalho condução sob o efeito de álcool excesso de carga
Segurança Mais mortes em acidentes com tratores Um outro estudo a que a abolsamia teve acesso (menos recente, mais abrangente) foi o da Autoridade Nacional Segurança Rodoviária (ANSR). Um documento que analisou a sinistralidade rodoviária com tratores agrícolas durante o período de 2000-2009. Dez anos de estatísticas, portanto. De 2000 a 2010 (acrescentando um ano à análise), registaram-se 3576 acidentes com vítimas, 380 mortos, 512 feridos graves e 3956 feridos ligeiros. Após análise superficial dos dados, a primeira conclusão: por cada 100 acidentes, oito condutores agrícolas morrem. Em comparação, observamos que a categoria seguinte (motociclos) têm uma taxa de três mortes por 100 acidentes. O número baixa para dois nos ciclomotores e fixa-se em um nos automóveis ligeiros e pesados. Em síntese, a taxa de mortalidade em acidentes com tratores é oito vezes superior à dos condutores de automóveis ligeiros e pesados, o quádruplo no caso dos ciclomotores e mais do dobro relativamente aos motociclistas. Um outro dado relevante apresentado pelo relatório da ANRS mostra que aproximadamente metade dos tratores intervenientes em acidentes com vitimas têm mais de 10 anos. Carlos Rocha volta à carga relativamente ao assunto. “Sou da opinião que um programa de Inspeções Periódicas Obrigatórias (IPO) aos tratores agrícolas seria da maior importância para a manutenção de um nível adequado de eficiência e segurança no parque de tratores em Portugal.
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Seria fundamental um programa de rejuvenescimento deste parque, através de um programa efetivo de incentivo ao abate de máquinas com idade elevada”, sugere. Agarrando no tema das IPO´s, Arnaldo Caeiro lembra que a sua implementação “deve ser da responsabilidade do Ministério da Administração Interna, em coordenação com o Ministério da Agricultura, e que as inspeções têm que ser realizadas por entidades independentes e certificadas, tal como acontece no setor automóvel”. Estas opiniões vão ao encontro dos números recolhidos pela ANRS: as melhorias observadas nos índices de sinistralidade rodoviária nacionais não se têm manifestado com a mesma intensidade ao nível dos tratores agrícolas. A finalizar, Arnaldo Caeiro aponta algumas medidas preventivas para a diminuição dos acidentes. “É necessário alterar as condições legais para a atribuição da carta de condução de tratores agrícolas. É imperativo, ainda, que exista um nível de formação elevada, nomeadamente em aspetos relacionados com segurança de utilização. Por último, realçar que as entidades responsáveis pela fiscalização do trânsito também devem ter formação sobre a legislação aplicável às máquinas e equipamentos agrícolas”. O diretor-geral da Tractores de Portugal não se esquece, por outro lado, de algo vital para que a conjuntura melhore: “dever-seia implementar um programa de introdução de arcos de segurança certificados em tratores que não o possuam”, recorda Carlos Rocha.
A CEMA é claramente favorável à realização de testes periódicos aos tratores, pois poderá ser uma excelente ferramenta de combate à sinistralidade envolvendo estas máquinas. Ivo Hostens (CEMA)
Base de dados comum Na Europa, através da CEMA (European Agricultural Machinery), chega-nos a informação que está na agenda a criação de uma base de dados comum relativa aos acidentes com tratores agrícolas. Uma medida que, digase, poderá ajudar a identificar as principais causas e realizar estudos comparativos, de forma a uniformizar a luta contra este tipo de sinistralidade. Contactado pela abolsamia, Ivo Hostens, diretor técnico da CEMA, fala sobre a perspetiva europeia relativamente a este assunto. “Temos agora uma nova diretiva, publicada pela Comissão Europeia, que é a 2014/45/UE. Neste documento, e sobre os tratores em particular, diz o seguinte: aqueles [tratores] cuja velocidade máxima seja superior a 40 km/h deverão estar sujeitos à inspeção técnica”. Apesar do texto publicado, diz Hostens, “a medida terá pouco impacto nos países da
União Europeia, pois a velocidade máxima é, regra geral, de 40 km/h”. Para o responsável, a “CEMA é claramente favorável à realização de testes periódicos aos tratores, pois poderá ser uma excelente ferramenta de combate à sinistralidade envolvendo estas máquinas”. Por outro lado, refere, “será necessário um amplo debate para ajustar as medidas a todos os estados-membros, bem como juntar a esta discussão todos os agentes do setor de cada nação”. “Ninguém poderá ficar de fora”, avisa. Uma nota publicada pela própria CEMA, indica ainda que o “sistema atual é claramente insuficiente para um entendimento profundo das principais causas dos acidentes que envolvem tratores agrícolas na União Europeia (UE)”, acrescentando também, no mesmo documento, que se “trata de um trabalho profundo e que envolve legislação de cada um dos estados-membros da UE”.
Curiosidades Mais mobilidade em cadeira de rodas Hexhog
Quando estudava engenharia, Sion Pierce, um inglês de North Wales, soube de uma família que usava diariamente ATVs agrícolas para irem para os seus terrenos mas sem que um dos membros os pudesse acompanhar por se deslocar numa cadeira de rodas. Esta situação motivou-o a encontrar uma solução que permitisse às pessoas com mobilidade reduzida a deslocação no campo em zonas até então consideradas inacessíveis. Começou por construir um protótipo e agora, após alguns anos de testes e aperfeiçoamentos, o veículo é lançado no mercado em parceria com uma empresa fabricante de cadeiras de rodas, a Da-Vinci Wheelchairs. O Hexhog possui dois motores elétricos alimentados por baterias de iões de lítio
que carregam em menos de duas horas e meia, chassis flexível patenteado, e seis rodas motoras. A velocidade máxima é de 13,6 km/h e tem uma autonomia que, dependendo do terreno, pode ir dos 13 aos 19 km. Pesa 275 kg. É comandado através de joystick e possui um sistema que além de isolar a bateria também aciona os travões no caso de ser necessário fazer uma paragem de emergência. Para quem tenha dificuldade em abrir e fechar portões, é disponibilizado um gradeamento curvo, comprado à parte, para colocar no lugar da porta. Os animais não passam este tipo de gradeamento e tanto o Hexhog como uma moto 4 podem transpô-lo com facilidade. Site oficial: www.hexhog.com
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Reportagem por Francisca Gusmão
Conceito M7001, a nova insígnia Kubota Respeitadores com o ambiente, versáteis, avançados, cómodos, inteligentes, precisos e ágeis. Foram estes os adjetivos que a Kubota escolheu para definir a sua nova série M7001 que oferece atualmente os tratores mais potentes e com maior tecnologia da marca.
A
Kubota apresentou em setembro passado, nos arredores de Paris, à imprensa e à sua rede de concessionários europeus, a nova série M7001. Naquela que foi a maior convenção jamais realizada pela marca, o gigante japonês reafirmou a sua intenção de vir a posicionar-se, num futuro próximo, a par com as principais empresas fabricantes de tratores e equipamentos para a agricultura. Recorde-se, como parte desta estratégia de crescimento focada na agricultura europeia de grande escala, a aquisição do Grupo Kverneland, em 2012 e, um ano mais tarde, de uma unidade de produção em Bierne, França, onde a Kubota deverá começar a produzir em série os tratores M7001, em meados do ano que vem.
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Grupo de concessionários portugueses acompanhados pelos representantes da Tractores Ibéricos.
Galeria de imagens
Reportagem
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Mais novidades
reboque.
A cabina
Mas as intenções da Kubota vão mais longe. Masatoshi Kimata, Presidente e Diretor Representativo da Kubota Corporation, anunciou para 2015 o lançamento de novos tratores com enfoque para os mercados da Europa ocidental, Estados Unidos da América, Austrália e Japão. Estes tratores sairão já da nova fábrica de Bierne que deverá chegar às 3 mil unidades produzidas em 2017. É nesta perspetiva que o presidente da Kubota prevê aumentar as receitas do negócio para 2 biliões de dólares nos anos mais próximos. Mas as novidades podem não ficar por aqui. Se, para já, não existem planos para a inclusão de ceifeiras debulhadoras na gama Kubota, os responsáveis da marca não excluem a possibilidade de vir a comprar outro fabricante de tratores.
Masatoshi Kimata, Presidente e Diretor Representativo da Kubota Corporation.
As estrelas da festa Numa apresentação em nada inferior às que costumamos assistir com outras marcas de topo, a Kubota mostrou o seu “novo conceito” nos tratores que compõem a nova Série M7001. Esta série disponibiliza três modelos com 130, 150 e 170 cv de potência, em três níveis de equipamento: Standard, Premium e K-VT Premium, que deverão começar a ser comercializados na Europa a partir de meados do próximo ano.
O motor
No coração destes tratores está um motor Kubota 4 cilindros e 6124 c.c., equipado com tecnologia SCR, filtro de partículas diesel e sistema de recirculação dos gases de escape.
A cabina, por dentro, e de dentro para fora, surpreende pela positiva, em comparação com as séries anteriores da marca: no conforto, na visibilidade e nas dimensões. Apoiada em 4 pilares, permite uma visibilidade quase panorâmica, aumentada pela janela basculante atrás. Opcionalmente pode vir com suspensão pneumática e a suspensão dianteira pode ser ajustada em 3 níveis. Por dentro o espaço é amplo, possibilitando a colocação de um assento extra e oferecendo alternativas suficientes para a arrumação de objetos. Também ao nível da qualidade dos acabamentos, esta série oferece maior conforto que as anteriores.
Tecnologia
Dentro da cabina, os comandos distribuem-se praticamente todos entre a consola e o joystick multifunções, à direita do condutor. Na versão Premium, um monitor de um ecrã tátil coordena as principais funções do trator, permitindo o seu ajuste e monitorização: o controlo do
A abertura traseira permite uma visibilidade total sobre os implementos.
trator, a ligação compatível ISO BUS para o controlo das alfaias, a ligação compatível GPS com a condução automática e a câmara do monitor. Outras caraterísticas de destaque incluem uma capacidade de elevação de 9.000 kg, uma tomada de força posterior para permitir a utilização de dois implementos simultaneamente, e um carregador frontal de fábrica.
A transmissão
Dependendo da versão escolhida, pode-se optar por uma transmissão ZF semi Powershift com 4 velocidades para a frente e 4 para trás, em cada um dos seus seis grupos, num total de 24 velocidades. Ou, na versão mais equipada, com uma transmissão de variação contínua K-VT acionada por joystick ou pedal. Opcionalmente, estão disponíveis 16x16 velocidades superlentas, bem como um modo ECO para transporte com
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Empresas
Dia Aberto Terralis A Terralis organizou um “Dia Aberto” que reuniu a rede de vendas da empresa nas suas instalações, em Leiria, no passado dia 20 de setembro. Associada do Grupo Movicortes, a Terralis representa e distribui em Portugal os tratores Hürlimann, McCormick, LS e Shibaura, e ainda os equipamentos forrageiros Lely (Welger/Mengele).
O
“Dia Aberto na Terralis” contou com praticamente todos os concessionários das cinco marcas, num ambiente descontraído e marcado pela boa disposição. O convite era extensível a familiares e colaboradores das empresas dos concessionários, juntando cerca de 200 pessoas. A iniciativa contou também com a presença dos fornecedores, com Alexandro Paganelli da McCormick, Bono Kim da LS e Fabrice Delafosse da Lely (Welger, Mengele) e com os colaboradores das empresas do Grupo Movicortes. A administração da Movicortes também esteve presente, cabendo a Arnaldo Sapinho o papel de anfitrião. Nas suas palavras “estas iniciativas
Fotografia de grupo do Dia Aberto Terralis.
Os vencedores do Prémio Excelência, Concessionário do Ano (da esq. para a dir.): Arnaldo Sapinho e Catarina Vieira da Movicortes, e António Faria e António Guimarães, da Repoutiz.
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são muito importantes, porque contribuem para o fortalecimento das relações, dentro e fora da empresa”. A receção dos convidados começou às 10h30 e depois de algumas surpresas e de muita animação, seguiu-se um almoço nas oficinas da Terralis, transformadas, naquele dia, em salão de festas. À tarde, a Terralis distinguiu os concessionários com mais unidades vendidas em 2013, por marca de tratores. Os premiados foram a Agrodemo (concessionário Hürlimann), a Repoutiz (concessionário McCormick), a Autocomboio (concessionário Shibaura) e a Sousa & Pedreira (concessionário LS). Foi ainda atribuído o “Prémio Excelência” ao concessionário com maior volume de faturação
em 2013 (tratores, assistência e peças), distinção que coube também à empresa Repoutiz. O evento continuou depois, com a atuação do grupo musical ICCinco, liderado por José Fernando Teixeira, da empresa Silva & Teixeira, concessionário McCormick de Carrazeda de Ansiães. No final, Rui Domingos, da Terralis, agradeceu a presença no evento e a confiança demonstrada pelos concessionários ao longo dos anos. “A Terralis é uma das maiores empresas do país no setor da mecanização agrícola. A qualidade dos produtos e da organização são importantes, mas sem os concessionários nada seria possível. Por isso, deixo aqui o nosso obrigado e a garantia de que podem continuar a contar connosco.”
Produto
Grades de Discos Herculano Uma grade para cada necesidade Grades de Discos HRM
Modelos: HRM 14 - 20” a HRM 22 - 24” Montada
Ceifeiras para áreas de média extensão A Deutz-Fahr convidou a revista abolsamia, e os principais media europeus de maquinaria agrícola, para a apresentação ao público da nova série de ceifeirasdebulhadoras C7000. Esta série está vocacionada para áreas de média extensão e é composta pelos modelos C7205 e C7205 TS, com 5 sacudidores e tegão de 8500 litros, pelos modelos C7206 e C7206 TS com 6 sacudidores e tegão de 9500 litros, e ainda por mais dois modelos, C7205 TSB e C7206 TSB, destinados ao trabalho em encostas. O que estas duas últimas ceifeiras têm de diferente é um sistema Balance que faz uma compensação automática, ao nível da barra de corte e do sistema de alimentação, quando se trabalha em encostas com uma inclinação lateral até 20% e longitudinal até 6%. As ceifeiras C7205 estão equipadas com motores Deutz de 6 cilindros e 6,1 litros, com potências máximas de 250 CV a 287 CV, enquanto as C7206 contam com motores igualmente provenientes da Deutz, mas com uma cilindrada de 7,8 litros, e capazes de alcançar os 334 CV. Recorrem a Deutz-Fahr
tecnologia SCR para cumprir as normas da Fase IIIB/Tier 4i. A performance de debulha foi aperfeiçoada, graças não só ao duplo retorno mas também ao novo sistema separador Maxi Crop, que garante um nível ótimo de limpeza e qualidade do grão mesmo em sementeiras de alta produtividade. A cabina Commander Cab V possui agora faróis de última geração e o tubo de descarga também integra iluminação própria. O posto de trabalho aparenta ser confortável e funcional e dispõe de uma janela para verificar o nível de enchimento do tegão. As C7000 podem equipar com um sistema de rastos de borracha de 760 mm, homologado para circular em estrada a uma velocidade até 25 km/h. O chassis foi redesenhado para melhorar a robustez e suportar barras de corte mais pesadas, e o eixo traseiro é novo e está disponível também em versão 4RM. As C7000 surgem um ano após o lançamento das C9000, que são as ceifeiras de maior performance fabricadas pela Deutz-Fahr.
Grades de Discos HPR/ E
Modelos: HPR/ E 16 - 26” a HPR/ E 24 - 26” Rebocada - Rodas traseiras
Grades de Discos HVRP
Modelos: HVRP 28 - 26” a HVRP 44 - 26” Rebocada/ Pesadas - Rodas centrais
Rentabilidade e boa preparação do solo assegurada. Tel. (351) 256 661 900 . Fax (351) 256 692 497 3720-051 LOUREIRO . Oliveira de Azeméis . Portugal www.herculano.pt dep.comercial@herculano.pt
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Produto Nova geração do T8 chega em 2015 New Holland Uma nova geração da gama T8 chegará à Europa no decorrer do próximo ano. Na base desta renovação está a necessidade de adequar o motor FPT Cursor 9 às normas anti-poluição vigentes. A gama será composta por 5 modelos, como atualmente, mas o nível de potência sobe ligeiramente, devendo iniciar-se nos 320 cv e terminar nos 435 cv (potência máxima com EPM), o que significa um acréscimo de cerca de 16 cv no maior dos New Holland T8. A apresentação ao público europeu deverá ser feita na próxima edição do SIMA, a realizar em França em fevereiro de 2015. Os três modelos de maior potência passam a poder ser equipados com rastos de borracha SmartTrax no eixo traseiro. Esta versão já foi mostrada ao público nos Estados Unidos, país onde os T8 são fabricados, mas ainda não chegou ao mercado. A apresentação dos T8 SmartTrax na Europa está prevista para setembro de 2015. Ao permitir uma maior área de contato com o solo, o sistema SmartTrax tem em vista reduzir a compactação e também as perdas de tração, mas ao manter rodas no eixo dianteiro a manobrabilidade será praticamente a mesma. Serão disponibilizadas diferentes medidas de rastos, entre as 16 e as 30”. A estética dos T8 aparece ligeiramente retocada, mas o que salta mais à vista é a colocação de um escape mais volumoso, necessário para cumprir a Fase IV/Tier 4Final.
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Charrua rápida para lavoura superficial A Rapid Lab é uma charrua montada reversível com aivecas de 11 polegadas que foi desenhada pela Bugnot para trabalhar a uma velocidade mais elevada do que as charruas convencionais, na ordem dos 10 a 15 km/h. Realiza uma lavoura superficial, a uma profundidade de 100-150 mm, e a largura de trabalho vai dos 1,84 m aos 3,30 m por cada passagem, consoante o número de corpos. Está disponível em configurações que podem ir dos 6 aos 11 corpos, sendo a distância entre corpos de Bugnot
62 cm. Constitui uma alternativa aos cultivadores na operação de misturar resíduos e enterrar restolho, sobretudo quando se pretende um efeito de trabalho semelhante ao da lavoura tradicional com reviramento da leiva. A Rapid Lab integra um sistema de segurança non-stop hidráulico, com acumulador hidráulico de 10 litros, e a reversão é feita através de pinhão e corrente dupla. É transportada em posição semi-montada, com a roda reguladora de profundidade a assumir uma função de apoio em estrada.
Recuperador de palha para ceifeiras A palha expelida por uma ceifeira-debulhadora costuma ficar no campo para ser posteriormente enfardada ou então incorporada no solo. Mas a Thierart desenvolveu um acessório para recuperação de palha e aponta as vantagens de se trabalhar de um outro modo. Se a palha ficar espalhada, há o inconveniente de devolver à terra a semente das ervas infestantes. Mas se for recolhida diretamente, irá verificar-se uma diminuição gradual das infestantes. Como consequência, a prazo, isto traduz-se também numa diminuição da quantidade de herbicida que é necessário aplicar. Além disso, este método permite um melhor aproveitamento do material recolhido, de maneira a que seja incluído na ração dos animais. Este acessório é fixado no chassis da máquina e o seu peso varia entre os 800 e os 1.100 kg, consoante possua Thierart
revestimento de lona ou de chapa. Permite recuperar entre uma a duas toneladas de palha por hectare, sendo o despejo feito por acionamento hidráulico. Demora cerca de 15 a 20 minutos a encher, o que permite que se deposite a palha na margem das parcelas.
Produto Monda entre linhas e plantas O Robocrop InRow consegue fazer a monda mecânica de ervas que crescem dentro de culturas de couve, aipo ou alface. Além de eliminar as infestantes que crescem entre as linhas (através de bicos), também monda as que crescem entre plantas (através de discos). Graças a uma câmara numérica, o sistema vai constantemente captando imagens de vídeo da plantação e analisa-as para identificar a posição de cada planta. Esses dados são usados para definir o posicionamento lateral da alfaia (com uma precisão de 10 mm) e para sincronizar individualmente cada disco de monda. Para que tenha um desempenho fiável, a Garford
cultura deve ser o elemento dominante na imagem. Ou seja, não se deve deixar desenvolver as ervas a ponto de a máquina as poder identificar como sendo uma planta. O sistema InRow recorre a um disco em forma de croissant que é ajustado de maneira a intervir no solo a uma profundidade de apenas 10 a 20 mm. Uma unidade de processamento ajusta constantemente a velocidade de rotação dos discos em função da variação do espaço entre plantas. Para trabalhar em 4 linhas (2 m) a alfaia requer um trator com 4 rodas motrizes e 80 cv. Para 6 linhas (3 m) é necessária uma potência de 100 cv e para 12
linhas (6 m) 150 cv. O trator deve ainda possuir elevador hidráulico frontal, e circuito fechado ou sistema hidráulico com deteção de carga com um débito mínimo de 8 L/min para cada rotor/ disco. A máquina consegue uma
performance de monda de 3 plantas/seg. Numa plantação com espaçamento de 50 cm entre plantas, com um sistema de 6 m de largura o avanço faz-se a 5,4 km/h, o que permite trabalhar uma área de 3,2 ha/hora.
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Produto Reboque com grade de proteção Fliegl Talvez se recorde que há precisamente um ano divulgámos uma notícia sobre um reboque com sistema de pesagem de carga que foi distinguido com uma medalha de prata na Agritechnica 2013. É uma inovação engenhosa que tem dado que falar, até porque permite não só pesar a carga ainda no campo, mesmo em terrenos declivosos, bem como armazenar dados via ISOBUS relativos a uma parcela de onde se está por exemplo a recolher cereal. O modelo da marca alemã que agora destacamos envolve menos tecnologia mas não deixa de ser interessante. Trata-se de um reboque para carregar fardos que dispensa a colocação de cintas de aperto, pois tem de ambos os lados um gradeamento acionado por comando hidráulico que sustém os fardos dentro do compartimento. Está disponível em versões de 2 ou 3 eixos tandem, comprimento entre 5,4 e 12 m, e carga máxima entre as 8 e as 24 toneladas, dependendo dos modelos.
Controlo de infestantes entre plantas Steketee O cultivador IC resulta de um esforço de desenvolvimento conjunto feito ao longo de vários anos por parte da firma holandesa Steketee e da Universidade de Wageningen. É uma alfaia auto-guiada, montada no hidráulico traseiro, que permite controlar as infestantes nas culturas em linha, mesmo entre plantas. Pode inclusive trabalhar de noite, graças a um sistema de iluminação LED. Integra câmaras numéricas que, além de identificarem as culturas de folha verde ou vermelha, são capazes de contar as plantas e medir a sua superfície de desenvolvimento. Possui duas rodas que garantem estabilidade lateral e ajustam automaticamente a altura em função do relevo do terreno. O IC executa a monda recorrendo a cilindros pneumáticos e pode operar a uma velocidade de até 5 km/h. Em condições favoráveis, obtém uma performance máxima de monda de 4 plantas por segundo em cada linha. A sua regulação é feita num ecrán tátil instalado na cabina ou ainda a partir do exterior, através de um tablet fornecido pelo fabricante. A vantagem associada a este tipo de alfaias é a redução do uso de herbicidas.
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9R e 9RT com potência aumentada John Deere A série de topo da John Deere recebeu uma atualização de motores para cumprir o nível de emissões Fase IV/Tier 4Final e os patamares de potência mudaram. Para o mercado europeu estão destinados cinco tratores articulados de rodas (9R) e três tratores de dois rastos gémeos (9RT), com três diferentes motorizações, consoante o modelo: John Deere PowerTech de 9 e de 13,5 litros e Cummins QSX15 de 15 litros. O maior da série, e ao mesmo tempo o trator mais potente até agora fabricado pela marca, é o 9620R, um modelo de rodas que atinge os 620 cv (o maior dos 9R ia antes até aos 560 cv). O 9420R é o modelo de entrada e tem 420 cv. Por seu lado, na Europa os 9RT vão dos 470 aos 570 cv. Equipam com transmissão e18 PowerShift com gestão de eficiência, um
modo concebido para melhorar a produtividade e reduzir o consumo de combustível. A nível do hidráulico o débito foi aumentado até aos 435 L/min. Na cabina o apoio de braço foi redesenhado, e entre os opcionais encontramos a Active Command Steering, que adapta o tato da direção consoante o tipo de utilização. Uma novidade é a suspensão dianteira HydraCushion, desenhada para minimizar os efeitos de ressalto durante os trabalhos de tração e também o efeito de galope em estrada. Além das rodas e dos rastos, uma terceira configuração deverá vir a fazer parte da série 9: um trator articulado com 4 rastos de borracha. Num evento realizado na América, a John Deere já o mostrou como protótipo. Tem a designação 9RX mas não se sabe ainda quando passará à fase de produção.
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Reportagem
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por Ângelo Delgado
Dia Nacional Maschio Gaspardo
Novidades, demonstrações e 50 anos de vida O Dia Nacional Maschio Gaspardo, que se realizou a 27 de setembro, não serviu apenas para juntar agricultores e concessionários na Casa Cadaval. Além das aguardadas novidades, a marca comemorou os seus 50 anos.
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Dia Nacional Maschio Gaspardo, que se realizou a 27 de setembro, não serviu apenas para juntar agricultores e concessionários na Casa Cadaval. Além das aguardadas novidades, a marca comemorou os seus 50 anos. Nas festividades, foram cerca de 600 os presentes, 46 concessionários – o dobro da edição de 2012 – que deram razão às palavras dos responsáveis da companhia: crescimento sustentado, fidelidade, comprometimento e, por último, satisfação. Num dia marcado pelo mau
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tempo logo pela manhã – que prejudicou, e muito, as demonstrações de campo – a Maschio Gapardo (MG) preencheu a agenda do dia com vários momentos de lazer, com destaque para o próprio cortar do bolo que assinalava os 50 anos da marca, ou até pelos sorteios realizados para oferta de produtos da MG. A apresentação das novidades (já lá vamos), das já conhecidas gamas, e das fábricas no estrangeiro fizeram parte do cardápio, onde Nicola Franco, diretor-geral da MG Ibérica, João Montez eVitor Ildefonso foram, à vez, guiando o evento. Egídio Maschio, presidente
da MG, esteve virtualmente presente na Casa Cadaval, tendo endereçado uma mensagem gravada para os presentes que encheram a sala de cerimónias. Palavras elogiosas para o mercado ibérico, enaltecendo o árduo trabalho feito pela marca nos últimos anos, devido à sua enorme penetração junto dos concessionários. Enalteceu a aquisição da Unigreen e da Feraboli, que completou assim a gama de produtos oferecida pela MG. O resto da mensagem contou com sorrisos, gargalhadas, boa disposição, e o desejo de um resto de Dia Nacional Maschio Gaspardo repleto de coisas boas.
Serviço Pós-Venda, um trunfo Giovanni Milani, responsável pelo Pós-Venda da MG ibérica, foi o porta-voz da apresentação de um novo serviço para os clientes MG, que irá ajudar ainda mais o já elogiado serviço Pós-Venda da marca. “Trata-se de um sistema de gestão pós-venda. Liga todos os concessionários às nossas fábricas, 24 horas por dia”, começa por explicar. “Os nossos clientes poderão tratar de peças, garantias, entre outros aspetos. E tudo isto irá processar-se de forma rápida. É uma forma de conseguirmos solidificar uma relação mais direta, íntima e fiável entre os concessionários e a marca, sem que exista um intermediário”, detalhou. João Montez, por seu turno, completou a informação sobre o serviço. “Iremos trabalhar com a Work, sistema da MG que estará sediado em Espanha, terá uma intervenção rígida, haverá uma maior prevenção e formação, e mais informação entre agricultores/concessionário/ fábrica”. A finalizar, mais um dado: “a gestão de garantias apenas ocorrerá após registo do produto no sistema”.
Máquinas em funcionamento (demonstração em campo).
A crescer há três anos De 2011 para cá, a MG cresce. Um crescimento anual que mostra a cada vez maior relevância da marca no mercado nacional. Se em 2011 a faturação foi de 4,6 milhões de euros, em 2012 os números ascenderam aos 6,1 milhões. No ano passado os resultados mostraram novo aumento: 9,2 milhões de euros. Com 2014 a terminar, as previsões apontam para resultados um pouco acima dos 11 milhões. Aproveitando a embalagem dos números, os responsáveis da MG mostraram os valores globais da marca, também eles a subir nos últimos anos: 235 milhões de euros em 2012, 280 milhões em 2013 e uma previsão para 2014 de 350 milhões. A sustentar todos estes números estão cerca de 1800 colaboradores espalhados por vários pontos do mundo.
As novidades para o campo A Maschio Gaspardo aproveitou a presença dos vários agricultores e concessionários para apresentar algumas das suas novidades no mercado. Uma das mais relevantes, prendeuse com a atualização da grade rotativa Pantera, que possui larguras de trabalho de 4,30, 4,80, 5,30 e 5,80 m, uma profundidade de trabalho de 29 centímetros, sendo que uma potência entre os 160 e os 400 cv para o trator é a mais recomendável para a sua utilização. Este equipamento está virado para grandes áreas de cultivo. Nova também a gama de subsoladores que vai desde os modelos Pinocchio (sistema de segurança de fusivel) até aos modelos Artiglio, non stop hidropeumático.
Subsolador sistema non stop hidropneumático Artiglio.
Fresa de multifacas direitas Pantera.
A trituradora Ariete também é um novo produto na Maschio Gaspardo. A largura de trabalho desta máquina vai dos 2,30 aos 3,10 m, e a sua utilização em campo deve ser feita com um trator entre os 44 e os 140 cv. Esta trituradora possibilita a manutenção do solo e, por exemplo, o corte de resíduos em culturas. Ainda nas trituradoras, outra novidade prende-se com a Bisonte Plus. Uma máquina com uma largura de 2,26 a 2,98 m e adaptável a tratores entre os 50 e 110 cv. O Bisonte é bastante útil na limpeza de terrenos baldios ou de resíduos de grandes dimensões. Pelas suas características, a Bisonte está adaptada às condições de trabalho mais adversas. Destaque para o Gaspardo Tronic que, segundo os responsáveis da marca, é um sistema de transmissão elétrica
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Reportagem
Sistema de transmissão elétrica Tronic.
revolucionário direcionado para semeadores de precisão. Com este dispositivo, entre as várias funcionalidades disponíveis, pode-se contabilizar de forma precisa o total de área trabalhada, a velocidade das máquinas, consultar o histórico dos resultados realizados no passado e, não menos importante, o nível de precisão do trabalho através de médias percentuais. Através do sistema Tronic torna-se possível prever com maior rigor as anomalias mecânicas. O semeador Mirka fez parte das novidades na Casa Cadaval. Desenhado para produtores de milho, possui uma largura de transporte de 3 m para 8 linhas de 75 cm. Tem capacidade para 1400 litros e está disponível para o sistema Tronic, podendo assim aproveitar todas as potencialidades disponibilizadas por aquela tecnologia. Destaque ainda para o semeador Twin Row que apresenta um novo processo de sementeira de milho de linha dupla, disponível em 8 linhas (4 pareadas), com adubador, microgranulador ou completo.
Semeador pneumático 8 linhas, linha dupla Twin Row.
Nicola Franco
Diretor-geral da Maschio Gaspardo Ibérica
Entrevista exclusiva a Nicola Franco Tem sido um ótimo ano para o mercado português, que nos tem dado um enorme feedback. Abolsamia: O que significa para a empresa o Dia Nacional Maschio Gaspardo? Nicola Franco No fundo, este dia mostra a importância que a Maschio Gaspardo dá ao mercado português. É uma forma de agradecermos aos nossos clientes e concessionários, que muito nos têm ajudado ao fazer da Maschio uma empresa cada vez maior. Por outro lado, conseguimos, de uma forma mais eficiente, mostrar a dimensão real do nosso Grupo, que muda e cresce a cada dia que passa.
E sente esse feedback positivo de quem vem a este evento? Mais do que no dia de hoje, sentimos isso quando levamos as pessoas a visitar as nossas fábricas. Ainda assim, em conversa com muitos dos agricultores aqui presentes, percebemos que estamos a atingir os nossos objetivos. Que balanço faz do Dia Nacional Maschio Gaspardo? As condições climatéricas têm sempre um
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peso muito grande no sucesso, ou não, de um certame com estas características e, por isso, não estamos totalmente satisfeitos. Ainda assim, conseguimos trazer 600 pessoas à Casa Cadaval, tivemos 20 alfaias para demonstração, sendo que da parte da tarde tivemos a oportunidade, através das demonstrações estáticas, de mostrar mais algumas máquinas novas. O balanço é por isso positivo. Quantas novidades a Maschio Gaspardo apresentou neste evento? Revelámos essencialmente três novidades: a nova gama de charruas, uma versão mais atualizada das roto fresas da Puma e a enfardadeira Feraboli. Já tínhamos apresentado estas máquinas em fevereiro, por ocasião da FIMA, em Saragoça. Os dados estatísticos da Maschio mostram um crescimento nos últimos anos. Essa tendência é para ser mantida em 2015? Acreditamos que a tendência será para manter, mas de forma mais moderada, pois sabemos que crescimentos de 40 a 45 % ao ano não são normais. O alargamento para produtos como os pulverizadores e charruas fazem-nos pensar que o crescimento da nossa empresa no mercado ibérico será na ordem dos 20 pontos percentuais. Em Portugal, atualmente, estamos com números que nos mostram uma evolução positiva na ordem dos 26 %. Tem sido um ótimo ano para o mercado português, que nos tem dado um enorme feedback.
Reportagem O que dizem eles da Maschio Gaspardo?
João Pereira
Fernando Rosário
Jorge Justino
Carlos Graça
Empresa: Golden Dairy Farm Localidade: Barcelos Cliente: Reptractor
Empresa: Agricultor por conta própria Localidade: Beja Cliente: Ribeiro & Carapinha
Empresa: Juncos Silvestres Sociedade Agrícola, Unip. Lda Localidade: Almeirim Cliente: Apolinários & Irmãos
Empresa: Prestador de Serviços Localidade: Golegã Cliente: Apolinários & Irmãos
“Possuo máquinas Maschio Gaspardo há 15 anos e os resultados têm sido muito bons. Trabalham bem, raramente falham e são robustas. Do meu portfólio fazem parte semeadoras e rotofresas, que têm funcionado na perfeição e sem avarias.
“Tenho charruas, fresas e semeadores! Todos estes equipamentos são Maschio Gaspardo, e no futuro também irão ser, pois vou continuar fiel. Trata-se de uma marca que nos garante um equilíbrio muito grande entre a qualidade e o preço. Num contexto em que estes dois fatores são essenciais para a vida de qualquer profissional, a Maschio dá-nos uma resposta positiva.
“Opero com máquinas Maschio Gaspardo há cerca de 15 anos. Conseguimos adquirir com muita facilidade peças para manutenção, além de serem simples de manobrar. Qualquer operador, passado pouco tempo, consegue atingir um nível alto de rendimento ao trabalhar com produtos Maschio Gapsardo.
“A minha relação com as máquinas Maschio Gaspardo tem 30 anos. A evolução da tecnologia, e das suas máquinas e dos seus serviços, têm sido as razões para que esta longa relação profissional se mantenha sólida. Somos constantemente surpreendidos com as várias inovações da Maschio, que têm repercussões diretas no nosso desempenho.
Comecei, há vários anos, com uma semeadora Gaspardo, e depois troquei por um modelo mais sofisticado que também tem correspondido às expetativas. A Maschio Gaspardo fornece excelentes informações sobre a sua gama de produtos. Tenho amigos e colegas agricultores que estão equipados com outras marcas e têm problemas que eu nunca vivi. O conselho que dou a quem está indeciso sobre que marca escolher, e seria o conselho que daria a mim mesmo, é que opte pela Maschio Gaspardo, pois a sua fiabilidade fará com que não tenha dissabores no futuro”.
Há que enaltecer também a excelência do serviço pós-venda da marca. Sentimo-nos seguros ao optar pela Maschio Gaspardo, pois sabemos que nos irão ajudar, tirar dúvidas, e chegarão até nós em pouquíssimo tempo. É um alívio para quem está equipado com estas máquinas poder ter este serviço pós-venda tão evoluído e célere! Em síntese, destaco a Maschio Gaspardo devido a três vetores que norteiam a sua política: qualidade, preço e serviço pósvenda”.
Temos semeadores, máquinas para a primeira mobilização de terra, de acabamentos e manutenção do solo. Quando analisamos o universo das marcas reparamos que, ao nível da tecnologia, estão quase todas ao mesmo nível. A grande diferença surge na eficácia e é aí que a Maschio Gaspardo ganha pontos. O trabalho de substituição de peças é, igualmente, eficiente. Não podemos ter máquinas paradas porque nos faltam peças de substituição. A facilidade com que a Maschio Gaspardo acede aos nossos pedidos é arrepiante! O mesmo não acontece com outras marcas, em que ficamos semanas à espera que nos chegue uma simples peça. Não podemos deixar o cliente à espera”.
É vital para nós estarmos associados a uma marca que não para no tempo, evolui os seus modelos e, até nos ajuda a reduzir custos. São mais-valias que não podemos ignorar. Esta relação iniciou-se através da aquisição de um semeador que ainda era apenas Gaspardo. Depois, é desde há 30 anos que, conforme afirmei anteriormente, temos vindo a adquirir todo o tipo de alfaias da marca”.
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Conhe vence ça os dores
12 nov .
Fomos comprovar
12h00 Nome ad
como se comportam os finalistas
na EIM os A, Bolonhem a
M E S E T S TE po m ca
C
Durante o mês de setembro uma boa parte do nosso tempo é dedicada às sessões de testes em campo que ajudam a definir os vencedores do Trator do Ano. Mas a que é que nos referimos quando falamos de testes em campo e em que condições é que eles são feitos? 50
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omecemos pelo princípio. O prémio internacional Tractor of the Year [TOTY] atribui anualmente três distinções: Trator do Ano para campo aberto, Melhor Especializado, e Melhor Design. Perante o conjunto de modelos que são propostos pelos fabricantes à organização do TOTY, é ao júri que cabe fazer uma avaliação exaustiva das características técnicas de cada trator, primeiro para apurar um grupo restrito de finalistas, e mais tarde para apurar os vencedores. O júri, que é formado por vinte e três projetos editoriais independentes, entre os quais se encontra a revista abolsamia
em representação de Portugal, considera um conjunto de parâmetros de avaliação que incidem sobre os componentes e as especificidades de cada máquina: motor, transmissão, eletrónica, hidráulico, conforto na cabina, inovações técnicas, opções, design e rácio preço/ potência. Mas há um fator adicional que assume importância no nosso trabalho de avaliação: termos a possibilidade de contactar com o trator. As marcas são encorajadas pelo TOTY a organizar sessões de testes em campo no decorrer do mês de setembro. Nem todas o fazem, e quem não o faz não sai necessariamente prejudicado da avaliação por causa disso. Afinal estas sessões de teste são apenas uma recomendação, não são uma exigência. Mas também é verdade que há uma grande diferença entre avaliar um trator só através das informações técnicas que nos
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são disponibilizadas e avaliá-lo depois de o termos conduzido e de termos conversado com os especialistas de produto da respetiva marca. Se quisermos ser ainda mais rigorosos e mais exigentes, também há uma diferença entre avaliar um trator que apenas conduzimos sem alfaia, e um trator que submetemos a trabalho real, com alfaias e em diferentes situações. Mas isso já tem a ver com os meios que são mobilizados para tornar possível cada uma destas sessões de teste, como veremos adiante.
O local
Como na maioria dos casos são tratores que acabaram de entrar em produção e que por isso ainda não chegaram ainda à maioria dos mercados, estas sessões são organizadas numa localização europeia definida por cada marca. Nestes eventos alguns fabricantes
explicam-nos o trator em detalhe, como é que o desenvolveram, e por que é que fizeram certas escolhas em detrimento de outras. Outras marcas são mais reservadas no teor de informação que fornecem, mas podemos sempre fotografar o que quisermos e podemos sempre tirar todas as dúvidas que tivermos.
O tempo do relógio
E depois temos direito a cerca de vinte minutos para o conduzir e para trabalhar com alguma alfaia. Cada marca organiza o programa a seu modo, e em certos casos podemos até dispor de muito mais tempo. Mas na maioria das vezes não anda muito longe disto, até porque no júri somos um grande grupo. Como deve calcular, vinte minutos ou meia hora serve sobretudo para nos familiarizarmos com o trator e para formarmos uma impressão geral. Está muito longe de ser qualquer
coisa comparável com o que fazemos no decorrer de uma Prova de Campo, mas ainda assim costumam ser sessões de trabalho muito proveitosas. Há marcas que aproximam mais os testes em campo do que nós desejamos que seja posto à nossa disposição. Isso acontece quando temos a sorte de apanhar condições climatéricas favoráveis, quando podemos experimentar os tratores com alfaias e em diferentes tarefas, e quando nos é proporcionado tempo suficiente para tirarmos todas as dúvidas.
O tempo do céu
Mas no meio disto tudo há um fator que muitas vezes nos troca as voltas: o tempo. Pôr de pé uma sessão destas implica um grande investimento e um grande esforço de organização da parte das marcas. Têm de arranjar um sítio onde se possa trabalhar, têm de transportar
para lá tratores e alfaias, têm de assegurar as nossas deslocações, e destacar para o local uma equipa de especialistas de produto com resposta para todas as questões que lhe fazemos e ainda mais alguma. E depois, como já nos tem acontecido, cai uma valente carga de água que deixa tudo encharcado, e lá fica boa parte do trabalho comprometida. Mas ainda não podemos ter controlo sobre tudo, e se calhar ainda bem que é assim. Pela nossa parte, quer chova ou faça sol, procuramos retirar proveito dos meios que cada marca põe ao nosso dispor e, fazendo uso da experiência que acumulámos ao longo de mais de 20 anos, contribuímos da melhor forma que sabemos para o apuramento dos vencedores deste fantástico prémio que é o TOTY.
19542014
O futuro tem sempre uma história para contar.
A tecnologia simplificou-nos a todos o trabalho. Desde há 6o anos que a Adr apoia o nosso trabalho com a força da sua tecnologia.
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Trator do Ano 2015
TOTY®
A revista abolsamia é membro do júri por Portugal.
Uma complexidade tecnológica fácil de usar
Massey Ferguson 8737 Experimentámos o MF 8737 com um cultivador rebocado, num solo bastante compactado que lhe puxou pelos músculos. Foi nos arredores de Beauvais, França, numa tarde bastante quente a meio de setembro. O teste em campo ao MF foi um dos que fizemos em condições mais apropriadas. Por um lado porque o tempo esteve de feição, por outro porque a marca preparou a sessão de testes num terreno que não tinha sido mexido. Num solo ligeiramente pedregoso, pesado e compacto, deu para ver realmente o comportamento do trator.
que compõem o sistema de refrigeração foi repensada e as entradas e saídas de ar do capot também foram redesenhadas. Esta nova conceção, a que foi dada a designação Cyclair, resulta numa performance do sistema aumentada em 42%, segundo a MF.
Motor e refrigeração Cyclair
Durante o trabalho de campo que realizámos, o trator demonstrou um comportamento muito interessante quando submetido a maior esforço, notando-se que é capaz de pôr no chão a potência que tem disponível. Estamos perante um modelo pensado sobretudo para os trabalhos de tração, e como tal pode-se jogar muito com
O motor Agco Power de 8,4 litros tem uma sonoridade agradável e alcança os 370 cv de potência máxima. Mas a gestão eletrónica do motor (EPM) providencia 30 cv de potência adicional que ficam totalmente disponíveis entre os 22 km/h e a velocidade máxima. A arrumação dos elementos
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Comportamento em campo e lastragem
os pesos. Sem lastragem o MF 8737 pesa 11 toneladas mas com o jogo mais completo proposto pela marca, que contempla pesos frontais modulares e ‘anéis’ para o eixo traseiro, o seu peso total pode atingir as 18 toneladas.
Comportamento em estrada Experimentámos o MF 8737 também em estrada e demos conta da rapidez de resposta proporcionada pelo motor
O jogo de lastragem mais completo acrescenta ao MF 8737 um peso total de 7 toneladas.
O painel de instrumentos é maior do que na geração anterior e o inversor possui bloqueio de estacionamento.
Uma complexidade fácil de usar
Os principais comandos, agora ligeiramente redesenhados, estão corretamente posicionados e são de uso muito intuitivo.
e pela transmissão (que é fornecida pela Fendt), bem como de um efeito de travão-motor que é muito efetivo. Quando se alivia repentinamente o pedal de acelerador, a transmissão e uma válvula instalada no motor exercem um rápido efeito de desaceleração.
O interior foi ligeiramente redesenhado, com destaque para o painel de instrumentos de maior dimensão que inclui um pequeno ecrã digital configurável, e para alguns retoques nos comandos situados no apoio de braço. A alavanca muiltifuncional é uma das mais bem conseguidas a nível ergonómico e tem comandos programáveis que podem ser dedicados a alfaias com ISOBUS. Apesar de envolver um certo nível de complexidade, como é natural devido à tecnologia presente neste segmento, os comandos estão completamente em linha com o que encontramos nos segmentos mais baixos da marca e a adaptação ao trator é relativamente fácil.
No guarda-lama encontramos os comandos da TDF, do elevador e também dos distribuidores hidráulicos. Motor Fabricante
Agco Power
Nº de Cilindros/ cilindrada
6 / 8.4 litros
Potência nominal / máxima (EPM)
340 cv / 400 cv
Nível de emissões
Fase IV / Tier 4Final
Binário máximo / reserva
1600 Nm
Transmissão Configuração
Variação Contínua
Velocidade máx. Eco
50 km/h Eco às 1550 rpm
Hidráulico Capacidade máx. de elevação
Traseira: 12.000 kg Ft: 5.000 kg
Fluxo da bomba
175 L/min (Opção: 205 L/min)
www.galucho.com
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TOTY®
A entrada da Deutz num novo patamar de potência
Deutz-Fahr 9340 TTV Experimentámos o 9340 TTV na Innov-Agri, em França, no dia 3 de setembro. Engatado num cultivador rebocado, transmitiu-nos uma sensação de solidez e de potência, e ao mesmo tempo de suavidade.
O capot é levantado e baixado eletricamente, e quando aberto afasta-se do motor.
Ao lado do seu stand na Innov-Agri, a Deutz-Fahr tinha uma parcela de testes onde nos foi dada a oportunidade de experimentar o 9340 TTV. Visto à distância, o 9340 TTV é um trator muito imponente e essa impressão acentua-se ainda mais à medida que nos aproximamos dele. Trabalhámos num solo já mobilizado, o que não é a situação ideal, mas a impressão com que ficámos é de se trata de um trator de nova geração, que é confortável e que tem uma resposta boa resposta em campo.
Motor e capot elétrico
O motor Deutz de seis cilindros alcança os 340 cv de potência máxima mas 80% dessa potência está disponível a partir das 1.400 rpm. A intenção por detrás do seu desenvolvimento foi permitir que, na maior parte do tempo, o trator possa trabalhar a regimes baixos/médios
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do motor. A Fase IV/ Tier 4Final é alcançada com recurso a um sistema SCR+DPF. A ventoinha E-Visco de segunda geração é controlada eletronicamente e o pack de refrigeração foi desenvolvido em cooperação com a Mahle. O capot abre-se e fecha-se através de comando elétrico. Ao mesmo tempo que sobe também se afasta
O faróis LED no vinco do capot evidenciam uma linha estética que, sem romper com a imagem de marca, tem elementos novos.
Motor Fabricante / modelo
Deutz / TTCD 7.8 L06
Nº de Cilindros/ cilindrada
6 / 7.755 cm³
Potência nominal / máxima
315 cv / 336 cv
Nível de emissões
Fase IV / Tier 4Final
Binário máximo
1288 Nm / 30%
Transmissão Configuração
Variação contínua
Velocidade máx. Eco
60 km/h às 1785 rpm
Hidráulico Capacidade máx. de elevação
Traseira: 12.000 kg Ft: 5000 kg
Fluxo da bomba
210 L/min
TOTY® Transmissão e travagem
A navegação no terminal iMonitor 2.0 de 12” pode ser feita através de touchscreen.
A transmissão de variação contínua ZF Terramatic 32 possui quatro rácios mecânicos e alcança os 40 km/h Eco às 1350 rpm. Como é tradição na marca, este modelo está equipado com travões de disco em banho de óleo às quatro rodas. Mas em opção pode ser configurado com discos externos no eixo dianteiro (que aumentam a eficácia de travagem) e com ABS.
para a frente, deixando o motor a descoberto. É uma funcionalidade bem pensada e útil num trator desta envergadura.
O 9340 TTV dentro da série 9
A série 9 é exclusiva da DeutzFahr e nas palavras de Massimo Ribaldone, Diretor executivo de I&D do Grupo SDF, a expectativa em termos de vendas anuais situa-se entre as 500 e as 1000 unidades. O 9340 TTV é o trator maior de uma gama que tem como modelo de entrada o 9270 TTV, de 274 cv de potência máxima.
A disposição dos comandos, com diferenciação de cores, está na linha do que é natural encontrarmos na Deutz-Fahr.
Posto de condução
O terminal iMonitor 2.0, de 12” a cores, possui tela antibrilho. A navegação através de touchscreen é opcional. O painel de instrumentos é diferente do que encontramos noutros modelos da marca, dando agora possibilidade ao operador de selecionar o tipo de informação que pretende que seja mostrada.
Tecnologia e iluminação LED
Está equipado com a mais recente tecnologia ISOBUS e TIM (Tractor Implement Management), embora não seja proposta nenhuma solução a nível de telemática. Incorpora um sistema de iluminação LED no qual se pode ajustar o nível de luminosidade. Esta função é útil para adequar a intensidade de luz às condições climatéricas.
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Trator do Ano 2015
TOTY®
A revista abolsamia é membro do júri por Portugal.
Ao serviço das explorações agro-pecuárias Uma alavanca multifuncional concentra os comandos da transmissão, do carregador e algumas funções do hidráulico.
Claas Arion 430 No passado dia 7 de setembro estivemos em Bazas, no Sul de França, para a sessão de testes da Claas. Experimentámos o Arion 430 em estrada, em trabalho de solo, e ainda deslocámos fardos com um carregador frontal. Esta sessão de testes foi uma das mais bem organizadas. Por nos ter sido dada a oportunidade de experimentar o trator em diferentes situações mas também porque nos foi dado tempo suficiente. O comportamento muito equilibrado em trabalho de solo, com um rolo destorroador na frente e uma grade rotativa ligada à TDF na traseira, evidenciou que o leque de possibilidades reservado para o Arion vai muito para além das operações secundárias e do trabalho com carregador.
Motor FPT Tier 4Final
Fornecido pela FPT, o motor de 4 cilindros e 4,5 litros de cilindrada, é o primeiro Tier 4Final a equipar um trator deste segmento. A sonoridade não é
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tão suave como a do motor John Deere da anterior geração, mas o seu desempenho pareceu-nos muito interessante. O nível de emissões é cumprido através de um sistema SCR + DOC.
Um modelo a meio da gama
A Claas explicou que propôs ao júri do TOTY o Arion 430, e não o modelo de topo dentro da gama, com a intenção de mostrar que a partir deste nível de potência já se pode ter todo o equipamento que encontramos num Arion 460. A gama é composta por seis modelos que vão dos 90 aos 140 cv.
No interior da cabina O acesso ao posto de condução está bem conseguido, um
detalhe importante num segmento onde é frequente se entre e saia da cabina muitas vezes por dia, há espaços para arrumação, e os comandos estão bem posicionados. A coluna de direção pode ser ajustada em inclinação e em profundidade.
Alavanca multifuncional e transmissão
A transmissão Powershift 16/16 possui quatro velocidades e quatro gamas. A marca
A cabina panorâmica favorece as operações com carregador.
concentrou numa alavanca os comandos do carregador e da transmissão, e algumas funções do hidráulico. Esta solução pode receber elogios, mas a nós pareceu-nos que a transmissão não deveria ser comandada numa patilha tão minúscula e que oferece tão pouca resistência. A alavanca Cmotin, usada nas gamas
Todo o interior foi redesenhado face à anterior geração.
superiores da Claas, está mais bem conseguida.
Cabina de visão panorâmica
Durante o trabalho com carregador, o Arion demonstrou agilidade e boa performance hidráulica. E apercebemo-nos de que á cabina panorâmica confere boa visão em altura. A marca propõe outras variantes, onde se inclui uma cabina de teto rebaixado.
Diversos níveis de equipamento
Os Arion 400 podem ser configurados com soluções tecnológicas de topo ou com um pacote de especificações muito simples. O eixo frontal com suspensão independente a cada roda está entre os opcionais, bem como a suspensão de cabina também estará, mas só a partir de 2015.
Num painel digital a cores, situado no pilar direito da cabina, é possível configurar funções e monitorizar o funcionamento do trator. Motor Fabricante / modelo
FPT / NEF 4
Nº de Cilindros/ cilindrada
4 / 4,5 litros
Potência máxima
110 cv
Nível de emissões
Fase IV / Tier 4Final
Binário máximo
480 Nm
Transmissão Configuração
Powershift 16F/16T
Velocidade máx.
40 km/h
Hidráulico Capacidade máx. de elevação
Traseira: 5.750 kg Ft: 2.800 kg
Fluxo da bomba
60 L/min (Opção: 110 L/min)
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TOTY®
A sofisticação habitual com novos refinamentos
Fendt 939 Vario S4 Experimentámo-lo no decorrer da Innov-Agri, através da representação francesa da Fendt. Não é muito o que muda nesta 4ª geração da série 900, mas algumas novas soluções são muito interessantes.
Atendendo a que o Fendt 939 Vario S4 não se encontrava disponível em Portugal a tempo de realizarmos a avaliação, testámo-lo em França por ocasião da visita que fizemos à Innov-Agri. Não foi propriamente um teste em campo, já que apenas o conduzimos num recinto fechado e sem alfaia engatada, mas deu para nos familiarizarmos com os comandos e termos uma perceção acerca do que muda.
A série 900 e a atualização do motor A secção traseira está equipada com um jogo de 6 faróis de trabalho com tecnologia LED.
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A série 900 é composta por cinco modelos entre os 270 e os 390 cv. O 939 é o maior deles e até há pouco tempo, antes de a marca lançar o 1000 Vario, era também o maior dos Fendt. O motor Deutz foi atualizado para se adequar ao nível de emissões da Fase IV/Tier 4Final. Recorre a um sistema SCR + filtro de partículas diesel passivo (CSF), uma combinação que segundo a marca reduz o consumo de AdBlue.
A Fendt apresenta novas soluções
No posto de condução encontramos o ambiente de trabalho que é familiar aos clientes da Fendt.
A reboque da atualização do motor, foram feitos alguns aperfeiçoamentos a outros níveis. O VarioGrip, um sistema de regulação automática da pressão dos pneus em ambos os eixos, é uma novidade absoluta. Está entre
Motor Fabricante
Deutz
Nº de Cilindros/ cilindrada
6 / 7.750 cm³
Potência nominal / máxima
390 cv / 396 cv
Nível de emissões
Fase IV / Tier 4Final
Binário máximo / reserva
1538 Nm / 19%
Transmissão Configuração
Variação Contínua
Velocidade máx. Eco
60 km/h Eco às 1750 rpm
Hidráulico Capacidade máx. de elevação
Traseira: 11.800 kg Ft: 5.580 kg
Fluxo da bomba
152 L/min (Opção: 205 L/min)
TOTY® as opções, é regulado a partir do terminal do trator, e segundo a marca permite aumentar em 15% a capacidade de tração. A ventoinha é reversível, para expulsar dos radiadores e das grelhas de entrada de ar todo o tipo de sujidade, como palha ou poeira, e controlada eletronicamente através do Varioterminal. Aí, o operador define os intervalos de atuação (ex: funcionar em modo invertido durante 5 segundos de 10 em 10 minutos) consoante o ambiente em que está a trabalhar.
A terceira novidade é o limpa para-brisas com uma amplitude de limpeza de 300°, capaz de percorrer o painel dianteiro até abaixo.
Posto de condução
Entre as opções, encontramos o posto de condução reversível e o terminal Variotronic de 10,4” com tela anti-brilho, que se divide em quatro zonas para acomodar a visualização de quatro diferentes aplicações em simultâneo.
O novo limpa para-brisas percorre a totalidade do vidro frontal, perfazendo um ângulo de 300°.
O Varioterminal de 10,4” suporta a visualização de 4 zonas em simultâneo e possui tela anti-brilho.
estabilidade, sobretudo em estrada a velocidades altas. Possui uma funcionalidade interessante. Com o trator imobilizado é possível acionar o curso completo da suspensão para auxiliar a colocação ou a remoção de pesos ou alfaias. Possui travões individuais às quatro rodas, sendo o ABS um opcional que segundo a Fendt aumenta a capacidade de travagem e garante uma maior precisão da direção em zonas com gravilha ou piso molhado.
Travões e suspensão O eixo frontal com suspensão individual a cada roda faz parte do equipamento standard e garante uma acrescida
O sistema VarioGrip para ajuste automático da pressão dos pneus é um opcional disponível para ambos os eixos.
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Trator do Ano 2015
TOTY®
A revista abolsamia é membro do júri por Portugal.
Trabalho de solo com baixas taxas de compactação e patinagem
Challenger MT775E A Challenger recebeu-nos nas imediações do Lago Balaton, na Hungria, onde o tempo nos surpreendeu com uma forte chuva que pouco deixou fazer no campo. Mas em contrapartida a marca reforçou a explicação técnica acerca deste conceito de trator. No dia 20 de agosto os técnicos da Challenger esperavam por nós em Balatonfökajári, com tratores, alfaias, e uma boa área para trabalharmos. Mas chegámos nós e chegou também uma forte chuva que durante várias horas encharcou o terreno, tornando inviável qualquer teste. Ainda assim, obtivemos explicações dadas pelos especialistas de produto e conduzimos o trator para termos uma ideia acerca do seu comportamento.
Um motor fora do comum
Fornecido pela Agco Power, o motor tem 9,8 litros de capacidade e é o primeiro 7 cilindros a equipar um trator. Tem dois turbos de geometria variável, ventoinha elétrica,
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e um binário tão alto que foi preciso instalar um sistema eletrónico que o protege de uma utilização abusiva. A Fase IV/Tier 4Final é cumprida através de um sistema SCR+DOC+cEGR.
Originalmente de rastos
Tratando-se de um trator de rastos, a sensação de condução é um pouco diferente da que estamos habituados mas a adaptação é muito rápida. A eletrónica dá uma ajuda, pois adequa a resposta da direção em função da velocidade. A transmissão é de uso intuitivo, e como está pensada para o trabalho em longas tornas, tem só 4 velocidades para trás. Experimentámo-las todas e pareceram-nos bem escalonadas
e em número suficiente. No MT775E é possível ajustar a largura de via e instalar diferentes medidas de rastos. E ao contrário do que se possa pensar, o seu reino não são só as planícies. A prova disso é que possui um reservatório externo de óleo do hidráulico que garante disponibilidade de óleo precisamente em encostas.
Grande capacidade de tração
Um aspeto determinante nos Challenger é o equilíbrio que se pode obter com a colocação ou remoção de pesos. As alfaias montadas requerem mais peso na frente e as
É fácil encontrar uma posição cómoda nesta cabina. O volante tem um formato especial, inclui uma bola de borracha maleável e comandos do rádio e do telefone.
Existe espaço para colocar lastragem em três diferentes posições: a meio dos rastos, no eixo frontal e ainda na frente do trator. Os roletos são oscilantes para acompanharem as irregularidades do solo.
é nada invulgar que possa ir além desse valor. O que a Challenger anuncia como ponto forte é uma patinagem em redor dos 5-7%, e uma compactação mais reduzida.
Durabilidade e custo dos rastos
O lanço de degraus para acesso à cabina desce e recolhe automaticamente. Debaixo do patamar de acesso existe uma caixa metálica para arrumar ferramentas.
rebocadas mais peso a meio do trator.
Patinagem em redor dos 5%
Quando se faz mobilização de solo em grandes áreas a taxa de patinagem pode fazer muita diferença a vários níveis: consumo de combustível, tempo extra de trabalho, e custos com manutenção a longo prazo. Num trator de rodas a patinagem pode situar-se nos 15%, e não
Os técnicos da Challenger transmitiram-nos que a duração dos rastos “é de cerca de 3.000 horas quando faz muita estrada e de 4.000 horas quando faz menos estrada e o operador uso tudo muito bem afinado”, tanto a nível de pesos como a nível da tensão dos rastos. Se a patinagem estiver muito acima dos 5% o desgaste dos rastos pode ser muito rápido. Também nos foi dito que o custo médio de um jogo de rastos é “mais ou menos o mesmo que um jogo de quatro pneus para um trator do mesmo segmento”.
Um espaço bem definido
Embora possa fazer percursos em estrada, o MT775E está vocacionado para a preparação de solo. Numa exploração, deixa espaço livre para modelos convencionais que fazem outro género de operações.
Motor Fabricante / modelo
Agco Power / AP98-4
Nº de Cilindros/ cilindrada
7 / 9.8 litros
Potência nominal / máxima
405 cv / 438 cv
Nível de emissões
Fase IV / Tier 4Final
Binário máximo
1921 Nm / 42%
Transmissão Configuração
PowerShift 16F/4R
Velocidade máx.
40 km/h
Hidráulico Capacidade máx. de elevação
Traseira: 13.350 kg
Fluxo da bomba
224 L/min (Opção: 321 L/min)
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Produto por Francisca Gusmão
Bridgestone Portugal
Nova estratégia alarga gama O Grupo Bridgestone esteve representado com um espaço de exposição na feira Agroglobal, onde expôs a sua gama de pneus para a agricultura.
E
m destaque no stand esteve o novo pneu Bridgestone VT-Tractor. Lançado em maio passado na Alemanha, por ocasião da feira de Reifen, este pneu representa a estreia da marca Bridgestone no mercado dos pneus para a agricultura onde, até agora, a Firestone estava sozinha. Recorde-se que no final do ano passado, a Bridgestone Europe anunciou a intenção de expandir a sua estratégia multimarca e de introduzir a marca Bridgestone no mercado dos pneus para a agricultura na Europa. Na ocasião, a empresa definiu o perfil de cada marca, cabendo à Bridgestone complementar o produto da Firestone com enfoque nas máquinas
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Oferecer a melhor solução aos agricultores em todos os segmentos de maior potência e num produto premium. Como referiu Lothar Schmitt, Dirotor da divisão de pneus agrícolas e off-road da Bridgestone Europe, “A Bridgestone e a Firestone têm pontos fortes e especificidades diferentes. Através desta estratégia multimarca poderemos oferecer a melhor solução aos agricultores em todos os segmentos.”
Carro de assistência à Agri Point.
Produto O conceito VT-Tractor Na Agroglobal, foi pela primeira apresentado em Portugal o primeiro pneu VT-TRACTOR que, para além de ser o primeiro pneu agrícola radial lançado sob a marca Bridgestone, é também o primeiro de uma série de produtos premium concebidos para grandes operações e equipamento pesado e direcionados para grandes agricultores e prestadores de serviços. A Bridgestone apoia a sua estratégia nas exigências crescentes do mercado no sentido de uma maior eficiência e de uma maior proteção dos solos. Com base nestes pressupostos, a marca está a desenvolver uma gama de pneus agrícolas premium capazes de operar com baixos níveis de enchimento para aumentar a superfície de contacto do pneu com o solo,
reduzindo assim os efeitos da compactação. Acerca do VT- TRACTOR, que será fabricado na fábrica Puente San Miguel, em Espanha, a Bridgestone afirma que testes realizados pela organização independente DLG* confirmam a sua superioridade em aspetos como a tração e o consumo de combustível comparativamente com
o novo pneu VT-TRACTOR concebido para grandes operações e equipamento pesado e direcionado para grandes agricultores e prestadores de serviços.
outras marcas de topo. Segundo a marca, “a tração superior deste pneu permite um trabalho mais rápido no terreno e uma cobertura de até mais 0.9 hectares”, permitindo “poupar até 36 litros por 50 hectares face a outras marcas na mesma classe”. Mas a caraterística mais importante deste pneu, é, para a Bridgestone, a sua muito baixa pressão e a excelente uniformidade da pressão sobre o solo. Em testes feitos pela marca, o VT-TRACTOR apresentou mais 26% de área de contacto que a de outros concorrentes, o que resulta em menor compactação dos solos e, consequentemente, maior proteção das colheitas. Este pneu estará disponível no mercado no final do ano com 28 e 42 polegadas.
O novo pneu Firestone PERFORMER 85-90-95, para pulverizadores e culturas em linhas, é o único pneu cinturado a aço nas rodas estreitas.
Por ocasião da feira, o gestor de Produto de Pneus Agrícolas e de Engenharia Civil da Bridgestone Portugal, falou-nos sobre o novo posicionamento das marcas da empresa e sobre o futuro da multinacional na área dos pneus agrícolas. Abolsamia:
Que caminho pretende o Grupo Bridgestone trilhar no futuro? telmo montenegro A marca Firestone vai evoluir para novos segmentos de produto com maiores índices de carga, até ao segmento IF. Este segmento de pneus, em comparação com pneus standard, aguenta mais 20 por cento de carga. A Bridgstone entra igualmente neste negócio, mas com o segmento VF, que aguenta mais 40 por cento de carga que um pneu convencional. Esta marca vai focar o seu negócio na redução da compactação de solos.
Esta distinção refere-se, também, ao preço dos produtos? Sim, claro. A Firestsone sairá para o mercado com um segmento a que damos o nome de “Segundas Linhas”, e que são fabricados na nossa fábrica, em Santander (Espanha). Cobriremos toda a gama necessária no mercado. Teremos pneus com preço concorrencial para tratores de baixas potências. Neste segmento, temos, em exclusivo para a Agripoint, os R1000/85 e R1000/75 que vão até aos 150cv. Teremos ainda o produto Firestone com um posicionamento intermédio no mercado e, depois, a Bridgstone, para um patamar superior e com produtos premium.
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Reportagem por João Sobral*
Massey Ferguson 4708 e 4709
Simultaneamente simples e sofisticados Serão apresentados só no fim do ano mas um restrito grupo de jornalistas já os conduziu. Baseados em conceitos simples e em tecnologia atual, são o género de trator que muitos portugueses vão apreciar. Comandos eletro-hidráulicos
Há várias funcionalidades que são de acionamento eletro-hidráulico. É o caso do bloqueio do diferencial, da TDF, e também da tração total, que pode inclusive ser ligada em andamento.
Hidráulico de controlo eletrónico
F
oi em Beauvais, França, que no final de setembro experimentámos um dos primeiros tratores da série Global saídos da linha de montagem, o MF 4709. Esta série estreia-se em Portugal com o lançamento dos modelos MF 4708 e 4709, mas muito mais está para vir como nos explicou o Gestor de Marca da MF, Campbel Scott: “A extensão deste projeto é para ir dos 60 aos 130 cv. É um plano faseado. Deverá demorar cerca de três anos até termos a totalidade desta gama disponível”. Esta série resulta de um demorado trabalho de desenvolvimento, sendo a grande maioria dos seus componentes inteiramente novos.
Potência Agco Power O motor de 3 cilindros e 3,3 litros é de origem Agco Power.
Alcança os 85 cv no MF 4708 e os 95 cv no MF 4709 . Através de um sistema EGR + DOC cumpre as normas da Fase IIIB/ Tier 4i sem necessitar de AdBlue.
6 velocidades seguidas
A transmissão possui um escalonamento 12/12, com seis velocidades e duas gamas, e inversor sincronizado. Durante a sessão de condução, fizemos reduções, acionámos o inversor em andamento, e as mudanças entraram sempre perfeitamente.
O hidráulico é comandado através de duas alavancas – com a mesma simplicidade de antigamente – e beneficia agora de toda a precisão conferida pelo controlo eletrónico. Possui uma bomba principal para o sistema hidráulico e uma bomba auxiliar destinada à direção, às 4RM, ao bloqueio do diferencial, e à TDF.
A nossa impressão São tratores a que qualquer operador se adapta com muita facilidade e que por detrás de comandos ao estilo tradicional escondem tecnologia contemporânea. Ficámos especialmente bem impressionados com o comportamento da caixa e com a facilidade de manuseamento destes tratores.
Diferentes versões
Começam por estar disponíveis com arco de proteção mas de futuro contarão com uma versão cabinada. O cliente pode optar por tração simples (2RM) ou às quatro rodas (4RM), com direção hidroestática em ambos os casos.
O capot basculante garante livre acesso aos pontos de manutenção. Motor Fabricante
Agco Power
Cilindros/cilindrada
3 / 3.300 cm³
Potência MF 4708 / MF 4709
85 cv / 95 cv
Transmissão
No painel de instrumentos, um mostrador digital indica a velocidade, as horas de trabalho e o regime da TDF.
Inversor sincronizado
12/12
Hidráulico Capac. máx. elevação
3.000 kg
* A versão original foi escrita segundo a antiga ortografia.
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Empresas por Francisca Gusmão O coração da máquina
Kuhn
Quando todo o tempo conta A Agropecuária Irmãos Vieira adquiriu um unifeed automotriz Kuhn, modelo SPV 12, à empresa Reptractor, concessionária Tractores Ibéricos. A revista abolsamia esteve presente no dia da entrega da máquina, feita pela empresa Reptractor. A Agro-pecuária Irmãos Vieira fica sediada na localidade de Sobral, em Ovar e tem no negócio da produção de leite a sua principal atividade. No total, a exploração conta com 40 hectares de terra dispersos onde alternam as culturas do milho e do azevém. Possui um efetivo de 160 vacas leiteiras em produção em cerca de 360 animais. Recentemente, Miguel e Manuel Vieira, que gerem em conjunto a empresa, tomaram a decisão de aumentar o número de animais em produção e como tal, surgiu como prioridade reduzir o
Esq. para a dir.: Manuel Baioneta (Tractores Ibéricos), Manuel Vieira, Miguel Vieira e sobrinhos, Ribeiro (Reptractor), Carlos Ribeiro e Rui (Mecânico da Reptractor).
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tempo que atualmente dedicam à preparação da mistura do alimento. A aquisição de um automotriz Kuhn SPV 12 vertical, de 12m3 prende-se com estas exigências, porquanto com esta máquina será possível reduzir o tempo de preparação da mistura para 12 a 15 minutos. Cada carga permitirá alimentar entre 50 a 60 animais. Questionado sobre os pontos mais atrativos do SPV 12, Miguel Vieira referiu a questão da distribuição de peso na máquina (mais de 60% sobre o eixo traseiro com a máquina
carregada), o que lhe confere uma excelente tração. E também a facilidade de acesso ao motor, localizado atrás, a boa visibilidade do condutor para o tapete de distribuição, e ainda o facto de os circuitos de alimentação de óleo do hidráulico serem independentes, não havendo desta forma desvios de óleo. Uma outra vantagem referida relaciona-se com a possibilidade de regulação das contra-facas do tegão, importante para a otimização do comprimento da fibra.
O motor térmico e os principais órgãos (depósito, bombas, filtros de ar, filtros de gasóleo, filtro de óleo do motor, medidores, etc.) situados na parte posterior da máquina, estão ao alcance da mão para facilitar a manutenção. A posição do motor da máquina na extremidade traseira assegura também uma excelente relação de carga sobre o eixo motor (mais de 65% do peso sobre o eixo traseiro com a máquina carregada) . Dentro da sua categoria, a motricidade da SPV é incomparável. O eixo dianteiro é articulado e suspendido por lâminas de mola. É composto por dos semi-eixo que se caraterizam por apresentar um deslocamento considerável (330 mm). As forças de torção exercidas sobre o chassis são reduzidas e evita-se os desequilíbrios em terrenos acidentados. O eixo traseiro é composto por um diferencial autobloqueante com deslizamento limitado e é acionado por um motor hidráulico de cilindrada variável. A SPV dispõe assim de esta forma de duas relaciones en carga. As rodas duplas traseiras reduzem a pressão sobre o solo e aumentam a força de tração.
caraCterísticas técnicas Capacidade: 12 m3 Comprimento: 8,10 m Altura: 2,78 m Largura: 2,48 m Peso total em carga: 15 500 kg Potência do motor: 104 / 142 kW / cv Raio de viragem: 6,7 m Altura máx. desensilagem: 4,70 m Número de facas no sem-fim vertical: 7 Altura de distribuição com cinta transversal: 0,55 m Frequência de descarga: 3 400 kg/min
Curiosidades Tournée europeia da Monster Jam BKT A BKT foi o patrocinador exclusivo e oficial da Monster Jam, durante a tournée europeia do espetáculo de origem norteamericana. Assim, todos os veículos foram equipados com um pneu criado especificamente para o evento, o BKT Monster Jam Tire. O acordo celebrado entre a BKT e a Feld Motor Sports incluiu ainda o design técnico e o
fornecimento de pneumáticos para toda a frota de camiões presentes na competição. Além da presença em todos os pneus, a BKT contou ainda com um espaço onde promoveu os seus produtos, mostrandose ao mercado europeu e, também, norte-americano. A tournée do Monster Jam Europa passou pela Holanda, Bélgica e Suécia em finais de setembro, inícios de outubro.
Multicopter VC1, elétrico e tripulado e-volo Começou por ser não tripulado, mas a dado momento os engenheiros da e-volo entenderam que já havia condições para se sentarem a bordo e concluiriam com sucesso o 1º voo tripulado. Possui 16 hélices de propulsão elétrica, mede 5 m e pesa 80 kg. Por agora, o tempo de voo de apenas 20 minutos está condicionado pela autonomia das baterias. Mas a e-volo espera que em breve passe para o triplo. Um ponto forte do VC1 é a segurança, já que possui mais hélices do que são necessárias para o fazer voar. Por isso, na casualidade de algumas falharem, pode sempre fazer uma aterragem segura, até porque possui ainda um grande paraquedas que pode ser acionado em caso de emergência. A e-volo garante que é muito mais fácil de manobrar do que qualquer outra aeronave, na medida em que um sistema de gestão eletrónica faz variar a velocidade de cada hélice para ajustar a posição e a direção de voo. Na prática, o piloto comanda-o apenas através de um joystick. Numa altura em que tanto se fala de drones, poderá este aparelho vir a ter uma aplicação na agricultura? www.e-volo.com
Talvez não saiba... Société Française de Vierzon
Talvez não saiba de que marca é este trator e que motor se esconde debaixo da chaparia. Ainda que à primeira vista possa parecer um antigo John Deere, na verdade este trator que fotografámos na feira francesa Terres de Jim é um SFV (Societé Française de Vierzon) modelo 551. O motor semi-diesel de apenas um cilindro, com arranque a cabeça quente e ciclo a dois tempos, produz um som semelhante aos dos motores
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estáticos que eram usados nas serrações ou para bombear água. Com variação de regime muita curta, que vai apenas das 540 às 650 rpm, as fortes explosões intervaladas que fazem movimentar um piston com uns impressionantes 12.760 cm³ permitem alcançar 62 cv à polia. A nível de caixa de velocidades, conta com 5 mudanças para a frente e uma para trás. Foi lançado em 1951 e produzido até à aquisição da SFV pela Case em 1960. Este exemplar, vimo-lo a lavrar com
uma charrua rebocada de três aivecas (até porque não tem elevador hidráulico), alfaia
que remonta à mesma época, e podemos assegurar que não deixou ninguém indiferente.
bkt-tires.com
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Muito mais de uma resposta tecnológica às exigências específicas da agricultura moderna: um projecto inovador que aumenta as prestações em termos de eficiência operacional, segurança e conforto. A tecnologia IF assinada BKT traça padrões inéditos de qualidade para AgrimaxForce. Concebido para tractores de elevada potência, permite atingir grandes capacidades de carga com baixas pressões de enchimento que, junto com a superfície da marca e a distribuição homogénea da pressão de contacto, garantem o máximo respeito pelo terreno trabalhado. Pneus para a agricultura BKT: respostas inovadoras, numa gama entre as mais completas e competitivas presentes no mercado.
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12-16 Novembro; Hall 16 - Stand A1
Empresas
Mecânica Agrícola com a New Holland A Mecânica Agrícola, Lda. está de regresso ao universo da maquinaria
agrícola, agora com a marca New Holland. Ligada ao ramo das máquinas agrícolas há mais de 63 anos, nas áreas do comércio, reparação e peças, a Mecânica Agrícola esteve, durante dois anos, sem ligação em exclusividade a qualquer marca de tratores agrícolas.
O
início da colaboração com a New Holland deu-se a 1 de novembro e, na agenda da empresa, está já a constituição de equipas dedicadas (vendas, assistência após-venda e peças), de forma a prestar aos agricultores da região a mesma qualidade de serviço que sempre a guiou. A empresa continuará a comercializar toda a gama de alfaias e reboques agrícolas, máquinas industriais e empilhadores que sempre fizeram parte da sua oferta comercial.
Os irmãos Manuel Paim e Francisco Paim são atualmente os sócios-gerentes do GRUPO PAIM, constituído pelas empresas Mecânica Agrícola, Agroterra, Terratour e Tim, sendo os seguidores do fundador António Paim, seu pai, e , por sua influência, estão ligados à agricultura e à mecanização agrícola desde sempre. A Mecânica Agrícola foi pioneira na mecanização agrícola na região onde está inserida e é há largos anos considerada pelos agricultores uma empresa de referência na sua área de atividade. A Agroterra foi a primeira empresa de serviços agrícolas que ofereceu à lavoura uma completa gama de serviços que compreende as diversas fases culturais, investimentos, serviços de máquinas, fatores de produção, acompanhamento técnico e comercialização da produção.
Esq. p/ dir.: Francisco e Manuel Paim, atuais sócios-gerentes do Grupo Paim.
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António Paim, fundador da empresa em 1951.
A Mecânica Agrícola foi pioneira na mecanização agrícola na região onde está inserida e é há largos anos considerada pelos agricultores uma empresa de referência na sua área de atividade.
Landini
130 anos + 130 horas Já ouviu falar do 24 horas Le Mans? O que aqui relatamos é mais ousado. A Landini festejou os seus 130 anos de existência organizando uma prova em que o modelo 7-215 esteve 130 horas em funcionamento! A abolsamia esteve lá e conta como foi a aventura.
U
m percurso de oito quilómetros - em alcatrão, mas essencialmente em terra – com troços de montanha, declives acentuados e curvas apertadas. Este foi o terreno que o 7-215 da Landini encontrou para desafiar as suas qualidades. Além deste caminho sinuoso, a máquina esteve 130 horas em funcionamento ininterrupto. Paragens apenas para mudar de condutor e abastecer o depósito de combustível. Tudo isto para celebrar os 130 anos da marca: “Landini 130 Hours Endurance”. O evento foi organizado pela Argo Tractors Industrial Group e decorreu entre as 5 horas da manhã de dia 6 de outubro e as 15 horas de dia 11 do mesmo mês. Foram 75 os condutores, entre os quais patrocinados, técnicos do Grupo e jornalistas
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de vários pontos da Europa. Integrada neste último grupo, a abolsamia também esteve presente e entrou em ação já com 39 horas de trabalho por parte do 7-215. Faltavam ainda 91 horas para o término do desafio. A nossa equipa teve ainda outro contratempo: no momento em que tomou as rédeas da máquina, a chuva fez-se presente. Ainda assim, nada que tenha comprometido o bom funcionamento do trator, que mostrou um comportamento cómodo, um bom raio de viragem, fácil condução, cabine de excelente visibilidade e de tração simples. Aliás, no total, o Landini fez 171 voltas ao circuito, num total de 992 quilómetros de trabalho, numa média de 7,6 km/h. Numa perspetiva técnica, a Landini pretendeu mostrar aos presentes
A Landini festejou os seus 130 anos de existência organizando uma prova em que o modelo 7-215 esteve 130 horas em funcionamento.
Reportagem por Nuno Marques
e participantes a enorme fiabilidade e solidez da máquina, as suas características intuitivas – que facilitam a adaptação do operador – bem como enorme conforto da cabine. Das questões técnicas para uma visão mais social, referir que este evento serviu ainda para criar um fundo de caridade para ser aplicado nos estabelecimentos de ensino de Fabbrico, localidade da província de Reggio Emilia, em Itália, que foram destruídos pelo sismo ali ocorrido em 2012. Ao todo, foi conseguido um valor na ordem dos oito mil euros. O evento contou com o apoio da FpT Industrial, ZF, Michelin, Bosch Rexroth, Grammer, Denso, Adam Pumps e Marchesi De´Frescobaldi.
Características técnicas Landini 7-215
• Motor FPT de 6 cilindros • 212 cavalos • Transmissão RoboShift de 40+40 (4 PowerShift) + Redutor • Eixo Frontal 4K4, com inclusão electrohidráulica • Capacidade máxima: 9300 quilogramas • Fluxo das bombas hidráulicas: 123+44 litros/minuto • Depósito de combustível: 320 litros • Depósito AdBlue: 38 litros
Nuno Marques, representante da abolsamia, conduziu o trator já com 39 horas de trabaho.
• Peso operacional: 8800 quilogramas
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Era uma vez uma marca chamada Maschio... Percorrer centenas de quilómetros no Norte de Itália, visitar algumas unidades fabris da Maschio Gaspardo, conhecer as novidades preparadas para a EIMA, em Bolonha e, por fim, ouvir do próprio Egídio Maschio a estratégia da empresa para o futuro... que também inclui Portugal.
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Reportagem por Ângelo Delgado
Egídio Maschio, presidente do Grupo Maschio Gaspardo.
Obrigado a todos vós, jornalistas. Nós, vocês, somos a família Maschio Gaspardo. Sem vocês, nada disto seria possível. É com as vossas notícias que o nome da nossa empresa chega aos quatro cantos do Mundo. Obrigado! Egídio Maschio, presidente do Grupo Maschio Gaspardo
E
ste discurso de Egídio Maschio, presidente do Grupo Maschio Gaspardo, foi proferido no jantar que juntou jornalistas de toda a Europa, na Villa Maschio e, por isso, já em final de dia. Mas era imperioso começar por aqui, pelo fim. E porquê começar pelo final? Porque foi aqui que Egídio, munido de uma alegria capaz de contagiar toda a região de Veneto, falou abertamente sobre o que é, o que vai ser e o que pretende, no futuro, a Maschio Gaspardo. “Somos um grupo full line! Podemos afirmá-lo categoricamente. Porém, o caminho não tem um fim predefinido, pois há sempre imenso por fazer, inovar e crescer neste vasto universo da maquinaria agrícola”, começou por dizer. Abordando a crise que assolou a Europa, o presidente da marca italiana lembrou que “as empresas que não investem no alargamento do seu portfólio são imediatamente engolidas pelos períodos de menor fulgor financeiro”. “Foi por isso que nunca parámos de crescer, mesmo em tempos de crise”, sustentou.
Depois, o futuro. “Para 2015, temos um mercado prioritário: o Brasil! É um país de grande futuro, mas estamos ainda à procura do parceiro ideal para investir e iniciar um sistema de produção”, divulgou, continuando a desenrolar o lençol de novidades e intenções para o ano que se aproxima. “Queremos aumentar a capacidade de produção na Roménia, e investir na Bulgária e Hungria, duas nações onde a Maschio quer entrar. Uma referência também para África, onde é nossa intenção estar presentes e para o bom trabalho que temos feito na Índia, onde trabalhamos com a John Deere e a Mahindra”. Para o final, algumas palavras para Itália e... para a Península Ibérica. “Vamos continuar a apostar e investir no nosso país durante o próximo ano. Há, ainda, muito trabalho para fazer. Relativamente a Espanha e Portugal, não posso deixar de dar uma palavra de apreço ao excelente trabalho desenvolvido por Nicola Franco [diretor-geral da MG Ibérica], que muito tem contribuído para um crescimento bastante sustentado nestes
mercados. São importantes para nós e, estou certo, irão continuar a sê-lo”, perspetivou. “Um brinde e, agora, música!”, ordenou, entre sorrisos.
As fábricas Voltemos atrás no tempo: as visitas às fábricas do Grupo Maschio Gaspardo. A primeira a receber a presença de jornalistas de mais de 10 países europeus foi a da Terranova, onde, no fundo, tudo começa. Aqui, são forjados todos os componentes de aço que irão equipar os produtos do Grupo Transalpino. Em 2013,
foram fabricadas dois milhões de peças, semanalmente são produzidas entre 60/80 toneladas de aço e trabalham 200 colaboradores num espaço de 12 mil metros quadrados. Daqui, passamos para o quartel general da marca, em Campodarsego, onde estão localizados os principais serviços administrativos e de gestão do grupo transalpino. Além dos “papéis” e “emails”, a sede produz ainda equipamentos como as grades rotativas, fresas, trituradoras entre outros equipamentos para trabalho de solo. No total, são oito hectares, dos quais 24 mil metros quadrados são cobertos. Referir ainda que aqui parte da energia é fornecida pelo mais de 5 mil painéis solares localizados na cobertura da fábrica. A última visita foi na localidade de Portogruaro, onde se encontra a fábrica da Unigreen. Nesta unidade, os pulverizadores e semeadores são os destaques.
Vista exterior da sede da Maschio Gaspardo
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Reportagem Algumas novidades a caminho de Bolonha (EIMA)
Semeador Dracula, da Maschio
4 m de largura de trabalho e 3 m de transporte; 8000kg de peso; 9 dentes escarificador; 18 discos; 22º de ângulo de corte; 30 cm de profundidade máxima; 280-360 cv.
Pulverizador Automotriz
Charrua
Talpa, da Unigreen
9,5 m de comprimento de trabalho; 2,5 m de largura; 4 m de altura; 6 rodas motrizes de 380/90 – R50; Bomba de 6000 litros/minuto; motor de 250 cv; depósito de 12000 litros; 1,65 m de folga no chassis.
Unico, da Maschio Nos modelos S, M e L: 50-250 cv; chassis entre 100x100mm e 140x140mm; Largura de trabalho em linha: 25-30 a 45-50.
Enfardadeira Extreme 365 HTU, da Feraboli
Comprimento de 4,5 m; largura de 2,5 m; altura de 2,6 m; largura de trabalho de 2 m: 13/25 facas; comprimento de corte entre 90 a 45 milímetros; dimensão das rodas: 19.0/45-17; 50-165 cm de diâmetro de fardo
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Cultivador e Semeador Corona, da Maschio Gaspardo Chassis de 300 cm; 5000 kg de peso; 20-24 unidade de plantação; 2 distribuidores hidráulicos; 12,5-15 cm entrelinhas; 48 discos; diâmetros dos discos: 510 mm; depósito de 3500 l.
Notícias
Campeonato Mundial de Lavoura 2014 A feira Terres de Jim, realizada no sul de França entre 4 e 7 de setembro, acolheu este ano as provas que apuraram os melhores na modalidade de lavoura a nível mundial. Resultados da competição Categoria convencional Medalha
Concorrente
País
Trator
Charrua
Ouro
Eamonn Tracey
Irlanda
Valmet
Kverneland
Prata
Andrew B Mitchell (Jnr)
Escócia
Ford
Dowdeswell
Bronze
Fabien Landre
França
Fendt
Kverneland
Categoria reversível Medalha
Concorrente
País
Trator
Charrua
Ouro
Andrew Mitchell (Snr)
Escócia
New Holland
Dowdeswell
Prata
Beat Sprenger
Suíça
Same
Kverneland
Bronze
John Whelan
Irlanda
New Holland
Kverneland
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F
oi em Saint Jean d’Illac, nos arredores de Bordéus, que participantes de 31 países demonstraram perante um júri a perfeição do seu trabalho nas parcelas que lhes foram atribuídas. São vários os elementos analisados e pontuados pelo júri: o rego de abertura da torna, a uniformidade da lavoura, que não deve ter buracos, nem elevações, nem marcas dos pneus, o alinhamento e a regularidade das entradas e das saídas da torna, e a aparência geral do trabalho. Além disso, a erva ou o restolho devem ficar enterrados debaixo da leiva e todas as raízes cortas ou reviradas. Como vê, não é assim tão fácil como à partida possa parecer.
O centro do recinto estava reservado a uma área de exposição onde os agricultores promoveram os seus produtos e deram a conhecer os esforços que têm feito para implementar na região circuitos de distribuição alternativos. Ao ar livre, era ainda possível apreciar uma exposição de tratores antigos, assistir a uma competição de lavoura com cavalos, e ver a funcionar uma antiga debulhadora estática acionada por um trator com polia. A organização, que esteve a cargo dos jovens agricultores franceses, não se esqueceu das crianças. Para elas havia um espaço que por ter feito muito calor veio mesmo a calhar: uma piscina rústica com muita palha nas margens que, claro está, servia para atirarem uns aos outros. A revista abolsamia visitou o evento a convite da Claas. Em 2015 a competição realiza-se nos dias 3 e 4 de outubro, em Vestbo, na Dinamarca.
Galeria de imagens
Notícias
Reportagem Alonsos & Branco, consulte o nosso site www.abolsamia.pt/net/galerias-imagens
Reforça presença em Portugal Deltacinco A empresa espanhola Deltacinco está atualmente no mercado português com quatro marcas: Krone, Amazone, Tanco e BvL. A Deltacinco é uma empresa sediada em Palencia, e conta com 35 anos de experiência na importação, distribuição e comercialização de máquinas em Espanha. A rede de concessionários pode ser consultada através do site em www. deltacinco.pt, bem como as ofertas de campanha e de financiamento.
Afonso de Oliveira Costa vende MF 7618 Dyna VT Afonso de Oliveira Costa A empresa Afonso de Oliveira Costa & Filhos, concessionária Massey Ferguson com sede na Anadia, entregou no início do mês de outubro um trator MF 7618 Dyna VT. Este modelo, com 180cv e transmissão de variação contínua, foi adquirido pela Agro 2000 de Arazede, Montemor-o-Velho. Este novo trator constitui o quinto Massey Ferguson que esta exploração agrícola de leite e carne possui. A Agro 2000 trabalha uma área de 50 hectares onde produz silagem de milho e forragem para a alimentação de um efetivo pecuário de cerca de 500 animais. Da esq. para a dir.: Júlio Alves, Area Manager da MT, Armando Barbas, Gerente da Concessão, António Monteiro, Gerente da Agro 2000, Filipe Monteiro, Agro 2000, Carlos Rocha, Diretor Geral MT, Xavier Longo, Técnico MT e Miguel Monteiro, Agro 2000.
Alonsos & Branco Lda. na feira dos Gorazes Alonsos & Branco Lda. A Alonsos & Branco Lda., através dos seus sócios Rogério Alonso, José Alonso e Francisco Branco, organizaram, no passado dia 15 de outubro, o 10º Encontro de Fornecedores e Amigos, durante a Feira dos Gorazes, em Mogadouro. Durante o evento, que se realizou na Quinta da Cova Pombalina, ficou mais uma vez patente a enorme camaradagem e excelente relacionamento profissional e comercial entre os fornecedores e a empresa. O certame ficou igualmente marcado pelo almoço servido aos presentes e, não fugindo à tradição, pela Posta à Mirandesa.
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Tecnologia por João Sobral*
ATC
Agricultura de Tráfego Controlado Está a ser praticada sobretudo por produtores de batata e de vegetais mas pode aplicar-se a praticamente todas as culturas. Por ser um conceito ainda pouco difundido, talvez não lhe seja familiar. Explicamos-lhe em que consiste.
CONCEITOS
Controlled Traffic Farming (CTF) Agricultura de Tráfego Controlado (ATC) Tramlines Linhas permanentes de passagem Wide Span Tractors Tratores de Pórtico Longo Wide Span Implement Carriers (WSIC) Máquinas Porta-alfaias de Pórtico Longo
* A versão original foi escrita segundo a antiga ortografia.
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Tecnologia
Trator de Pórtico Longo da Asa-Lift em fase de protótipo.
O QUE É?
A
Agricultura de Tráfego Controlado (ATC) é essencialmente uma maneira alternativa de organizar as operações mecanizadas numa parcela de cultivo. As etapas de preparação de uma cultura, desde sua a instalação até à recolha, implicam que diferentes máquinas cruzem o terreno por diversas vezes, o que tem um impacto ao nível da compactação do solo. E na maioria dos casos não se tem presente em que local exato é que passam e quantas vezes. O que está na base da ATC é o uso de linhas permanentes de passagem (tramlines) que suportem a carga das máquinas. O solo é compactado nestas faixas que correspondem à largura dos rodados, mas a restante área fica completamente reservada à cultura. Em síntese, a ATC confina a passagem de máquinas, e a carga sobre o solo derivada do seu peso, à mínima área possível.
Em que culturas é adotada? Na sua forma mais evoluída, que envolve o uso de máquinas concebidas de raiz para trabalhar desta forma – as chamadas máquinas porta-alfaias de pórtico longo, ou tratores de pórtico longo – a ATC está a ser adotada maioritariamente pelos produtores de batata e de vegetais. Mas não só. Uma máquina com esta configuração está a ser desenvolvida no Brasil pelo Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, e tem como destino a colheita de cana-de-açúcar com tráfego controlado. A ATC pode aplicar-se praticamente a todo o género de culturas, inclusive aos cereais. Neste caso o mais comum é recorrer-se a equipamentos convencionais – tratores, pulverizadores rebocados ou automotrizes, ceifeiras – nos quais é feito um alargamento de vias.
Redesenhar a estrutura dos tratores “Os tratores como os conhecemos hoje são a evolução dos tratores de tração simples lançados nos anos vinte. Basicamente, o design não mudou ao longo dos anos, mas a disponibilidade de potência cresceu mais de dez vezes e o seu peso cresceu na mesma proporção. O peso das máquinas agrícolas está a comprometer a produtividade dos solos, e o tamanho é um desafio quando se circula em estradas públicas. Os tratores substituíram com sucesso os animais, mas agora é tempo de redesenhar o conceito básico em que assentam”. Hans Henrik Pedersen
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1 A cama de sementeira não é nenhuma estrada e deve por isso estar exclusivamente reservada à sementeira.
As plantas desenvolvem-se melhor em solos fofos e onde as rodas funcionam bem é nas estradas. 2
3 Gasta-se muito tempo e muito dinheiro a tentar corrigir os danos causados pela compactação. Mas se não se causar esses danos, não é preciso repará-los.
Que máquinas e alfaias são utilizadas? A ATC não é feita sempre da mesma maneira. Na sua forma mais sofisticada são usadas máquinas porta-alfaias de pórtico longo especialmente concebidas para esta forma de trabalhar, o mesmo acontecendo com algumas alfaias que lhe são associadas. Nestas máquinas de pórtico central, a distância de roda a roda pode atingir valores próximos dos 10 m. O que isto garante é que as tramlines estejam afastadas uma das outras cerca de 10 m, deixando entre elas faixas de mais de 9 m onde nunca passa o
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rodado de qualquer máquina. Mas os agricultores que têm um parque de máquinas convencionais podem criar um projeto de ATC em que os seus equipamentos são aproveitados. Normalmente a maior alteração que há a fazer é a colocação de extensores de jantes para que todas as máquinas tenham a mesma largura de via e a passagem de um equipamento coincida com a passagem dos restantes. O objetivo é sempre que se consiga ao máximo criar faixas na área de cultivo onde nunca passam máquinas.
A que tipos de terreno se aplica? De acordo com a CTF Europe, a ATC pode ser praticada em qualquer campo, independentemente da sua extensão, e mesmo em terrenos irregulares e com declive. A estrutura dos tratores de pórtico longo confere-lhes uma estabilidade e uma precisão superior às dos tratores convencionais. Os tratores de vias alargadas também se tornam mais estáveis. A ATC é compatível com a rotação de culturas e pode ser associada a práticas de mobilização mínima.
Trator convencional com vias alargadas.
Crédito: hofhauberg.de
Ideias na base da ATC
Como se implementa? A ATC implica um maior nível de planeamento e de organização das tarefas. A exploração deve começar por criar um plano de controlo de tráfego que defina as passagens que vão ser feitas e as suas distâncias. Este plano tem de ter em conta as larguras de via
Nas tramlines não se semeia? Não. Nada é plantado nestas linhas permanentes de passagem. O que se perde por não instalar a cultura nestas faixas é compensado em produtividade no resto do campo que não é pisado.
das máquinas e das alfaias. Por vezes nem obriga a alterações assim tão grandes como à partida se possa imaginar. Em http://www. controlledtrafficfarming.com/ downloads/Englishindex.html pode encontrar uma animação que explica de uma forma muito compreensível como se programam as tarefas segundo os princípios da ATC, utilizando equipamentos convencionais. O ideal é que se use repetidamente, em diferentes operações, a mesma largura de via. Mas se tal não for possível, por ser difícil de implementar, pode definir-se não uma mas sim duas diferentes larguras de via. E só isso já representará uma diferença substancial, que segundo o CTF Europe pode reduzir em 30-40% o nível de compactação.
Quais as vantagens e E desvantagens?
Gotas em quantidade 300 microns
=1 gota
150 microns
=8 gotas
75 microns
=64 gotas
Com um volume de líquido igual, gotas de 75 microns cobrem 4 vezes mais de superfície que uma gota de 300 microns.
Um resultado claro Em 1 cm3 de calda aplicada quantas gotas, quantos cm2 tratados? Dimensão das gotas
Número de gotas
Superfície tratada (cm2)
1.000 microns 500 microns 200 microns 100 microns
1.900 15.000 240.000 1.910.000
15 30 75 150
O parasita é o alvo da gota e não o contrário.
MAV SUPAIR com rampa AB Most intensive
Win AIR com rampa vitiflex
Speedair CLASSIC com rampa Vitiflex
Depósito de 3.000 L 4 carreiras completas fácil montagem/desmontagem
Depósito de 1.500 L 3 carreiras completas
Depósito de 600 L 2 carreiras completas
4 Qualidades de pulverização pneumática, produtividade e autonomia 4 Respeito pelo meio ambiente e pelas normas de segurança 4 Conforto de trabalho, economia e eficácia
Entregas e assistência técnica em todo o País A menor compactação do solo e a consequente melhoria da sua estrutura estão no topo das vantagens apontadas pelos agricultores que fazem ATC. Num solo melhorado a produtividade das culturas aumenta, não sendo raro, segundo apontam, que a curto/médio prazo se possa redefinir a densidade de plantas por hectare ou a distância entre linhas. A ATC requer ainda um menor uso de pesticidas, e reduz os gastos com combustível e com manutenção. A CTF Europe refere que alguns agricultores
australianos terão conseguido reduzir os custos com maquinaria na ordem de 75%. Quando se utilizam máquinas convencionais com vias alargadas, a circulação em vias públicas pode ficar dificultada ou mesmo inviabiliza. Esta é a principal desvantagem.
Fontes na web a consultar www.ctfeurope.com www.controlledtrafficfarming.com www.controlledtrafficfarming.org www.actfa.net
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Uma nova máquina perfila-se no horizonte
A ATC é um conceito novo? Apesar de ser adotada por um número relativamente baixo de agricultores, a ATC não assenta num conceito novo. A ideia partiu de Alexander Halkett, um inglês que no longínquo ano de 1855 projetou e construiu uma máquina para ATC que chegou a usar na sua exploração. Era movida a vapor e no essencial a sua estrutura assemelhava-se às máquinas de pórtico longo contemporâneas. Muito mais tarde, em 1975, um seu compatriota, David Dowler, recuperou a ideia. Começou por construir alguns protótipos mais ou menos rudimentares mas ao longo de vários anos foi-lhes adicionando muitos Trator de Pórtico Longo concebido por David Dowler.
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Protótipo para colheita de cana-de açucar com tráfego controlado.
aperfeiçoamentos. A máquina mais sofisticada que desenvolveu tem 235 cv e uma distância de 5,8 m de roda a roda. A Holanda, os Estados Unidos, a Austrália, o Reino Unido, e a Dinamarca são os países onde a aplicação do tráfego controlado está mais evoluída. Fontes: PEDERSEN, Hans Henrik (2013) A Wide Span Tractor concept developed for efficient and environmental friendly farming; CTF Europe Ltd; Australian Controlled Traffic Farming Association Inc; Controlled Traffic Farming Alberta.
Asa-Lift Com o apoio do governo dinamarquês, a Asa-Lift está a desenvolver um trator de pórtico longo especialmente destinado à agricultura de tráfego controlado. É ainda um protótipo, embora já numa fase muitíssimo avançada, e encontra-se a trabalhar ao serviço de Jens Kristian Kjeldahl, um produtor de batata e vegetais que cultiva uma área de 750 hectares na ilha de Samsø, na Dinamarca. O ASA-Lift WS 9600 mede 9,6 m de roda a roda e é composto por três secções. Em cada uma das pontas está montado um motor de 174 cv, uma bomba hidráulica de 300 L/min e duas bombas de transmissão. A secção do meio pode ser trocada consoante a tarefa, permitindo que se instale um pórtico com três engates de três pontos para trabalhar com alfaias convencionais, ou então um pórtico da mesma dimensão preparado para receber alfaias desenvolvidas de propósito para ATC. Uma característica muito interessante no WS 9600 é o facto de poder circular na via pública. Em modo de campo ocupa mais de 10 m de largura,
mas a orientação das rodas e da cabina alteram-se para que se possa posicionar em paralelo com a estrada e assim circular como qualquer outro veículo. Com esta máquina, menos de 10% da parcela de cultivo é afetada pela compactação resultante da sua passagem. Ou seja, mais de 90% do campo nunca é pisado por rodas. Apresenta a vantagem de se poder recorrer a alfaias mais simples (por exemplo três cultivadores de 3 m), e por isso também mais baratas, que podem ser facilmente transportadas. Um dos fatores que encarece as alfaias de grande dimensão é terem de possuir mecanismos hidráulicos de abertura e fecho para que em modo de transporte possam circular nas vias públicas.
Protótipo Asa-Lift com um contentor de recolha de cebolas com capacidade para 15 toneladas.
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Vinitech-Sifel
Vinicultura
2 a 4 de dezembro de 2014 Bordeaux.
Vinitech-Sifel
Os premiados desta edição De 2 a 4 de dezembro, a Vinitech-Sifel abrirá as suas portas no Parque de Exposições de Bordéus.
Uma edição que oferece grandes expetativas em matéria de novidades. Emmanuelle Kaptur, Diretora de Comunicação
O salão conserva as suas referências: Troféus de Inovação, Fórum das Ideias, Esfera das Profissões, Convenções e uma oferta de soluções técnicas e serviços propostos por 850 expositores provenientes de mais de 50 países, com predominância da França, Espanha, Itália, Alemanha, Portugal e Suíça. As 1200 marcas presentes ocuparão 65.000 m2 agrupados em cinco polos repartidos por dois pavilhões. A organização da Feira espera a visita de mais de 45 mil profissionais oriundos de cerca de 70 países. Relativamente aos produtos apresentados a concurso pelos fabricantes, foram premiadas 19 das 61 candidaturas apresentadas. Apresentamos aqui as que se referem a inovações do setor da viticultura.
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Prémio Especial do Júri Mini-carregadora com cravador de postes
Duvigneau et Fils
Concebida para a instalação de estacas na vinha. Totalmente robotizado e conduzido por GPS com uma precisão centimétrica, permite que o operador trabalhe sozinho e com menos esforço. O robot crava a estaca, estende o arame e prende os grampos pneumaticamente. Esta máquina permite aumentar a produtividade e a precisão na implantação das estacas.
Medalhas de Ouro Sistema de direção Easy Turn para vindimadoras
Pellenc
Instalado na máquina de vindimar, este sistema permite retomar a linha adjacente à linha trabalhada sem necessidade de manobras. A inovação reside na supressão das bielas de direção, na roda traseira interior que recua para reduzir o espaço necessário à manobra na cabeceira, e num amplo ângulo de viragem de 95º. Além de garantir melhor visibilidade do túnel de recolha também reduz a compactação das cabeceiras e aumenta a produtividade devido ao menor número de manobras.
controlo de esforço ou através de um sensor de posição integrado. As velocidades de avanço elevadas podem alcançar 5 km/h nas operações de descava e de 8 km/h nas de amontoa.
Medalhas de Prata Módulo intercepas EcosatelYt
Porta-alfaias intercepas
Souslikoff & Cie
Esta alfaia é montada em posição frontal e destina-se a pomares com larguras de plantação superiores a 5 metros. A sua caraterística reside numa gestão independente do posicionamento dos implementos esquerdo e direito efetuados por um sistema automático, o que permite trabalhar em duas meias linhas de cada vez. A gestão da profundidade, independente para cada lado, pode ser acionada através do
Leger Consiste numa ferramenta para a sacha intercepas que utiliza a energia de tração para provocar a rotação de um suporte triangular de facas. As facas estão ligadas a um dispositivo excêntrico e asseguram a limpeza à frente das cepas. O acabamento do trabalho é levado a cabo por correntes que rompem os torrões e nivelam o terreno. Um dispositivo hidráulico encarrega-se de centrar o implemento, de forma independente em cada lado, relativamente à posição da fila. A versão atual está adaptada para trabalho em vinhas de 1,5 a 2 metros de altura.
Vinicultura Medalhas de Bronze Condução automática IgoEasy
facilmente gravados através de sensores, podendo depois ser reproduzidos de forma autónoma através de um iPad. Desta forma, o veículo pode deslocar-se sozinho pelos circuitos definidos.
Mini-sulco intercepas
Still
É um sistema de condução automática de um veículo (tipo empilhador) para movimentação de carga horizontalmente. O sistema permite a memorização de diferentes percursos que são
Egretier Jean Michel Suporte articulado montado na traseira do trator para o uso de implementos de trabalho da terra utilizadas em plantações em linhas. A cinemática particular desta máquina permite que a aiveca da
charrua efetue um movimento de rotação durante a aproximação à cepa. Comparado com um implemento tradicional, a parte traseira da relha atua como um pivot e a parte dianteira da relha realiza um movimento lateral quando passa à frente da cepa. Este processo permite aumentar a velocidade de trabalho para perto dos 6 km/h. Podem-se acoplar diferentes acessórios para levar a cabo trabalhos de deservagem mecânica sob a linha.
Citação Lavagem facilitada e segura Pellenc Este é um dispositivo automatizado com comando à
distancia protegido, que facilita, através de abertura hidráulica dos órgãos da vindimadora, o acesso a alguns órgãos da vindimadora e a lavagem (plataforma). Os aspiradores, desgranadores e mesas de seleção tornamse muito mais acessíveis para lavagem graças a este dispositivo à distância cuja tecnologia se baseia num desacoplamento hidráulico que permite isolar as zonas a lavar.
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Produto Estilhadora acionada por trator com motor diesel e motor elétrico; Máquinas de preparação de lenha de acionamento similar; Estilhadora HJ170 e HJ500 da marca Junkkari; Similar de disco rebocada TW190 TDHB da marca Timberwolf; TA 300 H10 com crivo e alimentação com grua hidráulica; Pinça transportadora, cortadora de árvores HS; Processadora de lenha KS435 e power 70 trator ou motor elétrico da marca Palax; Equipamento processador Evolution Ventura A empresa Ventura com rachador para lenha Maquinas Forestales, S.L., expôs mediterrânea; Rachadores em outubro, na última edição da 20ton acionamento elétrico feira Expobiomasa, em e 16ton trator; Serra cinta Valladolid, a sua gama de Ø700 acionamento trator; maquinaria de biomassa e Serra circular basculante preparação de lenha. Estiveram Ø700 acionamento motor presentes os seguintes elétrico e Cabrestante equipamentos: florestal VP8500. 001094-00-nCM-AP-Sifel-2014-190x120-Bolsamia-Port-HD.pdf 1
Ventura, S.L. na Expobiomasa
Subsoladores pesados Samco A gama de subsoladores pesados Field-Lift foi concebida pela marca irlandesa para melhorar a estrutura do solo e consequentemente aumentar a produtividade das culturas. Estão disponíveis em configuração de dois, três ou quatro braços. Todos os braços podem oscilar para a esquerda e para a direita, para garantir proteção contra o embate em pedras, e possuem um sistema hidráulico pressurizado que é ajustável a partir da cabine. Os bicos são constituídos por uma única peça e possuem sistema de substituição fácil. Estão disponíveis em três diferentes tamanhos. 20/10/14 12:38
Em opção, podem ser adicionadas rodas para regulação de profundidade, grade de bicos traseira com 3 metros de largura, e para o trabalhar em terrenos onde estejam instaladas pastagens pode equipar com discos dianteiros e rolo compactador. Para além do fabrico de alfaias, a Samco também está ligada ao desenvolvimento de uma técnica de cultivo do milho que recorre à colocação de filme plástico para reter humidade.
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Descobrir as inovações
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2-4
C
Produto Novas ceifeiras-debulhadoras MF Beta e MF Activa S
Massey Ferguson A marca pertencente ao Grupo AGCO apresentou novas funcionalidades nas ceifeiras-debulhadoras MF Beta e MF Activa S. Máquinas, segundo os responsáveis da Massey Ferguson, que possuem um motor mais forte, conferem maior conforto e controlo ao operador, bem como uma capacidade superior ao nível da colheita. “Estas ceifeiras-debulhadoras oferecem uma grande flexibilidade e eficiência na colheita de
um vasto número de culturas, incluindo a do arroz. Garantem uma mistura de potência, economia e altas performances, características indispensáveis neste setor, com a mais alta tecnologia e conforto”, elogiou Adam Sherriff, manager marketing da Massey Ferguson. Agarrando nos principais detalhes de cada uma, torna-se imperativo destacar, na MF Activa S, a nova cabina Proline onde, além do conforto, fornece aos operadores o terminal TechTouch2. É equipada com um motor AGCO Power de 6 cilindros de 7,4 litros e o tanque para o grão é de 8600 litros. A potência máxima destes modelos vai dos 243cv (MF Activa S7345) aos 276/306cv (MF Activa S 7347). Esta gama pode vir equipada com um separador Multi Crop, ferramenta que permite uma separação mais eficaz em colheitas complicadas. Esta ceifeiradebulhadora tem ainda uma mesa PowerFlow até 6,8m de largura e uma peça única que permite, de forma mais simples, ter acesso à
zona de manutenção e serviços da máquina. Já as MF Beta 7360 e MF Beta 7370 apresentam, também, algumas novidades: motor AGCO – com novo design - de seis cilindros de 7,4 ou 8,4 litros, e acelerador de potência nos modelos mais robustos. Destaque ainda para o novo AutoGuide, que permite, através do terminal TechTouch, efetuar uma condução automática. Também o triturador de palha ajustável, de seis linhas, garante um corte de enorme qualidade mesmo com o motor em modo de funcionamento reduzido. A mesa PowerFlow vai dos 5,5 aos 7,0m, e o tanque para armazenamento de grão tem capacidade máxima de 9000 litros. A potência máxima desta gama vai dos 276/306cv (MF Beta 7360) aos 320/360cv (MF Beta 7370).
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Espaços Verdes Limpa-bermas com discos de poda Lagarde A marca francesa tem uma gama de limpa-bermas de várias dimensões mas é o modelo maior que tem a possibilidade de equipar com uma barra de discos de poda. Está disponível com braços de 6,4 ou 7,5 m, e em ambos os casos o braço é hidraulicamente extensível por mais 1,1 m. Todos os cilindros hidráulicos, inclusive o que faz a inclinação da barra de corte, estão blindados para não serem atingidos pela queda das pernadas. Um sistema de engate automático permite substituir com rapidez a barra de discos pelo destroçador. Possui ainda um circuito hidráulico independente destinado a conservar o óleo a uma temperatura ótima de funcionamento. Um sistema de compensação lateral (até 600 kg) garante estabilidade ao conjunto. Atua através de um peso posicionado do lado esquerdo que se desloca, afastando-se para o lado oposto ao do braço. Este equipamento requer um trator com potência superior a 80 cv.
Stihl lança novas podadoras de sebes Stihl O Encontro Regional de Évora da Stihl, no Évora Hotel, serviu para a marca apresentar novos modelos de podadoras de sebes: a HS82 R, HS82 T e a HS87 R, direcionadas para trabalhos de manutenção de sebes em grandes jardins. Têm como pontos fortes o motor 2-Mix, que lhes permite uma poupança no consumo de combustível até 20%, em comparação com o motor a dois tempos convencional da Stihl, sendo que também os gases de escape foram reduzidos em mais de 50%. Ainda no que toca a reduções, o peso sofreu uma diminuição de 100g, tendo agora 5,4kg. Outro aspeto relevante prende-se com a redução do nível sonoro para <103dB. Os três modelos têm cilindradas de 22,7, potência de 0,7kw e um comprimento de corte entre os 60 e 75cm. O espaço entre dentes é de 38mm nas versões HS82 R e HS87 R, sendo de 30mm na HS82 T. Já a potência sonora é de 94dB neste último e de 93dB naqueles dois.
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Novos cortadores de relva Viking A Viking tem novos cortadores de relva a gasolina profissionais: MB756 GS, MB756 YS e MB756 YC, todos apresentados durante o Encontro Regional que a Stihl promoveu em setembro, no Évora Hotel. As máquinas possuem uma carcaça em magnésio, é mais leve 3kg que a versão em alumínio, a carcaça interior – Polímero (ABS-PA), é mais resistente a impactos, fácil de substituir, tendo dois tipos de transmissão: hidrostática - onde se destaca o controlo de velocidade progressivo, manutenção simples, apenas mudança de óleo - e profissional de três velocidades. Os cortadores de relva possuem um ajuste da altura de corte independente por roda de 6 níveis, um tanque de combustível de grandes dimensões, aumentando a autonomia do trabalho e emite baixas vibrações.
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Pinheiro Bravo
Deve ou não ser aposta no setor florestal?
Trator florestal Prime-Tech
Apresentado pela Unitractores
Trator florestal produzido na Alemanha • Capacete com absorção de impactos • Máquina de limpeza de árvores • Controlo inteligente da lança num forwarder • Rolos de tração para cabeças de corte • Medir pilhas de madeira via smartphone • Cunha mecânica para abate de árvores • Pinça especial para sobrantes • Novas motoserras a gasolina • FAE comemora 25 anos
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Floresta por Ângelo Delgado
PINHEIRO BRAVO
Deve ou não ser aposta no setor florestal?
Pinheiro Bravo: sim ou não? Existem os defensores da produção em massa da espécie, e há quem prefira outras alternativas, apontando o longo tempo de espera, incêndios e pragas como obstáculos difíceis de ultrapassar. A recolha de opiniões, em baixo, dá-nos uma visão mais clara do atual estado de espírito da massa crítica envolvida nesta indústria.
Mais investimento e arrojo
S
erá o Pinheiro Bravo uma das espécies mais rentáveis na floresta portuguesa? Que futuro para esta fileira? Vantagens, desvantagens? O caminho trilhado é o mais correto? E que papel está reservado para o governo? Para melhor responder a estas questões, abolsamia contactou a Associação Nacional de Empresas Florestais e Agrícolas e do Ambiente (ANEFA), o
Centro Pinus – Associação Para a Valorização da Floresta e do Pinho e ainda Miguel Teles Branco, agrónomo do Instituto Superior de Agronomia e antigo diretor da Associação de Produtores Florestais de Coruche. Entidades e individualidades que nos deram uma visão profunda, crítica e sustentada sobre a problemática do Pinheiro Bravo em território nacional.
“Pode ser uma das espécies mais rentáveis da nossa floresta”. Assim, sem rodeios, Pedro Serra Ramos, presidente da ANEFA, inicia o diálogo com abolsamia. Porém, não se fica por aqui. “Será, ainda assim, necessário alterar o modelo tradicional de silvicultura atualmente existente em Portugal e partir para modelos mais arrojados, que implicam maior investimento inicial, mas que podem permitir tirar rendimento aos dez anos de idade ou até em períodos mais curtos”, avisa. Pedro Teixeira, técnico do Centro Pinus, recorda que a produção desta espécie pode ser das “menos dispendiosas nas fases de instalação e condução, o que influencia positivamente as rentabilidades finais”, diz, sustentando o seu argumento no facto de a Sociedade Gestora da Floresta Atlântica “gerir mais de cinco mil hectares de fundos florestais em Portugal, com uma aposta na floresta de Pinheiro Bravo e com o qual obtém uma Taxa Média de
diminuição de 43% da Área de Pinho
*Em Portugal nos últimos 30 anos
Rentabilidade muito interessante e competitiva”. Ainda segundo o mesmo responsável, existe um problema grave a ser combatido: “a diminuição de 43 por cento da área de pinho em Portugal nos últimos 30 anos”. E quais as causas para tal devastação? Pedro Teixeira não tem dúvidas. “As vastas áreas destruídas anualmente pelos fogos florestais, essencialmente no Centro e Norte, onde predomina o minifúndio. A ocorrência de fogos com ciclos curtos impede o pinhal de se regenerar”, explica. Para alterar este quadro, Teixeira deixa algumas recomendações aos organismos públicos que gerem este
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Floresta
714 mil hectares Área de Pinheiro Bravo *Segundo dados do ultimo Inventário Florestal Nacional de 2010
O maior obstáculo prende-se com a perceção errada de que o pinhal demora muito tempo a dar retorno do investimento inicial. Pedro Teixeira, Centro Pinus
assunto. “É fundamental que as políticas públicas de gestão dos apoios comunitários diminuam a complexidade do passado e possam ser um instrumento válido para alavancar o setor florestal, com especial incidência na floresta de pinho”, adverte, acrescentando de seguida aquela que considera ser a principal desvantagem da espécie. “O maior obstáculo prende-se com a perceção errada de que o pinhal demora muito tempo a dar retorno do investimento inicial”. Uma tendência que apenas será revertida quando “os produtores tiverem mais informação de mercado, para que possam gerir um povoamento, de forma a obter rendimentos com a sua madeira, em média a partir dos dez anos de idade”. Relativamente aos inimigos do Pinheiro Bravo, além dos já referidos incêndios, as pragas também fazem parte das referências. “O risco de pragas existe, mas tal como nos fogos, não é exclusivo desta espécie. O problema é que se fala mais no Pinheiro Bravo… se a Floresta for bem tratada e escolhido o meio de silvicultura correto, mesmo que o nemátodo ataque, em condições habituais já se obteve rendimento do povoamento de Pinheiro Bravo”, afirma Pedro Serra Ramos. Ainda
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sobre as pragas, o presidente da ANEFA lembra que “a plantação da espécie pode ser acompanhada por medidas de prevenção”, mas que para isso “as empresas devem ser qualificadas”. Mais crítica é a visão de Miguel Teles Branco. Para o agrónomo, “o investimento florestal é pouco atrativo”. E explica porquê: “Existem aplicações alternativas para o mesmo valor de capital, que proporcionam melhores remunerações para idêntico grau de risco. A baixa rendibilidade do investimento florestal está diretamente relacionada com o longo período para obter as primeiras receitas”, opina, deixando logo de seguida uma perspetiva mais fraturante. “O produtor florestal não deve apostar no Pinheiro Bravo. Existem alternativas florestais bastante mais rentáveis se o critério de decisão for exclusivamente económico. O tempo que leva a gerar receitas, o volume das mesmas e o risco associado de incêndio, pragas e doenças são as principais desvantagens”.
O tempo que leva a gerar receitas, o volume das mesmas e o risco associado de incêndio, pragas e doenças são as principais desvantagens. Miguel Teles Branco, Agrónomo no Instituto Superior de Agronomia
Indústrias “amigas” Há um dado a ter em conta quando falamos na rentabilização do Pinheiro Bravo: a indústria mudou e existem neste momento outros consumidores interessados na produção desta árvore. É aqui que reside um dos caminhos a percorrer nos próximos anos, descreve o presidente da ANEFA. “Existem hoje outros interessados na produção desta espécie, nomeadamente na indústria das pellets/biomassa e resina. Associados a estes novos modelos de exploração, outros setores, já presentes no mercado, e que se debatem muitas vezes com falta de matéria-prima, podem ajudar na rentabilidade do Pinheiro, como, por exemplo, o dos postes de madeira tratada. Havendo essa mudança de mentalidade, a produção poderá tornar-se num trabalho bem pago, mesmo sem subir muito os preços da matéria-prima”, explica. A finalizar o raciocínio, Pedro Serra Ramos lembra que a “madeira de Pinheiro Bravo possui uma infinidade de utilizações que só pode implicar vantagens para a sua produção”,
diz, identificando a vantagem atual: “nesta fileira não há para já monopólios, ou seja, se o produtor fizer bem as coisas só tem de saber negociar”.
Que vantagens? “Trata-se de uma espécie com a sua existência ameaçada no panorama nacional. Dito assim, pode parecer trágico, mas não é! Se nada for alterado, teremos milhares de empresas que, em breve, para sobreviverem, terão de importar madeira ou trabalhar com outras espécies, o que nem sempre é fácil. Se alterarmos os modelos de silvicultura tradicionais e aumentarmos a produção, poderemos, desde logo, abastecer diferentes tipos de indústria”. Esta é a visão do responsável máximo da ANEFA, que centra o seu discurso na necessidade da indústria se “alimentar” da madeira do Pinheiro Bravo como vantagem competitiva. Pedro Teixeira, do Centro Pinus, mostra-nos um outro lado. “Como em qualquer atividade económica, a inversão desta situação de dificuldade passa pelo aumento da rentabilidade dos povoamentos. Se esta for interessante, haverá
Floresta gestão e consequentemente maiores e melhores áreas. Para atingirmos esse objetivo vemos como importante a promoção da gestão profissional através de modelos de agrupamento de produtores como as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) ou outros, que permitam o aumento em escala da área”. Porém, lembra que se deve revitalizar uma fileira que “exportou 1,5 mil milhões de euros em bens no ano de 2014, e que contribuiu com 49 % do Valor Acrescentado Bruto (VAB) de toda a Floresta em 2011”. A finalizar, mais números que revelam a importância do Pinho. “Toda esta indústria, em 2011, e em zonas rurais do país, foi responsável por cerca
Nesta fileira não há, para já, monopólios, ou seja, se o produtor fizer bem as coisas só tem de saber negociar. Pedro Serra Ramos, ANEFA
rentabilidade do investimento florestal Espécies
Valor Líquido Atualizado (VLA) (€/ha)
Taxa Interna de Tempo de Recuperação Rentabilidade (TIR) (TR) (anos)
Sobreiro
538,91
4,54
70
21,58
Pinheiro Bravo
-325,48
--
--
-16,44
Pinheiro Manso
3186,77
8,40
42
130,05
Eucalipto
2112,68
13,20
10
122,18
Fonte: A Gestão equilibrada dos Montados - Miguel Teles Branco - 28 de novembro de 2013.
de 60 mil empregos diretos em quase 11 mil empresas, o que equivale a uma quota de 80 a 90 % dos empregos e empresas das indústrias da Fileira Florestal Nacional”. Mais uma vez de pé atrás, Miguel Teles Branco lembra que “nas condições atuais de preços e projetando-os para o futuro – sempre incerto – ao aumentar a produção do Pinheiro Bravo está-se a perder rendimento uma vez que existem alternativas florestais mais rentáveis”. A finalizar a sua análise, o engenheiro agrónomo adianta que existem alternativas mais viáveis. “O eucalipto, o pinheiro manso para produção de pinha e o sobreiro – por ordem decrescente de rendibilidade – são alternativas mais vantajosas que o Pinheiro Bravo”, conclui.
Onde cabe o poder político? “Infelizmente, na Floresta não se obtêm mudanças profundas no tempo de uma legislatura, o que talvez justifique o pouco espaço deste setor na agenda política e mesmo na comunicação social”, critica Pedro Teixeira, não deixando de recordar os importantes desafios que o governo de Pedro Passos Coelho tem pela frente. “Este Executivo tem em mãos decisões que influenciarão os próximos anos do setor, em especial a Fileira do Pinho que se encontra numa situação de grave insustentabilidade: a revisão da Estratégia Nacional Para as Florestas e a aplicação do Programa de Desenvolvimento Rural 20142020”, alertou. Na opinião de Pedro Serra Ramos, o “governo há muito que se demitiu
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das funções de extensão florestal”, lembrando que, ainda assim, “possui meios de comunicação que poderia aproveitar ou colocar à disposição para a realização dessa extensão”, diz, lembrando o antigo programa televisivo TV Rural.“O Estado passou essa função para as Associações de Produtores, que muitas vezes se debatem com problemas financeiros que as impedem de trabalhar de forma correta”. Para fim de conversa, mais um lamento do presidente da ANEFA. “O governo deveria fiscalizar e controlar as medidas fitossanitárias impostas por decreto e não limitar-se a publicar leis que só inviabilizam as atividades económicas como meio de prevenção”.
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Floresta Publireportagem
Loja da Floresta
Ao serviço da floresta e da agricultura A Loja da Floresta, com sede na localidade de Gravulha, em Ferreira do Zêzere, trabalha há mais 20 anos nos setores da agricultura e da floresta. É igualmente representante de fabricantes portugueses como a Joper, a Agriduarte e a Herculano. Dedica-se ainda à assistência técnica e à venda de lubrificantes. Atualmente, a empresa representa os reboques e gruas florestais Costa e Toimil. Recentemente, a Loja da Floresta lançou um novo reboque Toimil de 12 toneladas, com uma grande inovação nunca antes vista: um reboque que não necessita de sapatas e equipa também com bloqueio às 4 rodas e travões em banho de óleo.
A
empresa Loja da Floresta, importadora da marca de auto carregadores florestais Forcar, entregou um equipamento do modelo F-160 à empresa José Figueiredo Unipessoal, Lda., da Figueira da Foz. A Loja da Floresta, com sede na localidade de Gravulha, em Ferreira do Zêzere, trabalha há mais 20 anos nos setores da agricultura e da floresta. Recentemente, a empresa
Sérgio e Otília Morgado, gerentes da Loja da Floresta.
inaugurou um novo local de exposição de máquinas junto à nova A13, em Ferreira Zêzere. A Loja da Floresta mantém todos os serviços a caraterizam, que passam pela comercialização dos tratores das marcas Valtra, McCormick e LS, bem como o equipamento para espaços verdes da Jonsered e os produtos florestais Nokka.
Em cima, Posto de GPL e em baixo Oficina.
Valtra com grua Toimil FC-60.
Forcar F-160.
Espaço de exposições com o novo reboque móvel da Loja da Floresta. Loja da Floresta • E: lojadafloresta@hotmail.com • http://alojadafloresta.blospot.com
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Floresta Trator florestal produzido na Alemanha Pfanzelt Maschinenbau
O PM Trac III é o modelo de terceira geração de um trator que foi concebido essencialmente para o trabalho florestal, mas que é suficientemente versátil para em poucos minutos se transformar num trator agrícola. A plataforma de base assenta num chassis preparado para suportar equipamento pesado. Este é composto por uma estrutura rígida que se estende desde a frente até ao eixo traseiro, protegendo o motor e a transmissão e conferindo resistência a todo o conjunto. A cabina está instalada em posição avançada, e possui posto de condução reversível. A
propulsão é assegurada por um motor Deutz de 6 cilindros que atinge os 175 cv. Já a transmissão de variação contínua é fornecida pela ZF e permite alcançar os 50 km/h. A grua não está ligada a uma estrutura fixa. Pelo contrário, pode ser colocada ou retirada em menos de 20 minutos, o que torna possível que se engate outro género de equipamento florestal, como guinchos, destroçadores, processadoras de estilha, ou mesmo, sem qualquer tipo de limitação, uma alfaia agrícola convencional. A Pfanzelt Maschinenbau foi fundada em 1991 e começou por
produzir guinchos hidráulicos. Posteriormente passou a fabricar reboques florestais e forwarders, e em 2005 lançou a primeira geração do trator florestal PM Trac. A empresa está sediada,
em Allgäu, nos arredores de Regensburg, conta com 80 funcionários, e tem hoje uma gama alargada de equipamentos para corte, rechega e transporte de madeira.
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Floresta Capacete com absorção de impactos Protos GmbH
Construído com materiais que garantem conforto em diferentes temperaturas e condições climatéricas, este capacete de fabrico austríaco foi pensado especialmente para a proteção de quem trabalha no ramo florestal. É leve, ventilado, e possui uma viseira microperfurada de alta visibilidade que não embacia mesmo a baixas temperaturas. Além disso, todos os acessórios estão integrados na estrutura do capacete para evitar que fique encalhado nos ramos das árvores ou noutros obstáculos. Uma estrutura em favo colocada no interior do casco destina-se a absorver impactos, e pode incluir uma pala para proteção do pescoço.
Controlo inteligente da lança num forwarder John Deere
Máquina de limpeza de árvores Husqvarna
Neste modelo para manutenção da floresta e limpeza de árvores, o motor é suportado por um arnês e fica posicionado nas costas do operador. A principal inovação está na suspensão flexível da lança de corte. Esta solução garante uma melhor distribuição da carga sobre o corpo e reduz o esforço dispendido para realizar as operações de limpeza. Como a lança de corte não está completamente suspensa nos braços do trabalhador, é também possível aumentar a precisão de corte.
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Com 34,6 cm³ de cilindrada e 1,6 Kw de potência, o motor X-Torq desta Husqvarna 535 FBX apresenta agora um nível de emissões reduzido em 75% e uma eficiência de consumo de combustível melhorada em 20%. Sem incluir equipamento de corte, o peso da máquina é de 12,2 kg.
De modo a facilitar a vida aos operadores mais experientes, e também para acelerar a aprendizagem dos principiantes, a John Deere desenvolveu um sistema de Controlo Inteligente da Grua (IBC) que está disponível como opção na sua gama de forwarders. O IBC ajuda a colocar a grua exatamente no sítio onde ela deve ser posta já que o operador passa a controlar diretamente a ponta da lança para a posicionar no local pretendido em vez de controlar manualmente todos os movimentos independentes de cada um dos seus componentes.
Segundo a marca, é possível assim processar e deslocar mais metros cúbicos de madeira por hora, além de se alcançar uma maior eficiência no consumo. E aponta ainda para uma maior longevidade das lanças, devido a uma funcionalidade que amortece eletricamente o curso final de cada cilindro hidráulico. Isto torna o funcionamento mais suave e evita que a lança trabalhe de esticão. Apesar de o IBC poder ser desligado num botão on/off, passando a movimentação da lança a ser feita como antes, a John Deere refere que quem se habitua já não quer trabalhar de outra maneira.
Floresta Rolos de tração para cabeças de corte Grube KG Os rolos para cabeças de corte propostos pela Grube caracterizam-se por garantirem uma maior aderência e ao mesmo tempo uma melhorada proteção da madeira. São constituídos por vários anéis dentados que fornecem a aderência necessária sem que perfurem em demasia o tronco. Isto acontece porque o fabricante incluiu um medidor de profundidade que limita a pressão exercida pelos rolos, limitando assim os estragos na superfície exterior dos troncos.
O design simétrico das pontas dos dentes proporciona movimentos de avanço e de recuo, sem derrapagem, ao longo da cabeça de corte. Os rolos fazem auto-limpeza e como são constituídos por anéis individuais, estes podem ser substituídos isoladamente quando se desgastarem. A Grube comercializa equipamentos e acessórios para o setor madeireiro como fatos de proteção, afiadores de correntes, cunhas e ferramentas, cabos, roldanas, rachadores de lenha, entre muitos outros.
Medir pilhas de madeira via smartphone FOVEA UG A empresa alemã Fovea desenvolveu uma aplicação para smartphone que permite calcular os metros cúbicos de uma pilha de madeira através de processamento digital de imagem. Em apenas cerca de dois minutos, e sem necessitar de acesso web, a nova app iFovea consegue contar os troncos e calcular o total de metros cúbicos amontoados numa pilha de madeira cujos troncos tenham um comprimento fixo. O sistema começa por fazer uma foto panorâmica, depois conta o número de troncos, e de acordo com a sua espessura determina os metros cúbicos sólidos. Com estes dados recolhidos,
é possível calcular o valor da madeira. Os cálculos são feitos através de um algoritmo matemático desenvolvido na tese de doutoramento de Christopher Hebron, que é um dos responsáveis pelo desenvolvimento de software na Fovea. A app é paga em função do volume de madeira medido. A app pode ser descarregada através do seguinte endereço: www.fovea.eu O objetivo da Fovea é criar soluções para o ramo logístico do setor madeireiro que sejam de utilização padronizada a nível europeu e que assegurem uma maior transparência e fluidez nos negócios.
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Floresta Publireportagem
Unitractores apresenta
Trator florestal Prime-Tech Nos dias 7 e 8 de outubro, a Unitractores organizou uma sessão de demonstração e apresentação do seu novo produto: o trator florestal polivalente da marca Prime-Tech 300.
Principais vantagens do PT 300 (referidas pelo fabricante) Maximização da produtividade,
conseguida pela integração perfeita de todos os componentes da máquina: motorizações diesel, sistemas hidráulicos e componentes eletrónicos, adequados para trabalhos pesados.
A
presentado pela primeira vez em Portugal, o PT 300, que faz parte de uma série de mais 4 modelos, de 160 a 600 cv de potência, é um trator de rastos automotriz de dimensões compactas capaz de trabalhar com uma série de implementos de fabrico FAE adaptados a uma série de trabalhos na silvicultura, bem como na agricultura e na construção civil. No que se refere às aplicações florestais, destacamos a preparação de terrenos, construção de caminhos florestais, de aceiros entre outras. A demonstração em campo, feita ao público e entidades ligadas ao setor florestal, teve como anfitrião Andreas Lambacher, diretor de vendas da Prime-Tech e ainda Carlo Travaglia, o demonstrador de serviço.
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Prime-Tech PT 300.
O melhor em termos de conforto e funcionalidade, oferecendo ótima visibilidade, o menor nível de vibrações dentro da cabina; posição ergonómica dos comandos; visor e painel de controlos fácil de usar, ar condicionado; assento do operador ajustável, aquecido e com suspensão pneumática; leitor de CD/MP3.
Baixíssima pressão sobre o solo, garantida
pelo trem oscilante que se adapta perfeitamente às superfícies irregulares facilitando a condução e reduzindo a tensão sobre o chassis principal. O baixo centro de gravidade e a distribuição de peso ideal permitem-lhe operar em encostas com declive até 100%.
Seguro e de fácil manutenção,
graças à acessibilidade facilitada aos componentes principais do trator.
Vídeo Unitractores
Floresta
Veja o vídeo de apresentação do trator florestal Prime-Tech 300 http://youtu.be/i3VS3Fp8BwI
Segurança ativa e passiva, tudo previsto Para prevenir acidentes e avarias, a Prime-Tech equipou as suas máquinas com a tecnologia de ponta necessária para proteger o operador: • Um sistema opcional corta o fornecimento de ar e de combustível ao motor se as rpm subirem de forma excessiva. • Os vidros da cabina Lexan Margard® são à prova de choque e de risco. • Uma grelha de proteção (opcional) impede a intrusão de objetos de até 90 mm de diâmetro. • Dupla saída de emergência no topo e num dos lados da cabina. • ROPS/FOPS aprovado. • Estrutura de segurança que protege a cabina do operador e o veículo da queda de ramos e árvores. • Câmara de vídeo (opcional) para visualização da área atrás do veículo.
Para melhor compreender a versatilidade e capacidade de trabalho da Prime-Tech PT 300, a abolsamia falou com Andreas Lambacher, diretor de vendas da Prime-Tech e com a gerência da Unitractores.
Abolsamia Qual o interesse desta máquina em termos de exploração florestal? UNITRACTORES
A Prime-Tech PT300 deixa os solos preparados sem os deteriorar, incorporando a matéria orgânica na terra prepara o terreno para a plantação posterior de árvores. É uma máquina polivalente que é capaz de trabalhar em terrenos onde um trator convencional jamais conseguiria entrar. Temos, em Portugal, terrenos com declives grandes e é sobretudo nesse aspeto que a máquina se diferencia.
O baixo centro de gravidade e a distribuição de peso ideal permitem-lhe operar em encostas com declive até 100%.
A que tipo de clientes se destina este equipamento? Essencialmente, para todo o tipo de empreiteiros que trabalhem em limpezas de terrenos de difícil acesso, e também na preparação de solos para plantações. Que tipo de implementos se podem aplicar na máquina? A máquina pode ser equipada com um destroçador para limpeza de terrenos, aceiros e caminhos florestais, ou com um subsolador para trituração/ destruição de cepos, preparação de terrenos para plantação e ainda, no sector da construção, pode vir equipada com um triturador de pedra/asfalto utilizado maioritariamente para a construção/reparação de estradas.
Unitractores
A empresa Unitractores Equipamentos Florestais e Industriais, Lda., sediada em Vila Nova de Poiares, com grande experiência na área florestal, dedica-se à comercialização, transformação e adaptação de diversos equipamentos de marcas de expressão mundial destinadas ao sector florestal. Tem como principais marcas representadas, Tractores VALTRA, Gruas EPSILON PALFINGER, Estilhadores e Gruas KESLA e equipamentos COSTA. Tendo como área privilegiada de intervenção as zonas do país com maior mancha florestal, a Unitractores, Lda. dispõe de técnicos especializados, equipamentos e instalações modernas para dar a melhor resposta às necessidades dos seus clientes.
Unitractores • T: 239 421 176 • E: info@unitractores.pt • www.unitractores.pt ABOLSAMIA · novembro / dezembro 2014
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Floresta Pinça especial para sobrantes
Cunha mecânica para abate de árvores
Dorn-Tec Os sobrantes florestais de pequena dimensão são difíceis de apanhar com uma grua normal. Mas o seu potencial de aproveitamento para biomassa está na origem da criação de novas soluções para recolha de ramagens. É o caso desta pinça de cinco dentes fabricada pela marca alemã Dorn-Tec. É parecida com as usadas para carregar sucata e lixo mas tem travessas soldadas a cada um dos dentes, que se entrecruzam quando estes fecham, para que os materiais lenhosos não escapem durante a movimentação. Pode ser aplicada em diversos equipamentos, como carregadores frontais, forwarders ou escavadoras, e incluir uma funcionalidade de rotação.
Forstreich Maschinenbau
Na última edição da feira florestal alemã Interforst, a medalha de inovação destinada a ‘dispositivos e ferramentas’ foi atribuída a uma cunha mecânica para abate de árvores com rosca trapezoidal. Fabricada pela empresa alemã Forstreich Maschinenbau, trata-se de um dispositivo compacto, ergonómico e leve que no entender do júri contribui para melhorar a produtividade e a segurança durante o abate de árvores de grande dimensão. Representa uma alternativa às cunhas de aperto manual.
Novas motosserras a gasolina Sthil A Stihl apresentou, em setembro, a sua nova gama de produtos, no Évora Hotel. Entre eles, destaque para as motosserras a gasolina MS201C-M e MS201TC-M: máquinas direcionadas para a manutenção de árvores e operações no seu interior. Possuem um motor 2-MIX moderno, em que os gases de escape foram reduzidos em mais de 50%, menor consumo de combustível, gestão eletrónica do motor, excelente aceleração a frio e função de memória. Tem ainda um sistema anti-vibratório otimizado, fazendo com que a máquina tenha um comportamento de condução muito bom e uma rigidez de condução igualmente boa com um baixo nível de vibração. A Stihl MS201C-M tem 35,2 cc, 1,8 kw de potência, e um binário de 1,75 Nm. Pesa 3,9kg, o depósito de combustível tem 310 cc de volume e o depósito de óleo lubrificante 220 cc de volume. A MS201TC-M tem as mesmas características, diferindo apenas no seu peso: 3,7 kg.
MS201C-M MS201TC-M
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Join us to celebrate our 25 Year Anniversary!
1989 – 2014 FAE GROUP S.p.A. cordially invites you to
25 Years Celebration Party Saturday, September 13th, 2014 at 3:30 p.m.
Cantine ROTARI – Via Tonale, 110 Mezzocorona (TN), ITALY R.S.V.P. at marketing@fae-group.com
Business/Cocktail attire suggested
FAE comemora 25 anos de atividade FAE
O grupo italiano FAE comemorou, no passado dia 13 de setembro, 25 anos de atividade. Para além de todo o pessoal FAE dos três estabelecimentos de produção, estiveram presentes no evento organizado na localidade italiana de Mezzocorona, província de Trento, os colaboradores de seis filiais externas e clientes do Grupo FAE provenientes de todo o mundo. Líder na área da construção de máquinas profissionais para as áreas florestais e de estrada no seu segmento, o Grupo FAE conta hoje com 110 trabalhadores, sendo que 76 estão em Itália. No último ano, foram ainda contratados 15 novos colaboradores, o que mostra a tendência de crescimento da empresa, sendo que os seus recursos humanos têm a particularidade de serem provenientes de várias partes do globo. Nos últimos cinco anos a faturação do grupo transalpino duplicou. A FAE tem, aliás, reinvestido no seu património de forma a manter o alto padrão a que habituou os seus clientes. Exemplo disso, são os 2 milhões de euros que irão ser investidos ainda no final deste ano, princípios de 2015, na construção de um centro de testes de máquinas e alinhamento dos rotores. O resto do montante será direcionado para a aquisição de novas máquinasferramentas, construídas especialmente para a FAE, e que permitirão aumentar a produtividade e as condições de trabalho dos trabalhadores do grupo. Nos últimos 12 anos, referência para a criação das filiais nos Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Canadá e França e, mais recentemente, para o investimento de grandes recursos também na Rússia. Destaque também para a aquisição da fábrica de rotores de Cole Isarco, que fornecia os rotores à FAE, criando assim a divisão Componentes onde, recentemente foi feito um investimento superior a 2 milhões de euros para a aquisição de uma nova sede e para a automatização dos processos produtivos. O Grupo FAE tem vindo a aumentar a sua expressão nos mercados externos, estando atualmente representada em todos os continentes. De salientar que 97 por cento da faturação é proveniente do exterior. A HERKULIS é representante dos equipamentos FAE em Portugal.
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Floresta Publireportagem
Woodcracker
Perfeito para trabalhos florestais A Westtech Maschinenbau GmbH é, desde 2005, uma das mais reputadas fabricantes de implementos para trabalhos florestais.
A
empresa austríaca Westtech introduziu recentemente na sua gama, a série de cabeças processadoras Woodcracker C. Disponível em cinco dimensões, este implemento permite o corte eficaz de árvores e arbustos com diâmetros compreendidos entre 15 e 55cm, adaptando-se idealmente ao corte de plantações de todos os tipos de árvores, em terrenos acidentados e em taludes de difícil acesso, como ainda à manutenção de bermas de estradas. A versão mais leve e básica desta gama, a C150, tem um peso de 210kg. Já o modelo mais evoluído, o C550, chega aos 2000kg. A escolha do modelo (ver quadro com especificações técnicas) depende das caraterísticas do veículo ao qual a cabeça de corte está acoplada, que pode ser uma escavadora,
um skidder ou uma processadora As vantagens de utilização das cabeças Woodcracker C prendem-se com a baixa manutenção do seu sistema de corte e com a durabilidade dos seus componentes, aliada a uma grande facilidade de manejo, com um sistema de controlo simples e intuitivo.
Westtech A Westtech Maschinenbau GmbH é, desde 2005, um dos mais reputados fabricantes de máquinas para trabalhos florestais. Tendo como principal desafio o desenvolvimento e aplicação de tecnologia nos seus produtos, o enfoque principal da sua gama recai nas cabeças processadoras. A linha de equipamentos da empresa austríaca é, no entanto, composta por um vasto rol de produtos: pinças florestais, separadores, arrancadores e rachadores de cepos e máquinas para o processamento de biomassa.
Woodcracker C450. Woodcracker C Características técnicas
C150 c/ cardan
C150 rígido
C250
C350
C450
C550
Diâmetro de corte
(mm)
150
170
250
350
450
550
Abertura da garra
(mm)
800
800
930
1430
1600
1600
Abertura da lâmina
(mm)
800
800
450
700
800
900
(kg)
310
300-560
580-900
1100-1400
Tara (Base - equip. completo) Rendimento em litros
1400-1800 1800-2400
(l/min)
30-60
40-80
50-100
70-150
80-160
Rendimento em litros funções secundárias
(l/m)
35-60
35-50
45-60
45-60
50-70
-
Pressão de trabalho mínimo aconselhada
(bar)
190
220
260
280
280
300
4
5-9
7-15
14-20
20-25
24-30
Peso de veículo transportador
(t)
100-190
WOODCRACKER Opcional: Multigrip, Autospeed, cilindro elemento giratório, Tiltator, garra de troncos.
®
FABRICADO NA ÁUSTRIA
Máquina florestal de Westtech.
Para mais informações, visite nosso site: www.westtech.at. Contato: spain@westtech.at
NEXT TECH
Woodcracker • E: spain@westtech.at • www.westtech.at
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novembro / dezembro 2014 · ABOLSAMIA
Floresta Encontro Regional de Distribuidores
“Queremos faturar 14,5 milhões de euros” Continuar a crescer e a apresentar novos e inovadores produtos. Simples e curto, esta é a estratégia do Grupo Stihl para as suas operações em Portugal, onde espera faturar 14,1 milhões de euros no final de 2014. Pelo meio, foram apresentados 21 novos equipamentos Stihl e Viking.
Juvenal Martins, gerente da filial Stihl.
O
Encontro Regional de Distribuidores do Grupo Stihl realizouse no passado mês de setembro, no Évora Hotel, na cidade de Évora. Um evento que juntou centenas de profissionais com ligações às marcas do Grupo (Stihl e Viking), e que serviu para apresentar as novidades de produto (21 novos equipamentos!), bem como os resultados nacionais e globais da empresa e ainda os próximos caminhos a trilhar a nível empresarial. Juvenal Martins, gerente da Andreas Stihl, deu o pontapé de
saída e iniciou o seu discurso apresentando e projetando resultados financeiros. “A nível mundial, em 2012, obtivemos um volume de negócios na ordem dos 2,8 mil milhões de euros. O ano passado aumentámos para 2,85 mil milhões, sendo que esperamos fechar o 2014 com 2,95 mil milhões”. Sobre os motivos para esta evolução positiva, o responsável aponta “o investimento em novas tecnologias e produtos” como as principais causas. Ainda sobre o mesmo assunto, Juvenal Martins lembrou que “a nova fábrica de carburadores da Zama adquirida pelo Grupo”, é igualmente um “fator de crescimento”. Sobre os resultados nacionais, o gerente disse que “2014 deverá fechar com um volume de 14,1 milhões de euros”, valor ligeiramente acima dos números consolidados de 2013, que ascenderam aos 14,042
milhões. Para 2015, diz Juvenal Martins, “o Grupo pretende chegar aos 14,5 milhões de euros”. Antes de finalizar o tema “contas”, o responsável frisou que a Stihl “continuou a crescer apesar da crise que se fez sentir em Portugal”, atingindo crescimentos na ordem dos 26 por cento e um aumento de top of mind, de 2010-2014, na ordem dos 150 pontos percentuais na gama de motosserras. Mais adiante, Miguel Ferreira, gestor de produto da Stihl e Viking, apresentou a gama completa de novidades daquelas duas marcas. No total, foram 21 equipamentos novos, com constavam motosserras a gasolina e elétricas, podadoras de sebes a gasolina, lavadoras de alta pressão, tesouras de poda a baterias, podadoras de altura a baterias, podadora de sebes em altura a baterias, podadora para sebes/ relva a bateria, cortadores a baterias, cortadores de relva elétrico e cortadores de relva a gasolina profissionais. Nas secções de Floresta, Jardinagem e Vitivinicultura, a abolsamia destaca alguns destes equipamentos atrás mencionados.
Apresentação de produtos Viking.
Objetivos 2015 Stihl
• 100 por cento de distribuidores com contrato. • 70 novas lojas com shop system. • 66 oficinas renovadas. • Incremento do número de distribuidores exclusivos. • 150 oficinas informatizadas. • 150 participantes nos cursos técnicos. • 30 sub-distribuidores contratados.
Distribuidores Demonstração das novidades de produto da Stihl.
• Melhorar as instalações. • Investir na formação. • Promoção no Ponto de Venda, utilizar o marketing local.
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Produto Väderstad
Projetada para trabalhos duros A empresa sueca Väderstad apresentou à imprensa especializada, em outubro passado, as suas novidades de produto para o ano que vem.
A
s novidades que serão apresentadas já no próximo salão do SIMA em França incluem uma renovação da sua gama de semeadores Repid 300-400 C/S, o novo distribuidor localizador e de adubo Spirit 600C Nordic e os novos cultivadores Opus que podem trabalha até 40 cm de profundidade com uma série de combinações possíveis de pontas e dentes. Da sua extensa gama de equipamento damos destaque aos cultivadores TopDown e aos semeadores para milho e girassol da série Tempo.
TopDown cultivadores 3 em 1
Corte e incorporação
Esmiuçamento e mistura
Na frente da alfaia existem duas filas de discos cónicos que rasgam a superfície do solo. Assim que os resíduos da colheita são incorporados, são iniciados processos biológicos que aumentam a taxa de decomposição. A profundidade de trabalho dos discos pode ser infinitamente ajustada durante o trabalho.
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Na sua gama de equipamento, a Väderstad inclui os cultivadores TopDown. São 6 modelos, com larguras de trabalho que vão de 2,65 até 9,10 metros, concebidos para rasgar a superfície do solo, incorporar os resíduos das culturas e criar uma boa cama de sementeira numa só passagem, poupando tempo e combustível.
A secção da alfaia referente ao cultivador é composta por várias filas de braços suspensos, com 27 cm de distância entre eles, desenvolvidos para esmiuçar e misturar o solo até 40 cm de profundidade.
Nivelamento
Reconsolidação
Os discos de nivelamento estão montados em suspensões de borracha para assegurar um acompanhamento da superfície do solo e uma elevada tolerância às pedras. Os niveladores podem ser regulados a partir da cabina durante o trabalho para adaptar o grau de nivelamento às condições de cada campo e à quantidade de resíduos à superfície do solo.
A reconsolidação do solo, essencial para que as sementes germinem bem e para preservar a humidade do solo, é assegurada pelo rolo, cuja pressão é variável. Existem dois rolos diferentes consoante as condições do solo.
TEMPO semeadores para milho e girassol A gama de semeadores Tempo, disponível em modelos rebocados e montados, define novos patamares na sementeira de precisão a alta velocidade. A precisão e eficiência destes equipamentos deve-se a um doseador projetado para conseguir até 28 sementes por segundo e a um sistema pressurizado de transporte da semente que garante os melhores resultados mesmo a velocidades elevadas.
Argumentos de peso
• O sistema elétrico, que permite uma calibração simples e uma maior facilidade de regulação do débito de distribuição. Possibilita também o fecho individual das unidades de sementeira permitindo poupar nos fatores de produção, bem como o ajustamento das doses de fertilizante e de semente a partir da cabina, quando as caraterísticas do solo são variáveis. • As uniões da unidade de sementeira não necessitam de manutenção. O engate paralelo foi concebido por forma a transferir peso para a unidade de sementeira. • Para minimizar as vibrações
causadas pela velocidade elevada, a unidade de sementeira está equipada com rodas reguladoras da profundidade como acontece nos semeadores de precisão. • As regulações e a manutenção são fáceis de realizar e ajustam-se às diversas culturas.
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Entrevista por Francisca Gusmão
Saber adaptar-se Para conseguir estar em sintonia com as leis ambientais que regulamentam a aplicação de chorume no nosso país, um jovem empresário agrícola pôs todo o seu engenho na construção dum equipamento que também lhe permite poupar recursos e tempo.
Uma alfaia combinada para a incorporação de chorume e de restolho Quando terminou a formação académica em produção animal, já lá vão quatro anos, Carlos Cruz optou por instalar-se como jovem agricultor para se dedicar a tempo inteiro à gestão da exploração agrícola e da vacaria
que são, desde há 36 anos, a base do negócio da família. Mas a sua verdadeira paixão foram sempre as máquinas agrícolas, desde os tempos de escola em que, bem pequeno, já lia a revista abolsamia de uma
ponta a outra. Foi esse gosto e a necessidade de melhorar a eficácia de algumas operações culturais na sua exploração que levaram a que se dedicasse com empenho, durante os últimos anos, ao projeto de construção de uma alfaia combinada para a incorporação de chorume e de restolho. Fomos conhecê-la e vê-la trabalhar perto do local onde se situa a vacaria, em Ovar, distrito de Aveiro. A ideia de construir uma cisterna distribuidora de chorume acoplada a uma grade de discos com incorporador de restolho deveu-se sobretudo, segundo Carlos
Pai e filho, Manuel e Carlos Cruz.
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Cruz, a questões ligadas ao ambiente, já que a operação de incorporação de chorume nos terrenos faz parte dos trabalhos “obrigatórios” para enriquecer os solos das parcelas cultivadas, aproveitando um sub-produto das vacas. No nosso país, a lei diz que o prazo máximo para incorporar o chorume no solo é de 4 horas, o que se torna difícil de gerir quando se tem que trabalhar 35 parcelas diferentes na sua maioria rodeadas por habitações. “Em Portugal não havia nenhum equipamento deste género. Existe um equipamento semelhante mas em vez de grade equipa com escarificador e, por isso, não consegue cortar e incorporar o restolho.”, disse. “Foi na Alemanha e na Holanda que vimos equipamentos como o que pretendíamos mas os preços eram muito elevados.
Entrevista Por isso, decidimos fazê-lo em colaboração com um fabricante português, a Metalúrgica Rocha.”, continuou Carlos Cruz. Na base da ideia está uma cisterna e uma grade de discos de corpos independentes que tem, ao mesmo tempo, as funções de incorporar o chorume e o restolho da cultura anterior, ou seja, pode funcionar como mobilização mínima. Por isso, consegue-se, como explica Carlos Cruz, poupar tempo e dinheiro: “com um trator, uma pessoa e numa passagem apenas, incorporamos o chorume, tapamos e deixamos o terreno preparado para a cultura a seguir. São três operações numa só.” Como qualquer projeto ambicioso, este também não foi fácil e houve problemas a resolver. Nomeadamente na forma de suportar o peso da grade. A solução encontrada consistiu em equipar a cisterna com um eixo traseiro móvel. Assim, quando a grade está montada, o eixo do rodado traseiro é deslocado para trás para conseguir suportar 60% do peso da grade e 40% do peso da cisterna. Quando a grade não está montada, o eixo corre 60 cm para a frente para suportar de forma equilibrada o peso da cisterna.
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4
1- Eixo: Para aguentar o peso da grade, o eixo traseiro da cisterna é móvel. Assim, quando a grade está montada, é deslocado para trás para suportar 60% do peso da grade e 40% do peso da cisterna. Quando a grade não está montada, o eixo corre 60 cm para a frente para suportar o peso da cisterna. 2- Acumulador: Um acumulador reduz os choques nas deslocações por estrada. 3- lança: A suspensão na lança também é hidráulica e atua por duas vias, amortecendo para cima e para baixo. 4- Depósito: Perto da vacaria foi construído um depósito de armazenamento de chorume equipado com um sistema de separação de sólidos.
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PotatoEurope 2014 3 a 4 de setembro de 2014 Hanover, na Alemanha.
Feiras
PotatoEurope Fileira da batata reuniu-se na Alemanha Foi perto de Hanover, na Alemanha, que este ano se realizou aquela que é a mais importante feira europeia da fileira da batata. Os equipamentos para plantação, colheita e transporte estiveram em evidência.
C
om a organização a cargo da DLG (Sociedade Alemã de Agricultura), a feira contou com 220 expositores e foi visitada por cerca de 10.000 profissionais provenientes de mais de 60 países. Trata-se de um setor onde a especialização continua a crescer, não só no que respeita à preparação da cultura – foram mostradas mais de 30 variedades de plantas e realizados diversos
Plantação
encontros técnicos – mas também no que respeita à mecanização. É por isso que neste domínio os visitantes tiveram oportunidade de ver em demonstrações de campo, numa área de cerca de 30 ha, o que de mais avançado existe em equipamentos destinados às várias fases da cultura da batata, nomeadamente a plantação, a colheita e o transporte. Por ocasião da feira, o diretor da Grimme, Franz Grimme, sintetizou a tendência
Para plantação foram apresentadas máquinas com maior performance e largura de trabalho – é o caso dos plantadores de oito linhas – que têm associados sistemas eletrónicos para proporcionar conforto ao operador e alcançar uma maior precisão de desempenho. Devido à sua maior dimensão, os fabricantes têm apostado em dotar estes equipamentos de funções combinadas, para reduzir o número de passagens e assim poupar combustível, e consequentemente para garantir uma maior conservação do solo.
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Colheita
que antevê ao nível dos equipamentos especializado para o setor da batata. Em entrevista à revista alemã Agraticker, explicou onde vê potencial para inovar: “As máquinas atingiram vários limites a nível mecânico. Continuamos a ver enorme potencial no controlo inteligente dos processos de regulação e de gestão de dados, para simplificar o trabalho e melhorar a performance”. A próxima edição da Potato Europe realiza-se em setembro
Para colheita estiveram em demonstração máquinas rebocadas e máquinas automotrizes, e tanto num caso como no outro, com diferentes capacidades de trabalho. As de maior performance permitem a colheita em quatro linhas. Sabendo que os agricultores procuram máquinas que trabalhem de forma mais rápida e limpa, e que ao mesmo tempo não danifiquem a batata, têm sido essas as melhorias que as marcas procuram colocar nos seus modelos mais recentes.
do próximo ano, nos dias 2 e 3, desta vez na Bélgica. Esta feira realiza-se alternadamente em quatro países: Alemanha, Bélgica, França e Holanda. A Deutz-Fahr foi a marca de tratores parceira do evento e os principais fabricantes que tiveram máquinas especializadas em demonstração foram os seguintes: All in one, AVR, Beka, Bijlsma Hercules, Brettmeister, Dewulf, Fliegl, Fortuna, GeoKonzept, Grimme, Krampe, Kröger, Miedema, Ploeger e Ropa.
Carregamento e transporte
Por fim, o carregamento e o transporte. Nesta fase, de modo a que a batata se conserve nas melhores condições, é importante que se mantenha limpa, que não seja danificada durante os transvases e que o seu acondicionamento durante o transporte seja correto. As marcas apresentaram soluções muito variadas neste género de equipamentos.
Innov-Agri 2 a 4 de setembro de 2014 Outarville, na França.
Innov-Agri
MUNDIAL DE FORNECEDORES DA AGRICULTURA E PECUÁRIA
Demonstrações de máquinas no centro de tudo
22>>26 26 FÉVRIER FEVEREIRO 2015 2015 Paris Nord Villepinte - France
A 15ª edição da Innov-Agri realizou-se de 2 a 4 de setembro e recebeu mais de 90 mil visitantes. Visitámos a feira e traçamos aqui um breve retrato do que vimos.
O
utarville é uma povoação com pouco mais de mil habitantes, mas o nome soa familiar a quem está no ramo da maquinaria agrícola. É aí que a cada dois anos se ergue a maior feira europeia com demonstração de máquinas em campo. Nos 160 hectares de área do recinto estiveram este ano representadas 408 marcas, e eram mais de cem as parcelas reservadas a demonstrações dinâmicas. Nestas parcelas trabalhavam conjuntos para preparação do solo e sementeira, onde a tendência anda cada vez mais em redor das alfaias combinadas, e equipamentos para proteção das culturas, nomeadamente pulverizados rebocados e também vários modelos automotrizes. Neste setor o destaque vai para os sensores que adaptam as barras de pulverização ao terreno e as desviam automaticamente
u A SIMA amplia o se 7! espaço: hall 3 a
de obstáculos. As ceifeiras, as automotrizes e os reboques de transvase também entraram em ação nos canteiros preenchidos com milho. Vimos muitas marcas de alfaias de origem francesa, muitos sistemas de rastos de borracha, que parecem conquistar cada vez mais o espaço dos pneus, e aqui e ali tratores antigos a relembrarem tempos em que a mecanização era muito diferente. E nesta edição comemorativa dos 25 anos da Innov-Agri houve uma novidade. Pela primeira vez foi realizada na feira uma prova de Tractor Pulling. Não tivemos oportunidade de assistir mas disseram-nos que o barulho dos motores era tão forte que obrigava a comprar proteções para os ouvidos. A revista abolsamia visitou a Innov-Agri a convite da DeutzFahr. A feira volta a ocupar os campos de Outarville de 6 a 8 de setembro de 2016.
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ABOLSAMIA · novembro / dezembro 2014
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21/08/2014 11:11
Galeria de imagens
Feiras
Para visualizar mais fotos desta reportagem consulte o nosso site www.abolsamia.pt/net/galerias-imagens
AgroGlobal 2014 A força da Agricultura em Portugal A AgroGlobal – também conhecida como a Feira das Grandes Culturas – recebeu mais de 20 mil pessoas nos seus 170 hectares disponíveis.
A
rechear todo este espaço, estiveram presentes mais de 200 empresas ligadas ao setor que mostraram, em condições reais, as últimas soluções de mecanização e toda a gama de produtos e serviços disponíveis para uma atividade económica que se quer mais eficiente e eficaz. A feira – que decorreu nos dias 10, 11 e 12 de setembro – mostrou, uma vez mais, a força atual do setor da agricultura, onde a própria presença de várias culturas e de uma enorme exposição na área da maquinaria agrícola deram um colorido ímpar a um certame que possui um cunho muito próprio. A Lezíria
como pano de fundo é apenas um exemplo. Profissionais ligados ao setor, estudantes, famílias ou apenas curiosos foram-se passeando - apesar da chuva dos dois primeiros dias - pelos vários espaços do recinto. E aí, foram observando ou, até, experimentando, o que de melhor se faz na agricultura em Portugal. Pela AgroGlobal passaram, igualmente, vários políticos e governantes. Aqui, destaque para a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, o ministro da Economia, António Pires de Lima, o secretário de Estado das da Agricultura, José Diogo
Vista geral do espaço da feira.
Stand da abolsamia e da revista Ruminantes com o parceiro multimédia, Workmove.
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novembro / dezembro 2014 · ABOLSAMIA
Albuquerque e ainda o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva. Além das suas presenças, estes integrantes do atual Executivo participaram ativamente nos mais variados debates sobre o momento do setor primário nacional, bem como sobre a economia do país. Temas como a reforma e aplicação do PAC, a importância da água e energia, a cultura do milho, a agricultura de precisão e ainda os principais desafios futuros para a indústria foram discutidos durante três intensos dias, e que tiveram a participação de ilustres personalidades com fortes ligações ao setor. Em 2016, esperam-se mais temas para discussão, visitantes, inovação e tecnologia e…menos chuva. Durante três dias, o universo agrícola não se importará certamente.
Feiras
Momento do desfile de máquinas no fecho da Agroglobal.
Pedro Torres e Manuel Paim, responsáveis pela Agroglobal, em entrevista à revista abolsamia.
Veja o vídeo no nosso canal em: www.youtube.com/abolsamia
ABOLSAMIA · novembro / dezembro 2014
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New Holland 2014
Momentos New-Holland 2014 Retratos do Mundo New-Holland em Portugal de lés-a-lés.
Momentos
New-Holland
Auto Ag. Sobralense Etelgra
New Holland T6.175
Esq. para a dir.: Tiago (tratorista), José (tratorista), Miguel Artilheiro (responsável Quinta da Foz) e João Palmar (CNH Portugal).
New Holland T8.390 AutoCommand
Esq. para a dir.: José Carlos (Etelgra), Mário Cananão (Etelgra), João Palmar (CNH Portugal), Alexandre (Cliente), Jorge Pinto (Cliente ) e Paulo (Operador).
Auto Agrícola das Meãs New Holland T6.160 AutoCommand
Esq. para a dir.: José Carlos (A. A. Meãs) com o cliente Carlos Miguel (Agro Gatanheiras).
Fialho, Correia & Lampreia New Holland CX8080
Cliente: Casa Ilídio Matos na pessoa de João e Miguel Matos.
SEAC 114
novembro / dezembro 2014 · ABOLSAMIA
New Holland Boomer 50
Cliente: Manuel Barbosa, em Santa Maria da Feira.
Siga-nos no FacebooK
New Holland 2014
www.facebook.com/NewHollandAgriculture
Etelgra
Auto Agrícola Sobralense
New Holland TD5.115
New Holland T4.105F CAB
Mário Cananão (Etelgra) e Armindo Soares (Cliente).
Cliente: Dulce Constantino e esposo Luís Gomes
Varanda & Cordeiro
Varanda & Cordeiro
New Holland TD5.115
New Holland T3030
Cliente: Gilberto Cordeiro, em Lagoa- Macedo de Cavaleiros.
Cliente: Diamantino Mário Soeiro Lopes, em Alfandega da Fé.
O Prado New Holland T5.95 Eletrocommand
Esq. p/ dir.: António Massa Flor, Paulo Botelho (Cliente), Paulo Henrique Botelho e Carlos Massa Flor.
Apolinários Máquinas New Holland T5.115
Cliente: Joaquim Ferreira Matias, em Alpiarça.
Apolinários Máquinas New Holland T4060F
Cliente; Américo Silva, em Tremês (Santarém).
ABOLSAMIA · novembro / dezembro 2014
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novembro/dezembro
agenda
Vou de férias e aproveito para ir a uma feira! Feira Nacional do Cavalo | 7 a 16 nov. |Golegã , Portugal
Para aprender
Para visitar
Para relaxar
Para conhecer
Curso de Produção Biológica
O Meu Amor é Verde
ZMar – Eco campo
Fundação Serralves
Mercado da Ribeira – Loja 23, 1200-479 Lisboa » 2ª feira a domingo, das 10 às 23 horas omeuamoreverde.com
Herdade A-de-Mateus, EN 393/1, São Salvador, 7330 Odemira » Aberto todo o ano zmar.eu
Rua D. João de Castro, 210, 4150-417 Porto » Aberto todos os dias, exceto à 2ª feira serralves.pt
compras Produção de plantas suculentas e aromáticas. Aliar a qualidade do produto ao design inovador na sua apresentação. Dar - às plantas, claro - um caráter lúdico e utilitário, seja como objeto de decoração, tempero de cozinha ou ervas para infusão. Workshops e eventos fazem igualmente parte da ementa. Dê um salto ao Cais do Sodré, e visite o “Meu Amor é Verde”.
Lazer Sim, podemos passar um fim-de-semana neste complexo longe da azáfama do trabalho, perto da soalheira Zambujeira do Mar, no Alentejo. Mas, por vezes, não temos tempo para tanto. Ainda assim, e tendo em atenção o nosso corpo, se por ali passarmos podemos (e devemos!) dispensar 60 minutos das nossas vidas e aproveitar as massagens ou tratamentos de corpo biológicos. Tudo em nome da saúde e...do relaxamento. Não hesite, entre na Herdade.
cultura Serralves. Fechamos os olhos, pensamos e chegamos lá: “é no Porto e tem imensas exposições”, exclamamos. Verdade, mas a resposta está incompleta. Há bares, livrarias, museu, cinema, teatro, música... e visitas ao Parque Serralves. Um espaço com 18 hectares, composto por uma grande diversidade de espaços interligados: jardins formais, matas e uma quinta tradicional. Uma oportunidade privilegiada para estar em contacto com a Natureza e apreciar a enorme variedade de um património arbóreo e arbustivo composto por cerca de 200 espécies e várias plantas autóctones e exóticas ornamentais.
Calçada da Tapada, 39 – r/c dto, 1300-545 Lisboa » 6 a 29 de novembro agrobio.pt Formação
Com a duração de 50 horas, o curso Modo de Preparação Biológico, organizado pela Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (Agrobio) vai realizar-se de 6 a 29 de novembro. Um módulo que ajudará os inscritos a, entre outros itens, conservar o solo e a água, proteger as plantas, bem como a fertilizar o solo. O curso destina-se a agricultores e a todos aqueles que estejam ligados ao setor. Já sabe, conhecimento não ocupa espaço!
EIMA | 12 a 16 de nov. | Bolonha, Itália eima.it
Portugal Agro| 20 a 23 de nov. | Lisboa, Portugal portugalagro.fil.pt
AgroTech | 22 a 25 de nov. | Chandigarh, Índia agrotech-inda.com
Interpom/Primeurs | 23 a 25 de nov. | Kortrijk, Bélgica interpom.be
AgroAngola | 26 a 29 de nov. | Luanda, Angola fil-angola.co.ao/pt/ agroangola-2014expositores-pt
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Agrama | 27 nov. a 1 de dez. | Berna, Suíça
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Vinitech | 3 a 4 de dez. | Bordéus, França vinitech.fr
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Atualmente a tua mente atua ou mente?
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EuroTier | 11 a 14 de nov.| Hannover, Alemanha
Para pensar
Para jogar
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Para cozinhar
Atenção, se vive nestas localidades não trabalhe nestes dias!
por: Catarina Pellen
No campo Vista roupa confortável Vai para o campo tratar da horta? Do jardim? Então vista-se a perceito que a moda somos nós que a fazemos.
Para vestir
6 de nov. | Feriado
Confit de limão Inspirado na cozinha marroquina Quando começarem a sobrar limões lá no pomar, é uma boa altura para fazer um confit de limão e se der para muitos frascos pode sempre presentear alguns dos seus amigos. O confit de limão não pode faltar na culinária marroquina. Fica muito bom no tempero de carnes. Frango, especialmente. Como fazer: Depois de bem lavados os limões, abrem-se ao meio e salgam-se com sal marinho grosso; Apertam-se bem; Em seguida aconchegam-se num frasco previamente esterelizado e juntam-se ervas a gosto, alecrim, louro, etc. Et voilá! Reserve na despensa por 15 dias e está pronto a utilizar. Depois de aberto deve conservar no frigorífico. Convém passar bem por água, antes de utilizar, para tirar o sal em excesso.
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Jardineiras em ganga puro algodão 59,99 € laredoute.pt
Galochas Havaianas AQUA Coral 55,00€ www.spartoo.pt
Camisa de ganga 24,99 € hm.com/pt
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Municipal (FM) em: Boticas, Paços de Ferreira, Rio Maior e Valpaços. • 11 de nov. |FM em: Alijó, Meda, Penafiel, Pombal e Torres Vedras. • 19 de nov. |FM em: Odivelas e Trofa. • 23 de nov. | FM em: Gavião • 24 de nov. | FM em: Entroncamento e Sines • 25 de nov. | FM em: Calheta de São Jorge • 27 de nov. | FM em: Guarda (distrito) • 30 de nov. | FM em: Mesão de Frio • 8 de dez. | Feriado Nacional (FN) • 11 de dez. | FM em: Portimão • 25 de dez. | FN .
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Formação por Anacleto Cipriano Pinheiro | Simão Abelho | João Pedro Rego
Universidade de Évora - 2014
Curso de Operadores de Máquinas Agrícolas Decorreu entre 23 de julho e 5 de setembro, na Herdade da Mitra da Universidade de Évora, sob administração da ZEA - Sociedade Agrícola Unipessoal, Lda, a 33ª edição do Curso de Operadores de Máquinas Agrícolas.
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ste curso, que se realiza desde o ano 1982 em colaboração com o Centro de Emprego e Formação Profissional de Évora, permitiu dar formação a cerca de 600 alunos do ensino superior. Os formandos são oriundos de vários estabelecimentos de ensino superior: Universidade de Évora, Instituto Superior de Agronomia e Escola Superior Agrária de Elvas. O Curso de Operadores de Máquinas Agrícolas tem como principal objetivo complementar a componente teórica fornecida nos diferentes estabelecimentos de ensino superior, pelo que assenta numa forte componente prática que visa preparar os formandos para a condução de tratores com semirreboques e para a realização de grande parte das operações culturais necessárias, no dia-a-dia de uma exploração agropecuária e florestal. De salientar o facto de estes formandos trocarem as férias de
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Verão por 250 horas de Sol, por vezes com 40 graus centígrados de temperatura, muito pó e um horário bastante rigoroso. Este curso tem sido lecionado, há uns anos para cá, pelo formador profissional Simão Abelho e pelo monitor João Pedro Rego, com a coordenação de Anacleto Cipriano Pinheiro, professor do departamento de Engenharia Rural da Universidade de Évora e Gestor da ZEA. O Centro de Emprego e Formação Profissional de Évora disponibilizou, para a presente edição do curso, além das alfaias e de equipamento diverso, sete tratores com potências compreendidas entre os 50 e 110 cv de potência. É de salientar o facto de três destes tratores estarem equipados com monitores de rendimento e com componentes eletrónicas que permitem tirar o máximo de rendimento dos equipamentos e fornecer informação importante
em relação ao trabalho realizado. No decorrer do curso, ainda que a utilização de alguns dos equipamentos esteja a ficar em desuso, mas para fornecer conhecimentos sobre as suas ações no solo, são executadas tarefas de descompactação, com charrua de aivecas e com chísel, e de mobilização com vibroflex, com vibrocultor, com grade de discos e com escarificador. Relativamente aos equipamentos de sementeira e de distribuição de fertilizantes, são utilizados os vários tipos de semeadores (linhas, pneumático e sementeira direta), distribuidores centrífugos de pêndulo e de discos equipado com componentes eletrónicas que permitem uma aplicação de forma diferenciada com o apoio do GPS em função do solo e das necessidades das culturas. São igualmente utilizados equipamentos para efetuar tratamentos fitossanitários sendo, como não poderia deixar de ser, praticada a condução de tratores com semirreboque e trabalhos com carregador frontal. Atendendo à diversidade de tarefas praticadas no dia-a-dia das explorações, torna-se cada vez mais necessário operar de forma segura, pelo que os cuidados segurança e de higiene no trabalho estão sempre presentes. Nesta presente edição do Curso, contou-se com a colaboração do concessionário Lampreia e Filho representante da marca New Holland, do concessionário Tractomoz, representante John Deere e da Ag Leader que proporcionou aos formandos um dia dedicado à Agricultura
de Precisão. Estas colaborações permitiram mostrar aos alunos os mais atuais e sofisticados sistemas e funcionalidades dos tratores lançados hoje em dia no mercado, bem como os sistemas de agricultura de precisão existentes. Os formandos adquirem conhecimentos que lhes permite trabalhar no imediato com equipamentos que possibilitam a redução dos custos de produção, o aumento da quantidade e da qualidade dos produtos, tendo presentes os aspetos relacionados com a segurança e a conservação do ambiente. Ficando capazes de, no futuro, compreender e utilizar novos equipamentos e sistemas, de um sector que se pretende em constante evolução. Contudo, não é objetivo principal deste curso que os formandos sejam operadores de equipamentos, mas sim que desenvolvam a sua sensibilidade para esta área e que percebam a sua importância em termos técnicos, económicos, de segurança e ambientais. No final do curso, é feita a avaliação dos conhecimentos adquiridos. Esta avaliação consiste na execução de provas escritas e de provas práticas, ficando os alunos habilitados com a carta de condução de veículos agrícolas categoria III. De realçar que estas ações só são possíveis graças à disponibilidade dos meios do Centro de Emprego e Formação Profissional de Évora e da ZEA- Sociedade Agrícola Unipessoal, Lda.. Neste texto não foi adotado o novo acordo ortográfico.
Viana do Castelo • Braga
Máquinas usadas
REGIõES
Classificados por distrito Os anúncios com este símbolo têm microsite. No microsite das empresas (internet) pode consultar a lista detalhada das máquinas usadas, com preço e foto.
USADOS: Tractores: Fiat 70-66 DT c/ carregador frontal • Kubota L295 • Mitsubishi MT300D
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/servimor
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agripalmeira
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Braga • Vila Real
Tractores Lamborghini 674-70 (1996) • Ford 3600 • Massey Ferguson 165 - 2.500€ • New Holland 4635 - 13.500€ • Fresas p/ motoenchada - 125€ • Agrovil - 750€ • Herculano - 950€ • Semeadores: Monosem PNU - 3.250€ • Nodet 2.50 mts - 2.000€ • Sulky 3N - 1.250€ • Plantador hort. Monosem 2F - 1.000€ • Distribuidores adubo: Nodet - 1.750€ • Sulky DPAX1503 - 1.500€ • Reboque auto-carregador Poettinger 2.250€ • Reboque Galucho 5000 - 2.000€ • Reb. espalhadores estrume: 9800 2.250€ • Herculano 4000 - 4.000€ • Voltafenos: Deutz-Fahr - 950€ • Morra H2M (p/ peças) • Vicon Fanex 522 - 2.300€ • Mais máquinas e peças usadas em stock
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/anibalmacedo
USADOS: Tractor Kubota L3250 DT em muito bom estado. Consulte-nos para outros equipamentos. Tractores: Deutz-Fahr 4807 c/ alfaias • Ford 3000 - 3.000€ • McCormick CX105 DT c/ cabina e carregador frontal • Valtra 6400 DT (1994) • Valtra 6400 DT (2003) • Valtra 8150 DT (2004) c/ grua e reboque florestal • Valtra A 85 DT (2007) - 22.500€ • Valtra A75 c/ cabina (2009)
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/adj
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/mecagriminho
Tractores: Fiat 465C c/ 3700 h. - 7.950€ • Goldoni C60 (1990) - 7.500€ • Jinma 244E (2010) - 6.250€ • Massey Ferguson 274C (1989) - 9.750€ Várias alfaias usadas em stock Consulte-nos antes de comprar
USADOS: (2x) Corta-silos Agrovil • Semeador pneumático p/ erva • Tractores: Carraro 8000 • DeutzFahr Agroplus 70 DT
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/repoutiz
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/alfaidouro
Mercado agrícola Classificados compra venda aluguer
abolsamia.pt Consulte em www.abolsamia.pt/ads.php
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/acastanheira
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Bragança • Porto
USADOS: Tractores: Ford 3000 • Goldoni C75 (rastos) • International A480 • Massey Ferguson 134C (rastos) • (2x) Massey Ferguson 135 • New Holland 55-85 (rastos) • New Holland 72-85 (rastos) • New Holland TK65V (rastos) • New Holland TL80 c/ car. fr. • New Holland TN55D • New Holland TN65N • New Holland TN95A DT • Same Silver 80 DT (1997) c/ 2721 horas • Enfardadeiras: Fiatagri 8500 • Galig nani 2600 • Rivieri Casalis ER 40 • + alfaias usadas em stock. Tractores: Ford 2910 • Ford 3910 DT (1987) c/ carregador frontal e balde • Massey Ferguson 1260 DT (2001) c/ 1125 horas - 10.800€ • McCormick MTX 125 (2003) - 24.800€ • New Holland TM120 (2005) • Lamborghini 70N (rastos) c/ 475 horas • Vasto stock de alfaias usadas - Consulte-nos! + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/alonsosebranco
USADOS: Tractores: Fendt Farmer 304 LSA • Ford 8240 DT • Kubota M85 c/ cabina
+ Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/tractorave
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Porto
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/adelinolopes
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Porto • Aveiro
microsite venda os seus usados na internet desde 40,00€ (1 mês)
Tractores usados: • Daedong T2600 DT • Fiat 35-66 • Ford 1700 • Massey Ferguson 240 • Massey Ferguson 253 DT • Pasquali 956/603 c/ fresa, escarificador e charrua de 3 ferros • Toselli (rastos) c/ corta-matos Varela • Ursus 3512
abolsamia.pt Consulte em www.abolsamia.pt/microsite.php
Tractores usados: • Agria 9900 • McCormick GM40 DT
USADOS: Cisterna Joper 6000 L • (2x) Fresa Joper FR1-2000 • Semeadores Gaspardo SP520 • Sulky 2,50 mts • Tractocarro Diana L20 • Tractor UTB 300 DT • Unifeed Comag 6 m3 c/ balanças
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Aveiro â&#x20AC;˘ Viseu
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/matagriet
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/danielmota
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www.abolsamia.pt/clientes/mota
Viseu • Guarda
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/mta
Calendário de feiras agricultura Floresta espaços verdes pecuária
abolsamia.pt
Usados: • Reboque espalhador de estrume Galucho 5000 kg
Consulte em www.abolsamia.pt/events.php
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Coimbra
Usados: Claas Ares 616 RZ • Fiat 450 V • Fiat 480 • Fiat 640 • Ford 1900 • Hürlimann Prince 435 DT • John Deere 2650 • Kubota B7001 • Landini DT 8860 • Massey Ferguson 165 • New Holland TN 55 • Same Falcon • Same Falcon 50 • Same Solar 50 • Same Solaris 35 • Shibaura 2240
USADOS: Tractores: Deutz-Fahr D5006 • Landini 5500 • Massey Ferguson 265S • New Holland 35-66 DT • New Holland TCE40 DT • Shibaura SP6040 DT turbo • Destroçador: Maschio 160H 14
VISITE O NOSSO SITE: www.abolsamia.pt/clientes/agrisoure
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Coimbra • Castelo Branco • Leiria
USADOS: Tractores: Ebro 6040 • Same Delfino 35 • Grade de discos Galucho 18x20” hid. • Pulverizador Tomix 600 L
Tractores: Branson 2100 (2014) - 10.000€ • Ferrari 30 cv articulado - 2.350€ • Hinomoto E23 c/ fresa - 3.400€ • Iseki TU1700 - 4.250€ • Mitsubishi MT210D - 6.750€ • Same Falcom 50 - 4.000€
USADOS: Camião Man 26321c/ grua Guerra 60N • Auto-carregadores: Timberjack 1410D • Timberjack 230 • Máquinas de corte: John Deere 1270D (2008) • Timberjack 1270 A • Timberjack 870 B • Máquina de Rechega: Timberjack 1110C (8 rodas) • Skiders: Timberjack 225 • Timberjack 240 B c/ pinças • Tractor Massey Ferguson 298 DT c/ guincho
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/pccondeixa
Tractores: Fiat 50-66 DT - 12.500€ • Goldoni 921 DT - 3.750€ • Hürlimann Prince 435 - 9.000€ • Kubota B1402 DT - 3.250€ • Kubota B7200 5.750€ • MF 1250 - 11.000€ • Pasquali 946/603 - 1.800€ • Same Explorer 70 - 9.750€ • Valtra T130
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/novapercampo
USADOS: Tractores: David Brown 990 • Ford 1700 • Ford 4610 • New Holland 3040 • Shibaura 35 cv
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/silvagriauto
USADOS: Tractores: Bertolini 433 • Carraro 5100.4F • Carraro 7.1000 4F • Carraro 8.1000 4F • Shibaura SE2240 • UTB 452F DT
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Leiria • Santarém
Fresas: Goldoni 21M - 400€ • Goldoni 22M - 400€ • Joper JFO-D 1,40 - 800€ • Pasquali 1,20 mts - 750€ • Charruas: 3F vinhateira - 350€ • Galucho 1F 14x90 hidr. - 1.250€ • Motocultivadores: Pasquali 917 - 1.600€ • Valpadana VMC 14 cv - 1.750€ • Pulverizadores: Rocha 300 L c/ turbina 1.400€ • Rocha 400 L c/ turbina - 1.750€ • Tomix 200 L - 550€ • Motoenxada Meccanica Benassi RL 311 S - 650€ • Mais alfaias usadas em stock - Consulte-nos
Tractores: Case IH MX135 DT • Deutz-Fahr 6.50 DT • Hürlimann 490 DT • Ceifeiras debulhadoras: Fiatagri 3550 • Fiatagri L517 • John Deere 1055R • Enfardadeira Claas 2200 • Ensiladora John Deere 5460 • Frente de cereal: Moresil 5 linhas • Frentes de milho de 3 a 6 linhas • Gadanheira condicionadora 2,80 mts • Reboque 18.000 kg
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/fernandoferreira
USADOS Tractores: Fendt 211 Vario • Fendt 718 TMS • Charruas: Huard 3F • Fresas: 3,00 mts • Joper 2,30 mts • Rototerras: Lemken Zircon 300 • Maschio D11 • Pulverizador Amazone UF901 • Mais alfaias usadas em stock - Consulte-nos
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/jinacio
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agrovergeira
USADOS Tractores: Lamborghini 1106 DT • Massey Ferguson 165 • Massey Ferguson 274C (rastos) • Valmet 6400 DT c/ car. fr. • Charruas: Galucho 1F-90º • Kverneland EG160-8 4F Non-Stop • Kverneland EG240-8 Non-Stop • Mais alfaias usadas em stock - Consulte-nos
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/imapal
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USADOS Tractores: Agrifull A80 DT - 9.500€ • Carraro 80F 17.500€ • Deutz-Fahr Agrolux 80F - 14.000€ • Deutz-Fahr Agrolux 80F • Fiat 70-66 DT - 10.000€ • Ford 2910 - 6.500€ • Ford 3600 • Ford 3600 • Lamborghini 880 DT F - 15.000€ • Lamborghini rastos - 2.000€ • Landini 4500 (rastos) - 3.000€ • Landini 6500 - 4.500€ • Massey Ferguson 1030 DT - 6.500€ • New Holland TN80F - 20.000€ • New Holland TS100 - 17.500€ • Renault 461 - 4.000€ • Same Dorado 60 - 15.000€ • Distribuidor de adubo Vicon PS303 - 800€ • Reboque Galucho 5T • Porta-paletes Orsi
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/tractorusseira
Santarém
USADOS • TRATORES: Barreiros 70 • Case-IH: 284 - 285 - 585 DT • DF: 5506 - 8006 DT • Fendt 309 DT • Ford: 4600 - 4830 • JD: 2030 - 2250 DT - 3040 - 6110 DT • MF: 390 DT - 3630 DT • NH: TN55 DT - TN85A DT - T4050 DT • Same: Frutteto 75 DT - Explorer 90C R - Silver 80 DT • Universal 445 • MINI-ESCAVADORA: Bobcat LS170 • RETROESCAVADORAS: Case 580 Super K • MF 50 • EMPILHADORES: Isuzu 2,5 t (diesel) • Manitou: 2 t (diesel) - MB 3 t (diesel) • TRACTORES P/ PEÇAS: Case-IH CS • DF: Agroplus 85 DT - Dx 3.50 DT - Agrotron 130 • Ebro 6079 DT • Fendt: 280 - 307 DT - 308 DT • Fiat: 35-66 DT - 45-66 DT - 60-66 DT - 80-66 DT - 100-90 DT - 110-90 DT • Ford: 1710 - 1720 DT - 2600 - 5640 DT - 6610 - 7740 DT • Hinomoto C144 DT - C174 • Hürlimann: Prince 45 DT - XA306 DT • Iseki 4320 DT • JD: 946 DT - 3040 DT - 3350 DT - 4400 DT - 5500 DT - 6100 - 6300 DT - 6620 DT - 6800 • Kubota: L285 - L2550 DT • Lamborghini: 235 - Premium 950 DT - 874-90 DT • Landini: 65 DTF - Globus 60 - Trecker 55 (rastos) 8860 DT • MF: 174 DT - 3650 DT - 396 TC (rastos) - 1030 - 2640 DT - 3090 DT - 4270 DT - 6180 DT • NH: TDD90D - TS115A DT - M100 DT - M160 DT - TNF95 DT - TL90 DT • Renault 120-54 DT • Same: Solar 60 DT - Laser 110 DT - Solaris 45 DT - Delfino 35 DT - Laser 150 DT - Minitaurus - Argon 50 DT - Dorado 70 DT - Rock 60 (rastos) • Steyr: 9094 DT - 975 DT • Valmet: T130 DT - 455 DT - 655 DT - 805 DT - 6400 DT - 8000 DT • Yanmar 336D DT – 241 • Telescópicas: JCB 525-67 • Manitou MLA 627 Maniscopic • Retros: Case: 580 G - 580 Super K • CAT 428 • Fermec 860 DT • JCB 3CX • Komatsu WB97R • NH LB110 DT • Eixos tracção: Carraro • Sige • ZF • Hurth • Spicer • Dana • Merlo
Charruas Galucho 1F-17” • 2F-12” • (2x) 3F-13” hid. • 3F-16” • Charrua de discos Galucho vinh.a • Escarificadores: Galucho 5 D • 9 D • Fresa Joper 1,40 mts descentrada • Grades de discos: 7D p/ vinha • em X c/ 4 corpos • Galucho 20D • GLHR 24x24” • Multifresa 3 linhas c/ rolos p/ tomate • Subsolador Galucho SVD • Vibrocultor p/ vinha
Tractores: Ford 2000 - 3.250€ • John Deere 6920 (2005) - 34.000€ • Landini Blizzard 95 DT (1996) - 17.000€ • Yanmar F16D 4.000€ • Vasto stock de alfaias usadas de todos os tipos - Consulte-nos
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Santarém
USADOS: Tractores: (2x) Deutz-Fahr Agroplus 100 DT • Deutz-Fahr Agrotron 6180 • Fendt 716 • Fiat 110-90 DT • Fiat 180-90 DT • Hürlimann Prestige H478 DT • Massey Ferguson 274C • New Holland M135 • Same Solaris 35 DT • Valmet 700
USADOS:• Balde p/ car. fr. Stoll 160 • Carregador frontal Tenias B3 • Tractores: Hürlimann XT909 • New Holland T6080
USADOS: Tractores: Deutz-Fahr Agrotron 85 MK3 c/ cabina A/C (2003) - 17.500€ • Ford 7610 DT - 12.500€ • Ford 7840 (1995) - 15.000€ • Distribuidor de adubo Euro Spring (rebocável) - 1.500€ • Semeador de batatas 2 linhas - 3.500€
USADOS: Tractores: Claas Celtis 446 RX • Claas Celtis 456 RX • Fendt 308 LSA Turbomatik • Fendt 311 LSA • Fendt 926 Vario • Fendt 939 Profi Plus • John Deere 5100 • John Deere 6810 • New Holland T7040 • New Holland TD95D Plus • New Holland TM140 • New Holland TM165 • Renault Temis 610X • Carregador frontal Tenias • Charruas: Galucho 5F • Galucho CHF 3/4F • Depósito Rau 200 L • Distribuidor de adubo Solá 3000 L • Pulverizador Hardi MAS1800 FLE • Reboque: Galucho SFV-5T • Reboque auto-carregador Claas 6800P • Semeador Agricola Italiana 2 linhas • Mais máquinas e alfaias usadas em bom estado - Consulte-nos antes de comprar
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130
novembro / dezembro 2014 · abolsamia
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Santarém • Lisboa
Tractores: Agria 8830 DT • A. Carraro DI G • Fendt Farmer 105 • Ford Major 4000 • JD 2020 • Kubota L245 • Lamborghini R3.85 DT • Leyland Neuffield 384 • MF 1345 • MF188 • MF 265 • Same Silver 80 VDT • Shibaura S325
USADOS: Tractor Same Laser 110 • Ceif. deb. JD 1075 (p/ peças) • Charrua Galucho Europa CHF 4-12/18 • Colh. batata Barigelli Universal T • Destroçador Kuhn BNG270 (2,7 mts) • Pulv.Hardi NK600 • Rototerra Rau RWP 30 (3 mts) • Transplantador Checchi & Magli Wolf 2 c/ copos perfuradores.
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USADOS: Tractores: Ford 2000 - 2.500€ • Hürlimann Prince 435 • Kubota 6000 DT - 3.500€ • Same Solaris 30 - 10.000€ • Shibaura S330 DT - 8.500€ • Yanmar 1300
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USADOS: Tractores: Iseki TE3210F DT c/ fresa e matricula • Iseki TH 4290 c/ 570 horas • Landini Rex 80 DT c/ fresa e triturador descentrado Joper • Motocultivador 10 cv c/ fresa e charrua • Motoenxada 8 cv (diesel) • Charrua Ribatejo 2F-10”
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USADOS - Tractores: JD 7810 • JD 7930 AutoPower • JD 8200 • McCormick MTX 135 c/ carr. frontal • NH T4050 F • NH TN85FA • Enfardadeira: NH D1010 c/ CropCuter • Gadanheira condicionadora BCS Rotex R7 • Telescópica Caterpillar TH330B
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abolsamia · novembro / dezembro 2014
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Lisboa
USADOS: • Fresa Joper 2,40 mts • Mais alfaias e máquinas usadas em stock - Consulte-nos antes de comprar
Tractores usados: Agrifull • (2x) Antonio Carraro 5400 • Carraro F80 • Claas Fruteto 95 cv • Deutz-Fahr Agrotron K110 • Fiat 605 (rastos) • Goldoni 933 S • Hürlimann XF481 • Iseki TS3110 • John Deere 5510 • Lamborghini Plus 75 • Landini 5500 DT • Massey Ferguson: 1260 - 8130 • New Holland TDT170 • Renault Fructus 140 • Same: Antares 130 - Centurion 75 DT - Frutteto 75
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novembro / dezembro 2014 · abolsamia
USADOS: Tractores: International 434 • International 484 • Cavadora Gramegna 1,70 mts • Pulverizador 2000 L (rebocável) • Reboque espalhador de estrume 6000 kg
USADOS: • Tractor Massey Ferguson 174 c/ carregador frontal • Escarificador Galucho 9 braços • Gadanheira 1,60 mts • Pulverizador 1500 L (rebocável) • Reboque Galucho 3000 kg (basculante)
Lisboa • Setúbal
USADOS: Tractores: John Deere 5400N (1998) c/ carregador frontal + balde e 3300 horas • Same Frutteto II 85 (2001) • Mais alfaias usadas em stock Consulte-nos antes de comprar
Tractores: Case IH JX 1090 U • Claas 456 RX • David Brown 885V • David Brown 995 • Fiat 100-55 (rastos) • Fiat 450 V • Fiat 70-65 (rastos) • Fiat 70-65 (rastos) • Lamborghini C553 (rastos) • Massey Ferguson 1260 DT • Same Explorer II 90 DT • Same Frutteto 75
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Tractores: Case IH 845 DT • Fiatagri L75 DT c/ cabina • Ford 7600 • Lamborghini R503 DT • New Holland TN75 F c/ cab. A/C • New Holland TNF90 DT • Same Solaris 50 DT • Cavadora Gramegna 6 pás • Reboque espalhador de estrume Galucho 3,5 ton. tribasculante
Tractores usados: • David Brown 880 • David Brown 995 • Landini 75 cv • Massey Ferguson 135 • Massey Ferguson 165 • Massey Ferguson 35 X • Renault 60
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abolsamia · novembro / dezembro 2014
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Setúbal • Évora
USADOS: Charruas: Galucho 1F-13” 45º • Galucho 1F-13” 45º • Despampanadeiras: Industrias David • Terral • Intercepas Spedo • Pulverizador Tomix 300 L • Reboque cisterna Bauer 4000 L • Tractores: Goldoni 18 cv c/ fresa • Hürlimann 6115 c/ cab.
USADOS: Motoenxada Honda F560 • Semeador Monosem 4 L • Tractocarro UFO
USADOS: Tractor John Deere 2450 DT c/ car. fr. - 11.500€ • Carregador frontal John Deere 6680 4XD/II c/ balde, porta paletes, forquilha - 6.800€ • Enfardadeira Claas Rollant 250 Roto Cut (2000) - 11.800 • Unifeed Luclar 10,5 m3 - 8.800€
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USADOS: Tractores: Case IH 845 DT • Deutz-Fahr Agrotron K110 DT • Ebro 470 • Massey Ferguson 290 c/ car. fr. • Massey Ferguson 375 c/ car. fr. • Charrua Kverneland EG 4F • Destroçador Berti 1,80 m • Escarificadores: Galucho E-13D • Galucho E-9D • Gadanheira condicionadora Auto • Grades de discos: Galucho GLHR 22x24” • Galucho GLHR 24x26” • Galucho GPR 16x28” c/ rodas • Reboque Fialho 6500 kg (basculante) • Rolos destorroadores: Fialho 3 mts • Fialho 4 mts
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novembro / dezembro 2014 · abolsamia
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Évora • Beja
USADOS Tractores: John Deere 2650 c/ car. fr. • Massey Ferguson 4270 DT c/ cabina • Same Explorer 90 c/ car. fr.
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Tractores: Case IH CX90 - 12.500€ • Fendt 312 - 17.500€ • Ford 4610 - 4.500€ • John Deere 5083 - 27.500€ • John Deere 5100 GF Super Star - 30.000€ • John Deere 6115D - 37.000€ • John Deere 6310 • John Deere 6930 Premium - 47.500€ • New Holland TN75F - 13.500€ • New Holland TS100A - 19.990€ • Same Antares 100 • Same Laser 100 - 7.500€ • Semeadores: 24 linhas • Gaspardo p/ milho - 3.750€ • Gaspardo U-20F2 5.000€ • Rau 4L p/ milho • Rau Maxmen 4 L - 10.000€ • Unifeed Compar Space Mix - 22.500€ • Gadanheira Kuhn FC250 RG 7.500€ • Gadanheiras condicionadoras: Vicon GMR 2400 - 8.500€ • Vicon KMR 2400 - 12.500€ • Trituradores: Lagarde GN250 • Serrat Trigon 1800 - 2.250€ Mais alfaias usadas em stock
USADOS: Tractores: Massey Ferguson 174C • Massey Ferguson 210 • Renault Ceres 330 DT
TRACTORES: Agrifull: 110 DT - 12.500€ • 140 - 8.000€ • 65 DT - 8.500€ • 80 - 6.500€ • 80 DT • 80 DT 12.000€ • Carraro 920 - 7.500€ • Case-IH: 1125 - 7.500€ • 1394 DT - 5.000€ • 70 cv c/ car. fr. Galucho - 8.000€ • 7455 - 7.500€ • 90 cv - 9.000€ • 955 - 6.000€ • Caterpillar: D3 (rastos) - 9.000€ • D4D (rastos) - 7.000€ • D5D (rastos) - 10.000€ • Deutz-Fahr: 110 cv c/ car. fr. - 10.000€ • 130 cv c/ cab. - 8.000€ • 70 cv - 8.000€ • 7806 DT - 7.000€ • D40 S - 1.500€ • Ebro: 1025 - 7.000€ • 684 - 1.000€ • Fiat: 110-90 c/ cab. A/C - 17.000€ • 140-90 c/ cab. A/C - 17.500€ • 420 - 2.000€ • 55-65 R • 80-66 - 10.000€ • 80-66 DT • 90-90 - 11.000€ • 90C (rastos) - 15.000€ • Fiatagri 140-90 c/ cabina • Ford: 5000 - 2.500€ • 5610 DT - 10.000€ • 5610 DT - 10.000€ • 6600 3.000€ • 6610 - 7.000€ • 6610 DT - 6.000€ • 6810 DT - 6.000€ • 7600 DT - 5.500€ • 7610 • 7610 DT - 6.000€ • 7610 DT - 10.000€ • 8210 • 8210 - 10.000€ • TW 25 - 5.000€ • International 745-S • Itma 80 cv (rastos) - 5.500€ • John Deere: 2030 • 2130 - 2.500€ • 2850 • 3040 - 5.000€ • 3150 • 3350 - 10.000€ • Lamborghini: 106 - 7.500€ • 80 cv (rastos) - 10.000€ • 874-90 - 12.000€ • Landini 7680 - 7.500€ • Massey Ferguson: 390 DT - 10.000€ • 4370 DT • New Holland: 6640 • 80-66 DT - 15.000€ • 8670 • 8670 c/ cab. A/C - 30.000€ • TD90D • TK100 (rastos) - 20.000€ • TL100 - 17.500€ • TL100 c/ cab. A/C - 20.000€ • TM165 • Renault: 120 cv - 10.000€ • 95 cv c/ cab. A/C - 10.000€ • Same: 100 - 6.000€ • 70 cv - 5.000€ • 80 cv - 5.000€ • 85 cv - 5.000€ • 95 cv 7.500€ • Valmet 1180 - 15.000€ • Zetor: 70 cv - 5.000€ • 80 cv - 5.000€ CEIFEIRAS DEBULHADORAS: Case-IH 1440 - 20.000€ • Claas 68 (rastos) (A) - 7.500€ • Fiatagri 3500 (rastos) (A) - 10.000€ • John Deere: 1055 - 12.500€ • 1075 - 12.500€ • Laverda: 112 (rastos) (A) - 7.500€ • 132 (rastos) (A) - 7.500€ • 3400 - 15.000€ • 3650 - 15.000€ • M100 - 10.000€ • M120 - 4.000€ • M132 - 10.000€ • M152 - 10.000€ • New Holland: 8040 - 10.000€ • 8050 - 12.500€ • 8050 (rastos) (A) - 7.500€
Máquinas usadas: Auto-carregador Valmet 862
abolsamia · novembro / dezembro 2014
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Beja
TRACTORES USADOS: • New Holland TK90A (rastos) • Same Panther 70, 70 cv
Tractores: Deutz-Fahr DX 4.70 • Hürlimann H478 Prestige • Atomizador Fede 2000 L • Charrua Galucho CH2-16 H • Compressor Berardinucci p/ 8 tesouras • Semeador Monosem 4 L • Unifeed Luclar Titan 17 • Vibrador Berardinucci Tornado • Volta-fenos: Fella TS 455 • Kuhn GA 7822 + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agrivilhena
USADOS: Tractores: Case IH 5150 • Deutz-Fahr Agroplus 95 • Deutz-Fahr DX 3.90 • Deutz-Fahr DX.6.30 • Fendt F380 G • Hürlimann XT.910.6 • Charruas: Fialho 2F85HR 16 • Galucho 1F-18” 90º • Galucho 2F-14” 180ºH • Galucho 2F-18” 180ºH • Galucho 3F-13” 180ºH • Galucho 3F-18” 180ºH • Galucho CH 2F-16” H • Galucho CH3/4 - 14”H3 • Jema EX AC8 • Joper vinhateira • Nardi • Fresas: Fialho FI/AFR1/1520 • Galucho hidráulica • Kuhn EL 100 • Mais alfaias em stock - Conculte-nos
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/ribeiroecarapinha
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novembro / dezembro 2014 · abolsamia
Beja • Faro • Açores • Europa • Industriais
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+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/oprado
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agronunes
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/henriquesfrancisco
USADOS: Tractores: Fiat 480 • Massey Ferguson 135 • Massey Ferguson 35 X • Fresa Galucho FN1700 • Mais máquinas usadas em stock - Consulte-nos
USADOS: • Tractor Ford 8210 • Enfardadeira John Deere 456 + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/automecaalvorgense
abolsamia · novembro / dezembro 2014
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Formação
Ana Relvas Doutorada em engenharia aeroespacial, consultora, formadora e coach empresarial na Objetivo Lua.
Faz reuniões para
AQUECER?
Boas práticas para tornar as reuniões mais produtivas Queixa-se do tempo que passa em reuniões? Há até quem diga no fim da reunião “vamos lá trabalhar”. O ser humano dissipa cerca de 100W, por isso, se junta muita gente, acaba por aquecer a sala... mas provavelmente não é esse o resultado mais importante.
U
ma reunião custa dinheiro (contabilize o custo médio/hora de cada participante e multiplique-o pela duração da reunião). O valor gerado pela reunião vale a pena o investimento de tempo/dinheiro?
Antes da reunião: a preparação Preparar a reunião é um passo essencial para que esta seja produtiva e é fundamental decidir qual é o propósito, qual é o resultado que pretende dessa reunião. Crie previamente a agenda da reunião e disponibilize-a aos participantes indicando os tópicos a discutir, o tempo para cada tópico, a sequência e prioridade dos tópicos, a duração da reunião e a localização e horário. Tem mesmo, mesmo a certeza que precisa de uma reunião? Conseguirá o mesmo resultado por email, telefonando, comunicando de outra forma? Qual é o papel de cada um na reunião? Envolva só as pessoas relevantes e informe-os da sua expetativa. Devem preparar alguma coisa? Assim podem preparar-se pensando em soluções ou fazendo um resumo do seu progresso.
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novembro / dezembro 2014 · ABOLSAMIA
Durante a reunião A reunião deve gerar conclusões e ações a serem realizadas. Estas devem ser registadas, bem como os responsáveis por as executar e prazos de modo a poder-se fazer o seguimento no futuro. Uma boa prática é cada um resumir o que vai fazer para garantir que todos perceberam e estão alinhados. Para poupar tempo, deve ir logo fazendo a ata/registo da reunião durante a reunião. Será que é necessária uma ata muito formal em todas as ocasiões? Ou o propósito da ata é manter a informação registada e principalmente poder servir de base para fazer o seguimento das ações?
Foco na solução
O moderador deve ser intransigente
em trazer a atenção dos participantes para os assuntos sempre que estes se dispersem falando de coisas que não são relevantes, ou não estão focados em encontrar soluções ou monopolizam as conversas.
Comece a horas
Mais grave do que o dinheiro desperdiçado a discutir coisas não importantes, é o tempo/dinheiro que se perde à espera dos atrasados. Seja implacável a começar a horas. Feche a porta e comece a reunião. Há empresas que têm um mealheiro e quem chegar atrasado paga! Curiosidades: Há quem faça reuniões antes do almoço para que as pessoas se foquem em terminar para ir almoçar. Há quem faça reuniões em pé. Há equipas que antes da reunião bebem muita água…
Melhoria contínua das reuniões Se todos reclamam da pouca utilidade das reuniões, envolva-os na procura de soluções, promovendo a discussão sobre o propósito/valor da reunião, o que os impede de cumprir esse propósito e de que outras maneiras podem atingir esse propósito.
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