MÁQUINAS AGRÍCOLAS
julho / setembro 2018
abolsamia.pt
A revista da mecanização agrícola
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Reportagem Feira Nacional de Agricultura
Väderstad Tempo T6 Semeador monogrão pneumático
Ano XXV . Nº 112 Bimestral: jul./set. 2018 Diretor Nuno de Gusmão Preço: € 6,00 Cont. / ISSN 2183-7023
Nº112 - Ano XXV
Teste em campo Same Frutteto CVT 115 S
MELHOR
UTILITÁRIO
2018
McCormick X6.440 VT-Drive Especial
ENTREVISTA A JOSÉ MANUEL SEVERO MENDES
Gerente da Miraldino
ÁGUA
Um olhar ao atual panorama da água na agricultura
10
Finalistas do Tractor of the Year® 2019
VENDA MAIS MÁQUINAS COM OS NOSSOS
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PLANO BÁSICO DESDE
240€ valor a nual
Acresce IVA à taxa legal em vigor
julho/setembro 2018 2 DEDOS DE CONVERSA 80. Gonçalo Manuel Tavares Póvoas, Évora ANTIGAMENTE ERA ASSIM... 140. Manitou
32. ESPECIAL: GESTÃO DA ÁGUA Neste “Especial Água” lançamos um olhar ao atual panorama da água na agricultura, aos desafios e projetos em curso, às novas ferramentas e às dificuldades sentidas por quem produz. Visitámos associações e explorações de quem usa a água para produzir os alimentos e vimos como a tecnologia está a ser usada para contribuir para o seu melhor aproveitamento.
CONCESSIONÁRIO EM FOCO 138. Momentos New Holland EMPRESAS 8. BKT aposta no dente-de-leão 8. Grimme inicia produção na China 8. John Deere e Pessl anunciam aliança 8. Mta Revo Plus a bordo dos tratores Zetor 10. 75 anos dos motores Agco Power 10. Farming Agrícola representa os telescópicos da Faresin
10. Galucho: Farming Agrícola anuncia
distribuição exclusiva da marca em Espanha
10. Grupo Argo e Topcon Agriculture parceiros para a agricultura de precisão
10. Claas passa a equipar com Vredestein 12. CEO da Lemken é o novo presidente da CEMA 12. BKT patrocina campeonato italiano de futebol 12. Lely deixa de produzir maquinaria forrageira em março de 2020
ENTREVISTA 62. Entrevista a José Manuel Severo Mendes, gerente da Miraldino
88. Entrevista a Ricard Escayola, Kramp ESPECIAL 32. Gestão da água 92. Feira Nacional de Agricultura 2018 EVENTOS 146. EPAMAC
XXI Gincana de Tratores Agrícolas
FLORESTA 116. Alliance apresenta pneu florestal de baixa pressão
116. Bulldozer CAT com destroçador de série 117. Deutz apresenta motor híbrido 117. Forwarder Rottne F10D em versão estreita
118. Barra Jak Metalli para vegetação espontânea
118. Caixa de ferramentas e bancada Workbox 119. Nokian apresenta pneu Tractor King GESTÃO DE PARQUE DE MÁQUINAS 24. Made in Golegã
62. ENTREVISTA A JOSÉ MANUEL SEVERO MENDES, GERENTE DA MIRALDINO “ A história da nossa vida é a história da nossa Empresa, da nossa Família, dos nossos Fornecedores, dos nossos Colaboradores e dos nossos Clientes.”
TEMA DE CAPA McCORMICKX6.440 VT-DRIVE Melhor Utilitário 2018. Foi esta a distinção que o júri do prémio Trator do Ano atribuiu ao McCormick X6.440 VT-Drive. O grande destaque deste modelo é a nova transmissão de variação contínua VT-Drive que, associada a um interface intuitivo, vem reforçar a sua versatilidade e a sua vocação multitarefas. abolsamia julho / agosto / setembro 2018
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edição 112
92.ESPECIAL: FEIRA NACIONAL DE AGRICULTURA A 55ª Feira Nacional de Agricultura / 65ª Feira do Ribatejo, evento que decorreu no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, e cuja temática se centrou no “Olival e Azeite” foi o ponto de encontro da agricultura durante nove dias com a presença de Comissários Europeus, organizações internacionais, participantes estrangeiros oriundos de países como Espanha, Itália, França, Grécia, Tunísia, entre outros.
SUMÁRIO
PRODUTO
PRODUTO
73. Fendt 1050: O regresso do Rei 76. Aebi lança mini porta-alfaias
78. Ceifeira New Holland TC4.90
autónomo 76. Terminal Amazone mais evoluído 76. Kubota atualiza a série MGX 77. Nova geração Grimme Varitron de 4 linhas 77. Same apresenta série Frutteto CVT S
debulha todo o terreno
82. Semeador Väderstad Tempo T6 REGIÕES 120. Concessionários: equipamentos Novos e Usados para venda
REPORTAGEM 40. Valmet 4500 com 32.540 horas: O herói no trabalho original
68. Kverneland FlexCart: Grande mas flexível
74. Valtra SmartTour TECNOLOGIA
31. AEF desde 2008 a promover a compatibilidade eletrónica
68. Guiamento em alfaias:
Reinventada a ligação ao trator
70. Projeto MechSmart Forages TESTE EM CAMPO
55. McCormick X6.440 VT-Drive 58. Same Frutteto CVT 115 S 55 e 58. TESTE EM CAMPO Nesta edição da revista trazemos até si a apreciação que fizemos a dois tratores completamente diferentes: o McCormick X6.440 VT-Drive e o Same Frutteto CVT 115 S.
73. FENDT 1050: O REGRESSO DO REI Fomos até à lezíria de Vila Franca conhecer o mais recente comprador do maior trator convencional do mercado em Portugal. José Cardoso Costa é agricultor desde a década de 60 e possui quase 1000 hectares na zona de Vila Franca e arredores. Um verão que se adivinha “quente” no que aos picos de trabalho diz respeito foi o empurrão que faltava para este empresário adquirir à Agrimagos um Fendt 1050. Fique a conhecer a história da empresa de José Cardoso Costa, uma história que nos leva até 1545 e ao reinado de D. Pedro III.
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TRATOR DO ANO 14. Tractor of the Year 2019: 10 Finalistas
14. TRACTOR OF THE YEAR 2019: 10 FINALISTAS Tem agora início mais uma edição do Trator do Ano, um prémio internacional a que a revista abolsamia está associada desde longa data, com os trabalhos de avaliação a prolongarem-se até ao dia de abertura da EIMA.
82. SEMEADOR VÄDERSTAD TEMPO T6 Tal como a Frei António das Chagas, a todos os agricultores é pedida “estrita conta do seu tempo”. Foi essa, e também a necessidade de encontrar um equipamento que conjugasse a possibilidade de trabalhar em vários tipos de preparação de solo e o controlo de secções, as principais razões que levaram José da Luz a adquirir um Väderstad Tempo. Um semeador que “dá a conta feita a tempo”.
JULHO / SETEMRO 2018 DIRETOR Nuno de Gusmão REDAÇÃO Nuno de Gusmão, Francisca Gusmão, João Sobral, Sebastião Marques e Carlos Branco PUBLICIDADE Francisca Gusmão, Américo Rodrigues e Catarina Gusmão DESIGN E PRÉ-IMPRESSÃO Catarina Gusmão
ASSINE HOJE A REVISTA maio 2017
julho 2017
dezembro 2017
outubro 2017
março 2018
março / abril 2018
MULTIMÉDIA Francisco Marques WEBSITE Catarina Gusmão e Ana Maria Botelho
MÁQUINAS AGRÍCOLAS
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abolsamia.pt
A revista da mecanização agrícola
ESPECIAL
FIMA 2018
110
Novidades Técnicas premiadas e outras inovações
PROPRIEDADE Nugon - Pub. e Rep. Publicitárias, Lda. Nunca um negócio difícil me fez desistir
CONTRIBUINTE 502 885 203
MARIA JÚLIA
Entrevista
A. A. Alburitelense
ENRIQUE GUILLÉN
REGISTO 117122 Nº110 - Ano XXV
DEPÓSITO LEGAL 117.038/97
Ano XXV . Nº 110 março/abril 2018 Diretor Nuno de Gusmão Preço: € 6,00 Cont. ISSN 2183-7023
Diretor da filial ibérica da John Deere ESQUADRÃO DA ARBOS EM CAMPO Arbos 5130
+ POTÊNCIA E NOVO INTERFACE
Valtra T254 Versu SmartTouch
ADIANTAMENTO DO TRATOR Sabe o que é?
SEDE DO EDITOR R. S. João de Deus, 21, 2670-371 Loures SEDE DA REDAÇÃO R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 2670-338 Loures • T. 219 830 130 Email: abolsamia@abolsamia.pt
Portugal Europe 1 ano (5 revistas) - 25€
ASSINATURAS T. 219 830 130 João Correia - joaocorreia@abolsamia.pt IMPRESSÃO Jorge Fernandes, Lda R. Qta. Conde Mascarenhas, Nº9, Vale Fetal 2825-259 Charneca da Caparica TIRAGEM MÉDIA 7.000 exemplares ISSN 2183-7023 Nº DE REGISTO ERC 117122 GERÊNCIA Nuno de Gusmão, Francisca Gusmão e Catarina Gusmão SÓCIOS Nuno de Gusmão, Ana Gusmão, Francisca Gusmão e Catarina Gusmão
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1 ano (5 revistas + 1 Anuário) - 38 €
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2 years (10 magazines + 2 Year Book) - 120 € 1 Year Book - 30 €
Nome NIF
Data de nascimento
Morada
Cód. postal
Localidade
Telm.
Assinale com X uma das seguintes opções:
Agricultor ou
Empregado de Exploração
Agrícola Pecuária
ISSUU www.issuu.com/abolsamia
Mista
FLICKR www.flickr.com/abolsamia
Florestal Tamanho da exploração - hectares:
Os textos e fotos de autor são propriedade da Nugon,Lda., não podendo ser reproduzidos sem autorização, por escrito, da mesma. O conteúdo dos anúncios e das publi-reportagens dos clientes é da sua exclusiva responsabilidade. abolsamia segue o AO90, embora nem todos os colaboradores tenham adotado a nova grafia. Estatuto Editorial www.abolsamia.pt/estatutoeditorial-e-distribuicao ABOLSAMIA É MEMBRO DO JÚRI POR PORTUGAL
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P EDITORIAL
orque é que nos preocupamos demais? Fernando Ilharco, Professor da Universidade Católica Portuguesa, falou sobre este tema num programa da Rádio Renascença, em junho passado. Contou o Professor que um estudo publicado na revista Psychology Today se dedicou a tentar perceber porque é que nós, seres humanos, nos preocupamos tanto. Este é um assunto sério. Pensamos demais sobre o amanhã, o mês que vem, ou o que se vai passar daqui a vinte anos. Muitas vezes preocupamo-nos com coisas que nunca chegam a acontecer e que, mesmo que aconteçam, as nossas preocupações em nada ajudam a resolver o problema. Preocupamonos sobretudo com assuntos futuros e incertos, e, segundo consta, a culpa foi... da Agricultura (?!). Pois é, parece que até há umas dezenas de milhares de anos atrás, antes de domesticarmos o trigo, os nossos antepassados caçadores recolectores apenas tinham preocupações a dois dias (ex: será que a caça andará por aqui depois de amanhã?). As preocupações começaram a surgir há 10.000 anos, quando começámos a cultivar o trigo. Esta erva exigia muito dos seres humanos: não gostava de pedras, não gostava de partilhar o seu espaço e água com outras plantas, ficava doente, era indefesa contra outros organismos, tinha sede e até precisava que os solos fossem enriquecidos com fezes de animais. Tais tarefas exigiam que os seres humanos passassem dia e noite a tratar dela. E, mais, a preocupar-se com o tempo, se iria chover ou não,
Sebastião Marques
se iriam aparecer pragas ou não, se a produção seria suficiente... e assim passámos de preocupações a dois dias, para nos preocuparmos com coisas incertas e a meses de distância. Inventámos então aparelhos para, supostamente pouparmos tempo e termos uma vida mais descansada: máquinas de lavar, telemóveis ou computadores. Dando o exemplo de Yuval Harari, autor do livro Sapiens, “Antes, era preciso muito trabalho para escrever uma carta (...) Eram precisos dias, semanas, talvez até meses, para obter uma resposta. Hoje em dia, posso redigir um email, enviá-lo para outro lado do globo e (se estiver on-line) receber uma resposta passado um minuto. Poupei todo aquele trabalho e tempo, mas terei uma vida mais relaxada? Infelizmente, não. (...) Achámos que estávamos a poupar tempo; em vez disso, acelerámos a passadeira da vida para 10 vezes a sua velocidade anterior e tornámos os nossos dias mais ansiosos e agitados.” Não há dúvida que, enquanto espécie, somos um sucesso, e que a Revolução Agrícola teve um papel fundamental neste aspeto. Mas, e enquanto indivíduos, estaremos a fazer um bom trabalho? Será que fomos mesmo nós que domesticámos o “trigo”… ou o contrário?
A CULPA FOI DA 6
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AGRICULTURA abolsamia julho / agosto / setembro 2018
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EMPRESAS
Um substituto para a borracha
Pneus
BKT aposta no dente-de-leão NOVOS MÉTODOS PARA PREPARAR COMPOSTOS DE BORRACHA TKS PARA O FABRICO DE PNEUS
A Balkrishna Industries Limited (BKT), um dos principais fabricantes de pneus para fora da estrada, com sede na Índia, assinou um acordo de pesquisa com a Kultevat, Inc., uma empresa de biotecnologia dos EUA, especializada no cultivo e processamento de dentes-de-leão russos (TKS) como alternativa renovável e sustentável à borracha natural. O objetivo deste acordo é desenvolver novos métodos para preparar compostos de borracha TKS para a sua integração no processo de fabricação de pneus. Todos os estudos, análises, experimentações e testes serão desenvolvidos no moderno centro de pesquisa e desenvolvimento que a BKT inaugurou recentemente, conhecido como “Suresh Poddar Innovation Hub”, que ocupa uma área de mais de 100.000 m2 na mais nova e maior fábrica da empresa, localizada em Bhuj, na Índia. O acordo entre a Kultevat e a BKT assume enorme importância se se tiver em conta a previsão de que o consumo mundial de borracha natural atingirá os 17 milhões de toneladas até 2025. A crescente procura global, especialmente na indústria de pneus, levará em breve à carência desta matéria prima. A Hevea brasiliensis é uma árvore nativa da América do Sul e atualmente é a única fonte comercial de borracha natural; É produzida principalmente na Ásia. O problema da Hevea é o longo período de crescimento, o que significa que as culturas precisam de pelo menos 6 a 8 anos para poderem ser colhidas pela primeira vez. Além disso, há uma escassez de terra para cultivo nas zonas equatoriais. Para atender à mencionada demanda, seriam necessários mais 8,5 milhões de hectares de plantações. Tal levará, inevitavelmente, a um beco sem saída num espaço temporal bastante curto. Tal como outros fabricantes de pneus, a BKT tem trabalhado em matériasprimas alternativas, principalmente guayule e dandelion. A opção da BKT pelo dente de leão deve-se ao seu teor de látex; esta planta tem um crescimento anual, mesmo em climas moderados, e as suas raízes contêm cerca de 15% de látex, que pode ser usado como matéria-prima no processamento de borracha.
Grimme inicia produção na China
John Deere e Pessl anunciam aliança
Mta Revo Plus a bordo dos tratores Zetor
A nova fábrica tem 12500 m² e está localizada em Tianjin, 130 km a sueste de Pequim. Os novos escritórios têm 1400 m² e o investimento total da empresa terá rondado os 13 milhões de euros, constituindo o maior investimento da história da empresa de 150 anos.
As duas empresas assinaram um acordo de cooperação através do qual a rede de concessionários da John Deere passa a poder aceder à gama de produtos do fabricante austríaco especializado em equipamentos para telemetria e produtos para agricultura de precisão. A Pessl é também um dos principais provedores de estações meteorológicas agrícolas.
Nos primeiros dias de maio, a Mta e a Zetor chegaram a acordo para o fornecimento de computadores de bordo nos tratores Proxima e Forterra. A Mta, é uma empresa sediada em Codogno, perto de Lodi, e é especializada no desenvolvimento e produção de uma ampla gama de produtos eletromecânicos e eletrónicos. Por outro lado, a Zetor é uma empresa da República Checa com mais de 70 anos de experiência na produção de tratores.
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EMPRESAS
75 anos dos motores Agco Power Estará o leitor a recorda-se de que a designação Agco Power conta só com meia dúzia de anos. E tem razão. Mas por detrás do nome existe uma linha de continuidade que trouxe a empresa até aos dias de hoje. É uma história que completa agora três quartos de século. A fábrica de Linnavuori foi construída durante a Segunda Grande Guerra para dar apoio à aviação militar. Com o fim do conflito, foi iniciada a produção de motores diesel para diversas aplicações. Desde cedo, muitos desses motores destinaram-se aos tratores Valmet e à medida que a fábrica foi mudando de mãos, assim também a marca dos motores foi mudando. Nos anos mais recentes passou de Valmet para Sisu, e depois para Agco Power. Esta unidade de motores acabaria por chegar ao universo do Grupo Agco em 2004, juntamente com a Valtra. Desde então, a produção alargou-se a mais três fábricas (China, Brasil e Argentina), sendo atualmente produzidos motores de 3, 4, 6, 7 cilindros e 12 cilindros (com potência entre os 70 e os 598 cv). Nos dias de hoje, equipam mais de 70% das máquinas do Grupo Agco, sendo também fornecidos a outros fabricantes. “Estamos orgulhosos por celebrarmos esta grande herança e por anunciar que o motor Agco Power 1 milhão foi produzido na nossa fábrica de Linnavuori, na Finlândia”, disse Martin Richenhagen, chairman, presidente e CEO do Grupo Agco.
Claas passa a equipar com Vredestein Os Arion 500/600 e os Axion 800/900 fabricados em Le Mans, França, podem vir equipados (opcional) de fábrica com os Vredestein Traxion XXL e Traxion+. Este novo acordo é um dos primeiros resultados visíveis dos investimentos feitos pelo fabricante de pneus que conta com fábricas na Holanda e na Índia. A colaboração entre as duas empresas é já longa, visto as carregadoras, os reboques de silagem e as enfardadeiras já vêm equipadas com pneus Flotation da Vredestein. No fundo, esta é assim a incorporação da terceira fábrica da Claas no fornecimento de pneus pela Vredestein. As outras duas são Bad Saulgau, na Alemanha, e Woippy, em França.
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Farming Agrícola representa os telescópicos da Faresin O acordo de importação e distribuição exclusiva da marca italiana para a Península Ibérica é válido de forma imediata e deixa de fora os restantes equipamentos da Faresin, como por exemplo os unifeeds, que em Portugal são representados pela Tractorave.
Grupo Argo e Topcon Agriculture parceiros para a agricultura de precisão O acordo de colaboração a nível global foi celebrado na Agritechnica em novembro tendo nas últimas semanas sido limados os últimos detalhes. Desta forma, os tratores das marcas do Grupo (MacCormick, Landini e Valpadana) passam a equipar com as soluções da Topcon, desde sistemas de guiamento até aos de navegação por satélite GPS/GNSS, entre outras novidades que deverão surgir nos próximos tempos.
Galucho: Farming Agrícola anuncia distribuição exclusiva da marca em Espanha A Farming Agrícola anunciou, com efeito imediato, que detém a exclusividade de distribuição e importação da marca Galucho em território espanhol. Em comunicado, a Farming Agrícola, sublinha que a empresa portuguesa Galucho “junta a tradição de uma forte orientação familiar ao compromisso de constante inovação”. Fundada em 1920, a Galucho tem sede em Sintra e oferece uma ampla gama de soluções para agricultura, entres as quais se incluem charruas, cultivadores, corta-matos e destroçadores. A sua integração no catálogo da Farming Agrícola insere-se na estratégia da empresa, cumprindo o perfil de qualidade e de marca premium exigidos. De acordo com o comunicado, desta maneira, “a Farming Agrícola mantém-se firme no seu compromisso de oferecer aos seus clientes uma vasta gama de produtos”.
EMPRESAS
CEO da Lemken é o novo presidente da CEMA Anthony van der Ley, CEO da Lemken, foi eleito presidente da Associação Comercial de Produtores de Maquinaria Agrícola na Europa (CEMA). “É um prazer absoluto assumir a presidência da CEMA, a voz da indústria europeia de maquinaria agrícola”, afirmou van der Ley, que tem nacionalidade holandesa e é desde 2012 CEO da Lemken. Para o novo presidente, este é um “setor muito inovador, pioneiro em tecnologias de ponta para enfrentar desafios sociais”. “Espero mostrar a criatividade que caracteriza a nossa indústria, como o meu antecessor, Richard Markwell, fez nos últimos anos”, afirmou. A passagem de funções aconteceu na última reunião da CEMA em Bruxelas, a 20 de junho. O presidente da CEMA cumpre um mandato de dois anos, podendo concorrer para reeleição uma segunda vez.
Lely deixa de produzir maquinaria forrageira em março de 2020 A AGCO anunciou que vai deixar de produzir maquinaria de forragem com a marca Lely. Esta decisão põe fim ao fabrico de enfardadeiras e reboques autocarregadores da Lely, em março de 2020, nas fábricas alemãs de Wolfenbüttel e Waldstetten, que trabalham a pleno para as marcas Lely, Fendt e Massey Ferguson (MF), todas do grupo ACGO. Depois de apresentar a nova série de enfardadeiras e reboques autocarregadores na feira Agritechnica, em novembro de 2017, a AGCO afirma que a “procura de maquinaria das marcas Fendt e MF se desenvolveu muito bem, e mais rápido do que seria de esperar inicialmente.” Recorde-se que a AGCO já tinha terminado a produção de gadanheiras, volta-fenos e encordoadores da Lely, nas fábricas da marca na Holanda.
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abolsamia julho / agosto / setembro 2018
BKT PATROCINA CAMPEONATO ITALIANO DE FUTEBOL A Lega Nazional Professionisti B e a BKT assinaram um acordo na passada sexta-feira, 22 de junho, em Milão, que define o gigante dos pneus BKT como o patrocinador do campeonato da Série B de futebol por três temporadas, que passa a ser a Série BKT. O novo patrocínio, ou “sponsor tile”, é representado por um logo que une a BKT e a chamada Lega B, que passa a ser usado pelas equipas, clubes e adeptos, a partir da próxima temporada em 22 estádios italianos. Esta colaboração visa ainda apoiar a formação de jovens talentos graças a um programa de atividades focado nos principiantes, nas escolas de futebol e nos estádios das cidades a que pertencem as equipas da Série B. Crescimento e união tornam-se os pilares da série BKT, valores que correspondem aos da empresa, cujo mote é “Growing Together”, ou seja, crescendo juntos. “Estou muito satisfeita com este acordo, que é parte integrante da estratégia de marca da BKT, com foco no território italiano, onde temos a nossa sede para a Europa”, disse Lucia Salmaso,
Diretora Executiva da BKT Europa. “O futebol em Itália sempre foi um desporto muito popular, vivido com grande paixão e participação, por isso, entrar nesta relação privilegiada é importante para nós porque encontramos um estilo e filosofia de pensamento que nos representa, baseados na paixão, fidelidade, força de vontade e a tenacidade em enfrentar os desafios diários do mercado”, acrescentou a Diretora Executiva. Para o presidente da Lega B, Mauro Balata, esta nova parceria “continua o caminho de crescimento e internacionalização que a Lega B está a desenvolver, com força e convicção para a sua marca, um caminho indispensável para garantir maior sustentabilidade económica aos seus clubes e estimular ainda mais o interesse e o envolvimento do público”. Ao juntar-se a uma “empresa de classe mundial com grande prestígio internacional, líder na sua área, traça-se um caminho que levará a Série B cada vez mais longe nessa estrada “, de acordo com Mauro Balata.
10 Finalistas POR JOÃO SOBRAL
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em agora início mais uma edição do Trator do Ano, um prémio internacional a que a revista abolsamia está associada desde longa data, com os trabalhos de avaliação a prolongarem-se até ao dia de abertura da EIMA. É nessa altura que ficaremos a saber quais os modelos considerados mais inovadores na sua categoria, de acordo com a avaliação feita por um júri que é composto por 25 jornalistas europeus. Nos dias 28 e 29 de maio estivemos em Bolonha, onde, como membros do júri deste prestigiado prémio internacional,
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abolsamia julho / agosto / setembro 2018
participámos no evento inaugural ‘Let the Challenge Begin’. Como definem as regras, nesta fase inicial os fabricantes propuseram os seus modelos, ainda que no presente ano o lote de tratores seja em menor número do que tem sido habitual. As ainda recentes atualizações feitas pelas marcas para cumprirem as normas de emissões poluentes, e a expectativa de novos lançamentos em 2019 a coincidirem com a Agritechnica, são as principais razões apontadas para uma edição do TOTY que desta vez tem a bordo dez nomeados e onde é notada a ausência de
alguns fabricantes. Ainda assim, não deixará de ser uma edição competitiva. Nos próximos meses, a competição passará por uma fase de experimentação dos tratores em campo. Depois, cada um dos 25 membros do júri fará a sua avaliação modelo a modelo, baseada em parâmetros predefinidos para cada categoria. A etapa final está marcada para novembro. Na EIMA, em Bolonha, serão conhecidos os vencedores e será feita a entrega dos quatro prémios referentes às categorias em disputa.
TRACTOR OF THE YEAR©
DE VOLTA À COMPETIÇÃO Categoria
Categoria
Categoria
CAMPO ABERTO
MELHOR UTILITÁRIO
MELHOR ESPECIALIZADO
CASE IH MAXXUM 145 MULTICONTROLLER
CASE IH FARMALL 75A
ANTONIO CARRARO TTR 7600 INFINITY
MCCORMICK X7.690 P6-DRIVE
FENDT 313 VARIO
SAME FRUTTETO CVT 115 S
ZETOR FORTERRA HSX 140
MASSEY FERGUSON 6713
VENCEDORES 2018
Trator do Ano para Campo Aberto e Melhor Design VALTRA T 254 Versu Smart Touch Touch
Melhor Utilitário McCORMICK X6.440 VT-Drive
Melhor Especializado FENDT 211 Vario V
LANDINI REX 4-120 GT
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STEYR 4115 KOMPAKT HD
abolsamia julho / agosto / setembro 2018
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TRACTOR OF THE YEAR©
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Maxxum 145 Multicontroller 175 cv de potência máxima com boost.
Categoria
CAMPO ABERTO
Case IH Maxxum 145 Multicontroller É o modelo de topo dos Maxxum de 4 cilindros.
Categoria
CAMPO ABERTO
modelo de topo dos Maxxum de 4 cilindros é propulsionado por um bloco FPT Tier 4F de 4,5 litros, o qual debita 145 cv de potência nominal e 175 cv de potência máxima com boost. Dispõe de uma transmissão de dupla embraiagem ActiveDrive 8, em configuração powershift robotizada de 24 velocidades, que
O
2
McCormick X7.690 P6-Drive A série X7.6 P6-Drive expandiu-se com a chegada de um quinto modelo de maior potência.
Este novo X7.690 equipa com um motor Beta Power Tier 4F (fornecido pela FPT) de 6 cilindros, com 6,7 litros, que fornece 225 cv de potência máxima com boost. Pode inclui a funcionalidade de travão motor, acionada através de um pedal
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abolsamia julho / agosto / setembro 2018
permite alcançar os 53 km/h. Este trator de média potência pode ser configurado com todo o pack de tecnologia que encontramos nas séries superiores da Case IH. É compatível com ISOBUS de classe III e disponibiliza ao operador um interessante nível de personalização, designadamente para programação das sequências nas cabeceiras e tipo de resposta da transmissão.
dedicado. A transmissão é uma powershift robotizada 30/15 fornecida pela ZF. Permite definir o intervalo de regime a que o operador pretende que a passagem de caixa em modo automático seja feita.
Os clientes podem optar por uma cabine em versão Efficient, mais sóbria em equipamento, ou pela versão Premium, com apoio de braço e monitor tátil. O eixo dianteiro com suspensão independente é um opcional.
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Acresce IVA à taxa legal em vigor. **Franquia por intervenção. A imagem aqui apresentada é meramente ilustrativa.
*
TRACTOR OF THE YEAR© Categoria
CAMPO ABERTO
3
Zetor Forterra HSX 140 São tratores emblemáticos na gama do fabricante checo e têm continuamente vindo a ser alvo de melhorias técnicas.
Considerando a versão intermédia Forterra HSX (existem os Forterra CL e Forterra HD), o modelo 140 é o modelo mais potente, estando equipado com um motor de 4 cilindros Tier 4F fabricado pela Zetor. A
4
de 40 km/h a um regime económico de 1750 rpm. Entre os opcionais, a Zetor fornece um eixo dianteiro de origem Carraro com suspensão independente a cada roda, bem como o elevador hidráulico frontal.
Categoria
MELHOR UTILITÁRIO
Steyr 4115 Kompakt HD É o modelo de topo da série Kompakt.
18
cilindrada é de 4,2 litros e a potência chega aos 136 cv. A caixa é uma 30/30 que dispõe de inversor eletrohidráulico e passagem automática dos três níveis de powershift. Permite uma velocidade
abolsamia julho / agosto / setembro 2018
N
esta variante HD, possui eixos reforçados, o que permite o trabalho com alfaias mais pesadas e uma carga admissível
até 6500 kg. O bloco FPT de 4 cilindros e 3,4 litros com que está equipado fornece 114 cv de potência. Já a transmissão é uma 24/24 com inversor eletro-
hidráulico, capaz de alcançar os 40 km/h. Pode ser configurado com um elevador dianteiro de controlo eletrónico (EFH). Este extra é especialmente útil para trabalhar com uma gadanheira frontal e transferir parcialmente o peso da alfaia para as rodas, para uma melhor adequação ao relevo do terreno.
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TRACTOR OF THE YEAR©
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MELHOR UTILITÁRIO
Fendt 313 Vario A série 300 Vario tem um lugar bem definido na gama da Fendt, com o 313 Vario a ocupar o lugar cimeiro.
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Equipa com motor de 4 cilindros com potência máxima de 142 cv.
Categoria
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e origem Agco Power, o motor é um 4 cilindros com 4,4 litros que fornece uma potência máxima de 142 cv. É assistido pela conhecida transmissão Vario, para uma velocidade de 40 km/h. À atual geração (Tier 4F), a marca adicionou o nível de especificações Profi Plus e também
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a possibilidade de o cliente encomendar a condução automática VarioGuide. Num segmento onde o trabalho com carregador frontal é incontornável, a Fendt inclui no monitor a possibilidade de programar diversas funções deste equipamento. Uma delas permite definir uma altura limite de elevação.
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MELHOR UTILITÁRIO
Massey Ferguson 6713 É o modelo mais potente da série Global. É o modelo mais potente da série Global, estando a propulsão a cargo de um motor Agco Power de 4 cilindros, com 4,4 litros, que disponibiliza uma potência máxima de 130 cv. A transmissão é uma 12/12 sincronizada, com seis velocidades repartidas por duas gamas, preparada
para uma velocidade máxima de 40 km/h. O inversor é eletro-hidráulico e possui ajuste de sensibilidade. Para os clientes que trabalham com carregador frontal, a MF propõe uma cabine com abertura superior Visio Roof, para melhor visibilidade ao manobrar cargas em altura.
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Categoria
MELHOR UTILITÁRIO
Case IH Farmall 75A É o modelo mais potente dos Farmall A. o modelo mais potente dos Farmall A., uma série de utilitários compactos destinados a explorações de pequena e média dimensão. A nível de propulsão, os 75 cv de potência são fornecidos por um bloco FPT de 3 cilindros com 2,9
litros de cilindrada. No que respeita à caixa, trata-se de uma 12/12 com inversor eletrohidráulico e velocidade de 40 km/h. Este trator pode ser configurado de fábrica com pré-instalação para carregador frontal.
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MELHOR ESPECIALIZADO
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Categoria
MELHOR ESPECIALIZADO
Landini Rex 4-120 GT O Rex 4-120 GT é o modelo mais musculado de uma série de especializados para pomares.
Same Frutteto CVT 115 S Variação contínua em culturas especializadas. O especializado da Same foi o primeiro modelo de entre os nomeados para Tractor of the Year® 2019 a ser testado em campo pelos membros do júri. » Consulte a reportagem na página 58.
O Rex 4-120 GT é o modelo mais musculado de uma série de especializados para pomares que, na variante GT (com maior largura de eixos e opção de pneus maiores), começa nos 76 cv de potência. Equipa com motor Deutz de 4 cilindros, com 2,9 litros, e
112 cv de potência máxima. A transmissão pode ir desde uma versão de base 12/12 até à versão mais evoluída 48/16. A cabine é de plataforma plana e pode contar com proteção de nível 4, com a gestão da pressurização a ser feita diretamente no painel de instrumentos. A
bordo, o operador beneficia ainda de uma coluna de direção ajustável em altura e profundidade. Entre outros opcionais, a Landini propõe o elevador frontal, a suspensão no eixo dianteiro, a condução automática e o sistema de telemetria.
LINHAS DE FRONTEIRA QUE DEFINEM AS 4 CATEGORIAS
CAMPO ABERTO À categoria principal para os tratores de Campo Aberto, concorrem os tratores convencionais cuja carga máxima admissível seja superior a 8900 kg.
MELHOR UTILITÁRIO
MELHOR ESPECIALIZADO
MELHOR DESIGN
A categoria Melhor Utilitário está reservada aos tratores convencionais com potência acima de 70 cv, motor com no máximo 4 cilindros, e cuja carga máxima admissível não ultrapasse os 8.900 kg.
Os tratores destinados a pomares, vinhas e zonas montanhosas enquadram-se na categoria Melhor Especializado.
Ao prémio Melhor Design concorrem todos os modelos que disputam as três categorias anteriores.
Sérvia entra para o júri A revista Poljoprivrednik, da Sérvia, associou-se ao Tractor of the Year. A chegada de Marija Antanaskovic alarga o júri, que passa a ser composto por 25 jornalistas. Os 25 membros do júri com o staff da Trelleborg.
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TRACTOR OF THE YEAR©
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A série TTR passa a estar disponível com transmissão hidrostática.
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MELHOR ESPECIALIZADO
RGS™ - Posto de condução reversível Inverte a direção em apenas alguns segundos para trabalhar de forma eficiente com equipamentos rebocados ou frontais.
Antonio Carraro TTR 7600 Infinity O TTR 7600 é um isodiamétrico que foi especialmente pensado para a fenação em regiões declivosas.
TTR 7600 é um isodiamétrico, largo e com um baixo centro de gravidade, que foi especialmente pensado para a fenação em regiões declivosas. Posicionado a meio da gama TTR, no patamar dos 75 cv, conta com um motor Kohler de 4 cilindros, com 2,4 litros de cilindrada e ventoinha reversível.
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Com o lançamento deste modelo Infinity, a série TTR passa a estar disponível com transmissão hidrostática, o que representa uma vantagem a nível de desempenho mas também em termos de habitabilidade na cabine, com um túnel central agora mais desimpedido. O posto de condução é reversível e o elevador frontal está entre os opcionais fornecidos pela marca italiana.
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GESTÃO DE PARQUE DE MÁQUINAS
José da Luz, Encarregado Geral da Arminda Aurora Henriques de Sousa Luz.
À boleia do artigo sobre o semeador Väderstad Tempo, ficámos a conhecer uma empresa do distrito de Santarém que adquiriu uma destas máquinas. Nesta edição da Gestão de Parque de Máquinas aproveitámos a boleia da reportagem que fizemos sobre o semeador Väderstad Tempo para ficar a conhecer uma das empresas do distrito de Santarém que adquiriu um dos exemplares. Uma casa centenária que explora 200 hectares na Golegã, quase todos dedicados ao milho. José da Luz, Encarregado Geral da Arminda Aurora Henriques de Sousa Luz, apresentou-nos a casa, que conta com cinco tratores John Deere como principal força de trabalho. O ano foi atípico no que à queda da água diz respeito. O trabalho vai ser árduo e não há tempo a perder. Ainda assim, José da Luz recebe-nos para nos contar um pouco sobre a história da firma e a forma como gere o parque de máquinas.
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N I E MAD
à G E L O G
TEXTO SEBASTIÃO MARQUES / FOTOS FRANCISCO MARQUES
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GESTÃO DE PARQUE DE MÁQUINAS
abolsamia: Bom dia, José. Quando e como nasceu a empresa?
A Arminda Aurora Henriques de Sousa Luz nasceu na altura do meu avô e do seu irmão, mas até já vinha do meu bisavô. É, portanto, uma empresa do início do século passado. O meu avô nasceu em 1890, ficou órfão de pai bastante cedo e, por isso, pensamos que aos 20 anos já trabalhavam juntos (o avô e o tio-avô) e já tinham lavoura. Eram aqui da Golegã, nascidos e criados, tinham olival e um lagar. Tinham vinha ali perto do Tejo e também adega. Esta era a parte principal do negócio. Depois, tinham a parte da pecuária porque, antigamente, onde havia olival aproveitava-se também para fazer pecuária. Foram crescendo e, para a realidade da altura, cresceram bastante. Quando os dois faleceram ficou a minha mãe e a minha tia à frente da firma. Por fim ficou só a minha mãe, que se mantém e que dá nome à empresa.
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alternativas ao milho
O milho era a âncora aqui nesta zona e continua a ser, balizando as condições das outras culturas, para o bem e para o mal. Estão a aparecer agora algumas alternativas como a nogueira ou o olival super-intensivo. Vamos fazendo também outras coisas como a batata, o pimento, a cebola (apesar de as condições aqui não serem as melhores). Temos procurado algo que nos permita não ficar dependentes de muita mão de obra, daí que as hortícolas, neste caso também associado a preços pouco convidativos, não sejam nesta fase grande opção. Assim sendo, vamos experimentar o feijão, já há quem esteja a experimentar o grão, o tremoço. Vamos ver se há mercado e preço. (José da Luz)
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E como foi a evolução das culturas que trabalhavam? Começou pelo olival, vinha...
Essas foram as principais durante muito tempo. A grande alteração dáse muito mais tarde, com a entrada na Comunidade Económica. Os olivais desapareceram praticamente todos aqui na Golegã. Se formos hoje para o lado dos Riachos ou do Entroncamento veem-se ainda umas pequenas tiras, mas muito pouco. Era também nessa zona que existiam as maiores propriedades, e ainda hoje é, porque aqui para o lado do Campo é tudo muito mais pequeno, mais retalhado. Mas voltando à entrada na Comunidade Europeia... Temos que recordar que o milho valia na altura 60 escudos, hoje isso talvez representasse uns 500 euros a tonelada, e portanto estamos a falar sobre um tema que não levantava muitas dúvidas. Foi montar sistemas de rega, dependendo da zona pivots ou coberturas totais (sistemas de aspersão clássica). Essa foi a grande reestruturação: arrancar olival e começar com regadio, iniciando pelo milho.
nogueiras e um pouco de olival super-intensivo, e fazemos também algumas culturas de outono-inverno em complemento com o milho, como azevéns. Depois, em Castelo Branco, onde temos cerca de 150 hectares, temos uma exploração pecuária, vacas de carne. Aqui acabamos por produzir alguma da alimentação que segue para lá e comercializando outra parte das forragens que produzimos. Falando na mão de obra. Quantas pessoas trabalham na empresa?
Juntando as duas, Golegã e Castelo Branco, somos seis pessoas. Eu sou encarregado geral de ambas, até pela minha formação em produção animal. Trabalho cá desde 1991, quando ainda estudava na Escola Agrícola de Santarém. A minha mãe continua a superintender toda a empresa mas já menos no terreno. A minha irmã está encarregada de toda a parte do escritório. Temos, cá na Golegã, três operadores de máquinas, e um responsável pela exploração em Castelo Branco.
Que culturas fazem hoje?
Focando a atenção nos operadores de máquinas.
Enquanto empresa, exploramos aqui na Golegã 200 hectares de regadio 140 a 150 de milho, 24 de batata, um pouco de girassol e colza. Este ano vamos fazer feijão, vamos colocar
São três, sendo que ainda temos o Filipe que, tendo muita experiência com máquinas e a nível agrícola em geral, acaba por ser operador quando é preciso, tal como eu.
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ECONOMIA NO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL GARANTIDA OU DEVOLVEMOS O SEU DINHEIRO * GARANTIA DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEL
Se utilizar mais do que o nosso consumo de combustível alvo, iremos reembolsar a diferença.
B Ó N U S P O R E F I C IÊ N C I A
Se utilizar menos do que o nosso consumo de combustível alvo, pagaremos-lhe um bónus de 2x a diferença.
T R AT O R E S 6 R (6 C IL IN D R O S), 7R, 8 R
AS16096.1POR_PT_100
A garantia de consumo de combustível inclui agora os tratores das séries 6R (6 cil.), 7R e 8R e aplica-se apenas ao modo de transporte.
O PROGRAMA DE GARANTIA DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEL. S E JA M A I S P R O D U T I VO. G A R A N T I D O. * O programa de garantia de consumo de combustível estará em vigor e será oferecido somente pelos concessionários John Deere entre as datas 1 de novembro de 2017 e 31 de outubro de 2018 para todos os tratores novos das séries 6R (6 cilindros), 7R e 8R, nunca comercializados por meio da venda retalhista, comprados ou adquiridos em acordos de ‘leasing’ entre ditas datas. Será preciso fazer a inscrição de forma efetiva no programa com o concessionário John Deere da sua zona. O programa de garantia só é válido para aplicações de transporte (acima de 20 km/ h) de acordo com os dados JDLink fornecidos. Entre em contacto com o concessionário John Deere da sua zona para saber mais detalhes sobre o documento de inscrição.
GESTÃO DE PARQUE DE MÁQUINAS
Com o monitor 6130 da JD e o objetivo de ter os dois tratores a trabalhar em conjunto a empresa começou a mapear as parcelas. Agora, surge a parceria com a Agroanalítica para rentabilizar os mapas feitos.
trabalham com alfaias da dimensão que preciso para os trabalhos mais pesados. Descreva-me o parque de máquinas da empresa.
Temos um John Deere 6190R, recentemente adquirimos um 6110R para a sementeira, um trator já com muita tecnologia. Depois temos um 6910 e dois 6110, de 80 cv. Tenho dois tratores mais pesados e dois mais ligeiros. Entendo que não valia a pena ter tratores de cavalagens intermédias (120-130 cv) porque estes mais pequenos são mais económicos nos trabalhos que fazem (sacham, adubam, curam, um deles usa o carregador frontal). E tenho os outros maiores que
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O seu trator mais potente é um John Deere 6190R. Como surgiu o interesse por esta máquina?
Introduzi há algum tempo a mobilização na linha aqui na exploração. Para estas alfaias de mobilização na linha comecei a achar o 6910 curto, apesar de conseguir fazer o trabalho. Esse factor associado a não ter uma alternativa em caso de avaria, fez com que acabasse por querer ter dois tratores para trabalhos mais pesados. São quatro tratores que chegam para a dimensão que temos. Ao nível de alfaias, tenho um pulverizador de 4000 litros, um Hardi
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sistemas de rega e emparcelamento
7 pivots, gota a gota e coberturas totais (sistemas de aspersão clássica): o sistema de rega que usamos varia de propriedade para propriedade e das suas características. As coberturas totais são um mal necessário. As manutenções dos pivots podem ser mais caras mas são máquinas muito mais fáceis de controlar e de trabalhar. É muito difícil controlar 4000 aspersores. E ainda há o problema de articulação das coberturas totais com a condução dos tratores e os GPS. Fazia muita falta o emparcelamento. Está em cima da mesa através da Agrotejo. É uma obra que está em projeto há mais de 10 anos, vamos lá ver se o Quadro Comunitário nos resolve o problema desta vez. Regar estas propriedades envolve custos elevados, para além de ser cara a instalação acaba por ser cara a própria rega, porque há um grande consumo de energia. (José da Luz)
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adubo líquido
Desde há quatro ou cinco anos que temos vindo a apostar no adubo líquido e temo-nos dado bem. A logística parecia um pouco assustadora ao início mas até tem corrido bem. As entregas são muito eficientes, disponibilizam-nos o equipamento, o que ajuda bastante. Já ponderei fazer a adubação através do trator que faz a preparação do solo e não do que faz a sementeira. Vamos ver. Este ano está assim mas não é um dossier fechado. Em zonas onde a terra está mais mobilizada este trator pode denotar algumas dificuldades em fazer o autoguiamento, também por ser um trator mais ligeiro do que o que faz a preparação. (José da Luz)
Mais recentemente, assinou um protocolo de colaboração com a empresa Agroanalítica uma empresa de consultoria agrícola que tem como objectivo a otimização da operação agrícola por via do apoio à transformação digital. Como é que está a correr?
Navigator, com barra de 18 metros. Um adubador rebocado de 3000 quilos da Vicon. Tenho GPS com RTK nos dois tratores que andam nas sementeiras (os dois JD R’s) e um GPS que roda nos outros tratores. Quatro reboques de 16 toneladas principalmente para a batata e o milho, o Striger da Kuhn, o semeador Tempo da Väderstad, duas ou três grades de discos com diferentes tamanhos, rolos destorroadores, destroçadores para o olival, etc. Basicamente é isto. Já tivemos debulhadora e vindimadora, mas hoje não. Disse-nos que tem quase todas as propriedades mapeadas ou em processo de mapeamento.
O primeiro GPS que comprei foi um Trimble 750 há cerca de 8-10 anos. Fazia-nos o guiamento, ajudava no espalhamento de adubos, nas curas... Há cinco anos, quando comprei o JD 6190R vinha equipado com um GPS RTK. Eu já tinha nessa altura a ideia de começar com as sementeiras, a fazer linhas de sementeira, a identificar pontos. Mais recentemente, a partir do momento em que comprei este JD 6110R com o monitor 6130, a ideia foi ter os dois tratores a trabalhar em conjunto: um prepara a terra e o outro vai atrás com o mesmo mapa (e daí a necessidade de mapear as terras e tê-las todas mapeadas). Começámos então a fazer cabeceiras já com outra qualidade e, portanto, com um muito melhor aproveitamento do terreno.
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Com a Agroanalítica, a ideia é passar de utilizar os mapas apenas para este guiamento, para utilizarmos mapas que nos permitam ter uma diferenciação na sementeira, densidades de semente, quantidades de adubo, eventualmente, curas. No fundo, aprofundar o nosso mapeamento de forma a conseguirmos identificar onde é que há problemas para depois podermos atuar nessas zonas de maneira específica (podendo poupar material, ou investir mais consoante o potencial produtivo de determinada zona, por exemplo). Nesta fase inicial servirá para identificação de focos de problemas (de rega, do solo, da sementeira, da adubação) através dos mapas de produtividade, de rendimento/ produtividade, eletrocondutividade), permitindo-nos atuar numa área grande em pontos concretos da forma que entendermos. Aí precisamos de ajuda para, no dia a dia, olharmos para os mapas e conseguirmos conjugar toda a informação e sobrepô-la num mesmo mapa que nos dê diretrizes para agir da melhor forma.
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Temos um John Deere 6190R, recentemente adquirimos um 6110R para a sementeira, um trator já com muita tecnologia. Depois temos um 6910 e dois 6110, de 80 cv. Tenho dois tratores mais pesados e dois mais ligeiros.
Para terminar, um trator que chegue à sua exploração, vai cá ficar até ao final da vida?
Enquanto não somos prestadores de serviço (pelo menos a tempo inteiro), e como agricultor possuidor de máquinas, temos uma capacidade de investimento limitada. Não podemos estar sempre a comprar máquinas. Por isso, apostamos na longevidade das mesmas. Muita manutenção feita diariamente, manutenção feita no concessionário,
inclusivamente mudanças de óleo. As coisas têm de ser entregues aos profissionais. A proximidade dos concessionários é, portanto, algo muito valorizado na nossa casa. Se fizessem muitas horas, talvez mudássemos de 4 em 4 anos. Assim, avançamos para a compra de uma nova máquina (e, consequentemente, reforma da antiga) mais pela necessidade de trazer determinada nova tecnologia cá para casa.
tecnologia
Desde 2008 a promover a compatibilidade eletrónica A 28 de outubro de 2008, sete fabricantes de maquinaria agrícola e duas associações industriais do sector criaram a ‘Agricultural Industry Electronics Foundation’ (AEF). Passados dez anos, são oito os fabricantes e três as associações que ocupam a posição de membros premium da AEF. Mas como membros associados são já 200 os fabricantes que se juntaram ao objetivo desta instituição, que é melhorar a compatibilidade eletrónica e elétrica entre equipamentos provenientes de diferentes marcas de máquinas agrícolas. Tem sido extraordinário o percurso feito pela AEF ao pôr os fabricantes a partilharem informações sensíveis de I&D de modo a assegurar que os seus equipamentos funcionam sem falhas quando são ‘emparelhados’ pelos clientes que os compram e pretendem usar na sua plenitude e sem falhas de comunicação que bloqueiem funcionalidades. A AEF alargou a sua atuação a outras áreas como os sistemas de câmaras, a alta voltagem, ou a comunicação wireless, inclusive no âmbito dos sistemas de informação para a gestão de explorações agrícolas.
Primeiramente a organização trabalhou em redor do protocolo ISOBUS, por exemplo procurando concentrar múltiplas funcionalidades num único monitor. E embora continue a trabalhar nesse campo, alargou a sua atuação a outras áreas como os sistemas de câmaras, a alta voltagem, ou a comunicação wireless, inclusive no âmbito dos sistemas de informação para a gestão de explorações agrícolas. A AEF irá celebrar este marco de uma década a 19 de setembro, em Bolonha, por ocasião de uma Plugfest que decorrerá de 18 a 20 setembro. Nessa ocasião, irão ser recordados os feitos alcançados até aqui e irão ser abordados alguns desafios para o futuro.
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Gestão da água EFICIÊNCIA E MODERNIZAÇÃO SÃO OS NOVOS DESAFIOS DO REGADIO
POR CARLOS BRANCO
Neste “Especial Água” lançamos um olhar ao atual panorama da água na agricultura, aos desafios e projetos em curso, às novas ferramentas e às dificuldades sentidas por quem produz. Visitámos associações e explorações de quem usa a água para produzir os alimentos e vimos como a tecnologia está a ser usada para contribuir para o seu melhor aproveitamento.
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ESPECIAL ÁGUA
Um terço do consumo da água disponível na Europa é utilizada pela atividade agricultura, valor que no quadrante sul do continente aumenta para 80%. Ainda que o clima o obrigue, é muito, sustenta a Agência Europeia do Ambiente, em jeito de alerta crítico, ao mesmo tempo que adverte para um cenário ainda mais dramático imposto pelas alterações climáticas a que todos têm de se acostumar. Chove pouco quando deveria chover mais; há precipitação intensa e concentrada em curtos períodos; verificam-se diferentes valores de água nos solos em territórios contíguos ou adjacentes que não estavam habituados a tais assimetrias. Aquele organismo que monitoriza o estado da água também exerce um magistério pedagógico ao fornecer pistas para se atingir o objetivo da racionalidade do uso e a sustentabilidade do recurso, ao propor medidas e boas práticas. Vai advertindo que as reservas subterrâneas devem ser poupadas, concede na necessidade de maior retenção das
águas superficiais, aponta caminhos para a modernização do regadio, do transporte e disponibilização da água às plantas. Pela eficiência sugere mais tecnologia. Em Pegões, a revista abolsamia visitou uma exploração frutícola onde o investimento não é visto meramente como um custo, mas sim como uma aposta de futuro, baseada na racional gestão da água e das modernas tecnologias associadas que conduzirão a uma produção mais eficiente, com menores custos energéticos e consideráveis poupanças de água. Não muito distante, a Federação de Regantes diz como se tem gasto menos água, como vai tentar convencer Bruxelas a novos e melhores apoios e as ideias que tem a respeito das energias alternativas e limpas. O sol, garante, também pode ser um grande aliado do agricultor. Os especialistas em agronomia, de hidráulica e informática mostram os mais recentes argumentos que podem muito auxiliar a produção, e em como uma
cuidada monitorização da instável meteorologia pode estar ao serviço do trabalho no campo. A agricultura de precisão deixou de ser um tabu, o conhecimento está disponível e mais acessível. Só é preciso alguma mudança cultural dos hábitos. E na linha do horizonte há um novo Alqueva em perspetiva. É a sociedade civil a mexerse, inconformada com a falta de água, ou com o excesso dela quando não é tão necessária. Com a modernização, canalização e transporte de grandes volumes hídricos para regiões mais necessitadas o Tejo receberia um novo impulso para motorizar o desenvolvimento do Ribatejo, Oeste e Setúbal, não só na vertente agrícola, mas também em outras vertentes tão diversas como o turismo e a natureza. O Projeto Tejo pode assustar pelo volume de investimento, mas já está a agitar algumas consciências. Haverá resistências, mas pode bem ser que seja também uma questão de mentalidades.
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Tejo Projeto Tejo é a aposta da sociedade civil para a falta de água no Ribatejo, Oeste e Setúbal
Chama-se Projeto Tejo e consiste no aproveitamento hidráulico de fins múltiplos do Tejo que permita irrigar 300 mil hectares das regiões do Ribatejo, Oeste e Setúbal nos próximos 30 anos, com um custo de investimento estimado em 4,5 mil milhões de euros. A aposta é privada e será dada a conhecer em detalhe ao Governo até ao final do ano.
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O Projeto Tejo, de quem já se diz que seria o novo Alqueva, aponta para a irrigação de uma vasta área de território onde a falta de água tem sido recorrente, para o controlo das cheias e para evitar a intrusão salina, que em muito beneficiaria os sistemas de abastecimento de água às populações, para além de outras e variadas atividades económicas como o turismo e lazer, a pesca, a aquacultura, e a própria navegabilidade do Tejo, pois para isso também se mostrou estar pensado. O projeto, em fase de apresentações regionais, foi dado a conhecer em Abril, em Santarém, onde a CAP organizou o seminário “Água – um recurso estratégico”, para despertar consciências e captar financiamento para a elaboração dos estudos preliminares dos impactos económico e ambiental. Até ao final do ano deverá chegar às mãos do ministro da Agricultura e do primeiro-ministro. Um grupo de especialistas em hidráulica trabalha no desenho das linhas mestras do projeto, encomendado pela empresa agrícola Lagoalva, de Alpiarça. Segundo Jorge Froes, o engenheiro agrónomo que dá o rosto pelo empreendimento, “a ideia de encontrar uma solução para combater a seca e os efeitos das alterações climáticas no Ribatejo e os baixos caudais do rio Tejo começou no verão passado, após uma conversa com amigos especialistas na área”. A iniciativa, diz, citado pela agência Lusa, pretende ser “uma referência a nível ambiental, por levar ao abandono progressivo da captação de águas subterrâneas, permitir a recuperação das linhas de água e possibilitar a recuperação de zonas ambientais sensíveis.” O projeto destaca-se também pela criação de um espelho de água contínuo através da construção de seis açudes insufláveis (Castanheira do Ribatejo, Valada, Santarém, Golegã, Almourol e Abrantes), até quatro metros de altura, com escada passa-peixes e mini-hídricas que vão tornar o Tejo navegável, e com estações elevatórias que vão permitir bombear a água para as encostas da Lezíria e também da zona Oeste, especificou Jorge Froes. O engenheiro acrescentou que tal
ESPECIAL ÁGUA
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O projeto pretende equipar com um sistema de rega uma área que poderá ir até aos 300 mil hectares.
projeto pretende equipar com um sistema de rega “uma área que poderá ir até aos 300 mil hectares, dos quais 240 mil no Ribatejo, 40 mil na região Oeste e 20 mil em Setúbal, integrando e modernizando, caso os mesmos o pretendam, os regadios coletivos já existentes, no Sorraia, Lezíria Grande, Carril, Alvega, Cela, Alvorninha, Sobrena, Óbidos e Liz.” O investimento global rondará aproximadamente 4500 milhões de euros, dos quais 1900 milhões de euros são inerentes ao sistema primário (barragens, açudes, estações elevatórias e adutoras), 2090 milhões de euros aos sistemas secundários (estações elevatórias e redes de rega) e 420 milhões de euros para sistemas complementares (drenagem, viário, elétrico e outros). Quanto ao financiamento, Jorge Froes, ainda citado pela Lusa, disse que o projeto está a ser apresentado a várias entidades, públicas, privadas e governamentais, tem tido “bom acolhimento”, e que, a ser aprovado, deverá ser implementado recorrendo essencialmente a capitais públicos, grande parte do Estado e Comunidade Europeia. Os estudos preliminares, estimados entre 300 mil e 400 mil euros, deverão estar concluídos até ao final de 2018. A curto prazo, a obra poderia arrancar com a “construção do Açude de Valada e de dois blocos de rega, a Norte e Sul, numa área total de 12.000 hectares, num investimento inicial na ordem dos 120 milhões de euros”, referiu Jorge Froes, reiterando que o projeto pretende “dar uma nova vida a um Tejo que se encontra doente e às regiões do Interior”.
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Aumentar a área de regadio, reabilitar e melhorar os sistemas de distribuição de água e investir em novas reservas hídricas são reivindicações recorrentes dos agricultores. Para José Núncio, presidente da Federação Nacional de Regantes, também a utilização da energia fotovoltaica para apoio às instalações de rega já deveria ter um longo caminho percorrido, de forma a tornar o processo produtivo ainda mais limpo e eficiente.
“Concluído o Alqueva é altura de modernizar os perímetros de rega mais antigos" José Gonçalves Núncio PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO NACIONAL DE REGANTES DE PORTUGAL (FENAREG)
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ESPECIAL ÁGUA
TEXTO CARLOS BRANCO / FOTOS FRANCISCO MARQUES
Regadio sustentável O aumento populacional mundial e a crescente demanda de produtos alimentares exercem cada vez mais pressão sobre a água disponível, pelo que é vulgar a crítica atingir a agricultura, apontando-a como grande gastadora dos recursos. Em tese, é uma verdade insofismável, mas a modernização das instalações vai revelando resultados tão surpreendentes quanto desarmantes: em Portugal, as culturas de regadio têm produzido mais alimentos e com melhor qualidade, mas com muito menos água, tudo por “culpa” da eficiência agrícola.
Sustentabilidade. O que podemos dizer deste palavrão quando falamos do regadio?
Estamos a utilizar menos água, mas a consumir mais energia. Se nos anos 60 do século passado utilizávamos, em média, 15000 m3 de água por hectare, os números mais recentes apontam para 5500 m3/ha. Em contrapartida o consumo de energia disparou. Enquanto naquela mesma década a média era de 200 kWh por hectare regado, hoje ultrapassamos os 1500 kWh. Tem sido feita uma aposta na modernização do regadio para a eficiência da utilização da água, mas com recurso à energia e à pressurização da rede de rega. Nos 540.000 ha de área de regadio nacional, 75% da área utiliza rega sob pressão (aspersão, micro-aspersão, gota a gota e subterrânea). Isto significa que, a nível mundial estamos entre os países líderes em regadio eficiente, como Israel ou Espanha. Os números demonstram que estamos a fazê-lo [a irrigação] de forma muito mais eficiente. Por isso temos que gerir esta dualidade – água versus energia – que são as duas importantes, são as duas escassas e são dois recursos sobre os quais temos que nos preocupar para a sustentabilidade do nosso regadio.
Daí, também, o vosso pedido de apoio ao investimento nas energias alternativas…
Surge no mesmo sentido do que reclamam os nossos colegas europeus. Se no norte a vantagem é dispor de energia limpa alternativa baseada no vento, para nós esse recurso provém do sol. Acontece que, outrora, a viabilização dessa forma de energia não estava tão acessível ou era muito cara, agora é muito mais acessível e eficiente, contrapondo-se aos elevados custos da energia elétrica. Ora, isto é muito importante ser trabalhado de modo a tornar viável a utilização da energia fotovoltaica para apoio às instalações agrícolas. E como poderia ser dado esse apoio?
Exemplificando, há áreas de rega que foram recentemente reabilitadas mas quando este tipo de tecnologia ainda não era acessível e/ou havia grande desconhecimento a seu respeito. A reabilitação foi realizada ao nível dos sistemas hidráulicos, mas manteve-se no método tradicional a energia fornecida. Acontece que hoje em dia não existe dentro do PDR2020, nenhum programa de apoio exclusivo para a instalação de energia fotovoltaica. Assim, se eu hoje arrancar com um projeto de raiz, com uma componente hidráulica e outra fotovoltaica - e isso até valoriza o projeto - é possível o apoio, mas se quisermos apenas investir na instalação fotovoltaica não há nenhuma linha de apoios disponível, no âmbito do PDR2020. Há portante que alterar os regulamentos para alterar esta situação. “A gestão eficiente da água e energia em regadio” foi tema de uma sessão técnica na Associação de Beneficiários da Obra de Rega de Odivelas (ABORO). Falou-se desta alternativa energética?
Foi um evento muito interessante, em que foi abolsamia julho / agosto / setembro 2018
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apresentado um investimento promovido e realizado por uma associação de regantes. O empreendimento tinha duas estações elevatórias de água, mas que não tinham componente fotovoltaica integrada. Sem recurso a outro tipo de apoios, a associação investiu, em dois parques solares, e a verdade é que já apontam para valores de eficiência na ordem dos 60%, no que refere aos custos da energia para operar aquelas estações. Em março, a Fenareg uniu-se às congéneres espanhola, francesa e italiana e fundaram a Irrigants d’Europe (Irrigantes da Europa). Com que objetivo?
Esta nova organização surge da necessidade que os países do sul da Europa sentem em defender os seus interesses junto da União Europeia [EU]. É um grupo de pressão, pode dizer-se para fazer ‘lobby’, e a ideia é criar uma estrutura representativa que pressione as instâncias de Bruxelas na defesa do regadio. Perguntar-se-á porquê agora, se já estamos na UE há tanto tempo. A verdade é que estamos em fase de discussão da nova PAC [Política Agrícola Comum] e da Diretiva-Quadro da Água, dois temas muito importantes relacionados com o regadio e achámos por bem não entregar a terceiros a defesa dos nossos interesses. Juntámos Portugal, Espanha, França e Itália, representamos cerca de sete milhões de hectares de regadio. Como é que Portugal assume a presidência?
O processo é colegial e ficou assente que Portugal liderará nesta primeira fase. Não sendo nós uma potência agrícola como os demais parceiros, terá sido até uma maneira simples de escolher a presidência. Mas foi reconhecido que somos bons negociadores, nos mais variados cenários e temos tradicional facilidade nas relações com outros países. Julgo que, entre outros, estes fatores também pesaram nessa decisão. Que temas são prioritários? Por onde começar?
Os temas são comuns e concretamente são as políticas europeias sobre a água e a agricultura. Não temos com os nossos parceiros, divergências de fundo sobre essas matérias. O orçamento comunitário está na primeira linha, os apoios ao regadio – e garantir que existem -, e finalmente as questões ambientais que estão relacionadas com o regadio, injustamente considerada ‘persona non grata’ por alguns setores da europa. Porquê "non grata"?
Porque a visão dos países do norte da Europa, para quem o regadio não é fundamental, é bem diferente da dos do sul. Ali chove mais durante a estação do Verão, pelo que não têm necessidade de regar.
“
Se conseguirmos modernizar e melhorar a eficácia da distribuição da água na ordem dos 30 a 40%, a reserva que agora é suficiente para um ano e meio estaria disponível para dois anos. Os seus solos são diferentes, pois o clima também é diferente. No entanto, reconheço que estão a mudar a atitude. Fruto da influência da alterações climáticas, começam a surgir nalguns países do norte da Europa, para quem o tema da rega nunca foi importante, sinais de alarme e já equacionam ter que regar, agora que as chuvas são menos abundantes do que eram. Como exemplo a Alemanha e a Holanda já começam a regar áreas significativas. O presidente da CAP, em entrevista à revista abolsamia (nº 111), veria com bons olhos o Tejo a regar o Oeste. Partilha essa opinião?
Claro. Há que aproveitar esta água convenientemente para que a possamos usar em época de seca, não só para a rega, mas também para outros fins. Não nos poderemos esquecer das questões ambientais, da fauna, da flora, do abastecimento humano, da navegabilidade do Tejo. E poderemos resolver o problema da região do Oeste, riquíssima em termos agrícolas, mas com recorrentes problemas de escassez de água. E a projetada barragem do Crato (Pisão), pensada nos anos 50, já com estudo prévio concluído, só aguarda decisão política para avançar. Seria um grande salto para o regadio e mais uma importante reserva estratégica. Mas há um diferendo com Espanha, a propósito dos caudais libertados…
Essa é uma questão importantíssima nas linhas de água que dependem de bacias internacionais. Em termos agrícolas, a mais importante é a bacia do Tejo. Se no Guadiana, por causa do Alqueva, foi negociado caudal um contínuo, que está a ser respeitado e garante um escoamento contínuo na bacia, na bacia do Tejo a situação é diferente, pois o que está negociado é um caudal semanal. Mas não
FENAREG AGREGA 90% DO REGADIO COLETIVO A Federação Nacional de Regantes de Portugal agrega a esmagadora maioria (90%) do perímetro de rega coletivo nacional, e segundo o seu presidente está também aberta à entrada de agricultores privados, quando até agora apenas previa a adesão de organizações. “Procuramos ter mais peso e ainda uma maior representatividade”, diz José Núncio, que preside à Fenareg e à Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Sorraia, sedeada em Coruche. Esta tem as funções de gestão, conservação e exploração da Obra de Rega do Vale do Sorraia desde 1959. Gere três reservatórios principais (Maranhão, Montargil e Magos) e a sua área de influência abrange uma superfície de 16.500 hectares, apesar de, no ano passado, a área regada ter atingido os 18 mil hectares, nos distritos de Portalegre, Évora e Santarém, com influência nos concelhos de Ponte de Sor, Avis, Mora, Coruche, Salvaterra de Magos e Benavente.
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tenhamos ilusões: caso de escassez, os espanhóis não a vão deixar passar ou abrir as suas barragens para libertar caudais para Portugal. Por isso, temos que ter capacidade de reserva do nosso lado. E os estudos existem. Os técnicos sabem onde devem ser feitos esses reservatórios. Imoral é vermos o Tejo em Santarém no último verão, parecer um deserto de areia e recentemente com as últimas chuvadas ficar a transbordar.
distribuição da água na ordem dos 30 a 40%, a reserva que agora é suficiente para um ano e meio estaria disponível para dois anos. É que nos últimos anos só se fala em Alqueva e só se investe em Alqueva. Não quer dizer que não seja importante, mas é fundamental que se invista em outros perímetros. Concluído Alqueva temos que nos virar para perímetros mais antigos, pois a grande maioria é anterior aos anos 70. Há que os modernizar para atingirmos mais eficiência.
Reservar água à superfície e pressionar menos a subterrânea?
Falou da preocupação com o orçamento da PAC. Isso também tem a ver com o Brexit…
A água subterrânea deve ser reservada para situações de emergência. Mas para a isso é necessário dotar o país de sistemas de armazenamento com maior capacidade. Estou a falar de grandes barragens, com capacidade de regularização interanual, que possam regularizar caudais de cheia e suprir dificuldades de escassez durante dois ou três anos consecutivos. Na recente seca, que persistiu mais de dois anos, a única grande bacia que não teve problemas foi a do Guadiana. Lá está, porque tem o Alqueva com uma capacidade de reserva para quatro anos. Outro exemplo, aqui no Vale do Sorraia, as albufeiras do Maranhão e Montargil dão normalmente para duas campanhas, mas até ao final do passado mês de fevereiro a perspetiva era dramática, pois não tínhamos armazenada água suficiente para garantir a campanha de rega. Felizmente a precipitação de março inverteu esta situação. De que mais se queixam os regantes associados?
Em termos de federação é fundamental garantir que continuará a haver apoios para a modernização/reabilitação dos perímetros de rega. Se conseguirmos modernizar e melhorar a eficácia da
A PAC é muito importante, mas é uma grande incógnita. Se há quem nos diga que não há qualquer problema, outros falam do tema com gravidade. Mas estamos apreensivos com as notícias que vamos conhecendo sobre eventuais reduções do orçamento. A saída da Inglaterra também também não ajuda nesta questão. Isso pode prejudicar o ambicionado apoio à modernização?
Há um grande trabalho que se encontra por realizar a montante do agricultor, para aquele que lhe leva e transporta a água. Para ter uma ideia, no presente quadro comunitário de apoio foi anunciado a abertura de um procedimento de candidatura para a modernização das obras de rega, com dotação de cerca de 120 milhões de euros, mas as intenções apresentadas foram de mais de 400 milhões de euros. Voltando ao exemplo da Obra do Sorraia, nos anos 70 faturávamos cerca de 200 milhões de m3, hoje faturamos 130 milhões de m3 e a área regada aumentou de 12 para 18 mil hectares. Se aumentámos a área regada utilizando menos água, poderemos dar um salto muito maior se foram feitas as referidas obras de modernização e reabilitação.
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A água na agricultura
POR PAULO FRAGOSO Projetista e Consultor
O PILAR DAS SOCIEDADES EVOLUÍDAS
“Ufa, safámo-nos de boa! O S. Pedro não se esqueceu de nós e foi nosso amigo. Afinal, lá em cima não andam sempre a dormir; Estava a ver que este ano ia ser muito complicado…” Repentinamente acordei dos meus pensamentos e novamente esta preocupação me voltou à mente. Há dois meses andávamos todos à nora com a preocupação da falta de água, nessa seca extrema em que grande parte do país estava mergulhado, como ouvíamos diariamente através da comunicação social… Agora já estamos bem e até já temos água a mais, ouve-se em surdina e amiúde. Ar, Água, Terra e Fogo, eis os nossos pilares, reconhecidos desde a Antiguidade pelos filósofos de então, por aqueles que, de uma forma ou de outra, talharam os moldes do nosso pensamento, do conhecimento atual. A Agricultura, atividade que representa o setor primário da nossa economia, ouve-se dizer que é uma das grandes culpadas desta situação… E os agricultores? “Esses então passam a vida a queixar-se, ora porque é a seca, ora porque é a chuva, ora porque fez geada, e agora foi a trovoada que estragou as culturas. Cambada de malandros!, esbanjam água, gastam-na de qualquer forma e ainda se queixam, nunca estão bem…” Lugar comum na nossa sociedade, muito por responsabilidade de um "status quo" implantado, de uma comunicação social que não transmite o que realmente se passa na gestão da água no setor agrícola, e de uma sociedade desinformada e muito pouco sensível a este tema. “Está a chover, que chatice, que tempo horrível”, vagueia na mente das pessoas, mesmo quando se ouve que há dificuldades no abastecimento em certas localidades, muitas vezes bem perto de nós.
U
Paulo Fragoso Hidrofluxo - Engenharia e Consultoria, Lda.
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Projeto de regadio Oito pontos a considerar na instalação Para ter sucesso, toda a tecnologia inerente à agricultura de precisão necessita que a cultura seja beneficiada com uma instalação de regadio, racional e equilibrada, de modo a que a VRT funcione convenientemente. É algo parecido com o facto de termos um bom carro, com toda a tecnologia de ponta relativa à segurança passiva e ativa, ao conforto, e depois faltar-lhe o motor de propulsão. Para se realizar uma boa instalação de regadio temos que realizar um bom projeto. Este deve comportar essencialmente:
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O levantamento dos recursos hídricos locais, suas limitações e características e enquadramento legal relativo à legislação ambiental;
O levantamento das características dos solos a beneficiar, numa primeira zonagem, que poderá ser complementada com as tecnologias disponíveis (antes mencionadas) e com um sólido conhecimento sobre o seu comportamento relativamente à água;
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O conhecimento da cultura a beneficiar, o seu ciclo de desenvolvimento e necessária influência da água ao longo das diversas fases do seu ciclo;
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A determinação das necessidades hídricas da cultura a beneficiar, quer anuais (volume total de água necessário ao longo do ciclo cultural), quer de ponta (no período de maior exigência, estas últimas para auxílio ao dimensionamento da instalação de regadio). Esta determinação tem de estar obrigatoriamente integrada nas características climáticas locais ou, pelo menos, à falta de melhor, naquelas que mais se aproximem e representem a realidade local;
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A integração da componente humana na futura instalação – adaptação da tecnologia a utilizar e seu grau de desenvolvimento, de acordo com a disponibilidade da mão-de-obra local. É importante a promoção da formação técnica aos colaboradores que vão utilizar a instalação de modo a que a tecnologia utilizada possa ser explorada convenientemente e o máximo possível. É lógico que, sem formação, não se consegue interpretar, por exemplo, gráficos de exportação de água no solo;
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A escolha mais correta, equilibrada e sensata sobre o tipo de tecnologia a utilizar para regadio de determinada cultura, de acordo com a sua especificidade, exploração cultural e disponibilidade de recursos hídricos;
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Um estudo equilibrado e racional da instalação hidráulica em si. Não basta calcular infraestruturas de transporte de água, nas suas diversas componentes – rede de condutas de distribuição (primária, secundária e terciária – esta última a que coloca a água ao dispor das plantas). É necessário, também, ter-se em linha de conta os custos de exploração (principalmente os energéticos), o custo de investimento inicial e o valor residual da instalação no final da sua vida útil, ou melhor, um seu prolongamento face a um dimensionamento equilibrado e conservativo, prolongando a vida útil dos seus componentes. A correta escolha da estação de bombeamento ou, na sua ausência, o correto aproveitamento das características hidráulicas da água ao dispor (como por exemplo num aproveitamento hidroagrícola), é um procedimento intransponível para alcançar um funcionamento correto e equilibrado de uma instalação de regadio;
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Finalmente, a correta execução de um caderno de encargos, neutro e equilibrado, claro e conciso, redigido segundo a tramitação legal e acessível às estruturas empresariais com capacidade para concorrerem à execução da instalação de regadio daí resultante.
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Afinal, cada vez mais nos vamos apercebendo da seriedade e rigor exigido na atividade agrícola, quer a montante quer a jusante da produção, principalmente na agricultura de precisão, ou melhor, naquela que mais se integra nas exigências do mundo atual. E para que culturas? Esta é a pergunta que se impõe. E a resposta é simples: toda e qualquer cultura a realizar de forma sustentada e com o objetivo de suprir as necessidades de consumo do mercado. Atualmente usa-se esta tecnologia nos cereais regados, nas culturas hortícolas, nas culturas frutícolas, na olivicultura, enfim, em qualquer cultura que seja explorada de forma rigorosa e profissional.
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VRT, afinal o que é?
integrando-se nele, respeitando-o e, melhor ainda, preservando-o. Pois é, e a água é um dos mais importantes fatores de produção, como vimos atrás.
Certamente já muitos de nós ouvimos falar em VRT. É um termo que atualmente surge no processo de candidatura aos fundos comunitários para quem decide investir no regadio. Mas afinal, o que é isto? VRT é um acrónimo da língua inglesa Variable Rate Technology que significa, na sua tradução literal, “Tecnologia de Taxa (ou Rácio) Variável”. Este “palavrão” pretende abranger um conjunto de técnicas de gestão agronómica e tecnologia de monitorização cultural, com o objetivo único de integrar a produção agrícola no meio ambiente, da forma mais perfeita e racional possível. Pode-se comparar a agricultura moderna a um processo industrial onde os fatores de produção são a matéria-prima, o ser humano representa a força laboral e o sol, o motor de todo o processo. O produto final, a produção vegetal, necessária ao nosso consumo. Agora, com a utilização deste modo de produção, esta indústria agrícola aproxima-se cada vez mais do ambiente,
Tratando agora da aplicação da VRT e da sua relação com a água, analisemos a situação mais de perto. Com a VRT podemos: • Aumentar a eficiência da aplicação da água à cultura, reduzindo-se assim (ou mesmo quase que se anulando) os desperdícios de água no processo de regadio (superficial e/ou por percolação profunda no solo); • Reduzir os custos energéticos com o seu fornecimento, melhorando-se o balanço energético associado à produção agrícola; • Reduzir a aplicação de produtos químicos, com o consequente impacto positivo no meio ambiente, pois através desta tecnologia só se aplica o que realmente é necessário, impedindo-se, por exemplo, a sobrecarga ambiental com a poluição de aquíferos; • Melhorar a gestão de recursos, humanos e naturais, pois fica disponível um conjunto de ferramentas que permitem ao empresário agrícola tomar a decisão de gestão, económica ou
agronómica, mais correta e no momento certo; • Aumentar a produtividade, a qual, se integrada no contexto socioeconómico do setor, melhorará os indicadores de desenvolvimento, pelo aumento da qualidade de vida das populações que dependem direta ou indiretamente do setor agrícola. Então e que instrumentos temos ao dispor para controlo da água na produção agrícola através da VRT? São essencialmente: • Sondas capacitivas para monitorização da água no solo – com estes aparelhos, hoje de fácil aquisição no mercado, podemos executar uma zonagem cuidada e detalhada das manchas de solo dentro de uma área a regar. Através de um software específico associado a estes equipamentos poderemos observar a dinâmica do comportamento da água no perfil do solo estudado (o que corresponde à extração realizada pelas plantas) e uma “rasterização de varrimento” com a interação entre as plantas e a quantidade de água no solo. No fundo, a imagem obtida assemelha-se muito a uma imagem de radar em que as manchas de solo surgem com determinado contraste segundo a quantidade de água aí existente em determinado momento. Normalmente acopladas a um sistema de comunicação de dados para um computador poderemos observar em profundidade, sob a forma de gráficos ou linhas, a quantidade de água do solo às profundidades medidas. Determina-se assim, com rigor, o momento certo para regar e qual a dotação de rega a utilizar; • Estações meteorológicas para integração das condições nos modelos de cálculo utilizados para as tomadas de decisão sobre a oportunidade da operação de regadio. Com ligação a uma base
PORTUGAL USO EFICIENTE DA ÁGUA Nº Produtores SA (há) % (AT) Não Classificadas 1 104 0,03 Arvenses e Outras Cult pred. Regadio 154 15.385 4,40 Arvenses e Outras Cult pred. Sequeiro 41 3.061 0,87 Arroz 1 21 0,01 Horticultura e Industriais 7 410 0,12 Horticultura e Floricultura 11 468 0,13 Vinhos 40 2.363 0,68 Fruticultura 78 2.970 0,85 Olival 183 28.222 8,06 Policultura 99 10.619 3,03 Bovinos de Leite 2 100 0,03 Bovinos Carne pred. Intensivos 12 587 0,17 Bovinos Carne pred. Extensivos 61 3.344 0,96 Outros Ruminantes 20 907 0,26 Mistas 78 7.967 2,28 Pousio e Pastagem 8 316 0,09 Tomate Indústria 17 2313 0,66 Plantas Tuberosas 0 0 0,00 Total 813 79.157 22,62 ÁREA TOTAL REGADA (2017) aprox.: 350.000 há Dados gentilmente cedidos pela Agro.Ges (2018) "Uso Eficiente da Água" - Portaria nº136/2015 de 19/05. Esta portaria é que permitiu o desenvolvimento e aplicação do conceito VRT relativamente ao consumo de água na agricultura. Portanto, quando aqui surgem cerca de 79.157 há regados com VRT, isto representa cerca de 22,6 % da área total regada em Portugal.
de dados meteorológicos, externa ou interna (de acordo com o modelo e o fabricante), pode-se correlacionar os dados meteorológicos com o comportamento da água no solo (o qual nos dá indiretamente a razão de consumo da água por parte das plantas). "Afina-se" assim a instalação de regadio de modo a fornecer-se a quantidade de água correta que as plantas necessitam em determinado momento. Além disso, de acordo com os dados colhidos e com os modelos de cálculo introduzidos no software de gestão, através de uma parametrização equilibrada, pode-se gerar avisos de diversa ordem, como por exemplo, auxiliares para o controlo fitossanitário das culturas; • Sensores para medição do potencial de água na planta. Já há muito utilizados na investigação, estes aparelhos surgem hoje no mercado cada vez mais frequentemente, permitindo inclusivamente, de forma fácil e expedita, medir o potencial de água no interior das plantas, dando-nos a perceção do seu estado hídrico.
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GOTA A GOTA É QUANTO BASTA TEXTO CARLOS BRANCO FOTOS FRANCISCO MARQUES
Fomos conhecer uma exploração frutícola em Pegões onde o recurso hídrico passou a ser gerido de forma (muito mais) eficiente e parcimoniosa. As alterações climáticas estão a alterar a distribuição temporal da chuva e a afetar a disponibilidade das reservas de água, e quando no espaço da União Europeia a atividade agrícola utiliza mais de metade daquelas reservas, no sul da Europa (Portugal incluído), onde a cultura de regadio assume capital importância, esse valor atinge os 80%. Há muito que o alerta foi dado e os apelos têm sido dirigidos à necessidade de adotar as mais modernas práticas de regadio. A Abolsamia foi conhecer uma exploração frutícola em Pegões onde o recurso hídrico passou a ser gerido de forma (muito mais) eficiente e parcimoniosa. É no Monte da Judia, em Pegões, Montijo, concelho onde a vitivinicultura é atividade que tem ganho importância, com uma economia há décadas assente na produção, abate e transformação de carne e nas fileiras da cortiça, horticultura e floricultura, que se vão conjugando responsabilidade e sustentabilidade como palavras-chave na utilização da água para a produção frutícola. Ameixa, alperce, maçã, pêra, limão, romã e dióspiro, em 77 hectares de areias do pliocénico, caraterísticas da península de Setúbal, antigas e heterogéneas, onde a maior parte da água que ali se precipita, se infiltra no solo. Com uma força de trabalho permanente de cinco elementos e de 30 em épocas de campanha, assim se perfila a exploração da Agofema, produtor associado à Frutalmente, que trabalham em estreita colaboração com o Grupo Jerónimo Martins. Em 2015, após a aquisição de novas parcelas, submeteram um projeto de candidatura ao PDR2020 para modernização de regadio através do sistema de
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rega gota-a-gota, um investimento de vulto, em fase de consolidação, mas que já só aguarda a instalação de nova ajuda à produção, a tecnologia de precisão (VRT), para monitorização e gestão controlada da água nas culturas. E os resultados não se fizeram esperar. As abelhas polinizadoras fazem o seu trabalho nas macieiras, as flores despontam, os primeiros frutos vão ganhando dimensão. Só a água não é visível. Daniel Casteleiro, engenheiro agrónomo responsável pela exploração, estabelece as diferenças entre o antes e o depois: “Quando aqui chegámos a técnica utilizada era a rega por alagamento. E era tudo menos eficiente, não só porque o custo da água era brutal, mas também porque as árvores estavam sujeitas a doenças (fungos e bactérias) inerentes a tal técnica. E com tal estado fitossanitário sabemos que a planta e a sua produção vão sofrer bastante. Longe vão os tempos dos canais de caudal livre e a condução da água para as caldeiras das árvores. Terá sido em 2007 a última utilização desse sistema neste espaço. Desde 2013 que temos feito muito trabalho de reconversão. Era ineficiente, havia sinais de stress hídrico nas plantas e a quebra na produção era grande, acima de tudo no calibre da fruta, fundamental para trabalharmos com as grandes superfícies. Agora, com o sistema gota-a-gota, a planta recebe apenas o que precisa em determinado dia, semana ou mês, e na quantidade certa.” Respeitar a natureza Paulo Fragoso, projetista, consultor e gerente da Hidrofluxo, empresa especializada nas áreas da hidráulica agrícola e da gestão de recursos hídricos, elabora sobre o sistema de rega que concebeu, sem perder de vista as importantes questões conexas: “Isto é delicado e tem a ver com a ideia que se faz do consumo de água na agricultura, a sua pegada ecológica e a pressão sobre o aquífero. Aqui a água tem origem num sistema aquífero subterrâneo muito antigo. Temos que a ir buscar bem lá abaixo. Não a extraímos de qualquer maneira e nos volumes que bem entendemos, pois a legislação ambiental em termos de aquíferos para exploração exige muito cuidado e coloca-nos muitas restrições. E nós temos essa preocupação, pois adaptamos as necessidades hídricas ao que as plantas precisam de consumir e respeitamos o que a natureza nos fornece, não só porque a água é escassa e necessária para outras utilizações, mas também porque a sua extração é cara. Neste local, a água encontra-se entre os 150 e os 160 metros de profundidade e não é brincadeira nenhuma trazê-la para a superfície. A fatura de energia daí resultante normalmente é pesada.” “Suprimos as necessidades das plantas através do regadio de diversas formas e com determinados objetivos”, aprofunda Paulo Fragoso, esmiuçando a técnica e estabelecendo paralelismos: “Existem três grandes tipos de regas - a de humedecimento,
Exploração Agofema Local Monte da Judia, Pegões, Montijo Área 77 hectares Culturas ameixa, alperce, maçã, pêra, limão, romã, dióspiro Mão de obra Efetiva (5) Esporádica (30)
para matar a sede, como acontece com o homem; a qualitativa, para apurar a qualidade do produto final e a de proteção, como na proteção contra o abaixamento de temperatura, como é caso da geada, em que podemos proteger as plantas desse processo físico de congelação. O que importa é controlar a quantidade de água que se dá à planta. Através das caldeiras não a conseguimos controlar, impedindo-nos de saber o que a planta precisa em determinada fase do seu ciclo, seja na floração, no amadurecimento ou no enchimento do fruto.” Mas como se chegou ao processo de decisão, de reconversão de um sistema tão ancestral quanto antiquado? Explicação de Daniel Casteleiro: “Quando fizemos o projeto foi fundamental a presença de uma empresa como a Hidrofluxo, pois sabemos que 30% do investimento total vai para o sistema de rega. No caso desta exploração, aquele quinhão chegou aos 230 mil euros. É evidente que é fundamental o auxílio de uma mão profissional e não ficarmos dependentes da ‘casa da rega’, entrando num mercado muito dispendioso. A
Hidrofluxo concebeu o projeto de regadio e a Agofema passou-o a quem o deveria executar, no caso a Irrifarm (do Montijo). Nesta altura, se não nos apoiarmos numa opinião imparcial pode ser uma desgraça em termos de custos e eficiência da exploração. É porque 77 hectares não se medem em metros lineares, mas sim quilómetros de canalização e centenas de quilómetros de pequenos tubos por onde goteja.” Tiago Reis, da Agroop, chega ao terreno com as sondas capacitivas que hão-se ser distribuídas pelos vários setores das produções. É a entrada em cena da tecnologia de precisão no regadio (ver outro texto). Sucintamente, Daniel Casteleiro explica que se trata de mais uma ferramenta “para controlarmos o estado de humidade da árvore e do solo e o que estão a consumir e estabelecer os rácios”. Tal tecnologia cria gráficos que podem ser consultados num computador, e que mostra o que sente a planta. Diz Paulo Fragoso que, em complemento, “a estação meteorológica, no local, ou que a ela podemos aceder através de base de dados, ajuda-nos a fazer o cálculo do que a planta está a precisar.”
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Daniel Casteleiro, responsável pela exploração e Paulo Fragoso, colaborador da Hidrofluxo.
Sondas capacitivas instaladas no pomar.
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Todos os pomares são monitorizados para se conseguir uma otimização do uso da água.
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Metade dos gastos Para qualquer exploração importará saber, na medida certa, um outro rácio, o que estabelece o valor entre os custos e os proveitos, após a adoção de medidas corretivas, ou pela reconversão do sistema de rega das culturas. “Investimos muito para colhermos os benefícios a médio/longo prazo e já sei que vou ter maior capacidade produtiva das árvores e vou gastar metade da água que gastava”, acredita Daniel Casteleiro, para quem a instalação deste sistema lhe fará poupar, só em electricidade, metade do que gastava, e em água também. “Chegámos a ter períodos de rega de 24 horas por dia (e não chegava) e agora, por regra geral, não ultrapassamos as catorze horas. O caudal que extraímos do furo é sensivelmente igual, mas o volume total e a distribuição da água está melhorada e muito mais equilibrada”, precisou. Já Paulo Fragoso, especialista nestes sistemas, encontra, a montante, outros fatores que devem pesar na hora da tomada de decisões. Em suma, diz haver questões culturais que devem ser consideradas: “Os agricultores tenderão a queixar-se menos. Agora têm maior acesso ao conhecimento disponível, sendo assim capazes de modernizar a sua lavoura e deixarem de estar tão sujeitos à aleatoriedade que todo este processo engloba. Hoje há instrumentos que nos alertam para situações atmosféricas adversas que aí vêm. Há décadas havia quatro estações por ano, hoje está tudo diferente. Podemos ter imensa precipitação acumulada em uma semana e depois podemos ter seis meses sem chover. Temos que adaptar as culturas à natureza. Os agricultores queixavam-se é verdade, mas
muito por culpa da falta de conhecimento.” Também Daniel Casteleiro se manifesta de acordo com a evolução do registo cultural do agricultor, mas sem escamotear a questão da mentalidade, que em muitos casos diz ainda ser de oposição à mudança, “pois nem sempre acompanha a modernidade, e se nos minifúndios é pior, pois ainda há quem resista, de uma forma geral isto está a mudar e o associativismo tem sido importante para alterar o estado das coisas.” Auxílio do PDR2020 Submissão simples, processo lento O projeto de reconversão da exploração da Agofema para a conceção e montagem de um sistema de regadio moderno e mais eficiente foi submetido, com sucesso, a candidatura ao Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020. Como que a contrariar um ror de vozes contestatárias, quem o conduziu não o achou tão “complicado ou burocrático”. “A submissão e aprovação até foi simples, já o tempo que mediou entre a submissão [dezembro de 2015] e aprovação [novembro de 2016] foi demasiado longo, tal como demasiado curto [uma semana], para dar resposta a cerca de 50 questões sobre orçamentos e justificação de utilização de materiais e máquinas”, diz Daniel Casteleiro, lamentando que tanto tempo de espera fosse contraposto a um tão apressado período para a finalização: “Se não o fizéssemos certamente que já estaria na gaveta. E a verdade é que estamos a falar de um projeto de três milhões de euros…, com capitais próprios e recurso à banca. O problema é que agora estamos a ter dificuldade para obter o reembolso.”
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Dekalb Smart Novas ferramentas para o uso sustentável da água A temática do uso sustentável da água não é nova e há muito que sabemos da importância de preservar o mais possível este recurso essencial. É certo que, quando passamos por períodos de seca prolongada como o que assistimos recentemente, vêm à tona todas estas questões. uitas vezes nos perguntam se temos milhos “resistentes à seca”, sendo que a resposta apenas poderá ser uma: Não! Por enquanto ainda não existem... É certo, que, do ponto de vista da biotecnologia, muito se tem feito nos últimos anos, e esta poderá ser a via para chegar aos tão ambicionados milhos “resistentes à seca”, mas por agora apenas podemos contar com variedades que foram selecionadas em função do seu desempenho em condições adversas, nomeadamente a falta de água. Há muito que existe a preocupação de escolher variedades de milho que tenham uma melhor prestação no que respeita à utilização da água disponível. Ou seja, escolhem-se variedades com determinadas características para que sejam mais eficientes quando a água escasseia (com folhas mais eretas, para diminuir as perdas por evaporação, por exemplo). Pretendem-se variedades que otimizem a água disponível, não esquecendo o seu principal objetivo que é maximizar o rendimento. Não será tarefa fácil para os investigadores encontrar variedades assim, pois não podemos esquecer que, naturalmente, as plantas com maior eficiência na conversão de água em matéria seca (ou seja, as mais produtivas), raramente são as mais resistentes à falta de água, pois, nesta
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Mapa do uso da água
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resistência estão implícitos mecanismos que garantem a sobrevivência da planta em detrimento da produtividade. Para tal, recorre-se ao uso de material genético proveniente de regiões de climas quentes, como o caso da América Central e Sul, para conferir às variedades esta maior tolerância a condições adversas, não esquecendo a genética para atribuir características de maior produtividade e rusticidade. Para além da escolha da variedade mais indicada existem também algumas medidas que poderão facilitar a prestação das variedades de milho, nomeadamente a escolha do ciclo FAO em função da data de sementeira por forma a evitar que a floração, período onde a falta de água será crítica, coincida com períodos de calor excessivo, o que levará a consequente perda de rendimento. Dekalb Smart Para além de todo o trabalho exaustivo na área da genética a fim de encontrar variedades de milho que possam ir ao encontro dos novos desafios que a escassez de água pode trazer, a Monsanto tem trabalhado para conseguir novas ferramentas que sirvam para o agricultor fazer uma melhor gestão da água disponível. Exemplo disso é o recente lançamento da plataforma digital Dekalb Smart, um Mapa de sanidade das culturas
sistema que combina dados agro - climáticos locais e imagens de satélite para aconselhar sobre o consumo hídrico da cultura. A ferramenta da Monsanto é pensada para o agricultor. Baseada em tecnologia e experiência testada nos últimos anos, permitenos acompanhar os nossos campos a partir de imagens de satélite, dados meteorológicos locais e informações sobre o solo. Trata-de de um sistema baseado num algoritmo patenteado que trabalha com: • Índice de vegetação (IV); Estrutura da planta; Dados climáticos (temperatura, humidade, velocidade do vento); Estimativa das necessidade hídricas da cultura (mapa de uso de água); Evolução da cultura (mapa da sanidade). É acessível a partir do computador, tablet ou smartphone, ou seja, com controle à distância. A informação oferecida está dividida em três blocos que são atualizados diariamente. Mapa do uso da água Com a informação obtida a partir de imagens de satélite, dados meteorológicos, tipo de solo e do estado de desenvolvimento da cultura, é feito um cálculo do consumo de água para cada um dos pixels de seis por seis metros (36m2) e assim produz um mapa de uso da água que nos permite identificar as áreas com mais (amarelo) ou menos (vermelho) consumo de água. Issto significa que utilizamos 275 sondas virtuais por hectare e medimos o uso diário de água da cultura. Desta forma somos capazes de observar facilmente a heterogeneidade da nossa cultura, podendo identificar áreas que merecem alguma intervenção. O sistema é georreferenciado e se for consultado via telemóvel ou tablet, isso permitirá posicionarmo-nos dentro do mapa para identificar as diferentes áreas e determinar a
razão da cultura consumir mais ou menos água (compactação, tipo de solo, número de plantas). Dekalb Smart é capaz de calcular o consumo de água sem a imagem porque o algoritmo funciona igualmente. A imagem alimenta e corrige o algoritmo, mas não é essencial ter uma informação semanal viável. O programa tem a capacidade de prever como a cultura se vai comportar, pois tem informações sobre a previsão do tempo para sete dias. As imagens de satélite são obtidas periodicamente e ficam registadas na conta. A qualquer momento é possível ver a sua evolução e monitorizar como evoluiu o parcela, isto é, informações sobre as necessidades da nossa cultura, as previsões semanais e consumo acumulado até ao momento. Mapa de sanidade das culturas Com duas ou três imagens do campo, o sistema analisa a evolução de cada um dos pixels ao longo do tempo e compara-os com os pixels que tem em redor. Se a evolução for igual, o pixel permanece verde, mas se o valor é significativamente diferente, marca o pixel com cor cinzenta ou preta (indicando áreas com um desempenho abaixo do esperado e funcionando como um alerta para determinar a possível causa).
COMPACTO, É KIOTI Aconselhamento de rega
Outro aspeto muito importante desta ferramenta, é que leva em conta a previsão meteorológica para sete dias fazendo uma previsão de consumo de água da cultura contribuindo para o planeamento semanal das regas. Também indica quantos dias a cultura levará até entrar em stress se não for regada ou se não ocorrer nenhuma precipitação. Além disso, dá informação sobre qual a dotação máxima para que não ocorra perdas por escorrência ou encharcamento.
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ESPECIAL ÁGUA POR TIAGO SÁ CEO & Co-Founder Wise Crop
Pouca gente percebe que para os nossos agricultores apenas 3,5% da água disponível é passível de utilizar e, desses, apenas 31% está acessível em forma líquida. Isto significa que apenas 0,76% do planeta constitui verdadeiramente uma fonte de água diretamente utilizável para consumo humano e agrícola. Sabendo isto, fica claro que a percentagem de água consumida para o setor agrícola – que representa quase quatro vezes mais do que a utilizada para consumo doméstico, ou seja, o equivalente a 370L por pessoa por dia – tem efetivamente de ser nivelada. É por este motivo que o tópico da poupança de água é tão urgente de analisar e resolver. Nesse seguimento, constatamos um aumento significativo no número de novas soluções que surgiram – e continuam a surgir – nos últimos quatro a cinco anos, especificamente desenhadas para ajudar nas mais diversas tarefas do processo de gestão agrícola, nomeadamente na racionalização da água. Estas novas ideias, sejam decorrentes de inovação interna de empresas já estabelecidas, sejam resultado de novas empresas (startups), são de tal forma relevantes que lhes foi atribuída uma categoria própria: AgTech ou AgriTech. Esta categoria descreve soluções que visam a utilização de tecnologia para resolução de problemas agronómicos. Aqui encontramos sensores, controladores avançados de rega, fertirrega, ou de infraestruturas (estufas), processamento de imagem através de drones e satélites, maquinaria autónoma/inteligente e, de forma mais lata, softwares de gestão agrícola.
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Wisecrop O sistema operativo da agricultura
A abundância de soluções cria um novo problema: o excesso de dados recolhidos para tratar e interpretar. À semelhança do que aconteceu com a criação da Internet, em que, devido à abundância de informação acessível passámos a valorizar muito mais a capacidade de pesquisa de informação do que a sua memorização, na agricultura o paradigma passou da necessidade de recolher dados para a necessidade de os analisar devidamente e retirar-lhes mais-valias relevantes. Agora não faltam formas de recolher dados, das mais diversas fontes, seja de forma automática, semiautomática ou manual. A massificação de tecnologias cloud (ou seja, cujo alojamento dos dados é remoto e através da web, ao invés de serem armazenados num computador local e apenas localmente acessíveis) vem contribuir para esta alteração drástica de paradigma. Com esta alteração, o armazenamento e acesso de dados recolhidos passa a ficar extremamente simples, pelo que o desafio agora é “o que fazer com estes dados?”. Até agora não seria possível regar com precisão, dando à planta exatamente a quantidade de água que precisa no momento certo, porque não existiam formas eficazes de recolher dados de humidade do solo ou de medir a evapotranspiração da planta. Hoje isso já é possível e de forma muito acessível, mas é necessária ajuda na análise e tomada de decisão com base nesses dados.
Analisar caso a caso o melhor balanço custo/benefício Diariamente, o produtor enfrenta problemas que, em suma, se traduzem em analisar caso a caso o melhor balanço custo/benefício. O custo dos fatores de produção tem de ser balanceado com os resultados que permitem atingir; poupar em demasia pode trazer piores resultados do que investimentos maiores durante a campanha, mas que geram resultados compensatórios. Nem sempre a falta de água é um problema - pode ser desejado algum stress hídrico na planta para se atingirem melhores resultados, conforme a estratégia de produção adotada. Nem sempre o momento ideal para regar é à noite ou na hora de mais calor - pode ser mais interessante aumentar o número de regas reduzindo o tempo por rega, ou regar menos vezes com uma duração mais prolongada, conforme os objetivos a atingir. Nem sempre o propósito da rega é simplesmente dar água à planta - pode ser necessário fazer chegar os nutrientes à planta via fertirrega. Estes são apenas algumas das questões que o produtor se coloca todos os dias e que algumas destas novas soluções AgTech visam responder.
WiseCrop, uma interface centralizadora que permite uma gestão completa do negócio agrícola É neste paradigma de abundância de informação e de soluções de gestão para problemas específicos que nasce a Wisecrop. Com base em tudo o que conhecemos à data de hoje, quer a respeito das necessidades e dificuldades dos agricultores, quer a respeito do estado da arte em desenvolvimento tecnológico mundial, oferecemos uma interface centralizadora que permite uma gestão completa do negócio agrícola, especialmente desenhada para produtores hortofrutícolas de culturas desprotegidas. De um a infinitos hectares Esta solução é completamente modular, o que significa que se ajusta à realidade de cada produtor, quer tenha menos de 1 hectare ou milhares de hectares para gerir. Outra das principais características diferenciadoras é a capacidade de
integração de soluções já existentes. Por exemplo, o produtor não tem de reinvestir em equipamentos de monitorização ou controlo para poder usufruir das funcionalidades disponíveis no Wisecrop. Basta integrar os dados recolhidos e/ou as funções de controlo dos dispositivos já instalados na exploração para poder aceder a eles a partir da interface online e extremamente simples de usar. Esta lógica aplica-se a sensores (estações meteorológicas, sondas, etc), programadores de rega e fertirrega, balanças de pesagem de fruta ou até mesmo tratores. Desde que seja possível recolher dados e enviá-los para a cloud, através de soluções proprietárias ou desenvolvidas por outras empresas, o Wisecrop consegue interpretá-las, potenciar os seus resultados e gerar valor ao agricultor de forma agregada.
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ESPECIAL ÁGUA
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Interface transversal Porque sabemos que um negócio agrícola não é diferente de outro qualquer setor, criámos esta interface transversal, à medida do feedback recolhido junto dos produtores ao longo dos últimos quatro anos. As diferentes aplicações disponíveis (clima, rega, fertilização, fitossanidade, atividades de campo, mão-de-obra) permitem uma otimização de todos os processos diários de gestão, seja no terreno – a que chamamos gestão técnica, seja no escritório, a que chamamos gestão operacional. A transparência com que faz esta ponte entre o dia-a-dia no campo e a otimização de processos de negócio é o que distingue o Wisecrop das restantes ofertas AgTech. Além disso, cada aplicação contempla algoritmos preditivos e inteligência agronómica que potenciam os dados recolhidos, poupando tempo ao agricultor e gerando mais-valias na sua gestão diária. Ao funcionarem de forma completamente interligada, uma dada ação em determinada aplicação vai influenciar as restantes.
Desde que seja possível recolher dados e enviá-los para a cloud, através de soluções proprietárias ou desenvolvidas por outras empresas, o Wisecrop consegue interpretá-las,
Interface centralizada de comunicação entre todos Também do ponto de vista relacional, o setor agrícola se destaca pelas suas particularidades. Há todo um leque de entidades que atuam neste setor e entre os quais existem inúmeras formas de relação comercial. O agricultor não trabalha sozinho: recorre a diferentes técnicos agrícolas para lhe darem acompanhamento e suporte. Esses técnicos fazem muitas vezes parte de
associações ou organizações de produtores das quais os próprios agricultores são associados. Os prestadores de serviços, sejam de previsão agrometeorológica, laboratórios de análises ou mapeamento aéreo por drones ou satélite têm também um papel fundamental no sucesso dos agricultores, já que oferecem produtos/ serviços essenciais e que de outra forma estariam inacessíveis. É neste contexto que a Wisecrop coexiste, oferecendo uma interface centralizada de comunicação entre todos. Os técnicos podem enviar recomendações aos seus agricultores de forma expedita. As associações podem garantir uma uniformização das entregas dos seus associados. Os prestadores de serviços conseguem alargar o seu espectro de atuação e potenciar os resultados dos serviços que já prestam.
Quanto custa usar o Wisecrop
Exemplo relativo ao registo de atividades de campo Ao ser criada uma tarefa de pulverização, com um dado fitofármaco aplicada por determinados operadores, é alimentada a aplicação fitossanidade através do acompanhamento do intervalo de segurança e da persistência biológica do tratamento, assim como a aplicação mão-de-obra através da quantificação das horas gastas na tarefa pulverização em cada subparcela da exploração.
A plataforma online está acessível a qualquer entidade agrícola numa versão gratuita, sem tempo limite. Para que todo o potencial do Wisecrop seja desbloqueado, tem que ser subscrita a versão Pro da aplicação em causa através de uma anuidade de apenas 190€/ ano por aplicação. No entanto, uma versão completa pode ser experimentada durante 15 dias após o registo para que assim o utilizador possa explorar todas as potencialidades disponíveis. Associada à subscrição das aplicações existe uma licença de utilização que varia conforme o perfil do utilizador (agricultor, técnico ou associação) e é proporcional à sua dimensão: 1€/hectare por ano para produtores, 120€/ ano por cada utilizador técnico e 100€/ano para gestão de dez associados. Desta forma garantimos uma ferramenta poderosa, mas ao mesmo tempo acessível e justa, estando perfeitamente alinhados com o objetivo de cada utilizador. Mais informação em www.wisecrop.com
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CONSIGO NO TERRENO. Carta de precisão
Análise de dados
Condutivímetro
ECU
Caudalímetro Adufa Prop. Elétrica
Medição de velocidade e sentido de movimento
N Medição da variabilidade
P
CARACTERÍSTICAS:
• PRECISÃO DE ESPALHAMENTO • CUMPRIMENTOS DAS NORMAS EUROPEIAS • PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE • CONSOLA DE MONITORIZAÇÃO • MELHORAMENTO E AUMENTO DA PRODUÇÃO • MOMENTO CERTO, QUANTIDADE CERTA, LOCAL CERTO
Made by HERCULANO powered by:
K
Aplicação Tecnologia de taxa variável (VRT - DPA)
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1. Na versão VT-Drive, os principais comandos, entre os quais a manete VT Easy Pilot para controlo da transmissão, estão dispostos no apoio de braço. 2. Em opção o inversor pode incluir uma posição de parque, que atua diretamente à caixa, para uma imobilização mais segura em pendentes sempre que o motor esteja desligado. 3. O monitor tátil de 12” é fornecido pela Topcon. O sofware que dá forma ao ambiente virtual de menus é made by Argo. 4. Caixa de refrigeração situada na consola esquerda.
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TESTE EM CAMPO POR JOÃO SOBRAL
Uma condução mais precisa e intuitiva McCormick X6.440 VT-Drive Melhor Utilitário 2018. Foi esta a distinção que o júri do prémio Trator do Ano atribuiu ao McCormick X6.440 VT-Drive. O grande destaque deste modelo é a nova transmissão de variação contínua VT-Drive que, associada a um interface intuitivo, vem reforçar a sua versatilidade e a sua vocação multi-tarefas. McCormick recebeu o júri do TOTY no quartel-general de Fabbrico, em Itália, o local onde são produzidos mais de 75% dos componentes que dão forma aos seus tratores. Após uma visita à fábrica, a experimentação em campo do X6.440 VT-Drive realizou-se no centro de testes da Topcon, também situado na região de Reggio Emilia, e contemplou o trabalho de solo com uma grade rotativa Pegoraro de 3 m e movimentação de fardos com carregador frontal.
A
powershift), cujo escalonamento é de 36/12, ou com transmissão VT-Drive (variação contínua).
Os modelos com caixa de variação contínua podem ser encomendados com pintura amarela.
Motor O motor é um 4 cilindros de 4,5 litros fornecido pela FPT que depois do rebranding aplicado pela McCormick assume a designação Beta Power. Obedece ao nível de emissões Tier 4F e possui um sistema de gestão de potência que garante um boost nas tarefas que usam a TDF ou durante o transporte. Transmissão de variação contínua Desenvolvida internamente pelo Grupo Argo nas instalações de San Martino in Rio, a transmissão VT-Drive inclui 3 gamas para a frente e duas gamas para trás, e possibilita três modos de condução: Auto, Manual e TDF.
A série X6 VT-Drive A série é composta pelos modelos X.6.420, X6.430 e X6.440, cuja potência máxima é de 121, 133 e 140 cv, respetivamente. Todos os modelos podem equipar com transmissão Xtrashift (semiabolsamia julho / agosto / setembro 2018
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Manete VT Easy Pilot e joystick para controlo do carregador frontal.
McCormick X6.440 VT-Drive MOTOR Fabricante/Modelo FPT / NEF 4 Nº de Cilindros/ cilindrada 4 / 4,5 L Potência máx. / com boost 130 cv / 140 cv Binário máximo/reserva 578 Nm / 25% Nível de emissões Fase IV / Tier 4F TRANSMISSÃO Configuração Variação contínua Velocidade máxima 50 km/h HIDRÁULICO Capacidade máxima de elevação Traseira: 5.400 kg • Frente: 2.500 kg Fluxo da bomba 110 L/min DIMENSÕES Distância entre eixos 2.540 mm Carga máxima admissível 8.500 kg
APRECIAÇÃO O X6 é um trator versátil, que se adapta bem a tarefas muito variadas numa exploração. Em termos de funcionamento, é uma máquina a que nos adaptámos com muita facilidade. Especialmente no trabalho com carregador frontal, foi quase pegar e andar, o que nem sempre acontece com outros tratores. Foram dois os fatores que fizeram a diferença. Por um lado, ter encontrado uma boa posição de condução e comandos no sítio certo e com a dimensão e formato apropriados, inclusive o joystick para manobrar o carregador. Por outro lado, dispor de uma transmissão que proporciona um controlo muito preciso. Este é um fator muito importante quando se manuseia por exemplo fardos, como era o caso, que são mesmo à medida do compartimento de carga do reboque, não sobrando margem para falhas. Uma grande vantagem da VT-Drive é possibilitar que se vá mais devagar no trajecto com carga e mais depressa no trajeto feito sem carga, sendo a dosagem ajustada apenas através do pedal de condução, ficando as duas mãos livres para o inversor, volante e controlo do carregador.
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Também o software para gestão da transmissão através do monitor é ‘made by Argo’. Com menus intuitivos e um ambiente de fácil leitura, permite ao operador aplicar o tunning pretendido sem dificuldades. A interessante junção destes dois elementos (hardware e software) representa um importante passo num segmento de tratores de média potência que estão vocacionados para um vasto leque de tarefas. O condutor passa a poder dosear com um muito maior nível de precisão o tipo de resposta que pretende do trator. Em opção, a manete do inversor pode incluir uma posição de travão de parque. Esta funcionalidade ativa um bloqueio mecânico dentro da caixa de velocidades, sendo útil para manter o trator imobilizado de forma segura em encostas quando o motor está desligado e a função de paragem ativa da transmissão deixa de atuar. Agricultura de precisão O Grupo Argo tem a Topcon como fornecedor parceiro para os equipamentos de agricultura de precisão, disponibilizando como extras a condução automática e o ISOBUS de nível III. Cabine e conforto Na versão VT-Drive, a cabine de quatro pilares inclui um apoio de braço onde está posicionado o joystick multifunções VT Easy Pilot, destinado primeiramente a gerir a transmissão, embora comporte também outros comandos. O monitor principal é tátil e tem uma dimensão de 12”. Para a condução
automática, a marca propõe um monitor dedicado de 8”. Em matéria de conforto, entre o equipamento standard encontramos o assento pneumático e a coluna de direção de ângulo e altura ajustáveis, sendo que o painel de instrumentos acompanha ambos os movimentos. A cabine pode incluir uma caixa para refrigeração de bebidas e ser configurada com suspensão mecânica. Outro opcional é o eixo dianteiro de suspensão independente fornecido pela Carraro. Preço Para a versão atual deste modelo, com motor Tier 4F, ainda não existe um PVP definido para o mercado português. No entanto, a Auto Industrial indicou-nos um PVP de 90.514 Eur referente à versão anterior do McCormick X6.440 VT-Drive, com motor Fase IIIB / Tier 4i. Com a atualização do nível de emissões e a introdução de algumas melhorias impostas pela Mother Regulation, é de esperar um ligeiro ajuste daquele valor.
O painel de instrumentos acompanha os ajustes da coluna de direção, ficando sempre à vista do operador. Vídeo da eleição do vencedor em: https://bit.ly/2M81hRU
Elevada capacidade de carga Menos compactação do solo Excelente tração Ótimas dotes de flutuação Conforto excecional de condução DISTRIBUIDOR PARA PORTUGAL
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TESTE EM CAMPO
Same Frutteto CVT 115 S Variação contínua em culturas especializadas A SAME VEM ACRESCENTANDO CADA VEZ MAIS INOVAÇÕES AOS SEUS MODELOS DESTINADOS AO TRABALHO NAS ENTRELINHAS DE POMARES E VINHAS.
POR JOÃO SOBRAL
epois de ter apetrechado os Frutteto com a suspensão de braços independentes no eixo dianteiro, chegou a hora de juntar mais ingredientes a esta série. A transmissão CVT é a cereja posta no topo do bolo, mas vem acompanhada de outras novidades. Foi nos arredores de Bréscia, na região de Franciacorta, onde é produzido o famoso espumante com o mesmo nome, que no início de maio a Same apresentou o Frutteto CVT. Nas vinhas da casa agrícola Bersi Serlini,
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experimentámos o modelo de topo desta série, que é um dos candidatos ao prémio Tractor of the Year® 2019 na categoria Melhor Especializado. Série Frutteto CVT S Esta série engloba dois modelos com motor de 3 cilindros (2887 cm³) e três modelos com motor de 4 cilindros (3849 cm³), numa faixa de potência que vai dos 88 aos 113 cv. Comparativamente com os Frutteto de caixa semi-powershift que foram apresentados na EIMA 2016, os Frutteto CVT surgem com características
diferenciadoras, desde logo uma cabine completamente reconfigurada, com mais tecnologia a bordo. Motor FARMotion A propulsão do modelo testado está a cargo de um bloco FARMotion de 4 cilindros, com injeção common-rail. O tratamento de gases é assegurado por um sistema EGR+DOC. Dentro do capot, encontramos novidades como o filtro de ar PowerCore, o radiador de óleo com maior capacidade, e a ventoinha viscostática de controlo eletrónico.
A sinalização luminosa é assegurada por elegantes ‘tiras’ LED que estão embutidas na cabine, à frente e atrás.
A nova localização da bateria, por baixo da cabine, liberta espaço no interior.
A coluna de direção é ajustável em altura e em profundidade através de pedal. O travão de parque está instalado à esquerda do volante.
Transmissão CVT A grande inovação deste modelo é a transmissão de variação contínua. Desenvolvida pela própria marca, permite alcançar os 40 km/h a um regime económico de 1650 rpm e disponibiliza três estratégias de condução: Auto, Manual e TDF. O condutor pode ainda alternar entre os modos Eco e Power e beneficiar de todas as possibilidades que uma CVT proporciona. Esta transmissão é controlada através de um joystick multifunções que faz parte do novo apoio de braço MaxCom, inspirado em modelos maiores das marcas SDF. O Frutteto CVT recebe ainda um inversor eletrohidráulico com ajuste de sensibilidade. Hidráulico debita 100 L/min Com frequência, os trabalhos em vinhas e pomares implicam a utilização de equipamentos que requerem um grande caudal. Ainda mais numa perspetiva em que se faça uso combinado de alfaias em posição traseira, ventral e dianteira. Tendo em conta estas necessidades, neste Frutteto podem ser instalados até 9 distribuidores eletro-hidráulicos (5 atrás e 4 na frente). Além disso, a Same reforçou a performance hidráulica ao dedicar ao
elevador e aos distribuidores uma bomba com sensor de carga que debita 100 L/min, estando uma segunda bomba, de 42 L/min, destinada a servir a direção. Cabine de plataforma plana Tudo é novo nesta cabine. A diferença nota-se logo no exterior, com os guardalamas de cor Same a definirem um pronunciado contorno entre a roda e o vidro, e com as elegantes ‘tiras’ de LED que asseguram as luzes de presença, stop e piscas. Mas também o interior foi redesenhado. Desapareceu o túnel central da transmissão, ficando a plataforma totalmente plana, e todo o ambiente a bordo se assemelha aos modelos SDF de segmento superior.
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O condensador do ar condicionado é basculante para aumentar a visibilidade em altura quando se trabalha com um porta-paletes.
O Frutteto CVT equipa com uma bomba hidráulica de 100 L/ min, para operar com alfaias combinadas.
Painel de instrumentos com visor InfoCentrePro a cores de 5”.
O posto de condução supera as espectativas, para um trator muito compacto. A transmissão CVT é controlada através de um joystick multifunções localizado no apoio de braço MaxCom, inspirado em modelos maiores das marcas SDF.
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O desenho dos guardalamas é um traço distintivo dos Frutteto CVT e desta nova cabine.
Os principais comandos estão reunidos no apoio de braço MaxCom, o painel de instrumentos inclui o visor InfoCentrePro a cores de 5”, onde o condutor pode consultar e gerir diversas funcionalidades do trator, e a coluna de direção, para além de ser ajustável em altura, é também ajustável em profundidade através de pedal. De notar que o painel de instrumentos acompanha a coluna de direção, ficando sempre bem visível. Detalhes simples mas úteis como um espaço para colocar o telemóvel não foram esquecidos pela Same.
Veja a Galeria de Fotos em: www.flickr.com/abolsamia
APRECIAÇÃO
Conforto e segurança Em matéria de conforto, a cabine assenta em sinoblocos com fluido hidráulico, que a isolam do chassis e reduzem a vibração, e em opção este Frutteto 115 S pode ser configurado com suspensão hidropneumática ActiveDrive no eixo dianteiro, de atuação independente a cada roda. Na lista de opções estão ainda o sistema de rádio, o assento pneumático, e a possibilidade de configurar a cabine com sistema de pressurização e filtragem de categoria 4. No que respeita à segurança, o travão de parque de acionamento hidráulico está entre o equipamento standard e constitui uma novidade neste segmento.
O contacto que tivemos com o trator contemplou a deslocação numa parcela de vinha, onde ao sair e reentrar nas entrelinhas comprovámos a agilidade deste Frutteto, facto a que não é alheio o impressionante ângulo de viragem da direção que vai até aos 60°. Fiz emos ainda condução em estrada para experimentar o desempenho da nova transmissão CVT, cujo interface para configuração das funcionalidades disponíveis a tornam muito fácil de utilizar. De resto, ficámos com a sensação de que a Same redefiniu o estado da arte deste segmento, sobretudo em termos de habitabilidade. A nova cabine está francamente melhor, sendo das mais interessantes deste segmento de tratores. O posto de condução está mais moderno, mais espaçoso e mais funcional.
same frutteto cvt 115 s MOTOR Fabricante FARMotion Nº de Cilindros/ cilindrada 4 /3.849 cm³ Potência máxima 113 cv Binário máximo 435 Nm Nível de emissões Fase IIIB / Tier 4i TRANSMISSÃO Configuração Variação contínua Velocidade máxima 40 km/h HIDRÁULICO Capacidade máxima de elevação Traseira: 2.600 kg • Frente: 1.500 kg Fluxo da bomba 100 L/min DIMENSÕES Distância entre eixos 2.216 mm Carga máxima admissível 4.800 kg
Preço Entre outros equipamentos, o Frutteto CVT 115 S comercializado no nosso país incluirá cabine climatizada de categoria 4, assento pneumático, suspensão no eixo dianteiro, sistema de direção rápida, e travão de parque hidráulico. O PVP indicado pela SDF Portugal é de € 118.200 Eur.
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ENTREVISTA
TEXTO JOSÉ MANUEL SEVERO MENDES FOTOS FRANCISCO MARQUES
“Às vezes sinto uma saudade imensa do nosso querido e saudoso patrão Giovanni Agnelli, dele e de tantos outros Homens que construíram impérios, que marcaram gerações e que para nós foram exemplos de vida.” O Pai Miraldino
Filipe Mendes (filho)
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José Manuel Severo Mendes
Alexandra Mendes (filha)
José Manuel Severo Mendes
“ A história da nossa vida é a história da nossa Empresa, da nossa Família, dos nossos Fornecedores, dos nossos Colaboradores e dos nossos Clientes.” A história da nossa vida é a história da nossa Empresa, da nossa Família, dos nossos Fornecedores, dos nossos Colaboradores e dos nossos Clientes, dos seus insucessos e da alegria dos seus sucessos. Em 1943 o Pai Miraldino começou a sua actividade empresarial ligada aos cereais. Seguiram-se os combustíveis, os automóveis e as máquinas agrícolas. Em 1949 criou a “Auto da Boa Vista de Miraldino Filipe Mendes”, em Sousel, na sua Terra Natal, em terrenos adquiridos na altura e onde ainda hoje está instalada a nossa sede que, ao longo dos anos tem vindo sempre a melhorar as suas instalações. Em 1978, por escritura pública, a Empresa passou a denominar-se “Miraldino Filipe Mendes e Companhia Limitada”, tendo como sócios o meu pai, a minha mãe, a minha irmã Maria Teresa Severo Mendes e eu próprio. O Pai Miraldino nos 43 anos que conduziu a Empresa como homem humilde que era, nascido do zero, trabalhador, homem de palavra, conservador por natureza, amigo do seu amigo, diplomata e um verdadeiro gentleman, espalhou amigos por todo o lado por onde passou, fossem Clientes, Fornecedores ou Colaboradores, fosse na sua vida social ou na familiar. Devem perdoar estas palavras de um filho orgulhoso do seu Pai, natural, mas…a verdade é que foi isto que sempre ouvi de todos aqueles que com ele privaram, trabalharam e conviveram. É uma honra para os seus descendentes tal “Personalidade” e sempre foi uma enorme responsabilidade, tanto mais que, ao dar o seu próprio nome à sociedade, ele está permanentemente presente nas nossas vidas. É esse o nosso Norte e o garante para todos aqueles que em nós têm confiado ao longo destes 75 anos. Esta é a grande herança que o Pai Miraldino nos deixou. Hoje, em 2018, 75 anos depois, a “Miraldino”, como normalmente a chamamos, tem como sócios eu próprio, a minha mulher Quina Mendes, e os meus filhos Filipe e Alexandra Mendes que nos dão a sua colaboração activa há 24 e 22 anos respectivamente, terceira geração e que serão, se Deus quiser, os naturais continuadores da Empresa. Eu, comecei a trabalhar com o meu pai nos tempos
livres de estudante e de militar em 1968 e a título permanente em 1973. Já lá vão 50 anos! Acompanhei os tempos da John Deere e fui o elo decisivo da passagem da “Miraldino” para a Fiatagri, no pós PREC (processo revolucionário em curso), que alterou radicalmente a nossa estrutura de vida e assim, em 1985, assinámos o contrato da mudança com o Engº Carlos Bobone, então diretor da Fiatagri Portugal, Lda. Diga-se, em abono da verdade, que a mudança muito custou ao Pai Miraldino que, a determinada altura me disse: “Olha, resolve tu!”. Em 26 de Junho de 1986 o Pai Miraldino deixa-nos. Um querido Amigo dizia-me: “para onde ele foi está seguramente melhor que nós estamos aqui.” Foi um grande choque que nos abalou a todos, mas…alguns “amigos de Peniche”, que também os há, previram logo também, a morte da Empresa. Foram tempos duros e difíceis que a família e a empresa superaram com a ajuda sempre dos mesmos - Família, Clientes, Fornecedores, Colaboradores e outros Amigos, todos verdadeiros. Não foi fácil suceder a um Homem como o Pai Miraldino, mas consegui. O mesmo espero dos meus Filhos quando tiverem que me suceder. Devo aqui destacar a minha mulher, Quina Mendes, que foi sempre a minha primeira e última conselheira. O seu bom senso, mesmo sem perceber do “metier”, pois era professora, foi fundamental. A “Miraldino” tomou novo rumo reajustando o seu xadrez aos novos tempos, dedicando-se e desenvolvendo o sector de mecanização agrícola em exclusivo e, em boa hora, Deus iluminou-me e ajudou-me. Foram mais 32 anos até aos dias de hoje! Em que muita coisa sucedeu! Inovámos muito na mecanização agrícola Inovámos muito na mecanização agrícola, nomeadamente na mecanização dos olivais e na colheita da azeitona, instalando no Monte do Padrão e anexos, concelho de Avis, todos os meios tecnológicos mais evoluídos, desde o tratamento fitossanitário das oliveiras até à colheita mecânica da azeitona numa área superior a 300 ha, propriedade do nosso querido e saudoso Cliente e Amigo Dr. José Godinho Trancas de Carvalho que… confiou em nós, tendo-se-lhe seguido inúmeros clientes
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ENTREVISTA
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de norte a sul de Portugal até à Terra quente de Mirandela no complexo do Cachão onde instalámos uma unidade de montagem de máquina e assistência técnica. Que amigos aí fizemos que nos ficaram no coração toda a vida, Dª. Maria Fernanda Lage, o Sr. Sá, o Sr. António Capela, o Sr. Gama Paulo, o Professor Nuno Rapazote, o Sr. Luis Barroso Batista, o Sr. António Morais, o Sr. Dr. Mário Rafael, o Manuel Lopes, o Sr. Roger Lopes…nunca mais acabava, perdoem-me todos aqueles Clientes e Amigos que eu não menciono, mas não resisti a referir alguns e todos…confiaram em nós, sem nos conhecerem de lado nenhum. Introduzimos em Portugal as linhas de recepção de azeitona junto dos lagares, tudo automatizado, com a azeitona tal e qual como vinha do campo, suja com folhas, terra, lama e pedras, com a maior linha no mundo, instalada nos lagares da cooperativa de olivicultores de Moura e Barrancos sendo Presidente na altura e nosso também querido Amigo, Manuel Mendes Garrido que… confiou em nós; vendemos a primeira ceifeira debulhadora em Portugal da marca Fiatagri Laverda MX300 de transmissão hidrostática e grupo batedor-separador de semente rotativo a 360º, máquina de alto rendimento, bem como a primeira maior charrua Kverneland (Prolavra), de 7 ferros reversíveis, hidráulica, articulada 4F+3F non-stop, ao nosso também querido e saudoso Amigo Dr. Teófilo de Castro Duarte de Fronteira que… confiou em nós; a primeira ceifeira debulhadora em Portugal marca New Holland CX880 equipada com tecnologia de agricultura de precisão foi entregue por nós na região de Estremoz; a introdução de vindimadoras de múltipla funcionalidade equipadas com cabeça de vindima, Berthoud para tratamento fitossanitário da vinha e cabeças Binger de desponta e pré-poda foram entregues por nós na região de Estremoz e Borba, sendo assim os primeiros a fazê-lo em todo o mundo com excepção da França, porque
muitos Clientes… confiaram em nós. Tudo isto entre muitas e tantas outras pequenas coisas. Porquê as máquinas agrícolas? Porque, antes como agora, vivemos numa zona onde prevalece a agropecuária como actividade mais importante, para além da floresta, do olival e da vinha. O Distrito de Portalegre, situado no Norte Alentejano, de fraca densidade populacional, tragicamente a baixar nos últimos anos, é a região de menor rendimento per capita de Portugal Continental. Medidas a tomar A assimetria do desenvolvimento agrícola acentua-se, sendo que as zonas mais ricas correspondem às áreas onde há água, barragens e canais de irrigação, e as mais pobres às zonas onde nada disso existe. É urgente que o País que tanta solidariedade pede à Europa Comunitária, saiba ser congruente e comece por aplicá-la dentro da sua casa antes de a pedir lá fora, desenvolvendo planos que contenham e invertam este contínuo despovoamento e empobrecimento do Norte Alentejano, nomeadamente: • Na redução de impostos fiscais, da Segurança Social e de todos os outros impostos em valores ≥ a 50%. • No apoio reforçado na agropecuária, principalmente no que respeita aos pequenos ruminantes em que a Europa é altamente deficitária em mais de 25 milhões de cabeças. • Na redução nos valores energéticos na luz e nos combustíveis. Estas medidas, entre outras, visam provocar primeiro o estancar da fuga permanente das populações para o litoral e para os grandes centros
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O futuro, presente.
FEIRA INTERNACIONAL DE MÁQUINAS PARA AGRICULTURA E JARDINAGEM
Bologna, 7.11 de novembro 2018 Salões
www.eima.it Organizada por
Em colaboração com
Contatos
00159 Roma - Via Venafro, 5 Tel. (+39) 06.432.981 - Fax (+39) 06.4076.370 eima@federunacoma.it
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ENTREVISTA
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urbanos e depois trazê-las de volta às suas origens onde poderão viver com mais qualidade de vida e com melhores condições na agricultura. É a partir daí que as pessoas poderão passar a trabalhar também nas indústrias que se venham a fixar num futuro próximo na região. Este é o caminho e a estratégia correcta, já provados em Portugal e pela Europa fora, fixando as pessoas primeiro na Agricultura e, posterior e cumulativamente, na Indústria. Também são necessárias obras estruturais na construção de barragens de médio porte e no desenvolvimento da respectiva rede de canais de rega destas e de outras já existentes. Quanto às primeiras, falamos na construção da Barragem do Pizão que beneficia áreas do concelho de Alter do Chão e do Crato e que não podem demorar tanto quanto demorou a construir a de Veiros, que foram 80 anos. Isto entre outras que devem ser estudadas e implementadas como, por exemplo, uma outra também no concelho de Monforte. No que toca às segundas, podemos falar por exemplo da Barragem do Abrilongo em Campo Maior que, construída há cerca de 20 anos, continua à espera da implementação da rede de canais de distribuição de água para rega. Temos um Cliente que, tendo um projecto de investimento PDR 2020 aprovado para a instalação de um pivot e rega do olival nesse perímetro de rega, continua à espera dos canais e em Lisboa dizem-lhe “não se preocupe que o seu dinheiro está aqui guardado!!” Até quando?! Estes são pilares essenciais para o desenvolvimento de qualquer empresa na região, incluindo a nossa. Caso não surjam iremos assistir a uma morte lenta do campo, da agricultura e das pessoas que resistem, resumindo, seria uma política de terra queimada. E sobre isto não tenho nenhumas dúvidas nem complexos em dizê-lo, e a quem as tiver basta ir ver as estatísticas dos últimos 20 anos e o que se fez entretanto nesse período de tempo para alterar todas estas tendências negativas. E se alguém ainda não estiver convencido, vá ver o que a água do Alqueva fez naquela região do Baixo Alentejo. E não preciso de dizer mais nada. Assim, olho com preocupação para o futuro! O Filipe e a Alexandra, depois da experiência que têm adquirido ao longo destes anos, estão preparados para assumirem a terceira geração, na gestão da empresa o que em certa medida já fazem. Não quero ser como a Rainha Isabel de Inglaterra e, se me mantenho em actividade, é um pouco pelo vício do trabalho mas principalmente porque os tempos são “osso duro de roer”. Entretanto, a “Miraldino” decidiu em 2004 investir directamente na agricultura começando por comprar o Monte do João Martins, terra queimada no grande incêndio da Serra de S. Mamede em Portalegre em 2003, e começou por plantar 80.000 sobreiros e instalou prados permanentes no sub-coberto onde actualmente pastoreiam 650 ovelhas de raça Merino Alentejano com o objectivo de produzir carne. É bom referir que em 2016, 2017 e parte de 2018 as despesas superaram largamente as receitas devido ao estio que nos atingiu em que o Estado nada fez, nem muito, nem pouco, nem nada, nem solidariedade, que às vezes também faz falta, nos soube dar. Vi agricultores, em reportagens televisivas, a chorarem, homens curtidos pela vida, com mais de 60 anos, a chorarem porque estavam a perder todo o dinheiro que arranjaram ao longo de 3 gerações, porque não tinham que dar de comer ao gado e, na falta de pastagens, o dinheiro não chegava para comprar rações. Mais, a “grande bolsa de valores agrícolas”, invenção destes tempos globalizados, em vez de fazer subir o preço da carne de borrego, entre muitos outros, fê-la baixar de 6€ até 5€/kg de carne limpa!! Instalámos também uma vinha e uma adega, onde produzimos um vinho com o mesmo nome do Monte que já começa a ser conhecido.
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Este ano, em Albufeira, ganhámos um diploma com medalha de bronze, uma medalha de prata e uma de grande ouro. Isto é mérito do Filipe e da Alexandra que assumiram a liderança deste projecto que lhes dá trabalho mas que eles encaram com todo o entusiasmo e com o seu melhor empenho. Nunca, em toda a nossa vida ligada à agricultura, aprendemos tanto dela como nestes últimos 14 anos. Que grande experiência foi o Monte do João Martins!! Todas estas actividades agrícolas e agroindustriais começam agora a entrar em velocidade de cruzeiro. A Miraldino Mas.. o ”Pai” de tudo isto é a “Miraldino”, na qual temos investido fortemente nestes dois últimos anos melhorando as condições de trabalho dos nossos Colaboradores e melhorando também as condições de assistência às máquinas dos nossos Clientes. Para além dos 3 carros-oficina totalmente equipados e de uma Iveco de 3500 kg, adquirimos este ano uma outra Iveco de 26 toneladas com rampas de acesso ao estrado, uma grua de 7 ton e um guincho, que nos permitem oferecer aos nossos Clientes uma rápida solução para qualquer problema que lhes surja em qualquer lugar, na estrada, no campo, onde for. Os nossos olhos estão sempre postos no Cliente, no serviço e na defesa intransigente dos seus interesses que são também os nossos. A formação técnica contínua de todo o nosso pessoal, do escritório, de vendas, de peças e de oficina está assegurada no dia a dia, ao longo dos anos. A New Holland dá-nos, melhor, exige-nos nesse aspecto, um rigor absoluto. Mas investimos também a nível das comunicações, instalámos a fibra óptica e uma nova rede de telefones, telemóveis e internet e também investimos em termos informáticos permitindo-nos a curto prazo equipar todo o nosso pessoal da oficina, das peças e das vendas com sistemas e meios para, tanto nas nossas instalações, como em qualquer lugar poderem aceder a todos os programas que a New Holland nos faculta para darmos aos nossos Clientes uma resposta cada vez mais rápida na resolução dos seus problemas. A globalização A globalização! Não podia deixar de falar nela. É algo que definimos para nós próprios como a impessoalidade, algo que vai ao arrepio dos nossos princípios, daquilo que somos e daquilo que sentimos. Poderá ter coisas boas, poucas que eu conheça, mas tem seguramente muitas coisas más. Às vezes sinto uma saudade imensa do nosso querido e saudoso patrão Giovanni Agnelli, dele e de tantos outros Homens que construíram impérios, que marcaram gerações e que para nós foram exemplos de vida. Para nós cada Cliente tem um nome próprio, não têm um número e tudo fazemos para o entender, servir, respeitar e defender com empenho. Tendo estes princípios como nossa espinha dorsal digo que não é fácil “navegar nestes mares” actuais. Compreendemos as dificuldades de todos, sentimos tristeza nas suas derrotas e alegria nas suas vitórias. Estamos com Eles nos bons e nos maus momentos e é por isso que temos muito orgulho nos Clientes, Fornecedores, Colaboradores, Amigos e Família que temos, alguns que percorreram as nossas três gerações e que se mantêm. Outros fomos nós, que percorremos as suas três gerações, e mantemonos. Por todos Eles… por mim, pelo Filipe, pela Alexandra e por tudo isto, vivemos e trabalhamos porque… foi este o legado do Pai Miraldino.
TECNOLOGIA
O engate PSR Slide desenvolvido pela Reichhardt é compatível com a utilização da TDF e pode incluir sensores ultrassónicos.
Reinventada a ligação ao trator POR JOÃO SOBRAL
GUIAMENTO EM ALFAIAS
tradicional ligação trator/alfaia não permite retirar o máximo proveito das tecnologias de agricultura de precisão. É por isso que há empresas a reinventarem os sistemas de engate, tanto a nível dos braços do hidráulico como a nível da barra de puxo. O sistema de três pontos do hidráulico é das coisas mais arcaicas que encontramos num trator. Sem dúvida que ao longo dos tempos os hidráulicos têm evoluído muito. Mas a parte externa, constituída pelos braços do hidráulico, pouco evoluiu desde que o sistema foi patenteado por Harry Ferguson em 1926. O mesmo acontece com as barras de puxo.
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A expansão do guiamento para alfaias O uso de condução automática de tratores através de GPS tem-se generalizado. Esta tecnologia garante o correto posicionamento do
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trator, mas o problema é que nem sempre consegue o mesmo nível de precisão para a alfaia. Os impressionantes avanços tecnológicos em matéria de posicionamento e condução automática ficam comprometidos quando por exemplo existem irregularidades do terreno e a alfaia se desvia, não seguindo exatamente a mesma rota do trator. E também devido à inadequação das peças que fazem a ligação entre o trator e a alfaia. Porque tanto o sistema de três pontos como as barras de puxo não estão pensados para retirar partido deste tipo de utilização. É por isso que as empresas que atuam no mercado da agricultura de precisão têm vindo a desenvolver também a tecnologia de guiamento das alfaias, recorrendo ao posicionamento GPS e também a câmaras e a sensores.
Engate DynaTrac para guiamento de alfaias desenvolvido pela marca francesa Laforge. Permite o acoplamento de alfaias montadas.
Os engates de guiamento Protrakker são fabricados pela firma americana MBW. Destinamse a alfaias semi-montadas.
Repensar a mecânica para servir a eletrónica Neste contexto, foi identificada a necessidade de se reinventar os dois elementos de ligação entre trator e alfaia, ou seja, o sistema de três de pontos e a barra de puxo. A firma francesa Laforge, que é especialista em acessórios para tratores, desenvolveu o dispositivo DynaTrac para ser instalado nos braços do hidráulico, entre o trator e a alfaia. Na aparência, é um sistema de engate de três pontos ‘vestido’ sobre o próprio sistema do trator. Mas para além da aparência, permite aplicar constantemente correções à posição lateral da alfaia (curso total de 50 cm), para que se obtenha o máximo nível de precisão no decorrer do trabalho. O DynaTrac é disponibilizado em três versões (Basic, Ultima e Premium), com diferentes especificações, sendo compatível com alfaias montadas, semi-montadas ou rebocadas. Só a versão Premium (para tratores até 400 cv) é compatível com alfaias que utilizem a TDF. Também do outro lado do Atlântico, há empresas que têm concentrado esforços no desenvolvimento de dispositivos deste género. A MBW, do Estado do Iowa, possui no seu catálogo os engates ProTrakker, para tratores de várias potências, tanto para alfaias semi-montadas como para alfaias rebocadas. É também o caso da Sunco, uma empresa do Nebrasca que comercializa os engates Pull Implement e AcuraTrak, e da Buffalo, originária do mesmo Estado, que comercializa o sistema Scout.
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De volta à Europa, a firma alemã Reichhardt propõe um quadro PSR Slide que se assemelha ao desenvolvido pela Laforte. Neste caso permite compensações de +-30 cm (para um curso total de 60 cm), estando disponível em duas versões (de 250 e 580 kg), e é compatível com alfaias que fazem uso da TDF. Para uma alta precisão, este quadro, que é uma duplicação do sistema de três pontos mas com maior sofisticação, pode complementar a receção do sinal RTK com sensores ultrassónicos que detetam as linhas da cultura. Embora se baseiem em diferentes princípios de funcionamento e apresentem funcionalidades que nem sempre são comparáveis, todos estes dispositivos se destinam ao mesmo fim: ajustar em contínuo, e de forma automática, a posição lateral da alfaia em relação ao trator, mantendo-a na trajetória pretendida, independentemente das forças de desvio a que está exposta. Benefícios do guiamento em alfaias Nas culturas em linha onde a sementeira, a fertilização ou a monda mecânica têm de ser feitas com a máxima precisão, por vezes o agricultor depara-se com obstáculos que reduzem a eficácia da condução automática. Um conjunto trator/alfaia muito longo, diferenças na estrutura do solo, zonas curvadas nas parcelas ou zonas de encosta são fatores que podem baralhar as contas e produzir um resultado diferente do pretendido. O guiamento em alfaias foi desenvolvido para que se retire o máximo proveito da agricultura de precisão. Recorrendo a estes inovadores engates para correção em contínuo da trajetória a partir da frente da alfaia, como complemento à correção feita a nível do eixo dianteiro do trator, esta tecnologia contribui para resultados ainda mais exatos.
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Projeto MechSmart Forages Mecanização e ISOBUS em workshop
O II Workshop do Projeto MechSmart Forages (MSF), que tem como objetivo demonstrar as potencialidades da utilização de máquinas agrícolas com tecnologia ISOBUS, decorreu no dia 15 de junho, na herdade da Comenda, do INIAV, em Elvas. Durante a formação, um grupo de agricultores, técnicos e alunos de diferentes instituições portuguesas e espanholas tiveram oportunidade de tomar contacto com um sistema ISOBUS para a aplicação da taxa variável de produtos fitofarmacêuticos em pulverizadores de jato projetado. O programa do workshop foi repartido em dois momentos: no primeiro, em sala, com a apresentação pela Farming Agrícola da Norma ISOBUS e das suas funcionalidades em máquinas de fertilização e pulverização, seguindo-se pela CNH Portugal e ESAE a apresentação do software PLM (Precision Land Management) com a construção de mapas de prescrição a dose variável, pelos participantes. Na segunda parte do workshop, e com base nos ficheiros construídos em sala,
procedeu-se à demonstração de campo com um trator New Holland T6.155 e um pulverizador Amazone UF 1800.
No caminho da agricultura de precisão Esta ação acontece num momento em que o conceito de agricultura de precisão é uma realidade cada vez mais presente nas empresas agrícolas nacionais. Deste modo, os instrumentos em demonstração constituem um passo determinante para a implementação do processo no parque de máquinas da exploração. Integrado no projeto MSF - Mecanização inteligente na produção de forragens assente na técnica de sementeira direta e tecnologias de agricultura de precisão -, o projeto MechSmart Forages é liderado pelo Instituto Politécnico de Portalegre/Escola Superior Agrária de Elvas. O projeto tem coordenação do Professor Luís Alcino Conceição num consórcio de parceria com o INIAV Elvas, Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos, CNH Portugal /Miraldino, Farming Agricola /Vicent Giralt, Fertiprado, Agroinsider, Terrapro, APOSOLO e Herdade Nave do Grou.
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omos até à lezíria de Vila Franca conhecer o mais recente comprador do maior trator convencional do mercado em Portugal. José Cardoso Costa é agricultor desde a década de 60 e possui quase 1000 hectares na zona de Vila Franca e arredores. Um verão que se adivinha “quente” no que aos picos de trabalho diz respeito foi o empurrão que faltava para este empresário adquirir à Agrimagos um Fendt 1050. Fique a conhecer a história da empresa de José Cardoso Costa, uma história que nos leva até 1545 e ao reinado de D. Pedro III.
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TEXTO SEBASTIÃO MARQUES / FOTOS FRANCISCO MARQUES
O regresso do REI
FENDT 1050
500 anos depois de D. Pedro III, o Fendt 1050 chega à Herdade da Esperança.
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1. José Cardoso Costa, natural de Benfica do Ribatejo. Tem a sua atividade centrada na lezíria de Vila Franca. Possui e explora cerca de 900 hectares. Faz tomate, arroz, milho, girassol, pastagens (azevém), e ervilha. 2. Herdade da Esperança com a Ermida da Nossa Senhora da Esperança, ao fundo. 3. Esq. para dir. : José Cardoso Costa, Paulo Moreira (Agrimagos), António José e sua esposa e João Lopes (Forte).
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Veja a Galeria de Fotos em: www.flickr.com/abolsamia
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FENDT 1050
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abolsamia: José, obrigado por nos receber na sua casa. Quando se iniciou como agricultor?
Comecei a atividade em 1967. Foi passado de pai para filho?
Não, não. Cumpri o serviço militar e, quando o terminei, tinha uma pessoa de família que estava ligada a este setor que me convidou para trabalhar na agricultura. Arrendava ainda um bocadinho de terra, à volta de 6 hectares, e comecei por aí. O que é que fazia na altura?
Trabalhava por conta de outras pessoas, nas vinhas... onde calhava! Depois fui começando a trabalhar por conta própria, a crescer, e comecei a ter visão para comprar terras com o apoio da banca. Tive sempre o apoio da banca e continuo a ter. Mas sempre cumpridor. E pronto, fui comprando, fui crescendo, e hoje tenho a atividade que tenho, já com alguma dimensão para o setor. Entretanto, a empresa já vai na segunda geração...
Sim, já tenho o meu filho a trabalhar comigo. Desde sempre trabalhou na agricultura, estudou até ao 12º ano, mas já antes andava por aqui... gosta muito disto e é já responsável por várias operações. Chama-se António José. Os dois formamos a equipa de gestão da empresa. Quando iniciei era agricultura em nome individual, depois fiz uma firma, que se chama Herdade Quinta do Manique, e ele passou a ser meu sócio. Como é que surgiu o nome da empresa?
Não é exatamente o nome que queria! Tenho uma herdade aqui perto, a primeira que comprei, que se chama Herdade do Manique. Quando fiz a empresa propus esse nome. Já havia uma com aquele nome, e então teve de ficar Herdade Quinta do Manique. E como é que é a história dos tratores na sua empresa?
No início comecei por tratores usados, na ordem dos 70
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cavalos. Hoje tenho uns 16 tratores, muitos acima dos 300 cavalos, e agora este com 500. Daqui (apontando para a parcela à sua frente) até à ponta da estrada, é tudo meu. Esta Herdade em que estamos chama-se Esperança. Tem ali uma ermida e continua para o outro lado. Depois tenho a Herdade dos Salgados, na reta do cabo, e depois mais lá para baixo, perto da igreja de Alcamé, onde faço arroz. Há pouco tempo adquiri uma outra herdade com cerca de 100 hectares, onde vou fazer arroz e milho. Todos os 900 hectares são cultivados. Este ano fiz 150 hectares de azevém, foram todos transformados em fardos. São necessários muitos “cavalos” par trabalhar isto tudo. Como é que aparece o Fendt 1050?
Pelo facto de ter uma lavoura muito grande, apesar de ter muitos tratores, há uma altura (e este ano é uma dessas fases) em que as coisas atrasam e é preciso fazer a terra mais rápido. Esta é uma máquina que faz muito trabalho. Permite-nos usar alfaias maiores que fazem o trabalho de várias. Apesar de já ter tratores com 400 cavalos e 300 cavalos, este permite ter ainda mais capacidade. A nível de trabalhos, vai gradar, lavrar, trabalhar com a rototerra e a pá niveladora. É o seu primeiro Fendt...
Sim, é o primeiro Fendt que compro. Tenho outras marcas mas é o primeiro Fendt. O que mais me chamou a atenção neste trator é que, desde há alguns anos, é o trator mais famoso da agricultura, digamos assim. É o mais caro, e normalmente, a qualidade vem associada ao preço. Sabemos que esta é uma marca com uma reputação que a precede. Gostei particularmente do controlo central do ar dos pneus e do conforto. Será uma máquina utilizada por vários tratoristas da empresa (são 8 no total, 20 trabalhadores na empresa) apesar de não ser um trator para andar de mão em mão. E depois há a Agrimagos, que é garantia de um serviço de qualidade.
HISTÓRIA DA ERMIDA DE NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA
Em 1545, D. Pedro III mandou construir aquela ermida que está ali. Naquela altura, esta lezíria ainda não tinha nada. Eram campos onde existia algum gado e pouco mais. Acontece que existia do lado de cá da ermida um valado (um dique), visto que o Tejo chegava ali. Nesses tempos, o Rei e outros que mais transportavam-se em barcaças a remos até Salvaterra onde estavam sediadas as Cortes. Ora, um dia, vinha o rei e a armada a caminho de Salvaterra e começou a levantar-se muito vento e muita agitação nas águas. A situação começou a ficar crítica. Em cima do valado, onde hoje está a ermida, estava um pastor que quando viu os barcos e toda aquela agitação, fez sinal, com panos e com o que pôde, permitindo aos barcos aportar em local seguro. Mais tarde, como forma de agradecimento, o rei mandou erguer aquela capela. Lá existe uma placa de pedra com esta mesma história gravada. A ermida chama-se Nossa Senhora da Esperança e esta herdade é conhecida como a Herdade da Esperança. Tem 50 hectares. (José Cardoso Costa)
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PRODUTO
Aebi lança mini porta-alfaias autónomo
Resultante de uma cooperação entre a Aebi e a Mattro, o modelo EC130 é uma máquina não tripulada destinada a trabalhar em locais declivosos. Os rastos de borracha permitem-lhe chegar a locais de difícil acesso, e o seu reduzido peso contribui para uma muito baixa compactação do solo. Este aparelho é manuseado através de um painel de controlo à distância mas
pode ainda ser configurado com um kit de condução autónoma (Row Crop Pilot) desenvolvido pela firma Robot Makers. As funcionalidades deste kit podem ir desde a assistência à condução até ao funcionamento totalmente autónomo, através do qual a máquina pode trabalhar sozinha em filas de vinha ou pomares para fazer controlo da vegetação espontânea.
Nova geração Grimme Varitron de 4 linhas
Foi em 2011 que a Grimme apresentou pela primeira vez uma colhedora automotriz de 4 linhas para a cultura da batata. Chega agora ao mercado a segunda geração da Varitron 470 Platinum, propulsionada por um motor Mercedes Tier 4F de 435 cv, dotada de um sistema de tração através de rastos de borracha TerraTrac e tegão NonStop de 7 toneladas. Na cabine, a marca aperfeiçoou a ergonomia dos comandos para que se aceda de forma intuitiva às funcionalidades pretendidas. Passa a incluir 12 focos de iluminação LED e a
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função Coming Home, para que o operador desça da máquina em segurança à noite. Em termos de tecnologia de recolha, a varitron foi aperfeiçoada em diversos elementos, com vista a: obter maior estabilidade com o tegão cheio; reduzir a compactação; garantir uma melhor adaptação a diferentes condições de solo; e assegurar a separação e o transporte da batata sem danos. Possui de série um compressor com tomadas de ar que permitem a limpeza do filtro de ar e da cabine.
Terminal Amazone mais evoluído A Amazone acaba de apresentar um novo terminal ISOBUS. O AmaTron4 dispõe de um monitor tátil a cores de 8”, e está pensado para a gestão de funções em alfaias complexas. A navegação pode ser feita diretamente no ecrã ou através de um teclado composto por doze teclas. Três teclas adicionais de acesso rápido permitem alternar entre o controlo da alfaia e a função GPS ou regressar ao menu inicial. Uma das novas características desta geração de monitores é a existência de um sensor de proximidade que deteta a aproximação da mão, fazendo aparecer no ecrã as diferentes áreas de navegação que o operador pode selecionar, num total de doze. O AmaTron4 possui ainda um sensor de luz que adapta a luminosidade do ecrã em função da luz ambiente. Para além do software de base, este dispositivo vem recheado com uma série aplicações que podem ser testadas durante 50 horas e desbloqueadas mediante o pagamento de um determinado montante. Uma delas é a deteção automática da marcha atrás que funciona com base na câmara opcional AmaCam. Quando o conjunto trator/alfaia começa a recuar, a imagem captada pela câmara é automaticamente mostrada no monitor.
Kubota atualiza a série MGX A Kubota apresentou no Salon de l’herbe, em França, os novos modelos MGX-IV. Estes modelos diferenciam-se da série MGX-III, que vêm substituir, sobretudo por integrarem algumas atualizações impostas pela ‘Mother Regulation’. A série é composta por cinco modelos, a preencher um segmento de potência que vai dos 104 aos 143 cv. Os dois modelos de entrada (M95GX-IV e M105GX-IV) equipam com motor Kubota de 4 cilindros e 3,8 litros. Os restantes três (M115GXIV, M125GX-IV e M135GX-IV) equipam com um motor de 4 cilindros também fabricado pela Kubota, mas com 6,1 litros de cilindrada. Nestes últimos, a capacidade de elevação hidráulica é superior.
Mantém-se a transmissão semipowershift de 24 velocidades (8 relações powershift distribuídas por 3 gamas). Já a disponibilidade de corrente elétrica foi reforçada com a instalação de um alternador de 150 amperes, a pensar na alimentação de todos os equipamentos eletrónicos com que esta série pode ser configurada.
Same apresenta série Frutteto CVT S No início de maio estivemos em Itália a convite da Same, onde participámos no evento de apresentação dos novos Frutteto CVT com transmissão de variação contínua São cinco os modelos que compõem a gama: os modelos Frutteto CVT 90 S e 100 S equipam com motor FARMotion de 3 cilindros e 2,9 litros e os modelos Frutteto CVT 90.4 S, 105 S e 115 S, com motor da mesma origem mas com 4 cilindros e 3,8 litros. Têm ainda a diferenciá-los a distância entre eixos, que nos “3 cilindros” é de 2086 mm e nos “4 cilindros” é de 2216 mm. Em declarações à revista abolsamia, Arnaldo Caeiro, diretor geral da SDF Portugal, destacou uma das tarefas onde é possível retirar maior proveito desta transmissão. “Enquanto nas transmissões mecânicas a velocidade de avanço e a rotação da TDF dependem da rotação do motor, na transmissão de variação contínua temos a possibilidade de actuar separadamente nesses três parâmetros de funcionamento do trator. Considerando a utilização dos tratores especializados, a principal vantagem da utilização da transmissão CVT será nas operações de pulverização, porque podemos manter a velocidade de avanço e a rotação da TDF constantes, variando apenas a rotação do motor em função da carga, permitindo desse modo poupar combustível”, explicou. Outro grande destaque destes tratores é a nova cabine de plataforma plana e com tecnologia herdada dos modelos de segmento superior do Grupo SDF.
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NEW HOLLAND TC4.90
TEXTO SEBASTIÃO MARQUES FOTOS FRANCISCO MARQUES
DEBULHA todo o terreno A EMPRESA SEAC, CONCESSIONÁRIO NEW HOLLAND PARA AVEIRO E PORTO, ENTREGOU UMA CEIFEIRA NEW HOLLAND TC4.90 A UM DOS MAIORES PRESTADORES DE SERVIÇOS AGRÍCOLAS DE AVEIRO.
aria Avelina, mulher do Norte, dedicou-se durante 23 anos às vacas de leite. José Luis chegou a passar mais de 500 horas por mês em cima de um trator. Juntos construíram a Sociedade Agrícola Luís e Avelina Almeida, em 1976, sediada em Ovar. Pelo meio ainda se dedicaram às obras públicas. Hoje o foco principal da empresa é a prestação de serviços agrícolas. Com 38 anos, Paulo, filho do casal, assume parte importante dos serviços, onde se destaca cada vez mais a debulha de milho e azevém. Por isso mesmo, compraram uma New Holland TC4.90, “o modelo ideal devido às reduzidas dimensões que lhe permitem trabalhar em parcelas com menos de um hectare e com muros a toda a volta”.
M
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abolsamia: Há quanto tempo fundaram a empresa?
A Sociedade Agrícola Luis e Avelina Almeida Lda., nasceu em 1976, na altura com outro nome. Começámos com duas vacas leiteiras e chegámos às oitenta. E o vosso filho Paulo, quando entrou para o negócio?
José Luís: O Paulo começou de pequenino. Aos seis anos já se metia em cima do trator e, com os dois pés, lá conseguia carregar na embraiagem. Aprendeu a conduzir no trator que eu tinha na altura, um Landini 6500. As máquinas sempre foram a sua paixão e o seu forte. Ao contrário das vacas, com quem nada queria. Foi também o principal impulsionador para reformularmos a empresa e abandonarmos o leite e a
Com 38 anos, Paulo, filho do casal, assume parte importante dos serviços, onde se destaca cada vez mais a debulha de milho e azevém.
engorda de vacas. Maria Avelina: O Paulo ajudou muito. Estudava e trabalhava. Ia ter connosco e ajudava. Aos 15 já fazia diretas a ensilar milho. Terminou o 12º ano a estudar e trabalhar ao mesmo tempo. Na altura comprámos uma das primeiras ensiladoras automotrizes e ele levava o trabalho muito a sério. Depois de abandonarem o setor leiteiro, para que áreas dirigiram a empresa?
por ano mas contamos aumentar nos anos vindouros. Comprámo-la porque sentimos que presta um serviço que está a crescer nesta área geográfica e a que tínhamos já estava mais tempo parada do que a trabalhar. Como prestadores de serviço não podemos estar parados por causa das máquinas. Vou darlhe um exemplo, na silagem tenho trabalho para três máquinas, é sábado, é domingo, é todos os dias. Optámos por comprar uma quarta máquina para nunca estarmos parados. José Luís: Depois das vacas dedicámo-nos às obras públicas. Andámos aí, (e ainda andamos quando aparece trabalho) a fazer serviço de cisterna nas várias obras que iam havendo por todo o país. Chegámos a ter sete tratores próprios a trabalhar. Com a queda da construção, esse foi um mercado que começou a ser menos interessante. Como nunca tinha abandonado definitivamente a agricultura, voltámos a apostar mais forte neste setor, voltando-nos para a prestação de serviços agrícolas. Fazemos alguma agricultura própria, em média uns 35 hectares de milho de grão e silagem, tudo para vender. No total, entre hectares próprios e prestação de serviços, fazemos 600 a 800 hectares de silagem de milho, e de grão fazemos uns 30. Esta máquina que agora adquirimos, entre azevém e milho, fará no mínimo uns 200 hectares
E a mais recente aquisição, a New Holland TC4.90, como é que surge? Esq. p/ dir.: João Antão, José Luís Almeida, Paulo Almeida e Maria Avelina Almeida.
E a Maria Avelina, também conduz algum trator?
Nas máquinas não me meto. São assuntos deles. Querem comprar... eu dantes ainda assinava os cheques, agora já nem os cheques assino. Quando tínhamos vacas, aí era eu. Agora dedico-me mais à família. Os 23 anos de ordenha deixaram marcas. Era dia e noite! Foram anos de muito trabalho. Mesmo na altura das obras públicas era muito intenso, o José chegou a fazer mais de 500 horas por mês em cima de um trator. (Paulo surge na conversa) Paulo, muito prazer. Desde os seis anos a trabalhar com máquinas, vários serviços diferentes. Tem preferência?
A minha paixão sempre foram as máquinas, independentemente do serviço. Fosse agrícola ou construção, desde que metesse máquinas...
Começou a haver solicitações cada vez maiores para a apanha do azevém. Tínhamos uma máquina já pequena para tantos pedidos e assim aproveitámos para dar mais qualidade ao processo tanto no que concerne ao azevém como ao milho. Será quase tudo para serviço externo, então?
Sim, grande parte. Porquê esta máquina?
Sobretudo pelas dimensões. Nesta zona quase todas as parcelas têm menos de um hectare e são muradas à volta. Isso obriganos a ter equipamentos até determinado tamanho e com uma boa mobilidade. Depois de entrar na parcela está tudo bem, mas tem de conseguir lá entrar. Temos também alguns terrenos difíceis e, por isso, procurávamos um equipamento robusto. Finalmente, queríamos uma máquina fiável e com boa assistência. Juntando tudo, acabámos por escolher a New Holland e a Seac como parceiros.
new holland tc4.90 Larg. de corte (m) 3,96 - 4,57 - 5,18 - 6,10* Sacudidores de palha 4 Capacidade do tegão (l) 5000 Potência máxima ECE R120 (às 2000 rpm) (kW/CV) 129/175 * 3º cilindro é obrigatório, apenas para colheitas leves, necessário o alimentador com flutuação lateral
SEAC - Sociedade de Equipamentos Agrícolas do Centro • E-mail: geral.seac@gmail.com • Tel. 234 857 372 abolsamia julho / agosto / setembro 2018
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DOIS DEDOS DE CONVERSA POR SEBASTIÃO MARQUES
Bem-vindo à “Dois dedos de conversa com”, uma rúbrica onde conhecemos um pouco melhor os agricultores e tratoristas do nosso país. Porque “se o campo não planta, a cidade não janta”. DESTA VEZ ESTIVEMOS À CONVERSA COM GONÇALO MANUEL TAVARES PÓVOAS, 29 ANOS, EMPREGADO NA EMPRESA INTERGADOS S.A.
a
Onde trabalha? Sou empregado na Intergados S.A. que tem 7 explorações de suinicultura intensiva.
Qual é a atividade da empresa? Produção e transformação de animais suinícolas. Usa as redes sociais para divulgar o dia-a-dia no campo? Sim, Instagram e facebook. A sua família trabalha no campo e é daí que vem a ligação ao setor? Desde, pelo menos, o tempo do meu avô paterno que a minha família está diretamente ligada ao campo e ao sector da agropecuária. Com que idade se começou a interessar por máquinas agrícolas? Desde muito pequeno que via e ajudava o meu pai em todos os trabalhos agrícolas e pecuários, e, sempre que possível sentava-me ao colo dele e conduzia o trator. Assim que consegui chegar aos pedais da embraiagem, travões e acelerador foi uma questão de tempo para ganhar a confiança dele e a independência na condução da máquina. Tem intenção de procurar outro trabalho? É claro que queremos sempre mais e eu como jovem que sou estaria a mentir se dissesse que quereria ficar para sempre dentro de um trator. Apesar de gostar imenso do que faço, o principal objectivo quando terminar a licenciatura é exercer profissão na área agrícola mas sempre no setor da mecanização agrícola. Qual é a melhor parte de trabalhar na agricultura? A paz que a natureza oferece em harmonia com o ar puro passando pelas folhas das árvores, bem como o canto dos pássaros. Qual é a parte mais frustrante de trabalhar na agricultura? Condições atmosféricas sem dúvida. Dependendo do serviço é claro, mas
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sem dúvida a maioria dos serviços está, por vezes, dependente de condições edafoclimáticas razoáveis. Quando não se pode, ou deve entrar no campo é frustrante para o operador e/ou para o agricultor. Quando está no trator, o que prefere ouvir? (o barulho do motor, música)? Nunca fui adepto de níveis elevados no que toca ao volume do rádio, por isso posso afirmar que gosto de ouvir as duas coisas ao mesmo tempo. E, como é óbvio, é de frisar que é sempre importante estar alerta a qualquer barulho estranho vindo do trator ou da alfaia. Gostava de trabalhar noutro ramo? A minha paixão pela agricultura sempre passou, em particular, pela mecanização agrícola mas se algum dia a vida se proporcionar para outro ramo vou com gosto desde que não saia da área agrícola ou pecuária. Dar massa e limpar o filtro fica para outro dia? Trabalhando na própria exploração ou mesmo por conta de outrem tento ser sempre o mais profissional possível. Níveis de óleos, água e filtros são cuidados diários que aprendi a ter bem como, sempre que possível atesto o depósito para que não haja condensação de água dentro do mesmo. E para lá da agricultura? O que é que faz quando não está a trabalhar para a exploração? Não menos importante que a vida profissional tento terminar os estudos em agronomia na Universidade de Évora. O que é que o faz rir? Sendo eu de um ótimo sentido de
a
O que é que o chateia? Desrespeito, hipocrisia e electroválvulas que só trabalham quando querem.
humor muito me faz rir mas nada como uma boa anedota de alentejanos. Se ganhasse a lotaria, qual seria a primeira coisa em que ia investir? Dependendo do valor, mas investiria certamente em primeiro lugar na investigação e desenvolvimento de uma ideia que tive há 3 anos relacionada com alfaias de sementeira direta, a qual requer muitos zeros à direita.
É leitor da abolsamia? De que rubricas? Leitor assíduo. Gosto e admiro o trabalho da revista em geral mas gosto em particular da rubrica “Antigamente era assim…” porque sempre achei interessante toda a evolução agrícola, mecânica e tecnológica desde a primeira metade do sec. XX.
CONSIGO NO TERRENO. O • LÍDE IC
ADO IBÉR RC
• REBOQUES • GRADES DE DISCO • CISTERNAS • ESPALHADORES • FRESAS E CHARRUAS • CARREGADORES FRONTAIS
ES • M E QU
UMA GAMA LÍDER
S EM REBO E R
Conta e
TEMPO VÄDERSTAD TEMPO T6
Tal como a Frei António das Chagas, a todos os agricultores é pedida “estrita conta do seu tempo”. Foi essa, e também a necessidade de encontrar um equipamento que conjugasse a possibilidade de trabalhar em vários tipos de preparação de solo e o controlo de secções, as principais razões que levaram José da Luz a adquirir um Väderstad Tempo. Um semeador que “dá a conta feita a tempo”. stá um dia caloroso de meados de maio quando encontramos José da Luz e os seus dois ajudantes, Filipe e José, atarefados de volta da mais recente aquisição da casa. Um semeador Väderstad Tempo T6. As afinações iniciais da máquina são chave para um bom desempenho e são também o mote para o início da nossa conversa.
E
abolsamia: Como é que surgiu o interesse por este semeador?
A necessidade de uma nova máquina aqui para casa está relacionada com a nossa opção pela mobilização na linha, visto que o equipamento que tínhamos era demasiado frágil e não tinha capacidade para fazer um bom serviço. O semeador não era mau, simplesmente destinava-se a trabalhar com preparações de solo “convencionais”. A partir desse momento começámos à procura, juntando ainda o requisito de ter de vir com corte de secções, de forma a otimizar a gestão de cabeceiras. Já existem várias marcas a disponibilizar equipamentos elétricos com as características
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VÄDERSTAD TEMPO T6 TEXTO SEBASTIÃO MARQUES FOTOS FRANCISCO MARQUES
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Veja a Galeria de Fotos em: www.flickr.com/abolsamia O limpador de linha é equipado com uma roda de borracha autolimpante.
Calibração linha a linha, débitos e restantes funções podem ser feitas no tablet.
Graças a uma robusta unidade de sementeira e aos limpadores de linha, o Tempo é capaz de fornecer bons resultados em todas as condições. O medidor de sementes pressorizado mantém o controlo da semente até chegar ao solo.
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VÄDERSTAD TEMPO T6
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que desejávamos mas olhando à experiência da Väderstad, aos anos com que já trabalha com esta tecnologia, e também, obviamente, ao preço, acabámos por nos decidir por este. Foi também bastante importante, diria mesmo decisivo, os testemunhos que outros agricultores nossos vizinhos, como os Simões, nos deram sobre o semeador e a experiência que têm tido com ele. Em que culturas vai trabalhar?
Milho, milho pipoca, eventualmente feijão, e girassol. Talvez para o ano faça tremoço. E quais são os pontos fortes que já pode identificar?
Tenho apenas 50 hectares semeados, ou seja, estamos a aprender. Ainda assim, tanto a gestão de cabeceiras com o corte de secções como a velocidade de trabalho são pontos que já podemos destacar. Apesar de não pretendermos trabalhar muito depressa (andávamos a 5 km/h, por
regra) a verdade é que permite trabalhar, de acordo com o fabricante, a 15 km/h. Aqui ainda não testámos a essa velocidade, mas a 10km/h sim e fá-lo tranquilamente. Outro ponto forte é a informação que reúne e disponibiliza sobre as performances que está a ter, apresentada no interface montado na cabine do trator. Este “tablet” permite controlar todos os aspetos da máquina e, para além de prático, é simples de usar. Calibração linha a linha, débitos, etc, é tudo feito a partir do ecrã. E como se tem comportado o semeador neste tipo de preparação de solo (mobilização na linha)?
É verdade que as condições de sementeira não são as mais fáceis. Devido à mobilização apenas na linha o terreno fica, por vezes, mais duro, mas, mesmo assim, o semeador tem demonstrado muita precisão. O facto de a semente ser projetada ajuda bastante a ser colocada onde se pretende.
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Pontos FORTES
Acionamento elétrico Os medidores de sementes possuem acionamentos elétricos individuais, o que possibilita desligar as unidades de linha uma a uma, economizando sementes e consumos em campos irregulares. O acionamento elétrico permite que cada medidor de sementes individual seja calibrado com taxas de semente diferentes. Em comparação com os semeadores mecanicamente acionados, o acionamento elétrico evita problemas como o deslizamento das rodas motrizes ou problemas com correntes.
Sementeira direta, mobilização mínima ou convencional O Tempo é capaz de exercer uma “pressão de semeio” de até 325 kg. Tal permite-lhe semear em diferentes condições de campo e preparações de solo. Graças a uma robusta unidade de sementeira e aos limpadores de linha, o Tempo é capaz de fornecer bons resultados em todas as condições.
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Filipe, José Roque e José da Luz.
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Pontos FORTES
Os medidores de sementes possuem acionamentos elétricos individuais, o que possibilita desligar as unidades de linha uma a uma, economizando sementes e consumos em campos irregulares.
Velocidade Nos semeadores tradicionais, a semente cai livremente através do tubo de sementes. À medida que a velocidade aumenta surgem vibrações, a semente ressalta no tubo e grande parte da precisão do medidor de sementes é perdida. É aqui que o Tempo, com seu medidor de sementes pressurizado, se destaca dos competidores. Graças à tecnologia PowerShoot, que usa a pressão do ar para manter o controlo total da semente até ao solo, a gravidade é removida da equação, deixando a velocidade de ser um problema.
Uma máquina, múltiplas culturas O Tempo é capaz de semear uma vasta gama de culturas. A fácil alteração do espaçamento entre linhas e a configuração da máquina, garante ao Tempo uma alta versatilidade na exploração. O resultado é uma maior eficiência e menores custos por hectare. Mudar os discos de sementes é rápido e sem recurso a ferramentas. O kit de sementes pequenas, que inclui rodas de travagem suspensas e a capacidade de ajustar o ângulo das mesmas, permite semear sementes de dimensões reduzidas, como colza ou a beterraba sacarina.
Construção Cada componente do Tempo é projetado para trabalhar a grande velocidade, com requisitos mínimos de manutenção. A estrutura, a turbina, o sistema hidráulico todos têm um design robusto, tornando-o um semeador duradouro, versátil e fácil de manter, que se adapta aos requisitos da sua exploração.
Precisão Para manter a pressão da unidade de sementeira em condições difíceis, todos os modelos Tempo podem ser equipados com transferência de peso hidráulica, que garante a capacidade de exercer uma pressão positiva ou negativa. A transferência de peso hidráulica é controlada através do iPad E-Control.
Gama Tempo José da Luz optou por um Tempo T de seis linhas, no entanto, a gama Tempo é bem mais extensa, contemplando as várias necessidades dos agricultores. Assim, os já referidos modelos T caracterizam-se por um quadro telescópico, e estão disponíveis com 6 ou 7 linhas. Os modelos R têm o quadro rígido e variam entre as 4-6 e 12-18 linhas. Os modelos F (6-8 linhas) são rebocados e estão equipados com rodas de suporte para maior controlo da profundidade de sementeira. Os modelos V (6-12 linhas) distinguem-se pela sua versatilidade, podendo ser combinados com o depósito de fertilizante frontal, o FH 2200. Finalmente, o modelo L (12-18 linhas), é rebocado e destaca-se pela grande capacidade do depósito de fertilizante (5000 litros).
Dados técnicos TPT 6 Número de linhas
6
Espaçamento entre linhas (mm)
500/508/550/ 600/650/700/ 750/762/800
Largura de trabalho (m)
3.0-4.8
Largura de transporte (m)
3.36-3.5
Altura de transporte (m)
3.2
Peso sem combi (kg) min-máx.
1400-1700
Peso com combi (kg) min-máx.
1900-2200
Volume do depósito de semente por linha (l)
70
Volume de depósito de micro-granulado por linha (l)
17
Depósito de fertilizante (l)*
1275
Potência de tração requerida (cv)
100
Requisitos hidráulico
1-4 DA+FR
*não aplicável ao semeador da peça
Importador Väderstad p/ Portugal Manuel Fialho, Lda • E-mail: info@manuelfialho.pt • Tel. 266 759 300
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Mais e melhores “Kramperos” RICARD ESCAYOLA, KRAMP
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ENTREVISTA
CONFORTO RENTABILIDADE EFICIÊNCIA MANITOU
POR FRANCISCA GUSMÃO
Aproveitando uma visita à rede de clientes portugueses, entrevistámos Ricard Escayola, da Kramp.
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Primeiro de tudo, gostaria de agradecer a oportunidade que me oferecem de poder expressar mais uma vez os pensamentos e preocupações que nos levam a melhorar a cada dia para que os nossos clientes se possam sentir mais confortáveis a trabalhar com a nossa empresa, oferecendo ao mesmo tempo um modelo de negócios que possa tornar o negócio de pós-venda dos distribuidores que se “atrevem” a colaborar com a Kramp mais produtivo e benéfico. Gostaria também de dizer que estamos muito satisfeitos com o desenvolvimento do mercado português. Vemos que, pouco a pouco, o modelo de negócios que oferecemos aos revendedores neste país vai entrando. Portanto, obrigado a todos os que já confiam na Kramp. Ao nível global os resultados têm sido muito satisfatórios, o último Relatório Anual da Kramp dá conta de uma faturação de 790 milhões de euros e um lucro de 50 milhões de euros. Em 2017 o Grupo obteve um crescimento nas vendas de 7,2% e um lucro de 9%. Estamos muito orgulhosos com estes números, já que estamos a cumprir as metas anuais estabelecidas para a Kramp se tornar uma empresa de 1 bilhão de euros em 2020.
abolsamia: “Pensar globalmente, agir localmente”. Este é o mote da vossa política de marketing. Qual a estratégia para a Península Ibérica e, mais concretamente para Portugal?
Ricard Escayola: Pensar globalmente e agir localmente é a maneira de a Kramp abordar as boas ideias globais e transferi-las para os mercados locais. Cada mercado tem suas particularidades, história, culturas, distribuição, maquinaria, ... e, portanto, a adaptação ao mercado local, ainda que seja passo a passo deve ser feita. Para a Ibéria e muito especificamente para o mercado português, estão a ser trabalhados vários aspectos e recursos: - a nível do pessoal: a língua portuguesa é falada em todas as posições de contacto com o distribuidor, e o mesmo se passa no atendimento ao cliente. O português também é falado quer ao nível da Administração e do Marketing, bem como pelos Account Managers. - a nível do produto: como sabem, queremos atingir 1.500.000 produtos disponíveis no catálogo da web, estamos progredindo. Em janeiro de 2012 tínhamos 134.000 referências, hoje temos aproximadamente 530.000. Para chegar ao próximo passo, que é multiplicar por três o número que temos atualmente, temos que incorporar no nosso catálogo produtos locais, pelo que o produto português também está incluído nos nossos planos. - a nível do marketing: a comunicação para os distribuidores está a ser feita em português, bem como nas revistas da especialidade, para que tanto a marca Kramp como o produto Kramp sejam cada vez mais conhecidos e ocupem o seu lugar de direito na mente dos distribuidores e clientes. Estamos também a trabalhar na tradução portuguesa da página web principal e dos seus conteúdos. Vai demorar um pouco para ver o resultado, mas para nós o importante é termos começado.
NOVAS MLT
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SION
A nossa prioridade é tornar o seu negócio rentável! A vantagem das novas MLT NewAg: as máquinas mais cómodas do mercado, que otimizam o tempo investido no seu manipulador telescópico e melhoram a sua eficiência com um acesso de cabine simples, visibilidade total e uma redução significativa dos níveis de ruído da cabina (73dB). Manitou, a opção mais inteligente para a sua jornada de trabalho!
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ENTREVISTA
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A facilidade de encontrar peças de substituição, de encomendar a partir de qualquer local e dispositivo e momento, assim como a entrega em 24/48 horas, dependendo da zona de Portugal, fazem com que a cada dia que passa haja no mercado português mais e melhores seguidores “Kramperos”
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abolsamia: Portugal é um país com características muito especiais, de pequena dimensão e com uma grande heterogeneidade de marcas. Quais são os objetivos da Kramp no nosso país?
Ricard Escayola: As características do vosso magnífico país são certamente extremas, desde as extensões cerealistas do sul até às micro vinhas do norte, onde se faz um vinho muito bom. Para isso precisamos de ter uma enorme gama de produtos para que os concessionários possam ter tudo aquilo que o agricultor e o produtor de gado possam precisar. Sobre a questão da heterogeneidade das marcas de tratores, vemos que precisamos de incluir algumas peças especiais de fruteiros, vinhateiros e especiais que em breve teremos no nosso catálogo, uma vez que a maioria das marcas também estão noutros países europeus. No que se refere a maquinaria específica do país, este ponto é um pouco mais difícil e é por isso que também vamos dedicar recursos neste sentido para podermos ter, num futuro não muito distante peças de, por assim dizer, marcas locais. O objetivo de crescimento que previmos para Portugal já foi, neste momento, superado. As condições económicas do país, assim como o bom ano climático, fazem-nos acreditar que a tendência será ascendente. A facilidade de encontrar peças de substituição, a facilidade de encomendar a partir de qualquer local e dispositivo e momento, assim como a entrega em 24/48 horas, dependendo da zona de Portugal, fazem com que a cada dia que passa haja no mercado português mais e melhores seguidores “Kramperos”.
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abolsamia: A vinha e o olival alastram pela Península Ibérica a uma velocidade impressionante. Não são culturas muito gastadoras de máquinas. Que impacto pode ter para a Kramp e como pensam fazer face a este fenómeno?
Ricard Escayola: Essa é uma boa questão, já que temos vindo a trabalhar para encontrar produtos para as nossas culturas mediterrânicas, principalmente azeitonas, uvas, frutas, girassol e arroz. Para além do produto que já introduzimos para as vinhas e pomares, incluímos também produtos para o olival, varejadores, tesouras de poda pneumáticas de diferentes estações para tratores especiais... A verdade é que temos feito progressos. Começaremos já nesta próxima vindima a oferecer no nosso catálogo produtos para vindimadoras. Para ser um fornecedor principal dos nossos distribuidores e para atender aos pedidos dos clientes dos nossos clientes, devemos ser capazes de oferecer uma gama completa de peças de reposição e acessórios, e é nisso que trabalhamos constantemente. Na parte do produto, os recursos também serão aumentados. abolsamia: Como explicaria aos nossos leitores a relação da Kramp com os fabricantes de maquinaria, parceiros e concorrentes?
Ricard Escayola: A Kramp continua a investir tempo e energia para criar relações de longo prazo com fornecedores, fabricantes e clientes. Para além das colaborações existentes com os principais fabricantes de tratores AGCO e SDF, em 2017 a Kramp chegou a um acordo de parceria com a John Deere na Alemanha. abolsamia: Em 2012 tinham 134.000 referências. Hoje têm 560.000. Esta evolução tem a ver com o investimento que a Kramp tem feito em IT?
Ricard Escayola: Os investimentos que a KRAMP faz todos os anos são impressionantes, em média cerca de 30 milhões de euros por ano. O ano passado foi um ano excecional em que a Kramp investiu 50 milhões de euros para dar mais e melhor valor acrescentado aos seus distribuidores, parceiros de negócios, para que juntos possam servir mais e melhor os agricultores e os criadores de gado locais. Os investimentos foram feitos em três vertentes principais: - em pessoal e em formação; - em logística: aumentámos a nossa capacidade de stock de peças, incrementando a capacidade de armazenamento na Holanda, Alemanha, França e também na Península Ibérica. De frisar que os novos armazéns na Holanda, Alemanha e França são totalmente automáticos. - a terceira em IT, nomeadamente em tecnologia web e na integração com o concessionário para lhe facilitar os processos e ajudar a melhorar os benefícios para a concessão/oficina no seu negócio. Gostaria apenas de acrescentar que as parcerias e os concessionários estão no DNA da Kramp, este é um modelo em que vemos muitos pontos fortes, como com os fabricantes, por isso vamos continuar nessa linha e, se for possível continuaremos a acrescentar algo de novo.
Máximo desempenho e continuidade operacional. Fazer com que funcione bem e por muito tempo. Esta é a nossa missão. Máximo desempenho e continuidade operacional. . E O s eFlaezveard co or ems qt ue el e fsuc nó cpiioc no es b pe am r a ea paogrr im c uulittuor at esmã po om á qs tuai néa sa pnaorsas aa m miosbsiãl o i d. a d e dos materiais, capazes de garantir e aumentar a produtividade das empresas agrícolas. Os elevadores telescópicos para a agricultura são máquinas para a mobilidade dPoost êmnacti ea r, i ca oi sn, f o c ar tpoa zee tse dc e r ae sa tuammebnétm a r pae rpsr o nd au ltiizvai d n ogl ao rgai n a ,t im ç ãa od emdáaxsi meam, psrãeos aoss aagsrpí ec co tl ao s . fundamentais dos telescópios Faresin Industries. Potência, conforto e tecnologia, mas também personalização máxima, são os aspectos n toadi se l do os sc toeml ecsoc m ó ppiroi sm F U m a g a m a q u ef up nr odpa õmee m e an rt eo s i nd oI nbdr ua sç tor idees .6 a 1 1 m e t r o s , com capacidade de elevação de 2,6 a 7 toneladas, capaz de oferecer a solução certa U m a g a m a q u e p r o p õ e m opdaerl ao sc ac d oa m tci p oo m pd rei m t reanbtaol sh od.o b r a ç o d e 6 a 1 1 m e t r o s , com capacidade de elevação de 2,6 a 7 toneladas, capaz de oferecer a solução certa para cada tipo de trabalho.
Novo i m p o r t a d o r e xc l u s i vo p a r a E s p a n h a Novo mrpt u og r taal d o r e Pi o e xc l u s i vo p a r a E s p a n h a e Portugal
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Configurações disponíveis: CLASSIC / AGRITOP / GLS / VPS C C aOpM a cP i dAa C d eT mRáAx iN mG a Ed e e l e v a ç ã o d e 3 t
Configurações disponíveis: CLASSIC / AGRITOP / GLS / VPSe M A áNx G C a IpD a cDi dLaEd eR m i mEa d e e l e v a ç ã o d e 3 t p a r a
Altura máxima de 7 m a 9 m C og na m f iag Cuorma pç aõcet sR adnigsep poondíev-es ei su: t i l i z a r A CnLdAeS S o s ãI oC n/e cAe G s sRá Ir iTaO sP as/ G L S / V P S cC aa rpaacctiedraí ds tei cma ás xdi m a am dá eq ueilneav asçt ãa on ddaer d3, t A l t u r a m á x i m a d e 7 m a g a r a n t i n d o a s s i m a m a n o9b m rabilidade com
Altura máxima de 7 m a 11 m C f iag M u ri dadçl eõ eR sa ndg ei stpe o A og n am mn2í 4v e i s : C RaIpTtO / pVr ePsSa es c oLnAf iSg S u rIaCç õ/e sA, Ga d a dPa s/ pG a rLaSe m C ea pcaocni d o ad em á3 qtu p d s tardueç ãmoá qx ium e ap d r oec eu lreavma çuãm i naar a 4 , 5 t A l t u r a m á x i m a d e 7 m a 1 1 m dúctil e que, graças às novas
Altura máxima de 9 m a 10 m C u ro ad eçlõo es sd adni os vpaognaímv ae iHse: a v y D u t y , O so n t rfêisg m C c rLi aAdSo S s IpCa r /a oG L s eSc t/o rVdPa S e d epeolteêvnacçi ãa o, pdree c6i stãpoa r a 7 t cC oa np sa tcri ud çaãdoe, m o fáexri emcae m A l t u r a m á x i m a e c o n t r o l e . D i s pdoen 9í v m e i sa c1o0m mv á r i o s t i p o s d e
d a pú tc at isl pe aqr u a et,o gdroasç ao ss àuss onso vnaas a g r i c u l t u r a . tecnologias aplicadas, permita poupar o manuseio e altos desempenhos.
cGoLnSs et r V uP ç ãSoe,. oGfrearnedc ee m i ae, dp er em c ios bã iol i d a d e c appoa tcêi dn ac d e ec omnattreorl iea. l Dsiesm p orneí dv u e izsi r c oo m i opse tnihpoo sd ed e d d evsáerm t rm an mái sq suãi noa, vset al oncdi ad radd,e. Emsápxei cmi aa l m d ee n4t0e ksm u a sm o l i/chi tea d a 4 am n s oi nd sa tl iadl aa dç õe es sd de eo br ii eong táasç ãp oe l n o asse cu onnof itgáuv real çdõeesse m p e n h o .
CLASSIC / AGRITOP S NáGx iEm a d e e l e v a ç ã o d e 2 , 6 t C aM p aAcLi dLa dReAm Altura máxima até 6 m
C O oen l efviagduo rr at ç e lõe e s csó pdi icso p6o. 2n6í vdea i s :
C A SaS SI Cm /a l Al GRRa InTgOePé o m o d e l o g aL m C i nadpi ac ca iddoa dp ea rm a átxoidmaas da es es li et uv aa çç õã eo sd e 2 , 6 t A l t e m uqr ua emaásx ei m s tar ua tt ué r 6 a sme o s O 2 6eds ap a ç o s a mebl ei evna tdeosr dt ee l tersacbóapl ihcoo t6ê. m
g a n1g,e9 3é m o m l i ammi taa dS omsa. l Cl oRm d eo dael ltou r a e 2 m d e il n a i tt o e so s t a n t o a rdgi cuar d a ,o ppearrm e dtaesr ad se ssei tmupa eç nõ h e u r aess pea oç os s em m q ou b rea as sc eo smt or uet m e tcroam b ap lrhoom teêt m faemc bh iaednot se ss edm e r eos ps ae çu odse s e m p e n h o . l i mmi toat do or sYa . Cnomma r1 7 , 903 HmP d e a l t u r a e 2 m d e O
A g aem a cu tz iRdaans g. eTopdoodse -o ss e u t i l i z a r dim n sa õCeosmr p ed o a se na ss õ e s c o m p a c t a s . dn e sd ee mspãeon hnoesc eesms ádr ii m características da máquina standard,
garantindo assim a manobrabilidade com d i m e n s õ e s r e d u z i d a s . To d o s o s desempenhos em dimensões compactas.
l aFr gguarraa,npt ee rtmo idtae at epr odt e 4 ê sn ec m i ap e n h o s t a n t o em n e c eo sbsr áa rsi ac opm a roa eams eosppearçaoçsõ e s d e m o b i l i d a d e . fechados sem comprometer o seu desempenho. O m o t o r Ya n m a r 7 0 H P 4F garante toda a potência
ml ao gMi ai ds dal pe l iRcaandgaes ,t e 2 4i t a tAe gc na o pm erm cp oo nu fpi ag ru roa m ç õaensu, saedi ao pet aadl taos spdaer as eemmppernehs oa ss . d eg caomnas tmr uuçl tãiof uqnuçeã op rcoocm u r saoml uuçm A õ eas m á q u i n a
A gama multifunção com soluções aptas para todos os usos na agricultura.
necessária para as operações de mobilidade.
Consulte a nossa rede de distribuidores
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HEAVY DUTY RANGE
4,5 t
Configurações disponíveis: CLASSIC / GLS / VPSe H C aEp A a cVi dYa dDeUmTáYx i R mA aN d eG eEl e v a ç ã o d e
6 t para 7 t
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GLS e VPSe. Grande capacidade de mobilidade de material sem reduzir o desempenho de uma máquina standard,. Especialmente solicitada nas instalações de biogás pelo seu notável desempenho.
FNA 2018
FOTO FRANCISCO MARQUES
FNA 2018
A 55ª Feira Nacional de Agricultura / 65ª Feira do Ribatejo, evento que decorreu no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, e cuja temática se centrou no “Olival e Azeite” foi o ponto de encontro da agricultura durante nove dias com a presença de Comissários Europeus, organizações internacionais, participantes estrangeiros oriundos de países como Espanha, Itália, França, Grécia, Tunísia, entre outros. De 2 a 10 de junho, a Feira deu a conhecer algumas das mais avançadas tecnologias e novidades para a produção agrícola, terminando com um balanço positivo na participação de expositores e área ocupada pelas empresas que marcaram presença no evento para divulgação de produtos e serviços. Veja a nossa reportagem nas páginas seguintes. 92
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GALUCHO
Tel. 219 608 500 E-mail: info@galucho.pt www.galucho.com
Galucho, sempre em renovação O original stand da Galucho mostrava os equipamentos mais representativos da sua gama onde se destacavam alguns modelos ainda em fase de protótipo: uma cisterna de 24.000 litros, reboques MG de 14 e 28 ton. e charruas CGH de 3, 4 e 5 ferros.
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GALUCHO
Em constante
renovação O último ano serviu para o histórico fabricante de São João das Lampas se redimensionar. Numa conversa aberta, José Justino, Presidente e Administrador Executivo da Galucho, explicou os motivos que levaram às alterações recentes na empresa, os planos para o mercado externo e o novo acordo para Espanha.
Adaptação constante aos mercados e às necessidades dos clientes “A Galucho é líder destacado no mercado português a nível de equipamentos para mobilização de solo, continuamente há mais 60 anos. Temos uma capacidade de adaptação forte e uma solidez financeira que nos permite mudar de direção quando percebemos que é necessário. Foi esta capacidade para alterar o rumo dos acontecimentos que nos levou a fazer algumas adaptações ao nosso Plano Estratégico. No acompanhamento constante que fazemos aos nossos clientes, nacionais e internacionais, tentamos aferir o que valorizam mais na marca Galucho, e também os aspectos a melhorar. Percebemos que a Galucho é uma marca ainda mais forte do que julgávamos, e que temos que melhorar sobretudo o serviço ao cliente e a nossa capacidade de resposta tanto na entrega de máquinas como na de peças. Também percebemos que os clientes valorizam o facto de a Galucho, apesar da sua dimensão, continuar a ser uma empresa familiar com o capital social a pertencer a cem por cento à família Justino. Eu sou o único membro da terceira geração do fundador que tem presença no Conselho de Administração, sendo todos os restantes membros já da quarta geração. Conseguimos, no entanto, conciliar os interesses dos acionistas e a visão estratégica que todos temos para a continuidade da Galucho, com a necessidade de manter a empresa atualizada e eficiente sendo suportados por uma equipa de gestão profissional com a dimensão adequada.” Mercados de exportação “A nível internacional fomos tomando consciência de que não é o facto de procurarmos, a qualquer custo, estar em todos os mercados e definirmos objectivos de vendas
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Tel. 219 608 500 E-mail: info@galucho.pt www.galucho.com
ambiciosos que só por si nos faz crescer. Também aqui concluímos que é preferível aumentar a qualidade de serviço e adaptar a nossa gama a cada um dos mercados em que temos notoriedade e algum protagonismo, do que tentar impor a nossa gama de produtos em mercados para os quais não são apropriados ou que não têm expressão. Ao longo da sua história a Galucho exportou para mais de 70 países, mas não podemos, nem temos capacidade para estar em todos ao mesmo tempo. Queremos focar-nos nos mercados mais maduros, que nos permitem vendas mais regulares, onde sabemos hoje que temos lugar, mercados que exijam de nós. Por isso a nossa politica comercial na internacionalização passa por reforçar e encontrar novas parcerias para a distribuição em exclusivo em cada um dos mercados que definimos como prioritários. Parceiros que conheçam bem o seu mercado interno e as suas necessidades, que tenham capacidade financeira e competência, que façam crescer as nossa vendas e que, em contrapartida, também exijam da nossa engenharia a criação de modelos de máquinas adaptadas à agricultura local. Indo ao encontro desta nova orientação estratégica posso anunciar que firmámos um acordo de distribuição exclusiva dos equipamentos Galucho com a Farming Agrícola para o mercado de Espanha. A Farming Agrícola é uma empresa experiente e com uma estrutura comercial muito profissional, que comercializa também em regime de exclusividade para o mercado ibérico algumas das marcas alemãs mais conceituadas e encontrou na Galucho um complemento de gama que vai ao encontro da sua estratégia de crescimento no mercado espanhol. Com esta parceria, a Galucho reúne agora as
Gama “taylor made” “Gostávamos de poder encurtar a nossa gama de produtos pois é um dos factores que tem vindo a condicionar a eficiência nos prazos de entrega de máquinas e de peças mas, por outro lado, é exatamente a diversidade da nossa oferta que nos dá uma vantagem acrescida no mercado nacional. Este é um dos grandes desafios que nos propomos ultrapassar que é continuar a fazer máquinas como quase um “fato à medida” e no entanto manter as nossas linhas de produção eficientes.
Cisternas maiores “As cisternas têm tido uma grande procura relacionada com os incêndios e os incentivos fiscais, mas também com o aumento da sua venda noutros mercados. Lançámos agora uma nova linha com capacidades dos 12.000 aos 30.000 litros. Nos reboques também lançámos novos modelos na Feira de Santarém que estarão no mercado durante o segundo semestre de 2018.”
Equipamento de transporte rodoviário “Esta é uma área de negócio muito importante para a Galucho, pela imagem de marca e pelo contributo para o volume de vendas. Perdeu muita expressão com a longa e profunda crise que se verificou na
condições para uma presença condigna naquele difícil e muito específico mercado, que há muito perseguia sem grande sucesso. “Estamos também a reforçar o intercâmbio com outras empresas multinacionais, numa partilha de know-how que nos permitirá desenvolver e fazer avançar a nossa engenharia de produto. Conseguimos fazer máquinas muito específicas para cada mercado, o que nos permite chegar a nichos que outros fabricantes maiores não têm flexibilidade para fazer. Temos o caso da AGCO (Massey Ferguson) com quem desenvolvemos uma linha de equipamentos desenhados para o mercado africano e que planeamos alargar em breve para gamas de produto mais evoluídas e para outras geografias.”
construção civil e obras publicas, sobretudo em Espanha que era o nosso principal mercado. Mas nos últimos dois anos relançámos esta área, recuperámos clientes e mercados e estamos em fase de crescimento exponencial, com equipamentos de muita qualidade e tecnologia.”
Peças e prazos de entrega “Vamos rever o processo logístico das peças. Apesar das dificuldades conjunturais no aprovisionamento de matérias primas e de alguns componentes vamos encurtar os prazos da entrega de peças. Os nossos clientes não podem esperar e nós queremos dar resposta adequado aos seus pedidos.”
Feira de Santarém “A Feira de Santarém, foi uma demonstração de vitalidade da nossa marca e da capacidade de melhoria contínua dos equipamentos e de inovação da engenharia da Galucho. Como já referi, vamos focar-nos num relacionamento e gestão do Cliente cada vez mais próximos, com o objectivo de melhorar continuamente o nível da prestação de serviços, garantindo a sua fidelização”.
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FNA 2018 Tel. 915 493 114 E-mail: a.casimiro@ag-group.es www.ag-group.pt
AG GROUP
Estreia da Ag Group na FNA A AG Group, empresa com uma gama completa de maquinaria agrícola, florestal e espaços verdes, representante de marcas como a Alpego, a DCM ou a Hermanos Garcia marcou pela primeira vez presença na Feira de Santarém. Conversámos com os responsáveis da empresa sobre a gama que têm para oferecer ao nosso mercado e a rede de concessionários que está a ser criada.
Esq. p/ dir.: António Casimiro e Pascual Galindo.
Toda a gama de implementos para mobilização de solo e de adubação, como a DCM, foi apresentada no certame.
Produto em destaque A gama da AGGroup é vasta, o que faz a empresa acreditar que pode conseguir números interessantes em Portugal, sobretudo no que toca a rototerras e gama de transporte (banheiras e cisternas). Centrando as atenções nas cisternas, António Casimiro, Responsável da empresa para o nosso país, explicou onde podem residir as vantagens da empresa relativamente à concorrência. “Sabemos que a nossa concorrência tem uma lista de espera bastante grande e essa é uma janela de oportunidade para nós que conseguimos aliar uma excelente qualidade de produto a entregas mais rápidas. Outra vantagem que temos nas cisternas é termos uma gama até aos 30.000 litros, que deixa bem para trás grande parte dos nossos concorrentes, que se ficam pelos 12.000, 16.000 litros”, explicou.
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Reboques banheiras desde 3 a 31 metros cúbicos. Cisternas com capacidades de 4.000 a 30.000 litros.
AGGroup em Portugal e rede de concessionários Pascoal Galindo, gerente da AG Group abordou a implantação da empresa em Portugal e a estratégia para a rede de concessionários, processos que já tinham sido focados na entrevista que realizámos na FIMA. “Já começámos a trabalhar com concessionários exclusivos AGGroup em algumas zonas de Portugal. Temos uma forma diferente de trabalhar em relação a outros importadores: não impomos todas as marcas que temos, podemos trabalhar apenas com uma, por exemplo, a Alpego. No entanto, nos produtos que essa marca tem, aí sim, exigimos exclusividade. Estamos conscientes de que não vai ser fácil, apesar de termos algumas marcas com um longo historial em Portugal, como é a já referida Alpego ou a Hermanos Garcia. Continuamos a tentar fechar a rede de concessionários, que ainda não está completa, mas posso dizer que estes primeiros meses têm sido muito bons. Há zonas importantes como os Açores e a Madeira, que ainda não cobrimos e, como tal, há ainda muito potencial por explorar. O trabalho do Casimiro é fulcral para o projeto, que com o seu conhecimento do mercado e de maquinaria agrícola tem-nos ajudado muito”, sintetizou.
FNA 2018 Tel. 263 516 573 E-mail: expansaolda@net.sapo.pt www. expansaolda.pt
EXPANSÃO
No stand da Expansão, o destaque foi para novidades em volta-fenos e gadanheiras condicionadoras avid Nogueira, gerente da firma Expansão, Lda., acompanhou-nos numa visita guiada pelas novidades das suas marcas dedicadas à forragem.
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Volta fenos Vicon Andex 424T Trata-se de uma máquina rebocada e que portanto requer muito pouca potência para poder funcionar. Originalmente produzidos para o mercado norte americano agora estão disponíveis em Portugal pelas mãos da Expansão. Equipado com 1 rotor apresenta uma largura de trabalho de 4,20 m, 4 molas duplas por braço, caixa de engrenagens em banho de óleo, diâmetro do rotor de 3,35 m, peso de 610 kg e largura de transporte de 1,74 m.
Volta fenos de correias Morellato 180/3 De descarga lateral é conectada aos 3 pontos do trator. Com largura de trabalho de 1,80 m e 18 molas, é uma máquina ligeira, capaz de passar nos caminhos mais estreitos e de trabalhar com tratores de baixas potências. A altura de trabalho pode ser ajustada por meio de alavancas colocadas a montante das rodas traseiras.
Gadanheira-Condiconadora Enorossi DMC-Trex 290 Rebocável com lança de engate lateral de ajuste hidráulico, 7 discos, largura de trabalho de 2,90 m e peso de 1570 kg. Pode ser equipada com condicionador de rolos ou de martelos.
Gadanheira-Condiconadora Enorossi DMC 6 3C Roll De 6 discos com 2 lâminas com elevação hidráulica, equipa com barra de corte ENOCUT em aço, condicionador de rolos (também pode ser de martelos), largura de trabalho de 2,45 m e peso de 865 kg. Requer tratores com potência a partir de 80/90 cavalos.
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FNA 2018 Tel. 263 519 800 E-mail:divagricola@auto-industrial.pt https://divisaoagricola.autoindustrial.pt
AUTO-INDUSTRIAL
Kuhn, “Prognósticos só no fim do jogo” A frase presente no título pertence a João Pinto, o verdadeiro La Palisse do Norte do país. A verdade é que talvez não exista melhor frase para descrever o ano de 2018 para a Kuhn em Portugal. Uma verdadeira goleada numa partida que parecia ser cinzenta até ao final de fevereiro. Quem nos conta é Manuel Baioneta, Inspetor de Vendas da Auto Industrial. Um verdadeiro “Kuhn” Agüero.
Análise ao ano “Este ano está a correr bem. Não está a correr melhor ainda porque não tínhamos o stock preparado para a avalanche que tivemos a partir do final de fevereiro quando começou a chover. Ao nível da “linha de verde” (gadanheiras, juntadores, enfardadeiras, plastificadores) estamos com o stock quase esgotado. As máquinas maiores (juntadores de dois rotores) já não temos nenhuma e ainda recentemente tivemos
que fazer encomendas que chegarão em outubro. Em relação às expectativas que tínhamos antes do ano começar e até ao final de fevereiro, que eram baixas, este está a ser um ano extraordinário e ainda bem, para nós e para os agricultores. Ao nível das forragens, o nosso país estava sem stock, de norte a sul. Os agricultores já andavam inclusivamente a comprar palha em França e na Polónia! Também por isso, tem sido um grande ano.
i-Bio: é uma máquina única, com um sistema de atador com plástico patenteado pela Kuhn que utiliza o mesmo plástico para atar e plastificar. Este sistema também equipa a FBP 3135, máquina esta que já existe em Portugal, mais concretamente em Aveiro. A grande vantagem desta tecnologia é que permite ao agricultor poupar 30% de plástico em cada fardo e não utilizar rede. É um produto com procura crescente em Portugal.
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Manuel Baioneta
Toda a gama de produto da Kuhn é muito bem aceite em Portugal. Por exemplo, a par da “linha de verde”, os unifeeds têm estado a ter uma procura bastante aceitável. A Kuhn já está no nosso país há muito tempo, e com um importador estável, o que também é importante. Depois claro, sendo a Kuhn o maior fabricante mundial de gadanheiras, este acaba por ser sempre um produto em destaque em qualquer mercado”.
Unifeeds: a gama da Kuhn vai neste momento dos 4 ao 45 m3, com diversos modelos de especificações diferentes disponíveis. O Euromix , com chassis independente, Série Profile, DS e DL, de 1, 2 e 3 sem-fins verticais. Dentro dos sem-fins temos três opções, standard, hardox ou inox, para o agricultor escolher em função dos produtos que utiliza. É uma gama vasta e que tem tido muito boa aceitação pelas explorações leiteiras, principalmente nos Açores. Dentro das automotrizes temos a SPV, Power e Access, consoante a dimensão da exploração, e a SPW , que também já se encontra a trabalhar no nosso país.
FNA 2018 Tel. 263 519 800 E-mail:miguel.vieira@auto-industrial.pt www.tractorluso.pt
TRACTORLUSO
Sinergia McCormick
T
al como anunciado na nossa última edição, a McCormick é agora representada em Portugal pela Auto Industrial. Este acordo representa um reforçar de uma relação que vem já de 2010. Giancarlo Montanari, Export Sales Manager da Argo Tractors, visitou a FNA onde nos falou sobre esta nova fase da marca em Portugal.
Novo importador “Decidimos iniciar uma cooperação com a Auto Industrial porque é um Grupo com o qual já trabalhamos desde 2010, e que nos permite criar sinergias visto termos a Landini e a McCormick, ainda que com redes de concessionários completamente separadas, na mesma organização. Vai tornarnos mais fortes no mercado. Tal permitirá não só crescer ao nível
das vendas mas também no pósvenda, onde queremos oferecer um serviço cada vez melhor aos nossos clientes finais.” McCormick vs Landini “Em relação à estratégia da Argo Tractors, não só para Portugal mas globalmente, passa por identificar a Landini como marca de tratores especializados, ficando a McCormick como marca premium e de maiores especificações e altas potências.
Esq. p/ dir.: Miguel Vieira e Giancarlo Montanari
McCormick X6 e X5 “O McCormick X6 e o X5 podem ter bastante sucesso, para além dos modelos de mais baixa potência que sabemos já terem uma grande aceitação. Pensamos que as especificações pedidas podem aumentar e que o foco deve estar sobretudo nas gamas média e alta. Sabemos que somos competitivos a nível de preço e temos ainda um excelente serviço pós-venda. O X7 também não deve ser colocado de lado e há zonas do país, nomeadamente, a Sul de Coimbra, onde pode ter impacto.”
Obviamente que, tendo em conta as características do mercado português, não podemos esperar vender apenas tratores de alta potência, no entanto, não queremos deixar de acentuar esta diferenciação entre as duas marcas.”
Linha de compactos e especializados McCormick
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FNA 2018 Tel. 218 548 200 E-mail: entreposto.maquinas@entreposto.pt www.entrepostomaquinas.pt
ENTREPOSTO MÁQUINAS Case IH Optum A série Optum inclui tratores que conciliam alta potência (250, 270 e 300 cv), um peso em vazio de apenas 10,5 toneladas, mas que pode ir até às 16 toneladas de peso operacional, e uma distância entre eixos abaixo dos 3 m.
Diretamente da fábrica para a FNA, o Case IH Farmal 75A vem completar a gama da Case IH na classe mais baixa de potência Case IH Puma 140 X Apresentado em Portugal pela primeira vez, possui a mesma transmissão, capacidade hidráulica e motor que a série Puma. Com a introdução deste modelo a oferta passa a iniciar em 140 cv em vez de 150 cv.
Case IH Farmall 75A Vem completar a gama Farmall nas potências mais baixas, com motorizações de 3 cilindros e 3 modelos de 55, 65 e 75 cv. Transmissão 12x12 com inversor Synchro Shuttle ou Power Shuttle, 2 bombas independentes (hidráulico e direção). Com arco de segurança, ou cabina. Case IH Farmall 75A
Case IH Puma 140 X
Case IH Quantum CL É um trator especializado com via larga. Adequado para olival ou vinhas com compasso mais largo, ideal para trabalhar em declives. Equipa com transmissão 16x16 ou 32x16 e inversor mecânico ou electrohidráulico Powershuttle.
Case IH Farmall 115C Hi-Lo Heavy Duty
Case IH Quantum CL
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Case IH Farmall 115C Hi-Lo Heavy Duty
Apresenta uma distância entre eixos maior em 5 cm quando comparado com o modelo anterior e a cabina foi melhorada. Mas a grande novidade é o eixo frontal reforçado.
FNA 2018 Tel. 210 009 752 E-mail: joao.lopes@forte.pt www.forte.pt / www.sagar.pt
FORTE / SAGAR
A Forte e a Sagar apresentaram o seu portfólio de marcas: Fendt, Landini, Kverneland, Joskin, Industrias David, McHale e Bogballe
Distribuidor de adubo Bogballe M2 Plus, 2550 litros, equipado com ficha ISOBUS, balança e Section control.
Juntadores de feno Fendt Former Nos equipamentos para recolha de forragem da Fendt expostos no stand da Forte, o enfoque vai para os juntadores Fendt Former. Com até 14,5 metros de largura de trabalho, com um, dois ou quatro rotores, e equipados com os sistemas CamControl, SteerGuard ou Jet-Effect, têm sido produtos com bastante procura no nosso país, de acordo com o importador exclusivo da marca no nosso país.
Estiveram expostas as gamas de enfardadeiras Fendt de fardos cilíndricos de câmara fixa e variável.
Fendt 1050, o maior modelo da gama da marca.
Landini Rex Equipados agora com motores Deutz de 2900 cc, preenchem a gama de potência dos 70 a 120 cv. Todos os modelos podem ser equipados com inversor eletro-hidráulico ou mecânico. Várias configurações da caixa estão disponíveis, desde a standard, de 12x12, até 16x16 ou 24x24, no caso do inversor eletro-hidráulico. As especificações Top e Techno desaparecem e passa a ser o cliente a customizar totalmente o seu trator, visto que o leque de opcionais é hoje muito mais vasto do que era anteriormente.
Landini Série 2 Também a Série 2 sofreu uma pequena alteração, apenas e só ao nível da designação comercial dos modelos. O 60 volta a designar-se 55, mantendo a mesma potência que tinha o 60.
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GRUPO JOPER
Joper Tomix e Ribatejo em Santarém
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Jorge Pereira: O primeiro semestre deste ano correu bem, embora pudesse ter corrido melhor se houvesse uma maior capacidade de resposta. Presentemente, a taxa de desemprego em Torres Vedras ronda os 2% o que dificulta imenso a contratação de trabalhadores. abolsamia: Que produtos apresentaram como novidade em Santarém ?
Jorge Pereira: Este ano na Feira de Santarém apresentámos como novos produtos na Joper uma grade rápida para vinha, série GRV com 8, 12 e 16 discos, um triturador com descentramento hidráulico, série TDB de 1.40, 1.70 e 2 metros que reforça a nossa oferta em equipamentos para vinhas e pomares. Apresentámos ainda um sistema de localizador de estrume com discos, montado numa cisterna de 16.000 litros, que permite enterrar os estrumes a cerca de 15cm, sem danificar os prados. Na Tomix apresentámos um pulverizador rebocável, série Gold Star, com uma turbina que
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francês, com o objetivo de melhorar o produto. Já produzimos uma pré série que já se encontra a trabalhar com resultados muito positivos. Estamos, neste momento, em condições de na próxima campanha efetuar a produção em série.
ue balanço faz da primeira metade do ano?
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Jorge Pereira, presidente do Grupo Joper
absorve menos potência do trator e faz menos ruído, e um pulverizador suspendido série Kiwi, que se caracteriza por ser uma máquina muito baixa e compacta. Na Ribatejo apresentámos um descompactador, série D1L de 6 braços com 3 metros de largura de trabalho. abolsamia: O ano passado apresentaram aqui na FNA um protótipode pulverizador com 2 painéis recuperadores de calda para tratar 2 linhas de vinha, em simultâneo. Como se encontra esse projeto?
Jorge Pereira: Os pulverizadores com painéis recuperadores são equipamentos que têm sido alvo de diversos testes no mercado
Cisterna C-16000DE equipada com injectores de discos
Tel. 261 330 900 E-mail: joper@joper.com.pt www.joper.com.pt
abolsamia: Que produtos estão para ser lançados em breve?
Jorge Pereira: Quer na Joper, quer na Tomix, quer também na Ribatejo, temos diversos projetos que contamos serem
Grade rápida vinhateira Modelo GRV
Turbina suspendida Modelo KIWI
lançados para a próxima campanha. Alguns destes projetos sofreram atrasos devido à falta de capacidade de produção. Contudo, em consequência dos investimentos realizados e a
realizar durante o ano de 2018, vai-nos permitir aumentar significativamente a nossa capacidade produtiva. No entanto, preferia não adiantar mais nada sobre este assunto.
Triturador descentrado de braço Modelo TDB
Turbo rebocável Modelo GOLD STAR
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HERCULANO
Tel. 256 692 515 E-mail: herculano@herculano.pt www.herculano.pt
“Queremos alargar a gama com equipamentos de maior dimensão” O fabricante português voltou a marcar presença no evento scalabitano e aproveitámos a ocasião para entrevistar João Montez, Diretor Comercial da empresa, e ficar a saber como tem corrido a primeira metade do ano. Ficámos a saber que muitas novidades no que à gama diz respeito podem ser esperadas para o próximo ano. abolsamia: Como correu a primeira metade do ano?
João Montez: Nestes primeiros seis meses do ano voltámos a crescer bastante em termos de vendas, tanto no mercado português como no internacional. O crescimento baseou-se sobretudo nos reboques, cisternas, monocoques, e carregadores frontais. Os mercados internacionais, sobretudo o mercado francês, continua a crescer bastante. Tal como o espanhol, belga, australiano e neo-zelandês. Também a Roménia e a Bulgária revelam tendências positivas. A nossa carteira de encomendas tem crescido bastante e estamos a trabalhar no sentido de melhorar a fábrica e os processos de fabrico, de forma a podermos apresentar prazos de entrega ainda mais competitivos. De cada vez que chegar uma encomenda, queremos conseguir entregar o pedido num prazo entre as duas e as três semanas. Se queremos crescer nestes mercados, é um dos pontos onde temos de continuar a melhorar. Esperamos estar a 100% já no final de 2018, com prazos médios de entrega de três semanas em qualquer tipo de equipamento. abolsamia: Temos vistos grades de disco Herculano cada vez maiores...
João Montez: As grades de discos são um produto onde queremos continuar a crescer. Queremos alargar a gama, ao nível da dimensão, acompanhando assim o aumento de potência dos tratores. abolsamia: E a restante gama de produtos de mobilização de solo?
João Montez: Pretendemos já em 2019 dar aos nossos clientes uma gama mais abrangente. A estratégia passará por parcerias com fabricantes estrangeiros. Estamos ainda em negociações e, por isso, não podemos adiantar muito mais no que a este tema diz respeito. Preparação do solo, trituradores e fruticultura são os sectores onde queremos dar mais oferta aos nossos clientes. Podemos também assegurar que todos estes parceiros serão fabricantes de gama média alta. abolsamia: Que outras “novidades Herculano” tem para nos contar?
João Montez: Vamos pela primeira vez estar como patrocinadores na Agroglobal, onde teremos inclusivamente uma parte dedicada à nossa gama GreenPrecision que será alargada a outros produtos no futuro. Faço ainda menção às nossas campanhas com o Montepio que funcionarão associadas às duas feiras visto que têm tido um grande nível de aceitação.
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Ao nível do produto o principal destaque vai para o restyling das caixas monocoque: construção em carga útil, em LPV. A quinagem da caixa foi alterada, tendo sido estreitada na parte da frente para facilitar a descarga da silagem. Para compensar, subiu-se a altura, tornando este um reboque com uma das maiores cubicagens do mercado. Os trincos passaram de lado para baixo. As fixações dos taipais também foram alteradas, tendo ainda sido dada maior resistência à coluna central dos taipais.
FNA 2018
LOVOL ARBOS GROUP
Tel. 914 326 621 E-mail: ocordeiro@arbos.es www.arbos.com
Osvaldo Cordeiro, delegado comercial do Grupo Arbos em Portugal, revelou-se entusiasmado com a recetividade que a Arbos e a Lovol têm tido em Portugal. Série 4000Q Série de tratores baixos com excelente capacidade de tração que apresenta uma distribuição do peso 50% à frente e atrás.
Arbos 3050, trator compacto de 48cv com motor de 2200 cm3 e transmissão 12x12.
abolsamia: Passado 1 ano da introdução do Grupo Arbos na Península Ibérica, o que há ainda por fazer?
abolsamia: Qual tem sido a recetividade da marca Arbos por parte do mercado?
Osvaldo Cordeiro: O primeiro objectivo é completar a rede de Concessionários. Atualmente, contamos com cinco empresas e pretendemos consolidar a rede com a nomeação de mais alguns. Temos negociações que estão a chegar a bom termo e contamos anunciar para breve a sua nomeação. Neste momento, tanto os tratores provenientes da Goldoni como os equipamentos provenientes da Matermacc já estão a ser comercializados com marca Arbos. A oferta de tractores minis, fruteiros, isodiametricos e convensionais e uma vasta gama de equipamentos. A marca Lovol é encarada como um complemento da oferta, é um produto concebido em Itália e fabricado na China que chega ao mercado com uma relação preço/qualidade imbatível.
Osvaldo Cordeiro: As reações têm sido muito positivas, os tratores estão muito atrativos, com detalhes no acabamento muito bons e de qualidade visível, além das medidas e características que se encaixam na perfeição no mercado Português. Ainda não temos estabelecidos objectivos para a quota de mercado, já que atualmente as prioridades são consolidar a rede e divulgar a marca. Depois do nosso arranque, há pouco mais de um ano, atualmente estamos empenhados na sua divulgação. O facto de estarmos presentes nas principais feiras nacionais tem sido importante para sentir o feedback dos clientes.
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GRUPO SDF
SDF Portugal apresenta novidades na FNA em vermelho, verde e branco “A principal razão que nos leva a estar presentes em mais uma edição da FNA é darmos continuidade à nossa estratégia de estarmos mais próximos dos concessionários e clientes. As nossas expectativas para o mercado português para 2018 é que haja uma pequena diminuição no número de tratores comercializados mas esperamos manter o número de unidades vendidas, a mesma facturação e um aumento da quota de mercado.”
Deutz-Fahr 6620 TTV
Arnaldo Caeiro, Director Geral da SDF Portugal Deutz-Fahr Série 4E Integra-se no segmento de média potência e é utilizado como primeiro equipamento em pequenas explorações agrícolas e autarquias, ou como trator de apoio em explorações de maiores dimensões. Em termos de equipamento são máquinas simples de base mecânica. Estão disponíveis seis modelos com potências entre 65 e 97 cv e equipam com transmissão
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de 40 km/h. A SDF com esta gama é líder de mercado no segmento de potência dos 55 aos 80 cv. Deutz-Fahr 6620 TTV É um trator da gama média/alta com transmissão de variação contínua desenvolvida pela SDF. Começou a ser comercializado na Primavera deste ano e esta é a primeira unidade a chegar ao nosso país. Destina-se ao agricultor profissional que pretende
Deutz-Fahr Série 4E
Tel. 217 653 550 E-mail: sdf.portugal@samedeutz-fahr.pt www.same-tractors.com/pt-pt www.deutz-fahr.com/pt-pt www.lamborghini-tractors.com/pt-pt
Lamborghini Spark
um trator de potência média com as vantagens duma transmissão de variação contínua. Com a introdução de 3 novos modelos – 6120 com 126 cv, 6130 com 135 cv e 6140 com 143 cv – a transmissão variação contínua passa a estar acessível a partir dos 126 cv. Todos os modelos equipam com motor Deutz 3.6 Fase IV, travão do motor hidráulico (HEB) e sistema hidráulico de 120l/min. Same Frutteto Natural/ Lamborghini RF Trend Com potências de 65 e 75 cv, as primeiras unidades chegaram ao nosso país em maio e são agora apresentados na FNA pela primeira vez. Esta série distingue-se da série Frutteto por ser comercializada apenas com plataforma e comandos mecânicos, apresentando um valor (relação equipamento/preço) muito vantajoso. É o trator especializado adequado para quem quer uma máquina simples e económica. A
Same Série Frutteto Natural
gama Natural/Trend é composta por modelos de 3 cilindros (70 e 80) e um de 4 cilindros (80.4) com motores equipados com turbocompressor com intercooler e sistema de injeção Common Rail com controlo eletrónico. Equipam com caixa de 4 ou 5 velocidades, associadas em opção a duas ou 3 gamas com super-redutor e miniredutor. Lamborghini Spark É uma série de tratores de gama alta fabricados em Lauingen
Lamborghini RF Trend
na Alemanha que vem complementar a oferta desta marca que estava limitada aos 140 cv. Com início de produção no final do ano passado, estas são as primeiras unidades chegadas a Portugal. A nova série Spark 155-215 dispõe de 9 modelos com potências de 156 a 226 cv, motores de 4 ou 6 cilindros, distância entre eixos de 2543 mm ou de 2848 mm, duas variantes de transmissão e três configurações de cabina, com diferentes níveis de conforto. abolsamia julho / agosto / setembro 2018
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FNA 2018 Tel. 261 740 250 E-mail: info@stagric.com www.stagric.com
STAGRIC
Uma gama em expansão, cada vez mais profissional O principal destaque da empresa de Torres Vedras na FNA 2018 foi a apresentação de componentes totalmente em aço-inox em vários produtos da gama. Também o alargamento do sistema ecológico aos pulverizadores de 400 e, futuramente, 300l mereceu destaque por parte de João Elias, director geral da empresa. João Elias, director ge ra
l da empres
a.
Novidade - Turbinas em aço inox AISI 304. Incorpora sistema de fixação dos jatos que permite ter sete, oito ou nove jatos, e coletores colocados à esquerda e à direita que corrigem a saída do ar.
“
Estamos em fase de conclusão de protótipos de uma nova varredoura, de uma nova barra envolvente que passará também a fazer a extensão, e de uma nova barra para deservar em olival. Em projeto temos ainda um ventilador maior do que o modelo 920, de 1020, e outro de 1120. Estamos prontos para dar resposta às necessidades que os clientes possam ter”, referiu João Elias. Novos mercados Um dos principais responsáveis pela inovação e desenvolvimento da Stagric tem sido o mercado externo, sobretudo o francês. “Cada vez mais surgem novos projetos para França, sobretudo despampanadeiras. Em relação ao mercado, existem boas expectativas, sobretudo no que
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ARFLOR VINHA tem tido muito sucesso para a vinha porque faz o aproveitamento do ar lançando como que uma cortina de cada lado. Permite ainda aumentar a concentração do ar para quando a vinha está pequena. Turbinas em aço inox AISI 304 ou polietileno.
Despampanadeiras de facas e duplo pente. Inclui modelo que faz 2 filas completas numa só passagem.
toca à exportação. Continuamos com uma forte presença nos mercados africano e sul-americano, e mais recentemente nos Estados Unidos, Áustria e Alemanha”. Mais capacidade de resposta Com cada vez mais solicitações a empresa vai avançar para o alargamento das atuais infraestruturas, num projeto
já aprovado que promete aumentar significativamente a capacidade de produção da empresa. “A nossa capacidade de resposta precisa de ser aumentada e, por isso mesmo, daqui a um ano teremos o triplo do espaço atual. O contrato de construção já foi celebrado e deverá arrancar em janeiro. As instalações e a sede manter-se-ão na localização atual”, finalizou.
FNA 2018 Tel. 210 009 730 E-mail: geral@tractoresibericos.pt www.tractoresibericos.pt
TRACTORES IBÉRICOS
Kubota com séries renovadas de tratores e linha completa de alfaias Em destaque, as séries de tratores atualizadas de acordo com as novas normas de emissões, e a gama de alfaias com enfoque nas fresas Kubota. Novidade, também, é a extensão da garantia de 2 para 5 anos e até 5000 horas, que passa a ser válida para todos os modelos de tratores da marca, independentemente da potência, e não inclui franquias nem limite aos montantes de reparação.
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Kubota M7171 da série M7001 Equipado com um pulverizador Kubota topo de gama XMS213 + depósito frontal XFT211.
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1. Kubota Série B: a nova série remodelada de acordo com o novo regulamento EU167/2013 começou a ser comercializada em junho. • 2. Kubota M5 Utility Narrow: é a versão mais estreita dos M5 convencionais. A grande novidade nesta série é a largura da via que diminuiu 16 cm, tornando-a mais apta para trabalhar em compassos estreitos. • 3. Kubota Série L: a nova série remodelada de acordo com o novo regulamento EU167/2013 começou a ser comercializada em junho.
Série RTZ: Fresas da série RTZ com largura de trabalho de 1,20 a 1,70m. Série SE: Destroçadores da nova Série SE. A Kubota alargou a sua oferta com alfaias mais pequenas, aliás no que concerne às fresas apenas são produzidas com as cores e marca Kubota.
Gama Kubota de tratores corta-relva e veículos utilitários.
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FNA 2018 Tel. 214 585 890 E-mail: geral@transdiesel.pt www.transdiesel.es
TRANSDIESEL
A Transdiesel marcou presença pela primeira vez na Feira Nacional da Agricultura Bruno Santos, Diretor Técnico e Comercial da sucursal da transdiesel em Portugal, falou à revista abolsamia sobre a estratégia da empresa no país e no estrangeiro.
“
Nunca estivemos na FNA, é a primeira vez. O nosso objetivo era, em primeiro lugar, dar a conhecer a empresa e mostrar o nosso potencial em termos de moto-bombas, geradores abertos e fechados, motores, peças, óleos, acessórios, etc. No fundo, a nossa gama de produto”, começou por explicar Bruno Santos. A propósito desta amplitude de oferta, o responsável acrescentou: “Conseguimos estar presentes em varias áreas, como as minas, construção, agrícola, obras públicas, energias. Os nossos motores estão em vários equipamentos de áreas distintas”. Concretamente sobre o setor agrícola, Bruno explicou o estado do projeto. “Trabalhamos com várias empresas, trabalhamos muito com o grossista mas também com clientes finais. As peças e alguns motores são mais para os grossistas e fabricantes nacionais, as motobombas e os geradores para o cliente final. Na FNA encontramos um pouco de tudo”. Acerca do momento da empresa, o Diretor Técnico aprofundou a conjetura atual no mercado português, falando dos vários sectores em que está envolvida. “Até ao final de 2018 queremos consolidar o mercado. Obviamente que temos alguns concorrentes, o que é de salutar, e há ainda algumas zonas do território por explorar. Mas obviamente que por si só o mercado português é um mercado limitado. Daí querermos ter parceiros que estejam a trabalhar cá e no/para o estrangeiro e/ou que estejam nos PALOP e África Ocidental. O nosso market share está bastante alto (30 a 40 por cento em alguns setores) mas ainda há nichos onde podemos crescer”, sintetizou. Para terminar, Bruno aceitou o nosso desafio de responder à questão: “Se nós fossemos um fabricante português, porque é que deveríamos escolher a Transdiesel?” A resposta foi pronta. “Porque os nossos motores falam por si. Têm muita qualidade e fiabilidade. As garantias que damos são prova da confiança que temos. Possuímos motores em stock de diversas marcas, nomeadamente John Deere (industrial, energia e marítimo), Kubota e Doosan. Ao nível do pós-venda, estamos presentes através de uma rede de agentes por todo o país, e temos presença direta em Lisboa. Conseguimos estar muito próximos do cliente final”. Possuímos alguns clientes que são fabricantes de equipamentos original pelo que somos mais que um mero fornecedor, proporcionando-lhes condições para cresceram a nível nacional e internacional.
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Esq. p/ dir.: Oscar Alonso e Bruno Santos.
FNA 2018 Tel. 261 313 015 E-mail: geral@ventisec.pt www.ventisec.pt
VENTISEC
A Ventisec apresentou um secador economizador de energia para cereais José Botelho, gerente da Ventisec, destacou como principal novidade no stand da empresa um secador economizador de energia para cereais que permite diminuir os custos energéticos inerentes ao processo de aquecimento do ar.
Nuno Botelho falou também sobre a importância do contacto com os clientes que a participação neste certames facilita: “Estamos centrados no cliente: aquilo que é bom para o nosso cliente também é bom para nós. Se o cliente assim desejar, fazemos projetos tipo chave na mão, tratamos do financiamento, fazemos o projeto, montamos o equipamento, tratamos da licenças e restantes burocracias, em suma tudo o que for necessário. Temos soluções de qualidade para todo o tipo de clientes, desde pequenas a grandes explorações, cooperativas e indústrias. abolsamia: O que se destaca como novidade?
Nuno Botelho: Todos os equipamentos expostos foram alvo de pequenas melhorias nomeadamente nos componentes de automação e
controlo que tiveram melhoramentos ou atualizações. Neste contexto, gostaria de destacar o secador de cereais que aqui temos exposto. É uma maquete em ponto pequeno onde se pode ver todos os processos em funcionamento, incluindo o completo e total controlo do secador via tablet ou smartphone. Além de permitir ao proprietário controlar e acompanhar todo o processo de secagem sem necessidade de se deslocar junto do seu equipamento, também nos permite fazer o diagnóstico remotamente e prestar assistência evitando, em muitas situações, a deslocação às instalações do cliente com poupança para todas as partes. Este novo secador economizador de energia para cereais é novidade e apenas esteve exposto na última edição das Feiras de Paris e Hanover.
Neste secador em ponto pequeno é possível ver todos os componentes: queimador, condutas de ar, porta de entrada, ventiladores, válvulas, painéis, mesa de descarga, sistema de filtragem, entre outros. O princípio de funcionamento é simples, o ar quente produzido pelo secador é posteriormente reciclado e reaproveitado, diminuindo os custos energéticos no processo de aquecimento do ar. Tem capacidade máxima de processar até 1200 toneladas por dia e já está dotado com parâmetros definidos na fábrica para trabalhar com diferentes tipo de cereais. Era possível testar o controlo da máquina sem fios através de tablet ou smartphone.
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PULVERIZADORES ROCHA
Tel. 229 061 793 E-mail: info@pulverocha.pt www.pulverocha.pt
Pulverizadores Rocha especialista em pulverizadores, distribuidores de adubo e máquinas para a vinha o stand dos Pulverizadores Rocha estavam expostos alguns dos equipamentos mais representativos da produção dos Pulverizadores Rocha (pulverizadores, distribuidores de adubo e equipamentos de vinha (despontadoras e pré-podadoras). A Pulverizadores Rocha engloba três áreas de produção: uma fábrica de polietileno onde é feita a rotomoldagem para a produção dos depósitos; a área da metalomecânica onde é fabricada a parte dos chassis; e depois a montagem onde são acoplados todos os componentes. Atualmente, o mercado nacional representa cerca de 60 por cento das vendas da empresa, sendo os restantes 40% relativos à exportação para vários mercados: Europa (Espanha e França), África e América do Sul.
N
Despontadora de serras em U invertido, muito usada na região do Douro.
Pulverizador de 3000 litros com uma barra de 24 metros. Pulverizador Mittos, capaz de fazer numa só passagem o tratamento de 4 faces da vinha. Opcionalmente pode equipar com geometria variável.
Distribuidor de adubo de 2000 litros com largura de trabalho que vai até aos 36 metros. Aqui em versão completa, com tela de cobertura e limitador de bordas.
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FNA 2018 Tel. 234 543 222 E-mail: herkulis@herkulis.com www.herkulis.com
HERKULIS
Herkulis, especialista na limpeza dos matos e da floresta, apresentou novidades na FNA
CAFE 190 Corta mato modelo florestal
UMM/DT Destroçador florestal com rotor de martelos fixos.
Polivalente de alto rendimento para a limpeza na floresta e manutenção de contra-fogos. Montagem aos 3 pontos; munhões tipo I e II; cabeçote oscilante; patins de desgaste de altura regulável; caixa de engrenagem (grupo 3100); 540/1000 rpm; rotor ø 500 mm; dispositivo de corte com 4 correntes especiais de ø 19 mm ou 2 lâminas; correntes de proteção à frente e atrás; estrutura de 10 mm; cantos traseiros cortados; cardã com embraiagem.
Cardan com limitador de esforço, caixa de engrenagens roda livre, sistema de regulação automática do paralelismo TDF - caixa de engrenagens tipo “Z”, tampa traseira de acionamento hidráulico, hub de lubrificação, patins ajustáveis, cabeçote ajustável, contra facas fixadas pelo exterior. Diâmetro de corte 30 cm / Potência exigível de 160 a 240 cv. NOTA: Para uma correta utilização da máquina recomenda-se o uso de tratores com super lentas e com posto de condução reversível.
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Outras presenças na Feira de Santarém
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Agricortes / Solis
Agricortes / Tym
Agricortes / Carraro
Agrifaia
Agripronto
AgroGaspares / Valtra
AgroGaspares / Farming Agricola
Agro-Ribatejo
Amagrinabão
Ascendum / Kioti
Astel
BCS
Cabena
Carlos Rebelo
Comeca / Yanmar
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FNA 2018
Gandra
J. InĂĄcio / John Deere
Jopauto
Lopez Garrido
2AB / Manitou
Maschio Gaspardo
Moviter / HĂźrlimann
Moviter / Massey Ferguson
Moviter / Iseki
New Holland
Tractomoz
Seppi
Secomil
Vinomatos
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FLORESTA Alliance apresenta pneu florestal de baixa pressão A Alliance apresentou no decorrer da feira francesa Euroforest um revolucionário pneu florestal de baixa pressão. Trata-se do F344 Elit, um pneu cujas inovadoras características de construção lhe permitem, com um enchimento de 2,5 bars, suportar a mesma carga que um pneu florestal normal apenas pode suportar se estiver cheio a 4,5 ou 5 bars. Manter os solos com o mínimo de compactação após a passagem das máquinas durante os trabalhos de corte e rechega é um fator que contribui para um apropriado crescimento das novas plantas. Tem em vista tal pressuposto, o pneu de baixa pressão F344 Elit foi desenvolvido para garantir uma maior superfície de contacto com o solo (até +26%), contribuindo para uma maior capacidade de tração, para uma menor compactação e ainda para uma deslocação mais confortável para o operador. A Alliance construiu o F344 Elit com reforços em aço que garantem proteção contra furos. O pneu é constituído ainda por uma estrutura interna dupla que previne a patinagem a nível da jante quando está a ser usado a baixa pressão.
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Bulldozer CAT com destroçador de série
No segmento das bulldozers compactas, a Caterpillar propõe o modelo D3K2 Mulcher equipado de série com destroçador florestal. A nível da propulsão, conta com um motor CAT Tier 4F de 4 cilindros, com 4,4 litros de cilindrada, que fornece 104 cv de potência. Quanto à transmissão, esta permite uma velocidade de avanço máxima de 9 km/h.
Esta máquina é idêntica à D3K2 convencional, que equipa com lâmina, mas com a diferença de incluir um destroçador instalado de série. Como os pontos de ligação aos braços elevadores são exatamente os mesmos do modelo com lâmina, este destroçador apresenta uma grande versatilidade devido aos contínuos ajustes que permite, seja em termos de nivelamento ou de ângulo lateral. Na cabine, o operador tem ao dispor um monitor para visualizar e gerir diversas funcionalidades, inclusive do próprio destroçador. O mesmo monitor serve de recetor da imagem enviada por uma câmara de recuo, que é ativada sempre que a máquina faz marcha atrás.
Deutz apresenta motor híbrido
A Deutz apresentou um protótipo híbrido para propulsão de veículos destinados a utilização fora de estrada, o que naturalmente inclui as máquinas agrícolas. Esta solução híbrida combina um motor Deutz TCD de 2,9 litros a diesel com um motor elétrico, a que se juntam ainda um pack de baterias e os necessários dispositivos eletrónicos que gerem o sistema. Ambos os motores fornecem 55 kW de potência, o que dá uma potência combinada de 110 kW (cerca de 150 cv). Este desenvolvimento surge na sequência de um negócio concluído no ano passado. A Deutz adquiriu a Torqeedo GmbH, uma firma especializada na propulsão elétrica e híbrida para barcos. O protótipo híbrido recebe o nome E-Deutz e é o primeiro produto da Deutz destinado a utilização fora de estrada que beneficia do know-how da Torqeedo. O E-Deutz permite a desconexão do motor diesel, para que funcione puramente em modo elétrico, e está pensado para poder vir a alimentar equipamentos externos através de eletricidade, como é o caso de alfaias nas quais os veios de TDF e as caixas de transmissão mecânicas sejam substituídas por cabos e motores elétricos. Apesar de estar ainda em desenvolvimento, a Deutz prevê ter uma solução híbrida disponível para comercialização já em 2020.
Forwarder Rottne F10D em versão estreita
O F10D é o forwarder mais compacto que a marca sueca disponibiliza na sua gama. Trata-se de uma máquina para trabalhar em povoamentos densos, sobretudo em operações de desbaste. Mas como a procura por máquinas ainda mais compactas tem vindo a crescer, a Rottne projetou uma versão com menor largura de via. “O mercado de pequenas máquinas continua a expandir-se, por isso parece-nos apropriado produzir este forwarder”, explica Samuel Östling, técnico de vendas da Rottne. A nova versão estreita tem apenas 2400 mm de largura, uma diferença de 180 mm a menos em relação ao F10D normal. Juntamente com um ângulo de viragem de 45 graus, esta redução de via contribui para uma melhorada manobrabilidade. A nível de rodas, equipa com pneus no tamanhio 500/60×22.5 em vez de 600/50×22.5 ou 710/40×22.5. Mas a diferença estende-se também ao compartimento de carga que naturalmente é mais estreito, apresentando assim uma capacidade de 3,6 m³, em vez de 3,8 m³. Tal como o F10D de 2580 mm, é propulsionado por um motor John Deere Tier 4F de 4 cilindros. Com 4,5 litros de cilindrada, este bloco disponibiliza 168 cv de potência. A performance hidráulica está a cargo de uma bomba cujo fluxo é de 165 L/min.
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A GAMA MAIS INOVADORA E PRÁTICA QUE FACILITA GRANDE DIVERSIDADE DE TRABALHOS
Estilhadoras florestais
Estilhadoras com motor a gasolina ou diesel
Triturador florestal
Triturador florestal para carregadoras
Triturador autoalimentado para olival
Triturador agrícola
Destroçador florestal agrícola
Triturador hidráulico
Fresa e Triturador de pedra
Triturador de martelos ou facas
Triturador lateral
Triturador prof. agrícola
CRTA. VILABLAREIX, 18-20 (POL. IND. MAS ALIU) 17181 AIGUAVIVA (GIRONA) T. +34 972 40 15 22 | F. +34 972 40 01 63 cial@venturamaq.com
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Barra Jak Metalli para vegetação espontânea
Como fazer o controlo da vegetação espontânea com o mínimo custo associado é um dos grandes desafios dos produtores florestais e dos gestores de grandes áreas como são por exemplo as bermas de estradas. Neste contexto, a marca finlandesa Jak-Metalli desenvolveu e patenteou um novo acessório para limpeza que se destina a ser ligado a uma lança com fluxo contínuo. Comparativamente com outras soluções, como por exemplo os destroçadores, a marca adianta que este sistema é mais seguro, sendo necessária uma distância de segurança de apenas 10 metros, requer menor disponibilidade de potência, o que consequentemente significa um menor consumo, e é mais durável, devido ao aço leve e de alta resistência empregue na sua construção. O acessório é disponibilizado em três diferentes versões: SP-60, SP-120 e SP-180. A primeira equipa com um disco, pesa 105 kg e necessita de um fluxo de 30 L/min. A segunda equipa com dois discos, pesa 188 kg e necessita de 45 L/min. A versão maior pesa 295 kg e requer um fluxo mínimo de 50 L/min. Os discos apresentam um formato inovador, em espiral, desenhado através de corte a laser, e trabalham a um regime de apenas 175 rpm, fator que a Kak-Metalli aponta como determinante para uma maior eficiência energética.
Caixa de ferramentas e bancada Workbox
Concebida pela firma britânica Home Forestry, a Workbox é uma caixa para armazenamento de ferramentas que também inclui uma bancada com torno. Existe em dois modelos. A caixa mais pequena tem a medida standard de uma palete e pode ser transportada no compartimento de carga de uma pick-up. Possui uma pega revestida a borracha para ser içada por uma grua, sendo a capacidade de armazenamento de 1.000 kg de ferramentas. A caixa maior diferencia-se sobretudo pela capacidade de armazenamento e por uma área de bancada mais ampla. Destina-se sobretudo a ser transportada no compartimento de carga de um forwarder e acompanhar as máquinas de uma empreitada para outra. Em termos de preço, a caixa mais pequena está à venda em Inglaterra por cerca de 1700 Eur + IVA, e a maior por cerca de 1940 Eur + IVA.
Nokian apresenta pneu Tractor King
A Nokian está a fazer uma forte aposta em pisos com formato inovador. No final de 2017, na Agritechnica, desvendou o Concept Tyre, um protótipo a antever futuros desenvolvimentos. Neste caso, sendo um pneu com os tacões a meio caminho entre um pneu rodoviário e um pneu agrícola, a intenção da Nokian é preparar-se para servir as necessidades dos profissionais que fazem uma utilização mista. Mais recentemente, na Euroforest 2018, apresentou o Tractor King, um pneu virado para uma utilização na floresta, embora também se adeque aos trabalhos de manutenção de estradas ou de movimentação de terra. Ostenta um piso de padrão inovador, com o tacão a dividir-se em dois na zona lateral, o que segundo a marca confere mais segurança nas situações de deslizamento lateral, que são tão frequentes quando se trabalha na floresta em zonas declivosas e com rocha. Além disso, tanto as paredes como a banda de rodagem estão preparadas para uma resistência extra a furos. Segundo os especialistas de produto da marca finlandesa, o Tractor King é ainda um pneu que está arquitetado para fazer deslocações a longa distância, a velocidades altas (até 65 km/h) e com carga, combinando capacidade de tração no uso fora de estrada – o que se deve a um padrão que confere à banda de rodagem uma maior área de borracha em contacto com o solo - e conforto de condução durante o transporte. Quanto aos tamanhos disponíveis, começam na medida 500/65R28 e vão até à medida 710/75R42.
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REGIÕES Concessionários classificados por Distrito
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DESD 2 E
50 €
PAR A CL I ANÚ ENTES C OM NCIO N REV ISTA A
Regiões BRAGA
USADOS: • Tratores: Agrifull Jolly 50 • Fiat 540 • John Deere 2200 • Same Delfino 35 • Motocultivadores: Bertolini MTC 318 • Goldoni
Usados: • Tratores: Kubota L5040 - €18.000 • Pasquali 45 DT - €9.750• ATV Yamaha Viking DT - €12.500 + Usados no Microsite
+ Usados no Microsite
USADOS Tratores: Carraro 81000 • Carraro Agriup 80 c/ cab. • Case IH TIH c/ cab. • DeutzFahr Agroplus 60 • JD 1850 • JD 6100 • Kubota L4630 • Mitsubishi MT300 • Valmet 4100
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Tratores: Ford 4630 • JD 6120 • Charruas: Galucho 2F • Pottinger 3F • Galucho 2F 16 • Desensilador: Agrovil Tico Tico • Encordoador: 7 metros (rebocável)
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VILA REAL • BRAGANÇA Regiões
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USADOS Tratores: Claas Celtis 446 RX • Fendt 280 S – 24.800€ • Ford 5610 • JD 6130 • Kubota M130X – 35.000€ • Landini Rex 80F • MF 3050 • Renault Ceres 95 • Atomizadores: Rocha Ellegance AP Omega • Tomix • Barra deservagem Tomix • Carreg. frontal MX • Enfardadeiras: Enorossi RB120 • NH BR750 – 10.900€ • Vicon RV157 • Implemento p/conjunto ind. Fermec Balde • Mini-giratória Volvo ECR88 PLUS – 32.500€ • Pulv. Rocha Polimaster NVS1500 – 6.000€ • Reboque Massil MRL6.0/B • Retroescavadora Terex 880 Elite + Usados no Microsite
USADOS: Tractores: Ford 2600 • Ford 3610 • John Deere 1030 • John Deere 5615F • Kubota B5000 • Massey Ferguson 134C • Massey Ferguson 220 DT • New Holland 70-56 DT • New Holland 80-66DT • New Holland TCE 50 • New Holland TK100A • New Holland TK70FA • New Holland TK80MA • New Holland TL90 • New Holland TN55STD • New Holland TN70STD • New Holland TN85A • Same Solaris 35 DT • Valmet 4100
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Regiões BRAGANÇA • PORTO
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PORTO • AVEIRO Regiões
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Usados: TRATORES USADOS: • Lamborghini Runner 450 • Kubota L2550
USADOS: Tratores: Massey Ferguson MS265 c/ carregador frontal • Same Explorer 3100 • Pulverizador Stagric 400 L c/ barra 10 mts
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Regiões AVEIRO • VISEU • GUARDA
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GUARDA • COIMBRA Regiões
Vários tratores e alfaias usados em bom estado.
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TRATORES USADOS: Ford 1700 • Ford 6600 • Iseki TE4270 • Kubota L2050 • Same Delfino 35 (2RM) • Same Titan 160 DT • Shibaura SE2540
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Stock de tractores e alfaias usados em bom estado - Consulte-nos antes de comprar
+ Usados no Microsite USADOS: Tratores: Deutz-Fahr DX 50 • Ferrari Viston 2659 • John Deere 2040 • Kioti LK2554 • Pasquali 986 • Same Corsaro 70 • Same Solaris 75 • Empilhador Nissan TX 420 • Rotofresa 2,60 mts • Rototerra Pottinger 3,00 mts
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Regiões COIMBRA • CASTELO BRANCO • LEIRIA
USADOS: Tratores: • Goldoni Star 55 • Iseki 2160 • John Deere 5500N • Kioti DK4510 (c/ novo) • Kubota L2050 • Massey Ferguson 1260 • New Holland 1720 SSS • New Holland TD3.50 • New Holland TN60A • Shibaura M330
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USADOS: Tratores: Case IH 2140 DT - €9.500 • DF Agrokid 230 - €14.500 • JD Millenium 85F - €15.000 • Lamborghini R1.55 - €15.5000 • MF 1030 DT (1989) c/ direcção hidráulica e pneus novos - €7.750 • Mitsubishi 270 (1997) - €8.500 • NH TC21 (2004) - €8.000 • NH TN95FA c/ cab. (2007) - €22.000 • Espalhador de estrume Herculano H4R5 - €1.500 (necessita reparação) • Plantador de arvores - €2.500 • Rototerra Maschio Drago DC3000 (2000) c/ rolo Packer - €3.500
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LEIRIA • SANTARÉM Regiões
USADOS: Tratores: • Agria 8800 • Agria 8845 DT • Hinomoto E23 • Iseki TX1500 F • Kubota L295 DT • Grua florestal Costa G3000 • Reboque agrícola Herculano SIE • Mini-dumper 2.200€
USADOS: • Ensiladora Claas Jaguar 860 • Frente de forragem Kemper 4500 • Semeador Monosem 6 linhas monoshox
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USADOS: TRATORES: Barreiros 70 • Case IH 284 • Deutz-Fahr: 5506, D8006 DT • Fendt 309 DT • Fiat: 70-66 DT, 140-90DT, TKM95M (rastos) • Ford: 4600, 7610 III DT c/ car. fr., 7610 c/ car. fr., 7840 DT c/ grua flor. • John Deere: 2030, 2250 DT, 3040, 5500N • Landini: Rex 80F, 10000S MK II, 6830 (rastos) • Massey Ferguson: 2640 DT c/ cab., 3050 c/ cab., 3630 DT, 390, 399 DT c/ cab. • New Holland: TD90D, TM135, TN85A DT, TN95FA, TS100A, TM135 • Same: Dorado S100, Explorer 90 TOP c/ car. fr. e cab., Explorer 90C (rastos), Explorer 90 TOP II (2002), Frutteto 75, Frutteto 75 DT, Silver 80 DT • Universal 445 • Ursus: 3512, 3512 (MF240) • Yanmar 1300 c/ fresa • Valmet 8100 • MINI-ESCAVADORA Bobcat LS170 • TRATORES P/ PEÇAS: Carraro Agroplus 85DT • Case IH: 284, 845 DT • Deutz-Fahr: Agrotron 130, DX3.50 DT • Ebro 6079 DT • Fendt: 280, 307 DT, 308 DT, 309C • Fiat: 100-90 DT, 110-90DT, 140-90 DT, 35-66 DT, 45-66 DT, 60-66 DT, 70-75, 80-66 DT • Ford: 1710, 1720 DT, 1920, 2600, 5640 DT, 6610, 7740 DT • Hinomoto: C144 DT, C174 • Hürlimann: Prince 45 DT, XA306 DT, XA607 • Iseki: 4270, 4320 DT • John Deere: 1950 DT, 340 DT, 3350 DT, 4400 DT, 5500 DT, 6100, 6110 DT, 6300 DT, 6510, 6610, 6620 DT, 6800, 946 DT, 1070, 2140, 2040, 2650, 2850-3350, 3650, 5300, 5615F, 6200 • Kubota: L2550 DT, L285 • Lamborghini: 235, 874-90 DT, Premium 950 DT • Landini: 6550, 8860 DT, Globus 60, Trekker 90 (rastos), Trekker 90F (rastos), Rex 80, Mistral 50, Mistral 40, Globus 75, Tecnofarm 90 • Massey Ferguson: 1030, 174 DT, 290, 3090 DT, 3650 DT, 375 DT, 390 DT, 394S, 396 TC (rastos), 4270 DT, 4345, 5435, 6180 DT, 6290, 6480, 8130 (1997), 3655 DT • New Holland: M100 DT, M160 DT, T4030, TDD90D, TL90 DT, TNF95 DT, TS115A DT, TD3.50, T4030F, T4.90F, T4050, T5050, TK 4050, TM135, TM160, TN55V • Renault 120-54 DT • Same: Argon 50 DT, Delfino 35 DT, Dorado 70 DT, Laser 110 DT, Laser 150 DT, Minitaurus, Rock 60 (rastos), Solar 60 DT, Solaris 45 DT • Steyr: 9094 DT, 975 DT • Valmet: 1150, 455 DT, 6400 DT, 655 DT, 8000 DT, 805 DT, T130 DT • Yanmar: 241, 336D DT
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USADOS: Abre valas Galucho vinhateiro • Charruas: Galucho 2F-10” - €900 • Galucho 3F-13” hid. • Galucho 3F-16” • Chisel Agripulve XL5-7 - €3.250 • Derregadores: 3 linhas p/ tomate c/ adubador • 3 linhas hidráulico • Descavadeira - €450 • Grades de discos: Galucho A2CP 24x24” c/ rodas • Pijuca em X c/ 4 corpos vinhateira - €2.250
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Regiões SANTARÉM
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USADOS: Tratores: Fendt 415 Vario • Fendt 936 Vario Power • New Holland 7840 • Charrua Galucho CHF 3/4F • Cisterna 4000L • Depósitos Rau 200L P/ Fendt GTA • Distribuidor de adubo Amazone ZA-M PROFIS 2500L • Enfardadeira New Holland BB940 • Grade rápida Kverneland Qualidisc 6 mts • Pulverizador Hardi MAS-1800-FLE • Subsolador Pegoraro 7F
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SANTARÉM • LISBOA Regiões
TRATORES USADOS: Agria 8830 DT (1983) • Fiat L65 (1997) • Ford 3930 DT • Iseki TE4300 F (1989) • Massey Ferguson 135 (1978) • Same Explorer 90 DT (1991)
TRATORES USADOS: • International Harvester 644A • Lamborghini 774-70N • Lamborghini 974-90 • Massey Ferguson 394S • New Holland 1920 SSS • Same Solaris 35 • Same Titan 145 • Shibaura S330P
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USADOS: • Trator John Deere 6125R • Trator John Deere 6510 Premium • Trator John Deere 6620 Premium • Enfardadeira NH BB9060P
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Regiões LISBOA
USADOS: • Pulverizador 1500L (rebocável) • Vindimadora Pellenc 3050
USADOS: • Enfardadeira New Holland BB940A (2005) - €27.500 • Vindimadora Braud SB53 (2000) - €28.500
USADOS: Tratores: Carraro Agriup 80F c/ 8500 h. • NH TN95F c/ 2886 h. • NH TN95F c/ 7000 h. • Lamborghini 660 V • A. Carraro Tigrone 5500 (isodiamétrico) • Goldoni 933 S (isodiamétrico) • Landini 5500 • Same Frutteto 80
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LISBOA • SETÚBAL Regiões
USADOS: Tractores: Fiat 480 - €4.000 • Massey Ferguson 35 X - €2.750 • Caixas de carga para tractor: CCA100 1,00 mts - €295 • CCA150 1,50 mts - €400 • Charrua vinhateira 5F 1,60 mts - €750
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USADOS: Tratores: Agrifull 40 DT • Ferrari 95 (articulado) • Shibaura 4060 • UTB U453 • Charrua 2F-14” • Enxofradeiras • Fresas Galucho
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TRATORES: • Case IH 845 DT • Fiat 45-66 DT • New Holland TNF 90 DT
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Regiões SETÚBAL • PORTALEGRE • ÉVORA
Vasta gama de stock de usados
Usados revistos de mecânica: Trator Massey Ferguson 394S – €14.800 • Vindimadora Ero - €43.000 • Charrua Galucho 1F-13” - €550 • Despampanadeiras: Industrias David corte lateral – €2.000 • Ero LK/UE U invertido – €3.500 • OMD corte lateral – €800 • Pulverizador Fantini 500 L – €600 • Triturador Mila MV150 – €1.350 + Usados no Microsite
WWW.AGROVISUL.PT
A SUA PREFERÊNCIA, A MELHOR ESCOLHA!
USADOS: Tratores: Lamborghini C674 (rastos) • Massey Ferguson C-294 (rastos) • Charruas: Galucho vinhateira • Kverneland 2F-14” • Chisel Horizont 9-11 • Destroçador Serrat 1,80 mts • Enfardadeiras: Fiatagri Heston 4700 • Fort F21 • Gaspardo SR712 • Gadanheiras: Claas WM-250F • Vicon Extra 428 (6 discos) • Gadanheira condicionadora John Deere 324 • Grades de discos: Galucho GLHR 24x26” • Galucho GLHR 28x26” • Herculano 22x26” • Semeadores: Moresil 21 linhas • Sicam 6 linhas • Solá 25 linhas • Volta-fenos: Vicon Andex 423 (1 rotor) • Vicon Andex 724
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Usados: • Trator John Deere 3650 DT • Ceifeira debulhadora John Deere 1055 c/ cabina A/C • Ceifeira debulhadora John Deere 1170 c/ cabina A/C
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ÉVORA • BEJA Regiões
TRATORES USADOS: Claas Ares 696RZ - €25.000 • John Deere 8110 c/ 1600 h. (impecável) - €58.000 • John Deere 2850 DT - €8.000
USADOS: Tratores: Claas Celtis 446RC (2005) • Massey Ferguson 394 • Renault 70-14 F Vindimadoras: Alma (rebocável) • Alma linha 100 (automotriz) + Usados no Microsite
USADOS: Processador Timberjack 1270B • Auto carregador florestal FMG 910
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Regiões BEJA
USADOS Tractores: Deutz-Fahr: DX4.50 - €11.500 • Agroplus 75 • Agroplus 75 c/frontal • DX4.70 - €12.000 • Landini Legend 145 (2001) - €19.500 • Ford 5610 c/frontal • Hurliman 90cv • Semeador Pneumático Telescópico 6 linhas • Gadanheira condicionadora Fella
MÁQUINAS USADAS: Tractores: Agrifull 80 DT • Agrifull 80C (rastos) • Deutz-Fahr • Deutz-Fahr 2850 • Fiat 1000 • Ford 4000 • Ford 5610 • Ford 5610 DT • Ford 6610 • Ford 6810 • Ford TW15 • John Deere 6220 • John Deere 6420 • John Deere 6430 • John Deere 6620 • Massey Ferguson 290 • Massey Ferguson 294C (rastos) • MaQXssey Ferguson 390 • Massey Ferguson 390 DT • New Holland 7840 • New Holland 80-66 S • New Holland 8340 c/ cabina A/C • New Holland 8340 • New Holland T6020 • New Holland TK100 • New Holland TL100 • New Holland TM155 • New Holland TNF90 • New Holland TNF95 • New Holland TS110 • Renault • Same 100 c/ cabina • Same 90 • Ceifeiras debulhadoras: IASA c/ 4,50 mts • WHCX 840 c/ 7,60 mts • Case IH 1440 c/ 4,20 mts • Claas 78 c/ 5,00 mts • Claas 98 c/ 6,00 mts • Fiatagri 3350 (arroz) • Fiatagri 3400 c/ 4,20 mts (arroz) • Fiatagri 3630 • John Deere 1052 c/ 4,00 mts • John Deere 1055 c/ 4,20 mts • John Deere 1175 c/ 6,00 mts • Laverda M152 • New Holland 8040 • New Holland TC 54 c/ 4,50 mts • New Holland TX 32 c/ 5,00 mts • Enfardadeiras: 80/70 • de rolos • Dedra 50/70 • Claas de rolos • New Holland 544 de rolos • New Holland BR8090 • Frentes de milho: John Deere • Laverda • New Holland p/ New Holland TC56 • Gadanheiras: 4 discos • 6 discos • Gadanheira condicionadora Vicon 2,40 mts (rebocável) • Reboques cisterna: 4000 L • 6000 L (p/ água) • Vindimadoras: Alma • Braud 6090 (p/ olival c/ 4,35 mts) • Gregoire (p/ olival)
USADOS: Tratores: Ford 7610 • Lamborghini 874-90 • Same Tiger • Ceifeiras debulhadoras: Laverda M132R • New Holland TX62 • New Holland TX66 • New Holland 8030 • Abre regos Galucho D2C (série: E76) • Carregador frontal El Leon 430 • Charruas: Galucho 1F-18” 90º • Galucho 2F-14” 180º H. • Galucho 3F-18” 180º H. • Galucho CH 2F-16” H. • Cisterna Galucho CG10000 (2 eixos) • Derregador Fialho FI-DHR/2/2000 • Destroçador Belafer T1NEO-200 • Distribuidor de adubo Vicon RS-M • Fresa Galucho FLOH - 1700 hidr. • Giratória de rastos Caterpillar 229D • Máquina de rega Irtec 90/D • Semeador Gaspardo MT6 • Semeador de sementeira directa Amazone Primera
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BEJA • FARO • AÇORES • EUROPA • INDUSTRIAIS Regiões
Vasto stock de tratores e alfaias usados em bom estado de mecânica. CONSULTE-NOS ANTES DE COMPRAR
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MOMENTOS NEW HOLLAND
1. A. A. SOBRALENSE NEW HOLLAND T3.55 F Esq. p/ dta.: Pedro Ferreira (A.A. Sobralense), Samuel Rodrigues Figueira e esposa (Clientes).
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3. ETELGRA NEW HOLLAND TK4.100M Cliente: Agro Infantado Lda Na foto: Mário Cananão (Etelgra), Branquinho (encarregado). 4. BRÁS & VASCONCELOS NEW HOLLAND T5.115 DC ROPS Cliente: Paulo.
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5. JOPAUTO NEW HOLLAND T 3.65 F Na foto, Fernando Borges (cliente). 6. BMAQ - GRUPO BRÁS & VASCONCELOS, LDA NEW HOLLAND BOOMER (3 unid.) Cliente: Sport Relvas 7. A. AGRICOLA SOBRALENSE (VISEU) NEW HOLLAND BOOMER 30 Na foto, Miguel Gama (cliente) com Pedro Ferreira (comercial AAS Viseu). 8. JOPAUTO
NEW HOLLAND BOOMER 50 Na foto: Marcelo Teixeira (Cliente), Jorge (Jopauto).
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9. A. AGRÍCOLA SOBRALENSE
NEW HOLLAND T4.95N CAB Na foto: Miguel Fale (cliente), João Penedo (A.A. Sobralense). 10. BMAQ - GRUPO BRÁS & VASCONCELOS, LDA
NEW HOLLAND T4.100 F (3 unid.) Cliente: Quinta da Aveleda. 11. JOPAUTO (PARCERIA UTAD)
NEW HOLLAND T6.180
Na foto: Alunos do mestrado de Agronomia.
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2. VARANDA & CORDEIRO NEW HOLLAND T3.55 F Na foto: Gil Monteiro (cliente).
MOMENTOS NEW HOLLAND
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New Holland bralense entrega Auto Agrícola So nha. Cu ente Fontes da T490N Cab ao cli Santos (A.A. el nu Ma ), iro se Na foto: Carlos (ca Sobralense).
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Américo Po usa entrega trator New Holland TD 4.80 F ao cl iente Engº. Vasco.
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ANTIGAMENTE ERA ASSIM...
Um MC5 sobre uma base Supercub, com Marcel Braud.
Manitou Como nasceu a
Três gerações de empreendedores. Foi o necessário para transformar o grupo Manitou dum negócio de pequena escala para um gigante industrial. Hoje líder mundial de empilhadores telescópicos, o grupo sediado na cidade francesa de Ancenis exibe um “atestado de saúde” digno de uma multinacional. Cerca de 3900 funcionários, 26 filiais e 1500 concessionários em 140 países.
Uma perda e um desafio
Quando Marcel Braud tinha apenas 13 anos, o seu destino mudou. Em 5 de agosto de 1944, na libertação de Ancenis, onde a família vivia, o seu pai perdeu a vida. A partir de então, o jovem Marcel foi incumbido da pesada responsabilidade de continuar o seu projeto. Quando a guerra terminasse, Marcel Braud tinha planeado iniciar um negócio de mecânica – a sua verdadeira paixão - paralelamente aos negócios de fertilizantes e sementes da
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família da sua mulher, que já levava, e a outro de fabrico de ração para animais que entretanto começara. No maior segredo, tinha entretanto desenvolvido todos os projetos necessários para que a empresa pudesse começar a fabricar diversos equipamentos tais como betoneiras, gruas e reboques.
Gente com garra Três semanas após a morte do marido, Andrée Braud, mãe de Marcel, desafia-o a continuarem juntos o projeto deixado por ele. E assim foi. No final de 1944,
Andrée Braud cria em Ancenis a “Braud Mécanique Générale”, que se dedica ao fabrico de betoneiras e gruas. Em 1946, a empresa expôs pela primeira vez na Feira de Paris as suas betoneiras e gruas e as encomendas começaram a chegar. Marcel ainda frequentava a escola nessa altura. Em 1952 terminou a sua formação académica e, nesse mesmo ano casou-se e teve o seu primeiro filho, Marcel Claude, que assume atualmente o cargo de presidente honorífico do Grupo Manitou. Em 1953, Marcel Braud entrou para a empresa, que entretanto fora rebatizada
1. Marcel Braud, pai. 2. Marcel Braud (filho) e a sua irmã Jacqueline. 3. Marcel Braud (pai), no dia da libertação de Ancenis.
A Feira de Paris em 1961. A gama Manitou, MC5, MC6, e MC7.
OS MARCOS DA HISTÓRIA
da Manitou 1958 Nascimento do empilhador Manitou (MC5) segundo uma ideia de Marcel Braud. Criação e registo da marca Manitou.
1969 Lançamento do 4 RM, a primeira máquina com 4 rodas motrizes.
1972 Acordo de parceria comercial celebrado com a Toyota para a distribuição exclusiva dos empilhadores industriais Toyota em França. Início da internacionalização do Grupo. Abertura da filial Manitou Reino Unido.
1981 Lançamento do primeiro empilhador telescópico com 4 rodas motrizes.
Braud & Faucheux desde que Andrée Braud se associou com Henri Faucheux, um proprietário de uma empresa fabricante de gruas. À época, a empresa tinha ainda pouco mais que uma dúzia de trabalhadores e Andrée Braud não tomou logo as suas rédeas, começou por entrar como um simples operário. Foi pela mão de Henri Faucheux que foi adquirindo toda a experiência necessária ao cargo que havia de vir a assumir: aprendeu a soldar e montar máquinas antes de assumir o cargo de capataz e depois o de chefe de oficina. A semana era passada na fábrica, e o fim de semana nos clientes para instalar as betoneiras...
A revolução de 1958
Um dia, cansado do trabalho manual de empurrar os carros dentro da fábrica, decidiu investir num pequeno empilhador e posteriormente, num dumper para as deslocações no exterior. A partir deste ponto, Marcel “adivinhou” um novo rumo para o seu negócio. Na procura pela máquina ideal para a resolução dos seus problemas, começou por comprar um trator McCormick, equipou-o com um
mastro de elevação na traseira e inverteu o assento e o volante. Uma direção hidráulica completava o dispositivo. Adaptável ao terreno mais irregular, a nova máquina era capaz de levantar mais de uma tonelada.
“Manie tout”, Manitou Havia que comercializar a invenção o mais rápido possível. Seduzido pela audácia do jovem empresário, o gigante americano McCormick decide tornar-se o fornecedor oficial dos primeiros carregadores telescópicos. Um acordo essencial, que abre as portas da produção em massa. Mas Marcel Braud vê mais longe. Quer construir uma marca. A cor vermelha dos tratores McCormick já garante uma legibilidade eficiente para os primeiros carregadores. Resta encontrar um nome. Em 1962, os Braud reuniram-se em Ancenis para um “brainstorming familiar”. Marcel Braud lembra: “Eu queria um nome original, na veia dos trocadilhos que eram atuais na época”. O nome escolhido foi Manitou (o que lida com tudo). A partir daí, o sucesso foi rápido. Aproveitando ao máximo a sua inovação, a empresa celebrou em 1969 a venda
1984 Entrada na Bolsa.
1986 Abertura da filial Manitou Itália.
1989 Lançamento dos primeiros empilhadores telescópicos agrícolas.
1991 Abertura da filial Manitou BeNeLux.
1993 Comercialização dos primeiros empilhadores telescópicos rotativos MRT.
1994 Abertura da filial Manitou Portugal.
1995 Lançamento das plataformas elevatórias de pessoas.
1996 Abertura da filial Manitou Alemanha Obtenção da certificação ISO 9001.
1998 Marcel Braud torna-se Presidente do Conselho Fiscal.
2004 Celebra o 200.000.º empilhador fabricado e vendido no mundo. Lançamento da gama de empilhadores industriais.
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Jacqueline Himsworth, Marcel Braud e o seu filho e, à sua direita, Andrée Braud.
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2005 Abertura da filial Manitou Austrália.
Em baixo Marcel Braud num dos primeiros CE3.
2006 Manitou ultrapassa o marco de 1 mil milhões de euros de volume de negócios Abertura da filial Manitou Rússia.
2007 Manitou inaugura um centro de logística de peças sobresselentes internacional de 33 500 m². Atualmente, 1.000.000 de encomendas são feitas todos os anos no CLPS (ou seja, 4000 por dia). Cerca de 40 toneladas e mais de 1000 pacotes são manipulados diariamente. 150 pessoas trabalham neste centro por turnos das 5h00 às 21h00 para garantir a disponibilidade de 70.000 referências entregues no dia seguinte em toda a Europa.
2008 Abertura da filial Manitou Polónia.
2013 Consolidação dos sócios Yanmar confirmada por uma participação da empresa Yanmar no capital do grupo de 6,26 %.
2014 Michel Denis é nomeado Diretor Geral. Estruturação da empresa em torno de três divisões Material Handling and Access (MHA), Compact Equipment (CEP) e Services and Solutions (S&S).
2016 MLT NewAg 737, telescópico. Em outubro de 2016, a nova gama MLT NewAg dedicada à manutenção agrícola, é lançada numa convenção na Sardenha que reuniu 600 concessionários de toda a Europa.
2017 Em junho de 2017, Marcel Braud, fundador do primeiro empilhador telescópico Manitou, deixa a presidência do Conselho de Administração para assumir o cargo de Presidente Honorífico do grupo Manitou. É a sua irmã, Jacqueline Himsworth, que passa a desempenhar as funções de Presidente do Conselho de administração do Grupo. É também neste mês inaugurada a nova instalação Manitou Equipment India, resultante da recente aquisição da Terex Equipment, especializada no fabrico de minicarregadoras e retroescavadoras.
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do seu 10.000.º carregador telescópico. Um sucesso que ainda não satisfaz Marcel Braud. Após a partida de Henri Faucheux da empresa, em 1971, ele lança-se sem demora para conquistar o mercado internacional. Uma aposta ousada para a jovem empresa. Em 1972, a primeira filial é inaugurada na Grã-Bretanha. As exportações crescem: Portugal, Israel, Alemanha ... “Nas feiras, as pessoas vieram diretamente ter connosco, o desenvolvimento foi muito natural”, diz Marcel Braud. Em 1977, um quarto do volume de negócios do Grupo é gerado pelas exportações. Uma escolha que ainda hoje é elogiada pelo seu filho Marcel-Claude: “Foi bem visto, se não o tivéssemos feito na época, certamente não seríamos o que somos agora”.
Diversificação
Em 1972, a oficina da família perto da estação de Ancenis já não era suficiente. Foi necessário construir um vasto complexo ao norte da cidade. Ao mesmo tempo, o grupo contratava: no início dos anos 70, já eram cerca de 400 funcionários. Porém, é cauteloso e procura diversificar os seus negócios. Se a construção continua a ser a sua área mais forte, a entrada no setor industrial graças à “paletização” de mercadorias, generalizada na época, abre novos mercados. Uma estratégia que continuou em 1989, com o lançamento do MLT que abre um novo mercado, o Mercado de manejamento de cargas na
agricultura. Para Marcel-Claude Braud, essa diversificação sempre foi uma verdadeira segurança: “Somos a única empresa a atuar nessas três áreas. Isso permite-nos limitar os riscos”, diz ele. Quando uma está em crise, o grupo reforça a sua aposta nas outras: surpresas desagradáveis são raras. Marcel-Claude Braud reconhece que a empresa é conservadora em termos de gestão. A rede de distribuição é prova disso. Em vez de vender as suas máquinas para empresas de leasing, como acontece tradicionalmente no manuseamento de cargas, o Grupo desenvolve a sua própria rede de concessões.
Sociedade por quotas, mas sempre familiar
Em 1981, Braud e Faucheux tornaram-se Manitou. Uma mudança de nome que revela o abandono gradual dos guindastes e das betoneiras, o principal negócio inicial do grupo familiar. Em 1984, a Manitou entrou na Bolsa. Uma injeção de capital que iria permitir incrementar a sua expansão internacional. Em 1981, o grupo já havia estabelecido uma fábrica em Waco, Texas, e ainda nesse ano foi a vez do mercado italiano ser conquistado. Seguiram-se, na década de 1990, Bélgica, Singapura, Alemanha, Portugal, Turquia e África do Sul. Um desenvolvimento total apoiado por parcerias, modelado no acordo assinado com a Toyota. Em França, a Manitou celebrou, em 2004, a venda do seu 200.000º. empilhador.
CALENDÁRIO DE FEIRAS julho 03 a 08 05 a 15 13 a 16 26 a 05/08 27 a 30
Hampton C. Palace Flower Show Expoagro Agri Intex Expofacic Feira de Libramont
Reino Unido Argentina Índia Portugal Bélgica
agosto 08 a 10 09 a 16/09 10 a 15 16 a 18 17 a 26 17 a 26 21 a 24 23 a 27 29 a 03/09 30 a 02/09 31 a 02/09
CXIAF China Feira de São Mateus Portugal Exporeg Portugal Asia-Pacific Biomass Energy Tec.& Equip. China Agrival Portugal Fatacil Portugal Fenasucro & Agrocana Brasil Feira de Agosto Portugal Feira da Luz/ Expomor Portugal AgroSemana Portugal Agritech Índia Índia
setembro 02 a 04 05 a 07 11 a 14 12 a 13 18 a 20 18 a 20 27 a 30
Spoga+Gafa AgroGlobal Space PotatoEurope Agrikexpo West Africa National Ploughing Championships Fira Agrária de Sant Miquel
Alemanha Portugal França Alemanha Nigéria Irlanda Espanha
World Dairy Expo Sommet de l`Elevage Saudi Agriculture Agroprodmash SIPSA-SIMA Agri World Feira dos Gorazes de Sendim Sunbelt Ag Expo Fruit Attraction Feira Int. do Bovino Leiteiro
Estados Unidos França Arábia Saudita Rússia Argélia Japão Portugal Estados Unidos Espanha Itália
Eima Tecnoagro EuroTier TecFresh XIX Fórum Nac. Apicultura C. Branco Vinitech-Sifel Agrama
Itália Peru Alemanha Portugal Portugal França Suíça
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02 a 06 03 a 05 07 a 10 08 a 12 08 a 11 10 a 12 15 a 16 16 a 18 23 a 25 24 a 27
novembro 07 a 11 08 a 10 13 a 16 15 a 17 16 a 18 20 a 22 29 a 03/12
dezembro 13 a 16
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GINCANA
Gincana no Marco
EPAMAC - XXI Gincana de Tratores Agrícolas Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Marco de Marco de Canaveses (EPAMAC) organiza todos os anos uma gincana de tratores agrícolas com reboque. Organizado pelos alunos com a orientação dos professores, este evento é parte integrante do plano anual de atividades da Escola. Em junho, teve lugar a 21ª edição, envolvendo os alunos do curso Técnico de Produção Agrária com a colaboração dos colegas dos cursos Técnico de Turismo Ambiental e Rural e Técnico de Gestão Equina. A gincana é uma atividade lúdico/pedagógica que tem por finalidade divulgar a escola no meio essencialmente rural, assim como possibilitar o contacto dos alunos com alfaias, máquinas e profissionais do setor.
A
29 participantes Esta edição contou com 29 participantes oriundos do concelho e concelhos vizinhos. O percurso contava com numerosos obstáculos, entre trajetos efetuados de marcha atrás, inversões do sentido de marcha, destreza com veios de cardans e até com martelo de carpinteiro.
Os vencedores A primeira parte desta festa, encerrou com a entrega dos prémios aos três primeiros classificados, sendo eles: 3º Lugar: Sérgio Pacheco, em NewHolland 2º Lugar: Gil Bruno, em McCormick 1º Lugar: António Correia, em McCormick De referir ainda a entrega de um prémio fairplay ao participante Carlos Ferreira, vítima de um aparatoso incidente sem complicações de maior. Graças a um grande número de patrocinadores, foi também possível sortear bons prémios por todos os concorrentes na XXI Gincana de Tratores Agrícolas.
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Ano XXV . Nº 112 Bimestral: jul./set. 2018 Diretor Nuno de Gusmão Preço: € 6,00 Cont. / ISSN 2183-7023
Nº112 - Ano XXV
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ENTREVISTA A JOSÉ MANUEL SEVERO MENDES
Gerente da Miraldino
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Finalistas do Tractor of the Year® 2019