Nº118 OUTUBRO / NOVEMBRO 2019
abolsamia.pt
anos
A REVISTA DA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA
DIAS DE CAMPO STEYR // GESTÃO DE PARQUE DE MÁQUINAS // AGROSEMANA 2019
VALTRA ANTAGEM
NA DEFESA DA FLORESTA
ESPECIAL
VAMOS COMPRAR UM TRATOR
MERCADOS PORTUGAL Cresce 7,5% EUROPA Estável nos 10%
Ano XXVI . Nº 118 Bimestral outubro / novembro 2019 Diretora Catarina Gusmão Preço: € 6,00 Cont. / ISSN 2183-7023
TESTE EM CAMPO
Case IH 380 CVXDrive
CLAAS LEXION
Nova geração de ceifeiras
GAMA FENDT 2020
Soluções tecnológicas de ponta
EDIÇÃO 118 outubro / novembro 2019 EDITORIAL
E 10% SERÁ ASSIM TÃO MAU PRESSÁGIO? eita a contabilidade do semestre no comércio europeu de veículos agrícolas, elaboradas as estatísticas da fileira dos tratores, retiradas daí as ilações (e os proveitos) financeiros, e atentos ao resultado global de manutenção do crescimento do setor na casa dos 10%, os mais variados analistas da indústria e comércio afinam por um comum sentimento: pessimismo. Algo mais ou menos deste tipo – foi muito bom, por agora está bem, mas o que aí vem é um tempo de pausa, de desaceleração, de estagnação. É certo que os grandes empórios industriais poderão estar a limitar-se a escoar stock, tal foi o ímpeto produtivo nos últimos anos, com os gestores a torcerem o nariz às notas de encomenda das suas filiais para as entregas no semestre final. Mas também é sabido que se têm precipitado em dotar os seus veículos com cada vez mais complexas soluções de engenharia mecânica e eletrónica. Talvez demasiado complexas para as necessidades. Certamente que a evolução é necessária, a gestão profissional de algumas explorações assim o requer. Mas será que nas reuniões dos industriais da especialidade alguém proporá construir à medida (e bolsa) do agricultor apenas remediado (afinal, são a maioria), que só exige uma máquina “forte, fiável, poupada, mas mais simples e mais... barata.” Uma medida que remediaria esse tal futuro pessimista, pois é sabido que em tempo de crise só resiste quem baixa os preços. Se o entusiasmo na venda de maquinaria desceu para os 10%, o que não pode deixar de ser considerado um valor lisonjeiro para a conjuntura económica europeia – com o crescimento em forte desaceleração, o colosso Reino Unido numa embrulhada (Brexit) sem fim à vista e a não menos colossal Alemanha à beira da recessão, será que um saldo positivo de 10% é mesmo um mau presságio? O preço será a chave da equação. É como tudo: se o combustível sobe
F
de preço, o automobilista repensará as suas viagens; se aumentam as portagens das auto-estradas, aquele tenderá a seguir pela estrada nacional. O mercado português está a portar-se bem, como atesta a marca de crescimento de 7,5% ao cabo de oito meses de vendas. Europa fora, os alemães estão a contribuir com compras na ordem dos 21% - prevê a indústria daquele país que o ano termine com um resultado de 8400 milhões de euros, segundo dados da associação de construtores VDMA -, os franceses estão perto dos 50% (não é gralha) e os espanhóis estão a chegar aos 16%. Se a chave para equações futuras é o preço, outra das variantes é a renda da cultura, o saldo do custo/rendimento dos alimentos produzidos. Basta para isso que sejam vigiados os especuladores do mercado, quem intermedeia e ganha dinheiro com o produto agrícola. As alterações climatéricas deram que falar na pretérita campanha eleitoral para as Legislativas – foi apenas uma moda? -, fosse pelos alegados prejuízos que a intensiva produção pecuária acarreta para o ambiente, ou pela retirada de carne de determinados refeitórios que levaram, e justamente, várias associações de produtores, de Norte a Sul do país, a insurgirem-se contra tamanhos despropósitos. Ora, ninguém é contra o ambiente e a atividade agrícola é das principais sequestradoras de carbono. É certo que o metano produzido pelas atividades pecuárias não é desprezível, mas não se tem ouvido falar de medidas integradas de apoio, sejam dos governos centrais, seja da Comissão Europeia, para a proliferação de centrais de aproveitamento do biogás. O caminho para as explorações autosustentáveis tem muito para percorrer. A revista abolsamia vai dedicar atenção a este a outros assuntos, pois é sabido que as nossas terras hão-de sofrer ainda mais com as nefastos estios e chuvas prolongados. Carlos Branco
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SUMÁRIO
OUTUBRO / NOVEMBRO 2019
REGUL ARES
EMPRESAS 06 CNH Industrial separa ramos de negócio 08 Notícias 12 Servitire Novo conceito de assistência
PRODUTO 22 Alpego Em força no mercado de exportação 24 Notícias 30 Siloking No reino da alimentação de precisão 34 Claas Nova geração de ceifeiras Lexion 38 Kubota Revela nova série M7003 em novembro 62 Dias de campo Steyr 2019 66 Fendt Desvenda gama de 2020
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70 Teste em campo Case IH 380 CVXDrive 84 GPM Tratores carregados de vitamina C 90 O verão da Kuhn tem sempre novidades
TECH
70
94 Case IH No rumo da conectividade
MERCADOS 16 Estatísticas de vendas - janeiro a agosto
FLORESTA 98 Eucalipto Ocupa já um quarto da floresta
30
portuguesa 100 Notícias 102 Stihl Desenvolve digitalização
ANTIGAMENTE ERA ASSIM 132 Vicon Nome inventado por operário
CONCESSIONÁRIOS
40
104 Regiões 130 Momentos New Holland
84
DOIS DEDOS DE CONVERSA 136 Emanuel Tagarroso
34
ESPECIAIS
40 Vamos lá comprar um trator 120 Agrosemana
Bridgestone Manitou
74 Tema de Capa
Valtra reforça a defesa da floresta portuguesa
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ESPECIAL www.abolsamia.pt
EMPRESAS // em foco
CNH INDUSTRIAL
CNH INDUSTRIAL separa ramos de negócio O plano estratégico da CNH Industrial para os próximos cinco anos acaba de ser apresentado na Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE). Intitulado ‘Transform 2 Win’, este plano foi apresentado por Hubertus Mühlhäuser, CEO da CNH Industrial, a holding que entre outras marcas detém a Case IH, a New Holland e a Steyr. Além da projetada implementação de medidas que visam reduzir os custos operacionais e aumentar as vendas, a CNH irá fazer uma separação de
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ramos de negócio. Os veículos rodoviários (OnHighway) e os veículos para fora-de-estrada (Off-Highway) passarão a estar sob gestão de entidades independentes e separadas. A marca de motores FPT Industrial ficará do lado dos veículos rodoviários, juntamente com a Iveco, mas, através de um acordo de longo prazo, continuará como fornecedor das marcas agrícolas e do setor da construção. Concretamente no que diz respeito às três marcas
agrícolas, Hubertus Mühlhäuser comunicou que a prioridade é reforçar o investimento nos domínios da automatização, das energias renováveis e da digitalização. O plano foi apresentado a 3 de setembro, na abertura da bolsa de valores, com três máquinas
simbolicamente expostas em Manhattan, no exterior do edifício da NYSE: os tratores Case IH autónomo e New Holland Methane, e a pá carregadora Case Tetra propulsionada a gás natural. Prevê-se que a separação dos ramos de negócio fique concluída no início de 2021.
OS VEÍCULOS RODOVIÁRIOS E OS VEÍCULOS PARA FORA-DEESTRADA FICARÃO SOB GESTÃO DE ENTIDADES SEPARADAS
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A New Holland escolhe lubrificantes
A EXPERIÊNCIA DE CONDUZIR UM AZUL
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PREPARE-SE PARA UM NOVO NÍVEL DE CONFORTO E RENDIMENTO COM ESTA VERSÃO DE TRATOR PREMIUM Ajuste de velocidades infinitas Auto Command™ Cabina Horizon™ para melhor visibilidade e mais espaço Ergonómico pousa braços Sidewinder™ II para uma condução intuitiva e precisa Potente motor NEF 4,5 litros e 140 CV NEW HOLLAND TOP SERVICE 00800 64 111 111* APOIO E INFORMAÇÃO 24/7. *A chamada é gratuita desde que efetuada a partir de um telefone fixo. Se a chamada for feita de um telemóvel, consulte as taxas com o seu operador.
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EMPRESAS // notícias
KVERNELAND CELEBROU
FLIEGL
140 ANOS
Junho, dia 12, foi uma data festiva para os 400 funcionários da fábrica de Klepp, perto de Stavanger, na Noruega, berço do grupo Kverneland, onde Ole Gabriel lhe daria fundação, nome e fama, desde que ali criou uma forja para produzir foices. Foi há 140 anos. Com o auxílio de um ator, o grupo recriou Ole Gabriel Kverneland junto à sua forja, para agradecer a todos, mas especialmente aos agricultores, o sucesso obtido desde 1879. A presença da Kubota fez-se notar, já que esteve representada ao mais alto nível – a
Fliegl compra Brochard e expande a oferta
corporação japonesa é detentora
Os negócios sucedem-se na indústria das máquinas agrícolas. A alemã Fliegl
da maioria do capital social da
Agrartechnik concretizou a aquisição da francesa Brochard Agriculture.
Kverneland. A culminar a comemoração do 140º aniversário houve lugar a um singelo (e muito frugal) lanche oferecido a todos os trabalhadores: cupcakes, acompanhados de cidra de maçã.
A Brochard acrescenta ao portfólio da Fliegl uma gama muito vasta de reboques – de caixa monocoque, forrageiros, modelos especializados para trasfega de beterraba e cereal, espalhadores de estrume –, destinados a vários patamares de potência. Ainda que em alguns mercados seja mantida a marca Brochard, é de prever que a Fliegl passe a comercializar alguns destes modelos de origem francesa com a sua própria marca. Aguarda-se que sejam apresentadas novidades já na Agritechnica 2019 Os reboques espalhadores de estrume, segmento em que a Brochard é muito forte, são uma das principais vantagens para a marca alemã, que passa a cobrir um novo nicho de mercado.
A Indústrias David participa na Demoagro Specialty de Turís, Valência, de 1 a 3 de outubro, onde mostrará nova tecnologia para culturas especiais, com destaque para o novo cultivador com intercepas. 8
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O Museu do Campo e da Mecanização Agrícola da Galiza, instalado no auditório do recinto da Feira da Semana Verde, em Silleda (Pontevedra), deverá abrir as suas portas ao público até ao final do ano.
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EMPRESAS // notícias
SIMA PRETENDE SER O SALÃO GLOBAL O Salão internacional de
São mudanças estruturais, e
Maquinaria Agrícola (SIMA) de
segundo ambos, tudo terá a ver
Paris, completará, em 2022,
com as alterações climáticas,
um século de edições e com
as normativas antipoluição e
ele pretende mostrar um
de fiscalidade, as inovações
novo layout, em consonância
tecnológicas e as novas formas
com as alterações em curso
de cultivar. De acordo com
no mundo agrário global. As
Martin, o SIMA propõe-se discutir
alterações nada terão que
as formas de cultivar e de
ver com a polémica decisão,
produzir mais com menos.
conhecida em abril deste
AGRICORTES
50 anos
de desafios em contínuo desenvolvimento
Para a edição de 2020, sob o
A família Vieira brindou a mais 50
ano, da mudança de data de
tema “Agricultura em Movimento”,
realização, que coincidirá com
o SIMA, a realizar de 8 a 12 de
a EIMA italiana. Mas segundo
novembro, tem feito uma grande
“Que ninguém tenha dúvidas: o melhor começa
a diretora do certame, Isabelle
campanha junto dos principais
agora, com confiança, saber e emoção”, disse o
Alfano, a quem juntou a sua
fabricantes europeus, e muito
Major Manuel Ribeiro Vieira, sócio-fundador da
voz Frédéric Martin, presidente
concretamente os alemães, que
Agricortes, a encerrar a mensagem da
da AXEMA (Associação
não desejam perder, e pretende
administração da Agricortes, na cerimónia
Francesa de Fabricantes de
também, chamar a atenção da
comemorativa do 50º aniversário da empresa de
Equipamento Agrícola), mas sim
robótica aplicada à agricultura,
Cortes, Leiria.
com as mudanças económicas
pelo que já tem acordo com o
no horizonte (entre outros, com
Fórum Internacional da Robótica
oportunidades, de contínuo estudo, análise e
Brexit e o Acordo comercial
para realização conjunta de
decisão sobre o caminho mais conveniente e a
Mercosul-UE).
ações no certame de Paris.
introdução no mercado de produtos inovadores
Foi meio século de exploração de novas
para a melhoria da produtividade e bem-estar dos clientes, sublinhou também o Major Manuel Vieira. Recordou o sócio-fundador as parcerias vividas com fornecedores, a gratidão devida aos clientes que confiaram na Agricortes e aos colaboradores que ali deixaram a mais-valia dos seus talentos. Acreditamos que podemos fazer mais e melhor. E o melhor está sempre para vir!”, disse o Major Vieira, que é acompanhado na administração pelas filhas Ana Sofia Bernhard e Susana Vieira. A empresa nasceu em 1969 por quatro amigos e familiares das Cortes, com a missão de trazer a mecanização ao serviço da comunidade. Aqueles quatro foram cedendo as suas posições até 1983, quando passou a estar à frente do seu destino o único sócio-fundador, o Major Manuel Vieira. A Ásia, África, grande parte da Europa e os EUA são hoje cenário das negociações internacionais da Agricortes, que orienta a sua vocação para seis setores da economia: agricultura; floresta, ambiente; construção, logística, peças e motores.
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EMPRESAS // notícias
FENDT
CASE IH
O MAIS RECENTE MODELO MUDA NOME PARA VESTRUM A Case IH, construtora norte-americana do grupo CNH, viu-se forçada a alterar o nome do seu mais recente produto, o Versum CVXDrive, para Vestrum CVXDrive, trator
FENDT AUMENTA
QUOTA DE MERCADO NA EUROPA
compacto com caraterísticas de topo de gama, série com quatro modelos, entre os 100 e os 130cv, que tinha sido lançada no SIMA, em Paris, no início do ano. A Case IH renomeou tal modelo, adotando, de novo, designação latina, agora Vestrum (“o seu”). O diferendo que forçou a renomeação do
2018 foi para a Fendt o ano de maior sucesso desde que a empresa
trator, galardoado com o prémio “Máquina
iniciou a sua atividade, há quase nove décadas. Os 16.806 tratores
do Ano 2019”, não foi suficientemente
postos no mercado significaram um crescimento de 12% no volume de
esclarecido, mas, aparentemente, resultou
vendas. Confiante nas perspetivas de crescimento, os responsáveis da
de queixa de marca concorrente, justificada
marca prevêem atingir em 2019 as 18.000 unidades vendidas e em 2020 o
pela similitude do nome com um dos seus
patamar das 20.000 unidades. A quota de mercado na Europa Ocidental
produtos.
subiu para 30% (a primeira posição do mercado) se considerarmos o
Segundo os responsáveis da Case
segmento de tratores acima de 200 cv. Em termos globais, a partir dos
IH, nenhuma caraterística técnica ou de
zero cv, a quota de mercado europeia é de 8,7%.
especificação daquele modelo sofrerá
Nos tratores de rastos de borracha da série MT, desenvolvidos a partir
alteração, da mesma forma que as
dos modelos da Challenger, a Fendt prevê vender no mercado europeu
entregas previstas para 2019 não sofrerão
cerca de 170 unidades. Nas ceifeiras debulhadoras o objetivo são as
alteração.
460 unidades. Bem sucedidas são também as alfaias forrageiras produzidas na fábrica de Feucht, com mais 1.000 unidades vendidas em 2018. Este crescimento ditou já investimentos adicionais para dotar a fábrica de uma maior capacidade de produção. No âmbito da sua estratégia global, a Fendt está a afirmar-se em novos mercados. O Brasil é o país que mais recentemente entrou na lista, sendo os produtos de topo – 1000 Vario, ceifeira-debulhadora Ideal e semeador de precisão Momentum – aqueles que farão parte do portfólio naquela região. A América do Norte é também uma aposta recente onde as vendas estão a crescer. Neste mercado será também comercializado o novo 900 Vario. Quanto à Austrália e à Nova Zelândia, foi introduzida com sucesso a gama forrageira. Por fim, o investimento em I&D. Para manter o ritmo da inovação, em 2019 a Fendt canalizou 73 milhões de euros para esta área, tendo ao seu serviço uma equipa de cerca de 500 engenheiros que são responsáveis pelo desenvolvimento de máquinas e novas soluções de digitalização.
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Cultivamos a qualidade, com ela fazemos cultura Em 50 anos temos muitas histórias para contar No início de 1969 os dois filhos de Manuel Alves Vieira e Júlia de Jesus Ribeiro resolveram oferecer aos pais um trator que se adaptasse às suas culturas e aos terrenos que possuíam. Feita a análise sobre aquilo que o mercado oferecia, a escolha recaiu sobre um kit de motocultivador com avantreno, charrua, frese e reboque. Para terem desconto de 20% compraram cinco unidades. As quatro não necessárias foram vendidas tão facilmente que os filhos decidiram constituir uma empresa para satisfazer as necessidades de mecanização da agricultura da época. Nasceu a AGRICORTES, fazemos agora 50 anos! Nesse tempo não existiam os tratores Carraro, nem TYM, nem Solis. Estes começam a ser fabricados duas décadas depois, mas desde o seu surgimento que nos associámos em parceria, proximidade e report técnico em favor de todas as partes em especial para os agricultores portugueses. Dos tempos iniciais de empresa familiar, para os atuais de empresa global, mas sempre com fortes princípios de gestão, fornecemos com uma rede de concessionários o que melhor temos para dar: máquinas que garantam a melhor qualidade de vida aos seus utilizadores.
TRATORES PARA ESPECIALISTAS
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EMPRESAS // Em Foco
SERVITIRE
A ASSISTÊNCIA PODE TER UM CONCEITO DIFERENTE Fomos a Beja ao encontro da Servitire, empresa que tem uma diferente filosofia de assistência aos clientes, onde descobrimos as vantagens da tecnologia Michelin Ultraflex, com o apoio da Michelin e da Ribeiro & Carapinha, concessionário da zona para a Fendt e Galucho
dos pneus agrícolas, e chegámos ao mercado com um conceito diferente das oficinas com porta aberta ao cliente. O nosso conceito é de não termos casa aberta. Não temos a tradicional oficina de pneus, temos sim duas viaturas de assistência, 24 horas por dia, para irmos ao encontro das necessidades do cliente. Vamos ao campo dar assistência junto das máquinas, e todo o serviço de reparação é feito no campo. Em Espanha, a Neumáticos Lucena já tem esta solução implementada. Há ano e meio fomos abordados pela Michelin para iniciarmos este projeto no Alentejo.
Dois carros-oficina devidamente equipados estão disponíveis 24 h por dia para irem ao campo fazer as reparações necessárias
pós um verão com muito sol, choveu e o previsto programa de campo que estava na agenda foi trocado por uma palestra indoor com os responsáveis de produto da Michelin. E a entrevista com Filipe Simões, gerente da Servitire, revelou-nos quão diferente é a filosofia desta empresa.
A
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Segundo o que se diz, está um pouco mais à frente. E só tem um ano e meio de vida. Como nasceu a Servitire? A Servitire foi criada há um ano e meio em Portugal. Pertencemos ao grupo espanhol Neumáticos Lucena [pág. seguinte] especialista no sector
Havia uma necessidade do sector agrícola deste tipo de assistência móvel no terreno? O Alentejo tinha um défice nesse sentido. Percebemos que o cliente tinha esta necessidade, que não estava a ser satisfeita e que poderíamos ser uma mais-valia no trabalho diário com as máquinas no campo. Fazemos a reparação dos pneus no campo, a qualquer hora, com os nossos carrosoficina que estão equipados com todo o tipo de material para fazer as pequenas e médias reparações de pneus evitando as paragens no trabalho do agricultor. A nossa área de abrangência são o Alto e Baixo
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EMPRESAS // Em Foco
Alentejo, mas pensamos expandir-nos a outras áreas. Quais as marcas com que trabalham? Comercializamos as principais marcas do grupo Michelin: Michelin, Kléber e Taurus, com a gama média e grande.
“NÃO TEMOS CASA ABERTA, O NOSSO TRABALHO É FEITO NO CAMPO, JUNTO DAS MÁQUINAS”
O Fendt 722 Vario foi testado em campo para comprovar os baixos consumos com a tecnologia Michelin Ultraflex
Filipe Simões (gerente Servitire) e Javier Ramirez (gerente Neumáticos Lucena)
O que é que o agricultor procura? Há clientes que ainda procuram o pneu convencional, com preço mais acessível, e depois temos clientes que querem qualidade e aí vão para um pneu premium, como o Michelin, mais duradouro e que dá mais conforto nos trabalhos de campo. Qual o ponto que faz com que a Servitire se destaque no mercado? A nossa diferença é que temos um grande stock de pneus em armazém, em Portugal e Espanha. Em Portugal temos 500m2 de pneus agrícolas e em Espanha dispomos de dois armazéns, em Lucena e Madrid, respetivamente com 9000 e 4000 m2 e conseguimos colocar os pneus em Portugal em 24h. A Servitire pretende ter outras áreas de intervenção? A Servitire está focada a cem por cento na manutenção, montagem e revenda de pneus agrícolas.
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EMPRESAS // Em Foco
LUCENA , N EGÓCIO DE FAM Í LIA A Neumáticos Lucena (Córdoba,
ULTRAFLEX
agrícola e iniciou a sua jornada
A VINGAR DESDE 2004
em 1994, seguindo os passos
A Michelin esteve uma vez mais presente
de duas gerações anteriores,
junto dos agricultores, em Beja,
também dedicados ao negócio
promovendo a tecnologia Ultraflex e que,
de pneus. Remonta a 1953 o início
segundo a marca, tão bons resultados têm
deste negócio familiar. A empresa
obtido por esse mundo fora.
Espanha), detentora da Servitire, é especialista nos pneus do setor
tem oficinas com as mais
Após vários testes demonstrou-se que há ganhos de consumos de combustível na ordem dos 10%
Esta tecnologia, não sendo nova, pois
modernas máquinas e pessoal
existe no mercado internacional desde
qualificado, além de possuir um
2004, só desembarcou em Portugal nos
armazém com 14 mil m2, para
anos mais recentes. Foi por este motivo que
entregas de mercadorias entre
a Michelin decidiu realizar mais um teste
24 e 48h.
comparativo de pneus agrícolas por forma a testar os consumos de combustível e a
5
diferente compactação dos solos face aos modelos convencionais. RECOMENDAÇÕES MICHELIN É I M P O R TA N T E . . .
Após a realização de vários testes pelos técnicos da marca francesa demonstrouse que há ganhos de consumos de combustível na ordem dos dez por cento,
Utilizar a pressão aconselhada por um profissional em função da carga, velocidade e tipo de trabalho;
quando comparados com os pneus
Vigiar mensalmente a pressão dos pneus;
relação aos pneus sem tal tecnologia
Abordar os obstáculos com prudência;
Footprint com e sem tecnologia Ultraflex: há uma redução da compactação do solo em cerca de 23%
radiais da marca. Por outro lado, também se verificou que o nível da compactação do solo foi reduzido em cerca de 23% em associada. Por outras palavras, os agricultores, segundo a Michelin, podem contar com menores gastos de combustível, maior
Observar a evolução do desgaste e o estado dos pneus (a substituição pode aumentar o rendimento em 20%);
durabilidade do pneu e menor desgaste
Confiar a manipulação dos pneus a um especialista
uma vez que estão sob solos menos
dos tratores. Ao nível dos solos, estes ficam mais protegidos, as culturas tendem a ter maior produtividade e rentabilidade, desgastados. Segundo o construtor francês, é bom lembrar que os pneus Ultraflex estão mais vocacionados para tratores de grande porte, que mesmo assim tendem a rodar com pressões mais baixas que o habitual. A Michelin garante que é possível trabalhar com cargas bem pesadas, mesmo com pressões abaixo
A TECNOLOGIA MICHELIN ULTRAFLEX AUMENTA EM 4% O RENDIMENTO AGRÁRIO E REDUZ A COMPACTAÇÃO, SEGUNDO A UNIVERSIDADE HARPER ADAMS
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de 1 Bar. Mas nem tudo são rosas neste equipamento, uma vez que os preços dos pneumáticos são um pouco superiores aos dos pneus convencionais, mas fazendo bem as contas, e a longo prazo, os proveitos tenderão a suplantar os custos deste investimento.
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MERCADOS // Estatísticas
7,5%
+
MERCADO DE TRATORES
AGRÍCOLAS CRESCE
A
inda é cedo para fazer festa, mas contabilizados os números de matrículas de tratores novos, de janeiro a agosto de 2019, o mercado português continua na tendência de crescimento registada desde o início do ano, embora tenho perdido alguma das energia evidenciada até final de março, tendo atingido um resultado positivo de 7,5% no final do oitavo mês de vendas. Feitas as contas, até ao final de agosto foram atribuídas 3834 matrículas de tratores novos, superando em 268 unidades as que foram registadas até ao oitavo mês de 2018. No topo da tabela de marcas, a New Holland, marca que mais vendeu em 2018, mantém-se estável no comando, apresentando uma variação homóloga positiva de 9,6%. Já a Kubota, que no ano passado perdeu o título de campeã de vendas para a marca do grupo CNH, continua no segundo lugar na campanha atual, tendo inscrito mais unidades na variação homóloga de oito meses (+174, o que corresponde a um crescimento de 46,9%), mas cedeu um pouco do ímpeto inicial de transações até março. Ainda assim, é o melhor resultado entre todas as marcas face a 2018. Depois de ter vacilado à metade do ano, perdendo a posição para a Deutz-Fahr, a John Deere recuperou um pouco – o suficiente para assegurar a manutenção do último lugar do pódio nos saídos de agosto. O símbolo norte-americano não se livra, porém, de continuar em queda
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relativamente ao apuramento estatístico após oito meses de 2019, com menos 2,4% menos de vendas relativamente a 2018. A maior queda até este momento contabilístico pertence à Landini, ao registar menos 41 tratores que em 2018. Pela positiva, a marca que mais se destaca nesta campanha, e depois da Kubota, é a Hurlimann, com mais 44 unidades contabilizadas. O MÉTODO
Convirá referir que os dados estatísticos do número de matrículas de tratores agrícolas novos, fornecidos pelo IMT à associação de comerciantes automóveis, ACAP, e aos quais a revista abolsamia teve acesso, estão expurgados dos veículos ditos “utilitários” para serviço agrícola. Ainda que oficial e legalmente matriculados como tal – isto é, como tratores agrícolas -, a decisão continua a não ser dada como pacífica no meio, por se considerar que desvirtua o mercado, dada a especificidade de uns e de outros veículos, ou por poder penalizar quem comercializa uma das categorias. Nessa razão, o método de análise seguido e assumido por abolsamia radica na expurga de todos aqueles veículos. Para que não subsistam dúvidas sobre o método seguido, aqui ficam os números de vendas de tratores agrícolas (com todas as categorias incluídas, mas sem atribuir volumes a cada uma das marcas), patente na lista assim veiculada pela ACAP: Após agosto deste ano, o valor
3834
matrículas de tratores novos atribuídas em Portugal, até ao final de agosto
30-39 Kw
é a potência que lidera com 923 unidades registadas
Qeubra de vendas dos reboques chega aos 27 % www.abolsamia.pt
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T R AT O R E S 6 R (6 C I L I N D R O S), 7R , 8 R
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»
MERCADOS // Estatísticas
acumulado de vendas foi de 4559 unidades. Por categorias, aquele organismo ainda só tinha divulgado este quadro de vendas até junho: 1402 compactos, 1112 convencionais e 737 especiais. Ainda de acordo com os dados de agosto, no que se refere aos escalões de potência, verifica-se que a preferência foi para o segmento 30-39 Kw (4050 cv), com 923 unidades registadas, seguida do escalão imediatamente superior (40-59 Kw, ou 50-80 cv),
chegando aos 27%, o que representa menos 399 reboques vendidos no semestre do que em idêntico período do ano passado. Já o top-3 não sofreu alterações, com a Galucho a totalizar 255 unidades vendidas, mas a sofrer a maior quebra de todos quantos compõem a tabela, ao perder 44,7% de vendas face a 2018. A Herculano e a Rates preenchem os lugares que se seguem, respetivamente com -93 (-32,9%) e -4 unidades vendidas (-2,5%).
com 761 unidades. Nestes oito meses, as categorias em pólos opostos, a inferior, abaixo de 19 Kw (25 cv), e a superior (acima de 184 Kw, ou 250 cv), registaram, respetivamente 333 e 25 vendas. REBOQUES AFUNDAM
No que respeita aos reboques agrícolas novos, o mercado acentuou a quebra já verificada no primeiro trimestre. Se o decréscimo de vendas era de 16,4%, agora a descida é ainda maior,
MATRÍCULAS DE TRATORES NOVOS
REBOQUES AGRÍCOLAS NOVOS
JANEIRO A AGOSTO DE 2019
JANEIRO A JUNHO 2019
com comparativo de igual período em 2018
com comparativo de igual período em 2018
MARCA
2019
2018
VAR%
VAR. UNID.
NEW HOLLAND
615
561
9,6%
54
MARCA
KUBOTA
545
371
46,9%
174
JOHN DEERE
368
377
-2,4%
-9
DEUTZ-FAHR
335
302
10,9%
33
GALUCHO HERCULANO RATES JOPER MASSIL REBOAL OUTEIRO COSTA EUROSOLUZ OUTROS TOTAL
DAEDONG/KIOTI
185
162
14,1%
23
LS
198
164
20,7%
34 -31
SOLIS
187
218
-14,2%
LAMBORGHINI
174
138
26,1%
36
SAME
172
160
7,5%
12
HURLIMANN
156
112
39,3%
44
LANDINI
114
155
-26,5%
-41
MASSEY FERGUSON
82
79
3,8%
3
VALTRA
80
98
-18,4%
-18
CASE IH
75
65
15,4%
10
BRANSON
72
47
53,2%
25
ISEKI
64
-
-
64
TYM
53
77
-31,2%
-24
FENDT
48
38
26,3%
10
CLAAS
46
29
58,6%
17
Mc CORMICK
41
68
-39,7%
-27
ARBOS
39
-
-
39
A. CARRARO
33
34
-2,9%
-1
DONG FENG
21
32
-34,4%
-11
GOLDONI
20
40
-50%
-20
FERRARI
13
29
-55,2%
-16
BCS
9
14
-35,7%
-5
LOVOL
9
28
-67,9%
-19
MITSUBISHI
6
15
-60%
-9
CARRARO
5
17
-70,6%
-12
AGRIFARM
4
-
-
4
YANMAR
4
6
-33,3%
-2 3
FARMTRAC
3
-
-
CAPTAIN
1
-
-
1
3838
3570
268
+7,5%
TOTAL ORIGEM: IMT // FONTE: ACAP
18
abolsamia outubro / novembro 2019
2019
2018
TOTAL
TOTAL
UNID.
EVOL. 19/18 %
255 190 157 102 101 94 29 21 19 112 1080
461 283 161 159 133 120 35 24 0 113 1479
-206 -93 -4 -57 -32 -26 -6 -3 -399
-44,7% -32,9% -2,5% -35,8% -24,1 -21,7% -17,1% -12,5% -27%
MATRÍCULAS DE TRATORES NOVOS
16+14+117646
Europa - 1º SEMESTRE 2019 ALEMANHA 16%
RESTO DA EUROPA 46%
FRANÇA 14%
ITÁLIA 11%
ESPANHA 6%
REINO UNIDO 7%
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MERCADOS // Estatísticas
MATRÍCULAS NA EUROPA COM AUMENTO ESTÁVEL FRANÇA NO TOPO DA MONTANHA
O
registo de novas matrículas de tratores agrícolas no cenário europeu mantém uma tendência estável de crescimento, concluído o primeiro semestre com um aumento na ordem dos 10%. Segundo os números apresentados pelo Comité Europeu de Maquinaria Agrícola (CEMA) foram matriculados 96.428 tratores agrícolas, a maioria do escalão de potência igual ou superior a 50 cv (75.143). Sublinha aquele organismo que o aumento do número global de vendas, quando relacionado com o período anterior, ainda está ligado à nova legislação que entrou em vigor no início de 2018, que provocou um elevado número de pré-registos de matrículas. No entanto, observa o CEMA que o primeiro semestre de 2019 conserva a recuperação de procura iniciada em 2018. A exceção é notada para os tratores com mais de 300 cv, especialmente visados pelas alterações de legislação ambiental. Em média, metade de todos os tratores registados têm motorização de potência inferior a 100 cv, e apenas um em cada quatro ultrapassa os 150 cv.
As novas matrículas registaram um aumento na ordem dos 10% 20
abolsamia outubro / novembro 2019
PESSIMISMO COMERCIAL
Aquela associação do setor é mais cética relativamente ao clima comercial atual e futuro, admitindo que possa afetar negativamente os mercados, a par da desaceleração da economia europeia, e
7700
Tratores vendidos no mercado espanhol em apenas 8 meses
particularmente a alemã e da incerteza quanto ao dossiê Brexit. Para já, as ordens de encomenda que têm chegado à indústria já estão em declínio face ao que sucedeu nos primeiros seis meses do ano. E no Reino Unido as vendas
O setor dos reboques está com uma quebra próxima dos 29% www.abolsamia.pt
Foram matriculados 96.428 tratores agrícolas, a maioria do escalão de potência igual ou superior a
McCormick é uma marca de Argo Tractors S.p.A.
50 cv
estão no negativo (-3,5%). Apesar da ligeira contração verificada em agosto, o mercado espanhol de tratores mantém-se em alta, acumulando vendas de 7700 tratores em oito meses, o que significa o alargamento do mercado em 15,98% relativamente ao período homólogo de 2018. Tal como em Portugal, o setor dos reboques está em queda acentuada, com uma quebra próxima dos 29%, e o mesmo é dizer da maquinaria arrastada ou suspendida, ainda que a queda seja quase residual, na ordem dos -0,75% . Os principais mercados europeus de tratores continuam a ser o alemão e o francês, e se o primeiro está a crescer 21%, o gaulês dança perto dos 50%. A Itália é mais modesta (+6%). Notáveis subidas verificam-se na Finlândia, Áustria, Suécia, Noruega, Hungria, Sérvia e Croácia. Pelo inverso, Holanda, Bélgica e Eslováquia não têm razões para festejar. Na Turquia, a desvalorização da moeda local continua a afastar os agricultores das casas de venda.
û3 MODELOS
û4 CILINDROS
TRANSMISSÃO 16/16 CREEPER COM INVERSOR
SÉRIE X4
SÉRIE TX4
No reino unido as vendas estão no negativo, a rondar os -3,5% www.abolsamia.pt
û55 - 65 - 75 cv
SÉRIE X7
SÉRIE X5
Lagoa da Amentela EN 118 Km 38,6 2130-073 Benavente Tel. 263 519 800 mccormick@tractorluso.pt www.tractorluso.pt
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PRODUTO / em foco
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Veja a Galeria de Fotos em www.flickr.com/abolsamia
ALPEGO
ALPEGO EM FORÇA NA PRODUÇÃO E NO MERCADO DE EXPORTAÇÃO EM JULHO ESTIVEMOS NOS CAMPOS ITALIANOS DE LONIGO PARA UM PRESS CAMP COM AS ALFAIAS AMARELAS DA ALPEGO, OBRA DA FAMÍLIA PEGORARO, DESDE 1988, E QUE JÁ VAI NA TERCEIRA GERAÇÃO EMPRESARIAL. UMA MARCA QUE ESTÁ A CONQUISTAR NOVOS HORIZONTES
J
á com dois centros de produção em
Serão utilizadas 3500 toneladas de aço
constante para garantir a cada agricultor
Itália (Gambellara e Almisano), duas
sueco SSAB e para tal conta com a
soluções para o trabalho diário com a
filiais (Reino Unido e França), quatro
mão-de-obra de 148 funcionários.
máxima qualidade.”
Bélgica e Península Ibérica) e 36
OS PEGORARO
empresarial, 38 jornalistas, mas também
distribuidores espalhados pelo mundo, a
A história foi iniciada há 30 anos por
youtubers e instagramers europeus foram
Alpego está em crescimento.
Vittorio Pegoraro, construtor de alfaias
convidados para ver demonstrações em
Dizem os números do negócio que a
agrícolas e pai dos que haveriam de
campo da gama de produtos Alpego, um
produção prevista até ao final do ano
fundar a Alpego, em 1988, Giovanni e
Press Camp, chamou-lhe a marca.
será de 3200 unidades (+10% que em 2018).
Luciano Pegoraro, que iniciariam o fabrico
Para atingir aqueles valores serão
dos utensílios em Lonigo. Dez anos depois,
NOVO CULTIVADOR
investidos no processo produtivo 1,3
Nicola, filho de Giovanni, junta-se à
A mesma dinâmica que vai estar em
milhões de €, sendo que apenas um terço
empresa e abre caminho à
mostra na próxima edição da Agritechnica
do produto final terá como destino o
internacionalização. Em 2012, a empresa
de Hanôver, em novembro, pois a Alpego
mercado interno, sendo o resto para
avança para a terceira geração dos
a todos aqueles jornalistas presenteou
exportação. Maioritariamente serão
Pegoraro com a entrada de Luca e Filippo.
com um preview do novo modelo de
grades rotativas (1650), mas também
Os fundadores não têm dúvidas: “O
cultivador dobrável Cayman CF (foto
subsoladores (550) e semeadores (350).
sucesso da Alpego deve-se ao esforço
acima). O equipamento foi aligeirado no
Com uma nova dinâmica de marketing
unidades de negócio (Hungria, Grécia,
22
abolsamia outubro / novembro 2019
www.abolsamia.pt
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ESPECIALISTAS EM FILTRAÇÃO peso (-300 kg) relativamente ao modelo que o precedeu, mas agora com uma largura de transporte de apenas 2,8m e equipado com mola dupla que lhe permite exercer uma força no solo de 600kg. As jornadas de campo foram organizadas por estações de trabalho. Aqui as resumimos, destacando as máquinas que têm melhor aplicação na agricultura portuguesa:
Triturador TR36 Graças ao seu sistema patenteado SSA, esta alfaia permite variar a disposição da câmara de corte, de forma a obter cortes diferentes, seja intensivo e repetido quando se trata de madeiras e ramos, seja rápido se tratam de simples ervas.
Semeador microgranular APE com grade rotativa BD2 Projetado para trabalhar em combinação com uma grade rotativa em espaços limitados. Equipa com um sistema exclusivo para montar a tremonha no rolo traseiro (da grade) que permite limitar a altura mesmo quando o implemento é levantado do chão. Permite uma distribuição uniforme da semente do início ao fim, graças ao sistema patenteado Security Mix (sistema de colmeia) que impede a estratificação dos diferentes tipos e dimensões das sementes. O APE é adequado para distribuir sementes de produto único, granulares e misturas de sementes, que são usadas na técnica de adubação de verde.
O triturador TR36 (esq.) e o semeador microgranular APE com grade rotativa BD2
FERRAMENTAS
DUAS FÁBRICAS RENOVADAS As unidades fabris da marca - Gambellara e Almisano – foram renovadas e ampliadas. Contam com mais uma nave de 1600m2, novos lasers e ilhas robotizadas de soldadura. Na fábrica de Almisano há três novos armazéns de peças automatizados, a unidade de pintura foi aumentada com uma nova linha em pó, as linhas de montagem foram modernizadas e os escritórios expandidos. A empresa AG Group distribui a marca Alpego em Portugal.
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PRODUTO // notícias
BKT
NOVAS LINHAS FLOTATION DA BKT
A PENSAR NOS REBOQUES PARA USO COMBINADO A construtora indiana BKT criou novas linhas de pneus
campo (75%) e na estrada (25%). O desenho não
para utilização em reboques e cisternas agrícolas para
direcional do piso do pneu fornece uma tração
uso combinado, em trabalhos de campo e transporte
excelente, também nas curvas, para além da
em estrada. Diz a marca que aquelas gamas, com o
propriedade de autolimpeza avançada.
nome de código Flotation, têm caraterísticas
O FL 630 Ultra, com um maior numero de blocos, é
específicas para cada tipo de utilização e todas com
idóneo para outros tipos de reboques, tal como
denominador comum: menor impacto sobre o terreno.
cisternas móveis, graças à adesão perfeita em
Segundo a BKT, as linhas Flotation foram projetadas
qualquer tipo de terreno.
para a utilização combinada na estrada e no campo,
Mais polivalente é o FL 630 Super, destacando-se pelo
reduzindo a compactação do solo, com respeito pelo
desenho único do piso do pneu, para uma utilização
terreno, ao mesmo tempo que suportam cargas
em qualquer tipo de terreno e na estrada, fornecendo
elevadas, mesmo em velocidades elevadas, sendo
uma resistência maior. O cunho largo assegura a
que cada uma das linhas é dotada de uma
distribuição perfeita do peso no terreno.
especificidade distintiva que as tornam apropriadas a
Sustenta a BKT que o Ridemax FL 693 M é um pneu
aplicações mais pormenorizadas.
radial para transportes frequentes na estrada com
Várias linhas, diferentes desempenhos
reboques e cisternas móveis. Realizado para uma
Segundo a marca, os pneus FL 637 são ideais para
utilização principalmente na estrada, o índice de
espalhadores, reboques e cisternas móveis,
velocidade classe D permite rodar até 65 km/h.
assegurando melhor performance no campo e na
Já o Ridemax FL 690 destaca-se pela carcaça com
estrada, graças ao desenho direcional do piso do
cintas em aço multicamada que maiores resistência e
pneu que proporciona melhor tração e flutuação, assim
durabilidade.
como uma baixa resistência ao rolamento e boas
Outra solução importante é o AW 711, com especial
propriedades de autolimpeza. A estrutura com cintas
composto do piso para um longo ciclo de vida.
FL 637
FL 693 M
FL 630 ULTRA
em aço garante durabilidade superior e maior capacidade de carregamento. Já o FL 639 foi desenhado para os transportes no
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abolsamia outubro / novembro 2019
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FL 630 SUPER
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NOVO REBOQUE MG18 MAIOR CAPACIDADE MELHOR DESEMPENHO
NOVA GRADE GSPV MAIS AMIGA DO AMBIENTE MAIOR VERSATILIDADE
NOVO REBOQUE PLATAFORMA NOVO COMPLEMENTO DE GAMA GARANTIA DE QUALIDADE
PRODUTO // notícias
Kubota M8 acima dos 200 cv Com a série M8, a marca japonesa entra no segmento dos 6 cilindros e transpõe o patamar de potência dos 200 cv. A apresentação foi feita na América do Norte, prevendo-se que a primeira aparição europeia ocorra na Agritechnica. Os tratores desta série resultam de um desenvolvimento conjunto com a marca canadiana Versatile e serão propulsionados por motores Cummins de 6 cilindros, com 6,7 litros de cilindrada. De início, a série deverá ser composta por dois modelos, com 190 e 210 cv de potência. De futuro, é de prever que sejam adicionados
Deutz-Fahr atualiza a série de tratores 5D
à série modelos de potência superior.
A Deutz-Fahr renovou recentemente uma das gamas de tratores para
contínua (CVT).
campo aberto, a série 5D, onde incorporou atualizações técnicas, ao
Na cabine encontraremos um ambiente de
mesmo tempo que renovou a sua aparência externa.
trabalho ao estilo do que é empregue nos
Esta série de tratores compactos, com potências compreendidas
modelos M7002, da série posicionada
entre os 75 e os 102 cv de potência máxima, estão equipados com
imediatamente abaixo.
No que respeita à transmissão, a Kubota oferece duas opções: uma caixa semipowershift 30/15 e uma caixa de variação
os conhecidos motores FARMotion de 2.9 e 3.8 litros de capacidade (respetivamente, com 3 e 4 cilindros), de injeção common rail de
www.tractoresibericos.pt
elevada pressão. Os sistemas de recirculação externa dos gases de escape EGR é controlado eletronicamente e de pós-tratamento DOC permitem respeitar a Fase 4i de emissões poluentes. As novas transmissões mecânicas ou Powershift estão equipadas com inversor mecânico (versão LS), ou hidráulico (versão GS), sendo que esta última dispõe do sistema Stop&Go, que permite parar o movimento do trator com uma simples pressão no pedal do travão, e do comando ComfortClutch na alavanca de velocidades para mudar de velocidade sem utilizar o pedal da embraiagem. A caixa de velocidades pode ter até três mudanças sob carga na sua versão 45/45. O sistema hidráulico tem três distribuidores (com bomba de 54 litros/m) e é possível escolher entre um elevador de acionamento mecânico ou eletrónico, com uma capacidade máxima entre 3000 kg e 3600 kg. A assinatura de estilo tem a marca da Giugiaro Design, há um novo capot e a nova cabine de quatro pilares permite grandes visibilidade e controlo dos equipamentos de comando, dispostos de forma mais intuitiva e ergonómica, ao lado do operador, seguindo uma lógica de cores, consoante os grupos de funções.
www.deutz-fahr.com
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abolsamia outubro / novembro 2019
www.abolsamia.pt
PRODUTO // notícias
106
HORSCH
Países submeteram candidaturas aos prémios Platinum A’Design, na categoria Agricultura, Horticultura e Pescas, e o júri acabou por eleger a ceifeira-debulhadora Fendt Ideal, do grupo AGCO
Horsch para monda mecânica A marca alemã Horsch passa a dispor de alfaias para monda mecânica. O primeiro modelo desta linha é o Transformer VF (Variable Frame), disponível em quatro variantes, com larguras de trabalho de 6, 8, 9 e 12 metros. Estas alfaias dispõem de um chassis no qual os bicos podem deslizar, para se adaptarem a diferentes larguras de linha, entre os 25 e os 90 cm. Incluem ainda um sistema hidráulico para controlo de secções, permitindo o levantamento individual de bicos. A compatibilidade com ISOBUS possibilita ainda a instalação de sistemas de câmaras para adaptação
Scherer processa forragem para a Kemper
aos contornos das linhas e à cultura instalada.
A Kemper, empresa alemã especializada no
O chassis apresenta uma altura ao solo de 660 mm, para entrada mais
fabrico de cabeças processadoras e rolos
tardia em culturas como o milho ou fava, e entre os opcionais estão os
de forragem, estabeleceu um acordo com a
discos de destorroamento que são usados para proteger as culturas
norte-americana Scherer, produtora de
ainda numa fase inicial.
processadoras de grão e de rolos para
Os Transformer VF são desenvolvidos e fabricados internamente pela
forrageiras, assumindo os direitos de
Horsch, estando todos os modelos preparados para uma posição de
distribuição para a Europa, Ásia e América
transporte de 3 metros.
do Sul. A Scherer passará a produzir os processadores com as especificações daKemper, sob a denominação ProfiCracker.
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PRODUTO // notícias
MAN
SÉRIE 7000 É O NOVO PONTA-DE-LANÇA DA ARBOS
APRESENTA NOVO SEIS CILINDROS NA AGRITECHNICA
Embaladora rebocada Vicon BW 2600 Em configuração heavy duty rebocada, a BW 2600 é o modelo maior de uma gama composta pelas embaladoras BW 2100 e BW 2400. Capaz de operar com
A alemã MAN, especialista em
fardos até 1200 kg, assenta sobre uma
transporte e construção de
estrutura robusta para operar em
motores diesel, anunciou que
terrenos difíceis e assume-se como uma
vai apresentar na Agritechnica
solução mais económica face aos
(novembro, em Hanôver), o
modelos de tipo satélite. As rodas estão
seu novo motor seis cilindros
em posição distanciada, o que
para maquinaria agrícola, o
possibilita a colocação da mesa mais
Pela primeira vez em campo europeu
bloco D4276, de 16,2 litros de
próxima ao solo. Assim, a descarga será
de demonstração, na Demoagro de
capacidade, com potências que
mais suave, sem estragos no filme.
Huesca (Espanha), a gama de tratores
variam entre os 604 e os 690cv.
Pode ser equipada com HSP, uma
Arbos foi alargada com a Série 7000,
Diz a companhia, sediada em
combinação de duas soluções:
apta para trabalhos pesados, pois os
Munique e maioritariamente
DuoWrap e OptiSpeed. A primeira
motores adotados são os de seis
detida pelo grupo Volkswagen,
permite o embalamento com dois rolos
cilindros com chancela FPT, da Fase V,
que o novo motor é o mais
de filme ao mesmo tempo, sendo
com potências disponíveis entre os 220
potente da família de seis cilindros
possível uma sobreposição de filme de
cv e os 280 cv.
alguma vez desenvolvido pela
66%. A segunda possibilita que se
Esta “família” conta com três modelos
MAN Engines para aplicação
controle eletronicamente a velocidade
– 7220, 7240 e 7260, este último o mais
em maquinaria agrícola, e que
de rotação da mesa de embalamento.
musculado – com transmissão
se destina, essencialmente, a
Implement powershift, que diz a marca
máquinas forrageiras e ceifeiras-
garantir eficiência em todos os tipos de
debulhadoras.
aplicações e trabalhos. Segundo o
O novo motor, com uma massa de
construtor, tal sistema melhora o
1,28 toneladas, atinge o binário
conceito técnico já conhecido na série
máximo de 3.280Nm a 1100rpm,
5000 Advanved (110 a 136 cv).
mantendo-o constante ate às
Com design mais moderno e agressivo,
1500rpm. Segundo a marca, o
quer pelas cores, quer pelas formas do
novo motor preenche o hiato que
capot e da cabine Hi-Vision Maxi, com
existia entre o seis cilindros D3876
melhores ergonomia e insonorização,
(15,3 litros) e o 12 cilindros D2862
também o conforto de operação é
(24,2 litros), respetivamente com
melhorado pela adoção de assento
potências entre os 565/660cv e os
com suspensão pneumática.
800/1110cv.
www.expansaolda.pt
Destaques para a colocação do inversor sob o volante e o comando das funções hidráulicas e eletrónicas no controle multifuncional. As funções podem ser exibidas no monitor integrado, com um terminal virtual para implementos com ISOBUS. O protótipo apresentado em Huesca terá a versão definitiva em mostra na FIMA.
www.arbos.com
28
abolsamia outubro / novembro 2019
A Krone tem novos terminais de configuração dos seus equipamentos, que diz permitirem um manuseamento mais fácil, de forma a extrair o máximo rendimento dos mesmas
www.abolsamia.pt
PRODUTO // Em foco
Siloking equipado co m s is te m a N I R
NO REINO DA ALIMENTAÇÃO DE PRECISÃO
Na Coutada Velha, Benavente, coração do Ribatejo, situa-se uma das maiores explorações familiares de agropecuária do país, com 1000 cabeças de gado para produção de leite. Um unifeed da Siloking é o mais recente elemento da equipa, com quem se diz entrar no estadio da alimentação de precisão
30
abolsamia outubro / novembro 2019
a Barão & Barão, pai, filho e 30 funcionários maneiam os animais com cuidado, zelam pelo seu bem-estar e pela alimentação cuidada, pensada e cientificamente testada. A aquisição de um novo unifeed, que mistura e distribui o alimento ao gado, trabalha seis horas por dia há nove meses. Nele foi feito um investimento significativo, mas rapidamente será amortizado, pois cada uma das mil vacas de leite estará a produzir mais três litros por dia. Falamos da Siloking, equipado com sistema NIR, que é a entrada no reino da alimentação de precisão António Barão gere a empresa com o filho, André, uma exploração quase autosuficiente, pois praticamente tudo é feito na Coutada Velha. O mais recente elemento da equipa, a Siloking Premium 2215, de 22 m3 de capacidade, fabricada na Alemanha, tem inscrita nos flancos a expressão 4.0, o que na agricultura é sinónimo de “precisão”, mas também sinal de evolução, de tecnologia avançada.
N
www.abolsamia.pt
PRODUTO // Em foco
António e André Barão
CERTIFICAÇÃO DLG Diz André que procuravam um equipamento fiável e com qualidade de mistura para os animais, que é o foco da empresa. E à procura dessa qualidade encontraram a Siloking com certificação DLG, garantia de credibilidade. “Pensámos que uma das formas mais profissionais seria adquirir uma automotriz, que é o verdadeiro coração de qualquer uma empresa com esta dimensão. Queríamos uma máquina que tivesse as melhores relação qualidadepreço e tecnologia para nos permitir otimizar a atividade. E aqui encontrámos também o sistema NIR [da Dinamica Generale] – tal como a Siloking, representada em Portugal pela Maciel Máquinas Agrícolas, Lda - , dotada de sensores, que nos permite fazer a análise, em tempo real, de todos os ingredientes que entram na alimentação dos nossos animais. Para nós, essa
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seria uma informação preciosíssima e optámos por essa associação”, explica António Barão.
INFORMAÇÃO DE QUALIDADE André há muito que assimilou as vantagens do equipamento: “Além de analisar a humidade da matéria-prima, [o NIR, colocado na fresa da Siloking] afina as quantidades após medir cada recolha. É muita informação, mas acima de tudo de grande qualidade. Sabemos agora, exatamente, qual a quantidade de matéria seca de qualquer manjedoura dos nossos animais. Isto é transposto para a ‘nuvem’, e a partir do escritório podemos controlar tudo. Mas as adaptações à nova tecnologia fazem parte, se queremos ter acesso à melhor informação. Mais: a máquina é importante para nós, a começar pela sua fiabilidade e capacidade de trabalho, e o NIR é uma grande maisvalia para nós.”
SISTEMA NIR (colocado junto à fresa) corrige a quantidade de alimento a carregar depois de analisar o teor de humidade
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MOTOR VOLVO colocado à frente (70% do peso sobre o eixo de tração)
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GRANDE CAPACIDADE DE CARGA de 1324Kg/m (silagem de erva) a 3521Kg/m (silagem de milho)
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Mas, pergunta-se: já está a compensar? “Estamos a trabalhar com ele há nove meses e num ano está pago. Temos o cuidado de carregar tudo através da cabeça da fresa, onde está instalado o equipamento, pois só assim temos toda a informação e uma correção em tempo real. Isto é alimentação de precisão. É a grande chave deste equipamento e tecnologia”, assume André Barão. O gado pressente que chegara a hora de comer e André dá ordem de trabalho à Siloking, e é com velocidade assinalável que a fresa recolhe soja, sêmea de arroz e farinha de milho. Após a mistura, a Siloking dirige-se para as manjedouras. O gado agradece a atenção.
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EIXO TRASEIRO direcional, com raio de viragem reduzido.
DOIS SEM-FIM para uma mistura correta, homogénea e arejada
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PRODUTO // Em foco
Siloking
ALIMENTAÇÃO SIMPLES E INTELIGENTE A Siloking produz tecnologia de alimentação inovadora. Está sediada em Tittmoning, conta com mais de 370 funcionários, e com os mais recentes métodos de produção. As máquinas alemãs são desenvolvidas e fabricadas com altos padrões de qualidade.
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DG PRECISION FEEDING Alimentação ideal enquanto economiza dinheiro.
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O sistema de alimentação de precisão, com tecnologia NIR, permite ao agricultor distribuir uma alimentação equilibrada aos animais, segundo o determinado pelo nutricionista, isto graças a uma análise contínua dos ingredientes utilizados e o ajuste ótimo e em tempo real do seu peso. O ponto central do sistema é um analisador
AUTOMOTRIZ 4.0 MODELO COMPACT 1612
de tecnologia NIR que indica o valor dos nutrientes como
Unifeed automotriz de baixa altura de 12m³, 13m³ e 16m³ Ideal para explorações convencionais e para explorações, com vários grupos de desempenho, ou com entradas estreitas e de baixa altura. O design compacto com o chassi de 3 pontos, permite a descarga bilateral sem calcar a alimentação. Equipados com potente e económico motor Volvo turbo diesel, de 4 cilindros e 143hp; para os modelos de 13m³ e 16m³, existe um Power Pack opcional com 175hp ou 218hp.
o Amido, Proteína, gordura total etc.. assim como a matéria
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seca de cada ingrediente durante a fase de carga. O sistema, em tempo real e de forma automática, refaz o cálculo do peso que deverá carregar para manter os valores dos nutrientes indicados pelo nutricionista. As principais vantagens de uma alimentação diária equilibrada e constante são as seguintes: •
Aumento na quantidade de leite produzida;
•
Melhoria na qualidade do leite;
•
Aumento do nível de gordura e proteína no leite;
•
Minimização da quantidade de resíduos;
•
Alimentação correta dos animais enquanto se mantém um constante e equilibrado conteúdo nutricional;
•
Poupança de até 2% nos custos totais da alimentação;
•
Melhoria do estado de saúde geral como resulta da análise dos parâmetros sanguíneos e pelo índice de
AUTOMOTRIZ 4.0 MODELO PREMIUM 2215
mastite no leite.
Unifeed automotriz com considerável altura de carga e maior capacidade de 15 m³, 19 m³ e 22 m³ Devido à alta capacidade, são a solução ideal para grandes explorações. Todos os modelos Premium podem carregar a alimentação até 5mt de altura. Equipado com o potente e económico motor turbo diesel de 4 cilindros, Volvo com 175hp e com 218hp como opção. O chassi de 3 pontos proporciona um raio de giro mínimo. Para uma condução confortável, mesmo em caminhos difíceis, pode ser equipado com uma suspensão de rodas independentes como opção.
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PRODUTO // Em foco
AUTOMOTRIZ 4.0 MODELO 500+ 2519
4 AUTOMOTRIZ 4.0 MODELO 1000+ 3225 Unifeed automotriz XXL altamente manobrável para grandes explorações de 25 m³, 27 m³, 29 m³ e 32 m³ Impressiona pelo tamanho XXL, mas com grande manobrabilidade, capacidade e desempenho. Graças ao chassi de 3 eixos, pode ser carregado com grandes quantidades, sendo que a carga no
Unifeed automotriz para grandes explorações de 19 m³, 22 m³ e 25 m³ Rápido e extremamente manobrável, impressiona em todas as condições. Com uma altura total de menos de 3 metros, mesmo as passagens baixas não são obstáculos. Com uma altura de carga de 5,3 metros, proporciona um alcance impressionante. Graças a tração às 4 rodas, lida facilmente com terrenos acidentados e superfícies pavimentadas. Equipado com pneus grandes, é muito manobrável graças aos dois eixos direcionais.
chassi, nos pneus e nas superfícies de condução, é reduzida. A direção ativa dos eixos dianteiro e traseiro oferece uma enorme capacidade
1400
MÁQUINAS POR ANO
A Siloking produz anualmente cerca de 1400 máquinas, das quais 400 são automotrizes. “Não podíamos estar mais satisfeitos, pois cada máquina representa um cliente satisfeito, pelo que não podíamos ter melhor publicidade. Só estamos bem quando o cliente está
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bem. E a verdade é que obtém melhor alimento e melhor produção, e
de manobra. O contentor de mistura tem uma
para isso é indispensável
capacidade de 25 m³ e 27 m³ com dois sem-fins, ou
um unifeed moderno
29 m³ e 32 m³ com três sem-fins.
e tecnologicamente
O Unifeed XXL mistura muito rapidamente e de forma
avançado”, advoga Luís
homogénea.
Maciel.
“A VACA É O PRIMEIRO CLIENTE DA SILOKING” A Maciel Máquinas Agrícolas, Lda representa a Siloking
de haver equilíbrio entre a realidade do cliente e
em Portugal. “Tem corrido bem, e são várias as máquinas
da máquina. Portugal tem as suas particularidades.
vendidas, tanto automotrizes como rebocáveis. O nosso
Noutros países, um agricultor com 80 cabeças compra
mercado está a mudar, pois se as máquinas verticais
uma máquina destas, pois em 30 minutos tem a
rebocáveis não têm muita expressão, estas automotrizes
alimentação feita e pode dedicar o resto do tempo a
continuam a conquistar mercado, são as máquinas do
outras tarefas. Outra diferença: em vez de se pensar
futuro, de acordo com o aumento das dimensões das
em custo, avalia-se o investimento, cortando na
explorações”, conta Luís Maciel, explicando vicissitudes
manutenção, no consumo de combustível e no tempo
do mercado, ao mesmo tempo que diz notar sinais de
que perde com a alimentação. Desta forma, a máquina
mudança: “Na agricultura portuguesa começa a haver
paga-se a si própria.
renovação, na mesma medida em que se começa a dar
É como a filosofia da Siloking, que preconiza
mais importância à gestão, pensando numa perspetiva
‘alimentação simples e inteligente’. A vaca é o primeiro
de investimento a longo prazo, pois há fatores de
cliente da Siloking e deve estar feliz e bem alimentada.
poupança a considerar.
É provável que as vacas produzam mais três litros por dia com essa boa alimentação, fruto, também, da
INVESTIMENTO EM VEZ DE CUSTO
ligação à tecnologia NIR, que a Siloking abraçou desde
Quando compensa ter uma máquina deste tipo? “Tem
o início do projeto.”
Maciel, Máquina Agrícolas, Lda. Travessa Cruz da pedra nº 4/6, Apartado 53, Lijó, 4774-909 Barcelos › maciel.lda.comercial@gmail.com › +351 253 808 420
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PRODUTO // em foco
NOVA GERAÇÃO DE CEIFEIRAS LEXION A (R)EVOLUÇÃO COMEÇA NA DEBULHA A segunda geração das ceifeiras-debulhadoras Claas Lexion está pronta para entrar ao serviço na campanha cerealífera de 2020. A Avero, de menor capacidade, recebeu um novo motor e as enfardadeiras de câmara fixa Rollant 520 estão rejuvenescidas POR BRUNO MENESES
nova gama das ceifeiras Lexion, apresentada à imprensa especializada em Crucheray, a 200 km de Paris, em meados de julho, integra sete modelos híbridos e seis com sacudidores de debulha, destacando a marca alemã que as séries 6000 e 5000 estabelecem novos parâmetros para a debulha e separação dos grãos, uma evolução - apelidou-a, também, de revolução - pela introdução do sistema APS Synflow Walker, sobretudo pela criação de um novo cilindro triturador. Estas duas séries, com a unidade de debulha tangencial, combinam a unidade de debulha APS com uma separação rotativa da palha, destinada a extrair os últimos grãos com ela misturados. Por outro lado, foram colocados todos os côncavos em paralelo permitindo quase na sua totalidade um fluxo da
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palha em linha reta, otimizando em 25% o processo de debulha. As unidades motrizes produzem desde 313 cv (5300, de 7,7 litros) e até 790 cv (8900, de 16,2 litros), construídas pela Mercedes-Benz e pela MAN. Quer o novo cilindro triturador, quer o cilindro separador podem agora ser ajustáveis e sincronizados eletronicamente. Foi ainda adicionado uma nova barra côncava regulável hidraulicamente a partir da cabine, criando assim a primeira unidade de debulha de ajuste variável.. TAMBOR AUMENTADO O diâmetro do tambor de debulha surge agora aumentado de 600mm para 755mm, com dez barras (anteriormente eram oito). O sistema de limpeza também foi melhorado, agora com controlo
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// Nova geração ceifeiras Lexion
As barras de corte Convio e Convio Flex têm larguras de trabalho de 9,30m e 7,70m, e estão aptas para a colheita de cereais tradicionais, ou para soja e ervilha
automático das funções do rotor e do regime do ventilador. Os novos modelos com sacudidores estão equipados com o sistema de limpeza Jet Stream, já familiar nas ceifeiras híbridas Lexion, com seis ou oito ventoinhas de turbina. O sistema de controlo CEBIS foi redesenhado de forma a permitir a gestão das principais funções sem conhecimento prévio, que resulta numa operação intuitiva, com recurso a símbolos autoexplicativos, e apetrechada com uma tela simples e de fácil leitura. As funções do painel de controlo CEBIS e as funções touch CEBIS podem ser usadas de forma combinada. INTELIGÊNCIA E AUTONOMIA O sistema Cemus Automatic foi bastante melhorado, tornando-se mais inteligente e com autonomia para otimizar alguns parâmetros que resultaram no melhor aproveitamento da colheita. Integrado com a nova arquitetura eletrónica, foi criado um novo Scanner de campo, que fornece informação e orientação com recurso a laser da máquina ao longo dos bordos esquerdo ou direito das rotas de colheita ou processamento. O sistema está alojado no tejadilho
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PRODUTO // em foco
Deta l hes do sistema de s a c u d i d o re s A P S Sy n f l o w Wa l Ke r e d a b a n d a d e ra s t o d e b o r ra c h a Te r ra Tra c
N OVO M OTO R PA R A A AV E R O Equipada com novos motores, agora com um bloco Cummins de 6,7 litros, de 213 cv (modelo 240) e 167 cv (160), em conformidade com a Fase V de emissões, a ceifeira-debulhadora Avero melhorou a performance de potência, respetivamente com um incremento de 8 e 9 cv, e otimizou o acesso ao compartimento do motor para facilitar as ações de manutenção. Com um tambor de debulha com 1060 mm
da cabine e permite também o acoplamento automático da ceifeira às barras frontais da Claas graças a um sistema de reconhecimento. O sistema Dynamic Power, proposto para toda a gama Lexion, vem permitir o ajustamento do nível de potência dispensado às condições em que a colheita está a ser realizada, poupando assim até 10% de combustível.
tubo aumentou de 101 para 105 graus. Também houve melhoramentos no posto de condução, pois a nova cabine tornou-se mais espaçosa e confortável, foi-lhe acrescida uma nova e maior janela que permite o melhoramento da visão sobre o depósito de grão. A maior parte dos novos modelos desta nova geração de ceifeiras-debulhadoras Lexion estão disponíveis com bandas de rastos de borracha Terra Trac.
MAIS GRÃO, MELHOR CABINE Os tegões dos grãos têm capacidades aumentadas de 9000 litros (5300) e até 18.000 litros (8900), com velocidades de descarga até aos 180 l/s e a viragem do
de largura e 450 mm de diâmetro, o modelo 240 equipa com o sistema de pré-separação acelerada (APS), “habilidade” que a torna apta a separar até 30% dos grãos no pré-côncavo, o que pode significar um ganho de eficiência até 20% com o mesmo consumo de combustível. O tegão tem capacidade de 5600 litros e a descarga completa pode realizar-se em
ROLLANT 520 ATUALIZADA Com capacidade para formar fardos redondos de grande compactação, inclusivamente a elevada velocidade de avanço, a nova enfardadeira Rollant 520 foi rejuvenescida. Com um visual de design contemporâneo, a Rollant entra no segmento das enfardadeiras de 1,25 metros de diâmetro, com 1,20 m de largura. Com câmara fixa de 16 rolos, oito dos quais fabricados em
chapa de aço de 3 mm e os demais com 4 mm de espessura, com perfil estriado para uma melhor rotação do fardo, inclusivamente sob condições de baixa humidade da forragem. A Rollant 520 tem um pick-up de 1,85 metros de largura e um rotor com 14 facas de 70 mm. Dispõe de um sistema de ajuste de rede ou corda, e pode ser controlada desde o terminal Operator.
menos de dois minutos.
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Imparável.
Apenas quem permanece em movimento e continua a desenvolver-se é capaz de manter a posição de liderança. Portanto, 40.000 ensiladoras fabricadas não são razão para abrandar, mas uma grande motivação para lhe facilitar o trabalho no futuro. Porque é você quem realmente importa.
A JAGUAR é a referência.
Eficiência e conceito de transmissão.
Fiabilidade.
Acondicionamento do material de colheita.
• DYNAMIC POWER: Poupança de até 10% de combustível.
• Tecnologia e componentes comprovados.
• SHREDLAGE® CORN CRACKER DE MILHO original. Até um litro a mais de rendimento lácteo diário pelo melhor acondicionamento do alimento.
• Conceito de transmissão pelo menos 5% mais eficiente que o da concorrência.
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• Pacote de equipamientos LINHA PREMIUM. 3.000 horas de funcionamento. Garantido. • CLAAS SERVICE em todo o mundo, também à noite!
PRODUTO // notícias
A Kubota reservou para o Salão Agritechnica, em novembro, a première da sua nova série M7003
KUBOTA
KUBOTA REVELA
NOVA SÉRIE M7003 EM NOVEMBRO A
Kubota irá lançar, no final do primeiro trimestre de 2020, a sua nova série de tratores M7003, evolução da atual M7002 e que será revelada ao mundo agrícola em novembro, no decorrer do salão Agritechnica, em Hanôver. Esta nova linha de tratores, já descrita como mais eficiente e fiável, contará com motor Kubota da Fase V, com três níveis de potência máxima, a começar nos 130 cv e a acabar nos 170 cv e atingíveis no regime de 1900 rpm, garantindo a marca o incremento de potência adicional (power boost) entre 5 e 20 cv. Segundo o comunicado do construtor, as preocupações ambientais, a sustentabilidade e a necessidade de permanecer na
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vanguarda tecnológica continuam na ordem do dia, razões pelas quais o novo motor conta com o reforço de tratamento de gases de escape, com a adoção das tecnologias DPF e SCR para reduzir as emissões de óxido de azoto. De resto, a marca sublinha que o intervalo de limpeza do DPF foi aumentado de 3000 para 6000 horas. Tal como já acontecia com as séries que a antecederam, os M7003 estarão disponíveis com transmissões KVT ou Powershift. Este última terá como novidade a função Xpress Restart, que controla automaticamente a embraiagem quando se pisa o pedal do travão. Desta forma, o operador poderá deter o trator sem recorrer à embraiagem. Já o Multi Speed Control, um sistema
de assistência hidráulica variável, permite que possa ajustar-se a direção de acordo com a aplicação do trator e os requisitos de velocidade. A comunicação bidirecional entre a máquina e a alfaia está prevista pelo sistema TIM (Tractor Implement Management), podendo a alfaia controlar automaticamente as funções do trator. www.tractoresibericos.pt
A NOVA LINHA CONTA COM MOTORES KUBOTA DA FASE V, COM POTÊNCIAS ENTRE 130 E 170 CV www.abolsamia.pt
M S O O DELOS S S O N S O
E C SSO DE E O R P M E M VOL A U UÇÃ N I T N O O C
Novo Minichisel
Nova série de charruas
A Ovlac continua a progredir para que a sua maquinaria se adapte melhor à terra no momento de a trabalhar. Como tal, e apelando a toda a experiência acumulada, os seus modelos evoluíram. No caso do novo Minichisel XLander, trata-se mesmo de uma conquista. A Ovlac é uma empresa pioneira; já há 13 anos revolucionara o semichisel introduzindo, pela primeira vez, o sistema de elastómetro e colocou-se na vanguarda da técnica. No entanto, e já com mais de 2000 unidades em operação, continua a inovar, sempre com um elevado grau de exigência. Aproveitando a experiência de todos esses anos de evolução, o Minichisel XLander, coloca-se num patamar ainda mais elevado. O mesmo é dizer sobre a nova série de charruas XPerience. Após mais de 15 anos de comercialização das séries "S" e "L" em mais de 20 países, o seu design foi ampla e totalmente aprimorado. Tudo com o objetivo de facilitar ao máximo um ajuste preciso da charrua, para que garanta um trabalho eficiente, isto é, com o menor consumo de combustível. Especial ênfase também foi colocada na otimização do fluxo de resíduos para garantir o trabalho livre de atolamentos, inclusivamente com grandes volumes de restolho. Consulte o seu distribuidor Manuel Fialho, Lda PITE – Rua Dionisio Aires Moleiro, nº 9 a 15 7005-513 Évora T. 266 759 300 F. 266 759 309 Info@manuelfialho.pt www.manuelfialho.pt
ovlac www.ovlac.com
L A I C E P ES
VAMOS LÁ CO POR HELIODORO CATALÁN MOGORRÓN, Profesor Visitante en la UFSM (Brasil)
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CHECKLIST 1 ORÇAMENTO
Não esquecer solicitar um orçamento onde figurem as especificações do produto
2 POTÊNCIA
Navegue por vários catálogos de diferentes marcas para conferir a “dança dos números” da potência
3 TRANSMISSÃO
Porventura, esta secção será a que lhe fará perder mais tempo a analisar as diferentes opções.
4 TDF
É preciso atenção para comprovar o tipo de ligação, embraiagem, velocidades de rotação do veio e seleção das mesmas
5 TRAÇÃO
Eixos dianteiro com ou sem suspensão, ligação mecânica ou eletrohidráulica
6 ELEVADOR
Não esquecer se um elevador frontal terá grande utilidade e de analisar a sua categoria
7 CABINE
Há que ter atenção aos pontos-chave, como a suspensão do assento e ao ar condicionado
8 SISTEMA HIDRÁULICO
Atenção a esta especificação, pois geralmente um viticultor tem mais necessidades hidráulicas, mesmo que use tratores mais pequenos
OMPRAR
9 PNEUS
Não se esqueça de determinar se necessita que a união do pneu e do disco seja aparafusada
10 ENGATES
Saber se são automáticos ou do tipo rápido, de boca de lobo, com ou sem cavilha fixa
11 LUZES DE TRABALHO
Uma boa escolha evitará que, posteriormente, alguma alteração obrigue a rever a potência do alternador
12 SERVIÇO PÓS-VENDA
É absurdo eleger a marca X por se dizer que é boa, se não há assistência técnica próxima
13 DESVALORIZAÇÃO
Saiba que a depreciação do valor do trator inicia-se a partir do momento da sua compra
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ESPECIAL // Vamos lá comprar um trator
Curioso paradoxo este, o autor referir-se ao processo de aquisição de um trator. Sem dúvida, uma operação que o agricultor poucas vezes repetirá e seguramente um dos grandes investimentos que realizará em toda a sua vida. Será possível fornecer traços gerais que tenham utilidade para o potencial cliente e que o ajudem no processo de aquisição do trator? É disso mesmo que se trata o artigo: linhas de conduta de senso comum fáceis de colocar em prática
escrever-se-ão, pois, as decisões que um agricultor médio deverá considerar no seu processo de aquisição destas máquinas, tendo sempre em linha de conta que esta deve ser uma experiência agradável e não um quebra-cabeças.
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NÃO DEIXE QUE LHO VENDAM, DEVE SER VOCÊ A COMPRÁ-LO Nunca diga “maior que o do meu vizinho”
Não se deixe levar pela ideia de comprar um trator maior que o do seu vizinho. Compre, apenas, o trator da dimensão que necessita. O conhecimento é poder, pelo que convirá aceder a informação antes de visitar qualquer concessionário. Isso pode ser feito, facilmente, através das páginas dos fabricantes na Internet para visualizar os produtos e consultar as características. Por norma, aquelas páginas são muito bem feitas e estão carregadas de informação relevante. É aí que deve ser dado o primeiro olhar ao modelo de cada marca que melhor se adapta às características do seu cultivo. Atenção, também, às várias opções de configuração possíveis.
Na Internet é fácil de consultar informações importantes dos tratores
FAZER UMA LISTA
Nesta altura já estará em condições de se dirigir a um concessionário quando inteirado do modelo que melhor o serve. Uma vez na casa de venda analise outros fatores importantes como o profissionalismo do vendedor, o seu crédito na zona, o serviço de assistência técnica do concessionário (tenha sempre em conta que se aprende muito com uma visita às oficinas).
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PEQUENOS GIGANTES IDEAIS PARA A AGRICULTURA NACIONAL
O conhecimento é poder, pelo que convirá aceder a informação antes de visitar qualquer concessionário
AS ESPECIFICAÇÕES DE QUE NECESSITA
Potência, transmissão, distribuidores externos, pneumáticos, engates, assento, luzes de trabalho... Poderá não ser fácil, pois cada fabricante dá diferentes nomes à mesma coisa, seja a potência, a transmissão, o serviço hidráulico (mais adiante). Não esquecer solicitar um orçamento profissional, por escrito, onde figurem, de forma clara, as especificações do produto e se há variações de preço consoante as várias opções.
COMPARAR ALHOS COM BUGALHOS Com aquela lista peça ao concessionário que lhe orçamente aquele trator e não qualquer outro. Só assim lhe será possível comparar especificações similares, se não mesmo iguais, de outras marcas no mercado. POTÊNCIA
A informação proporcionada pelos fabricantes deveria ser facilmente verificável, mas infelizmente isso é algo que geralmente não ocorre. Navegue por vários catálogos de diferentes marcas para conferir a “dança dos números” da potência “de acordo com as normas ISO, ou DIN, ou SAE...” É preciso um pouco de paciência, na certeza que os fabricantes poderiam colaborar mais entre si, usando o mesmo padrão.
Com uma boa relação custo/eficiência, os tratores LS estão muito bem adaptados às necessidades da agricultura em Portugal. Preparados para trabalhar com qualquer alfaia ou acessório, são a solução ideal para vinhas e pomares, explorações agrícolas e agroindustriais, manutenção de espaços verdes, entre outras aplicações. Bem conhecida no segmento dos tratores compactos (30 - 60 cv), a LS vai apresentar em 2019 as gamas de maiores potências (65 - 105 cv). Conheça a gama de tratores LS, na Moviter ou no concessionário da sua região.
TRANSMISSÃO
Porventura, esta secção será a que lhe fará perder mais tempo a analisar as diferentes opções. É que diferentes especificações significam diferentes preços de venda, a começar por uma caixa de velocidades convencional com sincronização de engrenagens, que se complica quando se opta também por um sincronizador de
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Parque Movicortes, Portelas, 2410-855 Cortes, Leiria T (+351) 244 890 180 / moviter@movicortes.pt www.moviter.pt / facebook.com/moviter abolsamia outubro / novembro 2019
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ESPECIAL // Vamos lá comprar um trator
grupos. O passo seguinte seria escolher alguma velocidade sob carga - um Hi-Lo “simples” (duas velocidades sob carga) -, ou optar por toda a gama de velocidades sob carga (semipowershift), bem assim como o tipo de inversor de marcha (mecânico, hidráulico, eletrohidráulico), ou a possibilidade de selecionar mudanças de grupo sem desembraiar. Se continuarmos a investir neste capítulo saberemos que muitos fabricantes podem oferecer alternativas de mudanças automáticas de marcha baseadas na “robotização” da transmissão e na operação conjunta com o motor (fullpowershift, ou completamente sob carga) até atingir transmissões infinitamente variáveis, hidromecânicas, contínuas, sem interrupções (CVT). E aqui, de novo, a parafernália utilizada pelos construtores na elaboração da nomenclatura para fins comerciais das suas transmissões (dyna 6, autopower, directdrive, electrocommand…) poder-nos-ão confundir, razão pela qual somos obrigados a ter redobrados cuidados na hora de eleger uma. TDF
É preciso atenção para comprovar o tipo de ligação, embraiagem, velocidades de rotação do veio e seleção das mesmas, bem assim como a existência de comando externo e automatismo de ligação da tomada de força. DUPLA TRAÇÃO
Eixo dianteiro com ou sem suspensão; ligação mecânica ou eletrohidráulica, suspensão de roda ou de eixo, raio de direção, automatismos de ligação, controlo de diferencial, guarda-lamas dianteiros (pivotantes ou fixos).
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A “DANÇA DOS NÚMEROS” Enquanto que a New Holland, Case IH, DeutzFahr ou Claas falam de ECE R120, a Massey Ferguson e a Valtra falam de ISO 14396; ao passo que a John Deere, de ECE R24; a Fendt e a Kubota, de 97/68 EC e a Arbos, de 2000/25/CE.
NECESSIDADES HIDRÁULICAS
Qual o caudal e o tipo de circuito que necessito? Atenção a esta especificação, pois geralmente um viticultor tem mais necessidades hidráulicas, apesar de usar tratores mais pequenos - em comparação com outros para campo aberto -, uma vez que devem utilizar, à vez, diversos tipos de alfaias, como o alimentador da trituradora, varredoras, e por que realizam viragens apertadas de cabeceira. Convirá apontar o número de saídas hidráulicas necessárias e
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ESPECIAL // Vamos lá comprar um trator
onde elas são precisas (traseiras, ventrais, dianteiras), e se devem ser mecânicas ou eletrónicas, ou devem dispor de comando externo de algum distribuidor.
caso, e para tirar dúvidas, dever-se-á exigir ao concessionário a ficha com os dados do ensaio OCDE. CABINE
ELEVADOR
Será necessário analisar os parâmetros como a sua categoria; tipo de braços inferiores; tensores laterais; capacidade de elevação; comandos remotos; se o terceiro ponto deve ser convencional ou hidráulico. Sem esquecer, claro, se um elevador frontal terá grande utilidade. ATENÇÃO AOS DADOS
Não raras vezes, o marketing leva a que se escrevam enormes barbaridades no que se refere à capacidade de elevação, como no caso de um trator de 3000 kg ser capaz de levantar uma carga de 5000 kg... Nesse
Há muito que analisar nesta categoria. Dir-se-á que parte da decisão da compra de determinado trator é condicionada pela sua disposição e equipamento. E a escolha do equipamento deve ser feita de forma muito pragmática. Questões-chave – suspensão na cabina; tipo do assento; assento de
Não raras vezes, o marketing leva a que se escrevam enormes barbaridades
Homologada ROPS e FOPS, pressurizada e certificada Categoria 4.
TRG PARA TODO O SERVIÇO Um trator reversível, imponente, mas ágil, útil no trabalho de campo e na estrada, durante o inverno ou no verão, da poda em videira, tratamentos em árvores frutíferas até a trituraçao ou colheita de azeitonas. O TRG 10900 R também permite a instalação da super tecnológica e confortável cabina AIR homologada FOPS, ROPS e presurizada, também disponível com certificação Cat. 4, que garante o isolamento do operador contra inalações perigosas de poeira, aerossóis e vapores.
ESPECIAL // Vamos lá comprar um trator
A depreciação do valor do trator inicia-se a partir do momento da sua compra DESVALORIZAÇÃO
acompanhante; AC ou climatizador; filtro de carvão ativo; ecrã; consola descansabraço. A ergonomia em geral é tão importante como a própria extensão dos guarda-lamas traseiros.
compra evitará que, posteriormente, alguma alteração obrigue a rever a potência do alternador, o que conduzirá ao aumento dos custos. SERVIÇO PÓS-VENDA
AUTOMATISMOS E AJUDAS À CONDUÇÃO
Gestão de cabeceiras; sistema de ajuda à condução, ou autocondução. PNEUS
Verificar a medida e o fabricante. Não se esqueça de determinar se necessita, ou não, que a união do pneu e do disco seja aparafusada.
É muito importante analisar a reputação do concessionário na zona e a qualidade do serviço técnico que presta. É absurdo eleger a marca X por se dizer que “é muito boa”, se nas redondezas não presta serviço de assistência.
VALOR DO TRATOR AO LONGO DOS ANOS DESDE A COMPRA (% DO VALOR EM NOVO)
ENGATES
Anos de vida
Se automático, ou do tipo rápido, de boca de lobo, com ou sem cavilha fixa. LUZES DE TRABALHO
O tema não é de somenos importância, pois uma boa escolha na hora da
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“Ontem comprei um trator e hoje já estou a perder dinheiro”. A depreciação do valor de uma máquina inicia-se a partir do momento da sua compra. Esta avança em duas escalas – com o tempo e com o uso. Mas esse valor é algo tangível, pois reflete-se na contabilidade de uma empresa, na medida em que o aproxima ao valor real do mercado. A depreciação está baseada nos valores de compra e de revenda. O mais usual é calculá-la de forma linear (custo do equipamentovalor de revenda/vida útil). Outros métodos mais apurados são aqueles que prevêem uma depreciação ou amortização na qual são levadas em conta tanto a obsolescência (ninguém deseja ficar com um trator antigo), mas também a intensidade do uso e o desgaste (tabela 1). Mas nem todas as marcas se depreciam por igual. Em Portugal
1
3
5
7
9
Fendt
86,5
72,6
64
58,7
55,2
John Deere
85
69,2
60,7
55
50,7
Massey Fergunson
85,5
68,2
59,2
52,1
46,6
Média de todas as marcas
85,4
68,1
58,9
52,1
46,6
TABELA 1 DEPRECIAÇÃO ACIMA DO VALOR MÉDIO
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ESPECIAL // Vamos lĂĄ comprar um trator
Valores de depreciação de tratores
CASE IH
MASSEY FERGUSON
FENDT
VALTRA
CLAAS JOHN DEERE
NEW HOLLAND
 �
EXEMPLO Se um trator foi adquirido por 50 mil ₏ e se Ê expectåvel que permaneça dez anos na nossa propriedade ele vender-se-å por 10 mil ₏, pelo que a depreciação seria (50mil-10 mil)/10 = 40 mil/10 = 4000 ₏ anuais
foram publicados (aparentemente) nĂŁo estudos de depreciação de tratores segmentados por marcas, ainda que seja uma prĂĄtica habitual em outros paĂses. De acordo com outro estudo, realizado pela publicação francesa Entraid (quadro acima), e detalhado nas pĂĄginas seguintes, em oito anos o valor do trator cai atĂŠ aos 50% (valor mĂŠdio). No entanto, hĂĄ diferenças entre marcas, sendo que o valor de recompra de um trator com 10 mil horas nĂŁo ĂŠ o mesmo para todas as marcas.
E A MARCA QUE VALOR TEM?
Colocando de lado as questĂľes do
mercado de capitalização em bolsa,
a verdade ĂŠ que a marca tem extrema importância no mundo agrĂcola. No mercado da PenĂnsula IbĂŠrica existem marcas que obtĂŞm uma boa percentagem das suas vendas apenas pela cor dos seus tratores, o que nĂŁo deixa de ser uma questĂŁo bastante irracional. Fica um conselho: o potencial comprador deve refletir e usar do pragmatismo na hora de gastar o seu dinheiro, sem se deixar levar por uma questĂŁo de “amor incondicionalâ€? a determinada marca.
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ESPECIAL // Vamos lá comprar um trator
QUADRO DE DECISÃO rata-se de elaborar uma tabela semelhante à tabela 2 e que é usualmente chamada de matriz de decisão. Tem como objetivo identificar os parâmetros considerados importantes do produto a analisar, pesar os valores de cada um deles, considerados de grande utilidade para estudar as alternativas entre os vários modelos Nesta tabela, as linhas são compostas por todos os parâmetros que o potencial cliente considera importantes e necessários. Os diferentes modelos de trator são colocados nas colunas.
T
PARÂMETROS
Estes, uma vez colocados na matriz de decisão, podem ser: preço, potência, tipo de motor, transmissão, bem como todas as caraterísticas que o cliente determine terem importância na hora de eleger o trator. VALOR DE PONDERAÇÃO
A cada parâmetro corresponde um valor de ponderação, ou peso. Este é algo pessoal, pois tratar-se-á da importância que cada um dá aos diferentes parâmetros. Aquele “peso” oscilará entre um mínimo e um máximo, de zero a 100. Exemplo: se se considera mais importante
TRATORES COMPARADOS
a comodidade da condução do que a potência, então inscreverá um 100 na comodidade e 60 na potência. O mesmo é válido para todas as outras caraterísticas. VALORIZAR CADA MODELO
Chegou o momento de valorizar em cada modelo de trator o parâmetro em apreciação. Em cada casa da lista inscrever-se-á a nota atribuída (pode pontuar-se de 0 a 10). Exemplo: se o trator A tem mais potência que o trator B, colocar-se-á o A no máximo – 10 para o A e 5 para o B; se o trator A é mais caro, mas é seguido de perto pelo trator B, atribui-se 5 ao A e 7 ao B. Bastará preencher todas as casas da tabela.
VALOR PONDERADO
A
B
C
D
Preço em novo
100
10
9
7
8
Motor: tipo, relação curso x diâmetro; injeção; camisas; refrigeração; outros
80
8,5
10
9
7
Densidade de potência (cm3 por CV)
80
8
9
10
7
Transmissão (sincro, PS, FPS, CVT…)
85
7,5
9
8,5
10
RESULTADOS
No exemplo, o trator A é o que está mais bem valorizado com uma pontuação de 9950 pontos, enquanto o trator B seria a segunda opção, pois totaliza 9940 pontos.
Capacidade de elevação
60
8,5
10
6,5
9,5
Distribuidor de serviços externos
60
8
9
10
8,5
Consumo (a 75 % do regime nominal)
90
9
9,5
8,5
10
Comodidade: suspensão, cabine, assento, acesso…
85
9,5
8
8,5
9
Facilidade de uso
65
10
9,5
9
8,5
Serviço pós-venda (prestígio, proximidade…)
75
9,5
8
9
8,5
Manutenção
75
8
7
9
8,5
Preço de revenda
85
8
8,5
9
7,5
TDF: controlo, velocidades…
65
8,5
8
9,5
9
Design exterior
55
10
9
8
10
Pneus
80
8
7,5
7
8
9950
9940
9737,5
9755
PONTUAÇÃO TOTAL TABELA 2
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abolsamia outubro / novembro 2019
CÁLCULOS
Falta apenas multiplicar o valor de cada casa pelo seu coeficiente de ponderação e somar os valores de todas as casas de cada trator.
QUASE UM EMPATE TÉCNICO A recomendação é que fique com os dois tratores em perspetiva, pois eles (A e B) estão nas primeiras posições e entre eles há, praticamente, um empate técnico. A partir daqui deverá iniciar conversação com os vendedores daqueles tratores, negociar detalhes, a data de entrega das chaves e, até, uma eventual penalização por incumprimento da mesma. Importante: que tudo fique por escrito!
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ESPECIAL // Vamos lá comprar um trator
QUAIS SÃO AS MARCAS MAIS IMUNES À DESVALORIZAÇÃO? Um estudo que incide sobre o maior parque de equipamentos agrícolas de França dá a conhecer a desvalorização, por marca, verificada num universo de 7.000 tratores, em função dos anos de utilização POR JOÃO SOBRAL
D
ivulgado pela publicação francesa especializada Entraid, e disponível online para consulta livre, este estudo, intitulado “Les valeurs de decotes réelles des tracteurs, marque par marque” fez uso de dados relativos à frota das CUMA (Cooperativas De Utilização de Máquinas Agrícolas).
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abolsamia outubro / novembro 2019
SEGMENTO DE 140 A 230 CV
O universo sobre o qual assenta o estudo é composto por 7.000 tratores, em utilização ao longo de nove anos, respeitantes ao segmento de potência que vai dos 140 aos 230 cv. Todos foram comprados novos, e apresentam uma utilização anual média de 700 horas. A desvalorização média do parque de máquinas, considerando-o na sua
totalidade, sem olhar a marcas, foi de 50% em 8 anos. A DESVALORIZAÇÃO POR MARCA
A Fendt é a marca que aparece mais bem posicionada, sendo aquela que menos desvalorizou num período de 9 anos. Apresenta uma perda de valor consideravelmente inferior à verificada pela totalidade da frota.
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QUALIDADE E TECNOLOGIA // Antonio Carraro
JAPONESAS O parque de máquinas, na sua totalidade, sofreu uma desvalorização de 50% em 8 anos
A John Deere conserva também um valor superior ao universo de todas as marcas, e a Massey Ferguson surge logo abaixo, com um valor que se assemelha muito à performance média de toda a frota. A Case IH, a Deutz-Fahr e a Valtra surgem todas num mesmo patamar, mas com uma desvalorização ligeiramente acentuada em relação à média da frota. A Claas aparece logo a seguir, com uma diferença mínima face a estas três, e por fim, no âmbito deste estudo, a New Holland surge como a marca mais penalizada, ao registar uma perda de valor mais acentuada face à média de toda a frota. ESTRATÉGIA DE INVESTIMENTO
Tal significa que investir em marcas sujeitas a menor desvalorização é um bom negócio? E que investir em marcas sujeitas a maior desvalorização é um mau negócio? Os autores do estudo avançam que não é necessariamente assim, porque a taxa de desvalorização tem apenas em conta o diferencial entre o valor de compra e o valor de venda, mas para além disso há que ter em consideração mais critérios para se sustentar uma decisão. Estudos comparativos realizados pela mesma entidade, a FNCUMA (Federação Nacional das CUMA), mas com vista a determinar os custos de detenção de tratores ao longo de vários anos de uso, permitiram sustentar que mesmo quando se trata de comparar marcas com níveis de desvalorização muito distintos, chega-se à conclusão que “os custos de manutenção e de consumo de combustível têm consequências que não são negligenciáveis para o custo global de utilização das máquinas”. O mesmo é dizer que “um trator que se desvaloriza mais depressa não representa uma aberração económica em matéria de investimento”. O estudo pode ser consultado em www.entraid.com
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De origem japonesa e com uma grande tradição no mercado nacional, a Iseki é uma marca de tratores compactos, com uma gama completa e diferenciada, bem conhecida dos agricultores. Com soluções dos 16 aos 49 cv, robustos e evoluídos, os tratores Iseki são indicados para pequenas propriedades agrícolas, culturas especializadas, manutenção de espaços verdes, municípios, entre outras aplicações. Conheça a gama de tratores compactos Iseki, na Moviter ou no concessionário da sua região.
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ESPECIAL // Vamos lá comprar um trator
E NO MERCADO PORTUGUÊS? Junto dos responsáveis das marcas visadas procurámos saber se os resultados deste estudo estão próximos do que se perceciona em Portugal CASE IH
Para Carlos Domingues, diretor de produto na Entreposto Máquinas, “o mercado português acompanha genericamente estes resultados”. Mas ressalva que “o valor de mercado depende sempre do histórico, se disponível, e do aparente estado do trator”. Acrescenta ainda que “existe um outro fator comercial em Portugal, que consiste em valorizar teoricamente uma retoma, obrigando a uma sobrevalorização do trator novo a vender”. DEUTZ-FAHR
“O estudo não se pode extrapolar para o mercado português porque a estrutura do mercado, em termos de potência e quota das marcas, é totalmente distinta”, alerta Arnaldo Caeiro, diretor geral da SDF Portugal. “A desvalorização dos tratores agrícolas, de um modo geral, depende bastante, do número de horas de trabalho e do estado de conservação”, assinalou. JOHN DEERE
Diogo Camarate, diretor comercial da John Deere, refere que o que o estudo apresenta é que “há marcas que têm menor desvalorização por parte do mercado que outras, e isso deverá ser um dos fatores de compra de tratores, visto que poupar hoje pode representar uma maior perda amanhã”. Mas ressalva que “a grande maioria do mercado português não está nessas potências e, a existir um estudo destes, os fatores de análise para a depreciação teriam de ser diferentes”. MASSEY FERGUSON
“Este é um dos factores mais importantes que o cliente deve ter em conta no momento da decisão de compra de um equipamento novo”, diz Pedro Cardador, gestor de marca na Moviter e esclarece que “o mercado nacional regista muitas unidades
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abolsamia outubro / novembro 2019
vendidas abaixo dos 80 cv e com uma média de horas/ano bastante diferente da apresentada”. “O cliente nacional aposta, na maior parte dos casos, em modelos e marcas com apetência a uma maior desvalorização”, observa, acrescentando que “as marcas que apresentam uma maior desvalorização estão associadas a maiores custos de operação e encargos com manutenções preventivas e/ou corretivas”. No que respeita à Massey Ferguson, diz que “é uma das marcas com um dos maiores índices de retenção a nível mundial, o que só se consegue através de uma aposta constante na qualidade do produto e numa rede de distribuição competente”. NEW HOLLAND
“O estudo está feito para a realidade de outro país”, assinala Fernando Garcia, diretor da New Holland Portugal. “Veja-se como exemplo a marca que surge em número um, que é muito relevante para esse mercado, mas que em Portugal é perfeitamente residual. Por outro lado, uma das marcas mais relevantes no mercado português nem surge, seguramente porque em França não tem a mesma importância”, adverte. Conclui assegurando que “em Portugal, os modelos usados da New Holland continuam a ter uma procura e uma valorização muito interessante”. VALTRA
De acordo com João Pimenta, diretor comercial da Valtractor, os usados da Valtra registam uma maior conservação de valor no nosso mercado. “Estou convencido de que se trata de um resultado regional, que pode variar significativamente se o estudo for feito em Portugal ou na Finlândia”, afirma.
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ESPECIAL // Vamos lá comprar um trator
COMO ESCOLHER UM MODELO DENTRO DE UMA SÉRIE? m agricultor ou prestador de serviços decide comprar um trator novo. Por vezes, a marca a escolher pode não estar definida à partida, o que implica que faça uma prospeção de mercado para conhecer a oferta disponível. Mas pode acontecer que a escolha seja óbvia. A existência de um concessionário forte nas proximidades é um dos motivos possíveis. Outro é o facto de já vir a trabalhar com uma marca, de já ter adquirido um conhecimento prático acerca desse fabricante, e estar satisfeito a ponto de não considerar alternativas.
U
Neste cenário, o decisor terá à partida uma ideia acerca do tipo de trator que precisa e acerca do nível de potência que é necessário para as funções a realizar. ESCOLHER A SÉRIE
Mas surge uma outra dúvida. Que série escolher? Quando há séries que se sobrepõem no nível de potência é preciso identificar minuciosamente as características que as diferenciam e confrontar o preço de aquisição com o orçamento disponível. Suponhamos então que duas dúvidas já foram ultrapassadas: que marca escolher e qual a série dentro do portfólio dessa marca.
ESCOLHER DENTRO DE UMA SÉRIE
Mas pode ainda subsistir uma outra dúvida: determinar qual o modelo exato a escolher dentro da série. Há séries com um leque de escolha de três, quatro ou cinco modelos que partilham o motor, a transmissão, a cabine, a lista de opcionais, e cuja estrutura de base é coincidente, com as mesmas dimensões e a mesma distância entre eixos. Então, que modelo escolher dentro de uma série quando o que tende a diferenciar as diferentes opções é essencialmente a potência disponibilizada e o preço?
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10-16 November, 2019
ESPECIAL // Vamos lá comprar um trator
HÁ PADRÕES DE ESCOLHA? O QUE DIZEM AS MARCAS? Considerando as séries onde as características de base são semelhantes, e que se diferenciam, sobretudo, por diferentes níveis de potência do motor, quisemos saber se existe um padrão de escolha a mostrar que os clientes optam mais pelos modelos de entrada, pelos intermédios ou pelos de topo. Procurámos identificar também que fatores influenciam a formação desses padrões DEUTZ-FAHR
CASE IH
Carlos Domingues, da Entreposto Máquinas, começa por indicar que “o preço a pagar pelo trator é diretamente proporcional ao grau de profissionalismo e exigência do cliente”. Adianta que não identifica na Case IH em Portugal um padrão de escolha. “Existem, sim, outros fatores que condicionam a escolha da marca e modelo, nomeadamente o prestígio
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abolsamia outubro / novembro 2019
de determinada marca na área de intervenção, e não menos importante, a imagem e a capacidade de assistência técnica de cada concessionário”. Segundo Carlos Domingues, “em cada região do nosso país existem padrões genéricos de tipologia e especificações concretos, mediante a respetiva finalidade”. Conclui que “o padrão de escolha diverge, motivado principalmente pela ‘regionalização’”.
“Não podemos falar de um padrão de escolha bem definido” relativamente à escolha dentro de uma série, explica Arnaldo Caeiro. Esclarece, no entanto, que “o cliente tenta sempre comprar o modelo com a melhor relação preço/potência”. “Se numa série a diferença de preço entre dois modelos consecutivos for pequena, o cliente compra sempre o trator de maior potência”, justifica. Mas o cálculo a fazer pode ser outro se um modelo mais potente obrigar a alterações no parque de alfaias. A escolha tende a recair no modelo de menor potência “se dentro de uma série, entre dois modelos consecutivos, for necessário alterar o conjunto alfaias que é necessário para trabalhar com o modelo de maior potência”, clarifica. O responsável pela Deutz-Fahr diz que “dentro da mesma marca e da mesma série, o preço é o fator que mais influencia a escolha”, acrescentando que “em explorações empresariais, o consumo horário de combustível também é um fator a considerar”. Mas, “se existir a perspetiva de aumento da área da exploração no médio prazo os clientes optam então por um modelo de maior potência”, conclui.
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ESPECIAL // Vamos lá comprar um trator
JOHN DEERE
“Considero que, em geral, não existe um padrão de compra definido quando se está a falar de modelos dentro da mesma família, com as mesmas características técnicas exceto a potência”, começa por referir Diogo Camarate. “Há quem prefira os modelos de entrada por considerarem que a durabilidade será maior, por os tratores serem desenhados e fabricados para aguentarem cargas de potência muito superiores às que acabam por apresentar os motores que se montam”. “Mas também há quem prefira os modelos de maior potência, procurando ter um menor peso por cv”, o que, adianta, é “comum para quem faz muito transporte”. No sentido oposto, um modelo de maior potência pode dar
resposta “ao crescimento futuro da atividade”, quando se perspetiva esse passo. Diogo Camarate realça ainda que “é comum existirem modelos em promoção, o que para muitos clientes justifica a adaptação na escolha do modelo”. Além disso, a disponibilidade também conta. Devido à dimensão do mercado, “não é comum haver muitas opções para entrega imediata”. O responsável da John Deere considera ainda que é importante o
cliente entender “os diferentes tipos de potência”. Aponta como exemplo os tratores pomareiros John Deere 5GF/N/V. “Um cliente que necessite de um trator de 100 cv provavelmente poderá optar por um modelo de 90 cv de potência nominal + 10 cv com gestão de potência, sendo que entre 85 a 90% do trabalho realizado por este tipo de trator é com a TDF ou em transporte. Assim, teria um trator de 100 cv em 85-90% do tempo de trabalho e de 90 cv de potência nominal para os restantes trabalhos”, finaliza.
Há quem prefira os modelos de entrada de gama por considerar que a durabilidade do trator será maior
KIOTI
LANDINI
Relativamente à Kioti, José Desterro, diretor de negócios da Ascendum, afirma que a gama se reparte mais por escalões de potência do que propriamente por modelos dentro de um série. Nestas circunstâncias, “o cliente da marca valoriza o fator preço, uma boa avaliação da retoma e uma assistência próxima da sua localização”, observa.
Mauro Fonseca, inspetor de vendas da Sagar, refere que “normalmente a opção é para os modelos intermédios das séries de tratores convencionais abaixo dos 90 cv”. Já quando falamos de tratores de potência superior, “o padrão diverge em função do tipo de necessidades” a que o cliente procura dar resposta. Confirma que relativamente à Landini “o preço tem um papel fundamental na aquisição do trator”. Mas acrescenta que, “atualmente, os clientes já começam a dar muita importância às características, bem como à assistência pós-venda”.
MASSEY FERGUSON
Pedro Cardador refere que “o cliente quer uma solução ajustada às suas necessidades, mesmo que isto signifique um diferencial importante no preço a pagar”. Na prática, a escolha é feita por etapas. “Com mais ou menos tecnologia, o cliente começa por definir a potência de que necessita. Depois, pode optar por vários níveis de conforto em operação,
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por diferentes tipos de transmissões, pela capacidade hidráulica e pela tecnologia, como é o caso dos sistemas de autocondução, de agricultura de precisão e de telemetria”, esclarece. Concretamente quando as séries partilham motores e transmissões, “a escolha de uma potência inferior está habitualmente associada a um menor custo de aquisição”, conclui.
abolsamia outubro / novembro 2019
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ESPECIAL // Vamos lá comprar um trator
MCCORMICK Miguel Vieira, gerente no Grupo Auto-Industrial e responsável pela TractorLuso, refere que não existe um padrão definido na McCormick. Mas revela que “os clientes preferem a potência mais alta, partindo do pressuposto que a diferença de preço entre a potência intermédia e a mais alta não é substancial”. Nos segmentos de potência mais baixos “o preço é um fator de decisão”. Mas, nos utilitários entre os 90 e os 120
NEW HOLLAND
Na New Holland são “quase sempre os topos dentro da gama” os mais escolhidos pelos clientes, diz o diretor da New Holland Portugal, e isso acontece porque “habitualmente têm melhor relação preço/potência/ desempenho”. Mas há uma exceção. “Esse padrão mantém-se inalterado em todas as gamas exceto nos compactos de 20 a 35 cv”, explica. Para Fernando Garcia, a escolha de modelos de menor potência dentro das séries está associada à política de atribuição de subsídios: “A única explicação é o projeto agrícola não permitir a aquisição de maior potência. As regras dos subsídios podem estar a contribuir para a aquisição de tratores de menor
SOLIS
Relativamente à gama da Solis, Susana Vieira, diretora de marketing da Agricortes, esclarece que dentro de uma série “não compensa escolher os modelos de mais baixa potência”. “O
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abolsamia outubro / novembro 2019
cv, “o compromisso preço/potência começa a ser tido em conta”. E assume ainda maior peso nos modelos acima de 150 cv. “Os modelos de entrada só são escolhidos quando a relação preço/ potência é mesmo muito boa”, resume. Miguel Vieira alertou ainda para a importância de as equipas comerciais conseguirem “afunilar as necessidades reais dos clientes, para nos fixarmos na gama de potência correta”, o que passa por, junto com o cliente, serem capazes de perspetivar a médio/longo prazo.
Nos segmentos entre os 90 e os 120 cv, “o compromisso preço/ potência começa a ser tido em conta
potência do que os clientes realmente desejariam”, afirma. Em relação aos modelos de maior potência, salienta que “muitas vezes nem sequer o consumo é superior, pois o trator tem mais potência disponível para a mesma alfaia/máquina/ tarefa”. “Se analisarmos os consumos pelo trabalho realizado (litros/ hectare), então os topos têm muito menor consumo, pois têm bastante mais hectares realizados no mesmo período”, esclarece. Segundo o responsável da marca, há mais fatores a influenciarem a compra, entre os quais as perspetivas de aumento de área, a idade que têm o comprador e o operador, e se tem sucessores que assegurem a continuidade da atividade.
padrão de escolha vai para os modelos intermédios e, caso sejam necessários implementos exigentes, para os modelos de topo”, acrescenta. De resto, contraria a ideia de que o preço só por si seja o fator determinante de
escolha do cliente. “Com profissionais, o que influencia é o custo-benefício, como sempre”, avança. E conclui que a adaptação à cultura e ao serviço prestado são fatores tidos em conta por quem adquire o produto.
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ESPECIAL // Vamos lá comprar um trator
VALTRA
Na Valtra não existe um padrão de escolha identificável. “A opção de modelo dentro de uma série, apenas pelo nível de potência, não apresenta padrão algum, existindo abundantes exemplos de escolha por modelos de entrada, intermédios ou de topo, por motivos diversos”, referiu João Pimenta. Ainda assim, cada segmento tem as suas particularidades. Nos convencionais abaixo de 90 cv, varia em função da zona do país. “Em Bragança, compram-se Valtra A73 Orchard para trabalho de trator convencional”, exemplifica. Entre os 90 e os 120 cv, “já se nota uma tendência para escolher modelos intermédios”, o mesmo acontecendo nos modelos N de 4 cilindros até 200 cv de potência e nos modelos da série T4. Já no que respeita à série maior da Valtra, o S4, “a tendência vai para o topo de gama”. Nos tratores abaixo de 120 cv, os condicionalismos de aprovação dos projetos ou a taxa de esforço mensal para pagamento do financiamento são também referidos por João Pimenta como fatores que influenciam a escolha que o cliente faz. Acima dos 140 cv, alguns clientes tendem a optar por modelos mais baixos da série T por preferirem motores de 6 cilindros, mas, como explica João Pimenta, “em caso de condicionalismos dimensionais pode ser preferido um 4 cilindros, como por exemplo para trabalho profissional de alto desempenho com carregador frontal”. A curta diferenciação de preço dos modelos de entrada, comparativamente com os restantes, é um dos motivos que por vezes afasta os
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abolsamia outubro / novembro 2019
A oportunidade de negócio também entra no cálculo dos clientes quando existem campanhas para modelos específicos
clientes de os adquirir. No segmento de 6 cilindros acima dos 200 cv, “a escolha é normalmente fundamentada em requisitos da função”. Em jeito de síntese, o responsável pela Valtra alerta que, para além da potência, há outras características a ter em conta perante diferentes modelos dentro da mesma série. Uma delas é a capacidade de carga admissível, considerando o trator lastrado ao máximo e engatado na alfaia mais pesada a utilizar. Outra é “a capacidade de carga por eixo” porque nem sempre na mesma série esta é semelhante. Como exemplo, refere que “no
trabalho com carregador frontal com manipulação de cargas pesadas, é crítica a capacidade de carga do eixo dianteiro”. Acrescenta que “o mesmo se pode dizer para o eixo traseiro na utilização de alfaias suspendidas traseiras, exemplo de gruas montadas no trator ou utilização de alfaias pesadas e com centro de massa afastado do eixo traseiro, que exigem lastro suplementar à frente e colocam carga adicional nos eixos”. Por fim, João Pimenta menciona a “oportunidade de negócio” como algo que entra no cálculo dos clientes quando existem campanhas para modelos específicos.
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CONQUISTA MEDALHA DE OURO DA AGRITECHNICA
A
única medalha de ouro dos
de 20 anos. Até agora, geradores
conjunto com a Joskin, onde dois
prémios da Agritechnica 2019 foi
adicionais para acionamentos elétricos
eixos do espalhador são acionados
concedida pelo júri da entidade
com maior necessidade de energia
eletricamente.
organizadora, a Sociedade Agrícola
foram instalados em tratores (ventilador,
No lado do trator, essa integração
Alemã (DLG), à transmissão eAutoPower,
compressor de ar comprimido/ar
elétrica resulta em maior eficiência
a primeira caixa de velocidades de
condicionado, etc.) ou em implementos.
da caixa de velocidades e custos de
comando eletromecânico aplicada em
A caixa de velocidades eAutoPower
manutenção reduzidos. Além disso,
tecnologia agrícola, que resultou de
representa a primeira caixa de
os fluxos excedentes de energia que
desenvolvimento conjunto entre a John
engrenagens eletromecânicas de
ocorrem em determinados pontos
Deere e a Joskin.
energia dividida em tecnologia
operacionais podem ser “aproveitados”
O painel de especialistas que distingue
agrícola. Tecnicamente, a unidade
ao utilizar energia elétrica para
as ideias mais inovadoras no setor
hidráulica (bomba/motor) é
componentes elétricos externos, o que
agrícola atribuiu também 39 medalhas
completamente dispensada, e em
melhora ainda mais a eficiência geral.
de prata entre 291 candidaturas
vez disso dois motores elétricos
submetidas a escrutínio.
são usados como um atuador
Aquela transmissão elétrica –
continuamente variável.
eAutoPower – foi desenhada para os
Os motores elétricos foram
novos tratores grandes da série 8R
especificados para que não apenas
da John Deere, que dispensarão a
energizem o inversor, mas para que
unidade hidráulica (bomba/motor) para
também forneçam até 100 kW de
utilizarem motores elétricos como um
energia elétrica para consumo externo.
atuador de variação contínua.
A possível eletrificação resultante do
As transmissões contínuas com uma
implemento do trator é demonstrada
divisão hidrostática-mecânica são
com uma solução de sistema para
usadas em tratores agrícolas há mais
espalhar estrume desenvolvida em
MEDALHAS
DE
PRATA
» ELETRÓNICA E APPS AGRÍCOLAS NEVONEX (Bosch/Topcon Agriculture/Rauch/ZG/BASF/Lemken/ Pessl/Amazone/Syngenta) Sistema de visão noturna RSM (Rostselmash) Orientação para veículos e implementos na viticultura (Fendt/Braun)
» EQUIPAMENTOS PARA COLHEITA IdealDrive (Fendt) 3D Varioflex (Biso) APS Synflow Walker (Claas) CEMOS Auto Chopping (Claas) CEMOS AUTO Performance (Claas) SmartCut (Schumacher) Horizon Star III Razor Maize Picker (Gehringhoff) Monitor R-Connect (Ropa/SmartView/Grimme) Ventum (Hortech) Pacote de eficiência para ceifeiras-debulhadoras (John Deere) Controlador proativo de produtividade (John Deere) Sistema de debulha CX (CNHi) Esmagador de batatas (Ropa)
CONFORTO RENTABILIDADE EFICIÊNCIA MANITOU
» EQUIPAMENTOS FORRAGEIROS Amortecimento de vibrações para enfardadeiras (John Deere) Braço de alcance longo Scorpion (GreenTec)
NOVAS
ESM system biduxX (ESM) Removedor automático de fio em prensas estacionárias (Krone)
MLT
EasyCut F 400 CV Fold (Krone)
SHARE
Linha de transmissão inovadora para enfardadeiras HD (CNHi)
THE VI
SION
Sistema de controle de prensas para o trator T7 (CNHi)
» EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO DE CULTURAS Dino - robô e controlador de precisão de ervas daninhas (Naïo) AmaSelect Row (Amazone) ModulaJet (Forigo Roter Itália) VarioCHOP (Samo)
» EQUIPAMENTOS DE SEMENTEIRA Sistema de Profundidade Inteligente (Precision Planting) Sistema WideLining (Väderstad)
» EQUIPAMENTOS DE FERTILIZAÇÃO DE PRECISÃO EasyMix (Amazone) Sistema doseador MultiRate (Rauch) Sistema de Controlo HillControl para solos em declive (Rauch) NPK-Sensor (Samson)
» EQUIPAMENTOS FLORESTAIS Tela de proteção para tratores florestais de rastos (Pfanzelt) Equipamentos de transporte Cintagem automática de fardos (Hornung)
» EQUIPAMENTOS ISOBUS Isomax (CNHi/OSB/Fliegl/Competence Center (ISOBUS) Ligação iQblue (Lemken)
» PNEUS 398 MPT HIGH SPEED FLOTATION TRUCK TIRE (ALLIANCE) WWW.AGRITECHNICA.COM
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PRODUTO // Dias de campo
11 STEYR 2019
TRATORES NOS DIAS DE CAMPO
Uma casa agrícola tipicamente austríaca, 11 tratores Steyr de diferentes séries, a equipa de especialistas de produto da marca e jornalistas de vários pontos da Europa. Assim se deu forma aos Dias de Campo da Steyr, que tiveram lugar em julho na região da Alta Áustria P O R J OÃO S O B R A L
L 62
inz, a terceira maior cidade da Áustria, fica perto de Sankt Valentin, a sede histórica da Steyr, e está rodeada de campos agrícolas. Foi numa exploração desta região, onde se produz milho para semente e também chá, que
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se realizaram os Steyr Field Days 2019. Um aperitivo para o regresso da marca a terras ibéricas. Com tempo suficiente para desfrutarmos de cada um dos 11 tratores (das séries Multi (99 a 117 cv), Expert (100 a 130 cv), Profi (116 a 145cv), CVT (150 a 270 cv) e Terrus
(250 a 300 cv) e das respetivas funcionalidades demonstradas na prática, conduzimos por caminhos rurais com reboques e cisternas, movimentámos estilha e fardos retangulares com carregador e fizemos uso de alfaias de preparação de solo.
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PRODUTO // Dias de campo
STEYR EXPERT CVT ENTRAM EM CENA Os novos Steyr Expert CVT foram disponibilizados pela primeira vez para experimentação. Tivemos oportunidade de os operar em transporte, trabalho de solo e com carregador frontal
O
s Expert tinham sido anunciados na primavera, mas só agora foram apresentados nos Dias de Campo da Steyr como produto acabado e disponíveis para serem conduzidos. É fácil de resumir o lugar destes tratores na gama da marca: são mais pequenos do que os Profi e são mais tecnológicos do que os Multi. No fundo, são uma espécie de hibridização destas duas sérias. Os quatro modelos (4100, 4110, 4120 e 4130 Expert) são propulsionados pelo motor FPT de 4 cilindros, com 4,5 litros, que também equipa os Profi. Este motor cumpre a Fase V e conta com sistema de pós-tratamento HIeSCR2 que dispensa regeneração. Cobrem uma faixa de potência nominal que vai dos 100 aos 130 cv e, para cada modelo, a potência máxima é de +10 cv.
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Os principais trunfos trazidos por esta série ao segmento imediatamente acima dos 100 cv são um posto de condução mais profissional, uma caixa de variação contínua (CVT) e um pack de tecnologia mais completo. O cliente pode optar por uma cabine standard ou por uma versão de baixo perfil. Ambas contam com limpa párabrisas de 235° de amplitude e caixa de refrigeração. No que respeita à driveline, graças à tecnologia de dupla embraiagem, a transição entre as duas gamas mecânicas da transmissão faz-se com o trator em andamento. Os eixos são os mesmos utilizados na série Multi. O trator pode ser configurado com monitor tátil S-Tech 700, condução automática S-Guide, telemetria S-Fleet, gestão de cabeceiras S-Turn II e Isobus de classe III. Em termos de comandos, a Steyr disponibiliza dois níveis de especificações para apoio de braço e respetivo joystick multifunções. Entre os opcionais estão a suspensão no eixo dianteiro e na cabine.
APRECIAÇÃO Entramos, afinamos o banco e o volante e ambientamo-nos aos comandos. A seguir, a sensação é de estarmos num trator curto de frente e com capot muito inclinado, mais do que aparenta a partir do exterior, isto devido ao desimpedido campo de visão que proporciona a muito curta distância. Em estrada, a suavidade transmitida não é igual à das séries superiores, notando-se que é relativamente leve, e a velocidade máxima está limitada a 43 km/h. Onde o Expert mais revelou o seu potencial foi em campo, por comportar os mesmos automatismos dos irmãos maiores, e por ser mais ágil nas viragens. E também com carregador frontal, uma tarefa que lhe assenta que nem uma luva, sendo todo o funcionamento muito intuitivo e de imediata adaptação para o operador.
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PRODUTO // Dias de campo
4145 PROFI COM TRANSMISSÃO S-CONTROL 8 A transmissão apresenta um escalonamento de 4 relações repartidas por três gamas
A Steyr completou a renovação da linha Profi com o lançamento da transmissão S-Control 8 aplicada a um modelo de 6 cilindros
O
4145 Profi é propulsionado por um motor FPT de 6 cilindros, com 6,7 litros de capacidade. Debita uma potência nominal de 145 cv e uma potência máxima com boost de 175 cv.
APRECIAÇÃO Ao volante do Steyr 4145 Profi, com reboque ou com alfaias combinadas engatadas em ambos os elevadores hidráulicos, a sensação que temos é de
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Com 8 relações distribuídas por três grupos, a S-Control 8 é uma caixa powershift que totaliza 24 relações. Apresenta uma generosa sobreposição dos grupos, o que minimiza a transição entre grupos no decorrer do trabalho. Por exemplo, o grupo B cobre uma utilização entre os 4,3 e os 18,1 km/h sem quaisquer interrupções. Sobretudo para transporte e trabalho com carregador frontal, a funcionalidade S-Stop II ativa a
estabilidade. Apesar disso, não deixa de estar à vontade nos trabalhos com carregador, ficando apenas a perder para os modelos de gama mais baixa devido às suas dimensões, quando é preciso entrar em espaços
embraiagem através do travão. Ao aliviar-se o pedal de travão, o trator retoma a marcha. A merecer destaque está também a funcionalidade kickdown. Quando é necessária mais potência de forma rápida, por exemplo ao entrar numa subida, o operador pressiona a fundo o pedal de acelerador e a transmissão vai buscar a relação mais adequada. Neste trator, o eixo dianteiro inclui suspensão, e é possível ajustar o número de voltas do volante que são necessárias para virar as rodas de um extremo ao outro. As tecnologias para agricultura de precisão, como condução automática, gestão de cabeceiras ou ISOBUS III, estão também disponíveis.
Quando é necessária mais potência, o operador pressiona a fundo o pedal do acelerador (kickdown) e a transmissão vai buscar a relação mais adequada
mais confinados. A S-Control 8 inclui algumas configurações interessantes, como fixar uma relação para avançar, ou outra diferente para recuar, e assume-se como uma opção mais económica do que as caixas CVT.
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S-BRAKE GARANTE DESACELERAÇÃO ESTÁVEL É um sistema patenteado para equipamentos rebocados que visa tornar mais seguras as desacelerações bruscas, evitando o deslizamento e o efeito tesoura
Q
uando o trator se desloca engatado num reboque ou cisterna com carga, ou até mesmo numa enfardadeira, se o operador reduzir a velocidade repentinamente, ao aliviar o pé do pedal ou através do joystick multi-controller, pode acontecer que o equipamento rebocado empurre o trator, causando um efeito de deslizamento. A tempestade perfeita acontece quando se leva muita carga, em descida e com piso escorregadio. O S-Brake não foi desenvolvido para substituir o sistema de travagem. Mas vem garantir que a travagem do reboque é ativada mesmo nas situações em que o operador não recorre ao travão para
reduzir a velocidade. O sistema analisa instantaneamente os dados do motor e o binário a que está sujeito um sensor de roda livre instalado na transmissão. Se o trator estiver a ser empurrado, calcula a força de travagem necessária para desacelerar o conjunto de forma estável. Caso pretenda, o operador pode desativar o sistema. No entanto, por uma questão de segurança, a velocidades acima de 35 km/h ele será sempre automaticamente ativado. O S-Brake está disponível nas séries Profi CVT, CVT e Terrus CVT, mas a marca comunica que irá alargar esta funcionalidade a outros modelos.
APRECIAÇÃO Durante as experiências de condução experimentámos o S-Brake e verificámos que tem um efeito prático muito notado. Ao fazermos uma desaceleração repentina sem recorrer ao travão apercebemo-nos perfeitamente da força de travagem que é aplicada pelo reboque, o que contribui para suster o conjunto, mantendo inalterada a trajetória.
SÉRIE MULTI TAMBÉM EM CAMPO Sem novidades a serem apresentadas nesta fase, a série Multi esteve em demonstração na parcela onde se fez preparação de solo e com carregador frontal.
PARCERIA COM A FARMING AGRÍCOLA A Steyr está representada em
de várias marcas de alfaias
fase, a Farming Agrícola está
18 países. Mas os planos da
e pretendia acrescentar os
a construir a sua rede de
empresa passam por cobrir a
tratores ao seu portfólio. Através
distribuição. Assim que esteja
maioria do território europeu até
da Farming Agrícola, a Steyr
finalizado o processo, iniciará a
2024. É neste contexto que surge
regressará a Portugal e a
comercialização.
a recente parceria com a Farming
Espanha, duas décadas depois
Agrícola, uma firma espanhola
de ter encerrado as operações
http://farmingagricola.com/
que já detinha a representação
nestes dois mercados. Nesta
http://www.steyr-traktoren.com
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PRODUTO // em foco
FENDT
A s é r i e 9 0 0 Va r i o é c o n s t i t u í d a po r ci nco mod e l os , co m potência s e n t r e o s 2 96 e o s 41 5 c v
FENDT DESVENDA GAMA DE 2020
A MARCA ALEMÃ CONVOCOU OS MEDIA PARA UMA ANTEVISÃO DOS LANÇAMENTOS QUE FARÁ NA AGRITECHNICA, EM HANNOVER. O LOTE DE NOVIDADES DESVENDADO EM MARKTOBERDORF ENVOLVE SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS DE PONTA QUE CHEGARÃO AO MERCADO NOS PRÓXIMOS MESES P O R J OÃO S O B R A L
“P
ara nós, a Agritechnica começa agora”. Foi assim que os responsáveis da Fendt deram início a uma apresentação internacional onde a revista abolsamia e os principais media europeus do setor estiveram presentes. Na sua sede, em Marktoberdorf, a marca alemã mostrou que está a apostar forte no domínio da digitalização. Peter-Josef Paffen, vice-presidente e chairman da Fendt, disse que “para lá do hardware, há muito por onde evoluir”, com várias novas soluções a espelharem esta realidade. A par da digitalização, é evidente a
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estratégia da Fendt em continuar num elevado patamar de referência e em assumir-se cada vez mais como um fabricante full-liner.
NOVA GERAÇÃO 900 VARIO AO ESTILO DO 1000 Os 900 Vario entram numa nova geração em que quase tudo muda. A série é constituída por 5 modelos, cobrindo um segmento de potência entre os 296 e os 415 cv. A nível estético assume o estilo do 1000 Vario, diferenciando-se só pelo tamanho. Na propulsão, o motor Deutz dá lugar a
um bloco MAN de 6 cilindros e 9 litros de capacidade que se baseia num conceito de baixo regime. O funcionamento ao ralenti é feito a apenas 650 rpm, os 40 km/h são atingidos às 950 rpm, os 50 km/h às 1200 rpm e os 60 km/h às 1450 rpm. A transmissão é VarioDrive, um conceito estreado no 1000 que gere de forma automática a transferência de potência entre os eixos dianteiro e traseiro. O pack de equipamento inclui diversas ferramentas de conectividade para agricultura de precisão, com destaque para o serviço SmartConnect, que permite ligar um iPad ao terminal do trator para
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PRODUTO // em foco
expandir a área de visualização. A marca disponibiliza ainda um sistema de infoentretenimento, um sistema de mãos livres para telefonar durante o trabalho, e chave contra roubo. A mesma chave que dá acesso à ignição também fecha as portas da cabine, o capot e o depósito do combustível, dando acesso apenas ao trator para o qual está codificada. O 900 Vario já pode ser encomendado pelos clientes da marca, devendo as primeiras entregas ser feitas no início de 2020.
314 VARIO NO TOPO DA SÉRIE A série 300 Vario ganha um novo modelo de topo. De um ponto de vista estético as diferenças não são substanciais, sobressaindo o conjunto ótico frontal como o elemento mais distintivo. Mas, para lá da aparência, há novidades importantes, como o boost de potência DP (DynamicPerformance) e o posto de condução baseado no conceito FendtOne. De origem Agco Power, o bloco de 4 cilindros e 4,4 litros cumpre a Fase V e
alcança os 142 cv de potência máxima sem boost. Mas graças ao novo conceito de gestão de potência DP, este modelo alcança os 152 cv. A potência adicional de 10 cv pode ser utilizada em campo, estrada ou mesmo nas tarefas estacionárias de TDF, ao trabalhar por exemplo com cisternas de chorume ou reboques misturadores unifeed. O sistema deteta quais os componentes do trator que necessitam de potência e é para lá que canaliza um boost, não ficando este limitado a funções específicas. Na versão de equipamento Profi+, o 314 Vario é configurado com o ambiente de trabalho FendtONE, semelhante ao que encontraremos nos 700 Vario. Neste trator, o eixo dianteiro com suspensão faz parte do equipamento de base. A ser apresentado na Agritechnica, o 314 Vario ficará disponível para encomenda a partir de novembro.
700 VARIO RECEBE ATUALIZAÇÕES Até os produtos que são um exemplo de sucesso vão tendo necessidade de atualizações. É o caso da série 700
No posto de condução Fendt ONE existem 3 áreas de exibição para obter uma melhor visão geral da variedade de funções
Vario, a campeã de vendas da Fendt. Na passagem ao nível de emissões Fase V, a alteração de maior impacto é a estreia do posto de condução FendtOne. Estará disponível na variante com nível mais alto de equipamento e visa uma simbiose entre o software que operador tem ao seu dispor na cabine e o software que tem ao seu dispor no escritório da exploração ou em casa. Entre os aperfeiçoamentos está ainda a conexão ISOBUS para o elevador dianteiro, o maior número de larguras de via disponíveis, e um acoplador múltiplo para a terceira válvula do carregador frontal.
FILOSOFIA DE OPERAÇÃO FENDTONE A Fendt revolucionou o posto de condução das séries 300 e 700, com as maiores alterações a surgirem ao nível dos principais comandos e monitores. O joystick multifuncional para controlo da transmissão e funções hidráulicas é completamente novo, assim como os botões que o rodeiam. O operador pode ainda beneficiar de três zonas de monitorização: um mostrador digital
P a r a a l é m d a a p a r ê n c i a , o 31 4 Va r i o g a n h a u m b o o s t d e p o t ê n c i a e u m posto d e co nd u çã o Fend tO ne
O Ka t a n a t r a n s f e r e b i n á r i o e n t r e os eixos pa ra t ra ba l ha r em seg u ra nça em terrenos i ncl i na d os
A Sq uad ra docu menta dados re l a t ivos a ca d a fa rd o
A Ideal 10 é um manancial de tecnologia,
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PRODUTO // em foco
ENFARDADEIRA SQUADRA PÕE UM CHIP EM CADA FARDO
O sistema Intelligent Hay permite, pela primeira vez, documentar dados específicos de enfardamento relativos à qualidade de cada fardo quadrado feito por enfardadeiras Fendt Squadra. Durante o processamento do fardo, é incluido no cordel um chip que armazena informações indivuduais acerca desse fardo: posição GPS, dimensões, teor de humidade. A cada fardo é atribuído um número de referência, podendo os dados ser armazenados em nuvem. A visualização da informação é possível também num dispositivo móvel ou PC através da app BaleLink A Fendt comunica que este chip garante maior transparência na comercialização da forragem, já que a cada fardo está associada informação individual sobre a sua origem e conteúdo.
de 9” na coluna de direção, um terminal principal de 12” no apoio de braço (pode ser dividido em 6 zonas) e, em opção, um terminal suplementar de 12” posicionado junto ao teto. Mas o conceito FendtOne vai muito para além desta vertente física, pois tem por base a ligação do ambiente on-board (no trator) ao ambiente off-board (fora do trator). Na prática, passa a estar disponível uma plataforma externa na qual é possível fazer o planeamento e controlo de tarefas, sendo os dados depois transferidos para o trator. O cliente pode ainda optar por um pack opcional de infoentretenimento que inclui colunas com subwoofers e sistema de mãos livres com 8 microfones incorporados no teto.
PILOTAGEM AUTÓNOMA DO TRATOR E DAS ALFAIAS EM VINHAS Especificamente para o controlo de infestantes em vinhas, a Fendt e a Braun apresentam um sistema que assume o controlo do trator e das alfaias em linhas de vinha.
A busca de alternativas à utilização de herbicidas tem determinado o aparecimento de avanços na monda mecânica. Um vivo exemplo é este inovador sistema desenvolvido conjuntamente pela Fendt e pela Braun. Tendo em conta que o trabalho com alfaias combinadas (em posição traseira e em posição ventral de ambos os lados) ao longo de filas estreitas é muito exigente para o operador, as duas marcas desenvolveram um sistema de controlo do trator e da alfaia que se aplica aos 200 Vario nas diferentes versões, V, F e P. O Braun VPA (Assistente de Condução para Vinhas) vem possibilitar o uso de combinações complexas de alfaias, sem que o operador tenha de as controlar. O sistema assume o controlo da direção do trator e aplica continuamente às alfaias os ajustes necessários (regulação em altura e largura), consoante o ambiente de trabalho que vai encontrando pela frente, ao avançar pelas linhas. A intervenção do operador apenas é necessária para fazer a manobra de
O Ass istente d e Co nd u çã o pa ra Vi n ha s poss i bi l i ta co m bi na ções co m p l exa s d e a l fa ia s
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PRODUTO // em foco
O FendtOne liga o ambiente no trator ao ambiente no exterior e será possível planear e controlar tarefas que serão depois transferidas para o trator
viragem na cabeceira. Para além de contribuir para uma menor fadiga do operador, este sistema permite duplicar a velocidade de trabalho, que pode ir até cerca dos 8 km/h.
CEIFEIRA IDEAL 10 SEM VOLANTE As ceifeiras debulhadoras Fendt Ideal foram apresentadas na Agritechnica 2017 nas variantes 7, 8 e 9. Mas está a caminho a Ideal 10 (ver mais noticiário na secção “Produto/notícias”), que será o modelo de topo da série. Destinada a grandes extensões, a performance de trabalho anunciada é 10% superior à alcançada pela Ideal 9. Equipa com motor MAN de 16,2 litros, capaz de fornecer 790 cv de potência máxima, e a frente de corte é a condizer, podendo ir até aos 15 m de largura. Uma total surpresa é a tecnologia IdealDrive. A coluna de direção e o volante desaparecem, sendo a máquina conduzida através de um joystick posicionado num apoio talhado para o braço esquerdo do operador. A Ideal 10 pode ser encomendada a partir de Julho de 2020, devendo chegar aos clientes a tempo da campanha de 2021.
FENDT KATANA 650 COM MELHORIAS O motor Mercedes (Fase V) de 6 cilindros debita agora mais 25 cv, alcançando os 650 cv de potência. O sistema picador foi otimizado e integra novos rolos condicionadores. Na prática, a marca anuncia que o fluxo de entrada de forragem foi melhorado em 21% e que o consumo de combustível decresceu 12%. Este modelo passa a incluir o sistema de tração BalancedGrip. Ao transferir binário entre ambos os eixos, confere maior segurança ao trabalhar em terrenos inclinados.
OUTROS DESENVOLVIMENTOS A gama de alfaias forrageiras recebeu também aperfeiçoamentos, com destaque para a gadanheira frontal Slicer FQ capaz de fazer uma deslocação lateral de +/- 20 cm. Na proteção de culturas, os pulverizadores automotrizes recebem o modelo de topo Rogator 665, com 307 cv de potência máxima, e o pulverizador rebocado Rogator 300 passa a comportar uma barra maior, capaz de abarcar uma largura de trabalho de 36 metros.
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LANDINI REX 4 design. conforto. produtividade A série REX 4 é formada por cinco diferentes modelos, com potência máxima compreendida entre os 76 e os 112 cv. A versão 120 GT, esta com maior largura de via, concebido para pomares de linhas largas, esteve entre os finalistas do prémio “Tractor of the Year 2019”, na categoria de Melhor Utilitário. As versões F, GE e V, com vias mais estreitas, são as adequadas para a maioria dos pomares e vinhas. O bloco propulsor é um Deutz de 4 cilindros, com 2,9 litros de capacidade e cumpre a norma de emissões Fase IIIB/Tier 4i, através de uma combinação EGR+DOC. São várias as opções de transmissão, desde a caixa sincronizada 12/12, com inversor mecânico, à mais completa, uma 48/16 com três níveis de powershift e inversor eletrohidráulico. A nível hidráulico, a capacidade de elevação traseira atinge os 3400 kg, enquanto a elevação frontal tem capacidade para 1400 kg.
Forte, Lda. Est. da Circunvalação, 2794-065 Carnaxide Tel. 210 009 752 | Assist. Técnica 210 009 775 Fax. 214 187 542 www.agriculturaemaquinas.com
Lagoa da Amentela, EN 118, km 38,6 2130-073 Benavente Peças e Assist. Técnica: Tel. 263 519 800 Fax. 263 519 810
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PRODUTO // Teste em campo
CASE IH 380 CVXDRIVE
MAIS TECNOLÓGICO E INTUITIVO A nova linha estética desperta a atenção, mas é no habitáculo e nas soluções de conetividade que encontramos as evoluções mais relevantes. A instrumentação e os comandos foram repensados e a transferência de dados entre o trator e a exploração abrange um leque mais alargado de possibilidades P O R J OÃO S O B RA L
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PRODUTO // Teste em campo
O Magnum 380 CVX Drive está destinado a culturas extensíveis
O posto de condução foi repensado e estreia nova instrumentação e novos comandos
O
Magnum 380 CVXDrive é candidato a Trator do Ano na categoria principal, reservada aos modelos para Campo Aberto. Na qualidade de membros do júri deste prémio internacional, fomos experimentar este trator para o conhecermos em detalhe. Foi-nos disponibilizado pela Case IH em versão Rowtrac, engatado num semeador pneumático Horsch Pronto 9NT. A propriedade que acolheu esta sessão de teste situa-se na Áustria, nos arredores de Wilfersdorf. Pertence ao Principado do Liechtenstein e tem mais de 3000 ha onde maioritariamente se fazem culturas extensivas, o tipo de finalidade a que o Magnum está destinado. SÉRIE MAGNUM COM 5 MODELOS
Os convencionais de maior porte da Case IH são fabricados nos Estados Unidos e cobrem uma faixa de potência entre os 351 e os 435 cv. São duas as configurações de transmissão disponíveis: PowerDrive (powershift) ou CVXDrive (variação contínua). No topo da séria é agora acrescentado um quinto modelo, o Magnum 400, com transmissão PowerDrive 21/5. Para
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além das versões convencionais, de quatro rodas, a Case IH disponibiliza os Magnum com rastros traseiros Rowtrac. MOTOR FPT CURSOR 9
A retocada estética do capot encobre um bloco de 6 cilindros com 8,7 litros de capacidade. Sendo comum a todos os modelos da série, o Magnum 380 CVXDrive está programado, concretamente, para alcançar os 379 cv de potência nominal e os 435 cv de potência máxima com boost. Recorre à tecnologia patenteada Hi-eSCR2 para cumprir a Fase V de emissões. TRANSMISSÃO CVXDRIVE
A transmissão de variação contínua do Magnum assume a designação CVXDrive. Permite alcançar os 40 km/h às 1050 rpm e os 50 km/h às 1350 rpm. Possui regulação de agressividade e passa a ser comandada através de um joystick totalmente redesenhado, no qual a personalização de parâmetros é extensa. Por exemplo, as funções do rádio ou da iluminação, que estão no teto da cabine, e logo menos à mão, podem ser ‘puxadas’ para o joystick. DIREÇÃO ADAPTATIVA
À semelhança do que a marca já disponibiliza em séries mais baixas, o rácio da direção passa a ser ajustável.
Joystick multifuncional com novo formato e botões programáveis
O operador pode definir se pretende um maior ou menor número de voltas do volante para completar o curso completo de viragem da direção. Outra funcionalidade estreada no Magnum é a travagem automática de uma roda traseira nas viragens de cabeceira, para encurtar o espaço de manobra. HIDRÁULICO A versão standard vem com bomba hidráulica de 166 l/min, mas existem mais duas opções: 221 ou 282 l/min. No novo apoio de braço, aos distribuidores hidráulicos podem ser atribuídas cores que se iluminam no rebordo das respetivas teclas de comando. E, em opção, o trator pode ser configurado com um joystick hidráulico que comporta um número impressionante de 22 diferentes funções. CABINE E MULTICONTROLLER
A porta abre-se através de um comando, semelhante ao dos automóveis. Este comando inclui código antirroubo e tem de estar na cabine. Se apenas a chave estiver presente, sem o comando, o trator não arrancará. É no posto de condução que encontramos a face mais visível
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PRODUTO // Teste em campo
Display a cores posicionado no pilar A da cabine
CONETIVIDADE
O mostrador na cabine tem aspeto mais contemporâneo e proporciona consulta mais confortável
das atualizações feitas no Magnum. O habitáculo ostenta um bege mais claro, existem novos espaços de arrumação, tomadas para ligação de dispositivos móveis, e um apoio de braço Multicontroller a estrear, com teclas programáveis e retroiluminação para trabalho noturno. A coluna de direção mantém-se espartana, uma herança das gerações anteriores. A instrumentação repartese pelo monitor principal AFS Pro 1200 e por um novo display no pilar A da cabine. Este mostrador tem aspeto mais contemporâneo, semelhante a um tablet, e proporciona uma consulta de informação bem mais confortável. A marca disponibiliza ainda para a cebine quatro variantes de acabamentos de bancos, descansos elevados para os pés, rádio com ou sem sistema bluetooth e pacotes de câmaras. Na janela esquerda existe um suporte para extensão do monitor já com as respetivas fichas de ligação. E num compartimento do lado esquerdo existe uma tomada elétrica de 230V que pode alimentar ferramentas ou um computador.
APRECIAÇÃO 72
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A designação AFS Connect surge nas laterais do capot, dando relevo a novas funcionalidades para gestão de frotas, para diagnóstico remoto e para agricultura de precisão. No fluxo de informação estão os dados acerca do trator (consumo, localização, diagnóstico, etc) e os dados acerca das parcelas (área trabalhada, prescrições aplicadas, etc), com possibilidade de visualização remota do que está a ser mostrado no terminal do trator. A transferência de dados do trator para a exploração, ou em sentido inverso, está também prevista. PREÇO Temos seguido a prática de divulgar o PVP dos modelos que testamos em campo. Contudo, numa fase em que a série Magnum acaba de fazer a sua primeira aparição europeia, o importador português – Entreposto Máquinas – não dispõe ainda desta informação. Os espelhos são telescópicos, com regulação elétrica
Magnum 380 CVXDrive em versão standard , com rodas em ambos os eixos
Uma coluna de direção espartana é tradição nesta série
Os novos comandos são constituídos por um novo display, por um monitor touch com navegação reconfigurada, e por um apoio de braço que rompe com o anterior. Este conjunto está mais funcional, mais configurável e mais intuitivo. Do nosso ponto de vista, um aspeto a melhorar é a escova limpa-brisas dianteira. Seria desejável que abarcasse uma maior área de limpeza.
Em termos de comportamento, o Magnum transmite uma sensação de solidez, de insonorização e de suavidade que só encontramos em tratores deste segmento. A partir do posto de condução, a visibilidade sobre a zona interior das rodas da frente é suficientemente desimpedida, um aspeto onde leva vantagem face a modelos concorrentes do mesmo segmento.
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PARA MAIS INFORMAÇÕES CONSULTE O NOSSO SITE WWW.EUROFILTROS.PT
FILTROS / LUBRIFICANTES / BATERIAS
O painel direito da cabine inclui escova limpa-brisas
FERRAMENTAS
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS MOTOR Fabricante / modelo Nº de Cilindros/ cilindrada Potência nominal /máxima Binário máximo / reserva Nível de emissões TRANSMISSÃO Configuração Velocidade máx. HIDRÁULICO Capacidade de elevação Fluxo da bomba (opcional) DIMENSÕES Distância entre eixos Carga máxima admissível
FPT / Cursor 9 6 / 8.700 cm3 379 cv / 435 cv 1850 Nm / 39% Fase V
Variação contínua 50 km/h às 1350 rpm
Traseira: 10.929 kg Ft: 4.090 kg 166 (221 ou 282) l/min
3.155 mm 18.000 kg
A transferência de dados do trator para a exploração, ou em sentido inverso, está também prevista
SEDE R. Dr. Francisco Silva Pinto, 80-90, Z. Ind.da Formiga, 4445-403 ERMESINDE Telefone. 229 759 610 • FAX. 229 759 611 eurofiltros@eurofiltros.pt • www.eurofiltros.pt FILIAL ALPENDORADA • T. 255 611 334 • balcaoalpendorada@eurofiltros.pt FILIAL AVEIRO • T. 234 243 931 • balcaoaveiro@eurofiltros.pt FILIAL BATALHA • T. 244 249 238/9 • balcaobatalha@eurofiltros.pt
VALTRA REFORÇA A DEFESA DA FLORESTA PORTUGUESA 74
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As equipas de sapadores florestais de 12 comunidades intermunicipais portuguesas contam agora com um grande reforço dos meios para limpeza florestal de prevenção para os incêndios rurais, ao receberem do ICNF maquinaria pesada no valor de 2,2 milhões de euros POR CARLOS BRANCO
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TEMA DE CAPA
o pacote defensivo contam-se 12 tratores Valtra T214 especialmente preparados pela fábrica na Finlândia para os trabalhos florestais, de acordo com as especificidades da encomenda feita pelo seu concessionário Unitractores, de Vila Nova de Poiares, vencedor do concurso público lançado pelo Instituto de Conservação da natureza e das Florestas (ICNF). A cerimónia de assinatura dos contratos de comodato realizou-se no dia 10 de setembro, no Centro de Operações Técnicas e Florestais da Lousã, presidida pelo ministro da Agricultura, Capoulas Santos, e a que compareceu um dos vice-presidentes da Valtra, Mikko Lehikoinen. Preparados pela Unilimited Studio da Valtra, pintados com a cor amarela identificativa do ICNF e equipados a rigor para a floresta (pneus e jantes específicos, depósito de combustível especial, vidros de cabine em policarbonato, posto de condução reversível e luzes especiais), os 12 Valtra, equipados
PACOTE DE 2,2 MILHÕES DE EUROS
O material pesado agora confiado ao ICNF, com o valor global de 2,2 milhões de euros, de acordo com o concurso aprovado pela resolução do Conselho de Ministros 29/2019, que autorizou a compra de equipamento até ao montante total de nove milhões de euros (IVA incluído), com recurso a financiamento de fundos europeus, ao abrigo do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR) e pelo Fundo Ambiental, é ainda composto por outros pacotes de maquinaria, alguma já entregue e outra por entregar até ao final do ano. Deles constam ainda máquinas de rastos com lâmina frontal, máquinas giratórias e de guinchos, para além de outras alfaias e zorras para transporte de material pesado. No âmbito do programa governamental da Reforma da Floresta, toda a maquinaria é confiada ao ICNF,
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com transmissão Semi-Powershift HiTech 5, serão ligados a uma das três alfaias previstas pelo caderno de encargos: destroçadores de martelos e capinadeiras florestais (Herkulis e FAE), e também estilhaçadores com grua da Palms.
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TEMA DE CAPA
A equipa da Unitractores que preparou a entrega ao ICNF
João Pimenta explicou como se reverte o posto de condução O Unlimited Studio da Valtra pintou os modelos com as cores do ICNF
O vice-presidente da Valtra em diálogo com o ministro da tutela
MAIS MAQUINARIA PESADA SERÁ ENTREGUE ATÉ AO FINAL DO ANO, ENTRE TRATORES DE RASTOS, GIRATÓRIAS, GUINCHOS, ALFAIAS E ZORRAS PARA TRANSPORTE
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TEMA DE CAPA
com a entrada ao serviço da totalidade do equipamento a concurso. Foi na Lousã, no outono de 2016, que reuniu o Conselho de Ministros, propositadamente, com a Reforma da Floresta como tema único de agenda, tendo sido aprovados os primeiros 12 diplomas. Foi também na Lousã que Capoulas Santos, ministro da Agricultura, o recordou: “Este é um investimento de monta em complemento de outros já feitos especialmente na prevenção, sem precedentes no passado, como a limitação de plantação de áreas de eucalipto. É um passo na Reforma que comprometerá governos futuros.”
mas ficará à guarda e sob a gestão de 12 Comunidades Intermunicipais (CIM) que aderiram ao projeto de constituição da rede primária de prevenção e limpeza florestal e que já têm brigadas de Sapadores Florestais constituídas. São elas: Viseu DãoLafões, Tâmega e Sousa, Alto Tâmega, Região do Oeste, Lezíria do Tejo, Médio Tejo, Beira Baixa, Alto Alentejo, Beiras e Serra da Estrela, Algarve, Ave, Região de Coimbra. EFICIÊNCIA E ALCANCE AUMENTADOS
Segundo o secretário de Estado das Florestas, Miguel Freitas, a rede primária de intervenção tem por objetivo assegurar 18 brigadas da responsabilidade do ICNF e 24 das CIM, com capacidade para manutenção, prevenção e limpeza anual de 42 mil hectares. Segundo aquele governante, estas brigadas – cada uma compreende três equipas – asseguram individual e anualmente, em média, 120 a 150 ha, capacidade que aumentará para 750 a 1000 ha
“PRESTÍGIO; TIRO CERTEIRO; BOA ESTRATÉGIA”
Sócio-gerente da Unitractores, Rogério Carvalho andou toda a manhã que antecedeu a cerimónia na Lousã a verificar a conformidade de todo o material e a acertar detalhes com o pessoal que haveria de conduzir os tratores por estrada, ao longo de uma dúzia de quilómetros. Antes da foto
PARQUE DE MÁQUINAS A assinatura dos contratos de comodato com as 12 CIM para atribuição do material pesado respeitou apenas a um dos lotes a concurso, com valor correspondente a 2,2 milhões de euros. Outro material de outros lotes do mesmo programa aprovado pela resolução do Conselho de Ministros será entregue até ao final do ano, entre o qual se encontram máquinas de rasto, equipadas com grades de discos pesadas, destroçadores e cortamato florestais e lâmina frontal, para além de três camiões articulados para transporte de máquinas. Da responsabilidade do concurso ganho pela Unitractores:
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12 tratores Valtra T214 (220 cv) 12 destroçadores de martelos fixos (FAE) 12 capinadeiras de duas cabeças (Herkulis) 12 grades de discos pesadas (Herculano) 6 estilhaçadores (TP) com grua (Palms) 3 tratores de rastos cabinados (New Holland) 3 capinadeiras (Herkulis) 3 destroçadores de martelos fixos (FAE) 3 giratórias Doosan 235 3 destroçadores de martelos fixos (FAE) 4 guinchos Uniforest (Herkulis)
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TEMA DE CAPA Unitractores e Valtra em peso na sessão de entrega de material
Weshoot Agency O ministro da Agricultura com o pessoal da Valtra e da Unitractores
de família, foi com os representantes da Valtra – o delegado do importador, João Pimenta (Valtractor) e o finlandês Lehikoinen, um dos vice-presidentes da marca – que explicou alguns dos contornos da bem sucedida operação. “Foi difícil e trabalhoso, por ter sido um concurso bastante exigente no que se refere ao seu caderno de encargos”, avançou Rogério Carvalho: “Mas foi, sobretudo, um desafio tão interessante quanto importante, que nos obrigou a estarmos focados desde o início, pois trata-se de uma área que dominamos - a floresta. E fornecer este tipo de equipamento é um prestígio para nós, pois sempre nos dedicámos a ser um fornecedor de qualidade. Para este tipo de trabalho, o produto tem de ser de muita qualidade. Vencemos em quatro lotes do concurso, razão pela qual tivemos que fazer várias parcerias.” Para a Valtra Portugal foi igualmente um bom desafio. Segundo João Pimenta, da Valtractor, foi mesmo “um tiro certeiro”. “Sabíamos que só tínhamos uma munição para disparar, e foi muito gratificante acertar na mosca, perante uma concorrência tão vasta e aguerrida - eram sete concorrentes. Todos queriam ganhar. Foi ótimo para a nossa marca, para o seu prestígio
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e visibilidade e para os próprios resultados. Um excelente boost para a primeira metade do ano.” GRANDE COOPERAÇÃO
Rogério Carvalho precisou que [o concurso] não estava ao alcance a qualquer vendedor de tratores, pois implicava muito mais que esse tipo de máquinas, “mais a sua preparação, a conjugação com outros equipamentos e especificações muito próprias.” “Foi preciso boa conjugação e melhor entrosamento, entre a Unitractores e a Valtra, pois não é de um dia para o outro que se colocam 12 tratores na produção e 60 dias depois estão produzidos. A fábrica foi chamada a cooperar para que hoje estejamos a mostrar os resultados”, acrescentou João Pimenta. SEGMENTOS ESPECIAIS
A importância com que a casamãe abraçou o projeto ficou bem patente através da presença do vice-
presidente Mikko Lehikoinen no ato de apresentação. Vindo diretamente da Finlândia, o dirigente da Valtra mostrou-se muito satisfeito com o sucesso da operação: “Foi uma corrida apertada e sabíamos que não seria fácil, mas temos que congratular o nosso concessionário local, pois tem muita experiência na floresta, algo que os nossos clientes muito apreciam. A relação entre a fábrica e a Unitractores sempre foi muito forte, o que contribuiu para o sucesso desta operação.” “Para a nossa estratégia é importante termos a habilidade de lidar com este segmento tão especial, seja a floresta, os municípios, estruturas aeroportuárias ou mesmo o setor da Defesa. Estamos a ficar mais fortes nestas especialidades e agrada-nos que os nossos distribuidores e concessionários também o estejam. Mas o mais importante é que os nossos concessionários esteja sempre em condições de corresponder às necessidades do cliente e que saibam preparar o melhor e o mais adequado equipamento, como neste caso aconteceu”, acrescentou Mikko Lehikoinen.
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“RECONHECIMENTO E PRESTÍGIO DAS NOSSAS MARCAS” ário Lopes, responsável pela Herkulis, entrou na parceria que a Unitractores abriu a terceiros, uma vez que esta não dispunha de todo o específico material exigido pelo caderno de encargos, caso dos destroçadores da FAE, das capinadeiras da Herkulis, dos guinchos Uniforest, ou das cabeças destroçadores FAE para as máquinas giratórias. A Herkulis acabou por ser um parceiro de grande projeção na operação, tal a quantidade de equipamentos fornecidos ao ICNF. “Uma vez mais, isto demonstra e é o pleno reconhecimento que o nosso material é de grande qualidade, quer o da FAE, que representamos há 15 anos, o da própria Herkulis e da Uniforest, uma das empresas mais cotadas a nível internacional”, disse Mário Lopes. Segundo este empresário, este concurso demonstra aos proprietários florestais que existe muita preocupação com a limpeza e a prevenção. “Até aqui não havia essa preocupação pública.” Ainda assim, Mário Lopes admitiu que o ano de 2018 foi muito forte em investimento privado na área florestal, enquanto que 2019 está a ser um ano de expectativa.
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O ministro da Agricultura Capolas Santos e Mário Lopes
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PRODUTO // Gestão de parque de máquinas
TRATORES COM MUITAS HORAS
CARREGADOS DE VITAMINA C Fomos ao barrocal algarvio, a Santa Bárbara de Nexe, freguesia rural tão antiga quanto pequena do concelho de Faro, ver com que maquinaria se produz a laranja mais famosa do país. E observámos como os tratores da Algarcitrinos conseguem extrair muito sumo do pomar
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P O R C A R LOS B R A N CO
izem os dados do INE que em 2018 o país produziu 403 mil toneladas de laranja, valor nunca alcançado nos últimos 33 anos. E o Algarve está no topo do ranking dos maiores produtores, ficando à sua conta 70% da produção nacional, razão pela qual tem aumentado a área plantada (17 mil hectares), sendo que os concelhos de Silves e Tavira são os que mais contribuem. No entanto, a maquinaria empregue nos trabalhos, sem ser rudimentar, também não é da mais sofisticada. Ao fim e ao cabo, o fruto é colhido por mão humana. A revista abolsamia visitou uma exploração familiar onde abundam os tratores e as alfaias, mas que aparentemente não sofrem acentuado desgaste, e onde não se vislumbra a necessidade urgente de os renovar. Assim se explica a idade avançada de algumas máquinas, para as quais a maior dificuldade de gestão é retirar-lhes o muito pó ganho no trabalho. A Algarcitrinos aborda diariamente 42 hectares e colhe as variedades New Hall, Valência e Lane Late das árvores plantadas em terreno de fácil trato, situado logo após as arenosas campinas de Faro, e ainda antes
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da terra vermelha serrana, onde os Martins, Pedro e Florência, deram campo livre aos descendentes Pedro e Ângela. Ela formou-se em Agronomia na Universidade do Algarve, ele tomou o gosto pela exploração, que agora gere, e onde pesquisa e ensaia. E os resultados não são desanimadores. “Demos-lhes sempre essa liberdade [de escolherem]”, avisa Florência. “Cresci nisto. E os meus pais sempre me deram à vontade para trabalhar aqui, no verão. Depois, quando se fez a empresa e quando me deram mais responsabilidades, decidimos que iríamos experimentar. E assim vamos tentando inovar. Há outras empresas em que os antecessores não dão espaços para os descendentes crescerem com o negócio”, reage o filho Pedro. TESTE DE CAMPO
O projeto de final de curso da irmã foi sobre os enrelvamentos. Diz Pedro que ela ensaiou se haveria diferença na produção com monda química em toda a área, ou apenas sob a árvore, sendo que entre árvores a erva seria capinada. “Notámos que não havia diferença. A verdade é que controlamos a erva com a capinadeira e só aplicamos herbicida sob a árvore. Mas deixamos o enrelvamento entre linhas, embora
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// Algarcitrinos
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PRODUTO // Gestão de parque de máquinas
‘Digo sempre que nunca há demasiada cavalagem, e se trabalhamos com pulverizador, em terreno inclinado, nunca é demais’
Fendt 209F equipado com recortadora de podas baixas Jumar
Pré-poda superior
controlado, pois é um abrigo para bicharada benéfica ao pomar e cria uma certa biodiversidade. Num pomar novo que temos colocámos plástico que aguenta três/quatro anos na terra, e sem utilizarmos herbicida controlamos a erva durante esses anos. Onde não tem o plástico passamos com a capinadeira entre as árvores. Investimos no plástico e não na monda química”, explica Pedro. APEGO À MARCA
Naquele terreno já houve vinha, clementinas, tangerinas e
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alfarrobeiras, amendoeiras, plantouse em estufa (tomate, feijão, pepino). Já as campinas de Faro estão hoje mais virados para a framboesa, conta Pedro, que onde diz sentir-se bem é a conduzir tratores. Para ele, a marca predileta é a Kubota: “Sinto-me à vontade com eles. Quando vejo as capas da revista [abolsamia, entenda-se] e observo aqueles tratores todos bonitos e limpinhos... Aqui os nossos estão sempre empoeirados. Já me têm dito: para que queres um trator com 100cv – mas nós temo-los e não acreditam que estas pequenas máquinas que temos
têm essa potência. Digo sempre que nunca há demasiada cavalagem, e se trabalhamos com pulverizador, em terreno inclinado, nunca é demais, pois o motor trabalha mais folgado.” Mas, pondo os cavalos de lado, isso é apego à marca? Sim e não. Explicação: “Há muito que trabalhamos com a Kubota, mas também temos Fendt, de que gostamos muito. A diferença entre um e outro é que, para a mesma potência compro dois Kubota pelo preço de um Fendt, que é um bom trator, mas para o que fazemos acho que não preciso tanto. O Fendt é muito
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Motocultivadores Mecanização versátil para pequenas e médias explorações
Segurança Powersafe que imobiliza a máquina e a alfaia de forma imediata sem parar o motor.
Coluna de direção regulável lateralmente e em altura.
Motores europeus de primeira linha. Gasolina ou diesel, de 5.5 a 11 CV.
Diversidade de alfaias, de acoplamento posterior ou frontal: Fresa
Rollerblade
Charrua dupla
Charrua rotativa Ground Blaster
Abre regos
Destroçadora
Destroçadora Bladerunner
Corta reivas
Barra de corte
Varredora
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PRODUTO //
PERFIL DA EXPLORAÇÃO ALGARCITRINOS LOCALIZAÇÃO Braciais, Santa Bárbara de Nexe ATIVIDADE Produção de laranja COLABORADORES 4 ÁREA 42 HECTARES
PARQUE
DE MÁQUINAS » 1 Kubota Narrow M8540 » 1 Kubota Narrow M9540 » 1 Kubota Narrow ME8200 » 1 Kubota Narrow M8200 » 1 Massey Ferguson 355 » 2 Fendt 209 F c/ TDF frontal » 1 carregador frontal Herculano
adaptado a barra de discos de pré-poda (sem marca) » 1 corta-mato Herkulis » 1 corta-mato Herculano » 1 recortadora de podas baixas Jumar » 1 ripper Dondi » 2 pulverizadores Stagric 2000 litros
de turbina inversa » 1 porta-paletes » 1 destroçador de martelos Herkulis
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trator. Dos outros não sei, pois nunca os conduzi.” Mas quando pensam em substituição fazemno pela idade [o parque tem, em média, 15 anos], pelo número de horas? “Revemo-nos em outros agricultores, e tudo depende do uso que lhes damos. Se tivesse um operador só para estas máquinas elas trabalhariam o dia inteiro e já estariam pagas. A verdade é que também estamos sobredimensionados para a nossa área de trabalho. E depois fazemos sempre trabalhos diferentes. Assim que apanhamos a fruta fazemos a pré-poda, um dia depois passamos o corta-mato, e se precisarmos de fazer uma aplicação é mais um dia. Daí termos sempre uma máquina disponível para o serviço, com a respetiva alfaia. O trator mais antigo tem 4000h. Quando tínhamos menos máquinas rodavam mais. Agora está mais dividido. Mas tão cedo não conto adquirir outro trator”, assume Pedro Martins.
Família Martins
PARA CADA ALFAIA O SEU TRATOR
Este diz não dar demasiada importância ao assunto - “desde que não avariem...” -, mas é ele próprio quem faz a manutenção básica. Verifica e muda o óleo, limpa filtros e dá massa. De vez em quando recebe no terreno a assistência das marcas. Os tratores, claro está, são especializados, todos cabinados, e as alfaias mais necessárias são o corta-mato e o destroçador, o pulverizador e os discos de pré-poda. Uma para cada trator... O que a família Martins não descura é a atualização técnica para os trabalhos e cuidados do pomar. Os pais visitam os salões internacionais e seguem as instruções dos filhos. “Vou avaliando pelos problemas que vamos tendo e procuro informações”, conta Pedro, como foi o caso da recortadora de poda baixa para o olival, que adaptou para o pomar. “Também vou aos salões, que é muito importante. Aqui, sentimo-nos mesmo na periferia. Tenho bicos para herbicida que mandei vir do Reino Unido, e não só ma saíram mais baratos, como há sempre disponibilidade do produto. Aqui é difícil haver coisas em stock. A citricultura no Algarve é muito pouco mecanizada.”
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‘Reparámos que os pomares antigos, ao cortar por cima reagiam com mais rama por baixo. Fizemos, então, uma mini-saia, como no olival, para não ter rama encostada ao chão’
FLORÊNCIA GOSTA DE PÔR A ÁRVORE DE MINI-SAIA
“Gosto particularmente de andar no Fendt que tem aquele brinquedo à frente, para pôr a árvore de minisaia”, graceja Florência. Explica o filho que se trata da recortadora de poda baixa, uma prática chamada skirting [que em tradução literal significa rodapé]: “É algo que poucos fazem nos citrinos. Fazemos pré-poda e reparámos que os pomares antigos, ao cortar por cima reagiam com mais rama por baixo. Isso criavanos problemas com a aplicação de algum herbicida, ou para verificar a manga da rega. Fizemos, então, uma mini-saia, como no olival, para não ter rama encostada ao chão, até porque a erva trepadeira quando encontra rama já não pára. E depois facilita o arejamento na parte interior e inferior da copa da árvore. Resultado: problemas com míldio têm sido mínimos e evitamos os tratamentos com cobre. Temos vindo a adaptar o pomar de forma a minimizar a aplicação de produtos e a facilitar a colheita. Então fomos buscar esta alfaia específica. Na Austrália, quem produz para exportação é obrigado a usar essa técnica, devido a doenças. Há insetos que trepam pela árvore, pelo que a rama tem que estar a uma altura mínima.” Mas aumentará a produção? “Ainda não deu para perceber, e se há blocos onde tiramos 20 toneladas/ ha, outros há onde tiramos 60. Está estimado que a produção de citrinos no Algarve é de 25 ton/ha. Este ano, o preço médio oferecido tem sido de 20 cêntimos/ quilo, mas um bom preço seria 40 cêntimos. Em 2018 chegou a sair a 45/50 cêntimos. Mas já esteve a 20 cêntimos, e outros em que a fruta ficava na árvore, pois os custos da operação ultrapassariam o preço de venda. Mas o que funciona num pomar, não quer dizer que funcione no pomar do vizinho”, rematou Pedro Martins.
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REPRESENTAÇÕES
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PRODUTO // notícias
O VERÃO DA KUHN TEM SEMPRE NOVIDADES
EM SAVERNE, NOS CAMPOS VERDES DA ALSÁCIA FRANCESA, ACORREM TODOS OS ANOS DEZENAS DE JORNALISTAS PARA TRAVAR CONHECIMENTO COM AS MAIS RECENTES PROPOSTAS DA KUHN. AS SUMMER NEWS TRAZEM SEMPRE NOVIDADES. AQUI FICAM CINCO PEQUENOS RETRATOS
A
série SB, nova geração das enfardadeiras de fardos gigantes, a linha Agri-Longer GII de limpa-bermas com sistema de segurança mecânica, a juntadora de fenos GA 13031 Gyrorake com quatro rotores, a gama de distribuidores de adubo MDS.2, ou a nova barra de corte Optidisc Elite, só para falar nos equipamentos com maior aplicação em Portugal, de tudo se viu na jornada de descobertas. Resta dizer que está tudo pronto. Tão pronto, que esse e outro equipamento foi de imediato para os campos de Huesca, para outras Summer News, promovidas pela
Kuhn Ibérica e destinadas e agricultores espanhóis e concessionários da marca.
O novo GA de 4 rotores da KUHN aumenta a oferta de produtos da linha verde, onde também se encontram os modelos GA 13131 e GA 15131 - este último ainda a beneficiar do estrelato com o recente recorde mundial de serviço de forragem, ao totalizar uma área de trabalho de 188,9 ha em apenas oito horas. A largura de trabalho é ajustável entre 8,40 e 12,50m e o acionamento dos rotores é 100% hidráulico, dispensando lubrificação diária dos eixos secundários. É possível economizar tempo na manutenção de até uma hora em comparação com um equipamento de acionamento por rotor mecânico.
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LIMPA-BERMAS AGRI-LONGER GII
ENFARDADEIRAS SB A nova geração de grandes enfardadeiras de fardos quadrados SB foi projetada para fardos de maior densidade, maiores e produzidos de forma mais simples, assegurando maior lucro na operação. A linha de transmissão foi atualizada, o que torna as enfardadeiras mais robustas e duráveis. São quatro modelos de nó duplo que produzem três tamanhos diferentes de fardo: SB 890 (80x90cm), SB 1270 X (120x70), SB 1290 e SB 1290 iD (120x90, de elevada densidade). Todos os modelos SB são totalmente compatíveis com ISOBUS.
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JUNTADOR GA 13031 DE QUATRO ROTORES
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A linha de cortadores de sebes e erva com sistema de segurança mecânica substitui todos os modelos da linha desde 1 de setembro de 2019. Ao serviço desde 2003 e reconhecida pela sua versatilidade, a Kuhn dotou o equipamento com mais músculo para atender às variadas exigências de potência dos tratores. Com sistema de segurança mecânica, a linha é composta por dois modelos com alcance vertical de 4,20 m (modelo 4245 M) e 4,70 m (versão 4745 M). Destinado a agricultores individuais ou pequenos municípios, a cabeça de corte tem ângulo de rotação de 220 graus.
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A nova combinação de semeador pneumático dobrável – BTFR 6030 + HR 6040 RCS (largura de trabalho de 6 metros) assegura uma qualidade de sementeira superior, um fácil ajustamento e um conforto de condução melhorado. A tremonha de sementes está instalado na frente do trator e a unidade de sementeira Seedflex está montada num paralelograma com controlo de profundidade e roda de pressão e os discos de enterramento de 35 cm de diâmetro têm a melhor performance, mesmo em condições de solo pesado e molhado. A profundidade da sementeira pode ser ajustada hidraulicamente. A grade HR 6040 RCS está especialmente preparada para tratores até 460 cv de potência.
e depois de criado, há 15 anos, a barra de corte Optidisc, a Kuhn elevou novamente o desempenho padrão de suas barras de corte de disco com a versão Elite. O novo OPTIDISC ELITE é o resultado de um estudo aprofundado, visando uma eficiência ainda maior. A barra de corte mantém os melhores recursos que a tornaram uma bestseller: distâncias de centro variáveis entre os discos de acordo com a direção de rotação; distância central aumentada quando dois discos convergem para melhorar o fluxo da colheita e evitar o “corte duplo”; distância central reduzida entre os
DISTRIBUIDOR DE ADUBO MDS.2 Destaca a marca que a capacidade, flexibilidade e simplicidade de trabalho foram aumentados. Esta nova gama de distribuidores de fertilizante para culturas especializadas (vinhas, pomares e hortas) oferece soluções para uma administração precisa. Com uma tremonha de 500 a 2000 litros de capacidade, a gama compreende quatro modelos, seja para espalhamento preciso - em duas linhas, na parte inferior da colheita, com 1,50 a 5 m de largura, ou com largura total de 10 a 24 m -, seja como solução à medida, com controlo de válvula separado para a esquerda/direita. Disponível nas versões hidráulica, elétrica ou DPAE. Mas também com tremonha de cone único para esvaziamento total do depósito, mesmo em declives.
discos de rotação para frente para aumentar a sobreposição da lâmina. Também os mancais de disco estão ligados ao sistema de segurança Protectadrive para
6
resistência máxima, em caso de impacte. Uma das principais inovações é o menor ângulo de inclinação, quase pela metade, o que evita o recorte da pele, típico quando se corta a erva de perto, o que também facilita a configuração das máquinas que lhe sucedem, caso do virador-juntador.
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BE STRONG. BE KUHN.
SITEVI
CONVIDA À PARTILHA DE CONHECIMENTOS
ENFARDADEIRA SB
LIMPA-BERMAS AGRI-LONGER A feira internacional de exibição de equipamento e de conhecimento para os setores da vinha e do vinho, do olival, fruta e vegetais – SITEVI, que se realiza entre 26 e 28 de novembro, anuncia que são já mais de 1100 os expositores que estarão representados no parque de exposições de Montpellier, em França, e de quem se aguardam as apresentações de mais de 300 produtos.
ENFARDADEIRA FBP
O convite para a partilha de conhecimentos já foi lançado pela diretora do evento, Isabelle Alfano, que em conferência de imprensa, no final de setembro, destacou o principal enfoque da edição deste ano: o fortalecimento da sua
DISTRIBUIDOR DE ADUBO MDS2
posição enquanto feira mundial nas áreas do vinho e da vinha, olivicultura, frutos e legumes. Para já, o certame contará com mais de 1100 expositores dos quais 186 são estreantes. Esperase que 25 países estejam representados no Salão de Montpellier, sendo que Croácia, Suíça, Noruega e Reino-Unido serão as novidades.
BARRAS DE CORTE OPTIDISC
Naquela apresentação à imprensa, que contou com a presença da revista abolsamia, foram anunciados os vencedores dos Prémios Inovação. A New Holland foi galardoada com a medalha de ouro pelo seu novo software “Versatilidade a Pedido (Intelliview IV)”, ficando a par da Sun’Agri, distinguida pelo inovador sistema de proteção ativa de culturas. Para esta edição o número de candidaturas aos prémios aumentou dez por cento.
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TECH //
CASE IH
NO RUMO DA CONECTIVIDADE
A nova série Magnum e os avanços no domínio da conectividade foram os temas-estrela tratados nos Dias de Campo 2019 que a Case IH organizou em Viena, na Áustria P O R J OÃO S O B R A L
Série Puma recebe motores adequados à Fase V
uma conferência de imprensa que antecedeu o evento de camporealizado em Viena, na Áustria, Thierry Panadero, vice-presidente EMEA da Case IH, clarificou que “não faz parte da estratégia da Case IH tornar-se um
N
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abolsamia outubro / novembro 2019
full-liner”. A marca pretende, sim, dar resposta às mais relevantes solicitações dos clientes, o que passa muito por reconhecer a importância da recolha e transferência de dados na agricultura profissional dos dias de hoje. É por isso que os serviços e as funcionalidades disponibilizados sob
o guarda-chuva AFS, o segmento da agricultura de precisão, estão a ser expandidos. A demonstrar que é essa a prioridade está a recente integração de aplicações da Trimble, da Cropio Sync, da FarmersEdge e da AgDNA na plataforma AFS Connect, bem como novas funcionalidades desenvolvidas
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TECH //
pela própria Case IH nos domínios da digitalização e da automação. Questionado acerca de eventuais progressos no projeto de trator autónomo, Panadero respondeu que “o novo Magnum é claramente o veículo autónomo”, fazendo notar que nesta série estão incluídas as mais sofisticadas soluções que a marca disponibiliza e que a maior diferença face ao protótipo é ter uma cabine. Thierry Panadero afirmou ainda que a Case IH quer levar muito a sério a assistência, “porque os produtos que representa são mais complexos do que nunca e é preciso ser mesmo profissional”. No ano passado, pelo centro de formação de Sankt Valentin passaram cerca de 40 mil visitantes, provenientes sobretudo da rede de concessionários, para adquiriem conhecimentos acerca de como as máquinas funcionam, de como se diagnosticam falhas e de como se fazem reparações. MAGNUM GANHA APELIDO AFS CONNECT
A série Magnum completa três décadas de presença no mercado, com mais de 150 mil unidades fabricadas em Racine, nos Estados Unidos, e vendidas por todo o mundo. A versão agora apresentada corresponde à 7ª geração destes tratores que são os convencionais de maior porte da Case IH. O capot assume uma nova identidade estética, mas as maiores evoluções estão menos expostas, sobretudo no interior da cabine. A designação AFS Connect aparece estampada nas laterais, a dar relevo a funcionalidades que põem num outro nível a agricultura de precisão e a possibilidade de comunicação entre o trator e o escritório da exploração. Leia também nesta edição o Teste em Campo que realizámos com o Magnum 380 CVXDrive.
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abolsamia outubro / novembro 2019
A série mais pequena da ceifeiras-debulhadoras Axial-Flow recebe agora motorizações da fase V
A CASE IH QUER LEVAR MUITO A SÉRIO A ASSISTÊNCIA PORQUE OS PRODUTOS QUE REPRESENTA SÃO MAIS COMPLEXOS DO QUE NUNCA E É PRECISO SER MESMO PROFISSIONAL Série Magnum evolui para a 7ª geração
SÉRIE PUMA FASE V
A série Puma (185 a 240 cv) recebe o sistema de tratamento de gases de escape Hi-eSCR2 para cumprir a norma Fase V de emissões poluentes. Com esta atualização, os intervalos de manutenção ficam mais alargados, devendo o óleo do motor ser trocado apenas a cada 750 horas. É ainda melhorada a navegação no monitor AFS Pro 700 e disponibilizado um
compressor de maior capacidade para que se possa repor ar nos pneus mais rapidamente. CEIFEIRAS AXIAL-FLOW 150 FASE V
A série mais pequena das ceifeirasdebulhadoras Axial-Flow recebe motorizações Fase V. São três os modelos – 5150, 6150 e 7150 –, respetivamente com potências máximas de 312, 400 e 460 cv.
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FLORESTA // notícias
EUCALIPTO JÁ OCUPA UM QUARTO DA FLORESTA PORTUGUESA P O R C A R LOS B R A N CO
O
s eucaliptais ocupa(va)m 844 mil hectares da floresta continental portuguesa, ou seja, 26% da área arborizada. Estes dados constam das conclusões do relatório sumário do 6º Inventário Florestal Nacional de 2015 publicado em junho, da responsabilidade do ICNF, mas que não reflete as perdas com os incêndios desde então ocorridos. Segundo os dados daquele organismo, a utilização florestal do solo em 2015 representava o uso dominante em Portugal continental, ocupando 36,2% do território, considerado em linha com a média dos 28 Estados-membros da UE (37,9%). O eucalipto ganhou terreno ao pinheirobravo e aos montados, principais formações florestais, cada uma das categorias com áreas aproximadas de 1 milhão ha. A diminuição do pinheiro-bravo fica a dever-se aos incêndios e pragas, sendo a mais expressiva o nemátodo. AVANÇO DO BETÃO O relatório final do IFN6 (Inventário Florestal Nacional – 6ª edição) deverá ser publicado em outubro, mas o relatório preliminar do ICNF já aponta para um tímido aumento da floresta, da mesma forma que houve um aumento da área urbanizada (+10%, de 399 mil ha em 2005
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abolsamia outubro / novembro 2019
para 442 mil ha em 2015) e o consequente retrocesso da área para uso agrícola, que decresceu de 2,4 milhões ha para pouco mais de dois milhões ha. Aquele estudo, que se realiza a cada dez anos, revela que a tendência de diminuição da área florestal foi invertida em 2015, dado o aumento de 59 mil ha desde 2010 (data da última avaliação). No entanto, tais dados não refletem a grande devastação provocada pelos incêndios rurais de 2017 e 2018, que terão afetado uma área arborizada de 274 mil ha. Já este ano, e segundo o Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais (SGIF), os indicadores gerais de incêndios rurais para o ano corrente ano indicavam que já tinham sido consumidos, até ao dia 11 de setembro, 34.860 ha, em resultado de 9495 ocorrências. O relatório preliminar do IFN tem sido alvo de frequentes críticas de especialistas do setor da silvicultura, acima de tudo pelo desfasamento no tempo dos dados apresentados, uma vez que são referentes a 2015, mas também, dizem, dada a falta de quantificação de espécies, em volume e em classe, da mesma forma que não são dados os valores disponíveis de biomassa. Também a ANEFA já se pronunciou sobre os preâmbulos deste IGN, considerando o seu presidente, Pedro Serra Ramos, citado
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A GAMA MAIS INOVADORA NO SETOR DAS MÁQUINAS FLORESTAIS, BIOMASSA E AGRÍCOLAS pela agência Lusa, que o trabalho deveria ser apresentado, no mínimo, a cada cinco anos, algo a que se mostrou sensível o ministro da Agricultura, considerando que é recomendável que se faça entre períodos mais curtos, dado o que diz tratar-se de um instrumento fundamental para as políticas e para a gestão da floresta. Em nota sobre o enquadramento do IFN, o ICNF esclarece que o processo de produção de estatísticas e de cartografia-base, sobre a abundância, estado e condição dos recursos florestais, baseia-se em recolhas de dados a partir de imagens aéreas e em medições de vegetação no terreno, ao longo de todo o território. Recolhas que são repetidas, aproximadamente, de dez em dez anos.
69,4%
ESTILHADORAS COM MOTOR A GASOLINA OU A DIESEL
Estilhadoras a trator
Triturador Florestal
do território nacional continental é ocupado por espaços florestais (floresta, matos e terrenos improdutivos) – 6,1 milhões ha Fresa e trituradora de pedra
Triturador lateral
33%
da floresta é ocupada por montados de sobreirais e azinhais
844
mil ha são ocupados por eucaliptais, cerca de 26% da floresta continental
274
mil ha é a estimativa de perda de área arborizada pelos incêndios rurais de 2017 e 2018
Triturador agrícola
Trituradora agrícola com desplaz. hidráulico
Triturador hidráulico
Destroçador florestal agrícola
72%
da floresta nacional é constituída por espécies florestais autóctones
Trituradora autoalimentada de olivo
Triturador florestal para carregadoras
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FLORESTA // notícias
EXPO SCOTLAND é uma nova feira florestal e foi lançada por uma revista
PRIMETECH REFORÇA O PODEROSO PT-475 A PrimeTech, construtor de maquinaria para aplicação florestal do grupo italiano FAE, renovou os modelos da linha PT-475, agora
A
indústria florestal escocesa tem o potencial para gerar, anualmente,
com motorização capaz de cumprir com a
mil milhões de libras (cerca de 1094 milhões de euros), pelo que a
norma de emissões da Fase V.
fileira industrial achou por bem aquecer a sua economia e dinamizar
Equipada com motor CAT C13, de 6 cilindros
o setor com a organização de uma exposição inteiramente dedicada ao
e 12,5 litros de capacidade, atingindo 475 cv
setor, nas vertentes comercial e de mostra de tecnologia. Assim nasceu
de potência, esta linha de trabalho pesado
a “Exposição Florestal da Escócia”, que se realizou nos dias 22 e 23 de
surge com material rolante reforçado, com
agosto, em Elvanfoot, no Lanarkshire do Sul.
trilhas metálicas de 600 mm (versão STD),
Organizada pela revista Floresta, onde estão associados vários industriais de máquinas de construção e pela Rural Projects, organizadora de salões de exposição, estes quiseram recriar a bem sucedida Harvesting
ou de 900 mm (LGP), assegurando mais estabilidade e menos pressão sobre o solo. Todos os implementos – naturalmente,
Demo, em 2014, que juntou os quatro principais construtores globais – John
de origem FAE -, podem ser acoplados
Deere, Komatsu, Ponsee e Tigarcat. Desta vez, foram atraídos mais de 100
com facilidade e maior rapidez, sejam
expositores e estima-se que tenham sido realizados durante o evento,
eles destinados aos trabalhos de limpeza
entre demonstrações de corte e rechega, mais de 10 mil m3 de madeira
e destroçamento florestais, sejam para
redonda. Segundo os organizadores, os números revelados demonstram
trabalhos de preparação de terreno, no
bem a qualidade única do evento, não só no âmbito do Reino Unido, mas
caso de construção e/ou manutenção de
também da própria Europa.
vias de comunicação.
Trituradoras para a agricultura profissional, para a manutenção de espaços verdes e silvicultura
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KOMATSU FOREST
KOMATSU RENOVA
a gama florestal
colheita máxima. mais rápida e com menos esforço ƒ
A Komatsu Forest, em parceria com a SkogsNolia, anunciou a melhoria de grande parte da sua gama de produtos florestais, com lançamentos previstos para o início do verão de 2020. Os grupos propulsores da maquinaria foram todos revistos, uma vez atualizados em acordo com as normas antipoluição da Fase V (incluindo um novo sistema Ad-
varejadores gasolina e bateria Máquinas fiáveis e robustas, equipadas com motores potentes e rápida aceleração para obter um ótimo rendimento na colheita.
Blue), da mesma forma que a dotou com novos sistemas de controlo de operação, o MaxiXT e de planeamento de serviço de produção, o MaxiVision. Desde o ágil 901 para desbaste, passando pelo oito rodas 931 XC, o oito rodas mais vendido pela companhia, tudo foi revisto e melhorado, casos do imponente 951 e dos forwarders 855, 875 e 895. Destaque para o MaxiVision, que agora permite ao operador dispor de mapas com a situação do trabalho e da floresta, assegurando mais eficiência no trabalho das equipas. Uma vez baseado em informação acumulada na “nuvem”, as atualizações dos dados ocorrem em tempo real e qualquer atualização é imediatamente disposta no visor da cabine.
O forwarder de oito rodas 931 XC, o bestseller da Komatsu, também beneficiou de alterações
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SAIBA MAIS EM STIHL.PT
FLORESTA // notícias
STIHL
STIHL ACOMPANHA DESENVOLVIMENTO DA DIGITALIZAÇÃO A STIHL CONTINUA EM CRESCIMENTO DE NOTORIEDADE, DE RESULTADOS E DE APOSTAS. A PENSAR NO FUTURO, A MARCA DE FERRAMENTAS FLORESTAIS E UTENSÍLIOS PARA JARDINAGEM INVESTE NA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL, SEJA AO NÍVEL DO PRODUTO, COMO DA DISTRIBUIÇÃO, DE MODO A OTIMIZAR OS BENEFÍCIOS DOS CLIENTES
J
uvenal Martins, diretor geral da Stihl Portugal, destacou que a comercialização global dos produtos a bateria deverá atingir os 40% no continente europeu através das
Juvenal Martins, diretor geral da Stihl Portugal
plataformas online, valor que poderá subir até aos 43% nos EUA, razão pela qual será este um dos desafios da marca até 2024. O líder
As novas MS 151C/151TC
da filial portuguesa dirigiu-se assim à rede de concessionários, que se reuniu em Évora para
MUITAS NOVIDADES
o 20º Encontro Regional, onde destacou os
A Stihl revela sempre novidades das várias
resultados financeiros do grupo: o ano deverá
gamas e o encontro de Évora não fugiu à
encerrar com faturação de 4000 milhões de
regra. Para além do iMow, o já conhecido robô
euros.
para relvados, considerado um produto muito importante para a marca, foram destacados,
PORTUGAL EM LINHA
entre as motosserras, as entradas em cena da
Em Portugal, as previsões para o exercício
MS 151C/151TC (gasolina), revistas e melhoradas,
já foram superadas à passagem do terceiro
com aumento de performance (incremento de
respetivos acessórios: RMA 765V
trimestre, “um pouco graças ao olival”, sublinhou
10% de potência e de binário).
(corta-relvas profissional a bateria);
Juvenal Martins, antevendo um novo ano
Outras novidades: MS 194T/MS 194TC/MS
especial para motores a 4 tempos. Novas ferramentas a bateria e
AR 2000/AR 3000 L (bateria gama
excecional. Com a integração da marca Viking
194C (gasolina); MS 201C/MS 201TC (gasolina);
Pro); Arnês para baterias AR 2000/AR
no universo Stihl - “O Laranja é o Novo Verde”
corrente 325 Pro; guia de corrente Light 04; FS-
3000 L; BGA 86 (soprador a bateria);
-, os resultados não se fizeram esperar, pois
120 (foice a motor a gasolina); SP 482 (varejador
HSA 26 (mini-podador de lâminas a
notou-se um aumento de vendas só com a
de gancho a gasolina); BR 800C-e (soprador
bateria com slot); GTA 26 (podador
mudança da cor. Por produtos, a gama a
de mochila a gasolina); MH 600/MH 700 (moto-
de corrente a bateria).
gasolina continua a ser a mais vendida, mas
enxadas a gasolina); RG-KM (corta-ervas para
nota-se que a bateria vai ganhando mercado.
sistema combinado; Stihl Moto4Plus (combustível
Mais informações em www.stihl.pt
FLORESTA // notícias
ÁREA FLORESTAL COBRE 43% do território da União Europeia
A
União Europeia (UE)
um com percentagens entre 54 e
tinha cerca de 182
56%, eram a Estónia, a Letónia, a
milhões de hectares
Espanha e Portugal.
de florestas e outras
A Suécia detinha a maior área
SUE
áreas arborizadas em 2015,
arborizada em 2015 (30,5 milhões
correspondendo a 43% da
ha), seguida da Espanha (27,6
sua área terrestre. As terras
milhões ha) e da Finlândia (23
arborizadas cobrem uma
milhões ha). Da área total da UE
proporção ligeiramente maior da
coberta por terrenos arborizados
terra do que a área usada para a
em 2015, a Suécia e a Finlândia,
agricultura (cerca de 41%).
em conjunto, representaram 29,4%.
Em sete Estados-Membros da
A área florestal como proporção
UE mais de metade da área
da área total da terra é um
terrestre estava arborizada em
indicador global dos Objetivos de
A ÁREA FLORESTAL COMO
2015, sendo que pouco mais de
Desenvolvimento Sustentável (ODS)
três quartos da área terrestre
da ONU. Está também incluído no
PROPORÇÃO TOTAL DA ÁREA
estava arborizada na Finlândia e
conjunto de indicadores ODS da
na Suécia, enquanto a Eslovénia
UE utilizados para monitorizar os
registou 63%. Os restantes quatro
progressos no sentido dos ODS
Estados-Membros da UE, cada
no contexto da UE.
A maior área florestal entre os 28 da UE pertence à Suécia (30,5 milhões ha)
A área florestal portuguesa, no ano de 2015, ocupava 56% do território
DA TERRA É UM INDICADOR GLOBAL DOS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
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Usados : Tratores: Fiat 420 • Ford 1710 • Iseki 4320 • Iseki 3210 • John Deere 1630 • Same Solaris 25 • Arrancador de batata Agriduarte, ABT 1 • Gadanheira Gaspardo, BF 940 • Grua florestal Costa, G3000 • Motocultivador Agricom, c/bateria e arranque elétrico
USADOS: Claas Ares 616 RZ • Landini (3) 8860/6860/ Tecnofarm 80 • NH 5050 • Renault Ares 566 RZ • Ceifeira Laverda 3350 • Galucho charrua SF4 4 ferros • Herculano reb. monocoque 8000 • Vogel Noot Terra Flex 300
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EUROPA
E. N. 111, nº3 - 3025-563 S. Silvestre Tel. 239 961 306 • Telem. 966 422 492 E-mail: geral@tractogricola.pt • www.tractogricola.pt
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Usados: Agrifull 55 DTF - 11.000€ • Case IH 2140 DT 8.500€ • John Deere (x2) 5500 - 17.000€, 1446F - 12.000€ • Lamborghini RF 80.4 - 18.500€ •NH TN95FA cab. - 22.000€, TL 70 Cab. - 15.000€, TS 110 - 15.000€ • Trator p/ peças NH TS115A - 6.000€
CENTRO
PORTO & NORTE
LEIRIA • SANTARÉM
LISBOA & VALE DO TEJO
CONSULTE O MICROSITE
CONSULTE O MICROSITE
Usados : Tratores: Case, PUMA CVX 200 • John Deere, 6630 PREMIUM • Kubota, M108S • Fendt, 820 VARIO TMS • Ceifeira deb. Claas, MEGA 204 • Ceifeira deb. Claas, 68 SR • Charrua Galucho, CHF 3/4F • Enfard. Claas, rollant 255 roto cut • Enfard. Claas, 255 roto cut • Enfard.Claas, 255 roto cut • Enfard. Claas, 3200 roto cut • Fresa Maschio, multi facas super cobra 3mt • Gadan. Kverneland, 2632M • Grade discos Galucho, 32X26 • Pulver.r Bargam, fox 3700 c/rodas e rastos
Plantador tomate Ferrari 3 L • Reboques: Herculano 12.000Kg • (3x) Galucho de PB 10.000Kg, 8.000Kg, 5.000Kg • Grade discos: Pijuca vinh. 4 c. - 2.250€ • Galucho A2CP de 24-24"• Rototerras: Pegoraro Pegolama 2,5 - 5.750€ • Maschio Super Cobra 2,5Mts. e 3,0Mts. - 5.500€ • Charruas: Galucho 2F-10" - 900€ • Galucho 3F-14" • Escarificador Galucho E7D - 800€ • Tesouras poda Electrocoup F.3005 - 750€ • Chisel XL5-7 3.250€ • Despamp. corte horiz./ vert. - 3.250€ • Distribuidor de adubo Vicon PS 300
AÇORES
ALGARVE
ALENTEJO
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EUROPA
Usados: Ford 5610 4RM • Internacional 644 AH, 733 2RM • Lamborghini 674-70 DT e 874-90 • Massey Fergunson 165 2RM • Same Solaris 35 e 45 • Same Delfino 35
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PORTO & NORTE
SANTARÉM
CENTRO LISBOA & VALE DO TEJO
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ALENTEJO
Usados:Tratores: Massey Ferguson: 3655 4RM CAB / 390 4RM/ 4270 4RM CAB/ 390 4RM • Solis 20 4WD • Distribuidor de adubo Kverneland • Fresa Galucho FPL1500 • Gerador: Perkins 100KW / Voltor G2000 110KW • Pulv. Rau 1000 Litros• Rodas de ferro • Rolo Galucho RSAL-600 com conjunto A/F Hid. • Rototerra Rau CVL3M • Semeador Rau 6 linhas • Vibrocultor Galucho 6 M • Várias charruas Galucho
Usados: Kubota L2050 • Kubota B 1610 • Lamborghini 674-70 • Lamborghini R2 85 • NH T50-50 • Massey Fergunson 265 • MF 365 • MF 1030 • Same Explorer 90 • Same Falcon 50
ALGARVE CONSULTE O MICROSITE
AÇORES EUROPA
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PORTO & NORTE CENTRO
SANTARÉM • LISBOA
LISBOA & VALE DO TEJO
Usados: Deutz-Fahr 410S, Agrotron 90 •McCormick F90 Cab. • New Holland T4030 N • NH TNF 90 • Hu¨rliman XF 880 • Same Centurion 75 DT, Rubin 120 • Landini Rex 90 F • Kuhn (2x) Gadanheira reb. 3mts. e 2,5 mts. • Joper cisterna 8000L
Lugar da Espera, Apartado 30 - 2565-716 Runa
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A nossa gama de pós-venda de peças para tractores abrange uma vasta gama de marcas e modelos, incluindo Massey Ferguson, Valmet/ Valtra, John Deere, Case IH, New Holland, Fiat e muitas mais.
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PORTO & NORTE
LISBOA • SETÚBAL
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CENTRO
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LISBOA & VALE DO TEJO
Usados: Agrifull 45 DT • New Holland BTN 95NA, DT • Cisterna Joper 4.000 L, rodado simples
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PORTO & NORTE
SETÚBAL • PORTALEGRE • ÉVORA
ALENTEJO
LISBOA & VALE DO TEJO
CENTRO
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AÇORES
ALGARVE
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Usados: Tratores: Renault CERES 345 • Iseki 1900 DT • Ford 5640-4RM •Bombas (grupos) Bauer, 80-32 • Charrua Galucho • Charrua Kverneland, 3F16 • (2x) Chisel Horizont 9-11 • Chisel Agrator 11-13 • Enfardadeira Fiatagri Heston 4700 • Grade de discos: Fialho18X26 • Galucho, GLHR 24X26 • Galucho, GLHR 22X26 • Galucho, GPR 16X28 • Galucho, GLHR 28-26 • Galucho, A2CP 20X24 • Galucho, GPR 14X28 • Pulverizador Tomix, P9 600 • Semeador Teagle, XT20 • Retroescavadoras para peças Fermec
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ÉVORA
CENTRO LISBOA & VALE DO TEJO ALENTEJO ALGARVE AÇORES
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EUROPA
Usados: Máquina de vindimar rebocável ALMA Selecta 2 • Máquina de vindimar automotriz ALMA Alinea 100 www.abolsamia.pt
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CENTRO
BEJA
EUROPA
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ALGARVE
ALENTEJO
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BEJA • FARO • AÇORES • EUROPA
CENTRO LISBOA & VALE DO TEJO ALENTEJO ALGARVE
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CONSULTE O MICROSITE USADOS: Tratores: Claas Celtis 446 • NH TS 90 c/carr. fr. • Fendt 307C c/carr. fr. • Unifeed Zago Sabre 170 NT • Enfard. Welger AP 500 • Ensil. NH SX450 • Gad. discos FELLA SM 270 • Plastif. fardos Tanco 580 S • Pulverizador Rocha
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ANA AGROSEM 9 201
HONRAR O LEITE
E QUEM O PRODUZ NA FESTA FAMILIAR DO NORTE A AgroSemana reafirma-se no calendário das exposições agrícolas nacionais e o setor agroalimentar voltou a sublinhar, no Espaço Agros, na Póvoa de Varzim, a sua vitalidade e crescente importância
E
m honra ao leite e a quem o produz, as famílias acorreram em força à Feira Agrícola do Norte, com muito para ver e sentir, tal a extensão do programa, tão apelativo quando diversificado. Entre 29 de agosto e 1 de setembro, os cerca de 90 mil visitantes não tiveram dificuldade em encontrar em cada ponto do recinto sobejos motivos de interesse, uns acentuadamente de cariz profissional, outros meramente lúdicos. A importância crescente desta Feira Agrícola do Norte não só levou alguns dos líderes partidários à sua visita, como também foi premiada com a presença do comissário europeu para o setor, Phil Hogan, homenageado na sessão de abertura pelo ministro português da tutela, à qual compareceram 120
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os autarcas da Póvoa de varzim, de Vila do Conde e da Maia. A exposição de gado leiteiro e um concurso nacional da raça Holstein-Frísia, com 200 entidades expositoras, atraíram muitas atenções, as mesmas que se centrariam nos stands das empresas que fornecem equipamentos para as explorações de produção leiteira, ou no espaço da maquinaria agrícola, onde a revista abolsamia voltou a marcar presença. O cuidado espaço da Agros em Argivai ajuda a fazer a diferença entre a AgroSemana e outros certames no que respeita ao conforto dos visitantes, que encontraram muitos pontos de restauração, de atração e de atividades, e muito particularmente para as famílias e as suas crianças. Os espectáculos musicais com os D.A.M.A, Calema e Mariza lotaram o espaço para as sessões noturnas. As “olimpíadas agrícolas” Bridgestone - Agrolympics Portugal tiveram a participação de sete Escolas Profissionais Agrícolas, sorrindo o título à EPAMAC - Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Marco de Canaveses, que na Estónia representará Portugal na competição europeia.
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FEIRAS // AgroSemana
O universo Agros agrupa 44 cooperativas leiteiras, 1025 produtores e recolhe, anualmente, 500 milhĂľes de litros de leite
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AGROSEMANA 2019
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BRIDGESTONE EM PASSADA OLÍMPICA RUMO ÀS NOVAS TECNOLOGIAS
Gigante e líder mundial da produção de pneus e borracha, a Bridgestone renovou presença na AgroSemana onde mostrou uma vasta gama de produtos para a agricultura com muita e nova tecnologia associada
E
m Tóquio encontrase a sede do grupo Bridgestone, onde, no próximo ano, realizamse os Jogos de Verão da XXXII Olimpíada, 56 anos depois de ali se terem estreado no continente asiático. Parceiro olímpico oficial desde 2014 e até 2024, a companhia fundada em Fukuoka, em 1931, por Shojiro Ishibashi, mantém uma passada de honra e glória com o objetivo de alcançar o lugar mais alto no pódio das novas tecnologias. E continua a demonstrá-lo, tanto no campo, como nos certames de exibição de produtos. Algo que voltou a demonstrar na AgroSemana, desta vez até com honras de ativação de marca, e mesmo que num evento expositivo da fileira agroalimentar. A Bridgestone, a par da sua subsidiária Firestone, desafiou os visitantes a conduzir um automóvel com um pneu de alta deflexão, furado, mas sem perder o controlo da viatura. Graças à tecnologia Run-Flat, esta permite a condução a 80 km/h durante 80 km com pressão do pneu a zero. A demonstração do pneu Bridgestone DriveGuard não deixou ninguém indiferente. Em busca de mais serviços e soluções de mobilidade para as pessoas, seja
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através de novos e inovadores produtos, seja pelas novas tecnologias empregues, Telmo Montenegro, gestor de produto da Bridgestone, enfatizou o caso do desenvolvimento da telemática pela TomTom, recentemente adquirida pela Bridgestone, que irá munir as marcas do grupo com serviços muito inovadores. “Quando associada à tecnologia 5G iremos dar passos gigantescos”, justificou.
Produtos e momentos da Bridgestone na AgroSemana
MENOR COMPACTAÇÃO Já para os profissionais da agricultura, as linhas VX-Tractor, VT-Tractor e VT-Combine CFO estiveram bem representadas, com o auxílio do parceiro de há muito, a empresa Operação Directa, prestadora de serviços agrícolas em Rates, Póvoa de Varzim, que equipa a sua maquinaria, em exclusividade, com os produtos Bridgestone. Uma das demonstrações propostas apresentou um Fendt da série 900 equipado com os VT-Tractor sobre um tapete com sensores para atestar as diferenças entre o VT-Tractor e um pneu standard, e como a tecnologia empregue na construção do pneu possibilita a sua insuflação com pressão apenas a 0,8 bar. O resultado é um significativo aumento da tração e da superfície de contacto com o solo, reduzindo a sua compactação, o que também conduz a maior rentabilidade do solo, menores danos e à melhoria do consumo de combustível.
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Tel. 212 307 350 apoio.cliente@bridgestone.eu www.bridgestone.pt MAIS RESISTÊNCIA No que se refere ao VX-Tractor, Telmo Montenegro elencou as principais maisvalias da gama de resistência da marca. “Está destinado a tratores de grande potência, que necessitam de estar assentes em pneus mais resistentes, pois não só fazem muitos transportes em estrada, como suportam cargas pesadas numa base diária. Tem maiores tacos de borracha, tem oito telas no interior e o piso assenta completamente, mas sem se tornar muito duro ou desconfortável.” Mais resistente,
também, uma vez construído com telas de aço, o Firestone Performer esteve em exibição imponente no stand, ainda que francamente mais estreito. O ainda recente VT-Combine CFO (Operações Cíclicas no Terreno) equipava uma ceifeira Claas Jaguar 950, para demonstrar como pode suportar cargas mais elevadas que os pneus convencionais, ou com menor pressão de insuflação para a mesma carga, garantindo assim maiores produtividade, resistência, estabilidade e durabilidade.
Aumentar a tração e produzir menores danos no solo são atributos do VT-Tractor, que melhora o consumo de combustível
LOUROS PARA
OS ALUNOS DA EPAMAC Como a ligação ao desporto é omnipresente na filosofia da Bridgestone, na Póvoa de Varzim voltou a apadrinhar os jogos Agrolympics. Dirigidos aos alunos das escolas profissionais agrárias, para que possam mostrar os seus conhecimentos e habilidades, competiram sete escolas e os louros foram depositados nos atletas-estudantes da EPAMAC, do Marco de Canaveses, que irão representar Portugal na final europeia a realizar na Estónia.
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VERSÁTIL, PRÁTICA E EFICIENTE Gama articulada Manitou ganha adeptos em todo o país
A nova gama de carregadores articulados compactos da Manitou está a fazer o seu caminho e a conquistar adeptos por todo o país, sobretudo no Norte, onde as explorações agrícolas são mais pequenas que as do Sul. A utilização de tratores com carregador frontal tem mais uma ótima alternativa
A
AgroSemana foi o certame escolhido pela Manitou Portugal para mostrar, pela primeira vez, alguns dos modelos da nova gama de carregadores articulados. A versão 3-35H foi a peça de destaque do stand, como já tinha sido na Feira de Santarém, e logo vendida, sinal de que há mudança de hábitos. São usos e costumes antigos, enraizados, e as explorações agrícolas e de produção animal a Norte são de menor dimensão, pelo menos quando comparadas com as do Sul, Tomando por exemplo a produção de leite, “é raro a Norte uma vacaria ter mais de 200 vacas em produção”, explica Ricardo Melo, responsável comercial pela gama de equipamento compacto, que contextualiza a questão: “As vendas deste tipo de equipamento têm vindo a alastrar-se para o Sul da Europa e Portugal e Espanha estão a aderir, particularmente à gama articulada e no 124
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Norte de Portugal. No Sul está mais bem implantada a gama MLT [telescópica], onde quase todas as explorações as têm. Mas no Norte, onde as explorações têm menor dimensão, começa também a haver apetência.”
NO UNIVERSO MANITOU Como justificação, Ricardo Melo adianta que a gama MLA, para a região setentrional será um produto mais interessante que a MLT, e a verdade é que a feira ainda ia no adro e logo houve manifestações de interesse. Ou porque os agricultores já tinham uma pá carregadora articulada, ou porque já conhecem os benefícios destes equipamentos. Essas mini-pás, comercializadas desde 2009 como marca Mustang, passaram a integrar o universo Manitou, razão pela qual começaram a ser lançadas nas feiras. Na AgroSemana, a marca teve em exposição uma Mustang 1900 R, de quatro rodas (rígida), a MLA 3-35H, outra articulada, a MLA-T 533 145 Elite, o MI 35 D (empilhador) e a telescópica MLT 737-130 PS. “Comparada com a MLT, a MLA é uma máquina muito mais compacta. Nestas explorações de pequena dimensão é favorável e tem reduzido consumo de combustível. Ambas beneficiam da proximidade da assistência – temos oito representações no continente e ilhas”, diz Ricardo Melo.
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UM ACELERADOR MANUAL Com uma gama que vai de 24 a 143 cv, e dos 90 cm de largura a mais de dois metros, há uma caraterística dos articulados que parece cativar os agricultores: o acelerador manual. Segundo os técnicos da marca, ele funciona como se fosse um regulador de caudal hidráulico. Quer dizer que pode ser regulado esse caudal, na linha hidráulica auxiliar, sem alterar a movimentação da máquina, permitindo um controlo total dos acessórios sem prejuízo da manobrabilidade. É algo muito solicitado e valorizado pelos clientes. Outra particularidade são os engates disponíveis, de três tipos. Destacando-se o universal, compatível com a generalidade das marcas de minipás carregadoras e um semelhante ao usado nos carregadores frontais dos tratores, o que permite grande flexibilidade para quem tem mais de um tipo de máquina, articulada ou não, podendo escolher o tipo de engate que pretende para poder utilizar outros acessórios. Máquinas abertas, com portões laterais, mas também cabinadas, as máquinas Manitou podem também dispor de ar condicionado.
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especificamente para o trabalho de carga/ descarga, mais rápido e eficiente. O agricultor, frequentemente, queixa-se que é um grande investimento para uma máquina que só trabalha principalmente com garfos ou balde e que não lavra. Mas na prática ele irá utilizá-la todo o ano.”
EVOLUÇÃO NECESSÁRIA José Pinto, diretor da sucursal Norte da Manitou, acrescenta-lhe um argumento de peso, onde assenta a principal razão para a necessidade de mudança: “O carregador frontal num trator é um acessório pouco funcional e é inconveniente para a sua estabilidade. É ilógico que a máquina que mais horas faz numa exploração seja a que é usada para manipular cargas com o carregador frontal, um trator, que é feito para puxar, para a lavoura.” “Outra questão é a rapidez, que o trator não tem, quando comparado com uma MLA ou MLT, ou a capacidade de alcance da lança. Não tem a flexibilidade, o alcance e a altura que os nossos manipuladores atingem. Hoje, os agricultores, por razões diversas, ainda não valorizam suficientemente as potencialidades e a produtividade que obteriam com a aquisição destes produtos, em alternativa ao trator com o carregador”, explica ainda o delegado para o Norte. Ricardo Melo acrescenta ainda: “Estes só trabalham verdadeiramente como tratores duas vezes no ano - plantação e colheita. Mas com carregador frontal trabalham os 12 meses. Existem máquinas desenhadas
VENTOS DE MUDANÇA Explica Ricardo Melo que na Europa este paradigma está a mudar, apesar de haver alguma resistência: “Na construção civil esta mudança já se deu há mais tempo e no lugar dos equipamentos polivalentes estão as máquinas mais práticas e ágeis, especializadas e eficientes. No Norte, onde muitas explorações são de caráter familiar, tem sido mais difícil. Em todo o mundo, a tendência é que numa exploração, por cada três tratores exista um carregador telescópico ou uma carregadora articulada. Em Portugal, por vezes há sete/oito tratores e não há uma telescópica. Muitas vezes vamos a essas explorações e o único trator que está a trabalhar está a usar o carregador frontal. Daí resulta menor produtividade e eficiência do equipamento.”
As pás carregadoras articuladas compactas são máquinas muito versáteis, eficientes e funcionais
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DIA DE FOLGA
LAVANDA É O “OURO AZUL” PARA OS AGRICULTORES FRANCESES
DIA DE FOLGA Pequenas coisas ou grandes números do maravilhoso mundo das máquinas agrícolas
É no Drôme, departamento da região do Rhône-Alpes, no sudeste de França, vigiado pelo maciço montanhoso de Vercors, que se multiplicam os campos de lavanda, em Portugal também conhecida por alfazema, de intensa coloração cinza-azulado. Tudo porque o seu óleo essencial - produto nobre destinado à perfumaria, aromaterapia e cosmética – está a ser vendido a preços estáveis, que se situam entre os 100 e os 150 euros por quilo. Escreve a agência noticiosa francesa AFP que os agricultores franceses estão diante de um novo “El Dorado”, ainda que a plantação do “ouro azul” não represente mais que um ínfimo pedaço de terra na escala da agricultura francesa. No entanto, tais valores de venda têm melhorado significativamente o rendimento de muitos agricultores.
Entre 2010 e 2016, a superfície plantada passou de 38 mil para 53 mil hectares, substituindo culturas de menor rendimento. Em dez anos, o número de produtores aumentou de mil para 1400, e já são 120 as destilarias instaladas. As culturas de plantas perfumadas, aromáticas e medicinais, das quais a lavanda representa grande parte da produção, são as únicas em França que vêem aumentar as suas superfícies. A Bulgária é a principal produtora europeia de lavanda, mas as grandes casas francesas, Dior, Chanel, Guerlain, L’Occitane, L’Oréal, Yves Rocher, preferem a variedade francesa, que se diz de melhor qualidade. Segundo o presidente do comité interprofissional de óleos essenciais, Alain Aubanel, esta produção está a atrair muitos jovens à agricultura, sendo que o mercado está a desenvolver-se a bom ritmo.
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ROBÔ CHINÊS DÁ O PRIMEIRO PASSO PARA AUTONOMIZAR AS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS Ainda não tem nome, pois que se trata de um protótipo e assume uma imagem humana caricaturada, ainda que ao jeito de um desenho animado, move-se sobre rodas em todas as direções e o seu interior está repleto de tecnologia de ponta e inteligência artificial (IA), e apto para trabalhar com a tecnologia de rede de comunicações 5G. Para já, o robô desloca-se e examina culturas de estufa em Fuzhou, no Leste da China e segundo o relato do portal digital China Daily, significa que a autonomização da exploração agrícola já deu o primeiro passo. O robô “X” está a ser desenvolvido pela Academia Fujian de Ciências Agrícolas (FAAS) e pela Fujian Newland Era Hi-Tech Co., Ltd., e o objetivo não é outro que não a da construção da exploração agrícola autónoma, assim mesmo descrita por Zhao Jian, vice-chefe da área de agricultura digital da FAAS. A cabeça do robô dispõe de duas câmaras de 5 megapixels dispostas nos “olhos” e duas câmaras de 7 megapixels nas “orelhas”, para além de sensores que detetam a velocidade do vento, os níveis de dióxido de carbono, humidade e temperatura. Os dados sobre as plantas são de imediato transmitidos para a sala de controle da estufa. A coleta de dados de alta qualidade é apenas o primeiro passo, disse Zheng Peiqiang, diretor geral da Newland. O robô serve como base para muito mais aplicativos de algoritmos de IA que estão a ser desenvolvidos pelas equipas daquele consórcio. O robô pode usar os dados para determinar o estado de saúde das plantas, as condições de controle de pragas ou até mesmo, num futuro não muito distante, colher frutos com um braço biónico.
A cabeça do robô dispõe de duas câmaras de 5 megapixels dispostas nos “olhos” e duas câmaras de 7 megapixels nas “orelhas”
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GAMA DE PRODUTOS
ALFAIAS KUBOTA
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Sementeira Tratamento das culturas Soluções eletrónicas Equipamento para alimentação do gado Equipamento forrageiro
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DIA DE FOLGA
OUTUBRO 17 A 19 OUT.
ExpoAgro Canárias Ilhas Canárias, Espanha
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DESCUBRA
as diferenças
milhões de Kg foi a quantidade de pesticidas utilizada pelos espanhóis na atividade agrícola em 2016, segundo os dados do Eurostat, gabinete de estatísticas da Comissão Europeia. Os franceses ocuparam a segunda posição (72 milhões de Kg) e os italianos o terceiro posto (60). Portugal foi o sexto (10). Segundo aqueles dados, os fungicidas e bactericidas foram as categorias de pesticidas mais utilizados (46%), seguidas dos herbicidas (29%).
Fruit Attraction Madrid, Espanha
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Tecnoagro Lima, Peru
NOVEMBRO 10 A 16 NOV.
Agritechnica Hannover, Alemanha
19 A 22 NOV. SIMEI Milão, Itália
26 A 28 NOV.
Sitevi Montpellier, França
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Agribex Bruxelas, Bélgica
É o valor do aumento das exportações europeias de produtos agrícolas registado em julho deste ano face ao período homólogo de 2018. Segundo a plataforma de jornalistas europeus dedicados à agricultura, as exportações atingiram mais de 13 mil milhões de euros. As importações também aumentaram, mas o balanço continua positivo.
3 A 8 DEZ.
FIRA International AgTech Toulouse, França
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SOL . relva // pele do porco // carro do porco // camisola do condutor// jante do carro // ponto de exclamção // trator // raio amarelo
VOU DE FÉRIAS E APROVEITO PARA IR A UMA FEIRA
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OUTUBRO A DEZEMBRO
DIA DE FOLGA
TURQUIA ANUNCIA TRATOR ELÉTRICO Na primeira apresentação ao público, este trator foi conduzido pelo presidente da Turquia, Recep Erdogan. Ainda em fase de protótipo, o principal ponto a realçar é a propulsão. Os media avançaram que é movido a energia elétrica e que tem uma autonomia capaz de completar 8 horas, mas sem se conhecer o tipo de utilização. Não está associado a uma marca de renome, a cor e a estética parecem pouco apelativas, e os detalhes técnicos conhecidos são muito escassos. Voltaremos a ouvir falar deste projeto?
RECORDE MUNDIAL PARA A DUPLA JOHN DEERE-KUHN
188,9 ha/8horas
Um trator da John Deere equipado com um viradorjuntador de fenos da Kuhn estabeleceram um novo recorde mundial de serviço de forragem, totalizando uma área de trabalho de 188,9 ha em apenas oito horas. O feito foi estabelecido em 26 de agosto numa quinta da Jutlândia Central, na Dinamarca, atestado por técnicos do Centro de Testes da Sociedade Agrícola Alemã (DLG), que validaram os registos após medições puntuais e verificação das qualidade da forragem. O rendimento médio da operação foi de 23,6 ha por hora. O trator da John Deere utilizado foi o 6250R, de 9,3 toneladas, equipado com sistema de auto-guiamento AutoTrac, consola intuitiva Gen4 CommandCentre e Joystick CommandPR, e que alcançou uma velocidade máxima de operação de 22 km/h.
A VIDA NO CAMPO
HOLANDESES CAMPEÕES na utilização de tecnologia aplicada à agricultura Os agricultores holandeses ocupam o primeiro lugar, destacado, no que se refere à utilização de tecnologias de comunicação avançadas como auxiliar à sua atividade agrícola. Segundo um estudo da Sociedade Agrícola Alemã (DLG), 97 em cada 100 destes homens e mulheres utilizam o correio eletrónico numa base diária, da mesma forma que 93% serve-se da Internet para pesquisar assuntos relacionados com a sua atividade. Os holandeses dominam na utilização dos smartphones (82%) e no recurso às aplicações (apps), lê-se ainda naquele estudo. Neste mesmo segmento são os alemães que seguem no segundo lugar. Já os agricultores russos destacam-se na utilização de software de gestão e do gado, da mesma forma que se distanciam dos demais europeus na transferência de dados para consultores. Foram objeto do estudo da DLG, realizado no Inverno de 2017, 18 grupos de agricultores da Rússia, Grã Bretanha, Polónia, Holanda, França e Alemanha.
CONCESSIONÁRIOS //
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2 1 Fialho Correia & Lampreia | Ceifeira-Debulhadora CR7.90
Na foto (esq. para dir.): Luís Silva (CABM), Mário Munhão(CABM), Carlos Prates (Lampreia e Filhos), João Palmar, Manuel Rita (CABM), Afonso Bulhão Martins (CABM), Manuel Penteado (Agroanalítica) 2 Auto Agrícola Sobralense | Máquina de Vindimar 9070L
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Cliente: Quinta da Almiara Na foto: colaboradores da Quinta da Almiara e Diogo Penedo 3 Matos & Prata | New Holland T4.100LP
Local: Reigada, Figueira de Castelo Rodrigo 4 DB Tractores | NEW HOLLAND T4.100N CAB
Cliente: HVCZ VENTURES, LDA. Na foto: Sócios da HVCZ VENTURES, LDA. 5 Jopauto | T7.275 Heavy Duty Cliente: André Ribeiro Na foto: Equipas da Jopauto e da New Holland Portugal com a família de André Ribeiro Rego
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MOMENTOS NEW HOLLAND 130
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// New Holland
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6 Brás & Vasconcelos | New Holland Braud 9090 - Cliente: Manuel Giesta (MLCL) Na foto: Pedro Monteiro, Manuel Giesta 7 Caimeirinha
| Retroescavadoras B100 CTC - Cliente: INNOLIVA. Na foto (esq. para a dir.): Miguel Gravalos (diretor geral INNOLIVA), Filipa Bernardino (engª alimentar), António Pacheco (assistência mecânica), João Palmar (New Holland Portugal), José Rojaco (técnico manutenção INNOLIVA), António Luis (Oficina INNOLIVA) 8 Varanda & Cordeiro | NEW HOLLAND TD4.90F - João Victor (cliente) e Pedro Carvalho (New Holland Portugal) 9 Etelgra | New Holland T6.125 - Cliente: Paulo Bartolo. Na foto: Paulo Bartolo e Mário Cananão (Etelgra). 10 Empilhadores de Portugal - Algarve, Lda
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ANTIGAMENTE ERA ASSIM...
Foi pela graça de um operàrio
que se inventou a Vicon
O JOVEM HERMANUS, HOLANDÊS E TRABALHADOR AGRÍCOLA, ERA UM INOVADOR E EMPREENDEDOR T E X TO C A R LO S B R A N CO
H
ermanus Vissers, corria o ano de 1910, era um humilde trabalhador agrícola, natural de NieuwVennep, um pequeno lugar do município de Haarlemmermeer, na Holanda do Norte, junto ao lago Harleem, que lhe deu o nome. Como toda a terra seca na
Holanda, aquela também foi conquistada ao mar, no século XIX, e também como tudo o que é tomado acabou por ser aterrado para dar espaço aos homens. Assim que ali foi depositada a semente da Vicon, esta não tardou a germinar e rapidamente se tornaria famosa. Hoje, quase 110 anos depois, é uma das gigantes produtoras de equipamentos agrícolas. Naturalmente, também, os holandeses
GRANDES DATAS
De 1910 até à atualidade, a Vicon, para além de ter sido pioneira, deu precioso contributo para a grande expansão da mecanização agrícola
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eram dados à terra e ao seu cultivo, e Hermanus Vissers, no final da primeira década do sec. XX, muito fez por isso, e pelos seus compatriotas. E tanto que a Vicon não mais parou de granjear de invulgar popularidade, prestígio e reconhecimento pelo seu papel de inovação na agricultura. Uma marca que é representada em exclusivo para Portugal pela Expansão.
1949 1910
AVicon é fundada na Holanda por Hermanus Vissers
O virador-juntador de discos da Vicon
1962
1958
Distribuidor pendular de fertilizante
Pulverizador de baixa pressão
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INOVAÇÕES PREMIADAS
Vicon é o acrónimo de Vissers Construction Nieuw-Vennep A IDEIA PARTIU DE UM DOS OPERÁRIOS DA EMPRESA, DURANTE A II GRANDE GUERRA, E O NOME VICON AINDA HOJE PERDURA
Mas a Vicon, acrónimo para Vissers Construction Nieuw-Vennep, ainda que obra de Hermanus, não é totalmente da graça do fundador, mas sim de um dos seus anónimos operários de então, que durante os difíceis anos da II Grande Guerra lhe indicou o nome, razão pela qual receberia como bónus um florim holandês. UM EMPREENDEDOR Uma das primeiras a trilhar os caminhos da mecanização agrícola na Holanda, foi em Haarlemmermeer que Hermanus e a Vicon começaram a desenvolver o seu faro para a comercialização e construção de artefactos para a agricultura. De início comprou um
distribuidor de fertilizante e um cortador de erva, ao mesmo tempo que vendia fertilizantes, batatas, sementes e cebolas para outros agricultores. Foi tão bem sucedido que chegou à feira de Utrecht, já no período do pós-Guerra, com uma versão melhorada do plantador de batata belga. O bom acolhimento fê-lo decidirse pela produção de outras máquinas. Pouco tempo levou até adquirir os direitos de uma invenção holandesa, um virador-juntador, de discos, tipo girassol. E tão rápido quanto o fez assim se apressaram vários homens de negócios a contactar a empresa para garantirem a exclusividade de distribuição da máquina aos seus clientes. Em 1955, já o sucesso da Vicon fazia rebentar as suas costuras interiores, pelo que a empresa se mudou para novas instalações em NieuwVennep, construindo de raiz novas instalações. As mesmas que hoje são ocupadas pelo Grupo Kverneland – de origem norueguesa, esta a comemorar 140 anos de atividade -, que em 1998 tomou o controlo acionista da Vicon. Em 2012, todo este conglomerado de empresas acabaria por ser tomado pelos japoneses da Kubota.
Para além das “rodas de dedos”, a Vicon cedo se notabilizou pelo desenvolvimento de outros produtos inovadores, ainda que centrando a sua atividade em equipamentos forrageiros, de cultivo e plantação, mas também na distribuição de fertilizantes e pulverização. Talvez um dos mais conhecidos seja o distribuidor pendular de fertilizante, inventado pelo italiano Luigi Steffenino. A Vicon ficou-lhe com a patente, desenvolveu o produto e desde então mais de um milhão dos seus espalhadores de adubo já foram vendidos em todo o mundo. O mundo agrícola também lhe deve o pioneirismo da integração da soluções eletrónicas nos equipamentos, seja nos distribuidores, seja nas enfardadeiras, ou no desenvolvimento na norma ISOBUS, em 1985. Merecedora de inúmeros prémios como reconhecimento de desenvolvimento tecnológico para aplicação agrícola, a Vicon atingiu um novo expoente máximo, no SIMA de 2017, ao conquistar o galardão de Máquina do Ano, com a gadanheira condicionadora Extra 736 T. Equipada com suspensão Quattrolink, tal sistema de cilindro e dois acumuladores de azoto permitem à máquina colar-se ao terreno, detetando e adaptando-se aos desníveis do terreno.
2018
1976
Corta e vira com controlo GPS
Os discos triangulares
1966
Primeira gadanheiras de discos da Vicon (dois discos)
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1985
2011
O primeiro terminal de Unidade espalhadora de controlo de trabalho da alfaia fertilizante com controlo GPS
2016
A gadanheira premiada QuattroLink®
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É COMO TE DIGO, OS NOSSOS HOMENS PRECISAM DE BONS CONSELHOS
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DOIS DEDOS DE CONVERSA COM...
apresentação Nome
Emanuel José Ramos Tagarroso Idade
31 anos Onde trabalha
Emanuel Tagarroso, unipessoal, lda Por conta própria ou por conta de outrem?
Por conta própria
Qual é a atividade da exploração/empresa?
Olivicultura, cerealicultura e comércio de matérias-primas agrícolas (compra e venda de azeitona e cereais) Usa as redes sociais para divulgar o dia-a-dia no campo?
Não tenho por hábito fazer essa divulgação. No entanto, em momentos de maior descontração, faço, eventualmente, algumas publicações na rede Facebook sobre o meu dia-a-dia no campo em termos daquela que é a minha atividade profissional
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Emanuel Tagarroso [Jovem agricultor de Vale de Vargo, Serpa]
N
o local onde ficamos a conhecer um pouco melhor os agricultores e tratoristas do nosso país, Emanuel Tagarroso, utiliza o Facebook em períodos de maior descontração para divulgar as suas atividades diárias profissionais no campo.
A sua família trabalha no campo e é dai que vem a ligação ao setor?
Sim, sem dúvida. A minha família está, desde sempre, ligada ao campo. A minha infância foi, portanto, passada neste ambiente. Aprendi a respeitar a terra, assim como o trabalho que nela é feito. E esta vivência despertou o meu interesse por esta área.
Como descreve a sensação de as manusear?
Uma sensação de poder e liberdade. O que é que há nas máquinas com que trabalha que mais lhe facilita a vida?
Os sonares do atomizador rebocável são, para mim, o elemento de maior facilidade que estas máquinas proporcionam. Quais as tarefas que mais gosta de realizar?
Mobilização de terras, principalmente a gradação. Quando está no trator o que prefere ouvir?
O barulho do motor. Com que idade se começou a interessar por máquinas agrícolas?
Não consigo precisar a idade, ao certo. Mas posso dizer-lhe que, desde muito cedo, vi o meu pai e o meu avô a lidar com estas máquinas. E foi sempre algo que mexeu muito comigo; de maneira que ficava a observá-los durante horas e fazia-lhes inúmeras perguntas sobre o funcionamento delas e o porquê de determinadas técnicas que usavam.
Dar massa e limpar o filtro fica para outro dia?
Não. Sempre que concluo uma operação, gosto de fazer a manutenção, soprar o filtro, verificar a água do radiador e lavar o trator. Dar massa acontece periodicamente. Tem intenção de trabalhar noutro ramo?
Não, de todo. É neste ramo que sou feliz e me sinto realizado.
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A parte mais frustrante de trabalhar na agricultura é saber que esta é a arte de empobrecer alegremente
Qual é a melhor parte de trabalhar na agricultura?
A liberdade. Qual é parte mais frustrante de trabalhar na agricultura?
A parte mais frustrante de trabalhar na agricultura é saber que esta é a arte de empobrecer alegremente. E para lá da agricultura? O que faz quando não está a trabalhar para a exploração/empresa?
Dou aconselhamento agrícola a uma exploração e trabalho com o comércio de matérias-primas. O que é que o faz rir?
A minha namorada. O que é que o chateia?
A incompetência. Se ganhasse a lotaria qual seria a primeira coisa em que investiria?
Compraria uma herdade à altura dos meus sonhos.
abolsamia julho / setembro 2019
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