Abolsamia 111

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MÁQUINAS AGRÍCOLAS

maio / junho 2018

CARTA DE TRATOR ATENÇÃO AO QUE MUDA! abolsamia.pt

A revista da mecanização agrícola

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”CRESCEMOS

15% NA MARCA HERCULANO

Ricardo Teixeira

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ª Gincana de Tratores de Guimarães pág. 110

CAFFINI DRIFT STOPPER

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pág. 24 Ano XXV . Nº 111 Bimestral: maio/junho 2018 Diretor Nuno de Gusmão Preço: € 6,00 Cont. / ISSN 2183-7023

Nº111 - Ano XXV

Administrador - Herculano pág. 30

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Entrevista a Eduardo Oliveira e Sousa Presidente da CAP pág. 8


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maio/junho 2018 2 DEDOS DE CONVERSA 46. Hugo Silva, Ilha do Pico, Açores ANTIGAMENTE ERA ASSIM... 120. Kuhn celebra 190 anos de atividade CONCESSIONÁRIO EM FOCO 116. Momentos New Holland CURIOSIDADES

30. ENTREVISTA HERCULANO Há um ano atrás entrevistamos a equipa de gestão da Herculano, representada pelos administradores Fernando Jorge, Ricardo e Gonçalo Teixeira. Nessa altura o fabricante do Loureiro apresentava a sua nova identidade corporativa e estreava também um novo processo produtivo que prometia dotar a empresa de maior flexibilidade, permitindo uma maior aposta nos mercados internacionais, Hoje, voltamos à conversa.

54. Ucrânia: exploração agrícola expande frota com Case IH

54. Condutor eslovaco vence a Valtra Master Cup 55. Aebi propõe porta-alfaias movido a eletricidade

24. CAFFINI DRIFT STOPPER Há cinco anos atrás a Companhia das Lezírias implementou um compromisso ao qual deu o nome de ABC 2020; A, de ambiente; B, de Biodiversidade, e C, de Carbono. Foi esta preocupação com a preservação do Planeta, a par de poupanças de calda que podem ultrapassar os 50% que levou a maior exploração agrícola em Portugal a adquirir o Caffini Drift Stopper.

EMPRESAS 16. Kramp quer levar mais clientes aos concessionários

16. Tractores McCormick com novo Importador em Portugal

16. Amazone consegue quatro prémios nos iF Design Awards 2018

16. Farming Agrícola entra nas vendas em segunda mão

18. Valtra põe Neste MY no primeiro abastecimento

18. Marcas do Grupo AGCO vencem Red Dot Design Award 2018

18. Revista Diesel premeia premeia Deutz TDC 9.0 18. Vendas da Lemken aumentaram 11% em 2017 20. Petronas apresenta novo Centro Global de Pesquisa e Tecnologia

20. Deere adquire fabricante espanhol de fibra de carbono

20. Transdiesel cresce em Portugal e África 22. Interoperabilidade perfeita entre máquinas agrícolas e software está mais perto

22. Centenário: John Deere comemora com concessionários portugueses

22. Bepco apresenta gama de peças para ceifeiras debulhadoras

FLORESTA

30. Herculano: Os números falam por si 39. BKT patrocina 2ª Expedição “Xtractor Around The World”

42. 60º aniversário do primeiro empilhador Manitou

ENTREVISTA 8. Entrevista a Eduardo Oliveira e Sousa, Presidente da CAP

EVENTOS 110. 3ª Gincana de Tratores de Guimarães FLORESTA 79. Blindado para a guerra da floresta 82. Gestão florestal adaptativa 83. Miraldino -75 anos e um seminário para o Interior 84. Fuelk, a mudar a logística do combustível 86 . Vallius lança acessório de limpeza Cutlink

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8. ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA CAP O Tejo a regar o Oeste; 80.000 parcelas num município com 7.000 habitantes; como Napoleão influenciou a divisão da propriedade em Portugal; a universidade que tem de ir mais ao campo – alguns dos temas da conversa que tivemos com Eduardo Oliveira e Sousa, Presidente da Confederação de Agricultores de Portugal (CAP).

87. Logset renova sistema de comandos 88. Prinoth Kangaroo, recolha de biomassa 88. Feiras florestais em 2018 89. MAN com um pé no setor agroflorestal FORMAÇÃO 32. Habilitação para conduzir máquinas agrícolas. Atenção que muda!

36. Cursos COTS estão em andamento MERCADOS 48. Barómetro de negócios CEMA 48. Equipamentos inteligentes são chave para o crescimento do mercado

49. O mercado europeu de tratores cresceu 12,8% em 2017


edição 111 OFICINA trabalhos de desrama

Quem está habilitado para conduzir máquinas agrícolas? É esta a questão que se coloca perante as novas exigências introduzidas pelo governo. Muitas pessoas que trabalham com tratores e outras máquinas automotrizes , como ceifeiras ou ensiladoras, terão de fazer um curso para que o seu título de condução continue válido. Muito provavelmente será o seu caso.

A Sociedade Agrícola Teixeira do Batel, sediada em Guilhabreu, Vila do Conde, é a maior exploração leiteira da zona Norte do país. Tem perto de 2000 vacas e garante a produção da silagem de milho e erva que constitui grande parte da alimentação diária dos animais. Com pouco tempo disponível, todos os trabalhadores fazem um pouco de tudo. Agora, até o semeador semeia cereais e...milho! Pois é, o Kverneland FlexCart chegou a Portugal e nós fomos ver como se comporta um dos maiores semeadores a trabalhar no nosso país.

destroçadores ventrais

OPINIÃO 64. João Pimenta: Valtra, uma

67. Claas tem novos dispositivos

história de sucesso cagaf-cagaf

Nesta edição da revista trazemos até si a apreciação que fizemos a dois tratores completamente diferentes: o Claas Arion 660 CMatic e o Kubota M5101 N.

com rastos estreitos

61. Herder propõe braços 67. Claas adiciona filme Coatex à

118. João Sobral: De tractor a

28 e 50. TESTE EM CAMPO

68. KVERNELAND FLEXCART

61. John Deere 9RX em versão

70. Plataforma elevatória para

32. HABILITAÇÃO PARA CONDUZIR MÁQUINAS AGRÍCOLAS . ATENÇÃO AO QUE MUDA!

SUMÁRIO

sua gama de produtos de medição para feno/ silagem/ palha e culturas de grãos

PRODUTO

REGIÕES

24. Caffini Drif Stopper: Stop ao

90. Concessionários

drift na Companhia das Lezírias 44. Matrículas de tratores novos por marcas em 2017-“Outros” 44. Caixa Dyna-4 em novos modelos MF 5700 Global 45. CNH distribui Topsoil Mapper 56. Vicon com controlo de secções na fenação 57. Reboques Tomi espalhadores de estrume 57. Hypertherm especialista em corte por plasma 58. Reboque Aguas Tenías para gado 58. Dewulf apresenta semeador de 3 linhas 59. Frota de dumpers da Rio Tinto recebe condução autónoma 59. Maior performance nas telescópicas TM da JCB 60. Atualização das Kuhn Optimizer XL 60. Charrua Kuhn com controlo de secções

Equipamentos novos e usados

REPORTAGEM 40. Valmet 4500 com 32.540 horas: O original herói do trabalho 40. Primeiro Encontro Massey Ferguson 68. Kverneland FlexCart: Grande mas flexível 74. Valtra SmartTour

TECNOLOGIA 62. Sulco vê Vantage(ns) no novo GPS Trimble GFX-750

TESTE EM CAMPO 28. Claas Arion 660 CMatic 50. Kubota M5101 N

74. VALTRA SMARTTOUR A Valtra voltou às estradasv da Europa em mais uma ediçãoo da sua “tour” anual. Iniciada em janeiro em “Terras de Sua Majestade”, chegou em abril a Portugal sob o título “Valtra SmartTour”. Os locais escolhidos para receber as mais recentes novidades da marca finlandesa foram Almeirim, Coimbra e Vila do Conde. Estivemos no evento de Almeirim, no dia 3 de abril, para dar conta dos acontecimentos.

110. 3ª GINCANA DE TRATORES DE GUIMARÃES A Vila vimaranense de Creixomil tem mais uma referência de peso. Aos Piratas de Creixomil que defendem a sua camisola com “unhas e dentes” desde 1948, e aos Heróis Portugueses que mantêm acesa a convivência dos associados do Grupo Recreativo da vila juntou-se, há três anos, a Gincana de Tratores de Guimarães que já vais na terceira edição. ABOLSAMIA maio / junho 2018

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EDITORIAL edição 111

Caro leitor,

T

ivemos nesta edição o prazer de conversar com Eduardo Oliveira e Sousa, Presidente da CAP. Num dos vários temas abordados falou-se sobre a dificuldade que vários agricultores sentem para colocar os seus produtos no mercado. As organizações de Sebastião Marques produtores (OP’s) podem ser parte da resposta porque dão mais argumentos a quem delas faça parte num mundo dominado pela vertente comercial. No entanto, o corporativismo não é propriamente um fenómeno “que nos assista” a nós portugueses. Quando Napoleão por cá passou deixou-nos a tradição do parcelamento das terras mas não a tendência para nos associarmos uns aos outros (obviamente, e felizmente, existem cada vez mais exceções). Ora, tanto a falta de corporativismo, como a ausência de dimensão das terras são obstáculos à profissionalização da agricultura, que é hoje em dia necessária para se poder viver da terra. Mas a experiência de Eduardo Oliveira e Sousa chama-nos a atenção para uma coisa ainda mais importante, para se ser agricultor nos dias que correm tem de se ser profissional, mas isso não basta, disse: “Num mundo onde existe tanta gente que tem tão pouco, se eu sou dono dum pedacinho do planeta, tenho que ser um homem muito afortunado e isso suscita-me um sentimento de Missão e tenho de ter consciência do que significa essa fortuna. Quando morrer a terra não vai comigo, nem sou capaz de a comer, então não pode servir só para mim, tem que servir as pessoas que estão à volta, aqueles que comigo lá trabalham”. Assim, a escolha da máquina certa para cada situação, ou a calibração adequada dos equipamentos fazendo mais gastando menos, são exemplos de fatores que podem ser influenciados por quem vende máquinas agrícolas. A todos nós, os que trabalhamos nesta indústria da maquinaria agrícola, cabe uma parte da responsabilidade pela saúde do Planeta. Obviamente, sabemos que no final o Agricultor faz o que entende, e que existem objetivos a atingir nos negócios, mas isso não lhe retira a obrigação de ajudar a promover o bem de todos. Não se esqueça disto na próxima vez que aconselhar um cliente.

Equipa abolsamia redacao@abolsamia.pt

N

em sempre um projeto bem sucedido está dependente de um orçamento volumoso e de planos muito demorados. Haja vontade, gosto e entreajuda. Vem isto a propósito da gincana de tratores organizada pelo terceiro ano consecutivo em Creixomil, no concelho de Guimarães. Para quem trabalha no campo, as máquinas são muito mais do que uma ferramenta que serve para dar rentabilidade ao negócio. Do trabalho diário, retira-se também uma certa satisfação que quase sempre é partilhada por quem está no ramo, quer trabalhe áreas pequenas ou grandes, com tratores velhinhos ou com modelos mais recentes. A nível nacional, há algumas ocasiões onde quem tem este interesse comum se pode reunir num ambiente mais descontraído e festivo, como é o caso das feiras, mas o que este evento tem de especial é que cada participante entra nas provas com o seu próprio trator. Em Creixomil, no meio de gente que gosta de máquinas, sentimo-nos em casa. E acima de tudo apreciámos muito a ‘afición’. Fica assim o incentivo para que a gincana continue por muitas edições, sempre em altas e em segurança. Por falar em segurança, o governo está a pôr em prática uma das medidas comunicadas em 2016 para combater o elevado número de acidentes envolvendo máquinas agrícolas: “Passa a ser obrigatória a frequência de ações de formação sobre segurança para todos os condutores que não possuam licença de condução de veículos agrícolas”. Neste contexto, foi criado o curso COTS (Conduzir e Operar com o Trator em Segurança), que está já a decorrer. Leia a peça sobre este tema, pois é bem provável que tenha de vir a fazer algumas horas de formação para que a sua habilitação legal para conduzir tratores continue em dia. Este é um passo importante, ainda que o outro lado do problema seja a inexistência de arco de proteção nos tratores mais antigos. A criação de incentivos quer para a instalação destes dispositivos quer para a modernização do parque de tratores seriam um bom complemento às ações de sensibilização e formação. Mas enquanto não se vai por aí, aproveitemos o que há. Desejamos-lhe bom trabalho! Com ‘afición’ e em segurança!

João Sobral

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ENTREVISTA

“Precisamos de ter uma capacidade de armazenamento que permita fazer face a longos períodos sem chuva” Entrevista a Eduardo Oliveira e Sousa Presidente da Confederação de Agricultores de Portugal (CAP)

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ENTREVISTA

Por FRANCISCA GUSMÃO Fotos FRANCISCO MARQUES

O

Tejo a regar o Oeste; 80.000 parcelas num município com 7.000 habitantes; como Napoleão influenciou a divisão da propriedade em Portugal; a universidade tem de ir mais ao campo - foram alguns dos temas da conversa que tivemos com Eduardo Oliveira e Sousa, Presidente da Confederação de Agricultores de Portugal (CAP). O tema da gestão dos recursos hídricos está na ordem do dia. Em termos de infraestruturas de armazenamento de água, quais são as prioridades? Neste momento creio que as infraestruturas que existem são manifestamente insuficientes face a uma nova forma de encararmos as alterações climáticas. Precisamos de ter uma capacidade de armazenamento que permita fazer face a longos períodos sem chuva, o que é de alguma maneira uma novidade, porque todas as infraestruturas que existem em Portugal, à exceção do Alqueva (e por isso é que o Alqueva ainda tem água), foram desenhadas numa perspetiva da sua recuperação ser anual. Uma utilização anual e uma recuperação anual. Numa perspetiva em que pode haver anos em que a reposição não seja suficiente para a utilização que está associada a um ano normal, é preciso que a capacidade de armazenamento aumente. E há duas maneiras para se fazer esse aumento: ou se aumenta a própria obra, o que nem sempre é possível, ou se fazem obras que ajudem as outras obras,

uma barragem antes de outra, noutros locais, etc. Depois, também é preciso pensar na necessidade de levar água às regiões onde a atividade agrícola era tradicionalmente pouco utilizadora dessa técnica, ou porque chovia mais, ou porque as culturas utilizadas eram menos exigentes em água. Como neste momento, até mesmo as culturas tradicionais vão precisar de serem ajudadas para se poderem manter no espectro económico das regiões onde estão, isso tem que ser feito com uma ajuda, e essa ajuda tem que ser com base em água armazenada ou na utilização da água do subsolo. Como eu defendo muito mais uma utilização de águas superficiais do que de águas do subsolo, para protegemos as do subsolo, prevejo que seja necessário criarmos um conjunto de novos armazenamentos para chegar a essas regiões que hoje em dia têm pouca intensificação agrícola; estou a falar concretamente de Trás-os-Montes, Alto Alentejo próximo da ligação à região da Beira Interior (ou seja a região de Castelo Branco, a região da Guarda), e de reforçar as regiões que já têm alguma água mas que precisam de ter maior capacidade, como por exemplo o Algarve.

“Em Portugal tem havido algum afastamento, algum desligamento, entre o que é a Academia e o que é a prática.”

Até no próprio Minho, o que era impensável, estes problemas se vão começar a colocar mais dia menos dia. E aqui bem perto de nós, o Oeste, que tem vivido com base em pequenos armazenamentos e em águas subterrâneas, está neste momento a atravessar o limiar da disponibilidade dessa disponibilidade em tempo oportuno. Mas para o Oeste há uma outra solução, o Tejo. Trata-se de um plano que dá agora os primeiros passos, não está ainda em projeto, e que foi agora anunciado, que prevê uma ligação do Tejo à região do Oeste através de bombagem, aqui próximo de Valada. Se

isso tomar forma, o Oeste poderá intensificar e dar maior sustentabilidade ao desenvolvimento ótimo que ali está a acontecer associado à fruta, aos frutos vermelhos, à pera e à maçã, e à própria horticultura.

Que medidas preconiza para uma melhor gestão da água que é utilizada na agricultura? Aí entra a agronomia. Os académicos têm pela frente um enorme desafio, que é o de promover conhecimento no sentido de irem anunciando e conduzindo os agricultores a mudarem quer as culturas quer as técnicas de regar. Se nos locais onde se fazem determinadas culturas estas começarem a ter problemas devido às alterações climáticas, não basta dizer “eu agora vou regar”. A seca e as alterações climáticas não são apenas mudanças na forma como a água está ou não acessível. Há muitos outros fatores que influenciam aquilo que se ABOLSAMIA maio / junho 2018

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ENTREVISTA

faz nesses terrenos, nessas regiões onde queremos que as pessoas se mantenham, e que têm a ver com outras coisas, como sejam a temperatura, os picos de calor e de frio, trovoadas, novas doenças, novos parasitas…portanto, as alterações climáticas trazem um conjunto de problemas que têm de ser estudados para se encontrarem soluções. A rega é uma delas, a água é uma delas, mas não é por si só nem a solução nem o problema. E é isso que se transforma num enorme desafio para a academia. É evidente que os agricultores têm pressa, porque estão a ser confrontados com estas alterações climáticas muito mais rapidamente do que se estava à espera, e por isso estão sedentos de novas soluções. Algumas organizações já deram passos significativos. Na região do Douro já se está a mudar e a estudar quais as cultivares de vinha que se adaptam melhor a estas situações, ao stress hídrico, ao pico de calor que dá origem a vinhos mais alcoólicos, à antecipação da colheita, etc, etc.

Havendo água disponível pode existir a tentação de intensificar a produção. Qual é a sua visão sobre este tema? Não é só porque existe água disponível que se deve intensificar a produção. Temos que saber até onde podemos ir nessa intensificação, e isso é um desafio que tem de ser feito com base no conhecimento. Admito que possam estar, localmente, a ser praticados alguns excessos para se atingirem determinados patamares em termos de rendimentos económicos, que podem ultrapassar o razoável e o limiar técnico da capacidade de resposta do meio. Em Portugal tem havido algum afastamento, algum desligamento, entre o que é a academia e o que é a prática. Não só na agricultura, em todas as atividades. E esse afastamento é extraordinariamente perigoso numa situação destas, porque se

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“Prevejo que seja necessário criarmos um conjunto de novos armazenamentos para chegar a essas regiões que hoje em dia têm pouca intensificação agrícola.”

houver conhecimento é preciso que ele seja transferido para a produção. E a produção tem que ir procurar mais conhecimento junto de quem tem a obrigação de ajudar. E se houver este sentido de aproximação duns com os outros, poderão melhor ser identificadas essas situações e encontradas soluções.

E como acha que essas sinergias se poderiam melhorar? A primeira coisa é a academia aproximar-se da produção para identificar os problemas. E depois dizer-lhes: “Nós estamos a estudar os vossos problemas”. E quase obrigar a produção a acompanhar o desenvolvimento do estudo dos problemas. A bola está neste momento mais do lado das universidades, com reuniões, com visitas… Eu sei que existem limitações orçamentais, Portugal é um país que vive sempre enrolado neste imenso emaranhado de dificuldades financeiras, é um facto. Há um bocadinho aquela sensação de acomodação, as pessoas estão lá nos seus laboratórios, entram às 9 saem às 5, a vida está garantida… por

isso é que é muito importante a ligação das universidades com as empresas, como acontece muito lá fora, também porque as empresas se predispõem a pagar…. Temos que assumir esse passo como uma realidade e uma necessidade. E já é, de alguma maneira. Já há projetos de investimento em que as universidades, para terem acesso a um determinado pacote financeiro, para desenvolverem um determinado trabalho, têm de ter, com elas, uma empresa, uma associação ou um agrupamento. Por isso, essa ligação deve ser intensificada, exatamente para se encontrarem soluções para estes problemas.

No norte do País continua a prevalecer uma agricultura de minifúndio. Que medidas defende para profissionalizar e tornar mais rentável essa agricultura? A agricultura de minifúndio é um problema complexo porque tem base na família, na ligação à terra, e como as propriedades são divisíveis de geração em geração, vão ficando cada vez mais pequenas na sequência das partilhas. Isto está a promover o abandono, e isso é mais notório nas regiões florestais que também têm o mesmo problema, o minifúndio. Eu creio que a solução para isto passa por as pessoas perceberem que, para terem viabilidade económica, isto é, se quiserem viver da agricultura, precisam de ter uma determinada dimensão. E aí o Estado vai ter que

encontrar incentivos para permitir às pessoas que manifestem vontade de comprarem, ou de se juntarem, ou de adquirirem novas terras, mesmo que não seja entre partilhas; tem que haver instrumentos que facilitem essa agregação. A propriedade tem vindo a aumentar em Portugal mas de uma forma ténue, e há regiões do País onde essa dimensão ainda é muito reduzida. Na região da floresta, atendendo ao problema dos incêndios, eu até defenderia medidas um pouco mais arrojadas. São difíceis de colocar em prática, mas eu acho que às vezes é necessário um certo arrojo, como seja, proibir que sejam divididas propriedades abaixo duma determinada dimensão e criar incentivos muito francos àqueles que queiram aumentar a dimensão das suas propriedades. Não é possível ter parcelas de 2 hectares ou menos e fazer floresta. Acho que passa por incentivos à união e desincentivos à fragmentação… Uma pessoa que tenha, por exemplo, 10 hectares divididos em três ou quatro parcelas, não consegue ter a mesma viabilidade que teria se esses 10 hectares fossem juntos. Mas se tiver esses 10 hectares juntos numa zona onde possa fazer uma determinada agricultura com alguma intensificação, possivelmente consegue viver deles e até dar emprego. Se tiver 3 ou 4 parcelas para perfazer esses 10 ha e se ainda por cima elas estiverem a vários km de distância umas das outras, isso é perfeitamente impraticável. E portanto, ele acaba por ter alguma capacidade, mas como está desordenado, essa capacidade esvai-se, e a pessoa vai procurar solução de vida noutro setor, transformando-se em empregado. Ora esse emprego podia ser ocupado por outra pessoa e ele transformava-se em empresário se a sua propriedade tivesse outra dimensão. Portanto, isto tem que ser visto desta forma integrada. É nesse sentido que eu acho que as coisas deviam caminhar.



ENTREVISTA

Sobre a necessidade da renovação do parque de máquinas. Vendem-se hoje cerca de metade dos tratores que já se venderam, depreendendo-se (na ausência de estatísticas nacionais) que o parque de máquinas está envelhecido. Em Espanha tem havido planos para estimular a renovação do parque. Que medidas tomaria sobre este assunto? Isso tem a ver com várias coisas. Primeiro, o próprio setor agrícola não está muito capitalizado. O acesso ao crédito também não está facilitado, e o Programa de Desenvolvimento Rural funciona mal. Funciona mal porque, pela própria forma como está montado, transformou-se num enredo que o Ministério não tem sido capaz de resolver. Não é só no setor da aquisição de máquinas, é em todo o PDR. O PDR está embrulhado. E enquanto não desembrulhar eu acho que vai ser difícil. As máquinas agrícolas também são investimentos, as pessoas não compram máquinas agrícolas como quem compra adubo, que tem que se comprar todos os anos e, por isso mesmo, para haver um investimento

tem que haver um programa, um caminho definido. E esses caminhos, neste momento, estão dificultados. A seca foi uma das causas para estes problemas dos últimos anos. E depois, este envelhecimento do tecido empresarial, principalmente na zona do minifúndio, está a intensificar-se. Há um crescer de alguns jovens agricultores, mas há uma situação no meio que eu sinto que está vazia. Aqueles agricultores de meia idade, que ainda não passaram a pasta aos mais novos, ou porque não os têm ou porque não querem, não estão a fazer investimentos, têm pouca capacidade de aderir a novas culturas, de se adaptarem aos novos tempos. Tem muito a ver com a forma como comercializam os seus produtos, aquilo que fazem é pouco rentável. Para passar a ser rentável tinham que vender doutra maneira, isto implica negociar doutra maneira…. É por isso que é muito importante a criação das OP’s, porque cada vez há mais concorrência, e essa concorrência tem que ter agressividade comercial (que está intimamente ligada com conhecer o mundo comercial). Portanto, se isso não for também despoletado, não há investimento, logo não há

“O acesso ao crédito também não está facilitado, e o Programa de Desenvolvimento Rural funciona mal. Funciona mal porque, pela própria forma como está montado, transformou-se num enredo que o Ministério não tem sido capaz de resolver.”

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compra de máquinas agrícolas. Se for para a região do Alentejo e aqui no Ribatejo, as coisas até não estão muito mal porque passou a haver consciência da importância do comércio, as pessoas estão todas organizadas em OP’s, começaram a crescer, começaram a aparecer as empresas prestadoras de serviços. No Norte também há, mas muito associadas à floresta, e há menos agricultura empresarial, com excepção do vinho, do leite e do azeite. Aqui em baixo faz-se uma agricultura mais intensiva.

Qual é a sua perceção em relação à percentagem de jovens agricultores que se mantêm na agricultura no fim do primeiro projeto? E porquê? Não tenho esse número mas acho que há muitos que abandonam, e às vezes abandonam por terem começado mal, ou seja, foram levados a fazer um projeto convencidos por uma terceira pessoa. Mas também há os outros, aqueles que abraçaram um projeto agrícola porque estavam no desemprego, porque não encontraram saída para a sua vida profissional depois de se terem formado numa outra área, e depois apaixonam-se pela

agricultura. E como são pessoas que vêm de uma academia, que trazem a cabeça já exercitada, que têm capacidade de mexer em informática, sabem dialogar uns com uns outros, não têm problemas em ir ao estrangeiro, fizeram Erasmus, vão a feiras, etc, às tantas quando dão por eles são empresários. E isso é muito bom.

Se fosse hoje começar como empresário agrícola, no sítio onde reside, em que é que investia? Porquê? (Risos). Essa pergunta é muito complicada. Tenho alguma dificuldade em responder por uma razão. Eu nasci numa família de proprietários, agricultores, mas proprietários. Sou agricultor não apenas por vocação, mas por ter as raízes metidas na terra. Por isso é que a pergunta é difícil de responder. Eu gosto de agricultura mas tenho uma enorme paixão pela terra, como propriedade, como património. Sinto uma responsabilidade social enorme por ser proprietário rural. Num mundo onde existe tanta gente que tem tão pouco, se eu sou dono dum pedacinho do planeta, tenho que ser um homem muito afortunado e isso suscita-me um sentimento de Missão e tenho de ter consciência do que significa essa fortuna. Quando morrer a terra não vai comigo, nem sou capaz de a comer, então não pode servir só para mim, tem que servir as pessoas que estão à volta, aqueles que comigo lá trabalham. Foi esta mistura de sentimentos


Acresce IVA à taxa legal em vigor. **Franquia por intervenção. A imagem aqui apresentada é meramente ilustrativa.

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ENTREVISTA

EDUARDO MANUEL DRUMMOND DE OLIVEIRA E SOUSA, nasceu em Maio de 1953,

e tem raízes em Salvaterra de Magos e na Guarda. Licenciou-se no Instituto Superior de Agronomia. Foi diretor agrícola da Estação Zootécnica Nacional (1979 a 1983), diretor executivo da Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Sorraia de 1983 a 2013, professor assistente de “agricultura geral e máquinas agrícolas”, e de “pastagens e forragens” na Escola Superior Agrária de Santarém (1981 a 1984), diretor agrícola da Sucral (1986 e 1989) e vogal do Conselho Nacional da Água, entre 1996 e 2007. Foi ainda presidente da direção da ANPC – Associação Nacional de Proprietários Rurais, Gestão Cinegética e Biodiversidade (1994 a 2014), sendo atualmente presidente da assembleia geral, diretor e secretário da assembleia geral do CPM – Clube Português de Monteiros / Associação Nacional de Caça Maior. É diretor honorário da Euro-Mediterranean Irrigators Community e fundador da Associação dos Produtores Florestais de Coruche e Limítrofes, sendo atualmente o presidente da assembleia geral.

que me levou a ser agrónomo e a transformar-me em agricultor. Foi por isso que sempre desenvolvi a minha actividade profissional e oficial próximo das minhas propriedades, nunca fui empregado do Ministério da Agricultura num 7º andar metido em Lisboa. Fui técnico do Ministério mas no campo, para poder, no dia-adia, ver como as minhas coisas estavam a acontecer. E por isso, se me perguntar o que é que eu faria se quisesse começar hoje como agricultor, nesta região, eu diria que em qualquer coisa em que me pudesse especializar, ou um produtor de tomate de indústria, ou um produtor de vinho, ou um produtor de azeite. Isto em termos agrícolas…, mas para mim a agricultura está muito associada a uma abrangência de várias coisas. Floresta, gado, tradição, culturas mais e menos intensas... mas é uma pergunta um pouco difícil de responder porque, de facto, sou mais empresário no sentido da conservação e viabilização de uma parcela do território, preocupado em assegurar a sua passagem à geração seguinte, do que propriamente um agricultor disto ou daquilo.

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Falou em “tradição”… Esta situação que nós vivemos hoje em Portugal das propriedades poderem ser divididas por todos os herdeiros, não se passa em Inglaterra, nem na Alemanha, onde quem herda não pode dividir. Em princípio herda o mais velho sendo os outros recompensados de outra maneira. Uma propriedade em Inglaterra é aquilo a que eles chamam de “estate”, e não “property” ou “farm”. Uma farm é para agricultura, uma “estate” é um património, é um pedaço de território, pode ter uma casa de família, tem terrenos, e esses terrenos podem até ter agricultores independentes, mas aquele conjunto é indivisível, e por isso é que eles têm aquela celeuma e aquela tradição toda. Se a Inglaterra tivesse sido invadida por Napoleão como se passou connosco, aquela paisagem que nós hoje vemos estaria toda retalhada. Hoje em dia o problema das casas boas não serem mantidas é porque lhes desapareceu o terreno à volta. Vão sendo divididas e às tantas há um que fica com a casa e os outros ficam com as terras, vendem as terras, a casa fica sozinha e acaba por cair, ou então lá vem o turismo rural que não vai resolver tudo. Portanto,

aí, a História dá a resposta. A Alemanha também faz assim, na Alemanha e na Áustria não se dividem as propriedades. Em Espanha, os grandes de Espanha, que é uma coisa que nós cá não sabemos, porque somos de facto um país pequeno, não dividem as propriedades. E isso transforma essas áreas em grandes empresas agrícolas, até porque quanto mais estão a sul, menos rico é o solo e mais agreste é o clima, e portanto a dimensão tem que ser maior para haver rentabilidade. Cá em Portugal, na altura dos incêndios, fiquei impressionado, estive uma vez num programa de televisão sobre os incêndios e estava lá o presidente da Câmara de Mação, que é um dos poucos concelhos que tem as propriedades todas identificadas. Ardeu tudo na mesma… sabe quantas parcelas existem no

concelho de Mação? 80 mil, que pertencem a 17 mil pessoas. Ou seja, cada proprietário tem, em média, 5 parcelas. Os munícipes de Mação são 7 mil. Os outros estão dispersos por outros sítios. Essa gente, com uma parcela do tamanho desta sala quer lá saber da limpeza do terreno... Como é que isto se resolve? É acabar com as parcelas pequeninas e obrigar aquilo a crescer. E então em região de floresta se em vez de ter meio ou um hectare por pessoa tiver 50 ou 100, as pessoas olham para a floresta doutra maneira. Porque para a floresta desaparecer dali tinha que haver uma alternativa em termos de economia. A economia tinha que deixar de ter a floresta para passar a ter pessoas, tinha que ter animais e agricultura. Portanto é preciso identificar onde é que estão as regiões onde se podem fazer outras culturas, que por sua vez podem originar agroindústrias, e até exportação. Como é que lá se chega? Começando. É isso que eu não vejo, não vejo os passos nesse sentido. Há coisas aqui que são dolorosas, porque se nós começarmos a criar restrições à divisão da propriedade, há quem não goste disso. Mas tem que ser. Se não for assim, não há visão de Estado.



EMPRESAS

Tractores McCormick com novo Importador em Portugal Desde de 1 de Maio de 2018, a marca de tratores McCormick passou a ser importada e distribuída em exclusivo para Portugal pelo Grupo Auto-Industrial. Ainda durante este mês será apresentada a nova empresa do Grupo Auto-Industrial, que se dedicará exclusivamente à comercialização desta marca pertencente ao Grupo Argo. O relacionamento entre o Grupo Auto-Industrial e o Grupo Argo já existe desde 2009, sendo agora reforçado através desta nova representação. Os tratores McCormick (www.mccormick.it), cujas origens nos EUA remontam a 1831, são presentemente uma referência na mecanização agrícola mundial, pela sua qualidade tecnológica, rendimento, conforto e potência. Esses fatores foram recentemente evidenciados através da conquista pela McCormick do prestigiado prémio “TRACTOR OF THE YEAR 2018” na categoria “Melhor Utilitário” com o modelo X6 VTDrive. A nova empresa importadora para Portugal (mccormick. grupoautoindustrial.pt) irá comercializar toda a gama de tratores McCormick através de uma rede de revendedores especializados que cobrirão todo o território nacional de modo a prestar o melhor serviço aquando da venda e da assistência técnica. O Grupo Auto-Industrial foi líder em 2017 no mercado português de tratores, onde está presente, desde os anos 60, representando em exclusivo para Portugal 4 marcas de tratores e 8 marcas de equipamentos provenientes de conceituados fabricantes de 11 países. O Grupo Argo foi fundado no ano de 1988, possuindo actualmente uma capacidade produtiva de 22.000 tratores por ano, através das marcas McCormick, Landini e Valpadana. É atualmente um dos principais fabricantes europeus com 5 fábricas e 1.650 empregados em todo o mundo. mccormick.grupoautoindustrial.pt

Kramp quer levar mais clientes aos concessionários A multinacional holandesa Kramp está a investir numa nova estratégia para levar mais clientes finais diretamente à porta dos distribuidores e concessionários que trabalham com a marca. Trata-se de um investimento de marketing e comunicação com o intuito de informar e esclarecer agricultores e criadores de gado, os típicos clientes finais da Kramp, sobre os produtos da marca, para que estes possam fazer mais encomendas aos distribuidores e concessionários. As medidas de apoio, desenvolvidas pelo departamento de marketing central na Holanda, visam uma série de ações de comunicação, incluindo uma

renovação da marca, que se quer cada vez mais dinâmica. Vai ser definida uma imagem e mensagem voltadas para um tipo de cliente mais modernizado, num esforço de adaptar a empresa às mudanças no mercado. O objetivo é atender tanto às necessidades dos clientes concessionários da Kramp, comos dos clientes dos clientes, os agricultores e criadores de gado. De referir que todas as ações de marketing e comunicação serão articuladas com os departamentos locais de cada país, de modo a que a mensagem seja adequada às especificidades de cada mercado. O mote é: “Pensar global, agir local.” Esta

iniciativa, de acordo com a Kramp, tem como principal objetivo “fortalecer as relações com distribuidores, revendedores e oficinas. Porque entendemos que eles têm um papel muito importante na cadeia de abastecimento no mercado agrícola”. Assim, as ações de comunicação viradas para o cliente final pretendem que estes fiquem a conhecer a Kramp e visitem as lojas, oficinas e revendedores locais para comprar os seus produtos. A marca resume: “trata-se de uma ação de apoio aos concessionários agrícolas, se eles forem bem sucedidos, nós também seremos.” www.kramp.com

Farming Agrícola entra nas vendas em segunda mão Amazone consegue quatro prémios nos iF Design Awards 2018 Na edição deste ano dos prémios iF Design Awards, quatro máquinas Amazone foram galardoadas com o mundialmente reconhecido prémio Design Label. Estes galardões foram concedidos ao semeador Cataya 3000 Super, ao pulverizador suspendido UF 2002, à grade rápida Catros XL 3003 e ao espalhador de adubo rebocado ZG-TS 10001. Todas estas máquinas receberam o prémio na disciplina “Produto”, na categoria “Maquinaria agrícola”. Os iF Design Award são uma das distinções mais importantes internacionalmente no campo do desenho. Os critérios de avaliação incluem, entre outros, a qualidade do desenho, os acabamentos, o material utilizado, o nível de inovação, o respeito pelo meio ambiente, a funcionalidade, a ergonomia e a segurança. www.amazone.net

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Há novidades no departamento de produto da Farming Agrícola. Farming Park é o nome da nova linha de negócio para maquinaria agrícola de ocasião lançada pela empresa espanhola Farming Agrícola. Com esta divisão, a empresa pretende aumentar o negócio de maquinaria agrícola de segunda mão, oferecendo equipamentos com revisão e garantia. Andrés Gómez,

anteriormente especialista de produto Amazone para a Península Ibérica, fica à frente da Farming Park. Entre as suas novas responsabilidades, está a gestão de stock de máquinas usadas da Farming Agricola. O cargo de responsável da Amazone para Espanha e Portugal passa assim para Juan Pablo Hernangómez, até ao momento especialista de produto Tanco, BvL e parte da gama Krone - funções que passaram agora para Javier Arribas, experiente no setor da maquinaria agrícola. www.farmingagricola.com


EMPRESAS


EMPRESAS

Valtra põe Neste MY no primeiro abastecimento Quando um trator sai da linha de montagem, é abastecido com combustível. Nesse primeiro abastecimento, a Valtra passa a usar um gasóleo renovável conhecido por Neste MY. Como resultado, cerca de 700.000 litros de combustível fóssil serão substituídos anualmente pelo mesmo volume de combustível renovável. O Neste MY é um produto resultante do conceito de economia circular, totalmente produzido a partir de desperdícios renováveis e resíduos, que pode ser aplicado em qualquer motor diesel. Comparativamente com o gasóleo de origem fóssil, a sua combustão gera até 90% menos emissões de gases com efeito de estufa. www.valtra.pt

Marcas do Grupo AGCO vencem Red Dot Design Award 2018 A ceifeira IDEAL (Fendt e Massey Ferguson) e a Série A4 dos tratores Valtra foram galardoados com o prémio “Outstanding Design”. A competição Red Dot Design Award é a maior competição de design do mundo, tendo tido nesta edição mais de 6300 candidaturas de 59 países diferentes. Os produtos candidatos são avaliados por um júri composto por 40 especialistas independentes originários de várias partes do globo. www.agcocorp.com

Vendas da Lemken aumentaram 11% em 2017

Revista Diesel premeia Deutz TDC 9.0 Arquitetado para equipar máquinas que necessitem de potência acima dos 150 kW (201 cv), o Deutz TDC9.0 é um novo bloco de 4 cilindros com 9 litros de cilindrada. É exactamente assim: 4 cilindros e 8.980 cm³. Este motor faz parte da gama TCD, destinada a máquinas agrícolas e do sector da construção, que nesta configuração de 4 cilindros pode disponibilizar até 402 cv de potência. Em termos de emissões, está preparado para os requisitos da Fase V. O prémio foi entregue ao fabricante na Intermat, em Paris. www.deutz.com

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As vendas do grupo alemão Lemken, gigante da maquinaria agrícola, totalizaram os 360 milhões de euros em 2017, o que representa um aumento de 11% face ao ano anterior. Em comunicado, a marca afirma que os resultados se devem a uma recuperação geral no mercado da tecnologia agrícola, com as vendas a correram especialmente bem na Europa de Leste. As exportações representam já 77% do volume de negócios. O ambiente de recuperação, segundo a Lemken, verificou-se em quase todos os países. Com os preços dos cereais e do leite “largamente recuperados”, ter-se-á criado um ambiente propício ao investimento. O destaque vai para a procura “especialmente elevada” da Rússia e da Ucrânia, com valores a aumentar também no Canadá e nos EUA. Outros países, como a República Checa e a Polónia, revelaram “resultados de vendas excelentes”. Os negócios da Lemken no Reino Unido também registam a tendência de crescimento. O principal desafio apontado foi o mercado francês, classificado pela marca como “desafiante”, onde o investimento afracou devido a “preços e colheitas desapontantes”. A Lemken afirma que todos os produtos tiverem um desempenho positivo no que

diz respeito às vendas, sendo particularmente fortes os segmentos das charruas e dos cultivadores de disco compactos. Anthony van der Ley, diretor geral da Lemken, afirmou: “Estamos muito contentes que a economia esteja a recuperar outra vez. Graças ao empenho louvável dos nossos empregados, fomos capazes de produzir consideravelmente mais máquinas do que o planeado”. No final de 2017, a empresa contava com 1470 trabalhadores, mantendo a tendência de aumento de postos de trabalho. Como os dados do relatório agora lançado, a Lemken prevê que 2018 seja um ano positivo, tendo em conta o número de encomendas registadas desde o início do ano. É de prever que se mantenha “a enorme procura por tecnologia agrícola moderna” na Europa de Leste, em particular na Rússia. Tanto que a empresa está a ponderar se seria viável fabricar equipamentos naquele país, aproveitando a procura. Quanto ao mercado francês, a Lemken antecipa que o mercado melhore em 2018, pela primeira vez em vários anos. www.Lemken.com


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EMPRESAS

Deere adquire fabricante espanhol de fibra de carbono

Petronas apresenta novo Centro Global de Pesquisa e Tecnologia Avaliado em 60 milhões de dólares, o centro da Petronas Lubricants International foi inaugurado pela equipa da Mercedes-AMG Petronas Motorsport, na localidade de Villastellone, na província italiana de Turim. A inauguração das novas instalações, que começaram a ser desenvolvidas há cinco anos, foi um dos destaques de uma semana história para a Petronas. A marca esteve presente no Salão Internacional do Automóvel de Genebra e anunciou, juntamente com os seus parceiros no grupo FCA\CNHi, o lançamento do novo Centro Global de Pesquisa e Tecnologia. O centro será a sede da Petronas Fluid Technology Solutions (FTS), onde serão desenvolvidas ações de pesquisa e desenvolvimento de diferentes lubrificantes e fluídos para todo o mundo, e, em particular, para a equipa MercedesAMG Petronas Motorsport, vencedora de quatro campeonatos mundiais de F1 até ao momento.

Petronas e Mercedes juntas A inauguração do Centro Global de Pesquisa e Tecnologia contou com a presença de Toto Wolff, gerente geral da Mercedes-AMG Petronas Motorsport e chefe da equipa, assim como os pilotos de Fórmula 1 Lewis Hamilton e Valtteri Bottas, que colaboraram com o programa

FTS nos últimos campeonatos do mundo. “O programa FTS é a pedra angular desta tecnologia, graças à qual a equipa da Mercedes-AMG Petronas Motorsport e o resto dos nossos parceiros conseguem maximizar as suas hipóteses de ganhar cada vez que vão para a pista.” afirmou Syed Zainal Abidin, vice-presidente de marketing da Petronas. Segundo o mesmo, “as vantagens da abordagem que chamamos ‘da pista para a estrada’ beneficiam reciprocamente a Petronas e a Mercedes, em termos de desenvolvimento de produtos para os seus clientes”. O novo centro quer otimizar o trabalho que a Petronas realiza em conjunto com fabricantes de equipamentos originais na indústria automóvel, ao nível do co-design de motores e respetivos fluídos, para mercados mundiais. De resto, esta linha de trabalho é já notória nos lubrificantes específicos, combustíveis e fluidos de transmissão, desenvolvidos anualmente para diferentes setores e empresas. A Petronas é uma empresa dinâmica na indústria global de fluidos, mas quer complementar o programa de desenvolvimento com uma filosofia madura, com enfoque no uso sustentável e responsável de fluidos e lubrificantes, segundo Toto Wolff. www.pli-petronas.com

A Deere & Company assinou um acordo para adquirir a King Agro, empresa espanhola sediada em Valencia, especialista no fabrico de produtos em fibra de carbono com mais de 30 anos de experiência no mercado. “Esta operação dá aos clientes da John Deere a possibilidade de beneficiar ainda mais do conhecimento, dos designs e da experiência únicos da King Agro em tecnologia de fibra de carbono”, afirmou Jonh May, Presidente de Soluções Agrícolas e Director de Informação da John Deere. As duas empresas tinham acordado, já em 2014, o desenvolvimento e a produção de uma linha de barras de pulverização em

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www.deere.pt

Transdiesel cresce em Portugal e em África A empresa Transdiesel, Lda., que faz parte do Grupo espanhol Casli, está sediada no Empreendimento Cacém Park Nr. 88 Armazém 5, Cacém. Criada em 2007, a Transdiesel comercializa motores industriais e marítimos, transmissões, eixos, equipamentos para a neve, limpeza urbana, geradores elétricos, gás natural, propano, biogás e híbridos, abrangendo os setores de obras públicas/ construção, portos marítimos, transporte público, limpeza urbana, energia, marítimo, aeroportuário e minas. Para prestar assistência técnica aos produtos que comercializa, a empresa dispõe de uma oficina com técnicos especializados e veículos de assistências técnica equipados para qualquer tipo de reparação. A sua sede, em Madrid, está equipada com dois bancos de potência para motores até 5400hp e um terceiro para caixas de transmissão até 400hp. Possui ainda um departamento de engenharia de aplicação que é capaz de executar trabalhos de modelação, cálculos e validações para projetos de aplicação e adaptação de sistemas de transmissão/motorização em veículos e equipamentos industriais. A delegação da Transdiesel em Portugal tem como objetivo o suporte técnico-comercial dos clientes em território nacional bem como no mercado africano (PALOP). O nosso objetivo a curto e médio prazo será crescer no mercado nacional e expandir para o território Africano. Abrimos em Janeiro deste ano o mercado de Marrocos com a contratação de um Area Sales Manager responsável pelo mercado do Magrebe. www.transdiesel.es

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fibra de carbono a aplicar nas máquinas agrícolas da John Deere. Seis vezes mais resistente e 5,5 vezes mais leve que o aço, a fibra de carbono permite que as barras pulverizadoras da King Agro possam ser usadas em equipamentos mais pequenos. Durabilidade, versatilidade e produtividade são outras das vantagens que este material apresenta para o mercado. John May acredita que a aquisição “trará consigo os benefícios que se obtêm através recurso partilhado às melhores práticas em desenvolvimento, produção, aplicação de tecnologia e escalamento de produto, já que a King Agro tem um longo historial em inovação.”


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EMPRESAS

Interoperabilidade perfeita entre máquinas agrícolas e software está mais perto

Centenário: John Deere comemora com concessionários portugueses

A troca de dados entre equipamentos agrícolas e plataformas de software de diferentes marcas é uma questão fundamental para o avanço da agricultura digital, mas o que acontece atualmente é que produtos de diferentes fabricantes não falam a mesma “língua” e, portanto, não conseguem trocar informações. Se, por exemplo, os dados recolhidos por uma ceifeira debulhadora não puderem ser lidos pelo sistema informático da exploração, não acrescentam qualquer valor como suporte às decisões de gestão. Para tentar resolver esse problema, várias empresas e organizações juntaram-se para trabalhar em conjunto no Projeto Internet of Food and Farm 2020, e deram passos importantes para a interoperabilidade real entre máquinas agrícolas, sensores e software. São elas: 365FarmNet, Universidade de Aarhus, AGCO, AgroIntelli, CNH Industrial, GRIMME, Kverneland e Wageningen University and Research.

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Usando a estrutura ADAPT, os parceiros deste projeto demonstraram como os dados podem ser trocados entre equipamentos agrícolas e plataformas de software de diferentes marcas num formato padronizado. Através de um simples plug-in, as empresas de software e os fabricantes de equipamentos poderão ler dados de diferentes fontes, reduzindo drasticamente o tempo de desenvolvimento e, simultaneamente, aumentando os fluxos de dados disponíveis. Uma troca de dados mais fácil acabará por levar a uma melhor tomada de decisões e a uma agricultura mais produtiva. O ADAPT é um kit de ferramentas de software de código aberto da AgGateway, baseado num modelo de dados universal que permite a tradução entre formatos de dados de diferentes proprietários. A prova de conceito foi demonstrada no dia 1 de março, no evento de stakeholders da IoF2020 em Almeria, Espanha. Com essa demonstração,

os parceiros confirmaram o seu compromisso com um sistema aberto e interoperável, no qual os dados podem fluir facilmente entre os diferentes participantes da cadeia de valor. Aos agricultores, irá permitir usar diferentes tipos e marcas de equipamentos com uma ampla variedade de softwares ou serviços, independentemente do fabricante. O próximo passo no processo de maior interoperabilidade inclui a comunicação em tempo real e a comunicação bidirecional veículo-cloud. Para isso, a equipa trabalhará em conjunto com a AEF, a Agricultural Industry Electronics Foundation. A AEF é uma organização independente com mais de 200 empresas associadas. O objetivo principal é melhorar a compatibilidade entre fabricantes de componentes eletrónicos e elétricos em equipamentos agrícolas e estabelecer a transparência sobre questões de compatibilidade.

Os 100 anos da criação do primeiro trator John Deere assinalaram-se com uma jornada que levou concessionários portugueses da marca às instalações em Espanha. Mais de 350 agricultores e concessionários de todas as zonas de Portugal foram recebidos na John Deere em Parla, Espanha, a propósito do centenário. Para além do convívio e troca de experiências, os participantes puderam debater as novas tecnologias utilizadas na agricultura. Nesses dias, vários agricultores portugueses ficaram a conhecer os recursos que a John Deere usa na formação dos concessionários, assim como as instalações em que decorrem as atividades de marketing e vendas ao cliente. Houve ainda espaço para conversar com a equipa de especialistas da John Deere sobre a oferta de produtos para o mercado português e tempo para uma visita turística a Madrid. No dia oficial de aniversário, 14 de março, os presentes foram surpreendidos por um desfile de maquinaria, que incluiu um trator clássico da série A, de 1936, e um trator 3036E, cuja pá carregadora transportava os bolos de aniversário. Sem dúvida, um aniversário ao estilo John Deere. www.deere.com

Bepco apresenta gama de peças para ceifeiras debulhadoras O Grupo Bepco, fornecedor mundial de peças e acessórios para tratores e máquinas agrícolas, acrescenta uma nova gama de peças para ceifeiras debulhadoras ao seu portfólio de produtos. No total, são mais de 1000 peças de consumo frequente para as ceifeiras debulhadoras CLAAS, John Deere e New Holland. A Bepco armazenará esta seleção inicial, que faz parte de uma gama mais ampla com mais de 23.000 peças, em vários armazéns localizados em cinco países da Europa, garantindo a entrega no dia seguinte e o serviço local aos clientes durante toda a campanha. Mais de 30% desta gama é produzida nas novas instalações fabris da Bepco na Polónia, onde cada peça fabricada é do mesmo tipo de material que o original com todas as dimensões submetidas a rigorosas provas de qualidade. É fornecida documentação técnica para todos os artigos. As peças de produção própria serão fornecidas sob a marca AGV Parts, a nova marca da empresa para peças de ceifeiras debulhadoras de primeira qualidade a preços competitivos. O resto da gama está disponível sob a marca Bepco e de fabricantes de marcas originais, o que garante aos clientes uma alta qualidade técnica. Mais informações em: www.bepcoparts.com



Nas vinhas da Companhia das Lezírias

Por SEBASTIÃO MARQUES Fotos FRANCISCO MARQUES

STOP AO DRIFT

na Companhia das Lezírias Há cinco anos atrás a Companhia das Lezírias implementou um compromisso ao qual deu o nome de ABC 2020. A, de Ambiente; B, de Biodiversidade, e C, de Carbono. Foi esta preocupação com a preservação do Planeta, a par de poupanças de calda que podem ultrapassar os 50%, que levou a maior exploração agro-pecuária e florestal existente em Portugal a adquirir o Caffini Drift Stopper.

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Caffini Drift Stopper Recuperador de calda “Queremos pulverizar apenas a nossa vinha, não pretendemos que a calda vá para mais lado nenhum”. O autor da frase é Joaquim Barradas, responsável pelo Departamento de Serviços Técnicos da Companhia das Lezírias, que assim começou a explicação sobre o porquê da aquisição de um atomizador com painéis de recuperação. Por esta altura ainda nos encontrávamos

na sede da Companhia, em Samora Correia, num dia solarengo de final de abril. “Com esta máquina temos a certeza que só pulverizamos o necessário, o resto é recolhido e reutilizado”, continuou antes de completar, “outro aspeto importante é, obviamente, o económico. Vai-nos permitir gastar muito menos calda. Acima de 50%”, finalizou.

Da sede da Companhia seguimos para a Adega de Catapereiro, a cerca de 15 quilómetros e centro de operações do departamento da vinha da Companhia, liderado pelo Engenheiro Bernardo Cabral. “Dos 18.000 hectares da Companhia das Lezírias, 130 são vinha. Vinha esta que tem vindo a ser renovada aos poucos. Neste momento temos 12 hectares em trabalhos de renovação. Os solos são maioritariamente de areia, e estamos num plateau 45 metros acima do nível do Rio Tejo”, enquadrou-nos o responsável. “Há cinco anos atrás a Companhia das Lezírias implementou um compromisso ao qual demos o nome de ABC 2020. Este compromisso está relacionado com três áreas de atividade: A, de Ambiente; B, de Biodiversidade, e C, de Carbono. Temos feito muito trabalho tendo em vista a redução da “pegada ambiental” que deixamos, investir no estudo e preservação de espécies e, obviamente o Ambiente. É neste âmbito que se enquadra a aquisição deste equipamento. O nosso objetivo é preservar ao máximo o planeta, mostrar que é possível produzir melhor poluindo menos e ainda obtendo melhores produtos”, completou. Da Adega seguimos para a vinha propriamente dita na caixa-aberta conduzida por Nélio Pereira, o responsável pelo parque de máquinas da Companhia. “Estamos a testar a máquina há cinco dias, naquela fase


Recuperador de calda Caffini PRODUTO

de habituação dos operadores à máquina, está a ver?” começou por explicar. “Por isso, ainda não fizemos grandes afinações. Mesmo assim, já conseguimos poupanças na ordem dos 30%. Portanto, acreditamos que seja possível chegar a poupanças superiores a 50%. Sobretudo nestes tratamentos em que ainda há poucas folhas”, elucidou. “Outras das vantagens é a redução dos tempos mortos. Ao invés de enchermos o pulverizador quatro ou cinco vezes por dia ficamo-nos pelas duas vezes. Começámos os testes há cinco dias e, no final do primeiro, o operador, que estava habituado a encher e utilizar todo o produto, tinha o depósito a meio!”. Neste momento abrimos a porta da carrinha e, apesar de quente, fazia-se sentir uma brisa. Uma daquelas que pode deitar por terra um dia inteiro de pulverização. Nélio não se mostrou muito preocupado. “Em dias de vento éramos obrigados a parar rapidamente os trabalhos. Com esta máquina, mesmo que exista um pouco de vento é possível

continuar a trabalhar, visto que a zona de tratamento está “envolta” pelos dois painéis”. Confirmámos que, mesmo com os painéis a 1,20 de distância, não existia deriva de calda. Teste ultrapassado.

Porquê esta máquina? Sistema de lavamãos incorporado na máquina.

Quisemos então saber o motivo pelo qual a decisão recaiu sobre o modelo da Caffini. “Fomos ao mercado estudar a oferta e a Caffini acabou por ser aquela que nos deu mais garantias. Temos também a vantagem de ter a assistência técnica aqui muito próxima (Agrogaspares). Gostámos também da robustez da máquina. Por não mobilizarmos nas entrelinhas existem muitos buracos de coelho aqui, o que leva a que a máquina esteja sujeita a muitos solavancos. Era um fator chave para nós e a estrutura em aço dá-nos segurança nesse aspeto”. Em relação a possíveis melhorias, Nélio aponta. “Poderia ser um pouco mais alto, mas percebo que não se possa sacrificar a estabilidade da máquina”, completou.

estabilidade Estabilidade, tanto durante as viragens nas cabeceiras, como durante o trabalho entrelinhas (inclusivamente com pequenos declives). Tal é conseguido graças a uma inteligente distribuição do peso, e à lança de engate dupla com gestão electrónica. A lança de engate de direção e gestão electrónica, permite ao Drift Stopper obter um raio de viragem pequeno, inclusivamente com painéis abertos. As rodas tandem aportam uma grande estabilidade ao atomizador durante o tratamento nas filas e nas cabeceiras.

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Robustez Os braços telescópicos dos painéis são fabricados em aço de alta resistência e com um sistema exclusivo de deslizamento por patins sem lubrificação. Este sistema evita o habitual bloqueio dos painéis que pode suceder noutras máquinas com painéis de recuperação.

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PRODUTO Recuperador de calda Caffini

Turbinas Quatro potentes turbinas acionadas hidraulicamente, com ajuste a partir da cabine, permitem produzir a quantidade e velocidade de aspersão de ar, de acordo com a densidade foliar e a velocidade de avanço.

3 A máquina O “Drift Stopper” é o pulverizador com painéis de recuperação da Caffini Spa. Está equipado com painéis modulares (disponíveis em diferentes alturas) em polietileno resistente aos agentes químicos e aos solavancos. Na parte interna dos painéis está localizado o sistema de intercepção das gotas, constituído por lâminas em alumínio com um perfil especial que recolhe todas as gotas pulverizadas para fora do cultivo durante o tratamento. Estas gotas são depositadas em pequenos depósitos na base dos painéis para serem enviadas de novo para o tanque principal. Para otimizar o uso dos produtos químicos e evitar a deriva causada pelo avanço da máquina e agentes externos (tal como o vento) o departamento técnico da Caffini desenvolveu um

Sistema hidráulico As duas bombas de alto caudal conectadas em tandem, são fabricadas em materiais anticorrosivos. Uma bomba é utilizada para a pulverização e a outra para a recuperação de produto através dos painéis.

5 Painéis Os inovadores painéis são construídos sobre uma estrutura de aço, selados do lado interior com as lâminas para recuperação de produto, e do lado de fora com a cobertura adaptável de material impermeável (que podem ser personalizadas). O ajustamento hidráulico da altura e largura dos painéis é feito através do joystick.

6 Manuel Fialho, Lda • Tel. 266 759 300 • www.manuelfialho.pt

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sistema de cortina de ar vertical e horizontal que evita que as gotas se escapem dos painéis. A experiência da Caffini com atomizadores de recuperação, bem como os primeiros protótipos do Drift Stopper remontam ao ano 2005. O principal objetivo deste atomizador é realizar um tratamento de qualidade dirigido somente à vegetação, ao mesmo tempo que se recupera o produto que se dispersa pela atmosfera, permitindo uma maior conservação do meio ambiente. A quantidade de produto recuperado varia em função da fase vegetativa das plantas. A Caffini é representada em Portugal pela empresa Manuel Fialho, Lda.

Automatização O computador CB9 adaptase especificamente ao Drift Stopper, gerindo o controlo automático de litros por hectare ao mesmo tempo que fornece toda a informação necessária sobre autonomia em hectares, metros e quantidade de calda no tanque, incluindo a quantidade recuperada. O software exclusivo também gere o funcionamento da máquina de forma automática, para que o operador não tenha que fazer muitos passos quando chega à cabeceira da linha: com apenas um pressionar de botão suspende o tratamento, ativa o fecho dos painéis, apaga as turbinas, levanta as rodas traseiras para facilitar a viragem e ativa o controlo electrónico automático do sistema de direção. Ao entrar na nova linha, um novo pressionar do botão permite que a máquina regresse automaticamente à função de trabalho.

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TESTE EM CAMPO Claas Arion 660 CMatic

A EVOLUÇÃO NATURAL NO LIMIAR DOS 200 CV Por JOÃO SOBRAL

Claas Arion 660 CMatic Numa primeira observação, quase tudo parece igual nos novos Arion 600 comparativamente com a geração anterior. Mas não se iluda com as semelhanças, porque há muitas diferenças. Estivemos aos comandos do modelo mais potente desta gama e damos-lhe a conhecer as novidades que inclui.

Na passagem para o nível de emissões Tier 4F, a Claas aproveitou para rever diversos elementos dos Arion 600. Para além de uns ligeiros retoques estéticos, esta série recebe uma nova proteção do escape em metal cromado, nova iluminação LED, escova no painel direito da cabine, opção de equipar com pneus de 42”, e ainda um eixo dianteiro redesenhado. O nível de especificações CIS+ é também novidade, sendo dirigido aos clientes que não precisam de todo o recheio de equipamento oferecido na versão CEBIS.

Série Arion 600 A série Arion 600 é composta por 4 modelos com motor de 6 cilindros, num patamar de potência que vai dos 145 aos 185 cv de potência máxima. O Arion 660 é um modelo introduzido recentemente no

O inversor passa a incluir uma posição destinada ao travão de parque.

Distribuidores hidráulicos de face plana.

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topo desta série. Diferencia-se do Arion 650 por incluir um sistema de gestão eletrónica de potência que fornece 20 cv adicionais, disponíveis para trabalhos com a TDF ou nas operações de transporte em estrada.

Motor O motor DPS que equipa o Arion 660 CMatic é um 6 cilindros Tier 4F, com 6,8 litros. Alcança os 185 cv de potência máxima e os 205 cv de potência máxima com boost. Nesta trasição para a Fase IV de emissões, conta com um sistema DPF+DOC+SCR.

Transmissão CMatic ‘made in-house’ A transmissão de variação contínua CMatic (EQ200) empregue no Arion 660 foi desenvolvida pela própria Claas e é fabricada nas suas instalações de Paderborn.


Claas Arion 660 CMatic TESTE EM CAMPO

Numa caixa sofisticada como é esta CMatic, há diversas definições que permitem ajustes de configuração em função das preferências pessoais do utilizador ou em função do trabalho a realizar. Aqui, incluise a pré-seleção de três gamas de velocidade (configuráveis) para ambos os sentidos de marcha. O efeito de travão motor é uma das particularidades da CMatic. Sempre que se alivia o pé do pedal de condução e o joystick está totalmente puxado para trás, é aumentado o efeito de travão motor, deixando o sistema de travagem menos exposto a desgaste. Permite alcançar os 50 km/h a um regime económico de 1.500 rpm e comporta três modos de condução: manual, modo pedal, e modo joystick.

Eixo dianteiro A compensação de cargas (curva, travagem, aceleração) e a direção dinâmica são novas funções que este eixo, agora

Apoio de braço com monitor tátil de 12” (versão CEBIS).

CLAAS ARION 660 CMATIC MOTOR

O painel de instrumentos concilia elementos digitais e analógicos.

Fabricante

Deere Power Systems

Nº de Cilindros/ cilindrada

6 / 6.788 cm³

Potência máxima / com boost

185 cv / 205 cv

Binário máximo

833 Nm

Nível de emissões

Fase IV / Tier 4F

TRANSMISSÃO

Configuração

Variação contínua

Velocidade máx.

50 km/h

HIDRÁULICO

reformulado, inclui. Também os cilindros de direção apresentam maior diâmetro e os pontos de lubrificação passaram a ser apenas 4 em vez de 19.

Capacidade máx. de elevação

Traseira: 8.000 kg Ft: 4.000 kg

Fluxo da bomba (opcional)

110 L/min (150 L/min)

DIMENSÕES

Distância entre eixos

2.820 mm

Carga máxima admissível

12.500 kg

Hidráulico Os terminais CIS+ ou CEBIS permitem ajustar diversas especificações de um sistema hidráulico que conta com distribuidores de face plana e patilhas de descompressão como equipamento standard.

Cabine Para esta série estão reservadas duas configurações de cabine, com 4 ou 5 pilares, de forma a dar resposta a clientes com necessidades e gostos distintos. Já a nível de tecnologia a bordo, é possível optar por um apoio de braço mais básico (CIS+),

com monitor de 7” no pilar da cabine, ou por um apoio de braço mais sofisticado (CEBIS), com monitor tátil de 12” e joystick multifunções CMotion.

Preço A Claas anuncia para o Arion 660 CMatic um PVP de 173.680 Eur, embora advertindo que este valor estará sujeito a possíveis descontos a serem concedidos por cada concessionário. Para o PVP apresentado, considerou-se uma versão mais equipada que, entre outras especificações, inclui eixo da frente com travões e suspensão, assento pneumático, cabine com suspensão de 4 pontos, ISOBUS e terminal CEBIS.

Novo pack de iluminação LED.

Fácil acesso aos pontos de manutenção.

APRECIAÇÃO O Arion 660 CMatic (CEBIS) foi disponibilizado pela Claas para condução em estrada, sem reboque, numa exploração nos arredores de Toulouse, em França. O percurso que fiz serviu essencialmente para ter contacto com os diferentes modos de funcionamento da transmissão. Na generalidade, a CMatic faculta um vasto leque de especificações ajustáveis que permitem ao operador controlar o trator de forma precisa em diferentes situações. Para a experimentação em campo, feita no mesmo local, a marca disponibilizou um Arion 610 CMatic (CIS+), que é o modelo de entrada de série. Ao fazer mobilização com uma grade rápida da Quivogne, comprovei o conforto proporcionado pelo sistema de gestão de cabeceiras, assim como o correto desempenho da transmissão perante as variações de carga e os ajustes de velocidade-alvo no decorrer do trabalho. A Claas sujeitou os modelos desta série a uma evolução natural, retocando cirurgicamente diversos componentes onde identificou que era possível introduzir melhorias.

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Os números falam por si

Crescemos 15% na marca Herculano Há um ano atrás entrevistámos a equipa de gestão da Herculano, representada pelos administradores Fernando Jorge, Ricardo e Gonçalo Teixeira. Nessa altura o fabricante do Loureiro apresentava a sua nova identidade corporativa e estreava também um novo processo produtivo que prometia dotar a empresa de maior flexibilidade, permitindo uma maior aposta nos mercados internacionais. Hoje, voltamos à conversa.

abolsamia: Como correu o último ano? Os números falam por si, crescemos 15 % na marca Herculano com o mercado nacional a representar 35 % da faturação e a exportação 65%. Foi sem dúvida um excelente ano não só para a Herculano como para o Grupo Ferpinta marcando mais uma vez um ano de liderança no setor. Da última vez que falámos, a Herculano estava a implementar um novo processo de fabrico com vista à redução dos prazos de entrega. Como evoluiu este tema durante o último ano? O projeto de aumento de produtividade e qualidade do produto final está ainda em curso e tem o nome de H+. Este projeto envolve todos os colaboradores da empresa num processo conjunto de melhoria dos processo produtivos, gestão de projetos de desenvolvimento e inovação, comunicação entre departamentos e essencialmente a implementação de uma cultura de melhoria contínua no dia-a-dia da empresa, buscando a perfeição a toda hora, em todos os locais e com todas pessoas. Há um ano prometeu a apresentação de um reboque que constituiria uma novidade e que se destinaria sobretudo ao mercado externo. Passado um ano apresenta não uma, mas duas (cisterna e espalhador). Para o próximo ano está prometida alguma novidade? Estamos numa fase de consolidação das duas últimas novidades apresentadas. Ao nível comercial será um ano de

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implementação destes novos produtos, no nosso departamento de desenvolvimento e inovação a aposta é dar mais um passo na evolução tecnológica destes dois produtos com a missão de entregar mais valor ao agricultor com soluções eficientes para a área da fertilização e transporte. As surpresas ficam reservadas para o SIMA do próximo ano. No SIMA de Paris mostrou um cortamilhos que tinha sido desenvolvido para um caso específico de um agricultor francês. Na altura dissenos que a abertura para este tipo de parcerias era total. Durante o último ano pode elencar alguns dos “produtos à medida” feitos pela Herculano? Procuramos que todas as nossas soluções sejam a medida dos nossos clientes e por isso estamos em contínua melhoria e desenvolvimento dos equipamentos para irem cada vez mais ao encontro das suas exigências. As cisternas são um produto que apresenta uma grande variedade de opcionais e funcionalidades para os agricultores, possibilitando-lhes customizar a sua cisterna Herculano à medida das suas necessidades. Vimos na FIMA os primeiros resultados práticos da parceria com o INESC TEC e a aposta cada vez maior na digitalização dos produtos da marca. Quais são os planos da Herculano na era da Agricultura 4.0? Para a nossa equipa a inovação não pode ser apenas uma palavra, mas antes uma filosofia diária na forma como olhamos para o desenvolvimento dos nossos produtos e para o futuro da Herculano e


EMPRESAS

“Foi sem dúvida um excelente ano não só para a Herculano como para o Grupo Ferpinta marcando mais uma vez um ano de liderança no setor.” do setor agrícola. Todas as longas caminhadas começam com um passo e este foi o nosso primeiro passo nesta nova área de digitalização da agricultura 4.0. Contamos com a excelente parceria com o INESTEC com o objetivo de desenvolver produtos para a agricultura de precisão, ecologicamente sustentáveis e que no final aumentem a rentabilidade para o agricultor. Neste último ano, dedicámo-nos à investigação e desenvolvimento duma cisterna e dum espalhador inteligentes, a um custo competitivo, eficientes e versáteis para utilização na agricultura 4.0 e com um claro contributo para o aumento da eficiência da operação de fertilização nas componentes ambiental, agronómica e económica. A inovação passou a ser um pilar estratégico da Herculano, inclusive com dois produtos já apresentados. Qual a explicação para este salto da empresa em termos de inovação dos produtos e preocupação ambiental? Até 2050, estima-se que a população mundial aumente entre 2 a 3 mil milhões (de 7 para 10 mil milhões). De acordo com a FAO, este fator demográfico, aliado ao aumento do poder económico dos países subdesenvolvidos, irá duplicar a procura de alimentos o que exigirá duplicar a produtividade agrícola, já que é escassa a terra arável disponível. Esta necessidade de produzir mais com menos recursos conduzirá, inevitavelmente, à intensificação dos sistemas de produção agrícola o que poderá originar maiores riscos de ocorrência de pragas e doenças, diminuição da fertilidade do solo e problemas ambientais tais como a contaminação, salinização e erosão do solo. Estes problemas só poderão ser mitigados através do recurso a

tecnologias inovadoras com enfoque em processos com níveis de performance elevados, numa ótica de agricultura de precisão, a qual terá um impacto positivo sobre a eficiência de utilização dos recursos. Portanto, procuramos entender o que será o futuro para os agricultores para nos prepararmos com soluções que os permitam enfrentar os novos paradigmas. A Agricultura de precisão é cada vez mais uma realidade também no mercado portu-guês. Como vê a Herculano esta questão? Por tudo o que foi abordado na questão anterior, exige-se hoje mais agricultura de precisão, impondo máquinas baseadas em tecnologia de automação, de processos precisos capazes de aplicar os produtos na quantidade certa, no local exato, no momento certo e que ao mesmo tempo consigam avaliar e reportar o estado da cultura e do solo e a operação realizada de acordo com os princípios da agricultura 4.0/ indústria 4.0. A fertilização e a correção orgânica dos solos, hoje em dia, utilizando espalhadores de estrume e cisternas de chorume, são operações agronómicas realizadas com muito baixa eficiência em termos ambientais e económicos. Existindo mesmo normativas europeias tendencialmente mais rígidas, que exigem maior controlo nos processos de fertilização por forma a reduzir a quantidade de azoto aplicado. Nós pretendemos estar ao lado dos agricultores, fazendo jus ao nosso lema “Consigo no terreno”, com produtos que respondam às novas exigências legislativas e principalmente à rentabilidade dos seus negócios, pois hoje em dia o potencial do valor económico dos dejetos animais é bastante elevado, portanto é necessário efetuar a sua correta gestão e aproveitamento na fertilização racional do solo e, também como meio adequado de reciclar nutrientes. ABOLSAMIA maio / junho 2018

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FORMAÇÃO

HABILITAÇÃO PARA CONDUZIR MÁQUINAS AGRÍCOLAS Por JOÃO SOBRAL

Atenção ao que muda! Quem está habilitado para conduzir máquinas agrícolas? É esta a questão que se coloca perante as novas exigências introduzidas pelo governo. Muitas pessoas que trabalham com tratores e outras máquinas automotrizes, como ceifeiras ou ensiladoras, terão de fazer um curso para que o seu título de condução continue válido. Muito provavelmente, será o seu caso. Fomos consultar a nova legislação específica que entrou em vigor, solicitámos esclarecimentos junto dos organismos públicos responsáveis por esta área, e trazemos-lhe algumas respostas.

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Alterações à lei Comecemos por um despacho do governo. “O facto dos tratores e máquinas agrícolas e florestais poderem ser operados por pessoas que detêm como habilitação cartas de condução de veículos ligeiros e pesados de mercadorias e de passageiros, sem qualquer outra formação especializada que lhes atribua competências para os perigos e os riscos específicos a que ficam expostos, torna essencial que o MAFDR regulamente a formação para estes utilizadores, para que obtenham conhecimentos e competências que contribuam para a segurança nos trabalhos agrícolas e na via pública […]”. É desta forma que o despacho 3232/2017 de 18 de abril enquadra a questão.


FORMAÇÃO

Mais tarde, entrou em vigor o Decreto-Lei nº 151/2017 de 7 de Dezembro, um diploma que veio alterar o Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir (RHLC), com implicações a nível da habilitação para conduzir veículos agrícolas. Neste Decreto-Lei é estipulado o seguinte: “Relativamente à condução de veículos agrícolas, introduz -se a obrigatoriedade de frequência de ação de formação […] para os condutores da categoria B que pretendam conduzir veículos agrícolas da categoria II, condutores da categoria C que pretendam conduzir veículos agrícolas da categoria II e III, e condutores da categoria D que pretendam conduzir veículos agrícolas da categoria II e III”. A este propósito, também a ACT fez publicar na sua nota técnica nº 6 a seguinte informação: “Para a ANSR a habilitação legal para a condução de tratores e máquinas agrícolas pode assumir duas formas: Carta de Condução ou Licença de Condução, variável com o tipo de trator e de máquina agrícola ou florestal. A ACT exige que a operação de máquinas e equipamentos de trabalho, com riscos específicos para a segurança e saúde dos trabalhadores, seja efetuada somente por operador especificamente habilitado para o efeito. Nesse sentido, a ACT para além da habilitação legal exigida pelo Código da Estrada exige que os operadores de tratores e máquinas agrícolas ou florestais sejam detentores de formação habilitante”. Chegados aqui, importa clarificar quem é que tem de fazer o curso e quem é que está dispensado de o fazer.

A fronteira entre o que é obrigatório e o que não é

FORMAÇÃO

Nos últimos tempos, vem-se anunciando cursos obrigatórios atrás de cursos obrigatórios, e algumas empresas privadas da área da formação vão fazendo o seu negócio com base no desconhecimento das pessoas. Há cursos destinados apenas ao contexto laboral que são anunciados por estas entidades como obrigatórios para todos. A desinformação é a verdadeira galinha dos ovos de ouro destas empresas. Perante essa prática, os organismos públicos pouco ou nada têm feito esclarecer as pessoas, deixando-as entregues a autênticos vendedores de banha da cobra. Sem dúvida que há toda a vantagem em que um maior número de agricultores tenha acesso a formação. Mas há uma distinção essencial a fazer. »

COTS

Quem tem de fazer? Com a criação destes cursos COTS, pareceunos muito importante clarificar quem por lei está obrigado a fazê-los. Sem sombra de dúvidas, é possível dizer que quem está obrigado a fazer a formação COTS são os condutores com Carta de Condução das categorias B, C e D que pretendam conduzir veículos agrícolas na via pública. Mesmo os que trabalham apenas por conta própria, porque é o que exige a revisão feita ao RHLC no âmbito do IMT. Têm ainda de fazer o curso os detentores de Licença de Condução de Trator Agrícola (obtida numa escola de condução) se forem trabalhadores por conta de outrem, ou, sendo trabalhadores independentes, se fizerem prestação de serviços. Esta exigência decorre de ambas as situações estarem sujeitas à fiscalização que é feita pela ACT.

Quem frequentou o ‘Curso de Manobrador de Máquinas Agrícolas’ tem de fazer o COTS? Sim, tem de fazer. O curso de manobrador é válido para as entidades que têm de proporcionar 35 horas de formação anual aos seus funcionários. Não tem a mesma finalidade do curso COTS. São formações diferentes.

Quem está dispensado de fazer? Está claramente dispensado de fazer o COTS quem seja portador de uma Licença de Condução de Trator Agrícola obtida no âmbito de uma ação de formação realizada sob a tutela do MAFDR, num Centro de Formação Profissional ou ainda numa Escola Profissional Agrícola.

E quem é que está a meio da ponte? Estão a meio da ponte, numa situação pouco clara, os portadores de uma Licença de Condução obtida numa escola de condução (e não no âmbito de uma formação profissional mais alargada). Se trabalharem por conta de outrem ou se realizarem prestação de serviços, têm obrigatoriamente de fazer a formação COTS, porque esta lhe é exigida pela ACT. Mas no caso de trabalharem apenas por conta própria, não existe na lei nenhuma disposição a exigir-lhes a formação habilitante. Quer isto dizer que podem ficar descansados se não a fizerem? Não necessariamente. Já lá vamos. ABOLSAMIA maio / junho 2018

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II e III. Esta exigência é apenas para os titulares da carta de condução das categorias mencionadas, nada referindo quanto às licenças de condução de trator agrícola que tenham sido obtidas numa Escola de Condução”.

DGADR e ACT lançam neblina sobre o assunto « Uma coisa é informar as pessoas acerca das formações que são obrigatórias, ou acerca de formações que são opcionais mas que beneficiam de financiamento, não implicando custos para quem as realiza, e outra situação bem diferente é atrair as pessoas para formações não obrigatórias, pagas, e fazendo uso de meias verdades.

O que tem acontecido por todo o país O Curso de Operador de Máquinas Agrícolas é um exemplo dessa prática que tem acontecido um pouco por todo o país. Este é um tipo de ação que se enquadra no âmbito da formação contínua de 35 horas que os empregadores devem proporcionar ao seu pessoal. Mas muitas pessoas que estavam dispensadas desta obrigatoriedade – é o caso dos agricultores que trabalham por conta própria e que não realizam prestação de serviços – foram arrastadas para este curso porque lhes foi sendo dito que tinham de o fazer.

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A resposta dos organismos públicos Como já aconteceu com as formações profissionais, a neblina parece continuar agora com os cursos COTS porque nem os próprios organismos públicos fornecem uma clarificação inteiramente satisfatória. “Estão dispensados de fazer a formação habilitante todos os portadores de uma Licença de Condução de Tratores Agrícolas, desde que trabalhem exclusivamente por conta própria, fora do âmbito de uma relação contratual, e quando não façam qualquer prestação de serviços?” Esta questão foi por nós endereçada à DGADR e à ACT. A resposta que nos chegou foi articulada entre aquelas duas instituições e é a seguinte: “A exigência da formação habilitante aplica-se a quem trabalha por conta de outrem (por exemplo quando existe relação de trabalho) e quando há trabalho autónomo (prestação de serviços) economicamente dependente. Nesse contexto a fiscalização é feita nos locais de trabalho pela ACT e na estrada

pela GNR”. Na mesma ocasião, solicitámos ainda um segundo esclarecimento. «A ACT não tem competência para exigir formação habilitante aos agricultores que se encontrem na situação descrita acima? [Que trabalhem por conta própria e não realizem prestação de serviços] A estes casos, aplica-se a legislação no âmbito do IMT relativamente à habilitação legal para conduzir e quaisquer ações de fiscalização serão da exclusiva competência da ANSR?» Mais uma vez, as duas instituições forneceram uma resposta concertada, como passamos a apresentar. “Embora este assunto seja da competência do IMT, a leitura do Decreto-Lei 151/2017, de 7 de dezembro no que respeita à condução de veículos agrícolas por parte dos titulares de carta de condução, indica a obrigatoriedade de frequência de ação de formação […] para os condutores da categoria B que pretendam conduzir veículos agrícolas da categoria II, condutores da categoria C, que pretendam conduzir veículos agrícolas da categoria II e III e condutores da categoria D, que pretendam conduzir veículos agrícolas da categoria

De acordo com a lei, e como se pode concluir da resposta concertada dada pela DGADR e pela ACT, a formação habilitante COTS não pode ser exigida aos detentores de uma Licença de Condução de Trator Agrícola que trabalhem exclusivamente por conta própria, porque o IMT não o exige e porque estes casos estão fora da competência da ACT. O reconhecimento de que assim é foi retirado a ferros depois de muita insistência nossa para que esta dúvida fosse esclarecida. Mas acontece que no mesmo dia em que nos foram endereçadas estas respostas, a DGADR fez publicar no seu portal na Internet um comunicado que entra em contradição com o esclarecimento que nos foi prestado. Nesse comunicado é dito: “Esta obrigatoriedade por parte da ACT é extensível a todos os operadores de veículos agrícolas independentemente do regime de trabalho (por conta própria ou por conta de outrem) e vínculo laboral”. Não deixa de ser estranha a inclusão desta passagem, sobretudo porque não existe na lei qualquer disposição que possa atestar o que aí é dito. Em vez de clarificar, a DGADR e a ACT envolvem o tema em neblina. Mesmo que não seja essa a intenção, lá que parece, parece.


FORMAÇÃO

RECAPITULANDO...

BENEFICIAR DE FORMAÇÃO FINANCIADA Se possui Carta de Condução tem mesmo de fazer o COTS para poder continuar a conduzir máquinas agrícolas. E se tem uma Licença de Condução obtida numa escola de condução, é também aconselhável que o faça devido ao contexto pouco claro que denunciámos atrás. Assim, seja qual for o seu caso, para não ter de suportar o custo do curso, o ideal é que procure beneficiar de uma das ações financiadas que regularmente vão sendo organizadas. Para tal, recomendamos que se informe numa cooperativa agrícola ou na associação de agricultores da sua área de residência para saber que ações estão disponíveis ou quais virão a abrir em breve. São sobretudo estas entidades que lhe vão fornecer informações credíveis.

Esclarecimento do lado da GNR Contactada a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da Guarda Nacional Republicana, foi-nos dada a indicação de que “O Decreto-Lei n.º 151/2017, de 7 de dezembro, prevê que os condutores, dependendo da sua habilitação de base, só poderão conduzir veículos agrícolas, na via pública, mediante a frequência de ação de formação […]”. Perante a explicação, alertámos para o facto de em nenhuma passagem do referido DecretoLei ser dito que os titulares de Licença de Condução de Tractores Agrícolas estão sujeitos a formação profissional habilitante. Insistimos que era necessária uma clarificação, e a resposta dada pelo chefe daquela divisão da GNR não deixa lugar a dúvidas, tendo-nos confirmado que “[…] os condutores da Licença de Condução para Veículos Agrícolas (categoria I, II e III) estão dispensados de frequentar a ação de formação”.

Afinal, em que ficamos? Se tem como habilitação de base uma Licença de Condução de Trator Agrícola (e não uma Carta de Condução) e trabalha exclusivamente por conta própria,

fica enquadrado no que é exigido pelo IMT e está apenas sujeito à fiscalização efetuada pela GNR. Para estes casos, a lei atual não exige que faça o curso COTS e esta força de segurança apenas deve fiscalizar se possui Licença de Condução. Isto é ponto assente. Mas tendo em conta a informação ambígua que é divulgada pela DGADR e pela ACT, o mais certo é que o assunto continue envolto numa certa nebulosidade. E é de antever que até mesmo para os agentes das forças de segurança não venha a ser fácil estabelecer a fronteira entre quem está obrigado e quem está dispensado de fazer a formação. Neste contexto, quem possui licença de condução e trabalha por conta própria, mesmo estando dispensado de fazer o COTS, não tem nada a perder se o fizer. Bem pelo contrário. Com a formação, fica precavido relativamente a outras situações que podem vir a surgir. Até porque não é de excluir que também as seguradoras a venham a exigir. E agora pondo de parte as leis, costuma-se dizer que maus hábitos adquiridos são defeitos incorrigíveis. Pois é mesmo para corrigir os maus hábitos adquiridos que servem as formações. É por isso que este curso COTS tem muita utilidade para quem trabalha com máquinas. No fundo, é um investimento na sua própria segurança.

ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho. ANSR – Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. COTS – Curso ‘Conduzir e Operar com o Trator em Segurança’. DGADR – Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural. IMT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes. MAFDR – Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural. RHLC – Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir.

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FORMAÇÃO

CURSOS COTS ESTÃO EM ANDAMENTO Os cursos COTS já estão a decorrer e fomos conhecer os contornos desta formação junto de quem está diretamente envolvido. Falámos com Ana Martins, uma Engenheira Agrónoma que está a lecionar o curso no Alentejo, em vários locais, e também com dois agricultores que já completaram a formação.

Ana Martins Formadora É licenciada e mestre em agronomia e dá aulas na Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Serpa. Com uma forte ligação ao campo por via familiar, tem vindo a dedicar-se também à formação profissional com os cursos de aplicadores de produtos fitofarmacêuticos e mais recentemente com os cursos COTS, destinados a quem trabalha com máquinas agrícolas. Tem andado entre Moura e Santiago do Cacém sem mãos a medir. Os cursos COTS são recentes. Quando começou a dar esta formação e em que locais? Estou a lecionar o curso COTS desde o início do ano. Estas ações em que estou envolvida estão a ser promovidas por diversas entidades, nomeadamente a Associação de Agricultores do Baixo Alentejo, a Associação de Agricultores do Sul e a CONFAGRI. Neste momento tenho a agenda completamente preenchida com a Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches no âmbito de formação

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financiada pela CONFAGRI para os sócios da cooperativa. Estou a dar formação em várias localidades, desde Moura até Santiago do Cacém. O curso é dado em sala mas inclui também uma componente prática? Tem uma componente teórica em sala onde apresentamos as estatísticas relativas a acidentes com tratores em Portugal, e onde abordamos assuntos como a condução e prevenção rodoviária

com veículos agrícolas, o código da estrada e normas aplicáveis, o código do trabalho e normas aplicáveis, os equipamentos de segurança e proteção coletiva do trator, ou ainda o equipamento de proteção individual. Posteriormente, tem uma componente prática ministrada no terreno, onde são abordados temas como conduzir e operar com o trator em segurança, e conduzir o trator em condições perigosas e operar com órgãos ativos. É nesta fase que os formandos engatam e desengatam alfaias e operam o trator de acordo com os procedimentos de segurança corretos. Muitos afirmam ter executado estas tarefas a vida toda mas não desta forma. E aí reconhecem e valorizam a importância da formação. No final da ação são submetidos a uma prova prática e uma prova oral de conhecimentos pelo Ministério da Agricultura. No âmbito da obrigatoriedade imposta pela ACT, apenas fica dispensado de realizar esta formação quem tiver obtido a Licença de Condução através de formação profissional... Sim. Quem tira a Licença numa escola de condução não tem contacto direto com a realidade de trabalhar com uma alfaia em segurança, ou formação sobre como conduzir e operar o trator em segurança. Há muitos acidentes que acontecem com alfaias e quando se tira apenas a Licença não são abordados estes assuntos.

O engate/desengate de alfaias é uma das tarefas que a formação prática contempla.

Os formandos são recetivos à formação? Há pessoas que veem o COTS como uma mais-valia e inscrevem-se mesmo possuindo uma formação de base que as dispensaria de fazerem o curso, como é o caso de quem tenha obtido a Licença de Condução através de formação profissional. Fazem-no sobretudo por uma questão de reciclagem de conhecimentos, em especial devido a atualizações na legislação. Há também alguns formandos que demonstram descontentamento total, porque sempre trabalharam com máquinas agrícolas e acham que não precisam de formação. Mas sabendo que se não a fizerem correm o risco de coimas, inscrevemse e frequentam a formação. Em geral, mesmo estes formandos acabam por reconhecer que foi uma experiência útil e gratificante. Felizmente, até ao momento posso afirmar que de certa forma tenho conseguido atingir os objetivos mudando a mentalidade e a noção que tinham da realidade antes de frequentarem a ação. No decorrer do curso, quais são os maiores desafios com que se depara? Tentar mudar a mentalidade das


Grupo de agricultores durante a formação COTS

pessoas, particularmente das pessoas de mais idade. As estatísticas comprovam que a maior parte dos acidentes ocorrem com pessoas de idade superior a 65 anos. O desafio é procurar que mudem os hábitos. Pelo facto de trabalharem diariamente com máquinas desde há muito tempo, não quer dizer que façam os procedimentos corretos. Relativamente à segurança, há muitas falhas e muitas delas são graves. Concretamente no domínio da segurança, pode dar-nos exemplo de alguns aspetos que são abordados? A maior parte dos acidentes ocorre por falta de cuidado. Existem estruturas de proteção nos tratores mais recentes, mas muitas pessoas o que fazem é rebater o arco, ou porque precisam de passar por debaixo da copa das árvores ou porque precisam de entrar numa estufa, e depois dificilmente voltam a

colocar o arco de segurança ativo de forma a andarem protegidos. Este é um dos assuntos que abordamos. Depois, o facto de circularem com os pedais de travões sem estarem com a patilha ligada, para ambos os lados travarem em simultâneo, é outro dos motivos do reviramento e capotamento. Alertamos ainda para as alterações caseiras que são efetuadas às máquinas. O veio de cardan é outro elemento que leva à ocorrência de muitos acidentes, devido à falta de proteção. As pessoas retiram a proteção porque acham que atrapalha e noutros casos porque se danifica e não voltam a colocar. Esta é também uma questão fundamental. A nível nacional o que está a acontecer? Há cursos financiados que contemplam 50 horas de formação, e há cursos pagos pelos formandos que contemplam 35 horas de formação. Neste momento, ainda há poucos técnicos credenciados para lecionar o curso COTS, o que limita a possibilidade de mais pessoas poderem realizar a formação.

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FORMAÇÃO

António Ferreira Prestador de serviços A Sociedade Agrícola do Monte Novo dedica-se à agricultura e à prestação de serviços agrícolas, nomeadamente em trabalhos de preparação de solo, enfardação e debulha. Esta casa é representada pelos Irmãos Ferreira, António e José. Estivemos à conversa com António, que nos falou da experiência, agora que ambos concluíram a formação COTS.

Nelson Banza Agricultor Os avós e os pais eram agricultores e Nelson Banza não foi exceção no percurso que escolheu. Ligado ao campo desde muito cedo, é ele quem dá continuidade ao negócio de família no Monte do Carregueiro, em Aljustrel. Completou recentemente o curso COTS e falou-nos desta experiência. “Mas o que é que eu vou aprender neste curso”? Foi a primeira ideia que lhe veio à cabeça quando ouviu falar desta ação de formação? Fazer uma formação é sempre uma grande valia, tanto pessoal como profissional, seja qual for a atividade laboral que se exerça. Por vezes as rotinas no trabalho não são as mais corretas, por isso na formação adquire-se uma metodologia mais apropriada ao exercício de determinadas tarefas que por vezes têm associado um risco elevado. Reconheço uma grande importância a esta formação, pois todos nós temos consciência de que não fazemos tudo como deve ser e que por vezes cometemos erros irremediáveis. Após ter completado o curso, que avaliação faz da experiência? A avaliação que faço é bastante positiva tanto no contexto teórico como prático. Sou apologista de que se façam mais formações neste âmbito, pois na agricultura há muitas pessoas com mais de 65 anos, que é a faixa etária onde ocorre a maior parte dos acidentes, e que nunca tiveram formação

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de base para exercerem a sua atividade de forma segura. Mas independentemente da idade, a sensibilização é sempre importante e todos os dias aprendemos. De entre os ensinamentos que adquiriu, quais são os que para si têm mais utilidade no dia-a-dia?

“Mas o que é que eu vou aprender neste curso”? Foi a primeira ideia que lhe veio à cabeça quando ouviu falar desta ação de formação?

De entre os ensinamentos que considero de maior relevância, está a legislação a respeito da sinalização obrigatória para circular na via pública com um veículo de marcha lenta com alfaias montadas ou rebocáveis e carregador frontal. Outro ponto muito importante são as dimensões máximas que estes veículos podem atingir para circular na via pública. Existem situações excecionais que interessa conhecermos para não nos sujeitarmos a coimas. Dou ainda relevância às normas de segurança abordadas na formação, em particular a utilização dos veios de cardan com a devida proteção, pois uma simples cápsula plástica oferece-nos uma segurança significativa, bem como o uso de cinto de segurança e estruturas de proteção.

Sem dúvida que foi o que nós pensámos quando ouvimos falar na formação, pois temos mais de trinta anos de trabalho com máquinas agrícolas e equipamentos. Após ter completado o curso, que avaliação faz da experiência? Após frequentarmos a formação vimos que foi uma experiência útil. Apesar de nos parecer um pouco excessiva em número de horas , tivemos uma formadora bastante profissional e responsável, que nos fez ver e relembrar certos perigos que corremos quando manobramos as máquinas e equipamentos. Foi também muito útil o convívio e a partilha de experiências com outros colegas de trabalho. Infelizmente todos nós já apanhámos algum susto com máquinas e dessa forma esta partilha fica como um alerta. De entre os ensinamentos que adquiriu, quais são os que para si têm mais utilidade no dia-a-dia? Todos os ensinamentos foram muito úteis, mas mais ainda os cuidados a ter quando engatamos e desengatamos qualquer equipamento, e os cuidados a ter quando os operamos em trabalho, bem como a sensibilização para o equipamento de proteção individual que devemos usar. Outro ponto forte da formação é a circulação na via pública com máquinas e equipamentos e a sinalização que devemos usar.


EMPRESAS

BKT patrocina 2ª Expedição “Xtractor Around The World” Dar voz ao papel da agricultura em terra sul-africana, apoiar atividades benéficas, e poder demonstrar a resistência dos seus pneus nas cinquenta etapas da segunda expedição do Xtractor, de Cape Town até Pretória. Foram estas as principais razões que levaram o fabricante de pneus BKT a patrocinar esta grande aventura. Na estrada e em campo estão o Agrimax Force IF 710/75 R 42 e o Agrimax Force IF 650/65 R 34 que equipam os tratores McCormick X8, e o Agrimax RT 657 nas medidas 650/65 R 42 e 540/65 R 30 para os McCormick X7. Pneus a que a marca atribui excelentes capacidades de adaptação a diferentes pisos, flexibilidade, tração e segurança, para enfrentar da melhor maneira esta viagem entre os parques, as minas de ouro e os espetaculares planaltos africanos, garantindo a máxima segurança para quem conduz. “A BKT escolheu ser patrocinador oficial do X-TRACTOR AROUND THE WORLD desde o seu início na primeira edição 2015 na Austrália,

Segunda expedição do Xtractor, de Cape Town até Pretória.

equipando os tratores agrícolas com os seus pneus de vanguarda, bem-sucedidos, resistentes, fortes e respeitadores do solo no qual se deslocam”, afirmou Lucia Salmaso, AD da BKT Europe. “Além do mais, orgulhamo-nos de poder ajudar as comunidades africanas a desenvolver ou melhorar a sua economia agrícola e sentimos orgulho de poder contribuir para a sua causa. Daremos o nosso melhor para promover e apoiar este desafio de solidariedade pelos objetivos e as razões deste evento internacional coincidirem totalmente com a filosofia da

BKT”. De facto, esta edição do Xtractor traz consigo uma forte mensagem humanitária, razão que determinou esta adesão (…)” Uma orientação determinada por uma verdadeira “filosofia do giving back”, bem expressa pela BKT Foundation que opera diariamente para apoiar atividades solidárias. A aventura do Xtractor Around the World será documentada no website Xtractor.bkt-tires.com, e nos canais sociais oficiais BKT – Facebook, Instagram, Twitter, Youtube e LinkedIn. www.bkt-tires.com

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REPORTAGEM

0 4 5 . 2 3 oras h

VALMET 4500, o original herói do trabalho Arrifes, São Miguel, Açores. Numa vacaria com 135 vacas, há um trator que se antecipou ao departamento de marketing da própria marca e já era “Um herói no trabalho” muito antes da recente Série A o ser. Conheça o Valmet 4500 de Eugénio Martins, um trator com 32.540 horas. Corria o ano de 1994 quando Eugénio Martins, hoje com 32 anos, viu entrar na vacaria do seu pai, Manuel Martins, um companheiro que se mantém até ao dia corrente. Um Valmet 4500 com 75 cv fabricado no Montijo. “Fugia das aulas para poder ir para as vacas”, confessa Eugénio quando recorda os tempos iniciais do trator na casa. “Chegou cá novo, a estrear”. É usado para espalhar adubo, lavoura, gadanhar, trabalhar com o corta-forragens e o carregador frontal. Carregador frontal esse que divide com um “irmão mais novo”, um 4400, mais usado para esta tarefa. Foi assim que se passaram 32.540 horas de trabalho. Mas qual o segredo para tal longevidade? “Boa condução e boa manutenção, mudanças de óleo a tempo e horas e resolver as avarias na hora!”, esclarece. As manutenções são feitas em casa, pelo próprio, o seu irmão e o cunhado, tal como as mudanças de óleo. Casos mais complicados são serviço para a Agritractores, o concessionário de confiança da casa. “Um espetáculo”,

Da fábrica do Montijo para a Ilha de São Miguel foi um Valmet 4500, corria o ano de 1994. Passados 24 anos, este trator coninua a servir bem o seu dono com um recorde de 32.500 horas.

classifica Eugénio o trabalho da casa açoriana que vendeu o trator ao seu pai em 1994. E, ao longo de tantas horas, quais foram os principais arranjos? “A embraiagem é trocada a cada 7000 horas, política nossa. A caixa levou um retoque uma vez, o motor foi retificado duas vezes. Os travões foram trocados três vezes. São muitas horas a fazer todo o tipo de serviços!”, justifica. No entanto, uma certeza: “enquanto andar vai ficar sempre na casa”.

A boa impressão deixada pelo 4500 foi tal que, desde 1994, mais três Valmet/ Valtra chegaram à vacaria Manuel da Costa Martins. O já falado “carregador” 4400 adquirido em 1997, um 6400 que se dedica apenas a serviços pesados, e o mais recente, de 2011, Valtra N101, que para lém do carregador frontal, leva a cisterna, carrega silagem para as vacas e trabalha com o rototerra. O único exemplar não finlandês é mesmo um John Deere 5510, utilizado para transporte na estrada.

Primeiro Encontro Massey Ferguson A Moviter organizou o “Primeiro Encontro de Concessionários Massey Ferguson” nos dias 26 e 27 de abril, na sede da empresa, em Leiria. A iniciativa juntou toda a rede de concessionários do país e serviu para falar do negócio, analisar o mercado e definir objetivos para o resto do ano. A Moviter aproveitou também a oportunidade para apresentar algumas campanhas especiais, para tratores e peças. O segundo dia foi dedicado à formação técnico-comercial, com especial enfoque em alguns modelos novos da gama Massey Ferguson (MF 3700, MF 5700 S e Série Global) e contou com a presença de técnicos da marca responsáveis pelo desenvolvimento de novos produtos e tecnologias. A Moviter é conhecida no mercado pela importância que dá a este tipo de iniciativas e pretende fazer um “Encontro de Concessionários Massey Ferguson” todos os anos. A partilha de experiências e opiniões é útil para todos e permite fortalecer as relações e consolidar o negócio.

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A LONG WAY

TOGETHER

Reduzida compactação do solo Maior capacidade de carga Menores custos operacionais Máximo desempenho Conforto fiável

DISTRIBUIDOR PARA PORTUGAL

Xtractor.bkt-tires.com

Zona Industrial, Lote 13 Apt. 53 3060-197 Cantanhede Tel: 231 419 290 - Fax: 231 419 299 geral@sjosepneus.com www.sjosepneus.com


EMPRESAS

60º aniversário do primeiro empilhador Manitou

Marcel Braud - fundador e Presidente honorário do Grupo Manitou e sua irmã Jacqueline Himsworth, atual Presidente do Conselho de administração.

Por CATARINA GUSMÃO O Museé des Arts Forains, em Paris foi o local escolhido pela Manitou, no final do mês de abril, para o festejo do 60º aniversário do primeiro empilhador Manitou. A revista abolsamia foi convidada para a celebração e testemunhou o discurso de Marcel Braud, fundador e agora Presidente honorário do Grupo, na abertura das comem-orações. “Em 1944, quando eu tinha 13 anos, a minha mãe incentivou-me a entrar no ramo da indústria das máquinas. Fui iniciado na profissão e gradualmente aprendi a administrar uma empresa. Em 1958, pensei numa máquina original: Por que não transformar um trator agrícola, adicionando-lhe um mastro de elevação e direção hidráulica? O primei-ro empilhador Manitou nasceu: o MC5, o ponto de partida para toda a gama de MCs. Mas precisava de encontrar um nome para essa máquina. Depois de um brainstorming familiar chegámos a MANITOU. Na língua francesa “Manis tous’” significa “que consegue lidar com tudo”. O primeiro Manitou, o MC 5, era destinado ao mercado de construção e tinha uma capacidade de carga de 500 kg.” Este foi o início da história. O futuro da Manitou Group, em termos de máquinas, também será

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MANITOU GROUP EM 2017 €1,6 mil milhões

....

19 % crescimento 2017 vs 2016

....

22.000 máquinas Manitou vendidas

....

21 novos modelos

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17 novas patentes

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10 prémios mundiais

....

100 novos Concessionários

feito de inovação. Disse Marcel Braud: “Queremos acelerar o nosso desenvolvimento de plataformas elevatórias. Hoje somos o quarto maior fabricante mundial de plataformas de trabalho aéreo, não incluindo elevadores de tesoura. Em 2022, estaremos entre os três primeiros.” “Em termos de serviço”, disse ainda o presidente do Grupo, “não nos concentramos apenas no pós venda mas também no apoio, financiamento e disponibilidade de peças sobressalentes.” “Criar valor e desempenho através da inovação, digitalização e transformação”, concluiu Marcel Braud: “A inovação diz respeito a novos conceitos, novas patentes, máquinas inteligentes, máquinas conectadas, realidade virtual, inteli-gência artificial, impressão 3D ... e estamos avançando rapidamente em todos esses campos. Continuaremos a estar na linha da frente em máquinas com design futurista para os próximos 60 anos!”


Exposição de máquinas Manitou no exterior do museu.

PRODUZ

1A CADA MÁQUINA 3 MINUTOS ACIONISTAS

2DAS/FAMÍLIAS 3 DE PROPRIEDADE BRAUD & HIMSWORTH

3900 FUNCIONÁRIOS 26 SUBSIDIÁRIAS MUNDIAIS VENDAS EM

140 PAÍSES 1500 CONCESSIONÁRIOS PARA 78 % VENDAS FORA DE FRANÇA

11 FÁBRICAS Michel Denis, CEO, durante o discurso de abertura.

Veja a Galeria de Fotos em: www.flickr.com/abolsamia

9 CENTROS LOGÍSTICOS ABOLSAMIA maio / junho 2018

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PRODUTO

“Outros” Matrículas de tratores novos por marcas em 2017 VENDAS DE TRATORES NOVOS* POR MARCAS EM 2017: “OUTROS” 2017

2016

unidades

Caixa Dyna-4 em mais modelos MF 5700 Global A Massey Ferguson estendeu a sua transmissão Dyna-4 aos modelos de quatro cilindros MF 5710 e 5711. Estes tratores de 100 e 110 cv equipados com a Dyna-4 terão também, como opcional, suspensão na cabine. Ambos os modelos, que fizeram a sua estreia na Techagro 2018 em Brno, República Checa, juntam-se ao MF 5708 e ao MF 5709 Dyna-4, de três cilindros, introduzidos na Agritechnica 2017. A Massey Ferguson alarga assim a sua Série Global, que dispõe de opções de powershift, Dyna4 (16x16), ou mecânicas (12x12). De acordo com o fabricante, tanto o MF 5710 como o MF 5711 serão apelativos para agricultores que procurem tratores versáteis, tanto para operações de campo como para trabalhos com carregador frontal. “As novas características, a par do recentemente introduzido Visio Roof (opcional), tornam estes tratores opções ainda mais credenciadas para executarem tarefas com carregador frontal”, defendeu Francesco Quaranta, vice-presidente de vendas, marketing e gestão de produtos, da Massey Ferguson Europa e Médio Oriente.

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JCB

9

LOVOL

6

5 0

BRP

5

0

YAGMUR

5

8

FORD

3

0

FOTON

3

12

MAHINDRA

3

3

AGRIA

2

0

KUKJE

2

59

LINHAI

2

1

BOMBARDIER

1

0

KL

1

0

NAGANO

1

0

Total Mercado

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(*) Tratores matriculados pela primeira vez Origem: IMT Fonte: ACAP

Na última edição da Revista publicámos, como usualmente, as matriculações de tratores em Portugal em 2017. Pelo critério que decidimos usar na elaboração das tabelas,houve algumas marcas de tratores que não foram especificadas ficando englobadas num grupo a que chamámos “Outros”. A pedido de vários leitores, publicamos a tabela dos “Outros”, com a discriminação das marcas e correspondentes unidades matriculadas.


CNH distribui Topsoil Mapper Numa perspetiva de conservação dos recursos, a heterogeneidade dos solos requer que durante a mobilização se apliquem diferentes profundidades de trabalho. Tendo em conta este pressuposto, as marcas do Grupo CNH vão passar a disponibilizar na sua rede de concessionários o dispositivo TSM (Topsoil Mapper) para mapeamento de solos da firma austríaca Geoprospector.

A parceria abrange treze países europeus mas Portugal não está incluído, pelo menos para já. Este produto foi apresentado ao público na Agritechnica 2015 e permite realizar um mapeamento de parcelas onde aparece identificada a variação da estrutura do solo. Funciona com base num sistema de sensores situados numa barra de tipo scanner, instalada na frente do trator. Esta barra (TSM) capta em tempo real os parâmetros mais relevantes do solo e envia esses dados ao trator via ISOBUS para que a profundidade de trabalho da alfaia vá sendo ajustada automaticamente no decorrer da operação. Esta caracterização da estrutura do solo costuma ser feita como uma tarefa em separado, da qual resulta um mapeamento de parcelas. Com esta inovação da Geoprospectors,

todo o processo de mapeamento é realizado durante a mobilização do solo, numa única passagem. E em simultâneo a profundidade de trabalho da alfaia vai sendo controlada, de forma automática e em contínuo, em função das características do solo. “O Topsoil Mapper é o primeiro sensor de solo que pode ser diretamente integrado em equipamentos agrícolas e que é capaz de controlar a profundidade de mobilização em tempo real”, refere Michael Pregesbauer, CEO of Geoprospectors GmbH. O TSM pode ser usado em todo o tipo de vegetação e condições climatéricas e de solo.

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ENTREVISTA

DOIS DEDOS DE CONVERSA... Por SEBASTIÃO MARQUES

Bem-vindo à “Dois dedos de conversa”, uma rúbrica onde conhecemos um pouco melhor os agricultores e tratoristas do nosso país. Porque “se o campo não planta, a cidade não janta”. Desta vez estivemos à conversa com Hugo Silva, produtor de bovinos de carne na Ilha do Pico. Onde trabalha? AgroSilva, na ilha do Pico, Açores. Por conta própria ou por conta de outrem? Conta própria. Qual é a dimensão da exploração? 70 hectares.

HUGO SILVA 20 anos Agricultor Ilha do Pico Açores

Qual é a atividade da exploração/ empresa? Criação de bovinos de carne e prestação de serviços agrícolas. Usa as redes sociais para divulgar o dia-a-dia no campo? Sim, utilizo uma página no facebook para que os seguidores possam acompanhar um pouco do dia-a-dia da empresa. A sua família trabalha no campo? É daí que vem a ligação ao setor? Sim, já são algumas as gerações da minha família que se dedicam a esta área, mais precisamente à produção de bovinos. Com que idade se começou a interessar por máquinas agrícolas? Desde muito cedo. Comecei por ter alguns tratores de brincar e, algum tempo depois, começo a acompanhar o meu pai regularmente nos serviços prestados. Tem intenção de procurar outro trabalho? Não, não me imagino a trabalhar sem ser atrás do volante de um trator.

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Qual é a melhor parte de trabalhar na agricultura? Para mim é mesmo o contacto diário com os animais e com a natureza. Ser capaz de transformar os recursos existentes, nos mais variados produtos para consumo. Qual é a parte mais frustrante de trabalhar na agricultura? Acho que é mesmo a falta de consideração pelos agricultores, que todos os dias trabalham arduamente para conseguirem ter produtos de qualidade e depois não são recompensados justamente por isso. Quando está no trator, o que prefere ouvir? (o barulho do motor, música)? Embora saiba que é importante ouvir o barulho do motor, não dispenso a música! Gostava de trabalhar noutro ramo? Não, sinto-me bastante bem a trabalhar nesta área. Dar massa e limpar o filtro fica para outro dia?

Nunca! Cuidar do trator é das partes mais importantes do dia, pois se ele não estiver a 100% não estamos a tirar proveito do máximo desempenho dele. O que é que faz quando não está a trabalhar para a exploração? Dedico tempo à família e aos amigos. Tentando distrair-me um pouco dos problemas diários. O que é que o faz rir? Uma boa piada ou ouvir o que quero na altura certa. O que é que o chateia? Chateia-me estar ainda a meio do dia de trabalho e o trator acender a luz da reserva. Se ganhasse a lotaria, qual seria a primeira coisa em que ia investir? A primeira coisa que ia investir seria na renovação e modernização das máquinas da empresa. É leitor da abolsamia? De que rúbricas? Acompanho o trabalho da revista online, sobretudo as Provas de Campo.


NOVA CABINE AIR

Homologada ROPS e FOPS, pressurizada e certificada em categoria 4


MERCADOS ABRIL 2018

BARÓMETRO DE NEGÓCIOS CEMA

Equipamentos inteligentes são chave para o crescimento do mercado

“As encomendas recebidas quer da Europa quer de fora da Europa perderam um impulso considerável.”

Volume de mercado de equipamentos para trabalho do solo na União Europeia (em biliões de Euros) 1,50

Index do Clima de Negócios CEMA (CBI) - Total CBI Situação presente Expetativa futura

Sementeira, Fertilização, Proteção de culturas

1,37 1,53 1,63 1,70

2017* 1,84

Equipamentos para mobilização do solo

1,67 1,83 1,85 1,84

2016 2015 2014 2013 *preliminar Fonte: CEMA

Embora permaneça ainda num nível alto, o índice geral do clima de negócios da indústria de máquinas agrícolas na Europa parece já ter atingido o seu ponto mais alto. De facto, as expectativas futuras tornaram-se um pouco mais cautelosas. As encomendas recebidas quer da Europa quer de fora da Europa perderam um impulso considerável. Em comparação com todos os outros segmentos, o clima de negócios para os equipamentos agrícolas foi o que se deteriorou mais. Tanto as expectativas relativas ao volume de negócios, como as avaliações atuais dos negócios nesse segmento estão bastante abaixo da média do setor. Em face da queda dos preços do leite, os fabricantes de equipamentos para o gado e equipamentos de transporte também perderam alguma confiança, mas os negócios atuais ainda funcionam bem. Mercados importantes como a Itália e o Reino Unido parecem estar a arrefecer, juntamente com os mercados escandinavos, da CEI e da maioria dos países da Europa de Les-te. A Polónia e a Alemanha permanecem estáveis no topo do ranking de países, embora estes mercados possam também já ter atingido o seu pico.

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Em 2017, os mercados europeus de equipamentos para a agricultura recuperaram da queda do ano anterior e mostraram um desenvolvimento positivo. A tendência negativa dos quatro anos anteriores terminou, nomeadamente nos equipamentos para a sementeira, adubação e proteção de plantas. Após uma tendência de queda em 2016, o segmento de equipamentos de trabalho do solo voltou a atingir o nível dos três anos anteriores. De acordo com cálculos prévios, o volume do mercado em 2017 alcançou um total de aproximadamente €3.34 biliões, atingindo assim um aumento de 10% em comparação com o ano prévio. Com base em livros de encomenda bem recheados prevê-se uma continuação do crescimento no presente ano, pelo menos nos primeiros seis meses do ano. “Continua a ser a Europa de Leste a exibir os níveis de procura mais altos por equipamentos de trabalho do solo,

bem como por semeadores, espalhadores de adubo e equipamento para proteção de plantas. A nível europeu, os mercados em crescimento da Roménia e da Ucrânia e, não menos importante, a recuperação no mercado polaco, compensaram a tendência negativa do mercado francês”, afirmou Nina Janßen, Coordenadora dos três Grupos de Produto do CEMA. A Agricultura digital apresenta um grande potencial para o setor. Elke Pankow, Responsável pelo Grupo da Sementeira e Fertilização do CEMA, antecipou que o futuro desenvolvimento do mercado estará menos centrado no aumento do ta-manho dos equipamentos, larguras de trabalho e volumes. Ao invés, vê grande potencial para a inovação e eficiência, através do uso da electrónica e de soluções digitais para aplicações eficientes e ambientalmente compatíveis.


MERCADOS

O mercado europeu de tratores cresceu 12,8% em 2017 No total, 161.235 tratores agrícolas foram matriculados em 30 países europeus1 em 2017. Isto quer dizer que o mercado europeu de tratores cresceu 12,8% em comparação com 2016. O aumento nas matriculações de tratores deveu-se a um pico registado no último mês do ano. Até dezembro, havia um aumento marginal das matriculações, com as vendas a serem mais altas sobretudo devido a uma maior procura por tratores abaixo dos 50 cv, enquanto acima dos 50 cv o mercado se mantinha estável. O pico registado em dezembro levou a um crescimento final de 38.41% nos tratores abaixo dos 50 cv e de 6.45% nos tratores acima de 50 cv.

Pico de dezembro nas matriculações causado pela legislação da UE A principal razão para este aumento no final do ano foram os novos requisitos técnicos para tratores, que se tornaram obrigatórios para todos os tratores novos a 1 de janeiro de 2018. Estes requisitos resultaram em alterações mandatórias em vários aspetos, como travagem e iluminação. Tratores que não cumprissem com os mesmo tinham de ser matriculados ou colocados no mercado antes dessa data.

Comparando as matriculações em diferentes segmentos de potência é possível concluir que as vendas aumentaram em quase todos os segmentos. Apenas nos tratores entre 100 e 150 cv houve uma ligeira descida. O número de matriculas de tratores mais potentes, acima de 300 cv, manteve-se estável.

Maioria dos mercados cresceu Quase todos os mercados de tratores nos países pertencentes ao CEMA tiveram taxas de crescimento significativas em 2017, variando entre 5.7% em Espanha e 22.9% na Dinamarca. O mercado francês foi a única excepção com uma queda de 2.2% nas matriculações de tratores. Sem ser tido em conta o pico de dezembro, os números foram, na sua maioria, positivos. Até ao terceiro trimestre, todos os mercados CEMA - excepto o francês, alemão e austríaco - cresceram em comparação com o ano anterior. Para a generalidade dos mercados de maquinaria agrícola - incluindo ceifeiras, pulverizadores, enfardadeiras e gadanheiras

- 2017 foi um ano foi positivo. Numa análise mais detalhada, o mercado francês registou uma descida acentuada no primeiro semestre, seguida de um forte crescimento no segundo trimestre, o que permitiu aumento total do volume de negócio de 2.1%. Já o mercado alemão cresceu aproximadamente 9%, devido sobretudo ao aumento da venda de tratores. Em Itália, o crescimento foi significativo para várias categorias de produto, já que as vendas foram particularmente encorajadas por subsídios nacionais e da UE. Também no Reino Unido a procura foi mais alta em quase todas as categorias de produto. A Holanda também teve crescimento em 2017, mas na Bélgica nas principais categorias de máquinas a procura por enfardadeiras e ceifeiras caiu, apesar de a procura por pulverizadores, ensiladoras e gadanheiras se ter mantido estável. Fonte: CEMA 1- Inclui os UE28 excluindo Bulgária, Chipre, Malta e Roménia, mas contando com a Bósnia-Herzegovina, Islândia, Moldávia, Noruega, Sérvia, Montenegro e Suíça.

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TESTE EM CAMPO Kubota M5101 N

TEMPERAMENTO JAPONÊS EM FORMATO COMPACTO Por JOÃO SOBRAL e SEBASTIÃO MARQUES Fotos SEBASTIÃO MARQUES

Kubota M5101 N Partilha com os modelos maiores da marca os mesmos traços de carácter, mas reunidos num formato compacto, desenhado para o trabalho em entrelinhas de culturas especializadas. Experimentámo-lo em campo com uma grade rápida vinhateira.

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Foi em França que a Kubota nos disponibilizou este seu candidato ao TOTY 2018 na categoria dos especializados. O M5101 Narrow é o modelo mais potente de uma série que recebe diversas melhorias. A adequação do motor ao nível de emissões Tier 4i, um diferente escalonamento da caixa e a compatibilidade com ISOBUS estão entre as atualizações de maior relevo. De resto, é um Kubota. E não o é apenas na cor e nas formas. O sistema de direção Bi-Speed, a diferenciada arquitetura do eixo dianteiro e um posto de condução funcional são traços de identidade da marca que não faltam neste trator.

A série Narrow A série M5N, que vem substituir a série M40N, é composta por três modelos: 5071N, M5091N, e M5101N. Na versão de plataforma com arco, estes tratores fornecem 73, 93 e 103 cv, respetivamente. Na versão com cabine existe um ligeiro diferencial, situando-se a potência nos 75, 95 e 105 cv, respetivamente.

Motor Kubota Tier 4i A marca japonesa emprega neste especializado um motor common-rail de fabrico próprio, com 4 cilindros e 3,8 litros, que atinge o 105 cv. Um sistema DPF+DOC+EGR permite


Disposição de comandos na consola direita.

cumprir as normas de emissões Tier 4i. A opção por um motor que se aproxima dos 4 litros de cilindrada é justificada para se obter um binário mais elevado a regimes mais baixos, bem como para se conseguir uma maior durabilidade.

Kubota M5101 N TESTE EM CAMPO

Transmissão e direção São duas as variantes de transmissão disponíveis: 18/18 e 36/36. Ambas apresentam um escalonamento de seis relações distribuídas por três gamas. A transmissão 36/36 diferenciase por incluir dois níveis de powershit (DualSpeed). O inversor é agora de acionamento eletro-hidráulico. No que respeita à direção, o

Visor LCD de maior dimensão.

APRECIAÇÃO Na mobilização de solo com grade rápida, o trator revelou um desempenho agradável e ágil, com destaque para o impressionante raio de viragem nas cabeceiras, devido à atuação do sistema Bi-Speed. O M5101 N apresenta-se mais estável e equilibrado do que o modelo correspondente da geração anterior, o que se deve a um acerto estrutural por a distância entre eixos ter sido aumentada em 80 mm. Uma nota também para a modificação feita a nível da caixa, em que o número de relações passou de 5 para 6. Esta evolução torna menos frequente a necessidade de se alternar entre gamas, o que contribui para um maior conforto durante o trabalho. A localização da caixa de arrumos, por estar em posição demasiado exposta a potenciais embates, é um aspeto a rever.

As funcionalidades ISOBUS são geridas através de terminais Isomatach Tellus Go ou Pro originários da Kverneland. Também o sistema de condução automática Isomatch AutoDrive-E é fornecido por esta marca pertencente à Kubota.

KUBOTA M5101 N MOTOR

Fabricante / Modelo

Kubota / V3800

Nº de Cilindros/ cilindrada

4 / 3769 cm³

Potência máxima

105 cv

Binário máximo

342 Nm às 1500 rpm

Nível de emissões

Fase IIIB / Tier 4i

TRANSMISSÃO

Configuração

Semi-powershift 36/36

Velocidade máx.

40 km/h

HIDRÁULICO

Capacidade máx. de elevação

Traseira: 2.300 kg Ft: 1.600 kg

Fluxo da bomba

69 L/min

DIMENSÕES

Distância entre eixos

2.130 mm

Carga máxima admissível

4.000 kg ABOLSAMIA maio / junho 2018

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TESTE EM CAMPO Kubota M5101 N O cliente pode optar por uma configuração com rastos de borracha no eixo traseiro. É uma solução útil para tipos de solo onde se coloca o desafio de obter uma boa capacidade de tração e em simultâneo uma baixa compactação. Os rastos são compatíveis apenas com a transmissão 18/18.

O elevador dianteiro é um equipamento opcional.

Cabine Comparativamente com os M40N, o painel de instrumentos apresenta um visor LCD de maior dimensão, o túnel central da cabine quase desaparece, e a coluna de direção recebe um ajuste de inclinação que é acionado por pedal. No M5101 N, a visibilidade traseira é outro dos elementos que foi alvo de melhoria. Isto deve-se à passagem de um dos depósitos de combustível para debaixo da plataforma, o que beneficia ainda o centro de gravidade. Embora a cabine não ofereça ainda proteção de categoria 4, a marca garante que em breve virá a disponibilizar esta opção.

Preço das diferentes versões O Kubota M5101 N é comercializado no mercado português em 4 diferentes versões. A versão Ataque equipa com caixa 18/18 e 2 distribuidores hidráulicos. Na variante de plataforma e arco, o O depósito de combustível inclui uma proteção em chapa.

destaque vai para o já conhecido sistema de viragem Bi-Speed que quando acionado permite reduzir em 15% o raio de viragem.

Hidráulico e tecnologia A possibilidade de engate simultâneo de alfaias em posição frontal, ventral e traseira responde à tendência de cada vez mais se recorrer ao controlo mecânico das infestantes em vinhas e pomares. Em termos de agricultura de precisão, é muito completo o

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pack disponível. A condução automática, e a tecnologia ISOBUS, que entre outras funcionalidades permite controlar individualmente as secções de uma alfaia ou realizar aplicações de taxa variável, estão entre os opcionais. O joystick elétrico, os estabilizadores hidráulicos externos ou internos, o ajuste hidráulico dos pendurais e o elevador dianteiro são exemplos de outros extras.

Painel de distribuidores dianteiros.

PVP recomendado é de 53.126 Eur. Com cabine climatizada é de 59.363 Eur. A versão Profissional diferencia-se por equipar com caixa 36/36, 3 distribuidores hidráulicos e banco pneumático. Sem cabine o PVP situa-se nos 55.764 Eur. Com cabine climatizada situa-se nos 62.510 Eur. Em breve será comercializada a versão Advance (M51091 N e M5101 N) que por mais 1.000 Eur contará com regulação independente de caudal em todos os distribuidores hidráulicos.



CURIOSIDADES

Ucrânia: exploração agrícola expande frota com Case IH O negócio de 11 milhões de dólares envolve 50 máquinas incluindo tratores, pulverizadores e cultivadores e insere-se num programa de expansão de terras agrícolas na Ucrânia. A empresa de exploração agrícola Epicenter K expandiu a sua frota de máquinas com um negócio de 11 milhões de dólares que irá ajudá-la a expandir as áreas de cultivo na Ucrânia. Trata-se de umas das maiores vendas de tratores e equipamentos agrícolas dos últimos tempos naquele país. Todos os equipamentos agrícolas foram fornecidos pela importadora Case IH Titan Machinery Ukraine, parte de uma das maiores operadoras mundiais no mercado da maquinaria agrícola, a Case IH. O acordo envolveu a compra de 50 equipamentos separados, incluindo dois tratores tratores articulados de lagartas QuadtracTM 600, 19 tratores MagnumTM 340, 17 pulverizadores Patriot® 4430 e 12 alfaias de lavoura vertical TrueTandemTM 335VT. A Epicenter K administra mais de 110.000 hectares de terras e atua na Ucrânia desde 2015. Nos últimos anos, a empresa aumentou

significativamente os seus ativos, com um fundo fundiário concentrado principalmente nas regiões de Cherkasy, Khmelnytsky, Ternopil, Vinnytsia e Kyiv, e tem planos para crescer ainda mais. A produção está concentrada no trigo de inverno, girassóis, milho e colza oleaginosa de inverno.

Meses até apertar as mãos As negociações para este acordo começaram no verão de 2017 e foram apoiadas por uma demonstração local do equipamento envolvido. A Epicenter K anunciou uma licitação para a compra de equipamentos e convocou vários fabricantes que operam na Ucrânia e são capazes de atender às necessidades de máquinas da empresa. A decisão a favor da Case IH baseou-se na relação preço-qualidade, na rede completa de revendedores e nas vantagens exclusivas de alguns produtos. Por exemplo, a tecnologia das lagartas articuladas de borracha nos tratores QuadtracTM, que permite começar as operações no início da temporada em situações em que tratores com outros tipos de rodas ou lagartas

Com mais de uma dúzia de filiais na Europa, incluindo Bulgária, Roménia, Ucrânia e Sérvia, a Case IH possui uma rede de 105 filiais e concessionários nos EUA, o seu país de origem.

poderiam causar compactação e danos no solo. Também o sistema exclusivo Aim Command FlexTM para pulverizadores Patriot®, que dá maior controlo ao processo, foi tido em conta na decisão. Os termos finais da compra, entrega, serviço e especificação da frota foram discutidos no stand da marca na exposição Agritechnica 2017 em Hannover, onde os altos executivos da Case IH, da Titan e da Epicenter K fecharam o negócio. Ficaram

ainda confirmadas as intenções de ambas as partes de trabalhar em conjunto a longo prazo. Já estão em andamento negociações em torno da compra de mais equipamentos.

Condutor Eslovaco vence a Valtra Master Cup O eslovaco Radoslav Racák foi o grande vencedor da Valtra Master Cup, seguido por Tets Kalvis da Letónia e Jean-Philippe Paraire da França. As finais, que decorreram em março, em Kemi, na Lapónia, incluíram os pilotos vencedores das competições nacionais de 2017, oriundos de vários países: França, República Checa, Eslováquia, Polónia e Letónia. “Nunca trabalhei nestas condições; conduzir na neve e no gelo foi uma experiência completamente nova para mim” revelou o vencedor. “Não consegui treinar para este tipo de condições, mas a volta de aquecimento antes do início da

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competição ajudou muito.” O objetivo da Valtra Master Cup é encontrar o piloto mais rápido a conduzir um trator numa pista de obstáculos. Na Lapónia, as finais decorreram numa pista de gelo no mar congelado, onde a superfície escorregadia e as condições do Ártico foram um desafio. Para além da competição, a Valtra e seus parceiros FMG, Kesla, Pneus Nokian e AGCO Power ofereceram aos finalistas a possibilidade de testar equipamentos recentes em condições de inverno. Em 2018, a tour da Valtra estende-se de janeiro a novembro, passando por 14 países em toda a Europa.


CONFORTO RENTABILIDADE EFICIÊNCIA MANITOU TEMA

Aebi propõe porta-alfaias movido a eletricidade Um confortável assento de automóvel instalado entre dois rastos de borracha. À primeira vista é o que parece esta nova máquina da Aebi. Mas é mais do que isso. É também propulsão elétrica e um novo conceito ao serviço das tarefas agrícolas, a mostrar que neste setor continua a haver espaço para manifestações de criatividade.

NOVAS MLT

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A agricultura suíça é, em grande parte, feita em zonas de montanha. Este contexto determinou o desenvolvimento de equipamentos com características muito específicas para este tipo de terrenos. É nesse nicho que se posiciona a marca helvética AEBI, cuja gama é composta por máquinas muito ligeiras e com um baixo centro de gravidade. A juntar à atualização que vai fazendo à sua linha de produtos, a Aebi anunciou recentemente a entrada na era da propulsão elétrica ao lançar o modelo EC170. Desenvolvido em parceria com a companhia austríaca Mattro, trata-se de um máquina muito ágil que serve para deslocação individual em terrenos de inclinação acentuada. Mas não só. Pode também

O EC170 fornece 18 kW de potência, atinge os 20 km/h e é alimentado por uma bateria de lítio com autonomia para três horas e meia. Esta pode facilmente ser substituída por uma bateria adicional para se poder continuar a trabalhar. Pesa 425 kg e tem capacidade para elevar utensílios com 200 kg.

THE VI

SION

A nossa prioridade é tornar o seu negócio rentável! A vantagem das novas MLT NewAg: as máquinas mais cómodas do mercado, que otimizam o tempo investido no seu manipulador telescópico e melhoram a sua eficiência com um acesso de cabine simples, visibilidade total e uma redução significativa dos níveis de ruído da cabina (73dB). Manitou, a opção mais inteligente para a sua jornada de trabalho!

newag.manitou.com

executar várias tarefas que costumam estar reservadas a máquinas em que o operário segue apeado. No que respeita à segurança, possui arco de proteção, travões magnéticos e assento com cinto de 4 pontos. Estes elementos fazem com que esteja homologado para utilização em estrada. O EC170 é comandado através de um joystick e de um monitor de 5” instalados no apoio de braço, podendo o operário selecionar diferentes modos de performance e configurar perfis de condução personalizados. Esta máquina pode ainda ser configurada com controlo remoto, para operar em locais de muito difícil acesso. ABOLSAMIA maio / junho 2018

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PRODUTO

VICON COM CONTROLO DE SECÇÕES NA FENAÇÃO O controlo de secções é uma funcionalidade ISOBUS que tem vindo a revolucionar o modo como algumas operações culturais são realizadas. É já habitual estar à disposição dos agricultores em distribuidores de fertilizante, em pulverizadores e em semeadores de linhas. E começa a alarga-se a outros segmentos de produto, como é o caso das alfaias para fenação. A Vicon passou a incluir esta tecnologia em gadanheiras e em encordoadores, o que deixa antever consideráveis benefícios a nível de conforto e produtividade de trabalho.

Encordoador de 4 rotores com tecnologia GEOrake

Gadanheira tripla com sistema GEOmow Através do controlo de secções GEOmow, a Vicon permite que se retire maior partido das gadanheiras triplas Extra 7100T. Esta tecnologia reconhece a posição do trator e a posição da gadanheira frontal, o que permite depois ajustar a largura máxima de trabalho dos módulos traseiros. Em tornas a curvar, o sistema GEOmow faz uma compensação de ajuste hidráulico da largura para que não fique uma linha para cortar. Quando a curva é demasiado apertada e o sistema esgota o limite de compensação, o operador recebe um aviso e deve nesse caso fazer uma manobra. Em terrenos com pendentes, o sistema faz também uma compensação, aumentando a sobreposição entre a secção da frente as duas secções traseiras. Adicionalmente, os módulos de corte traseiros descem e levantam automaticamente, e no momento certo, sem intervenção

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do operador. Isto acontece no final da linha de ceifa, ou ao fazer as bordaduras. Quando um dos módulos laterais entra numa zona onde a forragem já foi cortada, esse módulo levanta (a um ângulo de elevação de 10°) e só o outro continua em funcionamento. Para além disso, ao chegar ao fim da torna o elevador dianteiro levanta, e ambas as secções traseiras também levantam assim que atingem esse limite, evitando a sobreposição. As gadanheiras Vicon Extra 7100T equipam com um braço telescópico SideShift que permite ajustar a largura de trabalho entre os 9,80 e os 10,20 m. Contam ainda com suspensão QuattroLink que permite uma adaptação aos contornos do terreno. Segundo a Vicon, a tecnologia GEOmow permite alcançar uma produtividade acrescida em 10%.

Fazer encordoamento de precisão já é possível com o Vicon Andex 15505 GEOrake. O que cabe ao tratorista fazer são sobretudo as manobras na cabeceira. De resto, o controlo de secções gere o encordoador. Cada rotor é levanta no momento certo, ao finalizar uma linha e também quando as parcelas têm formas irregulares. Nestes casos, a alfaia é gerida de modo a que apenas os rotores de um lado continuem em funcionamento. Os rotores do lado oposto são levantados para os cordões já formados não sejam desfeitos ao fazer-se uma segunda passagem (sobreposição) no mesmo local. Isto é possível porque a área já trabalhada fica registada. Deste modo,

cada um dos quatro rotores atua de forma independente, levantando quando entra numa zona já encordoada e voltando a baixar no momento certo quando entra numa zona que ainda não foi trabalhada. Como a gestão da alfaia é feita de forma automática, o tratorista concentra-se sobretudo em definir a trajetória. O controlo de secções pode ser configurado em encordoadores Vicon Andex 1505, destinados a desempenho profissional. Este modelo inclui controlo de pressão nos rotores da frente, o que permite uma adaptação constante aos contornos do terreno, e ainda ajuste hidráulico da largura de trabalho para um intervalo entre os 9,80 e os 15 m.


PRODUTO

Reboques Tomi espalhadores de estrume Sediada nas Astúrias, a AsturTomi dedica-se ao fabrico de reboques agrícolas de pequena e média dimensão com marca Tomi. Para além dos modelos convencionais com caixa de carga multiusos, a marca comercializa também um modelo de reboque espalhador

Hypertherm especialista em corte por plasma

de estrume destinado a tratores de baixa e média potência. Estão disponíveis em 4 versões, cuja capacidade de carga varia entre as duas e a seis toneladas. Como opção, estes reboques podem equipar com tração acionada via TDF, sincronizada com o avanço do trator.

A Hypertherm expôs na FIMA 2018, sem Saragoça, a sua gama de ferramentas para corte de metal. O stand da firma holandesa situava-se num pátio exterior para os seus técnicos puderem demonstrar o trabalho realizado pela gama de ferramentas portáteis Powermax. O corte de precisão foi sendo feito em baldes de retroescavadora, que passado algum tempo tinham um aspeto completamente rendilhado. Estas ferramentas foram desenvolvidas para utilização em contínuo e para deixarem um corte com borda limpa. A capacidade de corte é de 16 mm a 30 A, indo até aos 57 mm a 125 A.

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PRODUTO

Reboque Aguas Tenías para gado Com mais de 40 anos de experiência no fabrico de atrelados para agricultura, a empresa espanhola Aguas Tenías propõe na sua gama uma variedade de modelos para diversas aplicações. A juntar aos reboques convencionais, às cisternas, aos espalhadores de estrume e aos reboques para trasfega de cereal, a Aguas Tenías disponibiliza reboques para transporte de gado. Na versão de um eixo, são três os modelos, com capacidade para 6 a 10 vacas. Na versão de dois eixos, a quantidade de modelos é a mesma, mas com capacidade de transporte de entre 9 a 14 vacas. Entre as características destes modelos, destacamos: porta de acesso na frente, chão anti-deslizante, porta hidráulica traseira com rampa composta por travessais e teto em lona.

Dewulf apresenta semeador de 3 linhas

A linha Structural de semeadores de batata da Dewulf recebe um novo modelo. O Structural 30 permite instalar batata em 3 linhas num único camalhão, constituindo uma resposta da marca às solicitações feitas por vários clientes. Entre as características inovadoras,

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está o novo conceito patenteado de correias ‘Wave Belt’. Devido ao seu formato ondulado, estas correias mantêm a batata estável na máquina, sem rebolarem, mesmo em terrenos declivosos. É assim assegurada uma instalação mais precisa da batata na

cama de sementeira. O Structural 30 inclui ainda a tecnologia patenteada Inclino Master que mantém na horizontal o elemento de sementeira e a tremonha, independentemente da inclinação do terreno. Trata-se ainda de uma máquina muito ágil, que pelas suas dimensões permite um raio de viragem bastante curto. A contribuir para uma utilização mais versátil está a possibilidade de o agricultor poder facilmente converter esta máquina para a sementeira em duas linhas, sempre que o pretenda. A Dewulf

comunica que a tecnologia empregue no Structural 30 tem em vista permitir a instalação de batata-

semente de diferentes tamanhos, com precisão, à distância correta, mesmo parcelas inclinadas.


PRODUTO

Maior performance nas telescópicas TM da JCB

Frota de dumpers da Rio Tinto recebe condução autónoma A empresa de minas Rio Tinto celebrou com a Caterpillar e com a Komatsu acordos que visam equipar com condução autónoma uma frota de camiões dumper que eram até agora conduzidos por mãos humanas. A frota em causa opera num complexo de minas situado em Pilbara, na Austrália, de onde é extraído minério de ferro. No âmbito do acordo serão adaptados 19 camiões Caterpillar e 29 camiões Komatsu, que até ao final de 2019 dispensarão a presença de uma pessoa na sua cabine para que se possam deslocar. Não é novidade que a condução autónoma se aplica a um cada vez maior leque de novas máquinas. Mas a tecnologia começa a alargar-se a máquinas que foram originalmente concebidas para serem manobradas por um condutor. Este já não é o primeiro lote de máquinas que a Rio Tinto converte para condução autónoma. Tem já ao seu serviço vários dumpers gigantes a circularem sem condutor e refere que tem obtido ganhos de produtividade com esta solução. Quando a adaptação destes 48 dumpers estiver finalizada, 30% da frota de Pilbara funcionará de forma autónoma. A companhia refere que a automatização tem ainda a vantagem de reduzir a exposição dos operários a potenciais situações de risco.

O departamento Agrícola da JCB adicionou um novo modelo às carregadoras telescópicas da série Telemaster (TM). Até agora, a TM 320 (3.200 kg de capacidade de elevação) era o modelo de maior performance da série. Esse lugar passa a ser ocupado pela TM 420, cuja capacidade de elevação é de 4.100 kg, a uma altura de 5,4 metros. O bloco de 4 cilindros empregue na TM 420 é um JCB EcoMAX Tier 4F. Apresenta 4,8 litros de capacidade e disponibiliza 145 cv de potência. No que respeita à transmissão, está equipada com caixa powersift de seis relações que pode funcionar em modo automático. Atinge os 40 km/h e permite deslocar um atrelado com um peso total até 15 toneladas. O sistema hidráulico da TM é regenerativo, o que significa que a descida da lança é feita de forma mais veloz para tornar mais curtos os ciclos de carga.

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PRODUTO

Atualização nas Kuhn Optimer XL A Kuhn introduziu melhorias nas suas grades rápidas Optimer XL. Com 3 m de largura de trabalho, a Optimer XL 300 é o modelo de entrada de uma gama que vai até aos 5m. Possui

24 discos independentes cujo diâmetro passa dos 450 mm da geração anterior para os 620 mm atuais. Esta configuração de discos, juntamente com um chassis que é mais alto e foi reforçado, põe de lado situações de empapamento e permite trabalhar a 15 cm de profundidade, mais 5 cm do que anteriormente. A velocidade de

trabalho pode ir até 15 km/h. A série Optimer XL destina-se à incorporação intensiva de restolho e é composta por modelos suspensos (com 3 m, 3,5 m, ou 4 m de largura) e por modelos rebocados (com 4m e 5m de largura), adaptando-se a tratores num segmento de potência que vai dos 100 aos 300 cv. Neste nova geração das

Optimer XL, a Kuhn adicionou ao chassis pontos de fixação para blocos de lastragem que podem ser instalados quando ao trabalhar em solos mais difíceis o peso da própria alfaia se revele insuficiente. Podem ser configuradas com diferentes tipos de rolo destorroador, consoante o tipo de solo.

Charrua Kuhn com controlo de secções A Kuhn introduz uma inovação para trabalho de lavoura que visa aperfeiçoar as pontas das tornas. Através de ´section control’, é possível levantar e baixar cada corpo da charrua de modo individual e automaticamente. Esta funcionalidade é gerida através de localização GPS, para que no final de cada torna a charrua não levante como uma peça única mas sim por partes. No início da torna, os corpos da frente “ferram” primeiro, e no fim da torna são também os primeiros a recolher. Isto faz com que o trabalho fique mais uniforme e sem os típicos recortes de lavoura deixados na linha de cabeceira. Ao deixar uma fronteira bem definida entre a terra lavrada e a que não está, esta solução contribui para uma redução dos solavancos nas manobras de viragem e para uma menor compactação, já que será menor o número de passagens para acerto das cabeceiras. A tecnologia ‘smart Plough’ é disponibilizada pela Kuhn nas charruas Vari-Master L de 4 ou 6 corpos, para tratores entre 200 e 300 cv.

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John Deere 9RX em versão de rastos estreitos A juntar à versão de rastos com medidas convencionais, a John Deere passou a disponibilizar os seus tratores articulados de 4 rastos agora equipados com menor largura de bandas. Os modelos 9RX com 420, 470 e 520 cv de potência, passam a poder equipar com sistema de rastos mais estreitos (três medidas estarão disponíveis) a pensar numa maior versatilidade destes gigantes nas tarefas a realizar dentro de culturas instaladas em linhas estreitas.

Herder propõe braços destroçadores ventrais Como alternativa aos destroçadores de braço articulado que são instalados em posição traseira, a Herder propõe equipamentos de engate ventral. A instalação na zona ventral do trator garante uma distribuição mais uniforme do peso e um posicionamento da unidade trituradora em ponto mais visível para o operador. Este equipamento para limpeza de bermas ou linhas de água pode trabalhar em profundidade

ou em altura e permite uma rotação de 90° tanto para a frente como para trás. Opcionalmente, pode ser configurado uma roda lateral de suporte, para uma maior estabilidade do conjunto. Para as diferentes linhas de braços da sua gama, a marca holandesa disponibiliza nada menos do que 15 diferentes acessórios.

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TECNOLOGIA

SULCO VÊ VANTAGE(NS) NO NOVO GPS GFX-750 A Sulco – Comércio de Máquinas e Representações, Lda e a Vantage Iberia Occidental, rede de distribuidores oficiais da Trimble na região Oeste da Península Ibérica, organizaram no passado dia 22 de março, em Beja, nas instalações da Sulco, uma jornada de portas abertas. Cerca de 50 agricultores profissionais experimentaram os sistemas GPS da Trimble, nomeadamente o novo ecrã GFX – 750.

mais procura. Para além disso, serve para apresentarmos o ecrã GFX – 750 e todo o sistema que lhe vem associado. Acreditamos que vai ser um produto com muito sucesso na nossa região”, sintetizou.

GFX - 750

São dez e meia da manhã e nos Coitos da Adua, em Beja, já está tudo pronto para receber os cerca de 50 agricultores profissionais que vêm experimentar e receber formação nos vários produtos de GPS que a Trimble tem na sua gama. Para os receber, Luis Fonseca, diretor comercial da Sulco, e uma equipa de especialista da Vantage Iberia Occidental, empresa sediada em Sevilha entre os quais Miguel Ángel Polo, responsável de comunicação e marketing da empresa, que nos fez uma breve introdução à mesma. “Somos uma rede formada por especialistas em agricultura de precisão que oferecem os produtos e soluções da Trimble, a que juntamos o melhor acessoramento independentemente da marca de maquinaria que o agricultor utilize. Para além disso, contamos ainda com uma rede própria de estações RTK que os nossos clientes podem utilizar de forma gratuita”. Luis Fonseca, que dinamizava todo o evento,

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aproveitou para falar um pouco sobre a iniciativa. “É sempre bom reunir os clientes e poder oferecer-lhes a oportunidade de aprofundarem conhecimentos em equipamentos que exigem um maior conhecimento técnico e que têm cada vez

Os clientes tiveram oportunidade de esclarecer as suas dúvidas com os técnicos da Sulco e da Vantage

Mais transportável que o CFX Passando à gama exposta, destaque claro para o GFX – 750. Apresentado na FIMA 2018, fez no evento alentejano a sua estreia em território português. Como nos explicou Miguel Polo, “este sistema de guiamento automático equipa com um controlador de guiamento NAV-900 muito fácil de instalar no teto da máquina e ocupando muito pouco espaço na cabine. Esta é uma das principais vantagens deste sistema em relação ao CFX – 750 que, progressivamente, vai ser substituído pelo GFX. No entanto, para já, vão-se manter os dois”, explicou. Para todas as máquinas. Até as mais “experientes” O sistema instalado no GFX – 750 é o EZ – Pilot Pro, que permite, por exemplo, manter o guiamento ativado em marcha atrás durante 15 segundos. “Este sistema de alta precisão é de tão simples instalação e utilização que vai permitir a agricultores de todas as partes do mundo adotar soluções de agricultura de precisão, independentemente da marca, modelo ou ano de fabrico do seu trator ou ceifeira, referiu Miguel Polo. Em relação ao preço, este é, segundo o responsável, outro dos principais argumentos do GFX – 750. “Não podemos falar em preços concretos porque depende sempre, por exemplo, do equipamento em que vai ser instalado. No entanto, posso dizer que não vai divergir muito dos valores praticados para o CFX – 750”, afirmou.


Equipas Sulco e Vantage

Isobus e Android O ecrã de alta resolução de 10,1 polegadas (25,6 cm) é compatível com ISOBUS, protocolo que permite controlar múltiplas máquinas e equipamentos independentemente do fabricante e através de um único ecrã. O sistema operativo é baseado em Android e oferece uma fácil transferência

entre veículos e conectividade através de Wi-fi e Bluetooth. 2+2 são 4. Simples. “Os utilizadores que já experimentaram este sistema enalteceram a simplicidade do mesmo, visto ser composto por apenas dois componentes e dois cabos, o que facilita o transporte de uma máquina para outra”, finalizou Miguel Polo.

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OPINIÃO

Por JOÃO PIMENTA, Diretor da Valtrator

VALTRA uma história de sucesso Na categoria dos tractores convencionais e na classe de potência superior a 150 hp, a Valtra aparece nas estatísticas oficiais ACAP 2017 como líder de mercado nos tractores novos. Parece quase impossível que uma só marca de tractores consiga arrecadar em apenas 3 anos mais de uma dúzia de prestigiados prémios Internacionais da maior relevância. “...Como é que isto foi possível?”, podemos todos questionar. Não se trata apenas de uma renovação cosmética pois tal não seria suficiente para obter o reconhecimento massivo dos especialistas do sector. A resposta vem da transformação que ocorreu na Valtra dentro da empresa e na perspectiva de desenvolvimento da marca,

T254V Smart Touch Trator do Ano e Melhor Design no TOTY 2018 e Machine of the Year 2018

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segundo as palavras do CEO e Sénior Vice-presidente Jari Rautjarvi e teve os seus primeiros resultados práticos com a apresentação Mundial da nova séria T4 em finais de 2014. Este sucesso deve muito à equipa de extraordinários engenheiros e Designers da Valtra, chefiada pelo seu designer líder Kimmo Wihinen que, a propósito do lançamento da nova série T4 disse: “Desde o início, o objectivo foi a criação do tractor mais atraente e mais prático do mundo. Agora, já o criámos!” A partir daqui foi “sempre a bombar” com o

Série T4 Machine of the year 2015 e GOOD DESIGN 2016

Apoia braço Smart Touch Reddot design award winner 2017 e IF DESIGN AWARD 2018

Série A4 Reddot design award winner 2018 e Machine of the Year 2017

Série N4 TOTY 2016 na categoria Design, reddot design award 2017 (menção honrosa)


OPINIÃO “UNLIMITED” quase tudo pode ser personalizado desde a pintura à decoração interior, tornando cada trator único

lançamento da nova série N4 em finais de 2015, da nova série A4 e da nova interface Smart Touch para tractores N4,T4,S4 Versu e Direct em 2017. Trata-se simplesmente da maior renovação do produto em 25 anos! O design inovador, a facilidade de uso, o conforto de operação e o baixo custo de propriedade são os pilares deste extraordinário desenvolvimento do produto, aliados a um pragmatismo inigualável elevam o significado da palavra ergonomia a um outro nível, catapultando a Valtra para as Luzes da Ribalta do sector e colocando a marca a liderar o que

de melhor existe no mercado. Mais, a Valtra foi pioneira também na sua filosofia de trabalho, desde os princípios dos anos 2000 lançando e desenvolvendo o conceito de tractor personalizado e que culminou com a criação do estúdio de personalização “Unlimited” onde quase tudo pode ser personalizado, desde a pintura à decoração interior, passando pela montagem de equipamentos específicos para aplicações tão diversas como operações aeroportuárias, manutenção de vias, serviços florestais, aplicações militares, entre outras, tornando cada tractor único. »

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OPINIÃO

« Nº de tratores novos matriculados,

Evolução do mercado de tratores por categoria

por escalão de potência em 2017

16+39+45 29+33+38 VSF+CRW

16%

unid. 1000

618 un.

STD

45%

1809 un.

866

900 800

2012

700

COMPACTOS

39%

600

1559 un.

500

459 417

400

VSF+CRW

271

300

29%

STD

38%

1750 un.

2303 un.

200

2017

120

114

100

29

25

0

40-53

54-80

81-100

101-120

121-149

150-200

201-250

>250

Hp

COMPACTOS

33%

Em Portugal

1952 un.

O mercado português será talvez o mais difícil para a Valtra já que todos estes maravilhosos tractores entram em escalões de potência de baixo ou muito baixo volume. Contudo, o recente lançamento da nova série A4 permite à Valtra oferecer um tractor convencional competitivo nos escalões de potência que vão dos 80 hp aos 120 hp, possibilitando-

lhe assim participar em 50% do mercado dos tractores convencionais (1150 tractores aproximadamente) Para ilustrar a distribuição de volumes por escalão de potência apresentamos o gráfico referente ao ano 2017, bem como a respectiva evolução do mercado por categoria de tractor de 2012 a 2017. À semelhança do que aconteceu por toda a

Europa, a Valtra beneficiou significativamente com este desenvolvimento, apresentando um notável crescimento de cota de mercado precisamente nos segmentos onde estes tractores N4 e T4 entram ou seja, acima dos

Nos tratores convencionais e acima de150 hp, a Valtra é líder de mercado.

120 hp sendo que, na categoria dos tractores convencionais e na classe de potência superior a 150 hp, a Valtra aparece nas estatísticas oficiais ACAP 2017 como líder de mercado nos tractores novos. Nada mal, para a marca que era associada apenas ao sector florestal, passar a marcar forte presença nos segmentos mais profissionais de média e alta potência.

Cotas de mercado das principais marcas por evolução de potência 25%

35%

30%

>120 HP

25%

>150 HP

30%

>200 HP

20%

25%

20% 15%

20%

15% 15%

10%

10% 10%

5%

5%

5%

0%

0%

0% NH

Valtra

JD

DEUTZ

FENDT

CASE

MF

NH

Valtra

JD

DEUTZ

FENDT

CASE

MF

NH

Valtra

JD

DEUTZ

FENDT

CASE 2016

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MF 2017


PRODUTO

Claas adiciona filme Coatex à sua gama de produtos Com a introdução do novo sistema de embalamento com rede e filme na linha Rollant 400 Uniwrap, a Claas passa agora a oferecer também o filme Coatex, material necessário para o processo de embalamento. O sistema usado no novo processo de embalamento com filme é exatamente o mesmo que o utilizado no com rede, exceptuando o material usado. Uma vez que o fardo esteja formado na câmara e tenha atingido o tamanho requerido, é automaticamente embalado em até oito camadas de filme. Ao contrário da rede, as camadas de filme expandem alguns centímetros acima das bordas laterais do fardo. Tal permite poupar nas camadas necessárias mais tarde na mesa de embalamento, protegendo ainda mais as bordas. O novo sistema permite ainda colocar fim ao

Claas tem novos dispositivos de medição para feno/ silagem/ palha e culturas de grãos moroso trabalho de separar filme e rede quando o fardo é aberto. O Claas Coatex esta disponível em duas versões, ambas com 1,400 mm de largura. De acordo com o modelo de enfardadeira e condições de operação, o cliente pode optar entre filme com espessura 20 um (rolo com 1,750 m de comprimento) ou 17 um (rolo com 2000 m de comprimento). A Claas continuará a fornecer também as linhas de filme Rollatex e Wrapex.

O teor de humidade é um parâmetro fundamental para produtores e negociantes de feno e palha. Os valores de humidade são a base das decisões relacionadas com graus de qualidade e condições de armazenamento. Tendo em vista a próxima campanha, a Claas apresentou uma nova gama de dispositivos de medição. Uma das principais novidades nestes dispositivos é a função de comparação de densidades. A sonda é equipada com um sensor de pressão para determinação automática da densidade do fardo através da inserção da agulha. O dispositivo incorpora automaticamente esse valor na medição capacitiva e o resultado é calculado de acordo com a densidade do fardo. Desta forma, od ajustamentos de densidade introduzidos manualmente no cálculo, e por regra nada precisos, deixam de ser necessários. A memória integrada permite memorizar até 1000 medições. Com a ligação USB as leituras dos valores podem ser rapidamente descarregadas, podendo o software ser atualizado em qualquer altura.

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REPORTAGEM

GRANDE MAS FLEXÍVEL A Sociedade Agrícola Teixeira do Batel, sediada em Guilhabreu, Vila do Conde, é a maior exploração leiteira da zona Norte do país. Tem perto de 2000 vacas e garante a produção da silagem de milho e erva que constitui grande parte da alimentação diária dos animais. Com pouco tempo disponível, todos os trabalhadores fazem um pouco de tudo. Agora, até o semeador semeia cereais e...milho! Pois é, o Kverneland FlexCart chegou a Portugal e nós fomos ver como se comporta um dos maiores semeadores a trabalhar no nosso país.

Por SEBASTIÃO MARQUES Fotos FRANCISCO MARQUES

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stamos quase em maio e, apesar de estar prevista chuva para o final da semana, a verdade é que está um dia de “nove horas ao pescoço” em Guilhabreu, Vila do Conde. Nesta localidade onde ainda se fazem sentir os ventos oceânicos que enrijecem as gentes do mar, há duas grandes atrações: a pista de drift e a vacaria da Sociedade Agrícola Teixeira do Batel. Fundada na década

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de 70 pelo Senhor Teixeira, a empresa é hoje gerida pelos filhos, Jorge e José Luís. “Começámos com cinco vacas”, conta o patriarca da família. Hoje são duas mil, 900 em lactação, e os robots tomaram o lugar de algumas pessoas. “Não têm férias, não têm horas, mas continuam a precisar de nós!”, esclarece. Esta é a maior exploração leiteira do norte de Portugal, uma das maiores do país e, com tantas vacas, é necessário muito alimento. “Consomem

sobretudo silagem, de erva e de milho”, conta José Luís, responsável pela vacaria e pela sementeira. “Como temos cerca de 200 hectares de terra, produzimos silagem, comprando fora algumas matérias primas para complementar a sua alimentação”, diz. “O leite não vive os seus melhores dias, é pago praticamente ao preço do custo de produção. Por isso, precisamos de fazer mais com menos. Precisamos de polivalência, de flexibilidade”, explica. É no


+

REPORTAGEM

Pontos fortes As principais vantagens do FlexCart são a sua manobrabilidade e velocidade de trabalho, a capacidade da sua tremonha, robustez, e a poupança no investimento: um FlexCart para diversos implementos. Janelas colocadas na parte da frente da tremonha permitem que o operador controle visualmente o nível de enchimento. Dispositivos de esvaziamento rápido da tremonha colocados em cada lado.

+ Manobrabilidade

e Velocidade de trabalho Durante os testes realizados em Vila do Conde não foram ultrapassados os 11 km/h (terreno inclinado), no entanto, de acordo com responsáveis da marca, nas mesmas condições pode trabalhar de forma tranquila a 14/15 km/h. Viragens na cabeceira até 90° possíveis em tratores com uma largura até 2.85 m.

seguimento de “fazer mais com menos”, mais em menos tempo, e que um só elemento consiga fazer mais coisas que o Kverneland FlexCart chegou à Rua do Batel, em Guilhabreu. O FlexCart é um carregador multitarefa, de semente e fertilizante, rebocado, com uma capacidade de tremonha de 4300 litros, e preparado para equipar com diversos implementos para sementeira e fertilização. No caso da Sociedade

+ Capacidade da tremonha A capacidade da tremonha de 4300 litros reduz o número de reabastecimentos necessários e aumenta consequentemente a performance de hectares por hora. A larga abertura da tremonha e a reduzida altura da mesma, de 2.17 metros, facilitam o abastecimento.

Agrícola Teixeira do Batel, optou-se por trazer duas barras: uma Optima PH e-drive de precisão de 9m, 12 linhas para milho e uma barra CX-Ultra de 8 metros, para distribuição de semente para cereais.

- O FlexCart e o trator estão conectados através de um cabo ISOBUS. - Medição de acionamento elétrico. - Radar com sensor de velocidade combinável para o FlexCart e o Optima.

DETALHES TÉCNICOS

Capacidade da tremonha (ltr.) Combi. c/. Optima HD (m) Combi. c/. CX-Ultra coulter bar (m) Peso (kg)

4300 6 6-8 2950-3200

Largura (m)

6.45

Altura (m) sem sem-fim

2.25

Altura de carregamento da tremonha (m)

2.17

Largura de transporte (m)

< 3.0

- 2 dispositivos de medição elétricos de 2 a 400 kg/ ha. - Tecnologia ISOBUS. - Fácil acesso para calibração. - Micro medição de fertilizante disponível de série. - 1 ou 2 cabeças de distribuição.

+ Robustez O FlexCart está construído sobre uma estrutura resistente constituída por um tubo de secção quadrangular de 150 x 100 mm. A capacidade de carga máxima no eixo é de 7000 kg a 40 km/h. O sistema de travagem é hidráulico ou pneumático de duplo circuito. A ligação aos três pontos é de categoria 2 com capacidade de levantamento de 4000 kg. Possui uma distância ao solo elevada. O peso total da máquina varia entre 2900 e 3200 kg.

Forte, Lda. • Tel. 210 009 752 • www.forte.pt ABOLSAMIA maio / junho 2018

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OFICINA Plataforma elevatória

PLATAFORMA ELEVATÓRIA PARA TRABALHOS DE DESRAMA Por JOÃO SOBRAL

A limpeza ou elevação de copas e as desramas das árvores são tarefas que comportam vários riscos. Na Herdade do Brejinho de Cima, em Grândola, foi desenvolvida uma alfaia que permite realizar com maior segurança estas operações de gestão florestal. Está ao serviço desta casa há mais de três décadas e apresenta características surpreendentes.

O sector agroflorestal é fértil em invenções. Acontece com frequência que a necessidade aguce o engenho e as pessoas deitem mãos à obra para criarem soluções à medida. Foi o que fez Alfredo Sousa Santos, há já muitos anos, quando desenvolveu uma alfaia complexa destinada aos

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trabalhos realizados em altura na copa das árvores.

Herdade do Brejinho de Cima

Situada a poucos minutos da Vila de Grândola, a Herdade do Brejinho de Cima estende-se por uma área de 256 hectares onde


OFICINA Plataforma elevatória

luva. Não ganhou para o susto. De volta a casa, comentou com o seu pai que precisava de arranjar uma outra forma de trabalhar, que não implicasse subir as árvores, e ficando com uma mão ocupada para se segurar. Atento ao que o filho lhe disse, Alfredo Sousa Santos, que era mecânico e serralheiro, começou a trabalhar numa solução que permitisse realizar aqueles trabalhos de maneira mais segura. A alfaia acabou por ganhar forma e ainda hoje continua a ter grande utilidade, sendo utilizada regularmente nos trabalhos levados a cabo na propriedade.

predomina o montado de sobro e o pinheiro manso. A juntar a todas as restantes operações de gestão, a desrama dos sobreiros e a limpeza de copas dos pinheiros são trabalhos que José Alfredo Santos tem vindo a fazer. É aqui que entra uma alfaia de fabrico caseiro que está ao serviço desta casa há mais de três décadas.

Um invento de Alfredo Sousa Santos Tudo começou com o que poderia ter sido um acidente. Há já uns bons anos, José Alfredo estava a desramar um sobreiro quando a motosserra deslizou e lhe passou de raspão por uma

Alfredo Sousa Santos era mecânico de profissão e também trabalhava na área da serralharia. Foi ele o inventor desta alfaia, tendo-a construído sozinho do princípio ao fim. Faleceu recentemente aos 96 anos de idade.

A plataforma traseira A alfaia para engate na traseira do trator é, por assim dizer, o elemento principal deste conjunto. A fazer lembrar as plataformas elevatórias de tipo ‘tesoura’ utilizadas no sector logístico, a alfaia possui uma bomba de óleo acionada pela TDF que faz funcionar o

José Alfredo Santos continua a utilizar a plataforma elevatória nos trabalhos de desrama que faz na propriedade. Por estar ligada à memória do seu pai, é uma alfaia que pretende manter bem conservada.

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OFICINA Plataforma elevatória

Através de um comando de manivela, é possível deslocar a plataforma lateralmente de forma a encontrar a melhor posição de trabalho em função da zona da árvore onde se pretende intervir.

Em termos de arquitetura de funcionamento, a ‘tesoura’ de elevação funciona através de um princípio idêntico ao da alfaia principal. O cilindro hidráulico que permite a elevação é acionado através de um manípulo adicional (terceira função) incluído no carregador frontal.

Plataforma para o operador, com degrau de acesso. Inclui uma cinta de segurança.

A atenção posta nos detalhes

Acessório elétrico para desbaste da regeneração natural.

A bomba de óleo e o gerador elétrico são acionados em simultâneo pela TDF. Foi empregue um sistema de desmultiplicação por correias para que ambos funcionem a diferentes regimes.

elevador. Em simultâneo, a TDF aciona também um gerador elétrico que fornece corrente à motosserra. A intenção de Alfredo Sousa Santos foi arranjar forma de pôr de lado a motosserra a gasolina, para que não fosse preciso usar vasilhame com combustível e andar constantemente a abastecer. Uma das grandes vantagens desta alfaia é permitir que uma única pessoa a manobre, pois o manípulo de controlo está posicionado na própria plataforma.

O acessório para carregador frontal

Caixa de arrumos para ferramentas, equipamentos de proteção e motossera.

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O elemento dianteiro foi adicionado um pouco mais tarde e a sua utilização requer duas pessoas, uma a trabalhar na plataforma e a outra a manobrar o trator. Permite que se trabalhe ainda em maior altura do que a plataforma traseira.

A plataforma elevatória inclui um acessório para fazer o controlo da regeneração natural. Na aparência assemelha-se a um corta-relvas, possui motor elétrico, e utiliza um disco como elemento de corte. Com recurso a uma extensão, pode trabalhar a uma certa distância do trator. Hoje, este acessório praticamente não é utilizado por terem surgido métodos mais práticos de realizar esta tarefa, seja com moto-roçadora ou com corta-mato. Mas é um exemplo da minúcia posta por Alfredo Sousa Santos no fabrico desta alfaia, que incluía ainda um trem de rodas para transporte em estrada, em posição semimontada, e iluminação para se poder trabalhar mesmo durante a noite.

Com marca BC Não se tratando de uma alfaia patenteada ou para comercialização, esta plataforma não tem uma marca registada. Mas se tivesse, é fácil saber qual seria. Nos tratores e alfaias que tem na propriedade, bem como nas viaturas, José Alfredo Santos tem por hábito aplicar a designação BC, iniciais de Brejinho de Cima. E a plataforma não é exceção. No painel do lado direito, lá está a designação BC. Embora sem ser uma marca oficial, não deixa de ser a marca que tem.



REPORTAGEM

VALTRA

Smart Tour

Vila do Conde

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Almeirim


REPORTAGEM

Por SEBASTIÃO MARQUES Fotos FRANCISCO MARQUES

A Valtra voltou às estradas da Europa em mais uma edição da sua “tour” anual. Iniciada em janeiro em “Terras de Sua Majestade”, chegou em abril a Portugal sob o título “Valtra SmartTour”. Os locais escolhidos para receber as mais recentes novidades da marca finlandesa foram Almeirim, Coimbra e Vila do Conde. Estivemos no evento de Almeirim, no dia 3 de abril, para dar conta dos acontecimentos.

T Coimbra

odos os anos a Valtra leva até aos seus clientes e simpatizantes as inovações que desenvolveu no ano precedente. Na edição de 2018 está prevista a visita a mais de 20 países europeus, tendo-se iniciado em Inglaterra e Irlanda no mês de janeiro. Chegados a abril foi a vez do território luso receber a sua terceira edição (2013, 2016, 2018), num total de três eventos, distribuídos por diferentes zonas do país. A saber: Almeirim, Coimbra e Vila do Conde. Acompanhámos de perto o primeiro dos destinos, que contou com a excelente organização da Valtractor e da Agrogaspares.

No apoio à realização do evento estiveram também a Herculano e a Farming Agrícola que disponibilizaram as alfaias para que os tratores pudessem trabalhar. O evento iniciou-se pelas 10h30 da manhã, num pivot com restolho de milho disponibilizado pela Casa Prudêncio. Sob a ameaça da chuva, que acabou por cair à tarde, não houve tempo a perder na hora de experimentar os vários equipamentos que a marca colocou ao dispor dos agricultores presentes. O pivot estava dividido por “Estações de trabalho”, sendo cada uma atribuída a determinado conjunto trator+alfaia tendo cada uma delas objetivos específicos. ABOLSAMIA maio / junho 2018

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REPORTAGEM PRIMEIRA

ESTAÇÃO S394 Smart Touch

Grade rápida Amazone Catros de 6 metros

Na primeira estação de trabalho encontrava-se o S394 Smart Touch, o trator mais potente da marca. A formar equipa com o trator de 405 cv de potência estava uma grade rápida Amazone Catros de seis metros. Os objectivos da estação eram testar o modo “GO”, com a definição da largura da alfaia e sobreposição bem como, ao nível da transmissão, o Cruise Control.

SEGUNDA

ESTAÇÃO

A estação número dois foi atribuída à dupla formada pelo T254 Smart Touch, vencedor do Prémio Trator do Ano 2018, e grade Herculano de 34 discos. Os objectivos da estação eram conduzir um trator com uma transmissão Versu como um Direct (que é como quem diz conduzir um powershift como um trator de variaçãoo contínua), testar o Cruise Control de velocidade, e a programação dos comandos hidráulicos mudando a posição de subida e descida das rodas e da abertura dos corpos da alfaia.

QUARTA

ESTAÇÃO

Os protagonistas da quarta estação eram o N174 Smart Touch e um chísel combinado de três metros, Amazone Cenius 3002. O trator de quatro cilindros e 201 cv, equipava com autoguiado centimétrico RTK, sistema de posto de condução reversível e transmissão Versu.

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TERCEIRA

ESTAÇÃO

Na terceira estação era possível testar um T234D Smart Touch equipado com uma charrua Amazone Cayros XMS V de cinco ferros. A estação pretendia mostrar aos condutores o sistema de gestão de cabeceiras da Valtra, o U-Pilot, através de diferentes programações dos botões M1 e M2 (por exemplo: liga tracção + Baixar a Charrua + Liga Cruise Control de Velocidade ou levanta Charrua + Desliga Cruise Control de Velocidade + Desliga tração + Vira Charrua).

QUINTA

ESTAÇÃO

Finalmente, na quinta e última estação pontificava o recente vencedor do prémio Red Dot Award 2018, o Valtra A84SH equipado com inversor electro-hidráulico e tração automática, e a trabalhar com uma charrua de dois ferros.



FLORESTA

FLORESTA + BLINDADO PARA A GUERRA DA FLORESTA + Gestão florestal adaptativa + Miraldino - um seminário para o Interior + Fuelk a mudar a logística do combustível

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+ VALLIUS LANÇA ACESSÓRIO DE LIMPEZA CUTLINK + Logset renova sistema de comandos + Feiras florestais em 2018 + Prinoth para recolha de biomassa


FLORESTA

BLINDADO T para a guerra da floresta

eve já uma primeira vida dedicada à agricultura, mas foi adquirido pela empresa bracarense Ambiflora para uma diferente missão: limpeza florestal. Para enfrentar o cenário de guerra que são as florestas, era preciso que este John Deere 6140R fosse equipado com reforços e blindagem. Devido à proximidade geográfica e à relação comercial já existente entre as duas empresas, a obra de transformação foi entregue à Seprem, também sediada em Braga.

A este John Deere 6140R foi atribuída a missão de fazer trabalhos de limpeza florestal. Mas antes de começar, foi preciso prepará-lo para enfrentar os matagais, a lenha e os cepos. A empreitada envolveu a instalação de diversos elementos de proteção, nomeadamente painéis de blindagem em chapa de 8 mm no fundo, redes metálicas na zona dos vidros e uma estrutura tubular na parte superior. O ‘tabuleiro’ em chapa que reveste todo o fundo do trator “embora seja feito de planos retos e com muitas arestas, nenhuma delas é uma aresta viva que se prenda num ramo”, referiu Ernesto Freitas, o técnico responsável pela preparação do trator.

Moldes de prototipagem em cartão para planear a construção das peças definitivas em metal.

Pormenor do logotipo da John Deere, recortado em chapa de 4 mm de espessura através de processo oxicorte.

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FLORESTA

Uma obra inédita Estrutura tubular e rede metálica para proteção do vidro traseiro.

O torneamento, a serralharia e a retificação de peças metálicas são o pão nosso de cada dia na empresa bracarense. Mas é sobretudo no ramo de negócio da maquinaria industrial que a Seprem atua. Dar forma à conversão de um trator agrícola para vir a ser usado em aplicações florestais foi um desafio inédito que acabou por dar origem a uma preparação muito interessante e até mesmo surpreendente devido à minúcia com que algumas das peças foram desenhadas.

Construção de moldes Ernesto Freitas, o técnico da Seprem que ficou responsável por este projeto de transformação, falou-nos dos vários passos que foram dados. “Foi preciso desenhar os componentes e fazer moldes. Tudo o que está em chapa foi feito primeiro em cartão e o trator foi forrado para simular movimentos”, começou por nos explicar. Só depois dessa fase de experimentação com um material provisório é que O eixo dianteiro foi um dos elementos mais difíceis de proteger por ser necessário assegurar todos os movimentos de oscilação.

se passou à criação das peças definitivas em metal.

Os maiores desafios O trator foi protegido com chapa de 8 mm no fundo e com chapa de 4 mm nas laterais. Na fase de colocação de blindagem, o elemento que gerou maior dificuldade foi o eixo dianteiro. “Foi bastante mais complexo do que aquilo que inicialmente se previa”, sublinhou Ernesto Freitas, devido a ser necessário reservar espaço para as oscilações. Outro ponto que também constituiu um assinalável desafio foi a frente do trator. Como se trata de um modelo configurado com elevador hidráulico frontal, foi necessário acompanhar os contornos deste elemento para o manter operacional.

Do planeamento à execução Decorreram cerca de três meses desde o dia em que o trator entrou para a oficina e o dia em que voltou a sair com a nova roupagem antibala. Neste processo, demorou mais o planeamento e o fabrico das peças do que propriamente a montagem. Tratando-se de um trabalho feito no âmbito de uma relação comercial já existente entre a empresa cliente, a Ambiflora, e a empresa fornecedora que executou a obra, a Seprem, “ninguém sabe exatamente o custo real desta transformação”, sobretudo devido ao tempo consumido durante a fase de planeamento.

Estrutura amovível

As jantes foram reforçadas com um aro metálico na zona de rebordo.

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Com o trator todo revestido desta forma, surge a dúvida: como se faz quando for preciso fazer a manutenção de rotina ou alguma intervenção mecânica mais profunda? “Toda a estrutura é amovível. Não tem uma única peça soldada ao chassis”, explicou o responsável pela preparação. “Tem duas fases. Primeiro as janelas de acesso para se fazer a manutenção rápida, como substituir uma bateria, mudar óleos, ou mudar filtros. Mas se for preciso fazer uma intervenção maior, toda a estrutura é aparafusada e amovível”, explicou Ernesto Freitas.


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FLORESTA

REDUÇÃO DA PRECIPITAÇÃO ANUAL

10 a 35% AUMENTO MÉDIO DA TEMPERATURA PODE CHEGAR AOS

8°C NO INTERIOR DO PAÍS

GESTÃO FLORESTAL ADAPTATIVA O tema da Gestão Florestal Adaptativa foi discutido em Ponte de Sor, no âmbito de um seminário promovido pela UNAC. Neste evento que se realizou a 7 de março, começaram por ser apresentados dados de enquadramento referentes à sequência das temperaturas verificadas entre 1931 e 2017. Na sua apresentação, Nuno Calado fez a interpretação dos gráficos expostos. “Nos últimos 37 anos, desde 1980, só em 5 anos a temperatura média anual foi inferior à normal”, referiu. Verifica-se assim uma tendência de agravamento nos anos mais recentes. No que respeita aos dados sobre a precipitação verificada, a tendência é igualmente preocupante. “Nos últimos 37 anos, desde 1980, em 21 anos a precipitação média anual foi inferior à normal”, concretizou. Em complemento a esta exposição que incidiu sobre medições que espelham o que

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aconteceu no passado e o que está a acontecer agora, Rita M Cardoso falou do que se prevê que venha a acontecer no futuro. Sob o tema ‘Cenários e Impactos das Alterações Climáticas em Portugal”, na sua exposição apontou algumas projeções sobre o padrão de clima previsto para final do século, e que se sintetiza nos tópicos seguintes: - Um aumento médio da temperatura que pode chegar aos 8°C no interior do país e entre 2°C e 4°C nas zonas costeiras; - O número de ondas de calor aumenta 7 vezes no interior do país e triplica no litoral; - A duração média das ondas de calor duplica no litoral e triplica no interior, aumentado a duração máxima de 10-15 dias para 25-55 dias; - Uma redução da precipitação anual de 10 a 35%, com reduções de 20 a 30% de precipitação na primavera e outono;

- Uma redução de 15 a 25% do número de dias com chuva; - Um aumento da precipitação extrema, entre 10 a 50%; Na sua apresentação sobre ‘Estratégias de Gestão Florestal Adaptativa’, Maria da Conceição Brito Caldeira começou por dizer que a Bacia do Mediterrâneo é uma das regiões onde as alterações climáticas mais se farão sentir, o que terá desde logo como consequência o aumento da ocorrência de incêndios e o aumento da mortalidade das árvores devido a seca. Perante alterações climáticas tão significativas, como poderão os produtores florestais adaptar a gestão da sua exploração? A este respeito, apontou possíveis medidas adaptativas, com vista ao aumento da resiliência das árvores perante as mudanças climáticas, a saber:

ANOMALIAS DA TEMPERATURA MÉDIA (ºC) 2.0

1.0

0.0

-1.0

-2.0

1931

1940

1950

1960

1970

1980

1990

2000

2010 2017 Fonte: IPMA

ANOMALIAS DE PRECIPITAÇÃO (MM) 800

600

400

200

0

-200

-400

1931

1940

1950

1960

1970

1980

1990

2000

2010 2017 Fonte: IPMA

- Redução da densidade de árvores por hectare; - Manter o subcoberto gerido, reduzindo a vegetação que compete com a árvore; - Promover as florestas mistas a nível de espécie ou genótipo; - Promover a regeneração

de modo a ter árvores com estrutura etária irregular. - Promover a heterogeneidade espacial a nível da paisagem, o que passa por não criar descontinuidade a nível das espécies instaladas.


FLORESTA

No monte do João Martins da empresa Miraldino

75 ANOS E UM SEMINÁRIO PARA O INTERIOR No fim de semana em que se assinalaram os 75 anos da Miraldino, reuniram-se mais de uma centena de profissionais e especialistas para debater o interior, a floresta e a agropecuária, no Monte do João Martins, em Portalegre.

A GAMA MAIS INOVADORA E PRÁTICA QUE FACILITA GRANDE DIVERSIDADE DE TRABALHOS

Triturador florestal

Triturador florestal para carregadoras

Triturador autoalimentado para olival

Entre os pontos abordados, destaque para o desfasamento que invariavelmente os participantes na sessão apontaram entre aquilo que é a experiência em campo e o que são as medidas tomadas pelos gabinetes ministeriais, a quilómetros de distância do chamado “mundo real”.

Desafios no interior A voz de José Manuel Mendes, administrador da Miraldino, empresa que conhece bem os desafios da interioridade, foi uma das mais ativas durante o seminário que pretendeu ser não só uma festa de aniversário, mas um momento de reflexão. Os incêndios e o planeamento preencheram as conversas, com a Serra de S. Mamede a ser identificada como um “barril de pólvora” pelo gestor da Miraldino. Situação, segundo o mesmo, em nada ajudada pelo despovoamento e a carga fiscal. Contribuíram ainda para o debate, Guilherme Santos, do Instituto da Conservação da Natureza e da Floresta, Fermelinda Carvalho, Presidente da Associação de

Agricultores de Portalegre e autarca em Arronches, e empresários de vários setores, entre os quais Francisco Almeida Garrett e Posser de Andrade do setor corticeiro.

Triturador agrícola

Triturador hidráulico

Fresa e Triturador de pedra

Triturador de martelos ou facas

Triturador lateral

Celebrações na Miraldino Criada em 1943, com foco nos combustíveis, no setor automóvel e nas máquinas agrícolas, a Miraldino é hoje um dos nomes fortes no mercado nacional. O seminário, que decorreu no penúltimo fim de semana de março, assinalou os 75 anos da empresa familiar, que já vai na terceira geração. Mantendo a aposta nas máquinas e alfaias agrícolas, a agropecuária e a silvicultura revelaram-se “duas novas apostas ganhas”, segundo o administrador da Miraldino. Também a marca de vinhos João Martins se revelou uma boa aposta, tendo já conquistado prémios importantes. Situada em Sousel, onde foi fundada, a Miraldino Filipe Mendes & Cª Lda tem uma propriedade com 150 hectares, entre Portalegre e Castelo de Vide, dedicada ao setor agropecuário e vitivinícola.

Destroçador florestal agrícola

Limpa bermas hidráulico

Estilhadoras florestais

CRTA. VILABLAREIX, 18-20 (POL. IND. MAS ALIU) 17181 AIGUAVIVA (GIRONA) T. +34 972 40 15 22 | F. +34 972 40 01 63 cial@venturamaq.com

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FLORESTA

FUELK

a mudar a logística do combustível

Depósitos de 450 ou 970 litros Num olhar apressado, percebe-se que são depósitos com um formato cilíndrico. Mas são mais do que isso. A Fuelk, a empresa que os comercializa, foi criada na Finlândia em 2014 e está a posicionar-se como fornecedora das firmas prestadoras de serviços florestais que têm uma frota de máquinas para gerir. O objectivo é garantir o abastecimento de combustível diretamente no local onde as máquinas

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estão a trabalhar mas a um preço mais baixo do que o empreiteiro florestal consegue ao comprar na bomba. Isto é possível porque a Fuelk já compra anualmente grandes quantidades de combustível, o que lhe permite negociar uma margem de desconto. Ao recorrer a este serviço, o empreiteiro florestal tem o preço como vantagem, além de não precisar de consumir tempo e recursos num vai entre o posto de abastecimento e a zona de trabalho. Essa logística fica

a cargo da Fuelk. As encomendas de combustível podem ser feitas por chamada telefónica ou através de uma App (Fuel as a Service) na qual se define através de GPS o local exato onde a Fuelk deve deixar os depósitos de abastecimento. Através do modelo de negócio da Fuelk, o combustível deixa de ser apenas um produto e passa a ser requisitado pelos frotistas também como um serviço de entrega.


Características dos depósitos da Fuelk Os depósitos têm capacidade para transportar 450 ou 970 litros de combustível, dependendo da versão, e foram concebidos de forma a proporcionarem uma utilização funcional. Na parte superior, incluem uma “pega” onde uma grua pode atracar para que sejam deslocados ou colocados no compartimento de carga de um forwarder ou de um reboque florestal. A estabilização do depósito num compartimento de carga é feita por encaixe em dois fueiros e inclui pequenas peças de fixação (para a base do depósito) que não condicionam a normal utilização da máquina.

A transferência do combustível pode ser feita por sucção ou através de uma bomba elétrica com pistola.

Encaixe lateral nos fueiros.

Os depósitos podem também ser transportados numa processadora de corte, bastando para isso instalar dispositivos de fixação fornecidos pela Fuelk.

Grelha de suporte para que o operário alcance os pontos de manutenção da máquina.

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FLORESTA

VALLIUS lança acessório de limpeza Cutlink

No mundo das máquinas estão sempre a surgir inovações. É o caso do acessório Cutlink desenvolvido pela finlandesa Vallius, que se destina à limpeza florestal. É provável que nunca tenha visto nada assim. Explicamos-lhe como funciona. Pode ser aplicado em qualquer máquina que forneça fluxo hidráulico

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Quanto instalado numa lança, o Cutlink pode ser conduzido minuciosamente. Uma das aplicações possíveis é o corte seletivo da vegetação espontânea que cresce em redor das árvores que compõem os povoamentos jovens.

contínuo, como é o caso das processadoras ou das escavadoras giratórias que operam com cabeças de corte, podendo mesmo ser utilizado em lanças de grua num trator. Contrariamente a outros acessórios para o mesmo fim, não possui facas, sendo o corte da vegetação feito através de lâminas em formato de hélice. Esta configuração inovadora de corte em guilhotina torna o Cutlink mais resistente a choques e mais resistente ao contacto com o solo, o que se deve também ao facto de ser construído em Hardox 400. Comparativamente com os destroçadores, tem ainda a vantagem de praticamente não projetar pedras ou detritos, sendo por isso mais seguro no caso de haver pessoas a trabalharem apeadas a pouca distância do local onde a máquina realiza a limpeza. Isto deve-se ao facto de as quatro ‘hélices’ trabalharem a um baixo regime de apenas 300 rpm, o que segundo o fabricante também contribui para uma poupança de combustível. Em termos de manutenção,

em resultado de um acordo comercial celebrado entre as duas empresas. A Farmi Forest é representada em Portugal pela Agricortes. O Cutlink está disponível em 4 diferentes versões, a que correspondem diferentes pesos e larguras de trabalho.

são poucas as exigências deste acessório. Há que dar massa em três pontos de lubrificação, e afiar as lâminas ou substituilas quando se tiverem desgastado. Apesar de ser desenvolvido e comercializado pela Vallius, este dispositivo é também disponibilizado no mercador pela marca Farmi Forest, igualmente originária da Finlândia,

Dados técnicos dos 4 modelos Cutlink Cutlink SCR2

Cutlink SCR3

Cutlink SCR4

Cutlink SCR6

2

3

4

6

Peso (Kg)

220

330

440

660

Largura de corte (cm)

70

105

140

210

Modelo Número de hélices

Fluxo hidráulico

60 l/min 100 l/min 80 l/min 160 l/min 180 bar 280 bar 180 bar 280 bar


FLORESTA

LOGSET RENOVA SISTEMA DE COMANDOS As máquinas florestais da Logset passam a dispor do novo sistema de comandos TOC 2. A atualização abrange tanto os forwarders como as processadoras de corte e visa simplificar o manuseamento. O TOC 2 inclui novos menus, com alteração de cores e símbolos, estando disponível com dois diferentes níveis de especificações: básico e avançado. Um dos responsáveis por esta atualização é Jari-Pekka

Ylikoski, o engenheiro de testes da Logset. Este funcionário da marca finlandesa trabalhou como operador de máquinas durante mais de dez anos e tem uma perspetiva do que são as necessidades de quem se senta horas a fio aos comandos.

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FLORESTA

FEIRAS FLORESTAIS EM 2018 475 CV DE POTÊNCIA compartimento com

25 M³ DE CAPACIDADE

A Elmia Wood, considerada a Meca das feiras florestais, só regressa em 2021. Mas o calendário de 2018 está preenchido com várias feiras a decorrerem a nível europeu que incidem sobre este sector.

RECOLHA DE BIOMASSA

Nos trabalhos de destroçamento de vegetação florestal ou de sobrantes, a maior parte da biomassa acaba por ficar espalhada no solo. Mas existe solução para se fazer um melhor aproveitamento deste material. A Prinoth propõe o modelo Kangaroo, precisamente para fazer limpeza e em simultâneo a recolha de biomassa. Propulsionada por um bloco Caterpillar que fornece 475 cv de potência, esta máquina é configurada com um destroçador frontal que tem associado um ventilador. Este ventilador encaminha o material triturado para dentro de um compartimento com 25 m³ de capacidade, o qual possui um sistema de báscula elevatória capaz de transferir a carga para outro veículo. Pelas suas dimensões e características, a Kangaroo destina-se a prestadores de serviços que façam uma utilização intensiva.

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A mais próxima, na data e na distância, é a Feira Nacional da Floresta. Vai para a segunda edição e segundo a organização tem como principais destinatários os produtores florestais, os viveiros, as firmas de máquinas e equipamentos de apoio à produção e exploração, entre outros. Em paragens mais a norte, há três feiras que merecem ser evidenciadas. São elas a Euroforest, a FinnMetko e a Eko-Las. Porquê evidenciadas? Porque fazem parte das Forestry Demo Fairs (FDF), um consórcio que abarca as feiras com demonstração dinâmica de maquinaria em ambiente real de trabalho na floresta. As feiras com carimbo FDF obrigam-se a cumprir padrões de qualidade e segurança inspirados nos mesmos critérios que norteiam a organização da feira sueca Elmia Wood.

Feira

País (Cidade)

Data

Feira Nacional da Portugal (Pombal) Floresta

18 a 20 de maio

Euroforest

França (Saône-et-Loire)

21 a 23 de junho

Interforst

Alemanha (Munique)

18 a 22 de julho

FinnMetko

Finlândia (Jämsä)

30 de agosto a 1 de setembro

Eko-Las

Polónia (Świebodzin)

7 a 9 de setembro


FLORESTA

MAN com um pé no setor agroflorestal Num passado já distante, a MAN chegou a comercializar tratores agrícolas. Atualmente, a atividade da marca estar virada predominantemente para o transporte rodoviário, mas a verdade é que continua a ter um pé no setor agroflorestal através dos modelos de camiões em versão de campo. É disso exemplo o TGS 18500 4x4 BL, um camião com tração em dois ou três eixos, que pode ser configurado com TDF, sistema hidráulico com sensor de carga, diferentes sistemas de engate da barra de pucho, pneus com piso agrícola, blocos de lastragem e controlo da pressão dos pneus extensível ao reboque, entre outras especificações. Com uma velocidade máxima

de 89 km/h é um tipo de veículo destinado a grandes prestadores de serviços que alternam entre campo e estrada e precisam de fazer transporte a maiores distâncias. Para dar maior visibilidade ao caráter agroflorestal desta linha de camiões, e ao percurso da MAN neste setor, a marca pôs à disposição dos clientes uma nova combinação de cores: verde pistácio na cabine e marfim nas jantes. Era precisamente esta a roupagem dos tratores MAN produzidos até 1963, máquinas robustas que se diferenciavam da concorrência por poderem incluir tração às quatro rodas e suspensão de molas no eixo dianteiro.

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Regiões BRAGA

USADOS Tratores: Agrifull Jolly 50 • Fiat 540 • Same Delfino 35 • Lamborghini Runner 450 DT • Ford 2910 (2RM) • Rachador de lenha 15 ton. hidráulico e eléctrico • Motocultivadores: Bertolini MTC 318 • Goldoni

Usados • Iseki, 2160, 6.500€ • Pasquali, 45 4WD, 9.750€ + Usados no Microsite

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USADOS Tratores: Carraro 81000 • Carraro Agriup 80 c/ cab. • Case IH TIH c/ cab. • DeutzFahr Agroplus 60 • JD 1850 • JD 6100 • Kubota L4630 • Mitsubishi MT300 • Valmet 4100

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NOVO SITE Tratores: Ford 4630 • JD 6120 • Charruas: Galucho 2F • Pottinger 3F • Galucho 2F 16 • Desensilador: Agrovil Tico Tico • Encordoador: 7 metros (rebocável)

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VILA REAL • BRAGANÇA Regiões

USADOS: Tratores: Ford 2600 • Ford 3610 • Ford 3910 4RM • JD 1030 • JD 5615 F • Hurliman H476XFDT • Deutz Agrokid 35 • Same Solaris 35 • Kubota B5000 • Valmet 4100 • Massey Ferguson 220 4RM • New Holland: 45-66 DT • 70-56DT • 80-66DT • TL 90 • T4.75 Power Star • Enfardadeira Gallignani 6400

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USADOS Tratores: Claas Celtis 446 RX • Fendt 280 S – 24.800€ • Ford 5610 • JD 6130 • Kubota M130X – 35.000€ • Landini Rex 80F • MF 3050 • Renault Ceres 95 • Atomizadores: Rocha Ellegance AP Omega • Tomix • Barra deservagem Tomix • Carreg. frontal MX • Enfardadeiras: Enorossi RB120 • NH BR750 – 10.900€ • Vicon RV157 • Implemento p/conjunto ind. Fermec Balde • Mini-giratória Volvo ECR88 PLUS – 32.500€ • Pulv. Rocha Polimaster NVS1500 – 6.000€ • Reboque Massil MRL6.0/B • Retroescavadora Terex 880 Elite + Usados no Microsite

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RegiĂľes PORTO

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PORTO • AVEIRO Regiões

Usados: Kubota L3200 c/ arco de protecção • Lamborghini Runner 450 • Kubota L2550 • Kubota L3250 • Doosan DX30Z

USADOS: Trator Massey Ferguson MS265 c/ carregador frontal • Pulverizador Stagric 800 L c/ barra 10 mts • Charrua Galucho 2F-13” hidráulica

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Regiões AVEIRO • VISEU • GUARDA

USADOS: Enfardadeira New Holland BB940A, ano 2005, com 2 rodas motrizes, revisão completa. VASTO STOCK DE MÁQUINAS USADAS

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GUARDA • COIMBRA Regiões

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+ Usados no Microsite USADOS Tratores: Ferrari Viston 2659 • John Deere 2040 • Kioti LK2554 • Kubota (s/ matrícula) • Same Corsaro 70 • Same Solaris 25 • Empilhador Nissan TX 420 • Rotofresa 2,60 mts • Rototerra Pottinger 3,00 mts

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Regiões COIMBRA • CASTELO BRANCO • LEIRIA

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NOVO SITE USADOS: Tratores: Goldoni Star 55 • John Deere 5500N • Kubota L2050 • Landini Mistral 40 c/ 300 h. • Massey Ferguson 1260 • New Holland 1720 SSS • New Holland TD3.50 • New Holland TD4.80F • Same Solaris 55 (2008) • Shibaura M330

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LEIRIA • SANTARÉM Regiões

USADOS: Tratores: Agria 9000 - €5.500 • A. Carraro 3200 c/ direção hidraulica - €5.000 • BCS Volcan 750SDT (2011) c/ 1200 horas - €17.500 • Case IH 2140 DT - €9.500 • JD 1445F €10.000 • MF 1030 DT (1989) c/ direcção hidráulica e pneus novos - €7.750 • Mitsubishi 270 (1997) - €8.500 • NH TC21 (2004) - €8.000 • NH TN95FA c/ cab. (2007) - €22.000 • Same Dorado 60 (1997) - €13.500 • Espalhador de estrume Herculano H4R5 - €1.500 (necessita reparação) • Plantador de arvores - €2.500 • Rototerra Maschio Drago DC3000 (2000) c/ rolo Packer - €3.500

Tratores Usados • Fendt 307 LSA • Renault 85-14 • Steyr 650

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USADOS: TRATORES: Barreiros 70 • Case IH 284 • Deutz-Fahr: 5506, D8006 DT • Fendt 309 DT • Fiat: 70-66 DT, 140-90DT, TKM95M (rastos) • Ford: 4600, 7610 III DT c/ car. fr., 7610 c/ car. fr., 7840 DT c/ grua flor. • John Deere: 2030, 2250 DT, 3040 • Landini: 10000S MK II, 6830 (rastos) • Massey Ferguson: 2640 DT c/ cab., 3050 c/ cab., 3630 DT, 390, 399 DT c/ cab. • New Holland: TD90D, TM135, TN85A DT, TS100A, TM135 • Same: Explorer 90 TOP c/ car. fr. e cab., Explorer 90C (rastos), Explorer 90 TOP II (2002), Frutteto 75, Frutteto 75 DT, Silver 80 DT • Universal 445 • Ursus: 3512, 3512 (MF240) • Yanmar 1300 c/ fresa • Valmet 8100 • MINI-ESCAVADORA Bobcat LS170 • TRATORES P/ PEÇAS: Carraro Agroplus 85DT • Case IH: 284, 845 DT • Deutz-Fahr: Agrotron 130, DX3.50 DT • Ebro 6079 DT • Fendt: 280, 307 DT, 308 DT, 309C • Fiat: 100-90 DT, 110-90DT, 140-90 DT, 35-66 DT, 45-66 DT, 60-66 DT, 70-75, 80-66 DT • Ford: 1710, 1720 DT, 1920, 2600, 5640 DT, 6610, 7740 DT • Hinomoto: C144 DT, C174 • Hürlimann: Prince 45 DT, XA306 DT, XA607 • Iseki: 4270, 4320 DT • John Deere: 1950 DT, 340 DT, 3350 DT, 4400 DT, 5500 DT, 6100, 6110 DT, 6300 DT, 6510, 6610, 6620 DT, 6800, 946 DT, 1070, 2140, 2040, 2650, 2850-3350, 3650, 5300, 5615F, 6200 • Kubota: L2550 DT, L285 • Lamborghini: 235, 874-90 DT, Premium 950 DT • Landini: 6550, 8860 DT, Globus 60, Trekker 90 (rastos), Trekker 90F (rastos), Rex 80, Mistral 50, Mistral 40, Globus 75, Tecnofarm 90 • Massey Ferguson: 1030, 174 DT, 290, 3090 DT, 3650 DT, 375 DT, 390 DT, 394S, 396 TC (rastos), 4270 DT, 4345, 5435, 6180 DT, 6290, 6480, 8130 (1997), 3655 DT • New Holland: M100 DT, M160 DT, T4030, TDD90D, TL90 DT, TNF95 DT, TS115A DT, TD3.50, T4030F, T4.90F, T4050, T5050, TK 4050, TM135, TM160, TN55V • Renault 120-54 DT • Same: Argon 50 DT, Delfino 35 DT, Dorado 70 DT, Laser 110 DT, Laser 150 DT, Minitaurus, Rock 60 (rastos), Solar 60 DT, Solaris 45 DT • Steyr: 9094 DT, 975 DT • Valmet: 1150, 455 DT, 6400 DT, 655 DT, 8000 DT, 805 DT, T130 DT • Yanmar: 241, 336D DT

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Usados: Agria 8845 DT • Ford 1710 • Hinomoto E23 • Iseki TX1500 F • Kubota L295 DT • Grua florestal Costa G3000 • Motoenxada Agrico 6 LD 360 • Reboque Herculano SIE

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Regiões SANTARÉM

USADOS: Abre valas Galucho vinhateiro • Charruas: Galucho 2F-10” - €900 • Galucho 3F-13” hid. • Galucho 3F-16” • Chisel Agripulve XL5-7 - €3.250 • Derregadores: 3 linhas p/ tomate c/ adubador • 3 linhas hidráulico • Descavadeira - €450 • Grades de discos: Galucho A2CP 24x24” c/ rodas • Pijuca em X c/ 4 corpos vinhateira - €2.250

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USADOS: Tratores: Fendt 712 Vario TMS • Fendt 936 Vario Power • NH 7840 • Charrua Galucho CHF 3/4F • Depósitos Rau 200L p/ Fendt GTA • Dist. adubo Amazone ZA-M PROFIS 2.500L • Enfardadeira NH BB9060 Crop Cutter • Gadanheira Kuhn FC 302 RG • Grade rápida Kverneland Qualidisc 6 mts • Pulverizador Hardi MAS-1800-FLE • Subsolador Pegoraro 7 ferros • Volta-fenos Kuhn 7301 • Cisterna 4000 L

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SANTARÉM • LISBOA Regiões

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TRATORES USADOS: Tratores: New Holland L65 DT • Massey Ferguson 265 • Massey Ferguson 135 • Ford 2600 • Mitsubish MT 250 D

USADOS: Tratores: Kubota B7000 • Kubota M9580 • Lamborghini 874-90 • Massey Ferguson 394 S • Mitsubishi MT210 • New Holland 1920 SSS • Same Titan 145 • Shibaura S330 P • Gadanheira Discos BCS Rotex 7 TSB • Juntador feno Kverneland Taarup 9035 • Volta-fenos Giaccaglia 4 Estrelas

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Regiões LISBOA

Tratores: JD 6125R • JD 6430 Premium • JD 6510 Premium • JD 6620 Premium • JDe 6630 Premium • JD6930 Premium c/ carregador frontal • NH TN85FA • Enfardadeiras: McHale F550 • NH BB9060P • NH BB940A

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USADOS: Tratores: Massey Ferguson 384S • Landini Rex 80F • Pulverizador 1500L (rebocável) • Vindimadora Pellenc 3050

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LISBOA • SETÚBAL Regiões

USADOS: JD 5510N - €16.500,00 • Carraro Agriup 80F c/ 8500 h. • NH TN95F c/ 2886 h. • NH TN95F c/ 7000 h. • Lamborghini 660 F Plus • Lamborghini 660 V • A. Carraro Tigrone 5500 (isodiamétrico) • Goldoni 933 S (isodiamétrico) • Landini 5500 • Same Explorer 80 c/ car. fr. • Same Frutteto 80

USADOS: Tratores: Agrifull (vinhateiro) • Ferrari 95 articulado • Internacional 485 • Shibaura 4060 • Cavadeira Gramegna 1.50 mts • Charruas: Galucho 2F-13” • Galucho 2F14” • Enxofrador (vários) • Fresas Galucho

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USADOS: Tractores: Fiat 480 - €4.000 • Massey Ferguson 35 X - €2.750 • Caixas de carga para tractor: CCA100 1,00 mts - €295 • CCA150 1,50 mts - €400 • Charrua vinhateira 5F 1,60 mts - €750 • Retroescavadora Fermec 860 (1998) - €10.000 c/ lança extensiva

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Usados revistos de mecânica: Trator: Massey Ferguson 394 S • Charrua Galucho 1F-13 • Despampanadeira: Ero LK/UE U Invertido • Industrias David corte lateral • OMD corte lateral • Pulverizador Fantini 500L • Triturador Mila MV-150 + Usados no Microsite

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USADOS • Case IH 845 DT • Fiat 45-66 DT • New Holland TNF 90 DT


Regiões SETÚBAL • PORTALEGRE • ÉVORA

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Usados: • Trator John Deere 3650 DT • Ceifeira debulhadora John Deere 1055 c/ cabina A/C • Ceifeira debulhadora John Deere 1170 c/ cabina A/C

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USADOS: Trator Deutz-Fahr Agrolux 410 • Charruas: Galucho vinhateira • Kverneland 2F-14” • Ribatejo 1F • Chiseis: Agrator 11-13 • Horizont 9-11 • Destroçador Serrat 1,80 mts • Enfardadeira Fiatagri Heston 4700 • Frente de milho Moresil • Gadanheiras: Claas WM250F • Vicon CM217 • Vicon Extra 428 (6 discos) • Gadanheira condicionadora John Deere 324 • Grades de discos: Galucho GLHR 28x26” • Galucho GLHR 24x26” • Premetal 20x24” • Pneus agrícola: Vredestein ABG • Vredestein AVR • Volta-fenos: Ima La Rocca • Vicon Andex 423 (1 rotor)

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ÉVORA • BEJA Regiões

Vasta gama de stock de usados

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USADOS: Tratores: Claas Celtis 446RC (2005) • Massey Ferguson 174C (rastos) • Massey Ferguson 394 • Vindimadora Alma (rebocável)

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Regiões BEJA

USADOS: Processador Timberjack 1270B • Auto carregador florestal FMG 910

USADOS Tractores: Deutz-Fahr: DX4.50 - €11.500 • Agroplus 75 • Agroplus 75 c/frontal • DX4.70 - €12.000 • Landini Legend 145 (2001) - €19.500 • Ford 5610 c/ frontal • Hurliman 90cv • Semeador Pneumático Telescópico 6 linhas • Gadanheira condicionadora Fella

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MÁQUINAS USADAS: Tractores: Agrifull 80 DT • Agrifull 80C (rastos) • Deutz-Fahr • Deutz-Fahr 2850 • Fiat 1000 • Ford 4000 • Ford 5610 • Ford 5610 DT • Ford 6610 • Ford 6810 • Ford TW15 • John Deere 6220 • John Deere 6420 • John Deere 6430 • John Deere 6620 • Massey Ferguson 290 • Massey Ferguson 294C (rastos) • MaQXssey Ferguson 390 • Massey Ferguson 390 DT • New Holland 7840 • New Holland 80-66 S • New Holland 8340 c/ cabina A/C • New Holland 8340 • New Holland T6020 • New Holland TK100 • New Holland TL100 • New Holland TM155 • New Holland TNF90 • New Holland TNF95 • New Holland TS110 • Renault • Same 100 c/ cabina • Same 90 • Ceifeiras debulhadoras: IASA c/ 4,50 mts • WHCX 840 c/ 7,60 mts • Case IH 1440 c/ 4,20 mts • Claas 78 c/ 5,00 mts • Claas 98 c/ 6,00 mts • Fiatagri 3350 (arroz) • Fiatagri 3400 c/ 4,20 mts (arroz) • Fiatagri 3630 • John Deere 1052 c/ 4,00 mts • John Deere 1055 c/ 4,20 mts • John Deere 1175 c/ 6,00 mts • Laverda M152 • New Holland 8040 • New Holland TC 54 c/ 4,50 mts • New Holland TX 32 c/ 5,00 mts • Enfardadeiras: 80/70 • de rolos • Dedra 50/70 • Claas de rolos • New Holland 544 de rolos • New Holland BR8090 • Frentes de milho: John Deere • Laverda • New Holland p/ New Holland TC56 • Gadanheiras: 4 discos • 6 discos • Gadanheira condicionadora Vicon 2,40 mts (rebocável) • Reboques cisterna: 4000 L • 6000 L (p/ água) • Vindimadoras: Alma • Braud 6090 (p/ olival c/ 4,35 mts) • Gregoire (p/ olival)

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BEJA • FARO Regiões USADOS: Tratores: Ford 7610 • Same Tiger • Ceifeiras debulhadoras: Laverda M132R • New Holland TX62 • New Holland TX66 • Abre regos Galucho D2C (série: E76) • Carregador frontal El Leon 430 • Charruas: Galucho 1F-18” 90º • Galucho 2F-14” 180º H. • Galucho 3F-18” 180º H. • Galucho CH 2F-16” H. • Cisterna Galucho CG10000 (2 eixos) • Derregador Fialho FI-DHR/2/2000 • Destroçador Belafer T1NEO-200 • Distribuidor de adubo Vicon RS-M • Fresa Galucho FLOH - 1700 hidr. • Giratória de rastos Caterpillar 229D • Máquina de rega Irtec 90/D • Semeador Gaspardo MT6 • Semeador de sementeira directa Amazone Primera

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EVENTOS

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EVENTOS

3de tratores GINCANA ª

de Guimarães Por CATARINA GUSMÃO

A Vila vimaranense de Creixomil tem mais uma referência de peso. Aos Piratas de Creixomil que defendem a sua camisola com “unhas e dentes” desde 1948, e aos Heróis Portugueses que mantêm acesa a convivência dos associados do Grupo Recreativo da vila juntou-se, há três anos, a Gincana de Tratores de Guimarães que já vai na terceira edição.

C

hegámos ao campo de provas às nove em ponto do dia 7 de abril. O dia escolhido para a Gincana de Tratores de Guimarães, que se fez pelo terceiro ano consecutivo, foi o sábado, para que mais gente se pudesse juntar. O céu tinha grandes nuvens cor de chumbo a anunciar chuva, que a ocasião teria dispensado mas, aos poucos, os tratores começaram a alinhar numa extrema do campo. Novos, antigos, alguns de coleção, de muitas potências, marcas e cores, foram chegando, e pelas 10 horas eram cerca de cem os tratores que saíram para o cortejo que dá início às provas. Veja a Galeria de Fotos em: www.flickr.com/abolsamia

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EVENTOS

“Isto começou numa brincadeira” “Isto começou numa brincadeira”. Foi assim que Nuno Oliveira, gerente da empresa Âmbito Agrícola, de Vizela, nos começou a contar como surgiu a ideia de fazer uma gincana de tratores em Creixomil. “No final de uma silagem, depois dum esforço enorme para terminarmos os trabalhos, os meus amigos Daniel Salgado e Joel Sousa, prestadores de serviços, disseram-me: temos que nos juntar e fazer uma gincana para descomprimir e conviver. Dito e feito, no ano seguinte começámos a organizar a gincana e surgiu a ideia de alargar esse dia de convívio a toda a gente que quisesse participar, de forma a pormos em contacto as pessoas do setor agrícola da zona, unindo interesses comuns. O evento correu muito bem, e no segundo ano a organização das festas da Nª. Srª. da Luz convidou-nos a fazer parte das mesmas. Este é já o terceiro ano em que realizamos a Gincana, que coincide com as Festas, e que se realiza no fim de semana após o domingo de Páscoa.” Entretanto, várias entidades da região têm vindo a apoiar a organização da Gincana de Tratores de Guimarães, entre as quais empresas concessionárias de tratores e outras da região, e a Câmara Municipal de Guimarães.

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Uma gincana em 3 etapas O evento inicia-se com um cortejo de todos os tratores pela vila de Creixomil seguindose uma Gincana, uma Prova de esforço (Tractor Pulling) e uma Prova de arrasto humano. Os concorrentes têm que apresentar carta de condução de tratores em dia e cumprir todas as regras de segurança inerentes a provas deste tipo.


EVENTOS VENCEDOR

Gincana

Nuno Oliveira (Organização) entrega o prémio a Manuel Correia.

Gincana Nesta prova, os concorrentes participam com o seu próprio trator. É uma prova de perícia com diversos obstáculos, num percurso que é feito, do início ao fim, com um reboque atrelado ao trator em marcha à frente e marcha atrás. Ganha aquele que fizer a prova em menos tempo e com menos penalizações. Este ano houve 5 participantes e o primeiro prémio foi para Manuel Correia que guiava um McCormick.

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EVENTOS

Prova de Esforço Nesta prova entraram 29 participantes. Os tratores são divididos por 5 classes de peso e têm que puxar uma carga de 9 toneladas com uma peça mecânica adicional que faz variar a carga criando atrito e variando a aderência ao solo do trator. E os vencedores foram:

Classe até 3.500 kg Vencedor: Fiat 60-66 António Gonçalves, presidente da Junta de freguesia de Creixomil entrega o prémio a Jorge Cunha.

Classe de 3.501 a 4.500 kg Vencedor: New Holland T4.95 Joel Sousa (Organização) entrega o prémio a Agostinho Esteves (Brás & Vasconcelos).

Classe de 4.501 a 5.500 kg Vencedor: New Holland T6.115 Daniel Salgado (Organização) entrega o prémio a Pedro Monteiro (Brás & Vasconcelos).

Classe de 5.501 a 7.000 kg Vencedor: Fendt 818 Vario Custódio (Comissão de festas da Nª. Srª. da Luz) entrega o prémio a José Silva.

Classe de 7001 a 9.000 kg Vencedor: New Holland T4.95 António Gonçalves, presidente da Junta de freguesia de Creixomil entrega o prémio a António Oliveira.

Classe de 12.220 kg Vencedor: Fendt 936 Vario Daniel Salgado (Organização) entrega o prémio a César Moreira.

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EVENTOS

No final da prova de esforço os minis da Kubota também foram a jogo.

EQUIPA VENCEDORA

Prova de arrasto

Prova de arrasto

Daniel Salgado (Organização) entrega o prémio a Jorge Cunha.

A NOSSA APRECIAÇÃO

Estas provas são feitas com equipas de 10 homens, cada uma delas, à vez, a fazer “braço de ferro” com um John Deere vintage. Das três equipas participantes, venceu a equipa de Jorge Cunha e seus primos.

Trazemos a melhor das impressões deste evento que, ainda por cima, teve a chuva como companhia. Os milhares de pessoas que compareceram mostram-nos que há um lado lúdico do trabalho agrícola que tem cada vez mais interessados e apaixonados. Dos 8 aos 80, a Gincana de Tratores de Guimarães contou com o apoio de todas as gerações.

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CONCESSIONÁRIO EM FOCO

MOMENTOS NEW HOLLAND 1. A.AGRÍCOLA SOBRALENSE New Holland Bommer 30 Cliente: WFL Wild Fruits Lda Na foto: José Luís Antunes (cliente), Pedro Ferreira (AAS Viseu)

6. A. AGRÍCOLA SOBRALENSE New Holland T4.95n Cab. Na foto: João Penedo (AA Sobralense) e cliente (Sociedade Agrícola Casal Do Palear)

7. A.AGRÍCOLA SOBRALENSE New Holland Boomer 50

2. ETELGRA New Holland T7.165 C Na foto: José Carlos (Etelgra), Mário Cananão (Etelgra), Vasco Caupers (cliente)

3. ETELGRA New Holland T6.180 Cliente JPN: João Patusco Nunes Na foto: João Patusco (cliente), Mário Cananão (Etelgra), Luís Profeta (Etelgra)

4. JOPAUTO New Holland T3.55F Na foto: Artur (Jopauto), Mário Sousa (cliente)

11. BRÁS E VASCONCELOS Tratores New Holland em prova na 3ª Gincana de tratores em Guimarães

Na foto: Sérgio Vizela, Pedro Monteiro (Brás & Vasconcelos, Lda ), Tática Maravilha, Agostinho Esteves, Jorge Cunha e André Matos

Na foto: António Jorge (cliente) e Pedro Ferreira (AA Sobralense)

3

8. JOPAUTO New Holland T3.65F Cliente: Quinta do Vallado Na foto: Luís Carlos (tratorista), Carlos Barreleiro (Jopauto)

9. MIRALDINO F. MENDES New Holland T5.85 CAB Cliente: Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes, Curso Técnico de Agropecuária

10. ETELGRA New Holland Boomer 50

5. VARANDA & CORDEIRO New Holland T4.75PS

Na foto: Pedro Custódio (cliente), Mário Cananão (Etelgra)

Cliente: Nadine Pimentel Na foto: Duarte Pimentel Mogadouro

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OPINIÃO

De Tractor a Cagaf-Cagaf Com a reforma da ortografia, passámos a escrever ‘trator’ em vez de tractor e distanciámo-nos da generalidade dos idiomas europeus. Mas podia ter sido bem pior. Bastava que quem gatafunhou o acordo ortográfico tivesse simpatizado com o modo como a palavra é escrita na Somália. Por JOÃO SOBRAL

N

uma publicação especializada em mecanização agrícola como é a revista Abolsamia, tractor é seguramente uma das palavras que maior número de vezes já apareceu escrita nestas páginas. Não é de admirar. Embora a agricultura não se faça só com tractores, é este o tipo de máquina que está no centro do negócio. Com a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990 (AO90), tractor perdeu a letra ‘c’, tendo passado a escrever-se ‘trator’. Na Redacção da revista, atravessámos uma fase de transição em que alguns de nós continuaram a seguir a antiga grafia e outros a nova. Mas era preciso harmonizar para que a publicação como um todo não tivesse diferentes grafias à espreita de cada vez que se virava uma página. Posto isto, chegou-se a um compromisso. As peças são escritas segundo o AO90 e passou a figurar na Ficha Técnica uma nota onde é dito que “Abolsamia segue o AO90, embora nem todos os colaboradores tenham adotado a nova grafia”. No fundo, serve como uma ligeira salvaguarda para quem escreve em ‘acordês’ a contra-gosto. Pessoalmente, rejeito

convictamente a nova grafia. Não porque me oponha a reformas ortográficas, mas porque não reconheço nas modificações engendradas qualquer justificação ou utilidade. Vejo-as apenas como um rol de disparates sem lógica, nocivos à estabilidade e consistência da língua, que originam situações confusas, e que afastam o português das línguas europeias e da sua base etimológica. E sem que daí resulte algum proveito. E no entanto, cá me vou ocupando a escrever tractor sem ‘c’, porque é a norma que vigora. Mas de cada vez que escrevo esta palavra assim adulterada, e não apenas esta, gera-se dentro da minha cabeça uma espécie de atropelo mental. Tractor deriva da palavra latina tractiõne, que significa arrastar. Ao removermos a letra ‘c’, removemos também a ligação ao significado original. ‘Trator’ parece remeter assim para uma pronunciação com ‘a’ fechado, próxima dos vocábulos tratar, ou tratador sem uma das sílabas. A meio de um destes atropelos provocadas pelo AO90, recorri à ferramenta de tradução do Google para ver de que forma é escrita noutros idiomas esta palavra tão central no léxico que usamos aqui na revista. Verifiquei que em países europeus, apenas em maltês,

A palavra TRACTOR escrita em diferentes idiomas

Traktor

Albanês, alemão, bósnio, checo, croata, dinamarquês, eslovaco, esloveno, estónio, filipino, húngaro, indonésio, malaio, norueguês, polaco, sudanês, sueco, usbeque

Tractor

Espanhol, galego, holandês, inglês, romeno

Traktorea

Basco

Traktör

Turco

трактар

Bielorusso, búlgaro.

трактор

Macedónio, russo, sérvio, ucraniano.

Traktors

Letão

Traktorius

Lituano

Trakter

Luxemburguês

Tracteur

Francês

Traktori

Finlandês

τρακτέρ

Grego

Traktera

Malgaxe

dráttarvél

Islandês

Ugandaganda

Zulu

Trattur

Maltês

Trattore

Italiano

Cagaf-Cagaf

Somali

em islandês e em italiano a forma escrita diverge daquilo que podemos considerar que é a norma, com o segundo ‘t’ a ser antecido de um ‘c’ ou de um ‘k’. Não tem pois qualquer lógica que tractor tenha passado a ‘trator’. Mas podia ter sido bem pior se ao Professor Malaca Casteleiro, considerado o pai

do acordo ortográfico, lhe tivesse dado na telha mudar tractor para a tradução da língua somali. Por precaução, o melhor é não lhe darmos ideias. Mas pelo sim pelo não, fica o leitor alertado. Se um dia destes dissermos que vamos para o campo experimentar um Cagaf-Cagaf, já pode imaginar o que terá acontecido. *Texto escrito segundo a antiga grafia.

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OPINIÃO


Joseph Kuhn

Kuhn 190

celebra anos de atividade Por JOÃO SOBRAL

Começou por ser uma modesta oficina de aldeia, e é hoje, passados 190 anos, uma companhia de renome mundial. No percurso desta marca francesa, as alfaias de fenação assumiram uma posição marcante. Mas nas últimas décadas a oferta alargou-se a outros segmentos da mecanização agrícola. Com presença nos cinco continentes e uma faturação que ultrapassa os mil milhões de euros, a Kuhn disponibiliza atualmente um vasto leque de equipamentos que é reflexo das mais de 2000 patentes registadas que fazem parte da sua história

1828 Joseph Kuhn começou pelas balanças Joseph Kuhn abriu uma oficina de ferragens na sua aldeia, nos arredores de Saverne. Especializou-se no fabrico de balanças decimais e utensílios de pesagem.

1864 A Kuhn instala-se em Saverne Aproveitando a abertura da linha férrea entre Paris e Estrasburgo, Joseph Kuhn deu um novo impulso ao seu negócio. Mudou-se para Saverne, cidade onde a Kuhn permanece até hoje, e começou a produzir equipamentos agrícolas.

1921 Mecanização agrícola como rumo A firma expandiu as instalações e começou a fabricar debulhadoras estacionárias. Seguiram-se depois as gadanheiras e os junta-fenos.

1904

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1913

1927

1931

1934

1934


ANTIGAMENTE ERA ASSIM...

Anos 90 Aquisições alargam a gama Foi logo em 1987 que a Kuhn comprou a Huard (charruas). Seria a primeira de várias aquisições feitas nos anos 90, que permitiram à marca entrar em novos segmentos de produto. Em 1993 compra a Audureau (distribuidores de fardos, cortadores de silagem e unifeeds) e em 1996 seguiu-se a Nodet, que acrescentou à Kuhn os semeadores de linhas e os pulverizadores.

Século XXI A reforçar alicerces

1946 Recuperação no pós-guerra A trajetória de crescimento foi abruptamente interrompida pela II Grande Guerra. Terminado o conflito, a Kuhn associa-se ao fabricante suíço Bucher-Guyer, uma estratégia que contribuiu para a recuperação.

Anos 60, 70 e 80

Continuou a política de aquisições. Em 2002 compra a americana Knight (reboques espalhadores e unifeeds). Em 2005 também a brasileira Metasa (sementeira de precisão) passa a ser detida pela Kuhn, e em 2008 é a vez dos pulverizadores Blanchard. No mesmo ano, compra a divisão de fenação da Kverneland. Em 2011 compra a americana Krause (trabalho de solo) e em 2014 adquire a brasileira Montana (pulverizadores automotrizes). Neste século, a Kuhn tem vindo a abrir novos escritórios e sucursais, estando presente em cerca de 100 países. E está também a modernizar instalações e a investir mais em I&D. No fundo, a reforçar os alicerces da longevidade.

Consolidação do negócio As gadanheiras traseiras e ventrais, os encordoadores de feno, os arrancadores de batatas e as fresas eram as principais alfaias comercializadas. Foi a partir dos anos 70 que a Kuhn passou a exportar para toda a Europa, Austrália e Estados Unidos.

1946

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1957

1966 ABOLSAMIA maio / junho 2017

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MAIO / JUNHO 2018

ASSINE HOJE A REVISTA outubro 2017

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DESIGN E PRÉ-IMPRESSÃO Workmove - Comunicação Visual

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março / abril 2018

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REDAÇÃO Nuno de Gusmão, Francisca Gusmão, João Sobral, Sebastião Marques e Carlos Branco

MÁQUINAS AGRÍCOLAS

maio 2017

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Ano XXV . Nº 110 março/abril 2018 Diretor Nuno de Gusmão Preço: € 6,00 Cont. ISSN 2183-7023

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