Diretor: Nuno de Gusmão • 6,00€ Ano XXII • nº 97 • julho/setembro 2015
máquinas agrícolas
www.abolsamia.pt
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tratores nomeados ’Tractor of the Year®’ 2016
panorama mundial
Equipamento agrícola
Matrículas
por marcas
Mercado de tratores no 1º semestre
Lamborghini Strike 90.4 HD Prova de Campo®
Os 100 anos da ZF • New Holland na Expo Milão 2015 • John Deere, mais informatização, maior precisão • Tractolitoral tem nova concessão • Novidades premiadas no Cereals 2015 • Expoflorestal e ELMIA 2015, a Floresta em foco • Reportagem Feira Nacional de Agricultura
Trabalho de equipa MAIS DE 25% SÃO EQUIPADAS DE ORIGEM COM PNEUS MITAS O que faz uma boa parceria? Os principais produtores de maquinaria agrícola sabem! A Mitas é um fabricante Europeu de longa data e um fornecedor de confiança para os produtores Premium de equipamentos de origem. A nossa fiabilidade e trabalho de equipa no desenvolvimento e produção de novos produtos tem sido comprovada com diversos galardões. Estamos orgulhosos deste reconhecimento e continuaremos a trabalhar arduamente para assegurar a sua continuidade.
www.mitas-tyres.com
Editorial por Francisca Gusmão
ficha técnica Diretor Nuno de Gusmão Propriedade Nugon - Publicações e Representações Publicitárias, Lda. Contribuinte 502 885 203 Registo 117122 Depósito legal 117.038/97 Sede R. S. João de Deus, 21, 2670-371 Loures Escritórios R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 2670-338 Loures T. 219 830 130 | F. 219 824 214 Email: abolsamia@abolsamia.pt Redação Nuno de Gusmão, Francisca Gusmão, João Sobral, Ângelo Delgado Colaboraram nesta edição Luís Alcino Conceição Publicidade Francisca Gusmão, Américo Rodrigues, Catarina Gusmão Pré-impressão Sílvia Patrão, Catarina Gusmão Cartoonista Nelson Martins Assinaturas João Correia Parceiros multimédia workmove.net Impressão Jorge Fernandes, Lda Rua Quinta Conde de Mascarenhas, Nº9, Vale Fetal - 2825-259 Charneca da Caparica, Tel. 212 548 320 Tiragem média 10.000 exemplares Os textos e fotos, bem como os anúncios registados com “a bolsa m.i.a.®” são propriedade da Nugon,Lda., não podendo ser reproduzidos sem autorização, por escrito, da mesma. O conteúdo dos anúncios e das publi-reportagens dos clientes é da sua exclusiva responsabilidade. Por opção editorial abolsamia segue o AO90, pese embora nem todos os colaboradores que integram a redação tenham adotado a nova grafia.
Progressos
J
á começaram os trabalhos para a eleição do Trator do Ano. Como membro do júri do TOTY® por Portugal, este é o 18º ano em que abolsamia participa ativamente neste concurso, que pressupõe a avaliação de inovações recentes dos fabricantes de tratores agrícolas. Esta edição trouxe alterações ao Concurso, que passou a integrar a categoria de Melhor Utilitário. Trata-se de uma nova distinção, há muito requisitada pelos membros do Júri, sobretudo dos países mais ao sul da Europa onde as grandes potências não correspondem ao segmento mais utilizado. Nesta categoria podem entrar tratores equipados com motor de 3 ou 4 cilindros, potência acima de 70 cavalos, e peso operacional máximo de 8500 kg. Outra novidade: esta é a primeira vez que uma marca chinesa, a Lovol (Grupo Foton Lovol), entra neste concurso, com uma nova série de tratores destinada ao mercado europeu, a ser desvendada já em novembro, na Agritechnica. Apresentamos mais uma Prova de Campo. Desta vez, o Lamborghini Strike 90.4 HD, um modelo lançado em 2014 cujas primeiras unidades estão agora a chegar ao mercado português. A Prova está, como é habitual, integralmente disponível em vídeo, nos nossos canais multimédia. De volta ao conteúdo da nossa informação estão também, a partir desta edição, as matrículas de tratores por marcas, que passaram a estar novamente disponíveis para publicação livre. Congratulamo-nos
com a decisão das entidades europeias competentes. Na era da Informação, era no mínimo estranho que se proibisse a divulgação dos números que mostram as opções de compra dos agricultores, ao contrário do que acontecia noutros setores de produto, como o automóvel. O conhecimento da realidade é essencial para a tomada de decisão nos três vértices do triângulo: a indústria, a distribuição e o cliente. O próximo passo desejável, seria que a informação relativa ao mercado das máquinas agrícolas passasse a ser extensível a todos os equipamentos, para além dos tratores e dos reboques, como acontece já aqui ao lado, em Espanha. Embora a variação do número de matrículas de tratores seja frequentemente usada para medir o andamento do mercado, só por si este indicador pode não ser suficiente para uma avaliação correta. Vejase ainda o caso espanhol, em que o registo de praticamente todo o tipo de maquinaria contraria, pela positiva, a quebra que se fez sentir neste primeiro semestre nos tratores, podendo significar que até houve alguma animação no setor. Uma nota final: tivemos em junho a notícia da partida inesperada de Egidio Maschio, o fundador do Grupo Maschio Gaspardo com quem tivemos algumas vezes o privilégio de conversar. Um homem de quem nos vamos sempre lembrar como forte, e que nos deixa saudades.
Boas férias.
abolsamia é membro do júri por Portugal
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Sumário
AGENDA julho/setembro
128 Para passear – para ler – para mergulhar – para relaxar – para cozinhar – para vestir. Espreite as nossas sugestões!
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de amor enviados à Laura, assinados com o mesmo nome que tenho, pudessem ter sido escritos por quem, como eu, em poesia é um zero.”...
EMPRESAS ANTIGAMENTE ERA ASSIM… Os 100 anos da ZF
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A Zahnrad Fabrik – termo que, traduzido à letra, significa Fábrica de Engrenagens – nasceu em 1915, na Alemanha, na região de Baden-Wurttemberg. A fábrica alemã é conhecida como ZF e completa este ano 100 anos de existência. Hoje, falamos sobre o inestimável contributo desta empresa nas suas várias áreas de intervenção.
contos de reis O Cyrano de Odemira, por Guilherme Reis
130 ...”E não é verdade que, lá porque também me chame Jacinto, os versos da declaração
Mitas fornece pneus premium à CNHI 10 Foton tem nova estratégia de marca 10 Reboque Panther assinala 40º aniversário 10 Stagric novamente eleita “PME Líder” 10 Maschio Gaspardo perdeu o seu líder 12 Motores Deutz compatíveis com a Fase V 12 SDF fatura 1,2 mil milhões de euros 12 New Holland, dos campos para a Expo 18 Milão
Uma exploração agrícola capaz de produzir toda a energia necessária para o funcionamento das suas máquinas agrícolas. Um protótipo de trator alimentado a metano. E o compromisso da New Holland de reforçar o contributo para alimentar a crescente população mundial duma forma sustentada.
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Tractolitoral, Same mais Lamborghini 46 Momentos New Holland 126
ESTATÍSTICAS Mercado de tratores, reboques e semirreboques em Portugal, por marcas, 30 no 1º semestre Mercado de tratores na 31 Europa, 1º semestre
FEIRAS Cereals 2015 Prémios de Inovação 50
A Cereals 2015, uma feira dedicada às grandes culturas, realizou-se em Inglaterra nos dias 10 e 11 de junho. Com diversas demonstrações de maquinaria em campo, é a ocasião por excelência para os profissionais do setor daquele país se inteirarem das novidades tanto a nível de maquinaria como a nível de sementes e fitossanitários. Feira Nacional de Agricultura
80 Há tradições que teimam em manter-se, e a Feira de Santarém é uma delas. Foram, como sempre, nove dias onde estiveram reunidas empresas dos vários setores relacionados com o mundo rural, que ali promoveram os seus produtos e serviços a montante e a jusante na cadeia de produção. Os números da organização falam em 710 expositores diretos, o que confirma
esta edição como mais uma de êxito. Confira as reportagens das seguintes empresas: 81 82 82 83 84 85 Forte e Sagar 86 Galucho 88 Expansão 90 Herculano 91 Grupo Joper 92 Maschio Gaspardo 94 Same Deutz-Fahr 96 Terralis 98 Secomil 99 TMC Cancela 100 Pulverizadores Rocha 101 Grupo Tractores Portugal 102 Sotrac 103 Ventisec 104 Herkulis 105 Moviévora 105 Agridirect Agrifaia Agro-Ribatejo Apolinário Máquinas Deltacinco Entreposto
FLORESTA Expoflorestal
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Dois anos depois, a ExpoFlorestal voltou a Albergaria-a-Velha. E trouxe mais visitantes: 35 mil. Entrevistámos algumas empresas do setor, presentes nesta exposição. Maquigarden 69 Barloworld STET 70 Moviter 71 Andreas Stihl 72 Unitractores 73 SkogsElmia 2015 74 Conheça as principais inovações apresentadas pelos fabricantes.
mercadoS Panorama do equipamento agrícola 22
Quem são os maiores fabricantes de máquinas e equipamentos para a agricultura, quais os países que mais exportam e quais aqueles que mais importam. No final do primeiro semestre, as principais associações do setor preveem uma quebra da produção e do comércio mundial de equipamentos agrícolas.
NOTÍCIAS Combustível sintético 14 para motores diesel Feira Innov-Agri prepara 6ª edição 14 APowerpress Deutz-Fahr 14 Condução segura 14 de tratores Duas novas áreas 45 no Isobus Tractopais, 20 anos 45 com a Iseki Tratores de rastos em campos 57 de arroz
PRODUTO John Deere, mais informatização, maior 32 precisão
A marca convidou a imprensa especializada europeia a Pamhagen, Áustria, para dar a conhecer algumas gamas de tratores renovadas, a par com novos produtos em equipamentos para a forragem, sementeira e pulverização.
ASSINE Hoje a revista 38 €/ 1 ano 70 €/ 2 anos
Lovol Série 5000 para o mercado europeu Unidade nº 1000 do novo Valtra T4 Zetor, regresso aos seis cilindros BKT lança novo IF Agrimax Teris Edição especial do Massey Ferguson 5610 Aplicação móvel feno/ silagem da Kuhn
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cisterna. Como convencional de média potência que é, este modelo da marca italiana tanto pode cumprir as funções de trator principal como assumir o papel de trator de apoio numa exploração agrícola ou numa exploração mista.
Prova de campo
REGIÕES
Lamborghini Strike 90.4 HD
Concessionários / Máquinas usadas
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Nesta quarta Prova de Campo, testámos o Lamborghini Strike 90.4 HD, um modelo lançado em 2014 mas cujas primeiras unidades estão agora a chegar ao mercado português. Tendo desta vez a Serra de Montejunto como pano de fundo, fizemos as habituais provas de consumo em trabalho de lavoura, e também em trabalho de transporte, com uma
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tecnologia Inquérito: Por dentro dos Números da Agricultura 54 de Precisão
Não sendo totalmente uma novidade, o conceito e a adoção de equipamentos de Agricultura de Precisão começa a fazer parte das opções de investimento dos agricultores portugueses.
trator do ano 17 tratores nomeados para o TOTY® 2016
36 O evento ‘Let the Challenge Begin’ realizou-se em Itália a 18 e 19 de maio e marcou o início de mais uma edição do prémio Trator do Ano®. Estivemos lá e voltámos com a missão de avaliar nada menos do que 17 tratores. A vantagem associada é termos agora a disputar o prémio mais modelos ajustados ao nosso mercado.
Boletim assinatura PORTUGAL / EUROPE 1 ano/year ( 5 Revistas + 1 Anuário ) 38€/ 70€ 2 anos/years ( 10 Revistas + 2 Anuários ) 70€ / 120€
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Cód. postal Tel.
Cont. nº
Errata No artigo publicado na nossa edição anterior Nº 96, pág. 58 houve um lapso. No nome do cliente onde se lê ”António Ernesto Gonçalves” deve ler-se António Evaristo Gonçalves.
Email Pagamento por transferência bancária: NIB: 0035 0365 0000 1699 8307 7 Envie comprovativo para o email: joaocorreia@abolsamia.pt Pagamento por cheque: Rua Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 - 2670-338 Loures
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4 1 - Ferdinand Adolf Heinrich August Graf von Zeppelin (1838-1917). 2 - 1919, primeiro edifício fabril. 3 - O Zepelim era um tipo de aeronave com a forma de um charuto, inspirada no balão voador mas do tipo rígido e, em termos de navegação, equipado com sistemas desenvolvidos para altos desempenhos. Esta inovação serviu para o lançamento de bombas na I Grande Guerra. A descontinuidade do Zepelim ocorreu em 1919, quando os Aliados, através do Tratado de Versalhes, proibiram a Alemanha de produzir material bélico. A história da ZF começa no final do século XIX, quando o conde alemão Ferdinand von Zeppelin sonhava erguer no ar
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um meio de transporte inovador para reduzir o tempo de viagem de passageiros e carga. E em 2 de julho de 1902 ele realizou o sonho: o primeiro Zeppelin levantou voo num teste realizado na Alemanha, nas margens do lago Constance. Com o desenvolvimento do dirigível e as exigências técnicas da aviação da época, surgiu a necessidade de aperfeiçoar as engrenagens das transmissões que faziam as hélices funcionarem. Foi então que Ferdinand Zeppelin se juntou
com o engenheiro suíço Max Maag, profundo conhecedor deste tipo de sistema e, após unirem conhecimentos, fundaram em 20 de agosto de 1915 a Zahnradfabrik, que significa Fábrica de Engrenagens e que mais tarde se chamaria ZF. 4 e 5 - Antigas instalações fabris da Zahnrad Fabrik.
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1920
1915
1917
É fundada a ZF.
A marca ZF é registrada e o primeiro logotipo é definido.
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1925
1937
1930
Fabrico das primeiras caixas de velocidades para automóveis: transmissão de 8 cv com mudança por meio de alavanca.
No Salão do Automóvel de Berlim, a ZF apresenta a sua mais recente inovação: uma transmissão universal, compatível com vários modelos de veículos graças a seu design modular.
Conduzir com ruído torna-se coisa do passado com o lançamento da transmissão do tipo Aphon, com sincronização implementada pela primeira vez em 1930.
A ZF lança sua primeira transmissão para tratores: o sistema A 12.
Antigamente era assim...
100 ANOS ZF
por Nuno de Gusmão
Os
F
da
A Zahnrad Fabrik – termo que, traduzido à letra, significa Fábrica de Engrenagens – nasceu em 1915, na Alemanha, na região de Baden-Wurttemberg. A fábrica alemã é conhecida como ZF e completa este ano 100 anos de existência. Hoje, falamos sobre o inestimável contributo desta empresa nas suas várias áreas de intervenção.
erdinand von Zeppelin, general do exército germânico, foi o fundador da ZF. Pioneiro no desenvolvimento de dirigíveis rígidos no início do século XX, as primeiras ideias de Zeppelin foram formuladas em 1874 e desenvolvidas em detalhe em 1893. Mais tarde, foram patenteadas na Alemanha, em 1985, e nos Estados Unidos quatro anos depois.
1945
Os zeppelins iniciaram os seus primeiros voos comerciais em 1910 pelas mãos da Deutsche Luftschiffahrts-AG (DELAG) – primeira companhia aérea do mundo a efetuar serviço comercial. Quatro anos depois, a empresa havia já transportado mais de 10 mil passageiros. O sucesso desta inovação fez com que a palavra “zeppelin” passasse a ser utilizada para se referir a todos os dirigíveis rígidos.
maquinaria agrícola e construção civil.
ZF: um contributo transversal A qualidade das criações tecnológicas nas transmissões, engrenagens, embraiagens, eixos, chassis, amortecedores, sistemas de direção, entre outros foram vitais para o enorme contributo que a ZF prestou a indústrias tão distintas como a aeronáutica, automóvel – comerciais e pesados -, ferroviária,
1957
As peças e componentes de transmissão de fabrico ZF estão incluídas na classe das indispensáveis para que as máquinas produzam trabalho, na medida em que delas depende a transmissão da potência do motor aos órgãos de atuação direta.
1960/63
Na fábrica de Passau, Alemanha, inicia-se a produção de transmissões para ceifeiras.
Albert Maier, diretor da ZF, projeta um carro compacto com dois assentos – o Champion – para as exigências de mobilidade da sociedade do pós-guerra.
A ZF toma a decisão de entrar num novo segmento de produtos: eixos e transmissões para máquinas agrícolas.
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Antigamente era assim...
Ser Grande na sombra Embora presente nas principais marcas de veículos motorizados, contribuindo para o seu prestígio nos mais exigentes mercados, a ZF pode passar despercebida a um público alheio a este tipo de componentes. Uma comparação para ajudar a perceber a ideia: no reconhecimento da notoriedade dos inventores que viram os seus nomes gravados na História, à semelhança do que acontece com vencedores de grandes batalhas – Átila; Alexandre, O Grande; Napoleão – ficam sempre para segundo plano os restantes intervenientes sem os quais não haveria vitórias. Normalmente, recordados em monumentos ao “Soldado Desconhecido”. E é aqui que surge a ZF. Mais: foi também assim que Henry Ford, Ferdinand Porsche ou Ferruccio Lamborghini, com todo o direito à imortalidade do seu bom nome através dos legados deixados à Humanidade, se consagraram como Os Grandes, não obstante
terem necessariamente recorrido às invenções de terceiros indispensáveis para a formação dos seus produtos acabados. Ou obras-primas, se quisermos. Utilizando o futebol para uma maior abrangência de raciocínio, podemos afirmar que jamais teríamos um Cristiano Ronaldo na plenitude das suas capacidades se os restantes jogadores da sua equipa não contribuíssem, em grande medida, para o seu sucesso.
Razões para 100 anos de sucesso E, o que levou a ZF a completar um século de existência? No geral, o empenho da empresa em adaptar da forma mais adequada os seus sistemas de transmissões aos mais variados motores e nos diversos modelos de veículos, de acordo com as exigências dos seus clientes industriais. A qualidade dos departamentos de Pesquisa e Desenvolvimento
A ZF deu um grande contributo a indústrias tão distintas como a aeronáutica, automóvel, ferroviária, maquinaria agrícola e construção civil.
da ZF tem, desde sempre, servido os mais importantes fabricantes a nível mundial em todos os ramos da indústria motorizada, nomeadamente a automóvel. A ZF Services, por exemplo, fornece todo o tipo de transmissões de tecnologia de ponta, direcionadas para as especificações técnicas de cada equipamento original, devidamente testadas para assegurar a qualidade e a satisfação do cliente.
O primeiro dia do resto da vida da ZF Os Descobrimentos eram já História. E Pedro Álvares Cabral também. No entanto, a 13 de abril de 1959 a ZF iniciou o seu
processo de internacionalização com uma viagem de... barco ao Brasil. Mais concretamente a Caetano do Sul, região situada no gigante estado de São Paulo. Os colaboradores da empresa alemã eram 9 e demoraram 14 dias a chegar ao continente sul-americano – a viagem teve início em Friedrichshafen, Alemanha. Ali, construiu-se uma fábrica que, passados 60 anos, é um símbolo vivo do processo de abertura ao Mundo por parte da ZF. Atualmente, são mais de 71 mil colaboradores, presença em quase 40 nações de todos os continentes e 113 centros de produção. Uma empresa global, portanto.
1980
1965
Inauguração da ZF Japan, em Tóquio. Após quatro anos de engenharia, a transmissão ZF-Ecosplit para veículos comerciais pesados está pronta para entrar em série, tornando-se um produto de sucesso, com 1 milhão de unidades produzidas no decorrer dos 20 anos seguintes.
A ZF comemora 50 anos de existência como a maior empresa europeia independente especializada em tecnologia de transmissão e sistemas de direção.
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2014 Início da produção em série da transmissão híbrida plug-in.
1990
A ZF completa 75 anos. Criação da Fundação de Arte da ZF e inauguração do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Friedrichshafen, Alemanha.
2000
A ZF Lenksysteme inicia a produção em série do sistema de direção elétrica ZFServolectric. Nos seus clientes incluem-se a BMW, Audi e VW.
A FORÇA QUE DEIXA MARCA.
Nova Série 5G. Desempenho superior em todas as condições. 5G é a nova série de tractores que se impõe neste segmento pela sua eficiência, flexibilidade, equipamentos opcionais, segurança, conforto e desempenho. Equipado com o novo motor FARMotion Tier 4i, de 3 ou 4 cilindros, entre os 80 e os 115 CV, com sistema de injecção Common Rail. Estes motores foram desenhados e desenvolvidos exclusivamente para utilização na agricultura, e garantem um elevado nível de desempenho, durabilidade e, acima de tudo, fiabilidade. Disponível em 3 versões, num total de 11 modelos e 6 motorizações, possibilitam uma extraordinária flexibilidade de configurações que satisfazem todos clientes, até os mais exigentes. Modelos disponíveis: “HD” 5090.4 G – 5105.4 G – 5115.4 G “MD” 5090 G – 5090.4 G – 5100 G – 5105.4 G – 5115.4 G “LD” 5080 G – 5090 G – 5100 G Recomendamos a utilização de lubrificantes, fluidos de refrigeração e peças originais. DEUTZ-FAHR LUBRICANTS
DEUTZ-FAHR é uma marca de deutz-fahr.com
Empresas Foton tem nova estratégia de marca
Mitas fornece pneus premium à CNHI Mitas A Mitas (América do Norte) assinou um acordo com a CNH Industrial – grupo regional NAFTA – para o fornecimento de pneus agrícolas “Mitas Premium”, montados em rodas GKN para os novos semeadores/distribuidores de adubo Air Cart, produzidos na fábrica de Saskatoon, no Canadá. A Mitas irá, assim, fornecer estes pneus em seis modelos diferentes, oito dimensões e várias rodas e cores. O tamanho mais relevante, é o 800/70R38 178D/181A8 CHO SFT, que pesa cerca de 680 quilogramas. Estes pneus irão permitir uma maior capacidade de carga e uma menor pressão do ar. Gregory Gilland, diretor de grandes contas da Mitas, afirmou que “dependendo das atuais e futuras condições do mercado, a marca esta preparada para entregar milhares de pneus na fábrica em Saskatoon”. O responsável adiantou ainda que a colaboração com a CNHI “encontra-se cada vez mais estreita e diversificada, não se cingindo apenas aos tratores e ceifeiras debulhadoras”. Da parte da Case New Holland, Steve Timmons diretor de marketing, a confiança nos pneumáticos Mitas é total. “São produtos com um rendimento muito grande, excelente qualidade, serviço e com preços muito competitivos”. Estes pneus estão direcionados para o mercado norte-americano.
Lovol Antes de mais, de onde vem o nome Lovol? Os tratores que em Portugal conhecemos como Foton são fabricados pela Foton Lovol. Acontece que esta firma chinesa reviu a sua estratégia de marca e no futuro é o nome Lovol que vai passar a aparecer no capot dos seus tratores. Para enfrentar o mercado europeu, em 2011 a Lovol estabeleceu um centro de I&D em Itália, na zona de Bolonha. Trabalham aí mais de 40 funcionários em diferentes áreas, desde o marketing à engenharia. E é também nestas instalações que funciona um centro de testes onde a marca faz a validação de novos componentes. Passados pouco mais de três anos, este centro está prestes a dar frutos. A parte visível deste trabalho será desvendada em novembro quando a Lovol apresentar ao vivo, na Agritechnica, uma nova gama de tratores destinada ao mercado europeu. Mas as notícias não se ficam por aqui, até porque os chineses da Lovol estão a pôr a fasquia muito alta a nível de investimentos. Em 2014 adquiriram a marca de ceifeirasdebulhadoras Arbos-Bubba, com a intenção de a revitalizar, e mais recentemente adquiriram a marca de alfaias MaterMacc, que tem uma gama muito vocacionada para as operações de preparação de solo e sementeira.
Reboque Panther assinala 40º aniversário Fliegl O maior fabricante mundial de reboques para agricultura realizou uma demonstração de produto que reuniu mais de mil convidados. O evento realizou-se em abril, em Mühldorf am Inn, na Alemanha. Foram 60 os tratores necessários para fazer desfilar os mais 100 equipamentos que compõem a vasta gama da marca. “A tecnologia agrícola fabricada na Alemanha tem procura e é apreciada a nível global. A grande força deste evento está em os nossos parceiros poderem captar uma imagem concreta de toda a gama de produtos da Fliegl”, afirmou Josef Fliegl Junior, diretor geral da Fliegl Agrartechnik. Como em 2015 a marca está a comemorar o seu 40º aniversário, a ocasião serviu também para apresentar uma série limitada de apenas 40 reboques. Batizados com o nome ASW Panther, apresentam-se com pintura preta e uma grande pantera estampada de cada lado, decoração que pretende simbolizar velocidade, dinamismo e longevidade. Todos estes reboques serão escoados para a rede de distribuição, à exceção do nº40 que vai ser leiloado na Agritechnica.
Stagric novamente eleita “PME Líder” Stagric A Stagric, empresa portuguesa fundada em 1986 e que se dedica à investigação, fabrico, montagem e comercialização de equipamentos agrícolas e industriais, recebeu novamente o estatuto de “PME Líder” 2015 pelo IAPMEI. Segundo a administração da empresa, os resultados “são o reflexo do investimento contínuo nas pessoas, inovação tecnológica e melhoria contínua”. Ainda na mesma nota de imprensa, recorda que “o conhecimento de mercado permite antecipar necessidades nos clientes e responder de forma rápida e eficiente, com produtos de qualidade reconhecida e elevada”. De acordo com a Stagric, o reconhecimento do sucesso da estratégia empresarial e o seu importante contributo para a economia nacional reforçam a vontade de alcançar horizontes mais elevados no setor agrícola, nomeadamente no fabrico e comercialização de equipamentos e máquinas agrícolas.
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Empresas Motores compatíveis com a Fase V Deutz
Maschio Gaspardo perdeu o seu líder Maschio Gaspardo O Grupo Maschio Gaspardo perdeu a sua figura emblemática. Egidio Maschio, presidente da empresa, suicidou-se na sua empresa, no passado dia 24 de junho. Tinha 71 anos e era um homem com uma personalidade marcante. A trágica notícia foi publicada em todos os canais de comunicação italianos deixando toda a gente estupefacta. Em entrevista à Unacma (Unacma, União Italiana dos Comerciantes de Máquinas Agrícolas), 0 novo CEO Massimo Bordi disse que, “a Empresa está fortemente endividada, impondo-se uma nova abordagem e organização”. Bordi referiu a este propósito que, não obstante, o novo plano de negócios teria a gestão partilhada de Egidio Maschio que “nunca foi marginalizado neste processo.” Na opinião de Mario Carraro, amigo e exempregador dos irmãos de Pádua, a empresa terá realizado investimentos recentes “talvez excessivos” dada a tendência dos mercados. O amigo de longa data de Egidio lembra o seu forte carisma de empreendedor sonhador “alguém que fez tudo por conta própria, a partir do zero, e esta foi a verdadeira força da expansão industrial e comercial da fábrica. Parece estranho, mas antes de tomar essa terrível decisão dá ideia de ter preparado um novo futuro da empresa sem ele, através da contratação de gerentes que anteriormente não estavam presentes na organização da empresa, passando para os seus filhos um novo modelo de gestão muito diferente da dele.”, diz Mario Carraro.De acordo com a mesma fonte, Mirco, um dos filhos de Egidio, deverá assumir brevemente a presidência do Grupo. No início deste mês, a empresa, da qual a família Maschio era acionista maioritária, tinha nomeado dois gestores externos: Massimo Bordi como novo CEO e Paulo Bettin como diretor financeiro. Egidio Maschio era um conhecido empresário de Campodarsego, Itália, que em 1964 fundou, com o seu irmão Giorgio, uma das empresas que viria em pouco tempo a tornar-se uma das maiores na construção de máquinas agrícolas com presença em todo o mundo. Hoje, o Grupo conta com 2.000 funcionários e um volume de negócios de mais de € 324.000.000 por ano. Tem 19 grandes centros de produção, 16 em Itália e 3 no estrangeiro: Roménia, China e Índia, e está presente em todo o mundo, com 12 filiais.
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Na feira Intermat, a Deutz tornou público que dispõe de tecnologia compatível com o próximo nível de emissões poluentes. O nível ‘Fase V’, cuja entrada em vigor está prevista para 2019, obriga a uma redução do limite de massa de partículas das atuais 25 mg/kWh para 15 mg/kWh, e introduz um novo teto a nível de concentração de partículas. Foi toda uma gama de motores, entre os 2,9 e os 7,8 litros, e potência entre os 45 e os 291 kW, que o fabricante de Colónia teve expostos na Intermat, com um logotipo ‘Stage V ready’ a indicar a compatibilidade com a Fase V. É verdade que os fabricantes se têm visto confrontados com a necessidade de, continuamente, redesenharem a arquitetura dos motores para os tornarem mais limpos. Mas o resultado de toda esta evolução é gigantesco. De 1999 (Fase I) para 2015 (Fase IV) já se conseguiu reduzir os níveis de partículas e de óxidos de azoto (NOx) emitidos pelos motores em, respetivamente, 96,5% e 95.7%. www.deutz.de
SDF fatura 1,2 mil milhões de euros Same Deutz-Fahr
A empresa fechou 2014 com uma faturação total de 1,2 mil milhões de euros, em linha do que já havia sucedido em 2013, apesar da queda de 10% registada nos mercados europeus. A introdução de novos produtos e a consolidação das plataformas comerciais e industriais fora da Europa terão sido grandes ajudas para a manutenção dos resultados. O EBITDA foi de 110 milhões de euros em 2014, sendo que no ano anterior o valor tinha sido 111 milhões. Já o EBIT passou de 83 milhões em 2013 para 75 milhões de euros em 2014. O investimento cresceu de 67,3 milhões de euros em 2013 para 97,5 milhões o ano passado: a renovação da gama de produtos e
o aumento da participação da jointventure na China foram os principais causadores deste aumento no investimento. O resultado líquido consolidado em 2014 foi de 40 milhões de euros, contra os 60 milhões de 2013, tendo beneficiado de ganhos extraordinários de capital no valor de 18 milhões de euros, resultantes da venda das ações da Deutz AG. “O ano passado foi importante para a nossa empresa. Mantivemos os nossos objetivos de faturação e rentabilidade, apesar da queda do mercado europeu. Tudo isto foi possível graças ao retorno do nosso plano de investimentos iniciado em 2010, focado no desenvolvimento de novos modelos e na expansão ao nível comercial e industrial.”
COMO É QUE SE PODE COLOCAR 250 HA NO SEU BOLSO?
Imagine como seria poder levar a sua exploração agrícola no bolso consigo e gerir os seus negócios em qualquer altura e desde qualquer lugar. Com MyJohnDeere.com pode fazer isso e muito mais. Este portal online gratuito da John Deere permite-lhe ter uma visão geral e instantânea dos seus negócios, o que permite melhorar o planeamento dos recursos e reduzir as despesas: – Maximize o rendimento das máquinas – Mantenha as máquinas em funcionamento com o apoio remoto ao operador – Siga a localização das máquinas e os progressos do trabalho
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AS80020.1POR_PT
– Veja e analise os dados agronómicos
Notícias Combustível sintético para motores diesel A novidade não vem da indústria das máquinas agrícolas mas pode vir a ter eco no setor. A Sunfire, uma empresa de energias limpas, está a desenvolver um combustível sintético chamado e-diesel que tem por base a água e o dióxido de carbono (CO2), em combinação com energia elétrica proveniente de fontes renováveis. São estas as únicas matérias-primas necessárias para produzir o e-diesel. Dito assim parece simples. Mas só parece. Porque primeiro é preciso obter o chamado crude azul. E este crude, que só depois de refinado é que dá origem ao e-diesel, implica processos químicos desencadeados a alta pressão, e a mais de 800 graus célsius. Embora num futuro próximo não deva ser produzido em grande escala, o mais interessante do e-diesel é aparecer como uma alternativa ao petróleo, tecnicamente viável, e pensada para os motores de combustão. Num evento mediático de lançamento do produto, a ministra alemã que tutela a investigação científica pôs no seu carro oficial os primeiros 5 litros de e-diesel, um líquido incolor como a água.
Feira Innov-Agri prepara 6ª edição São 10 anos e a 6ª edição do Innov-Agri Grand Sud-Ouest, na cidade de Ondes, França e a afirmação da feira como maior palco de exposições na área da maquinaria agrícola em França. A edição de 2015 terá lugar nos dias 9 e 10 de Setembro e terá a presença de mais de 35 mil agricultores e profissionais do universo agrícola. Além do aumento de expositores e envolvidos na Innov-Agri, a organização destaca os melhores acessos ao recinto, nomeadamente a nova entrada e parque de estacionamento. Ainda segundo a administração, estes melhoramentos vão no sentido de otimizar a experiência dos visitantes durante a sua estadia na feira. De volta aos números, de referir que haverá uma área de 20 hectares de demonstrações, cerca de 1000 máquinas em trabalho no campo e mais de 4000 m2 dedicados à indústria vegetal. No total, serão 220 expositores.
Talvez não saiba… ...que a Deutz-Fahr desenvolveu uma máquina cuja aparência se assemelha a uma ceifeira-debulhadora mas que de facto tem uma outra função. Vista à distância parece uma ceifeira e só um olhar mais acercado e mais atento permite perceber que na verdade a PowerPress 120H é uma enfardadeira com propulsão própria. Apresenta um peso de treze toneladas em seco, faz fardos com dimensão entre os 120 e os 250 cm, e é impulsionada por um bloco de 6 cilindros da Deutz com refrigeração a ar. A potência ascende aos
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223 cv. A marca oferecia ao cliente a possibilidade de escolher tambores de recolha para larguras de trabalho entre os três e os nove metros e disponibilizava um atrelado para agrupar os fardos. Entre 1994 e 1998 foram produzidas várias dezenas destas enfardadeiras automotrizes. Algumas delas ainda continuam em operação, mas desde que foram descontinuadas o conceito não teve continuidade.
condução segura de tratores Um autódromo recebe corridas de motas e de automóveis, mas não só. Também acolhe outras atividades, como ações de formação sobre condução segura em estrada, inclusive para condutores de camiões. Mas um autódromo italiano tem agora uma nova pista fora do comum, e que é um bom exemplo do que deveria existir também num país como o nosso. O Circuito Franciacorta construiu uma pista fora de estrada, com 60.000m², onde é dada formação sobre condução segura de tratores. Além de zonas planas, o
percurso tem também subidas e descidas, inclinações laterais, valas, e outros obstáculos que imitam bem as condições reais, de potencial risco, com que se confrontam os operadores de máquinas no seu dia a dia. O curso prevê uma componente teórica, e uma componente prática na qual os instrutores transmitem aos formandos as melhores técnicas para superarem obstáculos em situações críticas. A instrução contempla a condução do trator com implementos rebocados e semi-rebocados, com alfaias só no elevador traseiro, só no elevador dianteiro, e nos dois em simultâneo. Os tratores utilizados na apresentação da pista foram cedidos pela New Holland. Neste projeto, a administração do circuito conta com a colaboração da Enama, entidade que coordena o setor da mecanização agrícola em Itália.
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New Holland
Dos campos para a Expo Milão Uma exploração agrícola capaz de produzir toda a energia necessária para o funcionamento das suas máquinas agrícolas. Um protótipo de trator alimentado a metano. E o compromisso da New Holland de reforçar o contributo para alimentar a crescente população mundial duma forma sustentada.
F
oi nas modernas instalações da CNH Industrial Village, em Turim, cidade-berço do Grupo Fiat, que o staff da New Holland recebeu um grupo de jornalistas convidados para conhecer a visão da marca sobre os caminhos para um futuro sustentável da agricultura. Mais de sessenta títulos da imprensa especializada em agricultura e mecanização, de todas as partes do mundo, participaram num programa que incluiu a experimentação em campo do novo protótipo de trator movido a metano, e a visita ao Pavilhão da New Holland, na Expo Milão. Comecemos pelo trator.
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Um trator movido a metano numa exploração agrícola sustentável Foi em La Bellota, a exploração agrícola sustentável da New Holland situada perto da cidade italiana de Turim, que pudemos ter a experiência de condução do novo protótipo de trator movido a biogás metano. A principal diferença que salta logo à vista para o New Holland T6 “original” é o aspeto da cabina, bastante mais larga devido à localização dos depósitos de metano. Ao nível
dos comandos e da condução, é tudo igual. No interior estão as principais diferenças deste protótipo de segunda geração baseado no T6.175. O motor é um Nef 6 com 175 cv (129 kW) de potência e 740 Nm de binário, desenvolvido pela FPT Industrial. O metano comprimido está armazenado em nove cilindros a gás, com uma capacidade total de 300 litros (52 kg), que dão
ao trator uma autonomia de cerca de meio dia em funcionamento normal. Um tanque de combustível auxiliar de 15 litros fornece um backup em caso de necessidade. Os ensaios feitos sugerem uma poupança de combustível que pode ir de um mínimo de 20% até 40%. Em termos de desempenho ambiental, este motor consegue menos 80% de
Empresas
Novo protótipo de trator movido a biogás metano
por Francisca Gusmão
cabina, mais larga que a do NH T6, devido à localização dos depósitos de metano.
autonomia: ± 12 horas poupança de combustível até -40% menos 80% de emissão de gases
Os tratores equipavam com pneus Michelin, no âmbito de uma colaboração destas empresas na apresentação de práticas que minimizam os efeitos adversos da compactação.
emissões e já cumpre as futuras metas ambientais. O catalisador de 3 vias garante o cumprimento da normativa Tier 4B, sem a necessidade de sistemas adicionais de póstratamento, sendo possível reduzir ainda mais as emissões de CO2 com a utilização de biometano, o metano derivado de biomassa. A mudança pode ser efetuada sem alterar o trator ou a rede de distribuição do combustível. Noutras estações em campo, a New Holland preparou vários tratores das séries mais altas
da sua gama para serem testados pelos jornalistas: a T7, a T8 e T8 SmartTrax, e aT9. Os tratores em prova estavam equipados com pneus Michelin, no âmbito de uma colaboração destas empresas na apresentação de práticas que minimizam os efeitos adversos da compactação no solo e colheitas.
ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Empresas
O Pavilhão da Expo Milão Na segunda parte da visita, o destino foi a Expo Milão e o Pavilhão da New Holland, Official Global Partner da Expo Milão pela CNH Industrial. Entre os demais fabricantes de equipamentos agrícolas, a New Holland é a única marca com pavilhão próprio, nesta mega-exposição que tem como tema “Alimentar o Planeta, Energia para a Vida”. Ao todo, na Expo Milão, estão representados 145 países de todo o mundo, evocando as múltiplas e diversas realidades em volta da produção e da transformação de alimentos. O objetivo principal é comum: sensibilizar para a importância de se produzirem mais alimentos, para nutrir um mundo cada vez mais populoso, de uma forma mais cuidadosa, ou mais sustentada, para usar o termo atualmente em voga. O Pavilhão da New Holland consegue apresentar estes conceitos de uma forma espetacularmente atraente, e conta como a marca tem trabalhado para tornar a agricultura numa atividade cada vez mais sustentável. A entrada no Pavilhão faz-se por uma rampa que ladeia a cobertura, toda relvada, apenas pontuada pelo protótipo movido
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a metano. Todas as partes do edifício foram pensadas em consonância com os princípios de sustentabilidade ambiental, de acordo com a visão da Empresa, como explicou Carlo Lambro no discurso de boas vindas aos jornalistas: “Desde 2006 que temos sido muito ativos na promoção das nossas posições sobre a agricultura sustentável através da nossa estratégia Líder em Energias Limpas”, comentou o Presidente de Marca da New Holland Agriculture. “A nossa presença na Expo Milão 2015 permite-nos elevar esta filosofia a um novo patamar, sendo a plataforma perfeita para apresentar a um público excecionalmente vasto a nossa visão de como podemos contribuir para um futuro
onde a produção de alimentos de qualidade, energia limpa e rentabilidade fazem parte de um ciclo virtuoso, como demonstrado pelo nosso conceito de “Exploração Agrícola Energeticamente Independente.” No interior, do pavilhão, vão-se distribuindo zonas distintas, entre as quais uma área com aplicações 3D dedicada à Exploração Agrícola Energeticamente Independente e ao papel desempenhado pelo trator T6 Methane Power, e uma outra com o projeto multimédia “As Sementes da Vida” com depoimentos de agricultores de todo o mundo. No piso térreo estão expostos três produtos emblemáticos da New Holland - um trator T7.270, uma ceifeira-debulhadora CR 9.90 e uma vindimadora automotriz Braud 9060L, enquadrados por painéis onde vão passando paisagens agrícolas dos quatro quadrantes.
Alguns pormenores da construção do pavilhão Para pôr de pé a estrutura, que tem uma área de cerca de 1.600 metros quadrados, foram utilizadas as tecnologias mais avançadas que garantem uma redução significativa dos tempos necessários para os trabalhos de montagem e desmontagem. O pavilhão foi construído totalmente sem cimentos e qualquer outro tipo de material ligante, o que possibilita, no final da Exposição, a recuperação da maior parte dos componentes de construção. A armação de toda a estrutura, incluindo fundições, foi realizada com aço, com a vantagem clara de oferecer um local de construção mais limpo e organizado. Parte da energia necessária ao funcionamento do pavilhão é gerada por células fotovoltaicas integradas nas janelas amplas da fachada sul do edifício. No final da Exposição, o pavilhão será desmontado, remontado e utilizado numa função diferente. Estes princípios de sustentabilidade ambiental estão em linha com as mensagens que a New Holland quer transmitir ao grande público, através da sua estratégia Clean Energy Leader: “a convicção de que os agricultores podem utilizar a tecnologia para melhorar a produção de alimentos de qualidade e de energia limpa, reduzindo em simultâneo a poluição, o desperdício e a fadiga humana. E o papel-chave da mecanização agrícola na cadeia de abastecimento alimentar, indispensável para preservar os recursos naturais e reduzir o impacto ambiental.” Se não puder lá ir, visite o site: www.expo2015.newholland.com
Mercados por Francisca Gusmão
Panorama do
Equipamento agrícola Fonte: Axema (Relatório económico 2014)
Quem são os maiores fabricantes de máquinas e equipamentos para a agricultura, quais os países que mais exportam e quais os que mais importam. É destes números que trata o mais recente relatório económico do AXEMA (União francesa dos Industriais de agro-equipamentos), apresentando uma panorâmica bem completa deste importante setor da economia.
Top dos 5 países no comércio mundial 2013 (em milhões de euros- M€) 2013
Exportações
Total
60.373,8
Alemanha
Importações
Total
56.103,2 EUA
9.853,5
8.967,7
EUA
França
8.336,6
4.589,6
China
Alemanha
Itália
Canadá
6.594,3
3.801,3
4.642,6
2.897,8
França
Reino Unido
3.019.1
2.017,5
Mercado mundial de máquinas agrícolas 2015 prevê-se em baixa No final do primeiro semestre, as principais associações do setor preveem uma quebra da produção e do comércio mundial de equipamentos agrícolas.
Fontes:
CEMA – Comité Europeu da Maquinaria Agrícola VDMA – Associação de Engenharia Alemã
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A indústria de máquinas agrícolas foi capaz de manter o seu volume de negócios em 2014, alcançando quase os números recorde do ano anterior, mas atualmente as vendas de máquinas e tratores agrícolas atravessam momentos menos bons. Esta é a última mensagem da associação alemã de máquinas agrícolas, a VDMA, que no seu relatório de junho prevê uma quebra da produção mundial de cerca de 10% este ano para aproximadamente € 90 bilhões. Bernd Scherer, diretor executivo da VDMA, diz no entanto que este número ainda está significativamente acima da média dos últimos dez anos: “Desde a última recessão em 2009, a indústria tem experimentado um crescimento enorme”, diz, “mas esta situação não
se mantém. Estamos à espera que os mercados estabilizem a partir de agora, especialmente os mercados consolidados na Europa e na América, embora vão continuar a aparecer oportunidades atraentes de expansão em vários dos países recém-industrializados.” Com efeito, com a redução da carteira de encomendas que se tem feito sentir, o clima de negócios para as principais empresas de máquinas agrícolas esfriou em todo o Globo. Um em cada dois gestores da Europa ocidental e da América do norte classifica a sua perspetiva de negócios como “insatisfatória”. A VDMA refere as razões principais para a quebra de procura na União Europeia e na América do Norte: estes dois mercados representam cerca de
2013
Mercados Top dos 5 países europeus de mercado de equipamento agrícola 2013 (em milhões de euros- M€) 2013 França 6.619
Alemanha
Produção mundial de equipamento agrícola 2013 2013
6.192
Itália 4.034
Reino Unido
Europa 37,8%
2.354
polónia
Total
Ásia
31,2%
110 mil milhões de euros
2.042
Outros 2,7%
Atualmente as vendas de máquinas e tratores agrícolas atravessam momentos menos bons
55% do mercado mundial de máquinas agrícolas e marcam o passo das tendências globais, mas estão fortemente saturados, principalmente devido ao alto nível de investimento na agricultura nos últimos três anos. Além disso, os rendimentos para os agricultores estão mais baixos por conta da queda dos preços dos produtos agrícolas. Como resultado, na primeira metade do ano, a procura de novas máquinas caiu em alguns casos mais de 20%.
América 28,3%
Também o CEMA, nas suas mais recentes previsões, confirma que esta tendência se deverá manter até ao final do ano na maioria dos países. Nos dois maiores países da Europa, a Alemanha e a França, espera-se para o ano que corre uma baixa da procura de máquinas agrícolas de 9% e 11% respetivamente. Ainda conforme o CEMA, a quebra na procura deverá estender-se a todos os tipos de equipamentos agrícolas. Nos tratores espera-se uma baixa total de 8% em 2015, comparativamente com o ano anterior. Na Bélgica, França, Alemanha e Turquia a procura deverá descer, e na Holanda e Itália manter-se-á estável. Em Espanha espera-se uma ligeiríssima retoma. Nas ceifeiras debulhadoras, prevê-se que o mercado quebre 12% em 2015, em especial no Reino Unido e em
França. As ensiladoras deverão ser um dos poucos setores estáveis, onde a Alemanha e a Bélgica poderão descer, ao contrário da França onde a procura deverá crescer. Nas enfardadeiras, pulverizadores e gadanheiras é esperado um ligeiro declínio na maioria dos países do CEMA. Mas também os mercados da América do Sul e Europa de Leste também estão mais fracos. Neste caso, as dificuldades devemse à situação económica global que levou a uma queda acentuada nos apoios ao investimento por parte dos governos. O negócio de máquinas de colheita na Rússia está a mostrar-se particularmente difícil devido à inflexibilidade das restrições à importação. No entanto, os mercados japoneses, chineses e turcos de máquinas agrícolas tiveram um crescimento notável este ano.
ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Mercados Os mercados europeus de máquinas e equipamentos 2014 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60
O volume de negócios das empresas fabricantes de “máquinas e equipamentos” na UE28 aumentou 2,3% desde o final de 2010 até ao final de novembro de 2014. As indústrias que mais cresceram nesse período foram: a Turquia (+17,7%), a Roménia (+15,9), a Bulgária (+10,8), os países bálticos e a Hungria. Os mercados históricos para os quais o nível de volume de negócios neste setor continua superior a 2010, começam a mostrar divergências em 2014. De um lado, os países
onde o volume de negócios das empresas fabricantes de equipamentos aumentou: Holanda (8,9%), Áustria (3,9%), Alemanha (3,7%), Reino Unido (3,4%). E do outro, aqueles onde diminuiu: França (-0,2%), Dinamarca (-4,6%), Finlândia (-5,1%). Por fim, a Espanha e a Itália mantiveram-se estáveis em 2014, e a Grécia registou menos 20% do que em 2010. A Polónia terminou 2014 com mais 5%, cerca de 20% acima do seu nível médio de 2010.
Índices de volume de negócios para o fabrico de máquinas e equipamentos
2011
BG, EE, LV, LT, HU, RO, TR Alemanha
2012
União Europeia (28 países) Polónia
2014
2013
França Itália
Espanha Grécia
Índice base 100 em 2010 (CVS-CJO) / Fonte: Eurostat
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julho / setembro 2015 · ABOLSAMIA
Mercados A estrutura da fileira de agro-equipamentos na União Europeia 2012
estrutura da fileira de agro-equipamentos na União Europeia Nº de empresas
Alemanha
Nº de empregados
Volume de negócios (Milhões de €)
Fabrico
Comércio
Total
Fabrico
Comércio
Total
Fabrico
Comércio
639
1 883
2 522
35 169
27 031
62 200
11 603,1
14 307,0
609
3 580
4 189
15 316
35 043
50 359
5 287,9
18 968,7
1 897
2 677
4 574
25 036
6 898
31 934
8 604,3
3 752,1
Reino Unido
413
1 609
2 022
*6 192
16 037
22 229
2 822,1
7 459,7
Espanha
805
2 084
2 889
7 315
10 882
18 197
1 499,4
2 996,9
Áustria
123
461
584
5 931
3 488
9 419
2 016,9
1 813,5
Polónia
480
1 890
2 370
16 474
7 401
23 875
1 672,4
2 705,5
Bélgica
161
893
1 054
4 477
2 677
7 154
1 758,4
1 912,7
Suécia
210
673
883
4 262
3 763
8 025
1 724,2
2 047,1
Dinamarca
154
520
674
2 798
4 555
7 353
654,7
2 252,2
Finlândia
145
349
494
4 093
1 640
5 733
1 082,6
1 248,5
Países Baixos
329
1 239
1 568
6 380
6 085
12 465
2 246,4
ND
França Itália
33
434
467
1 024
2 241
3 265
234,8
776,2
Portugal
100
610
710
1 185
2 948
4 133
91,6
477,1
Hungria
161
381
542
7 965
2 721
10 686
628,3
716,9
Lituânia
8
224
232
459
2 834
3 293
24,5
668,0
Roménia
64
451
515
2 165
2 855
5 020
93,1
334,1
Eslováquia
53
154
207
1 528
1 078
2 606
179,6
383,1
Bulgária
58
355
413
1 111
1 855
2 966
27,3
444,0
Letónia
14
166
180
564
1 128
1 692
28,6
354,1
Eslovénia
59
93
152
ND
ND
ND
123,4
104,5
Estónia
25
60
85
600
498
1 098
79,0
243,0
Croácia
65
112
177
1 067
418
1 485
80,6
64,4
365
*940
1 305
1 744
*2 018
3 762
111,2
*445,3
0
40
40
0
282
282
0,0
120,9
11
46
57
61
151
212
10,7
16,3
0
**14
14
0
**52
52
0,0
**10,6
Irlanda
Grécia Luxemburgo Chipre Malta Rep. Checa UE (28)
*367
ND
367
*6 669
ND
6 669
*622,9
ND
7 307
22 522
29 829
159 585
146 579
306 164
43 418,7
68 447,6
A fileira dos agro-equipamentos é largamente representada pelas nomenclaturas do fabrico de máquinas agrícolas (NAF 28.30) e do comércio de máquinas agrícolas (NAF 46.61). Na União Europeia, esta representa cerca de 30.000 empresas, das quais um quarto são fabricantes e três quartos são importadas e distribuidoras. Em 2012, a fileira empregava mais de 300.000 pessoas (em equivalente a tempo permanente), com um peso ligeiramente superior no fabrico relativamente à distribuição. O volume de negócios do setor na UE-28 totalizava 43 mil milhões de euros para a produção e 68 mil milhões para a importação-distribuição. A Itália apresentava o tecido industrial mais denso, com 1897 fabricantes, e a França apresentava o maior número de empresas de comércio (3.580). A França, a Alemanha e a Itália apresentavam um volume de negócios médio por trabalhador muito aproximado para as atividades de fabrico (340.000 €) e de comércio (540.000 €). Na Alemanha e na Áustria, as empresas de produção eram as mais desenvolvidas, com um volume de negócios médio por empresa, de 18 M€.
**2010, *2011, ND : Não disponível / Fonte: Eurostat
ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Mercados A produção e a dimensão dos mercados da União Europeia A produção europeia de agro-equipamentos aumentou 4% em 2013, para 40,3 mil milhões de euros, com disparidades de país para país. As estimativas para 2013 dão a Alemanha como primeiro fabricante europeu (31% do total), seguido pela Itália (19%) e pela França (12%). O Reino Unido classifica-se na quarta posição. Nota-se que a produção aumentou bastante na Lituânia, na Bulgária, na República Checa e na Croácia. Em Portugal, o valor estimado da produção subiu em 2013, comparativamente com o ano anterior.
Produção Milhões de €
França
2008 4 734,6
2009 3 801,2
2010 3 640,1
Exportação Importação Mercado (e)
2011 4 370,8
2012 4 955,5
2013 (e) 5 015,4
Fabrico 3 050,4
Comércio 4 654,2
Comércio 6 619,2
7 991,4
7 278,6
9 917,8
11 058,7
12 164,6
9 876,0
3 903,2
6 191,8
8 122,6
5 327,5
6 924,8
7 571,8
7 558,2
7 633,8
4 629,9
1 030,5
4 034,4
Reino Unido
1 808,2
1 656,2
1 793,1
1 889,1
2 418,6
2 394,4
2 086,5
2 045,6
2 353,5
Polónia
1 368,9
897,6
1 022,4
1 234,4
1 377,2
1 528,7
957,8
1 471,2
2 042,1
Áustria
1 697,9
1 414,8
1 351,1
1 652,7
1 780,5
1 922,9
1 532,2
958,7
1 349,4
Espanha
1 279,6
995,7
1 069,2
1 248,1
1 336,7
1 256,5
861,2
951,0
1 346,3
Bélgica
1 267,5
991,8
968,3
1 291,9
1 381,3
1 426,9
1 845,3
1 537,4
1 119,0
Suécia
1 026,0
710,7
932,6
1 220,7
1 142,2
1 165,0
898,9
797,1
1 063,2
Países Baixos
1 596,4
1 335,4
1 634,2
2 090,6
2 103,3
2 175,9
2 250,1
1 064,9
990,7
Finlândia
1 587,3
875,9 1
165,0
1 514,1
1 031,4
1 010,8
744,0
443,3
710,1
Dinamarca
889,1
599,4
499,9
565,3
618,0
593,3
819,2
788,3
562,3
Hungria
502,3
347,4
309,5
595,5
603,7
597,1
510,8
456,5
542,7 518,0
Roménia
104,8
74,4
118,8
81,3
85,2
92,0
94,8
520,8
Irlanda
188,5
138,3
110,2
206,1
231,2
254,3
212,2
346,4
388,5
Rep. Checa
285,3
160,5
185,2
239,3
288,5
332,5
651,0
652,4
333,9
Bulgária
24,5
17,0
18,1
31,6
26,9
31,5
180,9
467,6
318,2
Portugal
87,3
85,2
84,5
89,5
81,5
83,4
63,4
243,3
263,3
Lituânia
17,5
10,8
11,4
22,2
24,6
29,0
172,4
402,1
258,7
Estónia
62,8
36,0
52,3
74,0
77,9
75,8
53,0
187,7
210,4
101,0
152,4
120,3
113,0
119,2
125,2
53,2
115,5
187,5
23,1
16,4
18,6
27,5
29,4
32,5
49,0
192,0
175,6
Grécia Eslovénia
142,1
97,1
106,4
123,4
166,8
151,3
295,8
305,6
161,1
Eslovénia
81,5
85,4
90,4
121,1
116,3
114,3
92,3
134,0
156,0
Croácia
130,6
94,5
68,6
66,7
75,8
82,8
93,1
60,6
98,1
Luxemburgo
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
32,4
81,7
49,3
Chipre
7,6
9,2
8,3
10,1
7,7
6,6
1,8
7,3
12,1
Malta UE 27 UE
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
3,3
3,3
37 613,6
27 827,7
29 513,3
36 301,9
38 620,5
40 213,7
32 014,5
23 761,4
31 960,6
28 37 708,1
27 896,3
29 580,0
36 377,7
38 703,3
40 306,8
32 075,0
23 859,5
32 091,2
(e) = estimativa / Fonte : Eurostat, INSEE, Douanes-GTA, Cálculos AXEMA
julho / setembro 2015 · ABOLSAMIA
os mercados europeus
10 607,2
Alemanha Itália
Letónia
26
2013
Mercados As trocas comerciais dos países da União Europeia Entre outubro 2013 e setembro 2014, as exportações europeias de agro-equipamentos totalizaram 31,6 mil milhões de euros, o que representa uma baixa de 1% face ao mesmo período do ano anterior. O país com maior volume de exportações, a Alemanha, sofreu a maior quebra em 2014 face a 2013 (-7%), uma tendência que se verificou igualmente nos outros dois grandes exportadores, a Itália e a França. No final de setembro 2014, as importações ascenderam a 23,8 mil milhões de euros, ou seja, praticamente não variaram face a 2013. A França continua a ser o primeiro importador europeu, seguida de perto pela Alemanha. No que toca à procura, e dentro do grupo de países com maior expressão, em 2014 destacaram-se o Reino Unido (+10%), seguido da Bélgica e da Itália. Por outro lado, decréscimos mais acentuados nas importações foram registados na Polónia (-16%), França (-11%) e Alemanha (-2%). Relativamente a estes dois indicadores, Espanha e Portugal mostraram tendências opostas, já que no país vizinho o valor das exportações caiu em 7%, contrariamente a Portugal que cresceu 8%. Nas importações, Portugal registou também um maior crescimento comparativamente com Espanha (+23% contra +11%).
2014
trocas comerciais dos países da ue
Exportações Ano flutuante: Setembro
Importações Ano flutuante: Setembro
2013
2014
Var.
2013
2014
Var.
Alemanha
9 876,0
9 206,1
-7%
3 903,2
3 828,2
-2%
Itália
4 629,9
4 598,9
-1%
1 030,5
1 078,9
5%
França
3 050,4
3 034,3
-1%
4 654,2
4 147,3
-11%
Países Baixos
2 250,1
2 197,3
-2%
1 064,9
1 082,8
2%
Reino Unido
2 086,5
2 110,5
1%
2 045,6
2 253,5
10%
Bélgica
1 845,3
1 862,4
1%
1 537,4
1 649,4
7%
Áustria
1 532,2
1 573,7
3%
958,7
1 000,7
4%
Polónia
957,8
980,6
2%
1 471,2
1 240,8
-16%
Suécia
898,9
933,9
4%
797,1
831,0
4%
Dinamarca
819,2
815,4
0%
788,3
788,3
0%
Espanha
861,2
798,7
-7%
951,0
1 054,4
11%
Finlândia
744,0
797,8
7%
443,3
466,0
5%
Rep. Checa
651,0
619,8
-5%
652,4
689,3
6%
Hungria
510,8
535,4
5%
456,5
601,5
32%
Eslováquia
295,8
332,8
12%
305,6
303,8
-1%
Bulgária
180,9
242,9
34%
467,6
469,5
0%
Irlanda
212,2
227,0
7%
346,4
367,2
6%
Lituânia
172,4
168,4
-2%
402,1
309,3
-23%
Roménia
94,8
125,0
32%
520,8
580,7
12%
Eslovénia
92,3
97,6
6%
134,0
142,4
6%
Croácia
60,6
68,7
13%
98,1
81,0
-17%
Portugal
63,4
68,6
8%
243,3
298,4
23%
Estónia
53,0
59,3
12%
187,7
148,7
-21%
Grécia
53,2
58,3
10%
115,5
163,3
41%
Leónia
49,0
51,2
4%
192,0
148,7
-23%
Luxemburgo
32,4
30,2
-7%
81,7
85,7
5%
1,8
3,0
66%
7,3
10,9
50%
0,0
0,0
398%
3,3
2,2
-32%
32 075,0
31 597,9
-1%
23 859,5
23 823,8
-0,1%
Milhões de €
Chipre Malta Comércio UE28*
* UE28 (y.c. Comércio intra-europeu) / Fonte: Douanes-GTA, AXEMA
ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
27
Mercados Os principais mercados mundiais
As famílias de produtos de agro-equipamento Tratores agrícolas A produção europeia Em 2013, a produção europeia de tratores agrícolas representou 8,6 mil milhões de euros e 21% do valor total dos equipamentos agrícolas fabricados na Europa. Todos os segmentos de potência baixaram ou estagnaram relativamente a 2012, exceto os tratores com menos de 50 cv.
2013
Entre outubro de 2013 e setembro de 2014, as exportações de tratores agrícolas (novos e ocasião) totalizaram 15,2 mil milhões de euros. Este valor representou uma quebra de 1,7% relativamente ao mesmo período do ano anterior, em resultado de uma retração das expedições por parte de alguns países como a Alemanha (-5,6%), os EUA (-2,2%), a Itália (-2,1%), o Reino Unido (-2%), ou a França (-2%), contra uma progressão nas vendas por parte do Japão (+0,9%), a Índia (+10,4%), a Coreia do Sul (+25,5%), a Bélgica (+8%) e a Turquia (+21,5%). As importações tiveram igualmente uma quebra ligeira nos 12 meses anteriores a setembro de 2014, somando 13,4 mil milhões de euros. Os EUA são o primeiro importador com 2,4 mil milhões de euros, seguidos pela França, a Alemanha e o Canadá.
produção europeia de tratores agrícolas (em milhões de euros- M€)
2014
30%
comércio mundial de tratores agrícolas novos e usados
25%
20%
12000
930 1774
1886 6756 204 420
1333
1151 1006
1004
4000
6456 212 380 1276
2000
1503
1479
1443
1353
1534
5%
1304
0%
4800
3978
3491
2009
2010
5202
5193
Importação
Exportação
As matrículas europeias
0 2007
2008
2011
2012
2013
Tratores agrícolas novos <=49 cv
Tratores agrícolas novos 80-99 cv
Tratores agrícolas novos 50-79 cv
Tratores agrícolas novos 100-120 cv Tratores agrícolas novos >120 cv
28
10%
1098
5806 4337
8642 245 372
sU Al nid em o a s Re F nha in ran o ç Un a id It o Ca ália na Ja da p Áu ão s Be tria Ho lgic la a Tu nda rq Po uia l Fi óni lâ a Es nd p ia Au anh st a Af S ráli ric ué a a ci Re do a p. S Ch ul e Rú ca Bu ssi lg a H ár Di un ia na gr m ia No arc ru a eg a Ro Suí m ça én ia
6000
258
8780 234 399
do
8000
8349 296 414
ta
8305
15%
10009 241 744
Es
10000
julho / setembro 2015 · ABOLSAMIA
Em 2014, o número de matrículas de tratores agrícolas nos principais mercados europeus foi de 149.327 unidades, menos 9% que em 2013. Sempre à frente na tabela, a França perdeu 4,6 pontos percentuais, com 36.307 veículos matriculados. Em segundo e terceiro lugar ficaram, respetivamente, a Alemanha e a Itália.
Mercados Principais mercados mundiais de ceifeiras debulhadoras
Equipamentos de colheita e viticultura
Entre outubro 2013 e setembro 2014, as exportações de ceifeiras debulhadoras (novas e usadas) totalizaram 3,1 mil milhões de euros, o que representou uma quebra face ao ano transato de 9,6%. Cerca de 70% das ceifeiras debulhadoras transacionadas são provenientes de: EUA (30%), Alemanha (25,6%), e Bélgica (14,3%). O Canadá e a França foram, durante aquele período, os maiores compradores de ceifeiras debulhadoras, ainda que as suas importações tenham decrescido respetivamente de -14,4% e -10,7%.
Produção europeia de automotrizes de colheita de cereais e produtos na terra A produção europeia de automotrizes de colheita de cereais e produtos na terra atingiu 2,5 mil milhões de euros em 2013.
2013
Produção europeia de automotrizes de colheita de cereais e produtos na terra
2014
comércio mundial de ceifeiras debulhadoras novas e usadas
(em milhões de euros- M€) 3000
30% 2507
2500
2489 2263
347
2000
2037 1758
386
1500
377
348 254
366
304 422
384 360
323
300 277
1000
1667
2359
15% 1632
1745
1520 1228
500
20%
284
1812 1351
25%
10%
1060
5%
0 2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
0%
Ensiladoras automotrizes
Es ta
do s
Ceifeiras debulhadoras
U Al nid em o a s Ca nh n a Bé ad l á Fr gic a a Re Po nça in ló o n Ún ia Rú ido ss ia Bu Chi l l Ro gár e m ia én Au Itá ia st lia Tu ráli rq a Af ric Ja uia a pã do o Re Hu Su p. ng l C ri Li he a to ca Áu âni st a ria Di na Irã Co ma o re M rca ia éx d ic E o o Es spa Sul Ca lo nh za váq a qu u i ia Le stã tó o ni a
Colhedoras de produtos na terra
Importação
Exportação
ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
29
Estatísticas
Mercado de tratores agrícolas 1º semestre foi estável
portugal
tratores 2.394 unidades -0,7%
Matrículas de tratores novos em Portugal, por marcas - 1º semestre
Unidades 2015
Variação (%) 2015/2014
Quota mercado % 2015
15,58 16,80
64
16,4
7,50
97
106,4 20,12
212
-30,0
20,02
-3,4
13,12 13,48
167
-0,6
19,58
54
-20,6
11,20
93
4,5
8,78
JOHN DEERE
225
192
17,2
9,40
7,96
8
-27,3
0,94
59
20,4
12,24
158
19,7
14,92
DEUTZ-FAHR
213
184
15,8
8,90
7,63
48
0,0
5,63
32
-30,4
6,64
133
47,8
12,56
SAME
135
148
-8,8
5,64
6,14
40
-31,0
4,69
27
3,8
5,60
68
6,3
6,42
M. FERGUSON
121
112
8,0
5,05
4,65
47
2,2
5,51
7
16,7
1,45
67
11,7
6,33
DAEDONG/KIOTI
108
125
-13,6
4,51
5,18
47
9,3
5,51
0
-
0,00
61
-25,6
5,76
LAMBORGHINI
103
92
12,0
4,30
3,82
42
23,5
4,92
20
-9,1
4,15
41
13,9
3,87
LS
102
113
-9,7
4,26
4,69
92
-16,4
10,79
10
-
2,07
0
-100,0
0,00
LANDINI
97
136
-28,7
4,05
5,64
39
-36,1
4,57
35
-5,4
7,26
23
-39,5
2,17
HURLIMANN
80
82
-2,4
3,34
3,40
28
16,7
3,28
18
-37,9
3,73
34
17,2
3,21
MC CORMICK
70
85
-17,6
2,92
3,53
17
-19,0
1,99
15
-25,0
3,11
38
-13,6
3,59
CASE-IH
50
47
6,4
2,09
1,95
0
-
0,00
7
75,0
1,45
43
0,0
4,06
ISEKI
48
49
-2,0
2,01
2,03
45
-8,2
5,28
0
-
0,00
3
-
0,28
VALTRA
45
46
-2,2
1,88
1,91
0
-
0,00
10
-
2,07
35
-23,9
3,31
KUKJE
40
35
14,3
1,67
1,45
23
0,0
2,70
17
41,7
3,53
0
-
0,00
SHIBAURA
37
17
117,6
1,55
0,71
37
117,6
4,34
0
-
0,00
0
-
0,00
TYM
35
25
40,0
1,46
1,04
1
-50,0
0,12
33
73,7
6,85
1
-75,0
0,09
FENDT
31
37
-16,2
1,29
1,53
0
-
0,00
3
-50,0
0,62
28
-9,7
2,64
CNH
22
40
-45,0
0,92
1,66
22
-45,0
2,58
0
-
0,00
0
-
0,00
YANMAR
22
19
15,8
0,92
0,79
22
15,8
2,58
0
-
0,00
0
-
0,00
FERRARI
21
7
200,0
0,88
0,29
18
200,0
2,11
3
200,0
0,62
0
-
0,00
DONG FENG
18
26
-30,8
0,75
1,08
18
-30,8
2,11
0
-
0,00
0
-
0,00
CLAAS
17
22
-22,7
0,71
0,91
0
-
0,00
1
-66,7
0,21
16
-15,8
1,51
SOLIS
14
5
180,0
0,58
0,21
0
-
0,00
12
140,0
2,49
2
-
0,19
GOLDONI
12
0
-
0,50
0,00
7
-
0,82
5
-
1,04
0
-
0,00
A. CARRARO
9
10
-10,0
0,38
0,41
4
0,0
0,47
5
-16,7
1,04
0
-
0,00
MITSUBISHI
9
5
80,0
0,38
0,21
9
80,0
1,06
0
-
0,00
0
-
0,00
CARRARO
4
10
-60,0
0,17
0,41
0
-
0,00
4
-50,0
0,83
0
-100,0
0,00
FOTON
4
4
0,0
0,17
0,17
2
-33,3
0,23
1
-
0,21
1
0,0
0,09
YAGMUR
4
0
-
0,17
0,00
4
-
0,47
0
-
0,00
0
-
0,00
BCS
2
6
-66,7
0,08
0,25
1
-75,0
0,12
1
-50,0
0,21
0
-
0,00
FARMTRAC
2
1
100,0
0,08
0,04
0
-
0,00
0
-
0,00
2
100,0
0,19
MAHINDRA
2
0
-
0,08
0,00
0
-
0,00
2
-
0,41
0
-
0,00
ZETOR
2
0
-
0,08
0,00
0
-
0,00
2
-
0,41
0
-
0,00
JCB
1
0
-
0,04
0,00
0
-
0,00
1
-
0,21
0
-
0,00
LINHAI
1
0
-
0,04
0,00
1
-
0,12
0
-
0,00
0
-
0,00
TONG YANG
1
0
-
0,04
0,00
0
-
0,00
1
-
0,21
0
-
0,00
AGT
0
1
-100,0
0,00
0,04
0
-100,0
0,00
0
-
0,00
0
-
0,00
-0,7
100
100
853
-2,85
100
482
15,9
100
1.059
-5,2
100
Total
30
2.394 2.411
julho / setembro 2015 · ABOLSAMIA
2014
Quota mercado % 2015
Unidades 2015
-7,9
325
Variação (%) 2015/2014
Quota mercado % 2015
405
314
2015/2014
373
KUBOTA
2015
NEW HOLLAND
Fonte: ACAP
Variação (%) 2015/2014
Marca
Variação (%) 2015/2014
CONVENCIONAIS
Unidades 2015
ESPECIAIS
2014
Quota mercado %
COMPACTOS
2015
Unidades
TOTAL
O apuramento das matrículas de tratores novos relativo ao primeiro semestre deste ano, mostra que o mercado se manteve estável (-0,7% ou menos 17 unidades face ao período homólogo de 2014). No total, matricularam-se 2394 tratores novos, e nas três primeiras posições relativamente ao número de unidades registadas ficaram as seguintes marcas: New Holland, Kubota e John Deere. Considerando as três classes em que os tratores estão agrupados, conclui-se que no primeiro semestre deste ano, a classe dos Compactos representava 36%, a dos Especiais 20%, e a dos Convencionais 44% do total das unidades matriculadas. Na classe dos Compactos, a Kubota matriculou um quinto do total das unidades registadas, mantendo a sua quota praticamente inalterada face a 2014. Seguiu-se a LS com 92 unidades e 11% de quota, e a New Holland que, nas três primeiras, foi a marca que mais cresceu neste semestre. Os Compactos representam 36% do total de unidades matriculadas. Nos Especiais, a New Holland foi a marca que mais cresceu (106%), sendo também a mais representativa com 97 unidades matriculadas e uma quota de mercado de 20%. A John Deere e a Kubota estão quase empatadas com uma diferença de 5 unidades a favor da primeira que, simultaneamente apresentou uma variação de crescimento positiva de 20% contrariamente à Kubota. Os Especiais representam 20% do total de unidades matriculadas.
Estatísticas Os Convencionais são dominados pela New Holland seguida, ainda a uma distância de 54 unidades, da John Deere, e de 79 unidades da Deutz-Fahr. Nas três primeiras, a marca do Grupo SDF foi a que mais cresceu (48%), face ao mesmo período do ano passado, e a New Holland a que mais baixou (-30%). A John Deere aumentou a sua penetração do mercado em 3 pontos percentuais com uma subida de praticamente 20%.
Fonte: ACAP
Matrículas de tratores novos em Portugal, por escalões de potência 1º semestre Escalões de potência (kW) <19 19-25 26-29 30-39 40-59 60-73 74-88 89-110 111-147 148-184 >184 Total
201 171 151 554 580 336 188 106 76 12 19 2.394
Matrículas de tratores novos na Europa - 1º semestre
Matrículas de reboques agrícolas novos em Portugal - 1º semestre Evol. 14/15
País
2015
2014
Var. (%)
Marca
Total
%
Total
%
Unid.
%
HERCULANO RATES JOPER GALUCHO MASSIL REBOAL OUTEIRO AGRIDUARTE COSTA ROCHA OUTRAS TOTAL
303 176 150 142 142 142 50 35 35 22 95 1.292
23,5 13,6 11,6 11,0 11,0 11,0 3,9 2,7 2,7 1,7 7,4 100,0
285 131 97 122 139 152 25 36 25 9 125 1.146
24,9 11,4 8,5 10,6 12,1 13,3 2,2 3,1 2,2 0,8 10,9 100,0
18 45 53 20 3 -10 25 -1 10 13 -30 146
6,3 34,4 54,6 16,4 2,2 -6,6 100,0 -2,8 40,0 144,4 -24,0 12,7
ALEMANHA FRANÇA* ITÁLIA* REINO UNIDO* ESPANHA PORTUGAL
15.763 8.654 7.728 4.766 4.589 2.394
17.226 9.967 8.271 5.798 4.688 2.411
-8,49 -13,17 -6,57 -17,8 -2,11 -0,71
Fonte: ACAP
2015
2014
* Dados de janeiro a maio 2015
Matrículas de maquinaria nova em Espanha - 1º semestre Tipo de máquina Tratores Máquinas automotrizes Colheita Equipamentos de carga Tratocarros Motocultivadores e Motomáquinas Outras Máquinas rebocadas ou suspensas de preparação e trabalho do solo de sementeira e plantação de tratamentos de distribuição de fertilizantes e água de colheita outras Reboques Outras máquinas Total de máquinas
2015 4.589 797 352 250 11 159 25 8.039 1.275 308 3.219 1.088 1.059 1.089 2.398 72 15.895
2014 4.688 721 364 173 24 130 30 7.101 1.191 249 2.606 1.151 1.051 853 2.631 85 15.226
Fonte: Dirección General de Recursos Agrícolas y Ganaderos del MAGRAMA
Variação (%) -2,11 10,54 -3,3 44,51 -54,17 22,31 -16,67 13,21 7,05 23,69 23,52 -5,47 0,76 27,67 -8,86 -15,29 4,39
ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Produto por João Correia
John Deere
Mais informatização, maior precisão A par com constantes desenvolvimentos de produto, a John Deere continua muito empenhada em desenvolver soluções na área da agricultura de precisão. Antecipando já algumas das novidades a apresentar na Agritechnica, em novembro próximo, a marca convidou a imprensa especializada europeia a Pamhagen, Áustria, para dar a conhecer algumas gamas de tratores renovadas, a par com novos produtos em equipamentos para a forragem, sementeira e
A John Deere desenvolveu uma nova ferramenta de gestão de trabalho que ajuda os agricultores e prestadores de serviços a organizarem as suas tarefas de forma mais efetiva, sem necessidade de papel. (Planeamento, entrega de pedidos, registo de dados, emissão de faturas, relatórios, etc) O Centro de Operações também serve como localização central para que os clientes possam fazer a ligação com as suas máquinas e parcelas.
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julho / setembro 2015 · ABOLSAMIA
pulverização. Mas o foco do evento foi centrado na “conetividade” total entre máquinas, operadores e parcelas, onde a empresa revelou uma gama de novas soluções informáticas para alugadores e agricultores como parte da estratégia John Deere FarmSight. “Com a John Deere FarmSight, estamos a tornar realidade a agricultura informatizada e isso será um elemento fundamental da nossa estratégia para satisfazer as necessidades futuras dos agricultores e prestadores de serviços”, explicou Chris Wigger, Vice-Presidente de Vendas e
Marketing da John Deere para a Região 2. (…) Os nossos três novos pacotes de soluções permitem que os clientes se conetem com as suas máquinas, operadores e parcelas duma maneira inovadora e totalmente integrada,” acrescentou Chris Wigger. E explicou ainda que soluções John Deere FarmSight são compatíveis com todas as marcas, pelo que praticamente qualquer pessoa pode usar a plataforma da John Deere, implementando uma interface de comunicação de dados no “Centro de Operações” da página web MyJohnDeere.com”.
Num futuro breve estará disponÍvel um complemento que inclui um sistema de navegação especifico para as aplicações agrícolas. Os utilizadores encontrarão todos os caminhos agrícolas, as trajetórias mais rápidas ao ponto de entrada nas parcelas, bem como poderão visualizar o posicionamento de outras máquinas de colaboradores em tempo real.
Para além de fornecer dados sobre o rendimento para análise posterior e otimização da maquinaria, enviar avisos, permitir a geolocalização (geofencing) e a monitorização das frotas, a John Deere anunciou que o seu sistema JDLink fornecerá em breve dados sobre alfaias compatíveis com ISOBUS no decurso da operação, começando com os pulverizadores rebocados da John Deere (por exemplo, a pressão real da pulverização, a velocidade real de aplicação, o nível de enchimento real do depósito, a superfície total de pulverização, etc.).
Com a condição exclusiva da autorização do cliente, os concessionários John Deere podem conetar-se remotamente com as suas máquinas para atualizarem software, acederem aos códigos de diagnóstico e resolverem problemas. Uma aplicação especial para telemóveis e tablets, denominada “MyJobs” permite já aos gestores das explorações agrícolas e aos prestadores de serviços facilitar uma série de tarefas que vão desde o planeamento, à entrega dos pedidos, registo dos dados ou emissão de faturas para os seus clientes. Um segundo lançamento incluirá um sistema de navegação concebido especificamente para as aplicações agrícolas, com indicação de todos os caminhos agrícolas, permitindo também que os operadores visualizem o posicionamento de outras máquinas de colaboradores em tempo real para otimizar a coordenação da frota de máquinas.
Outro melhoramento permitirá a deteção de chuva por radar. O sistema disponibilizará ainda uma funcionalidade de calendário mostra todas as máquinas e os trabalhos para os quais são atribuídas, permitindo realizar a programação com vários dias de antecedência.
Novos motores para os tratores séries 6R e 6M A gama de tratores séries 6R e 6M da John Deere foi ampliada com um total de 14 novos modelos de quatro cilindros e de chassis grande com seis cilindros, motores que cumprem as normas de emissões Fase IV/ Tier 4 definitivo e potências entre 110 e 195 cv, que irão substituir os modelos atuais que cumprem as normas de emissões Fase IIIB/iT4 a partir deste verão. Com disponibilidade a partir
dos meses de agosto de 2015 (6R) e novembro de 2016 (6M), respectivamente, estes novos tratores de chassis grande oferecem uma manobrabilidade melhorada, maior conforto para o operador, uma ampla gama de transmissões e até seis VTCs, para além da opção de um elevador frontal premium. Os novos tratores série 6R premium de quatro cilindros estão equipados com motores John Deere PowerTech PSS de 4,5 litros com potências nominais entre 110 e 135 CV (97/68 CE). As versões de seis cilindros estão equipadas com motores John Deere PowerTech PVS com potências nominais entre 145 e 155 CV (97/68 CE). Todos os novos tratores série 6R estão equipados com o sistema de Gestão Inteligente da Potência da John Deere (GIP), que acrescenta entre 15 e 31 CV no caso dos modelos de quatro cilindros e 47 CV no caso das versões de seis cilindros. Todos os motores John Deere PowerTech PSS têm
turbocompressores em série, filtro de partículas diesel (DPF) e sistema de fluido de escape diesel (DEF) para cumprir as normas de emissões Fase IV/ Tier 4 definitivo. Dependendo do modelo, os tratores série 6R estão disponíveis com as transmissões de eficácia demonstrada PowrQuad Plus powershift ou AutoQuad Plus/AutoQuad Plus Ecoshift, transmissão continuamente variável AutoPowr ou a avançada transmissão DirectDrive de dupla embraiagem. Os novos tratores série 6M da John Deere com potências entre 110 e 195 CV permitem escolher entre as transmissões PowrQuad Plus, AutoQuad Plus/ AutoQuad Plus Ecoshift ou a nova CommandQuad Plus/ CommandQuad Plus com Ecoshift powershift. Os modelos com potências entre 110 e 155 CV nesta gama também estarão disponíveis com uma transmissão Creeper opcional.
ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Produto
nova gadanheira-condicionadora tripla e
A nova gadanheira-condicionadora tripla (TMC) está composta por uma gadanheiracondicionadora montada na parte dianteira e duas gadanheiras-condicionadoras montadas na parte traseira. Visando conseguir a máxima largura de corte de 9,9 m, é possível combinar uma gadanheiracondicionadora F350R de montagem frontal e 3,5 m de largura com as maiores unidades R990R disponíveis para montagem traseira. O facto de combinar a gadanheira-condicionadora F310R de menores dimensões e para montagem frontal com as gadanheiras-condicionadoras R950R ou R870R para montagem traseira reduz a largura de corte para 9,5 ou 8,7 m respetivamente.
Nova geração de pás carregadoras série R 3 m, o conceito do semeador de alto rendimento com oito linhas da John Deere oferece uma opção de fertilizador granular e foi concebido para funcionar em condições de mobilização convencional e sem mobilização. Para a montagem num trator, este exclusivo semeador elétrico pode ser acionado por um gerador externo que seja acoplado à TDF do trator (ou alternativamente por um trator 6RE da John Deere) e está totalmente integrado na gama de soluções de agricultura de precisão John Deere FarmSight.
enfardadeira de fardos gigantes L1533
A nova enfardadeira L1533 da John Deere, que produz fardos com dimensões 90 x 80cm, apresenta um recolhedor de 2,3 m é 20 cm, mais largo do que o modelo anterior, equipado com cinco barras de dedos que aumentam a capacidade de alimentação da máquina. O pré-picador MaxiCut passou a ter 15 lâminas (em vez de 10), o que permite reduzir o comprimento de picagem a 45 mm, visando conseguir uma maior compactação e uma densidade de fardo maior.
Novo semeador 1725NT de alto rendimento
Vencedor de uma medalha de ouro na feira SIMA de 2015, o conceito do semeador 1725NT de alto rendimento da John Deere oferece novos níveis de precisão e velocidades de sementeira de até 16 km/h (10 mph) ou superiores. Esta inovadora tecnologia coloca as sementes no fundo do sulco com uma trajetória para trás que adapta a velocidade de avanço da sementeira à quantidade de sementes desejada. Isso permite uma colocação precisa das sementes no sulco sem que rolem ou saltem, independentemente de se estiver a semear milho ou grãos de soja com altas velocidades de sementeira. Um cartucho equipado com cerdas de escovas protege as sementes em todos os lados, com um controlo completo para que cada semente entre no fundo do sulco, inclusive quando as condições de sementeira forem difíceis. As unidades de linhas do modelo 1725NT admitem a grande maioria dos formatos e tamanhos de sementes, conseguindo uma separação das sementes de 99 por cento. Com uma largura de transporte de apenas
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Novas soluções para a cintagem dos fardos
A John Deere oferecerá em 2016 novas soluções para a cintagem dos fardos no caso das enfardadeiras com câmara de prensagem variável. Trata-se de uma rede de alta densidade (HD) 50 por cento mais resistente para as enfardadeiras da série 900. Dependendo do diâmetro dos fardos, isso reduzirá o tempo de enfardamento em até 7,5 por cento sem custos adicionais. A John Deere também lançará a sua exclusiva rede B-Wrap para as enfardadeiras séries 800 e 900 com câmara de prensagem variável, que permitirá armazenar os fardos de feno seco e palha no exterior com maior segurança.
Esta nova linha de pás carregadoras foi concebida especialmente para os clientes produtores de gado e irá substituir os modelos da série H atual para tratores de dimensões médias. As novas pás carregadoras da série R têm barras curvadas e uma visibilidade melhorada tanto na parte frontal como na lateral, incluindo o posicionamento otimizado das luzes da pá carregadora visando uma melhor integração com a estética do trator. Estão também concebidas para uma oscilação total do eixo dianteiro, ângulos de direção máximos, guarda-lamas e rodas grandes. Com disponibilidade a partir do mês de novembro de 2015, incluem um sistema Z-Kinematic de novo design com pontos de articulação recolocados na barra, novos casquilhos e um ângulo de inclinação do balde mais amplo, oferecendo uma capacidade de elevação até 10 por cento maior. Serão entregues de série com as novas estruturas de montagem e um dispositivo de bloqueio automático do mastro que permite que a pá carregadora se acople ao trator de forma fácil e rápida com apenas um clique. Também é possível acoplar baldes e ferramentas a partir da cabina do trator utilizando o dispositivo de bloqueio das alfaias. Estão disponíveis várias opções de nivelamento.
Trator do Ano 2016
TOTY®
A revista abolsamia é membro do júri em representação de Portugal.
por João Sobral
17 tratores nomeados
Tractor of the Year® 2016 O evento ‘Let the Challenge Begin’ realizou-se em Itália a 18 e 19 de maio e marcou o início de mais uma edição do prémio Trator do Ano®. Estivemos lá e voltámos com a missão de avaliar nada menos do que 17 tratores. A vantagem associada é termos agora a disputar o prémio mais modelos ajustados ao nosso mercado.
A avaliação que fazemos incide sobre um leque alargado de parâmetros técnicos que nos obrigam a olhar para os componentes que, de uma ponta à outra, dão forma a cada trator.
Está a começar mais uma edição do prémio Tractor of the Year® [TOTY] e desta vez, e já depois de uma pré-seleção, são 17 os tratores que temos pela frente para avaliar. Não é coisa pouca. São 7 tratores na categoria Trator do Ano 2016 para Campo Aberto, que é a distinção principal a atribuir, 7 tratores na nova categoria Melhor Utilitário 2016, que funcionará pela primeira vez este ano, e 3 tratores na categoria Melhor Especializado 2016.
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Juntamente com mais 22 outros influentes projetos de media, que são nossos congéneres a nível europeu, começámos por pegar em todos os modelos propostos pelos fabricantes e fazer uma pré-seleção que determinou quais são os modelos nomeados. Agora, todos os nomeados concorrem dentro da sua categoria e também em pé de igualdade para a distinção Melhor Design 2016, igualmente atribuída pelo TOTY. Daqui para a frente, a avaliação
Foto de grupo do júri do Tractor of the Year®.
que faremos ao longo dos próximos meses estará baseada num leque alargado de parâmetros técnicos que nos obrigam a olhar para os diversos componentes que, de uma ponta
à outra, dão forma a cada trator. O anúncio público dos modelos vencedores será feito em novembro. Mas muito antes disso voltamos a dar-lhe notícias sobre este assunto, até porque vamo-nos sentar ao volante de alguns deles e, como de costume, reportaremos aqui a experiência, para que acompanhe a evolução destes trabalhos. Até porque é por o termos a si aí desse lado, a ler o que escrevemos, que tudo isto vale a pena e faz sentido. E este ano existe a vantagem de estar em competição um maior número de tratores que interessam a potenciais compradores portugueses. Se formos a ver, e comparando com a indústria automóvel, a maioria de nós gosta de saber o que vão fazendo marcas como a Maserati ou a Rolls Royce.
A D A R T RE N E LIV
Feira Agrícola do Norte
3 . 4 . 5 . 6
SETEMBRO 2015
Póvoa de Varzim . Espaço Agros
Concursos
Exposição
Raça Holstein Frísia
4
Zé Amaro Sexta
5
Workshop’s
Máquinas Agrícolas
Pedro Abrunhosa & Comité Caviar Sábado
6
Técnicos
Gincana
de Tratores
6
Domingo
Festival Folclórico Domingo
Restaurantes Autóctones; Animação Infantil; Atividades Radicais e de Lazer; Piquenique Familiar; Agricultura Biológica; Venda de Produtos Agrícolas; Concurso de Arranjos Florais; Garraiada; Momentos Musicais.
www.agrosemana.pt ORGANIZAÇÃO
APOIO
Trelleborg
TOTY
®
Mas por curiosidade, porque nunca compraremos um. Com os tratores acontece o mesmo. Interessa-nos saber o que têm os fabricantes para oferecer nos seus modelos de topo, mas só um restrito grupo adquire um trator de elevada potência. Nos utilitários e nos especializados, que é onde está o grosso do mercado, a cantiga é outra. Mas como o TOTY cobre todo o espectro, nós cá estamos
O fabricante de pneus Trelleborg é patrocinador oficial e exclusivo do Tractor of the Year®.
para informar tanto os grandes produtores e os prestadores de serviços que procuram melhor os novos modelos de elevada potência, como o pequeno e o médio agricultor que está interessado em máquinas à medida da sua exploração. Para Itália, viajámos a convite da marca de pneus Trelleborg, que é o patrocinador oficial e exclusivo do prémio Tractor of the Year®.
As tendências O evento ‘Let the Challenge Begin’ é antes de qualquer outra coisa a reunião inaugural do TOTY. Mas na verdade, dele é possível retirar uma leitura do que deverá ser o futuro próximo a nível de novos produtos a serem lançados pelos fabricantes de tratores agrícolas. E o que constatámos este ano é que há algumas novidades, mas sem serem completamente inesperadas. Perante a lista de tratores que touxemos registada no nosso bloco de notas, a principal constatação a tirar é que a categoria Melhor Utilitário fazia realmente falta. A prova disso é que os fabricantes corresponderam ao desafio apresentando modelos que se enquadram na perfeição naquilo
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julho / setembro 2015 · ABOLSAMIA
que se pretende com esta nova distinção reservada aos tratores equipados com motor de 3 ou 4 cilindros, potência acima de 70 cv, e peso operacional máximo de 8500 kg. Nesta categoria, a participação mais surpreendente foi a da marca Lovol, que apresentou em primeira mão ao TOTY uma nova série destinada ao mercado europeu. Nos tratores para Campo Aberto, o Challenger MT875E, com o seu bloco V12 de 646 cv, é o trator mais potente proposto ao júri. Um pouco abaixo aparece o Fendt 1050 Vario, com 520 cv de potência máxima, mas nesta categoria também temos tratores abaixo dos 200 cv, como é o caso do Case IH Puma 175 CVX, do John Deere 6155R ou do Valtra N174V. Mesmo com os tratores
As representantes da Rigitrac compareceram trajadas com roupas tradicionais do seu país.
convencionais compactos já numa categoria própria, o segmento de grande potência continua a acomodar um leque de potência muito amplo, e onde aparecem máquinas com características muito diferenciadas. Já no que toca aos especializados, esperávamos uma participação mais numerosa. No entanto, acabaram por ser apenas três os tratores propostos. De entre eles, o modelo da Rigitrac foi também uma surpresa, sobretudo por se tratar de uma marca com pouca expressão para lá do seu país de origem. Como se trata de uma empresa familiar, a apresentação ficou a cargo de duas filhas do
fundador da marca, que em jeito de graça, para comunicarem ao júri do TOTY as características técnicas do Rigitrac, se trajaram com roupas típicas da suíça. As outras duas marcas com modelos especializados, a Antonio Carraro e a Same, submeteram à avaliação do TOTY modelos já conhecidos, embora lhes tenham acrescentado inovações técnicas. Comum às três categorias é a certeza de que a grande maioria dos modelos candidatos tem argumentos para disputar a competição e que não dá para fazer antevisões. A certeza dos resultados fica para a Agritechnica.
o seu Obtenha e badg tembro em
Da lista dos dezassete nomeados, três modelos encontram-se sob reserva de informação por ainda não terem sido oficialmente apresentados ao público pelas empresas fabricantes. É o caso do Valtra N174V, do New Holland T7.315 e do Massey Ferguson 5713 SL. No caso do Fendt 1050 Vario que também se encontra sob embargo, a marca já divulgou unidades de pré-série mas a informação técnica mais detalhada só deverá ser divulgada após o início da produção da versão de mercado deste novo produto.
CAMPO ABERTO Case IH Puma 175 CVX Challenger MT875E Fendt 1050 Vario Lamborghini Spark 210 CShift JCB Fastrac 4220 John Deere 6155R New Holland T7.315 Valtra N174V
melhor utilitário Claas Arion 460 Deutz-Fahr 5115.4 G HD Fendt 313 Vario Landini 4-105 Lovol 5130 Massey Ferguson 5713 SL Steyr 4115 Kompakt
www.s
Crédito da fotografia: CNH Industrial
Os modelos nomeados
e se o mês d a partir d itevi.com
No centro das produções
melhor especializado Antonio Carraro TGF 10900 Rigitrac SKH 75 Same Frutteto³ S
NOMEADOS Campo Aberto
+ 30d0 es novida
24-26 NOVEMBRO 2015
VINHA VINHO
AZEITONA
FRUTAS LEGUMES
Case IH Puma 175 CVX A série Puma, que tem o seu lugar consagrado na gama da Case IH com mais de 60.000 tratores vendidos, foi recentemente atualizada. O motor FPT de seis cilindros e 6,7 litros cumpre agora o nível de emissões Tier 4Final; neste modelo, desenvolve 225 cv de potência máxima com boost. A transmissão é de variação contínua, com velocidades entre os 0,02 e os 50 km/h. Como novidade, a marca propõe um novo pack de iluminação LED, sistema de controlo de viragem nas cabeceiras HMC II e tecnologia ISOBUS III.
SALÃO INTERNACIONAL DOS EQUIPAMENTOS E CONHECIMENTOS PARA AS PRODUÇÕES VINHA-VINHO, AZEITONA, FRUTAS-LEGUMES PARA MAIS INFORMAÇÕES: bellol@promosalons.com - Tel: 21 324 19 95/97 EXPOSIMA 70, avenue du Général de Gaulle - 92058 Paris La Défense cedex - France Tél. : +33 (0)1 76 77 11 11 - Fax : +33 (0)1 53 30 95 09 E-mail : sitevi@comexposium.com
ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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TOTY®
NOMEADOS Campo Aberto
John Deere 6155R
Challenger MT875E
JCB Fastrac 4220
A série 6R recebeu uma atualização do motor, que agora cumpre o nível de emissões Tier 4Final. O 6155R, que substitui o 6150R, esconde debaixo do capot um bloco de seis cilindros com 6,8 litros, capaz de alcançar os 202 cv de potência máxima com boost. Estão disponíveis três tipos de transmissão: AutoQuad, DirectDrive e AutoPowr. Possui terminal CommandCenter que pode ser emparelhado com um smartphone, e joystick dos comandos hidráulicos programável. Um novo pack de iluminação LED faz também parte da renovação.
O nome Challenger é sinónimo de tratores de rastos de borracha, sendo este o modelo de topo da marca. O motor de fabrico Agco Power é um bloco de doze cilindros em V com 16,8 litros de capacidade. Cumpre o nível de emissões Tier 4Final e a potência máxima com boost é de 646 cv. A transmissão full powershift de origem Caterpillar é uma 16/4 que alcança os 40 km/h. Nas inovações destacamos o engate de três pontos direcionável, destinado a melhorar a viragem com alfaias montadas, e a barra de pucho com oscilação lateral de 28° para cada lado, hidraulicamente controlada a partir da cabine.
Em substituição dos Fastrac 2000, a série 4000 posiciona-se na oferta da marca como um produto de gama média. No caso concreto do 4220, o motor Agco Power Tier 4Final de seis cilindros e 6,6 litros, perfaz 240 cv de potência máxima. A transmissão de variação contínua é de fabrico Agco e permite velocidades entre os 0,1 e os 60 km/h. Já o chassis, agora redesenhado, possibilita uma maior rigidez torcional. O sistema de travagem inclui ABS, a suspensão atua às 4 rodas, e a condução em 4RM faz-se segundo quatro diferentes modos.
40
julho / setembro 2015 · ABOLSAMIA
TOTY®
NOMEADOS melhor utilitário
Claas Arion 460 A nova série Arion foi lançada no ano passado, já com motores Tier 4Final. O Arion 460, no qual o motor FPT de quatro cilindros fornece 140 cv de potência máxima, é o trator mais potente desta série. A transmissão Quadrishift é uma full powershift concebida pela GIMA, que possui 16 velocidades em cada sentido. Inclui a funcionalidade Quadractiv para funcionamento em modo automático. Nas inovações, o teto panorâmico de generosas dimensões salta à vista. A suspensão na ponte dianteira é pouco usual nesta categoria mas está disponível como um extra neste trator.
Deutz-Fahr 5115.4 G HD A série 5G aparece como uma variante mais ligeira da série 5 e com características mais modulares. O 5115.4 é o maior da série, com um motor FARMotion Tier 4i de quatro cilindros e 3,8 litros que desenvolve 109 cv. Possui uma transmissão de 5 velocidades e 4 gamas, que pode chegar às 60 relações graças ao powershift de 3 níveis (HML). A destacar, o travão de parque hidráulico, a embraiagem elétrica ConfortClutch, as funcionalidades Stop&Go e SDD (Direção rápida), e o caráter modular que permite um vasto leque de diferentes configurações de equipamento.
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TOTY®
NOMEADOS melhor utilitário
Fendt 313 Vario A Fendt renovou uma das suas séries mais emblemáticas para a adequar ao nível de emissões Tier 4Final. Neste novo 313 Vario o motor de quatro cilindros com 4,4 litros, que é fornecido pela Agco Power, desenvolve 142 cv de potência máxima. A transmissão de variação contínua possibilita velocidades entre os 0,02 e os 40 km/h. A nível de equipamento, entre outros extras, a marca disponibiliza um terminal Varioterminal de 7” e suspensão pneumática da cabine como opcional. Nas inovações, o carregador frontal Cargo Profi conta com memorização de posições e novas funcionalidades.
Steyr 4115 Kompakt A série Kompakt inclui cinco diferentes tratores entre os 74 e os 114 cv, sendo este 4115 o modelo mais potente. O motor FPT de quatro cilindros e 3,4 litros cumpre o nível de emissões Tier 4i. A transmissão, desenvolvida pelo Grupo CNH, na sua versão mais completa possui 40 relações e inversor eletro-hidráulico. A embraiagem elétrica Powerclutch é uma solução também disponível. No campo das inovações, este Steyr pode equipar com sistema de condução assistida S-Tech com barra de luzes, e com um suporte multifuncional FHPL que possibilita a instalação do elevador e da TDF frontal diretamente no eixo frontal.
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TOTY® Lovol 5130 A nova série 5000 da marca chinesa Lovol será composta por quatro tratores entre os 100 e os 134 cv, sendo o 5130 o modelo maior. A marca optou por um motor Kohler de quatro cilindros com apenas 3,4 litros que cumpre o nível de emissões Tier 4Final. A transmissão de 45 relações para a frente e 15 para trás apresenta três níveis de powershift e inversor eletro-hidráulico. Os eixos, tal como a transmissão, são desenvolvidos pela própria Lovol Europe Engineering e disponibilizam travagem na frente.
Landini 4-105 A série 4 veio substituir os Alpine e os Technofarm e está disponível tanto em versão cabine como plataforma. Recorre a uma motorização Deutz Tier 4i de quatro cilindros com 3,6 litros que neste modelo, que é o maior da série, alcança os 107 cv de potência máxima. A transmissão desenvolvida internamente pelo Grupo Argo, possui 4 velocidades, 3 gamas, e powershift HL. Pomos em evidência a embraiagem elétrica Declutch, o inversor eletro-hidráulico e a ponte dianteira com travões, como opcional.
NOMEADOS melhor Especializado
Antonio Carraro TGF 10900 Num modelo que roça os 100 cv, a marca conserva as dimensões compactas e as características que moldam o carácter de um especializado para trabalhar debaixo de árvores. O motor Kubota de quatro cilindros, com 3,8 litros, fornece uma potência de 99 cv e está preparado para o nível de emissões Tier 4i. A transmissão é uma 16/16 em que tanto o inversor como a seleção de gamas são de acionamento eletro-hidráulico. O sistema de travagem atua às quatro rodas. Nas inovações encontramos a cabine climatizada e pressurizada com homologação Cat4.
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TOTY®
NOMEADOS melhor Especializado
Same Frutteto³ 90.3 S Em termos de evolução, esta série de pomareiros e vinhateiros da Same vai na sua terceira geração. O motor é um SDF de três cilindros da série 1000 que no modelo 90 desenvolve precisamente uma potência de 90 cv e está preparado para o nível de emissões Tier 3. Neste trator é possível ter uma transmissão 30/15 ou 45/45. As funcionalidades Stop&Go, OverSpeed (40 km/h a um baixo regime) e SenseClutch merecem destaque mas em grande evidência está o eixo dianteiro com suspensão independente em cada roda (e com gestão eletrónica do bloqueio do diferencial), muito pouco comum em tratores deste segmento.
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Rigitrac SKH 75 Embora sem uma presença muito pronunciada para lá da Suíça, o seu mercado de origem, os Rigitrac estão vocacionados para as zonas montanhosas como as que encontramos naquele país. Recorre a um motor Deutz Tier 4i de quatro cilindros e 3,6 litros, com 101 cv. A transmissão é hidrostática e o chassis possui uma articulação central que permite enfrentar obstáculos em declive como não é possível num convencional com chassis rígido. As rodas são direcionais em ambos os eixos, e possui 3 diferentes modos de direção.
Notícias Duas novas áreas no ISOBUS O avanço da eletrónica no contexto do ISOBUS e os correspondentes pedidos do lado da indústria levaram a AEF a estabelecer duas novas equipas de trabalho para lidar com duas áreas com que se vem deparando: a comunicação wireless e o Isobus de alta velocidade. A equipa responsável pela comunicação wireless vai trabalhar no sentido de selecionar um padrão adequado (ex: WLAN) para as comunicações estabelecidas veículo-a-veículo (V2V) no campo. A nova equipa irá ainda dedicar-se à encriptação das comunicações e a aspetos relacionados com a fiabilidade de funcionamento. Este género de comunicação é usado por exemplo na gestão do avanço coordenado entre uma ensiladora e um trator com reboque durante a recolha. A tecnologia V2V permite que as máquinas comuniquem entre si no decorrer do trabalho, ou para se controlarem mutuamente ou simplesmente para se estabelecer uma troca de dados, como o posicionamento, a velocidade ou o nível do depósito de combustível. A comunicação entre as máquinas e os sistemas de gestão das explorações (FMIS) também fica no âmbito desta equipa. No que diz respeito ao Isobus de alta velocidade, o trabalho da nova equipa vai focar-se no aumento da largura de banda, para ser possível transmitir mais dados em menos tempo, e ainda na integração de novas funções de Isobus. A AEF é uma espécie de mesa redonda à volta da qual os fabricantes se reúnem para acordar soluções de compatibilidade, a nível eletrónico, dos equipamentos que desenvolvem e comercializam.
Tractopais 20 anos com a Iseki O concessionário da Iseki em Viseu - Tractopais, celebrou da melhor maneira os seus 20 anos de actividade Iseki ao atingir, mais uma vez, a distinção de Melhor Concessionário do Ano. O galardão foi entregue pelo Grupo Tractores de Portugal e contou com a presença de dois responsáveis da Iseki Europe e Japão.
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Empresas por João Correia
Tractolitoral
Same mais Lamborghini Há 26 anos a representar a marca italiana de tratores Same, a Tractolitoral passou a ser também concessionária da congénere Lamborghini para todo o distrito de Aveiro. No passado dia 4 de julho, a empresa abriu as portas da sua sede, em Albergaria-a-Velha, para assinalar esta data junto dos seus clientes, fornecedores e amigos. Na ocasião, entrevistámos a Direção da Tractolitoral.
Que balanço é que faz de 26 anos com a marca Same? Tractolitoral - Estamos muito satisfeitos com a parceria que temos com o Grupo Same Deutz-Fahr. Tanto é que agora vamos alargar a nossa relação com a comercialização da marca Lamborghini. A concessão da Same abrange os Concelhos de Ovar, Oliveira de Azeméis, Murtosa, Estarreja, Albergaria-aVelha, Sever de Vouga, Águeda e Aveiro e a marca está muito bem implementada nesta região. A gama é muito completa e há sempre um trator com as características exigidas pelo cliente. No entanto a limitação da zona de concessão da marca Same estava a estrangular o nosso crescimento comercial. Sentíamos a necessidade crescer e de dar um passo em frente.
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É então que entra a vossa nova representação a Lamborghini? Sim, esta nova concessão engloba todo o distrito de Aveiro, permitindo-nos expandir para outras zonas que até agora não tínhamos. A Lamborghini é uma marca com passado e com uma muito boa imagem nos tratores especializados, nomeadamente para a vinha e pomares, e de rastos. Além disto, os tratores podem vir equipados com caixa de variação contínua, o que não se verifica na marca Same. Na nossa região, com inúmeras explorações de produção de leite, existe uma grande apetência para tratores com transmissão contínua, e com a Lamborghini podemos satisfazer esses clientes. A Tractolitoral foi fundada no ano 2000, por divisão do Grupo M.C.Rios. No seu efetivo conta com sete pessoas, entre comerciais, mecânicos e administrativos, e dispõe de três carros oficina totalmente equipados.
No final de 2013, a Tractolitoral, em conjunto com o Grupo Same Deutz-Fahr, inaugurou o primeiro Agricenter de Portugal. Que resultados têm tido? É muito importante termos um espaço onde o cliente entra e tem uma grande oferta de
produtos. O Agricenter é também um conceito novo. Antes o cliente chegava aqui e levava a peça que só pagava mais tarde, agora tem de pagar no ato da compra à semelhança de muitos outros setores de atividade económica como o setor automóvel. Os resultados têm sido positivos, temos ganho alguns clientes novos e as vendas estão dentro das expectativas. Esperamos ter o investimento coberto dentro de 3 a 4 anos. Carlos Rios (Tractolitoral) - Agradeço à Same DeutzFahr Portugal a confiança depositada em nós estes anos todos. Sabemos que os tempos estão difíceis, mas existe um excelente relacionamento. Agora olhamos para a Same DeutzFahr como mais um elemento da nossa família. Temos uma ótima relação com todos os colaboradores sem exceção. Um agradecimento especial para o nosso inspetor comercial que nos acompanha há já 25 anos.
Januário Borges (Tractolitoral), António Loureiro (Presidente da Câmara de Albergaria-aVelha), Arnaldo Caeiro (SDF), Carlos Rios (Tractolitoral), José Luis Mendes (SDF) e Rodrigo (Tractolitoral).
Produto Série 5000 para o mercado europeu lovol A Lovol, que é conhecida em Portugal como Foton, está a desenvolver de raiz um novo trator para o mercado europeu. Através de Alessandro Zambelli, diretor de produto da Lovol Europe, a revista abolsamia teve acesso em primeira mão aos principais contornos do projeto. Um dos pontos-chave destes tratores é a propulsão, que ficará a cargo do motor Kohler que foi distinguido pelo prémio ‘Diesel of the Year’. Mas o responsável pela marca chinesa afirma que os restantes componentes irão igualmente surpreender pela positiva. “Quando vierem a ter a oportunidade de se sentarem no trator, irão facilmente comprovar que houve um salto tecnológico de quinze a vinte anos se compararem com os produtos chineses que encontramos atualmente no mercado. E isto foi feito pela Lovol em três anos de desenvolvimento, a partir do zero”, salienta.
Unidade nº 1000 do novo Valtra T4
BKT lança novo IF Agrimax Teris
valtra Foi no passado mês de maio que saiu da fábrica da Valtra em Suolahti, na Finlândia, o trator nº 1000 da nova série T. Durante a visita à fábrica, o comprador, um agricultor polaco que possui uma vacaria com uma área de 74 ha e 132 cabeças de gado, incluindo 70 vacas leiteiras, revelou que o T144 Active vai substituir dois tratores que possui e que servirá para executar todas as tarefas principais na exploração, como lavrar, semear, estrumar, gadanhar, enfardar e rebocar. Prevê trabalhar com ele cerca de 1000 horas por ano. A quota atual de tratores da Série T4 na fábrica alcançou 43%. Os modelos mais populares são o T174e Versu, T214 Direct e T234 Versu. A cor de lançamento branco metalizado, que foi escolhida por realçar o novo design, é a mais popular: 28% de todos os tratores da Série são produzidos em branco. Logo a seguir é o preto metalizado e o vermelho, que partilham o segundo lugar com 18% e 17% respetivamente.
BKT A BKT desenvolveu um novo tamanho na série Agrimax Teris para ceifeiras debulhadoras: IF, versão 580/80 R34. Este novo produto foi desenhado especificamente para operar em campos de algodão, onde a resistência, propriedades de flutuação e reduzida compactação do solo são obstáculos frequentes. Com a introdução da tecnologia IF, a BKT disponibiliza aos operadores um pneumático que trabalha com uma enorme capacidade de carga em baixas pressões e com uma pegada bastante larga quando comparado com outros pneus standard. Outra das suas mais-valias tem que ver com a parede lateral reforçada de forma a melhor resistir ao restolho existente no terreno. A BKT teve ainda a preocupação de proporcionar ao operador o maior conforto possível durante os trabalhos, sendo o IF um pneu bastante estável e consistente. Além da versão IF 580/80 R34, a gama engloba ainda o IF 520/85 R42.
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Regresso aos seis cilindros zetor A Zetor alargou a sua gama com o lançamento do novo modelo Crystal, num segmento de potência entre os 144 e os 163 cv. O motor fornecido pela Deutz faz uso de tecnologia SCR e a transmissão powershift de 30 relações possui inversor eletro-hidráulico e embraiagem elétrica. O sistema hidráulico está dotado de regulação automática Hitchtronic. No capítulo do conforto, conta com suspensão na cabine e no eixo dianteiro (como opcional). A suspensão dianteira consiste em dois semi-eixos que asseguram amortecimento independente em cada roda. A nível estético, sobressaem as jantes pintadas em cor vermelha em vez do cinzento utilizado nos anos mais recentes, alteração que a marca pretende alargar a todos os restantes modelos. A designação Crystal não é inédita na marca checa. Foi usada numa série que a partir de 1975 passou a albergar tratores com bloco de seis cilindros.
Produto Edição especial do Massey Ferguson 5610
Aplicação móvel feno/silagem da Kuhn
massey ferguson Como forma de celebrar o sucesso alcançado com a expedição ao Polo Sul, a Massey Ferguson lançou uma edição especial do modelo utilizado nessa exigente aventura. Com designação Antarctica2, este MF 5610 diferencia-se dos modelos normais por estar munido de um pacote de equipamentos que refletem as condições encontradas pela MF, ao longo de 5000 km, no clima extremamente frio da Antártida. Nesse pacote encontramos os seguintes extras: cabine com suspensão mecânica, assento pneumático, seis faróis LED, equipamento áudio high-spec, limpa-brisas traseiro, transmissão Dyna-4, e guarda-lamas dianteiros. Completam a lista, as grelhas do motor em cor preta, os autocolantes distintivos Antarctica2, e uma placa numerada no interior da cabine. Os tratores vêm calçados com pneus Trelleborg, marca que também esteve envolvida na expedição, e os futuros proprietários terão ainda direito a um blusão igual aos usados pelos membros da equipa da MF que trilharam as pistas de gelo dos confins do mundo.
KUHN A pensar nas últimas tendências dos agricultores europeus, a Kuhn lançou no mercado a Kuhn ForageXpert, uma aplicação para smartphones específica para ajudar na elaboração de feno/silagem. Quando um agricultor pretende substituir uma alfaia de fenação, é importante que possa verificar se o equipamento (gadanheira ou virador-juntador) que pretende adquirir é compatível com as outras máquinas presentes na sua exploração. Esta aplicação permite fornecer, de forma rápida e simples, um diagrama com os cordões produzidos pela gadanheira, com o objetivo de encontrar o melhor volta fenos/volta fenos encordoador, correspondente à largura trabalho desejada. Para cada equipamento selecionado, a aplicação fornece os detalhes de todas as máquinas Kuhn que correspondem ao pedido do agricultor. Nesta aplicação foram também integradas outras funções. O utilizador pode, por exemplo, salvar os resultados mais adequados e enviá-los para uma mailbox do seu smartphone. Clicando sobre a foto do modelo da máquina desejada, pode depois aceder a todas as informações técnicas disponíveis no site Kuhn.
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Cereals 2015
Feiras
Inglaterra 10 e 11 de junho.
por João Sobral
Cereals 2015
Prémios de Inovação A Cereals 2015, uma feira dedicada às grandes culturas, realizou-se em Inglaterra nos dias 10 e 11 de junho. Com diversas demonstrações de maquinaria em campo, é a ocasião por excelência para os profissionais do setor daquele país se inteirarem das novidades tanto a nível de maquinaria como a nível de sementes e fitossanitários. No que toca às máquinas, por ocasião da feira foram divulgados os vencedores dos prémios de inovação Imma (International Machinery Manufacturer Awards), que incidem em quatro categorias: pulverizadores, mobilização de solo e sementeira, maquinaria de colheita e tratores. São oito os equipamentos premiados na edição deste ano, como de seguida apresentamos.
Pulverizadores Medalha de Ouro Pulverizador montado de precisão Micron O pulverizador de precisão para culturas em linha modelo Varidome S3 100 HiFlo adequa-se a um extenso leque de variedades, como: milho, beterraba, colza, cenoura, cebola, cenouras, árvores em viveiro, entre outras. Com um aspeto e uma estrutura pouco usual, possui cabeças herméticas que podem ser ajustadas individualmente para se adequar a diferentes distâncias entre linhas. Estas cabeças podem ter formato oval ou circular, dependendo do espaçamento, e possuem uma membrana dupla para garantir que o produto é aplicado apenas na entrelinha e não atinge diretamente as plantas. www.microngroup.com
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Medalha de Prata Pulverizador automotriz de entrada de gama Househam Foi desenvolvido pela marca como uma pulverizador automotriz de entrada de gama, destinado a explorações de média dimensão que atualmente possuem pulverizadores rebocados. Este modelo Spirit 3000 possui depósito de 3.000 litros, barra de 24 ou 27 metros, transmissão hidrostática, e um motor CAT de 140 cv. A colocação do sistema de bombagem na extremidade traseira visa tornar o ambiente no posto de trabalho mais silencioso. No fundo trata-se de uma máquina leve, com um peso a seco inferior a 6.000 kg, que apresenta especificações simples, e que a qual a marca anuncia um preço competitivo. www.househamsprayers.co.uk
Feiras Mobilização de solo e sementeira Medalha de Ouro Cultivador de mobilização mínima Kverneland O cultivador Kultistrip é a resposta da Kverneland em matéria de alfaias de mobilização mínima. Apenas trabalha o solo nas faixas onde é instalada a semente, e dependendo da largura dessas faixas, é possível que até 70% da superfície total não seja mobilizada. Na mesma passagem coloca ainda fertilizante no sítio exato onde as plantas dele necessitam. Segundo a marca, o que está em causa é uma maior conservação do solo e uma redução dos custos associados à preparação da cama de sementeira em culturas como o milho, a beterraba ou o girassol. Realiza velocidades de trabalho entre os 10 e os 12 km/h, mobiliza a uma profundidade entre os 10 e 30 cm, e coloca o fertilizante até aos 20 cm. http://ien.kverneland.com/
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Cereals 2015
Feiras Medalha de Prata
Inglaterra 10 e 11 de junho.
Maquinaria de colheita
Semeador de velocidade alta com wireless Väderstad O semeador Tempo suporta velocidades de trabalho até uns impressionantes 18 km/h e está disponível em configurações entre 4 e 12 linhas, e com três diferentes opções de espaçamento entre linhas. Possui função de corte individual de linhas e uma variedade de acessórios como diferentes discos de sementeira e diferentes rodas compactadoras. Uma das maiores inovações é a comunicação wireless entre a alfaia e um tablet iPad-air, o que entre outras vantagens permite fazer a calibração junto da máquina já que o terminal é totalmente portátil. Na cabine o iPad fica instalado num suporte denominado e-keeper que fornece energia e possui botões físicos para uma mais fácil navegação entre menus.
Medalha de Ouro Duas barras de corte numa ceifeira New Holland Ao instalar uma segunda barra de corte numa ceifeira-debulhadora, a New Holland conseguiu reduzir a quantidade de material ‘não grão’ que entra dentro do sistema de debulha. A marca refere que esta solução contribui para uma redução do consumo de combustível que pode ir até aos 15% e para um aumento da capacidade de recolha no mesmo valor percentual, isto porque o esforço necessário para realizar a debulha é menor. Esta segunda barra corta o restolho ao um nível mais baixo do que a barra principal e é suportada por um rolo de dupla secção instalado da parte de trás das facas. Este rolo serve para manter o sistema em flutuação e para se regular com precisão a altura de trabalho desta segunda barra de corte. Segundo a New Holland, este sistema traz associada a vantagem de se poder debulhar desde mais cedo no período da manhã, porque só a parte mais alta e mais seca da cultura é que entra no sistema de debulha.
www.vaderstad.com/pt
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www.newholland.com/pt
Feiras Medalha de Prata
Tratores
Colhedora de beterraba automotriz Terra Dos Holmer Exxact Com os modelos Terra Dos T4-30 e T4-40 a Holmer eleva a tecnologia de recolha de beterraba para um novo patamar. Assente numa estrutura de 3 eixos, a colhedora T4-40 está desenhada para minimizar a pressão sobre o solo e maximizar a capacidade do depósito de recolha, que ascende às 30 toneladas e está equipado com monitorização eletrónica. Possui um elevador com 1.000 mm de largura, sistema de limpeza através de turbina, e pode equipar com uma frente de 6 ou de 9 linhas. O eixo traseiro, suspenso e flutuante, tem ajuste hidráulico para se adequar aos contornos do solo e para melhorar a estabilidade em declives. O motor, de fabrico Mercedes, é um 6 cilindros com 15,6 litros que desenvolve 600 cv. O modelo T3-30 é mais compacto, assenta numa estrutura de 2 eixos, e equipa com motor MAN de 480 cv. www.holmer-maschinenbau.de
Medalhas de Prata Nova Série M7001 Medalha de Ouro Nova geração T4 Valtra Os novos Valtra T representam um grande avanço face à geração anterior. Uma cabine totalmente redesenhada e mais espaçosa, uma estrutura mais longa, com distância entre eixos de 2995 mm, e um novo modo de condução associado às transmissões powershift são alguns dos pontos de destaque. A face mais visível da mudança é a apurada linha estética mas as novidades são mais abrangentes, como pode ler na reportagem sobre os T4 que publicámos na edição 95.
Kubota A nova série de tratores da Kubota demarca-se por representar a entrada da marca japonesa num segmento de potência e arrojo tecnológico onde até agora não tinha produto. Para já, são três os modelos que formam a série M7001. Com potência entre os 130 e os 170 cv, na versão premium estão equipados com um monitor de ecrã tátil e tecnologia ISOBUS. Pode ler a reportagem sobre o lançamento desta série na edição 94 d’abolsamia. www.tractoresibericos.pt
www.valtra.pt
Consulte no nosso site o calendário de feiras e eventos sempre atualizado
FEIRAS E EVENTOS
www.abolsamia.pt/events.php
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Tecnologia por Luís Alcino Conceição IPP/Escola Superior Agrária Elvas
Inquérito: Por dentro dos Números
Da Agricultura de Precisão Não sendo totalmente uma novidade, o conceito e a adoção de equipamentos de Agricultura de Precisão começa a fazer parte das opções de investimento dos agricultores portugueses. aquisição de tratores e máquinas agrícolas cuja tecnologia, diferenciando-se da existente constitui uma mais-valia à produtividade da exploração, caso da agricultura de precisão. Importa assim, conhecer este mercado em Portugal, de que este apontamento constitui
S
e do ponto de vista agronómico o seu interesse se manifesta pela possibilidade de aumento de produtividade das culturas e racionalização dos fatores de produção, do ponto de vista industrial, a comercialização deste tipo de produtos e serviços constitui a mais recente forma de negócio no tradicional mercado de máquinas agrícolas. Com o objetivo de melhor conhecer este mercado, realizou-se um inquérito em colaboração com a revista abolsamia às empresas do setor que comercializam estes produtos, cujos resultados aqui publicamos. O uso de equipamentos de agricultura de precisão (AP) em Portugal remonta ao ano de 2002/3, altura em que também surgiram os primeiros trabalhos científicos publicados com base em dados obtidos em máquinas a operar em empresas agrícolas nacionais. A adoção de novas tecnologias, em regra, depende
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da capacidade económica e da margem para investimento do setor em que se enquadra. A adoção de soluções de agricultura de precisão não é exceção, nem o setor agrícola. Assim, ainda que de acordo com as Contas Económicas da Agricultura do Instituto Nacional de Estatística a atividade agrícola em Portugal durante o ano de 2014 tenha sofrido uma quebra de 3.2% do rendimento por unidade de trabalho face ao ano transato, registou-se já no primeiro trimestre deste ano um aumento de 21.5% de matrículas de tratores novos em Portugal relativamente a igual período do ano passado, segundo informação publicada pela Associação de Comercio Automóvel de Portugal. Neste cenário, importa acrescentar que se encontram abertas candidaturas a projetos de investimento no seio do PDR2020 com enfase em algumas medidas para a
um primeiro contributo com base em informação recolhida num inquérito realizado online a um universo de 300 empresas ligadas ao setor de comercialização e fabrico de máquinas agrícolas e do qual apenas foi possível obter cerca de 10% de respostas.
Que produtos e serviços foram comercializados no decorrer do ano de 2014, qual o perfil do suporte técnico das empresas que comercializam este tipo de produtos, que cliente procura este tipo de tecnologia e qual a perspetiva de crescimento de negócio nos próximos dois anos, são os dados que a seguir se apresentam.
Produtos Do universo de respostas obtidas, 50% do comércio de agricultura de precisão em máquinas agrícolas assenta em produtos incorporados em tratores e máquinas agrícolas novos, sendo 45% relativo a produtos comercializados em mercado de pós-venda e 5% relativo a prestações de serviços que quase sempre se prende com a aquisição de licenças para sinais de GPS (figura 1). Relativamente ao tipo de produtos, os sistemas de condução dominam este mercado, com 90% de respostas, tanto no que se refere aos simples sistemas de barras de luzes como aos sistemas de auxílio à condução. Os restantes 10% são produtos relacionados com a aquisição de monitores de rendimento em ceifeiras debulhadoras, sendo que a comercialização deste tipo de produto está diretamente relacionada com empresas full-line, isto é, que abrangem na sua oferta uma gama completa de máquinas agrícolas, desde os tratores até às máquinas de colheita.
Tecnologia FIG 1 Mercado de AP em máquinas agrícolas e tipo de produtos comercializados.
tipo de equipamentos
produtos comercializados
O Cliente
sistemas de condução por GPS
90% Monitores de rendimento tecnologia incorporada
produtos Pós-Venda
45%
prestação de serviços
10%
50%
5%
Suporte técnico Sendo o setor de máquinas agrícolas caracterizado na sua grande maioria por empresas de pequena a média dimensão, pretendeu-se conhecer o perfil do suporte técnico instalado através do número de colaboradores relacionados com este tipo de produtos e qual a sua competência técnica. Assim, relativamente ao número de colaboradores, concluise das respostas obtidas que 40% das empresas disponibiliza em média duas pessoas, 30% remete este tipo de negócio para uma pessoa e 30% não tem nenhum colaborador especificamente para este fim. Já no que se refere à formação técnica do pessoal envolvido, 50% apresenta apenas formação comercial, 30% formação técnica na área de agricultura e cerca de 20% nas áreas de eletrónica e informática.
FIG 2 Distribuição percentual por idade, tipo de cliente e atividade agrícola na adoção de produtos de AP.
Maioritariamente, o cliente consumidor deste tipo de tecnologia caracteriza-se por ser agricultor a título principal (60%), com idade entre os 35 e os 50 anos (70%) e com atividade agrícola ligada à produção de cereais (63%). Assumem igualmente um papel importante, os prestadores de serviço que representam cerca de 40% do mercado de clientes em equipamentos de agricultura de precisão. A viticultura e horticultura são as atividades agrícolas mencionadas em segunda (30% de respostas) e terceira posição (6.6% de respostas) como utilizadoras deste tipo de tecnologia.
cliente consumidor deste tipo de tecnologia
prestação de serviços
40%
AGRICULTOR/CLIENTE (IDADE)
agricultor a tempo inteiro
60%
30 %
70 %
ATÉ AOS 35 ANOS
35 A 50 ANOS DE IDADE
atividade agrícola cereais
63%
vinha Hortícola
7%
30%
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Tecnologia
potencial crescimento de ap em 2 anos
Crescimento 15% FIG 3 Expetativa do crescimento de negócio na comercialização de equipamentos para AP nos próximos 2 anos.
Crescimento 10%
20% Crescimento 5%
20%
60%
Que futuro para o mercado de produtos em AP Quando questionados acerca de qual o futuro deste mercado, duas abordagens foram tidas em consideração: por um lado qual ou quais as dificuldades na comercialização deste tipo de produtos e, por outro lado, qual a perspetiva propriamente dita de crescimento do mesmo nos próximos dois anos. As maiores dificuldades na comercialização e adoção deste tipo de produtos são apontadas em 60% dos inquiridos pela complexa funcionalidade de alguns equipamentos e conhecimentos necessários à sua utilização, sendo 40% das respostas relativas ao ainda elevado custo dos mesmos. Quanto ao potencial crescimento do mercado de produtos de AP em máquinas agrícolas para os próximos dois anos, 60% das respostas sugerem um crescimento até 10% da faturação, sendo igualmente repartidas 20% das respostas para crescimentos de 15 e 5% do mesmo (figura 3). As empresas que acreditam numa maior taxa de crescimento apontam como setores de negócio o crescimento na comercialização de monitores de rendimento e sistemas de condução com tecnologia para aplicação de produtos a taxa varável (VRT), bem como, num caso foi indicado a possibilidade de criação de áreas de negócio na oferta de serviços de mapeamento de parcelas e deteção remota.
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Em conclusão Tratando-se de um primeiro contributo para conhecer o mercado português de produtos de agricultura de precisão em máquinas agrícolas, dos dados anteriormente descritos e apesar do reduzido universo de respostas (cerca de 10%), pode afirmar-se que este é atualmente um novo alvo de negócio das empresas do setor com tendência para crescimento. Os sistemas de apoio à condução constituem a porta de entrada deste mercado, não apenas pelo seu preço mais acessível como pela funcionalidade da sua utilização, sendo os principais clientes deste tipo de produtos o próprio agricultor e cada vez mais os prestadores de serviço. À semelhança dos sistemas de condução, simplicidade e funcionalidade em monitores de rendimento e sistemas VRT são dois aspetos referidos nas respostas obtidas para que este tipo de produtos tenha maior aceitação e assuma a verdadeira dimensão da sua importância. Uma forma complementar de ultrapassar esta dificuldade é a oferta de consultoria por parte das empresas que comercializam os produtos, o que não sendo inédito, obriga a um esforço das mesmas no reforço de competências por parte do seu suporte técnico. No limite, refira-se o parecer do Comité Europeu de Fabricantes de Máquinas Agrícolas (CEMA) emitido em outubro de 2014 acerca do uso de drones na Agricultura, considerando que, sendo estes um importante instrumento em agricultura de precisão, a compatibilidade da sua utilização com as máquinas no terreno passa pela criação de protocolos normativos que permitam de forma expedita a utilização da informação georreferenciada.
Notícias Trator de rastos em campos de arroz
Carlos Marcolino gere uma grande exploração situada em Palma, Alcácer do Sal, onde tem maioritariamente sobreiro e pinheiro manso com pastagens instaladas no subcoberto. Mas numa área correspondente a 160 ha faz arroz. E é por causa do arroz que tem um Challenger. “O arroz tem uma janela muito curta para se iniciar a cultura e o que este trator me permite é trabalhar mesmo com a terra húmida. Entro nas terras mais cedo mesmo que as primaveras venham chuvosas”, explica. À revista abolsamia este agricultor afirmou ainda que
este trator lhe permite obter velocidades de trabalho mais elevadas. “Com o laser consigo velocidades entre os 12 e os 14 km/h e obtenho rendimentos extraordinários. O que eu fazia com três tratores faço hoje só com este”. Apesar de não fazer grandes deslocações, pois os canteiros do arroz ficam muito perto das suas instalações, no seu entender onde estes tratores ficam a perder para os de rodas é em estrada. “Para deslocações maiores compensa levar o trator numa zorra devido ao desgaste dos rastos”, recomenda.
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Galeria de imagens Para visualizar mais fotos desta prova de campo consulte o nosso site www.abolsamia.pt/net/galerias-imagens
Prova de Campo Lamborghini Strike 90.4 HD
Nesta quarta Prova de Campo, testámos o Lamborghini Strike 90.4 HD, um modelo lançado em 2014 mas cujas primeiras unidades estão agora a chegar ao mercado português. Tendo desta vez a Serra de Montejunto como pano de fundo, fizemos as habituais provas de consumo em trabalho de lavoura, e também em trabalho de transporte, com uma cisterna. Como convencional de média potência que é, este modelo da marca italiana tanto pode cumprir as funções de trator principal como assumir o papel de trator de apoio numa exploração agrícola ou numa exploração mista.
Agradecimentos: Same Deutz-Fahr Portugal: Arnaldo Caeiro e José Luís Mendes. Concessionário Deutz-Fahr: António Fernando Nobre Prata. Grupo Joper
Vídeo disponível em:
www.youtube.com/abolsamia
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A equipa envolvida na Prova de Campo: Revista abolsamia (Produção executiva), João Sobral e Luís Alcino Conceição (operadores abolsamia), e workmove.net (Produção e edição de vídeo).
F
oi em Vila Verde dos Francos, no Concelho de Alenquer, que a Same Deutz-Fahr Portugal pôs à nossa total disposição o novo Lamborghini Strike 90.4 HD. Uma charrua Ribatejo de três ferros e uma cisterna Joper de 8.000 litros foram os equipamentos com que trabalhámos. Nos dois dias em que decorreu a Prova de Campo, 14 e 15 de maio, deparámonos com tempo seco e vento muito forte que ainda assim não impediu de realizarmos as tarefas planeadas.
Quando nos sentámos pela primeira vez ao volante do Lamborghini Strike, no painel digital aparecia o número de horas de trabalho. Apenas um dígito! Novinho em folha. No final, acabámos por enchêlo de pó e fizemos aparecer no conta horas os dois dígitos. Pelo meio ficámos a conhecê-lo, sendo essa experiência que agora aqui vos descrevemos. Neste trator versátil e polivalente, a cor branca e a linha estética com assinatura de Giugiaro marcam um novo estilo que deu nas vistas onde quer que passámos.
Condições de Campo Nestes dois dias que passámos no campo, as temperaturas não foram além dos 18°C, não se registou precipitação e foi constante a presença de vento que assim causou alguma condição de compactação superficial do solo. O trabalho com charrua foi realizado numa parcela com restolho, cujos resultados da análise sumária de solo, a partir de amostras obtidas até aos 20 cm de profundidade, revelaram os valores que apresentamos na tabela. Com recurso a um penetrómetro de cone, fizemos ainda a avaliação da resistência do solo ao rompimento. Solo
Cambissolo
pH (H2O)
5,8
Textura de campo
Grosseira
Matéria Orgânica
0,79 (Muito baixo)
Humidade (%) a 60°
7%
Densidade aparente (Dap)
1,6
Resistência média ao rompimento*
200 psi
Resultados da análise sumária (Laboratório de Química Agrícola ESAE) *Média de 20 pontos obtidos até 20 cm profundidade com penetrómetro de cone marca/modelo Dickey John soiltester.
A série Strike São três os modelos que compõem a a gama Strike HD: 90.4, 105.4, e 115.4. Partilham o mesmo motor, que perfaz, respetivamente, 88, 102 e 109 cv de potência máxima. Além dos HD (Heavy Duty) que equipam exclusivamente com motor de 4 cilindros, existe uma versão Strike LD (Light Duty), que equipa com motor de 3 cilindros, e uma versão intermédia Strike MD (Mid Duty) que equipa com motor de 3 ou 4 cilindros, consoante o nível de potência. Cada versão tem a sua estrutura própria, o que resulta num nível de carga máxima admissível que não é coincidente. ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Lamborghini Strike 90.4 HD
Motor Os motores SDF (Same Deutz-Fahr) da série FARMotion foram propositadamente desenhados para utilização em máquinas agrícolas. E é precisamente com um destes motores que o Lamborghini Strike 90.4 está equipado. Quando damos à chave, nota-se que estamos perante um 4 cilindros. Num bloco que apresenta uma estrutura compacta e possui sistema de injeção common rail de controlo eletrónico, a cilindrada é de 3,8 litros e, em concreto neste modelo, a potência máxima é de 88 cv. Um pormenor interessante é o facto de possuir uma ventoinha com embraiagem visco-estática que adequa a sua velocidade de funcionamento às necessidades imediatas de refrigeração.
Tratamento dos gases de escape O tratamento dos gases de escape é assegurado por um sistema de recirculação externa refrigerada (EGR) e por um catalisador de oxidação diesel (DOC). Esta combinação dispensa o consumo de AdBlue e permite cumprir as normas antipoluição da Fase IIIB.
A área fria do compartimento do motor
O compartimento do motor possui duas áreas. A área quente corresponde à parte
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traseira do capot, onde está o motor e o sistema de tratamento de gases. Na área fria, situada à frente, encontramos a bateria, o filtro de ar, a centralina e ainda o pack do sistema de refrigeração. Este pack é composto por 4 radiadores: do motor, do intercooler, do combustível, e do ar condicionado. O filtro de ar PowerCore2 é um filtro sem manutenção cujo uso ainda é pouco habitual nestes tratores de segmentos mais baixos. Tem acoplado um “turbociclone” responsável por eliminar as impurezas de maior dimensão antes de chegarem ao elemento filtrante propriamente dito.
Os pontos de verificação e os elementos de substituição estão bem posicionados. Motor
Comportamento
O motor revelou uma interessante disponibilidade de potência, permitindo em estrada velocidades cruzeiro sempre acima dos 15km/h, mesmo considerando a capacidade da cisterna usada, e em campo a realização da operação de lavoura ainda que em condições menos favoráveis de sazão do solo.
Fabricante / modelo
SDF / FARMotion
Sistema de injeção
Common-rail com gestão eletrónica
Sistema de tratamento de gases
EGR + DOC
Compatibilidade com biodiesel
100%
Nível de emissões
Fase IIIB/ Tier 4i
Nº de Cilindros/ cilindrada
4 /3849 cc
Potência nominal
84 cv(às 2200 rpm)
Potência máxima
88 cv (às 2000 rpm)
Binário máximo / reserva
354Nm às 1600 rpm/ 32%
Manutenção
A cada 600 horas
Medições Peso total
4580 kg Pesámos o trator com o depósito de combustível atestado, sem água nas rodas, com 320 kg (8x40 kg) de pesos frontais instalados, e pucho de reboque automático instalado. Sem extras e lastragem, o peso máximo anunciado pela marca para este modelo é de 4.200 kg.
Relação peso/potência
52 kg/cv
Nível de ruído na cabine
Temperatura do motor
Registámos o valor médio em dB (A) relativo à pressão sonora equalizada de acordo com a curva “A” do sonómetro, com o trator em trabalho a 1800 rpm de regime nominal do motor. O valor médio de 75.9 dB (A) foi obtido com base em cinco medições com aparelho marca/modelo Standard ST8820.
Nas imagens que registámos com uma câmara termográfica Flir após paragem do motor, é visível a diferença de temperatura média obtida na parte posterior (57.0ºC) e na parte anterior (30.7ºC) do capot.
Prova de Campo Embraiagem eletro-hidráulica na alavanca das mudanças
A transmissão semi-powershift do Strike possui 40 relações para a frente e 40 relações para trás. São 5 velocidades, repartidas por 4 gamas e 2 níveis de powershift, (H e L).
Na alavanca das mudanças, encontramos o botão Confort Clutch, que faz a função de embraiagem. Assim, o operador pode acionar a embraiagem com o pé ou então com a mão direita neste botão, conforme lhe der mais jeito. Requer alguma habituação mas ao fim de meia dúzia de vezes já estamos familiarizados.
Inversor com ajuste de sensibilidade
Funcionalidade Stop&Go
Transmissão
O inversor é eletro-hidráulico e possui ajuste em 5 níveis de resposta. Esta função permite obter uma resposta mais suave ou mais brusca ao fazer-se a inversão do sentido de marcha. À partida o ajuste de sensibilidade pode não parecer das coisas mais relevantes mas é daqueles pormenores que faz a diferença. É muito útil porque dá-nos a possibilidade de a qualquer momento, e em função do trabalho que tivermos para fazer, adaptarmos o modo como queremos que o trator se comporte.
Por fim, destaque para a funcionalidade Stop&Go que até aos 14 km/h nos dá a possibilidade de imobilizar o trator apenas pressionando os pedais de travão. Quer isto dizer que ao pressionarmos o travão, é simultaneamente acionada a embraiagem. Quando soltamos o travão o trator retoma a marcha no mesmo sentido. Para trabalhos com limpa-bermas ou para fazer aproximações com carregador é muito útil. O Stop&Go liga-se e desliga-se num simples botão.
Transmissão Tipo
Semi-powershift
Configuração
5 velocidades com HL e 4 gamas
Inversor
Eletro-hidráulico
Bloqueio dos diferenciais
Eletro-hidráulico
Velocidade mínima
300 m/h
Velocidade máxima
40 km/h
Comportamento
Em termos gerais, a caixa pareceu-nos bem escalonada e funcional, embora em certos momentos talvez fosse interessante dispor de um powershift HML em vez de apenas HL, mas esse extra só está disponível no Strike 115.4.
O inversor eletro-hidráulico possui ajuste de cinco níveis de sensibilidade.
4RM – 12,15 m 2RM – 11,35 m
Diâmetro de Viragem*
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*Medimos o diâmetro de viragem em chão não mobilizado, e sem qualquer alfaia engatada.
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Eficiência de trabalho e consumo Consumo misto*
10,48 L/hora
Eficiência de campo estimada c/ charrua Duas provas de consumo em estrada
Desta vez começámos pelo trabalho de transporte. Uma vez descarregada a cisterna Joper C-8000 recém-chegada de Torres Vedras, engatámo-la no Lamborghini Strike e procedemos ao seu enchimento com água. Em seguida pesámos o conjunto, primeiro a cisterna atestada [10.750 kg] e depois o trator [4.580 kg], somando um total de 15.330 kg. A prova de consumo em estrada foi feita na N115, entre Vila Verde dos Francos e a interceção com a N115-2, num troço sinuoso e inclinado com 3,7 km de extensão em cada direção. Para o efeito realizaram-se dois percursos, a ritmos de andamento diferentes pelo mesmo operador. No primeiro percurso, numa estratégia de condução mais rápida, João Sobral realizou os 7,4 km em 21 minutos, tendo sido necessários 4.6 litros de combustível para reatestar o depósito. A repetição do percurso foi feita com uma condução mais calma, num total de 23 minutos, e impôs um reabastecimento de 4,5 litros. Contas feitas, obteve-se um consumo médio em estrada de 12,4 litros/hora. A relação de caixa mais baixa utilizada foi a 2ª (da gama de transporte), e o mínimo de velocidade registado em subida situou-se nos 12 a 15 km/h.
0,36 ha/hora
Uma prova de consumo em campo
A prova de consumo de campo feita por dois operadores fez-se com base numa operação de lavoura, realizada com uma charrua Ribatejo de 3 ferros, a 13” a que corresponde uma largura de trabalho de 99.06 cm, tendo sido a profundidade média de trabalho de 25 cm. Ambos os operadores trabalharam com um regime do motor em redor das 1800 rpm e a uma velocidade média de 4,5 km/h. A parcela trabalhada apresentava uma área definida pelas medidas de comprimento e largura de 160 m x 18 m, respetivamente. Luís Alcino Conceição deu início à prova, alternando entre duas relações de caixa (a 2ª e a 3ª da gama de trabalho) e fazendo uso dos níveis de powershift, ora para recuperar um pouco de velocidade quando o trator ficava mais desafogado, ora para recuperar potência quando o solo se mostrava mais resistente. A meio do tempo, para anular o efeito do operador, João Sobral deu continuação à lavoura optando por manter sempre a mesma relação de transmissão (2ª da gama de trabalho) e alternando também entre os 2 níveis de powershift. Ao fim de 47 minutos, que foi quanto demorou a prova de consumo em trabalho de solo, reabastecemos no depósito 6,7 litros, o que corresponde a um consumo/hora de 8,55 litros.
Pneus traseiros
Altura ao topo da cabina
480/70 R34
2.730 mm
Pneus dianteiros
Altura livre ao solo
420/70 R24
440 mm
Via mín. - via máx.
Carga máx. admissível
1.728 - 2.128 mm
7.000 kg
Distância entre eixos Depósito de combustível Eficiência de trabalho Capacidade teórica de trabalho: 4500m*0.9906m = 4457.70m²/h Considerando Rendimento de campo (ASAE Standard D407) 80% Capacidade efetiva de trabalho: 4457.7*0.8 = 3566.2m²/h
* Os valores de consumo que apresentamos foram os obtidos nas condições exatas que descrevemos, não podendo estes ser considerados como referência para outro tipo de tarefas e em diferentes condições de trabalho.
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2.400 mm Comprimento
4.314 mm
152 litros
Prova de Campo Direção Direção Bomba
Dedicada de 31 L/min
Ângulo de viragem (graus)
50º
A direção é comandada por uma bomba dedicada de14 cc que fornece um fluxo de 31 L/min. Ao tato pareceu-nos bastante agradável, mostrandose precisa e segura mesmo em estrada quando a circular a maior velocidade. Efetivamente, durante o transporte em estrada com a cisterna carregada, tivemos oportunidade de conduzir numa zona sinuosa e declivosa
que nos permitiu concluir sobre a sensação de segurança com que ficámos. Claro que isso também se deve à estrutura do trator no seu conjunto, aos pneus instalados, e à lastragem. Mas no que toca concretamente à direção, revelou-se bastante precisa. O modelo testado não tinha sistema de direção rápida (SDD), mas este é um extra que a marca disponibiliza. A
sua utilidade é reduzir o número de voltas do volante, tornando a condução mais cómoda nos trabalhos feitos a velocidades baixas e que impliquem muitas manobras.
A direção possui uma bomba dedicada, o que lhe confere precisão.
Sistema de Travagem Travões Tipo
Discos em banho de óleo
Travagem
No eixo traseiro e no eixo dianteiro
Características
Travão de estacionamento de acionamento hidráulico
Embora nos Lamborghini a travagem às quatro rodas não seja novidade, é bom relembrar que a presença de discos em banho de óleo na ponte dianteira origina uma travagem mais eficaz, que resulta num nível acrescido de segurança. Com a tomada de travão hidráulico da cisterna acoplada, ao circularmos em estrada, em descida verificámos que a pressão de travagem que aplicamos nos pedais de travão do trator é proporcional à travagem do implemento rebocado. Como o peso bruto da cisterna ultrapassava mais do dobro do peso do trator, se não fosse esta eficácia de travagem, o conjunto trator/cisterna teria certamente ficado instável. Gostámos particularmente do travão de estacionamento ParkBrake, tanto pelo seu modo de funcionamento, como pela pressão
constante que exerce sobre os discos da ponte traseira detendo o trator em perfeitas condições mesmo em planos inclinados.
O travão de estacionamento detém o trator mesmo em planos inclinados e com carga. ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Lamborghini Strike 90.4 HD
A versão testada equipava com três distribuidores hidráulicos (6 vias).
Sistema Hidráulico No sistema hidráulico, a capacidade máxima de elevação standard é de 3600 kg ou opcionalmente de 4800 kg. Uma bomba dedicada ao hidráulico principal e aos serviços auxiliares do hidráulico, fornece um fluxo de 55 L/min. Mas existe a possibilidade de configurar este modelo com um débito de 60 L/min Eco, a um regime de apenas 1600 rpm, o que é útil para aplicações onde o regime do motor é baixo e a necessidade de
débito hidráulico é alta. Neste trator e na versão ensaiada o hidráulico principal é regulado manualmente através de duas alavancas. Numa o operador pode regular o controlo de profundidade ou de altura, e na outra pode alternar entre o modo flutuante, controlo de esforço de tração, ou controlo de posição. Dentro do que é expectável num sistema de regulação manual, no decorrer do trabalho de lavoura o hidráulico revelou-se suficiente.
Tomada de Força TDF Engrenamento
Eletro-hidráulico
Regime (rpm)
540, 540 Eco, 1000, 1000 Eco
A TDF possui quatro velocidades, e opcionalmente o Strike pode ser configurado com uma velocidade de TDF sincronizada à velocidade de avanço. Embora hoje esta solução seja menos usada do que já foi no passado, sobretudo desde que os reboques florestais têm tecnologia hidráulica para assegurar a tração, a 64
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possibilidade existe para quem dela necessite. A TDF liga-se através de um interruptor eletro-hidráulico situado na consola direita, enquanto a seleção da velocidade pretendida, bem como a ativação da funcionalidade Eco, se faz nas alavancas à esquerda do assento. O regime atingido pela TDF é apresentado no painel de instrumentos.
Para quem faça muito trabalho de solo, pode ser vantajoso investir um pouco mais e adquirir este trator com regulação eletrónica do hidráulico, pois ganhará em conforto de utilização. O trator testado estava equipado com três distribuidores (6 válvulas) mas em opção pode ser instalado mais um, ficando assim com 8 válvulas para controlo remoto do circuito hidráulico. Estes distribuidores possuem regulação manual de caudal. A regulação é feita através de uma pequena torneira situada na traseira do trator, junto aos distribuidores, e tem efeito sobre todos eles, não sendo
possível regular cada distribuidor individualmente. Opcionalmente, o trator pode ser configurado com um distribuidor eletrohidráulico, com comando elétrico proporcional. O Strike possui válvula de travão hidráulico e válvula de retorno livre. O retorno livre é uma característica positiva por evitar que se façam adaptações no futuro quando for necessário trabalhar com uma alfaia de débito contínuo, que implique o retorno de óleo diretamente ao hidráulico. Na parte traseira do trator existe um manípulo no qual o operador pode fazer subir e descer os braços de engate do sistema hidráulico. É uma boa solução, que pode evitar que se entre e saia da cabine várias vezes durante o engate de uma alfaia. Funciona, é útil, mas poderia ser mais prático.
Sistema hidráulico Tipo
Regulação mecânica (regulação eletrónica em opção)
Fluxo da bomba
55 L/min (60 L/min Eco em opção)
Distribuidores hidráulicos (até 8 vias)
Válvulas mecânico-hidráulicas
Capacidade máxima de elevação
3.600 kg (4.800 kg em opção)
Prova de Campo serve. Os comandos do motor e da transmissão estão assinalados a laranja, do hidráulico principal a verde, do hidráulico auxiliar a azul, e da TDF a amarelo.
Cabine A cabine está assente numa arquitetura de 4 pilares. Quando nos sentamos ao volante, beneficiamos de um campo de visão que é bastante desimpedido em todas as direções, mas com especial destaque para a frente do trator. A esta característica não é alheio o facto de o catalisador (DOC) ser compacto e estar bem arrumado, o que deixou margem para um capot relativamente baixo e de formato inclinado. A coluna de direção, sendo ajustável em profundidade e em inclinação, ajuda a encontrar uma posição de condução correta. No que toca ao assento de passageiro, é disponibilizado pela marca como um extra. O assento do condutor é fornecido pela Grammer.
Disposição e diferenciação de cores dos comandos
As informações sobre o funcionamento do trator são mostradas num painel de fácil leitura que junta elementos analógicos e digitais. Já a disposição dos comandos, com cores diferenciadas consoante as funções, torna possível que saibamos sempre e com rapidez onde é que está o quê e para que
Teto panorâmico em vidro O Strike possui um sistema de climatização que é eficaz, como tivemos oportunidade de comprovar, mas quando não quisermos ligar o ar condicionado, o teto de abrir panorâmico em vidro pode assegurar alguma ventilação natural do interior da cabine e ainda permitir a entrada de luz se a cortina de proteção estiver recolhida. Mas a sua função principal é garantir que o carregador frontal se mantenha dentro do campo de visão do operador, mesmo quando está em posição elevada.
segunda haste junto ao volante. A terminar, três elogios. Um para os pequenos espaços reservados à arrumação de pequenos objetos, outro para a colocação da caixa de fusíveis num sítio de fácil acesso, na parte traseira da consola de comandos, e um outro ainda para a qualidade dos interiores que aliados a cores claras tornam o posto de condução um local onde é agradável estar.
O painel de instrumentos conjuga elementos analógicos e digitais.
Reparos e elogios
Deixamos dois pequenos reparos. Ainda que não seja muito criticável, a abertura das portas a partir do interior podia ser mais prática. Fazendo uma comparação dentro da marca, num Lamborghini Nitro a abertura das portas é mais confortável pois o manípulo fica a meio do puxador, e por isso mais à mão, enquanto no Strike fica junto à fechadura. O segundo reparo tem a ver com os interruptores das luzes e do limpa para-brisas, ambos posicionados no teto da cabine. Para quem ande muito em estrada, seria mais prático ter estes comandos por exemplo numa
Na consola direita encontramos os comandos do hidráulico e da TDF, o acelerador de mão, o botão de memorização do regime do motor, e os botões das 4RM e do bloqueio do diferencial.
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Lamborghini Strike 90.4 HD
Preço
Manutenção
Lamborghini Strike 90.4 HD PVP* – 67.230 EUR *Preço na versão testada, com nível de equipamento B. Ao PVP acresce o IVA à taxa legal em vigor. A marca disponibiliza uma versão mais básica, com nível de equipamento A, que pode ser adquirida a partir de 60.340,00 EUR + IVA.
No motor, todos os filtros, a vareta de verificação e ainda o bocal de enchimento, encontram-se do lado direito para facilitar a vida de quem faz a manutenção. O mesmo acontece com o reservatório do líquido de refrigeração. Na frente, e num local desimpedido, encontramos a bateria de 88 Ah, o filtro de ar e o corta-corrente. Um dos elementos do pack de refrigeração pode ser extraído desloca-se para facilitar a limpeza. Uma grelha igualmente extraível garante a retenção de partículas.
Um dos elementos do pack de refrigeração é extraível para facilitar a limpeza.
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O pré-filtro de combustível possui um sensor que ao detetar humidade no gasóleo faz disparar um sinal de aviso na cabine; sempre que tal aconteça o operador deve purgar o filtro. A correia de serviço e as válvulas possuem sistemas de ajuste automático, característica que contribui para diminuir as necessidades de intervenção no motor. A primeira manutenção recomendada pela marca deve ser feita às 100 horas e inclui a mudança do óleo e do filtro do motor assim como dos filtros do combustível. O PVR (Preço de Venda Recomendado) é de 215,95 EUR. A segunda manutenção recomendada é feita às 600 horas e tem um PVR de 357,80 EUR. Posteriormente a manutenção é feita a cada 600 horas.
Prova de Campo Apreciação dos Operadores
Nível de equipamento O trator que testámos estava equipado com um pucho de reboque automático, hidraulicamente extensível, com comando a partir da cabine. Este equipamento opcional tem um custo adicional de 2.750 Eur + IVA. Estes tratores estão disponíveis também em versão 2RM com travões dianteiros, e opcionais como: transmissão 40km/h Eco, regulação eletrónica do hidráulico, bomba com fluxo de 60 L/min disponíveis às 1600 rpm, até 4 distribuidores, sistema de direção rápida SDD, assento de passageiro, elevador frontal + TDF, e carregador frontal controlado por joystick instalado de fábrica, ou apenas a pré-instalação para o carregador.
Mais informação em: www.lamborghini-tractors.com/pt-PT
João Sobral
Luís Alcino
É licenciado em Relações Internacionais e redator da revista abolsamia para a área das inovações na indústria dos equipamentos agrícolas e florestais. Tem experiência de vários anos como operador de máquinas agrícolas.
É Professor Adjunto da Escola Superior Agrária de Elvas, onde tem a seu cargo a docência das áreas de Mecanização e Inovação Tecnológica. É Investigador do Centro Interdisciplinar para a Investigação e Inovação do Inst. Politécnico de Portalegre e membro do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas da Univ. de Évora. Colabora com a revista abolsamia.
“O trator revelou-se estável em estrada e surpreendeu-me pela performance que demonstrou com a charrua, sobretudo porque trabalhámos num solo em condição física difícil. O manuseamento um pouco duro da caixa de velocidades, mais precisamente quando precisamos de mudar de gama, penso que deve ser um ponto a rever. Apreciei bastante a visibilidade que o capot e a cabine proporcionam. A capacidade de travagem também me agradou muito, até porque se trata de uma travagem efetiva às quatro rodas, com discos em ambos os eixos. Além disso, o travão de parque detém o trator com muita segurança em zonas inclinadas.”
Pontos +/-
• Estabilidade de condução em estrada • Travão de estacionamento • Capot e tampão de combustível com chave • Disponibilidade do motor
“Gostei particularmente do motor, da estabilidade de condução em estrada, da direção e do sistema de travagem, que é bastante prático e eficiente. Em trabalho, o ponto que menos gostei foi a relação de transmissão na caixa de velocidades. Parece-me que seria interessante termos um sistema powershift com HLM visto que tive alguma dificuldade em encontrar a melhor relação para em trabalho de lavoura, manter a velocidade constante do trator. No geral, achei o trator interessante, com um design bonito, e com uma estabilidade de conjunto bastante boa para o transporte de alfaias, nomeadamente alfaias montadas.“
• Manípulo de comando externo do hidráulico pouco funcional. • Seletor de gamas em posição muito baixa. • Caixa de ferramentas pouco prática.
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floresta ExpoFlorestal
Mais demonstrações em campo Novidades apresentadas
Elmia
Máquinas ligeiras ganham importância
Green Climber, um robot para desmatação • Barloworld STET, “Estamos no mercado de forma consolidada” • Moviter, na fileira da Floresta • Andreas Stihl com mais espaço de demonstração e menos exposição • Unitractores, desde 1977 a trabalhar para a Floresta •
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ExpoFlorestal
Floresta
Albergaria-a-Velha 8 a 10 de maio 2015.
por Ângelo Delgado
Expoflorestal Da exposição para a demonstração
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ois anos depois, a ExpoFlorestal voltou a Albergaria-aVelha. E trouxe mais visitantes: 35 mil. Antes, em 2013, tinham sido perto de 30 mil. Também nos expositores houve progressos: mais de duas centenas coloriram o enorme espaço disponibilizado pela Associação Florestal do Baixo Vouga, Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha e Associação Nacional de
Empresas Florestais Agrícolas e do Ambiente (ANEFA), responsáveis pela 9ª edição do evento. A feira cresce a olhos vistos. Para uns, “bons ventos”. Outros, mais comedidos, apelam à calma, lembrando que é importante não sufocar o mercado. Mas todos estão de acordo num ponto: uma feira desta natureza tem, deve e irá ganhar uma vertente essencialmente de demonstração. Os produtos
necessitam de ser testados. Que melhor local que a natureza para o fazer? O caminho da ExpoFlorestal, parece-nos ser mesmo esse. Além da massiva presença do setor, destaque para o poder político: local e regional. Assunção Cristas, ministra da Agricultura e do Mar, ladeada por António Loureiro e Diamantino Sabina, respetivamente presidentes da câmara de Albergaria-a-Velha e Estarreja, mostraram que a
ExpoFlorestal se encontra já, de pedra e cal, no mapa das feiras mais relevantes do setor. Stand a stand, os governantes fizeram questão de conhecer as novidades do mercado. Em suma, o objetivo da 9ª edição da ExpoFlorestal foi atingido: criar um espaço de reunião entre todos os agentes da fileira e, bastante importante, envolver a sociedade nas problemáticas florestais. Até 2017. Vemo-nos por aqui.
Maquigarden
Green Climber, um robot para desmatação Um robot para desmatação: esta foi a novidade apresentada pela Maquigarden durante os 3 dias da ExpoFlorestal. O modelo, denominado Green Climber, da marca MDB, já tinha estado exposto na ExpoSalão. Agora, em nova feira, a Maquigarden quis apresentá-lo a um público mais vasto. “Temos esta máquina desde fevereiro. É robusta: muito bom chassis, o tipo de aço é fabuloso e de tecnologia avançada”, enumera João Gaivoto, gerente da Maquigarden. Sobre o robot e em comparação com modelos anteriores, “uma das mais-valias tem que ver com as lagartas que alargam e encolhem por telecomando”. “Também a cabeça de desmatação possui deslocamento
lateral – side shift, luzes para trabalho noturno, e de 7 em 7 minutos o radiador efetua uma limpeza automática através da inversão das pás devido às palhas que se acumulam na aspiração”. Segundo a marca, este processo permite uma poupança de combustível na ordem dos 6%”. Com capacidade de trabalhar a uma distância de 300 metros com o telecomando, as duas máquinas Green Climber apresentadas pela Maquigarden têm 1300 e 1700mm de largura de trabalho. Já o motor, a diesel, é fabricado através de uma parceria MDB/Yanmar. A potência dos dois equipamentos
é de 40 e 50 cv. Outra das grandes vantagens deste robot de desmatação prende-se com a sua capacidade para incorporar implementos. “Podemos colocar fresas, pulverizadores e outros acessórios na Green Climber”.
Green Climber - Modelo Standard • • • • •
Peso: 900 kg + cabeça 300 kgs Declive máximo: 65º Velocidade: 9 km/h Motor: 40 cv e 50 cv Combustível: diesel
Mini Green Climber Modelo mais pequeno e mais acessível com um motor Lombardini a Diesel de 25 cv.
Maquigarden • Rua das Corriolas (E.N. 3) 2070-651 Vila Chã de Ourique • T: 243 326 606 / 916 638 714 • E: maquigarden@netcabo.pt ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Floresta
Barloworld STET
“Estamos no mercado de forma consolidada” O setor florestal é, para a Barloworld STET, estratégico, daí a forte presença da empresa na feira. Escavadoras de rastos, compressores e geradores foram os produtos em destaque.
Enquanto a abolsamia falava com os responsáveis da Barloworld STET, a comitiva da ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, aproximava-se do espaço de exposição da marca. A entrevista foi, por isso, interrompida. O ruído e o burburinho gerados pela passagem da governante obrigou a uma espera. Por pouco tempo, diga-se. A entrevista logo foi retomada. “Ao nível de máquinas, temos em destaque as escavadoras de rastos 316E, com 16 toneladas e a 323E, com 24 toneladas, para processamento de eucalipto”, começou por dizer o diretor comercial da STET, Sérgio Azevedo. “São máquinas tecnologicamente evoluídas apresentando uma grande rentabilidade de produção. Aproveitamos também esta feira
para relembrar que a STET não se dedica só à venda de equipamentos novos. Disponibilizamos ainda equipamentos Usados - Cat Certified Used e STET Certified Used - que são certificados de acordo com requisitos próprios e a nossa solução Aluguer.” Relativamente ao Aluguer, o director comercial comentou “Trata-se de uma aposta da empresa, que permite complementar a oferta aos nosssos clientes”. Sobre o Serviço Pós-Venda, Sérgio Azevedo destacou o facto de este “cobrir todo o país” e de a STET ter “mais de 120 técnicos espalhados pelo território”. “Desta forma, conseguimos estar presentes no mercado de forma consolidada”.
Geradores e compressores
Para falar sobre os geradores e compressores, José João Ferreira, do departamento comercial e especialista neste segmento, foi o porta-voz da STET. “Os nossos geradores têm todos motor Caterpillar e possuímos a gama completa: desde um pequeno
gerador para uma oficina (DE9.5E0 de 9.5Kva), ao grande para uma ilha (3516 com 2500Kva), em que até podemos referir os nossos exemplos de sucesso nos Açores e Cabo Verde”. José João Ferreira explicou ainda o conceito de cogeração, hoje bastante utilizado por clientes da STET. “Não só produzimos eletricidade, como aproveitamos a energia do gás de escape para gerar água fria e o calor do próprio funcionamento para aquecimentos diversos, permitindo um excelente rendimento”. Quanto aos compressores Sullair - com motorização Caterpillar - dividem-se em duas áreas: industrial e portátil. Na feira, com um exemplar de cada, José João Ferreira, explicou a importância
A escavadora de rastos 316E, com 16 toneladas, e a 323E, com 24 toneladas foram produtos em destaque na ExpoFloresta.
Compressor portátil Sullair S88.
de cada um. “Os compressores, Sullair WS1108 - industrial e S88 – portátil - são os nossos destaques nesta feira. Os equipamentos industriais Sullair têm 10 anos de garantia para os componentes do ar comprimido e uma excelente rentabilidade na sua operação (custo/ m3 ar comprimido)”, explica. “Outro aspeto de destaque nestes compressores tem que ver com o seu nível de ruído: de 68 decibéis, o equivalente a um frigorífico”, conta, para finalizar elencando uma vantagem de quem trabalha com compressores Sullair. “Somos das poucas empresas que podemos fornecer ar comprimido isento de pólen, óleo e outras impurezas. Dessa forma, conseguimos utilizar estas máquinas em hospitais, indústria farmacêutica e setor agroalimentar”.
Barloworld STET • Rua da Guiné, s/n, 2685 – 334 Prior Velho • T: 219 409 300 • E: apoioaclientes@stet.pt • www.stet.pt
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Floresta
Moviter
Na fileira da Floresta Especializada no mercado dos equipamentos, a Moviter olhou sempre com atenção para a floresta. Prova disso, as várias escavadoras que tem a trabalhar no setor.
Fundada em 1989 e especializada no setor dos equipamentos, a Moviter é uma referência no país pela experiência e pela qualidade das marcas que representa, sempre em regime de exclusividade. Não foi por isso uma surpresa ver a empresa marcar presença na 9ª edição da ExpoFlorestal. Com uma gama completa de escavadoras, pás carregadoras e acessórios, a Moviter trouxe à feira alguns produtos dedicados à área florestal e indústria de madeiras, pois, segundo Francisco Ribeiro, gerente da empresa “o setor da floresta tem mostrado uma dinâmica interessante e, com a maior profissionalização do setor, procura hoje equipamentos de maior porte e que garantam também uma maior eficiência e produtividade para o cliente”. Francisco Ribeiro diz mesmo que além da construção e obras públicas, onde a Moviter tem uma forte presença, áreas como “a floresta, agricultura, manutenção
de espaços verdes e biomassa são apostas sólidas da empresa há muito tempo”. Porque, acrescenta “é vital estarmos presentes em mercados alternativos e não concentrar a nossa atividade num único setor”. Sobre as expetativas que tem para o futuro mais próximo, o responsável da Moviter diz: “Por cá, dizem, as melhorias vêm a caminho. Queremos acreditar nisso, pois será bom para todos. Assim, esperamos crescer este ano e continuar a investir também em Angola e em Moçambique, onde a empresa está diretamente”, perspetiva. Sobre a Feira, Francisco Ribeiro enaltece o seu crescimento e importância, mas alerta para o perigo de crescimentos desmedidos. “É preciso ter uma feira ajustada ao potencial do mercado florestal no nosso país”. Representante de marcas como a Hitachi, Grupo Wirtgen (Wirtgen, Vögele, Hamm, Kleemann e Benninghoven), Fiori, NPK, Gehl
Vista geral sobre o stand da Moviter.
e Weber, a Moviter trouxe algumas novidades para Albergaria-a-Velha. Destaque especial para a escavadora Hitachi ZX210-5. “É um dos modelos mais populares da Hitachi, sobretudo no mercado da Europa e em Portugal. É uma máquina muito equilibrada, ajustada à dimensão das necessidades dos clientes da floresta, com um excelente hidráulico para poder trabalhar com acessórios exigentes e muito robusta”, diz, para depois enumerar as principais características da máquina. “O peso operativo é de 21.800kg. Tem um motor Isuzu de 164cv, uma cilindrada de 5.190cm3 e dois modos de trabalho. O consumo médio é de 12l/h, tem um novo sistema hidráulico TRIAS de 3 bombas – mais produção, menor consumo – e um caudal hidráulico combinado superior a 600l/min. A cabine é espaçosa, com ar-condicionado, banco com suspensão pneumática, monitor LCD que permite memorizar os modos de trabalhos e os caudais e pressões para cada acessório É uma máquina moderna. Tem um sistema de gestão de frotas
Escavadora 210 Série 5, da Hitachi, foi um dos destaques da empresa durante a ExpoFlorestal.
com comunicação via GPRS com a localização da máquina em tempo real e dados como o consumo, tipo de trabalho, alarmes e manutenção. Importa também sublinhar, para terminar, a capacidade do Serviço Após-venda da Moviter, que é um dos melhores do país. São os clientes que o dizem, não somos nós”. No fim da nossa entrevista Francisco Ribeiro deixa o convite. “Os que queiram saber mais sobre a Moviter e sobre as marcas e tipos de equipamentos que representa, podem sempre contactar-nos e visitar-nos, na nossa sede, em Leiria, ou nas delegações que temos na Maia, Lisboa ou no Funchal. Em Angola estamos em Viana (Luanda) e em Moçambique em Maputo. Temos sempre muito gosto em receber toda a gente.”
Moviter • Parque Movicortes, 2404-006 Azoia, Leiria • T: 244 850 240 • E: moviter@movicortes.pt • www.moviter.pt ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Floresta
Andreas Stihl
“Mais demonstração, menos exposição” Satisfeito com o modelo seguido pela Feira, Juvenal Martins, gerente da Stihl Portugal, quer, ainda assim, uma componente mais prática nos próximos eventos.
Motossera MS 201 TC-M.
A Stihl, que tem como core bussiness as motosserras, marcou presença, na ExpoFlorestal, com um dos maiores stands no espaço e com vários produtos Viking e Stihl em exposição. Juvenal Martins, em conversa com a abolsamia, mostrou-se satisfeito com o caminho percorrido pelo evento, ainda que espere
algumas melhorias nas próximas edições. “Esta é já uma feira de demonstração e não tanto de exposição. É o conceito que mais nos agrada enquanto empresa. Ainda não chegámos ao formato ideal, mas para lá caminhamos”, disse. A Stihl viu nesta feira uma oportunidade para promover aquilo que, na opinião dos seus responsáveis, deve ser feito no futuro. “O modelo de pavilhão fechado, onde mostramos as nossas máquinas, está a ficar fora de moda”, acrescentando logo de seguida que “a nova geração já percebeu que um certame deste género deve estar virado para a demonstração de produto”. Para Juvenal Martins, a ExpoFlorestal “já é um princípio desse conceito” já que o consumidor “recebe em casa imensa informação, entre catálogos online, publicidade, brochuras”, ficando a faltar “as demonstrações daqueles produtos que veem nas montras ou no computador”. Para o futuro, o gerente da
Stihl Portugal defende “o aumento de alguns campos de demonstração na ExpoFlorestal e em outras feiras ligadas ao setor”. “Falta apenas mudar o chip”, finalizou.
Produtos em destaque Entre os produtos em exposição, a Stihl apresentou a nova motosserra profissional para poda em altura - MS 201 TC-M – virada para a arboricultura. A máquina possui 35,2cc, uma potência de 1,8kw, pesa 3,7kg e o volume do depósito de combustível é de 310cc. Já o volume do depósito de óleo lubrificante é de 220cc. A marca apresentou ainda a MS 661 C-M. Uma motosserra profissional de grande cilindrada: 91,1cc. Pesa 5,4kg e o depósito de combustível é de 850cm3, sendo o de óleo de 400cm3. A potência é de 5,4kw.
Outra das novidades apresentadas pela Stihl foi a ASA 85: uma nova tesoura de poda a bateria da gama AKKU. Tem uma autonomia de 6 a 8 horas, o diâmetro de trabalho é regulável (10 a 45mm), não chega a um quilograma (980g) e tem uma capacidade de corte até 45mm. A Stihl aproveitou ainda a ExpoFlorestal para mostrar o seu novo óleo lubrificante para corrente e guia FORESTPLUS. Um produto com base em óleos minerais de elevada qualidade, com proteção contra a resinificação, mesmo em tempos prolongados de paragem.
Tesoura de poda ASA 85 e bateria da gama AKKU.
Andreas Stihl • Beloura Office Park, R.C. Empresarial Edifício 3 - Piso 0 - Loja 2, 2710-444 Sintra • T: 219 108 200 • E: info@stihl.pt • www.stihl.pt
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Floresta
Unitractores Desde 1977 a trabalhar para a Floresta A unitractores apresentou alguns dos produtos mais relevantes, que comercializa: Gruas Palfinger/Epsilon, gruas florestais Kesla, tratores Valtra, máquinas para a preparação de solos, e em parceria com a Mycsa, para a produção de bioenergia o SILVATOR 2000.
Tratores VALTRA, equipados para a floresta.
Gruas florestais Palfinger e Kesla.
Máquina estilhadora SILVATOR em demonstração.
Unitractores • Zona Industrial de S.Miguel, Lt76, 3350-214 Vila Nova de Poiares • T: 239 421 176 • E: admin@unitractores.pt • www.unitractores.pt
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SkogsElmia
Floresta
Jönköping na Suécia 4 a 6 de junho de 2015.
por João Sobral
SkogsElmia 2015
Máquinas ligeiras ganham importância Produtores mais preocupados com a preservação Durante muito tempo, para os trabalhos florestais os clientes procuraram máquinas de força bruta e com grande capacidade de carga. E os fabricantes foram desenvolvendo os seus modelos em consonância. Mas uma nova geração de produtores florestais do norte da Europa, que traz para o setor preocupações de preservação e de sustentabilidade, começa agora a valorizar as máquinas mais ligeiras. A mais recente edição da feira SkogsElmia realizou-se em Jönköping, Suécia, de 4 a 6 de
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junho. Ao contrário da Elmia Wood, que é uma feira para um público mais abrangente, a SkogsElmia está mais vocacionada para o mercado florestal dos países nórdicos. Embora o nosso setor florestal tenha as suas particularidades, nestas feiras do norte da Europa é possível captar algumas tendências que, apesar de demorar o seu tempo, com frequência acabam por chegar cá.
A sustentabilidade num negócio de prazos longos Da feira, a principal mensagem a captar é de que nos países nórdicos existe uma nova geração de proprietários florestais que
além de procurarem obter o legítimo retorno dos seus investimentos, também gerem as suas florestas a pensar no longo prazo, o que implica uma perspetiva de sustentabilidade. E estas novas sensibilidades originaram uma rutura de tendência. “Os proprietários florestais estão agora a exigir que as grandes empresas florestais e as suas subcontratadas usem novos métodos para reduzir os impactos ambientais”, referiu Magnus Wallin, diretor de negócios e fundador da marca Malwa, um fabricante de máquinas de reduzidas dimensões para uso profissional. Os argumentos de venda neste segmento centram-se no facto de estas máquinas serem curtas,
estreitas e leves, o que resulta num menor impacto sobre o solo e na preservação das pequenas árvores que são deixar ficar. Como a floresta é um negócio de prazos muito longos, este avanço das pequenas árvores conta muito.
As inovações apresentadas pelos fabricantes Entre as empresas que expuseram na SkogsElmia, estiveram a Sampo Rosenlew e a Ponsse. A Sampo Rosenlew apresentou o seu primeiro forwarder, o FR28, e a Ponsse apresentou as versões atualizadas dos forwarders Buffalo e Gazelle. A Malwa, um fabricante de forwarders ligeiros, teve em
exibição um reboque para forwarder. O conceito não é propriamente novo mas quando foi apresentado há uns anos por Jan Eriksson não teve grande acolhimento no mercado. “Com o reboque a capacidade do nosso forwarder é de nove toneladas” refere Magnus Wallin. Esta solução aproxima a gama da Malwa dos fabricantes tradicionais em termos de capacidade de carga, que por norma ronda as 10 toneladas. Um outro novo produto desvendado na SkogsElmia foi desenvolvido pela Pewag. Este fabricante austríaco levou até à Suécia a sua nova linha de esteiras Bluetrack, desenhados para máquinas florestais que tenham de operar em terrenos íngremes e rochosos. São três tipos de esteiras que a marca propõe, consoante as condições de solo. A Tamtron também apresentou um novo produto, desenvolvido em cooperação com a Indexator, uma firma sueca especializada em rotores hidráulicos. Trata-se de um dispositivo eletrónico que pesa
Esteiras Pewag para máquinas florestais.
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TriTuradores agrícolas e floresTais
Reboque Malwa para forwarders.
a madeira carregada por uma grua e salva o registo dessas pesagens. Anteriormente a ligação entre dispositivos era feita através de mangueiras hidráulicas e agora é feita recorrendo a tecnologia wireless. A ATV Lifeguard apresentou um arco flexível para moto 4 que visa minimizar o impacto causado por um acidente em que o veículo tombe sobre o condutor. Tem havido alguma discussão acerca de se dever ou não instalar arcos de proteção em ATV’s. Mas o seu peso em proporção à massa do veículo iria aumentar a possibilidade de este se virar.
Esta solução de arco flexível o que faz é criar um espaço de sobrevivência para o condutor no caso de reviramento. Os óculos interativos C Wear, da marca Penny, estiveram também em destaque. Com eles, os proprietários florestais podem tirar medidas, marcar objetos, entre outras funções que facilitam o planeamento dos trabalhos de corte ou desbaste. De volta aos forwarders, a Woodtiger AB marcou presença com o seu mini-forwarder de condução híbrida, e a marca Novotny, da República Checa, apresentou os seus forwarders de reduzidas dimensões, que em capacidade estão distantes das máquinas mais pequenas das marcas estabelecidas no mercado. Valtra N articulado.
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Floresta
Forwarder compacto Novotny.
A sua capacidade de carga máxima ronda as 7,5 toneladas. O Järnhästen (cavalo de ferro) faz lembrar uma moto de água mas com lagartas no lugar do casco. É uma máquina popular no norte da Europa para deslocação e apoio a trabalhos no campo, e apareceu na edição deste ano da SkogsElmia com melhoramentos. Está equipada com um novo tipo de lagartas e uma bomba hidráulica para mover acessórios. Nos tratores, a Valtra esteve presente com o série N articulado. Este trator combina a direção articulada com a direção do eixo dianteiro. Entre outras alfaias, a marca expôs o trator equipado com uma niveladora, o que
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transmite uma ideia acerca da versatilidade deste modelo.
Máquinas pequenas alargam leque de possibilidades As máquinas florestais de segmento baixo não são uma novidade. No entanto, os anos foram passando e nunca ganharam muitos adeptos. Mas como as coisas não ficam na mesma para sempre, parece que chegou agora a hora de o mercado mostrar recetividade em relação a este conceito. Pelo menos é o que está a acontecer no norte da Europa. Vale a pena acompanharmos esta tendência até porque
há trabalhos de rechega, sobretudo em povoamentos de compasso curto ou em povoamentos mistos, em que as máquinas de grande dimensão nem sempre são desejáveis, ou necessárias, ou as duas coisas ao mesmo tempo, e estas pequenas máquinas poderiam ser uma boa alternativa, inclusive com funções de apoio. Se no nosso mercado haverá abertura para elas não sabemos. O que se sabe é que apesar do presente sucesso deste segmento, naturalmente as máquinas de maiores dimensões continuarão a ter o seu mercado, porque em certas condições mais difíceis são apenas elas que podem levar o trabalho por diante.
Produtos em destaque
O primeiro forwarder Sampo Sampo Rosenlew
Posiciona-se no segmento das 10 toneladas de capacidade, destina-se ao trabalho em florestas onde a minimização dos estragos é um fator crucial, e é o primeiro forwarder desenvolvido pela Sampo Rosenlew. “Desde há vários anos que os nossos clientes das processadoras de corte nos perguntavam por um forwarder”, disse Harri Uusi-Rauva, diretor de marketing da Sampo. Este modelo FR28 possui um motor Agco Power Tier 4Final de 166 cv (o capot é levantado através de um motor elétrico), e transmissão hidrostática com possibilidade de se alternar a disponibilidade de tração
entre a secção traseira e a secção dianteira, e entre o lado esquerdo e o lado direito do veículo. A velocidade máxima é de 25 km/h. Pode ser encomendado de fábrica com compartimento de carga entre os 3,8 e os 4,4 metros. Aqui encontramos uma particularidade: o malhal é ajustável a partir de um comando hidráulico. Com a prioridade colocada na leveza, descarregado este forwarder pesa 13 toneladas. A marca admite vir a desenvolver forwarders maiores mas primeiro vai esperar para ver que recetividade tem este modelo de estreia.
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Floresta Mini-forwarder de transmissão híbrida Woodtiger Além de se distinguir por ser um forwarder ligeiro, outra característica que o diferencia está na transmissão, que funciona em modo hidrostático durante a rechega e em modo mecânico quando faz deslocações por estrada. “O maior benefício é o consumo em estrada, que é metade do que seria se a máquina operasse apenas em modo hidrostático”, explica Åke Johansson, o diretor da Woodtiger AB. “Também se evita o sobreaquecimento dos óleos no verão. “Com esta funcionalidade nós atingimos o nosso objetivo de desenvolver uma máquina que é bastante fácil de operar tanto em estrada como em fora de estrada”, acrescenta. A transmissão mecânica atua apenas sobre as rodas da frente. Em modo hidrostático a máquina tem tração nas seis rodas.
Cabeça de corte faça-você-mesmo Syketec
A cabeça de corte Jobo ST75 da marca Syketec tem um peso reduzido graças à utilização de materiais leves mas que conferem na mesma uma alta resistência. Pode cortar árvores até 30 cm de diâmetro na base, o que a torna adequada para os trabalhos de desbaste ou de recolha de biomassa e um aspeto interessante é que pode ser vendida desmontada. A marca garante que, recorrendo às instruções que são fornecidas juntamente com as peças, a montagem pode facilmente ser feita por qualquer cliente. Quem compre a cabeça de corte ainda por montar beneficia de uma redução de preço de 2700 Eur.
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Floresta Buffalo e Gazelle atualizados Ponsse
A Ponsse renovou o seu modelo Buffalo, um forwarder de tamanho médio que tanto se adapta às operações de desbaste como ao corte raso. Nesta máquina com capacidade de carga de 14 toneladas, a renovação não se ficou pelas alterações estéticas. Foram introduzidas melhorias ao nível do chassis e também na grua, elementos que estão agora mais resistentes. Tanto o motor Mercedes de 275 cv como os hidráulicos passaram a ter um intervalo de serviço que passou, respetivamente, das
600/1.200 h para as 900/1.800 h, e os pontos de verificação e os componentes de substituição foram reposicionados para facilitar a manutenção. Por seu lado, a transmissão permite escolher entre diferentes modos de condução, em função das preferências do operador ou das condições de trabalho. Uma novidade é o nivelamento ativo, sistema a que a marca chama ActiveFrame. Este sistema altera o ângulo de inclinação da cabine através de cilindros hidráulicos. Se a máquina subir um topo a cabine faz a compensação, o que resulta num maior conforto para o condutor. A Ponsse teve também pela primeira vez em exibição o seu mini-forwarder Gazelle, com capacidade para 10 toneladas. Com motor Mercedes Tier 4 Final de 173 cv, este forwarder foi profundamente remodelado.
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Feira nacional de agricultura Feira do Ribatejo | 6 -14 Junho 2015 Há tradições que teimam em manter-se, e a Feira de Santarém é uma delas. Foram, como sempre, nove dias onde estiveram reunidas empresas dos vários setores relacionados com o mundo rural, que ali promoveram os seus produtos e serviços a montante e a jusante na cadeia de produção. Os números da organização falam em 710 expositores diretos, o que confirma esta edição como mais uma de êxito. Como principal suporte da Feira estiveram, mais uma vez, as máquinas agrícolas, com stands de maior ou menor dimensão mostrando os modelos mais recentes dos equipamentos dedicados à Agricultura.
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Feira Nacional de Agricultura Santarém 6 a 14 de junho 2015.
Feira de Santarém
Agridirect
“O nosso crescimento da Agridirect tem sido sustentado” “Comparativamente ao ano passado a empresa está a crescer mais 50%”. Saldo profundamente positivo para a Agridirect, que se tem aliado a excelentes marcas no universo da maquinaria agrícola. Para o que resta do ano, a expetativa é manter a evolução positiva. “Os clientes estão a reconhecer o bom trabalho da Agridirect”, começou por dizer Nuno Paim, durante a 52ª edição da Feira Nacional da Agricultura (FNA), em Santarém, para depois continuar o discurso elogioso. “Temos tido um crescimento positivo porque nos associámos a nomes de peso”, acrescentou. “A evolução é de cerca de 50 por cento a mais em relação a 2014”. E, por tudo isto, Nuno Paim anima-se quando olha para os próximos seis meses. “Vejo-os com otimismo. Ainda temos algumas culturas e negócios em cima da mesa que estão para surgir ou discutir e está prevista também a apresentação de novas marcas até ao fim do ano”, adiantou. O sócio-gerente da Agridirect lembra que “o investimento para estar presente na FNA tem algum peso”, não descartando, porém, a sua importância, “já que é uma montra para os clientes da região e de todo o território”.
pode ainda ter acoplada uma grade rotativa. Destaque também para o sistema de paralelogramo de disco duplo com regulação de profundidade”. Já sobre o reboque com caixa de inox para transporte de alimentos D´Eusanio, o responsável refere que se trata de uma máquina que irá “ser utilizada na próxima campanha de uvas”, e que o
modelo tem até “seis toneladas de peso bruto com descarregável traseiro”. “O travão é a óleo”, acrescenta. Uma última menção para os Rastos Ultron da Polluzi, com “4 roletos revestidos a borracha”.
1. Rastos Ultron da Polluzi. 2. Semeador mecânico Lemken. 3. Reboque com caixa de inox para transporte de alimentos D´Eusanio. 4. Vista geral do stand Agridirect.
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Novidades Agridirect
Entre as várias máquinas dispostas no stand, Nuno Paim destacou o reboque D´Eusanio e um semeador mecânico Lemken. Comecemos por este último. “Dispõe de uma distância entre linhas de 150mm, é bastante preciso e tem um monitor eletrónico de controlo de programação e calibração. Tem ainda uma grade traseira hidráulica e, à frente, um vibrocultor para preparar e compactar o terreno. A máquina
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Agridirect, Lda • E.N. 118, Azeitada, 2080-403 Benfica do Ribatejo • T: 243 589 222 • E: geral@agridirect.pt • www.agridirect.pt ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Feira de Santarém 1. Dongfeng 504G3 com carregador frontal, 50 cavalos, 3400cm3, travões com disco banho de óleo, caixa sincronizada de 12X12 velocidades. 2. Vista geral do stand da Agrifaia na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém.
Agrifaia
Mantém aposta na Dongfeng e Benassi Mais uma vez presente na Feira Nacional de Agricultura, a Agrifaia mostrou ao público os seus principais produtos: motoenxadas, motocultivadores e corta-relvas Benassi. Como principal destaque, o trator Dongfeng 504G3 com carregador frontal de 50 cavalos, bem como outros modelos da mesma marca. A visita guiada a este stand foi realizada por Marco Matos, sócio-gerente.
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Agrifaia, Lda • R. Dr. Gomes Leal, r/c, 2560-331 Torres Vedras • T: 261 321 018 · E: geral@agrifaia.com • www.agrifaia.com
Agro-Ribatejo
“A Feira tem um significado muito especial. Faz parte da nossa História!” “Em 2014 tivemos um bom ano! Não pelas nossas operações em Portugal, mas no mercado internacional”, começa por dizer Gonçalo Eloy, sócio-gerente da Agro-Ribatejo. Relativamente ao mercado internacional destaca a importância de Moçambique e Angola, geografias que “estão com imensos trabalhos no terreno”. Mudando a agulha para 2015, as notícias esmorecem. “Era nossa convicção que este ano iria ser idêntico ao ano passado e que continuaríamos a crescer. Porém, nada disso sucedeu”, lamenta, explicando as razões para a quebra.
“Os problemas tiveram origem essencialmente na retenção de divisas em Angola, situação que nos obrigou a parar com um mercado que estava em expansão e que era, para o nosso negócio, altamente rentável. Sentimos uma quebra acentuada na ordem dos 30%”. Presente na feira desde a sua primeira edição, a Agro-Ribatejo não olha para o evento como uma montra de negócios. “A FNA tem um significado muito especial pois fazemos parte desta feira desde a sua primeira edição, o que por si só demonstra o nosso empenho e longevidade no
Gonçalo Eloy ao centro, acompanhado por Francisco Gouveia e Eduardo Almeida, membros da equipa da AgroRibatejo.
mercado em que atuamos. Lançámos no mercado português marcas como a Berco, Nardi e Gribaldi Salvia ao longo das diferentes Exposições efetuadas no decorrer destes 61 Anos”, diz, orgulhoso. Sobre os produtos comercializados, Gonçalo lembra que o “core business é o material de rasto para tratores agrícolas e industriais, com destaque para a Berco. E a Berco dispensa apresentações. É nossa representada há 58 anos e é a maior e mais antiga fabricante de material de rasto no mundo. Uma grande percentagem de construtores de máquinas equipa as mesmas com produtos Berco. Desde correntes, sapatas, rodas de guia, roletos e sprockets. A Berco disponibiliza uma
gama de altíssima qualidade. A Agro-Ribatejo continua a apostar forte nos kits para ceifeira. Este kit permite equipar as ceifeiras de um sistema completo de rastos em ferro ou borracha, permitindo à ceifeira ter uma tração impressionante. Desta forma, o operador só terá a preocupação de manobrar a ceifeira. A palavra “atolar” para este kit simplesmente não existe.”, revela.
Agro-ribatejo, Lda • Rua Dr. Hilário Barreiro Nunes, Zona Industrial, Lote 48, 2001-901 Santarém • T: 243 359 280 · E: geral@agroribatejo.com • www.agroribatejo.com
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Feira de Santarém
Apolinários Máquinas
“A expetativa é continuar a vender bem” O semestre tem apresentado bons resultados e a segunda metade do ano afigura-se igualmente positiva. Para esta boa prestação têm contribuído as ajudas comunitárias, favorecendo mais investimentos em equipamentos novos.
A Apolinários Máquinas está presente na FNA desde 1987, ano em que se realizou a primeira edição. “Apesar da queda da agricultura em Portugal nos últimos anos, hoje o cenário apresenta sinais de mudança e o setor está a vender bem”. José Luís Apolinário resumiu desta forma o paradigma da agricultura em Portugal. Uma voz experimentada e que está presente com a sua empresa na Feira Nacional de Agricultura desde a sua primeira edição, em 1987. Relativamente ao negócio, “o primeiro semestre foi ótimo, essencialmente na gama de tratores e máquinas de vindimar New Holland, que a empresa Apolinários, Lda. representa na zona de Santarém. Se o segundo semestre for igual, este será um bom ano”, adianta Apolinário. Obviamente atento ao que se vai passando em Portugal, Angola continua a ser um país para onde vão muitos tratores portugueses. Por agora, novos mercados estrangeiros não estão contemplados, mas não estão fora de hipótese. José Luís Apolinário confessa, ainda assim, que “a esperança é sempre essa”. “Mas não houve oportunidade para isso suceder. Aguardemos”, finalizou.
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2 1. Trator New Holland T8 360. 2. José Luís Apolinário em conversa com Ângelo Delgado (abolsamia). 3. Trator New Holland T3030, à direita, e T3.55F à esquerda. 4. Máquina de Vindimar VL5080.
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Apolinários, Lda • Zona Industrial de Santarém, 2005-002 Santarém • T: 243 351 410 • E: apolinarios@apolinariosmaquinas.pt • www.apolinariosmaquinas.pt ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Feira de Santarém
Deltacinco
“Somos uma empresa bastante completa” “A Deltacinco tem vindo a aumentar o seu volume de vendas sucessivamente desde 2006. Temos uma gama bastante completa para o nosso público alvo principal”. Frases otimistas de Joel Marques, delegado comercial da Deltacinco, que demonstram a pujança atual da empresa no mercado português. “O ano passado superou as nossas expetativas, mas 2015 está a ser melhor”, começa por dizer Joel Marques, questionado sobre os resultados do primeiro semestre da Deltacinco. E, dando seguimento aos bons resultados da companhia, nada melhor que uma “presença forte na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém”, segundo o responsável. “O objetivo é dar a conhecer novos modelos, enraizar as marcas representadas, fidelizar o cliente e recolher alguns contactos para depois tentar rentabilizar o investimento aqui realizado.”
Influência de norte a sul
A Deltacinco distribui a sua influência por diversas zonas do país através das suas marcas representadas. Joel Marques percorre o território, identificando as insígnias que mais se destacam nas diversas geografias. “A sul Beja e Évora - a Amazone é a marca que mais se tem notabilizado. No litoral alentejano, nomeadamente em Odemira, a Krone tem tido um enorme potencial. Por seu turno, na zona litoral esta marca tem um mercado um pouco maior que a Amazone devido ao tipo de cliente e culturas ali existentes”. Já a Tanco e a BvL, “entram, não só em Portugal, mas também em Espanha, como forma de complementar a oferta aos clientes com destaque para as vacarias e produção leiteira. Com a Tanco cobrimos uma necessidade sentida pelos nossos clientes forrageiros”, confessou. “Ao mesmo tempo surge a BvL, uma marca direcionada para a
alimentação de gado e que está relacionada com o tipo de mercado em que estamos inseridos. Com estas quatro marcas cobrimos a quase totalidade das necessidades de uma vacaria ou de um produtor leiteiro. Somos, atualmente, uma empresa bastante completa”, elogiou.
As novidades Deltacinco
Convidado a destacar algumas das máquinas expostas na Feira Nacional de Agricultura, Joel Marques arrancou com uma máquina da Amazone. “Uma das nossas novidades é o espalhador de Adubo ZA-TS 4200 Ultra Profis Hydro. É a nossa maior máquina suspendida – com capacidade para 4,2l - sendo que temos já alguns exemplares vendidos”. Ainda na Amazone, o delegado comercial falou sobre o cultivador Cenius 3003 Super. “É um modelo mais robusto que o anterior, exige um pouco mais de potência e com mais peso, e que permite trabalhar com maior profundidade de trabalho”. Da Amazone para a Tanco, Joel Marques faz referência a um novo plastificador. “O S200 tem dois braços e, caso seja necessário, pode ser instalado um terceiro. Estes novos plastificadores têm uma versão bastante funcional e cómodo, o qual permite ao operador recolher o fardo lateralmente e não de traseira como as demais, evitando No âmbito da participação da Deltacinco na Feira Nacional de Agricultura, a empresa deixa um especial agradecimento à Agrogaspares – concessionário Krone em Santarém – e à Valtractor pelo auxilio prestado durante a montagem, assistência e desmontagem do stand no evento.
que este tenha que se virar para trás de cada vez que plastifique um fardo”, explica, continuando. “O S200 é mais robusto, flexível, aguenta uma pressão maior e é comercializado a um preço mais competitivo”, divulga. A finalizar, referência à gadanheira Krone modelo EasyCut R 280 CV, com 2,71m de largura de trabalho e disponível até 3,16m de corte.
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1. Espalhador de adubo ZA-TS 4200 Ultra Profis Hydro da Amazone. 2. EasyCut R 280 da Krone. 3. Plastificador S200 da Tanco. 4. Vista geral do stand.
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Deltacinco, SA • C/ Sevilla, 23, 34004 Palencia – Espanha • T: 00 34 979 728 450 · E: maquinasagricolas@deltacinco.es • www.deltacinco.pt
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Feira de Santarém
Entreposto
“As nossas vendas aumentaram em relação ao ano passado” Uma equipa motivada, um bom primeiro semestre e uma máquina nomeada para Trator do Ano. Pelo meio, José Romão Valente, gestor de produto da Entreposto Máquinas, falou sobre os destaques na Feira Nacional de Agricultura. Como está a correr o primeiro semestre de 2015 para o Entreposto Máquinas? Aumentámos a nossa presença junto dos concessionários, o que se tem refletido no aumento da comercialização de máquinas. Houve uma grande melhoria em toda a linha: temos uma equipa comercial motivada, coesa, unida e eficiente, uma cobertura do país mais ampla e, nesse sentido, constata-se um incremento na força de vendas. O mercado tem registado melhorias, sendo que as nossas vendas aumentaram relativamente ao mesmo período de 2014. O Case IH Magnum 380 CVX venceu o prémio de Trator do Ano 2015. Essa distinção permitiu que conseguissem comercializar esta máquina no mercado nacional? Em primeira instância, trouxe mais visibilidade à marca. Já foram vendidas algumas unidades em Portugal para a cultura do tomate e cereais. É uma máquina para clientes especiais e que querem um trator de topo. Este ano, para o TOTY, a Case IH tem o Puma 175 CVX nomeado na categoria Trator do Ano. O que destacaria neste trator? Levar este trator a concurso é uma opção extremamente inteligente, tendo em conta que obtivemos uma distinção para o TOTY 2015. O Puma 175 CVX não é um modelo muito distinto do Magnum... tem uma largura de trabalho ligeiramente mais pequena mas o interior da cabina é idêntico. Conseguindo ter, num trator
mais pequeno, características de uma máquina de topo, teremos, certamente, sucesso. Quanto às suas especificações técnicas é de realçar o motor económico e pouco poluente. A caixa de variação contínua permite escolher a velocidade de deslocação no solo independentemente da velocidade de rotação do motor, durante um trabalho no campo. Isto garante ao tratorista a manutenção da deslocação no solo sem ter de tomar atenção ao acelerador, independentemente das dificuldades impostas à progressão (elevações, texturas de solo mais pesadas, etc.). A série Farmall U tem tido uma boa aceitação junto do público? Que características mais se destacam nesta gama? Durante muito tempo acreditouse que, em Portugal, o agricultor apenas se regia pelo preço: tratores baratos e pouco sofisticados, em resumo. No entanto, o agricultor português é moderno e atual. Sabe o que quer e sabe, também, investir em máquinas que lhe vão proporcionar o maior rendimento e conforto. O preço deixou de ser o único fator de avaliação. Relativamente ao Farmall U, falamos de um trator topo de gama que vai dos 90 aos 115 cavalos e se divide em duas gamas: U e UPro. Têm especificações particulares nomeadamente as bombas de elevado caudal, sistemas hidráulicos independentes, o que proporciona uma maior fiabilidade e alta capacidade de elevação. Possui uma transmissão ZF com uma caixa
elétrica de 4 velocidades. Tem ainda 4 velocidades na tomada de força, possibilidade de suspensão na cabina e eixos reforçados à frente e atrás. Este trator é bastante vendido nas Ilhas, para as produções leiteiras, Alentejo e norte do país. Que máquinas destaca no stand da Entreposto de Máquinas? Os pomareiros Quantum N e F – dos 75 a 105 cavalos – têm novas características para as versões
1. Farmall U Pro 115: Considerado o trator mais polivalente da gama Case IH. Muito utilizado em produção animal. 2. Vinhateiro Quantum N: Deste modelo destaca-se como pontos fortes a grande brecagem associada a fiabilidade. Este modelo cabinado está equipado com proteção química da atmosfera exterior. 3. A equipa da Entreposto Máquinas e o Magnum 380CVX atrás. Paulo Dias e Luís Sousa (gestores de vendas Norte e Centro, respetivamente), José Romão Valente (gestor de produto) e António Cação (gestor de vendas Sul e Ilhas).
cabinadas, sem que haja um aumento dos preços. Todos os tratores vêm equipados com filtros de carvão ativo em todos os modelos com cabina, bombas de ar condicionado reforçadas, promovendo assim um arejamento ainda mais eficiente, e bombas de óleo de caudal elevado para uma maior capacidade de elevação de alfaias.
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Entreposto Máquinas, SA • Av. Dr. Francisco Luís Gomes, nº1, 3º piso - fração 7, 1800-177 Lisboa • T: 218 548 200 • E: entreposto.maquinas@entreposto-maquinas.pt • www.entreposto-maquinas.pt ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Feira de Santarém
Forte e Sagar Marcas com tradição
A Série 300, da Fendt e a Série 4 da Landini, dominaram as atenções dos visitantes. Em alfaias, a Forte mostrou uma gama completa para todas as exigências de uma agricultura moderna. 1. Trator Fendt 313 Vario. 2. Trator Landini 4-075. 3. Semeador de precisão pneumático para cereais Kverneland. 4. Semeador pneumático monogrão para milho Kverneland. 5. Charrua de aivecas Kverneland. 6. Gadanheira de discos Kverneland. 7. Enfardadeira plastificadora Fusion 3 McHale.
Entrevista a João Lopes, gerente da Forte e da Sagar Na próxima edição do Trator do Ano (Tractor of the Year®) vão concorrer dois modelos da Fendt e um da Landini. Para a categoria “Trator do Ano” foi nomeado o Fendt 1050 Vario e na categoria dos “Utilitários” foram nomeados o Fendt 313 Vario e o Landini 4-105. Que expetativas têm para estas Séries? Para que tipo de clientes é que se destinam? João Lopes - Na Fendt, a Série 300 é a mais vendida em Portugal. Dentro da gama da marca, é o trator mais simples, com uma relação preço/qualidade excelente e enquadra-se no segmento de mercado dos 100 aos 140 cv. Este novo modelo é um dos que vai renovar completamente a atual série, e destaco o novo desenho, novo motor AGCO em vez do Deutz, a caixa Vario modificada, a cabina completamente nova e o chassis que também foi alterado. Relativamente ao 1050 Vario, trata-se de um trator completamente novo que vai entrar em produção em 2016. Enquadra-se no segmento de mercado dos tratores acima dos 400 cv. Do seu equipamento, destaco a nova caixa de transmissão contínua Vario e o novo motor MAN. Esperamos vender algumas unidades desta série, aliás pelo que pude apurar nos últimos anos nós já vendemos 12 tratores Fendt deste segmento em Portugal.
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No que respeita à Landini, esta nova Série 4 vem substituir a Technofarm que é a que mais vendemos em Portugal, caracterizada por tratores simples sem cabina muito competitivo em termos de relação preço/
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qualidade. Na nova Série 4 a Landini introduz muitas modificações. Está equipado com um motor de nova geração Deutz ou Perkins, nova caixa de velocidades de conceção italiana (ao contrário da anterior que era
originária fora da Europa) e é todo feito na fábrica de Itália. É um trator tecnologicamente mais avançado do que a série que vem substituir, o que se enquadra na nova filosofia da marca.
Feira de Santarém Novidades em alfaias Kverneland Novo semeador de precisão Kverneland para cereais
Capaz de fazer sementeiras de 10 a 350 kg por hectare, trabalhar com sementes de vários diâmetros e em terra mais ou menos mobilizada.
Semeador pneumático monogrão Kverneland
Para milho com chassis telescópico com 3,00 m de largura de transporte. Tem 4,5 m de largura de trabalho, está equipado com localizador de adubo de discos e a regulação da quantidade de adubo é feita linha a linha, que é uma característica nova deste semeador. Através do GPS pode-se controlar as quantidades de adubo e sementes distribuídas em função do terreno. A distribuição de sementes é feita por disco e as tremonhas das sementes foram aumentadas para 55 litros. Está equipado com microgranulador e também com o novo sistema da Kverneland de regulação da pressão no solo provocado pelo peso da máquina, assim à medida que as tremonhas vão sendo esvaziadas um sistema de macacos distribui o peso do semeador uniformemente pelo solo garantido uma profundidade de sementeira muito regular.
Chísel Kverneland
Usa as mesmas molas que as charruas, o que permite regular a pressão, pondo ou tirando lâminas.
Gadanheira de discos Kverneland
Com novos discos ovais que são menos agressivos às pedras e com 2,80 m de largura de trabalho.
Cultivador Kverneland
Com discos de ø20’ e novo rolo Actipack que substitui o antigo rolo Packer. O sistema de molas é independente por disco.
Rototerra Kverneland de 3,00 m
A gama vai de 2,50 a 6,00 m, equipada com 12 conjuntos de par de facas, o que permite um trabalho muito mais regular e perfeito. Toda a série está equipada com dentes de carbono.
esquerda e direita através do dois intercepas, e o corte na entrelinha com a gadanheira. Está munida de abertura hidráulica que permite trabalhar em diferentes compassos e é flutuante acompanhando o declive do terreno sem se enterrar. Ainda dispõe de um sistema de segurança, que faz a recolha dos braços sempre que há um corte eléctrico. 8. Plastificadora McHale 991 BC. 9. Enfardadeira McHale. 10. Distribuidor de adubo Bogballe. 11. Cultivador com intercepas IDavid. 12. Despampanadeira IDavid. 13. Cultivador gadanheira IDavid
Enfardadeira plastificadora McHale Fusion 3
Líder destacadíssima no mercado nacional, é a máquina com o maior rendimento comercializada no mercado português.
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Plastificador McHale 991 BC
Seguramente, líder do mercado português.
Nova enfardadeira 5600
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Quando comparada com o modelo 5500, o pick-up é mais largo, tem o dobro das facas, apresenta um rendimento maior e todas as regulações da máquina são feitas no computador a partir da cabina.
Distribuidores de adubo Bogbale
Gama completa de distribuidores de adubo.
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Cultivador intercepas IDavid De 7 braços.
Despampanadeira IDavid Com estrutura em aço boro altamente resistente.
Cultivador gadanheira IDavid
Esta máquina permite trabalhar simultaneamente as linhas
13 Forte e Sagar, Lda • Est. Circunvalação, Portela da Ajuda, 2794-065 Carnaxide • T: 210 009 752 · E: jlopes@forte-lda.pt • www.forte-lda.pt / www.sagar.pt ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Feira de Santarém
Galucho
O regresso do campeão “O campeão voltou!”. Foi com esta declaração pujante que José Justino, presidente do conselho de administração da Galucho, finalizou uma longa manhã de apresentações. Um exclamar que consolidou a ideia de que a empresa de Sintra irá regressar aos dias de glória vividos no passado. Pelo meio, foram apresentadas algumas novidades de produto e as futuras linhas estratégicas da empresa. O mundo académico marcou presença e mostrou alguns dos seus projetos em curso no universo da mecanização agrícola.
1 1. José Justino, Presidente da Galucho. 2. Equipa comercial.
O discurso de José Justino, Presidente da Galucho, centrou-se naquilo que a sua empresa não fez nos últimos anos mas, sobretudo, no que está para vir. E que, segundo o próprio, “é imenso”. “A aposta é na inovação, tecnologia e capacitação dos nossos recursos humanos. Apostamos nos que já cá estavam e contratámos alguns profissionais para áreas que necessitavam de reforço. Só assim conseguiremos alcançar aquilo que, em tempos, tivemos”, alertou. Depois, o admitir de alguns lapsos na gestão empresarial. “Fomos perdendo capacidade nos últimos anos, nomeadamente a nível tecnológico e deixámo-nos dormir à sombra do nome da Galucho. Estamos cá para assumir os erros, dar um passo em frente e ir ao encontro do que os nossos clientes esperam e sempre esperaram de nós, tomando decisões rápidas e eficientes. A gestão do dia-a-dia da
empresa já não se centra apenas numa pessoa, mas numa equipa altamente qualificada”. Virando o seu discurso para o futuro, José Justino referiu que a Galucho “irá reforçar a sua presença no mercado português, que absorve cerca de 50% da produção”, chamando ainda a atenção para a cooperação “cada vez mais estreita com as ciências agrárias”, sendo esse um passo fulcral para a inovação tecnológica. Outro dos objetivos traçados pelo responsável passa pelo “aumento significativo da produção para dar vazão aos mercados de exportação”, desvendando um negócio fechado com o Estado argelino para melhorar e desenvolver os centros de produção de alfaias agrícolas naquele país e ainda uma aposta nos mercados africano e do Médio Oriente.
Linhas estratégicas
Bem antes de José Justino dar por encerrado o colóquio, Fernando Romana, administrador da Galucho, apresentou as principais linhas estratégicas da empresa. Clientes, mercados, recursos humanos e financeiros foram os pilares abordados. “Queremos estar próximos a todos os níveis e com novas e melhores soluções. Teremos de ser fortes e dar suporte às atividades comerciais, produtivas e de inovação. Temos ainda de melhorar de forma contínua, ouvindo sempre os nossos clientes, colaboradores e acionistas, além de garantir uma maior qualificação académica e profissional, através do desenvolvimento de programas de formação adequados”. A finalizar, uma mensagem de força: “a nossa empresa tem evoluído ao longo dos últimos 95 anos de atuação, tendo a sua marca um valor global na ordem dos 53 milhões de euros. Temos as condições criadas para o sucesso”.
Novos produtos
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João Rosa, técnico comercial da Zona Sul, teve a seu cargo a apresentação das novidades expostas na Feira, dos novos gamas e modelos a apresentar brevemente, salientando a tecnologia e materiais utilizados na sua construção, “com o intuito
Feira de Santarém de cada vez mais, estarmos na vanguarda do desenvolvimento e produção de equipamentos que respondam ás solicitações da agricultura actual”. A grade modelo NGVR foi o primeiro equipamento a ser apresentado. “Trata-se dum modelo duma nova gama de grades de discos pesadas, que estamos a desenvolver e que num futuro próximo será comercializada a par com o actual modelo GVR”, adiantou. Esta nova gama disponibiliza 24 modelos, sendo 12 modelos com espaçamento entre discos de 9”, assim como 12 modelos de 11”. Em comparação com a GVR, este modelo NGVR, “destaca-se pela sua concepção, sendo que a sua robustez assenta na construção do chassis central, composto por 3 vigas tubulares centrais e robustos moentes de fixação dos corpos, e também pelas duas medidas de espaçamento entre discos, montados com veios de 40 e 50, mediante o modelo pretendido. O transporte deste modelo faz-se com os corpos fechados paralelamente ao chassis a exemplo do modelo GVR, tendo sido aumentado a distancia/altura ao solo, quando em transporte, em cerca de 15 centímetros. Novidades também ao nível do sistema hidráulico, o qual é operado dentro da cabine do trator. Este modelo pode ser equipado com vários tipos de rolos traseiros, mediante o acabamento pretendido.” De seguida foi apresentada a grade GDM rebocada. “Este equipamento está disponível em 3 modelos: GDM 520, GDM 620 e GDM720. Vem complementar uma gama já existente, modelos desde 3 metros, até 6 metros rígidos e articulados conforme os modelos. As principais vantagens do novo modelo são a robustez do chassis tubular central, onde são montados dois robustos moentes de articulação e ligação dos corpos ao chassis, assim como a
montagem dum eixo robusto com travão hidráulico de série, conjunto que permite um perfeito equilíbrio e segurança em transporte da máquina com os corpos na vertical. O espaçamento entre discos é de 250 mm entre si, com a possibilidade de afinação do ângulo dos discos de 0 a 25 graus, característica rara neste tipo de equipamento concorrencial. Todo o sistema hidráulico é operado de dentro da cabine através de comando central. Possibilidade de montar vários tipo de rolos traseiros.” Ainda no campo das novidades, João Rosa apresentou também a nova gama de chiseis pesados CH3LR com 3 modelos, (CH3LR 500, CH3LR 600 e CH3LR 700) que a exemplo da grade GDM, vem também complementar uma gama de chiseis já existente, desde os 3 aos 6 metros rígidos e articulados, conforme os modelos. “Este chisel é composto por chassis tubular central de grande robustez, onde, através de 3 robustos moentes de articulação, são montados 2 corpos laterais, aos quais são aparafusados 3 filas de dentes, espaçados em 290mm entre si, sendo que o sistema activo dente/mola permite um curso máximo de 280mm e uma profundidade de trabalho que varia entre 10 e 40 cm. No chassis tubular central, comum a vários modelos de máquinas, (GDM e CH3LR ) é também aplicado eixo traseiro com travão
hidráulico incorporado. Todo o sistema hidráulico é operado através de comandos instalados dentro da cabine junto do operador. Possibilidade de acoplar também vários tipos de rolos traseiros mediante opção de trabalho pretendido.” A última novidade, apresentada foi o novo reboque MG 12-5, “primeiro modelo de uma nova linha de reboques tipo Monocoque, que a exemplo de outros equipamentos entrará no circuito de comercialização num futuro muito próximo a par das gamas K e R”, referiu o técnico comercial. “Destaque para a construção deste modelo, na qual foi utilizado um aço de alto limite elástico de nova geração e chassis em tubo estrutural 220x100x10. Toda a gama foi desenhada para potenciar as principais características deste modelo, que são um centro de gravidade mais baixo, a possibilidade de montagem de eixos direccionais em todos os modelos de 2 e 3 eixos (exceptuando RM 10), assim como vários tipos de rodas. Serão fornecidos de série em todos os modelos, com veio de engate
rotativo, lança com descanso hidráulico, travão hidráulico e caixa de ferramenta. Nos modelos MG 24 TRIDEM de 3 eixos, temos 2 auto-direccionais, (frente e traseiro, sendo o do meio fixo).”
1. Grade GDM-720. 2. Grade NGVR-52-9. 3. Chísel CH3LR-700. 4. Reboque MG 12-5.
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Galucho, SA • Av. Central, N.º 4, 2705-737 S. João das Lampas – Sintra • T: 219 608 500 · E: info@galucho.pt • www.galucho.pt ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Feira de Santarém 1. Enfardadeira de fardos redondos com câmara fixa e recorte da Vicon, modelo RF2235 OC 14. Recolhedor hidráulico, 2,54m de largura de alimentação, dispositivo hidráulico de corte e recorte, 14 facas de corte, câmara de alimentação, fardos com diâmetro de 1,25m, 1,22m de largura e 14 rolos compressores em aço. Potências exigida de 90 cavalos, 2995kg, 2,45m de altura, 2,70 de largura e 4,60m de comprimento. Lubrificação centralizada e atador de fio e rede. 2. Gama Breviglieri. 3. Plantador de batata JJ Broch. 4. A Matermacc foi uma das marcas em destaque no stand da Expansão. 5. Distribuidor de discos para adubos, sementes e corretivos da Vicon, modelo RO-M EW ISO. Capacidade de 1100 litros, 2 discos, comando eletrónico para doseador, aplicação a sistemas GPS, distribuidor com balança e 12,28m de largura de espalhamento. 6. Imagem geral do stand da Expansão na Feira Nacional de Agricultura.
Expansão Vicon, Quivogne e Matermacc: os pontas de lança da Expansão
Repetindo a presença do ano anterior na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, a Expansão voltou a apresentar uma vasta gama de máquinas agrícolas. Distribuidores de discos, enfardadeiras, incorporadores de restolho ou gadanheiras foram alguns dos produtos apresentados. Vicon, Quivogne e a Matermacc foram algumas das marcas presentes.
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Expansão, Lda • E.N. 118 - Casal das Arcadas, Apartado 62, 2130-999 Benavente • T: 263 516 573 • E: expansaolda@net.sapo.pt • www.expansaolda.pt
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Feira de Santarém
Herculano
Novidades: espalhador para vinhas e pomares e carregador frontal A Herculano marcou, também este ano, a sua presença na 52ª Feira Nacional de Agricultura. Tratando-se do maior evento do género em Portugal, a Herculano não poderia deixar passar a oportunidade de mostrar ao público as suas mais recentes apostas, das quais se destacam um espalhador para pomares H2RSP, dois novos modelos de cisternas e um carregador frontal com novo design e novas funcionalidades. Para além destas novidades, produtos já conhecidos e de reconhecida qualidade como os reboques de caixa monocoque HMB, os reboques espalhadores de estrume H2RS e diversos equipamentos de mobilização do solo estiveram também à vista dos largos milhares de visitantes. A Herculano agradece a todos aqueles que a visitaram ao longo da semana, com uma nota de especial apreço para os seus clientes e amigos.
Reboque espalhador para pomares H2RSP
• Caixa monocoque. • Esteira hidráulica com corrente de alta resistência. • Porta Frontal hidráulica. • Lança orientável hidraulicamente. • Lança rebatível. • Travão hidráulico. • Proteção em madeira de 85 mm para a caixa ou taipal. • Espalhamento para os dois lados e possibilidade de espalhamento para um só lado. • Regulação da orientação de espalhamento. • Possibilidade de espalhamento pela traseira (mediante remoção da porta e inversão do tapete). • Acesso traseiro para limpeza. • Regulação Hidráulica da velocidade do tapete. • Dispositivos de segurança, iluminação e sinalização de acordo com a legislação em vigor.
1. Fresas axiais STP. 2. Novos carregadores frontais com novo braço, novo design, engate rápido de coluna e várias opções de paralelogramo. 3. Reboque espalhador H2RSP. 4. Cisterna Tandem de 16.000 litros. 5. Vista geral do stand.
Novas Cisternas
Cisterna Tridem (3 eixos) com 20.000 litros de capacidade: • CH 20000 + Rodas 600/55 R22,5 + Braço carga Dir. 2 Rotulas c/ Acelerador + Kit purga Braço + Funil 8’’ + Depósito de Água + Caixa de Ferramentas + Lança Galvanizada + Pirilampo + Comando. Cisterna Tandem de 16.000 litros, entalhada para permitir rodas e jantes de grandes dimensões (larguras das rodas entre 600 e 850 mm e jantes de 26.5) e eixos reforçados: • CH 16000 RG 650_55 R26,5 / Eixo direcional 406 x 120 - Lança Mola/Braço de carga 8’’ + Acelerador + Funil 8’’/ Comando 7F/Inversor/Caixa ferramentas/Deposito de Água/Lança galvanizada.
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Herculano, SA • Rua da Indústria – Loureiro, 3720-051 Oliveira de Azeméis • T: 256 661 900 • E: herculano@herculano.pt • www.herculano.pt ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Feira de Santarém
Grupo Joper
“Estamos numa fase de acentuados investimentos” O Grupo Joper está de boa saúde: 2014 foi o melhor ano em termos de crescimento e 2015 parece dar mostras de não querer ficar para trás. A construção da nova fábrica da TOMIX e os diversos investimentos em equipamentos, quer na JOPER, quer na TOMIX, ascenderão a perto de cinco milhões de euros. As empresas de Torres Vedras, fabricantes de máquinas agrícolas e industriais, pretendem continuar a ser uma referência nacional e também em países como Espanha, França, Angola e Marrocos .
Entrevista a Jorge Pereira, Presidente do Grupo Joper Nota-se, no Grupo Joper, fortes sinais de expansão… Há 16 anos adquirimos 75% do capital da TOMIX e com isso aumentamos substancialmente a nossa gama de produtos. Obtivemos assim sinergias que nos tornaram mais competitivos e nos permitiram entrar em novos mercados. Com a aquisição da RIBATEJO, empresa que já era uma referência no mercado de charruas em Portugal e Marrocos, passou também a exportar para a Bélgica, para diversos países do norte de Africa, Angola e Moçambique.
Este ano já estamos com mais 10% de crescimento que em 2014, que já por si foi o nosso melhor ano. O facto de nos apresentarmos no mercado com uma vasta gama de equipamentos de qualidade, temnos permitido abordar o mercado de uma forma mais sustentada, indo ao encontro das necessidades dos clientes. Os resultados têm sido bastante positivos, pelo que neste momento
é essencial que a estratégia do Grupo passe pela inovação através de investimentos em equipamentos quer na JOPER quer na TOMIX. O que levou à construção da nova fábrica da TOMIX? A TOMIX tem apresentado bons resultados anuais, apresentando atualmente um crescimento de mais 10% relativamente a 2014, o qual tinha sido até então o nosso melhor ano. Este projeto deve-se ao facto de estarmos a trabalhar em condições limitadas em termos de espaço e de logística, e não fazia sentido termos os dois polos industriais separados. É um projeto que, desde há cinco anos, vinha sendo desenvolvido, mas só se conseguiram as devidas autorizações este ano pelo que, contamos fazer a mudança para
Joper, SA • Estrada Nacional Nº8-2, Casal de Chafariz – Ameal, 2560-646 Ramalhal - Torres Vedras • T: 261 330 900 • E: joper@joper.com.pt • www.joper.com.pt Tomix, Lda • Rua Cândido dos Reis Nº6, 2560-312 Torres Vedras • T: 261 335 620 • E: tomix@tomix.com.pt • www.tomix.com.pt Metalúrgica Benaventense, Lda • R. Dr. António Gonçalo Sousa Dias, 15, Apartado 14, 2130-999 Benavente • T: 263 516 436 • E: alfaias@ribatejo.online.pt • www.ribatejo.online.pt
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Feira de Santarém as novas instalações na segunda quinzena de Agosto. Que novas tecnologias irá esta nova fábrica incorporar? Através de sinergias com a JOPER, esta nova fábrica vai proporcionar um aumento de produtividade. Vamos investir na área da rotomoldagem, com a aquisição de um equipamento que nos permitirá fabricar quase toda nossa gama de depósitos. Iremos ainda investir na área da pintura, na armazenagem convencional, num armazém automático, na movimentação, bem como em diversos equipamentos de produção. É um investimento que, na sua globalidade, juntamente com a JOPER, (onde se destaca uma máquina de corte de chapa por laser) ascenderá a cerca de 5 milhões de euros. Para além disso, é para nós sempre uma prioridade, um investimento na investigação e desenvolvimento de novos produtos.
Quais as expetativas para os restantes seis meses do ano? No caso da TOMIX, os primeiros seis meses representam quase dois terços do ano. Portanto, este ano é seguramente melhor que o anterior. Na RIBATEJO, este é o nosso melhor ano dos três de atividade. Na JOPER, crescemos em todos os mercados, exceto no angolano. Acredito que seja uma situação pontual e que, mais cedo ou mais tarde, recuperaremos o nível de vendas que tivemos nos anos anteriores.
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Para que mercados fabricam? Na União Europeia estamos a crescer em todos os mercados. Em França, a TOMIX destaca-se nas suas vendas, sendo o nosso primeiro mercado de exportação. Exportamos ainda para a Espanha, Suíça e Bélgica. Trabalhamos muito bem com Marrocos, com diversos países do norte de Africa, com Angola e Moçambique. Em que produtos têm vindo a especializar-se? A TOMIX é líder na pulverização em Portugal sendo também um fabricante de referência na Península Ibérica. A JOPER destaca-se ao nível das alfaias agrícolas para vinha e pomar, nomeadamente ao nível das grades de disco, chíseis, fresas e trituradores. Apresenta ainda uma vasta gama de reboques e cisternas agrícolas e industriais. Por sua vez, a RIBATEJO mantém a sua especialização na movimentação de terras, com as charruas.
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5 2 1. Pulverizador Rebocável Palmeta Aspiração Inversa. 2. Pulverizador Pneumático DTV Canhão. 3. Vista geral do stand da Joper. 4. Grade rápida GR-350 com rolo. 5. Jorge Pereira em entrevista à abolsamia 6. Cisterna C-18000DE com subsolador.
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Maschio Gaspardo Marcas de força em Portugal
O Grupo Maschio Gaspardo tem vindo a ampliar a sua oferta de produto, oferecendo atualmente um leque de equipamentos com uma abrangência considerável. Presente nos principais mercados mundiais, a MG reforçou nos últimos anos a sua presença no nosso país através de uma rede de distribuidores eficaz. Sobre a sua presença na Feira e as principais novidades para o mercado português, falámos com Franco Nicola, diretor geral da Maschio Gaspardo Ibérica. Na sua opinião, quais são os pontos fortes da estratégia da Maschio Gaspardo no mercado português? Franco Nicola - O sucesso da Maschio Gaspardo em Portugal deve-se à sua rede de concessionários, que é muito forte e, como se costuma dizer, “vestiu a camisola”, associado ao produto da Maschio Gaspardo que tem qualidade. A rede de concessionários está perfeitamente preparada para dar a melhor assistência pós-venda. Aliás posso afirmar que no nosso país praticamente todos os problemas técnicos são resolvidos pelo
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A conjugação destes 4 fatores, rede concessionários, qualidade do produto, assistência pós-venda e disponibilidade rápida das peças, é a chave do sucesso da Maschio Gaspardo em Portugal.
concessionário, sem necessidade de apoio da fábrica. No que respeita às peças de substituição, o sistema de encomendas é completamente informatizado e simples, permitindo que seja o próprio concessionário a fazer a encomenda diretamente à fábrica sem intermediários com uma grande rapidez nas entregas. A conjugação destes 4 fatores – rede concessionários, qualidade do produto, assistência pós-venda e disponibilidade rápida das peças – é a chave do sucesso da Maschio Gaspardo em Portugal. A empresa encara estes 4 fatores como um todo, e não isoladamente.
Relativamente ao produto. Existem novidades com impacto para o nosso país? O cultivador combinado Dracula, que é uma máquina de mobilização do solo para grandes extensões e tratores potentes acima dos 250 cv. Esta alfaia reúne várias operações numa só alfaia (mobilização, mistura e compactação final. No fundo, esta máquina é constituída por 3 partes: uma grade rápida, um subsolador e um rolo de acabamento e cada uma das 3 secções podem ser reguladas independentemente uma das outras, permitindo a sua
Feira de Santarém 1. Gama de enfardaddeiras Feraboli, a nova representada do Grupo Maschio Gaspardo. 2. Charrua Série Unico: o cabeçote pode trabalhar na posição fixa ou oscilante. 3. Cultivador combinado Dracula, adequado para grandes extensões e tratores acima de 250 cv. 4. Semeadores Gaspardo MTR. 5. Detalhe de campo semeado em linhas pareadas ou em “pé de galo”, com semeadores Gaspardo MTR, em ensaios levados a cabo com a Dekalb, com resultados positivos em termos de produtividade. 6. Novos elementos de sementeira MTR, de construção mais robusta.
adaptação para tipos diferentes de terrenos. É indicado para trabalhar terrenos após a colheita do milho ou cereais, e deixá-los preparados para a próxima cultura. Existe uma aposta nas charruas com o lançamento da Série Unico. É uma charrua melhorada em todos os aspetos. A grande vantagem está no cabeçote que pode trabalhar na posição fixa ou oscilante. Os novos semeadores passam agora a estar equipados com os novos elementos MTR em substituição dos MT. Estes novos elementos são mais robustos, com maior pressão, garantindo um trabalho mais perfeito em terrenos mais difíceise os discos são de maior diâmetro. Também estava presente a gama de enfardadeiras Feraboli, nomeadamente o modelo 120 da Série Entry de fardos redondos, bem como a gama de pulverizadores que já fazem parte da oferta da marca.
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Maschio Gaspardo, SA • Via Marcelo, 73, 35011 Campodarsego – Padova – Itália • T: 917 322 764 · E: jmontez@maschio.com • www.maschionet.com ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Same Deutz-Fahr
“Queremos fazer crescer a rede de concessionários” Menos mas maiores concessionários. Este é, nos próximos 5 anos, um dos principais objetivos do Grupo Same Deutz-Fahr (SDF). Arnaldo Caeiro, diretor comercial, aborda o atual estado da empresa numa conversa com a abolsamia. A SDF tem apostado cada vez mais numa clara diferenciação das três marcas. O que motiva esta estratégia empresarial? Por razões históricas há mercados onde a implementação de certas marcas faz mais sentido: a Deutz-Fahr está associada a tratores de alta tecnologia e linhas sóbrias, muito ao estilo germânico. Por esse motivo é muito forte no mercado alemão e centro da Europa. Já a Lamborghini, aproveitando a sua tradição nos automóveis, tem em alguns países uma imagem sofisticada. Aponta para um cliente que procura algo mais que um trator agrícola. A Same é uma marca tradicionalmente forte no sul da Europa, e é direcionada para quem pretende máquinas especializadas, para vinha e pomar, e para a agricultura familiar. E, atualmente, aposta também em concessionários a trabalhar mais que uma marca… A complementaridade de produto é uma das razões para que tal suceda. Nos segmentos de baixa e média potência, o mercado está muito focado na Lamborghini e na Same, e na média e alta potência - acima dos 100/120 cavalos - na DeutzFahr. Esta situação está em linha com aquilo que acontece em outros mercados. A estratégia, até há uns anos, passava por ter as três marcas em concessionários distintos
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e o resultado foi um número muito grande de concessões de pequena dimensão. No entanto, a implementação de novos métodos de trabalho fez com que as concessões tivessem que adaptar-se e ganhar dimensão. Para crescer só há 2 possibilidades: Aumentam a área geográfica de influência ou aumentam a gama de produtos com a entrada de uma segunda marca. O primeiro objetivo da SDF é o crescimento dos concessionários. Queremos, sobretudo, fazer crescer a rede de concessionários, ou seja, ter menos concessionários, mas maiores. Vamos precisar de cerca de 5 anos para ajustar a rede de concessionários. Daí que os resultados de 2014 tenham melhorado relativamente a 2013, apesar da quebra de certos mercados… São dois os fatores que explicam os nossos resultados: temos uma rede de concessionários estável e madura, que está connosco há vários anos, que se adaptou muito bem, e com uma atitude muito positiva, aos novos procedimentos de trabalho. Por outro lado, temos uma gama de produtos muito completa, que cobre todos os segmentos de mercado, e que em 2014 foi melhorada na média e alta potência.
A SDF dispõe de uma gama de produtos muito completa, que cobre todos os segmentos de mercado.
Qual o peso de Portugal na faturação da SDF? A filial portuguesa representa cerca de 2,5% da faturação total do Grupo. A quota de mercado tem vindo a aumentar? Tem vindo a aumentar mas está estabilizada. A prioridade passa por ter uma quota de mercado na ordem dos 18% para o total das três marcas: a Lamborghini está fixada em torno dos 4%, a Same nos 6% e a Deutz-Fahr está com 8%. Ou seja, houve uma subida da Deutz-Fahr, nomeadamente nos setores de alta potência, um mercado onde a Same e a Lamborghini tinham maior dificuldade em crescer. Que máquinas estão em destaque na Feira Nacional de Agricultura? Apresentado na Agritechnica 2013, o 9340 TTV da DeutzFahr é um trator de 340 cavalos
com motor Deutz e caixa de variação contínua. Trata-se de uma máquina que nos remete para o crescimento da marca e com o avançar de segmentos de potência onde nunca estivemos presentes. Destaco também o 7250 Warrior, igualmente da Deutz-Fahr: uma edição limitada de um trator já existente, mas que se diferencia pela sua cor preta. Na Same realço o modelo Explorer 105 TB, um trator convencional sem cabine e com arco de segurança numa versão baixa: direcionado para o sul da Europa e adaptado às zonas de produção de frutos secos e de olival. Na Lamborghini destaque para o Strike 105.4, um trator de potência média, entre 100 e 115 cavalos, com motor desenvolvido pelo Grupo – FARMotion – de acordo com a norma Tier4i e com o qual esperamos bons resultados, quer em termos de desempenho, quer em termos de comercialização. O grupo tem três tratores nomeados para o TOTY®: o Lamborghini Spark 210 CShift, na categoria Trator do Ano, o Deutz-Fahr 5115.4 G HD para Melhor Utilitário e o Same Frutteto S para Melhor Especializado. Tinha conhecimento destas nomeações? Surpreendem-no? Não tinha conhecimento das nomeações, mas não me surpreendem. São fruto da capacidade e força que o Grupo possui e do investimento que
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tem feito em novos produtos, com particular destaque para o design. Por outro lado, o Departamento de Investigação e Desenvolvimento está bastante focado nas alterações das normativas sobre as emissões. Temos aparecido sempre com um produto novo e totalmente nosso.
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1. Vista geral do stand da SDF. 2. Trator Same Explorer 105 TB. 3. Trator Deutz-Fahr 7250 Warrior, edição limitada. 4. O volante do 7250 Warrior. 5. Lamborghini Strike 105.4. 6. Trator Deutz-Fahr 9340. 7. Acabamentos de luxo do 7250 Warrior.
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Same Deutz-Fahr Portugal, Lda • E.N. 1 - Km. 30,5 - Apartado 17, 2584-908 Carregado • T: 263 100 500 · E: sdf.portugal@samedeutz-fahr.pt • www.samedeutz-fahr.com/pt ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Feira de Santarém
Terralis
“Queremos que cada marca tenha a sua própria concessão” A Terralis foi uma das várias empresas presentes na Feira Nacional de Santarém. Em exposição, os tratores Hurlimann, LS, McCormick e Shibaura e as máquinas forrageiras da Lely.
“A Terralis tem conseguido crescer em contra ciclo com o mercado geral”, diz-nos Rui Vieira, responsável comercial e financeiro da Empresa. E explica: “a Terralis tem mantido, ao longo dos últimos anos, uma quota de mercado que se situa em cerca de 12,5% e que, mesmo na época difícil que vivemos, tem conseguido manter. Isto só é possível graças a um trabalho muito próximo dos nossos concessionários e procurando produtos e mercados alternativos para reforçar a Terralis, nomeadamente a introdução dos equipamentos forrageiros Lely e Welguer.” Questionado sobre a possibilidade de os concessionários trabalharem mais do que uma marca do Grupo, Rui Vieira recorda que “não é essa a política da empresa”. “Foi sempre uma decisão nossa separar as marcas e que cada uma delas tenha as suas próprias concessões”. Para o responsável, “uma boa estrutura, assente numa agressividade nas vendas, no bom sentido, e acompanhada de um excelente serviço pós-venda” são os ingredientes de sucesso nas vendas para uma concessão de tratores”. Já sobre os produtos em destaque na feira, Rui Vieira começou por destacar a Hürlimann, para depois passar pela LS e, por fim, para a McCormick. “Na Hürlimann temos o modelo XM 4TI/V Drive de 100 a 130 cavalos. Além deste, destaque para o XM-K, de 90 a 120 cv, o XB, de 90 a 115 cv e o XA, entre os 75 e os 100 cv.
Na LS, temos a gama J, entre os 23 e 27 cv, com uma caixa de velocidades 6 para a frente e 2 para trás. E finalmente, na McCormick apresentamos a gama X6, X4.35, X4 e o X50M que se situa entre os 95 e os 102 cv. Destaque ainda para os dois isodiamétricos: 4.630-4.655 de 23 a 55 cv e o 7.000-9.000 de 65 a 95 cv”.
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2 1. Gama para forragem Lely. 2. Os tratores Shibaura fazem parte do portfólio da Terralis. 3. Gama J da LS, entre 23 e 27 cavalos. 4. McCormick Isodiamétrico. 5. Hurlimann XM 4TI/V Drive. 6. Tratores McCormick da gama X6, X4.35, X4 e X50M.
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Terralis, Lda • Parque Movicortes, 2404-006 Azoia, Leiria• T: 244 890 180 · E: terralis@movicortes.pt • www.terralis.pt
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Feira de Santarém
Secomil
Experiência e fiabilidade Formada em 1973 com a designação de J. Parreira, Lda., a SECOMIL esteve, a partir da década de 80, especialmente vocacionada para o setor agrícola. Em 2014, foi adquirida na sua totalidade por José António Soares, que gere atualmente a empresa em sociedade com o seu filho e esposa. Presentemente a empresa mantém uma linha completa de produtos para a agricultura, onde se incluem os secadores de cereais e afins, e aposta também nos moldes para a indústria de rotomoldagem, secadores para outros fins e transformação de cereais. Foi há 24 anos que José António Soares começou a trabalhar na Secomil, inicialmente como empregado, e desde cedo com responsabilidades na gestão da empresa. Há um ano, e aproveitando a formação do seu filho em engenharia mecânica, acordou com o anterior dono da empresa a sua compra. “Decidimos dar uma nova dinâmica à empresa, quer no sector comercial e do marketing, como também ao nível da renovação e do alargamento da gama dos produtos que a empresa oferece. Até aqui, estávamos praticamente cingidos à parte da secagem e armazenamento de grão, mas alargámos a nossa atividade à transformação, nomeadamente na área do arroz. Com isto pretendemos fazer crescer o leque dos nossos clientes e ir para outros mercados.” A este propósito, José António Soares adiantou: ”Já nos deslocámos várias vezes a Angola para onde vendemos três instalações que estão a funcionar, e temos mais propostas em fase de adjudicação, e já vendemos também para Espanha, uma das nossas representadas é espanhola, os silos Cordoba. Recentemente fizemos propostas para o continente africano, nomeadamente para Marrocos e Camarões, Guiné Bissau e Moçambique, dado que os outros
mercados, nesta área, estão já bastante saturados.” Do total de vendas anual da empresa, cerca de 70% corresponde a representações, e cerca de 30% são de fabrico próprio. Em relação a estes, como referiu o gerente da Secomil, “tratase de equipamentos periféricos e acessórios complementares aos equipamentos que importamos, tal como a maioria dos produtos que estão expostos no nosso stand (ventiladores, sistemas de extração, elevadores por taças...). Contamos com uma equipa experiente de colaboradores, que nos acompanha desde sempre e que nos permite projetar, fabricar, montar e assistir com o máximo de qualidade e fiabilidade”. No que se refere às importações, a Secomil prefere apostar em quatro ou cinco marcas exclusivas para cobrir toda a área da secagem e armazenamento de cereais em grão: os Silos Córdoba que é a nossa representação de silos e mecanização, os secadores italianos Strahl, os medidores de humidade, termometria e equipamento de laboratório Isoelectric, as limpadoras-separadoras e restante equipamento Ravaro e as linhas de transformação de arroz Zanotti. De cara ao futuro e a novos projetos, José Soares disse à abolsamia que a Secomil pretende continuar a crescer na área da transformação do arroz, e também noutras áreas “como seja a desidratação de outros produtos, que não só cereais, cuja procura começa a aparecer bastante em Portugal, como sejam os frutos secos, algas,
frutos verdes, cogumelos... Isto tem a ver com soluções alternativas na agricultura”, conclui. Também na área informática a Secomil se tem vindo a desenvolver, nomeadamente através da criação de um site completamente novo e da aposta nos canais de comunicação online. José Soares mostra-se confiante no futuro: “Nos últimos 5 anos a tendência tem sido de crescimento da faturação. Este ano, tem havido muita procura de propostas para o PDR 2020, mas ainda cedo para tirar conclusões...” Não obstante as oscilações por que passa o setor agrícola e o mercado em geral, os trunfos da Secomil são a experiência e pela fiabilidade do serviço prestado, numa área que exige “muita especialização”, refere o gerente da Secomil.
Serviços prestados
• Elaboração de projectos de instalações de carga, pré-secagem, secagem, limpeza, movimentação, armazenamento e descarga de cereais. • Montagem de instalações de carga, pré-secagem, secagem, limpeza, movimentação, armazenamento e descarga de cereais. • Montagem de instalações de secagem para outros produtos. • Projecto e montagem de mini-fábrica de arroz. • Assistência técnica.
FABRICAÇÃO • • • • •
Elevadores por taças Transportadores por sem fim e caleira Ventiladores Aspiradores Silos de pequena dimensão em chapa lisa • Acessórios
1. José António Soares, sócio gerente da Secomil. 2. Stand da Secomil.
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Secomil, Lda • Rua Alberto Hipólito, Lt. 11, Apartado 98, 2564-910 Torres Vedras • T: 261 337 700 · E: secomil@mail.telepac.pt • www.secomil.com ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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TMC Cancela
“Somos líderes na Península Ibérica” De Espanha diretamente para Santarém, a TMC Cancela mostra uma vontade enorme de crescer em Portugal. Especialista em trituradores, a marca espanhola fez questão de destacar esse produto junto do público nacional. a empresa “é líder no fabrico de trituradores na Península Ibérica”, tendo ainda uma forte “presença a nível internacional – mais de 20 países”. Para esse sucesso comercial, muito contribuem os “produtos de elevada capacidade e qualidade, design elaborado, excelentes acabamentos e uma imagem bastante trabalhada”, elenca. De regresso a Portugal, Javier explica a sua importância para o negócio da companhia. “É um mercado interessante e atrativo para a nossa empresa e são várias as razões para isso: proximidade geográfica e cultural, grande potencial de desenvolvimento, agricultura diversificada e excelentes condições climatéricas e orográficas”, diz, rematando a ideia com a necessidade de “estar presente nos mais variados eventos do setor em Portugal, além
“Queremos continuar a crescer e Portugal faz parte desse objetivo. As vendas têm aumentado ano após ano e, nesse sentido, tentaremos ser líder neste mercado”. Assim começa Javier Cancela, diretor-geral da TMC Cancela, empresa espanhola especializada em trituradores. Ainda na mesma linha, o responsável lembra que
de aumentar a rede comercial de distribuição da TMC Cancela – cobrindo todo o território - de forma a estar mais próximo dos clientes”. Sobre a presença na Feira Nacional de Agricultura (FNA), Javier mostrou-se satisfeito pelo interesse demonstrado pelo público nos produtos TMC Cancela, que revelou “um grande conhecimento e sentido crítico” acerca das máquinas apresentadas.
Trituradores, a ponta-de-lança
Das máquinas presentes na FNA, a TMC Cancela deu maior realce aos produtos de trituração destinados a trabalhos no olival e vinhas – modelos TVS, TVC e TOS. “A linha de trituradores com alimentador para restos de poda são o nosso destaque. Trata-se de uma gama exclusiva - única no seu segmento – que maximiza a
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eficiência e produtividade de um tipo de trabalho que, até hoje, era feito de forma lenta tendo em conta os equipamentos existentes”, explica, continuando a desvendar as principais características do seu produto. “Estes trituradores conseguem atingir velocidades de trabalho muito elevadas. Posso até afirmar que triplicam a velocidade das máquinas tradicionais. A otimização do sistema de trituração no rotor permite ainda uma poupança de combustível na ordem dos 70%”, elogia. Estes trituradores são, segundo Antolin Teixeira, comercial de Portugal, “indicados para tratores com 50 e 200 cavalos e larguras de trabalho entre os 85 e 210 centímetros”. 1. Na foto da esquerda para a direita: Jesús Cotelo, comercial/ marketig, Javier Cancela, diretor geral da TMC Cancela e Antolin Teixeira, comercial para Portugal 2. Triturador TOS 180. 3. Triturador TGS 160D. 4. Vista geral do stand. 5. Corta Mato R3 200.
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TMC Cancela, SL • C/ Pedra Salgueira, s/n – Anxeriz, 15684 Tordoia (A Coruña) – Espanha, • T: 00 34 981 695 074 · E: info@tmccancela.com • www.tmccancela.com
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Feira de Santarém
Pulverizadores Rocha
“Portugal, Espanha e França estão a reagir bem” A deservagem, segundo Sérgio Oliveira, é a grande aposta estratégica da Pulverizadores Rocha, SA. Por agora, o semestre dá sinais positivos, ainda que de forma moderada.
“Viemos à Feira Nacional de Agricultura (FNA) apresentar as diversas gamas de produtos da Pulverizadores Rocha. Aproveitámos para realizar a apresentação da nova linha de pulverizadores para tratamentos em grandes áreas, onde destacamos os pulverizadores rebocados e acoplados para trabalhar com barras hidráulicas de 18, 21, 24 e 28 metros.” revela Sérgio Oliveira, diretor de marketing e comercial da empresa. Relativamente aos equipamentos de jato transportado, a Rocha levou a Santarém uma gama de equipamentos para vinha e pomar, sendo que todos eles tiveram pequenas inovações, nomeadamente com o reforço das turbinas de aspiração inversa e a ampliação da linha NVS, equipamento de elevadas performances com baixa absorção de potência e reduzido nível de ruído. Além destas novidades, estiveram expostas a gama de distribuidores de adubo e equipamentos de vinha, com especial destaque nas despontadoras, pré-podadoras e varredouras. Do produto para o negócio, Sérgio Oliveira lembra que “o primeiro semestre do ano mostrou melhorias relativamente ao mesmo período de 2014, ainda que ligeiras”, com os países do sul da Europa a mostrarem um comportamento positivo. “Portugal, Espanha e França reagiram bem e estão a dar boas respostas”. De volta aos novos equipamentos para tratamentos de grandes áreas, explica que
“está prevista a entrada em novas geografias”, escusando-se, ainda assim, a revelar quais. Para a segunda metade do ano, o diretor de marketing acredita “que irão manter o mesmo nível do ano anterior, ainda que com uma pequena melhoria”. Recentemente distinguida com o prémio PME Excelência, Sérgio Oliveira não vê nisso uma vantagem comercial. “Premeia a estabilidade da empresa e, de certa forma, dá valor aos rácios apresentados. É, no entanto, uma garantia de credibilidade da empresa juntos dos diversos agentes e instituições.
Produtos em destaque Pulverizador CERES 3000
Equipamento rebocável adaptado à realização de tratamentos fitossanitários com jato projetado em explorações de média e grande dimensão, composto pelo conjunto pulverizador + barra – 18m, 21m e 24m).
mantendo a unidade compacta e estável.
Varredoura
Equipamento destinado a juntar os restos da poda no centro das linhas.
Pulverizador de turbina inversa
Máquina que utiliza a técnica de aspiração invertida do ar, evitando desta forma a aspiração de folhas e reduzindo a deriva no sentido do operador.
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1. Jato Projetado Cronos Linear Omega. 2. Pulverizador Ceres 3000. 3. Pulverizador Ellegance EVO + Tanque Frontal. 4. Varredoura, uma das novidades da marca na feira. 5. Vista geral do stand da Rocha.
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Pulverizador Ellegance PRIME EVO 1600 e PRIME STD 1200
Máquinas acopláveis de jato projetado de média e grande capacidade, composto pelo conjunto pulverizador + barra, destinados à proteção de culturas e tratamentos do solo.
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Pulverizador Frontal
Projetado para ser utilizado em conjunto com o pulverizador de jato projetado Ellegance, de forma a aumentar a sua capacidade,
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Pulverizadores Rocha, SA • Rua Primeiro de Maio, 38, 4475 Milheirós, Maia • T: 229 601 793 · E: info@pulverocha.pt • www.pulverocha.pt ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Grupo Tractores de Portugal Em linha com o mercado
Ainda a Série Global, nomeados para o Tractor of the Year®, a nova Série TG da Iseki, e os resultados do Grupo Tractores de Portugal. Carlos Rocha, diretor geral do Grupo Tractores de Portugal e José Desterro, director comercial, fazem o ponto de situação na Feira de Santarém. Em Abril passado, a MT entregou as chaves do primeiro trator da Série Global vendido em Portugal durante a apresentação oficial desta Série à sua rede de concessionários. O volume de encomendas tem correspondido às expectativas? Carlos Rocha - Sim, apesar de ainda não termos concluído muitas vendas. Este trator foi lançado em Abril e só um mês depois é que tivemos um fornecimento em quantidade. Portanto só agora é que podemos determinar claramente a sua procura. Mas desde o lançamento que este produto tem tido um grande interesse por parte dos concessionários e as primeiras unidades que recebemos foram vendidas no dia seguinte.
À próxima edição do Trator do Ano (Tractor of the Year®) concorrem dois modelos da Massey Ferguson, o 5713 SL na nova categoria “Utilitários” e o 7726 Dyna-6 na categoria “Trator do ano”. Quais são as expetativas de vendas destes dois modelos para Portugal? Carlos Rocha - O MF 5713 SL é um modelo que faz parte da serie global, cuja primeiro modelo acabamos de lançar em Abril. É um modelo de 130 cv de potência e será um dos mais potentes desta serie. Já o MF 7726 Dyna-6, é um trator de topo da nova Série 7700, constituída por tratores acima dos 180 cv e que vai até 260/280 cv. Foi lançado na última SIMA, é fabricado em Beauvais (França) e é um produto
1. MF 7700 - Nova suspensão no eixo frontal 2. MF 4700 - O novo MF 4700, a nova série Global apresentada em abril passado (ver edição anterior). 3. MF 1700 - Equipado com joystick e com novo design com linhas Massey Ferguson. 4. Novo Iseki TG 6370. Este modelo está equipado com joystick, pneus radiais e motor com maior cilindrada de 1700 cm3. 5. Kioti DK - O grande lançamento da Kioti nesta Feira. A nova serie DK com 3 versões de 45, 50 e 55cv alia a um design muito apelativo, dimensões e caracteristicas bem ao gosto do mercado português. Estão equipados com pneus radiais.
que temos promovido em Portugal. Temos vendido várias unidades da Série 7600, antecessora da nova Série 7700, para agricultores profissionais e grandes explorações, equipados com caixa de variação contínua e também com sistema de condução automática assistida por GPS, portanto para agricultores profissionais sofisticados e com grandes explorações inclusive para a área do leite. No que concerne à nova Série TG da Iseki quais são as grandes diferenças relativamente à antiga Série TG que substitui? José Desterro - Estamos a falar de tratores entre os 40 e 50 cv. No trator de 40 cv, a grande diferença está no motor, foram abandonados os motores de 3 cilindros turbo e substituídos por novos motores de 3 cilindros de aspiração natural, de maior cilindrada, com cerca de 1700 cm3 e com mais binário, o que irá dar um comportamento diferente ao trator. Também tem um capot com desenho novo. Relativamente ao de 50 cv o motor com 2200 cm3 é o mesmo e tem demonstrado um excelente
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Tractores de Portugal, SA • Estrada da Circunvalação, Letras TCD, Olivais Norte, 1800-136 Lisboa • T: 218 551 000 · E: geral@tractoresdeportugal.com • www.tractoresdeportugal.com
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Feira de Santarém desempenho. A nível do desenho, o capot e o tablier foram alterados e foi introduzido como equipamento base um joystick, indicado para controlar o carregador frontal. Estes dois tratores, agora passam a ser equipados com pneus radiais. No final do ano, esta série vai ser alargada com mais dois novos modelos com potências da ordem dos 60 a 65 cv. E relativamente aos preços, vai haver aumentos? Carlos Rocha - No modelo de 40 cv isso não se vai verificar, graças à boa postura da Iseki este modelo vai ter um preço competitivo dentro do segmento em que se encontra. Claramente, a Iseki é uma marca “Value for money”, bem posicionada no mercado com tratores competitivos, não é uma marca de tratores baratos. José Desterro - Como as máquinas
vêm do Japão o seu preço está diretamente ligado às variações cambiais Euro-Iene. No segundo semestre de 2014 o Iene começouse a valorizar para agora estar a desvalorizar, o que nos permite voltar a ser competitivos em termos de preço do trator. As vendas acumuladas de tratores em Portugal, até maio, apresentaram uma ligeira subida 1,3%, apesar do mês de Maio ter apresentado uma queda de 3,5%. Que apreciação fazem destes resultados e do desempenho do Grupo Tractores de Portugal? Carlos Rocha - O mercado está a crescer, o que é positivo, mas está muito incerto com meses de grande crescimento e meses negativos. Estamos num setor que era previsto apresentar algum crescimento neste ano, que na minha opinião não deveria ser inferior a 10% devido à forte
contração dos últimos anos, ao início do novo PDR2020, à ligeira recuperação económica e ao facto de ser um ano de eleições. O que acontece é que o mercado dos tratores até agora não está a revelar a pujança que nós esperávamos. Relativamente ao Grupo, estamos em linha com o mercado, apesar de contarmos subir mais. Há a destacar o desempenho das duas nossas principais marcas – Massey Ferguson e Kioti – principalmente a Massey Ferguson que devido aos novos modelos e gama mais completa, está neste momento com um aumento das vendas da ordem dos 20%. Para concluir, relativamente às marcas comercializadas pelo Grupo Tractores de Portugal, gostaria de destacar mais algum aspeto? Carlos Rocha - Este é o ano, desde
há muito tempo, em que o Grupo Tractores de Portugal apresenta mais modelos novos na Feira de Santarém, em todas as suas marcas com exceção da Yanmar. Na Massey Ferguson são apresentados o novo 4700 da Série Global, o novo 1700 pertencente à gama abaixo dos 50 cv, fabricado pela Iseki, e por fim o novo 7700. Já na Iseki, é apresentada a nova gama TG, de que já falámos. Por fim, na Kioti temos o lançamento da nova série DK, com tratores com potências de 45 a 55 cv. São os primeiros Kioti feitos a “pensar no mercado português”, uma vez que foram concebidos de acordo com as necessidade da agricultura nacional e têm a particularidade de terem sido desenvolvidos com base das nossas solicitações. E o resultado é o que se pode admirar no nosso stand. Esperamos ter as primeiras unidades para venda lá para agosto.
Sotrac
“O objetivo é, sempre, passar das 100 unidades vendidas” Os tratores Branson são, para Severino Cardoso, as estrelas da companhia. Mas na Feira de Santarém, a Sotrac também mostrou os seus Yagmur e Agrix. 1 1. Branson 5025R. 2. Branson 2500. 3. Branson 2900.
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Várias vezes ouvido durante a Feira Nacional da Agricultura, o mercado é o regulador dos bons ou maus resultados das empresas ligadas à maquinaria agrícola. Na Sotrac essa “dependência” está a dar bons resultados. “As vendas têm crescido consoante o mercado. Este ano já vendemos tanto como em 2014. O objetivo é, sempre, passar das 100 unidades vendidas”, começa por dizer Severino Cardoso, diretor da empresa, que destaca a “honestidade, o saber estar no negócio, ter elasticidade e uma boa assistência pós-venda”, como valores
essenciais para o sucesso das vendas. Sobre as novidades apresentadas no evento, Severino Cardoso destaca o Branson 2900, “um trator elegante, fácil e operar, durável e ideal para o pequeno agricultor”. Ainda na mesma marca, o diretor da Sotrac releva os modelos 5025R - o mais vendido - e 3625R, que “entre várias vantagens destaca-se a sua relação peso/potência, raios de viragem de 60´, fiabilidade, garantia de 3 anos de fábrica e, sobretudo, os seus motores Kukje com potências - nesta gama - entre os 37 e os 55cv”.
Sotrac, Lda • Estrada Nacional 379-2, km 7.3, apartado 136m, Olhos de Água, 2950-571 Palmela • T: 212 333 833 · E: sales@sotrac.net • www.sotrac.net ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Feira de Santarém
Ventisec
“Desenvolve projetos de secagem chave na mão” Atualmente, a Ventisec destaque-se na instalação de equipamentos de secagem em Portugal. Há mais de 25 anos no mercado, a representar marcas mundialmente reconhecidas, investe cada vez mais num serviço que se distingue pela qualidade com competitividade.
1 Sediada no concelho de Torres Vedras, a Ventisec desenvolve a sua atividade na representação, projeção, instalação e assistência de equipamentos agroindustriais, com representações que incluem marcas de reconhecida qualidade como os secadores LAW, as limpadoras Marot, os medidores de humidade Dickey-John ou os equipamentos de descasque de arroz Zaccaria. José e Nuno Botelho, pai e filho, são os braços principais deste projeto que continua a centrar-se, como até aqui, na área da agricultura. “Os nossos projetos vão desde agricultores, cooperativas, organizações de produtores e agro-indústrias, contando assim, com mais de
60 instalações em Portugal, mas também em Angola e Guiné”, refere José Botelho. Para o desenvolvimento da empresa tem contribuído o facto de poderem contar com as melhores e mais recentes tecnologias e equipamentos, mas também com uma equipa pluridisciplinar: “Desde há 28 anos que trabalhamos com uma equipa que cobre todas as especialidades do projeto passando pela engenharia civil, eletricidade e financiamento. Fazemos o projeto chave-na-mão, para além dos equipamentos que comercializamos”. A este propósito, referiu a importância dos parceiros, nomeadamente da ASEP, a empresa de engenharia que colabora com a Ventisec em
Os nossos projetos vão desde agricultores, a cooperativas, organizações de produtores e agro-indústrias, contando assim, com mais de 60 instalações em Portugal, mas também em Angola e Guiné.
1. Equipa da Ventisec. 2. Vista geral do stand.
projetos de grande dimensão. Passando uma breve retrospetiva pelos mais de 25 anos que a empresa leva a desenvolver projetos nesta área, através de muito trabalho e investimento, possui hoje, uma posição de destaque no mercado nacional de equipamentos de secagem de cereais. No que toca a ir para mercados externos, José Botelho refere que já avançaram nesse sentido: “Vamos instalar brevemente um interessante projeto de secagem de arroz em Angola duma empresa de capitais nacionais. Também exportámos para universidades e cooperativas no Brasil, com quem mantemos relações comerciais, há 16 anos” através do fornecimento de material técnico de laboratório.
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Ventisec, Lda • Rua Principal, 49-A, 2565-544 Monte Redondo • T: 261 313 015 · E: geral@ventisec.pt • www.ventisec.pt
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Feira de Santarém
Herkulis Mostra gama em Santarém
Especialista em equipamentos agrícolas e florestais, a Herkulis, levou a Santarém toda a sua gama de produtos, entre os quais se destacaram as capinadeiras, os corta-matos e os destroçadores, com uma vasta amplitude de aplicações.
2 1. Mostra de Capinadeiras. 2. Mostra de Guinchos Florestais. 3. Vista geral do stand com enfoque nos Destroçadores florestais “FAE”.
1
3 Herkulis, SA • Quinta da União - Ap. 92, 3850-501 Branca ALB • T: 234 543 222 · E: herkulis@herkulis.com • www.herkulis.com
Moviévora
“Os primeiros meses do ano foram positivos!” Apesar condicionados pelo clima, Ernesto Charrua revela otimismo nas palavras proferidas. Por agora, “o negócio está a recuperar bem do ano difícil que foi 2014”. 1
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1. Colhedora de tomate TH400. 2. Chisel 7,9 com braço tipo mola. 3. Vista geral do Stand Moviévora.
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“Os primeiros meses de 2015 têm sido bons e com imenso trabalho. Agora, é esperar que os próximos sigam a mesma tendência. Este tipo de culturas – tomate - tem sempre um condicionante muito grande: o clima. A fase final do ano passado foi um pouco desastrosa, mas 2015 tem corrido bem”, analisou Ernesto Charrua. Depois da análise, a descrição da empresa. “A Moviévora tem como core business as máquinas agrícolas: sua reparação, assistência técnica, mercado de peças e material de desgaste. O seu principal foco é a horticultura – desde a mobilização de solos à colheita e com
tudo mecanizado”. Questionado sobre o produto em destaque na feira, Ernesto Charrua foi peremtório: “a colhedora de tomate”. “Trata-se de uma TH400, modelo intermédio: tem duas fotocélulas – faz uma leitura ótica para selecionar o tomate verde e maduro – cabine com ar condicionado, autonível aos eixos e motor industrial John Deere com 240cv”. Já sobre o Chisel 7.9, desenvolvido pela Movievora, adiantou que “é o modelo que os clientes em Portugal mais procuram, destacando-se o seu braço, tipo mola – que pode trabalhar com 7 ou 9 braços”.
Moviévora, Lda • Quinta dos Barreiros, Azm 1, 7000-172 Évora • T: 266 708 360 · E: movievora@gmail.com • www.movievora.pt ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Galeria de imagens
Feira de Santarém
Para visualizar mais fotos da Feira de Santarém consulte o nosso site www.abolsamia.pt/net/galerias-imagens
Outras presenças As seguintes empresas que operam no nosso mercado também estiveram a expor os seus produtos na Feira de Santarém.
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5 1 - J.Inácio 2 - EFI 3 - Jopauto 4 - BCS 5 - Fábrica Metalúrgica da Gandra 6 - Moviter 7 - Maquigarden
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Feira de Santarém
8 8 - Valtra 9 - Tractomoz 10 - Lisagri 11 - Agricortes 12 - Tractores Ibéricos 13 - Cabena 14 - Consultrei
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Viana do Castelo • Braga
Máquinas usadas
REGIõES
Classificados por distrito Os anúncios com este símbolo têm microsite. No microsite das empresas (internet) pode consultar a lista detalhada das máquinas usadas, com preço e foto.
Usados: Trator corta-relvas Kubota, GR-2100, 21 cv, diesel 3 cilindros, 4x4 • Trator Fiat 35-66, (1999) 35 cv, 1920 h • Gadanheira Gaspardo corte duplo 1.45 mts. Devidamente revistos de mecânica.
Usados Tractores: Hinomoto E280 DT revisto • Hinomoto E280 revisto • Massey Ferguson 35 • Deutz-Fahr 4006 revisto
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/servimor
USADOS: Tractor: New Holland 4635 - €13.500 • Abre-valas • Colhedores de milho • Desfolhadora • Diferencial • Discos para grade • Distribuidores de adubo • Enfardadeiras • Gadanheira • Gadanheira condicionadora • Motor de rega • Peças para máquinas agrícolas • Estendedor manga plástica • Plastificadoras de fardos • Reboques • Reboque auto-carregador • Reboque espalhador de estrume • Rototerras • Semeadores • Tapete transportador • Tubo • Volta-fenos • Vasto stock de alfaias, máquinas e peças usadas • Consulte-nos antes de comprar
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/anibalmacedo
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USADOS: Deutz Agrolux 70 dt • Valmet 4600 dt/ com carregador • Valtra A85 plataforma • Valtra A75 cab • Valtra 8150 cab • New Holland tna60 dt a • Same Laser 3 140 cab • Desinsilador Gilioli 2 saídas 6m3• Reboque fixo c/ caixa 3x1,5x0,5m • Charrua Galucho CHF3 hidráulica.
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/adj
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/mecagriminho
USADOS: Tractores: Carraro 80 cv DT • Renault 7014 LB • Desensilador Agrovil
Braga • Vila Real • Bragança
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já. A REVISTA Nº1 DAS MÁQUINAS AGRÍCOLAS + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/repoutiz
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Tractores: MF135 - €5.500 • Fiat, 82-86- DTF- €15.000 • Carr. frontal Herculano H3 c/ balde e grifa • Cisternas: Herculano CH 4000 - €4.750 • Neves & Santos R1E 7.0L - €6.500 • Joper, C 4000 C - €3.250 • Escarificador P & G Bom • Gadanheira BCS, DGM - €1.500 • Motocultivador Nibbi G. 519 • Semeador Cosmo 400 - €600 •Tudo em bom estado. + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/alonsosebranco
USADOS: Tractores: Deutz-Fahr Agrokid 45 • Ford 3000 • Ford 3600 • Goldoni C75 (rastos) • Kubota 2250 DT • Landini 8860 • Massey Ferguson 376C (rastos) • Massey Ferguson 396 C (rastos) • New Holland 55-85 CF (rastos) • New Holland 82-85 CF (rastos) • New Holland TCE 50 • New Holland TK65M (rastos) • New Holland TK65V (rastos) • New Holland TL90CC • New Holland TN60A • New Holland TN65VA
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200 € por ano
Bragança • Porto
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USADOS: Tractor: • Kubota M85 c/ cabina
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Porto • Aveiro
Tractores: Massey Ferguson 220.4 DT • Hinomoto 30 cv DT • Escarificador 7D · Grades de discos: Herculano 18D • Pijuca
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/adelinolopes
Usados: Fiat 470 • Kubota L295 • Iseki 3210 • Ford 1210 • Daedong L3503 D • Pasquali 956/603 • Toselli rastos • MF 253
Tractor usado: • Agria 9900 Alfaias usadas em stock - Consulte-nos
USADOS: MF 135 • Cisternas: Reboal 6000 L • Joper 6000 L • Fresa Maschio 1,65 m • Unifeed Comag 6 m3 c/ balanças
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1.200
visitas/dia
Aveiro • Viseu
venda os seus usados em www.abolsamia.pt
USADOS: Tractores: Ford 7410 DT - €11.000 • Claas Celtis 456 (2005) c/ 4620 h. - €24.000 • Ford 5610 c/ carregador industrial - €8.000 • Renault Ares 550 (1998) - €17.500 • Ford 3055 - €4.000 • Charrua Huard 465 4 ferros(3+1) - €3.500 • Enfardadeira Claas Markant 50 - €4.250 • Rototerra Kuhn HR 300 c/ laminas novas - €3.250
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Viseu • Guarda • Coimbra
Mercado agrícola
Classificados compra / venda aluguer USADOS: Reboque espalhador de estrume Galucho 5000 kg. Stock de máquinas e alfaias usadas.
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assine
Coimbra
Assine A revista + anuário - 1 ano / 38 € - Tel. 219 830 130
USADOS: Tractores: John Deere 2650 • Ford 1900 • Shibaura 2240 • Kubota B7001 • Fiat 640 • Landini DT 8860 • Same Falcon 50 • Hürlimann Prince 435 DT • Same Solar 50 • Claas Ares 616 RZ • New Holland TN 55 • Same Solaris 35 • Same Falcon 2RM • Massey Ferguson MF165 • Fiat 480 • Fiat 450 V • Charruas: Galucho • Ribatejo 2F • Galucho SF 4F • Motocultivador: Grillo 14 cv
USADOS: NH 35-66 4RM • Same Delfino 35 4RM • Ford 6600 (2RM) • Deutz-Fahr D5006 (2RM) • Cisterna Joper C-6000
USADOS: Tractores: Nibbi RM240 (2RM) (1979) • David Brown 1390 (2RM) (1981) • Same Argon 70 (2RM) (1995) • Same Explorer 80 DT (1995) • Same Corsaro DT (1984) • Empilhador Nissan TX420
USADOS: Charrua Ovlac 3F • Grade de discos Galucho 18x20” hid. • Pulverizador Hardi 400 L • Tractores: Ford 6600 (2RM) • John Deere 6200 DT • Ebro 6040 (2RM)
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Tractores usados: • Kukje F4350 c/ fresa (2001) - 8.750 € • Kubota B1600 DT - 3.250 € • Iseki TL2300 DT - 4.750 €
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Coimbra • Castelo Branco • Leiria
USADOS: Tractores: Massey Ferguson, 390 • Kioti DS4510 • John Deere 670 • Massey Ferguson 245 • Kubota 1902 • Pasquali 946 / 603 - €1.800 • Massey Ferguson 1528 • Goldoni 921 DT - €3.750 • Ford 1300 • Massey Ferguson 240
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www.abolsamia.pt/clientes/maquifetal
USADOS: Charruas: 3F vinhateira - €350 • Galucho 1F 14”x90 hidraulica - €1.250 • Fresas: Goldoni 22M - €500 • Pasquali 1,10 - €600 • Goldoni 21M - €400 • Motocultivador Pasquali 917 - €1.600 • Motoenxadas: Meccanica Benassi RL308 - €1.200 • Meccanica Benassi RL311 S €650 • Pulverizador Rocha 400 L - €1.750 • Tractor Same Golden 60V - €11.800
Tractores usados: • Carraro 7.1000 4F • Valpadana 450 DT
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USADOS: Tractores: Lamborghini RF100 (2010) - €25.000 • Deutz-Fahr Agrolux 80F (2006) - €14.000 • Renault 461 €3.850 • Landini 6500 - €4.500 • New Holland TD4040F (2011) • Podadora Campagnola Lion 940/620 - €1.300 • Porta-paletes Orsi OHS 13-210 (2011) - €2.000 • Subsolador Niubo SNG3 40G (2013) - €1.399
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/tractorusseira
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200 € por ano
Leiria • Santarém
microsite Adira já é fácil e rápido - Tel. 219 830 130
USADOS: Tractores: John Deere 1630 (2RM) • Same Solaris • Mitsubishi R1300 • Goldoni 521T DT • Mitsubishi DT 230 (1988) • Hürlimann XT909 (2001) c/ grua Costa 2500 • Massey Ferguson 4270 (2001) c/ grua Costa G3000.
Tractores: Deutz-Fahr 6.50 DT • Fendt 280S • Carregador frontal Herculano H7 • Ceifeiras debulhadoras: Fiatagri 3350 • Fiatagri 3650 • Fiatagri 3700 • Enfardadeira Lerda Quadrante • Ensiladoras: John Deere 5460 (automotriz) • Claas 695 SL c/ frente Kemper • Frente de milho Moresil 5 linhas • Reboque 18.000 kg + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/imapal
Tractor New Holland TS100 • Ceifeiras debulhadora: Laverda 3300 • Laverda 3350 • Chisel Kverneland CLC 9D • Ensiladoras: Claas Jaguar 860 • Claas Jaguar 840 • Espalhador de estrume Deguillaume HPV100 • Frente de milho Kemper, 4500 • Sachador adubador Matermacc 4L • Semeador Monosem, NG Plus 6L
Tractores: Massey Ferguson 274C (rastos) • Massey Ferguson 265 • Lamborghini 1106 DT • Ceifeira debulhadora New Holland 8055 (T/M) • Charruas: Kverneland EG2408 4F Non-Stop • Kverneland EG160-8 4F Non-Stop • Pulverizador Stagric 1000 L • Rototerra Maschio 4,00 mts
USADOS: TRATORES: Barreiros 70 • Case IH: 284 - 285 - JX1060C DT • DF: DX 3.90 DT - 5506 - D8006 DT • Fendt 309 DT • Ford 4600 • JD: 2030 - 2250 DT - 3040 - 6110 DT c/ car. fr. • MF 3630 DT • NH TN85A DT • Same: Explorer 90C (rastos) - Frutetto 75 DT - Silver 80 DT • Universal 445 • MINI-ESCAVADORA: Bobcat LS170 • RETROESCAVADORAS: Case 580 Super K • MF 50 • EMPILHADORES: Isuzu 2,5t (diesel) • Manitou: 2t (diesel) - MB 3t (diesel) • TRACTORES P/ PEÇAS: Carraro Agroplus 85 DT • DF: Agrotron 130 - DX 3.50 DT • Ebro 6079 DT • Fendt: 280 - 307 DT - 308 DT • Fiat: 100-90 DT - 110-90 DT - 35-66 DT - 45-66 DT - 60-66 DT - 80-66 DT • Ford: 1710 - 1720 DT - 2600 - 5640 DT - 6610 - 7740 DT • Hinomoto: C144 DT - C174 • Hürlimann: Prince 45 DT - XA306 DT • Iseki 4320 DT • JD: 3040 DT - 3350 DT - 4400 DT - 5500 DT - 6100 - 6300 DT - 6620 DT - 6800 - 946 DT • Kubota: L2550 DT - L285 • Lamborghini: 235 - 847-90 DT - Premium 950 DT • Landini: 65 DTF - 8860 DT - Globus 60 Trekker 55 (rastos) • MF: 1030 - 174 DT - 2640 DT - 3090 DT - 3650 DT - 396 TC (rastos) - 4270 DT - 6180 DT • NH: M100 DT - M160 DT - TDD90D - TL90 DT - TNF95 DT - TS115A DT • Renault 120-54 DT • Same: Argon 50 DT - Delfino 35 DT - Dorado 70 DT - Laser 110 DT - Laser 150 DT - Minitaurus - Rock 60 (rastos) - Solar 60 DT - Solaris 45 DT • Steyr: 9094 DT - 975 DT • Valmet 455 DT - 6400 DT - 655 DT - 8000 DT - 805 DT - T130 DT • Yanmar: 241 - 336D DT • Telescópicas: JCB 52567 • Manitou MLA 627 Maniscopic • Retros: Case: 580 G - 580 Super K • Caterpillar 428 • Fermec 860 DT • JCB 3CX • Komatsu WB97 R • NH LB110 DT • Volvo BL71 • Eixos tracção: Carraro • Sige • ZF • Hurth • Spicer • Dana • Merlo
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USADOS: Caixa recolhedora de frutos Inox p/ uvas • Charrua Galucho 3F-16” • Despampanadeira corte horiz. e vert. • Fresa Joper 1,40 mts • Grades de discos Galucho GLHR 24x24” • Safisal 20D • Reboques: Galucho 7500 kg • Galucho 12 ton. • Galucho, 6250 kg • Galucho PB-2E 16000 kg • Rototerras: Maschio 2,50 mts • Maschio Super Cobra 3,0 mts • Maschio 2,80 mts • Subsolador Galucho SVD
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agripulve
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Santarém
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USADOS: Tractores: Lamborghini 110 - €12.500 • Ford 7610 €8.500 • Same Silver 100.6 c/ reb. e grua - €27.500 • Same Antares 110 (1996) c/ cabina A/C - €15.000 • Ford 7610 DT c/ cabina e grua - €15.000 • Charrua SF3F c/ abertura hidráulica - €4.000 • Distribuidor de adubo Euro Spring (rebocável) - €1.500 • Lâmina Tenias 2,50 mts (hidráulica) - €1.800 • Semeador Solá 19 linhas p/ cereal - €2.000 • Semeador de batatas 2 linhas - €3.500
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/custodiojoao
USADOS • Tractores: Massey Ferguson 6290 • Deutz-Fahr Agroplus 100 DT • New Holland M135 • Descortiçador 2 cabeças • Distribuidor de adubo Amazone 1001 • Grades de discos: Herculano 24x26” • Galucho GLHR 24x26” • Rachador de lenha 15 ton • Reboque transfega 6000 kg (semi-novo).
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Santarém
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USADOS: • Tractores: Ford 6410 (1989) • Case-IH 1056Xl (1989) • Fendt 311 LSA c/ cabina A/C • Fendt 936 Profi • Massey Ferguson 699 • Carregador frontal: Tenias c/ kit suporte p/ John Deere Série 6000 • Charruas: Galucho 5F • Galucho CHF 3/4F • Depósito Rau 200L p/ Fendt GTA • Ensiladora Claas Jaguar 685 c/ frente milho • Pulverizador Hardi MAS-1800-FLE c/ depósito frontal 1.000L (total 2.800 L) e barra 18 mts • Reboque Galucho SFV-5T • Semeador Agricola Italiana 2 L pneumático
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agrimagos
USADOS: Balde para tractor Stoll 160 • Carregadores frontais: El Lion • Tenias B3 c/ balde 150 • Tractor Antonio Carraro 30 cv
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/ovs
USADOS: Tractores: Massey Ferguson 390 DT (1997) c/ 2400 h. • Same Laser 110 €6.000 • Caixa de carga para tractor Esperança • Colhedora de batata Barigelli Universal T - €6.500 • Colhedora de tomate Sandei SL 150 T (1998) - €25.000 • Pulverizador Pulnorte 200 LTS • Semeador Gaspardo MT4 - €4.500 • Transplantador Checchi & Magli Wolf 2
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Santarém • Lisboa
USADOS: Mitsubishi MT2000 (2014) • Ford 2910 (1983) • Same Silver 80 VDT (1999)
USADOS: Tractores: Massey Ferguson 135 • Carraro 620.4 • Deutz-Fahr Agrolux 90 • Landini Mythos 100 • Same Tiger 60 • Kubota L185 - €4.500 • Kubota 6000 DT €3.500 • Ford 2000 - €2.500
+ Usados no Microsite
www.abolsamia.pt/clientes/alburitelense
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/justopereira
USADOS: Tractores: New Holland T4050 F (2009) • John Deere 6610 • Fendt 818 Vario • John Deere 6930 • John Deere 6110 • John USADOS: Tractores: Landini 5500 (rastos) • Fiat 450 • Charrua Galucho 1F-17” hidráulica
Deere 6630 • New Holland TN85FA
ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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Lisboa
Assine A revista + anuário - 1 ano / 38 € - Tel. 219 830 130
Tractores: Carraro Agriup F80, €17.800 • Renault • JD 5500N, €18.000 • MF 8130, €16.000 • Deutz-Fahr Agrotron K610, €30.500 • Landini Rex 90, €14.500 • JD 5510N, €16.500 • Lamborghini 90, €14.500 • Landini 85 F, €17.500 • Vindimadora Alma
USADOS: • Tractores: International 484 • International 434 • Cavadora Gramegna 1,70 mts c/ 8 enxadas • Pulverizador 2000 L (rebocável) • Reboque espalhador de estrume 6000 kg
USADOS: • Tractor Massey Ferguson 174 c/ car. fr. • Vindimadora Pellenc 3050 (bom estado) • Gadanheira 1,60 mts • Pulverizador 1500 L (rebocável) • Reboque Galucho 3000 kg (basculante) (como novo)
USADOS: • Tractor Lamborghini 990-F Plus (2003) • Corta-forragem Kverneland TM 135 c/ comando elétrico • Distribuidor de adubo Rocha KC-300 • Reboque 2000 c/ semfim • Vindimadora New Holland VL 620 (2004) c/ 4935 h.
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/sobralense
USADOS: Corta-mato 1.8 • Empilhador Manitou 1232 S • Gerador Briggs & Stratton 3.8 Kva • Mini-carregadora Bobcat 753 • Retroescavadoras: JCB 3cx • Cat WB 93R
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/maquisintra
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julho / setembro 2015 · ABOLSAMIA
Tractores USADOS: • David Brown 880 • David Brown 995 • Landini 75 cv • Massey Ferguson 135 • Massey Ferguson 165 • Massey Ferguson 35 X • Renault 60
• Tractores: New Holland TN80F c/ cab. • New Holland L75 DT c/ cab. • New Holland TL80 DT • Case IH 845 DT • Agrifull A70 DT • Cavadora Gramegna 6 pás • Cisterna Joper 5000 L c/ roda dupla • Gadanheira de discos Vicon • Reboque agrícola Galucho PB5000 RS c/ molas
Lisboa • Setúbal
Calendário de feiras agricultura Floresta espaços verdes pecuária
abolsamia.pt Consulte em www.abolsamia.pt/events.php
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USADOS: Tractores: Hürlimann 6115 c/ cab. • Same Solaris 35 DT • Charrua (2x) Galucho 1F-13” 45º • Despampanadeiras: Terral (hidráulica) c/ corte lateral e superior • Industrias David c/ corte lateral - €2.000 • Mini-carregadora Case 1840 • Reboque cisterna Bauer 4000 L
USADOS: Fresa Joper FOR140 • Gadanheira de discos Kuhn GMD400
USADOS: Motoenxada Honda F560 c/ rodas e charrua • Semeador Monosem 4L
+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agriagua
www.youtube.com/ abolsamia
ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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200 € por ano
Évora
microsite Adira já é fácil e rápido - Tel. 219 830 130
USADOS: • Carregador frontal John Deere 6680 c/ balde, porta paletes e forquilha • Tractor Hürlimann H361 DT • Mais alfaias e máquinas usadas em stock - Consulte-nos
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+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/etelgra
USADOS: Hürlimann, 90cv • Same, Silver 80 • Same, Silver 105 • Same, Laser 130 c/ cabina • MF 4270 DT c/ cab • Lamborghini R, C 653 L
USADOS: M. Ferguson 290 c/ carreg. frontal • J. Deere 7810 DT com cab. e ac. • Lamborghini 784 DT • Fendt Farmer 305 c/ carregador frontal • J Deere 2450 c/ carreg. frontal • Charrua Kverneland EG 4F • Enfardadeira JD 565 • Escarificadores: Fialho 13B • Galucho E-11D + E-9D • Gadanheira condic. automotriz • Grades discos: Galucho GLHR 24x26” • Galucho GRLCH 24x28” • Galucho GLHR 22x24” • Rolos-destorroadores: Tramagal • Fialho 4 m. Vários Semeadores. + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/maquidiana
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julho / setembro 2015 · ABOLSAMIA
Évora • Beja
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USADOS: • Tractor Landini Trekker C85 • Tractor Landini Trekker C80 USADOS: Tractores: Massey Ferguson 174C (rastos) • Massey Ferguson 210 (2RM) • Vindimadora Alma (rebocável)
USADOS: Tractores: Deutz-Fahr DX 4.70 • Hürlimann H478 Prestige • Atomizador Fede 2000 L • Charrua Galucho CH2-16 H • Compressor Berardinucci p/ 8 tesouras • Semeador Monosem 4 L • Unifeed Luclar Titan 17 • Vibrador Berardinucci Tornado • Volta-fenos: Fella TS 455 • Kuhn GA 7822 + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agrivilhena
TRACTORES: Agrifull: 110 DT - 12.500€ • 140 - 8.000€ • 65 DT - 8.500€ • 80 - 6.500€ • 80 DT • 80 DT - 12.000€ • Carraro 920 - 7.500€ • Case-IH: 1125 - 7.500€ • 1394 DT - 5.000€ • 70 cv c/ car. fr. Galucho - 8.000€ • 7455 7.500€ • 90 cv - 9.000€ • 955 - 6.000€ • Caterpillar: D3 (rastos) - 9.000€ • D4D (rastos) - 7.000€ • D5D (rastos) - 10.000€ • Deutz-Fahr: 110 cv c/ car. fr. - 10.000€ • 130 cv c/ cab. - 8.000€ • 70 cv - 8.000€ • 7806 DT - 7.000€ • D40 S - 1.500€ • Ebro: 1025 - 7.000€ • 684 - 1.000€ • Fiat: 110-90 c/ cab. A/C - 17.000€ • 140-90 c/ cab. A/C 17.500€ • 420 - 2.000€ • 55-65 R • 80-66 - 10.000€ • 80-66 DT • 90-90 - 11.000€ • 90C (rastos) - 15.000€ • Fiatagri 140-90 c/ cabina • Ford: 5000 - 2.500€ • 5610 DT - 10.000€ • 5610 DT - 10.000€ • 6600 - 3.000€ • 6610 - 7.000€ • 6610 DT - 6.000€ • 6810 DT - 6.000€ • 7600 DT - 5.500€ • 7610 • 7610 DT - 6.000€ • 7610 DT - 10.000€ • 8210 • 8210 - 10.000€ • TW 25 - 5.000€ • International 745-S • Itma 80 cv (rastos) - 5.500€ • John Deere: 2030 • 2130 - 2.500€ • 2850 • 3040 - 5.000€ • 3150 • 3350 - 10.000€ • Lamborghini: 106 - 7.500€ • 80 cv (rastos) - 10.000€ • 874-90 - 12.000€ • Landini 7680 - 7.500€ • Massey Ferguson: 390 DT - 10.000€ • 4370 DT • New Holland: 6640 • 80-66 DT - 15.000€ • 8670 • 8670 c/ cab. A/C - 30.000€ • TD90D • TK100 (rastos) - 20.000€ • TL100 - 17.500€ • TL100 c/ cab. A/C - 20.000€ • TM165 • Renault: 120 cv - 10.000€ • 95 cv c/ cab. A/C - 10.000€ • Same: 100 - 6.000€ • 70 cv - 5.000€ • 80 cv - 5.000€ • 85 cv - 5.000€ • 95 cv - 7.500€ • Valmet 1180 - 15.000€ • Zetor: 70 cv - 5.000€ • 80 cv - 5.000€ • CEIFEIRAS DEBULHADORAS: Case-IH 1440 - 20.000€ • Claas 68 (rastos) (A) 7.500€ • Fiatagri 3500 (rastos) (A) - 10.000€ • John Deere: 1055 - 12.500€ • 1075 - 12.500€ • Laverda: 112 (rastos) (A) - 7.500€ • 132 (rastos) (A) - 7.500€ • 3400 - 15.000€ • 3650 - 15.000€ • M100 - 10.000€ • M120 - 4.000€ • M132 - 10.000€ • M152 - 10.000€ • New Holland: 8040 - 10.000€ • 8050 - 12.500€ • 8050 (rastos) (A) - 7.500€
USADOS: Tractores: John Deere 6420 (2007) • New Holland TN80 F • New Holland TN95 FA • Fendt 306 LS • Same Panther 70
ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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USADOS: Tractores: Fendt F380 G • Same Laser 110 • Case IH 745S • Deutz-Fahr DX.6.30 • MF399 • Bulldozers: Caterpillar D7F • Cat D6C • Ceifeiras deb.: NH TX62 • NH TX66 • Charruas: Galucho CH3/4 14H3 • Gal. 2F16 180H • Distribuidores adubo: Rauch MDS 921 • Vicon RS-M • Enfardadeira Vicon LB 8000 Vario • Giratória de rastos Cat. 229D • Grade discos Torpedo W25 46x26 • Retros: NH85 • Case 580 Super LE • Semeadores: Solá 784 • Kverneland Accord Pneumatic DT • Mais alfaias usadas em stock.
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julho / setembro 2015 · ABOLSAMIA
Açores • Europa • Industriais
USADOS: Motocultivador Goldoni Jolly 64 • Tractores: Iseki TM3160 • Case IH 1194 • Case IH 2140 • Ford 8210
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USADOS: Cilindros: Ammann AR65 (apeado) • Dynapac CC10 • Case W102 (1990) c/ 1209 horas • Tractores: Massey Ferguson 135 • Fiat 480 • Massey Ferguson 35 X
USADOS: • Tractor Ford 8210 + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/automecaalvorgense
as Canec t-asutohr.iPror tNeslson Martins de
e, em brev a à vend estore na fac mia abolsa rnet)
(via inte
ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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New Holland 2015
Momentos New-Holland 2015 Retratos do Mundo New-Holland em Portugal de lés-a-lés.
Momentos
New-Holland Apolinários Máquinas New Holland T4030
Cliente: Pedro Miguel Pereira - Santarém.
Etelgra New Holland Enfardadeira BIGBALER 870 CROPCUTER Na foto: Carlos (Operador), Luís Profeta (Etelgra), Mário Cananão (Etelgra) e Luís Palmeiro (Cliente).
Jopauto SA New Holland T3.50F
Cliente: Irmãos Mesquita. Na foto: Fernando Covas (Operador).
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julho / setembro 2015 · ABOLSAMIA
Fialho, Correia & Lampreia New Holland T6.175 Na foto: Jorge Rosa, João Rosa e Joaquim Rosa (Clientes) Artur Roma (Lampreia).
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New Holland 2015
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Mecânica Agrícola
Fialho, Correia & Lampreia
New Holland T4.95 equipado c/ carregador frontal
New Holland T5060 Na foto: Artur Roma e Tiago Frade (Cliente).
Cliente: Casa Agrícola da Raposeira, Lda. Na foto: Rui Rico (Mecânica Agrícola), Ataíde (Tratorista/Operador) e Eládio Paulo (Mecânica Agrícola).
Etelgra New Holland TD 3.50
Na foto: Jorge Casinhas (Cliente) e Pedro Rita (Etelgra).
Apolinários Máquinas New Holland T5.115
Cliente: Paulo Zibaia Localidade: Tremês - Santarém.
Auto Agricola Sobralense
Auto Agrícola das Meãs
New Holland TD4040F
New Holland T6.165
Cliente: Maria de Fátima Pessoa Ribeiro Mucharreira de Azeredo Lopes Na foto: António e Maria de Fátima Azeredo Lopes e seu filho António Mucharreira Azeredo Lopes.
Na foto: Joaquim Mendes (Cliente) e José Carlos (A.A das Meãs)
Varanda & Cordeiro New Holland TD4030 F
Cliente: Nuno Miguel Aleixo Martins - Mogadouro ABOLSAMIA · julho / setembro 2015
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julho/agosto/setembro vou de férias e aproveito para ir a uma feira
agenda
Dairy Event & Livestock Show | 8 a 9 jul. | R. Unido – Birmingham | livestockevent.co.uk
expofacic.pt
Feira de Libramont | 24 a 27 jul. | Bélgica – Libramont | foiredelibramont.be
Feira Nacional da Pêra Rocha | 4 a 9 ago. | Portugal – Bombarral | www.cm-bombarral.pt
Feira de S. Mateus | 7 ago. a 13 set. | Portugal – Viseu | www.feirasaomateus.pt
Agritech Índia | 21 a 23 ago. | Índia – Bangalore | www.agritechindia.com
Fatacil | 21 a 30 ago. | Portugal – Lagoa | fatacil.com.pt/pt
Agrival | 22 a 31 ago. | Portugal – Penafiel |
agrival-penafiel.blogspot.pt
Feira de Agosto | 28 ago. a 1 set. | Portugal – Grândola | www.cm-grandola.pt
Spoga + Gafa | 30 ago. a 1 set. | Alemanha – Colónia | www.spogagafa.com
PotatoEurope | 1 a 2 set. | Alemanha – Hannover |
Para passear
para LER
Para mergulhar
Para relaxar
Aldeia de Escaroupim
Um Jardim dentro de Casa
Guia das Praias Fluviais
Casas do Côro
Salvaterra de Magos Escaroupim www.rio-a-dentro.pt
por: Teresa Chambel umjardimparacuidar.blogspot. pt
Região centro www.praiasfluviais.pt
Lgo. Gago Coutinho e Sacadura Cabral, 25 - Borba
aventura
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Luas
www.agrosemana.pt
Space | 15 a 18 set. | França – Rennes | www.space.fr N. Ploughing Championships | 22 a 24 set. | Irlanda – Wexford | www.npa.ie Expobiomassa | 22 a 24 set. | Espanha – Valladolid |
www.expobiomasa.com
Sant Miguel | 24 a 27 set. | Espanha – Lleida | firadelleida.com
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descoberta
Há quem diga que não tem tempo para ter um jardim. Outros há, que afirmar que se trata de uma prática dispendiosa. Existem ainda os que se queixam da falta de jeito ou de espaço. Teresa Chambel, autora do blog “Um jardim para cuidar”, escreveu esta obra para, de certo modo, acabar de vez com todos estes mitos, segundo a autora. Assim, “Um Jardim Dentro de Casa” mostra-nos que, por pouco, com pouco e sem jeito, conseguimos ter “coisas verdes” em nossa casa.
É um adepto fervoroso de praias fluviais da região centro? Aqui, neste site, poderá encontrar os melhores destinos, bem como alguns conselhos úteis para quem se desloca para esta zona. Já sabe: se não é um amante das praias do litoral, sempre cheias de gente por esta altura, pode encontrar aqui o seu pedaço de areia banhada com água doce.
adegaborba.pt experiências Há um espaço turismo rural à sua espera em Marialva: as Casas do Côro. Por vezes, não é necessário sair do país para experienciar momentos de lazer, cultura ou gastronomia ao mais alto nível. Já com vários prémios no seu portfólio, este é o espaço perfeito para descansar alguns dias após um primeiro semestre de árduo trabalho. Agarre no carro e dirija-se até esta região entalada entre o Douro e a Beira.
julho
www.potatoeurope.com
AgroSemana | 2 a 6 set. | Portugal – Vila do Conde |
leitura
Se é amante das belezas naturais e da calmaria, vai apreciar um passeio até ao Escaroupim. Fica a cerca de 7 Km de Salvaterra de Magos e 70 de Lisboa, indo pela N 118. Escaroupim é uma típica aldeia piscatória, formada em meados dos anos 30. As paisagens de beira-rio são o cenário certo para levar um livro e relaxar. Ou tirar boas fotos durante uma caminhada tranquila ou um passeio de barco com a ‘Rio-a-dentro’. Vá, e aproveite!
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Expofacic | 23 jul. a 2 ago. | Portugal – Cantanhede |
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ensações, sentimentos, reações, memórias novas e antigas, um armazém enorme cheio de labirintos. “Do avesso” ou “Divertida-Mente”(tradução portuguesa) aborda talvez o tema mais difícil de todos, o da mente humana. Um aspeto curioso e atual da abordagem deste filme, que não é para crianças, é a comparação da mente com um mega-computador em que tudo tem que estar muito afinado, um pequeníssimo desvio pode ter consequências imprevisíveis. A não perder, em todas as salas de cinema do país.
Para cozinhar
agenda
por: Catarina Pellen
doce de figo Feito na Bimby
750 gr de figos do campo, 500 gr de açúcar mascavado, casca de limão (só a parte amarela) e um cálice de vinho do Porto. • Deu para quatro frascos.
Como fazer:
Coloque todos os ingredientes no copo e programe 25 min/ Varoma/Velocidade inversa/ velColher de pau. Quando estiver a ferver retire o copo medida e coloque o cesto. Se necessário, coloque mais 10 min. para ficar mais seco e durar mais tempo. Quando terminar, se desejar, triture uns segundos na vel 6 (30S). Coloque a compota em frascos de vidro previamente lavados e escaldados, feche-os e vire-os com a tampa para baixo para fazer vácuo.
festeje os dias especiais 5 julho | Dia Nacional do Vinho • 6 julho | Dia Internacional das Cooperativas • 11 julho | Dia Mundial da População • 26 julho | Dia dos Avós • 28 julho | Dia Mundial da Conservação da Natureza • 30 julho | Dia Internacional da Amizade • 12 agosto | Dia Internacional da Juventude • 15 agosto | Feriado Nacional Assunção de Nossa Senhora • 23 agosto | Dia Internacional da Recordação do Tráfego Negreiro e sua Abolição • 16 setembro | Dia Internacional da Proteção da Camada de Ozono • 21 setembro | Dia Internacional da Paz • 22 setembro | Dia Europeu sem Carros • 23 setembro | Equinócio de Outono • 27 setembro | Dia Mundial do Turismo.
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7 Boné de pala (ref. LP48948) 19,99 $ johndeeregifts.com
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Para vestir
Top curto em jersey 7,99 € hm.com
por: Catarina Pellen
No campo e na praia somos nós que fazemos a moda Blusão de ganga 34,99 € hm.com
Com o sol abrasador que está aí, é altura de escolher um chapéu bem cool e usar até fartar. No final do verão já vai apetecer ter algo para os dias mais frescos e um blusão de ganga é aquela peça básica que não pode faltar. Nesta época, aproveite as férias para fazer um desporto e ficar em forma com uma barriguinha lisa de fazer inveja!
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Contos de Reis por Guilherme Reis
O Cyrano de Odemira
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ara mim o dia começou logo com um telefonema completamente desajustado da realidade, por causa de uma ocorrência amorosa da qual participei sem ter a mais pequena “culpa no cartório” (expressão utilizada pela Igreja, através de um cartório onde se registava e mantinha cada um dos processos judiciais conduzidos pela Santa Inquisição). “Eh pá, não me chateies”, disse eu para o queixoso: “pela enésima vez repito que nunca na minha vida tinha visto a miúda, que não sabia que era tua namorada e, para além disso, não fui eu quem disse à irmã dela que em Odemira eras super conhecido por drogado. E não é verdade que, lá porque também me chame Jacinto, os versos da declaração de amor enviados à Laura, assinados com o mesmo nome que tenho, pudessem ter sido escritos por
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quem, como eu, em poesia é um zero. Quero portanto que saibas que não sinto o menor remorso pelo peso que suportas do par de chifres que, sem querer nem saber, coloquei na tua testa e por acaso ou destino te enfeitam agora a cabeça. Sem querer nem saber, por acaso ou por destino, na medida em que do único encontro casual que tive com a Laura, o amor, à primeira vista, calhou a acontecer.” Pelo tempo encoberto e frio do dia seguinte, por ser sexta feira 13, por feitiçaria, por os deuses poderem estar doidos ou por outras questões que ultrapassam o meu escasso leque de conhecimentos, quiçá relacionado com a mudança da lua, por desencontros ocorridos entre satélites, estrelas e planetas ou até, quem sabe lá, se pelo tão badalado aumento do buraco do ozono —, depois do telefonema, e da forma como respondi ao meu colega e amigo de há tantos anos, saí de
casa a pressentir que, mesmo tendo tudo a meu favor, o dia não me ia correr bem. E, para me precaver, antes de sair de casa, cauteloso e supersticioso como sou, obriguei-me a usar de todas as cautelas. Comecei por me agasalhar devidamente de capote e guarda-chuva, por rezar um Padre-nosso e por benzer-me, fui a pé para o emprego para me salvaguardar do perigo do trânsito automóvel, sorri e cumprimentei toda a gente que encontrei na rua, almocei propositadamente num restaurante macrobiótico, chegando a casa depois de me ter fornecido unicamente com produtos biológicos para o jantar. E, assim planeado, todo o tempo foi passando às mil maravilhas se não quando, a meio dum emocionante jogo de futebol com o meu clube já a ganhar com uma folgada diferença, fui obrigado a largar a televisão e a levantar-me do sofá da minha sala para atender o telefone. Como impedimento de uma jornada que afinal parecia ir acabar em beleza, do outro lado da linha sou apanhado de surpresa com a ligação do tal poeta Jacinto. Francamente incomodado, por pecados que não fiz, passei a gramar por sina, da lista de mal-aventurados, o meu apanhado amigo de Odemira. Do que ouvi, em reivindicações aos berros por via telefónica, deu logo para concluir que o homem era maluco. Ou será que não era? O meu homónimo concorrente veio afirmar cegamente ser proprietário exclusivo do amor da Laura, pelo elo de “musicalidade” que lhe transmitia através da sua poesia, totalmente bem sucedido em
reciprocidade por meio dos versos que lhe fazia, pelo que de maneira nenhuma admitia aceitar intrusos no curso do seu caminho.
Sem querer nem saber, por acaso ou por destino, na medida em que do único encontro casual que tive com a Laura, o amor, à primeira vista, calhou a acontecer. Bonito como eu sabia que era por as raparigas assim me acharem, quando comparado com o versejador Jacinto, de aspecto horroroso, a conversa do poeta não me tirou o sono. Até pensei que, contudo, afinal o dia me tinha corrido bem. O pior é que, ao longo do meu romance com a Laura, com o tempo comecei a reparar que o suposto amor dela por mim se ia esvaziando, apercebendome que, por mea culpa, em confronto com almas gémeas que nasceram a gostar de ouvir rimar com as palavras, jamais viria a ser capaz de manter acesa a fogueira da paixão. E, assim, o mau presságio que tive naquele dia, ao contrário do que já tinha como certo, lá acabou por acontecer. E não é que, como pode concluir-se por lição, histórias incríveis, aparentemente fictícias, como a de Cyrano de Bergerac, são muitas vezes integralmente tiradas da realidade?
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