abolsamia 117

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Nº117 JULHO / SETEMBRO 2019

abolsamia.pt

anos

A REVISTA DA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA

MOTORES FASE V // NOMEADOS DO TRATOR DO ANO 2020 // ORANGE DAYS KUBOTA

ESPECIAL

FNA

Os especializados dominaram na feira do vinho e da vinha

1,50M DE ALTURA

CAIXA METÁLICA MONOCOQUE CÓNICA Ano XXVI . Nº 117 Bimestral julho / setembro 2019 Diretor Nuno de Gusmão Preço: € 6,00 Cont. / ISSN 2183-7023

HERCULANO EM CAMPO

Gestão de parque de máquinas

MOTIVO

Entrevista a José Gameiro


No ano de celebração do seu 50º aniversário, a Herculano aproveitou a realização da Feira Nacional da Agricultura, em Santarém, para proporcionar aos seus concessionários e clientes alguns momentos de descontração e convívio. A administração da empresa, que prodedeu à entrega de placas alusivas ao cinquentenário, expressou o seu agradecimento a todos quantos têm estado consigo no terreno e deixou uma nota de confiança para os desafios vindouros. Na mesma ocasião, o departamento de marketing fez a apresentação da imagem e conteúdos do novo site institucional da Herculano.

Toda a linha de reboques da Herculano ostenta o logótipo comemorativo dos 50 anos

A administração da Herculano: Fernando Jorge Teixeira ladeado pelos filhos Gonçalo e Ricardo Teixeira


EDIÇÃO 117 julho / setembro 2019 EDITORIAL

A BIODIVERSIDADE E A AGRICULTURA-HOBBY os mais suscetíveis é capaz de causar alguma irritação ouvir, de forma recorrente, expressões utilizadas por alguns encarregados de stand de exposição quando se referem às preferências dos agricultores por determinadas gamas de tratores. Não o farão por maledicência ou menosprezo. Não se gosta, simplesmente, quando são rotulados de agricultores de fim-de-semana, ou que apenas cultivam por mero hobby, pelo facto de se deterem, demoradamente, em redor de um pequeno trator, bem mais barato que as super-máquinas inteligentes, a quem apenas podem chegar para fazer uma selfie com a família. Que esses mesmos representantes de marca chamam de compactos, ou minis, mas nunca pequenos. Mas que o são. Como pequenas são as parcelas desses mesmos agricultores - uma maioria neste país -, que cultivam por subsistência, ou que dali retiram magro pecúlio, em correspondência direta com o que a terra lhes fornece. ‘Ah’, os de elevada potência são para os profissionais, que os demais - a maioria - são todos amadores. E amadores são apontados todos aqueles que não dispõem de vastos olival, vinha ou amendoal... Isto aconteceu na FNA, pejada de tratores para todos os gostos e bolsas. Mas afinal que tratores se vendem em Portugal? Dizem-nos os números do 1º trimestre que 68% destes não têm potências superiores a 59 cv, mas se tem sido este o retrato da situação nos últimos anos... Os construtores estão a retirar dividendos da situação, mas se não gostam muito, então engrossem a voz dos que clamam pela melhoria do parque de máquinas, de cuja longevidade se diz que já foram à tropa e vieram. Em Espanha e em Itália há movimentos que pedem intervenção e ajudas para o abate do velho contingente. O Estado que reflita, que ajude, e que veja nisso um valioso suporte para incrementar o melhoramento da nossa agricultura.

estudar, e cortar a linha de subsídios para o olival da região do Alqueva. Bem a propósito, um outro líder de marca faz eco de um alerta que há muito disparou na Andaluzia: anda tudo tão entretido com a amêndoa, o pistacho, a noz e a azeitona, que tão cedo ninguém quer saber das culturas cerealíferas, nem mesmo em determinadas zonas do Alentejo onde o chão compete com os melhores solos dos países europeus produtores de cereais. Então e a biodiversidade agrícola? Francamente, espera-se que tudo corra pelo melhor. Para já, o mercado está fluido para os construtores, que continuam a lançar produtos especializados, mas ao fundo ouvem-se queixumes ambientalistas. A tal biodiversidade deve ser entendida, porventura repensada, e com a maior atenção.

Esta onda do superintensivo parecia imparável, até que o Governo decidiu deixar de a montar. E parou para ver, e

PS: há uma nova rubrica da sua revista. Distraia-se, divirta-se, porque é mesmo “dia de folga”. Boas culturas e boas férias!

A

Onde as coisas podiam correr melhor é com os recursos humanos (e a falta deles) empregues na indústria que se dedica à agricultura. Ouvimo-lo, em coro, dos líderes das metalomecânicas, o quanto tem sido penoso satisfazer ordens de encomenda sem os fatores de produção em quantidade suficiente. A resolução tem sido mais ou menos ágil, à custa de fortes investimentos em maquinaria evoluída e robotizada, o que, se representa modernidade de processos, não substitui cabalmente os braços treinados que já conhecem as manhas do aço. O mais grave é que aqueles líderes têm sugerido aos decisores que desburocratizem o crivo da imigração de técnicos especializados, mas só encontram obstáculos. Nunca, em tempo algum, a “importação” de imigrantes especializados constituiu um prejuízo ou óbice para o país de acolhimento. Mas parece que isso era só no tempo das paquidérmicas obras públicas... A indústria e a lavoura portuguesas estão aptas a dar-lhes formação adicional, se necessária. O sinal está dado, é positivo e construtivo. Resta que lhes liguem.

Carlos Branco

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SUMÁRIO

JULHO / SETEMBRO 2019

REGUL ARES

EMPRESAS 06 Eurofiltros aposta na qualidade desde 1996 08 Notícias 12 Motivo: “Estamos a sério no sector agrícola”

PRODUTO 16 Gestão de Parque de Máquinas

Há um Pé-Leve que carrega forte e a sua vida dava um filme

24 Beja já ficou marcada com a cor laranja 28 “Tractor of the Year 2020”

Os nomeados

76 Os tratores da Antonio Carraro

encontraram um lugar num Alentejo em mudança

38

96 Opinião

28

Falsos recibos verdes na agricultura Por João Sobral 97 Notícias

MERCADOS 22 Estatísticas de vendas

TECH

24

94 Mais e melhores pastagens carecem de melhor

investigação

FLORESTA 84 Entreajuda no combate a incêndios 86 Notícias

ANTIGAMENTE ERA ASSIM 126 Valvoline lubrifica há mais de 150 anos

76

CONCESSIONÁRIOS 102 Regiões

79

124 Agromonção em foco

ESPECIAIS

38 Feira Nacional de Agricultura 2019

Reportagens 79 Expoflorestal 2019 - Reportagens 88 Fase V Aperta limites de emissões

4

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88 www.abolsamia.pt


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EMPRESAS // Em Foco

EUROFILTROS APOSTA NA QUALIDADE DESDE 1996 e tem solução completa para a agricultura

Um dia até nas janelas das nossas casas teremos que aplicar filtros, diz-se na empresa de Ermesinde, para quem a garantia de um equipamento original não encontra paralelo nos sucedâneos de inferior qualidade e de origem incerta

A

EuroFiltros, empresa especialista em filtragem, fundada em 1996 por Cândido Silva e José Manuel Sequeira, juntou em Ermesinde as melhores marcas do setor e reclamou a liderança do mercado. A empresa, que já tem um pé em Angola, pretende solidificar a atividade em Portugal e o próximo passo vai dar para chegar a Viseu. Tudo o que diga respeito a filtragem para veículos automóveis, maquinaria industrial, de construção civil e agrícola encontra-se no stock da EuroFiltros, com ramificações em Alpendorada, Aveiro e Batalha, mas também na margem sul do Tejo, no Seixal, esta sob o nome MasterFlow. O negócio tem desde há muito pouco uma nova extensão. Trata-se das ferramentas Jonnesway, que se acrescenta ao portfólio onde já

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constavam os lubrificantes Eni, e as linhas próprias, SS Power (baterias) e SS Filter (filtros). MARCAS PREMIUM São mais de 3000 referências de peças das marcas premium Donaldson e Mann-Filter. A primeira, com quem trabalha em exclusividade, é norteamericana, a outra é de origem alemã. Ambas são fabricantes de equipamento original (OEM). “Não são as mais baratas do mercado, mas são as melhores”, assegura José Manuel Sequeira. A Donaldson está também vocacionada para equipamento agrícola OEM, já a Mann-Filter adequa-se a todas as marcas de automóveis pesados e ligeiros, ainda que também esteja apetrechada para a agricultura. Um setor que também tem justificado o crescimento da empresa, que lhe tem dado

particular enfoque. Tal atenção surgiu devido à quebra que houve nas obras públicas, pelo que apostaram mais na indústria, no ar comprimido, na hidráulica, na filtragem do pó. “Preferimos a qualidade ao barato, e temos os filtros que as origens consomem. À partida, estamos a falar de produtos mais caros, mas o cliente saberá que, poupando meia dúzia de euros no final do ano estará a provocar desgaste no motor?”, questiona Cândido Silva, que volta a interrogar: “Se o cliente compra o que acha ser o melhor trator, por que razão poupa num consumível?” Sem sub-distribuidores ou agentes, a EuroFiltros tem a sua força de vendas na rua, com nove comerciais e uma rede de distribuição em outsourcing, conseguindo assim entregar mercadoria no próprio dia. Quando o mercado precisa de mais proximidade a EuroFiltros poderá abrir uma filial. Aconteceu com Alpendurada, importante zona de pedreiras, idém na Batalha, onde são fortes os setores da camionagem e agrícola. E o mesmo se passa em Aveiro. E agora é Viseu quem está no visor da empresa. A chegada ao Seixal fez-se a pensar no Sul, mas com a MasterFlow, parte do grupo EuroFiltros.

SOLUÇÃO AGRÍCOL A C O M P L E TA A EuroFiltros tem solução completa para a agricultura, de tudo o que é filtragem para tratores – ar, hidráulico, de combustível, óleo de motor. Será mesmo possível encontrar soluções alternativas para tratores antigos para quem tenham sido descontinuados alguns filtros. Ali se encontram as soluções mais modernas, e quando necessário a empresa submete um parecer à engenharia das fábricas para que possa ter as referências corretas. A EuroFiltros trabalha com as fábricas que fabricam os filtros, pelo que obtém produtos semelhantes, senão mesmo melhores.

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EMPRESAS // notícias

Continental investe 100 milhões na fábrica de Lousado

GRUPO AGCO

A Continental, grupo alemão fabricante de pneus, deu mais um passo na sua trajetória de crescimento em Portugal ao investir cerca de 100 milhões de euros para ampliar as instalações de produção em Lousado, criando 100 novos postos de trabalho. A nova sala de produção será localizada ao lado da instalação de

GRUPO AGCO COLOCA A FENDT NO BRASIL A AGCO, um dos maiores fabricantes globais de máquinas e tratores agrícolas, acaba de lançar a marca Fendt no Brasil. O conglomerado industrial norteamericano, que para além da Fendt detém as marcas Massey Ferguson e Challenger, anunciou que vai investir na operação 150 milhões de reais (cerca de 34 milhões de euros) destinados à importação de três linhas de produtos e na construção de uma infraestrutura comercial a localizar no município de Sorriso, no Estado de Mato Grosso. A importação das máquinas será feita diretamente da Alemanha e a divisão de Mato Grosso servirá como um modelo de negócio, que posteriormente será alargado para outras localidades do país. O primeiro lançamento da marca no mercado brasileiro será a série 1000 Vario, com dois modelos. Os veículos foram apresentados na Agrishow, uma das três maiores feiras mundiais dedicadas ao agronegócio e que encerrou em 3 de maio, em Ribeirão Preto, no interior do Estado de São Paulo.

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Os outros dois produtos que têm comercialização prevista para 2020 são a semeadora Momentum e a ceifeira combinada Ideal. Projeto desenvolvido integralmente no Brasil, a Momentum trabalha com tecnologia de agricultura de precisão. A Ideal, por sua vez, contou com investimentos de 250 milhões de dólares (mais de 222 milhões de euros) e será fabricada no Brasil e na Itália. Entretanto, a AGCO anunciou que as vendas líquidas do grupo, no primeiro quadrimestre de 2019, atingiram dois mil milhões de dólares (cerca de 1780 milhões de euros), valor que representa uma queda de 0,6% relativamente aos primeiros quatro meses de 2018.

produção de pneus agrícolas, inaugurada em 2017. Uma vez em alta velocidade, as linhas de produção entregarão três gamas de pneus de terraplanagem e outras três linhas de pneus de porto. Além das novas instalações de produção, o centro de pesquisa e desenvolvimento em Lousado está a ser ampliado e será usado para testes contínuos de desempenho e qualidade de todos os pneus agrícolas, portuários e de terraplanagem. A fábrica portuguesa emprega mais de 2000 pessoas. Para além dos pneus agrícolas, portuários e de terraplanagem, a Lousado também fabrica pneus de automóveis de passageiros, com uma produção que chega a cerca de 18 milhões de pneus.

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EMPRESAS // notícias

TRELLEBORG ADOTA ENERGIA RENOVÁVEL NA FÁBRICA DO SRI LANKA A Trelleborg Wheel Systems irá redesenhar completamente o processo de produção de vapor da sua fábrica no Sri Lanka, introduzindo uma caldeira de biomassa avançada. Este importante investimento não só reduzirá a pegada ambiental da fábrica, mas também melhorará a eficiência da produção. A instalação da

CLAAS

ABRE NOVO CENTRO DE DESENVOLVIMENTO

Trelleborg, localizada em Makola, perto de Colombo, emprega mais de 850 pessoas e produz pneus sólidos para manuseio de materiais e indústrias portuárias, bem como pneus para aplicações agrícolas.

A CLAAS, construtora alemã de maquinaria

Embora a produção de vapor seja essencial para o processo de cura de pneus, ela

agrícolas, já inaugurou o seu seu novo

é tradicionalmente feita em caldeira a óleo, que é responsável pelas emissões de CO2. Agora, a Trelleborg está a investir numa caldeira de biomassa avançada que reduz as emissões de CO2 em mais de 90%.

centro para o desenvolvimento de máquinas agrícolas, em Harsewinkel, na Alemanha. Acionistas, corpo administrativo, funcionários e convidados da política regional celebraram a inauguração do edifício, no qual foram investidos 15 milhões de euros, dos quais 3,2 milhões de euros destinados a tecnologia para a realização de testes. A CLAAS tem como objetivo alcançar tempos de desenvolvimento mais curtos para as suas ceifeiras, forrageiras e tratores. Treze células de teste podem ser usadas para simular situações várias com que se podem deparar as máquinas em trabalho no campo. Estes equipamentos de teste, acionados eletronicamente, funcionam 24 horas por dia.

MASCHIO GASPARDO JÁ VENDEU 35 MIL ENFARDEIRAS DE FARDOS REDONDOS A Maschio Gaspardo alcançou no primeiro trimestre deste ano, um

número de vendas em todo o mundo. Segundo a marca, o sucesso no

objetivo importante, ao atingir o

mercado fica a dever-se a

número de 35 mil enfardadeiras de

investimentos em pesquisa e

fardos redondos já vendidos.

desenvolvimento que levaram à

Em 2014, a Maschio tomou o

criação dos modelos Extreme e à

controlo da também italiana Feraboli,

patente em geometria variável, única

empresa sediada em Cremona,

no mercado, que tornou as suas

acrescentando uma peça importante

enfardadeiras de fardos redondos

para alcançar toda uma gama de

famosas em todo o mundo. A

equipamentos. Graças à nova rede

geometria variável permite ao

internacional de vendas, a

agricultor gerir a pressão do núcleo

distribuição de enfardadeiras de

do fardo, dependendo das

fardos redondos beneficiou de uma

condições do tipo e da humidade do

forte aceleração e atingiu aquele

produto.

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EMPRESAS // notícias

GRUPO SDF MOVITER ESTÁ HÁ 30 ANOS NA AGRICULTURA A Moviter é uma empresa de Leiria, associada do grupo Movicortes, especializada na área dos equipamentos e serviços industriais e agrícolas. Constituída em 1989, a empresa comemora agora o seu 30º aniversário. Mas a importação e distribuição de equipamentos para obras públicas e agricultura remonta aos primeiros anos da década de 80, pela mão da Movicortes. Conta a empresa que, nessa altura, o negócio estava organizado por departamentos. Com o crescimento da atividade, esses departamentos deram origem a uma empresa autónoma e especializada, com uma abordagem focalizada no negócio, assente na qualificação, na valorização do conhecimento, na capacidade comercial e na qualidade do serviço após-venda. Ao longo destes anos, a Moviter criou

GRUPO SDF

aumenta volume de negócio

delegações nas principais regiões do

Os resultados económicos em 2018 do grupo SDF, construtor italiano dos tratores

país para estar mais próxima dos

SAME, Deutz-Fahr, Lamborghini e Hürlimann, refletem crescimento na faturação e

clientes e na primeira década do século XXI internacionalizou-se, com a criação de estruturas próprias em Angola e Moçambique. Atualmente, a empresa atua em quatro áreas de negócio distintas, mas complementares, com marcas líderes em vários segmentos de mercado: movimentação de terras e indústria

na rentabilidade do negócio, apesar do impacto negativo causado pela crise económica que afetou o mercado turco desde agosto de 2018. O exercício de 2018 do grupo industrial encerrou com um volume de negócios de 1.373 milhões de euros, valor 3,6% superior ao registado em 2017. O EBITDA do grupo foi de 9%, ou seja, 123 milhões de euros, em comparação com os 105 milhões de euros em 2017. Apesar da quebra dos negócios agrícolas na Turquia, o grupo SDF inaugurou

extrativa - Hitachi, Kleemann, Gehl, Avant,

naquele país, em maio, as novas linhas de produção na fábrica de Bandirma,

NPK; construção e manutenção de

que representou um investimento de dez milhões de euros.

estradas e pavimentos - Wirtgen, Vögele, Hamm, Benninghoven, Weber; ambiente e reciclagem - Doppstadt, Tana, Mantovanibenne; agricultura - Massey Ferguson, Hürlimann, LS, Iseki.

“Todas as nossas empresas irão mudar devido à digitalização, eletrificação e automação das máquinas” Hubertus Mühlhäuser, CEO da CNHi, em entrevista à revista digital espalhola Interempresas.net

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Foi o número de tratores que a Fendt conseguiu juntar na 8ª edição do Dia de Campo de Espanha, realizado pela marca num terreno de 26ha em Palência

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EMPRESAS // Em Foco

MOTIVO E n t rev i s ta a o D r. J o s é G a m e i ro

“ESTAMOS A SÉRIO NO SECTOR AGRÍCOLA” Decorria ainda a Feira de Santarém quando nos deslocámos à Abóboda, no concelho de Cascais, para conversar com o Presidente do Conselho de Administração da Motivo. Bem-humorado, José Gameiro falou de si, do percurso da empresa, da ligação histórica à JCB e das ambições para os sectores florestal e agrícola POR João Sobral

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O GESTOR Além das suas funções de direção na Motivo, gostaríamos de saber quem é o Dr. José Gameiro e quais são os seus hobbies. O meu principal hobby é trabalhar. Sou uma espécie de criativo da empresa. Por exemplo o stand que temos na Feira de Santarém foi desenhado por mim. Sou eu que invento, sou eu que crio, e divirto-me muito a trabalhar. A minha segunda diversão é viajar. Como trabalho muito, tenho pouca vida social. E para descansar, viajo com frequência com a minha mulher. Fui militar e quando decidi ser empresário filo por vontade de ser empresário. O que o levou a abandonar uma carreira militar? Fui o melhor aluno da academia militar, mas achei que a vida militar não me preenchia o suficiente. Mas o mundo empresarial envolve maior risco… São diferentes tipos de risco. Eu fui ranger, fui comando, fiz a guerra. Na vida militar, ocasionalmente corre-se risco de vida. Mas no resto do tempo não acontece nada de muito

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EMPRESAS // Em Foco

relevante. No mundo empresarial, deparo-me com o risco associado às decisões que tenho de tomar, o que gera diariamente muita adrenalina. Tive também muita vida associativa, mas hoje com menos intensidade. Quer falar-nos dessa experiência associativa? Atualmente sou Presidente da parte industrial da ACAP. Mas fui Presidente da Confederação Europeia de Distribuidores (ECED), na altura em que Durão Barroso esteve na Comissão Europeia. Não continuei porque o diretor geral da Concorrência manifestou claramente que o objetivo da Europa é o consumidor e não as associações de lobby. As associações são muito muito mal vistas em Bruxelas.

A EMPRESA

Como foi a sua chegada a esta empresa? Comecei como consultor em 1980 e rapidamente comprei uma parte da empresa. Depois comprei outra parte e mais tarde, em 1999, comprei a empresa toda. Há 20 anos que é minha. Mas trabalhava como se fosse minha desde o primeiro dia em que fui sócio.

meu pai, que se reformou e ficou sem nada para fazer. Os últimos anos foram altamente penosos para ele. Perante esta crueldade, mantenho as minhas empresas simplesmente pelo prazer de trabalhar e de vender mais do que os outros. É um desafio constante e sistemático. O facto de a JCB ser uma empresa familiar, liderada por Anthony Bamford, filho do fundador, facilita este relacionamento já tão longo? Eu conheço o Anthony há 37 anos e tenho com ele uma relação privilegiada. Digamos que é um motivo de orgulho para nós trabalhar com a JCB e é um motivo de orgulho para a JCB trabalhar connosco. Eu sou o único distribuidor da JCB galardoado pela rainha de Inglaterra com a Ordem do Império Britânico. E a Motivo é a empresa que mais máquinas da marca já vendeu sem pertencer ao Grupo JCB.

CONSTRUÇÃO

A Motivo está sobretudo associada ao sector da construção… Temos outros pequenos subsectores. É o caso do sector de waste & recycling. Nas lixeiras a céu abertos, fomos

“O objetivo da participação na Feira de Santarém foi transmitir aos agricultores que estamos a sério no sector agrícola” grandes precursores no fornecimento de máquinas para compactação. É um sector relativamente pequeno, mas onde a Motivo tem vendido um número substancial de equipamentos. Acabei agora de receber mais uma encomenda de dez teletruks que vão operar no sector da reciclagem. Estivemos também muito ligados ao sector da transformação de cortiça, onde fomos precursores na introdução das máquinas telescópicas. Nunca estivemos ligados só à indústria da construção. A agricultura e a floresta são sectores onde também temos atuado.

Sente que, como empresário, tem uma função social a cumprir? Naturalmente, trato tão bem quanto possível os trabalhadores. Acho que devo ter sido dos poucos patrões que despediu a sério quando veio a crise em 2012. Mas muitos desses trabalhadores já regressaram. A minha função social como empresário é um pouco esta. Sou dos poucos patrões que fez despedimentos e a quem os trabalhadores que despedi pedem para regressar. Dá-me muito gozo que as pessoas que cá estão se sintam satisfeitas. E como antevê o futuro? Sempre tive uma dúvida angustiante, que é saber o que farei quando for reformado. Talvez pelo exemplo do

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Fastrac 8330

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EMPRESAS // Em Foco

“Sou eu que invento, sou eu que crio, e divirto-me muito a trabalhar”

A construção sofreu uma forte queda há cerca de dez anos. Como se tem comportado o mercado português desde então? Nós fizemos despedimentos coletivos, fizemos lay-off e durante algum tempo os nossos trabalhadores só receberam parte do seu ordenado. De 2007 para 2016 descemos de 1000 máquinas para apenas 100 e de 50 milhões para apenas dez. Mas estamos aqui. Fizemos o trabalho de casa, mas sem termos feito aquilo que a troika fez, que foi provocar danos irreversíveis para muitos trabalhadores. A Motivo atua ainda no ramo de aluguer de equipamentos através da SpeedRent. É uma área de negócio que está a ser bem-sucedida? É o tipo de empresa que os ingleses designam de rent to sell. Não é uma empresa de aluguer pura e dura, com muitas máquinas do mesmo modelo. Pelo contrário, tem muitos modelos e poucas máquinas do mesmo modelo. É como uma espécie de montra. Trazemos máquinas que a maioria dos nossos concorrentes não vende, para que o cliente esteja mais informado e possa experimentar um modelo específico. É uma empresa de aluguer muito virada para a venda… Sim, é fundamentalmente virada para a venda. Vendemos a alguns alugadores e não queremos concorrer demasiado com eles. Temos poucas máquinas de cada modelo para que os nossos clientes possam testá-las e possam comprá-las.

FLORESTA

Para o setor da floresta foi criada em 2018 a submarca Motivo Forestry. O

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que diferencia esta gama? Trouxemos ideias da utilização de máquinas na Rússia, Uruguai, Brasil... Estudámos também o mercado português e tentámos arranjar máquinas para a floresta com inovações e que permitam obter mais rentabilidade. São as únicas no sector que têm extintores automáticos tal qual como os carros de competição. São também as únicas com vidros de policarbonato, resistentes a bala, e são forradas por baixo a hardox. As máquinas que nós desenvolvemos já estão a contribuir para que de futuro se façam máquinas mais aperfeiçoadas. É de esperar que as mini-pás carregadoras de rastos, associadas a destroçadores, venham a ser adicionadas à gama florestal? Para já, estamos muito focados nos dois modelos que agora propomos [as mini-escavadoras com destroçador e a giratória com cabeça processadora]. Gastámos centenas de milhares de euros na sua evolução. Terminada a fase de mostra, vamos agora ao que interessa que é comercializar. Se os resultados forem bons, continuaremos com outros produtos para a floresta, de certeza absoluta. E esse é um produto que eventualmente iremos ter.

AGRICULTURA

No sector agrícola, quem é o comprador típico dos tratores JCB Fastrac e o que é que procura? É um cliente financeiramente sólido, que trabalha bastante, e que utiliza o trator retirando dele o maior partido. Atualmente, há marcas de tratores que estão a entrar no segmento da movimentação de cargas, comercializando pás carregadoras e telescópicos. Que vantagens encontra o cliente quando sai da sua marca de tratores e opta por comprar máquinas JCB? Nós representamos a marca que é líder mundial de telescópicos.

O cliente compra JCB porque tem mais valor comercial, porque temos uma boa resposta em termos de assistência e porque é uma marca de prestígio. Na agricultura, fala-se cada vez mais de eficiência e de sustentabilidade. Vê potencial para a SpeedRent se poder alargar a este sector, ou há obstáculos a desaconselhar que esse passo seja dado? Na agricultura ainda há muito a noção de propriedade e não pensamos que exista disponibilidade para o aluguer de máquinas sem operador. Não iremos por aí. Existem sim empreiteiros florestais que alugam máquinas mas têm operadores especializados. Quando se tem uma máquina que custa 150.000 ou 200.000 Eur a trabalhar de aluguer, é preciso que o operador seja muito eficaz para retirar todo o rendimento. A Motivo pretende conquistar quota no sector agrícola. A participação na Feira de Santarém enquadra-se nesse objetivo… O principal objetivo da participação na Feira de Santarém foi transmitir aos agricultores que estamos a sério no sector. O segundo objetivo foi mostrar máquinas que são inovadoras e inéditas no nosso mercado. Por último, com as máquinas que já estão em perfeita comercialização procurámos dar aos nossos clientes a possibilidade de saírem da feira mais informados. Trouxemos à feira dois tratores que são o topo de sofisticação e pretendemos ver qual é a reação do mercado. Sem meias palavras, queremos claramente crescer no setor agrícola..

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PRODUTO // Gestão de parque de máquinas

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HÁ UM PÉ-LEVE QUE CARREGA FORTE

E A SUA VIDA DAVA UM FILME

eguem tratores na Estrada da Erra, deixada para trás a Praça de Toiros, que depois enfiam para os campos da charneca de Coruche, levantando o pó à passagem de tantos rodados dos conjuntos trator-reboque carregador. Ali vem uma armada Herculano e o que

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a espera é trabalho bem pesado. Num dos pivot alugados em que vai fazer silagem, já lá está uma banheira de 18 toneladas, a que acrescem outra igual, e uma maior, com três eixos, de 24 ton. Vamos ter trabalho para 60 ton. Coisa dita simples para o Pé-Leve, agricultor, produtor de leite e de carne bovina.

Estamos em Coruche, no Ribatejo, mais que uma província, um microcosmo agrícola, onde parece que tudo acontece. A história começou com uma só vaca, em 1988, ordenhada à mão, naturalmente, por Avelino Pé-Leve, com exploração agrícola homónima, cuja designação já vem do tempo do

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// Sociedade agrícola Avelino Pé-leve

Que se desengane o ribatejano Alves Redol, que este não se chama Constantino, mas sim Avelino, também guardador de vacas e de sonhos. É Pé-Leve de nome, não de feitio. O filho cria cavalos lusitanos e ambos têm jeito para a veterinária, que era o sonho do pai. É um homem experiente, modesto e moderno, mas que gosta mais de máquinas robustas. Como vamos descrever esta “Gestão de Parque de Máquinas”? Vamos ver no que dá...

seu pai. A casa não fica distante do Intermarché de Coruche. “[O leite] Ia levá-lo ao posto público com uma motorizada, com um pote à frente do depósito. Depois comprei uma ordenha de um pote de 50 litros. Depois uma de dois potes. Mais tarde realizámos obra e fizemos uma sala de ordenha de quatro pontes para 20 vacas”, diz Avelino, que se prepara para tomar de assalto o

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A Herculano é das marcas preferidas de Avelino Pé-Leve

tema da maquinaria para os trabalhos de campo que então o auxiliou a crescer como agricultor. E muito! “Na altura, só tinha um trator. Era do meu pai. Carregávamos a silagem à mão, não tínhamos unifeed, não havia nada. Depois comprei outro trator e só depois avançámos para o unifeed, necessário para a vacaria.”

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PRODUTO // Gestão de parque de máquinas

“Costuma-se dizer, quando se fala de automóveis, que quem entra na Volvo já não sai. Com os reboques da Herculano passa-se a mesma coisa”

»

GRANDES HERCULANOS

Chegou mais um triturador/misturador de alimento para os animais, anos mais tarde, e tudo foi continuando a crescer, a crescer. “A partir de 2002 é que a coisa ficou séria. E começou a aventura com os Valtra. O primeiro foi em 2002, o segundo em 2004, o terceiro em 2006 e mais um em 2008. Estes que por aqui estão foram comprados já usados, nos últimos quatro anos. Da Herculano, o primeiro reboque que comprei foi um espalhador de estrume, daqueles de um eixo. Já tem para aí uns seis anos, mas resiste estoicamente. E depois, sucessivamente, temos vindo a aumentar o parque, até chegarmos a este, de três eixos e 24 toneladas”, enumera Avelino, enquanto dá instruções aos pessoal para o acompanhamento da ensiladora que pica o segundo corte da forragem, tudo azevém.

“Este é um animal estupendo. E tem caixa manual” 18

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// Sociedade agrícola Avelino Pé-leve

Tal forragem encontra correspondência com os números que haveria de desfilar: “Neste momento temos 550 animais. Somos quatro na sala de ordenha, comigo e mais a minha mulher. Criamos vitelos para o Pingo Doce e constituímos uma cooperativa, em 2014, e é assim mesmo que se chama, Coop2014, somos mais de 20 produtores que vendemos diretamente à Lacticoop, do grupo Lactogal, a quem entregamos perto de 150 mil litros/dia.” Gostamos mais do azevém e é o que produzimos. Em termos de proteína é melhor e faz um silo mais homogéneo do que as misturas. Usamos ração no unifeed, apenas para completar. Mas somos nós que fazemos a ração.” O terreno onde Avelino Pé Leve está a fazer silagem não lhe pertence, mas é alugado. Ao todo, aluga 100ha. Em parcelas próprias distribuídas por Coruche, nos Campos, no Couço, e também na Agolada, tem 30ha de sua propriedade. “Fazemos forragem e milho. Cortamos sete milhões de kg por ano para o gado. Todos os fenos e silagens vão para a alimentação dos animais. Temos um efetivo grande, e engordamos os animais para o Pingo Doce. Só engordamos os vitelos das vacas. De leite produzimos à volta de três milhões de litros/ano”, dita o amigo Avelino, de cor, como de cor parece saber toda a lista de maquinaria da exploração.

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Ricardo, filho de Avelino, ajudou na ensilagem

HERCULANO EM VANTAGEM

Mas então, a Herculano parece estar em vantagem sobre as demais. Ou não? A resposta é desarmante: primeiro avança uma explicação basilar, depois abre os braços e revela que tem mais paixões. “Porque são máquinas que servem bem e estamos satisfeitos. Costuma-se dizer que quem entra na Volvo já não sai. Com os reboques da Herculano passase a mesma coisa. São marcas que nos dão garantia, que resolvem os problemas que possam aparecer. Trabalho com um dos seus concessionários há muito tempo, são pessoas de confiança. Se nos servissem mal já não negociávamos com eles, isso é certo.”

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PRODUTO // Gestão de parque de máquinas

Avelino Pé-Leve (à esquerda), a sua equipa e o proprietário do terreno.

O SONHO ERA SER VETERINÁRIO

»

Muitos homens sonham, outros são mais terrenos. Avelino também sonhou e queria ser veterinário, mas apenas de formou em sabedoria, agora com a cátedra da experiência. “Eu tinha jeito, mas o meu pai não me deixava. O nosso veterinário na vacaria faz a reprodução dos animais, mas a clínica sou eu que a faço. Sei dar soro a uma vaca, sei castrar

“Tenho mais reboques, mas mais pequenos. No que se refere a banheiras é tudo Herculano. E está tudo impecável, pois temos extremo cuidado com o material quando acabamos as campanhas, esta e a do milho. Por isso, é tudo bem lavado. Dantes, quando comprava serviços agrícolas não tinha que me preocupar com isso. Agora é diferente.” A ensiladora em trabalho recolhe e pica o produto do primeiro corte feito pela condicionadora. “Eu próprio, quando comecei, contratava prestação de serviços. Mas depois fui-me equipando.

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porcos e bois. Tudo isto eu aprendi. E olhe que têm aqui estagiado veterinários a quem eu passo os meus ensinamentos.” Um deles, do Porto, vai prosseguir os estudos nos Estados Unidos, mas tem-lhe dito que nunca pensou aprender tanto na casa Pé-Leve. “Quando ele aqui começou perguntou-me se eu era veterinário. Qual veterinário, disse-lhe. Sou é experiente.

Comprei aquela máquina usada [a ensiladora], há três anos. Estava nova. No ano passado cortou um ror de toneladas sem ter uma avaria. Tenho muitas alfaias, um semeador de linhas, juntadores, espalhadores de feno. Os fornecedores que me dão assistência são de muita confiança e isso é muito importante neste ramo da agricultura, a confiança que temos uns nos outros.” A NECESSÁRIA ROBUSTEZ

Na hora de renovar o parque, Avelino Pé-Leve recorre a quem conhece bem. Quase todos assim o fazem. Mas volta a

E os outros veterinários dão-me razão quando lhes digo que vitelo que eu não consiga tirar da vaca só lá vai com cesariana. E assim acontece mesmo. Uma vez fiz um parto de três gémeas a uma vaca, todas vivas. Pois aquilo era um montão de patas e mãos, e eu tirei-as todas. Foi um grande esforço. Mas estão todas vivas.

surpreender pelas suas convicções: “Eu e a tecnologia muito evoluída não nos entendemos muito bem. Não sou muito apologista disso. Prefiro equipamentos robustos. A verdade é que, ultimamente, temos comprado mais máquinas usadas a amigos, gente por quem tenho muita amizade e estima. É que isto está difícil. Eu vou ficando com os tratores que os outros já não querem, pois têm poucas horas. Há dois anos emprestaram-me este trator que só tinha 4800 horas. Pois ele está farto de trabalhar e não deu qualquer problema. Também tenho comprado alguma coisa em França, e na

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// Sociedade agrícola Avelino Pé-leve

“Quando a Herculano precisa de algo ainda novo para mostrar nas feiras até leva o meu material, seja uma plataforma, seja alguma banheira. Há uma ótima colaboração“

PERFIL DA EXPLORAÇÃO SOCIEDADE AGRÍCOLA AVELINO PÉ-LEVE LOCALIZAÇÃO

» Coruche

ATIVIDADE

Holanda, diretamente aos concessionários. Corre tudo muito bem e nem precisamos de lá ir. Com os homens da Herculano é que há, também, uma excelente relação, não só de colaboração, mas também de grande amizade. Quando precisam de algum material, ainda novo, para mostrar nas feiras, até levam o meu equipamento, seja uma plataforma, seja alguma banheira. Há uma ótima colaboração. Mesmo quando se trata de alterações que eu proponho, os seus engenheiros vêm ver, observam bem, tiram muitas fotografias e se for caso disso procedem a alterações para a construção dos futuros modelos. É patente minha [risos]. Gosto dessa forma de proceder.

» Exploração de bovinos para produção de leite e carne COLABORADORES 6

» CULTURAS Azevém e milho » ÁREA » 30 HECTARES (PRÓPRIA); 100 HECTARES (ARRENDADA) BOVINOS

» 550 animais

CONFIAR NAS MARCAS

Não será preciso ter mecânica própria, atendendo a que dispõe de um parque tão grande e diverso? “Para quê? Isto não dá problemas. Mas, pronto, quando existe alguma coisa vem alguém da concessão ou da Herculano e há assistência rápida, e na hora. O meu filho Ricardo também percebe disto. Ele é técnico de construção civil, e ainda foi para Tomar para engenharia civil, mas como ficou a trabalhar comigo... Agora, ele cria cavalos lusitanos e vende para o estrangeiro e anda a pensar em fazer engenharia agrícola. Fez um curso de inseminação nos Açores. É ele que trata do assunto, apesar de ter muito jeito para mecânica. Por vezes resolve os problemas pelo telefone. Devias era ser veterinário e ajudavas cá na casa, digo-lhe eu. Mas ele não quer. Prefere andar comigo no campo.” Avelino Pé-Leve observa os trabalhos no campo e dá despacho aos três reboques já bem carregados de silagem. Está concluída a tarefa. Dialoga com o proprietário do campo, e combinam como irão proceder à rega com o pivot e entendem-se quanto aos passos seguintes: vai ser preciso passar grades pelo terreno para preparar uma nova sementeira, mas agora para o milho. Mas depois volta a atirar, convicto: “Uma coisa é certa: esta malta nova tem que se habituar a trabalhar. Há cada vez mais engenheiros a trabalhar em vacarias e com os tratores. Se de trator anda-se tão bem como de carro, pois tem ar condicionado, suspensão e banco pneumáticos. Tenho oferecido boas condições para trabalho na vacaria, mas rapidamente vão embora. O problema é que todos querem ir trabalhar para os computadores e ninguém quer ficar no campo. Mas isto é preciso fazer.”

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PARQUE DE MÁQUINAS HERCULANO: 3 reboques HMB18; 2 reboques plataforma HTP10; reboque HMB24; reboque espalhador de estrume H2RS11; grade discos HVRP 32-26; grade discos HVR 28-26; cisterna CH 10.000l KUHN: condicionadora FC 313; condicionadora FC283; condicionadora rebocável FC3160 TLR; gadanheira GMD700; juntador GA7501; espalhador de feno GF5801; semeador linhas Premia 300+rototerra HP302; unifeed Euromix II2280 NEW HOLLAND ENFARDADEIRAS: D1010R; BB960R; NH570 GALUCHO: reboque MG16; reboque 12T; reboque 10T; charrua 5F-16; grade 24-26; chísel rígido KDR300 CLAAS: ensiladora Jaguar 840 com frente milho Kemper 445 / frente erva PU300HD MANITOU: Telescópico MI 634-120; Pá carregadora O&K L20 VALTRA TRATORES: (2X) 6350; (2X) 6550; N 101; T120; T191; T202 MASSEY FERGUSON TRATORES: 4370

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MERCADOS // Estatísticas

NEW HOLLAND LIDERA VIGIADA POR PERTO PELA KUBOTA

A

New Holland, marca de tratores que mais vendeu durante o ano de 2018, mantém a hegemonia da tabela de matrículas de tratores novos no mercado português, contabilizados os três primeiros meses do exercício comercial de 2019. No total, o mercado está a crescer quase dois dígitos (9,8%), com 1428 unidades novas matriculadas. Em 2018, após três meses de vendas, aquele número era inferior em 128 unidades. A marca do grupo CNHi matriculou, de janeiro a março deste ano, 216 novas unidades, 15,5% mais que em idêntico período de 2018 (187 unidades), mas é vigiada de perto pela Kubota, que comercializou 191 unidades até março. Todavia, a marca japonesa registou um grande impulso de vendas, ao crescer 63,2% entre os dois períodos em análise, aproximando os valores da quota de mercado. Enquanto a New Holland chega ao fim do primeiro trimestre com 15,18% da praça, a Kubota subiu para os 13,42%. Segundo as tabelas comunicadas pela ACAP à revista abolsamia, com base no registo de novas matrículas fornecido pelo IMT, e uma vez expurgadas as vendas de veículos utilitários (contrariamente ao que o sector preconiza, pois foram integrados na categoria de tratores agrícolas), surge no terceiro lugar deste ranking a John Deere, com 125 tratores matriculados, menos dois que no 1º trimestre de 2018 (-1,6%), o que lhe confere uma quota de mercado de 8,78%. A Deutz-Fahr, marca do grupo SDF, ocupa a quinta posição, com 118 unidades, o que representa um salto quantitativo de 28,3% face a 2018 e uma quota de 8,29%. No quinto lugar desta tabela, a Daedong/Kioti vendeu 82 novas unidades, 41,4% mais que nos três primeiros meses de 2018, resultado que lhe garante 7,17% de quota. A destacar, porém, a prestação dos tratores da Claas, com uma subida de 200% face a 2018, uma vez vendidas 18 unidades (6 em 2018), mas ocupando a 18ª posição do ranking. Referência muito especial para os tratores Lovol, que saltaram 350% nesta tabela, uma vez que venderam 9 tratores, quando em 2018 apenas tinham comercializado 2. No que se refere a potências, a fasquia preferida dos agricultores portugueses é aquela que está compreendida entre os 30 e os 39cv, pois abarcou 337 unidades, ou seja 23,68% do total do mercado.

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Destes, os Daedong/Kioti estão no topo (49), seguidos pela Kubota e LS (46). Estes valores, somados aos 21,5% do escalão imediatamente acima (40-59cv), totalizam 45,18%, praticamente metade do mercado de vendas. O escalão máximo (mais de 184cv) apenas preenche 0,5% do mercado.

REBOQUES EM QUEBRA

Em relação aos reboques, o mercado decresceu na ordem dos 16,4% nos cinco meses em análise (menos 129 unidades em 2019 face a 2018), e a Galucho detém a primazia, com 132 novas unidades vendidas, mas também com variação negativa, pois em 2018 matriculara 224 reboques.

Matrículas de tratores novos JANEIRO A MARÇO 2019 com comparativo de igual período em 2018 MARCA NEW HOLLAND KUBOTA JOHN DEERE DEUTZ-FAHR DAEDONG/KIOTI LS SAME SOLIS LAMBORGHINI HURLIMANN LANDINI CASE IH BRANSON ISEKI MASSEY FERGUSON FENDT TYM CLAAS VALTRA A. CARRARO GOLDONI Mc CORMICK ARBOS LOVOL DONG FENG JCB CARRARO BCS FARMTRAC MITSUBISHI YANMAR CAPTAIN FERRARI SHIBAURA YAGMUR TOTAL

2019 216 191 125 118 102 82 70 69 62 60 58 31 29 26 24 21 19 18 18 15 14 13 10 9 6 5 4 3 3 3 2 1 1 1428

2018 187 117 127 92 74 58 65 110 53 55 78 20 11 20 27 14 34 6 30 10 23 32 0 2 9 5 8 9 6 2 9 3 4 1300

VAR. % 15,5% 63,2% -1,6% 28,3% 37,8% 41,4% 7,7% -37,3% 17% 9,1% -25,6% 55% 163,6% 30% -11,1% 50% -44,1% 200% -40% 50% -39,1% -59,4% 350% -33,3% 0% -50% -66,7% -50% 0% -88,9% 9,8%

VAR. UNID. 29 74 -2 26 28 24 5 -41 9 5 -20 11 18 6 -3 7 -15 12 -12 5 -9 -19 10 7 -3 0 -4 -6 -3 0 -8 128 ORIGEM: IMT // FONTE: ACAP

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MERCADOS // Estatísticas

O mesmo se passou com a Herculano (113 unidades em 2019, 147 em 2018). No terceiro lugar, a Rates obteve um resultado favorável, pois aumentou 42 unidades ao resultado totalizado em 2018 (eram 70 unidades, passou para 112). No total, o mercado absorveu menos 129 reboque nestes cinco meses (659), quando em 2018 tinham sido adquiridos 788.

Reboques agrícolas novos JANEIRO A MARÇO 2019 2019 MARCA GALUCHO HERCULANO RATES JOPER MASSIL REBOAL OUTEIRO COSTA AGRIDUARTE ROCHA OUTROS TOTAL ORIGEM: IMT // FONTE: ACAP

2018

TOP 10

EVOL. 19/18

TOTAL

%

TOTAL

%

UNID.

132 113 112 71 61 59 27 16 15 10 43 659

20 17,1 17 10,8 9,3 9 4,1 2,4 2,3 1,5 6,5 100

224 147 70 90 78 93 21 14 7 4 40 788

28,4 18,7 8,9 11,4 9,9 11,8 2,7 1,8 0,9 0,5 5,1 100

-92 -34 42 -19 -17 -34 6 2 8 6 3 -129

ESPANHA CONTINUA EM FESTA; REINO UNIDO EM QUEDA A matriculação de tratores novos em Espanha continua a evidenciar a tendência de crescimento face a 2018. Com o mês de maio já incluído, a evolução do mercado cifra-se em mais de 22,9% de aumento de vendas relativamente ao período homólogo do ano passado. Após cinco meses de vendas, o acumulado de vendas de novos tratores é de 4936 unidades (4008 em 2018). A John Deere encima a tabela de vendas, com 1246 unidades comercializadas, seguida da New Holland, com 707 e da Case IH, com 328. De acordo com os dados do Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação, a venda de reboques agrícolas também está em alta: +12,6% nos primeiros cinco meses face a 2018. Também as vendas de maquinaria arrastada ou suspensa aumentaram 14,3% naquele período. No Reino Unido, onde o mercado, tradicionalmente, é estável, mas invariavelmente com tendência para crescimento, a situação é de variação negativa face a 2018: até maio, a quebra de vendas situa-se nos 3,4%. O valor acumulado de matrículas de tratores novos é de 5162 tratores. Em cinco meses, apenas em abril se verificou uma variação positiva relativamente a idêntico período de 2018.


Veja a Galeria de Fotos em

PRODUTO // Kubota Orange Days

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TRACTORES IBÉRICOS

BEJA JÁ FICOU MARCADA COM A COR DA KUBOTA

Para Bruno Pignatelli a marca Kubota tem uma nova grandeza

ALENTEJO, TERRITÓRIO QUENTE E EXTENSO, QUE REQUER TRABALHO FORTE E POTENTE, TAMBÉM JÁ ESTÁ MATIZADO COM O LARANJA DOS TRATORES E ALFAIAS KUBOTA. TRACTORES IBÉRICOS ORGANIZOU PELA PRIMEIRA VEZ EM PORTUGAL OS ORANGE DAYS EM BEJA E JÁ ANTECIPA QUE O CENTRO OU O NORTE SERÃO ELEITOS, EM 2021, PARA NOVA DEMONSTRAÇÃO DE TODA A GAMA, CADA VEZ MAIOR E MAIS FORTE

C

erca de 600 convidados, entre

para satisfazer quaisquer necessidades dos

clientes, uns já adeptos, outros

clientes em Portugal.

ainda potenciais e representantes

Não faria sentido lutar com as outras

de toda a rede de concessionários,

grandes marcas do mercado numa posição

foram convocados por Tractores

de inferioridade. Nós já somos grandes e assim

Ibéricos para os Orange Days Kubota, jornada

podemos mostrar aos nossos clientes que somos

dupla de demonstração da marca japonesa de

uma realidade ao nível dos grandes players a

tratores e implementos agrícolas. A tórrida Beja,

nível mundial.

capital do baixo Sul, submeteu a maquinaria a exigente exercício. Dir-se-ia que os 12 magníficos apresentados

Aqui [a Beja] vieram muitos clientes de todo o continente e Açores, e provavelmente nunca imaginariam que veriam um trator Kubota com mais

foram anfitriados pelo mestre de cerimónias

de 100cv. Havia ainda a ideia que a Kubota estaria

de ocasião, o RTVX 1110, um diesel utilitário para

só associada a tratores pequenos, ao nível dos

auxílio ao trabalho de campo, modelos que têm

minis. É uma ideia que queremos mostrar que já é

tido grande aceitação, já evoluídos desde a

errada, é passado, pois temos uma gama que vai

sua génese, que começou na série 900. E à sua

até aos 170cv.”

batuta evidenciaram a prontidão, consoante o desempenho para que foram idealizados.

AS ALFAIAS LARANJA

Bruno Pignatelli, diretor geral de Tractores Ibéricos,

E a prova estava ali mesmo à frente, quando o

explicou o conceito das ações demonstrativas dos

M7172, o modelo mais potente da Kubota (175cv de

Orange Days:

potência máxima), com motor de 6.1 litros, desfilou diante da audiência, o modelo Premium com caixa

KUBOTA POR TODO O LADO

KVT, de variação contínua e hidráulico frontal, para

“Que aqueles que já são clientes, mas também

a ocasião equipado com um chísel de 11 braços

os potenciais, vejam com estas demonstrações

e grade incorporada. Na ação de Beja também

que a Kubota não é por acaso que luta pela

lá estava o M7152 (150cv), que se exibiu com uma

liderança do mercado em Portugal. A marca está

charrua de quatro ferros.

presente em todo o lado, tem uma rede de 20

24

Alfaias que, desde 2012, uma vez adquirida a

concessionários distribuídos por todo o país, sem

empresa Kverneland, ostentam a cor e marca

qualquer zona descoberta. E, também, que temos

Kubota. “Os implementos da Kverneland, detida

uma gama completa de tratores e equipamentos

a 100% pela Kubota, são verdadeiramente

que conferem à marca uma oferta generalizada

profissionais, sendo que o nosso mercado, pelo

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O 5111 plataforma e vista geral da receção dos convidados (ao lado)

Pormenor da cabina do 5111, a maior do seu género (esquerda) e a imponente lança do pulverizador XMS218

Carregadores frontais desenvolvidos em colaborfação com a Tenías e enfardadeira Kubota

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»

UMA LANÇA NO MERCADO EM BEJA Com o semestre a chegar ao fim, as expetativas da Tratores Ibéricos eram, então, otimistas. De acordo com Bruno Pignatelli, a Kubota está a aumentar a quota de mercado, a recuperar em relação ao ano passado, e dentro dos nossos objetivos. Nesta zona, distrito de Beja, onde a Kubota era quase inexistente, já conseguimos, no ano passado, ficar em segundo lugar, e estamos agora a conseguir entrar em alguns grandes grupos agrícolas, da fileira dos olivais e amendoais, para a qual temos um excelente produto, o M5UN (Utility Narrow). Tem entrado muito bem na região, onde há marcas que já têm algum histórico. Mas a verdade é que estamos a mudar esse rumo, pois já somos mais conhecidos.” Outra das razões para tal sucesso tem sido a

tipo de culturas, pelas áreas de trabalho e pela potência média dos

campanha de financiamento a 72 meses, sem

tratores escolhidos, não necessita tanto destes implementos. Uma

juros, e oferta de extensão de garantia até cinco

fresa será porventura a alfaia que mais que se utiliza no nosso país

anos.

e a Kubota já tem este implemento. Aliás, os nossos concessionários que estavam habituados a oferecer com o tractor uma fresa de produção nacional, agora já oferecem um pacote totalmente Kubota.

ORANGE DAYS VOLTAM EM 2021

O resto das alfaias “não profissionais”, continuam a ser fabricados e vendidos por fabricantes e distribuidores nacionais. Na gama mais profissional, isso sim, e no caso da época da forragem, já no seu final, essas alfaias estão a sair bem”, explicou o responsável da Tratores Ibéricos, que reforça a qualidade daquelas alfaias, mesmo os carregadores frontais Kubota e outro desenvolvidos pela Kubota em parceria com a Tenías.

CLIENTES APRESSADOS A série M foi mesmo a que teve maior representação em Beja, pois também ali estiveram o 4072, com caixa 36x36, cabinado e equipado com destroçador SE3200 Kubota, os M5 com plataforma e o cabinado (uma das maiores do mercado), com Hi-Lo e equipado com um juntador RA 1043, que faz trabalho com 4,30m de largura. De seguida mostraram-se três MGX, com 122cv (este com bi-speed, que permite um raio de viragem bastante mais reduzido), 132cv (junto a um pulverizador XMS218, que impressionou pelas barras de 24 metros, e 141cv, com carregador frontal e uma charrua RM2005 de 4 As ações de demonstração Orange Days Kubota

ferros. Também da série M, surgiu um 6121 (130cv), equipado com

regressarão em 2021, pois no próximo ano a

carregador frontal MX e que tem caixa Powershift.

Tractores Ibéricos está a pensar fazer idênticas

Apenas o M5 Narrow não esteve presente no segundo dia da

ações de campo no decurso da Agroglobal. A

operação “Laranja”, pois foi despachado para um cliente que tinha

empresa está a ponderar a localização para o

pressa em iniciar os seus trabalhos.

ano seguinte - “para apalpar outras realidades e

No entanto, também se mostrou o L2421, descrito como um dos

outro tipo de clientes”, explicou Bruno Pignatelli -,

campeões de vendas, para a ocasião equipado com uma fresa

ainda incerta se no Centro ou Norte do país.

RTZ6017 Kubota.

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// Tractor of the Year® 2020

PRIMEIRO ANO DE

SUSTAINABLE TOTY

Imagine um clube influente que tem acesso a informações confidenciais. É um pouco assim que o TOTY funciona. E por fazermos parte deste prestigiado clube e do júri , quem primeiro fica a par das próximas tendências da indústria é você PO R : J OÃO SO B R A L

O evento Let the Challenge Begin realizase com o patrocínio oficial da marca de pneus Trelleborg e representa o ponto de partida de cada nova edição do prémio Tractor of the Year® [TOTY]. Desta vez realizado na histórica cidade de Roma, reuniu durante dois dias, a 15 e 16 de maio, os 25 membros do júri e os representantes de 12 diferentes marcas de tratores. As novidades para este ano são várias e iremos revelá-las passo a passo, à medida que formos transpondo etapas.

O

MODELOS SOB CONFIDENCIALIDADE

Alguns dos modelos propostos ao júri estão por enquanto a coberto de confidencialidade. Isto acontece porque há lançamentos oficiais previstos apenas para a Agritechnica, e outros casos ainda em que as marcas irão organizar eventos próprios, já durante o verão, onde anteciparão as renovações de gama. EDIÇÃO INAUGURAL DO ‘SUSTAINABLE TOTY’

Qual é o trator que, considerando as suas caraterísticas e modo de trabalho, mais pode contribuir para uma agricultura sustentável? É

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esta a pergunta que norteará o nosso trabalho de avaliação no âmbito de uma nova categoria do TOTY que faz a sua estreia na edição deste ano. Não sabemos como se irá concretizar esta nova etapa. Mas sabemos que corresponde a novos desafios e a um relançamento do prémio. Pela primeira vez vamos avaliar parâmetros ambientais e de sustentabilidade, porque a tendência global aponta para a necessidade de alimentar uma população em crescimento. E passamos a ter a bordo da competição três protótipos, que concorrem exclusivamente à nova distinção. Tendo em conta a seleção do júri, é quase certo que o primeiro ‘Sustainable TOTY’ não usa o diesel como fonte de propulsão. Contudo, a resposta à pergunta inicial será conhecida só na Agritechnica 2019. TESTES EM CAMPO

Mas, antes disso, ainda vamos ter oportunidade de nos metermos ao volante dos modelos finalistas. Os eventos de teste em campo são organizados por cada fabricante e realizam-se em diferentes localizações, de norte a sul da Europa. Modelo a modelo iremos dando a conhecer as soluções que a indústria está a preparar para os anos vindouros.

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CAMPO ABERTO

Tratores para campo aberto cuja carga máxima admissível seja superior a 8900 kg CASE IH MAGNUM 380 CVXDRIVE

Deixando de lado os Steiger e os Quadtrac, e considerando apenas os tratores de arquitetura convencional, são os Magnum que aparecem como série de topo da Case IH. Desde o seu lançamento, em 1987, já passaram por muitos desenvolvimentos. A geração que está atualmente no mercado foi apresentada em 2014 e é agora chegada a hora de a marca lhe adicionar diversas atualizações. Os detalhes associados ao novo Magnum 380 que chegará ao mercado em 2020 serão conhecidos em setembro. CLAAS AXION 960 TERRATRAC

O conceito foi mostrado pela primeira vez na Agritechnica 2017 ainda como protótipo. Nesse certame foi galardoado pelos prémios de inovação da DLG com uma medalha de prata. Agora, após um mais aprofundado trabalho de finalização, a marca irá colocar no mercado este Axion com rodas no eixo dianteiro e com rastos TerraTrac no eixo traseiro. Segundo a marca, este conceito concilia as vantagens dos rastos, em termos de tração e proteção do solo, com as características de condução de um trator de arquitetura convencional. Adicionalmente, e devido a este sistema de rastos que foi desenvolvido para suportar um elevado esforço de tração, o trator passa a incluir suspensão no eixo traseiro, podendo alcançar uma velocidade máxima de 40 km/h. FENDT 900 VARIO

Em 2016, a Fendt lançou no mercado a série 1000 Vario, tendo então dado passos com muito significado. Por ter feito uma escalada de potência num trator de arquitetura convencional e por ter mais uma vez revolucionado a tecnologia de transmissão ao apresentar o conceito VarioDrive. Neste trator não se liga ou desliga a tração, ficando essa gestão a cargo de um sistema eletrónico. Pois bem, se tem presente o modo de funcionamento de um Fendt 1000, então já pode fazer uma ideia de como será a próxima geração 900 Vario. O modelo em concreto que é candidato em representação desta série será revelado mais tarde. MCCORMICK X7.624 VT-DRIVE

A próxima geração da série X7 surge com um linha de capot semelhante

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GAMA COMPLETA

ROGATOR 655 aos X8 e com um teto da cabine esteticamente retocado. O X7.624 é o modelo mais potente, sendo servido por um bloco FPT NEF de 6,7 litros que fornece 240 cv de potência máxima com boost. Equipado com uma transmissão de variação contínua de origem ZF, pode alcançar os 59 km/h de velocidade máxima e os 50 km/h a um regime económico de 1600 rpm. Entre os opcionais, a McCormick disponibiliza o eixo dianteiro com suspensão independente. Na cabine, os interfaces de comando recebem ligeiras atualizações e a coluna de direção passa a ser ajustada através de manípulos elétricos. VALTRA N154E VERSU

Na adaptação aos motores Fase V, a marca finlandesa aprimorou ainda mais os modelos da série N. Na posição de segundo trator mais potente dentro da série (acima existe apenas o N174), este modelo N154e Versu continuará a ser propulsionado por um bloco Agco Power de 4,9 litros que alcança uma potência máxima de 165 cv com boost. Equipa com transmissão powershift robotizada de 30 relações. Em virtude de incorporar um modo eco, permite alcançar velocidades altas de deslocação a um baixo regime do motor. O leque de equipamentos extra é vasto, incluindo o interface de comandos SmartTouch e uma nova suspensão pneumática no eixo dianteiro.

Alguns dos modelos propostos ao júri estão sob confidencialidade

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1100 MT

FORMER

ENFARDADEIRA SÉRIE E

ROTANA F COMBI

Forte, Lda. Est. da Circunvalação - 2794-065 Carnaxide Tel. 210 009 752 | Assist. Técnica 210 009 775 Fax. 214 187 542 www.agriculturaemaquinas.com

TIGO 75 XR

Lagoa da Amentela - EN 118, km 38,6 2130-073 Benavente Peças e Assist. Técnica: Tel. 263 519 800 Fax. julho 263 519 810 abolsamia / setembro 2019 31


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MELHOR UTILITÁRIO Tratores convencionais com potência acima de 70 cv, motor no máximo com 4 cilindros, e carga máxima até 8.900 kg FENDT

No decorrer deste ano, a marca alemã apresentará uma novidade de peso no segmento dos tratores utilitários. Para já, fique a saber que o posto de condução vai levar uma grande volta. Mais detalhes ficam por revelar daqui por umas semanas, inclusive a designação do modelo. KUBOTA M4072

Com dimensões compactas, o M4072 é um trator destinado a aplicações ligeiras, como a fenação, ou como trator principal em explorações de pequena e média dimensão. A propulsão está a cargo de um motor Kubota de 4 cilindros, com 3331 cm³, que fornece 74 cv de potência. A transmissão

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é uma 36/36, com 6 relações distribuídas por 3 gamas e 2 velocidades powershift. Entre os opcionais para este modelo estão o elevador e a TDF frontais. Pode ainda ser configurado com carregador fornecido de fábrica pela marca. NEW HOLLAND T5.140 DYNAMIC COMMAND

Como a designação T5.140 indica, a série T5 irá receber um modelo de maior potência e transmissão robotizada Dynamic Command. Mais detalhes acerca deste trator serão revelados no decorrer deste ano. STEYR 4130 EXPERT CVT

A marca austríaca está a reforçar a oferta de tratores utilitários,

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FILTROS / LUBRIFICANTES / BATERIAS

Parâmetros ambientais e de sustentabilidade a avaliar pela primeira vez

adicionando ao seu catálogo uma série mais sofisticada. O Expert 4130 é o modelo mais potente desta série, estando equipado com motor FPT de 4,5 litros, que perfaz 140 cv de potência máxima. A transmissão é de variação contínua e o pack de tecnologia é semelhante ao que o cliente encontra nas séries de maior potência. Inclui o sistema Easy-Tronic II para gestão automática de sequências nas cabeceiras. Dispõe de um compartimento para refrigeração e o cliente pode optar por três diferentes acabamentos de banco, tanto do condutor como do passageiro.

FERRAMENTAS

VALTRA A114 HITECH4

A transmissão Powershift HiTech4 com 16 relações veio adicionar maior conforto de utilização à série A da Valtra. Inclui funções programáveis, podendo a passagem de algumas relações ser definida para modo automático. Este modelo A114 é propulsionado por um bloco Agco Power de 4,4 litros que perfaz 110 cv de potência. Por ser um modelo muito utilizado com carregador frontal, a marca concebeu um apoio de braço com joystick eletrónico que inclui 3ª e 4ª funções hidráulicas. Dispõem de suspensão mecânica na cabine e de um painel de instrumentos mais completo comparativamente com os restantes modelos A com transmissão mecânica.

SEDE R. Dr. Francisco Silva Pinto, 80-90, Z. Ind.da Formiga, 4445-403 ERMESINDE Telefone. 229 759 610 • FAX. 229 759 611 eurofiltros@eurofiltros.pt • www.eurofiltros.pt FILIAL ALPENDORADA • T. 255 611 334 • balcaoalpendorada@eurofiltros.pt www.abolsamia.pt

FILIAL AVEIRO • T. 234 243 931 • balcaoaveiro@eurofiltros.pt

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FILIAL BATALHA • T. 244 249 238/9 • balcaobatalha@eurofiltros.pt

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MELHOR ESPECIALIZADO Tratores destinados a pomares, vinhas e zonas montanhosas CARRARO COMPACT V75

Para desempenho em culturas frutícolas, em vinhas e em estufas, a Carraro propõe o modelo V75. Com largura mínima a partir de apenas 1 metro e distância entre eixos de 1,8 metros, está pensado para tarefas a realizar em espaços muito apertados. Equipa com motor Deutz de 3 cilindros, com 2200 cm³, disponibilizando 75 cv de potência. A nível de transmissão, são três as opções desenvolvidas pela própria Carraro: 12/12 com inversor sincronizado, 24/24 com inversor e Hi-Lo sincronizados, ou 24/12 com inversor e Hi-Lo eletro-hidráulicos. Por enquanto, o V75 está disponível só em versão de plataforma com arco. MASSEY FERGUSON 3709 AL

A série AL (Alpine) é uma nova variante que a Massey Ferguson acrescenta aos especializados MF 3700. Composta por três modelos, é o mais potente o escolhido para candidato a Melhor Especializado. O bloco empregue é de origem FPT, com 4 cilindros, 3400 cm³ e 95 cv de potência máxima. A transmissão é uma semi-powershift 24/12 fabricada pela Carraro, com 4 relações repartidas por 3 gamas, permitindo alcançar uma velocidade máxima de 44 km/h. Pode equipar com elevador e TDF frontais em opção. A partir de 2020, a marca disponibilizará ainda como extra a suspensão no eixo dianteiro. Um baixo centro de gravidade e uma generosa largura de via tornam este modelo apropriado para zonas montanhosas, como o nome Alpine indica. Fica posicionado na gama da marca entre os especializados puros e os convencionais MF 4700. NEW HOLLAND T4.110 N

As características técnicas deste trator são de momento confidenciais. Mas tal como a designação indica, trata-se de um modelo estreito da gama de especializados T4, com um nível de potência que ultrapassa os 100 cv. As principais inovações a desvendar dizem respeito predominantemente ao conforto de operação, o que inclui a utilização de pneumáticos Trelleborg PneuTrac. SAME FRUTTETO CVT 100 ACTIVESTEER

Na passada edição do TOTY, a Same saiu vencedora nesta categoria com

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ESPECIALISTAS EM FILTRAÇÃO

Passamos a ter a bordo pela primeira vez três protótipos que concorrem à nova distinção

o modelo Frutteto CVT 115 S. Volta este ano à competição com um trator ainda mais sofisticado. Cabe ao Frutteto CVT 100 ActiveSteer defender o título de Melhor Especializado. É propulsionado por um motor FARMotion de 3 cilindros, com 2887 cm³, que perfaz 97 cv de potência máxima. A característica mais revolucionária comportada por este modelo é o eixo traseiro direcional, que possibilita a escolha de quatro diferentes modos de direção: apenas as rodas do eixo dianteiro, viragem proporcional de ambos os eixos, viragem proporcional com atraso para que uma alfaia rebocada siga a trajetória do trator, e viragem ao estilo caranguejo. Um dado a realçar é que o modo proporcional permite uma redução significativa (28%) do raio de viragem. Entre o equipamento disponível está ainda a gestão de cabeceiras ComforTip e o eixo dianteiro com suspensão independente.

FERRAMENTAS

SAME FRUTTETO CVT 100 ACTIVESTEER

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Rua Mariana de Andrade, nº7, Armazém C, 2840-196 SEIXAL Telefone. 212 253 284 masterflow@masterflow.pt • www.masterflow.pt COMERCIAL: pedro@masterflow.pt ESCRITÓRIO: financeira@masterflow.pt abolsamia LOGÍSTICA: logistica@masterflow.pt

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SUSTAINABLE TOTY É quase certo que o primeiro ‘Sustainable TOTY’ não usa o diesel como fonte de propulsão FENDT E100 VARIO

De dimensões compactas, este trator é propulsionado por dois motores elétricos, um em cada eixo, que perfazem uma potência de 50 kW/68 cv. Para servir as alfaias, o sistema garante picos momentâneos de potência até 150 kW. A energia é armazenada em baterias de lítio de 100 kWh que têm uma autonomia para 5 horas de trabalho. Estas podem ser recarregadas até 80% da sua capacidade em apenas 40 minutos, sendo a gestão da energia monitorizada através de uma app. O e100 Vario é compatível com alfaias convencionais ligadas à TDF e com alfaias eletrificadas. NEW HOLLAND METHANE CONCEPT

A propulsão a gás metano aplicada a tratores tem vindo a ser trabalhada pela New Holland desde 2013, ano em que apresentou o primeiro T6 Methane. O Methane Concept corresponde ao estádio mais desenvolvido deste projeto, sendo propulsionado por um bloco FPT de 6 cilindros a gás que fornece 180 cv de potência. Devido ao combustível utilizado, a marca anuncia uma redução de custos operacionais de 30% comparativamente com o diesel e uma redução das emissões poluentes na ordem dos 80%. Em parceria com a Cirrus, no SIMA 2019 a New Holland apresentou uma estação para abastecimento rápido de GNC (gás natural comprimido). Composta por reservatórios e compressor, constitui a parte logística importante para tornar este projeto viável. O Methane Concept enquadra-se numa estratégia da New

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Holland que visa utilizar em máquinas agrícolas a energia proveniente de recursos existentes na exploração, como os dejetos dos animais ou as culturas energéticas. RIGITRAC SKE 50 ELECTRIC

Com um motor elétrico em cada eixo, este modelo compacto da marca suíça fornece uma potência de 50 kW/68 cv e pode alcançar os 40 km/h. A TDF tem também um motor elétrico dedicado, com 23 kW de capacidade. Este tem a particularidade de permitir dar resposta a maiores solicitações da alfaia que se concretizem em picos de potência até 35,6 kW. O armazenamento de energia é garantido por baterias de lítio de 80 kWh que facultam uma autonomia de trabalho variável entre 3 e 6 horas. Estas podem ser recarregadas até 80% da sua capacidade em cerca de 3 horas. A cabine apresenta dimensões generosas, incluindo assento de passageiro.

Os eventos de teste em campo são organizados por cada fabricante e realizam-se em diferentes localizações europeias

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LANDINI REX 4 design. conforto. produtividade A série REX 4 é formada por cinco diferentes modelos, com potência máxima compreendida entre os 76 e os 112 cv. A versão 120 GT, esta com maior largura de via, concebido para pomares de linhas largas, esteve entre os finalistas do prémio “Tractor of the Year 2019”, na categoria de Melhor Utilitário. As versões F, GE e V, com vias mais estreitas, são as adequadas para a maioria dos pomares e vinhas. O bloco propulsor é um Deutz de 4 cilindros, com 2,9 litros de capacidade e cumpre a norma de emissões Fase IIIB/Tier 4i, através de uma combinação EGR+DOC. São várias as opções de transmissão, desde a caixa sincronizada 12/12, com inversor mecânico, à mais completa, uma 48/16 com três níveis de powershift e inversor eletrohidráulico. A nível hidráulico, a capacidade de elevação traseira atinge os 3400 kg, enquanto a elevação frontal tem capacidade para 1400 kg.

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Forte, Lda. Est. da Circunvalação, 2794-065 Carnaxide Tel. 210 009 752 | Assist. Técnica 210 009 775 Fax. 214 187 542 www.agriculturaemaquinas.com

Lagoa da Amentela, EN 118, km 38,6 2130-073 Benavente Peças e Assist. Técnica: Tel. 263 519 800 Fax. 263 519 810

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ESPECIAL FNA 2019 Foram a vinha e o vinho os denominadores comuns da 56ª Feira Nacional

da Agricultura, realizada em junho, em Santarém e organizada pelo Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas. Foi ultrapassada a marca

dos 200 mil visitantes e foram milhares os tratores, outras máquinas, alfaias

e os mais variados utensílios agrícolas expostos por perto de 300 entidades. Na hora do balanço, os responsáveis fizeram alusão à vitalidade do sector. Em boa verdade, continua a ser uma festa muito popular, com campinos, cavalos e cavaleiros, gado, música, gastronomia e comércio a rodos

T E X TO S

C A R LO S B R A N CO, J OÃO S O B R A L E J OÃO B A R B O S A

FOTO S B R U N O M E N E S E S , C ATA R I N A G U S M ÃO E WO R K M OV E

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Veja a Galeria de Fotos em www.flickr.com/abolsamia

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FNA

Tel. 244 819 110 • agricortes@agricortes.pt • www.agricortes.pt

2019 ESPECIAL

AGRICORTES

SOLIS ESTREITO COM CABINE e novas opções para a vinha

A Agricortes apresenta um novo trator estreito adequado a pomares e vinhas, que pode estar equipado com cabine e várias soluções de pneus. O Solis 75N tem novo chassis aerodinâmico com frente e habitáculo remodelados. Esta máquina vem munida com todo o driveline Carraro, caixa sincronizada 12x12, bomba de injeção Bosch e um potente motor de 4087 cc SOLIS 75N Este trator adota travões multidisco em banho de óleo e aciona travagem às quatro rodas, sendo equipado de série com travão hidráulico ao reboque Rexroth Bosch. “É uma máquina que consegue trabalhar em espaços mínimos, com os seus 1,45m de largura. Serve para trabalhar em vinha e pomares, como por exemplo laranjais”, destacou João Verde, comercial da Agricortes, que lhe acrescentou outros adjetivos: “É bastante versátil, cómodo e ergonómico.” TYM 393 O novo TYM 393 é uma nova opção para complementar a gama. De plataforma complemente plana é mais compacto face aos seus ‘irmãos’ de casa, indicado para vias mais estreitas, como vinhas, e cultivos baixos. Tem o arco de segurança rebatível à frente, enquanto os seus pares o têm à retaguarda. “Em termos de poupança, sendo de três cilindros, acaba por ser um trator muito equilibrado e também mais económico”, diz João Verde. CARRARO VL85 A Agricortes apresenta o Carraro VL85, que tem a cabine mais estreita do mercado, apenas 1m de largura, ainda mais estreita do que a linha dos pomareiros Carraro que têm cabine de 1,2m de largura. O Vigneto Largo, com motor Iveco de 85 a 115 cavalos,

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pode ser equipado “praticamente com tudo o que quisermos”, sustenta João Verde. “Podemos ter inversor mecânico, inversor electro-hidráulico, podemos ter uma caixa de 12, uma caixa de 24, vários tipos de saídas hidráulicas, desde quatro a oito saídas laterais. É o trator que podemos customizar com praticamente o que quisermos”, acrescentou.

ENFARDADEIRA PAKSAN Outra aposta forte é a enfardadeira Paksan Super Yunus, com capacidade para armazenar oito rolos de fio, evitando paragens para reposição. Faz fardos retangulares com 36x46x120cm, sendo possível definir o comprimento, a compactação, o volume e peso do fardo. Pesa 2000 kg sendo uma alfaia robusta, profissional, com ventilador nos atadores, cabeçote e pick-up hidráulico, com extintor de série. OUTROS DESTAQUES Unifeed Fimaks - a mais pequena misturadora-distribuidora rebocável do mercado com os seus 3 m3; Multi-fresa Minos – altura da barra de 65cm, equipada com fertilizadora e abre-regos regulável.

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FNA

Tel. 261 321 018 • geral@agrifaia.com • www.agrifaia.com

2019 ESPECIAL

AGRIFAIA

DONG FENG

agora melhor na floresta

A

Agrifaia apresenta uma nova variante do tractor Dong Feng DF504G3, de 50 cavalos. Em si, a máquina é idêntica à que a precede, mas agora está disponível com pneu radial, refere Hélio Sousa, comercial da empresa. Esta inovação vem preencher uma lacuna na oferta da empresa, com sede em Torres Vedras. O rodado anteriormente comercializado é o ideal para trabalhar em hortas, mas para operar em pinhais ou eucaliptais faltava uma melhor opção. “É um pneu mais aderente, que agarra mais e dá uma maior estabilidade ao motor”. Por isso, está agora mais bem apetrechado para

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trabalhos exigentes e em terrenos mais acidentados. G2 MELHORADO Uma outra novidade é relativa ao Dong Feng de 30 cavalos (DF304G2), pois se estava disponível com cobertura plastificada, agora vem com chapa. A localização do seletor de velocidades passou do espaço central para a lateral. Desta forma ganhou-se espaço para o operador. As ofertas de tratores e alfaias comercializados pela Agrifaia têm bons argumentos também ao nível de preço. O DF504G3 não é exceção e tem um valor de compra muito baixo, refere Hélio Sousa, antes de

Posto de condução melhorado

sintetizar:. “Esta é uma máquina apetecível para o agricultor que tem um hectare ou dois e quer fazer um pomar ou ter uma vinha.”

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FNA 2019 ESPECIAL

Tel. 910 661 043 • jseisdedos@arbos.es • www.arbos.com

ARBOS

ARBOS para quem

quer simples e fiável

Simples, fiáveis e económicos, assim resume Javier Seisdedos, diretor geral da marca para a Península Ibérica, o que são os tratores Arbos

A

série 5000 é constituída por máquinas muito requisitadas pelos agricultores portugueses e os resultados têm sido animadores. “Os agricultores estão a pedir um trator simples e é isso que nós temos”, clarifica Javier Seisdedos, responsável da marca para Portugal e Espanha. Uma das melhores aplicações para este trator é a criação de gado bovino. O diretor geral da Arbos refere que é uma actividade em que se pretende simplicidade: “As pessoas querem um trator simples, porque entendem que é mais económico, não só em termos de valor de compra, mas também pelo custo da manutenção.” Para aquele responsável, “a tecnologia avançou tanto que, em muitos casos, se ultrapassaram as necessidades, pois quem tem uma pequena exploração de gado bovino tudo o que precisa é de um carregador para limpar,

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para carregar o unifeed, pelo que dispensa grandes tecnologias.” Embora a empresa-mãe seja chinesa, os Arbos são máquinas italianas, fabricadas em Modena. Alguns componentes vêm da China, mas as partes mais delicadas são de tecnologia italiana. ARBOS 4110Q Como o segmento dos tratores especializados está a registar maior dinamismo, outro dos destaques da Arbos foi dado ao modelo 4110Q, trator com 102 cv e uma altura de cabine ao solo de apenas 180 cm. Com máxima tração e um baixo centro de gravidade tornase particularmente indicado para trabalhar em olival superintensivo. “Não toca nas azeitonas, não toca nas ramas, não cai tanta fruta ao chão, pode passar sob as amendoeiras e o condutor está protegido”, sublinha Javier Seisdedos.

Javier Seisdedos e Osvaldo Cordeiro (Responsável de vendas)

Arbos 4110Q

Os agricultores estão a pedir um trator simples e é isso que nós temos ARBOS 5115 Para campo aberto, destaca a gama 5000, que compreende tratores de última geração. O 5115 está equipado com motor Kohler, de 3.400 cc e potência de 122 cv. A potência da série 5000 varia entre os 110 e os 136 cv. A ponte dianteira é Arbos, com powerlift de 4.600 Kg de capacidade máxima de elevação.

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FNA

Tel.263 519 800 • divagricola@auto-industrial.pt • https://divisaoagricola.autoindustrial.pt

2019 ESPECIAL

AUTO-INDUSTRIAL Comando elétrico da Primor 2060H

Conjunto descompactador

Primor 2060H

Kuhn, uma escolha acertada

para campos abertos

O mercado cerealífero continua sob a mira do grupo Auto-Industrial, que apresenta uma vasta vasta de soluções da Kuhn para satisfazer as necessidades do cultivo em espaço aberto

O

descompactador Kuhn DC-301 é um dos trunfos do grupo Auto-Industrial, máquina de três metros de largura de trabalho e com quatro braços, com alhetas entre os 30 e os 40 centímetros. Em Santarém, a Kuhn apresentou também uma rototerra EL-162, preparada para ser atrelada a outra máquina de lavoura, o que requer um trator com potência superior a 200 cv. “Poupa três passagens, pois permite, de uma só vez, descompactar e fresar a terra, para ficar pronta para o semeador de precisão”, explica Manuel Baioneta, inspetor de vendas da marca. Manuel Baioneta destaca igualmente duas enfardadeiras: uma mais simples, para quem não faz muitos fardos, e uma profissional, para quem enfarda acima das 10 mil unidades. “A FB 119, que não tem facas, não tem picador, faz um fardo normal, de 1,10 por 1,25 metros, de câmara fixa e atador de rede. A FB3130 OC-14 é para profissionais, para alugadores, ou para quem tenha uma grande extensão e faça muitos fardos. É uma máquina muito robusta”, explicou aquele representante da marca.

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VASTA GAMA FORRAGEIRA Mas a linha verde da Kuhn também é constituída por outras máquinas de corte, destacando-se a gadanheira GMD310, capaz de cortar no intervalo de 3,10 metros, o unifeed Profile e o distribuidor-soprador de palha Primor 2060H. O unifeed tem dois sem-fim verticais, com duas portas de descarga, caixa de duas velocidades, para poder trabalhar 16 metros cúbicos. “Estamos a vender muito para os Açores, porque para este unifeed, de 16 ou de 18 metros cúbicos, um trator de 80 cavalos trabalha perfeitamente com ele, pois tem a velocidade mais lenta para fazer a mistura, e a velocidade mais rápida para fazer a distribuição”, assegura Manuel Baioneta. Para o bem-estar animal, o técnico realça o Primor 2060H, que designa como “ideal para fazer camas ou para fazer a distribuição de palha pelas manjedouras”. Esta máquina tem a particularidade de orientar por comando elétrico, a partir da cabine, a boca de descarga num ângulo de 300 graus. Quando não está a ser usado é colocado no exterior, num suporte próprio, para a sua preservação.

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Tel. +34 918 307 964 • pedro.bueno@claas.com • www.claas.com

CLAAS IBÉRICA

O mercado português de tratores é estável, mas demasiado pequeno

Jose Ignacio Vega, diretor da Claas Ibérica, passou por Santarém e falou do universo Claas, do mercado português, das tendências e ainda lançou um alerta sobre as culturas da moda

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Claas Ibérica vai no terceiro ano de atividade em Portugal, mas o seu responsável já conseguiu identificar as particularidades do mercado de maquinaria agrícola. É (muito) pequeno e desequilibrado, mais talhado para a agricultura de pequenas parcelas. A tendência europeia já não aponta tanto para os tratores com menos de 50cv, pois está mais profissionalizada. Jose Ignacio Vega, diretor da Claas para a Península Ibérica, admite que a marca não trouxe novidades a Santarém, mas revelou que o material embarcado com destino a Portugal está todo vendido. “Há muito para entregar a clientes, pelo que

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aproveitamos o transporte. Tudo o que está aqui é adequado a trabalhar em Portugal, razão pela qual está vendido. Mas há dois anos tivemos aqui o trator Xerion, na altura uma novidade”, disse o dirigente da marca. O último encontro com Jose Ignacio Vega ocorreu em Lugo, na Galiza, no evento anual da ‘Fábrica Verde’. “A campanha forrageira correu muito bem. Somos especialistas e desde 2003 temos gama completa de máquinas, seja para cereal seja para forragens. A Claas Ibérica ainda é jovem em Portugal, mas já tem uma rede de concessionários muito profissional. Não nos podemos queixar. Tanto no ano passado

como neste as nossas ensiladoras de forragem Jaguar aumentaram as vendas em 100 por cento. Em ceifeiras também houve aumento. Vamos a ver como se estão a portar os tratores a meio do ano”, comentou Vega. NOVA LEXION Estarão as novidades Claas guardadas para a Agritechnica, ou o anúncio da nova Lexion, a apresentar este mês, em Paris, será o ponto alto anual da marca alemã? “É segredo”, diz o espanhol, divertido. “Essa máquina transformou a venda de ceifeiras no mundo e a própria posição do mercado da Claas desde 1997, quando foi lançada. Desde

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FNA 2019 ESPECIAL

dez enfardadeiras, 30 para fardos redondos, três ensiladoras. O dos tratores oscila muito, sobe, baixa, é muito volátil. Continua a ser o único mercado que tem uma proporção muito elevada de vendas até aos 50 cavalos, enquanto que no resto da Europa essa margem é cada vez mais pequena relativamente às potências elevadas, talvez já muito perto dos 50%. E se em Portugal cresce abaixo dos 50 cv quer dizer que estamos a falar de uma agricultura mais passageira e menos profissional. Mas este ano parece que as vendas estão a está a crescer algo. Todavia, o mercado está estável e esperemos que mantenha essa estabilidade. Em Espanha também ocorreu a aplicação da lei para acabar com determinadas classificações de motores, o que forçou a matriculação de tratores até ao final do ano. Ora, isso gerou um crescimento falso.

A ceifeira Lexion vai ceder o lugar ao novo modelo a lançar em julho

A equipa da Claas Ibérica

então temos visto vários renovações, sempre a pedido dos clientes. Mas um dia elas teriam que parar. Há um momento em que é preciso algo mais. Chamar-se-á Nova Lexion, o que é uma coisa boa. Menos positivo é que, quanto mais produtiva for, menos máquinas se irão vender, pois a nova irá produzir 20% mais que a sua antecessora. Estará no campo em 2021, seguramente. Na próxima campanha, em Espanha, e em outros países, trabalharemos com algumas unidades pré-série. E não deixou de elaborar sobre as tendências de alguns dos principais construtores: “Haverá novidades na Agritechnica, mas não haverá novidades nos próximos anos. Todas as marcas estão submetidas à

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evolução da motorização. Quer isto dizer: estamos na Fase V e na mother regulation II, mas já se está a dar o passo para a mother regulation III. Tudo isso está a impedir a progressão da evolução técnica. Nos últimos sete anos – e digo-o claramente - não houve uma verdadeira evolução técnica, mas sim política. Poderá haver interesses encobertos, mas os mercado estão a travar, e muito, e não devido a uma crise financeira, mas tão-só por uma questão tecnológica. E quem está a colocar o travão é Bruxelas.” E depois voltou ao mercado português e às expetativas da marca para o ano em curso: “É sempre pequeno, infelizmente pequeno. Ano após ano, vendemos dez ceifeiras,

ESTÃO A ACABAR COM O CEREAL Jose Ignacio Vega não terminaria sem lançar o que chamou de alerta para o momento agrícola nos dois países, e ainda que dito “humilde”, classificado de “importante para os povos ibéricos”: “Temos que analisar como se está a operar a transformação do cultivo do cereal para as novas culturas da moda, e nos dois países. Em Espanha, em metade do país, até ao Mediterrâneo, desapareceu o cereal, a agricultura extensiva. Seguramente pela pressão das subvenções. É uma questão política. Pode ser que até tenha muito êxito, mas este enfoque no olival e nas árvores de frutos secos é a todos os níveis excessivo. E neste caso não há fronteira com Portugal.”

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FNA 2019

Tel. 218 548 200 • entreposto.maquinas@entreposto.pt • www.entrepostomaquinas.pt

ENTREPOSTO

ESPECIAL

e os 16 km/h sem perca de potência. Portanto, permite uma utilização agrícola do trator em 80% das tarefas agrícolas comuns. Pretende ser (quase) um trator de variação contínua”, comentou Carlos Domingues.

Com tudo o que significa Case IH

As enfardadeira CASE IH RB de fardos redondos são novidade da Case IH para 2019, assim como o Maxxum 150 Multicontroller, Trator do Ano (TOTY 2019), ambos presentes na Feira de Santarém

A

enfardadeira exposta, modelo RB455 de fardos redondos, tem câmara variável (permite obter fardos com diâmetro entre 0,90m e 1,50m, pelo que é possível alterar os diâmetros dos fardos comodamente dentro da cabine, utilizando para isso o monitor de informação e controlo: “Esta máquina é bastante simples, mas pode ser equipada com sistema picador de palha, sistema de comando através de ISOBUS, monitor AFS 700 Pro, entre outros”, diz Carlos Domingues, gestor de produto do Entreposto Máquinas. Estão também disponíveis enfardadeiras CASE IH RB de camara fixa com e sem plastificador, ou enfardadeiras LB de fardos gigantes.

CASE IH MAXXUM 150 O CASE IH Maxxum 150 apresenta a novíssima transmissão Active Drive 8, uma Powershift de 3 gamas e oito velocidades, completamente automáticas, sem perda de binário. “A gama B permite fazer todos os trabalhos de campo sempre em carga, uma vez que a variação de velocidade se situa entre os 2 km/h

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COMANDO MULTICONTROLLER Com posto de comando Multicontroller, com as saídas de óleo atrás, esta máquina tem a possibilidade de ter outros acessórios, como sistemas de auto-guiamento integrado AFS, ISOBUS, o elevador hidráulico e TDF frontal, travão de parque eletrónico, compressor pneumático, entre outros”, descreve Carlos Domingues. Uma outra aposta do Entreposto Máquinas são os tratores Case IH VESTRUM CVX Drive - 100, 110, 120 e 130 cavalos apenas disponíveis com transmissão de variação contínua CVX. Face ao Maxxum ou ao Puma, o novo modelo VESTRUM é o modelo de menor potência da CASE IH com transmissão CVX, e podem ser equipados com toda a panóplia de opções disponíveis em modelos de maior dimensão.

O SUCESSO DA BRANSON Quanto ao negócio, o Entreposto Máquinas está satisfeito com o desempenho no primeiro semestre de 2019. Segundo Carlos Domingues, o mercado agrícola em Portugal continua a crescer e a empresa tem estado à altura dos acontecimentos. O sucesso é particularmente notório na marca Branson, sobretudo no que respeita ao modelo F, com potências de 35, 40 e 45 cavalos.

Branson F47Cn

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FNA

Tel. 263 516 573 • expansaolda@net.sapo.pt • www.expansaolda.pt

EXPANSÃO

NOVIDADES DA VICON

A Expansão comercializa uma gama completa de maquinaria para os trabalhos agrícolas e opera no mercado português há quase 50 anos. Apresentou como destaques no stand a nova gadanheira Vicon Extra 732R e o adubador RAP-5 da marca espanhola Segués

CONFORTO 2019 RENTABILIDADE EFICIÊNCIA MANITOU ESPECIAL

NOVAS MLT

SHARE

GADANHEIRA VICON EXTRA 732R Condicionadora de oito discos rotativos com três facas por disco, largura de corte de 3,20 m e alongamento longitudinal. Está equipada com suspensão QuattroLink, que melhora o corte de erva. Esta é flexível, com movimentos de 700 mm (400 mm+300 mm) e ajuste hidráulico da pressão no solo. Tem proteção NonStop BreakAway a toda a largura de trabalho. DISTRIBUIDORES DE ADUBO RAP-5 Rebocados, estes distribuidores têm 5 ton. de capacidade de carga e a distribuição pendular (triangular, com 18 m de alcance), é da autoria do grupo Vicon; A distribuição mecânica é acionada pela TDF; Tremonha com paredes verticais para facilitar a queda do produto, com ativação hidráulica da abertura/fecho; Tabela de dosagem para produtos mais comuns; Pneus padrão 385 / 65-22,5 (pneus de flutuação opcionais).

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THE VI

SION

A nossa prioridade é tornar o seu negócio rentável! A vantagem das novas MLT NewAg: as máquinas mais cómodas do mercado, que otimizam o tempo investido no seu manipulador telescópico e melhoram a sua eficiência com um acesso de cabine simples, visibilidade total e uma redução significativa dos níveis de ruído da cabina (73dB). Manitou, a opção mais inteligente para a sua jornada de trabalho!

newag.manitou.com

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Tel. 210 009 752 • joao.lopes@forte.pt • www.forte.pt

FORTE

ESPECIAL

Há mais argumentos de peso

a juntarem-se aos Fendt

A Forte, do grupo Auto-Industrial, não é apenas importador da Fendt, pois tem apreciável oferta de material de cultivo, fertilização, tratamento de culturas e forrageiro, sucedendo-se as encomendas para as máquinas das Indústrias David, Bogballe, Kverneland e McHale

O

trator Fendt 1050 Vario, máquina de superlativos, pela potência e imponência, não deixou os visitantes da FNA indiferentes, que o fotografaram sem descanso. Curiosidade que foi extensível à ceifeira 6275c, ambas peças de tecnologia apurada que conduziram os interessados aos aposentos da Forte. Bernardo Agria, gestor de produto da empresa, fez as honras à casa. INDUSTRIAS DAVID A empresa espanhola de Múrcia está vocacionada para o olival, vinha e toda a fileira da fruta. “Temos aumentado a oferta para estas culturas, mais concretamente os intercepas, já que os agricultores estão a fugir dos herbicidas e isso já se nota, pois as vendas estão a crescer muito. Acima de tudo, o intercepas ventral, chassis e escarificadores com intercepas”, diz Bernardo Agria. Para a vinha, a empresa tem tudo para a pré-poda e poda definitiva. Segundo aquele especialista, há idêntico registo de interesse em todo o país, desde Melgaço a Faro. BOGBALLE “Estamos a vender os topos de gama destes distribuidores de adubo, onde se destacam os espalhadores com balança, section control e VRC (controlo variável de distribuição). Hoje já se podem fazer os mapas de fertilização em casa, enviam-se os dados com uma pen ou wireless, o que, aliado à condução automática do Fendt, faz com que operador

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tenha apenas que usar o volante para virar nas cabeceiras. A Bogballe tem estes excelentes argumentos”, nota Bernardo Agria. KVERNELAND Do grupo norueguês, a Forte comercializa máquinas de solos (charrua, chísel, rototerras e fresas) equipamentos forrageiros (gadanheira, junta e volta-pastos) e semeadores pneumáticos de milho e azevém, “linhas que os clientes já conhecem, gostam e confiam”, diz o representante da Forte. MCHALE Bernardo Agria esclarece que as enfardadeiras continuam em crescimento de vendas: “Tanto vendemos enfardadeiras de câmara fixa, sem plastificador, como enfardadeiras combinadas (Fusion), e continua a haver procura para plastificadores montados e rebocados.” FENDT O trator 211F Vario estava entre os destaques do stand da Forte. “Com as vendas dos vinhateiros e pomareiros a aumentar, o 211F Vario (com caixa Vario que se diferencia neste segmento), está equipado com suspensão no eixo dianteiro, na cabine e no banco, pode equipar também com hidráulico frontal e TDF. É um trator com plataforma e todas as operações realizam-se através do joystick”, diz Bernardo Agria.

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A PENSAR E INOVAR A AGRICULTURA DESDE 1920 www.galucho.com

facebook.com/galuchocom/

galucho.sa

ESPECIAL

Galucho, S.A.

NOVO REBOQUE MG18 MAIOR CAPACIDADE MELHOR DESEMPENHO

NOVA GRADE GSPV MAIS AMIGA DO AMBIENTE MAIOR VERSATILIDADE

NOVO REBOQUE PLATAFORMA NOVO COMPLEMENTO DE GAMA GARANTIA DE QUALIDADE

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FNA

Tel. 219 608 500 • agricola@galucho.pt • www.galucho.com

2019 ESPECIAL

Com centenário à porta GALUCHO REFINA A OFERTA

GALUCHO

Manter a competitividade e a excelência tecnológica, reforçar as parcerias estratégicas e inovar continuamente são objetivos para o que se seguirá aos 100 anos de atividade. Os produtos Galucho estão a ser refinados. Os responsáveis dizem que estão a proceder a uma racionalização gradual da gama de produtos com o objetivo de melhorar a oferta e encurtar os prazos de entrega

E

m Santarém, em ação dirigida à rede de concessionários, José Justino, Presidente do Conselho de Administração da Galucho, sintetizou o momento da empresa, lançando a pista para o futuro: “Queremos mais inovação, com maior rapidez, para que nos próximos 100 anos continuemos na liderança do mercado agrícola nacional, sempre a apresentar novidades”. A um ano de cumprir o centenário da fundação, a empresa diz não poder, contudo, viver apenas do mercado nacional: “A inovação e o desenvolvimento tecnológico têm custos muito elevados e necessitam de escala para serem compensadores, gerar retorno e garantir um volume de vendas adequado à capacidade de produção da nossa fábrica. Apesar da liderança e da importância do mercado português para a Galucho estamos a reforçar as parcerias estratégicas

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nos mercados-alvo de exportação. Na área comercial definindo e incidindo esforços nos produtos da nossa gama actual mais adequados e competitivos em cada mercado. E planeando, num horizonte temporal de médio prazo, o desenvolvimento de modelos novos, idealmente adequados aos vários mercados em que atuamos e que proporcionem um retorno através das sinergias nos processos de produção e comercial. Nesse sentido, mantemos um diálogo muito próximo entre a nossa engenharia e os nossos distribuidores nesses mercados para desenhar máquinas em que possamos aportar valor concorrencial, qualidade e tecnologia e, em alguns casos, complementando gamas de outros fabricantes. É o caso da parceria com a Farming Agricola para a distribuição da Galucho no mercado espanhol. Noutros mercados, extra-europeus,

temos uma parceria com uma marca de tractores de renome mundial e estamos a iniciar uma nova com uma outra marca, para desenvolvimento de uma gama específica de alfaias.” “No último ano tivemos alguns constrangimentos com um incêndio na nossa linha de pintura e grande dificuldade em contratar trabalhadores especializados - situação generalizada, de resto, aos principais sectores de atividade da economia portuguesa que limitaram a nossa capacidade de produção e acabaram por afectar o nosso volume de vendas. Mas é uma situação que já está ultrapassada”, acrescentou José Justino, afirmando que a empresa Galucho já recuperou a capacidade de produção, “o que nos permitirá entregar equipamentos a tempo, dos períodos de campanha, e inclusivamente, ter alguma capacidade adicional de produzir para stock.”

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FNA 2019

REESTRUTURAR, RACIONALIZAR

ESPECIAL

JOSÉ JUSTINO, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Para além da Divisão de Equipamento Agrícola que gera o maior contributo para o negócio da Galucho, também a Divisão de Equipamentos de Transporte Rodoviário está numa fase de grande dinâmica, dentro do objectivo estratégico de alcançar 40% do volume de vendas da Galucho no final de 2021. É uma área de negócio em que temos equipamentos muito sofisticados, nomeadamente nas caixas basculantes e nos semi-reboques utilizados na construção civil e no transporte de inertes. Utilizamos apenas materiais e componentes das melhores marcas, a nível de carroçaria e nos sistemas de travagem, suspensões e eletrónica. Estamos a dar um realce cada vez maior ao design do produto, o qual, por circular nas estradas e autoestradas, dá uma grande notoriedade à marca Galucho. É um tipo de produto de nível igual ao que melhor se faz na Europa, neste segmento.

NUNO PASCOAL, ADMINISTRADOR E DIRECTOR DO NEGÓCIO AGRÍCOLA IBÉRICO Na Divisão de Negócio Agrícola, em que a nossa especialização são os equipamentos de mobilização de solos, iniciámos um processo de racionalização da gama de produtos, apostando na simplificação de processos produtivos e na inovação, para conseguir fabricar equipamentos com maior valor acrescentado, mais modernos e competitivos, melhorando o prazo de entrega. Esta racionalização será feita progressivamente e tem como objectivo cimentar a liderança da Galucho. Iremos eliminar algumas séries de forma muito seletiva, mas, por outro lado, iremos continuar a fazer uma forte aposta nas grades médias e pesadas e nos reboques agrícolas.

UMA LOJA VIRTUAL PARA PEÇAS Uma das novidades apresentadas à rede de concessionários é a reformulação da divisão de peças de substituição, pela forma como se organiza, encomenda e distribui, para que a assistência ao cliente seja mais ágil e eficiente. E para isso foi criada uma loja online, a que se acede através do site da Galucho. A importância da gestão do stock foi enfatizada por Jorge Carvalho, recém-chegado à empresa, para uma área que ganhou autonomia, agora com identidade própria. Há mais recursos humanos para a servir e mais planeamento. O processo de encomenda na loja online contribuirá para que possa ser garantida uma melhor resposta, e a tempo. O cliente terá acesso visual à peça que deseja, em formato 3D, fará a encomenda online e poderá mesmo levantá-la no local que lhe for mais conveniente.

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MUITA NOVIDADE EM SANTARÉM Em alguns casos não são exatamente equipamentos novos, mas sim atualizados com melhorias significativas, como é o caso da grade de discos NA2CP (é um upgrade da A2CP), mais adaptada aos requisitos do utilizador, com veios mais robustos, no conjunto uma máquina mais pesada, mais equilibrada e que requer uma potência efetiva entre 110-120cv. O mesmo se poderá dizer das grades GSPV e NGVR. Esta, futuramente, deverá ter ser provida de um sistema Isobus, facilitando a interação com o utilizador. Uma grade que poderá suportar potência de tração de 400cv. O corta-mato CMF tem a gama remodelada, tal como a pá niveladora PN3. Entre os reboques, o MG18 realiza 58 graus de basculamento, estando nesta altura a ser desenvolvido para três eixos. Já o reboque RPL (plataforma) é novo, com três modelos disponíveis, consoante o número de eixos. A plataforma tem dimensões de 8 e 10 m.

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FNA

Tel. 256 692 515 • herculano@herculano.pt • www.herculano.pt

2019 ESPECIAL

REFORÇAR LAÇOS DE PROXIMIDADE

com o agricultor e com o conhecimento

Há um momento festivo na Herculano, pela celebração do cinquentenário da marca, há produtos novos, mas acima de tudo há um momento de partilha com clientes e concessionários, e uma grande abertura às comunidades científica e agrícola

O

momento é festivo, há melhores resultados, mas ainda não chegou o momento de comemorar. O cinquentenário da Herculano será fundamentalmente um momento de partilha com os seus colaboradores, a força vital da empresa, valores que privilegia. É nesse ponto que Fernando Jorge Teixeira, administrador da Herculano, coloca a maior ênfase, destacando que a componente dos recursos humanos é “a de maior relevância para a empresa”: “Estarmos a viver este 50º aniversário aqui [Feira de Santarém] é um momento de convívio com concessionários e clientes, para fazermos um pequeno balanço do que já passou e do que será o futuro próximo, mas será com os colaboradores que iremos partilhar o momento festivo”, justificou aquele gestor, que fala em abertura às comunidades científica e agrícola, às parcerias, ao reforço da proximidade com o agricultor. OUVIR O AGRICULTOR Tal futuro passa por uma continuada e forte aposta em parcerias, acima de tudo com a universidade, onde está o conhecimento, forma de garantir proximidade com o exterior, onde está o agricultor: “Temos que o levar ao interior da empresa para que ele veja como as coisas se fazem. Essa proximidade é importante, pois é ele quem nos dá o apport. Costumo dizer

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HERCULANO

Fernando Jorge Teixeira, presidente do Conselho de Administração da Herculano e João Montez, diretor comercial e de marketing

à nossa equipa de desenvolvimento que o projeto deve ser feito muito mais de fora para dentro. Uns e outros têm o conhecimento e são a razão do nosso slogan – ‘consigo no terreno’.” Encontrar recursos qualificados é que não tem sido tão fácil quanto parece. “É o retrato do próprio país”, atalha Fernando Jorge Teixeira, para quem a Herculano tem procurado encontrar as melhores soluções: “Hoje usa-se mais a inteligência e menos a força física. A indústria metalomecânica terá que usar, cada vez mais, a máquina, o robô. A mão-de-obra, se vai escasseando, também vai adquirindo muito mais competências, e nós também temos que desenvolver a indústria para a podermos receber.”

MAIS QUE UMA DIMENSÃO IBÉRICA O ano comercial está a correr alinhado com as previsões da Herculano, com um aumento de 15% na faturação, mas já com 65% dessa oriunda da exportação. “É assim que queremos continuar, pois uma empresa com a nossa dimensão não pode depender apenas do mercado português ou ibérico. Espanha é um mercado natural para nós, mas olhamos para outras latitudes, onde o nível de exigência é um pouco superior. Se a fasquia estiver mais alta, toda a nossa estrutura de desenvolvimento técnico também será melhor. Temos clientes importantes, como a John Deere, a Pöttinger, pois fabricamos componentes que são incorporados nas suas alfaias, algo

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FNA 2019 ESPECIAL

que representa entre 15/20% da nossa faturação”, explica o administrador da Herculano. Aconteça o que acontecer com a situação política no Reino Unido, a empresa não se sente muito exposta aos eventuais efeitos nefastos do Brexit, mas apenas pela situação cambial, que lhe poderá retirar competitividade. “Não é o mercado principal. Esse está localizado em

Espanha, Bélgica, França, Nova Zelândia, a crescer para a Dinamarca, Holanda, Austrália, Suíça e para os PALOP. “Temos potencializado as estruturas do grupo Ferpinta, em Angola e Moçambique e utilizamos essas sinergias. Iremos agora à Feira de Luanda, pois há muito para fazer em África, mas equipamentos apropriados já os temos para trabalhar”, conclui Fernando Jorge Teixeira.

PROTEÇÃO AMBIENTAL GARANTIDA O salão da Herculano na FNA estava

solo, em termos de azoto e fósforo. É um

REBOQUE DE SUCESSO

preenchido com as alfaias para

projeto ambicioso, tecnologicamente

Os reboques monocoques de

trabalho de solo, as cisternas e

avançado, que contamos depois lançar

transporte e de distribuição de estrume

os reboques. João Montez, diretor

no mercado”, diz João Montez

destacaram-se pela imponência, e particularmente o bem sucedido HTP.

comercial e de marketing da empresa, fez as honras da casa e elencou os

PREPARAÇÃO DE SOLOS

É produzido para a Bélgica e Nova

destaques da marca, a começar pelas

Na nova gama, em parceria com a

Zelândia, para o transporte de pedra,

cisternas, equipamentos melhorados,

Falc, destacam-se as grades rotativas

modelo que teve bastante sucesso no

desenvolvidos em colaboração com

(rotofresas, de 1 a 8m), fresas multifacas

SIMA e que irá também ser distribuído

o INESCtec (Universidade do Porto),

direitas (2,5 a 4m), trituradores para

em França. “Tem toda uma tecnologia

projeto iniciado há mais de um ano e

restos de poda e os limpa-bermas.

associada, quer seja a pesagem

que aposta na garantia de um melhor

“Outra gama que melhorámos são as

eletrónica, ou a lubrificação automática.

ambiente e nos ganhos de eficiência

grades rápidas (2,5 a 6m), sendo que

Todos os requisitos para ter sucesso em

para o utilizador.

as maiores podem ser aos três pontos

Portugal”, precisou João Montez.

“O ambiente é uma área que a UE tenta

ou rebocáveis. A partir dos 4m fecham

proteger e nós estamos cientes da

hidraulicamente para poderem circular

importância que ele tem. A transposição

na estrada. Temos uma gama completa

das diretivas europeias para a

de rolos, para acoplar às grades

legislação espanhola – em Portugal,

rápidas: de borracha, duplos, de gaiola,

acontecerá o mesmo -, fez-nos melhorar

packer”, descreveu João Montez.

os equipamentos e introduzimos os

A grades de 44 discos, com rolo-gaiola,

localizadores de chorume, pois teremos

tem vários melhoramentos. “Evoluímos

que o incorporar no solo, ou deixá-lo à

muito neste produto, até porque o nosso

superfície, mas especificamente no local

mercado em Espanha cresceu e coloca-

apropriado e nas quantidades corretas.

nos exigências que acompanhamos”,

João Montez explica que, quando

sublinha o responsável comercial.

foram apresentados o DPA para os distribuidores de estrume e chorume e o VRT para cisternas, o intuito da empresa já era, nessa altura, ir mais longe. “O que pretendemos, em colaboração com o INESCtec e outras instituições universitárias com as quais estamos a dialogar, é que o agricultor tenha a possibilidade de recolher uma amostra e fazer, no momento, a sua análise de

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FNA 2019

www.joper.com.pt • www.tomix.com.pt • www.ribatejo.com.pt

GRUPO JOPER

ESPECIAL

“Este é um momento ímpar na vida do grupo Joper”

Com a Ribatejo a celebrar o centenário da fundação, Jorge Pereira, presidente do Conselho de Administração da agremiação industrial de Torres Vedras, fala em contínua evolução e expansão do grupo Joper, interna e internacionalmente

J

oper, Tomix e Ribatejo, as três empresas que formam o grupo Joper, têm uma invejável saúde e mostraram na Feira de Santarém uma recheada carteira de produtos renovados para a atividade agrícola. Nota-selhe dinamismo e apetência para o crescimento, seja para consolidar projetos, seja pelo investimento em modernos processos produtivos, que o grupo diz ser capaz de lhe garantir o reforço da visibilidade internacional. Jorge Pereira, presidente do Conselho de Administração do grupo Joper, diz que o momento é “particularmente importante para o grupo, pois uma das empresas, a Ribatejo, faz 100 anos.” A Ribatejo – Metalúrgica Benaventense, que se destacou, nos primórdios, no fabrico de charruas, está na posse do grupo desde 2013. “Não muitas no mundo têm esse privilégio. A Ribatejo assistiu a tudo, desde a II Guerra Mundial, ao surgimento da Internet”, destaca Jorge Pereira, para quem o momento de regozijo é muito mais que uma celebração: “O grupo está a passar por uma fase de evolução e expansão. Consolidámos os projetos, inicialmente com a nova fábrica da Joper, posteriormente com a da Tomix, e as nossas três empresas têm a maior gama de oferta, com uma ímpar importância nacional, e

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abolsamia julho / setembro 2019

mesmo a nível ibérico. Temos projetos de crescimento, agora com fábricas e capacidade de produção melhoradas. E iremos concretizá-los a curto prazo.” CONTORNAR CARÊNCIA DE MÃO-DE-OBRA Que projetos, e onde? Jorge Pereira levanta (um pouco) a ponta do véu: “No mercado nacional iremos consolidar a nossa posição e aumentar a quota de mercado. Internacionalmente daremos um grande salto…” Não é a primeira vez que na Joper se admitem dificuldades na contratação de pessoal especializado para suprir necessidade produtivas. “Ainda não conseguimos colmatar totalmente esse problema”, reage Jorge Pereira, afirmando que chegou a apontar um caminho aos decisores: “Encontramos demasiada burocracia para admitir trabalhadores estrangeiros especializados. É por isso que a contornamos com a mecanização e automatização industriais. Temos vários robôs na área da soldadura, quinagem e movimentação de peças, aumentando assim a produtividade com o mesmo número de funcionários. Até temos capacidade de dar formação a quem é menos especializado, mas mesmo assim não temos obtido resposta do mercado de emprego.”

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FNA 2019 ESPECIAL

Grade de bicos rotativos da Joper, distribuidor pendular com subsolador da TOMIX e susolador com fusível da Ribatejo

culturas, demos a conhecer o chísel incorporador de restolho, modelo CR, e a grade rápida GR. Outras novidades na FNA foram a reformulção da grade rápida para vinha GRV, bem como um novo modelo mais ligeiro, a GRVL”, descreve Samuel Pereira. “Mas também o reboque 10TBDE rebaixado com caixa inox, uma nova fresa reforçada e descentrada, modelo JF-1D-H, e a grade de bicos rotativos modelo GBR, produto onde estamos a desenvolver uma gama”. “Na Ribatejo continuamos a desenvolver a gama de subsoladores e descompactadores, e na FNA apresentámos o novo subsolador com segurança fusível, modelo SBF”.

CARTEIRA DE ENCOMENDAS À beira do final do semestre, o volume de negócio do grupo Joper aumentou face a idêntico período de 2018. “Nos primeiros cinco meses as empresas cresceram, tanto a nível interno, como na exportação. A nossa carteira de encomendas é superior ao normal para esta época do ano, pelo que estamos bem melhor em termos de vendas”, notou Jorge Pereira. RENOVAR E TORNAR POLIVALENTE Apontando para dezenas de máquinas expostas, Samuel Pereira e Paulo Damião, responsáveis pelas áreas de produto, destacam a presença de novos modelos, atualizados, salientando a capacidade de adaptação das três marcas às novas solicitações do mercado e ao novo paradigma da agricultura portuguesa. “Na Joper, expandimos a nossa gama de trituradores, e apresentámos na FNA os novos modelos com pick-up, modelo TOP para olival e TVP para vinha. Para a floresta o triturador TRF com martelos oscilantes, e o triturador descentrado de braço modelo TDB. Para as grandes

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PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL “Continuamos com o foco na vertente ambiental, desenvolvendo equipamentos com menos consumo e prestações mais eficientes. Na pulverização, vamos aumentar a gama para maior capacidade até aos 4000 L para olival e amendoal. Estamos a desenvolver máquinas polivalentes, que podem servir ambas as culturas. Também apresentámos o novo pulverizador semi-rebocado, modelo TENDONE, com pulverização eletrostática, ideal para a cultura de uva de mesa. Na área de distribuição de adubo, o destaque foi para o distribuidor pendular DP, com subsolador para vinha ou pomar, e para o novo distribuidor DCQ de 2 discos, com uma largura de trabalhos de 12 a 24 metros, para cereal”, salienta Paulo Damião. Remata Jorge Pereira, que aborda o paradigma da evolução da panóplia de alfaias: “Há 40 anos havia 4/5 alfaias que satisfaziam as necessidades. Hoje é impossível. A nossa gama é abrangente, mas não conseguimos ter todas as alfaias. Por exemplo, na fileira na vinha, o que é válido aqui, pode não o ser a 50km de distância. Isso cria problemas a qualquer construtor”.

GRUPO JOPER EM NÚMEROS

34.000 m de superfície 2

coberta

176 Colaboradores 285.000

Máquinas produzidas

5.000

Unidades produzidas anualmente

16

Países como destino de exportação da maquinaria produzida, da EU, África e Américas

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FNA

Tel. 262 741 204 • jinaciolda@jinaciolda.pt • www.jinaciolda.pt

2019 ESPECIAL

O

J. INÁCIO

J. INÁCIO APRESENTA JOHN DEERE com mais dez cavalos na série 5G

trator John Deere 5105 GN é uma das novas apostas da J. Inácio, máquina que apresenta diversas novidades técnicas que a tornam mais potente. Rui Lopes, técnico daquele concessionário, destaca também a melhoria do habitáculo. Em acordo com as normas de emissões da Fase IIIB graças ao sistema de recirculação dos gases de escape, que inclui filtro de partículas e catalisador de oxidação, pode ser equipado com várias medidas de jante para se adaptar aos diversos tipos de cultura. Embora a motorização seja já conhecida (3,4 litros e 4 cilindros), no que respeita à potência é ímpar, pois consegue um acrescento de quase dez cavalos, no caso do bloco de 90cv, através do sistema de gestão inteligente da potência. “É uma máquina com uma cabine bastante espaçosa, com uma visibilidade espectacular, tem todos os equipamentos necessários para que o operador tenha tudo à mão e com fácil acesso”, assegura Rui Lopes.

ATOMIZADOR ADAPTADO A NOVAS CULTURAS Um outro destaque é o atomizador M 120 John Deere, com turbina invertida, torre e o novo comando H3O. Este equipamento está mais indicado para pomares e novas culturas que estão a proliferar em Portugal, como as amendoeiras, ginjeiras, cerejeiras. Equipado com uma turbina inversa, em vez de sugar o ar, faz o oposto, característica que permite uma maior capacidade do conjunto. Não acumula lixo na grelha, algo que frequentemente acontece com outros aparelhos, como folhagem e ervas secas, obstruindo a passagem do ar. O sistema inverso é também mais silencioso e permite ter os filtros do trator mais limpos. O comando H3O permite recolher os dados de campo para uma plataforma web de modo a registar todas as aplicações efetuadas e deste modo permitir a sua monitorização. Em termos de segurança, o M 120 vem equipado com um travão de reboque, ligado ao trator por sistema hidráulico, o que confere uma maior segurança em declives.

EM D ESTA QUE JOHN DEERE 5100 GL Este trator de plataforma está disponível com cabine. É mais baixo que o trator da Série GN, estando especialmente adaptado a culturas de árvores de copa larga, kiwis, ou vinhas em latada.

JOHN DEERE 5075 GL A J. Inácio comercializa também o 5075 GL, de 75 cavalos, com caixa mecânica. Trata-se de um trator plataforma, que permite operar onde as copas das árvores sejam mais baixas e obedece a todas as regras de segurança.

INTERCEPAS BIODYNAMIC A tendência para o abandono do uso dos glifosatos cria a necessidade de alternativas para o problema das ervas daninhas. O intercepas Biodynamic da Rinieri mobiliza a terra, empurra-a para o lado, arranca e espalha a erva, de modo a que esta seque.

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FNA

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2019 ESPECIAL

Já há fio condutor que leva Valvoline até ao coração da agricultura A Krautli, multinacional que representa, entre outras, a marca Valvoline, também esteve em Santarém para dar a conhecer ao mundo agrícola os lubrificantes norte-americanos. E já começa a correr um fio condutor

N

o picadeiro da FNA, boa parte das tarjas publicitárias estavam preenchidas pela Valvoline, numa das ruas que lhe dá acesso impunha presença no stand o Mercedes campeão nacional de trial da dupla da Auto-Higino, Cláudio Ferreira/João Lucas, patrocinada pela marca. O ADN desportivo da Valvoline, com mais de 150 anos de história (ver rubrica Antigamente...) está a chegar ao coração da agricultura. “Começa a correr um fio condutor entre nós e os nossos distribuidores. É um trabalho em curso, que vai levar o seu tempo, mas que temos de o fazer, pois ainda nem chegámos ao primeiro ponto da tabela”, diz Paulo Santos, responsável pelo sector de lubrificantes da Krautli. Segundo este, a presença da Valvoline na FNA – que poderia ainda ter sido mais visível, uma vez que pretendia

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KRAUTLI

a marca ser parceira institucional da feira – é feita em parceria com um dos seus distribuidores, a Orcopeças, localizada na zona industrial de Santarém, com outras lojas em Coruche e Almeirim. DINÂMICA DE PROXIMIDADE “É uma dinâmica de proximidade que queremos explorar, pois a Orcopeças está inserida numa zona agrícola por excelência. Tentamos angariar clientes do sector e desenvolver contactos com alguns expositores aqui presentes, especialmente fabricantes de alfaias, que à partida mais nos interessam, pois os construtores de tratores já têm a vertente dos lubrificantes preenchida internacionalmente”, explica aquele responsável. Mas como criar essa empatia com o agricultor, como rentabilizar a feira em termos de negócio? Paulo Santos responde: “Damos a nossa imagem, o que já é importante. Esperamos que facilite o trabalho dos nossos distribuidores no terreno, pois a

marca terá ficado na imagem do visitante, do agricultor. É um trabalho que a nossa força no terreno vai ter que fazer junto da comunidade agrícola.” O sucesso que a Valvoline vai granjeando na zona Sul de Espanha ainda não encontra paralelo em Portugal - “é um mercado muito diferente, onde as cooperativas agrícolas realizam as compras para um grande número de agricultores”, explica Paulo Santos -, mas o final de semestre para a Valvoline está a superar as expetativas: “O primeiro trimestre foi fantástico, com crescimentos na ordem dos 30%, o que ao fim de vários anos é significativo, e março foi um dos nossos melhores meses de todos os tempos. Temos campanha de outdoors, especialmente nas autoestradas, promoções, temos uma dinâmica mais forte. Vamos entrando, lentamente, na mente das pessoas. Vamos trabalhando calmamente a agricultura”, concluiu Paulo Santos.

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MOTIVO

FASTRAC 4220

JCB cada vez mais

florestal e agrícola A Motivo regressou a Santarém com uma aposta dupla. A um stand de grande formato, juntou um campo de demonstração onde um trator agrícola Fastrac e as máquinas para florestas estiveram a operar

A

ntónio Saraiva, diretor-adjunto agrícola da Motivo, acompanhou-nos na visita a ambos os espaços, onde explicou as características e vocação de cada máquina. “De há cinco anos para cá entrámos no mercado agrícola, principalmente com as multicarregadoras e estamos também a desenvolver o mercado de tratores. O sector agrícola já pesa nos negócios da Motivo cerca de 20 a 25% da faturação anual”, esclareceu.

Pá telescópica TM320

Escavadora JS145LC

TRATOR FASTRAC 8330 Na frente do stand exibia-se um imponente Fastrac 8330. Com 348 cv e caixa CVT de 70 km/h, é um trator muito virado para transporte, para subsolagem, e para operar com gadanheiras triplas. PÁ CARREGADORA 427 Com motor DieselMax de 179 cv, “é muito utilizada em Inglaterra principalmente para compactação de silagem e para movimentação de cereais”, explicou António Saraiva, que antevê o uso destas máquinas também na nossa agricultura. PÁ TELESCÓPICA TM320 De vocação agrícola, esta telescópica articulada equipa com motor DieselMax de 125 cv instalado em posição traseira. A meio caminho entre uma pá carregadora e um telescópico, tem caixa powershift e eleva 3200 kg a 5,20 m. Por ter a lança ao centro e o posto de condução elevado, proporciona maior visibilidade. É apropriada para manusear estrume e movimentar fardos, entre diversas outras funções. TELESCÓPICO 527.58 AGRIPLUS Era o mais pequeno da gama de telescópicos expostos. Com motor DieselMax de 109 cv e caixa hidrostática, pode elevar 2700 kg a 5,80 m. Tem a particularidade de o ar

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entrar pela parte superior do capot e sair igualmente para cima, através de uma espécie de barbatanas, para evitar que levante pó dentro de instalações. Tem ligações para reboque e é procurado para aviários e explorações pecuárias com armazéns de dimensões mais reduzidas. TRATOR FASTRAC 4220 Experimentámos este trator engatado numa grade rápida da Galucho com 5 m de largura. A transmissão CVT de 60 km/h, a suspensão pneumática às 4 rodas, os travões com discos externos e as 4 rodas direcionais estão entre as características diferenciadoras. Após descermos do posto de condução voltámos com esta dúvida: se tudo é tão lógico, por que não haverá mais tratores assim? ESCAVADORA JS145LC MOTIVO FORESTRY Com preparação Motivo Forestry, inclui diversas proteções, extintores automáticos e cabeças de corte Kesla garantidas pela Motivo. Na demonstração, fez limpeza e corte seccionado de varas de eucalipto.

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Tel. 229 601 793 • info@pulverocha.pt • www.pulverocha.pt

PULVERIZADORES ROCHA

MAIS ENGENHO, MELHOR PRODUÇÃO e outras novidades na manga A empresa da Maia pulveriza desde 1946 e 40% da sua faturação já é feita além fronteiras. Está a crescer, a fortalecer a imagem no exterior e a preparar várias novidades para a FIMA 2020

P

ulverização - ainda continua a ser a maior fatia do negócio -, distribuição de adubo e equipamento para a mecanização da vinha –, são estes os três vetores em que se centra a estratégia atual de produto da empresa Pulverizadores Rocha, que não pretende limitar-se a acompanhar a tendência do mercado interno, mas fá-lo também a pensar em como se projetar no cenário internacional. Como forma de recompensar tal esforço de investimento nas áreas produtiva e de pesquisa e desenvolvimento, a empresa já assegurou presença na próxima edição da FIMA, em Saragoça, em fevereiro de 2020, onde irá revelar novidades respeitantes áquelas áreas de trabalho. Como habitualmente, a Pulverizadores Rocha já reservou uma área de 400

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m2 para expor os seus produtos na feira espanhola, a mais importante da Península Ibérica. O local está marcado para o pavilhão 2. No entanto, a empresa não desiludiu os visitantes da FNA de Santarém, pois deu o devido realce a produtos melhorados que a empresa diz responder às emergentes necessidades do mercado. PARA A VINHA E PARA O POMAR Foi isso mesmo que referiu Sérgio Oliveira, responsável pela divisão de marketing da empresa da Maia: “O Mittos 4 Faces destina-se à vinha e combina o melhor dos sistemas hidropneumático e pneumático, permitindo o tratamento simultâneo das 4 faces da vinha numa só passagem; com os Atomizadores Rebocados de turbina, com capacidade de 3000 e 4000

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FNA 2019 ESPECIAL

Os atomizadores rebocados com turbina aumentaram a capacidade até 4000 litros (ao lado); o Mittos 4 Faces para vinha (abaixo)

adotando modernos princípios de gestão produtiva, como o Lead Production System, segundo o qual a produção é feita à medida da especificidade das encomendas - “a tendência é a customização, isto é, a adaptação das máquinas às necessidades de cada cliente”, explica Sérgio Oliveira -, melhorando a eficiência e a produtividade, ao mesmo tempo que se reduzem custos com matéria-prima e se libertam operários e os recursos considerados necessários para a realização de tarefas de inovação no trabalho e de controlo de qualidade. “Quando iniciámos o projeto tínhamos bem definidos os objetivos: aumento de capacidade produtiva, flexibilidade produtiva e melhoria do lean time. Neste momento, após cinco meses de trabalho nestas condições, os objetivos foram plenamente atingidos e a aposta já é visível na grande quantidade de novidades e melhorias que apresentamos na FNA”, explica Sérgio Oliveira.

litros, aumentamos a sua capacidade, ficando assim adaptados às maiores dimensões das propriedades agrícolas atuais; os Atomizadores com turbina LG são ideais para pomares (caraterísticas destacadas no texto em baixo). NOVA FILOSOFIA LABORAL Apesar de ter já concluído o processo de ampliação da sua área fabril, o grande desafio do momento da Pulverizadores Rocha passa pela dinamização e ampliação do departamento de I&D. A empresa já realizou alterações na sua filosofia de trabalho,

ATOMIZADORES COM TURBINA LG Igualmente rebocáveis, estes atomizadores estão providos com turbina LG, de aspiração convencional ou inversa, máquinas que Sérgio Oliveira considera ideais para pomares de macieiras e pereiras, mas também para outros tipos de culturas frutícolas

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CONSOLIDAR POSIÇÃO INTERNACIONAL A pulverização continua a representar uma fatia muito importante do volume de negócios da empresa, e a ensaiada internacionalização não tem sido em vão, pois 40% da faturação já provém de vendas ao estrangeiro. Segundo Sérgio Oliveira, por acréscimo ao mercado português, a estratégia de internacionalização da Pulverizadores Rocha passa agora por “consolidar a posição nos mercados onde estamos presentes.” “A curto prazo, a estratégia principal será melhorar a qualidade do serviço prestado e dinamizar o contato com o cliente empresarial distribuidor e mesmo com o utilizador final”, acentuou o responsável pelo marketing.

O grande desafio do momento passa pela dinamização e ampliação do departamento de I&D abolsamia julho / setembro 2019

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FNA 2019 ESPECIAL

Tel. 220 998 787 • info@puretech.pt • www.puretech.pt

PURETECH UFORCE

Até apetece ir trabalhar para o campo!

A

Puretech Moto, sediada em Matosinhos, está ligada ao motociclismo há mais de 20 anos, nas suas diversas vertentes. Este ano expôs na FNA através da Tractomoz, seu concessionário em Estremoz, os ATV, SSV e UTV da marca CFMoto, líder de vendas deste tipo de veículos no nosso país, com 59 unidades comercializadas no 1º trimestre do ano. Em exposição estavam as gamas das Séries CForce, ZForce e UForce. São veículos utilitários ou de recreio que têm sido cada vez mais utilizados no sector agrícola, máquinas que se distinguem pela versatilidade, podendo ser equipadas com vários acessórios para trabalhos de campo, entre outros, para pulverizar ou transportar carga.

CFORCE

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ATV – CFORCE 450 S – 450 L – 550 – 850 XC Estes veículos tipo Moto4 vêm equipados com sistema de direção elétrica que proporciona uma condução mais confortável. O sistema EPS garante ao condutor a movimentação do guiador sem esforços em terrenos mais acidentados. Equipam de fábrica com suspensão independente nas 4 rodas, o que oferece mais estabilidade mesmo em terrenos irregulares. O guincho pode suportar entre 1200 e 1360kg. Tração 4X4 e 4X2 – alternáveis durante a condução. 4 modelos a gasolina, com cilindradas de 400 cc a 963 cc.

SSV – ZFORCE 550EX – 800EX – 1000 Os Side by Side desportivos da CFMOTO são veículos rápidos e perfeitos para percursos fora-deestrada. A sua gama de 3 modelos a

Caixa basculante com capacidade de carga de 360kg ZFORCE

As rodas de liga leve de 14’’ e pneus off road conferem propriedades específicas para facilitar a condução na lama

gasolina começa nos 495 cc e vai até ao ZForce 1000 de maior potência, com motor de 963 cc. Também estes SSV beneficiam do conforto e segurança por disporem de sistema de direção elétrica, suspensão independente nas 4 rodas e tração 4x4 e 4x2. A cabine é reforçada para maior conforto e segurança do piloto e do seu parceiro. UTV – UFORCE 550 E 800 UFORCE Os veículos utilitários da CFMoto contam com 2 modelos a gasolina, de 495 e 800 cc de cilindrada. Têm grande capacidade de carga, mutifunções e fácil manobrabilidade, tornando-se a melhor escolha quando precisa de auxílio na agricultura ou noutros tipos de trabalhos ao ar livre. Tem capacidade de carga de 360kg e vem equipado com caixa basculante para um trabalho mais prático e funcional. Equipado com guincho elétrico, painel digital, assento duplo e tomada de 12 V, párabrisas, entre outros.

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FNA

Tel. 210 009 752 • joao.lopes@forte.pt • www.agriculturaemaquinas.com

SAGAR

No fundo é um trator simples, mas muito útil, porque é versátil

Os agricultores

pediam o Rex 3

O

s tratores especializados são a aposta da Landini, que mostrou tais modelos no stand da Sagar, que a representa em Portugal. E o interesse dos visitantes foi satisfeito com a mostra do Rex 3F, máquina produzida em Itália, que vem colmatar uma lacuna, entre o Série 2 e o Rex 4. Trata-se de um trator mais especializado, para responder a necessidades de máquinas para operar em vinhas e pomares. O Rex 3F apresenta uma grande capacidade de elevação traseira (2300 Kg), e uma panóplia de

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soluções em termos hidráulicos, afirma Mauro Fonseca. O Landini Rex 3F tem uma gama que vai dos 60 aos 80 cavalos. De momento, este trator só está disponível na versão plataforma. Mauro Fonseca indica que em 2020 vai chegar a versão com cabine. O Rex 3F tem um motor KOHLER, TIER 4i, de 4 cilindros, com 2500 cc de cilindrada. “No fundo é um trator simples, mas muito útil por ser versátil. É um compacto com um ângulo de viragem muito bom, de 55 graus. Esta é uma máquina simples de manusear, o que hoje em dia também é importante”, informa

2019 ESPECIAL

A gama Rex tem potências compreendidas entre os 70 e os 120 cV

Mauro Fonseca, inspetor de vendas da Sagar. TALHADO PARA ESPAÇOS CURTOS O Rex 3F é mais comprido e largo do que o Série 2, continuando a ser muito versátil. Uma das suas maisvalias é a grande disponibilidade de caudal nas bombas hidráulicas, num total de 77 l/min. Este trator é particularmente indicado para zonas onde é importante o ângulo de viragem, como por exemplo o Douro. “Conseguimos usar alfaias para diferentes tipos de trabalhos e sempre com segurança para os operadores”, justifica o técnico.

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Tel. 217 653 550 • sdf.portugal@samedeutz-fahr.pt • www.samedeutz-fahr.com/pt

SAME

ESPECIAL

HÁ UM DEUTZ-FAHR (LARANJA) com funções acrescidas

Está tudo bem definido no grupo SDF, onde cada trator tem a sua função específica, mas se aos Deutz-Fahr estavam confiados, principalmente trabalhos de músculo, agora também lhes foram atribuídas tarefas de interesse nacional

N

ovidade foi substantivo pronunciado pelo diretor geral da SDF, Arnaldo Caeiro, na abordagem da Feira de Santarém, a começar pelo destaque da nova função atribuída, no caso, ao Deutz-Fahr 5120G, uma vez preparado para trabalhos de limpeza florestal. As primeiras unidades já começaram a ser entregues. E com outra novidade: seguem na cor laranja. A explicação detalhada de Arnaldo Caeiro: “Temos um trator para usos municipais. Considerando as questões relacionadas com a gestão das faixas de combustível, ou limpezas florestais, temos um trator equipado com blindagens, numa cor laranja. Na Alemanha e em França, os tratores que trabalham na limpeza, nas estradas, têm que ser desta cor, por razões óbvias. Em Portugal começámos este ano a entregar as primeiras unidades para este tipo de trabalhos com esta cor.” SAME FRUTTETO CVT Talhados para a agricultura familiar e especializada, a linha SAME já pode contar com um fruteiro de

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variação contínua, o Frutteto CVT, máquina de 115cv, com uma transmissão de variação contínua. É um full-extras, equipado com tudo o que se possa desejar. Tem suspensão no eixo da frente (ActiveDrive), banco pneumático e muitas outras melhorias nos sistemas hidráulicos. O modelo foi lançado em 2018 e a primeira unidade chegou este ano a Portugal. “Depositamos muitas esperanças neste modelo, sobretudo para a fruticultura e viticultura profissionais. Diria que é um trator único no mercado”, confia o responsável da SDF. Quanto ao Active Steer (quatro rodas direcionais), o processo é um pouco mais demorado. Diz Arnaldo Caeiro que “os primeiros protótipos começam a ser produzidos em julho. Temos notado alguma curiosidade das pessoas em função do que se vai falando, muito particularmente nos canais das redes sociais. Trata-se de uma tecnologia inovadora para tratores agrícolas, mas que no caso português, sobretudo na zona do Douro vinhateiro, pode ter grande mais-valia, pois ali as cabeceiras são muito estreitas.”

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Mas quando chega? Resposta do gestor: “Depois da pré-produção e das alterações e acertos há ainda a preparação para a homologação europeia. É um processo administrativo que demora algum tempo, e só depois de concluídos entramos no período de produção. O nosso grupo tem um prazo médio na ordem dos três meses após a ordem de encomenda. CRESCIMENTO Com o mercado em crescimento, Arnardo Caeiro salienta a subida dos que chama os minis (compactos), destinados à agricultura de fim-de-semana, e também no segmento de potência mais alta. “Cresce até aos 80cv, depois há queda entre os 100 e os

200cv, e novo crescimento acima desta potência. Quer isto dizer que o apego à terra ainda faz mover o sector e o país, pois o pequeno agricultor ainda investe, e o mesmo se passa no outro extremo, o dos agricultores profissionais, com áreas grandes”, diz o gestor do grupo SDF.` As expetativas da filial portuguesa da SDF para o ano em curso apontam particularmente para dois segmentos de produto: “Os tratores especializados, onde somos líderes de mercado, os vinhateiros, fruteiros e os que têm aplicação no olival e nas novas culturas; e na alta potência. Quando olhamos para as matrículas, o mercado subiu cerca de 10%, mas as matrículas do grupo SDF subiram cerca de 20%.”

QUE MODELOS PARA UMA FEIRA? O responsável pelo grupo em

Portugal explica como se monta a

estratégia para mostrar o produto em feira.

“O objetivo é mostrar a gama, dentro

daquilo que são as nossas guidelines

para cada uma das marcas. É em função disso que são escolhidos.

Por exemplo: a Deutz-Fahr é a nossa

marca-âncora, global, dos 35cv aos 340cv, mas com foco muito grande na alta potência. Significa que para

aqui trouxemos modelos de potência média-alta, acima de 120cv. Já a

marca-mãe, a SAME, é inovadora no capítulo da agricultura familiar, dos tratores especializados, e a nossa

aposta foi nos fruteiros e com rastos. Já a Lamborghini é um produto

mais sofisticado, e que também

apostamos na gama média-alta.

É a forma como o grupo olha para

cada uma das marcas. Naturalmente que, consoante o país, fazemos

alguns ajustamentos. Mas são estas as linhas orientadoras: agricultura

familiar e especializados – SAME; alta potência – a Deutz-Fahr; produto com especificações e opções – Lamborghini.”

Um Deutz-Fahr laranja com blindagem

Destroçador para trabalhos de limpeza florestal

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Tel. 261 337 700 • geral@secomil.com • www.secomil.com

ESPECIAL

Descascadora e branqueadora para pequenos produtores de arroz

A

Secomil pretende apoiar o desenvolvimento das pequenas e médias unidades de transformação de arroz. Esta empresa de Torres Vedras apresenta as soluções da Zaccaria, unidade brasileira especializada em equipamentos da fileira e com total abrangência de gama. Presente na Feira Nacional da Agricultura, a Secomil colocou em destaque a ZX6, ideal para pequenos e médios produtores. “A peça principal é a descascadora e branqueadora, que em uma só ação faz o descasque do arroz, separa a casca e faz o branqueamento. Portanto, esta é a máquina principal em todo o processo”, refere o sócio-gerente José Soares.

SECOMIL

O proprietário da Secomil salienta que a Zaccaria apresenta argumentos de simplicidade e de preço: “É uma solução que não foi pensada para os grandes produtores de arroz, mas para o pequeno e médio produtor, que quer arranjar uma solução complementar à produção e à secagem de arroz. Em vez de o entregar todo ao grande industrial, retira uma parte do arroz que produz e comercializa na sua zona de abrangência, ou para um nicho de mercado.” José Soares informa também que a empresa já comercializava quase todos os equipamentos da fileira do arroz para este segmento, mas que agora completa a oferta com a unidade de descasque e branqueamento. “No fundo, são equipamentos em linha que fazem a receção do arroz em casca, limpeza, descasque e branqueamento, polimento, separação e empacotamento”, complementou. O empresário adiantou ainda que existe potencial para o surgimento, em Portugal, de pequenos e médios produtores de arroz, salientando que a Secomil, representante exclusiva da Zaccaria, tem soluções para linhas de processamento entre os 300 e os 2.600 Kg/h, além de apresentar máquinas que podem chegar até às sete toneladas por hora.


FNA

Tel. 261 740 250 • info@stagric.com • www.stagric.com

STAGRIC

2019 ESPECIAL

STAGRIC LANÇA podadora de árvores

A Stagric apresentou a sua mais recente inovação, uma gama de podadoras de árvores, com uma e duas lâminas, que corta simultaneamente na vertical e na horizontal

O

empresário João Elias salienta que a máquina realizou vários testes e demonstrações, e nas demonstrações realizadas captou o interesse e uma opinião muito positiva dos agricultores. No catálogo desta empresa de Torres Vedras nota-se um constante aumento da oferta de produtos para a mecanização da vinha, fruticultura e olivicultura. A tecnologia portuguesa dá cartas no mercado global e a maquinaria da Stagric disputa o negócio com empresas de todo o mundo”, sublinha João Elias, informando que, em 2018, a empresa cresceu mais de 8% em volume de negócios, e que este ano mantém a tendência de crescimento. O produto em destaque é de tecnologia inteiramente portuguesa, sendo que apenas as lâminas são de fabrico alemão. O empresário clarifica: “Sendo uma máquina que tem uma exigência muito grande na poda das árvores, porque têm troncos bastante grossos, não quisemos correr qualquer risco. Portanto, importamos as lâminas de um dos maiores fabricantes da Europa, sediado na Alemanha.”

FOCADA NO DESENVOLVIMENTO A Stagric tem igualmente uma grande gama de soluções para a mecanização da agricultura, mas mantémse permanentemente em trabalho de investigação e desenvolvimento, de modo a encontrar novas e melhores respostas às necessidades dos agricultores. “Temos uma gama de produtos bastante grande, quer para a mecanização da vinha, mas ainda para pomares e olivais, quer ainda na área da proteção em pulverização. Atualmente, o nosso foco é continuar a desenvolver componentes para otimizar as máquinas e criar valor acrescentado”, diz ainda João Elias. “Este ano temos estado a desenvolver outros tipos de equipamentos, nomeadamente Ventiladores Inverter (aspiração inversa). No ano passado e há dois anos já tínhamos no portfólio alguns modelos de ventiladores, solução que agora vamos desenvolvendo para o resto da gama. Hoje temos uma gama completa, quer na aspiração inversa, quer na aspiração direta, desde o modelo mais pequeno até ao maior”, explicou o empresário.

A podadora de árvores tem duas lâminas que cortam simultaneamente na vertical e na horizontal

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Tel.210 009 730 • geral@tractoresibericos.pt • www.tractoresibericos.pt

TRACTORES IBÉRICOS

ESPECIAL

EXTENSÃO DE GARANTIA “Poupe com 5 anos de garantia” é a campanha que a Tractores Ibéricos tem vindo a promover para os tratores Kubota e que lhe tem proporcionado novos clientes. Segundo Bruno Pignatelli, tal campanha gera novos contactos: “Mesmo que seja paga, o cliente tem vindo a aderir. Este pede para estar incluída no preço, valor que acaba por se tornar um valor residual, uma vez que segue incluído no pacote de financiamento.”

O olhar fica mais “estreito” quando se chega à Kubota

O mercado dos pequenos tratores continua a mexer e a Tractores Ibéricos sabe essa história de cor. Mas agora que a onda vai levando os especiais, quem chega à Kubota fixa o olhar nos M5 Narrow

M

al seria da oferta agrícola mundial se todos os produtores se virassem, ao mesmo tempo, para as culturas especiais. São fases e há regiões mais adequadas que outras. Mas se é certo que elas estão a proliferar, um pouco por todo o país, e se existe uma tendência, logo os construtores têm ofertas específicas. Em consonância, o mercado reage. A Kubota também se precaveu e o seu importador para Portugal sabe o que o cliente anda à procura. Bruno Pignatelli, gerente da Tractores Ibéricos, notou logo para onde os visitantes dirigiam o olhar quando pisavam o verde do stand dedicado à Kubota: “Os nossos pequenos já são bem conhecidos. Mas para além da linha M7, mais potente, que também sugere mais curiosidade, e também por se dirigir a um utilizador mais profissional, são os que procuram uma máquina para as tais culturas

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especiais que vão olhando muito para os nossos M5 Narrow M5071 (73cv), M5091 (95cv) e M5101 (105cv). Podem ser em plataforma ou cabinados e em três versões - Ataque, Profissional e Advance - dependendo do tipo de equipamento. Também oferecemos, como ‘especial’, os M5 UN ‘utility narrow’, com todas as características dos M5 convencionais, mas sendo 12 cm mais estreito no seu eixo dianteiro. Temos o M5091 (93cv) presente no stand e o M5111 (110cv).” Aquele responsável encontra outra razão para a acrescida curiosidade nestes modelos M5UN: “[Com filtro de partículas incorporado] Não requer adição de adblue. Ainda há quem ache uma maçada esse requisito. Trata-se de um produto relativamente novo que começa a ter procura para os olivais e amendoais. Estamos também a promover a nova linha M4, M4062 (66cv) e M4072 (74cv), para a qual estamos a

M5071 Narrow

desenvolver uma campanha, e as de maior potência, MGX e M7, dos 122 aos 170cv, com oferta de extensão de garantia até 5 anos. SINAL DE DINAMISMO Presença assídua em todos certames de maquinaria agrícola, Bruno Pignatelli habituou-se a saber separar o ‘trigo do joio’. A FNA parece-lhe mais cuidada e recheada de equipamentos. “É sinal que o mercado continua a mexer. Os números de maio dizem-nos que o mercado de tratores continua a melhorar. As matrículas novas são cerca de 200 unidades a mais que em 2018, já expurgadas dos veículos utilitários.” Em novembro, na Agritechnica, em Hannover, é possível que a Kubota junte nova carta ao baralho. Bruno Pignatelli crê que a novidade possa ser uma linha M6, para completar a linha MGX, que vai dos 115 aos 140cv.

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abolsamia julho / setembro 2019 MINIATURAS

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2019 ESPECIAL

UM McCORMICK

TRACTORLUSO

à medida de cada um As máquinas especializadas estão no centro do negócio de maquinaria agrícola em Portugal e a Tractorluso diz poder configurar os McCormick à medida certa do cliente

M

iguel Vieira, responsável da Tractorluso, sublinha a aposta nas máquinas especializadas. Os tratores X4 respondem às necessidades para trabalhos na vinha, pomares e algumas culturas hortícolas. A gama da McCormick é bastante grande, como a descreve Miguel Vieira: “Tem uma vasta panóplia de opções, sejam hidráulicas ou mecânicas – caixas, inversores, saídas ventrais. Podemos fazer um fato à medida do cliente. Cada vez mais as alfaias podem ser utilizadas à frente ou atrás do trator. Temos esse leque de oferta.” O mercado português é muito sensível ao fator preço. “Sabendo o que o cliente quer, em termos de preço e qualidade, fazemos o trator mais económico e versátil possível. Configuramo-lo à medida das suas necessidades”, salienta Miguel Vieira.

X4 – O VERSÁTIL Para Santarém, a Tractorluso destacou o McCormick X4.70F, de plataforma, com motor Deutz de 102 cv de potência, caixa mecânica e equipado com saídas ventrais. “Tem grande versatilidade para quem quer trabalhar com equipamentos à dianteira e é possível montar o hidráulico e a tomada de força frontais”, precisou o responsável. Um outro trator em exposição foi o cabinado X4.60F, de 95 cv, com inversor e caixa mecânicos e saídas ventrais, máquina que apresenta um pneu maior do que o X4.70F, de modo a responder melhor às exigências dos agricultores. A gama X4 XL é formada por uma máquina mais polivalente, embora ainda no grupo dos especializados. Mais alto e largo do que os ‘irmãos’ 60 e 70, o X4.50XL “não dá só para a

X4.60F

vinha e para o pomar, mas também trabalha em campo aberto, com charrua, fresa, ou escarificador e tem boa aceitação na região Norte, onde o agricultor procura um equipamento capaz de fazer um bocadinho de tudo”, justifica Miguel Vieira. O X4.40M, que é apenas mecânico, é muito apreciado para quem apenas dispõe de uma pequena área de cultivo, podendo ser cabinado.

X5: O PROFISSIONAL A gama X5 é focada mais nos agricultores profissionais, formada por apenas três modelos: X5.35 (99 cv), os X5.45 (107 cv), e o X5.55

(113 cv), máquinas indicadas para campo aberto, mas também muito úteis em explorações pecuárias.

X6.4: O COMPLETO

X2.30

70

abolsamia julho / setembro 2019

A gama X6.4 é formada por três tratores com a potência compreendida entre os 120 e os 140 cv e grande variedade de opções. Na FNA esteve presente o X6.430 Power Plus, com caixa Xtrashift, podendo ser equipado com caixa de variação contínua, com eixo dianteiro e a cabine com suspensão. “É muito versátil, ideal para o Ribatejo e onde há pecuárias”, notou Miguel Vieira.

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TRACTOSORRAIA

FNA 2019 ESPECIAL

DIECI está de regresso

e para ganhar

A DIECI está de volta a Portugal, agora com novo distribuidor e representada, no setor agrícola, pela TractoSorraia

A

empresa italiana DIECI apresentou na feira de Santarém a gama de Manipuladores Agrícolas preparada para o mercado português, com uma nova apresentação de força e com o grande apoio da empresa Tractosorraia. “A expectativa é de crescimento. Começámos do zero e queremos encontrar o nosso lugar. Somos dos maiores construtores de manipuladores e temos de encontrar a nossa posição, estar no lugar”, assume Pedro Quintana, responsável pelo mercado português. Em termos de áreas de atividade são destacadas as explorações pecuárias, unidades de aviário e de olival. Pedro Quintana realça a vantagem da DIECI ser uma empresa muito focada nos manipuladores e em aparelhos telescópicos, com uma experiência produtiva de quase 60 anos. Uma especialização que cobre as

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actividades da agricultura e também da construção civil. “Temos uma gama completa de máquinas manipuladoras, desde os seis e até aos dez metros, neste caso para agricultura, e até 30 metros, indicados para o sector da construção”, acrescenta. COM O TRAÇO DE GIUGIARO Pedro Quintana sublinha que a DIECI tem uma oferta de mais de 140 modelos e que desenvolve continuamente novas soluções. Para o próximo ano, a marca vai apresentar maquinaria desenhada pela empresa Giugiaro, especializada em design automóvel. Em termos práticos, o padrão de oferta da DIECI é a facilidade de operação das máquinas e a sua adaptabilidade ao terreno. No ano passado, a marca já tinha definido a linha de novos equipamentos agrícolas que

CAMPANHA DE FINANCIAMENTO

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36 MESES ATÉ 31.12.2019 marcarão o futuro do mercado com uma nova cabine projetada pelo famoso designer italiano Giugiaro. Além disso, a máquina é totalmente nova, com novos motores e configurações para responder ao exigente mercado a partir da qualidade e a sua adaptabilidade ao terreno. Pedro Quintana explica que o joystick permite realizar todos os movimentos do braço dos dispositivos. “Os aparelhos têm sistema de ventilador reversível, que consegue uma refrigeração ótima, equipamento 4x4 e um braço com altura para poder trabalhar em qualquer tipo de terreno. São fortes para trabalhar com reboque, que conseguem travar até 20 toneladas.” As máquinas da DIECI estão equipadas com motores Kubota ou Iveco, até 150 cavalos de potência. Os chassis são da DIECI, podendo as transmissões serem Vario ou hidrostáticas.

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FNA 2019 ESPECIAL

OUTRAS PRESENÇAS HOMOLOGAÇÕES TRAVAM OS STEYR

OS UTV ESTÃO NA MODA

Os UTV estão na moda, e os Corvus são dos mais recentes a chegar ao mercado português. Ferramenta de auxílio ao trabalho no campo e nas explorações, destacam-se pela simplicidade mecânica, pelos consumos mais reduzidos e pela baixa manutenção exigida. A marca Corvus, que expôs os modelos no stand da Agridirect, uma das entidades que a representam em Portugal, é produzida em Espanha. Os veículos, de dois lugares, têm caixa basculante de carga e são equipados pela Yanmar com um motor diesel atmosférico, de 993cc e três cilindros, com uma potência de 24cv.

A Farming Agrícola anunciara com alguma pompa que passara a ser importadora dos tratores Steyr (marca austríaca que integra o grupo CNH) para os mercados português e espanhol, mostrou os tratores na recente Demoagro, em Huesca (Espanha) e voltou a fazê-lo em Santarém. Todavia, segundo o diretor comercial da empresa espanhola, o português Joel Marques, o processo de homologação daqueles tratores pelas autoridades dos mercados ibéricos ainda está em curso. Em Santarém estiveram em exibição quatro modelos: 4115 Kompakt, 4120 Multi, 6145 Profi CVT e 6300 Terrus CVT. Aquele responsável disse que ainda não estão definidas as gamas a comercializar em Espanha e em Portugal.

Ascendum

Amarok Experience

Os tratores compactos da Kioti, representada em Portugal pela Ascendum, estiveram fortemente representados na Feira de Santarém, exibindo, orgulhosamente, o título de campeão de vendas, no primeiro trimestre de 2019, nos segmentos até aos 30cv e até aos 50cv, resultados que superam os alcançados em 2018.

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A aclamada pick-up Amarok 3.0 V6, da Volkswagen, voltou a marcar presença no mundo agrícola, desta vez na Feira de Santarém. Muito apreciada pela comunidade agrícola, particularmente nas explorações de grande área, esteve em destaque na área reservada para

demonstrações de veículos, exibindo-se na improvisada pista de todo-o-terreno, em cenário muito aproximado ao ambiente rural.

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03/05/2019

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Potência máxima homologada (2000/25/CE) CV

136

102

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Caixa de velocidades

Inversor hidráulico 45+15 Super-redutora

24+12

12+12

Pneus

Standard 520/70R38

320/65R18 & 420/65R20

260/70R20 & 380/85R24

Altura à cabine (mm)

2.830

1.790

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Peso máx. permitido (kg)

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FNA 2019

Honras ao Hürlimann XA Spirit

ESPECIAL

REPSOL JUNTA-SE À AGROFROST

no combate à geada

A Repsol está a comercializar uma nova solução para contrariar os efeitos da geada. A petrolífera está a apoiar o sistema

A Hürlimann, marca que integra o grupo SDF, representada em Portugal pela Moviter, colocou em destaque de exposição o modelo XA Spirit, na versão 90, que alia estilo à elegância. Com motorizações de 65 a 97cv, o bloco FARMotion de três cilindros pode atingir o binário máximo de 369 Nm. A capacidade de elevação do hidráulico traseiro é de 2500 kg. A transmissão, comum a todas versões é de 5 velocidades em três grupos (15+15+15). Por opção, está disponível suspensão pneumática do assento na cabine.

desenvolvido pela empresa belga Agrofrost. A resposta consiste em dois equipamentos, sendo um fixo e outro rebocável. O

resultado é efectivo até aos 5,5 graus celsius negativos. Porém,

pode ser utilizado com eficiência até aos nove graus negativos, mas por menor período de tempo ou alcance. O Frostbuster F-501 é um equipamento rebocável, que projecta ar quente, a uma distância de 50 metros, para ambos os lados. Esta máquina pode cobrir uma área de oito hectares.

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PRODUTO // Em Foco

OS TRATORES DA ANTONIO CARRARO

encontraram um lugar num Alentejo em mudança No Alentejo, a coisa agrícola mudou. As culturas, as máquinas, as cores do cenário, é quase tudo diferente. As grandezas seriam as mesmas de sempre se por ali não corressem agora os tratores compactos. Os da Antonio Carraro andam em Tour e foram levados pelos Irmãos Luzias até à Vidigueira para mostrarem de que cepa são feitos á uma questão de grandeza no imenso Alentejo. Que ninguém duvide. E de beleza também. Tão intensa quanto extensa. Primeiro, pela cor, de um verde que a chegada de mais água ajudou a tingir, depois pelas incontáveis fileiras que se perfilam no horizonte. De uvas e azeitonas. Na Vidigueira não há que enganar, reina o vinho. E para ele têm sido chamados os italianos, também eles especialistas de boa “pinga”, da Antonio Carraro, que andam de mãos dadas com os bejenses Irmãos Luzias. “Há quatro anos que somos concessionários da Antonio Carraro. Somos quase os únicos no grande Alentejo”, sintetiza José

H

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Com o joystick Multi Controller obtêm-se maior flexibilidade no uso dos acessórios

Luzia, fundador da empresa, com o seu irmão António, em 1981, um empório familiar que tem vindo a crescer, pois há muito ultrapassou o negócio das máquinas agrícolas, dedicando-se igualmente à comercialização de automóveis e combustíveis. “NÃO DÃO CHATICES”

São os filhos que agora estão aos comandos da empresa. Mas José Luzia continua muito atento aos tratores. Foi com eles que começou, com os David Brown, mais tarde com a Case, mais recentemente com os Antonio Carraro. “Esta série Ergit R [motivo da demonstração de campo na Herdade dos Cortes de Cima, na Vidigueira] já cá está há mais de ano e meio. Os tratores são muito compactos e adaptam-se muito bem aos terrenos e aos compassos, e estão a sair muito bem, principalmente o modelo

TRG 10900 [100cv]. São muito polivalentes e não dão chatices. Isso é muito bom para o agricultor”, avalia José Luzia, que deixa a Manuel Carrasqueira, seu genro e responsável comercial da empresa, a contextualização da ação de campo, destinada a clientes fiéis da concessão e da marca italiana: “Ao longo dos anos temos vindo a adaptar a nossa oferta ao tipo de agricultura que aqui se faz, e tem havido muita alteração. A chegada da Antonio Carraro insere-se nessa adaptação às novas culturas. Antes da união conversámos muito, visitámo-nos mutuamente, vimos a fábrica, conversámos com os técnicos. Tudo fizemos antes de darmos um passo, que queríamos seguro.” Josep Ventura, Export Area Manager da Antonio Carraro para Portugal, apresentou o Tour [já andou por Espanha e visitará outras paragens nacionais] da série Ergit R e

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// Antonio Carraro

A QUINTA DE CORTES DE CIMA Em 1988, um casal americano-dinamarquês partiu num veleiro para encontrar um lugar onde constituir uma família e plantar uma vinha. Chegaram ao Alentejo, e numa terra de castas brancas plantaram variedades tintas. É o que se lê na portada do site da quinta, situada na Vidigueira, que ali produz vinhos, tintos, mas também em Vila Nova de Milfontes, brancos, onde o clima é mais fresco. Também produz em talha, mantendo a tradição da região. As castas Aragonez, Alicante Boushet, Trincadeira e Touriga Nacional, têm processo de fermentação em ânforas de boca larga e cerca de 600 kg de capacidade, seguida de estágio em ânforas de boca estreita de 150 litros. Hamilton Reis é o enólogo.

óleo contínuo e com ativação da TDF desde o joystick ou no painel. A subida ou descida do hidráulico pode ser efetuada no joystick, ou nas alavancas. As cabines são de nível 4, pressurizadas e com filtro de carbono. a descrição dos modelos expostos. “Somos um fabricante de tratores compactos com mais de 100 anos de história. Temos uma gama de tratores de 25 a 98cv e o que aqui mostramos é a gama de topo, em todas as versões, com transmissões mecânica e híbrida mecânicahidrostática, para todos os gostos e funções.” A gama começa nos 25cv e até aos 71cv é equipada com motor Yanmar. Daí em diante, e no caso de todos os modelos expostos, comum a todos o é motor Kubota de 98cv (fase 3B), a caixa 16x16, com inversor mecânico e opcionalmente inversor robotizado (inversor eletrohidráulico com transmissão de variação contínua no topo da gama, o Tony TR), e o comando joystick eletroproporcional que funciona como um dispositivo de multicontrolo, mais a torreta do posto de condução, de posição reversível (menos no TGF, monodirecional). Com saídas à retaguarda, todas com regulação de caudal, inclusivé para a saída de fluxo de

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TENDÊNCIA MUNDIAL

O chassis integral oscilante (ACTIO) está disponível em todas as versões, nas variantes rígido ou articulado, respectivamente para as versões mais larga e estreita. A este respeito, Josep Ventura destacou a versatilidade do modelo articulado, não só para o mercado ibérico, mas como uma tendência em todos os continentes. “A oscilação [15 graus] é comum a toda a gama, que no caso dos articulados, onde a brecagem é feito pelo próprio corpo do trator, destaca-se pela agilidade no final das linhas, quando necessitamos de fazer uma volta para a cabeceira seguinte. Hoje em dia, este desenvolvimento é incrível e já é possível trabalhar em áreas onde antes só trabalhavam tratores de rastos. Estes modelos tinham má fama – chamavam-lhe o parte-pernas, mas isso era há 30 anos.” Uma das demonstrações realizadas na Vidigueira foi realizada com o TGF com

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»

Veja a Galeria de Fotos em

PRODUTO // Em Foco

www.flickr.com/abolsamia

Os clientes do concessionário Irmãos Luzias tiveram oportunidade de tomar contacto e experimentar todos os modelos expostos

cabine Protector 100 de perfil baixo, cuja altura ao solo é de apenas 1,74 metros. Vocacionado para culturas de maior copa, passa também melhor em vinhas cobertas. No sul é usual ser utilizado nas culturas de citrinos. Na Vidigueira rebocou um pulverizador de 3000 litros, com atomizador. Em declive acentuado, o motor não fraquejou e impressionou pela capacidade de viragem. Já o modelo TRG operou com uma destroçadora ecológica interfilar de 1,80 m, com comando por joystick para regulação de velocidade do pick-up, deslocação lateral e grau de inclinação ao solo. O triturador de martelos é outra

7 DESTAQUE

PONTOS EM

Caixa de velocidades 16+16 mecânicas ou híbridas, mecânico-hidrostáticas

Torreta do posto de condução reversível em menos de 15s

A altura ao solo, em toda a gama, é elevada. Sendo um trator muito compacto, o eixo dianteiro está à altura do chassis integrado no mesmo. A distância ao solo é a mesma até à traseira

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abolsamia julho / setembro 2019

das alfaias mais usuais para este tipo de trator, mais largo e estável, com banco reversível. Estava guardado para o fim o desfilar das potencialidade do topo de gama, o Tony TR, o modelo mais evoluído da Antonio Carraro, produzido a pensar no agricultor que procura mais soluções de hidráulica, que trabalha mais horas e que procura uma grande fiabilidade. “É como conduzir um carro automático”, exemplificou Josep Ventura. ELEVADA PRODUTIVIDADE

“O regime de motor é independente da velocidade das rodas. Significa que

podemos ter o máximo de rotação na TDF, desde apenas um avanço de 0,1 km/h [100 metros/h] até aos 40 km/h, mudando o avanço de forma contínua, sempre sem avanlar a rotação da TDF. Uma coisa é a TDF, outra coisa é o avanço”, explicou Josep Ventura. “Com um seletor de controlo de binário, quando temos uma tarefa que vai absorver muita potência na TDF, tal dispositivo [Intelifix] tira alguma velocidade de avanço, repondo-a quando a exigência de binário é menor. É um sistema automático, o que em termos de produtividade é um importante passo em frente”, explicou o responsável da marca. Um gestor automático de controlo para quatro gamas de velocidade permite a memorização de duas velocidades de operação, dispensando o acelerador, pois o motor vai manter o regime eleito. “E quando falamos de transmissões híbridas vemos as diferenças do que pode fazer. Quando invertemos a marcha ao Tony ele pára, pois a transmissão contraria a tendência e a inércia do trator. Isto é muito importante em trabalho em terreno acidentado, onde tirando acelerador o trator se mantém parado.

Cabinas compactas pressurizadas Cat.4 homologadas ROPS e FOPS (estrutura de proteção frontal à queda de objetos) Motor à dianteira, que faz de contrapeso. Com centro de gravidade baixo, o chassis integral oscilante ACTIO equilibra as cargas sobre os eixos: 60% de peso à frente, 40% atrás. Com a alfaia engatada fica compensado, na medida de 50/50

Os AC estão sempre 4x4. Em trabalho, com 50% do peso à frente a tração é considerável na dianteira garantindo aderência constante, rendimento e segurança

Distância entre eixos mais curta, o que beneficia a brecagem do trator

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ESPECIAL

30,5

420

MILHÕES DE HECTARES é a maior área florestal entre os 28 Estadosmembros que compõem a União Europeia e pertence à Suécia

MIL EMPRESAS estavam ativas, em 2015, no setor florestal, o que representava 20% do total das empresas de produção na UE

COMBUSTÍVEL

Mais de um quinto (21,6%) da produção de madeira redonda produzida na UE é utilizada como combustível

EM MALTA não há corte de madeira desde o ano de 2000 e na Islândia apenas foram cortados 4 mil m3 em 2012

11.985

500

SABIA QUE

87,9%

mil pessoas estavam empregadas, em 2015, nas indústrias florestal e madeireira da União Europeia

A Bulgária lidera o ranking da propriedade florestal na posse do setor público. Portugal encerra esta tabela, com apenas 3% FONTE: EUROSTAT

542

EUROS POR HECTARE foi quanto rendeu a madeira na Dinamarca em 2015. Portugal registou o segundo melhor valor, naquele ano, com 428 euros/ha

MILHARES DE M3 foi a quantidade de madeira redonda produzida em Portugal em 2016, tabela liderada pela Suécia (80.959 milhares de m3)


STIHL

UM UNIVERSO TODO LARANJA SEMPRE EM EVOLUÇÃO

A RENOVADA PRESENÇA DA STIHL NA EXPOFLORESTAL VOLTOU A FICAR MARCADA PELA GRANDE ESCALA QUE FAZ A DIFERENÇA DA MARCA ALEMÃ FACE AOS DEMAIS EXPOSITORES. COM EXPERIMENTAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES AO VIVO, NUMA ÁREA DE 400 M2, O VISITANTE SENTIU-SE IMPELIDO A MERGULHAR NO UNIVERSO LARANJA

C

ompleta, é o mínimo que se

por motor a gasolina, ou as linhas mais

pode dizer da manifestação de

adequadas a quem tem, informalmente,

grandeza das linhas de produtos

de cuidar do jardim, ou para as

exibidos no stand da Stihl, sem

empresas dedicadas à manutenção de

lacunas, todavia com enfoque

espaços verdes.

especial nas gamas diretamente

Ninguém fica indiferente à ação do

relacionadas com a exploração

motosserrista que vai esculpindo um

florestal, fossem as motosserras e

tronco ao vivo, utilizando aparelhos

motorroçadoras, acionados a bateria ou

da linha a bateria, ou a poderosa

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Tel. 219 108 200 • b2b@stihl.pt • www.stihl.pt

L i n h a d e l a va g e m à p r e s s ã o (e s q u e r d a ) , c o r t a d o r e s d e a ç o e b e t ã o e m o t o s e r r a (ce n t ro) e o r o b ô i M o w c o r t a d o r d e r e l va (d i r e i t a )

NINGUÉM FICA INDIFERENTE AO MOTOSSERRISTA QUE VAI ESCULPINDO AO VIVO, UTILIZANDO APARELHOS A BATERIA OU A PODEROSA MS500i MS500i, de injeção direta controlada

Outro dos produtos estratégicos que

apto para áreas relvadas até 3000m2.

eletronicamente. Pois a Stihl voltou a

a marca colocou em destaque stand foi

Entre outras particularidades, este

fazê-lo na Expoflorestal. No interior do

o robot cortador de relva iMow (bateria),

produto já não ostenta a cor verde e a

stand, os profissionais puderam verificar

ótimo para quem cuida de um jardim

marca Viking, mas passou a ser laranja,

toda a linha de equipamentos de

ao fim-de-semana. Dependendo da

na sequência da descontinuidade

proteção individual, bem assim como as

área relvada, a Stihl dispõe de dois

daquela designação comercial, uma

demais ferramentas de manutenção dos

modelos: o RMI 422, para superfícies

vez integradas as linhas da Viking no

acessórios de corte.

até 800 m , e o RMI 632 especialmente

universo Stihl.

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EQUIPAMENTOS DE QUALIDADE

ASSISTÊNCIA GARANTIDA

EFICÁCIA PARA QUALQUER TIPO DE TRABALHO E TERRENO


DUROMIN

APOSTA EM MINI-EQUIPAMENTO

mas com eficiência Kubota

TOTALISTA NA EXPOFLORESTAL, E A ASSESTAR BATERIAS PARA SE APRESENTAR NA FATACIL (LAGOA), EM AGOSTO, A DUROMIN, DO GRUPO INDUSTRIAL DURIT, COM SEDE NA VIZINHANÇA DESTE CERTAME, TEM MAIS DE 30 ANOS DE HISTÓRIA E KNOW-HOW NA UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS DE PERFURAÇÃO PARA MINAS, PEDREIRAS, CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS

R

epresentante de maquinaria

Dotada com rastos de aço de 300mm,

A sua versatilidade é ainda maior,

industrial da japonesa Kubota, a

a KX037-4 – que também pode ser

já que pode ser equipada com

Duromin apostou na exposição

equipada com rastos de borracha – é

todos os tipos de acessórios. Para a

de mini-equipamento, mas a

já a segunda evolução de Série 2, com

Expoflorestal, a Duromin dotou-a com um

pensar na maxi-eficiência dos

cabine para o operador, um upgrade

martelo hidráulico da Furukawa. Porém,

produtos da Kubota, ao destacar para

que, face à Série 3, conta com um

o utilizador tem outras opções, podendo

o seu stand uma mini-escavadora e um

aumento em 40% da área de acesso ao

equipar a máquina com o balde,

telescópico compacto, ambos da marca

posto de operação, bem assim como

ou mesmo um destroçador florestal.

da cor laranja.

maior área de plataforma para os pés.

Este modelo surge equipado com um

82

abolsamia julho / setembro 2019

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Tel. 234 540 040 • geral@duromin.pt • www.duromin.pt

DUAS DAS MÁQUINAS EXPOSTAS NA EXPOFLORESTAL FORAM DE IMEDIATO VENDIDAS PARA OPERAR EM ALBERGARIA-A-VELHA E EM SÃO JOÃO DA MADEIRA motor de 17,8 kW (24,2 cv), de acordo com a normativa de emissões da Fase V, para um peso de 3,7 ton. No geral, e relativamente ao modelo anterior, proporciona um acréscimo de potência, maior economia de combustível e diminuição de emissões de gases nocivos. Relativamente ao telescópico KTH4815, um modelo ainda muito recente da Kubota, trata-se do primeiro ultra-compacto da marca e um especialista na área de elevação, equipado com um braço de 4,80 metros e que pode elevar 1,4 ton de carga. As suas dimensões – 1,6 m de largura por menos de 2 m de altura – permitem-lhe estar à vontade nas mais variadas condições de utilização, seja em atividade industrial, seja sob teto de explorações agrícolas. A mono-alavanca multifuncional possui um inversor em todos os controles hidráulicos. Aprovado para movimentação até 25km/h, o KTH4815 possui tração integral, com transmissão hidrostática às 4 rodas, e os eixos, sobredimensionados, podem suportar carga até 8 ton. Segundo José Manuel Freitas, técnico de vendas da Duromin, tal unidade foi de imediato vendida para operar na zona de Albergaria-a-Velha, e uma outra foi encomendada, com saída prevista para São João da Madeira.

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Tel. 244 819 110 • agricortes@agricortes.com • www.agricortes.com

AGRICORTES

FARMI COMO VALOR SEGURO, MAS A AGRIA PELA NOVIDADE

UM ROBÔ AGRIA PARA LIMPEZA DE SOLO EM ZONAS DE DIFÍCIL ACESSO FOI A PRINCIPAL NOVIDADE APRESENTADA PELO GRUPO INDUSTRIAL DE LEIRIA, QUE ESTE ANO CELEBRA O CINQUENTENÁRIO

A

APTO PARA ZO N A S R E M OTA S

presença da Agricortes na

para este setor continuam a ser os

Expoflorestal 2019 centrou-se

produtos finlandeses da Farmi Forest,

em quatro mercados: o da

sejam os combinados grua-reboque, as

O robô triturador Agria 9600 de rastos tem

utilização eficiente e sustentável

pinças e cabeças de abate e corte, os

motor a gasolina de 27cv de potência que

dos recursos; das bio-energias

guinchos de arraste, os processadores

fornece energia a dois motores elétricos e

renováveis; da cadeia de revenda de

de lenha, e para o processamento da

é capaz de cobrir uma área de 5000m2/h

maquinaria; e do estilo de vida típico

biomassa, os estilhadores profissionais

(a 5km/h), para uma largura de trabalho de

dos países ocidentais. Estes mercados

- valores seguro da marca– a principal

112cm, com sistema de corte por lâminas

absorvem equipamentos da Agricortes

novidade no stand foi o robô da Agria

para servir várias vertentes da

com comando à distância. Segundo

economia florestal: paisagismo; limpeza,

explicou Susana Vieira, uma das

rechega e silvicultura; e bio-energia.

administradoras da Agricortes, a grande

Os tratores Solis, omnipresentes

quantidade de destroçadores para

na atividade da Agricortes, são

estilha da Farmi expostos resulta da

dispensa bombas hidráulicas evitando

companheiros indispensáveis para

elevada procura do mercado português

manutenção. O comando tem alcance até

grande parte da maquinaria exposta,

pela qualidade destes produtos, tal

300m com sistema automático de mudança

equipados com destroçadores,

como das gruas florestais Farmi, e por

de frequência.

trituradores, cortamatos e braços

serem equipamentos bastante versáteis,

hidráulicos. Todavia, se a maior aposta

de múltiplas aplicações e fins.

84

abolsamia julho / setembro 2019

variando a altura entre os 5 e os 20cm. Com um centro de gravidade muito baixo, o que lhe confere grande estabilidade em zonas remotas e de difícil acesso, está apto a trabalhar na manutenção de áreas verdes em pendentes até 50º (120%). O modelo

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FLORESTA // notícias Mais Info. Associação Agrícola de Grândola - Tel. 269 441 440

ENTREAJUDA NO COMBATE A INCÊNDIOS

EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA, MESMO TODOS OS MEIOS NÃO SÃO DEMAIS. É POR ISSO QUE OS AGRICULTORES DE GRÂNDOLA DEFINIRAM UMA ESTRATÉGIA DE PROXIMIDADE. EM COORDENAÇÃO COM OS BOMBEIROS, PARTICIPAM DE FORMA ATIVA NO COMBATE A INCÊNDIOS

A

ideia já vem de trás, mas foi em 2017 que ficou comprovado o funcionamento deste sistema de

entreajuda. Com os grandes incêndios no Norte, as corporações locais de bombeiros estavam praticamente sem meios disponíveis em casa. Em simultâneo, deflagrou um grande incêndio em Grândola que determinou a entrada em ação de vários meios particulares. Foi uma exceção. Numa situação normal, a intenção é que os agricultores façam trabalho de apoio aos bombeiros. “Isto permite que os bombeiros se ocupem do trabalho de combater o

KIT DE FERRAMENTAS

acessório que António Rocha preparou é

incêndio enquanto os agricultores fazem

Nesta caixa está tudo o que se prevê que

uma rede para proteger a grelha, de

o trabalho de rescaldo e controlo”,

faça falta numa situação de combate a

modo a que possa circular em zonas de

explicou António Rocha à revista

incêndio - luvas, óculos, máscaras, uma

muito pó e sarugas, evitando que o

abolsamia.

chave para abrir os hidrantes da rede

radiador fique obstruído e a viatura entre

pública, um alicate para cortar vedações,

em sobreaquecimento.

A Associação de Agricultores de Grândola, a que preside, tem vindo a

entre vários outros utensílios. RÁDIOS INTERCOMUNICADORES

coordenar esforços com a Câmara Municipal de Grândola (CMG), com os

LISTA DE MEIOS E CONTACTOS

“Este rádio custou 25 euros e permite falar

seus associados e com os bombeiros,

Faz parte do kit de ferramentas e é uma

para os bombeiros, ao contrário do

pondo em prática uma estratégia que

autêntica base de dados. Da lista

SIRESP que custa uma fortuna e não dá

poderá servir de exemplo para outras

constam os números de telemóvel de

para falar para lado nenhum”, sintetizou

regiões. Apresentamos de seguida

vários agricultores das redondezas que

António Rocha. Com estes aparelhos que

alguns dos elementos que lhe dão forma.

têm os seus veículos e máquinas em

continuam a funcionar mesmo quando a

prontidão. Consultando a lista, sabe-se

rede móvel falha, o pessoal envolvido no

SEGURO ASSUMIDO PELA CÂMARA

quais são os equipamentos disponíveis e

combate mantém a comunicação.

A Associação negociou com a CMG a

a sua localização: pick-ups com depósito,

criação de um seguro específico para o

tratores com grade, cisternas, etc.

TRATOR COM GRADE REBOCADA Durante o verão, na sua propriedade

combate a incêndio. Anualmente, os DEPÓSITO COM MOTO-BOMBA

António Rocha mantém um trator

municipais as suas viaturas e máquinas

O chamado kit de primeira intervenção

engatado numa grade rebocada. Desta

para que fiquem abrangidos. “Quando

ou de rescaldo é constituído por um

forma, está pronto para o caso de ser

há um incêndio numa exploração vizinha,

depósito com moto-bomba e

necessário acorrer a uma emergência

se nos deslocarmos para lá e tivermos

mangueiras. Fica instalado nas pick-ups

para abrir linhas de corta-fogo. Noutros

um problema, esse seguro cobre a nossa

durante o verão e possibilita o

pontos do concelho, outros agricultores

máquina e o nosso operador. Desta

abastecimento em qualquer ponto de

têm também os seus equipamentos em

forma ficamos salvaguardados”, afirmou.

água, inclusive numa charca. Um outro

prontidão.

agricultores podem registar nos serviços

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abolsamia julho / setembro 2019

85


FLORESTA // notícias

Mais info: www.elmia.se/en/wood

Mais info: www.otljarocin.lasygov.pl

ELMIA WOOD

ELMIA WOOD 2021 muda localização e data Para começar, a data de realização da feira é antecipada. Em vez de se realizar em junho, decorrerá entre os dias 18 e 21 de maio de 2021. Para

de uma vasta área de 150 hectares,

PLANTADOR DE ÁRVORES JAROCIN

espaço que alterna a sua tipologia,

O centro de tecnologia florestal de

entre floresta, campos agrícolas e

Jarocin, na Polónia, desenvolve e

áreas abertas para exposição de

comercializa uma já extensa gama de

maquinaria e das empresas florestais.

alfaias para aplicações silvícolas.

além disso, adota um novo logotipo e muda-se para Bratteborg, que dista cerca de 30 km de Jönköping, para sul. Neste local, a Elmia passa a beneficiar

A intenção é garantir que, edição

É

A mais recente adição à gama

após edição, haverá floresta pronta

é o plantador SZ, que permite a

para corte, permitindo assim a

plantação de árvores em uma só

demonstração de maquinaria em

linha, a uma profundidade até 25

a feira florestal mais

ambiente real de trabalho. A feira

cm. É composto por uma cabine com

conceituada a nível mundial

pretende continuar na vanguarda da

assento para um operador e espaço

e a equipa que a organiza

indústria, sendo a floresta de precisão,

de ambos os lados para as caixas de

está a trabalhar para manter esse

com as tecnologias que lhe estão

plantas. O fabricante aconselha uma

estatuto

associadas, um dos temas prioritários

disponibilidade mínima do trator em

a serem explorados.

redor dos 80 cv de potência.

O sobressalto provocado pelo anúncio de uma feira concorrente,

A Elmia Wood realiza-se a cada

A velocidade recomendada

a realizar também na Suécia e nas

quatro anos desde 1975. A última

é entre 500 a 3000 metros/hora,

mesmas datas, levou a organização

edição, realizada em 2017, contou com

para um rendimento anunciado de

da Elmia Wood a pôr em prática

mais de 500 empresas expositoras e

aproximadamente 1000 árvores/hora.

diversas alterações e melhorias.

50.000 visitantes.

O conjunto pesa 560 kg.


Mais info: www.lopezgarrido.com

LOPEZ GARRIDO

A GAMA MAIS INOVADORA NO SETOR DAS MÁQUINAS FLORESTAIS, BIOMASSA E AGRÍCOLAS

TRITURADORA LOPEZ GARRIDO

para restos de poda

Na aparência faz lembrar uma enfardadeira de fardos cilíndricos, mas a sua função é bem diferente. Esta máquina desenvolvida pela marca espanhola Lopez Garrido destina-se a transformar restos de poda em biomassa triturada. Através de dois rolos alimentadores (pick-up), faz a recolha dos restos de poda espalhados no campo e procede à sua trituração. O material triturado permanece

ESTILHADORAS COM MOTOR A GASOLINA OU A DIESEL

no interior de um compartimento com 9m³ de capacidade e pode depois ser descarregado onde o operador pretender. A trituração dos restos de poda de olival, vinha, e pomares são as aplicações mais frequentes para este modelo Biomass TBM 3400. Esta pode ainda ser utilizada para recolha e trituração de sobrantes florestais até um

Estilhadoras a trator

Triturador Florestal

diâmetro de 15 cm graça a um rotor de 72 martelos fabricado em Hardox 500. Esta trituradora abarca 2 metros de largura de trabalho, pesa 4770 kg e está recomendado para tratores com potência entre os 140 e os 160 cv. Fresa e trituradora de pedra

Triturador lateral

Triturador agrícola

Trituradora agrícola com desplaz. hidráulico

Triturador hidráulico

Destroçador florestal agrícola

Trituradora autoalimentada de olivo

Triturador florestal para carregadoras

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TECH //

FASE V

APERTA LIMITES DE EMISSÕES Após janeiro de 2020, a Fase V passa a abranger todas as classes de potência dos motores. A combinação de vários dispositivos de pós-tratamento de gases marca a tendência. E à medida que a tecnologia vai sendo aprimorada antevêemse vantagens para o utilizador

E

POR João Sobral

88

stávamos na Fase IIIB e já o representante de um concessionário nos dizia que os gases saídos de um trator eram tão limpos que se podia abrir a marmita do almoço e aquecer a comida na ponta do escape. Exageros à parte, nessa altura já se tinha dado um grande passo na direção

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de motores mais limpos. E agora, com a passagem da Fase IV para a Fase V, a norma europeia aperta ainda mais as restrições às emissões poluentes em máquinas agrícolas. MAIS DISPOSITIVOS EM REDOR DO MOTOR

Desde que, em 1999, a Fase I entrou em vigor, todo o trabalho de desenvolvimento de motores

está condicionado pelas normas de emissões. Generalizaram-se os sistemas de injeção common-rail e os fabricantes têm lançado motores com menor cilindrada e menor volume, mas dos quais é possível extrair maior potência. O que tem crescido são os dispositivos instalados em redor do motor, destinados ao tratamento dos gases de escape. O emprego dessas soluções visa diminuir ao máximo a emissão de gases

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// Tecnologia ISOBUS

As emissões poluentes produzidas pelas máquinas agrícolas foram reduzidas em 95% num período de 20 anos

McCormick é uma marca de Argo Tractors S.p.A.

que contenham e propaguem substâncias tóxicas que são nocivas à saúde humana e aos ecossistemas. É o caso dos hidrocarbonetos, do monóxido de carbono, dos óxidos de azoto e das partículas. Em resultado deste esforço, os limites permitidos para emissão de óxidos de azoto (NOx) e de partículas (PM) são 95% inferiores aos que eram tolerados há 20 anos. O QUE MUDA COM A FASE V

Estamos perante mais uma transição. A Fase IV, que estava em vigor desde 2014, dá lugar à fase V. Vejamos então o que está em causa neste nível de emissões: Restringe ainda mais a emissão de partículas. De 25 mg/kWh passa para 15 mg/kWh. Deixou de estar em causa apenas o volume de partículas, tendo sido fixado um limite também para o número de partículas. Passou a abranger todas as classes de potência, incluindo os motores muito pequenos, abaixo dos 19 kW de potência, e os motores muito grandes, acima dos 560 kW de potência. TENDÊNCIAS

Durante muito tempo, os fabricantes puderem escolher uma de duas vias. Ou instalavam um DPF, com o inconveniente de ser necessário fazer regeneração, ou instalavam um sistema SCR, com o inconveniente de terem de acrescentar mais um depósito e mais um fluido consumível, o DEF. Com a Fase V aperta ainda mais a malha do crivo, e a tendência aponta no sentido de se aplicarem combinações ainda mais vastas de dispositivos. Em muitos casos, a conciliação do sistema SCR e de um DPF será a solução usual. Como a tecnologia continua a evoluir, uma outra tendência é o aparecimento de vários dispositivos agrupados num único pacote (one-can), por vezes situado por completo fora do compartimento do motor. É por isso provável que voltemos a ver capots menos volumosos do

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»

TECH // Fase V

PRAZOS DA FASE V APÓS 1 DE JANEIRO DE 2019 Passaram a estar conformes com a Fase V todas as máquinas agrícolas equipadas com motores de potência inferior a 56 kW (76 cv) e com motores de potência superior a 130 kW (177 cv).

APÓS 1 DE JANEIRO DE 2020 Terão de estar em conformidade com a Fase V todas as máquinas agrícolas equipadas com motores que se situem num intervalo de potência entre os 56 e os 130 kW.

90

abolsamia julho / setembro 2019

Os sistemas de tratamento de gases reduzem as substâncias libertadas pelas máquinas agrícolas que são nocivas à saúde humana e ao ambiente que tem sido a prática nestes anos mais recentes. Por fim, os constrangimentos associados à regeneração tenderão a diminuir, com as marcas a desenvolverem soluções sem manutenção, que fazem a regeneração em automático, ou nas quais uma regeneração em modo estático é pedida mais esporadicamente. A TER EM ATENÇÃO

Na compra de uma máquina nova procure perceber em detalhe, junto do vendedor, como funciona o sistema de pós-tratamento de gases e que cuidados especiais requer.

Na compra de uma máquina usada não perca o rasto às regras de funcionamento que lhe estão associadas. Informe-se junto da marca se for necessário. Verifique ainda se o sistema não foi adulterado e se está a funcionar corretamente. AJUSTE DE PREÇO

Consultámos o mercado para percebermos o que irá acontecer na passagem para a Fase V. Algumas marcas referem uma atualização residual de preço. Mas há casos em que o ajuste pode chegar aos 2,5%, o que representa mais 5.000 Eur a pagar por uma máquina que custe 200.000 Eur.

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ELEMENTOS PARA PÓS-TRATAMENTO DE GASES EGR

Esta válvula redireciona parte dos gases, fazendoos passar novamente pela câmara de combustão. Mantém uma mais baixa temperatura de combustão, o que contribui para reduzir os níveis de NOx.

DOC

É por onde os gases passam primeiro no sistema de escape. Este filtro cerâmico constituído por metais preciosos altera quimicamente os gases através de um processo de oxidação. Reduz a concentração de monóxido de carbono, de hidrocarbonetos e de algumas partículas.

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TECH // Fase V

DPF É um filtro que retém as partículas de fuligem (a que vulgarmente chamamos carvão) produzidas durante a combustão e que não foram previamente oxidadas por um DOC. As partículas ficam retidas no DPF até que este seja limpo. Quando é atingido um determinado nível de obstrução o sistema indica a necessidade de fazer uma limpeza, procedimento que é conhecido como regeneração.

REGENERAÇÃO PASSIVA E ATIVA Nos sistemas de regeneração passiva, a limpeza é feita automaticamente durante o trabalho a temperaturas até 360° graus. Nos sistemas de regeneração ativa a limpeza é feita com a máquina imobilizada e o motor a funcionar a um determinado regime, sendo injetado combustível no DPF para aumentar a temperatura para lá dos 600°. O número de vezes que é necessário fazer regeneração depende do tipo de tarefa e da restante tecnologia que compõe o sistema de pós-tratamento de gases em paralelo com o DPF. Nos trabalhos mais pesados, em que a máquina trabalhe sob esforço e a regimes altos, a necessidade de regeneração tende a ser menos frequente. Se a máquina realizar sobretudo tarefas a baixo regime do motor, a regeneração tende a ser feita em intervalos mais curtos. Se juntamente com o DPF existir um sistema SCR, será menos frequente a necessidade de fazer regeneração.

SCR

É constituído por um doseador e por um conversor catalítico. O sistema injeta uma solução aquosa de ureia (DEF/AdBlue) no escape para neutralizar os óxidos de azoto (NOx), convertendo-os em azoto, água e dióxido de carbono. É a última etapa de tratamento dos gases, situando-se o conversor catalítico no tambor de escape.

Os motores estão cada vez mais rodeados de componentes externos para tratamento dos gases de escape

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UE TEM OS LIMITES MAIS RIGOROSOS

A União Europeia e os Estados Unidos têm caminhado a par desde que introduziram as primeiras normas sobre emissões poluentes aplicadas a maquinaria agrícola. Quando mencionamos o nível de emissões Fase IIB/ Tier 4interim ou Fase IV/ Tier 4Final, o termo ‘Fase’ diz respeito à norma europeia e ‘Tier’ diz respeito à norma americana. Estas diferentes designações têm por trás regras e limites de emissões que são equivalentes. Porém, deixou de ser assim. Os Estados Unidos continuaram a aplicar a norma Tier 4Final ao passo que a UE decidiu restringir ainda mais as emissões, tornando-se a região do mundo com limites mais rigorosos.

TERMINOLOGIA As principais denominações são habitualmente apresentadas fazendo uso da sua sigla em inglês. Mas qual é o significado em português? EGR (Exhaust Gas Recirculation) - Recirculação de Gases de Escape. DOC (Diesel Oxidation Catalyst) - Catalisador de Oxidação Diesel. DPF (Diesel Particulate Filter) - Filtro de Partículas Diesel. SCR (Selective Catalyctic Reduction) - Redução Catalítica Seletiva. DEF (Diesel Exhaust Fluid) - Fluido de Escape para motores Diesel. PM (Particulate Matter) - Partículas. NOX (Nitrogen Oxides) - Óxidos de azoto. HC (Hydrocarbons) - Hidrocarbonetos.

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TECH // Alterações climáticas

MAIS E MELHORES PASTAGENS

CARECEM DE MAIS INVESTIGAÇÃO

É hora de estudar e melhorar plantas e forragens, que assegurem boa digestibilidade e proteína para os animais, mais resilientes às alterações climáticas e sem danificar os solos. Mais biomassa verde é aumentar as provisões, evitando a importação em tempos difíceis m meados de maio não deveria ser tão difícil suportar o calor matinal, mesmo se no interior alentejano. Pois o Dia do Agricultor do INIAV foi um desses dias, que nos campos da Estação de Melhoramento de Plantas de Elvas, um dos pólos daquele instituto de investigação, com o sol a pino, chegou a ser indecoroso. E propósito ali se falou de alterações climáticas e da multiplicação de projetos e ensaios para a melhoria de plantas e variedades mais resilientes e pela melhoria da produtividade dos solos. Isso, e muito mais, está a ser feito em Elvas. A abolsamia também por ali andou, observou as múltiplas parcelas de ensaios de experimentação onde se verificam os comportamentos de novas espécies para o Catálogo Nacional de Variedades, sejam de sequeiro ou de regadio, gramíneas, leguminosas, ervilhacas, para que depois sejam disponibilizadas aos agricultores. Verificam os técnicos se as plantas estão em stresse hídrico, trabalham a genética, criam variedades e detetam os perigos, os excessos de água (ou a falta dela) e calor, as plantas invasoras, os “predadores”. No caso concreto da zona de Elvas, lamentou-se como os pombos destroem grande parte das plantações de ervilhas...

E

94

abolsamia julho / setembro 2019

A d i g i t a l i z a çã o d a ag ricu l tu ra não pod e perd er ma is tem po

MAIS PASTAGENS E MELHORES FORRAGENS

Um outro projeto em desenvolvimento – a que abolsamia já fez alusão na edição anterior – também esteve em destaque, o que estuda a intensificação sustentável da produção de forragens em sistemas extensivos de produção animal, “MechSmart Forages”. Numa análise geral, adiante descrita por Nuno Canada, presidente do INIAV, comporta duas grandes dimensões: a social, segundo a qual a produção animal em regime extensivo é fundamental para a fixação de pessoas em muitos territórios; a económica, pois se cada vez há menos meses de pastagem disponível torna-se imperativo trabalhar forragens que permitam ao produtor ter alimento conservado para suplementar nas alturas necessárias. O investigador Luís Alcino da Conceição, professor do Instituto Politécnico de Portalegre e da Escola Superior Agrária de Elvas, líder do projeto, enfatiza a questão primordial: os ganhos agronómicos, ambientais e energéticos pelo uso integrado de tecnologias de conservação e de precisão. Estas passam pela condução das culturas forrageiras através de sementeira direta, e a segunda através de técnicas do uso de instrumentação e de monitorização. Tudo está a acontecer numa parcela da Herdade

A l t e r a çõ e s c l í m á t i ca s : e m E l va s r e a l i z a m - s e e n s a i o s pa ra torna r as p l a ntas ma is resi l ientes

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// Entrevista a Luís Alcino

Experimental da Comenda, também em Elvas, com 147 cabeças de Associação de Criadores Bovinos Mertolengos. DIGITALIZAR, MONITORIZAR

De forma simplista, poder-se-á dizer que certo tipo de agricultura, “a olho”, tem os dias contados, para que não se corra o risco de ter uma conta de cultura demasiado elevada, insustentável para a exploração. Torna-se imperativo, em regiões extensivas onde o calor é mais intenso, ter alimento suplementar para o gado, quando a água escasseia, quando a temperatura sobe acima do normal, verificar o teor de água no solo, poder, por isso, programar a rega e receber alertas no telemóvel para uma necessidade de intervenção. Sem esquecer que a compactação do solo é inimiga da melhor forragem e de um maior volume de biomassa verde, que deve ser vigiada, eliminada a infestante, para que não se deteriore e perca o valor nutricional. Luís Alcino destaca, também, a possibilidade de se cruzar informação relevante sobre o percurso dos animais, o que comem, onde comem, o seu peso, mesmo o controlo do ciclo reprodutivo. Monitorizar terá que entrar no dia-a-dia do gestor agrícola. Em última análise, diz o professor, “nos últimos anos tem havido grande volatilidade dos preços dos fatores de produção. Uma coisa é o animal vir comer à pastagem, outra é termos que a produzir e os preços têm variado muito. Temos, por isso, que continuar a estudar para criar sistemas eficientes de produção de forragens.” O projeto está em fase de consolidação de resultados, e os indicadores têm revelado dados interessantes. Para referências do mesmo: http:// mechsmartforages.ipportalegre.pt

I N CE NTIVOS MINISTERIAIS Os ministros, da Agricultura e da Ciência, respetivamente Capoulas Santos e Manuel Heitor, também foram ao pólo de Elvas do INIAV. Basicamente, para enaltecer o trabalho que ali se faz e para incentivar mais e melhores resultados através do reforço de dotações para este e outros centros de conhecimento. Manuel Heitor anunciou que em Elvas será instalado um laboratório que procurará soluções para uma agricultura capaz de responder às alterações climáticas, investimento de 2,4 milhões de euros para equipamentos e melhoramentos de instalações e contratação de cientistas.

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OPINIÃO

Podem os trabalhadores independentes que trabalhem em equipa passar recibos verdes sem que daí advenham complicações? Nos trabalhos sazonais realizados na agricultura e na floresta está a levantar-se esta dúvida e o parecer da ACT vai no sentido de não poderem

FALSOS RECIBOS VERDES NA

AGRICULTURA POR JOÃO SOBRAL

A 27 de maio, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) realizou em Grândola uma sessão de esclarecimento centrada no trabalho da tiragem de cortiça. Nos anos mais recentes tem-se vindo a adotar a seguinte forma de organização: cada tirador de cortiça abre atividade nas finanças com o respetivo código específico, regista-se na segurança social e faz um seguro pessoal de acidentes de trabalho. No decorrer da campanha passará recibos verdes às pessoas e/ou entidades que contratam o seu serviço. Aparentemente, estaria tudo legal. Se formos à Autoridade Tributária, à Segurança Social ou a uma seguradora, é o que nos dirão. Mas no entender da ACT não é assim. Considera aquele organismo que na prestação de serviços realizada por um trabalhador independente, a pessoa não está sujeita a um horário, não está sujeita a ordens, e o que está em causa é a apresentação de um resultado mensurável do seu trabalho. Adianta ainda a ACT que na tiragem de cortiça o trabalhador está sujeito a ordens, cumpre um horário e, sendo o trabalho realizado em equipa, não é possível mensurar um resultado individual. É com base nestes elementos que classifica estas situações como falsos recibos verdes. O problema põe-se se existir uma inspeção da ACT. E põe-se de forma ainda mais séria se ocorrer um acidente grave. Nesta situação, a ACT intervém e, através de uma interpretação que é bastante controversa, tenderá a determinar que está perante um falso recibo verde, o que isentará a seguradora de responsabilidades, sendo estas transferidas para a entidade que solicitou o serviço.

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abolsamia julho / setembro 2019

Isto aplica-se à tiragem de cortiça e a qualquer outro trabalho realizado em equipa por quem esteja inscrito como trabalhador independente, seja instalar vedações, tosquiar ovelhas, fazer apanha de pinha, azeitona, legumes ou fruta, desramar árvores, entre outras tarefas sazonais. Assim, da sessão realizada pela ACT concluiu-se que a forma mais aconselhada de formalizar estas situações é a pessoa ou entidade que contrata realizar um contrato de trabalho a termo incerto com cada elemento, a que estarão associados os respetivos encargos com a segurança social. Caberá também ao empregador fazer um seguro de acidentes de trabalho para cada pessoa contratada. Os trabalhos que tenham uma duração máxima de 15 dias seguidos, ou 70 descontínuos, não necessitam de ser reduzidos a escrito, bastando que seja feita a comunicação à segurança social através de um formulário eletrónico. Para períodos superiores tem de ser feito um contrato escrito. Outra possibilidade será o encarregado da equipa, que na prática costuma ser apenas um angariador, e também ele trabalhador independente, constituir-se como empresa. Neste cenário, poderá ele contratar trabalhadores, a termo certo ou incerto e passar um recibo à entidade que contratou o serviço. Viemos dar exposição a este assunto, mas a lei do trabalho é um tema complexo. Por isso, aconselhamos que em caso de dúvida solicite um atendimento na ACT para obter esclarecimentos. Sem deixar para amanhã. Porque é antes da casa arrombada que se deve meter as trancas na porta.

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PRODUTO / notícias

Mais info: www.rarake.eu

REPOSSI RA-RAKE ENCORDOA MAIS LIMPO A MARCA ITALIANA REPOSSI REINVENTOU O ENCORDOADOR DE TIPO GIRASSOL, AO INSTALAR RODAS COM DIÂMETROS DIFERENCIADOS. ESTA SOLUÇÃO PATENTEADA PERMITE OBTER CORDÕES DE FORRAGEM MAIS LIMPOS, O QUE DETERMINA UM ACRÉSCIMO NA PRODUÇÃO DE LEITE Com uma arquitetura de dois corpos instalados em V, a grande inovação do modelo Ra-Rake está nas rodas duplas de tipo girassol. A cada roda exterior, de maior diâmetro, corresponde uma roda interior, de menor diâmetro. A roda maior não está em contacto com a forragem, tendo como única função acionar a roda interior que, essa sim, desloca a forragem. Como esta segunda roda tem menor diâmetro, trabalha junto ao solo sem arrastar detritos, como torrões ou pedras. A marca anuncia que, quando comparado com um modelo de rotores, este sistema simples de funcionamento está associado a velocidades de trabalho mais altas (até 20 km/h), a um menor consumo do trator e a menores custos tanto de aquisição como de manutenção. Mas a maior de todas as vantagens é a obtenção de uma forragem 1,8% mais limpa. Tendo em conta que as impurezas se refletem no valor de proteína da forragem, a produção diária de leite por animal pode sofrer uma influência de cerca de +0,8 kg quando todos os outros factores se mantêm iguais e o que muda é o encordoamento ser feito

por um Ra-Rake. Estes resultados foram confirmadas por um estudo científico levado a cabo pela Universidade de Milão. A Repossi não tem representação em Portugal, mas está interessada em dialogar com parceiros locais para um futuro acordo de distribuição no nosso mercado.

A GRANDE INOVAÇÃO DO MODELO RA-RAKE ESTÁ NAS RODAS DUPLAS DE TIPO GIRASSOL

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PRODUTO / notícias

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Centro Comunitário de Lavagem de Pulverizadores inaugurado em Cantanhede O 1º Centro Comunitário de Lavagem de Pulverizadores e Tratamento de Efluentes Fitossanitários em Portugal foi inaugurado a 21 de Junho, na Cordinhã, concelho de Cantanhede. Esta tecnologia de proteção ambiental vai servir 250 viticultores da região e a sua instalação resulta de uma parceria entre a Junta de Freguesia da Cordinhã e a Syngenta. O sistema Héliosec, oferecido pela Syngenta à autarquia, funciona por desidratação natural através do vento e da

PROTEGER O TRATOR DE OBJETOS PROJETADOS

temperatura, eliminando definitivamente os restos de calda e as águas residuais de lavagem dos pulverizadores.

Em trabalhos com destroçador ou limpa-bermas, os tratores são atingidos por pedras ou pedaços de madeira que danificam a pintura dos painéis laterais. Outro ponto sensível são os vidros da cabine, que vão ficando picados ou que podem mesmo quebrar-se. A firma inglesa Tractor Guard tem uma solução para este problema ao permitir a instalação de painéis de proteção. Estes podem ser colocados na lateral do capot ou sobre os vidros da cabine, através de ventosas e abraçadeiras, sem ser necessário recorrer a ferramentas. Segundo a empresa, o material sintético empregue no fabrico destes painéis apresenta uma resistência 200 vezes superior ao vidro.

LANDINI EM TOUR MUNDIAL com a REXperience Uma volta por vários países europeus, uma incursão ao continente africano e duas paragens na Oceânia, assim se faz o itinerário da REXperience, projeto da Landini para dar a conhecer a agricultores, empresários rurais e profissionais especializados várias experiências de terrenos na vitivinicultura e fruticultura dos tratores da Série Rex 4. A volta começou no final de junho, em Espanha, mas não terá paragem em Portugal. Depois de Espanha, o itinerário do Tour prevê paragens na Moldávia, rumando depois para a Grã Bretanha, Grécia, Bulgária, França, Egipto, Austrália e Nova Zelândia, países onde a liderança da marca naqueles setores agrícolas subsiste há mais de 40 anos, lê-se no comunicado da Landini.

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PRODUTO / notícias

CASE IH

TRATOR AUTÓNOMO DA CASE IH

FAZ A ESTREIA NO FESTIVAL DE GOODWOOD

O trator conceptual autónomo da Case IH,

Segundo noticiou a revista alemã de

Se o trator encontrar um obstáculo pára

denominado ACV, fará uma nova

agricultura Profi, o trator autónomo é

automaticamente, o operador é alertado

aparição pública no mês de julho, durante

equipado com uma gama de tecnologias

e a máquina não reiniciará a marcha até

o Festival de Velocidade de Goodwood,

que são usadas para monitorização e

que a alimentação da câmara seja

em Inglaterra.

controle remotos via PC ou tablet,

verificada. Os principais benefícios da

significando que, quando o trator está no

tecnologia autónoma incluem a

(370/419hp), o ACV fez a sua estreia

campo, ele pode trabalhar de forma

otimização das operações agrícolas,

europeia no SIMA 2017. Desde então tem

totalmente independente, eliminando a

especialmente durante as janelas

estado patente no centro de visitas da

necessidade de um operador controlar o

meteorológicas apertadas, já que o

Case IH, em Racine, no Wisconsin (EUA).

seu movimento.

veículo pode trabalhar sem interrupções.

Baseado no modelo Magnum CVX


PRODUTO / notícias

TRATOR A METANO DA NEW HOLLAND SERÁ ESTRELA DA EXPO BIOGÁS para transportes de longa distância. Segundo a nota da CNH Industrial, a sustentabilidade é um valor central para o grupo, tida como peça-chave para o contínuo desenvolvimento da produção dos veículos a gás natural e de outras formas de propulsão com recurso a energias alternativas. A New Holland terá como portaestandarte o trator com combustão avançada de biometano, elemento do conceito de “Exploração Energeticamente Independente”, A divisão agrícola da New Holland, a

enquanto a Iveco apresentará o

Iveco e a FPT Industrial estarão entre

Stralis NP, a gás natural, para

os participantes de destaque da

transporte de longa distância, que

Exposição Mundial do Biogás, a

oferece o mesmo rendimento que o

realizar no Centro Nacional de

seu equivalente a diesel, mas com

Exposições de Birmingham, no Reino

emissões ultra baixas. Já a FPT

Unido, em julho, onde irão mostrar o

Industrial mostrará os motores a gás

trator a metano e o camião a gás

natural NEF de 6 cilindros e Cursor 13

natural desenhado especialmente

que equipam aqueles veículos.

DIECI

JÁ PREPARA NOVIDADES PARA EXIBIR NA EIMA A Dieci, construtor italiano de manipuladores telescópicos, já está a preparar novidades para exibir no próximo salão da EIMA, em Novembro de 2020, contando lançar a sua nova gama agrícola – Agri Farmer GD, Agri

PÖTTINGER DESENVOLVE TÉCNICAS DE SILAGEM Obter silagem de melhor qualidade é o objetivo de qualquer agricultor, particularmente quando pretende melhor alimentar o gado. A Pöttinger tem dedicado particular atenção ao desenvolvimento de carregadores e enfardadeiras de fardos redondos e encomendou um estudo para melhor compreender o processo de digestão animal: Segundo este, o comprimento ideal da erva picada deverá ter entre 20 e 60mm, pelo que desenvolveu as enfardadeiras Impress de 32 facas para obter um corte de 36mm.

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abolsamia julho / setembro 2019

O mesmo fez para os vagões carregadores de alta capacidade Torro e Jumbo, cujo comprimento cortado atinge os 34 mm.

Star GD, Agri Plus GD e Agri Max GD. Segundo a marca, não se trata de simples atualizações de modelos, mas sim de novos produtos, a começar pelo motor (Fase IV), pelo braço completamente redesenhado e a nova unidade de controlo eletrónico. Tal como já tinha anunciado na Feira de Santarém, a cabine será inteiramente nova, desenhada exclusivamente para a Dieci pela Giugiaro Design. Na mostra italiana, a Dieci apresentará também um dos seus pilares históricos de produção, os Mini Agri 25,6 e Mini Agri 20,4, mais ágeis e compactos.

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PRODUTO / notícias

JCB

Trator JCB Fastrac atingiu velocidade recorde de 166,7 km/h

Um trator JCB, baseado no modelo Fastrac, estabeleceu, no dia 21 de junho, um novo recorde britânico de velocidade para tratores, ao atingir 103,6 mp/h (166,7 km/h), na pista de aviação de Elvington, perto de York, com o apresentador de televisão Guy Martin ao volante. A anterior marca estava na posse, desde 2018, do TrackTor, máquina construída pela produção do programa Top Gear, que equipara um trator com um motor Chevrolet V8 de 5,7 litros e 500 cv de potência. Naquela ocasião, o Track-Tor rodou a 87,27 mp/h (140,45 km/h). A máquina da JCB, baseada no Fastrac, fabricado em Straffordshire, utilizou o motor dieselMax de 6 cilindros e 7,2 litros de capacidade, atingindo a potência de 1000 cv e um binário máximo de 2500 Nm. O trator da JCB viu a sua aerodinâmica melhorada, com a ajuda dos engenheiros da Williams, e foi aligeirado no peso. Uma equipa de engenheiros da JCB trabalhou secretamente no projeto, durante vários meses, merecendo os elogios do presidente da empresa, Lord Bamford, que classificou o feito como uma “incrível conquista”.

A máquina utilizou o motor dieselMax de 6 cilindros e 7,2 litros de capacidade www.abolsamia.pt

abolsamia março / abril 2019

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REGIÕES

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Usados: JD 6100 c/cab. • MF 240 2 RM • Fendt Farmer 309 LSA c/cab. • Shibaura P17 F c/reb., fresa e charrua • Deutz Agroplus 70, DX 3500 • Case JX 75 c/ carreg. • Fiat 55-56 • Ford 1910 • Same Delfino 35 • Valpadana 550 • Universal 643 DT

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Usados: Fiat 540 • Kubota L295 • Lamborghini Crono 554-50 c/carr. frontal (mto.bom estado) • Landini 6060 • Agrifull Jolly 50 • JD 2200 c/carr. frontal • Motocultivador Bertolini MTC 318 • Armador de camalhões Checchi-Magli AL519

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Usados: Kubota, L185 DT, 6.000€ • Kubota, M7040, 20.000€ • Destroçador Herkulis, TLBA-165 • Motocultivador SEP, Motocultivador, 750€ • Motocultivador BCS, 750 Power Safe, 2.500€ • Motogadanheira Kubota, TK 600, 3.500€

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Av. Barros e Soares - Ap.20 Nogueira 4711-914 Braga • T/F. 253 054 433 Oficina 966 530 103 • Peças 919 154 371 • Vendas 966 829 416 geral@famtm.pt • www.famtm.pt CONSULTE O

Usados: Fendt 412 Vario • TYM 60 CV(semi-novo) • Unifeed Giglioli 4 m3 • Unifeed Luclar 7 m3• Charruas: Pottinger 3F Non Stop e Galucho 2F-13p • Máq. Rega c/150m (mangueira) • Rototerra Maschio de 2,50m e de 3,00m • Semeador de discos Maschio 3,00m

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Usados: A.Carraro Tigrone 5500 c/2.230h - 7.500€ • Lamborghini Runner 450 - 9.000€ • Landini Mistral 50 c/1600h - 12.000€ • MF 253 DT c/arco seg. - 8.000€ • Same Solaris 30 - 10.000€ • NH 55-85 R - 9.000€

Usados: Tratores: Fiat 70-65 • Landini 8860, 75M • Fendt Farmer 409 • Ford 5610 • NH PSA 25 plus • JD 6420 Premium • MF 6465, 6460 • Enfardadeira: Claas Variant 180 • Vicon RV157 • Gadanheiras: BCS Duplex, Kuhn Reb. 3m • Mini-giratórias: Yanmar VIO 33, Kubota KX 161 3ª • Dist. adubo Zeppelin • Destroçador: J. Guimarães • Zeppelin • Charruas: Goizin • Plastificadora: Kverneland ao 3ºponto CONSULTE O MICROSITE

Usados: New Holland TCE 55, TN55, TN70VA CAB, TL70, TL90, TK65F rastos • Ford 2600, 3600 • Massey Ferguson 253 • Same Argon 70 • John Deere 75C, 5400, 6310 • Kubota L295 • David Brown 1190 •Deutz Agroplus 70 • Abre valas Enorossi EBM 230

EUROPA

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BRAGANÇA | PORTO

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PORTO | AVEIRO

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AVEIRO | VISEU

CENTRO Usados: Charruas: Frost 3f / Galucho 2f 16'' • Fresa Herculano FCK 2000 • Pulv. Rocha 600L c/barra 10m.

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Usados: MF1540 • Iseki TS 3510 D • Landini 8860 DT • Same Solaris 45DT • NH Boomer 35 • Kubota L2550 • MitsubishI MT 210D • Iseki 4270 • Lamborghini Runner 450

ALENTEJO ALGARVE AÇORES EUROPA

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VISEU | GUARDA | COIMBRA CONSULTE O MICROSITE

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Usados: Same Argon 50 • MF 135 • Same Corsaro 70 • Same Minitaurus 60 2RM • Same Solar 50 c/ carreg. • Same Solaris 45 • Hürlimann H4105 DT • David Brown 1390 2RM • Empilhador Nissan TX 420 • Enfardadeira Galignani • Rototerra Pöttinger 3M • Rotofresa 2,60m • Tesoura Pellenc • Motoenxada Honda F220 • Outras máquinas e alfaias revistas de mecânica

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COIMBRA | CASTELO BRANCO | LEIRIA

CENTRO LISBOA & VALE DO TEJO

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Usados: Same Delfino 35 2RM • Ford 6600 2RM • Steyr 958 4RM • Same Solaris 50 4RM • Ford 1520

ALGARVE AÇORES

Usados: Fiat 420 • John Deere 1445 S • Kubota 2050DT, 2850DT, L295DT, B2100 • LS R36i • New Holland T3030, TN55V • Kioti FX50 c/cab. • Hurlimann H-481-XF • MF 253 • Shibaura S330 • Shibaura S435 CONSULTE O MICROSITE

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PORTO & NORTE

LEIRIA | SANTARÉM

CENTRO

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Usados: Claas, Arion 410 Cis • Enfardadeira Claas Rollant 355 Unirap • Ensiladora Claas Jaguar 800

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CONCESSIONÁRIO

ALENTEJO

Usados Tractores: Massey Ferguson 1030 • Mitsubishi MT 250 • Iseki 4320 • Iseki TF 4300 • John Deere 1630 • Landini Mistral 45 • Same Solaris 25 • Gadanheira Gaspardo BF 940 • Grua florestal Costa G3000 • Mini-trator Nibbi • Motoenxada Agrico, 6 LD 360 • Reboque Herculano SIE

ALGARVE

USADOS: Claas Ares 616 • Landini (2) 8860 • New Holland 8066 • Renault Ares 566 RZ • Same Solaris 55 E. N. 111, nº3 - 3025-563 S. Silvestre Tel. 239 961 306 • Telem. 966 422 492 E-mail: geral@tractogricola.pt www.tractogricola.pt CONSULTE O MICROSITE

EUROPA

AÇORES

Usados: Fendt 280V - 10.000€ • JD(x2) 5500 - 17.000€, 1446F - 12.000€ • Lamborghini RF 80.4 - 18.500€ • Case IH 2140 DT 9.500€ • NH TN95FA cab. - 22.000€, TL 70 Cab. - 15.000€ • Trator p/ peças NH CONSULTE O TS115A - 6.000€ • MICROSITE

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Usados Trator Case PUMA CVX 200 Adubador: Nodet, 600L • Vicon, RS-M 1400L • Ceifeira deb.: Claas MEGA 204 • Claas, 68 SR • Charrua: ACA ESCUDERO 4F • Galucho, CHF 3/4F • Cisterna 4000 L • Depósitos Rau 200L P/FENDT GTA • Enfard: Claas, ROLLANT 255 ROTO CUT • Claas 255 ROTO CUT (2X) • New Holland BB960 • Fresa Maschio MULTI FACAS SUPER COBRA 3MT • Gadanheira Kverneland, 2632M • Grade de discos Galucho, 32X26 • Herculano 28X26 • Juntador de fenos Enorossi 610 • Pulv. Hardi MAS-1800-FLE • Rastos CANTONE

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CENTRO

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Plantador tomate Ferrari 3 L • (2x) Reboques: Herculano 12.000Kg • Galucho de PB 10.000Kg • Grade discos: Pijuca vinh. 4 c. - 2.250€ • (2x) Galucho GLHR de 26-26" e A2CP de 24-24"• Rototerras: Pegoraro Pegolama 2,5 - 5.750€ • Maschio Super Cobra 2,5Mts - 5.500€ • Charruas: Galucho 2F-10" - 900€ • Galucho 3F-14" • Escarificador Galucho E7D - 800€ • Tesouras poda Electrocoup F.3005 - 750€ • Chisel XL5-7 3.250€ • Despamp. corte horiz./ vert. - 3.250€ • Descavadeira - 450€.

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SANTARÉM

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SANTARÉM | LISBOA

Usados: Tratores: Massey Ferguson: 3655 4RM CAB / 4370 4RM CAB / 390 4RM/ 4270 4RM CAB/ 699 4RM/ 390 4RM • Solis 20 4WD • Distribuidor de adubo Kverneland • Fresa Galucho FPL1500 • Gerador: Perkins 100KW / Voltor G2000 110KW • Pulv. Rau 1000 Litros• Rodas de ferro • Rolo Galucho RSAL-600 com conjunto A/F Hid. • Rototerra Rau CVL3M • Semeador Rau 6 linhas • Vibrocultor Galucho 6 M • Várias charruas Galucho

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AÇORES

ALGARVE

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CENTRO

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Usados: New Holland TC24D / TCE50 • Iseki UDX

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Usados: Lamborghini 574-70 4rm • Lamborghini R2 85 • NH T50-50 • Massey Fergunson 265 • MF 365 • Same Explorer 90

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CENTRO

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Usados:Deutz Fahr Agrokid 55 • New Holland T4030 N • NH TNF 90 • Hürliman XF 880 • Fiat 55-76 F • Same Centurion 75 DT • Same Rubin 120 • Landini Rex 90 F • Antonio Carraro Tigrone 5 500 (Isodiamétrico)

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LISBOA | SETÚBAL

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Usados: Agrifull 45 DT • New Holland BTN 95NA, DT • Cisterna Joper 4.000 L, rodado simples

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Usados: Renault CERES 345 • Ford 56404RM Abre regos Ribatejo, AR-3G • Balde em inox 2.00MTS • Bomba tirar água • Charrua Kverneland, CHARRUA 2F14 • Chisel-charrua 9 BIC • Chisel Agrator, 11-13 • Chisel Horizont 9-11 • Destroçador Serrat, 1.80MTS • Enfardadeira Fiatagri Heston 4700 • Escarificador de relvados 11/15 • Gadanheira Claas WM-250F • Gadanheira Vicon 6 discos Extra 428 • Gadanheira condicionadora John Deere 324 • Grade de discos Galucho GLHR 28-26 • Semeador Moresil 21 LIN. • Semeador Solá 25 LIN. • Semeador Sicam 6 LIN.

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Usados: Landini Technofarm 80 • Renault Palès 240 c/cabine • Máquina de vindimar rebocável ALMA Selecta 2 • Máquina de vindimar automotriz ALMA Alinea 100

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USADOS: JD 2030 • JD 6120 c/carr. fr. • NH TS 90 c/Carr. Fr. • NH T50-40 c/carr. fr. • Unifeed Zago Sabre 170 NT • Enfardadeira Welger AP 500 • Ensiladora Claas Jaguar 860 • Gadanheira Discos FELLA SM 270 • Plastificador fardos Tanco 580 S • Pulverizador Rocha

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DIA DE FOLGA //

HOMEM ENCORDOA COM TRATOR A PEDAIS

DIA DE FOLGA Pequenas coisas ou grandes números do maravilhoso mundo das máquinas agrícolas

O Júlio comprou ao Julinho um trator a pedais. Durante uns tempos, o menino andou muito entusiasmado com o brinquedo, mas de repente tudo mudou. O Júlio tinha um trator daqueles com motor anterior a todos os TIER’s, e há pouco tempo trocou-o por um moderno, com tudo o que faz falta para as mais apertadas normas do crivo anti-poluição. E não previu o que veio a acontecer. Desde que o Julinho subiu à cabine do novo trator e deu com todos aqueles alarmes de aviso, feitos de sonoros apitos e luzes a piscar, acabou-se o descanso lá em casa. Quer um assim. Têm sido tantas as birras que o Júlio já tem intenção de fazer uma troca com o Julinho. “Há uns dias engatei o junta-fenos no dele e trabalhei duas horas de seguida”. Só passado esse tempo é que fui fazer a regeneração.

“Taciana, dá-me uma média fresca, um pires de tremoços e uma sandes de presunto!”, pediu assim que entrou na taberna. A dona Felismina, que vinha da horta com a sua burrica à arreata, falou à revista abolsamia: “O Júlio não anda bom da mioleira. Então agora anda aí nesse campo encavalitado no tractor do Julinho…”, disse muito admirada.

GESTORES AGRÍCOLAS

7 EM CADA 10 SÃO HOMENS O gestor agrícola é o responsável pelo normal funcionamento, pelas finanças e pelas rotinas diárias de produção da exploração. Geralmente são entendidos como agricultores, pois são eles que tomam todas as decisões, o que plantar, o que colher, o que armazenar e vender, e vulgarmente este gestor também é o proprietário da exploração. Segundo os dados do Eurostat (o gabinete de estatísticas da União Europeia)™, em 2016, sete em cada dez (72%) destes gestores

eram homens, num universo de 10,5 milhões unidades agrícolas. Os países da UE com maior percentagem de mulheres à frente da gestão daquelas explorações eram a Letónia e a Lituânia (ambos com 45%), seguidos pela Roménia (34%) e pela Estónia (33%). No que se refere a idades, a maioria (58%) dos gestores tinha 55 ou mais anos de idade, e apenas um cada dez (11%) tinham menos que 40 anos de idade, percentagem que baixava para 9% no caso das mulheres.

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Parlamentares da União Europeia votaram favoravelmente (410 votos contra 192) a suspensão da prática de mudança de uma hora no relógio, na primavera e no outono, a partir de abril de 2021. A votação não é a última palavra sobre a questão, mas formará a base das discussões com os países da UE para produzir uma lei final. Os Estados-membros ainda precisam se posicionar. A prática de mudança da hora, também observada em países como os Estados Unidos, foi introduzida pela primeira vez na I Guerra Mundial para economizar energia, prolongando a luz do dia no verão. A maioria dos países fora da Europa e da América do Norte não ajusta os seus relógios. A Comissão Europeia propôs em setembro o final desta prática, depois que uma pesquisa de opinião gerou 4,6 milhões de respostas, com 84% dos entrevistados querendo acabar com as mudanças sazonais do relógio. No entanto, alguns críticos dizem que a pesquisa foi dominada por alemães, que responderam por 70% dos entrevistados. “Novas tecnologias e diferentes modos de vida significam que não ganhamos nada [com a mudança de horário]. Na verdade, não economizamos”, disse a sueca Marita Ulvskog, parlamentar responsável por este processo.

423

UE VOTA PARA ACABAR COM MUDANÇAS DE HORA EM 2021

DESCUBRA

as diferenças

7

mil ha de área de plantações de culturas frutícolas dão a Espanha a liderança nesta fileira entre os países da UE, com uma quota de 30% face ao valor global dos 28 Estados-membros (1,295 milhões ha). Seguem-se a Itália (279 mil ha) e a Polónia (167 mil ha). Portugal ocupa o sétimo lugar, com 38 mil ha. Os dados do Eurostat referem-se ao ano de 2017. © 2012 Nelson Martins

166 km/h

Um trator JCB, baseado no modelo Fastrac, estabeleceu, no dia 21 de junho, um novo recorde britânico de velocidade para tratores, ao atingir 103,6 mp/h (166,7 km/h), na pista de aviação de Elvington, perto de York, com o apresentador de televisão Guy Martin ao volante.

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SOL . nota de música // sapato do chefe índio // ranhura no tronco // cor de fundo nos dentes das forquilha // riscas na camisa do agricultor baixo // ponta da cerca // lenço do agricultor alto

DIA DE FOLGA //


VOU DE FÉRIAS E APROVEITO PARA IR A UMA FEIRA JULHO A SETEMBRO

JULHO 25 A 04 AGO.

Expofacic Cantanhede, Portugal

26 A 29

Feira de Libramont Libramontr, Bélgica

GAMA DE PRODUTOS

AGOSTO 8 A 15 SET.

ALFAIAS KUBOTA

9 A 18

Feira de São Mateus Viseu, Portugal

Feira S. Bartolomeu Trancoso, Portugal

16 A 25

20 A 23

Fatacil Lagoa, Portugal

Fenasucro & Agrocana Sertãozinho, Brasil

23 A 1 SET.

29 A 1 SET.

Agrival Penafiel, Portugal

AgroSemana Vila do Conde, Portugal

SETEMBRO 1A3

4 E 15

Spoga+Gafa Colónia, Alemanha

Interaspa Hannover, Alemanha

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PotatoEurope Kain, Bélgica

Salon du Végétal Nantes, França

10 A 13

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Space Rennes, França

Expobiomasa Valladolid, Espanha

24 A 29

26 A 29

Siamap Tunis, Tunísia

F. Agrária Sant Miquel Lérida, Espanha

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Sementeira Tratamento das culturas Soluções eletrónicas Equipamento para alimentação do gado Equipamento forrageiro

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DIA DE FOLGA //

SEGURANÇA NO TRABALHO O resguardo do veio de cardan nunca deve ser retirado e as correntes de segurança devem estar sempre colocadas. Se o resguardo se danificar deve ser substituído. No mercado existem resguardos universais para adaptação a qualquer cardan. Tenha em atenção que os cardans desprotegidos estão na origem de acidentes muito graves.

UM DEUTZ-FAHR DE 8 RODAS. RECORDA-SE? Antes de o segmento de alta potência se afirmar com tratores de arquitetura convencional, de chassis rígido e rodas desiguais, algumas marcas experimentaram outros formatos. Foi o caso da Deutz-Fahr que, há 10 anos, na Agritechnica 2009, surpreendeu o público agrícola ao apresentar o protótipo Agro XXL. Com 8 rodas motrizes e chassis articulado, esta máquina era impulsionada por um bloco Deutz V8, de 16 litros, que perfazia 600 cv de potência. Tal conceito destinava-se ao trabalho de solo com alfaias rebocadas capazes de abarcar uma grande largura de trabalho, para cima dos 12 metros. Embora o elevador hidráulico também estivesse previsto, entrava só na lista dos equipamentos opcionais. O Agro XXL acabaria por não avançar para a produção em série, mas fica no álbum de recordações como uma ousadia proposta pela Deutz-Fahr. Na prática, o futuro da alta potência da marca acabaria por se afirmar num formato muito mais tradicional, através dos modelos da série 9.

OS CARDANS DESPROTEGIDOS ESTÃO NA ORIGEM DE ACIDENTES MUITO GRAVES

Pai de Kean quer os tratores PROMETIDOS PELA JUVENTUS

Moise Kean é a nova coqueluche do futebol italiano. Com apenas 19 anos já chegou à seleção e desde 2017 que encanta os tiffosi da Juventus. Até aqui, tudo bem. Mas se a história meter o seu pai e mãe, e ainda mais dois tratores, então o caso muda de figura. Acontece que o seu progenitor, Biorou Kean, está muito aborrecido com a direção do clube, pois diz que lhe está a falhar, e concretamente por uma aludida promessa de entrega de dois tratores como compensação pelo contrato assinado pelo filho. Mas nem tratores nem bilhetes para assistir aos jogos da Juve, queixa-se o pai. Se Kean assinou contrato com a Juventus a si o deve, disse o pai do jogador à imprensa italiana, advertindo que a sua ex-mulher queria levar o filho para jogar em Inglaterra. O filho não gostou da tomada de posição do pai e diz que só deve à mãe o facto de ser o homem e o profissional que é hoje. “Não se esqueçam de quem vos dá de comer”, escreveu na sua conta do Instagram. E porquê a história dos tratores? De facto, a Juventus pertence à família Agnelli e esta é a principal acionista do grupo Fiat, sendo que este também detém o grupo CNH Industrial, onde se integram os fabricantes de tratores Case IH, New Holland e Steyr. Será que, pelo meio desta história de contratos, não se falou mesmo de tratores?...

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FESTAS & EVENTOS //

GINCANAS DE TRATORES

SÃO CASO SÉRIO DE POPULARIDADE

A revista abolsamia associou-se à Gincana da EPAMAC e à Agro-Aruil, fisicamente muito distantes entre si, mas unidas pelo convívio das comunidades agrícolas

U

ma no Marco de Canaveses, a outra em Aruil, na freguesia sintrense de Almagem do Bispo, a primeira com uma Gincana de Tratores promovida pela Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Marco de Canaveses (EPAMAC), a outra com uma feira de agro-negócio e convívio de agricultores, constituem dois bons exemplos do salutar movimento popular que vai unindo os agentes das comunidades rurais. Ambos apoiados por abolsamia, que divulgou as iniciativas e ofertou assinaturas da revista aos participantes das atividades, tais eventos vão ganhando grande popularidade, como já tinha sido a tradicional Gincana de Creixomil, em Guimarães. No caso da EPAMAC, que propicia a jovens da região formação profissional qualificante,

contribuindo para o seu desenvolvimento pessoal e social e para a qualificação da mão-deobra da região, a Gincana acabou por despertar uma avalancha sem precedentes de visitas ao site e ao vídeo publicado na página de abolsamia no Facebook. Tanto abolsamia como alguns dos internautas que o comentaram têm um reparo a fazer à organização: de futuro, todos os participantes na gincana deverão seguir as normas para a condução do trator em segurança, levantando o arco de segurança durante a execução do exercício de perícia. Em Aruil, o que começou por ser uma “tratorada” entre os agricultores da aldeia resulta agora numa exposição-convívio que já atrai expositores com atividade ligada ao agro-negócio. O desfile de tratores foi bem conseguido, o convívio foi ainda melhor. A organização, a cargo da Sociedade Recreativa e Desportiva Aruilense, conseguiu o seu principal objetivo, o de promover a agricultura, a atividade que assegura o sustento dos habitantes de Aruil.

GINCANA

EPAMAC

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“FOI UM ORGULHO REGRESSAR À MARCA” AGROMONÇÃO

CONCESSIONÁRIO NEW HOLL AND Nem cinco anos foram necessários para deixar a New Holland orgulhosa com o trabalho da AgroMonção, uma das mais recentes concessões, que vai marcando pontos no Alto Minho para se tornar, a breve prazo, a líder na região. Tudo trabalho de uma família coesa e dedicada à marca

J

osé Fernandes, Adélia (a sua mulher), Luís e Tânia (os filhos), Marco (o irmão), e três mecânicos. Existirá empresa familiar tão coesa quanto esta? Certamente que sim, o que não invalida ou lhe retira o mérito de se ter esmerado, vai para cinco anos, em preencher todos os requisitos que lhe foram exigidos desde a hora em que se tornou concessionária da marca New Holland em 2015. Individualmente, os seus membros revelam extrema modéstia, mas é com os estímulos de nova vida em instalação nova e muito trabalho de casa que se dedicam a criar os resultados já aplaudidos. Breve retrato da família-empresa: José Fernandes tem 20 anos de experiência comercial. Andou pela Suíça, onde foi operador de máquinas. Assim que regressado a Portugal ingressou na Brás e Vasconcelos, concessionária da New Holland em Braga. Criou depois sociedade com outrém, em Monção, na Amaral &

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Malheiro. A sociedade desfez-se, e entrou a família para a que é hoje a AgroMonção. Adélia, sua mulher, tinha um negócio de roupas, e vendeu a loja quando José ficou sem sociedade. “Fui-me afeiçoando a este ramo, aprendi, fiz formação em informática. A maior dificuldade era dar o nome e conhecer as peças”, explicou Adélia, para quem a filha passa agora por idênticas dificuldades. Fala da Tânia, que é professora, mas que também vai dando uma ajuda na empresa. ESTUDO OU TRABALHO Entra o filho, Luís: “O meu pai disse-me que ou estudava, ou trabalharia aqui. Optei por trabalhar aqui. Lutei por isto e lutei para crescer. Percebi que o segredo não estaria só na venda, mas muito no pósvenda. Depois surgiu a oportunidade de ser concessão, daí a AgroMonção. Que somos nós, em família.” O seu

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// Agromonção

“NA AGROMONÇÃO NÃO SE VENDEM SÓ TRATORES E MÁQUINAS NOVAS, FACILITAM-SE AS TAREFAS AGRÍCOLAS”, DIZEM ORGULHOSOS OS SEUS DONOS Alguns dos funcionários da Agromonção são também agricultores e por sua vez operadores de máquinas agrícolas. Esse facto confere-lhes capacidade para preparar ou adaptar qualquer máquina ‘universal’ à realidade local; fazer uma demonstração ou entrega personalizada e minimizar os tempos de paragem em reparações. “Os nossos clientes são os nossos melhores vendedores e nos recomendam a outros”, remata José Fernandes.

tio Marco faz demonstrações dos tratores a clientes e tem bons braços e saber para a oficina, onde laboram mais três mecânicos. “Mudámos cá para cima, que a anterior casa, aqui perto [fala-se da confluência da EM 1097 com a EN 101 ValençaMonção] era pequena para a dimensão que estávamos a criar. Surgiu esta ideia de comprar, de fazer coisas novas. E devíamos tê-lo feito mais cedo. Foi um orgulho regressar à marca”, diz José Fernandes. João Bizarro, responsável da New Holland por aquela e outras concessões, tinha uma confissão a fazer: “Os nossos resultados não eram dos melhores. Para trabalhar aqui há coisas imprescindíveis, e uma delas é ser de cá. O histórico diz-nos que, enquanto José Fernandes trabalhou esta marca, as quotas de mercado eram fantásticas, quando passou a trabalhar na concorrência, os nossos registos baixaram, mas quando ele voltou a trabalhar com a New Holland nós voltámos a catapultar as vendas. Neste momento temos quotas acima da nossa média nacional para a zona.” PÓS-VENDA FUNDAMENTAL Que vontade tinha, então, José Fernandes, em ser concessionário da marca? “É a número um na agricultura. É o que representa para mim. E é gratificante. Também vendi outras marcas, mas estes tratores nem dão luta a sair, pois até o nome ajuda a vender”, graceja o patriarca da

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família, que logo a seguir ratifica o discurso do filho: “O nosso objetivo, para além das vendas, é prestar um bom serviço de pós-venda. Nos últimos dois anos servimos já oito grandes quintas da região, e outras na Galiza. Ainda agora vendemos para a quinta da Torre e Vale do Aires. Os maiores produtores de vinho de Monção são nossos clientes. O nosso estudo de mercado foi este: apresentar um bom serviço aos produtores e tentar não falhar quando eles mais precisam de nós. É isso que diferencia, é isso que tem levado cada vez mais clientes (também espanhóis) a procurar-nos.” Desde o início da concessão que a AgroMonção recebe clientes da vizinha Espanha. Em dia de mercado na região, estes aproveitam para ali comprar peças, serviços e equipamentos. “Tratores não, pois nós respeitamos os nossos colegas espanhóis”, afiança o homem da New Holland, para quem tal serviço tem sido catapultado, principalmente nos últimos seis meses, por solicitação de clientes espanhóis que se sentem aqui mais acompanhados tecnicamente. E é por isso que afirma, sem reservas: “Se a AgroMonção fizer o serviço bem feito terá o futuro garantido.” João Bizarro, de novo, acrescentando algo que considera fundamental para a atividade: “Em cinco anos subimos 17/18% de quota de mercado nesta área. Por dois aspetos: a marca voltou a ter gente da terra a trabalhála; segundo, o cliente do Alto Minho nem sempre deu importância ou primazia ao apoio técnico em detrimento do preço. Contudo, o incremento de tecnologia nos tratores irá obrigar os clientes a procurarem

concessões com melhores mecânicos, maior rapidez no fornecimento de peças e capacidade de adaptação à realidade local. Isso tem-lhes trazido muitos clientes com tratores de outras marcas que os entregam à Agromonção, mesmo em garantia. Aqui sentem-se apoiados. Ora, da nossa parte - e isso faz parte do nosso ADN enquanto marca -, a necessidade do pós-venda é um fator determinante e diferenciador das empresas.” UM CLIENTE PUXA OUTRO Tanto José Fernandes como o filho Luís, e também o responsável da New Holland voltam a concordar que é mais importante fazer relações públicas de proximidade [contacto direto] com o cliente que muito do resto. E dizem valer mais um dia de portas abertas que a presença em três feiras. É que, revela a família-empresa, nas feiras, os compradores vão com a família e não têm tempo para falar de tratores, com os filhos sempre a puxar-lhes pela algibeira. Uma altura houve de portas abertas que até à 1h ainda havia gente no interior da concessão. “A nossa melhor publicidade é o próprio cliente. Um puxa outro, e aquele outro, e mais outro. Assim caminhamos. A casa está bem vista”, conclui Luís Fernandes. Para a New Holland, a AgroMonção, se continuar a fazer o trabalho de casa bem feito, tem condições para ser líder regional”, afiança João Bizarro, para quem a atual quota de mercado na zona é uma questão de orgulho para a marca.

M ODELO T3F É O DE MAIOR SAÍ DA O especializado T3F representa 60/70% das vendas da AgroMonção. Tal como o modelo, o cliente-tipo também está bem identificado: o mais profissional sobe a série na gama, mas o amador elege o T3F, aquele que ainda tem vinhas antigas e precisa de trator mais baixo e compacto, modelo que a AgroMonção diz cumprir, a 100%, com os requisitos da agricultura na região.

Luís, José, Adélia e Marco (primeiro plano) e os três mecânicos

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ANTIGAMENTE ERA ASSIM...

Os primórdios da Valvoline (esquerda); a linha de montagem da Ford (centro); o vencedor da primeira corrida automóvel nos EUA (direita)

Valvoline lubrifica hà mais de 150 anos SEBO E ÓLEO DE BALEIA PRECEDERAM TEMPOS DE INOVAÇÃO T E X TO C A R LO S B R A N CO

É

preciso recuar mais de 150 anos na linha do tempo, até 1866, para assinalar o engenho de John Ellis, quando ainda o transporte de pessoas e bens era feito por máquinas a vapor e por veículos de tração animal. Até ao dia em que aquele físico norte-americano descobriu que o líquido produzido a partir da destilação do petróleo em bruto, cumummente conhecido por crude, tinha boas propriedades de lubrificação. Eclodiria, então, num futuro não muito

distante, uma revolução na indústria do automóvel e dos lubrificantes, tudo feito com inovação. Num breve correr pelo tempo (tão vago quanto impreciso), dizse do composto líquido ou pastoso que reduzia o atrito entre peças móveis que foi descoberto só depois da invenção da roda. EGÍPCIOS FORAM PIONEIROS

Mas o precoce engenho dos antigos egípcios ainda hoje espanta os cientistas pela forma como deslocavam pesados blocos de pedra sem auxílio a maquinaria, mas fazendo-o sobre ramos de folhas e troncos de árvores. Sem que possa ser

GRANDES DATAS

Reduzir a fricção entre peças móveis sempre foi perseguido pelo homem, desde o tempo dos antigos egípcios, até à era contemporânea

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declarado lubrificante, já o princípio lá estava: reduzia o atrito entre os elementos em movimento. Outro vestígio do surgimento do primeiro composto pastoso – algo semelhante a sebo de boi ou de carneiro -, foi utilizado como lubrificante para as rodas do veículo que transportava o líder do povo. Na Grécia, e nos primeiros Jogos Olímpicos (776 a.C.), nos eixos das rodas dos veículos das corridas com cavalos era igualmente aplicada gordura animal. O mesmo se passou no período Romano. Os povos do Norte da Europa, em demanda de novos territórios, usavam óleo de baleia

1945 1886

John Ellis, físico norte-americano, desenvolveu um lubrificante à base de petróleo para máquinas a vapor de elevadas temperaturas.

A Valvoline participou ativamente no esforço de guerra durante o segundo conflito mundial. “Se é suficientemente bom para a frota militar você pode usá-lo no seu carro”, descobriu a publicidade

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ANTIGAMENTE ERA ASSIM...

HENRY FORD, CLIENTE EXIGENTE E DESTEMIDO Precursor da linha de produção automóvel em série, em massa e a baixo custo, Henry Ford, engenheiro mecânico, fundador da Ford Motor Company, era um empreendedor nato e autor de mais de uma centena de patentes. E também um homem destemido. Assim se compreende que, em 1904, como forma de atrair atenções e investidores para o projeto Ford, obteve um recorde mundial de velocidade sobre terra, ao volante de uma máquina com motor de combustão interna, o “999” chamado Arrow (seta), com 100cv e registou a velocidade de 147 km/h. Fê-lo sobre o lago gelado de Michigan, e então já com a parceria da Valvoline. Poucos anos depois, o popular modelo T que saía da sua fábrica revelava um curioso aviso no tablier: “Este carro está cheio de óleo leve de motor Valvoline. Recomendamos seu uso. Nenhum outro óleo deve ser usado neste carro.

1965 Devido à obsessão da América pela velocidade dos carros musculados, a Valvoline lançou no mercado um óleo especialmente designado para a competição, o VR1.

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para lubrificar os mastros e leme. Com a Revolução Industrial, o que era manufaturado passou a ser feito por maquinação. A energia gerada pelo vapor e o aumento da fricção entre peças exigiu outro tipo de óleo. E voltamos a John Ellis, que em 1873 patenteou a Valvoline, a mais antiga inscrição registada como lubrificante. O início do séc. XIX vibrou com o motor de combustão interna e a proliferação de marcas, de vários tipos de motor, sempre em evolução até aos dias de hoje. Logo em 1985 realizou-se a primeira corrida automóvel nos EUA, em Chicago. Venceu um veículo com motor de dois cilindros, de 1,75 cv e lubrificado com óleo Valvoline. Cultura desportiva que não mais deixou. O ÓLEO PARA A GUERRA

No início do séc. XX, a Valvoline continuou a ganhar tração até conquistar as graças da Ford Motor Company. Henry Ford e o modelo T deram-lhe um impulso promocional (ver outro texto). Foi pioneira na criação do primeiro óleo de motor dedicado à aviação e no segundo conflito mundial participou no

2015

esforço de guerra. Foi fornecedora de lubrificantes para os carros das forças aliadas e a publicidade deu-lhe asas para conquistar o apreço das famílias: “Se é suficientemente bom para uma frota do exército, também você pode usá-lo no seu carro de família”, No pós-guerra, com a comercialização galopante do automóvel, a Valvoline desenvolveu o primeiro óleo de engrenagem para todos os fins, denominado X-18, que excedia as especificações dos fabricantes da época. O desenvolvimento tecnológico conduziu, em 1954, à oferta para os de maior performance, assim que nos EUA começaram a surgir os motores V8 – o All-Climate -, eliminando a necessidade de substituição do óleo do motor consoante as estações do ano. Mais possantes e rotativos, os carros de competição reclamavam lubrificantes específicos, pelo que nos anos 60 foi lançado o Racing Motor Oil, que se tornaria o mais vendido de todos os tempos. Mais recentemente, os sintéticos e de longa duração – Durablend e Maxlife. A Valvoline começou por ser distribuída em Portugal pela Casa Catela, mas está a cargo da Krautli desde 1990, multinacional suíça que centrou a sua atividade nas ramos automóvel, de camiões, náutica, duas rodas e industrial, onde se inclui a agricultura, uma vez que dispõe de uma gama completa de produtos para tratores, e onde procura uma nova e mais forte visibilidade.

A marca norte-americana introduz a linha Pro-V de óleos e lubrificantes para competição. A nova fórmula utiliza a mesma tecnologia e caráter profissional que são usados na competição

EVOLUÇÃO DA MARCA 1873-1930

1930-1960

1960-1974

1974-1980

1980-1987

1987-1997

2018

A garrafa de utilização fácil (sem pingar) é eleito produto do ano por uma associação de consumidores de produtos inovadores. A dita proteção passa a integrar todo o portfólio de produtos da marca

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DOIS DEDOS DE CONVERSA COM...

Bruno Bettencourt Melo [Jovem agricultor de 30 anos da ilha do Pico, Açores]

N

o local onde ficamos a conhecer um pouco melhor os agricultores e tratoristas do nosso país, Bruno Bettencourt Melo, que utiliza o Facebook e Instagram para divulgar o seu dia-a-dia no campo, afirma-se divertido por natureza e conta como passa horas de prazer ao volante do trator.

Como descreve essa sensação?

Tem ligação familiar à agricultura?

O que lhe facilita a vida nas máquinas com que trabalha?

Sim, sempre que me lembro, já os meus avós tinham umas terras e umas vaquinhas. Com o avançar dos anos foram investimentos feitos pelos meus pais que aumentaram o efetivo, e como sempre andei no campo desde muito novo também cedo decidi que era nesta vida que iria fazer o meu futuro. Com que idade se começou a interessar pelas máquinas?

Na minha infância, o meu pai tinha um Fiatagri 45-66 e eu fiz muitas horas sobre o guarda-lamas da roda traseira esquerda. Na altura adorava andar pelo campo, ao contrário das outras crianças. Claro que muito cedo fui colocado atrás do volante para ganhar entusiasmo e isso fez despertar a vontade de querer mexer nas máquinas.

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Tenho a sorte de viver num lugar que considero mágico. Já pude operar muitos tratores diferentes ao longo destes anos e fazendo muitas operações no campo. Hoje em dia, a tecnologia traz-nos muitos benefícios para o trabalho no campo, mas há sempre um prazer enorme quando salto para o assento e rodo a chave de cada trator.

Atualmente, o Comfortip no Deutz Agrotron 6180 C-Shift. A facilidade com que, apenas com um toque, posso ordenar o trator fazer várias tarefas sem ter de mexer em vários manípulos ou botões. Fazer rolos com a McHale ou ceifar erva é tão fácil como ir dar uma volta ao fim-de-semana em modo passeio. Quais as tarefas que mais gosta de realizar?

Gosto bastante de começar cedo a ceifar erva e acabar o dia a enrolar fardos redondos. Passar o dia no campo, com paisagens lindas e cheias de cor ajuda a passar as horas com imensa felicidade. Assim o trabalho rende e faz com que se goste realmente do que se faz.

Quando está no trator o que prefere ouvir?

Adoro ouvir o barulho de um motor, o som de uma alfaia que está a trabalhar toda afinada. Mas sempre acompanhado com uma música fica ainda melhor. Dar massa e limpar o filtro fica para outro dia?

Devido ao excesso de trabalho que havia na altura da exploração leiteira, muitas das vezes tinha de ser. Acabava uma coisa e tinha de avançar logo para outra por causa de horários apertados na entrega do leite. Só podia voltar a pegar nas máquinas de manhã cedo e nessa altura fazer as manutenções. Qual é a melhor parte de trabalhar na agricultura?

A paz que o campo e os animais me trazem. Gosto de estar e ter comigo as pessoas que me fazem bem e proporcionar também a essas pessoas momentos de felicidade e que possam desfrutar da simplicidade que a vida nos mostra no campo. Qual é a parte mais frustrante de trabalhar na agricultura?

Sem dúvida que as avarias. Viver no paraíso tem destas desvantagens...

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Passar o dia no campo, com paisagens lindas e cheias de cor ajuda a passar as horas com imensa felicidade Tem intenção de procurar trabalho noutro ramo?

Nunca me tinha imaginado sequer a pensar nisso. Infelizmente, a saúde e o futuro do setor, por cá, está bastante ameaçado. Já tive de fazer alterações nos meus sonhos que não tinha planeado e isso deixou-me bastante triste. E para lá da agricultura? O que faz quando não está a trabalhar para a exploração/empresa?

Passear pelas paisagens da ilha, quer seja de moto ou de pickup. Convívios em família e amigos. Ou simplesmente deitar no sofá a relaxar as articulações dos dias mais intensos. O que é que o faz rir?

Gosto muito de gente feliz. Onde não existe felicidade eu tento fazê-la chegar. Sou divertido por natureza e até gosto mais de fazer rir do que rir. O que é que o chateia?

As injustiças. Detesto mentiras e faltas de respeito. E avarias! Se ganhasse a lotaria qual seria a primeira coisa em que investiria?

Adorava ter um plafond sem limites porque, aí sim, ia realizar o sonho de infância. Vacas felizes e a luta de uma vida inteira. É leitor da revista abolsamia? De que rubricas?

Agora, no formato digital. Por ser mais simples de aceder em qualquer lugar. Adoro as análises e as provas de campo, as apresentações de novidades de tecnologia. Desde sempre me lembro de ver e ler a revista. Em pequeno cheguei até a ganhar um Valmet 4100 em miniatura, num concurso de desenho para a revista.

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