Diretor: Nuno de Gusmão • 6,00€ Ano XXII • nº 95 • março/abril 2015
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Medalhas de ouro e prata e menções no SIMA 2015
Entrevista
José Diogo Albuquerque Secretário de Estado da Agricultura fala sobre o setor
máquinas agrícolas
Tecnologia Tendências: + robótica + potência
2014
Matrículas de tratores Mercado mundial atingiu 2,1 milhões de unidades
Plano para florestas tem 2030 como horizonte • Galucho revela novo plano estratégico • VT-Tractor da Bridgestone em teste • McCormick tem novas gamas • Novidades na Landini • ’Machine of the Year’ para a Väderstad • New Holland atualiza séries no SIMA
Editorial por Francisca Gusmão
ficha técnica Diretor Nuno de Gusmão Propriedade Nugon - Publicações e Representações Publicitárias, Lda. Contribuinte 502 885 203 Registo 117122 Depósito legal 117.038/97 Sede R. S. João de Deus, 21, 2670-371 Loures Escritórios R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 2670-338 Loures - T. 219 830 130 F. 219 824 214 Email: abolsamia@abolsamia.pt Redação Nuno de Gusmão, Francisca Gusmão, João Sobral, Ângelo Delgado Colaboraram nesta edição Luís Alcino Conceição Publicidade Francisca Gusmão, Américo Rodrigues, Catarina Gusmão Pré-impressão Sílvia Patrão, Catarina Gusmão Cartoonista Nelson Martins Assinaturas João Correia Parceiros multimédia workmove.net Impressão Jorge Fernandes, Lda Rua Quinta Conde de Mascarenhas, Nº9, Vale Fetal - 2825-259 Charneca da Caparica, Tel. 212 548 320 Tiragem média 10.000 exemplares Os textos e fotos, bem como os anúncios registados com “a bolsa m.i.a.®” são propriedade da Nugon,Lda., não podendo ser reproduzidos sem autorização, por escrito, da mesma. O conteúdo dos anúncios e das publi-reportagens dos clientes é da sua exclusiva responsabilidade.
abolsamia é membro do júri por Portugal
Sobre a Tecnologia e a Gestão do Tempo
A
última edição da grande feira de Paris traduziu bem o admirável estado de desenvolvimento a que a mecanização da agricultura já chegou. A inovação continua a surpreender comprovando o avanço da tecnologia nesta indústria. As máquinas estão agora no centro dos sistemas de informação das explorações agrícolas e são cada vez mais potentes, precisas e seguras. A toda esta oferta de inovações está subjacente um objetivo principal: aumentar a produtividade das operações e o rendimento das culturas. É isso que as novas tecnologias prometem, através de sistemas informatizados e monitorizados que conseguem registar um sem número de informações acerca da utilização dos fatores de produção que ajudam à tomada de decisões. Há, contudo, qualquer coisa de aparentemente contraditório em volta do desenvolvimento tecnológico: se por um lado nos permite poupar tempo na realização das tarefas em si, por outro exige-nos bastante mais na análise de dados e resultados. Vejamos: um produtor de vacas que invista num sistema de ordenha robotizado poupa tempo na ordenha, mas por outro lado passará a ter que despender algum tempo a analisar os dados recolhidos e a observar in loco os seus animais. Da mesma forma, um agricultor que decida equipar a sua frota com sistemas de agricultura de precisão, só ficará a saber se está a trabalhar com maior eficiência se dedicar algum tempo a processar a informação que retira dessa tecnologia, não podendo dispensar a
observação direta das suas culturas. Ainda no negócio da agricultura, o gerente de uma empresa concessionária de máquinas que, pela escassez de recursos humanos, ou pela possibilidade de centralização excessiva de tarefas, que a tecnologia moderna facilita, passe tempo demasiado a resolver tarefas administrativas, acabará por prejudicar o trabalho de prospeção e as visitas a clientes, tão essenciais a um bom desempenho comercial.
(...)se por um lado [a tecnologia] nos permite poupar tempo na realização das tarefas em si, por outro exige-nos bastante mais na análise de dados e resultados. Sendo defensora do desenvolvimento pela tecnologia, entendo que, tal como noutros aspetos da vida, não devemos ser fundamentalistas e deixar que tome conta do nosso dia-a-dia, acabando por separar-nos da realidade que é o nosso negócio. Porque, como tão bem sabe quem já anda nisto há algum tempo, “quem não aparece, esquece”.
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Sumário AGENDA março/abril
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Para agilizar – para visitar – para esclarecer – para conhecer – para cozinhar – para vestir. Espreite as nossas sugestões!
ANTIGAMENTE ERA ASSIM… A Descoberta da Eletricidade
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Na Nova Zelândia, em virtude da enorme carência de recursos ocorrida na Grande Depressão (1929), o engenheiro inglês H.G.Kemp, responsável pela principal empresa construtora de motores e centrais eléctricas daquele país, resolveu suprir a falta de combustível adaptando, em tracores aí existentes, um motor elétrico e os demais requisitos necessários à nova montagem …
CULTURAS ESPECIALIZADAS Na EIMA, a Spedo lançou um novo produto destinado aos pequenos produtores: um plantador automático de batata, em duas diferentes versões, para motocultivadores e para mini-tratores. Conheça esta e outras novidades para culturas especializadas nesta rubrica. Poda mecânica BMV com jato em olival
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Vindimadora rebocada V-Train da Bargam
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março / abril 2015 · ABOLSAMIA
março / abril 2015
Desfolhadora para vinha Tecnovict Colhedora de frutos secos da Monchiero Motogadanheira inovadora da BCS Pulverizador de túnel para viveiros Atadora de folhas de couve-flor Kooy Tratamentos com dispersão minimizada CIMA lança atomizador articulado Link 55 Grade rápida Agromet Discovid para vinha
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Novo Pernalta para vinhas estreitas
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Beauvais fabrica Série MF Global
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Revolução no transplante de hortícolas 87 Máquina aspiradora de resíduos da Hortech
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Colhedora de vegetais folhosos da Hortech
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Reboque com motor e rastos VBR Mechanisatie 88 Plantador de batata para 88 motocultivador Ecostar para 88 fumigação de solos Novas colhedoras Dewulf 89
CURIOSIDADES Talvez não saiba… Centro de testes DLG
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EMPRESAS New Holland bate recorde na distribuição de estrume 10 Manitou aumenta volume 10 de negócios em 2014 Mitas testa nova borracha nos pneus 10 John Deere compra 10 Auteq Telematica
New Holland reforça pulverizadores automotrizes Valtra anuncia nova estratégia BKT cresce nos EUA 150 mil grades Maschio no mercado Krone fatura €1,6 mil milhões Representantes Kubota viajam até ao México
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semirreboques em Portugal e Espanha 74 Em fevereiro a tendência de crescimento mantém-se: +4,3% tratores matriculados que no período homólogo, correspondente a 316 novas unidades.
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SIMA 2015
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Galucho revela plano estratégico 16 Após apresentar a nova administração, no final do ano, a Galucho reuniu a grande maioria dos seus acionistas e todos os colaboradores revelando o plano estratégico para os próximos anos. Momentos New Holland 100
ENTREVISTA Os agricultores devem associar-se em organizações 28 José Diogo Albuquerque, secretario de Estado da Agricultura, fala abertamente sobre o atual estado da agricultura em Portugal.
especial matrículas de tratores 2014 Matrículas de Tratores 2014 64 No mundo, as vendas de tratores atingiram em 2014 a quota de 2,13 milhões de unidades, com uma diminuição de apenas 3% em relação a 2013, um ano recorde com 2,2 milhões de unidades. Na Europa, o total de vendas acusou um declínio de 8% em 2014, face ao ano anterior. O mercado de tratores, reboques e
A inovação 33 em primeiro lugar É o principal salão de máquinas agrícolas em espaço fechado realizado em França e um dos mais importantes a nível europeu. A edição deste ano, a 76ª, esteve de portas abertas entre 22 e 26 de fevereiro e foi planeada em torno de uma temática central: ‘A inovação em primeiro lugar’. As 3 principais tendências
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Medalhas de Ouro 35 Cabina panorâmica Claas 35 Arion 400 Semeador rápido ExactEmerge 35 da John Deere Medalhas de Prata Incorporador de fitossanitários B-Safe da Berthoud Enfardadeira combinada Vicon Fastbale Engate automatizado John Deere Autoconnect
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Menções Especiais 38 Sensor 3D O3M 38 Base de dados AEF ISOBUS 38 Enfardadeira Fusion 3 Plus da McHale 38 Projetor de para-brisas VTH 38 Pulverizador Horsch Leeb GS 40 Robot de deservagem 40 Aplicação móvel 40 Evrard-ScanApp Barra de corte Claas Vario 40 Modulação da distribuição 42 Dispositivo para travões 42 Centriplus
Sistema de partilha de eletricidade JD 42 Valorização de palha VMP 42 Controlo de estabilidade Merlo TSS 44 Engate fácil Roll-Link 44 Aplicação de diagnóstico Isobus 45 Roda anti-furos para pivots da Lindsay 45 PreciZion, módulo de troca de dados 45 Guiamento Agrogeovisio 45 Mais novidades 48 Novas gamas McCormick 48 Cultivador Gaspardo com leitura ótica 49 Novidades e melhoramentos na Landini 50 Prémio “Machine of the Year 2015” para Väderstad 50 PneuTrac da Mitas com mais medidas 51 Séries T7, T8 e TD4F 52 da New Holland Novos carregadores Manitou mais versáteis 53 Nova linha ProgressiveTraction TM700 da Trelleborg 54 BKT Agrimax Sirio em duas 54 dimensões Gama de tratores da Claas foi alargada 54 Kuhn, mega stand com 55 muitas novidades CaseIH Puma, 6 cilindros, até 240 cv 56 Massey Ferguson 7700 com novos motores 56 Deutz-Fahr7250 TTV em edição limitada 57 Sociedade Europeia de Engenheiros Agrónomos (EurAgEng) promove Seminário no SIMA 2015 52
FLORESTA Nova feira florestal na Roménia
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Estratégia Nacional para as florestas 92 Maquinarte e ICAAM desenvolvem transplante de árvores 93
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Mercado sueco de forwarders Rottne com novo distribuidor em Portugal Processadora automotriz Pezzolato com grua Grifa florestal da Ventura, com ou sem guincho Processadora Hypro para trator Rolo triturador florestal Tecnologia Trelleborg premiada Forwarder compacto da Falcon Destroçadora automotriz com depósito
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PRODUTO
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Checchi & Magli apresenta automotriz
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Amazone apresenta novo pulverizador Pantera 22
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Engate de 3 pontos da Chellenger distinguido
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Distribuidor de chorume Joskin sem sobreposições 22
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NOTÍCIAS Terratrac adaptado 18 Livre acesso à base de dados AEF 18 FIMA de Saragoça já tem datas 18 Belaz vence Sweedish Steel Prize 2014 18 Poupar água com irrigação inteligente 20 Barra de pulverização Horsch galardoada 20 Fase IV nos tratores estreitos 20 Bolsa de Terras
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Matrimónio na Etelgra
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Berkers Techniek com reboque de rasto de borracha
Spapperi apresenta semeador pneumático
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Sobre a Série M da John Deere
Nova enfardadeira de rolos Lely
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Sachador rotativo da Hatzenbichler
Frupor adquire Hardi Commander 4500
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Charruar dentro ou fora do rego com a Ovlac
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VT-Tractor, o novo pneu premium da Bridgestone 76
John Deere com 3 novos 26 modelos da Série 6R
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Q-110 da Goldoni transpõe 26 barreira dos 100 cv Nova geração Valtra T Novidades Stihl e Viking
abolsamia
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Novos produtos Stihl e Viking, resultados no mundo e em Portugal, e a estratégia para 2015. Estes foram os temas em análise durante a convenção anual do grupo Andreas Stihl, que se realizou
Boletim assinatura PORTUGAL / EUROPE 1 ano/year ( 5 Revistas + 1 Anuário ) 38€/ 70€ 2 anos/years ( 10 Revistas + 2 Anuários ) 70€ / 120€
Nome/ Name
Morada/ Address
regiões Concessionários /Máquinas usadas
e fique a par de toda a informação do setor
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Novos distribuidores Primo 62 da Maschio Gaspardo
Faresin com novos telescópicos
Recolha mecanizada Agrobotics de amostras de solo
Hoje a revista
no passado dia 7 de fevereiro, durante a Expojardim, na Batalha.
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TECNOLOGIA Tendências: + robótica + potência 80 As máquinas agrícolas começam a ser capazes de decidir perante situações imprevistas, e em simultâneo assistimos ao estreitar do contacto entre a eletrónica e a agronomia. Vivemos numa era interessante.
Cód. postal Tel.
Cont. nº Email Pagamento por transferência bancária: NIB: 0035 0365 0000 1699 8307 7 Por email: joaocorreia@abolsamia.pt Por cheque: envie para: R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 - 2670-338 Loures
ABOLSAMIA · março / abril 2014
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por Nuno de Gusmão
A Descoberta da Electricidade As experiências ocorridas, a seguir citadas, embora descontinuadas na medida em que a ciência estava a dar os seus primeiros passos, serviram contudo de base, através de melhoramentos sucessivos, para que hoje possamos dispor de máquinas eléctricas com um extraordinário amplo leque de fins.
Ernst Wernervon Siemens.
“E foi a partir da pilha de Alexandre Volta que nasceu a bateria.”
Filósofo grego, Tales de Mileto. Alexandro Volta.
O
filósofo grego, Tales de Mileto, foi quem primeiro descobriu a electricidade, no ano 623 a.C.. Ao esfregar um âmbar em pele de carneiro, observou que pedaços de madeira e palha eram atraídos pela pedra preciosa. Em português, a palavra electricidade deriva do grego através da referida pedra. Os helénicos escrevem âmbar desta forma: ήλεκτροve e pronunciam a palavra assim: “elétrons”. Na História da descoberta da electricidade surge uma série interminável de figuras que se notabilizaram na indústria do sector, à medida
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que foram sendo conhecidas novas facetas da ciência. Entre os pioneiros investigadores desta indústria, destaca-se, em 1866, Ernst Wernervon Siemens. A electricidade para a utilização da energia necessária à obtenção de algo que produza trabalho, deve-se ao gerador eléctrico, ou melhor, ao motor eléctrico, que foi inventado por Ernst Wernervon Siemens, co-fundador da Siemens AG, empresa que hoje emprega 360 mil pessoas em 190 países, e é considerada o maior conglomerado industrial alemão na Europa. Como outra fonte de energia eléctrica, já anteriormente
descoberta (1800), surgiu a pilha voltaica, assim designada por ser da autoria do italiano Alexandro Volta, cujo mérito da invenção foi premiado com a designação de Volt (símbolo V) para a unidade de tensão eléctrica. E foi a partir da pilha do transalpino que nasceu a bateria. A electricidade, como fonte de energia limpa, económica e silenciosa tem, há muito, sido preferencialmente visada para a produção de trabalho, face aos poluentes combustíveis fósseis. A electricidade não intervém de forma nefasta com o ambiente, a sua intervenção praticamente não emite ruídos
desconfortáveis e o seu custo é incomparavelmente mais barato, quando estão reunidas as condições necessárias para o seu efeito. Para tanto, os cientistas que se dedicam ao desenvolvimento para a sua maior utilização, de forma a transformá-la em energia de eleição, têm vindo a registar constantes melhoramentos, baseados no sol, no vento, nas correntes marítimas, nas barragens e, até, no suplementar aproveitamento da transformação da energia mecânica em eléctrica.
Antigamente era assim... Actualmente, a utilização da electricidade é incomparavelmente maior do que qualquer outro tipo de energia e domina em exclusivo na aplicação em todo o género de máquinas que exijam baixa e média potência. De exemplos de antigamente relacionados com experiências em tractores e máquinas agrícolas, publicamos uma série de imagens, que mostram, por essa altura, o interesse demonstrado na aplicação da electricidade como força motriz. As experiências ocorridas, a seguir citadas, embora descontinuadas na medida em que a ciência estava a dar os seus primeiros passos, serviram contudo de base, através de melhoramentos sucessivos, para que hoje possamos dispor de máquinas eléctricas com um extraordinário amplo leque de fins. Mas apesar da evolução conseguida até à data, no que respeita a veículos pesados, autopropulsionados, ainda está por descobrir a forma de conseguir uma maior autonomia, potências mais elevadas ao nível da prestação
dos combustíveis fósseis e carregamentos mais rápidos. Mas, curiosamente, já que estamos a falar do passado, até Henry Ford ter arrancado com a fabricação em série do seu automóvel modelo T, nos Estados Unidos, o mercado americano de automóveis funcionava a electricidade como mostra a viatura da figura 1, do construtor Thomas Parker.
Figura 2 Nestes tractores, a ponte dianteira era equipada com um enrolador de cabo eléctrico ligado a uma central eléctrica. Tractor eléctrico cabinado de fabrico soviético, com tambor desenrolador/ enrolador de cabos de abastecimento de energia eléctrica, com atrelado portador de alfaias, equipado com luzes para trabalhos nocturnos.
Figura 1 Thomas Parker construtor do automóvel que funcionava a electricidade.
Tractores Eléctricos
N
a Nova Zelândia, em virtude da enorme carência de recursos ocorrida na Grande Depressão (1929), o engenheiro inglês H.G.Kemp, responsável pela principal empresa construtora de motores e centrais eléctricas daquele país, resolveu suprir a falta de combustível adaptando, em tractores aí existentes, um motor eléctrico e os demais requisitos necessários à nova montagem. Em 1930, Kemp fez a sua primeira experiência em tractores da BritishWallis, acabando por optar pelos tractores americanos da HartParr.
No modelo de tractor transformado, o motor de combustão e a caixa de velocidades foram substituídos por um grande motor eléctrico ligado a uma nova transmissão, e a parte dianteira da máquina foi equipada com uma plataforma rolante para a montagem de um tambor desenrolador/enrolador com uma grande capacidade para cabos de ligação a uma central eléctrica. Os tractores eléctricos foram assim adaptados durante quatro anos e funcionaram continuamente por cerca de oito anos, com uma média total de quatro mil horas
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Antigamente era assim... de serviço por unidade. Como tarefas, os tractores eléctricos trabalharam maioritariamente em mobilização e preparação de solos e, por fim, foram também equipados com tomada de força para aplicação de fresas da Howard Rotavator, provenientes da Austrália. A área de trabalho foi circunscrita ao distrito de Ashburton e a outros onde havia maior disponibilidade de electricidade para abastecimento. A maior facilidade de aquisição de tractores motorizados pelo sistema tradicional e, sobretudo, a falta ou a grande distância a percorrer até às centrais
A produção de electricidade por painéis solares, cujas primeiras experiências ocorreram no final do século XIX, teve aplicações em tractores e em máquinas porta-alfaias por volta dos anos 50 do século passado, mas não passaram de protótipos; equipavam com os painéis solares integrados ou desmontáveis, neste caso, colocados no campo em posições soalheiras para o seu carregamento.
eléctricas e às torres de alta tensão em zonas rurais, provocou de imediato a desistência do recurso à electricidade logo que a crise deixou de se fazer sentir. Em 1936, num grande painel publicitário do partido comunista, colocado nas principais regiões agrícolas da Rússia, lia-se: “Em prol de uma maior economia na produção de alimentos para o nosso povo, a União Soviética aumenta o número de tractores e máquinas agrícolas propulsionados por motor eléctrico, em virtude do grande número de estações de rede eléctrica existente em zonas agrícolas”.
Imagens das estações de centrais eléctricas existentes na altura. Motocultivadores accionados pelos cabos de electricidade pública de alta tensão.
Avanços... Actualmente, no ramo automóvel as principais marcas já dispõem de modelos puramente eléctricos, equipados com baterias de reserva que são recarregáveis através das tomadas das habitações ou através das redes de abastecimento das cidades. No ramo agrícola, os principais fabricantes utilizam cada vez mais a energia eléctrica para múltiplas funções acessórias das máquinas, mas só raramente para transmitir potência às rodas. Ainda assim,
nesses casos o accionamento do gerador eléctrico fica a cargo de um motor diesel. É disso exemplo um modelo da firma suíça Rigitrac que possui 4 motores eléctricos, um em cada roda. Para breve, não se espera que cheguem ao mercado tratores 100% eléctricos, dada a dificuldade em acumular a energia necessária para garantir uma razoável autonomia. Para os próximos anos, o que se antevê é uma aplicação promissora das soluções híbridas. E à medida que a ciência avança é provável que, mais tarde ou mais cedo, o “sonho” dos 100% eléctricos, desta vez sem cabos, se torne uma realidade.
No Rigitrac EWD um motor diesel de 126 cv acciona um gerador elétrico de 85 kW. A corrente eléctrica é depois transmitida a motores eléctricos, instalados nas rodas, que asseguram a propulsão.
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Empresas
Manitou aumenta volume de negócios
Recorde mundial de distribuição de estrume New Holland A New Holland, em parceria com a Brochard, que fabrica reboques distribuidores de estrume, alcançou um feito que entrou para o Guinness. Em 24 horas foram espalhadas 4217 toneladas de estrume numa área de 221,80 ha. O modelo da Brochard utilizado, com capacidade para 50 ton., foi construído de propósito para este evento que se realizou na Ucrânia. A puxá-lo esteve um New Holland T9.615, de 542 cv. Segundo Antoine Rebillard, representante da marca naquele país, “esta foi uma grande experiência humana que envolveu profissionais com diferentes áreas de especialização”. Eva Norroy, delegada do Guinness, comentou: “Houve duas coisas que me impressionaram em particular: o aspeto tecnológico, já que eu nunca tinha visto maquinas agrícolas tão sofisticadas; e a coesão da equipa”. A Alliance também esteve envolvida. Forneceu os pneus radial A380 que calçavam o reboque.
Manitou A Manitou registou um volume de negócios, em 2014, de 1,2 mil milhões de euros, mais 6% que no ano transato. Segundo os responsáveis da empresa francesa, para isso muito contribuiu o último quadrimestre, onde o volume atingiu 309 milhões, mais 2% que em 2013. No que toca a encomendas de máquinas, os últimos quatro meses de 2014 movimentaram 298 milhões de euros, contra os 280 milhões registados no período homólogo de 2013. Michel Denis, diretor geral da Manitou, explica a variação anual. “Apesar do Sul da Europa ter sido penalizado pelos maus desempenhos económicos da França e Itália, o crescimento das restantes zonas geográficas revelouse bastante importante para os nossos bons números. Mesmo o abrandamento do setor agrícola na América Latina, associado à crise política e financeira que afeta a Ucrânia e a Rússia não foram suficientes para parar o crescimento da nossa empresa”. Denis adianta ainda que “é possível prever um crescimento na ordem dos 3% em 2015”.
Mitas testa nova borracha nos pneus mitas É de uma planta originária do Cazaquistão, a Taraxacum Koksaghyz, que a Mitas pretende vir a extrair borracha para fabricar os seus pneus, complementando a produção com os materiais já utilizados atualmente. “Encontra-se em fase de estudo a possibilidade de utilização daquele material”, referiu Andrew Mabin, diretor de marketing e vendas da Mitas. O objetivo passa por ter o primeiro protótipo pronto durante este ano. Este novo método de extração de borracha faz parte do projeto europeu Drive4EU, que visa produzir pneus respeitando o meioambiente e melhorando o desempenho das máquinas. Num outro âmbito, Andrew Mabin afirmou que os principais fabricantes, entre eles a AGCO, a Claas, a Case IH, a John Deere e a SDF, “começaram já a montar os pneus Mitas Premium nas suas novas máquinas”, que, recorde-se, substituem os pneumáticos da Continental.
John Deere compra Auteq Telematica John Deere A Deere & Company comprou a totalidade de uma firma de sistemas embarcados sediada em São Paulo, no Brasil, com quem já tinha uma joint-venture desde 2009. A empresa em causa é a Auteq Telematica, que se dedica ao desenvolvimento de software e equipamentos embarcados para a agricultura, floresta e indústria mineira. O que esta aquisição vem proporcionar à John Deere é sobretudo uma especialização ao nível do mercado de cana-de-açúcar. “A aquisição da Auteq é mais um passo que damos para solidificar a nossa estratégia de crescimento no segmento da cana-de-açúcar”, disse Paulo Herrmann, presidente da John Deere Brasil.
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OBRIGADO PORTUGAL.
BTS
O TRACTOR MAIS VENDIDO DE 2000 A 2014*
*Dados oficiais. Para mais informações contactar Marketing & Comunicação New Holland Agriculture Portugal
www.newholland.pt
Empresas Novo Pernalta para vinhas estreitas Pellenc
A Pellenc adquiriu a sociedade Laupretre, que fabrica pequenas máquinas para vinhas estreitas. Esta compra dá origem à Pellenc HD e surge no âmbito da estratégia de crescimento externo da Pellenc, que reforça assim a sua presença na viticultura. A primeira máquina Pellenc HD a sair para o mercado após este negócio é um pequeno trator pernalta, destinado uma grande variedade de tafefas, que foi apresentado no último salão Vinitech. O Pellenc HD 130 é uma máquina de três rodas motrizes, propulsionada por um motor Deutz de 4 cilindros e 2,9 litros, que debita 75 cv. Apresenta uma fantástica manobrabilidade que se deve às reduzidas dimensões e a um raio de viragem de 60°. A Pellenc, que já era detida em 47% pela Somfy Participations, concluiu com esta sociedade um acordo de venda. Em 2017 a Somfy passará a deter a totalidade do capital da Pellenc.
Beauvais fabrica Série Global Massey Ferguson
O Grupo Agco acaba de anunciar que a partir do final de 2015 a sua fábrica de França irá produzir os modelos MF 4700 em versão cabine destinados ao mercado europeu. O objetivo fixado é de que saiam anualmente de Beauvais 2.500 unidades da série Global, nome por que também são conhecidos os MF 4700. Apesar de ainda não se conhecerem imagens dos tratores cabinados, e ainda faltarem vários meses até que eles saiam da linha de montagem, dois modelos em versão plataforma (MF 4708 e 4709) já começam a chegar ao mercado para os clientes que necessitem de um trator sem cabine. Em exclusivo à revista abolsamia, Campbell Scott, gestor de marca MF (na foto ao volante de um MF 4709), falou das expetativas para o mercado português. “Este é um trator muito parecido com o que costumávamos vender no passado e sabemos que em Portugal há um grande número de agricultores que está à procura exatamente deste tipo de produto. Mas não querem uma coisa antiquada. Querem algo que seja moderno, que consuma pouco, seja fiável, tenha bom aspeto e que venha de uma marca muito reconhecida. É para pessoas que procuram um trator simples, com bom preço, e com a possibilidade de não ter cabina, para trabalhar entre árvores”.
Reforço nos pulverizadores automotrizes New Holland A New Holland adquiriu a Miller-St Nazianz, Inc., um dos mais relevantes produtores mundiais de pulverizadores automotrizes. Desta forma, o grupo CNH expande ainda mais as suas áreas de atuação. Com esta aquisição – que finaliza quatro anos de intensa e positiva colaboração – a New Holland passa a deter todo o portfólio da Miller e consegue, segundo Carlo Lambro, presidente da empresa, “chegar a mercados como os Estados Unidos, Canadá, Austrália, África do Sul e Europa de Leste”. Especialista em equipamentos de proteção das culturas, a Miller, sediada em Winconsin, nos Estados Unidos, conta com 260 colaboradores.
Estratégia para o futuro da marca valtra Com o novo slogan ‘a sua máquina de trabalho’, a intenção do Grupo Agco é atribuir à Valtra uma nova identidade corporativa e um posicionamento global. Num segmento entre a MF e a Fendt, a Valtra aparece dentro do grupo como a marca que cria soluções únicas e pioneiras, sendo exemplo disso o modelo N articulado. A quarta geração da Série T, que apresentamos nesta edição, é a primeira demonstração da nova imagem da Valtra a nível de produto. E é também a série que vai servir de referência à renovação da restante gama, com novidades a serem desvendadas já nos próximos meses. Os N, que são os tratores mais vendidos do fabricante finlandês, vão ser renovados ainda em 2015, e os A serão renovados em 2016.
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Empresas
BKT cresce nos Estados Unidos
Grade rotativa número 150 mil Maschio Gaspardo A marca italiana atingiu uma marca redonda na produção de grades rotativas: 150 000 em 50 anos de atividade! Uma alfaia que, sob o selo da MaschioGaspardo, tem-se destacado pela sua excelente capacidade na mobilização de solos, versatilidade e uma reduzida manutenção. Recorde-se que a empresa iniciou a produção deste tipo de alfaia dez anos após a sua fundação. O primeiro modelo tinha o nome de “T”, em 1974, sendo que dez anos depois surgiu o “Diamante”. A primeira grade rotativa articulada surgiu em 1990, com o “Aquila”, que ainda se mantém como uma das máquinas mais fiáveis da sua gama. A companhia italiana tem ainda nesta gama de produto, modelos como o “Rapido”, “Pony”, “Delfino”, “8 m Jumbo”, “Tarzan” e o “Toro”. São mais de 20 modelos disponíveis, numa gama que começa com menos de um metro e se estende até aos oito, para tratores de 15 a 450 cv.
bkt A presença da empresa indiana tem crescido na América do Norte e Central. Duas fábricas com tecnologia de ponta e a entrada de dois especialistas na área de gestão (Adrian Leu e SiriSpeegle) reforçaram o posicionamento da BKT na área dos pneus fora de estrada, produto bastante requisitado nos Estados Unidos. A recente inauguração de uma unidade fabril em Brentwood, Tennessee, ajudou à consolidação de uma presença ainda mais sólida naquele país. “As novas infraestruturas da BKT mostram o nosso compromisso para com a qualidade e a inovação, além de oferecer excelentes condições de trabalho aos nossos colaboradores”, afirmou ShawnRasey, presidente da BKT, acrescentando ainda que “o objetivo da empresa passa por garantir um serviço de qualidade superior no mercado da América do Norte e Central”.
Krone fatura 1,6 mil milhões de euros Krone O grupo atingiu, em 2014, o seu valor mais alto de faturação em mais de 100 anos de história. O ano financeiro de 2013/14 foi fechado com rendimentos na ordem dos 1,6 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 9% em relação ao ano anterior, altura em que se atingiu os 1,5 mil milhões. As exportações cresceram 11% e chegaram aos 1,1 mil milhões de euros. Significam estes números que o Grupo Krone conseguiu 28% da sua faturação na Alemanha e 72% nas suas exportações. No mercado interno, com as vendas a aumentarem 5%, a faturação foi de 459 milhões de euros. Nos últimos cinco anos foram investidos mais de 50 milhões de euros no desenvolvimento de projetos inovadores, como a construção de um Centro de Logística, um Centro de Formação e ainda um Centro Tecnológico em Spelle, Alemanha, onde trabalham mais de 450 engenheiros.
Representantes Kubota no México Kubota
Os representantes Kubota, que atingiram os objetivos de vendas propostos pela Tractores Ibéricos, realizaram, entre os dias 8 e 16 de fevereiro, uma viagem à Riviera Maya, México. Tratou-se de uma viagem de incentivos de vendas – a primeira em Portugal – onde estiveram presentes 24 pessoas em representação de 12 distribuidores Kubota. Durante a viagem, além das praias que banham aquele país da América Central, os participantes puderam conhecer a história da civilização Maia, bastante representada naquela zona do México.
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Prepare-se para a primavera!
Agora que terminou o inverno, chegou a hora de começar de novo. O seu concessionário John Deere tem de tudo para que a sua nova campanha seja um sucesso! Encontrará ofertas especiais numa ampla gama de tratores com potências desde 55 CV, pás carregadoras, enfardadeiras e gadanheiras condicionadoras. Todas incluem as soluções de financiamento da John Deere Financial feitas à medida para si, com o fim de assegurar a máxima rentabilidade na nova campanha.
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Prepare-se agora para a primavera!
Empresas Galucho revela
novo plano estratégico Após apresentar a nova administração, no final do ano, a Galucho reuniu a grande maioria dos seus acionistas e todos os colaboradores revelando o plano estratégico para os próximos anos. herda do passado”. Um outro ponto em destaque teve que ver com a “necessidade em rentabilizar o que esse mesmo legado deixou, nomeadamente a capacidade produtiva e comercial da Galucho”.
Aposta em 4 eixos fundamentais de atuação
A
reunião decorreu no passado mês de fevereiro e contou com a presença de cerca de 90 por cento dos acionistas da Galucho (representatividade) – pela primeira vez nos últimos 30 anos, a coesão atingiu essa percentagem. A constituição da nova administração, motivada pelo falecimento do Comendador João Francisco Justino, antigo líder da empresa, foi formalizada no final de 2014. Ao conselho de administração passou a presidir José Justino, tendo como administradores executivos Fernando Romana e Pedro Pestana. Esta reunião, porém, serviu para definir o plano estratégico da companhia sediada em São João das Lampas. Um plano que, de acordo com os responsáveis da Galucho, passará por “alterar o posicionamento da empresa a nível interno e externo, sem deixar de potenciar o que se
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A reunião da Galucho, no passado mês de fevereiro, contou com a presença de todos os funcionários e de cerca de 90 por cento dos acionistas.
A fábrica da Galucho, em S. João das Lampas.
Serão quatro as áreas em destaque na estrutura empresarial da Galucho: clientes, formação, gestão e produção. Começando por esta última, e seguindo o mapa estratégico da empresa, “a definição de novos processos e métodos de trabalho em regime de co-criação com clientes e parceiros”, passará a constar nos cadernos prioritários. Ainda na mesma alínea, destaque para a aposta na “investigação e desenvolvimento das gamas e soluções, bem como a necessidade em considerar os temas de design industrial. Sistema de qualidade, segurança e ambiente para os colaboradores, responsabilidade
social e sustentabilidade em integração com a comunidade de Sintra e Albergaria, bem como uma maior eficácia dos processos fabris, completam a lista. Da produção para os clientes: a Galucho pretende estar mais próxima do mercado através daqueles. Crescer para novos mercados, acompanhar tudo o que a companhia desenvolver a nível nacional e internacional, nomeadamente a qualidade, preços e marketing dos produtos, além, também, de dinamizar e diversificar estas áreas. A análise da concorrência também entra neste segmento. No pilar estratégico de gestão financeira, os administradores da Galucho pretendem implementar um modelo de seguimento e controlo de gestão, acompanhar e seguir os desvios orçamentais e focar a ação em indicadores técnicos. Igualmente relevante neste capítulo é reduzir produtos obsoletos e otimizar stocks, racionalizar custos e definir e acompanhar uma política de investimento e incentivos. Nos colaboradores, a administração da Galucho tem como propósito colocar em prática um plano de formação e desenvolvimento pessoal, existência de uma comunicação interna descendente e ascendente e promover a formação no posto de trabalho. Ainda no campo dos recursos humanos, haverá uma consolidação das funções face aos processos de gestão em termos de liderança e aspetos de polivalência e política de rotação.
Notícias
Livre acesso à base de dados AEF
Terratrac adaptado “Não há nada que não possa ser feito”. É com esta confiança que a marca suíça dá a conhecer as adaptações feitas num dos seus modelos, propositadamente para que um agricultor com incapacidade motora continue a fazer aquilo de que gosta. Wisi Zgraggen sofreu um acidente em que perdeu o seu braço direito e parte do braço esquerdo. Subitamente a sua vida mudou, mas decidiu adaptar as coisas à sua volta para poder continuar a trabalhar. Recentemente, decidiu comprar um Aebi Terratrac, uma máquina para trabalhar em encostas acentuadas. Mas só faria a aquisição se o fabricante garantisse uma série de modificações que lhe permitissem conduzi-lo. Perante as suas capacidades e incapacidades, os técnicos da marca reconfiguraram completamente os comandos na cabine do Aebi TT280 e instalaram um sistema de direção que permite a Wisi conduzir com os pés. “Para adaptar o Terratrac foi necessária uma grande porção de improviso e espírito de equipa, combinados com bastante conhecimento técnico”, relembra Christoph Wegmüller, o técnico que liderou o projeto. A máquina foi finalizada em cerca de 5 meses e batizada como Wisi TT280.
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A AEF, que entre fabricantes e distribuidores agrupa 160 empresas do setor da maquinaria agrícola, tem vindo a realizar testes de conformidade a tratores, alfaias e a consolas de comandos, para verificar se funcionam adequadamente quando são emparelhados. Os resultados desses testes estão a alimentar uma base de dados para que deles se possa retirar uma utilidade prática. No início, o acesso a esses dados esteve reservado aos fabricantes, e mais tarde foi alargado aos concessionários e aos revendedores, que passaram a poder utilizar a ferramenta de diagnóstico ISOBUSCheck. Por fim, desde fevereiro, é dada também aos agricultores e aos prestadores de serviços a possibilidade de se registarem em www.aef-isobusdatabase.org, para aí obterem resposta a quaisquer dúvidas que tenham a propósito da compatibilidade entre equipamentos.
FIMA já tem datas A FIMA 2016 irá realizar-se de 16 a 20 de fevereiro, na Feria Zaragoza. Após um ano de pausa, um dos maiores eventos europeus de maquinaria agrícola está de volta para mostrar as novidades da industria. Conhecida pela sua enorme variedade de setores presentes, a FIMA irá continuar a fazer jus à sua fama: componentes e acessórios, produtos fitossanitários, jardinagem, florestas, tratores, serviços, transformação do terreno, proteção de culturas e mais, muitas mais áreas ligadas à Agricultura. Estarão presentes ainda as grandes marcas que operam no mercado e decorrerão algumas jornadas técnicas envolvendo essas mesmas empresas. Em 2014, estiveram presentes na FIMA quase 220 mil visitantes de 64 países. A área de exposição foi de 135m2, 1251 expositores – 534 espanhóis e 717 estrangeiros.
Belaz vence Swedish Steel Prize 2014 A Belaz, da Bielorrússia, é a companhia vencedora do Swedish Steel Prize 2014. A distinção deve-se à inovadora suspensão do eixo e aos rolamentos axiais utilizados no modelo 75710. Destinado ao transporte dentro de minas e pedreiras, tem uma capacidade de carga de 450 toneladas e é o maior camião basculante do mundo. De acordo com Gregoire Parenty, presidente do júri e vicediretor executivo e responsável pelo desenvolvimento do mercado na SSAB, “A Belaz ultrapassou corajosamente os limites do que era considerado possível, utilizando a tecnologia disponível”. “Durante os 16 anos de atribuição do prémio, tivemos a possibilidade de acompanhar a forma como os critérios para a utilização destes aços mudaram: desde a questão do peso mais reduzido e da segurança, até aos benefícios ambientais e ao aumento da competitividade”, explicou Parenty. O Swedish Steel Prize foi criado pela SSAB em 1999 com o objetivo de inspirar e divulgar o conhecimento sobre o aço de alta resistência e como este pode ser utilizado para desenvolver produtos mais leves, resistentes e sustentáveis. Saiba mais aqui: www.steelprize.com
Notícias Poupar água com irrigação inteligente Segundo a Agência Europeia do Ambiente, no sul da Europa cerca de metade da água captada anualmente em nascentes, rios, barragens e reservas subterrâneas destina-se à irrigação. E muita dessa água é desperdiçada precisamente porque se está a regar em excesso, sem conhecer as reais necessidades das culturas. No sentido de contornar este problema, um projeto financiado por fundos comunitários desenvolveu um sistema de rega que calcula a quantidade exata de água de que as culturas necessitam diariamente. O projeto faz uso de uma estação de previsão meteorológica combinada com uma rede de sensores implantados no terreno, que detetam a humidade do solo, a temperatura do ar, a luz solar, a velocidade do vento e a pluviosidade. Adicionalmente, as válvulas de rega são monitorizadas para avaliar a quantidade de água que já foi aplicada. A partir da informação que estes dispositivos recolhem, que inclui uma previsão do estado do tempo para a exploração nos três dias seguintes, o agricultor pode tomar decisões fundamentadas sobre a quantidade de água a aplicar. É ainda gerado um plano
de irrigação que tem em conta o tipo de cultura e indica se um aumento na quantidade de água – tendo em conta o seu custo e o da energia para a bombear, assim como o efeito esperado a nível de produtividade – vai representar um proveito ou uma perda. O sistema já foi testado em diferentes zonas da Europa e em seis diferentes culturas (tomate, arroz, maçã, cereja, algodão e uva), prevendo-se que venha a estar disponível para comercialização. Saiba mais aqui: www.enorasis.eu
Barra de pulverização recebe dois prémios O BoomControl Pro é um sistema de controlo da barra que equipa os pulverizadores da Horsch, tanto nas versões rebocadas como nas versões automotrizes. Na feira Lamma Show 2015, este sistema recebeu duas distinções atribuídas pelo júri dos Innovation Awards, prémios daquela feira destinados às inovações técnicas em equipamentos agropecuários. O sistema recorre a giroscópios, sensores, e a uma unidade de controlo proporcional, cuja função é neutralizar a rotação e os desvios da barra face ao alvo. O controlo pneumático proporcional, associado a um controlo que incide de forma independente sobre a zona central da barra e as ‘asas’ exteriores, permite movimentos suaves e um posicionamento exato, mantendo a barra muito próxima do alvo (a menos de 40 cm da cultura), mesmo a velocidades de trabalho altas (até 30 km/h), e em terrenos inclinados.
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Fase IV nos tratores estreitos Para desempenharem as funções para que foram projetados é necessário que os tratores estreitos mantenham algumas das suas características: uma largura reduzida, um baixo centro de gravidade, e um raio de viragem muito circunscrito. Acontece, porém, que os fabricantes estão a confrontar-se com dificuldades para acompanharem as imposições legislativas em matéria de emissões poluentes previstas para os tratores deste segmento. A legislação europeia aponta o dia 1 de outubro de 2017 como a data a partir da qual os especializados, designadamente os modelos estreitos, têm de estar adaptados à Fase IV/Tier 4Final. Mas a tecnologia atual, se aplicada a estes tratores, irá comprometer as suas características essenciais e torná-los inapropriados para as tarefas a que estão destinados. De acordo com o CEMA, não será possível cumprir a Fase IV sem que se encontrem novas tecnologias. E isso demora o seu tempo. Os fabricantes preveem que, na melhor das hipóteses, só no final de 2020 é que poderão ter essa tecnologia disponível, daí reclamarem junto de Bruxelas o adiamento por três anos da entrada em vigor da lei. A aplicação da Fase IV em tratores estreitos envolve uma dificuldade muito maior do que nos tratores convencionais, pela razão óbvia de não existir espaço para instalar dispositivos adicionais para tratamento dos gases de escape. A intenção dos fabricantes é ganharem tempo para trabalharem em novas soluções que permitam reduzir as emissões e ao mesmo manter os tratores estreitos, assim mesmo, estreitos.
Produto Checchi & Magli apresenta automotriz Checchi & Magli A Chechi & Magli acaba de lançar no mercado uma automotriz denominada Rio 31. Trata-se de uma máquina polivalente de acionamento hidrostático. Apenas com o equipamento de base – sem extras – funciona praticamente como uma plataforma operacional, adaptável às mais variadas necessidades de trabalho. A Río 31 pode ainda trabalhar com vários modelos de semeadoras a partir de 1 a 8 linhas – ou mais – além de outros equipamentos agrícolas compatíveis com as suas características. É uma máquina muito estável que permite trabalhar em inclinações superiores a 60º. Pode trabalhar com todos os modelos de transplantadoras, em solos planos ou com camas de plantação levantadas. Está também disponível com um sistema de controlo de direção denominado Self Drive, facilitando, assim, o trabalho do operador. A largura de via é variável, a pedido.
Engate de três pontos direcionável
Novo pulverizador Pantera 4502-H Amazone O Pantera 4502-H, o mais recente pulverizador automotriz desenvolvido pela Amazone, chega ao mercado português através da Deltacinco. Uma das suas mais valias é a altura livre ao solo de 1,70 m, o que permite um bom desempenho em campos de girassol ou milho crescido, culturas onde esta característica é essencial para evitar danos nas plantas. Em condições normais de trabalho, quando a altura livre ao solo é de 1.25 m, a largura da via pode ser ajustada entre 1.8 e 2.4 m, uma funcionalidade útil para os prestadores de serviços que necessitam de adaptar-se a muitos cultivos. Tendo em conta os terrenos com declives, ou as longas jornadas de trabalho, a Amazone estabeleceu um acordo com a empresa alemã, Reichhardt, de forma a instalar no Pantera um sistema de deteção de sulcos de sementeira que mede a distância até ao sulco e funciona em ligação com o sistema de condução automática. Todas estas soluções garantem o máximo cuidado com a cultura trabalhada e permitem que o operador se preocupe menos com a condução e dedique a máxima concentração ao tratamento das culturas.
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Challenger Disponível como opção na série MT800E, o novo engate direcionável da Challenger foi distinguido pelos prémios de inovação da EIMA. Este tipo de engate, de três pontos com oscilação lateral, contribui para uma melhor performance em curva e sob carga, e ajusta-se às manobras de viragem do trator até um máximo de 12°. A sua geometria baseia-se num cilindro hidráulico com curso de 118 mm, cabendo ao operador bloquear ou desbloquear esta função, consoante o modo como pretende que a alfaia seja rebocada. Esta inovação protege o trator do esforço de torção, sobretudo por amortecer os choques laterais provocados pela alfaia. Além disso, com alfaias montadas, o raio de viragem é reduzido em 25% e estima-se que a taxa de patinagem possa ser 5% menor quando for necessário dar a volta com a alfaia em posição de trabalho. “Esta opção é popular em todos os mercados, pois os nossos clientes percebem que a vantagem competitiva dos Challenger é colocarem no chão 100% da sua potência”, afirma Luca Cattani, diretor de marketing da Challenger.
Distribuir chorume sem sobreposições Joskin A função IsoBus ‘Section Control’ permite gerir as passagens das alfaias consoante a posição GPS e o grau de sobreposição. As alfaias podem assim trabalhar a uma largura parcial, em vez de trabalharem a toda a sua largura. Embora a Joskin já equipasse os seus reboques distribuidores com uma aplicação IsoBus, esta pode agora incluir a função ‘Section Control’ para gerir a abertura e o fecho das diversas secções de um injetor de chorume ou de uma rampa de distribuição. Um recetor de GPS envia o sinal de posição à aplicação IsoBus, e aquela aplicação compara-a com as posições já registadas. A seguir gere as secções da rampa de forma a evitar sobreposições, até aqui frequentes nas linhas de cabeceira, nos cantos, e nas zonas de contorno de obstáculos. Isto é conseguido porque uma rampa de 12 m possui 12 secções, sendo cada uma delas controlada por uma eletroválvula individual.
Produto Novos telescópicos Faresin A marca italiana dispõe de uma nova gama de carregadores telescópicos pensados para o setor agropecuário. A nível hidráulico, possuem bomba de caudal variável com deteção automática de variação de carga, e a transmissão de variação contínua é disponibilizada na versão VPS e VPSe, diferenciando-se esta por ter gestão eletrónica da tração. O operador pode escolher o modo de trabalho: Drive (para deslocar cargas), Handling (para uma maior performance do balde), ou Creeper (para obter um menor consumo a trabalhar com acessórios, como uma vassoura, que requerem uma velocidade constante). Na versão VPSe há ainda o modo Eco, também destinado a reduzir o consumo. A gama, constituída por quinze modelos equipados com vidros anti-relexo e painel de funções LCD a cores, é servida por duas motorizações, de 122 e 156 cv, ambas de origem Deutz, e conformes ao nível de emissões Fase IIIB/Tier 4i.
Série 5M assente na versatilidade
Sachador rotativo para entrelinhas Hatzenbichler Com discos de ferro fundido de 550 mm em forma de estrela, esta alfaia de origem austríaca destina-se à monda de infestantes nas entrelinhas das culturas como o milho, e outros cereais. Suporta velocidades de trabalho entre os 10 e os 20 km/h e está disponível com larguras de trabalho que vão dos 3,20 m (versão montada) aos 12,20 m (versão semi-montada). A sua passagem ajuda também a descompactar o solo o que beneficia a emergência das sementes e o desenvolvimento da cultura. O sentido de rotação dos discos pode ser alterado consoante se trate de solos muito entorroados (rodar de arrepio) ou muito pedregosos (roda de feição). Possui rodas de apoio para regulação de profundidade e duas molas que exercem uma pressão de 50 kg sobre cada par de discos.
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John Deere A série 5 M, fabricada em Augusta, nos Estados Unidos, encontra-se disponível no mercado europeu desde meados do ano passado. A cobrirem uma faixa de potência entre os 75 e os 115 cv, são tratores compactos apropriados para uma infinidade de aplicações, entre elas o trabalho em pequenas e médias explorações agropecuárias. O nível de equipamento é bastante configurável. Podem trazer de fábrica um carregador frontal John Deere H260 ou H310, e em opção o cliente pode optar ainda pelo módulo de TDF e elevador frontal. A nível de transmissão, as caixas propostas são a 16/16 SyncReverser e a 32/16 PowrReverserPlus. Todos os quatro modelos 5M têm motor certificado para a Fase IIIB/ Tier 4i, e estão disponíveis em versão cabine (normal ou rebaixada), plataforma, e ainda em versão estreita (1,72 m de largura) para o trabalho em pomares e vinhas.
Charruar dentro ou fora do rego Ovlac À medida que os tratores têm crescido em potência e em dimensão, torna-se frequente o uso de pneus largos, de rastos ou de rodado gémeo. É por isso natural que, em certos casos, charruar com a roda dentro do rego gere um trabalho menos perfeito. Tendo isto em conta, a marca espanhola Ovlac passa a disponibilizar em toda a sua gama de charruas semi-supensas uma nova opção que permite ao operador escolher se quer trabalhar passando com o rodado do trator por dentro ou por fora do rego. A solução consiste numa articulação acionada por via hidráulica, que faz deslocar a charrua lateralmente. Com a charrua alinhada com o trator avança-se dentro do rego, com a charrua deslocada para o lado avança-se fora do rego. Para garantir um controlo de profundidade uniforme e a estabilidade da alfaia durante o trabalho, nesta versão as charruas incluem uma roda de controlo na parte dianteira.
Produto Três novos modelos na série 6R Os três maiores tratores da série 6R foram remodelados para passarem a cumprir o nível de emissões Fase IV/Tier 4Final. Fabricados em Mannheim, na Alemanha, os novos 6175R, 6195R e 6215R estão equipados com motores John Deere PowerTech de 6,8 litros, com potência nominal entre os 175 e os 215 cv (255 cv com boost). Este motor, que passa agora a consumir AdBlue, recorre a um sistema combinado DPF+DOC+SCR. Digno de destaque é o progresso feito ao nível do intervalo de manutenção, que foi alargado das 500 para as 750 horas. Nestes modelos, é possível optar pela transmissão de variação contínua AutoPowr, pela transmissão de dupla embraiagem DirectDrive, ou ainda por transmissões PowerShift. Nos 6R com transmissão DirectDrive ou AutoPowr, a John Deere
consola CommandARM é a mesma usada nas séries 7R e 8R. Nela encontramos um joystick eletrónico e um monitor CommandCenter de 4ª geração. Equipados com um sistema hidráulico de compensação da pressão e caudal, os novos 6R têm um bloco de válvulas hidráulicas de novo design, o que permite um acesso melhorado e uma desconexão mais fácil utilizando alavancas de libertação rápida. No exterior da cabina ComfortView, a marca instalou novos espelhos de grande ângulo que melhoram a visibilidade em redor do trator, inclusive quando são usadas alfaias de grandes dimensões. Novidade é também a iluminação LED. Além de ser controlada a partir do
monitor, apresenta uma vida útil 55 vezes maior quando comparada com as lâmpadas de halogéneo. À semelhança do que acontece nas gamas superiores da marca, os 6R estão preparados para receber o sistema FarmSight para agricultura de precisão, que em opção pode incluir o sistema telemático JDLink.
Recolha mecanizada de amostras de solo AgRobotics Na agricultura, há decisões a tomar que, para serem acertadas, exigem que se conheça com exatidão as características do solo. E o agricultor pode recolher amostras manualmente como sempre fez, ou pode recorrer aos novos meios mecanizados. Uma limitação que existia na recolha mecanizada era a necessidade de se parar o veículo no momento de extrair cada amostra. Ora o que o AutoProbe vem permitir é que se faça a recolha em andamento, graças a uma sonda instalada a meio de um rasto contínuo. A 8 km/h, recolhe 20 amostras por minuto, a 15 cm de profundidade, sendo capaz de abarcar 60 ha/ hora. Embora seja vendido só nos Estados Unidos, a notícia serve para dar uma ideia acerca do ponto em que está a evolução deste tipo de equipamentos. Para áreas mais pequenas, a Agrobotics propõe o equipamento RapidProbe, que se instala num ATV Kubota e consegue fazer 10 amostras por minuto.
Q-110 transpõe barreira dos 100 cv Goldoni A designação Q mostra a proximidade que há entre este trator e a série Quasar. E o número 110 significa que, pela primeira vez na história da marca, um Goldoni transpõe a barreira dos 100 cv. O motor common-rail de fabrico VM disponibiliza 102 cv e está preparado para o nível de emissões da Fase IIIB/Tier 4i, e a nova transmissão mecânica 24/12 conta com inversor mecânico e possui um micro-redutor que garante velocidades desde os 400 m/h até aos 40 km/h. Também a capacidade de travagem foi melhorada, já que equipa agora com uma bomba dupla. Ao nível do sistema hidráulico, um conjunto de três bombas fornece um fluxo até 100 L/min, e os distribuidores podem ser controlados através de um joystick. A cabine e o elevador dianteiro estão na lista de opções. Segundo a marca, a equilibrada distribuição de peso de 50% sobre cada um dos eixos contribui para um desempenho em segurança nas zonas mais difíceis onde só os tratores de rastos também podem chegar.
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Os agricultores devem associar-se em organizações José Diogo Albuquerque, secretário de Estado da Agricultura, fala abertamente sobre o atual estado da agricultura em Portugal.
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Entrevista por Ângelo Delgado e Francisca Gusmão
José Diogo Albuquerque, secretário de Estado da Agricultura, recebeu a equipa d´abolsamia no seu gabinete, no Terreiro do Paço, em Lisboa. Com uma janela virada para o rio Tejo, a conversa, entre a degustação de um chá, foi desfiando vários temas relacionados com a agricultura em Portugal. PRODER, PAC, maquinaria agrícola, eleições, jovens agricultores e desemprego foram alguns dos assuntos discutidos, durante precisos 60 minutos. No fim, duas conclusões: caminha-se no bom sentido, mas há ainda muito trabalho a fazer.
Abolsamia:
Que balanço faz da aposta do governo nos jovens agricultores em Portugal? José Diogo Albuquerque É um balanço positivo. Isso observa-se no setor envelhecido que tínhamos há alguns anos em contraste com a realidade de há três anos a esta parte, com a entrada de imensos jovens agricultores neste universo. Os números falam por si: só no PRODER assistimos à entrada de sete mil jovens agricultores! Por outro lado, devemos também destacar o perfil, pois interessa-nos, igualmente, a qualidade e não só a quantidade. Os jovens estão a entrar no setor com o dobro da área média: esta é de 13 hectares por exploração, sendo que este sangue novo tem entrado com 22 hectares. A maioria tem formação e um terço destes finalizaram os seus estudos universitários. Também relevante é a aposta em diferentes culturas, fugindo um pouco ao tradicional e, com isso, abrindo a janela do mercado de exportação: ervas aromáticas, mirtilos, entre outros.
De que forma conseguem medir o sucesso desta medida? Esta grande adesão começou em 2011, com o PRODER. Há que afirmar, sem rodeios, que este projeto começou tarde. As medidas para os jovens agricultores tiveram início em 2010, num programa que deveria ter tido o pontapé de saída em 2007 e que foi legislado dois anos antes. É uma situação inaceitável num país que precisa da agricultura e que tem fundos comunitários à sua disposição. Não temos uma agricultura modernizada como no Norte da Europa, pois há, ainda, um ajustamento estrutural a fazer. Estamos agora a começar a fazer o acompanhamento destes jovens, de forma a podermos mensurar os resultados obtidos. Mas, atenção, não deve ser o paternalismo do Estado a dar todas as respostas! Terá, no entanto, de haver uma preocupação do Estado em aconselhar certas áreas em que o país seja competitivo, tendo em conta a reduzida dimensão do território e para que exista uma certa expressão no exterior... O mercado é que tem que decidir o que vender. E é o mercado que deve guiar os produtores nas suas escolhas produtivas. Agora, uma coisa é certa, a concentração da oferta trará, sem dúvida, mais valor acrescentado. O que se deverá produzir é ditado pelo mercado que, como sabemos, é bastante dinâmico. Ninguém prevê que existam embargos vindos da Rússia... Com os nossos ciclos de decisão pública é impossível definir o que quer que seja. Os nossos produtores têm que ser mais fortes e devem associar--se em organizações de produtores. Só assim poderemos ser mais competitivos. Nas frutas e hortícolas, por exemplo, quando cheguei a este cargo, apenas 18 por cento da nossa produção era comercializada através de organizações de produtores nacionais e neste momento já atingimos os 24. E queremos chegar aos 46 por cento, sendo que a média europeia é de 43 pontos percentuais! Na Holanda, a percentagem é de 95 pontos. O setor agrícola perdeu 74 mil postos de trabalho em 2014. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), trata-se de uma das maiores perdas anuais registadas desde 1998. Estes números deixam-no apreensivo? Já estamos habituados a uma certa sazonalidade nos postos de trabalho da agricultura e, por isso, registar-se um decréscimo no final do ano é normal. Houve, ainda, uma
passagem de alguns postos de trabalho do setor primário para o secundário e terciário, o que não é necessariamente negativo. Por outro lado, a própria mecanização agrícola, que se traduz numa maior eficiência na indústria, diminui a necessidade de alguma mão-de-obra. Devemos afastar-nos desta visão apaixonada e obsessiva sobre o emprego e olhar para os produtores que também são empresários agrícolas. Há ainda que sublinhar o facto de cerca de 10 por cento dos nossos pequenos produtores terem mais de 90 anos. É, por isso, natural que estejamos a ver a saída de alguma população. O parque de máquinas [tratores] em Portugal é bastante envelhecido: 76% tem mais de 10 anos e 48% tem uma idade superior a 20. No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020), existe alguma linha de ajuda à sua modernização, um pouco à imagem do que sucede em Espanha, com o programa PIMA? O jovem agricultor irá ter acesso a duas medidas: o prémio, que tem que ver com o valor recebido, e depois há o investimento, que é financiado em 60 por cento e é aí que se poderá incluir as máquinas. Acreditamos tratar-se de uma medida que ajuda, e muito, à renovação do parque de máquinas. Esta acontece por si própria e não com um programa especializado para o efeito. O mesmo se passa com os agricultores já instalados, em que as ajudas ao investimento irão variar entre os 40 a 60 por cento. Esta medida, sublinhe-se, já existia. Nota-se que os investimentos nas culturas de tomate e milho, por exemplo, são feitos em maquinaria, o que nos leva a concluir que estão a ser dados passos seguros na sua renovação.
Mesmo mudando de cor política, há uma parte de estabilidade, impossível de mexer, que tem que ver com a reforma da PAC da UE. ABOLSAMIA · março / abril 2015
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Entrevista O PDR 2020 atribuiu um montante de 15 milhões de euros dedicados ao suporte e criação de organizações de produtores. Estas estão mais direcionadas para a compra de fatores de produção, venda de produtos ou para ambas? A nossa expectativa é, primeiro, ajudar a criar organizações de produtores em regiões e setores onde elas não existam. É a primeira falha no mercado e que vamos lutar para colmatar. Temos organizações de produtores, mas pouca produção a veicular por elas e poucos agricultores nestes aglomerados. Os portugueses têm a tendência de estar isolados e de não trabalharem em conjunto. Segundo, é nossa intenção que exista uma maior concentração da oferta e portanto, direcionada na venda e não apenas na compra de fatores de produção. Em Portugal, a venda de produto em conjunto é uma necessidade, a compra de fatores de produção é uma utilidade. Entre 2014 e 2020, o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020) vai usufruir de um valor na ordem dos 4,1 mil milhões de euros para financiar o setor. É um valor suficiente ou é o possível? É o valor possível... que pode ser adequado se a máquina estiver bem afinada, já que é muito fácil não gastar todo este montante caso a estrutura não esteja alinhada! No caso do PRODER, convém frisá-lo, foi com muito esforço que conseguimos executar a verba, apesar de ainda não a termos concluído: entrámos agora, em 2015, com 94 por cento de execução, e pretendemos ter tudo completo até ao verão. Outro dado de grande relevância: foi um grande esforço por parte da Administração em alterar a cadência dos pagamentos, assegurar que os mesmos fossem sempre feitos no mesmo dia, no final de cada mês, de forma a transmitir uma maior confiança ao agricultor, à banca, aos fornecedores...a todos os atores ligados a esta indústria. Desde há três anos que não existem atrasos nos pagamentos. Quais foram os seus grande desafios como secretário de Estado da Agricultura? Primeiro, regularizar os pagamentos e o parcelário das ajudas. Tínhamos, inclusive, multas da Comissão Europeia que, na altura, podiam inviabilizar o pagamento das ajudas aos agricultores portugueses. Depois, negociar e operacionalizar o próximo Quadro. Agora, o mais importante é a sua implementação. Nessa transição de quadros, entre o PRODER e o próximo, tínhamos duas opções: ou fechávamos
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Os números falam por si: só no PRODER assistimos à entrada de sete mil jovens agricultores! a porta e não recebíamos mais candidaturas, ou tomávamos uma opção de risco, que foi a que optei, que passou por continuar com as portas abertas e a receber candidaturas. Tivemos um período de quatro meses em que tivemos que encerrar, caso contrário haveria uma explosão de candidaturas. Conseguimos, junto da Comissão, ter um regime de transição para continuar a receber projetos usando as regras antigas. Agora, com este novo quadro, temos candidaturas que já vêm de trás. Tem, portanto, havido uma adesão massiva ao programa... Sem dúvida! Em junho do ano passado tínhamos registo de 10 300 candidaturas, um valor muito acima do esperado. Tivemos, em 2014, que reforçar os recursos humanos do PRODER com 36 pessoas, sendo que este ano iremos colocar 80 para que consigamos chegar ao verão a um ritmo já nivelado entre a apresentação de candidaturas por parte dos produtores e a capacidade da Administração em as analisar. Encontramo-nos a menos de um ano das eleições legislativas e, em Portugal, não raras vezes, mudam-se os políticos e mudam-se, também, as políticas. Caso haja uma mudança de cores partidárias no governo, antevê grandes alterações ao que tem sido feito na Agricultura? Mesmo mudando de cor política, há uma parte de estabilidade, impossível de mexer, que tem que ver com a reforma da PAC da UE. Haverá um momento de revisão em 2017, mas mesmo assim, existe uma certa estabilidade. Em relação ao PDR, este já permite reprogramações. No entanto, convém notar que quando chegámos ao governo, fixamos um objetivo para 2020 com o setor, numa ótica de produção e de melhoramento do nosso défice na balança comercial, para chegarmos neutros à data definida. Penso que será o próprio setor a exigir
estabilidade. Há quem faça investimentos a 25 anos, e quem o faz não quererá, certamente, alterações no quadro vigente. É óbvio que existe flexibilidade, ainda que, sublinho, seja reduzida. Penso que a política agrícola está relativamente bem protegida da chamada politização. Tendo por base o seu conhecimento no setor, bem como a mentalidade vigente no empresariado português, que conselhos daria aos empresários agrícolas? Em primeira análise, devo admitir que os agricultores portugueses surpreenderam-me pela positiva. Existe uma franja altamente qualificada, competitiva e que aposta na inovação e tecnologia de ponta...estão a fazerse coisas no país que não chegam à sociedade civil, ainda que a imprensa atual esteja muito mais virada e aberta para a agricultura. Porém, continuo a achar que os agricultores deveriam juntar-se mais, marcarem presença nas assembleias gerais das suas organizações de produtores ou cooperativas, procurar mais informação e trabalhar em rede. Ainda nos aspetos a melhorar, realço a necessidade de se criar valor acrescentado e abandonar a ideia de querer fazer tudo “na sua quintinha e exploração”. Ganhar escala e acrescentar valor, no fundo. Em países mais competitivos que o nosso é dessa forma que se trabalha. É verdadeiramente necessário haver um trator por cada agricultor? Pode não ser necessário... Quando começa o dia, quais as principais preocupações relacionadas com a sua atividade? Costumo preparar as reuniões do dia no comboio [risos], antes de aqui chegar ao gabinete [Terreiro do Paço]. O que mais me move é, sobretudo, a execução dos apoios agrícolas, pois esse é o combustível deste universo. Devo, claro, planear, organizar, assegurar que os serviços, entre eles, consigam despachar todo o trabalho relativo à programação, abertura de candidaturas... Penso que o meu trabalho tem que estar muito focado na política pública no seu global, pois se repararmos, temos no país 180 mil agricultores beneficiários da PAC, sendo que o importante é conseguir fazer mudanças estruturais que levem, a que na generalidade, as coisas se resolvam. É também importante ter em conta os casos pontuais e os problemas isolados, ainda que não possamos ficar presos à árvore e perder a floresta. Este trabalho leva-me a pensar em ciclos longos e não em aspetos mais imediatos.
sima 2015 Prémios de Inovação Duas medalhas de ouro três de prata e muitas menções Premiações
As 3 principais tendências
EuroAgEng, inovações tecnológicas em tratores e máquinas agrícolas • McCormick, gamas renovadas • O cultivador Intelligente da Gaspardo • Novidades e melhoramentos na Landini • New Holland atualiza séries T7 e T8 • Pneus mais amigos do solo em todas as marcas • Trituradores Kuhn com maior oferta • Claas apresenta Atos • O “guerreiro” da Deutz-Fahr em edição limitada • A aguardada série 7700 da Massey Ferguson • Manitou tem 2 novos carregadores • Os Puma da Case IH foram melhorados 32
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Sima 2015
A inovação
em primeiro lugar É o principal salão de máquinas agrícolas em espaço fechado realizado em França e um dos mais importantes a nível europeu. A edição deste ano, a 76ª, esteve de portas abertas entre 22 e 26 de fevereiro e foi planeada em torno de uma temática central: ‘A inovação em primeiro lugar’. A organização teve de expandir a área total, o que se deveu a um crescimento de 25% no número de empresas expositoras, muitas delas originárias de outras partes da Europa e de outras partes do mundo. O SIMA contou com visitantes em número superior a 248.000, originários de mais de 145 países.
O ambiente vibrante de um salão Foi assim que mais uma vez o SIMA se realizou, e voltando ao centro de tudo, que é a área de exposição e os eventos paralelos que aí se realizaram, houve de tudo: stands cheios de gente onde as marcas apresentaram novos produtos, conferências de imprensa, colóquios sobre o futuro da agricultura, e um espaço com modelos antigos que pôs em perspetiva a evolução das máquinas agrícolas ao longo das últimas décadas.
O que há para além da exposição Um salão não é apenas uma exposição gigantesca, onde o
Algumas das inovações premiadas no SIMA marcam um ponto de viragem na relação entre as máquinas e a agronomia
público com ligação ao setor vai conhecer as novidades. É também um espaço de encontro de pessoas que já se conhecem, que ainda não se conhecem mas que se passam a conhecer, e que em função da atividade que levam a cabo no seu dia a dia de trabalho, por conta própria ou no âmbito das empresas que representam – sejam agricultores, diretores de produto dos fabricantes, jornalistas, ou concessionários, entre muitos outros –, estabelecem contactos que quase sempre virão a ter algum proveito no futuro.
O homem à frente do júri Jean-Marc Bournigal Veterinário de formação, Jean-Marc Bournigal é presidente executivo do instituto francês IRSTEA e tem desempenhado várias funções em organismos franceses e internacionais, sempre com ligação ao setor agrícola. Presidiu aos Sima Innovation Awards 2015.
Prémios de Inovação A tradição de distinguir as inovações apresentadas durante o salão já remonta a 1931. E este ano não foi exceção, ainda para mais quando o que não falta são novidades, algumas delas efetivamente relevantes e surpreendentes. Apresentamos de seguida as tendências de inovação que resultam do conjunto dos equipamentos a que o júri dos SIMA Innovation Awards 2015 atribuiu um prémio, bem como uma breve descrição de cada um desses produtos.
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As 3 principais tendências Desenvolvimento das AgroTIC
Segurança das máquinas e dos operadores
As máquinas posicionam-se hoje no centro dos sistemas de informação de uma exploração agrícola, e os seus vários componentes (mecânicos, eletrónicos, controlos automatizados e tecnologias de informação) estão estreitamente associados e são interdependentes. As máquinas integram a ‘agricultura dirigida por dados’ porque recolhem informação que irá depois ser transferida, analisada, e usada em termos agronómicos e com valor acrescentado. Estas máquinas tendem a ser, cada vez mais, capazes de ajustar o seu trabalho em função do feed-back que recebem, o qual resulta da análise dos dados que previamente recolheram.
Por vezes o crescimento das máquinas em dimensão traz maiores riscos para os operadores. Por isso, os fabricantes têm vindo a pensar em soluções que resolvam problemas como o risco de capotamento, a deteção de obstáculos, e a simplificação do engate e desengate de alfaias. Nota-se neste campo um recurso frequente a dispositivos tecnológicos, como sensores e sistemas de imagem computacional.
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Performance das máquinas e produtividade Ao longo destes últimos anos, os acréscimos de produtividade resultaram do surgimento
Cerimónia de entrega dos prémios de inovação aos fabricantes.
de máquinas de maior dimensão e capazes de abarcar larguras de trabalho mais extensas. Mas não se pode avançar muito mais por esta via porque é preciso manter as máquinas dentro de uma dimensão que lhes permita circular em estrada. Os fabricantes estão por isso a virar-se para melhorias de outra ordem, como o aumento da velocidade de trabalho, a redução dos tempos mortos ou o aumento de performance dos circuitos internos, para que as máquinas combinem diferentes tarefas ou continuem a fazer aquilo que já faziam, mas com um acrescido desempenho e qualidade de trabalho.
Sima 2015
Medalhas de ouro // John Deere
Semeador rápido ExactEmerge
// claAs
Cabina panorâmica do Arion 400 A nova estrutura de cabina dos Arion 400 T4f oferece uma vista desimpedida sobre o carregador frontal e/ou elevador frontal, graças a um amplo e contínuo campo de visão de 90°. Mesmo não possuindo uma travessa entre o para-brisas e o teto, cumpre as normas de proteção contra a queda de objetos. A característica principal está em o construtor ter conseguido eliminar a travessa horizontal na parte superior da cabina, uma peça que tem sido essencial para ultrapassar com sucesso os testes de homologação que regulam a proteção contra a queda de objetos (FOPS). A junção entre o para-brisas e o teto em policarbonato é feita com um material utilizado
na indústria aeronáutica, dando a sensação de se tratar de uma peça única. Assim, desde o chão até ao teto, o largo para-brisas de 2,41 m² proporciona uma visão panorâmica a partir do assento do condutor. Sem ângulos mortos que obstruam a visibilidade sobre o carregador frontal, o condutor conserva-se sentado numa posição de condução confortável. Todos os movimentos repetitivos que causam fadiga na zona lombar e na cervical são assim eliminados, bem como as dores nas costas que por norma provocam. É um progresso assinalável em termos de prevenção, segurança, conforto e produtividade.
Permite velocidades de trabalho elevadas, mantendo uma precisão e qualidade de trabalho superiores às que apresentam os semeadores monogrão convencionais. Isto deve-se ao novo sistema transportador vertical que deposita a semente no solo a uma velocidade horizontal nula. Neste semeador pneumático de precisão, o tubo de descida é substituído por uma correia de escova. As sementes são transferidas do sistema de dosagem para a correia, que depois as transporta a uma velocidade vertical controlada até ao fundo do rego de sementeira. A velocidade do doseador e da correia de cada corpo do semeador são determinadas
pela velocidade de avanço. As sementes são depositadas no solo a uma velocidade horizontal nula, evitando que saltem ou rolem. O espaçamento determinado ao nível do distribuidor é perfeitamente cumprido, inclusive a velocidades de trabalho elevadas, até 20 km/h. A unidade elétrica dos elementos de sementeira permite desligar, manual ou automaticamente, cada um deles para se passar nas margens da parcela. É ainda possível fazer variar a densidade de sementeira de acordo com um mapa pré-definido, e realizar ajustamentos linha a linha. Um contador de sementes instalado em cada elemento do semeador permite visualizar, através da consola SeedStar, parâmetros como: espaçamento em cada linha, densidade momentânea de sementeira, e área semeada. Estes dados podem ser transmitidos via Wireleess Data Transfer e registados no portal MyJohnDeere.com para que o utilizador obtenha um mapa muito preciso da qualidade da sementeira, do qual constam informações como a pressão de apoio, as falhas e as sobreposições, e a velocidade de trabalho.
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Medalhas de prata // Vicon
Enfardadeira combinada Fastbale
// Berthoud
Incorporador de fitossanitários B-Safe O B-Safe é um dispositivo que permite colocar fitossanitários líquidos num pulverizador, e fazer a limpeza da máquina, sem que haja contacto com o operador e com o meio ambiente. Esta solução pode equipar os pulverizadores novos ou já em serviço e distingue-se pela sua facilidade de utilização e pela sua adaptabilidade à maioria das embalagens de fitossanitários disponíveis no mercado. A introdução dos diferentes produtos, diretamente a partir dos seus recipientes de origem, bem como a lavagem eficaz do pulverizador, eliminando os riscos de contaminação do ambiente e de exposição do operador aos fitossanitários. O B-Safe foi desenhado para ser ligado a todos os equipamentos que possuam uma tremonha de incorporação, mas deixa ao operador a possibilidade de continuar a usar esta tremonha para os produtos sólidos.
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A Fastbale é uma enfardeiraembaladora de fardos redondos non-stop, cuja combinação de funções contribui para um ganho de produtividade que pode chegar aos 50%. É constituída por duas câmaras de volume fixo. O fardo é moldado na pré-câmara, depois é enviado para a câmara principal, e fica pronto quando atinge um diâmetro máximo de 1,25 m. De seguida, é atado e transferido para a embaladora. A embaladora integra um duplo satélite, que foi montado em posição horizontal para enrolar o filme com ganhos de precisão e rapidez. A máquina não possui um sistema mecânico de transferência. A passagem do fardo para a embaladora é feita por gravidade. Ao fazer as duas operações sem paragens, obtém-se um maior rendimento de trabalho e uma diminuição do consumo e do desgaste. Mas a Fastbale também pode ser usada só como enfardadeira. Neste caso, o fardo é posto no chão assim que sai da câmara de prensagem.
// John Deere
Engate automatizado Autoconnect O Autoconnect permite proceder ao engate de todas as ligações e serventias de uma alfaia rebocada sem que o condutor tenha de descer da cabina do trator. O sistema inclui automatismos que fazem o trator recuar em direção à alfaia, efetuam o engate, e ainda fazem as regulações necessárias. Do lado do trator, é composto por um gancho de elevação telescópica que na ponta possui uma esfera, por uma peça com ligações fêmeas colocada em redor do veio de TDF, e por duas câmaras instaladas na traseira. Do lado da alfaia, encontramos uma barra de engate que agrupa um suporte do cardan com a parte fêmea da TDF, o encaixe da esfera, uma placa com o lado macho das restantes tomadas (TDF, válvulas hidráulicas e pneumáticas, cabos elétricos e Isobus) e um mecanismo para centrar tudo isto. A instalação desta barra não requer alterações na alfaia. Para proceder ao engate, o condutor posiciona o trator na direção da alfaia e assim que esteja a menos de 10 m, aciona o Autoconnect e a manobra passa a ser feita em modo automático. Um painel inclinado, com quadros brancos e pretos, é usado como alvo para ambas as câmaras, que atuam sobre a transmissão e a direção do trator, e o guiam até à alfaia.
Sima 2015
Menções especiais // IFM Electronic
Sensor 3D O3M Uma nova geração de sensores para deteção de obstáculos contribui para manter em segurança a área de trabalho em redor de uma máquina. Este dispositivo de assistência à condução pode ser instalado na frente ou na traseira do veículo e é capaz de identificar a posição, o tamanho, a trajetória e a velocidade relativa de cerca de 20 objetos que se encontrem no seu campo de visão. Funciona inclusive à noite, integra uma função anti-colisão, e faz uso do princípio “tempo de voo” com tecnologia ‘Photonic Mixer Device’ patenteada, que oferece um alcance de deteção superior a 35 metros. Inclui funções de auto-diagnóstico e está preparado para enfrentar temperaturas extremas. Apresenta ainda uma excelente resistência ao choque e às vibrações.
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// Agrotronix
Projetor de para-brisas VTH
// McHale // AEF
Base de dados ISOBUS Os resultados dos testes realizados a equipamentos com ISOBUS são postos numa base de dados onde se pode consultar a compatibilidade entre esses equipamentos. Um agricultor ou um fornecedor que pretenda saber se um determinado conjunto é compatível, e quais as funções que estão disponíveis, seleciona a combinação de equipamentos pretendida, assim como outras combinações alternativas. Aí é também possível solicitar ajuda técnica no caso de se deparar com uma deficiência de funcionamento. Quando um aparelho não consta da base de dados é porque não está certificado. O acesso à base de dados é gratuito.
Enfardadeira Fusion 3 Plus Com função de embaladora, esta enfardadeira possui um novo sistema para enrolar e apertar o filme plástico e dispensa o uso de rede ou fio. Assim que a formação do fardo é terminada, o sistema de ligação aplicalhe várias camadas de filme plástico ainda na câmara de prensagem, dando origem a um invólucro uniforme. Isto resulta em fardos mais apertados e que não perdem densidade. Em consequência, o processo de fermentação inicia-se mais cedo, obtendo-se assim uma maior qualidade da forragem.
Através do interface VTH, o operador pode visualizar em permanência no para-brisas um leque de informações à sua escolha sobre o funcionamento do trator e da alfaia. O VTH é um interface para alfaias e máquinas automotrizes, destinado a projetar informação no vidro dianteiro de uma cabina. Faz uso de um projetor e fornece em permanência, no campo de visão do operador, informações que de outro modo este teria de consultar num monitor. É ainda possível configurar o sistema para que sejam projetadas no para-brisas as imagens de vídeo emitidas por câmaras instaladas no trator ou na alfaia.
Sima 2015 // Hardi-Evrard
Aplicação móvel Evrard-ScanApp
// Horsch
Pulverizador Leeb GS O pulverizador Leeb GS reúne soluções inovadoras que estabelecem novas referências a nível de eficácia de pulverização e ritmo de trabalho. O BoomControl Pro é um sistema ativo de estabilização e orientação da barra que permite posicioná-la em permanência o mais próximo possível do alvo. Este princípio, associado aos bicos a 80° dispostos a 25 cm de intervalo, permite limitar a deriva mesmo a velocidades de trabalho elevadas. Adicionalmente, o sistema CCS de lavagem em contínuo permite alcançar a taxa de diluição desejada sem ser necessária muita água limpa. É usada uma bomba de pistão e membrana para enviar a água limpa para o depósito e daí é enviada para a barra de pulverização através de uma bomba centrífuga.
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// Carre
Robot de deservagem Anatis Está projetado para fazer a manutenção das culturas e produzir para cada parcela relatórios baseados na recolha de dados sobre as plantas e o solo. Faz sacha para eliminar ervas infestantes e melhorar a infiltração de água junto à planta. E também emite um relatório de cada parcela onde são sintetizados dados sobre o solo e a cultura que ajudam o agricultor a melhor antecipar e gerir as tarefas do quotidiano. Entre esses dados estão: presença de infestantes, densidade e estado da cultura, luminosidade, humidade do ar, e temperatura do solo e do ar. Possui um motor elétrico, movimentase através de condução GPS combinada com câmaras e laser, e pode ser ligado a um smartphone ou a um tablet.
Uma aplicação para smartphone e tablet permite estabelecer comunicação com um pulverizador e fazer o registo dos fitossanitários aplicados numa parcela. A App gera uma comunicação via wi-fi com o terminal Regulor 6 do pulverizador Hardi-Evrard e procede à digitalização do código de barras das embalagens para identificar e fazer registo dos produtos fitossanitários que são aplicados em cada parcela. Os dados são memorizados num ficheiro de documentação parcelar e podem ser transferidos por via de um cartão de memória SD. Esta solução valoriza a existência dos códigos de barras que fornecem informações sobre o produto, ao nível das instruções de aplicação e dos riscos para o utilizador e para o ambiente.
// Claas
Barra de corte Vario Um novo automatismo permite mover para trás e para diante o avental de modo a adequar a profundidade da barra de corte ao tipo de cultura. Devido à evolução das variedades, muitas vezes o agricultor tem de ceifar colza da parte da manhã, trigo a meio do dia, e novamente colza ao fim da tarde, em função da humidade. O sistema Vario responde a este género de restrições. Ao modular a distância entre as facas e o sem-fim de alimentação, garante um melhor escoamento da palha para dentro da ceifeira em função da variedade que está a ser ceifada. O curso total do avental é de 700 mm. Mas pode ser encurtado até aos 100 mm para as culturas de palha curta e alongar-se 600 mm para a colza, diretamente desde o posto de condução. A adaptação faz-se assim em menos de um minuto e sem ser necessário recorrer a qualquer ferramenta.
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Sima 2015
// Sulky Burel
// Perard
Modulação da distribuição Um sistema de modulação permite diferenciar a dose de fertilizante a ser distribuída por cada um dos lados num distribuidor centrífugo com Isobus. Com o distribuidor X40 - X50 ISOBUS, que está associado a um terminal virtual Green Star John Deere 2630, as zonas com dosagem inferior ao pretendido e as zonas com sobredosagem ficam reduzidas. Também as zonas de transição, onde a dose recomendada muda, são geridas com maior exatidão. Além dos benefícios agronómicos, contribui também para uma otimização dos custos. A modulação diferenciada é um passo em frente a nível de agricultura de precisão.
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Valorização de palha VMP // John Deere // Comer industries
Dispositivo para travões Centriplus Ao manter o sistema de travagem separado do óleo do eixo, este sistema reduz a dissipação de energia e melhora a eficácia dos travões em banho de óleo. A velocidade de rotação dos discos, que normalmente é elevada (até 1500 rpm), produz um movimento de agitação do óleo, com dissipação de energia e temperatura elevada. Com esta solução, o grupo de travagem é isolado por dois contra-discos de extremidade e os discos deixam de estar imersos no óleo do eixo, o que evita a dissipação de calor que resulta da fricção. Contudo, a travagem continua a ser exercida com toda a segurança e eficácia. A lubrificação é garantida por um sistema de ação centrífuga.
Sistema de partilha de eletricidade O Battery Boost é um sistema integrado que permite a partilha de energia elétrica renovável entre a exploração, os tratores e as alfaias. Um bloco de baterias instalado no hidráulico frontal serve para fornecer potência adicional a um trator como o 6RE, que possui um gerador elétrico, e a alfaias de acionamento elétrico. As baterias aumentam a autonomia do trator; fornecem autonomia adicional à transmissão; e fornecem energia às alfaias de acionamento elétrico. Do sistema fazem ainda parte um feixe de cabos que asseguram a passagem de corrente do trator para as alfaias, e uma nova geração de tomadas elétricas plug & play concebidas pela AEF.
Um equipamento ligado lateralmente a uma ceifeiradebulhadora, recolhe por aspiração a palha que resulta da debulha, e comprime-a em fardos cilíndricos. O VMP adapta-se a qualquer ceifeira através de duas ligações, e possui posição de transporte. Tem o seu próprio motor e é controlado a partir da cabina através de uma consola. Os fardos são envolvidos num filme de polietileno atado em cada ponta, para que se mantenham firmes durante o transporte. A palha pode ser utilizada para alimento dos animais, para malhada, ou para produzir energia. A recolha da palha reduz o uso de herbicidas e as intervenções para matar as infestantes, já que estas não são ressemeadas durante a debulha.
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// Merlo
Controlo de estabilidade TSS À já existente gestão de estabilidade frontal e longitudinal dos carregadores, a Merlo adicionou um sistema que previne o capotamento lateral. O sistema mantém
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o condutor informado em tempo real acerca do índice de estabilidade lateral, através de luzes LED e de um avisador sonoro. Vários parâmetros importantes são medidos 100 vezes por segundo. Entre eles estão: a carga sobre cada roda, a posição e o grau de avanço da lança, o ângulo e o peso que está a ser levantado, e ainda a inclinação do chassis. Além de alertar o condutor, em função do problema detetado, o sistema pode mesmo bloquear as manobras que ameacem a estabilidade do carregador.
// Rolland
Engate fácil Roll-Link Com o Roll-link, uma única pessoa pode com facilidade e em segurança engatar um reboque de 2 ou 3 eixos equipado com eixos auto-pilotados. Um sistema de desbloqueio permite que uma pessoa sozinha ligue ao trator os macacos hidráulicos que controlam os eixos do reboque. A possibilidade de rotação
dada por este mecanismo gera um curso suplementar que facilita a instalação dos macacos nos seus pontos de engate. Depois, o operador entra na cabina, desloca o trator para a frente, faz uma ligeira manobra para a esquerda e outra para a direita para voltar a bloquear o Roll-Link, e já pode começar a trabalhar.
Sima 2015
// Müller Elektronik
Aplicação de diagnóstico Isobus A InsightME é uma ferramenta para fazer diagnóstico em equipamentos com Isobus, destinada aos técnicos de reparação e aos agricultores. Esta app possibilita a obtenção de informações precisas acerca do sistema eletrónico de uma máquina, de modo a que se situe facilmente a causa de uma falha técnica. Funciona através de dispositivos móveis e faz uso do interface CAN/Wi-Fi. Isto significa que o tablet ou o smartphone não têm de estar fisicamente ligados à rede CAN da máquina para que se obtenha os dados de diagnóstico. Através de uma conexão 3G ou 4G, a app pode ainda comunicar com um serviço remoto de diagnóstico.
// Razol
Guiamento Agrogeovisio
// MaFerme-Neotic // Lindsay Europe
Roda anti-furos para pivots A NFTrax é uma roda para pivots de rega, destinada a assegurar uma melhor tração e um reduzido impacto sobre o solo ao longo das vias de rodagem. Integra uma jante, uma banda de rodagem, composta por borracha vulcanizada e fios em aço, e peças de fixação que mantêm estes dois componentes ligados um ao outro. Apresenta as qualidades anti-perfuração de uma roda metálica e, graças à sua forma e efeito de flexão, assegura as mesmas funções de um pneu. Adaptase às irregularidades do terreno e o impacto sobre o solo, resultante da passagem repetida das rodas, é menor. Esta solução requer menos manutenção e contribui para diminuir os tempos de paragem que perturbam a irrigação.
Módulo de troca de dados O PreciZion é um módulo que assegura a troca de dados entre as máquinas no campo e um sistema de gestão parcelar na exploração. É compatível com o software Agreo e Atland, e realiza a ponte entre as máquinas e um sistema de gestão parcelar. O arquivamento das tarefas e dos mapas que lhes estão associados servem para definir estratégias. Funciona em modo aberto (compatível com ISOXML) é simples (transferência via USB e wireless), controlado (inclui recomendações de especialistas) e global (agrupa a cadeia completa de serviços de deteção remota realizada por satélites e drones).
Um sistema de guiamento que funciona através de visão computacional e GPS centimétrico permite orientar um cultivador mesmo numa cultura coberta. A alfaia é orientada na linha através de um terceiro-ponto intermédio, e com recurso a visão computacional ou a GPS, dependendo da fase de crescimento da cultura. Um sistema visual de recolha de dados regista em permanência a posição e o tamanho de cada planta. Isto permite monitorizar a vivacidade das plantas e criar um mapa das parcelas, ao mesmo tempo que se faz o trabalho de solo. O GPS empregue é inovador. Assegura um posicionamento centimétrico sem recorrer à tecnologia RTK e tem um custo mais baixo do que o GPS RTK.
ABOLSAMIA · março / abril 2015
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KRONE EASY CUT* Gadanheira de discos
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• Modelos suspendidos, rebocadas e combinação tripla. • Disponível em todas as larguras de trabalho (desde 2 até 10 m). • Barras de corte completamente soldadas e fechadas, para uma maior resistência. • Suspensão EASYCUT DUOGRIP com suporte no centro de gravidade.
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AMAZONE ZA-M Ultra Profis Hydro* Distribuidor de adubo suspendido de duplo disco
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Sima 2015
sima 2015
inovação primeiro! Luis Alcino Conceição Professor Ajunto da Escola Superior Agrária de Elvas
Em colaboração com a Revista abolsamia, no SIMA
Visitar o SIMA é sempre, por um lado um privilégio pelo prestígio de poder estar num dos salões de referência em mecanização agrícola da Europa, que este ano cumpria o seu 76º aniversário, e um refresh dos conceitos que conhecemos e ensinamos diariamente aos nossos alunos e ao público em geral. A tónica desta edição era “Inovação” ! e, o conceito patente por todo o certame mostrava-se desde logo por uma área dedicada à investigação e desenvolvimento com apresentação de inúmeros protótipos tanto nas áreas de mecanização como de rega e pecuária, pela organização de conferências juntando agricultores, empresas e universidades e num recinto com a mostra de mais de 600 produtos novos. Nestes os extremos tecnológicos tocam-se, ora com a apresentação de tratores maiores e de mais elevado nível de potência, ora passando pelas inúmeras soluções de agricultura de precisão, ora no extremo oposto pela tecnologia disponível na área da robótica agrícola. Alguns números: 1700 empresas de 42 países, cerca de 250.000 entradas de 145 países, cerca de 27 hectares de área de exposição. Relativamente à presença portuguesa, gostava de ter visto mais... relativamente à realidade exposta face ao mercado português, desfasada... Duas reflexões Primeiro, a mais-valia do desenvolvimento tecnológico afirma-se pelo seu grau de adoção sob pena de se perder se assim não acontecer. Neste contexto, o atual PDR2020 pode não só constituir uma alavanca ao investimento em bens materiais mas também ser determinante no treino e formação de operadores e equipas técnicas às novas funcionalidades de que hoje dispomos em mecanização agrícola. Segundo, sendo já a referência que é, o SIMA mantêm-se como o certame de referência do seu género em França realizado a cada dois anos. Pela importância que representa não só para agricultura nacional, mas para a Industria e todo o setor de logística e componentes que lhe está adjacente, pela relação privilegiada que podemos ter nalguns mercados como o lusófono, não seria de definitivamente ultrapassar barreiras e concertar esforços no sentido da organização de um grande evento nacional ao invés dos vários que vamos conhecemos... Eu quero acreditar que é possível!
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mais novidades
// McCormick
Novas gamas X8
A McCormick está a desenvolver uma nova série de tratores denominada X8. Posicionada acima dos X7, os X8 deverão apresentar um nível de potência que transpõe a barreira dos 300 cv. Pensa-se que possam ser apresentados na Agritechnica, no final de 2015.
X6 VT-Drive
A série X6, que veio substituir a série X60, conta com motores Tier 4i BetaPower e a partir de agora também com transmissão de variação contínua. Os modelos equipados com esta transmissão desenvolvida dentro do Grupo Argo assumem a designação X6 VT-Drive. Nesta série, o X6.440, que é o modelo de maior potência, alcança os 133 cv (143 cv com boost). Os modelos X6.420 e X6.430 contam com uma transmissão 36/12 com três relações Powershift. Em opção,
esta transmissão pode equipar com super redutor e regulação do inversor eletro-hidráulico. O sistema de travagem também foi melhorado, graças ao emprego de um sistema de êmbolos anelares, TDF eletrohidráulica de 4 velocidades e uma velocidade proporcional ao avanço. O hidráulico, com circuito de centro aberto, fornece uma performance de 66 L/min para os serviços externos e 32 L/min para a direção. A capacidade de elevação traseira é de 5.400 kg. Como opcional pode contar com um circuito de centro fechado com caudal de 110 L/min. Na série X6 a suspensão de cabine é opcional, bem como o eixo frontal com suspensão independente em cada uma das rodas. Todos os tratores na versão VT-Drive, tanto da série X6 como da X7, estiveram expostos na EIMA com pintura amarela, para evidenciar a novidade.
Sima 2015 X7 VT-Drive
Na série X7, os modelos de 4 cilindros (X7.440, X7.450 e X7.460, com potências de 143, 160 e 166 cv (175 cv com boost no modelo X7.460), já contavam com transmissão de variação contínua. Agora a McCormick apresentou os novos X7.6 VT-Drive, de 6 cilindros (X7.660 e X7.670 com potências com boost de respetivamente 175 e 192 cv), neste caso equipados com uma transmissão ZF de quatro gamas. Todos os motores são fornecidos pela Betapower e cumprem o nível de emissões Fase IIIB/Tier 4i. Um monitor táctil de 12” faz parte do equipamento de série dos VT-Drive.
X5
A série X5 foi apresentada na EIMA com uma nova cabine de 4 pilares, que vem trazer maior visibilidade e conforto a estes utilitários compactos que estão muito vocacionados para trabalhar com carregador frontal ou com elevador hidráulico dianteiro.
X4
Os X4, lançados no decorrer de 2014, também estiveram em exposição na EIMA. Composta por três modelos (X4.20, X4.30 y X4.40) com potência entre os 61 e os 75 cv, a série X4 é propulsionada por motores Deutz Tier 4Final. Estão disponíveis em versão plataforma e cabine.
// Maschio Gaspardo
Cultivador com leitura ótica Um cultivador para culturas em linha que é guiado por câmaras é o que propõe a Maschio Gaspardo. O modelo Intelligente possui tecnologia que o alinha automaticamente com as fileiras da cultura. Esta funcionalidade não só reduz a fadiga do tratorista como permite velocidades elevadas. Segundo a marca podem ser atingidas velocidades de trabalho de uns impressionantes 25 km/h. O sistema automático que faz as correções de posição da alfaia funciona com base em câmaras de leitura ótica que antecipam desvios, dando depois ordens ao sistema hidráulico para repor a alfaia no caminho certo. A alfaia requer 3 distribuidores hidráulicos, tem uma largura total de 3 metros e pesa 580 kg.
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Sima 2015 // Väderstad
Prémio “Machine of the Year 2015”
// Landini
Novidades e melhoramentos A marca italiana aproveitou a realização do SIMA para mostrar a sua série Rex melhorada, para além dos novos isodiamétricos da série 9000, de que constam dois modelos, respetivamente de 85 e 95 cv. Na série Rex os melhoramentos centraram-se essencialmente no interior da cabina, que foi melhorado, e no capot que para além de um novo design, passou a ser produzido com material polímero para uma maior resistência. Já os componentes principais dos tratores não sofreram alterações, onde as versões F, GE e GT estão equipadas com motores Perkins e 3 ou 4 cilindros, com potência máxima de 68cv no Rex70 até 110cv para o topo
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Esta gama oferece quatro de gama Rex120. Como modelos, dos 88,5 aos transmissões disponíveis, 113cv com sistema Dual mantêm-se uma versão base Power disponível de série de 3 gamas e 5 marchas num nos primeiro três modelos. total de 15+15 velocidades, • A extensão da Série 4, e uma outra opcional com com mais três novos Hi-Lo eletrohidráulico. modelos: 4-060, 4-070 e 4-080, de 61, 68 e Presentes estiveram 75cv respetivamente. também as séries Mais compactos que os já apresentadas na tratores mais potentes Eima: desta linha (4-090, 4-100 • Série 6L, destinada a e 4-105), estes modelos operações em campo resumem bem a filosofia aberto, foi apresentada da marca em apostar com novos três modelos em tratores de baixa (6-145L de 143cv, 6-160L, potência. Oferecem uma de 163cv e o 6-175L de caixa de velocidades 12 176cv), todos com um + 12, e inversor mecânico motor Tier 4 interim de 16 de série, estando válvulas com sistema SCR. disponíveis tanto em • Série 5H, com novo versão plataforma como desenho e nova cabina. cabina.
A Väderstad recebeu a distinção “Machine of the Year 2015” numa cerimónia oficial no Sima, pelo seu mais recente cultivador Opus. Opus é um cultivador de dentes extremamente polivalente que pode trabalhar a uma profundidade que vai de alguns centímetros até 40 cm de profundidade. É construído sobre uma estrutura robusta, capaz de suportar condições duras de esforço. Com um espaçamento de facas de 27 cm e um espaço livre ao solo de 80 cm, é capaz de processar grandes quantidades de resíduos e de terra.
Sima 2015 // Mitas
PneuTrac com mais medidas
Uma nova medida do PneuTrac (480/65R28), que se torna, desta forma, na terceira medida desenvolvida pela marca, além
A Mitas aproveitou o SIMA, em Paris, para apresentar ao mercado algumas novidades nas suas gamas.
das 280/70R18 e 600/65R38. Desta forma, a marca já poderá equipar ambos os eixos de um trator com esta gama. Já em finais do ano, na EIMA, em Bolonha, Itália, este modelo tinha recebido o prémio na categoria de Inovação Técnica. Com uma pegada 53 por cento maior que os pneus tradicionais, este pneu garante uma maior força de tração, assegurando melhor distribuição da pressão sobre o solo e menor compactação do terreno. Também a estabilidade lateral do PneuTrac é superior à dos outros pneumáticos em 164 pontos percentuais. De referir, por último, que este modelo pode ser montado em jantes
convencionais. Duas novas medidas do Very High Flexion: VF 600/70R30 HC2000 e o VF 710/70R42 HC2000, a complementar brevemente com a VF 380/105R54 HC2000. Atualmente, a Mitas tem disponíveis cinco medidas na gama HC2000, direcionados para tratores de alta potência. A principal vantagem dos pneus VF tem que ver com a não necessidade de alterar a pressão do ar dos pneus, independentemente da velocidade do trator. A compactação do solo é menor que os pneumáticos standard e tem uma maior mobilidade em condições difíceis e com o solo húmido.
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Sima 2015 POR Luis Alcino Conceição
// New Holland
T7, T8 e TD4F na linha da frente Série T7 atualizada Sociedade Europeia de Engenheiros Agrónomos (EurAgEng) promove Seminário no SIMA 2015 O contributo da Agronomia na inovação de soluções sustentáveis para a intensificação da produção agrícola foi o mote para uma conferência que teve lugar nas sessões de abertura da 76ª edição do SIMA em Paris. Na mesa de abertura, Emanuel Hugo e David Tinker, Presidente e Secretáriogeral da EurAgEng lembraram o início de atividade desta organização e a importância que a mesma tem tido ao longo dos anos na discussão de temas em torno da Agronomia, reunindo investigadores, empresas e agricultores nas várias conferências, publicações e grupos de trabalho que a compõem. Do programa da conferência organizada no SIMA 2015 constaram apresentações na ótica da inovação tecnológica em tratores e máquinas agrícolas pelos chefes de produto das marcas Claas e John Deere, robótica pelo chefe de equipa do IRSTEA , isobus pelo grupo Kverneland e AEF e agricultura sustentavel e conservação do solo pelo Professor emérito Mark Kibblewhite da Universidade de Cranfield, Reino Unido. Da conferência fizeram parte ainda a divulgação de três trabalhos de investigação de doutoramento, da Universidade de Wageningen, do centro de investigação francês IRSTEA e da Universidade Politécnica de Madrid/ICAAM Évora, desta feita com a participação portuguesa de Luís Conceição (na imagem) que abordou a temática do impacto do sistema de preparação do solo na profundidade de sementeira de milho e custos de operação. Das conclusões da conferência, ressalva para o elevado número de soluções tecnológicas no âmbito dos sistemas de automação e agricultura de precisão que hoje se apresentam em mecanização agrícola, bem como para a necessidade da implementação de programas de demonstração dessas soluções junto dos agricultores e treino de operadores, de forma a aumentar o seu grau de adoção e utilização.
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A New Holland acaba de atualizar a série T7. Nesta nova geração salta à vista uma linha estética renovada, que faz os T7 parecerem-se mais com os seus irmãos T8, mas também melhoramentos a vários outros níveis. Consciente de que muitos agricultores irão optar sempre pelas vantagens de um trator de 6 cilindros em detrimento de um de 4, a New Holland faz situar os T7 numa faixa de potência que tem início nos 140cv (175cv com boost) do modelo de entrada, o T7.175, e que vai até aos 240cv (270cv com boost) do T7.270. A nível do motor, o bloco FPT de 6 cilindros permite cumprir as normas de emissões Tier 4Final sem que tenha de incluir recirculação dos gases de escape ou filtro de partículas. O capot inclui painéis para entrada e saída de ar com maior dimensão, e luzes “olho de gato” na parte inferior da grelha. No tejadilho, de linhas mais estreitas, está instalado um potente jogo de luzes de trabalho LED ajustáveis. Com 31 mil lúmens, o novo sistema de iluminação é cinco vezes mais potente que nos anteriores T7. De modo a tornar as funcionalidades de automatização mais fáceis de utilizar, foi desenvolvido um novo sequenciamento de viragem na linha de cabeceira (HTS II). A nova Série T7 possui ainda arquitetura ISOBUS Class 3 que permite que um implemento controle o trator, incluindo a sua velocidade de avanço. Disponível nos modelos T7.230 e superiores, a tecnologia de travagem ABS gere os travões de cada
roda individualmente. É uma boa opção para quem faz muito transporte em estrada, sobretudo em pisos escorregadios. Entre outras opções, a New Holland disponibiliza o travão de escape, bem como o ABS SuperSteer, que auxilia as viragens apertadas no campo, travando a roda interior traseira quando se roda o volante.
Série T8 também melhorada
Nos renovados T8, o destaque vai para a maior potência oferecida, mantendo uma elevada eficiência de consumo de combustível com a tecnologia Hi-eSCR Eco Blue. Estas máquinas sofreram ainda uma série de melhoramentos que contribuem para o aumento significativo do conforto do operador, além de que a assistência e manutenção são bastante simples. Destaque ainda para a apresentação da opçãoSmartTrax, especialmente dedicada aos que acreditam que os sistemas de rastos são a opção certa para as suas operações agrícolas, mas que vêem limitações no conceitoTwinTrack. Os modelos terão entre 250 e 380 cavalos – potência nominal.
Série TD4F para pomares
A série TD4000F, que conquistou um considerável sucesso, evoluiu e deu origem
aos novos TD4F. A série repartese por três modelos (TD4.70F, TD4.80F e TD4.90F) com potências entre 65 e 88cv. O bloco instalado é o mesmo: 4 cilindros Tier 3 usado na série T4F/N/V, com um intervalo de manutenção de 600 horas. A nível da transmissão, a versão mais equipada possui inversor eletrohidráulico que dispensa o uso de embraiagem. As outras duas transmissões disponíveis, a 12/12 e a 20/12 (com superlentas), possuem inversor sincronizado. As alterações, comparativamente com a série anterior, não se ficam pela estética e pela reconfiguração dos comandos. O sistema de travagem apresenta agora um melhor desempenho, e a TDF é servoassistida. O operador pode assim transferir a potência da TDF para uma alfaia de modo gradual, por forma a reduzir o desgaste. A nível hidráulico, é possivel instalar 4 válvulas traseiras e 2 centrais controladas por joystick. Pelas suas características, estes tratores adaptam-se ao trabalho nos pomares modernos.
// Manitou
Novos carregadores mais versáteis O Grupo Manitou aproveitou a sua presença no SIMA para comunicar o lançamento da 500.000ª máquina produzida. Apresentou também duas novas máquinas - a MLT 960 e a MLT 1040 destinadas a usos intensivos em aplicações agropecuárias. Ambos os modelos, de grande capacidade, integram tecnologias avançadas, para reduzir os consumos: função eco-modo (opcional); motor John Deere stage 4 com baixas emissões de CO2; transmissão CVT; regulação eletrónica do sistema de refrigeração; caixa M-shift de 5 velocidades.
MLT 960
Com uma altura de trabalho de 9 metros, a MLT 960 dispõe de uma carga nominal de 6 toneladas. Possui motorização John Deere de 141 cv, e adapta-se na perfeição a um vasto leque de aplicações que requerem uma força de tração de 10.000 daN) e ciclos repetitivos e intensivos. A MLT 960 é capaz de levantar 4 toneladas de carga de até 9 metros de altura, e possui um raio de viragem de 4.30 metros.
MLT 1040
Particularmente adaptada para aplicações “palha”, a MLT 1040 consegue levantar
2.000 kg (equivalente de 3 fardos cilindrícos de palha) a 10 metros de altura. Quer seja no manejo de fardos de palha ou feno, armazenamento em altura, enchimento de reboques de palha em tempo recorde ou na condução por estrada em modo automático, a MLT 1040 responde a um uso temporal intensivo, mas também no interior de um edifício. Possui dimensões compactas, comprimento reduzido e um ângulo de viragem excepcional para a sua categoria. O seu desvio dianteiro, de 7.06 m, permite ao operador otimizar a sua superfície de armazenamento de grão, no armazenamento plano. O seu elevado caudal hidráulico (180l/m) facilita-lhe rapidez nos movimentos, particularmente útil para encher os reboques rápida e eficientemente.
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//Trelleborg
Nova linha ProgressiveTraction TM700 A marca de pneus irá aplicar a sua inovadora tecnologia, ProgressiveTraction, a uma nova série de pneus radiais /70, de forma satisfazer os fabricantes de tratores de média potência, bem como para reduzir os custos globais das operações agrícolas. A primeira medida da gama TM700 ProgressiveTraction – 520/70R38 foi lançada durante o SIMA, em Paris, que se realizou no passado mês de fevereiro. Trata-se de um pneumático que viu a sua banda de rodagem ser
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ampliada, garantindo, com isso, uma pegada 18 por cento mais larga, uma excelente flutuação e tração e uma maior poupança de combustível. Todas estas características resultam num rendimento superior nos campos de cultivo, preservando, ainda, a compactação do solo e sua erosão. Piero Mancinnelli, diretor de Investigação e Desenvolvimento da Trelleborg, explicou a aposta da marca neste segmento. “Os principais fabricantes de tratores estão cada vez mais focalizados nas máquinas de média potência – entre os 40 e 240 cavalos. Estes tratores exigem dos pneus um rendimento superior, tanto na tração como no consumo de combustível. O novo TM700 ProgressiveTraction oferece exatamente isso. Por outro lado, ao aplicarmos a nossa tecnologia BlueTire neste modelo significa que subimos a fasquia no que toca à eficiência e produtividade na agricultura de hoje e de amanhã”.
// bkt
Agrimax Sirio em duas dimensões O Agrimax Sirio foi revelado, no SIMA, em Paris, em duas dimensões: 710/70R38 e 540/65R38. Trata-se de uma gama de pneus dedicada a tratores que trabalhem em condições difíceis e com reboques extremamente pesados. O seu impacto no solo é, ainda assim, reduzido, não existindo quase nenhuma resistência na sua circulação, característica que permite uma grande poupança de combustível. Estes pneus, segundo os responsáveis da marca, respondem muito bem durante a condução, oferecem conforto e estabilidade.
// Claas
Gama de tratores alargada A Claas desvendou em novembro a série Atos, que se posiciona abaixo dos Arion 400. Esta série de convencionais compactos resulta de uma parceria com o Grupo SDF e é composta por três modelos de 3 cilindros (220, 230 e 240), com 2,9 litros e potência entre os 76 e os 97 cv, e por três modelos de 4 cilindros (330, 340, e 350), com 3,8 litros e potência entre os 88 e os 109 cv. Todos cumprem o nível de emissões Tier 4i. Estão equipados com transmissão mecânica, que na variante Twinshift possui duas velocidades powershift. Na versão com inversor eletrónico, têm uma função Smart Stop através da qual os pedais de travão também fazem de embraiagem. Mais recentemente a marca apresentou dois novos modelos de gama alta que vêm completar a série Axion. São eles o Axion 800 e o Axion 820 com, respetivamente, 205 e 225 cv de potência máxima.
// Kuhn
Um mega stand e muitas novidades A Kuhn aproveitou o SIMA para apresentar algumas das mais recentes novidades, entre elas os trituradores reversíveis – BCR 2800 e BCR 3200, e a cortadora/ distribuidora Primor 4260 M Cut Control.
BCR 2800 e BCR 3200
Para completar a gama de trituradores com eixos horizontais, a Kuhn apresentou uma nova série de trituradores reversíveis, a BCR 1000, que se destina a grandes explorações cerealíferas ou a prestadores de serviços, que procurem uma máquina robusta e fiável. Os dois modelos disponíveis, BCR e BCR 2800 3200 (com uma largura de trabalho de 2,80 m e 3,23 m, respectivamente) são projetados para permitir velocidades de trabalho contínuas, na presença de grande quantidade de resíduos. Possuem uma construção muito robusta e um potente rotor - acionado por 4 correias Power Band na 2800 BCR ou por acionamento duplo de 6 correias na BCR 3200 - que permite a sua utilização por tratores até 300 cv. Ambos os modelos estão disponíveis com engate simples ou duplo para ser usado na parte frontal ou reversível, na parte dianteira ou traseira. Se usado em posição frontal, pode trabalhar em combinação com uma alfaia de mobilização do solo atrás, ou em combinação com uma trituradora traseira (como BP 8300).
Primor 4260 M Cut Control
A gama de cortadoras/ distribuidoras de forragem Primor passa a contar com um novo modelo: a Primor 4260 M Cut Control. Com um compartimento de carga de 4,2m³, este modelo pode trabalhar com fardos retangulares até 2,70 m e com dois fardos redondos de 2m de diâmetro. A largura do compartimento (1,65 m) também permite albergar fardos redondos com largura até 1,50 m. A alimentação da máquina é feita através da abertura na parte traseira do compartimento, que possui uma plataforma hidráulica. Equipada com uma grande turbina, a distância de projeção da palha permanece idêntica à de uma cortadora de palha tradicional, ou seja, 17 m à direita. O seu triturador para todo o tipo de forragens (equipado com oito discos montados em secções) é acionado pelo dispositivo de correias patenteado Polydrive. A Primor 4260 M Cut Control permite assim a distribuição de forragens de filamentos longos, tais como o feno e a lâminas de erva. Desta forma, a PRIMOR 4260 M CUT CONTROL oferece as mesmas vantagens de uma cortadora/ distribuidora de forragens destinada aos criadores que desejem cortar e distribuir forragens de filamentos longos.
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// Case IH
Puma, 6 cilindros, até 240 cv A série Puma, composta por sete modelos que vão dos 150 aos 240cv (270cv com boost), sofreu uma atualização com vista a adaptar os motores FPT à fase de emissões Tier 4Final e pelo caminho a marca reviu uma série de outros detalhes. Com 6 cilindros e 6,7 litros de cilindrada, estes motores apresentam um intervalo de manutenção de 600 horas. Quanto às atualizações a nível tecnológico, o terminal AFS 700 passa a incluir uma nova configuração remota das válvulas hidráulicas e a funcionalidade Isobus III, que pode controlar automaticamente a velocidade de avanço do trator, o elevador e os distribuidores hidráulicos, ou a TDF, em função das ordens dadas por uma alfaia. A marca reviu também o ajuste da agressividade do inversor, que dispõe agora de um novo seletor e de novas configurações. Mas as mudanças contemplaram também outros parâmetros de automatização, como explicou Dan Stuart, diretor de marketing no segmento dos tratores para a região EMEA: “O novo HMC II para controlo de manobras nas cabeceiras torna a vida do operador mais fácil, com um interface que permite o ajuste de um maior número de parâmetros”. A cabine foi também revista, quer no interior, onde os clientes podem agora optar por novos assentos do condutor, quer no exterior, onde um sistema de iluminação LED de maior alcance contribui para um trabalho noturno.
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// Massey Ferguson
MF 7700 com novos motores A aguardada série 7700, com motor Tier 4Final, foi a principal novidade desvendada pela MF no SIMA 2015. Os pequenos 1700 também estiveram em destaque, bem como a antevisão do que vai mudar na série 3600.
Série 7700
A MF acaba de renovar a série 7600, que passa a ter a designação 7700. A alteração
de maior relevo deu-se ao nível do motor, que passa a cumprir o nível de emissões Fase IV/Tier 4Final. No total, são nove tratores com potência máxima entre os 140 e os 255 cv (280 cv com boost), todos com motor Agco Power de seis cilindros, com 6,6 ou 7,4 litros, dependendo do modelo. Além do motor, a MF aproveitou para fazer alguns aperfeiçoamentos. A carga máxima admissível foi aumentada em 12%, a suspensão do eixo dianteiro foi revista, o hidráulico pode ser configurado com mais distribuidores, e o painel de instrumentos foi redimensionado.
Série 3600
A MF vai atualizar a série 3600 tanto na versão convencional como na versão especializada. Com potência entre 69 e102 cv, contarão com uma frente redesenhada, faróis ovais de mínimos e piscas, e novas cores atribuídas a alguns componentes no interior da cabine. Mas as alterações vão além da estética. A capacidade de elevação foi aumentada para 3 toneladas, e o ângulo da direção nos especializados é maior, graças a um novo
Sima 2015 formato do suporte frontal. Estes modelos entram em produção em setembro deste ano.
Série 1700
A MF expôs no SIMA os modelos que substituem o MF 1540 e o MF 1547. São eles o MF 1740 (com motor de 3 cilindros, 1,5 litros e 38 cv) e o MF 1747 (com motor de 4 cilindros, 2,2 litros e 46 cv), tratores destinados a pequenos agricultores e ao setor hortícola. Estão disponíveis em duas diferentes versões – transmissão hidrostática e cabina ou transmissão mecânica e plataforma – e possuem uma nova funcionalidade de cruise control. Uma novidade a nível da TDF (540 e 540 Eco) é a função de ligação suave para que o arranque seja menos repentino.
// Deutz-Fahr
7250 TTV em edição limitada
O 7250 TTV Warrior é um modelo em edição limitada apresentado pela marca no SIMA. A diferença face aos modelos normais é a pintura em cor preta e uma lista de opcionais onde é possível encontrar: 16 faróis de trabalho LED, faróis
de iluminação Xénon, banco em pele, tapete preto versão Warrior, e escape cromado. O 7250 TTV possui um motor de 6 cilindros que desenvolve 263 cv de potência máxima, e uma transmissão de variação contínua com três possíveis modos de funcionamento: Eco, para poupar combustível, Power, para dispor de maior potência, e Automatic, que é um modo intermédio no qual uma unidade eletrónica de controlo assume a gestão do motor e da transmissão. Esta edição limitada, ‘de combate’, como o nome sugere, beneficia no mercado português, e em toda a Europa, de uma garantia de 3 anos ou 3.000 horas de trabalho.
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ABOLSAMIA · março / abril 2015
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Produto por João Sobral
Nova geração Valtra T
Um patamar superior de perfeição A Valtra pôs um forte empenho na renovação da série T, que vai dos 155 aos 250 cv, e o resultado é mesmo muito interessante. As transmissões powershift estão agora mais próximas das transmissões CVT, mas a lista de aperfeiçoamentos é bastante mais extensa. Em novembro fomos à Alemanha, a convite da Valtra, para estarmos no lançamento dos T4, assim conhecidos por ser esta a 4ª geração da série T. A marca deslocou para Wörth am Main, a sul de Frankfurt, uma
Manutenção Os T4 têm vários pormenores que facilitam a vida a quem trata da manutenção. E é óbvio que se for fácil fazer as verificações, elas acabarão por ser feitas com muito maior frequência. Exemplo disso é o visor do nível do óleo do hidráulico, em vidro, que está no campo de visão do condutor sempre que este sobe os degraus e entra na cabine. Extras Os discos de travão e a suspensão Aires+ no eixo dianteiro, os faróis LED, o módulo de hidráulico e TDF frontais, e a escova no painel direito da cabine estão entre as opções. Mas a marca oferece ainda a possibilidade de encomendarem ao Unlimited Studio soluções personalizadas.
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março / abril 2015 · ABOLSAMIA
frota de doze tratores que foram postos ao nosso dispor para os experimentarmos em diferentes situações: mobilização de solo, estrada, condução invertida, e deslocação de fardos com carregador frontal. Damos-lhe a conhecer a impressão que formámos neste primeiro contacto com estes novos modelos.
Motor
Nos T4, em que praticamente tudo é novo, o motor Agco Power é um dos componentes onde menos se mexeu. Ainda assim, foi
atualizado para cumprir o nível de emissões Tier 4Final – recorre a tecnologia SCR+DOC – e integra agora um turbo com válvula de bypass eletrónica que permite uma resposta mais rápida e um maior débito de binário mesmo a baixas rotações. Há um ‘não sei o quê’ de suavidade e capacidade de resposta nestes tratores: debaixo do capot está um bloco hexacilíndrico e isso nota-se.
Transmissão
A marca disponibiliza quatro versões de transmissão: Direct, de variação contínua, e Versu, Active e
HiTech, com tecnologia powershift. Em virtude de os clientes optarem mais por transmissões powershift, a Valtra aposta em versões powershift automáticas, que em termos de experiência de condução se aproximam das transmissões CVT mas são mais baratas do que estas. Nestas versões, os pedais dos travões passam a controlar também a embraiagem e o pedal do acelerador regula a velocidade de avanço, em vez de regular o regime do motor. Contam ainda com uma função de arranque em subidas.
Hidráulico e TDF
Cabine
Os distribuidores hidráulicos foram instalados em posição mais baixa e do mesmo lado da saída da cabine, para facilitar a vida ao operador. A bomba hidráulica de série fornece um fluxo 115 L/min mas em opção os T4 podem ser configurados para 160 L/min. O elevador traseiro apresenta uma capacidade de elevação de 9.500 kg e o dianteiro de 5.100 kg. A TDF dispõe de cinco diferentes modos: 1000, 1000E, 540, 540E e sincronização à velocidade de avanço.
A NOSSA
Distância entre eixos
A Valtra redesenhou a cabine a partir de uma folha de papel em branco. No interior, há agora 20 cm adicionais em redor do assento e várias novidades. Entre elas, um altifalante com subwoofer, uma caixa de refrigeração, e a regulação lateral do volante de condução invertida. Assente em 5 pilares, conta com câmaras na traseira, vidros dianteiros e traseiros com aquecimento, e um limpa para-brisas dianteiro com 270° de alcance.
apreciação
Os nossos olhos enganam-nos. Os T4 aparentam ser mais compactos e mais curtos mas não se confie na aparência. Nos T3 a distância entre eixos era de 2748 mm e nos T4 é 2995 mm. E no comprimento a diferença é ainda maior, com os T3 a medirem 5,15 m e os T4 a medirem agora 5,80 m.
Naturalidade na condução, solidez e suavidade, é o que nos vem à cabeça para resumir os T4. No fundo, a bem trabalhada linha estética até fica para segundo plano. Durante a experimentação, movimentámos fardos com um carregador frontal. E o que aconteceu foi que nos adaptámos muito rapidamente ao trator e executámos a tarefa com precisão. Isto é de valorizar não só porque volta e meia quem daqui vos escreve se vê em apertos para fazer o mesmo com outros modelos que testa pela primeira vez, o que há-de querer dizer que o segredo está mais na máquina do que no operador, mas também porque se comprova que estes modelos conciliam a agilidade de um convencional mais ligeiro com o desempenho e a disponibilidade de potência que é de esperar em máquinas desta categoria, já que no trabalho de mobilização também revelaram estabilidade e muito fôlego.
características técnicas T 144
T154
T174 / T174e
T194
T214
Potência nominal (cv)
Modelo
155
165
175
195
215
235
Potência Max. (cv)
170
180
190
210
230
250
Cilindrada
6,6 L
Transmissão
T234
7,4L
Porwershift de 20 velocidades (30 com creeper) ou variação contínua
Hidráulico
Com sensor de carga. Caudal de 115 ou 160 L/min
1 - O manípulo da transmissão, em cor laranja, é comum a todas as versões, powershift ou variação contínua, e segue a mesma lógica de funcionamento. 2 - Na cabine, redesenhada do zero e agora mais espaçosa, os comandos estão posicionados na sua posição habitual. 1
2
3
3 - O volante para condução invertida possui agora ajuste de posição lateral.
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Produto Grupo Andreas Stihl
Números, produtos e estratégia Novos produtos Stihl e Viking, resultados no mundo e em Portugal, e a estratégia para 2015. Estes foram os temas em análise durante a convenção anual do grupo Andreas Stihl, que se realizou no passado dia 7 de fevereiro, durante a Expojardim, na Batalha. Coube a Juvenal Martins, gerente da Andreas Stihl em Portugal, apresentar os números que têm feito parte das operações da empresa. A tendência é de crescimento. “A nível global, atingimos os 2,8 mil milhões de euros no que diz respeito ao volume de negócios, números que esperamos aumentar já este ano para os 2,980 mil milhões de euros”, começa por dizer. Já sobre Portugal, o responsável lembra que “de 2008 para 2014 deu-se um crescimento de 37% na faturação da companhia”, projetando ainda uma faturação superior a 15 milhões para o ano corrente. Outro aspeto em destaque teve que ver com a notoriedade espontânea das motosserras Stihl no mercado. “O Top of Mind, em 2014, mostra que 27,6% leva-nos para a Stihl”. Do presente e passado recente para o futuro, o gerente da Andreas Stihl em Portugal apresentou os objetivos da rede de distribuição para 2015. “Pretendemos ter 100% dos
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distribuidores com contrato, 70 novas lojas com shopsystem, 66 oficinas renovadas, aumentar o número de distribuidores exclusivos, 150 oficinas informatizadas, 150 participantes em cursos técnicos e possuir 90% da rede de distribuição equipada com MDG1”. A estratégia para 2015 passará por continuar presente nos meios de comunicação social, outdoors e Internet. Será relevante dar ênfase à imagem da empresa para o exterior, estar presente em feiras e
Da esq. para a dir.: Juvenal Martins, gerente da filial Stihl em Portugal, Johannes Wetzel, responsável de vendas da Stihl em França, Espanha, Portugal e África, e Alexandre Gueguen, responsável de vendas da Viking para a Europa Ocidental.
demonstrações, dar formação técnica e introduzir o Shopsystem em mais 20 lojas.
Novidades Stihl e Viking A apresentação dos novos produtos Stihl esteve a cargo de Johannes Wetzel, responsável de vendas da Stihl para França, Espanha, Portugal e África. Um dos destaques foi a podadora de sebes Stihl HLA 85, a bateria, para “uso profissional com maior alcance através da haste telescópica. Tem velocidade variável, ajustável da melhor maneira ao corte dos topos, lados e fundos, barra de lâminas orientável em 115º. Tem 260 a 330 cm de comprimento total, com um peso de 4,4 kg”. Ainda nas novidades, destaque para a podadora de mão para sebes e relva HSA 25 e a podadora de altura a bateria HTA 85, o cortador de ferro e pedra TSA 230, a tesoura de poda ASA 85 com 45mm de diâmetro de corte e 600 kg de força, as foices a motor FSA 90 e FSA 90R a bateria com possibilidade de aplicação de disco e as motosserras MS 180, MS 193 T, MS 201 TC-M e MS 661 C-M, estas últimas 2 com gestão eletrónica do motor. No que toca à Viking, as novidades são em menor número: trator corta-relvas da série T4, com novo design, as moto-enxadas HB 685.1 e um triturador elétrico GE 140 L.
Podadora de altura a bateria HTA 85.
Destaque para o corta relvas Viking - cortador elétrico ME 235 -, com um guiador de duas alturas ajustáveis com arco contínuo de paragem do motor e manípulos com sistema contra perda. Possui cesta de recolha de relva rebatível de 30 litros com indicador do nível integrado, ajuste central da altura de corte com cinco níveis, rodas com dois componentes, cárter em polímero leve e robusto, e pega de transporte para um transporte cómodo. Outra das novidades apresentadas foi a nova gama de corta-relvas profissionais Série 7, disponível em três versões - MB 756 YS, MB
Produto 756 YC e MB 756 GS. As versões Y com acionamento hidrostático de binário elevado para uma regulação gradual da velocidade. A versão C com guiador ergonómico para um fácil esvaziamento da cesta de recolha de relva. Esta é têxtil e tem uma capacidade de 80 litros com indicador do nível e proteção contra o pó. Tem um depósito de 3 litros com tampão com proteção contra perda, motor Kawasaki com torneira de gasolina e um grande filtro de ar e óleo, ajuste da altura de corte estável, leve e independente nas 4 rodas, para-choques de borracha, rodas com jantes de alumínio e pneus de borracha. A largura de corte é de 54cm. Realce para os novos robots iMow: MI 632 e MI 632 P, consideradas as novas referências para o corte
de relva. São máquinas rápidas, inteligentes e eficientes. Cortam a relva de modo automático e fazem um corte de manutenção revitalizando o relvado. Executam o trabalho num menor tempo e são programáveis para cortar a relva várias vezes no mesmo dia ou nos dias pretendidos
A Stihl mostrou algumas novidades Os corta-relvas na gama das profissionais da motosserras. Série 7 foram uma das principais novidades apresentadas.
pelo proprietário deixando assim o relvado disponível nas horas de lazer, através de um interface gráfico. Na instalação a programação do relvado poderá ser feita através da ferramenta online – www.viking-jardim.pt preparando-se assim melhor a instalação e necessidades para a mesma. Entre as características mais relevantes, de sublinhar a altura de corte – 20 a 60mm – a largura de corte - 30cm – e o tempo de corte por bateria carregada – 90 minutos no MI 632 e 159 minutos no MI 632 P -, a inclinação máxima é de 35%, o nível de potência acústica atinge os 63dB, o peso incluindo a bateria fica em 12,1kg no MI 632 e 12,4kg no 632 P. A bateria dos modelos é produzida em iões de lítio.
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Produto Reboque com rasto de borracha Berkers Techniek A Berkers Techniek, uma companhia holandesa que fabrica reboques e outros equipamentos agrícolas, desenvolveu um reboque especial para recolher a colheita em campos agrícolas onde a compactação e os danos causados no solo são um fator a ter em conta. Com um sistema de báscula invertida, e fundo rolante para descarga, o modelo Areco pode fazer o transvaze da carga a uma altura máxima de 4,7 m. Mas o que mais salta à vista é o sistema de rastos de borracha com que está equipado. Estão destinados apenas às deslocações dentro das parcelas, sobretudo para recolher batata ou beterraba. Para circular em estrada, o eixo traseiro desce hidraulicamente, passando o reboque a estar apoiado apenas no rodado duplo deste eixo. Requer um trator com potência acima de 200 cv e é comercializado pela firma Van Arendonk.
Semeador pneumático SMP
Novos distribuidores Primo Maschio Gaspardo Apresentados no SIMA 2015, estes novos distribuidores estão equipados com controlo independente da taxa de distribuição. A série Primo é constituída por distribuidores centrífugos eletrónicos com controlo de pesagem, uma ferramenta que assegura maior precisão. Possui abertura dupla do obturador para limitar a variação de kg de fertilizante espalhados por minuto, e sistema eletrónico de dosagem. Um sistema de taxa variável garante a distribuição à taxa desejada nas margens das parcelas e nas cabeceiras. São oito os diferentes modelos Primo, com a capacidade da tremonha entre os 1.270 e os 3.130 litros (extensível a 3200 litros), e larguras de trabalho entre os 24 e os 36 metros. A série está disponível também numa versão mecânica, na qual o ajuste da dose é manual, e a abertura do duplo obturador é feita por comando hidráulico.
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Spapperi Com um sistema de distribuição apropriado para as gramíneas, ou para o milho com diâmetro superior a 4 mm ou em cápsulas, o SMP destina-se à sementeira com filme. Os elementos dianteiros da alfaia preparam e nivelam a cama de sementeira, o elemento central desenrola a película (as rodas instaladas ao centro asseguram que a película fique em constante contacto com o terreno, facilitando o seu aterro), e os cilindros das rodas de sementeira, depois de terem instalado a semente, aplanam a película para que esta fique corretamente instalada. Em opção pode ainda desenrolar (por baixo da película) uma mangueira de rega gota a gota. A marca assegura que este sistema permite antecipar a sementeira em 20 dias e que o aumento da produção pode atingir os 30 a 50%, consoante a disponibilidade de água.
Enfardadeira de rolos non stop Lely Por enquanto a enfardadeira Welger CB Concept ainda está em fase de protótipo mas baseia-se no conceito de trabalho em contínuo e a uma velocidade constante, sem necessidade de paragens ou abrandamentos. Assim que um fardo fica pronto, um sistema de transporte desloca-o, dentro da cinta, para o compartimento de saída da enfardadeira. Isto cria espaço para que um novo fardo se comece a formar na câmara enquanto o fardo já finalizado está a ser colocado no chão. O objetivo da Lely, que está a aperfeiçoar o protótipo em parceria com a firma americana Vermeer, é situar esta máquina num nível de performance de 110 a 130 fardos/hora. Por agora, a enfardadeira continuará em testes, em diferentes condições de utilização, até que esteja pronta para chegar ao mercado. Para melhor explicar o modo de funcionamento em contínuo, a Lely criou um site dedicado em exclusivo a este conceito, acessível em www.continuousbaling.com
por Francisca Gusmão e João Correia
Especial Matrículas
Tratores
Ligeiro decréscimo das vendas no mercado mundial Fonte: Agrievolution Economic Committee
As vendas de tratores atingiram em 2014 a quota de 2,13 milhões de unidades, com uma diminuição de apenas 3% em relação a 2013, um ano recorde para o mercado mundial com 2,2 milhões de unidades. Em termos numéricos, a Índia e a China sozinhas cobrem mais de 50% do mercado, com os EUA a recuperarem com 208 mil veículos registados (+3%). Na Europa, as vendas registaram um decréscimo de 8%. Para 2015, espera-se a continuação de elevados volumes de vendas nos gigantes asiáticos, mas um mercado europeu ainda sem recuperação.
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O panorama mundial
O
mercado mundial de tratores fechou 2014 com um ligeiro decréscimo em relação ao ano anterior, com um total de 2,13 milhões de unidades vendidas em comparação com 2,2 milhões em 2013, o que representou o melhor resultado histórico para o setor. Apesar da queda de 3%, todos os níveis de vendas permanecem muito elevados, confirmando como o desenvolvimento da agricultura, especialmente nas economias emergentes resulta no aumento da procura de máquinas. Os dados - recolhidos e publicados pela Agrievolution, não cobrem a totalidade dos tratores vendidos no mundo inteiro, mas representa um indicador fiável das tendências do mercado. Em
termos numéricos, a Índia e a China confirmam-se como os mercados mais consistentes, com, respetivamente, 593 mil e 525 mil tratores vendidos, significando uma queda de 4% para a Índia em relação a 2013 e uma estabilização face ao ano anterior para a China. A Índia e a China cobrem sozinhas, em termos numéricos, mais de 50% do volume global de vendas. Também em termos numéricos, o terceiro maior mercado são os Estados Unidos, que fecharam 2014 com 208 mil tratores registados com um aumento de 3%, enquanto a UE registou um decréscimo de 8%, na proporção de 169 mil tratores contra 184.000 no ano anterior. Apesar da queda do mercado interno, a Europa continua a ser um forte produtor de
Estatísticas Vendas de tratores novos nos países Agrievolution
Evolução 2014/2013 2010
2011
2012
- 3%
2013
2014 % (evol.2014/2013)
22.834
24.117
25.449
27.542
28.144
2
164.894
168.013
185.333
201.851
208.274
3
Brasil
56.420
52.296
55.810
65.089
55.537
-15
Japão (>22kW)
16.363
17.222
19.001
24.721
20.944
-15
China (>18 kW)
320.000
367.000
416.000
524.500
524.600
0
Coreia (>22kW)
15.280
14.291
13.471
12.853
12.000
-7
520.073
612.687
529.956
619.159
592.942
-4
Rússia
21.085
36.997
41.827
40.158
37.500
-7
Turquia
36.072
60.466
50.320
52.285
58.500
12
Canadá EUA
Índia
167.517
187.352
184.255
184.335
169.500
-8
França
29.123
35.409
38.754
42.656
33.127
-22
Alemanha
28.587
35.977
36.264
36.248
34.611
-5
Itália
23.323
23.431
19.343
19.018
18.178
-4
UE
14.486
15.217
14.964
13.490
13.526
0
1.700.000
1.900.000
1.950.000
2.200.000
2.130.000
-3
Reino Unido Mundo
Fonte: Agrievolution, VDMA
tratores, que em grande parte são colocados em mercados estrangeiros: a Europa absorve, em termos de unidades, cerca de 8% do total mundial, enquanto em termos de produção representa, em valor, cerca de 20 a 25%, com um volume de vendas estimado de 8,2 bilhões de euros. O valor médio (nível de faturação para os concessionários) de um trator vendido na UE situou-se em EUR 43,000 - muito superior ao da maioria dos outros mercados, e mais que o dobro da média mundial estimada. O quadro estatístico publicado pela Agrievolution dá uma posição de destaque para o Brasil, que apesar de uma diminuição de 15% em relação ao ano anterior, mantém um número muito elevado de tratores inscritos (55.500 unidades) e para Turquia, que teve um aumento de 12%, com
58.500 tratores, colocando o país na quinta posição a um nível global. Para 2015,a Agrievolution espera que os volume de vendas se mantenham elevados na Índia e também na China, apesar de uma possível queda em relação aos níveis de 2014, e prevê a possibilidade de um ligeiro declínio para os EUA, Brasil e Europa. Em geral, os analistas observam uma
tendência de quebra nos tratores de alta potência e um aumento da participação nos segmento de tratores de baixa e média potência, talvez como resultado do desenvolvimento das culturas especializadas nos países ocidentais e de necessidades específicas dos países emergentes requerendo mais máquinas compactas, mas menos onerosas em termos de investimento.
Américas Durante 2014, a forte subida do mercado de tratores na América chegou ao fim. Com mais de 235 mil tratores vendidos na América do Norte (EUA e Canadá), os volumes aproximaram-se novamente dos níveis muito elevados do início dos anos 2000. Em ambos os países, o “segmento semiprofissional” abaixo de 40 cv representa cerca de 50% do volume do mercado. Se bem que a procura por essas categorias mais baixas de potência tinha acalmado
Importante nota
As divergências constantes entre os números apresentados neste quadro e os apresentados nos quadros relativos aos registos de tratores por países devem-se a que, no presente quadro estão contabilizadas todas as categorias de tratores (incluindo tratores para espaços verdes). Por exemplo, concretamente para o caso da França, venderam-se 4221 tratores para espaços verdes, o que, a somar aos 28905 tratores agrícolas, perfaz a soma apresentada neste quadro.
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Estatísticas consideravelmente entre 2009 e 2011, devido à crise financeira, uma clara recuperação pode ser observada nos últimos dois anos, com as vendas a excederem as 100.000 unidades apenas nos EUA. No Canadá, o mercado global de tratores esteve estável. As 28.000 unidades atingidas em 2013 e em 2014, foram claramente acima da média de longo prazo, que se situa, respetivamente, nas 24.500 unidades (5 anos), e 23.500 unidades (10 anos). A previsão para 2015 é cautelosa, uma vez que a necessidade de investimento deverá ser muito menor do que em anos anteriores. O mercado norte-americano mostrou uma clara tendência de quebra para as unidades de alta potência (um total de 32.200 unidades, que representaram -34% em relação a 2013 no segmento de mais de100 cv), mas é um facto que valores tão elevados de vendas nunca foram alcançados antes. O número médio de vendas anuais ao longo da última década, nesta categoria, foi de 25.000 unidades. Uma estimativa realista para todo o mercado norteamericano poderá apontar para uma redução de um quinto em 2015, para os níveis médios anteriores. Os incentivos fiscais são atualmente muito reduzidos nos EUA. O principal obstáculo é o excesso de oferta no mercado, pelo que muito o aumento das vendas este ano dependerá muito de operações no sentido de facilitar o escoamento dos elevados stocks de máquinas em segunda mão. O Brasil. O último pico deste mercado foi – à semelhança
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dos EUA para o segmento agrícola profissional - em 2013. Mais de 60 mil tratores foram vendidos, muitos deles de menor potência, devido a um regime de subvenção especial para as pequenas explorações familiares. Em 2014, o mercado voltou aos níveis de 20102012, com cerca de 55.000 unidades, das quais cerca de um terço tem uma potência superior a 100 cv. O mercado brasileiro continua a ser altamente subsidiado (embora apenas para máquinas de fabrico nacional). Em 2015 o mercado deverá mostrar sinais de abrandamento, embora as condições gerais do mercado continuem favoráveis. Apesar de a economia brasileira em geral poder apresentar dificuldades, e de a indústria ter que enfrentar alguns obstáculos, o setor de agricultura vai continuar a crescer. Assim, é esperado um declínio de 5-10% para os tratores.
Europa Enquanto nos mercados americanos e asiáticos as vendas subiram surpreendentemente ao longo dos últimos anos, no continente europeu ficaram “aquém” na maioria dos casos. De país para país as circunstâncias que afetam o desempenho dos mercados são variáveis e condicionam os resultados das vendas. No final, e numa perspetiva global, o total de vendas na Europa acusou um declínio de 8% em 2014, face ao ano anterior. Para este ano os analistas não preveem uma
quebra mais acentuadas do que a que se fez sentir este ano.
Em França, em 2014, o número de vendas de tratores desceu para 33.000 unidades (respetivamente 30.000 unidades acima de 30 cv), o que representa um declínio superior a 20% face a 2013 e uma quebra recorde. Durante todo o período de 2008 a 2013, com exceção de 2010, os agricultores franceses investiram fortemente no seu parque de máquinas com um número médio de vendas de tratores de cerca de 40.000 unidades. Este número dificilmente será alcançado novamente num futuro próximo. Em 2015, será possível um aumento de até 10%, dependendo das tendências gerais do mercado, como os preços das matérias primas, mas também do impacto para o setor agrícola da nova política agrícola.
Devido à quebra do mercado ocorrida em França, a Alemanha tornou-se o maior mercado de tratores, na Europa, em 2014. No contexto europeu, aqui a tendência de quebra foi mais suave, com apenas 5% de declínio do mercado que se fez sentir mais acentuadamente no segmento abaixo dos 100 cv. A potência média de um trator novo vendido na Alemanha para fins agrícolas, é atualmente de 155 cv, e um em cada cinco tratores tem mais de 200 cv de potência. De acordo com sondagens a clientes, a procura por novos tratores em 2015 será 10% mais baixa.
A associação italiana FederUnacoma mencionou, no seu comunicado de
imprensa, que o “valor mais baixo de mecanização em Itália, em toda a história do pós-guerra,” foi alcançado em 2014. A persistência da crise económica e a dificuldade de acesso ao crédito têm desencorajado a aquisição de máquinas novas. Especialmente novembro e dezembro foram meses muito dececionantes, com pouco mais de 1.000 unidades registadas. De facto, o número de 18 mil unidades vendidas no ano inteiro parece ser muito baixo, considerando o elevado número de propriedades agrícolas que existem neste país. A tendência do mercado foi de declínio constante ao longo dos últimos anos, e muitos analistas de mercado perguntam-se qual será a linha de fundo. Em comparação com a Alemanha, onde, em 2014, cerca de 20% dos tratores tinham potência mínima de 200 cv, em Itália esses representavam apenas 4%. No ano passado, o declínio para os segmentos mais elevados de potência foi mesmo acima da tendência total. Mas também as ceifeiras debulhadoras baixaram as vendas em 26% (325 unidades em 2014 contra 443 em 2013).
No Reino Unido, depois de uma tendência de queda contrária, em 2013, as vendas de tratores estabilizaram em 2014. A recuperação mais forte no primeiro semestre do ano foi seguida por um desempenho mais fraco no segundo semestre - um efeito que pode ser visto no contexto de queda dos preços das matérias-primas para os agricultores. 17% dos tratores estavam acima dos 200 cv (em comparação com 15% em 2013). Em 2015, o mercado
Estatísticas britânico não deverá afastar-se muito da ligeira tendência de queda prevista para a Europa.
Alguma recuperação ocorreu no mercado espanhol no ano passado - o limiar das 10.000 unidades foi superado novamente.
Na Polónia, o mercado sofreu um novo declínio de 5%, caindo para 14.000 unidades. A Áustria também surpreendeu, com um declínio de 19% para apenas 6.500 novos tratores em 2014. A previsão para 2015 na União Europeia aponta para um declínio de 7%, para 158.000 unidades.
A previsão para 2015 na União Europeia aponta para um declínio de 7%, para 158.000 unidades. Na Rússia, as vendas de tratores em 2014 diminuíram em cerca de 6%, para 37.500 unidades. Mas o número total não reflete o desenvolvimento de mercado para a agricultura profissional: especialmente no decurso do segundo semestre do ano, o número de tratores
no segmento entre 50 e 100 cv desceu acentuadamente, em mais de 30%, enquanto as vendas de tratores muito pequenos, abaixo de 30 cv, aumentou. Por outro lado, as faixas de potência mais altas não subiram, devido com certeza a uma maior venda de tratores fabricados na Bielorrússia (tipicamente na faixa dos 120 cv).
Ásia O boom ocorrido no Japão no setor das máquinas agrícolas e dos tratores durou apenas durante 2013. Após a última
temporada de primavera, as vendas de tratores desceram muito acentuadamente. No final, -15% foi o resultado para 2014, mas 40% das vendas anuais foram feitas nos primeiros três meses!
Na China, do ponto de vista analítico, os registos de tratores vendidos são difíceis de gerir. Sem dúvida, em 2014 o mercado total de máquinas agrícolas chineses deixou de crescer da forma permanente e sólida da década passada. Especialmente no primeiro semestre do ano, foram reportadas quebras de mais de 10%, com incidência maior nas classes de menor potência.
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Estatísticas O número total de tratores reportado, de 2,2 milhões de unidades (nesta classificação incluem-se motocultivadores e muitas outras máquinas), mostra uma queda de 11% em relação a 2013. Os utilizadores profissionais (cooperativas, prestadores de serviços) estão a conquistar espaço no mercado, mas existem alguns problemas de rentabilidade do setor, por exemplo entre as explorações leiteiras no norte do país, que podem ter um efeito desaceleração no mercado em 2015.
Os representantes do mercado indiano de máquinas agrícolas tendem a afirmar com certo orgulho que o seu mercado detém a posição de liderança para tratores em todo o mundo. De facto, os números são sempre impressionantes. No ano civil de 2014, foram vendidos 593 mil unidades de tratores no subcontinente. Depois de um forte primeiro semestre, as vendas desceram de mês para mês, especialmente no último trimestre do ano. Esta tendência foi mais marcada nas categorias de muito baixa potência, que são predominantes no mercado. Prevê-se que o mercado indiano poderá chegar a níveis semelhantes aos de 2015.
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O mercado europeu Enquanto nos mercados americanos e asiáticos as vendas subiram surpreendentemente ao longo dos últimos anos, no continente europeu ficaram “aquém” na maioria dos casos. De país para país as circunstâncias que afetam o desempenho dos mercados são variáveis e condicionam os resultados das vendas.
Matrículas de tratores na Europa (unid.) PAÍS
2014
2013
Variação (%)
França
28905
38370
-24,7
Alemanha *
28444
29675
-4,1
Itália
18178
19017
-4,4
Polónia
14556
15038
-3,2
Reino Unido
12433
12498
-0,5
Espanha
10029
8894
12,8
Áustria **
5434
6945
-21,8
Portugal
4668
4931
-5,3
Suécia
3252
3425
-5,1
Noruega
3136
3807
-17,6
Finlândia ***
3136
3807
-17,6
Holanda
2921
3124
-6,5
Rep. Checa
2453
2304
6,5
Bélgica
2389
2161
10,6
Dinamarca ****
1868
2507
-25,5
Eslovénia
1352
1504
-10,1
Bulgária
1347
-
-
Lituânia
1259
1867
-32,6
145760
159874
-8,8
TOTAL
* Só inclui potências >50 cv ** Não inclui especializados nem minitratores *** Só inclui potências >35 cv **** Só inclui potências >40 cv
Importante nota As divergências constantes entre os números apresentados nestas tabelas o e os apresentados na tabela da Agrievolution devem-se a que se, na da Agrievolution se consideraram todas as categorias de tratores (incluindo tratores para espaços verdes).
Fontes consultadas
1. Club Landtechnik Austria (Áustria) 2. Loonwerker & landbouwtechniek (Bélgica) 3. Agroglas (Croácia) 4. Maskinbladet (Dinamarca) 5. Kmetovaltec (Eslovénia) 6. Koneviesti (Finlândia) 7. Agro Técnica (Espanha) 8. Materiel Agricole, Axema (França) 9. Trattori (Itália) 10. Mano ūkis (Lituania) 11. Opplyningsrådet for veitrafikken (Noruega) 12. RPT Rolniczy Przeglad Techniczny (Polónia) 13. abolsamia, inquérito junto dos importadores (Portugal) 14. Mechanizace Zemedelstvi (R. Checa) 15. AEA (Reino Unido 16. Stregi Enterprise (Suécia) 17. SLV (Suiça) 18. Anfavea (Brasil) 19. AEM (EUA) 20. Agrievolution Alliance 21. Axema 22. VDMA 23. Frans Vanbaelen
Estatísticas
- 21,76% ÁUSTRIA
- 4,15% ALEMANHA
MARCA
2014
2013
∆ (%)
Steyr
1235
1326
-6,86
New Holland
937
1008
-7,04
John Deere
719
1114
-35,46
Lindner
688
774
-11,11
Fendt
348
670
-48,06
Massey Ferguson
343
575
-40,35 -32,23
Deutz-Fahr
328
484
Same
210
233
-9,87
Case IH
134
149
-10,07
Valtra
128
159
-19,50
Claas
123
141
-12,77
73
120
-39,17
168
192
-12,50
MARCA
2014
2013
5434
6945
-21,76
John Deere
262
-
-
New Holland
162
-
-
McCormick
MARCA
2014
2013
∆ (%)
Outros
Fendt
5904
6261
-5,70
TOTAL
John Deere
5431
6103
-11,01
Case IH / Steyr
3431
2801
22,49
Deutz-Fahr
3120
3570
-12,61
Não inclui especializados nem minitratores Não inclui tratores vinhateiros, fruteiros e outros compactos
BULGÁRIA ∆ (%)
Kubota
98
-
-
Deutz-Fahr
87
-
-
Claas
2669
2899
-7,93
Case IH
86
-
-
New Holland
2649
2396
10,56
Lamborghini
74
-
-
Massey Ferguson
1287
1468
-12,33
Zetor
73
-
-
Valtra
656
744
-11,83
Same, Lamb, Hurl
567
648
-12,50
Kubota
492
456
7,89
Mercedes-Benz
400
516
-22,48
Lindner
234
243
-3,70
Belarus
202
180
12,22
McCormick
134
198
-32,32
Holder
118
142
-16,90
Kukje
94
70
34,29
Carraro
91
85
7,06
Zetor
84
52
61,54
Landini
75
117
-35,90
Reform
59
67
-11,94
Daedong / Kioti
42
2
2000,00
Aebi
37
41
-9,76
668
616
8,44
28444
29675
- 4,15
Outros TOTAL Só inclui potências >50 cv
10,55% BÉLGICA MARCA
2014
2013
∆ (%)
New Holland
660
559
18,07
John Deere
386
440
-12,27
Deutz-Fahr
313
249
25,70
Fendt
245
207
18,36
Case IH
217
207
4,83
Massey Ferguson
188
170
10,59
Claas
111
93
19,35
Steyr
70
36
94,44
Valtra
56
43
30,23
Kubota
43
31
38,71
McCormick
29
10
190,00
Same
22
24
-8,33
Lamborghini
10
24
-58,33
Zetor
11
11
0,00
8
20
-60,00
20
37
-45,95
2389
2161
10,55
Landini Outros TOTAL
Landini
53
-
-
Fendt
50
-
-
Hattat
46
-
-
Kntanckn
44
-
-
MT3
40
-
-
Steyr
39
-
-
Massey Ferguson
37
-
-
Claas
34
-
-
Valtra
23
-
-
Kioti
21
-
-
Armatrac
14
-
-
McCormick
10
-
-
8
-
-
JCB
7
-
-
79
-
-
1347
-
-
Same Outros TOTAL
Dados de 2013 não disponíveis.
ABOLSAMIA · março / abril 2015
69
Estatísticas Matrículas de tratores em 2014 6,47% REP. CHECA MARCA
2014
2013
∆ (%)
Zetor
558
495
12,73
New Holland
430
404
6,44
John Deere
381
420
- 24,79% FRANÇA MARCA
2014
2013
∆ (%)
-9,29
John Deere
5239
7648
-31,50
Case IH, Steyr
247
224
10,27
New Holland
4784
6474
-26,10
Massey Ferguson
162
124
30,65
Massey Ferguson
3189
4164
-23,41
Fendt
161
141
14,18
Claas
3104
4770
-34,93
Claas
112
104
7,69
Fendt
3075
3710
-17,12 -30,02
Same, Lambor.
103
102
0,98
Case IH
2676
3824
Deutz-Fahr
101
101
0,00
Kubota
1851
1401
32,12
Valtra
50
57
-12,28
Valtra
1566
1893
-17,27
Kubota
38
59
-35,59
Deutz-Fahr
-21,85
Outras
110
73
50,68
2453
2304
6,47
Total
1509
1931
Same
683
719
-5,01
McCormick
342
606
-43,56
256
379
-32,45
199
340
-41,47
MARCA
2014
2013
-24,79
John Deere
2590
2564
1,01
New Holland
1935
1611
20,11
28473
37859
- 25,49% DINAMARCA New Holland
2014
2013
∆ (%)
366
550
-33,45
ESPANHA
Landini Outros TOTAL
MARCA
12,76%
- 18,04% FINLÂNDIA
Case IH
764
653
17,00
Kubota
702
556
26,26 11,11
Fendt
550
495
Massey Ferguson
550
508
8,27
Same
494
392
26,02 -4,24
Deutz-Fahr
429
448
Landini
392
378
3,70
Lamborghini
274
174
57,47
John Deere
314
502
-37,45
Case IH
284
372
-23,66
MARCA
2014
2013
∆ (%)
Massey Ferguson
247
330
-25,15
Valtra
900
1119
-19,57
Antonio Carraro
Valtra
189
187
1,07
John Deere
275
403
-31,76
Pasquali
Claas
163
102
59,80
New Holland
265
297
-10,77
Ferrari
100
Fendt
Kioti
158
247
-36,03
Massey Ferguson
217
259
-16,22
Deutz-Fahr
72
92
-21,74
Case IH
122
135
-9,63
Zetor
20
34
-41,18
Fendt
91
103
-11,65
∆ (%)
Claas
231
227
1,76
Valtra
182
146
24,66
159
141
12,77
104
109
-4,59
74
35,14
100
94
6,38
McCormick
94
98
-4,08
Agria
73
53
37,74 73,53
Same
13
5
160,00
Zetor
37
32
15,63
BCS
59
34
Landini
10
4
150,00
Deutz-Fahr
14
40
-65,00
Iseki
23
25
-8,00
Outros
32
82
-60,98
Outros
174
168
3,57
224
114
96,49
1868
2507
-25,49
TOTAL
2095
2556
-18,04
10029
8894
12,76
TOTAL Só inclui potências >40 cv
70
março / abril 2015 · ABOLSAMIA
Tratores >35 kW (51 cv)
Outros TOTAL
Estatísticas
- 4,41% ITÁLIA
-10,11% ESLOVÉNIA MARCA
2014
2013
∆ (%)
New Holland
232
251
-7,57
John Deere
120
228
-47,37
Steyr
101
86
17,44
Deutz-Fahr
93
99
-6,06
Same
83
84
-1,19
- 6,50% HOLANDA
∆ (%)
MARCA
2014
2013
New Holland
4560
4422
3,12
Landini
1738
1678
3,58
Same
1688
1825
-7,51
John Deere
1528
1970
-22,44
Antonio Carraro
1314
1550
-15,23
Goldoni
1065
1050
1,43
826
850
-2,82 -5,41
Lamb, Hurl
Dong Feng
72
61
18,03
2014
2013
∆ (%)
Fendt
752
795
Antonio Carraro
64
76
-15,79
New Holland
-
662
-
Deutz-Fahr
674
647
4,17
Goldoni
60
69
-13,04
John Deere
-
613
-
Kubota
674
676
-0,30
Fendt
57
52
9,62
Fendt
-
421
-
Massey Ferguson
543
564
-3,72
MARCA
Lamborghini
49
54
-9,26
Case IH / Steyr
-
390
-
Claas
491
473
3,81
Zetor
48
64
-25,00
Massey Ferguson
-
286
-
Case IH
468
511
-8,41
-
Ferrari
339
324
4,63
BCS
321
337
-4,75
McCormick
248
246
0,81
Landini
42
61
-31,15
Deutz-Fahr
-
264
Claas
34
46
-26,09
Claas
-
218
Kubota
32
25
28,00
Valtra
-
131
-
Kubota
-
49
-
Pasquali
235
231
1,73
Zetor
-
44
-
Valpadana
232
276
-15,94
McCormick
-
21
-
Valtra
129
128
0,78
Landini
-
12
-
Steyr
41
44
-6,82
Same
-
7
-
Challenger
28
34
-17,65
284
386
-26,42
18178
19017
-4,41
Lindner
29
24
20,83
AGT
28
28
0,00
Ursus
27
5
440,00
Kioti
27
26
3,85
McCormick
25
37
-32,43
Outros TOTAL
129
128
0,78
1352
1504
-10,11
Lamborghini TOTAL
-
6
-
2921
3124
-6,50
Outros TOTAL
Dados de 2014 não disponíveis por marca
ABOLSAMIA · março / abril 2015
71
Estatísticas
- 5,05%
MARCA
NORUEGA
∆ (%)
2014
2013
John Deere
-
4016
-
MARCA
New Holland
-
2557
-
Massey Ferguson
Massey Ferguson
-
1586
-
Case IH
-
1248
-
Claas
-
964
-
Fend
-
763
-
Kubota
-
628
-
Valtra
-
437
-
Same Deutz-Fahr
-
371
-
Deutz-Fahr
148
154
-3,90
McCormick
-
269
-
Claas
118
148
-20,27
Landini
-
129
-
McCormick
52
59
zetor
-
119
-
Zetor
51
68
JCB
-
108
-
Kubota
42
39
7,69
95
97
-2,06
3136
3807
-17,63
2014
2013
Valtra
794
779
1,93
2013
∆ (%)
John Deere
666
718
-7,24
676
584
15,75
Massey Ferguson
389
476
-18,28
John Deere
590
1071
-44,91
New Holland
386
397
-2,77
New Holland
490
563
-12,97
Fendt
228
198
15,15
Valtra
435
563
-22,74
Case IH
220
291
-24,40
Case IH
241
254
-5,12
Claas
139
165
-15,76
Fendt
198
207
-4,35
Deutz-Fahr
81
73
10,96
-
295
-
Outros
TOTAL
-
13371
-
TOTAL
março / abril 2015 · ABOLSAMIA
∆ (%)
MARCA 2014
Outros
72
SUÉCIA
- 17,63%
reino Unido
Zetor
68
57
19,30
McCormick
12
26
-53,85
-11,86
Lamborghini
12
20
-40,00
-25,00
Challenger
2
5
-60,00
Same
0
1
-100,00
255
219
16,44
3252
3425
-5,05
Outros TOTAL
Estatísticas
- 5,33% PORTUGAL MARCA
∆ (%)
2014
2013
New Holland
898
832
7,93
Kubota
589
506
16,40
John Deere
450
622
-27,65
Deutz-Fahr
367
347
5,76
Same
274
325
-15,69
Landini
248
329
-24,62
Massey Ferguson
234
233
0,43
- 3,21%
- 32,57% POLÓNIA LITUÂNIA MARCA
2014
2013
∆ (%)
Daedong (Kioti)
220
198
11,11
Belarus
273
263
3,80
LS
211
221
-4,52
LS Mtron
271
60
351,67
MARCA
2014
2013
∆ (%)
New Holland
2581
2647
-2,49
John Deere
1881
2452
-23,29
Zetor
1750
2099
-16,63 103,15
Lamborghini
176
188
-6,38
Zetor
110
131
-16,03
Kubota
1227
604
Hurlimann
157
144
9,03
Case IH
99
121
-18,18
Case IH
1150
1123
2,40
McCormick
150
158
-5,06
John Deere
90
287
-68,64
Deutz-Fahr
1002
899
11,46
Iseki
104
101
2,97
28,24
95
84
13,10
Valtra
New Holland
70
138
-49,28
Farmtrac
604
471
MTZ
54
468
-88,46
Belarus
522
497
5,03
65
-33,85
Claas
507
615
-17,56
Case IH
86
105
-18,10
Valtra
43
Fendt
60
77
-22,08
Dong Feng
34
45
-24,44
Massey Ferguson
448
479
-6,47
Shibaura
42
57
-26,32
Foton
31
46
-32,61
Valtra
393
337
16,62
Yanmar
38
51
-25,49
Massey Ferguson
26
49
-46,94
McCormick
314
288
9,03
Claas
26
27
-3,70
Fendt
25
37
-32,43
Landini
305
251
21,51
Mitsubishi
10
24
-58,33
Claas
21
28
-25,00
Ursus
299
440
-32,05
Goldoni Outros TOTAL
8
0
-
225
302
-25,50
4668
4931
-5,33
Deutz-Fahr
14
37
-62,16
Outros
98
92
6,52
1259
1867
-32,57
TOTAL
Fendt Outros TOTAL
220
180
22,22
1353
1656
-18,30
14556
15038
-3,21
ABOLSAMIA · março / abril 2015
73
Estatísticas O mercado de
Portugal O mercado de
tratores Agrícolas Em janeiro de 2015 foram matriculados 417 novos tratores agrícolas, valor que representa um acréscimo de 9,7% relativamente ao período homólogo de 2014. Esta subida devese, sobretudo, pelo aumento, em 24,2% das matrículas nos compactos, e de uma subida em 12,9% nos especiais. O recuo dos convencionais – 1,7% - não foi relevante para travar os bons resultados indícios de início do ano. Em fevereiro, a tendência de crescimento mantém-se: +4,3% que no período homólogo, o que representa a matriculação de 316 novos tratores. Por tipo de tratores, os convencionais tiveram um aumento na ordem dos 20,5%, o equivalente a 147 unidades novas. Os tratores compactos cresceram 4,3% - 120 máquinas – e os tratores especiais – vinhateiros e pomareiros – decresceram 25,8%. Em termos de valores acumulados, até final de fevereiro, foram matriculados 733 tratores novos, representando, por isso, um acréscimo do mercado na ordem dos 7,3% face ao mesmo período do ano anterior. Esta evolução foi determinada pelo crescimento de 7,4% nos tratores convencionais – 319 unidades – e de mais 14,5% nos compactos – 269 unidades – já que os especiais registaram um recuo de 4% - 145 máquinas. Relativamente à distribuição das matrículas por classes de potência, os escalões que vão dos 40 aos 88cv representaram 46,9% do total das matrículas. Já os tratores até 39cv registam 45,4%, sendo que as máquinas com mais de 88cv ficam com 7,6%.
297
733
319
151
Compactos
Convencionais
2014 2015
74
março / abril 2015 · ABOLSAMIA
145
Especiais
maquinariA NOVA
Total
Origem: IMT Fonte: ACAP
Aqui mesmo ao lado, em Espanha, a tendência não é tão clara. Se há um aumento de novas matrículas nas máquinas automotrizes (+11,1), os tratores (-21,9%) e os reboques (-26,2) registaram um recuo.
O primeiro mês do ano trouxe-nos 70 reboques de carga novos, valor que representa um acréscimo de 100% relativamente a janeiro de 2014. Top Trailer, Outeiro e Galtralier, com quotas de mercado de 20, 11,4 e 8,6 por cento respetivamente, são as marcas que mais se venderam no mercado português. No total, estas insígnias representam 40% do mercado total, tendo crescido 13,6%. Nos semirreboques, foram matriculados 516 unidades em janeiro desta ano, o que representa uma subida de 159,3% relativamente ao mesmo período de 2014. O ranking das marcas é liderado pela Schmitz CargoBull (37,2%), seguindo-selhe a Krone com 15,5%. Já o conjunto das cinco marcas mais vendidas representou 76,7% do mercado total, tendo crescido 202,3% face ao ano transato.
Janeiro Tipo de máquina
Semirreboques
Origem: IMTT Fonte: ACAP
2014
2015
730
570
Máquinas automotrizes
63
70
Colheita de Cereais Outras Automotrizes Equipamentos de Carga Tratocarros Outros
3 8 40 3 9
9 20 38 1 2
332
245
Tratores
Reboques
Fonte: Dirección General de Recursos Agrícolas y Ganaderos del MAGRAMA
Matrículas de Reboques de Carga e de SemirReboques Unidades Novas Janeiro 2015
Reboques de Carga
516
378 323
308
248 199 132 117 88 8 2005
683
269
235
Matrículas de
Reboques e semirreboques acompanham a tendência dos tratores, mas de forma mais vincada.
Os dois primeiros meses do ano mostra uma evolução positiva relativamente a 2014.
Matrículas de Tratores Agrícolas novos JANEIRO e fevereiro de 2015
ESPANHA
reboques e semirreboques
2006
38 2007
115 2008
51 2009
132
103
90
38
31
37
36
35
2010
2011
2012
2013
2014
Errata Anuário 2015 Na página 313, do Anuário 2015, aparece o título “Matrículas de Tratores Agrícolas por Marcas e Distritos”. No lugar deste, deveria estar apenas “Registos de Propriedade de Veículos Novos em 2013”, que se pode ler em subtítulo. Essa tabela refere-se ao “Registo de Propriedade dos Tratores” e não à atribuição das matrículas. Os dados referentes às Matriculações de Tratores Agrícolas em 2013 encontram-se na página 311, do Anuário 2015. Reposta a verdade, a revista abolsamia pede desculpa aos seus leitores pelo lapso ocorrido.
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2015
Produto Hardi Commander 4500
Frupor adquire pulverizador A Frupor adquiriu o pulverizador Hardi, gama Commander 4500, através da J.Inácio. Uma máquina que permitirá à Frupor aumentar a produtividade no seu trabalho, sendo, ainda, a maior unidade vendida em Portugal.
Com o pulverizador Hardi Commander 4500 atrás, o grupo disposto da esq. para a dir.: David Lança, comercial da J.Inácio, Rui Olímpio, técnico da J.Inácio, Filipe Marques, delegado da Hardi, José Gallardo, técnico da Hardi, Carsten Jensen, responsável de produção da Frupor e Agostinho Fernandes, José Pacheco e Nélson Rocha, operadores da Frupor.
A
Ilemo Hardi, através do seu concessionário J.Inácio, efetuou a entrega de um pulverizador da gama Commander – novo modelo 4500, equipado com barras TwinForce de 30 metros. A máquina, a maior unidade até agora vendida em Portugal, foi adquirida pela Frupor – Sociedade Agro-Industrial, que se situa em Brejão, Odemira. A abolsamia esteve presente no momento da entrega, tendo falado com responsáveis da Ilemo Hardi, J.Inácio e, claro, Frupor. Foi, aliás, com o responsável de produção desta última – empresa que recebeu o pulverizador – Carsten Jensen, que a conversa mais se alongou. “Já adquirimos oito máquinas à Hardi. São fiáveis e é possível
Em cima: pormenor de um dos sensores na barra – Sistema Auto Height. Em baixo: O Commander 4500 no campo: as barras podem ser abertas e fechadas em trabalho.
comprá-las a um preço bastante competitivo no mercado em função das suas características”, começa por dizer. Ainda no mesmo registo, Jensen lembra que “a substituição de peças é feita de forma muito célere”, sendo por isso “uma grande vantagem para quem trabalha com esta marca”, finaliza, dizendo que “até agora, a marca escolhida tem sido apenas e só a Hardi”. Mudando as agulhas para a máquina comprada junto da J.Inácio, o responsável de produção da Furpor afirma que “os três sensores detetam qualquer obstáculo, levantando automaticamente a barra”. De referir, que o novo Commander 4500 dispõe de um sistema Auto Height na barra com um sensor ao meio e mais dois nas laterais. Outro aspeto diferenciador do modelo anterior tem que ver com a existência de um joystick já associado ao computador da máquina. “Assim, conseguimos abrir e fechar as barras em trabalho”, adianta. Continuando a desfiar as principais características do pulverizador, agora pela voz de Filipe Marques, delegado para Portugal da Hardi, lembra que este “possui um sistema de débito – Dynamic Fluid 4 - proporcional ao avanço que é feito de uma forma instantânea”, ao contrário da versão anterior, que fazia este processos em “cerca de 10 a 15 segundos”. A finalizar, algumas conclusões, legitimando a compra do pulverizador Hardi Commander 4500 por parte da Frupor. “A eficácia do tratamento aumenta, já que a resposta desta máquina é muito mais rápida e na estabilidade da barra, a distribuição do ar é homogénea pelos 30 metros das barras, tanto nas pontas como no centro”.
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Produto por João Correia com Ângelo Delgado
VT-Tractor da Bridgestone
Pneus premium em teste O VT-Tractor é o novo pneu premium da Bridgestone para o setor agrícola. Para apresentar o VT-Tractor, a marca convidou vários jornalistas a estarem presentes em Aprilia, Itália, onde a companhia nipónica possui o seu novíssimo centro de testes.
O
VT-Tractor foi concebido com uma construção de elevada flexão (0,8 bar), o que, em comparação com outros pneus existentes no mercado lhe permite operar com níveis de pressão mais baixos, permitindo trabalhar a maiores velocidades de trabalho. No consumo de combustível, a Bridgestone afirma que a economia pode ir até 36 litros/50 hectares. É no design que está a maior inovação deste pneu: a área de contacto proporciona uma maior tração e, daí resultante, um ritmo de trabalho mais rápido em campo, dados comprovados através de alguns testes realizados pela Bridgestone, que atestam que os utilizadores do VT-Tractor poderão cobrir até mais 1 ha por dia em comparação com outros pneus do mercado. Outra característica relevante tem que ver com o
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O novo design da área de contacto proporciona uma maior tração e, daí resultante, um ritmo de trabalho mais rápido em campo.
facto de poder transportar carga com até 40 por cento mais peso que os pneus normais, mantendo a mesma velocidade. Este pneu permite também economizar tempo de trabalho, fazendo com que os agricultores não tenham de parar as operações para mudar a pressão dos pneus quando se deslocam do campo para
a estrada e vice-versa. De referir que o VT- Tractor estará disponível no mercado europeu com diâmetros de 28 e 42 polegadas. Importa ainda referir que, em alguns tamanhos, VTTractor não necessita de uma alteração de jantes, podendo
aproveitar as de origem do trator, detalhe que permite aos operadores diminuírem os gastos após a aquisição deste modelo. Os pneus que tiverem a inscrição NRO (Narrow Rim Option) são os modelos que não necessitam de uma alteração de jante.
Testes em campo e estrada Além da apresentação do novo pneu Premium da Bridgestone, a marca mostrou aos presentes as capacidades do produto no recém-inaugurado Centro Europeu de Provas. Um espaço com 144 hectares e um circuito oval com quatro quilómetros fazem daquele local em Aprilia um dos mais modernos centro de testes para pneus da Europa.
Soil Care by Bridgestone A gama premium de pneus radiais agrícolas da Bridgestone foi projetada para oferecer maior tração, eficiência e desempenho, salvaguardando o seu bem mais valioso: o solo.
Produto
testes de
Comparação dos resultados: o pneu Bridgestone apresentou marcas menos profundas e uma área de contacto ao solo cerca de 26% superior, o que se traduz numa compactação consideravelmente inferior comparativamente com os pneus da outra marca.
compactação Um trator John Deere 6210R munido com o novo pneu VT-Tractor passou por cima de uma caixa cheia de areia equipada com um sensor de medição de pressão. De seguida repetiu-se a operação mas desta vez o trator estava equipado com outros pneus de igual dimensão mas de outra marca. Após as duas passagens comparou-se a compactação dos dois pneus.
testes de
durabilidade Durante o teste, a estrutura do pneu foi fortemente deformada, o que não representou um problema uma vez que o VT-Tractor foi concebido para suportar estas deformações.
Um trator John Deere 6920 equipado com pneus VTTractor com baixa pressão e deslocando-se a 10 km/h, rebocou 15.000 kg de peso numa pista circular ininterruptamente durante 2000 horas (cerca de 83 dias). O objetivo foi medir a durabilidade da carcaça em condições de elevada deflexão. Através deste teste identificaram-se as zonas do pneu sujeitas a maior pressão que serviram para, posteriormente, reforçar as zonas mais frágeis.
Passagem do trator equipado com pneus Bridgestone: o pneu VT-Tractor apresentou melhor desempenho que os seus competidores – a taxa de patinagem foi inferior e a velocidade de trabalho superior, comparativamente com os outros pneus testados.
testes de
tração - patinagem Um trator John Deere 6210R equipado com pneus VT-Tractor trabalhou no campo com um riper de 5 dentes. Durante o trajeto de cerca de 500 metros foram medidas, através de sensores, a velocidade de deslocamento e a patinagem na roda traseira. Repetiuse a operação, mas desta vez o mesmo trator estava equipado com pneus de dimensões iguais mas doutra marca. No final compararam-se os resultados obtidos.
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Produto testes de
condução em estrada Por fim, tivemos a oportunidade de conduzir um trator John Deere 6210R equipado com os novos pneus VT-Tractor. O trajeto incluía slalom, curvas apertadas e condução em linha reta.
A opinião geral dos presentes foi bastante positiva. Pessoalmente achei a condução em estrada muito mais confortável do que o habitual. Continua a haver os “solavancos” normais mas com uma intensidade consideravelmente menor.
Bridgestone números relevantes Além da apresentação do seu novo pneu premium, a Bridgestone Corporation deu aos presentes alguns dos números mais relevantes da empresa. Assim, e segundo os seus responsáveis, na sua sede em Tóquio, Japão, trabalham cerca de 16 mil colaboradores. A nível mundial, os números sobem para os 140 mil, possuindo 316 subsidiárias. Tem um capital de 14,7 mil milhões de euros, os seus resultados financeiros foram de 3,2 mil milhões, sendo que os lucros líquidos atingiram os 1,7 mil milhões – valores referentes a 2013. Na Europa, as vendas registaram os 3,3 mil milhões de euros. Tem 21 subsidiárias divididas por seis
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regiões e conta com 12 500 colaboradores. O core business da empresa são os pneus, negócio que representa 85 por cento das suas atividades. Os restantes 15 pontos percentuais estão ligados a componentes automóveis, produtos de borracha, cintos, bicicletas, bolas de golfe e ténis, entre outros produtos. Referência para o facto de os produtos da Bridgestone serem vendidos em mais de 150 países. A nível mundial, a Bridgestone destaca-se como o fabricante número um de pneumáticos, tendo uma quota de mercado de 14,65 por cento. A Michelin (13,64%) e a Goodyear (9,41) completam o pódio.
Centro Técnico Europeu O Centro Técnico Europeu, da Bridgestone, foi outro dos locais visitados. Aqui, foi desenvolvido e testado o VT-Tractor. Falamos de um complexo de 32 hectares, com aproximadamente 17 mil metros de quadrados de área coberta, tendo, em 2010, sofrido obras de expansão. O investimento feito nesta infra-estrutura foi, de resto, de 40 milhões de euros. Por ali, passam veículos de passageiros, comerciais, camiões, motociclos e, claro, máquinas agrícolas. Possui um centro de testes para os pneus ali fabricados, que consiste numa superfície onde o produto, durante oito quilómetros, é analisado de forma detalhada. No fundo, todas as fases dos pneumáticos, desde o seu design, produção, desenvolvimento são realizados no Centro Técnico Europeu.
Notícias Bolsa de Terras Uma visão de âmbito nacional Um projeto inovador, segundo o Ministério da Agricultura e do Mar, através da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural [entidade gestora do programa]. Promover a utilização produtiva da terra e facilitar o encontro entre a oferta e procura são as traves mestras deste programa. A abolsamia ajuda-o a compreender melhor um projeto criado em dezembro de 2012 e colocado em prática em maio do ano seguinte. Criada pela Lei nº 62/2012, de 10 de dezembro, a Bolsa Nacional de Terras, projeto do Ministério da Agricultura e do Mar, tem como objetivo primeiro facilitar o acesso à terra através da sua disponibilização, nomeadamente quando esta não está a ser utilizada. Por outro lado, a Bolsa de Terras irá, de uma forma eficaz, identificar e promover essas mesmas parcelas desocupadas.
Após breve introdução, surgem as primeiras questões: a Bolsa de Terras abrange que terrenos? Aplica-se, portanto, a prédios rústicos e mistos, disponibilizando-os para arrendamento, venda ou para outro tipo de cedência as terras com aptidão agrícola, florestal e silvopastoril. E isto, no domínio estatal, privado ou em terras sem dono conhecido.
Consumada a identificação dos terrenos exequíveis, a pergunta seguinte: qual o modelo de gestão? Existe uma rede de entidades - pública, privada ou cooperativa – encarregue de fazer a gestão operacional da Bolsa de Terras, que contribuirá com informações
e fará a sua promoção, divulgação e dinamização. Esta equipa possui uma área de atuação em todo o território continental. Através de um sistema de informação, e gestão de base de dados para registo e disponibilização dos mesmos, a Bolsa de Terras assegura a qualquer momento, aos interessados, o conhecimento e o acesso à informação sobre as terras disponíveis com potencial de utilização produtiva.
Que vantagens existem em aderir a este projeto? Tendo em vista a sua dinamização, estão aprovados, em legislação própria, benefícios fiscais associados à utilização e disponibilização das terras agrícolas, florestais e silvopastoris, e ainda a redução, em 75 por cento, dos emolumentos devidos. Ainda numa lógica promocional, encontra-se em vigor a isenção do pagamento da taxa por custos de gestão da Bolsa de Terras para a disponibilização de terras pelos respetivos proprietários até maio deste ano. Mais informações em: bolsanacionaldeterras.pt
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Tecnologia por João Sobral
TENDÊNCIAS
Mais robótica e mais potência As máquinas agrícolas começam a ser capazes de decidir perante situações imprevistas, e em simultâneo assistimos ao estreitar do contacto entre a eletrónica e a agronomia. Vivemos numa era interessante. Na primeira abordagem a este tema falámos do crescimento da maquinaria em dimensão e em potência, e apresentámos exemplos de pequenos equipamentos robotizados. Nesta edição, damos a conhecer dois projetos científicos que estão a dar origem a equipamentos agrícolas capazes de funcionar autonomamente e de modo coordenado, e que aprofundam o conhecimento sobre a melhor forma de implementar as operações culturais quando não existe intervenção humana. Parte 2 Tendências na indústria das máquinas agrícolas. Contínuação do artigo que saiu na edição nº 94, novembro/ dezembro 2014, pág. 16.
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Tecnologia
P
edro La Calle Villalón, com quem falámos sobre este assuntos, dissenos que vê a evolução destas tecnologias como prometedora. “Vai no sentido de as máquinas poderem tomar as suas próprias decisões em função de algoritmos de inteligência artificial. É bem possível que daqui a uns anos a robótica seja a principal mão de obra na agricultura, como já o é em muitos setores da indústria, mas com a dificuldade adicional de ter de se adaptar à natureza, à meteorologia, e aos problemas ambientais, o que não ocorre no interior de uma fábrica de automóveis” concretizou. Alguns destes equipamentos já conseguem adaptar o seu funcionamento perante obstáculos ou a presença de pessoas dentro da sua área de trabalho, o que é muitíssimo importante em termos de eficiência e de segurança. De certa forma, o segmento de maior potência já envolve um alto nível de automatização – condução automática, avanço coordenado V2V, etc – que facilita bastante a vida aos operadores. Em 2016 chega ao mercado americano um trator híbrido diesel-elétrico que é completamente autónomo. Em www.autonomoustractor.com é possível obter mais informação.
Na agricultura, a conjugação da agronomia com a maquinaria, com a tecnologia e com informática, é imprescindível. Mas os progressos a que agora assistimos mostram que se está a abrir um novo caminho em que a robotização pode vir a colonizar as máquinas de todos os segmentos. Ou se não tanto, é capaz de se apresentar daqui por poucos anos como mais uma possibilidade que é posta à disposição dos agricultores, e àqueles que mais na dianteira irão aderir. Na conversa com Pedro la Calle Villalón procurámos imaginar um cenário em que os engenheiros eletrónicos tivessem um papel mais importante na agricultura e em que as máquinas autónomas trabalhassem em parcelas sem supervisão humana. O académico espanhol expôs a sua visão: “Para mim, os engenheiros eletrónicos são os que vão trabalhar para a agronomia. Serão os engenheiros agrónomos a dizerem: ‘necessito de uma máquina que faça tal coisa’. E o engenheiro eletrónico criará e afinará a máquina que realize essa função. Na agricultura,
Pedro la Calle Villalón é professor na Universidade da Extremadura, em Badajoz. Dá aulas de maquinaria agrícola, motores e energias renováveis.
a conjugação da agronomia com a maquinaria, com tecnologia ou com informática, é imprescindível. O engenheiro eletrónico não sabe se a uma planta tem fósforo a mais ou a menos, ou se uma determinada dose de fitossanitário é tóxica para a planta ou se é suficiente ou insuficiente para combater uma praga ou uma doença da cultura. Creio que o completo desaparecimento da supervisão humana não será possível e penso que nem sequer é recomendável. Mas sem chegar a esse extremo, estou convencido de que o emprego de máquinas automatizadas em trabalhos agrícolas terá cada vez maior importância.
Os progressos feitos até aqui são nada menos do que gigantescos, mas a inovação é um campo fértil que não para de nos surpreender. O futuro vai-se revelando aos poucos.
É bem possível que daqui a uns anos a robótica seja a principal mão de obra na agricultura, como já o é em muitos setores da indústria.
Conhecimento científico na agricultura mecanizada Um projeto destinado à automatização de tarefas em culturas sensíveis e de alto valor produziu know-how que é relevante para o aperfeiçoamento de ferramentas robóticas. Projeto CROPS O CROPS (Clever Robots for Crops) esteve em marcha de outubro de 2010 até setembro de 2014, foi financiado pela UE, e desenvolveu know-how científico muito relevante que, na prática, se traduziu na conceção e aperfeiçoamento de ferramentas inteligentes (sensores, algoritmos, pulverizadores, garras)
destinadas a serem instaladas em pequenas máquinas robotizadas para fins agrícolas. Foram catorze as entidades parceiras envolvidas, na sua maioria departamentos universitários ligados à investigação. Do lado dos fabricantes encontramos o Grupo CNH. O enfoque esteve centrado nas culturas sensíveis e de alto valor como os vegetais produzidos em estufa, as frutas, e as uvas destinadas a vinhos premium. Entre outras realizações, foi arquitetada uma plataforma robótica, que os responsáveis do CROPS caracterizam como modular, configurável e inteligente, capaz de fazer pulverização localizada. Ao dirigir a pulverização apenas a alvos específicos (por ex. às videiras afetadas por pragas ou doenças e não às restantes), permite maior precisão e uma
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Tecnologia Coordenação entre robots terrestres e aéreos Vários equipamentos autónomos trabalham em simultâneo numa parcela de cultivo, cada um executando a sua função, e sem colidirem. O objetivo do projeto é reduzir o uso de pesticidas. redução do uso de pesticidas. A plataforma está ainda preparada para fazer apanha seletiva de produtos sensíveis como fruta e legumes, identificando o grau de maturação pretendido e procedendo de uma forma delicada à sua apanha. Esta plataforma permitiu demonstrar de que modo pode ser usado na prática o know-how adquirido. Na mecanização convencional foram igualmente feitas experiências, não só na apanha de fruta em pomares recorrendo a uma vindimadora New Holland, mas também na pulverização, tendo-se desenvolvido a regulação do fluxo de pulverização em função do volume das copas que contínua e automaticamente é detetado por um pulverizador. O CROPS também se focou na melhoria de um sistema fiável para deteção e classificação de obstáculos, tanto na agricultura como na floresta. Ao conseguir até identificar a presença de pessoas dentro da faixa de terreno que constitui a área de trabalho, a sua utilidade é muito relevante
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Projeto RHEA
A apanha robotizada de pimentos produzidos em estufa é uma operação onde se fizeram aperfeiçoamentos.
para que a movimentação de máquinas, seja ela autónoma ou não, se faça de forma mais segura. Além da evolução compreendida nestas ferramentas, os investigadores concluíram que diferentes tipos de fruta e legumes necessitam de um diferente ângulo de abordagem e de um diferente ponto de contacto, de uma diferente força exercida por parte das máquinas para proceder à colheita, e de diferentes tamanhos e formatos de pinças para que seja mantida a qualidade dos produtos. Significa isto que não obstante os importantes progressos, o CROPS serve sobretudo como um impulso para novos aperfeiçoamentos neste domínio da automatização e da robótica. Site oficial: www.crops-robots.eu
O RHEA1 é um projeto centrado na preparação e ensaio de uma nova geração de robots autónomos para controlo de infestantes tanto na agricultura como na floresta. A iniciativa foi financiada pela UE e basicamente o que esteve em causa foi a criação de um sistema de cooperação entre os robots – tratores sem condutor e drones – que compõem uma frota programada para operar de forma autónoma e coordenada. O grande objetivo por detrás do projeto é reduzir em 75% o uso de pesticidas, sobretudo devido aos riscos associados à
sua entrada na cadeia alimentar e aos impactos ambientais, reduzir os custos de produção, e melhorar a qualidade das culturas. O funcionamento processa-se da seguinte forma. Os drones realizam voos para numa cultura instalada identificarem as zonas mais afetadas pelas infestantes. A informação recolhida por estas missões aéreas é depois transmitida a uma unidade central do sistema para que os robots terrestres (tratores com alfaias) entrem em ação e façam intervenções localizadas onde se identificou a necessidade de uma monda mecânica ou química. Um conjunto de sofisticados sensores, tecnologia de mapeamento, e apurados algoritmos de controlo de decisão, são elementos que fazem parte destes aparelhos
Um New Holland Boomer em versão robot numa demonstração de campo do projeto RHEA realizada em Espanha.
Além do trabalho com alfaias, foi também feita uma simulação para mostrar como funciona um sistema de segurança baseado em tecnologia laser, que estava instalado em cada trator. O que se demonstrou foi que os tratores se imobilizaram sempre que no seu raio de ação foram identificados obstáculos ou a presença de pessoas. Site oficial: www.rhea-project.eu
Crédito: Grainews Blog
pensados para atuarem no tratamento de uma série de culturas e árvores como: tomate, milho, morango, girassol, algodão, trigo, cevada, nogueiras, amendoeiras, oliveiras e também espécies florestais. Em www.rhea-conference. eu/2014/ pode visualizar a demonstração em campo que foi realizada em maio de 2014, nos arredores de Madrid, aquando do encerramento deste projeto.
[1] RHEA – Robot fleets for highly effective agriculture and forestry management.
Animais tratados por robots Agropecuária A nível das explorações leiteiras, os robots de ordenha voluntária já não são propriamente uma novidade. Mas têm surgido inovações a outros níveis. Já aqui falámos de uma cadeia de alimentação automatizada que é composta por diferentes equipamentos que de forma coordenada preparam e distribuem a alimentação dos animais. A peça principal deste sistema é o robot automatic feeding que se dirige autonomamente a um silo para abastecer e depois distribui a ração ao longo dos corredores de um estábulo. À sua passagem, este aparelho desenvolvido pela Jeantil ainda faz a limpeza do chão. Não é exemplo único. Um fabricante como a Lely, que também dispõe de robots de ordenha, possui no seu catálogo robots para distribuir ração. É o caso de um modelo de que já falámos na Ruminantes, o Vector, que se encarrega da alimentação dos animais e apenas requer a presença do produtor a cada três dias. Este robot pode alimentar diariamente entre 250 a 300 vacas. Mas a marca comercializa ainda o robot Juno, que tem a seu cargo a tarefa de empurrar a comida para junto das manjedouras, e o Discovery, que faz a limpeza e lavagem dos cómodos.
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Culturas especializadas Vindimadora rebocada V-Train
Poda mecânica com jato em olival BMV
Os sistemas intensivos, com plantações em alta intensidade, exigem que se formem podas adequadas à passagem das máquinas de colheita em contínuo de azeitona. De tempos a tempos, no ‘muro’ resultante desta poda voltam a crescer ramos que necessitam de voltar a ser aparados e no caso de se fazer poda não seletiva, é aparada toda a vegetação, inclusive o renovo. Graças a jatos de ar inofensivos para a árvore, a nova podadora BMV empurra para dentro da copa os ramos flexíveis, que voltam depois à sua posição assim que a máquina tiver passado. Deste modo, é possível deixar um maior número de ramos e ao mesmo tempo garantir a passagem da ‘vindimadora’ de azeitona. O fabricante italiano assegura que, ao preservar em cada oliveira uma considerável área de ramos férteis, este equipamento contribui para um aumento da produção no ano a seguir à poda.
Bargam Esta pequena vindimadora V-Train TRS 30 é controlada a partir de um painel de comandos com joystick instalado no trator, e caracteriza-se por ser modular, pois a unidade de recolha de uva pode facilmente ser retirada e substituída por outro equipamento, por exemplo para fazer poda. Possui uma particular configuração de chassis e um mecanismo de nivelamento para que trabalhe de modo estável em zonas com pendentes onde por norma não se pode utilizar uma vindimadora automotriz. Aliás, no vídeo promocional preparado pela Bargam, a vindimadora aparece atrelada a um trator de rastos, o que demonstra a sua vocação para os vinhedos de montanha. Durante a vindima mecânica, a uva vai sendo depositada em dois tabuleiros e a descarga é depois feita por acionamento hidráulico.
Desfolhadora para vinha Tecnovict
A Tecnovict apresentou na EIMA 2014 a sua nova desfolhadora 111 AA para vinhas. A alfaia está equipada com um sistema de sensores que identifica os cachos de uva, para que estes não sejam danificados, e garante uma delicadeza de trabalho equiparada à que se obteria se a tarefa fosse realizada à mão. De modo a que o seu funcionamento seja sempre o mais correto, é possível inverter o sentido do rolo para que se expulse os detritos aí depositados. Outra característica relevante nesta desfolhadora é a possibilidade de variar, de forma contínua, a intensidade da desfolhagem. Este modelo permite duas alturas de trabalho: 45 e 55 cm. Este fabricante italiano tem na sua gama uma série de outros equipamentos, onde se inclui tecnologia para viticultura de precisão.
Colhedora de castanhas, nozes e avelãs Monchiero
A nova colhedora automotriz Monchiero 2095 foi criada pela marca italiana a pensar nas explorações de média dimensão. Pode equipar com rodas ou então com rastos de borracha. Os rastos permitem que se faça a colheita em terrenos difíceis e com um baixo impacto sobre o solo. Como tem uma altura reduzida, passa com facilidade e sem danificar os ramos, mesmo entre árvores de copa baixa. As principais funções da máquina são controladas a partir de um joystick. Em opção, e para garantir uma maior limpeza, sobre a correia que transfere os frutos para o depósito pode ser instalado um ventilador que expulsa as folhas e os resíduos. A Monchiero comercializa outras versões automotrizes, entre as quais um modelo mais pequeno e sem cabina, e colhedoras rebocadas destinadas a pequenas explorações.
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Culturas especializadas Motogadanheira com soluções inovadoras BCS A 660 HY WS PowerSafe é um modelo destinado a quem precisa de ceifar nas mais duras condições de trabalho, em encostas de inclinação acentuada. Está munida de uma transmissão hidrostática com duas gamas de velocidade, direção com assistência hidráulica, e é pioneira na utilização de uma embraiagem hidráulica multidiscos em banho de óleo patenteada pela BCS. Destaque ainda para o travão de estacionamento auto-hold que bloqueia a máquina mesmo com o motor desligado e que pode ser desativado para realizar manobras forçadas. O cliente pode escolher entre dois motores a gasolina, um monocilíndrico Honda GX390 Alps de 11,7 cv ou um bicilíndrico Briggs&Stratton Vanguard de 16 cv, e um monocilíndrico Yanmar LN100 de 10 cv a gasóleo. Pode ser equipada com pneus, rastos de borracha ou rodas metálicas de bicos.
Pulverizador de túnel para viveiros Bertoni Com uma vasta gama de pulverizadores de túnel para vinha, a Bertoni desenvolveu agora um modelo destinado aos viveiros. O princípio de funcionamento é semelhante ao aplicado nas vinhas instaladas, com a diferença de que o espaçamento entre elementos, a altura de trabalho, e os resguardos laterais de recuperação do fitossanitário, estão situados numa posição apropriada às videiras em viveiro. Este modelo Bertoni Green Technologies T6 está projetado para tratar seis linhas em simultâneo, com distância de até 1 m entre linhas, sendo a distância entre os elementos de pulverização ajustável por via hidráulica. A bomba de mistura do depósito é acionada pela TDF do trator, enquanto as três bombas de diafragma que fazem a recuperação de fitossanitário, assim como os ventiladores instalados dentro de cada resguardo lateral, são movidos por um gerador elétrico de 26 V. O recurso a eletricidade tem duas vantagens: reduz o ruído de funcionamento e requer uma menor disponibilidade de potência do trator. O pulverizador possui duas rodas de guia ajustáveis para manter a estabilidade tanto no trabalho entre linhas como na realização de manobras.
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Culturas especializadas Tratamentos com dispersão minimizada
Atadora de folhas de couve-flor Kooy Uma máquina de atar folhas de couve-flor foi desenvolvida na Holanda. Como frequentemente acontece neste país, a ideia não partiu do fabricante. Neste caso partiu da Kooy, um concessionário que depois levou o projeto por diante em parceria com a firma Reparatiebedrijf. Com motor Kohler de 52 cv e transmissão hidrostática, ata entre 5.000 a 10.000 plantas por hora, dependendo da extensão das parcelas. Trabalha a 1 km/h e faz a ‘costura’ em quatro fileiras por passagem. Esta operação evita o amarelecimento das folhas e protege as plantas de influências atmosféricas, como o granizo. Com as folhas atadas, a ventilação entre fileiras aumenta, o que contribui para diminuir o aparecimento de podridão na parte inferior do talo. Adapta-se a todas as variedades de couve-flor, e faz uso de um tipo de corda de marca Flor que acaba por se decompor no solo após a colheita.
Martignani Especializada em equipamentos de pulverização, a marca italiana dispõe de uma geração de novos equipamentos com tecnologia destinada a reduzir ao máximo a dispersão de substâncias químicas durante os tratamentos fitossanitários. Um destes modelos, o Duo-Wing-Jet Collina, foi distinguido com um prémio de inovação da EIMA. Trata-se de um pulverizador pneumático de baixo volume, em versão semi-montada, que está equipado com um resguardo lateral para reduzir a dispersão e provocar a recuperação e a recirculação do produto, conseguindo assim um desempenho mais eficiente. Pelas suas características, é uma alfaia destinada às zonas montanhosas e com espaço reduzido. A marca possui modelos rebocados, pensados para áreas planas, equipados com dois resguardos laterais ajustáveis para aplicar fitossanitários em duas filas numa só passagem.
Atomizador articulado Link 55 CIMA A CIMA lançou para o mercado o atomizador Link 55 articulado, uma máquina capaz de realizar tratamentos químicos com um pequeno volume de água. Um pormenor de relevo neste atomizador tem que ver com a sua configuração semi-montada. Um quadro ligado ao engate de três pontos do trator suporta a estrutura principal do equipamento de pulverização, ficando a parte rebocada destinada apenas ao depósito. De acordo com a marca, esta configuração permite descrever um apertado raio de viragem já que as rodas do atrelado irão passar exactamente por onde passou o trator. Está disponível em três versões (N, S e E) para diferentes performances de pulverização, que requerem uma potência mínima do trator de, respectivamente 70, 80 e 90 cv. O tanque, construído em polietileno, tem capacidade para 800-1000 e 1500 litros (consoante a versão), tem um pré-misturador hidráulico, e dois sistemas de agitação (líquido e de ar).
Grade rápida Discovid para vinha Agromet A Discovid está preparada para fazer preparação de solo e incorporação de pequenos sarmentos ou restos de poda. Graças ao seu chassis manualmente extensível, adapta-se a qualquer tipo de vinha. Equipada com braços de molas, está disponível com larguras de trabalho que podem variar entre os 1,25 e os 2,85 m, e com um número de discos que vai dos 8 aos 20. A marca propõe alguns opcionais como: extensão hidráulica do chassis, elevação hidráulica vertical, e rolo para uniformização do solo que pode ser ajustado de forma manual ou hidráulica. De série, possui resguardos laterais que protegem as videiras. A Agromet dispõe ainda de uma grade mais ligeira destinada à vinha (modelo Discoflex) que se diferencia por cada disco estar ligado a uma barra metálica flexível, em vez de se recorrer a braços com mola, e por ser mais leve.
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Culturas especializadas Revolução no transplante de hortícolas
Planttape Uma empresa sediada em Barcelona desenvolveu uma transplantadora de hortícolas, capaz de trabalhar a velocidades até 15 km/h. Apesar de estar equipada com tabuleiros onde se armazenam as caixas com as plantas de viveiro, o processo utilizado é completamente inovador e a transplantadora é apenas uma peça em todo o processo. As plantas começam por ser semeadas não em covetes, como habitualmente, mas no interior de uma fita biodegradável patenteada com a marca Planttape. Estas fitas são empacotadas em ziguezague dentro de caixas apropriadas (aproximadamente 900 plantas por cada fita de 45 metros), sendo as plantas instaladas no solo à medida que essa fita se vai desenrolando. Segundo a empresa fabricante, este processo facilita o crescimento uniforme das plantas e contribui para um aumento muito significativo da eficiência de trabalho nas explorações hortícolas de média e grande
dimensão. Com um chassis de 2 metros de largura, apesar de a máquina poder estar configurada com quatro, seis ou oito elementos de plantação, requer a presença de apenas um operador, a quem cabe substituir as caixas vazias pelas caixas cheias e ligar a parte final de umas fitas ao início das outras, para que o trabalho se faça em contínuo. Há outra característica merecedora de destaque. No final da parcela, quando o tratorista sobe o hidráulico para virar e entrar noutra faixa de plantação, a plataforma da Planttape mantém-se autonivelada de modo a que o operador que aí se encontra possa continuar o seu trabalho. Ao longo de oito horas, a Planttape pode cobrir uma área entre os 3 e os 7 ha, dependendo do tipo de cultura que se esteja a instalar, e requer um trator com potência igual ou superior a 120 cv. As unidades já vendidas estão a ser usadas para transplantar alface e diferentes variedades de couve.
Hortech lança máquina aspiradora de resíduos Hoover A Hortech lançou uma nova máquina de aspiração de folhas e resíduos em hortícolas. O modelo, denominado Hoover, encontra-se equipado com um motor Kubota de quatro cilindros e com um sistema duplo de alimentação, permitindo ao operador, através de um pedal, deslocar-se de forma frontal e controlar a velocidade da máquina – até 10 quilómetros/hora. O Hoover tem ainda incorporado um aspirador que possui uma zona de sucção protegida por um filtro instalado no interior do depósito – com capacidade para 1000 litros. Na zona frontal do Hoover, é visível a barra de corte, montada em sensores elétricos e hidráulicos. A altura de corte pode ser controlada através do posto de trabalho do operador, sendo que o exaustor é, também, ajustável em altura. O Hoover pesa 1800 quilogramas e possui uma largura de trabalho de 2,30 metros.
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Culturas especializadas Reboque com motor e rastos VBR Mechanisatie
Colhedora de vegetais folhosos Hortech
A firma italiana possui na sua gama vários modelos de colhedoras automotrizes. A Slide TW, a que damos destaque, está destinada à recolha de agrião, espinafre, folha de beterraba, rucula, salsa, entre outras variedades. Assenta em rastos de borracha e pode ser equipada com diferentes acessórios de processamento. Entre eles encontramos uma correia vibratória que sacode as impurezas dos vegetais. A máquina é auto-pilotada, o que significa que ninguém precisa de a conduzir durante a recolha, e está equipada com transmissão hidrostática, sendo a velocidade proporcionalmente controlada através de joystick. A Slide TW possui um dispositivo elétrico de paragem temporária e recomeço à mesma velocidade, e sensores eletrohidraulicos que garantem o corte do produto em perfeitas condições, independentemente da velocidade de avanço. Depois de colhidos, os vegetais vão sendo colocados em caixas que são deixadas no terreno para posterior recolha por um trator ou telescópico.
À primeira vista, falar de um reboque com propulsão própria parece uma contradição de termos. Mas vendo bem, não é assim tanto. A VBR Mechanisatie, uma empresa holandesa que se dedica à revenda de equipamentos agrícolas, desenvolveu um reboque que, além de poder ser rebocado, claro está, também se pode deslocar por meios próprios dentro das parcelas. Possui um motor Iveco de 4 cilindros com 127 cv de potência e um sistema de rastos provenientes de uma escavadora. Foi projetado para fazer a recolha de repolhos sem que o peso adicional de um trator tenha de entrar dentro das parcelas de cultivo. O reboque pode ser deslocado em estrada, fazendo uso, para esse feito, do rodado do eixo traseiro.
Plantador de batata para motocultivador F.LLiSpedo
A Spedo fabrica semeadores de batata para tratores, em versão automática e em versão semi-automática, sendo neste caso necessária a intervenção de dois operários. Na EIMA lançou um novo produto destinado aos pequenos produtores: um plantador automático de batata, em duas diferentes versões, para motocultivadores e para mini-tratores. O funcionamento deste acessório é simples. Uma aiveca abre um rego, as batatas são retiradas da tremonha por um pequeno sem-fim e depositadas no rego a um ritmo e espaçamento certos, e no final dois discos instalados na traseira fecham o rego. A versão para trator, denominada SPA/T, tem 75 cm de largura, 90 de comprimento, e 110 de altura, pesa 60 kg, e requer uma potência de 10 cv. O plantador para motocultivador, denominado SPA/M, requer igualmente uma potência de 10 cv, pesa 54 kg, e a tremonha é um pouco mais pequena.
EcoStar para fumigação de solos Celli A prazo, as monoculturas tendem a favorecer a presença de pragas nos terrenos. Uma máquina equipada com motor Kohler de 60 cv e apetrechos destinados à esterilização de solos, entre os quais um gerador de vapor, faz parte da gama do fabricante italiano Celli. Recorre ao método patenteado bioflash, também aplicado a alfaias rebocadas da marca, que surgiu como alternativa ao uso de brometo de metilo. Através desta máquina podem ser colocadas no terreno substâncias com reação exotérmica, como o hidróxido de potássio ou o óxido de cálcio, por exemplo. Ao aquecer o solo de forma prolongada, a sua aplicação elimina os parasitas e as infestantes. Na escolha da substância deve-se ter em conta as características do solo, pois em simultâneo é possível fazer a correção de pH ou a adição de nutrientes úteis às plantas a instalar.
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Novidades Dewulf para a cultura da batata e da Cenoura Dewulf
Colhedora de batata automotriz RF3060 No decorrer do SIMA foi apresentada uma nova versão da colhedora de batata automotriz Dewulf R3060, que contava até agora com oito diferentes versões. Esta nona versão vem completar a série e adota a designação RF3060. Trata-se de uma colhedora de duas linhas equipada com um módulo de limpeza Flexyclean®, um sistema de passagem variável, em combinação com rolos axiais, que responde na perfeição em diferentes circunstâncias. A RF3060 faz uma adaptação rápida a mudanças repentinas das condições climatéricas e uma alteração de intensidade de limpeza sem desviar o centro de gravidade da máquina. Graças ao módulo Flexyclean®, é possível distribuir a batata de 0 a 100% nos rolos e ao mesmo tempo manter alturas de queda mínimas.
Colhedora de cenoura rebocada Em Paris, a Dewulf teve também em exposição a colhedora de cenouras rebocada GBC. Trata-se de uma máquina de uma linha, de reduzidas dimensões, que trabalha perfeitamente mesmo a parcelas pequenas. Possui correias ligeiramente inclináveis que asseguram uma passagem suave das cenouras e um depósito de recolha com capacidade para três toneladas. Requer um trator com potência mínima de 80 cv.
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floresta Estratégia Nacional
Plano para florestas tem 2030 como horizonte
Forwarders
Mercado sueco com mais 17% de vendas em 2014
Nova feira na Roménia
Uma parceria Elmia Wood e DLG
Transplantadora para árvores de grande porte • Forescorte Máquinas distribui Rottne em Portugal • Pezzolato apresenta nova automotriz com grua • Grifa floresta do fabricante Ventura para tratores de mais de 100 cv • Processadora Hypro para trator • 2015 é o ano internacional dos solos • Rolo triturador florestal, polivalente e de pouca manutenção • Falcon Forestry apresenta forwarder compacto para desbaste 90
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Forest Romania
Floresta
16 e 18 de setembro de 2015 na Roménia.
por João Sobral
Parceria entre a Elmia Wood e a DLG
Nova feira florestal na Roménia A firma sueca Elmia e a DLG (Sociedade Alemã de Agricultura) celebraram uma joint venture que tem por objetivo realizar uma feira florestal na Roménia. A primeira edição abre portas já em setembro.
S
ão duas instituições com larga experiência na organização de feiras que vão levar por diante a Forest Romania. Embora cada uma delas tenha a seu cargo a organização de mais do que uma feira, as mais emblemáticas são a feira florestal Elmia Wood, no caso da Elmia, e o salão de maquinaria agrícola Agritechnica, no caso da DLG. A Forest Romania abrirá as portas pela primeira vez entre os dias 16 e 18 de setembro de 2015, e irá expor máquinas e tecnologia em modo estático mas sobretudo em demonstração no meio da floresta. “Queremos estabelecer um local de reunião para ajudar os fabricantes internacionais a ganharem uma posição forte neste interessante mercado, num momento em que a mecanização das operações florestais começa a crescer”, explica Torbjörn Johnsen da Elmia. Com esta feira, a organização pretende servir também os países vizinhos, como é o caso da Ucrânia, que tem recursos florestais consideráveis. Aliás, a região como um todo tem madeira bem cotada mas um baixo nível de mecanização. Muita madeira ainda é arrastada com força animal e a mão de obra é barata, daí que o abate seja feito com motoserras. A rechega mecanizada é feita com tratores ou com
skidders, mas os forwarders e as processadoras de corte praticamente ainda não são vistos na região. “Este deve ser o país europeu com as mais duras condições que se pode imaginar para o abate e transporte de madeira”, afirmou Reiner Hofmann da DLG. “Os terrenos inclinados, os troncos de grande dimensão e a falta de caminhos florestais representam uma grande exigência para as máquinas. A Forest Romania não será uma feira com uma grande quantidade de produtos. Será, em vez disso, para as companhias que ofereçam soluções adaptadas ao trabalho que é necessário ser feito aqui” adiantou.
A indústria florestal na Roménia A Roménia possui mais de seis milhões de hectares de área florestal e acima de mil milhões de m³ de madeira em pé. É na Carpátia, uma cordilheira montanhosa que percorre uma boa parte do país, que se encontra a maior parte dos recursos florestais. As espécies mais comuns são os abetos e as faias, embora também existam bosques de carvalhos nas zonas planas. Há também vastas áreas que são vistas como tecnicamente improdutivas, devido às difíceis condições do terreno. Por norma, os troncos extraídos da Carpática são de grande diâmetro. Por ano, são cortados cerca de 18 milhões de m³ de madeira, estimando-se que seja alto o potencial de crescimento. Embora a madeira pertença maioritariamente ao setor público, como câmaras e o governo central, o trabalho é feito por madeireiros privados.
Local É junto à aldeia de Zizin, um sítio próximo da cidade de Brașov, na Transilvânia, que a feira se vai realizar. Segundo a organização, trata-se de um local com floresta densa que é muito representativo do que se pode encontrar no resto do país. A demonstração de máquinas, que inclui o trabalho com skidders, processadoras de corte, forwarders e teleféricos, será feita ao longo de uma faixa de dois quilómetros de extensão.
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Floresta Área de ocupação das espécies florestais
Estratégia Nacional para as Florestas A Estratégia Nacional para as Florestas (ENF) acaba de ser atualizada. O novo documento aprofunda os “objetivos estratégicos traçados em 2006” e considera como horizonte o ano de 2030, embora os instrumentos financeiros que lhe estão associados reportem ao período 2014-2020.
E
ste aparente desencontro é natural, desde logo porque os resultados dos investimentos florestais são demorados. O que se pretende que seja atingido em 2030 deve começar a ser preparado desde já. A utilidade deste documento é identificar os cenários que se julga possível, e desejável, atingir num futuro que apesar de tudo não é muito longínquo, e cabe à administração central “criar um quadro de condições favoráveis à sua implementação”. Ainda assim, a concretização dos objetivos definidos na ENF estará sempre dependente das decisões tomadas pelos
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agentes do setor, na sua maioria os proprietários privados, que é quem está no terreno. A ENF agora revista traça uma “cenarização da evolução da ocupação florestal”, onde são identificados intervalos mínimo e máximos (consoante as coisas evoluam ) para a extensão e composição da floresta a alcançar em 2030. O que está em causa não é impor nem procurar adivinhar, até porque entre incêndios, pragas, doenças, e muitos outros fatores, seria impossível fixar tais limites. Os intervalos a nível da área a ocupar por cada espécie têm por objetivo balizar os incentivos a serem dados pelo Estado aos proprietários florestais. No quadro anexo, divulgamos a cenarização por espécie florestal definida pela ENF. A merecer destaque, é proposto um aumento das áreas de pinheiro bravo e de pinheiro manso, e também de outras resinosas. Embora neste último caso o
Áreas florestais por espécie para os cenários “mínimo” e “máximo” (unidades: 1000 ha) Espécie
2010
% do Total
Pinheiro-bravo
714
Pinheiro-manso
176
Outras resinosas
documento não especifique quais, o ICNF emite uma listagem das “Espécies arbóreas florestais utilizáveis em Portugal Continental”, onde constam as resinosas, indígenas e não indígenas. Nessa listagem entra o teixo, o pinheiro-silvestre, o abeto, vários tipos de ciprestes e de cedros, entre outras espécies. O aumento da área destinada aos carvalhos e aos castanheiros é também considerada, bem como a área dedicada a outras folhosas, como o carvalho, a faia, o loureiro, e uma extensa lista de muitas outras. Além destas indicações, a ENF renova os objetivos, óbvios, de diminuir a desflorestação e a área ardida, e de aumentar a regeneração natural em zonas atingidas por incêndios. As situações particulares tanto da Região Autónoma da Madeira como da Região Autónoma dos Açores são também contempladas neste documento.
2030 (min)
% do Total
Variação 2010-2030
2030 (max)
% do Total
Variação 2010-2030
23%
727
6%
202
22%
2%
789
22%
10%
6%
15%
233
7%
73
2%
80
33%
2%
9%
114
3%
56%
Sobreiros
737
23%
748
23%
1%
Azinheiras
331
11%
331
10%
0%
835
24%
13%
346
10%
Carvalhos
67
2%
74
2%
10%
94
4%
3%
40% 40%
Castanheiros
41
1%
48
1%
16%
58
2%
Eucaliptos
812
26%
812
25%
0%
812
23%
0%
Outras folhosas
195
6%
217
7%
11%
238
7%
22%
3’147
100%
3’239
100%
3%
3’519
100%
12%
Total
Floresta Maquinarte e ICAAM desenvolvem
Transplante de árvores Já é possível desviar as árvores de grande porte de um sítio para outro e garantir que elas vão sobreviver. O conceito é proveniente da América do Norte mas duas entidades portuguesas estão a aplicá-lo à realidade portuguesa. São elas a empresa Maquinarte – Investigação e Desenvolvimento de Máquinas, e o ICAAM , departamento da Universidade de Évora dedicado ao ramo das ciências agrárias. Em toda esta operação há que garantir o trabalho logístico, que consiste em retirar a árvore com terra e raízes do sítio onde está
implantada, e em colocá-la num novo local. É sobretudo nesta fase que se vai aplicar o trabalho levado a cabo pela Maquinarte, que até agora deu origem a uma máquina rebocada que se encontra em fase de testes. Mas os estudos de desenvolvimento do projeto vão muito para além da própria máquina, e é aí que entra o ICAAM. Não menos importante do que transplantar as árvores, é conseguir minimizar o choque resultante da operação e criar as condições para que elas se mantenham de boa saúde. Em
parte isso é conseguido através de uma metodologia que prevê a aplicação de estimulantes radiculares, de modo a que mesmo os exemplares de médio e de grande porte sobrevivam. José Inocêncio, sócio da Maquinarte e promotor do projeto, explicou à revista abolsamia que “o sistema mecânico corta mas deixa tudo na mesma”, já que o segredo é “manter intacto o sistema radicular da árvore”. A transplantadora deverá ser disponibilizada em quatro diferentes versões,
consoante a envergadura das árvores a transplantar, e deverá requerer um trator com potência em redor dos 200 cv ou superior. Prevê-se que a versão definitiva fique pronta ainda no decorrer do presente ano.
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Floresta Mais 17% de vendas em 2014
Mercado sueco de Forwarders Quando falamos de forwarders, a Suécia é o país para onde olhamos se queremos tomar o pulso ao mercado. É fácil perceber porquê. São aí vendidos anualmente mais forwarders e processadoras de corte do que em qualquer outra parte do mundo.
E
produtos, e de acordo com Peter Hasselryd, diretor de vendas da Komatsu, o que se está a ver agora é o resultado dessa estratégia. As vendas passaram de 63 unidades vendidas em 2013 para 101 unidades vendidas em 2014, o que representa um expressivo crescimento de 60% para a marca dos forwarders de cor vermelha. Já a John Deere vendeu precisamente o mesmo número de máquinas, 94, tanto num ano como no outro. De um outro mercado importante, o finlandês, mais uma vez não chegam boas notícias para a John Deere, que também aí foi ultrapassada pela Komatsu. Neste país, onde o líder de mercado é a Ponsse, a Komatsu subiu para a segunda posição.
m 2014 o mercado registou um crescimento de 17% face ano anterior, com um total de 301 forwarders vendidos. O ano de 2013 tinha registado um record negativo, com apenas 257 unidades vendidas.
Komatsu ultrapassa John Deere Durante muito tempo, a Komatsu ocupou a segunda posição no mercado sueco mas os dados fornecidos pela Agência de Transportes da Suécia (ATS), relativos aos certificados de registo de forwarders, mostram que em 2014 a marca ultrapassou a John Deere. A firma japonesa tem feito investimentos a pensar no longo prazo, sobretudo a nível de qualidade e desenvolvimento de novos
Registos de forwarders na Suécia Fabricante
Komatsu
2014 Unidades vendidas
2013 Unidades vendidas
2014 Quota de Mercado
2013 Quota de Mercado
101
63
33,6
24,5
John Deere
94
94
31,2
36,6
Ponsse
41
28
13,6
10,9
Rottne
34
30
11,3
11,7
Gremo
12
13
4,0
5,0
EcoLog
11
19
3,7
7,4
Tigercat
7
6
2,3
2,3
Logset
1
2
0,3
0,8
ElForest
0
2
0,0
0,8
100
100
Total
301
Fonte: Agência de Transportes da Suécia
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Subidas e descidas com a Ponsse em terceiro Ao aumentar as vendas de 28 para 41 unidades, a marca finlandesa Ponsse conquistou o terceiro lugar no ranking do mercado sueco, que era antes ocupado pela Rottne, originária precisamente da Suécia. Ainda assim, a Rottne também viu as suas vendas subirem. Foi um aumento ligeiro, de apenas 4 unidades. A Ecolog foi a marca que viu as suas vendas recuarem mais, mas a Logset também vendeu menos.
Forwarders compactos vendem mais As vendas totais ainda estão muito abaixo das que se registaram nos melhores anos, o que também costuma ser explicado pelo facto de as máquinas se terem tornado maiores e mais eficientes. Mas há uma outra razão. A procura de pequenos forwarders que não são
registados pela ATS tem vindo a aumentar. O fundador da Malwa, uma marca sueca que fabrica forwarders compactos, fala da performance da sua empresa: “As nossas vendas cresceram 130% em 2014”. O representante da Malwa estima que em 2014 tenham sido vendidos cerca de 100 pequenos forwarders na Suécia, o que significa que o mercado é consideravelmente maior do que os números oficiais revelados pela ATS. Wallin explica que os fabricantes “fazem máquinas cada vez maiores e mais eficientes porque as grandes empresas florestais precisam de controlar os seus custos”, mas também relembra que eles se “estão a esquecer dos proprietários florestais, que estão mais recetivos a comprar equipamentos que tenham um menor impacto nas suas explorações. Parece ser isto que está a animar o mercado das máquinas mais pequenas”.
Rottne tem novo distribuidor em Portugal Forestcorte A marca sueca Rottne é desde o passado verão representada em Portugal pela Forestcorte Máquinas Lda. Esta empresa com sede em Mansores, perto de Arouca, está ligada à prestação de serviços florestais há cerca de doze anos e conta com mais de cinquenta colaboradores. Opera atualmente em três mercados: Portugal, Espanha e França. A comercialização de equipamentos florestais é um novo ramo de negócio iniciado em 2014. Além de pequenos equipamentos, como motoserras e acessórios para máquinas florestais, a Rottne, que fabrica forwarders e processadoras de corte, está entre as principais marcas de que é representante. A Forestcorte possui quatro veículos de serviço de assistência e nas suas instalações portuguesas tem capacidade para dar assistência de oficina a quatro máquinas em simultâneo.
Processadora automotriz com grua Pezzolato Do catálogo de produtos deste fabricante italiano consta uma vasta gama de processadoras de estilha. As configurações e os tamanhos são muito variados. A marca fabrica pequenas alfaias para serem ligadas ao engate de três pontos e à TDF de um trator, destinadas a triturar ramagens, máquinas maiores que podem ser instaladas no chassis de um camião, processadoras automotrizes de rastos, para chegar aos sítios mais difíceis, e ainda um modelo rebocado de grande dimensão, com motor Caterpillar de 1.150 cv. Na última edição da EIMA a marca apresentou ainda em fase de projeto o futuro modelo PTH All Road. Trata-se de uma
processadora automotriz de dupla tração que se pode deslocar segundo três diferentes estilos de direção. Estará equipada com grua e com uma cabina que se pode elevar e orientar para os lados, de modo a aumentar a área de trabalho da máquina e melhorar a visibilidade do operador.
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Floresta Grifa florestal com ou sem guincho Ventura
A grifa florestal PHV-200 da Ventura é uma alfaia que se engata no terceiro ponto do hidráulico de um trator. Possui um cilindro hidráulico de duplo efeito que assegura uma firme atracagem dos toros, e um guincho florestal. Foi concebida para arrastar, empilhar e transportar madeira. O guincho, equipado com um cabo de aço de 8mm e 30 m de comprimento que se pode puxar manualmente se o distribuidor a que está ligado estiver em posição neutra, é acionado por um motor hidráulico controlado a partir da cabine do trator. A alfaia pesa 340 kg, apresenta uma abertura máxima de 1.900 mm, deslocamento
lateral de aproximadamente 45°, sendo a capacidade de arrastamento do guincho de uma tonelada. Uma versão mais simples disponibilizada pela marca espanhola é a grifa PH200. Possui igualmente um cilindro hidráulico de duplo efeito que abre e fecha as duas garras, e destina-se essencialmente a fazer arrastamento de madeira. Há a possibilidade de a bloquear mecanicamente para evitar efeitos de oscilação lateral. Pesa 260 kg, apresenta uma abertura máxima de 2.000 mm, e um deslocamento lateral semelhante ao modelo com guincho. Ambos os modelos são recomendados para tratores com potência igual ou superior a 100 cv.
Trator faz a vez de uma processadora Hypro O modelo 755 do fabricante sueco Hypro é uma processadora destinada a equipar um trator. Embora não faça o abate de árvores, que neste sistema têm de ser cortadas com uma motoserra, permite traçar troncos com o comprimento pretendido, remover os ramos, colocar a lenha em pilha, e juntar os sobrantes. Possui uma grua com alcance de 7 m, raio de ação de 280 graus, cabeça de corte, e um sistema hidráulico próprio, com reservatório de óleo e bomba. Na versão rebocada, o sistema hidráulico está instalado no chassis da alfaia. Na versão montada nos três pontos do trator, o sistema é instalado na parte da frente. Com sensor de deteção de carga, a alfaia é comandada através de duas alavancas eletrohidráulicas que movimentam, alternadamente, a grua e a cabeça de corte. A escolha entre uma e outra é feita pressionando-se um simples botão. Integra ainda um guincho controlado via rádio.
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2015 é o ano internacional dos solos FAO
Em 2014, a FAO alertou para a importância da agricultura familiar e em 2015 o enfoque é colocado nos solos. A ligação entre os dois temas é evidente. Os agricultores dependem de solos férteis na mesma proporção que os solos dependem deles. E o fornecimento de alimentos à população mundial depende de ambos. Mas o ritmo a que este recurso se está a degradar pode comprometer a sustentabilidade da agricultura e a capacidade de satisfazermos as necessidades das futuras gerações. Dez centímetros de solo fértil resultam de um processo de 2000 anos, mas com práticas erradas esta fina camada desaparece num abrir e fechar de olhos. De modo a serem parte da solução, os agricultores devem ter especial cuidado com o cultivo em encostas, devido à erosão, e devem diversificar as culturas, para permitir a regeneração de alguns nutrientes do solo.
Rolo triturador florestal
Tecnologia Trelleborg premiada ProgressiveTraction A tecnologia ProgressiveTraction, da Trelleborg, foi recentemente premiada em várias feiras internacionais. O pneu ProgressiveTraction™ da Trelleborg, foi desenvolvido especificamente para aumentar a eficácia e o rendimento de trabalho graças ao seu taco duplo. Operando no solo em diferentes momentos, o duplo taco proporciona progressivamente maior traçao quando e onde seja necessário. Para alem disso proporciona ao pneu uma excelente capacidade de flutuação, assegurando uma distribuição uniforme de la pressão, aumentando o rendimento dos cultivos e preservando o solo da compactação e erosão. Piero Mancinelli, diretor da área de Investigação de Desenvolvimento, falou sobre a relevância dos prémios conquistados pela marca. “Temos um compromisso que passa por ajudar os profissionais da agricultura a produzir mais com menos. Sermos reconhecidos com tanto entusiasmo é sinal de que estamos a trabalhar da melhor forma. Eficiência, sustentabilidade e produtividade são palavras-chave na nossa forma de trabalhar”.
Ménard-Darriet-Cullerier Utilizado sobretudo para fazer desmatação e preparação de solo para novas plantações, este rolo pode também abrir aceiros, ou faixas para alinhar a regeneração natural. Dependendo da sua largura (1,5 a 3 m), e da potência do trator a que se destinam (40 a 300 cv), os diferentes modelos propostos pela marca francesa podem incluir um ou dois rolos de perfil cónico equipados com lâminas de gume afiado que cortam a vegetação. Os rolos podem ter formato redondo ou hexagonal e o número de lâminas pode variar entre cinco e nove. O peso dos modelos mais pequenos situa-se nos 1150 kg, enquanto os modelos maiores podem ultrapassar as 10 toneladas. Possuem um trem de rodas e um engate traseiro que permite ligar um segundo rolo, que é deste modo rebocado pelo primeiro, passando a funcionar como uma alfaia articulada de dois corpos. A principal vantagem desta alfaia é a sua reduzida manutenção.
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Floresta Destroçador automotriz com depósito
Forwarder compacto para desbaste Falcon Apresentado em agosto de 2014, este forwarder da Falcon Forestry, uma divisão do fabricante irlandês Hand Engineering, foi projetado para trabalhar em locais sensíveis onde uma máquina pesada e de maiores dimensões facilmente causaria estragos, tanto no arvoredo como no solo. É impulsionado por um motor Kohler de 4 cilindros, com 2482 cm³ e 48 cv, e possui uma transmissão hidráulica variável de duas velocidades. A lança tem um alcance de 5,3 m e na sua máxima extensão permite elevar um peso de 300 kg. A capacidade máxima é de 4 toneladas, podendo o compartimento de carga acomodar um volume de 6,25 m³. Com um comprimento total de 6600 mm e altura livre ao solo de 550 mm, é uma máquina indicada para trabalhar em operações de desbaste feitas em áreas onde o espaço para as máquinas se movimentarem é reduzido. Transportar ramagens que pelo seu baixo peso não requerem grande potência, é outra tarefa adequada para este forwarder. O preço ronda os 90.000 euros no mercado de origem.
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Ménard-Darriet-Cullerier Uma máquina de rastos de borracha, com um destroçador instalado na frente e um depósito para recolha de biomassa. São estas as características principais do MD Track 250. O bloco Iveco Tier4 debita 246 cv de potência, e a transmissão hidrostática Danfoss é capaz de atingir os 12 km/h. Com um peso de 9 toneladas é facilmente conduzida através de um volante elétrico, sendo o hidráulico de circuito aberto controlado por joystick. Vem equipada de série com um destroçador Serrat instalado num
elevador hidráulico dianteiro, e assenta sobre um sistema de rastos de borracha de 920 mm. Atrás da cabina pode ser colocado um depósito com porta basculante destinado à recolha, e posterior transferência, dos resíduos florestais cuspidos pelo destroçador. Este depósito pode acumular 2,5 toneladas de biomassa. O MD Track 250 foi desenvolvido em parceria com a Eider, uma empresa francesa que fabrica rastos de borracha e máquinas equipadas com este sistema de tração destinadas a aplicações muito variadas.
Notícias
Matrimónio, e a New Holland
Tudo pensado ao pormenor. Ora vejamos: o matrimónio realizado a 14 de fevereiro – Dia dos Namorados, o bolo, minuciosamente desenhado, mostra um casal de noivos e um trator New Holland. Provavelmente, a máquina [T7.210] que os transportou até ao Quintal de D. Quixote, em Loredo, Évora. D. Quixote, figura principal da obra de Cervantes, recorde-se, era um amante de romances de cavalaria. Tudo ligado, portanto, no casamento de Luís e Teresa. O casamento foi consumado na igreja de São Gregório, em Arraiolos, tendo juntado, além dos familiares dos noivos, vários colaboradores da Etelgra Lda, que fizeram questão de desejar as maiores felicidades ao mais recente casal durante o copo de água. Luís Profeta entrou, em 2007, como aprendiz de mecânico na Etelgra Lda., na oficina da New Holland. Desde a sua entrada nesta área, demonstrou um enorme interesse por tudo o que a envolve. Frequentou, inclusive, todas as formações da New Holland, obtendo, sempre, bons resultados. Atualmente, é um técnico de referência na empresa. A equipa da abolsamia endereça aos noivos e seus familiares as maiores felicidades.
como pano de fundo Luís Profeta, técnico na Etelgra nas oficinas New Holland, casou-se com Teresa Monteiro em fevereiro último. As referências ao mundo da maquinaria agrícola estiveram, obviamente, presentes durante toda a cerimónia.
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1 Foto da família – Da esq. para a dir.: Carolina Dias, Laura Machado, Nélson Carrasquinha, Luís Profeta e Teresa Monteiro, Graciete Matias, viúva do saudoso Itelvino Carrasquinha, Vicente Amador e sua mulher, Joaquim Sousa e sua mulher, e Mário Cananão. 2e3 Luís Profeta e Teresa Monteiro, com o New Holland T7.210 4 O bolo dos noivos mostra a ligação da família à New Holland.
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New Holland 2015
Momentos New-Holland 2015 Retratos do Mundo New-Holland em Portugal de lés-a-lés.
Momentos
New-Holland
Auto Ag. Sobralense
Apolinários Máquinas
New Holland T4.95f cab
Esq. para a dir.: Luís Caetano, Francisco Penedo (gerente AAS), José Júlio e Maria José Toscano.
New Holland T7.185
Cliente: Joaquim Marcolino Júlio
Cameirinha Máquinas Agrícolas New Holland T7.210 AutoCommand
Esq. para a dir.: Fernando Cabaça, Manuel Joaquim Santinhos e filho e João Palmar
DB Tractores New Holland T4020
Cliente: Freguesia de Malpica do Tejo
ETELGRA 100
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New Holland TD5.115
Esq. para a dir.: Mário Cananão (Etelgra), João Patusco (Cliente), José Agostinho (Operador)
Siga-nos no FacebooK www.facebook.com/NewHollandAgriculture
New Holland 2015
Fialho, Correia e Lampreia New Holland TD5.115 Mário Belo e Artur Roma
Garagem Dupla Tracção New Holland T3.55F
Celestino Cruz e Paulo Vendeiro
Parreira AZOR New Holland RB125S
Esq. p/ dir.: Eduardo Borges, Filipe Luís (Técnico), Luís Toste (Cliente), João Palmar.
Varanda & Cordeiro SEAC New Holland Boomer 50 Cliente:David
New Holland T4.105
Cliente: Luís Eugénio Rodrigues, em Macedo de Cavaleiros. ABOLSAMIA · março / abril 2015
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agenda
Vou de férias e aproveito para ir a uma feira!
Para consumir
Para Agilizar
Para visitar
Para eSclarecer
Brio Produtos Biológicos
Farmflo Aplicação móvel
Barragem de Alqueva
PDR2020 Um guia simplificado
Supermercados Biológicos » brio.pt
Disponível para Android e iOS » farmflo.com
Rio Guadiana – Alqueva » alqueva.com.pt
Desenvolvido pela CONSULAI » pdr2020.info
É amante de produtos biológicos? Se a resposta for positiva, temos uma sugestão para si: os supermercados Brio, onde apenas se comercializam produtos biológicos e o bem-estar animal, confiança do consumidor e o estímulo social e económico são 5 premissas bem presentes. Com lojas na zona da Grande Lisboa – Chiado, Picoas, Campo de Ourique,4 Carnaxide e Estoril, pode ainda passar os olhos pelo site brio.pt e conhecer6um3 pouco mais deste universo, 5 bem como, de uma vez por 3 todas, acabar com alguns 2 mitos que envolvem os produtos naturais de agricultura biológica.
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Enolitech | 22 a 25 mar. | Verona, Itália enolitech.com
AGRO Braga | 26 a 29 mar. | Braga, Portugal peb.pt
AGROTEC | 27 a 29 mar. | Kielce, Polónia targikielce.pl
AGMA | 9 a 11 abr. | Jiangsu, China agromach.com
AGRO-Agrária | 18 a 21 abr. | Castelo Branco, Portugal
ipcb.pt
AGRA Leipzig | 23 a 26 abr. | Leipzig, Alemanha agra2015.de
Agrishow | 27 abr. a 1 de maio | São Paulo, Brasil agrishow.com.br
8 3 2 6 7 5 1 9 4 Johann Goethe, escritor, cientista e filósofo alemão
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O novo PDR2020 – Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 – tem como objetivo apoiar o investimento em explorações agrícolas e florestais em empresas agroindustriais e à instalação de jovens 8 4 agricultores, potenciando 9 condições 1 as para aumentar a 2 7 competitividade do seu 1 5 negócio. Assim, neste espaço, 6 3 poderá dissipar todas as suas dúvidas 4 8 relativas a este programa ou, 3 por 6 outro lado, aconselhar um amigo ou 5 9 seu sobre as familiar melhores práticas. Um guia 7 2 indispensável para quem pretende abraçar o universo agrícola nos próximos tempos. 2 1
“Pensar, é fácil. Agir, é 2 4 7 1 3 9 8 5 6 com 6difícil. 8 3 5Agir 4 7 de 9 acordo 1 2 1o que 7 5 pensamos 4 9 3 2 6 é, 8 de 4 9 6 8 2 1 3 7 5 todas, a mais difícil”
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Alqueva é a Uma aplicação móvel – maior reserva estratégica para o seu smartphone ou de água da Europa, onde tablet – onde poderá estão a crescer 120 mil registar todas as hectares de novos atividades, em tempo real, regadios, sendo, por isso, que ocorrem na sua uma das zonas com maior Sudoku-online.org - normal propriedade agrícola. As potencial agrícola do país. sudoku #2001 solución #2001 informações ficam Tire um fim-de-semana, gravadas no programa descanse 8 4 7 9 numa 2 6unidade 1 5 – protegidas através de de turismo rural e visite 4 2 6 5 8 3 7 4 2 uma conta criada por si – esta barragem. podendo, depois, Portel e Moura são 4 2 1 6 4 3 9 8 utilizá-las para a produção as localidades onde 6 3 7 9 8 observar 2 6 3 de estatísticas e para melhor 4poderá controlar tudo que se esta construção 1 3 2 7 5 4e zona 8 1 passa na sua quinta. Menos envolvente. 9 5 7 2 6 3 1 9 5 7 papel na sua secretária, poupa 20 horas de 9 6 8 5 7 1 2 9 trabalho mensalmente e é 8 1 9 3 2 6 8 7 4 bastante intuitivo.
agramiddleeast.com
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Para cozinhar
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por: Catarina Pellen
março 1 | Feriado Municipal (FM) em Tomar • 2 | FM em Vila Nova de Paiva • 4 | FM em Manteigas • 5 | FM em Ferreira do Alentejo • 8 | FM Montemor-oNovo • 12 | FM em Monção • 19
bacalhau à brás à portuguesa Jamie Oliver, conhecido chef britânico, abraçou o desafio de fazer um prato típico português, neste caso o Bacalhau à Brás. Porém, rezam as crónicas, falhou redondamente, causando um enorme espanto, primeiro, que deu lugar a desilusão, logo depois, por parte dos seus inúmero fãs em Portugal. Assim sendo, e para acalmar as águas, publicamos aquele que consideramos ser o “verdadeiro” Bacalhau à Brás.
Ingredientes (6 pessoas): 1 posta de bacalhau (fresco
ou congelado); 1 pacote médio de batata palha; 6 ovos – ou 8 para ficar mais molhado; 1 cebola grande; 4 dentes de alho; salsa picada; azeitonas pretas – para decorar; pimenta e sal q.b.
Como fazer cozer o bacalhau em água e leite – aproximadamente 7 minutos -, desfiar o bacalhau em lascas médias e tirar as espinhas e a pele. Refogar a cebola picada e o alho no azeite, e de seguida juntar as lascas do bacalhau. Após refogar o bacalhau, juntar a batata palha e mexer durante 1 minuto. Bater os ovos com pimenta, juntar ao resto e mexer bem. Picar a salsa, juntar umas azeitonas ao preparado e voilá!
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| FM Póvoa do Lanhoso, Santarém, Vizela e Torre de Moncorvo. abril 2 | FM em Alpiarça e Ponta Delgada • 3 | Feriado Nacional (FN) – 6ª Feira Santa • 5 | Domingo de Páscoa • 6 | FM em Fronteira e Feriado Municipal Móvel (FMM) em Avis, Borba, Caminha, Campo Maior, Castelo de Vide, Constância, Crato, Cuba, Freixo Espada à Cinta, Ílhavo, Mação, Mora, Nisa, Penamacor, Ponte de Sor, Portel, Redondo e Sousel. • 7 | FMM em Serpa • 10 | FM em Pampilhosa da Serra e Tábua • 11 | FM em Lagoa (Açores) • 13 | FMM em Sabugal, Monforte e Alandroal • 20 | FMM em Idanha-a-nova •21 | FMM em Castelo Branco •23 | FM em Velas (Açores) •25 | FN – Revolução de Abril •26 | FM em Belmonte.
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No campo
Somos nós que fazemos a moda Voltam as camisa de xadrez e as gangas, e nós gostamos. Vai ver que sem gastar muito, pode estar moda. Mas se não é a sua praia, esqueça estas dicas e vista-se à sua vontade.
Para vestir
Botim XTI 39,95€ Aish - LouresShopping
Camisa 9,99€ hm.com/pt
Calções ganga 19,99€ hm.com/pt
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se vive nestas localidades não trabalhe nestes dias!
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Viana do Castelo • Braga
Máquinas usadas
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Classificados por distrito Os anúncios com este símbolo têm microsite. No microsite das empresas (internet) pode consultar a lista detalhada das máquinas usadas, com preço e foto.
USADOS • Máquinas de rega Irrifrance c/ carrinho, aspersor Pulsar e 200 metros de tubo • Tractocarro
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/servimor
USADOS: Tractores: Hinomoto 280 • Massey Ferguson 35 • New Holland 35-66 DT
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agripalmeira
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USADOS: Tractores: Ford 4600 3.800€ • Ford 4600 - 3.800€ • New Holland 4635 - 13.500€ • Reboques: Galucho 5000 - 2.000€ • auto-carregador Poettinger - 2.250€ • espalhador de estrume 9800 - 1.900€ • Rototerras: Amazone KE302 - 6.000€ • Amazone KE302 - 5.000€ • Semeadores: Monosem PNU - 3.250€ • Nodet 2.50 - 2.000€ • Sulky 3N - 1.100€ • Distribuidores de adubo: Nodet - 1.750€ • Sulky DPAX1503 - 1.500€ • Colhedores de milho: (2x) Benac - 2.500€ • Benac - 1.500€ • Benac - 2.800€ • Vasto stock de alfaias e máquinas usadas
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/anibalmacedo
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/mecagriminho
Tractores: Deutz-Fahr 4807 c/ alfaias • Deutz-Fahr Agrolux 70 DT • DeutzFahr Agroplus 70 DT c/ carregador frontal • Ford 3000 - 3.000€ • McCormick CX105 DT c/ cabina e carregador frontal • Valtra 4600 c/ carregador frontal • Mais alfaias usadas em stock
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/adj
Braga • Vila Real • Bragança
USADOS: • Desensilador Agrovil • Tractor Renault 70-14 LB
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/repoutiz
USADOS: Tractores: Fendt Farmer 304 LSA • Kubota M85 c/ cabina • Massey Ferguson 355 (2RM)
Tractores: Fiat 82-86 DTF (1995) c/ 6000 h., carregador frontal Herculano H3 + balde e grifa - 15.000€ • John Deere Milénio 50F (2004) c/ 2073 h. - 14.500€ • Massey Ferguson 376 CF (rastos) (1999) - 15.500€ • Mais alfaias e máquinas usadas em stock + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/alonsosebranco
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/acastanheira
USADOS: Tractores: Deutz-Fahr Agrokid 45 • Ford 3000 • Goldoni C75 (rastos) • Massey Ferguson 135 • New Holland 55-85 CF (rastos) • New Holland 55-85 CF (rastos) • New Holland TK65F (rastos) • New Holland TK65F (rastos) • New Holland TN60A • New Holland TN65VA • Corta-forragem JF FH1300 • Encordoador de pedras • Enfardadeiras: Fiatagri 8500 • Galignani 2600
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Bragança • Porto
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microsite Adira já é fácil e rápido - Tel. 219 830 130
Porto • Aveiro
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/tractorave
Tractores: Deutz-Fahr Agrokid 25 DT • Fiat 540 • Hinomoto 35 cv • John Deere 1030 • Kubota L1801 DT
Tractor usado: • Agria 9900 Alfaias usadas em stock - Consulte-nos
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/adelinolopes
Tractores usados: • Daedong T2600 DT • Massey Ferguson 253 DT • Pasquali 956/603 c/ fresa, escarificador e charrua de 3F • Toselli (rastos) c/ corta-matos Varela • Ursus 3512
USADOS: Tractor Deutz-Fahr Agrolux 320 DT • Cisterna Joper 6000 L • Semeadores: Gaspardo SP520 • Sulky 2,50 mts • Unifeed Comag 6 m3
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Aveiro
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/danielmota
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venda os seus usados em www.abolsamia.pt
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/matagriet
Viseu • Guarda
nos anúncios com este símbolo
Consulte todos os usados no microsite da empresa
+ VISITE O NOSSO SITE: www.abolsamia.pt/clientes/mota
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/mta
USADOS: • Reboque espalhador de estrume Galucho 5000 kg Stock de máquinas e alfaias usadas
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assine
Coimbra
Assine A revista + anuário - 1 ano / 38 € - Tel. 219 830 130
USADOS: Tractores: Claas Ares 616 RZ • Fiat 450 Vigneto • Fiat 480 • Fiat 640 • Ford 1900 • Hürlimann Prince 435 DT • John Deere 2650 • Kubota B7001 • Landini 8860 DT • Massey Ferguson 165 • New Holland TN 55 • Same Falcon • Same Falcon 50 • Same Solar 50 • Same Solaris 35 • Shibaura 2240 • Mais alfaias e máquinas usadas em stock
USADOS: Tractores: Deutz-Fahr D5006 (2RM) • Ford 6600 (2RM) • New Holland 1920 DT • New Holland 23-66 DT • Shibaura SE3000 (2RM) • Rototerra Maschio 2,30 mts USADOS: • Tractor Ebro 6040 (2RM) • Grade de Discos Galucho 18x20” hid.
VISITE O NOSSO SITE: www.abolsamia.pt/clientes/agrisoure
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Tractores usados: Ford 3600 - 4.250€ • Iseki TL2300 DT - 4.750€ • Iseki TU 1700 - 4.250€ • Kubota B1600 DT 3.250€ • Yanmar 285 - 5.000€
+ Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/pccondeixa
Coimbra • Castelo Branco • Leiria
USADOS: Tractor Massey Ferguson 298 DT c/ guincho • Auto-carregador Timberjack 230 • Máquinas de corte: John Deere 1270D • Timberjack 1270 A • Timberjack 870 B • Máquinas de Rechega: John Deere 1110D Eco 3 (8 rodas) • Timberjack 1110D (8 rodas) • Timberjack 1210 • Skiders: Timberjack 225 • Timberjack 240 B c/ pinças
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/novapercampo
USADOS: Tractores: Fiat 750 • Kubota B7001 DT • Arrancador de batata • Cabina • Ceifeiras debulhadoras • Charruas • Chisel • Corta-silos • Distribuidor de adubo • Encordoador de feno • Enfardadeira • Ensiladoras • Espalhador de estrume • Frentes de cereal • Frente de Forragem • Frentes de milho • Fresas • Gadanheiras condicionadoras • Grua industrial • Moinhos de mó de pedra • Pá niveladora • Pulverizadores • Rampa de acesso • Reboque • Rotorfresa • Rototerras • Trituradores • Unifeed • Volta-fenos • Veículo ligeiro • Veículo todo-o-terreno • Veículo comercial
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/maquifetal
USADOS: Tractores: Ford 1300 • Goldoni 921 DT • Iseki 1700 • John Deere 670 • Kubota 1902 • Kubota B7200 • Massey Ferguson 245 • Massey Ferguson 35X • Massey Ferguson 390 • Pasquali 946/603 • Valtra T130
+ Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/silvagriauto
USADOS: Tractor Same Laser 140 DT - 35.500€ • Motocultivadores Goldoni Export - 1.100€ • Pasquali 917 - 1.600€ • Motoenxadas: Meccanica Benassi RL308 - 1.200€ • Meccanica Benassi RL311S - 650€ • Fresas: Goldoni 21M - 400€ • Goldoni 22M 500€ • Pasquali 1 mts - 450€ • Pasquali 1,10 mts - 600€ • Mais alfaias usadas
+ Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/fernandoferreira
Tractores usados: • Carraro 7.1000 4F • Universal 453 DT • Valpadana 450 DT
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Leiria • Santarém
Tractores: Case IH MX135 DT • DeutzFahr 6.50 DT • Hürlimann 490 DT • Ceifeira debulhadora Fiatagri L517 • Enfardadeira Claas 2200 • Ensiladoras: Claas 695 SL • John Deere 5460 • Frente de cereal Moresil 5L • Frentes de milho: 3L • 4L • 5L • 6L • Reboque 18.000 kg
microsite Adira já é fácil e rápido - Tel. 219 830 130
USADOS Tractores: David Brown 1690 • Fendt 718 Vario • Fresas: 3,00 mts • Joper 2.3 mts • Charruas: Huard 3F • Kverneland ES100-200 3F • Grade de discos Galucho Geo-Disc300 • Mais alfaias usadas em stock
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agrovergeira
Tractores usados: Agrifull A80 DT - 9.500€ • Deutz-Fahr Agrolux 80F - 14.000€ • Deutz-Fahr Agrolux 80F • Fiat 70-66 DT F - 10.500€ • Ford 3600 - 3.750€ • Lamborghini 880 DT F - 15.000€ • Lamborghini (rastos) - 2.000€ • Landini 4500 (rastos) - 3.500€ • Landini 6500 - 4.500€ • Landini Rex 100F • New Holland TD4040F • New Holland TN75F - 12.950€ • Renault 461 - 3.850€ • Same Dorado 60 - 15.500€
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/tractorusseira
USADOS: Tractores: Lamborghini 1106 DT • Massey Ferguson 265 • Massey Ferguson 274C (rastos) c/ lamina • Valmet 6400 DT c/ car. fr. • Charruas: Galucho 1F-90º • Kverneland EG160-8 4F Non-Stop • Kverneland EG240-8 4F Non-Stop
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/imapal
USADOS: Reboques: Galucho 12 ton. • Galucho 6250 kg • Galucho 7500 kg • Joper 10.000 kg p/ vinha • Rototerras: Agrator 2,50 mts • Maschio 2,05 mts • Maschio 2,50 mts • Maschio 2,50 mts • Maschio 2,80 mts • Pegoraro 2,50 mts • Grades de discos: vinhateira • Galucho GLHR 24x24” • Safisal 20 discos • Mais alfaias usadas em stock - Consulte-nos
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agripulve
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março / abril 2015 · ABOLSAMIA
USADOS • TRATORES: Barreiros 70 • Case-IH: 284 - 285 - 585 DT • DF: 5506 - 8006 DT • Fendt 309 DT • Fiat: 10090 DT • Ford: 4600 • JD: 2030 - 2250 DT - 3040 - 6110 DT • MF: 210 - 3630 DT • NH: TN55 DT - TN85A DT • Same: Frutteto 75 DT - Explorer 90C R - Silver 80 DT • Universal 445 • MINI-ESCAVADORA: Bobcat LS170 • RETROESCAVADORAS: Case 580 Super K • MF 50 • EMPILHADORES: Isuzu 2,5 t (diesel) • Manitou: 2 t (diesel) - MB 3 t (diesel) • TRACTORES P/ PEÇAS: Case-IH CS • DF: Agroplus 85 DT - Dx 3.50 DT - Agrotron 130 • Ebro 6079 DT • Fendt: 280 - 307 DT - 308 DT • Fiat: 35-66 DT - 45-66 DT - 60-66 DT - 80-66 DT - 100-90 DT - 110-90 DT • Ford: 1710 - 1720 DT - 2600 - 5640 DT - 6610 - 7740 DT • Hinomoto C144 DT - C174 • Hürlimann: Prince 45 DT - XA306 DT • Iseki 4320 DT • JD: 946 DT - 3040 DT - 3350 DT - 4400 DT - 5500 DT - 6100 - 6300 DT - 6620 DT - 6800 • Kubota: L285 - L2550 DT • Lamborghini: 235 - Premium 950 DT - 874-90 DT • Landini: 65 DTF - Globus 60 - Trecker 55 (rastos) 8860 DT • MF: 174 DT - 3650 DT - 396 TC (rastos) - 1030 - 2640 DT - 3090 DT - 4270 DT - 6180 DT • NH: TDD90D - TS115A DT - M100 DT - M160 DT - TNF95 DT - TL90 DT • Renault 120-54 DT • Same: Solar 60 DT - Laser 110 DT - Solaris 45 DT - Delfino 35 DT - Laser 150 DT - Minitaurus - Argon 50 DT - Dorado 70 DT - Rock 60 (rastos) • Steyr: 9094 DT - 975 DT • Valmet: T130 DT - 455 DT - 655 DT - 805 DT - 6400 DT - 8000 DT • Yanmar 336D DT – 241 • Telescópicas: JCB 525-67 • Manitou MLA 627 Maniscopic • Retros: Case: 580 G - 580 Super K • CAT 428 • Fermec 860 DT • JCB 3CX • Komatsu WB97R • NH LB110 DT • Eixos tracção: Carraro • Sige • ZF • Hurth • Spicer • Dana • Merlo
Santarém
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USADOS: Tractores: Ford 7610 - 8.500€ • Ford 7610 DT 15.000€ • Lamborghini 110 - 12.500€ • Massey Ferguson 6480 - 42.500€ • New Holland 8670 - 27.500€ • Same Antares 110 - 15.000€ • Same Silver 100.6 - 27.500€ • Valmet 805 - 20.000€ • Semeadores: Solá 19L p/ cereal - 2.000€ • 2L p/ batatas - 3.500€ • Charrua SF3F - 4.000€ • Distribuidor de adubo Euro Spring - 1.500€ • Lâmina Tenias 2,50 mts - 1.800€
Tractores usados: Ford 2000 - 4.250€ • John Deere 3350 DT - 12.000€ • Landini Blizzard 95 DT - 17.000€ • Massey Ferguson 290 - 6.250€ • Yanmar F16D - 4.000€ • Mais alfaias usadas em stock
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USADOS: Tractores: Deutz-Fahr Agroplus 100 DT • Massey Ferguson 6290 • New Holland M135 • Descortiçador 2 cabeças • Rachador de lenha 15 ton • Reboque transfega 6000 kg p/ milho
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USADOS: Tractores: Case IH 1056Xl (1989) • Fendt 308 LSA Turbomatik (1998) • Fendt 311 LSA • Fendt 926 Vario (2004) • Fiat 420 • Ford 6410 (1989) • New Holland 110-90 DT (2001) • New Holland T7040 (2009) • Carregador frontal Tenias • Charruas: Galucho 5F • Galucho CHF 3/4F • Depósito Rau 200L • Pulverizador Hardi MAS-1800-FLE • Reboque Galucho SFV-5T • Semeador Agricola Italiana 2L
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ABOLSAMIA · março / abril 2015
113
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Santarém
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USADOS: Tractores: Hürlimann XT909 • Massey Ferguson 4270 • Balde p/ carregador frontal • Carregador frontal Tenias B3 c/ balde 150
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USADOS: Tractores: John Deere 6310 • Same Laser 110 - 6.000€ • Colhedora de batata Barigelli Universal T - 6.500€ • Colhedora de tomate Sandei SL150 T - 25.000€ • Pulverizador Hardi NK600 • Rototerra Rau RWP 30 • Semeador Gaspardo MT4 - 5.500€ • Transplantador Checchi & Magli Wolf 2
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março / abril 2015 · ABOLSAMIA
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Santarém • Lisboa
USADOS: Tractores: Massey Ferguson 188 (1972) • Massey Ferguson 265 (1985) • Mitsubishi MT2000 (2014) • Same Delfino 35 DT (1989) • Same Silver 80 VDT (1999) • Reboque cisterna Herculano CH5000D (2004)
USADOS: Tractores: Ford 2000 - 2.500€ • Hürlimann Prince 435 - 8.500€ • Kubota 6000 DT - 3.500€ • Kubota L185 - 4.500€ • Landini Mythos 100 DeltaFive - 18.080€
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USADOS:
Tractores: John Deere 6820 • John Deere 6920 S • New Holland T4050 F (2009) •
New Holland TN85FA • Enfardadeiras: New
Holland BB9060 c/ Roto Cutter • New Holland D1010 c/ CropCuter • Gadanheira condicionadora BCS Rotex R7 • Telescópica Caterpillar
TH330B (2006) • Volta-fenos Vicon 8 moinhos
ABOLSAMIA · março / abril 2015
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Lisboa
Assine A revista + anuário - 1 ano / 38 € - Tel. 219 830 130
USADOS: • Tractor Landini 75 F • Tractor Landini C4500 (rastos) c/ largura de 1,15 mts • Tractor Landini R6000 c/ cabina Cabena • Tractor Massey Ferguson 174 c/ car. fr. • Gadanheira 1,60 mts • Grade de Discos Galucho NA2C 16x20” Hidráulica • Pulverizador 1500 L (rebocável) • Reboque Galucho 3000 kg (basculante)
Mercado agrícola Classificados compra venda aluguer
USADOS: • Fresa Joper 2,40 mts Vasto stock de alfaias usadas Consulte-nos antes de comprar
abolsamia.pt Consulte em www.abolsamia.pt/ads.php
USADOS: • Tractor Agri Con F 80 • Tractor John Deere 5550N • Tractor Landini 85 F • Tractor New Holland TTV • Tractor Same Antares 130 • Vindimadora Alma
USADOS: Tractores: International 434 • International 484 • Cavadora Gramegna 1,70 mts • Pulverizador 2000 L (rebocável) • Reboque espalhador de estrume 6000 kg
USADOS: • Tractor Landini 4500 (muito bom estado) • Vasto stock de alfaias e máquinas agrícolas usadas em muito bom estado Consulte-nos antes de comprar
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março / abril 2015 · ABOLSAMIA
Lisboa • Setúbal
Tractores: Case IH JX1090U • Claas 456 RX • David Brown: 885V - 995 • Fiat: 100-55 (rastos) - 450 V - (2x) 70-65 (rastos) • Lamborghini C553 (rastos) • Massey Ferguson 1260 DT • Same: Explorer II 90 DT - Frutteto 75
• Tractor Case IH 845 DT • Tractor New Holland L75 DT c/ cabina • Tractor New Holland TL80 DT • Tractor New Holland TN80F c/ cabina • Cavadora Gramegna 6 pás
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/maquisintra
Tractores USADOS: • David Brown 880 • David Brown 995 • Landini 75 cv • Massey Ferguson 135 • Massey Ferguson 165 • Massey Ferguson 35 X • Renault 60
USADOS: Motoenxada Honda F560 c/ rodas e charrua • Semeador Monosem 4L
ABOLSAMIA · março / abril 2015
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200 € por ano
Setúbal • Évora
microsite Adira já é fácil e rápido - Tel. 219 830 130
USADOS: Tractores: Goldoni 18 cv c/ fresa • Hürlimann 6115 c/ cabina • Same Solaris 35 DT • Charrua Galucho 1F-13” 45º • Despampanadeiras: IDavid corte lateral • Terral Hidráulica • Mini-carregadora Case 1840 • Pulverizador Tomix 300 L • Reboque cisterna Bauer 4000 L
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/etelgra
USADOS: Tractores: Case IH 845 DT • Lamborghini 784 DT • Massey Ferguson 290 c/ car. fr. • Massey Ferguson 294C (rastos) • Charrua Kverneland EG 4F • Escarificadores: Fialho 13B • Galucho E-11D • Galucho E-9D • Gadanheira condicionadora automotriz • Grades de discos: Galucho GLHR 22x24” • Galucho GLHR 24x26” • Galucho GPR 14x26” • Galucho GPR 14x28” • Galucho GRLCH 24x28” • Rolos: Fialho 4 mts • Tramagal
USADOS: • Enfardadeira Claas Rollant 250 Roto Cut (2000) - 11.800€ • Mais alfaias e máquinas usadas em stock - Consulte-nos antes de comprar
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março / abril 2015 · ABOLSAMIA
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Évora • Beja
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USADOS: Tractores: Massey Ferguson 4270 DT c/ cabina • Same Argon 50 c/ 600 horas e carregador frontal • Same Delfino 35 USADOS: Tractores: Landini Vision 105 c/ cabina • Massey Ferguson 174C (rastos) • Massey Ferguson 210 (2RM) • Vindimadora Alma rebocável
USADOS: Tractor Landini Trekker C80 Tractor Landini Trekker C85
Tractores usados: Fendt 306 LS • New Holland TK90A (rastos) • New Holland TN80 F • New Holland TN95 FA • Same Panther 70
Tractores: Deutz-Fahr DX 4.70 • Hürlimann H478 Prestige • Atomizador Fede 2000 L • Charrua Galucho CH2-16 H • Compressor Berardinucci p/ 8 tesouras • Semeador Monosem 4 L • Unifeed Luclar Titan 17 • Vibrador Berardinucci Tornado • Volta-fenos: Fella TS 455 • Kuhn GA 7822 + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agrivilhena
ABOLSAMIA · março / abril 2015
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Beja • Faro
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TRACTORES: Agrifull: 110 DT - 12.500€ • 140 - 8.000€ • 65 DT - 8.500€ • 80 - 6.500€ • 80 DT • 80 DT - 12.000€ • Carraro 920 - 7.500€ • Case-IH: 1125 - 7.500€ • 1394 DT - 5.000€ • 70 cv c/ car. fr. Galucho - 8.000€ • 7455 7.500€ • 90 cv - 9.000€ • 955 - 6.000€ • Caterpillar: D3 (rastos) - 9.000€ • D4D (rastos) - 7.000€ • D5D (rastos) - 10.000€ • Deutz-Fahr: 110 cv c/ car. fr. - 10.000€ • 130 cv c/ cab. - 8.000€ • 70 cv - 8.000€ • 7806 DT - 7.000€ • D40 S - 1.500€ • Ebro: 1025 - 7.000€ • 684 - 1.000€ • Fiat: 110-90 c/ cab. A/C - 17.000€ • 140-90 c/ cab. A/C 17.500€ • 420 - 2.000€ • 55-65 R • 80-66 - 10.000€ • 80-66 DT • 90-90 - 11.000€ • 90C (rastos) - 15.000€ • Fiatagri 140-90 c/ cabina • Ford: 5000 - 2.500€ • 5610 DT - 10.000€ • 5610 DT - 10.000€ • 6600 - 3.000€ • 6610 - 7.000€ • 6610 DT - 6.000€ • 6810 DT - 6.000€ • 7600 DT - 5.500€ • 7610 • 7610 DT - 6.000€ • 7610 DT - 10.000€ • 8210 • 8210 - 10.000€ • TW 25 - 5.000€ • International 745-S • Itma 80 cv (rastos) - 5.500€ • John Deere: 2030 • 2130 - 2.500€ • 2850 • 3040 - 5.000€ • 3150 • 3350 - 10.000€ • Lamborghini: 106 - 7.500€ • 80 cv (rastos) - 10.000€ • 874-90 - 12.000€ • Landini 7680 - 7.500€ • Massey Ferguson: 390 DT - 10.000€ • 4370 DT • New Holland: 6640 • 80-66 DT - 15.000€ • 8670 • 8670 c/ cab. A/C - 30.000€ • TD90D • TK100 (rastos) - 20.000€ • TL100 - 17.500€ • TL100 c/ cab. A/C - 20.000€ • TM165 • Renault: 120 cv - 10.000€ • 95 cv c/ cab. A/C - 10.000€ • Same: 100 - 6.000€ • 70 cv - 5.000€ • 80 cv - 5.000€ • 85 cv - 5.000€ • 95 cv - 7.500€ • Valmet 1180 - 15.000€ • Zetor: 70 cv - 5.000€ • 80 cv - 5.000€ • CEIFEIRAS DEBULHADORAS: Case-IH 1440 - 20.000€ • Claas 68 (rastos) (A) 7.500€ • Fiatagri 3500 (rastos) (A) - 10.000€ • John Deere: 1055 - 12.500€ • 1075 - 12.500€ • Laverda: 112 (rastos) (A) - 7.500€ • 132 (rastos) (A) - 7.500€ • 3400 - 15.000€ • 3650 - 15.000€ • M100 - 10.000€ • M120 - 4.000€ • M132 - 10.000€ • M152 - 10.000€ • New Holland: 8040 - 10.000€ • 8050 - 12.500€ • 8050 (rastos) (A) - 7.500€
USADOS: Tractores: Deutz-Fahr Agroplus 95 • Deutz-Fahr Agrotron 120 MK3 • Deutz-Fahr DX.6.30 • Fendt F380 G • Massey Ferguson 339 • Same Laser 110 • Grades de discos: Fialho RCR 22-24” • Galucho GAVR 32 • Galucho GPRS 16 x30” H. • Torpedo 46-26-W-25 • Fresas: Galucho Hid. • Kuhn EL100 • Charruas: Fialho 2F85HR 16 • Galucho 1F-18 90º • 2F-14 180º H. • 2F-16 180º H. • 3F-18 180º H. • 3F-18 180º H. • CH 2F-16 Hº • CH3/4 - 14H3 • Jema EX AC8 • Joper vinhateira • Nardi • Mais alfaias usadas em stock.
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março / abril 2015 · ABOLSAMIA
Açores • Europa • Industriais
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USADOS: Tractores: Fiat 480 • Massey Ferguson 135 • Massey Ferguson 35 X • Cilindros: Ammann AR65 • Case W102 • Dynapac CC10 • Betoneira Utrac 180 L p/ tdf
USADOS: • Tractor Ford 8210 • Enfardadeira John Deere 456 + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/automecaalvorgense
ABOLSAMIA · março / abril 2015
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Curiosidades Talvez não saiba... Massey Ferguson
A fábrica da MF em Beauvais recebe os visitantes num espaço onde estão expostos alguns modelos históricos. Entre eles estão três Ferguson em cor cinza, e modelos um pouco mais recentes, já com cor vermelha e emblema Massey Ferguson. Uma vez que a MF não deriva só da britânica Ferguson, mas também da canadiana Massey Harris, há um ramo da família que não está representado neste museu. Há uns meses, encontrámos nas traseiras das instalações de Beauvais, num parque onde estavam encarreiradas várias dezenas de tratores a cheirar a
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março / abril 2015 · ABOLSAMIA
novo, quatro tratores antigos, de um vermelho mais aberto que o da MF. Um com rodas iguais, de ferro. Os outros três com rodas de pneu de jantes amarelas. Eram os Massey Harris. Ali estavam eles, num parque a céu aberto, enquanto os Ferguson repousavam numa confortável sala de estar. Campbell Scott, gestor de marca da MF, explicou-nos que os Massey Harris aguardavam transporte para Inglaterra, onde serão restaurados. É por isso de esperar que no futuro venham também eles a gozar de um estatuto mais notório como representantes da MF.
Testes de desempenho de máquinas agrícolas DLG O centro de testes da DLG (Sociedade Alemã de Agricultura) é dentro do seu setor uma das entidades a nível mundial com mais meios, e também uma das mais acreditadas para comprovar a qualidade dos equipamentos agrícolas e das novas tecnologias a eles associadas. O centro está equipado com o que de mais sofisticado existe a nível de instrumentação para realizar medições e, tratando-se de uma entidade independente, os relatórios que publica são uma importante ferramenta de apoio à tomada de decisão a que os agricultores e prestadores de serviços podem recorrer sempre que necessitem de adquirir novos produtos. Situado a sul de Frankfurt, em Gross-Umstadt, o centro emprega mais de 50 funcionários e realiza anualmente mais de 1.100 testes que revelam dados importantes sobre performance, qualidade e segurança dos equipamentos. Algum deste material pode ser consultado gratuitamente em www.dlg.org embora esteja disponível sobretudo em alemão. Na foto, uma ceifeira-debulhadora apetrechada com acessórios especiais é usada pela DLG como uma espécie de banco de diagnósticos móvel que avalia a eficiência do trabalho realizado por outras ceifeiras-debulhadoras que estejam a ser submetidas a teste no campo.
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