Nº120 MARÇO / ABRIL 2020
abolsamia.pt
A REVISTA DA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA
TESTES EM CAMPO: FENDT 314 VARIO PROFI + // CLAAS AXION 960 TERRA TRAC // NEW HOLLAND T5.140 DYNAMIC COMMAND
Série centenário black edition / Antigamente era assim...
GALUCHO 100 ANOS
De São João das Lampas para todo o mundo, a empresa de Sintra fabrica “máquinas para a vida”
Ano XXVII . Nº 120 Bimestral março / abril 2020 Diretora Catarina Gusmão Preço: € 6,00 Cont. / ISSN 2183-7023
MERCADO PORTUGUÊS DE TRATORES EM ALTA // VISITA À FÁBRICA DA CLAAS EM LE MANS
EDITION
A GALUCHO comemora 100 anos e produziu uma edição especial e limitada: BLACK EDITION.
MG Modelo de 24 000 kg PB Dimensões da caixa (C x L x A): 8.00 x 2.32 x 1.50 m Eixos fixos, auto-direcionais ou direcionais forçados 1 cilindro de basculamento à retaguarda Capacidade de 27 a 41 m³ Chassi em perfil G com 10mm de espessura reforçado
Pop-up por: André Pimenta
Lança equipada com mola de série
Máquinas para a vida EDITORIAL A Galucho foi fundada em 1920 pelo meu avô, José Francisco Justino e mantém-se na propriedade da família ininterruptamente desde então. Criou a sua própria tecnologia desenvolvendo máquinas que, para além das suas performances, são conhecidas pela sua robustez e longevidade: máquinas para a vida, slogan do nosso centenário. A história da Galucho é indissociável da própria história da agricultura portuguesa e sobretudo da sua evolução. Ao celebrarmos o centenário, queremos homenagear uma saga familiar e um passado de que muito nos orgulhamos. Agradecemos a confiança aos Clientes que nos têm acompanhado neste percurso, para quem continuaremos a trabalhar com o maior empenho, mantendo a Galucho como uma marca de referência para o futuro da agricultura portuguesa.
José Justino
Presidente do Conselho de Administração
SUMÁRIO REGUL ARES
EMPRESAS 08 Notícias 16 Cyragro reforça aposta no produto agrícola
MARÇO / ABRIL 2020
24
18 Cimetal de Torres Novas para o mundo 20 Claas Visita à fábrica em Le Mans
MERCADOS 24 Venda de tratores em Portugal foi a melhor
dos últimos dez anos 28 Europa e EUA com números positivos; Índia
e China em queda
PRODUTO 32 Notícias 36 Testes em Campo
Fendt 314 Vario Profi+ Claas Axion 960 Terra Trac New Holland T5.140 Dynamic Command 46 Nova linha unifeed da Faresin 50 Gestão de Parque de Máquinas
Os Fendt dominam em Vairão (Vila do Conde) 68 Um dia com os unifeed da Siloking
36
72 Novidades premiadas na FIMA 2020
FLORESTA 88 Entrevista com Pedro Serra Ramos,
presidente da ANEFA 96 Segurança e prevenção de acidentes
68
de trabalho 98 Notícias
ANTIGAMENTE ERA ASSIM 10 Os 100 anos da Galucho
CONCESSIONÁRIOS 100 Regiões
50
116 Momentos New Holland
88
DOIS DEDOS DE CONVERSA 120 Diogo Azevedo, produtor de Pera Rocha ESPECIAIS
54 Dossiê Técnicas de Poda
Poda mínima com máquina Ferrand A poda mecânica na viticultura Os campeonatos de poda manual
80 Tema jurídico contratos para a utilização da terra 82 As alterações climáticas na agricultura 118 Garagem Glória, máquinas de outros tempos
4
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54 www.abolsamia.pt
NOVA SÉRIE F
DEIXE QUE UM ESPECIALISTA CUIDE DAS SUAS COLHEITAS MAIS VALIOSAS. F Series / 75 - 105 hp A Série F da Valtra é um trator pequeno, embora potente, capaz de cuidar das suas mais preciosas colheitas. A Série F está disponível em três tamanhos diferentes, o que a torna adequada para uma grande variedade de tarefas em vinhas, explorações frutícolas e outras culturas especializadas. Escolha um trator com ou sem cabina ou opte pelo modelo mais estreito para caber nos espaços mais apertados.
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YOUR WORKING MACHINE
EDIÇÃO 120 março / abril 2020 EDITORIAL
ESTREAMOS NOVAS RUBRICAS PROPOSTAS PELOS LEITORES ecentemente assisti ao espetáculo ‘Muros’, da Companhia Alentejana de Dança Contemporânea. O teatro, a música e a dança surgem misturados nesta performance que a nível da coordenação e da destreza física é muito exigente para quem a protagoniza. Para lá da dança e dos diálogos, os quatro bailarinos empoleiraram-se em escadotes, fazendo manobras arriscadas que obrigam a muita concentração. A atuação foi irrepreensível, mas numa sala com mais de cem lugares, do lado do público estavam apenas 12 pessoas. Voltei a pensar nisto. Aparentemente indiferentes à dimensão da assistência, os quatro artistas deram o seu melhor, como se atuassem para uma grande plateia completamente lotada. Aqui, na redação da revista, não é muito diferente. Da melhor forma que sabemos, experimentamos máquinas, compomos reportagens e difundimos notícias. No fundo, preparamos a atuação e pomo-la à disposição do nosso público. Mas, a quantas pessoas chega cada peça e o que pensarão acerca dela? O que esperam do nosso trabalho?
R
Noutros tempos só íamos conhecendo a opinião dos leitores quando se dava o acaso de os encontrarmos nos concessionários ou de visita a uma feira. Hoje, com a diversidade de canais d’abolsamia [o portal da revista, o email, as redes sociais…], há uma comunidade de leitores que cada vez mais tem por hábito interagir connosco. Recentemente enviámos à nossa lista de contactos um inquérito acerca das rubricas que compõem a revista e ficámos positivamente agradados com o número de respostas e com o teor das sugestões que recebemos. Na continuidade deste exemplo, a si, que faz parte da nossa comunidade de leitores, pedimos que nos aplauda ou nos vaie, consoante o que merecermos, e que nos escreva com sugestões. Esta comunicação bidirecional é para nós muito proveitosa e ajuda-nos a fazer um melhor trabalho. Para já, e correspondendo aos desejos manifestados nas respostas que recebemos, estreámos novas rubricas: garagem glória, (tema) jurídico, e alterações climáticas. Outras se seguirão. João Sobral
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abolsamia março / abril 2020
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A New Holland escolhe lubrificantes
A EXPERIÊNCIA DE CONDUZIR UM AZUL
BTS
NOVA SÉRIE T5 AUTO COMMAND™
PREPARE-SE PARA UM NOVO NÍVEL DE CONFORTO E RENDIMENTO COM ESTA VERSÃO DE TRATOR PREMIUM Ajuste de velocidades infinitas Auto Command™ Cabina Horizon™ para melhor visibilidade e mais espaço Ergonómico pousa braços Sidewinder™ II para uma condução intuitiva e precisa Potente motor NEF 4,5 litros e 140 CV NEW HOLLAND TOP SERVICE 00800 64 111 111* APOIO E INFORMAÇÃO 24/7. *A chamada é gratuita desde que efetuada a partir de um telefone fixo. Se a chamada for feita de um telemóvel, consulte as taxas com o seu operador.
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GALUCHO COM SÉRIE MUITO ESPECIAL
DE “MÁQUINAS PARA A VIDA” EM ANO DE CELEBR AÇÃO DO CENTENÁRIO, A GALUCHO, FABRICANTE PORTUGUÊS DE MAQUINARIA AGRÍCOL A , VAI SUSCITAR MUITA CURIOSIDADE COM A APRESENTAÇÃO DA “BL ACK EDITION”, A SÉRIE ESPECIAL CENTENÁRIO QUE SER Á VISÍVEL NA AGROGLOBAL, EM SETEMBRO
ma grade de discos pesada, NGVR, com o chassis negro e o conjunto de discos no tradicional laranja e o semirreboque de transporte agrícola MG com a caixa de carga também pintada de negro, são dois dos elementos que caraterizam a série especial “Black Edition”, uma das iniciativas com que a Galucho decidiu assinalar o centenário. Numa declaração em vídeo que pode ser vista na página do Facebook de lançamento da próxima edição da Agroglobal, o presidente da empresa, José Justino, justifica ser aquele um evento onde a Galucho se sente “muito confortável”. “Por isso, este ano, de comemoração do centenário, a empresa irá ter uma presença acrescida, quer pelas máquinas expostas, quer pelas que estarão no campo, em demonstração. Teremos também em
U
O FUTURO DA GALUCHO PASSA PELA APOSTA NA PERMANENTE ATUALIZAÇÃO DA ENGENHARIA DE PRODUTO E DOS MEIOS DE PRODUÇÃO 8
abolsamia março / abril 2019
exibição uma série especial, a Black Edition – série centenário – que terá um impacto acrescido. Basicamente, será mais para memória futura, que utilizaremos, sobretudo, em demonstrações de campo, e em feiras em Portugal e em alguns países para onde exportamos. No entanto, uma série limitada e numerada desta edição estará também disponível para os nossos clientes”, explicou o neto do fundador da empresa. MÁQUINAS DE LONGA DURAÇÃO, PARA A VIDA A Galucho criou um logótipo para assinalar o seu centenário e o slogan para a comemoração será “Máquinas para a Vida”, numa alusão à durabilidade das suas alfaias agrícolas. “Temos notado que [a durabilidade] é uma das características mais valorizadas pelos utilizadores das máquinas Galucho. É habitual vermos máquinas com 30 e 40 anos ainda em ótimo estado de funcionamento, e para as quais os utilizadores apenas nos pedem peças de substituição, que fornecemos”, diz José Justino, sustentando que nos últimos 50 anos a Galucho tem vindo a antecipar algumas das tendências agora em voga, “pois não só é adepta, como cultiva a economia verde e a sustentabilidade. Sempre apostámos na robustez das nossas máquinas e na sua longevidade, poupando recursos naturais cada vez mais escassos.
Contrariando as tendências consumistas conseguimos que as nossas máquinas durem, requerendo somente a substituição de peças de desgaste, para continuarem a desempenhar cabalmente os fins para que foram construídas.” Tais preocupações caminham a par das exigências de qualidade. Para o presidente da Galucho, “grande parte da agricultura portuguesa ainda é tradicional, pelo que apostamos na qualidade, com produtos fiáveis, de boa engenharia, com as melhores peças e materiais, e com uma crescente aposta no serviço. É por isso que o training center [centro de treino], para além da formação profissional dos nossos operários, servirá também para dar formação técnica e comercial aos nossos agentes, de forma a que o utilizador final seja esclarecido quanto à melhor utilização de cada máquina, para que se adapte ao seu funcionamento e dela retire o melhor rendimento.” O futuro da Galucho passa pela aposta na permanente actualização, quer da sua engenharia de produto, quer nos seus meios de produção. “Na nossa história já entregámos máquinas que trabalham em cerca de 90 países em todos os continentes. Estamos a dar enfoque particular aos mercados de maior tecnologia onde temos algumas parcerias, que continuaremos a desenvolver para aí reforçar a nossa presença”, sintetizou José Justino.
SÉRIE 6 WARRIOR
A edição limitada que não conhece limites A partir de agora, todos os modelos de 6 cilindros estão disponíveis na bem sucedida versão WARRIOR. Estes atraentes modelos incluem: • Pacote de iluminação LED • •
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115 aos 166 kW), Experi Visit
DEUTZ-FAHR
(Powershift,
TTV),
RCshift,
EUTZ-FAHR DEUTZ-FAHR ou deutz-fahr.com
aç
e os n
.
ANTIGAMENTE ERA ASSIM...
A Galucho faz
anos
O ENGENHO DE UM HOMEM, A PERSEVERANÇA DE UMA FAMÍLIA empre na mesma terra sintrense que viu toda a família nascer e crescer, José “Galucho”, era assim conhecido, de alcunha herdada de seu pai, foi ferreiro e carpinteiro tão engenhoso quanto precoce, aprendiz de tais artes desde os tenros 11 anos. Na idade adulta haveria o “Galucho” de erguer a sua própria oficina de carpintaria, de cadeiras, mesas e medidas para cereais, e que evoluiria para a construção de veículos de tração animal, depois para carroçarias e
S
GRANDES DATAS De 1920 até aos nossos dias, a Galucho sempre deu um precioso contributo para a dinamização da mecanização agrícola em Portugal
cabines de camionetas, algo que até à data era inédito no país. A Galucho, uma pequena oficina local, hoje o maior fabricante nacional de máquinas e alfaias e um dos mais importantes do género na Europa, formada em 1920, perdura como sociedade anónima especializada no desenvolvimento das mais eficientes soluções em duas áreas de negócio: agricultura e equipamentos de transportes. Empreendedor como poucos, José Francisco Justino expandiu o seu negócio,
diversificando os ramos de atividade, foi fanqueiro e retroseiro, também haveria de abrir uma mercearia e uma agência funerária. Mas a carpintaria mecânica e a serralharia fá-lo-iam estar mais perto do mister que lhe fez saltar o nome de terra em terra e no tempo. Fazia-se acompanhar pelos filhos (dez, dos quais seis rapazes), familiarizando-os com os processos de trabalho e fabrico, ensinando-os à medida que estes iam atingindo a idade laboral, e que gradualmente iam assumindo o seu posto na empresa. Foi então que deu início ao processo de fabrico de máquinas agrícolas, dos tipos mais procurados pela agricultura local. Um pequeno arrojo, mas um primeiro salto: arados e charruas de tração animal, carroças e carros de bois.
1940
1961
OPORTUNIDADE
1920
ASSIM NASCEU UMA EMPRESA
José Francisco Justino instala uma oficina de ferreiro em S. João das Lampas, Sintra. Começa por fabricar ferramentas e utensílios simples para a agricultura.
A mecanização agrícola emerge em Portugal, mas as máquinas importadas não se adaptavam à dureza dos solos portugueses. A Galucho trata de as reparar e reforçar.
NOVAS INSTALAÇÕES
1953
NOVAS SOLUÇÕES
A empresa desenvolve novas soluções de equipamentos agrícolas, estas sim, adaptadas à realidade portuguesa. A charrua de 1 ferro de 1/4 de volta, e a de 2 ferros, são exemplos de sucesso imediato.
A chegada da energia elétrica ao espaço fabril e a mudança para as instalações definitivas foram o pontapé de saída para o período da grande expansão. Surgem os reboques agrícolas e as caixas de carga de camiões para serviços agrícola e industrial.
São cerca de 90 os países para onde a Galucho tem exportado a sua maquinaria
A Galucho dispõe de outras unidades fabris em Albergaria-a-Velha e também na Argélia peças de movimentação, então ainda importadas, eram demasiado frágeis para suportar as condições de operação em Portugal. À Galucho coube a tarefa de soldar e reforçar os pontos frágeis de tal material, de fabricar alfaias de raiz, de temperar o aço ao jeito dos solos portugueses. Corria o ano de 1953 quando a metalomecânica de S. João das Lampas passou a ter todo um país por horizonte.
A EXPANSÃO
Foram vários os saltos tecnológicos que modernizaram a tecnologia
PRIMEIRO FOI O DIESEL
Sempre deu um passo à frente do seu tempo, e dois teria dado se a energia elétrica não tardasse a chegar a São João das Lampas, pois que uma década se passaria sem que pudesse desenvolver mais a sua indústria, confinado ao motor diesel, ainda que esforçado, a única força motriz para o seu profícuo engenho. Falecia antes da chegada do luminoso progresso à freguesia, apenas no início da década de 60. Mas os seus descendentes honraram-lhe o passado empreendedor e a
resiliência, e em maio de 1961, ergueu-se uma moderna sede industrial, com mais de 3300 m2 de área coberta. Assim se aperfeiçoaram as produções, se aumentaram os volumes e se atingiram novos mercados. Para almejar tais objetivos tornava-se imperioso dar os saltos tecnológicos, e o primeiro já tinha ocorrido no início da década de 50, coincidindo com o início do decisivo processo de mecanização da agricultura portuguesa, de que foi a Galucho precursora. Acontece que a maior parte das alfaias e
PORMENORES
Primeiro a madeira, depois o aço com que a Galucho construiu para todo o mundo
1970 1967
GRADES PARA EXPORTAÇÃO
A produção de grades pesadas para Angola e Moçambique dá início ao grande projeto de internacionalização que se iniciaria nos anos 70 e que prestigiou a marca Galucho em todos os cantos do mundo.
NA MONTRA INTERNACIONAL
À medida que ia conquistando novos mercados, a Galucho colocou-se na montra internacional, realizando regularmente aparições com stand nas principais feiras europeias.
A mudança para as atuais instalações, hoje com uma área coberta de 50 mil m2, em área total de 230 mil m2, com um segundo núcleo de instalações fabris em Albergaria-a-Velha e pólos de produção (em joint-venture) na Argélia (Sidi Bel Abbès, Argel e Tiaret), abriu caminho ao desenvolvimento industrial e ao reforço da competitividade que só encontrava paralelo nos grandes empórios europeus. O equipamento modernizara-se, sofisticara-se por graça da informática e da eletrónica a produzir diariamente 100 alfaias e 20 reboques. Nos anos 80, dirigia-se aos mais influentes países europeus, como a Alemanha, a França e Inglaterra, o principal fluxo das exportações. E no dealbar do séc. XXI, a Galucho já chegou a todo o lado. Com uma linha completa para mobilização e cultivo agrícolas e de transporte, em 100 anos já chegou a mais de 90 países, detém uma quota de mercado na casa dos 60% e desenvolve operações em França, Espanha e Argélia.
1990 1980
A LIDERANÇA
A consolidação de reputação europeia não é apenas pelo prestígio da marca, mas também de liderança, razão pela qual é mais fácil estabelecer parcerias, como aconteceu com a Steyr, que abriu portas a África, América Latina e ao Oriente.
FÁBRICA EM ALBERGARIA-A-VELHA
Ao aumento da procura dos produtos Galucho corresponde a administração com a construção da segunda unidade fabril em Portugal, em Albergaria-a-Velha.
2014
NOVAS GERAÇÕES
O empreendimento chegou às terceira e quarta gerações da família, que assumem a gestão. A imagem está renovada, tem um novo logótipo e slogan, tal muita motivação. O Ambiente é uma nova unidade de negócio.
EMPRESAS // notícias
Kubota investe em robôs de colheita A Kubota acaba de anunciar um investimento na start-up Abundant Robotics, sediada nos Estados Unidos, que se destaca por desenvolver robôs para a apanha de maçã. Em junho de 2019, a Kubota lançou um centro de inovação e pretende rodear esta estrutura de empresas que trabalham com tecnologia de ponta aplicada à agricultura. A Advanced Farm Technologies, que desenvolve robôs para apanha de
FARMING AGRÍCOLA
COM MELHOR FATURAÇÃO DE SEMPRE EM 2019
morango, foi a primeira aposta, num investimento feito em parceria com a Yanmar logo em agosto de 2019. Estes passos enquadram-se assim numa estratégia que pretende apostas no ramo
A espanhola Farming Agrícola
delegação em Frades (Corunha)
da colheita automatizada de diversos
encerrou o ano fiscal de 2019 com
antes do verão deste ano. Tais
tipos de frutos, recorrendo para esse
um aumento de 3% na faturação,
instalações, com um investimento
efeito a tecnologia de ponta.
que atingiu 35,2 milhões de euros,
de 1,3 milhões de euros e uma
o melhor resultado na história da
superfície de 27.000 m2, terão
empresa que este ano celebra
localização perto de Santiago de
o seu 40º aniversário. Para este
Compostela. Da mesma forma,
notável valor de negócio em
também serão iniciadas obras
muito contribuíram as históricas
no período de 2020-21 para abrir
marcas importadas pela empresa
novos escritórios na província
de Palência, Krone e Amazone, a
de Valladolid. Já em Portugal,
que se juntou a linha de produtos
a Farming Agrícola também se
da Steyr, prestigiado fabricante
prepara para abrir instalações no
austríaco de tratores.
distrito de Santarém, reforçando
No segundo semestre de 2020,
a estratégia da marca de estar
a Farming Agrícola vai inaugurar
próximo dos seus clientes finais.
a sua nova sede, localizada em Villamartín de Campos, a 17 km de Palência. Aquelas instalações, com uma área de 21 hectares terão um custo de oito milhões de euros, local que dispõe de ampla área para demonstrações de campo.
35,2 MILHÕES O MELHOR RESULTADO
A Farming Agrícola continuará
NA HISTÓRIA DA EMPRESA
em 2020 o seu plano de
QUE ESTE ANO CELEBRA
expansão, que será reforçado com a abertura de uma nova
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O SEU 40º ANIVERSÁRIO
40
milhões de euros foi o investimento feito pelo grupo AGCO na ampliação das instalações de Beauvais (França) para desenvolver a sua indústria 4.0 (agricultura de precisão). www.abolsamia.pt
Cultivamos a qualidade, com ela fazemos cultura Em 50 anos temos muitas histórias para contar
Em meados da década de 80, um amigo e cliente da AGRICORTES adquiriu máquinas industriais para uso na sua atividade de obras públicas. A atividade empresarial do cliente não correu bem por ter dispersado muitos dos meios financeiros que ia recebendo, nomeadamente comprando uma grande propriedade em Alcoentre, atrasando-se na liquidação das suas obrigações com a AGRICORTES. Tendo sido visitado pelo Major Vieira da AGRICORTES nesta quinta em Alcoentre, para ser acordado um plano de pagamentos da dívida existente, o cliente informou que não tinha dinheiro disponível, mas que tinha 16 vitelos charoleses para os quais não tinha possibilidade de comprar alimentação e que podia entregar por conta da dívida. A proposta foi aceite e no dia seguinte uma viatura da AGRICORTES transportou os charoleses de Alcoentre para a casa dos pais do Major Vieira, onde foram alojados provisoriamente todos juntos num curral, dado que ainda eram animais pequenos. Logo a seguir foram construídos alojamentos individuais com água automática e alimentação pela frente, de modo a facilitar a sua engorda até aos 18 meses, tendo-se feito animais grandes e bonitos. E assim foi paga a dívida das máquinas à AGRICORTES. Depois destes não houve mais charoleses e o local está a ter obras para aproveitamento turístico. Mas continua a ser uma história que gostamos porque o resultado revela sinfonia, em que de uma execução individual com a melhor das competências e consciência, resulta do seu conjunto uma solução convergente, potencialmente criativa, para a solução dos problemas que naturalmente surgem na atividade empresarial.
TRATORES www.abolsamia.ptPARA ESPECIALISTAS
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EMPRESAS // notícias
BELARUS PONDERA REGRESSO A PORTUGAL Alguns dos nossos leitores recordar-se-ão que a MTZ (Minsk Tractor Works), mais
CLAAS
INVESTIMENTO RECORDE, VENDAS EM SUBIDA MÍNIMA
conhecida pelo nome Belarus, esteve representada em Portugal. Muitos anos se
A Claas anunciou um ligeiro aumento no
passaram desde então e a
resultado anual de vendas (3.898 milhões de
marca manifesta interesse em
euros, mais nove milhões que em 2018), com
regressar ao nosso mercado.
o lucro antes de impostos a baixar para 136
Na mais recente Agritechnica
milhões de euros, quando no ano anterior foi
desvendou um modelo de
de 226 milhões de euros. Em contrapartida, o
antevisão, designado 742.7.
investimento em pesquisa e desenvolvimento
Sob o capô acomoda um
atingiu um novo recorde, no valor de 244
motor Caterpillar Fase V
milhões de euros, essencialmente aplicado
de 4 cilindros e 75 cv, cabine
Quanto às perspetivas de regresso a
renovada, transmissão
Portugal, Lolitta Snitko, chefe do
sincronizada de
departamento de vendas da Belarus,
12 velocidades, e uma linha
confirma que a empresa tem interesse
estável num ambiente de mercado cada vez
estética que antecipa a
em encontrar parceiros locais que
mais negativo. Apesar da queda prevista
atualização das restantes
garantam a representação da marca no
de receita, mantivemos a empresa em
séries.
nosso mercado.
andamento e investimos sistematicamente
no lançamento de novos produtos. “A Claas registou um desenvolvimento
na digitalização e na expansão de nossas posições no mercado”, afirmou Thomas Böck, presidente do conselho de
MANITOU CONQUISTA PRÉMIO POTÊNCIA 2019
administração do grupo. O significativo aumento de vendas em França e no resto da Europa ocidental contrasta com uma acentuada quebra na
A Manitou foi uma das empresas em
Alemanha, segundo a marca em virtude das
destaque na entrega dos prémios Potência, revista do setor da
más condições climáticas.
maquinaria de obras públicas e
Para 2020, o líder do grupo disse esperar
engenharia civil, ao ser distinguida
um desenvolvimento estável nos mercados
na categoria “Meios e Maquinaria
globais de equipamentos agrícolas, e um
Auxiliar, Componentes, Implementos e Peças de Reposição” pelo seu porta-forquilhas de tabuleiro rotativo 360º CAT 1200/4000 R.
ligeiro aumento nas vendas da empresa. Susana Mota e Joäo Hébil, diretora de marketing e diretor geral da Manitou para Espanha e Portugal, recebem o prémio de Alberto López
Aqueles prémios pretendem
(de 0º a 15º) e até 2500 Kg (>15º), com
reconhecer os projetos de
forquilhas de 125x50x1200 e um peso
engenharia mais importantes do
de 730 Kg.
setor, e foram entregues no palco
Este implemento, opcional nos
VIP do Estádio Santiago Bernabéu,
modelos MRT2150 e 2550 da gama
em Madrid.
de manipuladores telescópicos
O equipamento distinguido tem a
rotativos, oferece um controlo de
largura de 1,29 metros, uma
carga que conduz a uma perfeita
capacidade de carga até 4000 Kg
estabilidade da mesma em 360º.
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EMPRESAS // Em Foco
A CYR É UMA FORNECEDORA GLOBAL E REFORÇA APOSTA NO PRODUTO AGRÍCOLA
A CYRagro não é uma nova empresa de Torres Vedras, antes o reforço da aposta da CYR – Comércio Ibérico de Rolamentos, que autonomiza a componente agrícola para aumentar a oferta a um grande conjunto de empresas e ao consumidor final
completa, pois se um cliente pretende algum tipo de produto que não exista em stock, desde que esteja no catálogo dos nossos fornecedores tentaremos disponibilizá-lo. É nessa capacidade de resposta que reside a nossa vantagem. Se já estiver em stock, o que o cliente nos pedir é despachado no dia. Seremos, provavelmente, em Portugal, e para algumas destas áreas, quem tem uma das melhores ofertas em stock, e o que não tivermos poderemos obtê-lo em 24/48 horas, a partir dos nossos fornecedores globais”, justifica o empresário. ROLAMENTOS E VEDANTES
Com instalações ampliadas, a CYR dispõe de loja para atendimento ao público com área de 400 m2 e duplicou a área para armazém
odo o tipo de rolamentos, vedantes, tubagens hidráulicas e para condução de líquidos alimentares, ferramentas e equipamentos para oficinas, manutenção e redes de ar comprimido e gases Air Liquide, constituem a grande rede de oferta que desde 2005 tem vindo a ser montada pela CYR – Comércio Ibérico de Rolamentos. O reforço da mais recente aposta radica no produto e serviço ao cliente agrícola, e para isso alargou os espaços físicos para
T
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stock e atendimento comercial. “A região de Torres Vedras é agrícola e apercebemo-nos que não estávamos corretamente vocacionados para esta área, pelo que decidimos autonomizála, sob gestão do sócio José Luis Costa, criando espaço e comerciais dedicados, produto em stock e mais oferta”, explica Carlos Esteves, um dos cinco sóciosgerentes da empresa, assumindo que a CYR passou a ser um fornecedor global para as áreas em apreço. “É da nossa filosofia procurar ter uma oferta
Com um terço da faturação anual preenchida pela área dos rolamentos – pelas representadas KOYO e NTN/SNR e vedantes – fornecidos pela Corteco, o universo CYR tem outras ramificações: os equipamentos pneumáticos SMC; as ferramentas Wera e Tengtools; os boosters X-tra Power e as mangueiras Merlett, uma representação ainda recente. Carlos Esteves explica como tudo aconteceu: “A Casa Santos Lima consultou-nos a respeito de uma mangueira muito específica para transporte do vinho e descobrimos que esta marca [Merlett] era a que a empresa pretendia. Contactámos o comercial para Portugal, que acabou por nos oferecer a representação. Estávamos a pensar em desenvolver esta área agrícola, contávamos adquirir uma
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// BEEMPRESAS STRONG. BE KUHN. Em Foco
Carlos Esteves falou do reforço da aposta da CYR nos produto e serviço agrícolas
ENFARDADEIRA FBP LIMPA-BERMAS AGRI-LONGER
empresa dedicada ao setor, mas o negócio gorou-se, pelo que decidimos autonomizar este setor no interior da empresa.” O espaço físico satisfaz, por ora, as necessidades. A CYR dispõe de 400m2 de loja, outro tanto de escritório e 1250 m2 de área de armazém. Aumentou para 30 o número de colaboradores, entre os quais seis comerciais, sendo que um deles é especialista na área agrícola. A grande aposta em 2019 foi a criação da nova loja online (em www.cyr.pt), direcionada para o cliente profissional, e criada com o objetivo de facilitar os pedidos, permitindo consulta de stock, preço, e conta corrente. Tem-se revelado uma ferramenta de extrema utilidade para os clientes que já a utilizam, permitindo-lhes poupar tempo nas consultas e pedidos. Inicialmente apenas com rolamentos e vedação, em breve serão adicionadas a Merlett e as ferramentas Wera.
UNIFEED REBOCÁVEL
SEMEADOR MAXIMA 3
PARA A OFICINA E PARA O AGRICULTOR
A empresa diz estar a criar bases interessantes no setor e ser capaz de começar a satisfazer necessidades de grandes clientes nacionais, pois há muito que ultrapassou as fronteiras distritais. E nacionais, pois já trabalha na Galiza, através da KOYO. “Começámos a fazer divulgação da CYRagro na Feira de São Pedro, também nas redes sociais, contamos estar na Agroglobal e também no salão da mecânica”, nota Carlos Esteves, que enfatiza uma outra parceria criada, com a Bepco: “Pretendemos fornecer tudo o que o cliente deseja graças à excelente rede de fornecedores nacionais e internacionais. Para todas as marcas de tratores e máquinas agrícolas desejamos ter todo o material, original ou não. Alguns dos nossos comerciais visitam os mecânicos para identificar as peças necessárias para as reparações para que as possamos fornecer. Temos máquina de diagnóstico para identificar as avarias e as peças necessárias. Trabalhamos tanto para a rede de oficinas, como para o agricultor que quer fazer a própria manutenção e que precisa de uma peça específica.”
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BARRAS DE CORTE OPTIDISC
› Estr. da Circunvalação, 2794-065 Carnaxide › T. 210 009/ abril 7522020 abolsamia março › www.divisaoagricola.autoindustrial.pt
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EMPRESAS // Em Foco
CIMETAL
IDEIAS NOVAS EM NEGÓCIO MADURO LEVAM A CIMETAL PARA LÁ DE TORRES NOVAS Entrada na idade madura, a Cimetal, uma pequena empresa familiar de comércio de produtos e serviços agrícolas com veia exportadora, não se acomoda e continua a olhar para lá do horizonte próximo
ica em Casais Novos, pequeno lugar do concelho de Torres Novas, casa da Renova, um dos grandes empregadores da região do Médio Tejo. Não o maior, pois o trabalho agrícola ainda leva essa medalha, em terras de culturas maioritariamente cerealíferas, de milhos e vinhas, olivais e bagas, sejam a goji, mirtilhos, amoras ou framboesas. Por ali também passou a moda, de tal forma que muito prosperaram, até chegar o tempo da descrença, da queda dos preços. “Foi a pique, e há gente arrependida, a que não tem terrenos extensos. É que Marrocos produz muito e com mãode-obra barata”, diz Carlos Mota sóciogerente da Cimetal, sociedade fundada pelo pai, José Arsénio Mota, em 1978. De uma simples oficina de manutenção de máquinas agrícolas e sistemas de vedação na região, ao negócio que o pai montou juntar-se-ia Carlos Mota, depois de se formar em engenharia mecânica e de ganhar experiência em outras empresas. A ideia era ajudar o pai e dinamizar o negócio. “Há seis anos fizemos um projeto de ampliação das instalações, concluído em 2019. Foi uma época de crescimento e de consolidação. Este ano vamos dar início a outro projeto, basicamente a construção de outro pavilhão, com uma área coberta de 500 m2, principalmente para armazenar peças e para aumentar a nossa
F
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abolsamia março / abril 2020
exportação. É este o nosso negócio: principalmente de comércio de máquinas agrícolas e de peças de desgaste, mas também de sistemas de vedações e soluções agrícolas (armação e tutoragem de pomares)”, explica Carlos Mota. Impunha-se esmiuçar tal assunto. Como é que é isso da exportação? ONLINE PARA ÁFRICA E AMÉRICA
O jovem engenheiro, que também tinha acabado de falar da falta de empreendedores na região e do envelhecimento da comunidade agrícola produtiva, explicou que a empresa correu atrás de fundos comunitários (programa Centro, do Portugal 2020) para incentivo à internacionalização e ergueu o projeto de criação de uma marca – Agricom – que é uma loja online de venda de peças: “O volume de negócio ainda é relativamente pequeno, mas temos um novo projeto, para mais seis anos, e temos a expetativa de o aumentar. Basicamente, exportamos peças, maioritariamente peças de desgaste, ainda que também alguma maquinaria, para Angola, Equador e Brasil. Temos cerca de mil peças em catálogo, com as referências originais das mesmas. É uma aposta que requer mais desenvolvimento, pois uma plataforma deste tipo demora algum tempo a disseminar a informação e é preciso trabalhá-la todas as semanas para melhorar a visibilidade e os resultados.
Carlos Mota, engenheiro mecânico, é sócio-gerente da Cimetal
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EMPRESAS // Em Foco
Ao mesmo tempo, é importante consolidar as parcerias que já temos e encontrar outras.” Para tal fim, a empresa vai iniciar nova obra de ampliação de instalações, uma área coberta para stock de peças, pois recebe encomendas de todo o país e estrangeiro. Ao nível de máquinas, o trabalho é mais regional e local. Com dez colaboradores, um na loja, três na oficina, mais o pai e fundador, José Arsénio Mota, e outros quatro nas montagens de campo, a Cimetal já pondera contratar mais alguém para tarefas de gestão da empresa. ANTI-GRANIZO E ANTI-PÁSSAROS
De momento, a empresa está a preparar a entrega de uma cultura de olival superintensivo nas redondezas, e a equipa da Cimetal tratou de colocar estacas, postes e arames. “Também já temos trabalhado nas culturas de framboesas, amoras e outros frutos vermelhos. Teremos sido mesmo pioneiros nesse sentido, em fazer a tutoragem destas culturas, quando se disseminaram no país. Outro dos objetivos dos tempos mais
próximos da Cimetal é tratar de fazer um melhor acompanhamento aos seus clientes-chave. “Fazemos a manutenção e frequentemente montamos estruturas anti-granizo [apresentadas há dois anos na Agroglobal]. É bastante usada nos mirtilhos. Trata-se de uma rede que protege os frutos – que também funciona como anti-pássaro -, e que ao mesmo tempo é anti-escaldão”, diz Carlos Mota, sublinhando que o raio de ação da empresa alarga-se a todo o Ribatejo. A nível de maquinaria estamos a consolidar parcerias com clientes-chave já existentes para mobilização e pulverização de culturas, temos desenvolvido as soluções
adequadas às exigências dos nossos parceiros e a nossa meta é acrescentar valor ao seu produto/processo. A Cimetal representa algumas marcas de peso na agricultura sendo elas a Maschio onde tem vindo a desenvolver um trabalho notório na venda de equipamentos, principalmente de mobilização, pulverização, manutenção de espaços e fenação. A Galucho (mobilização e reboques), a Olivgreen e Berardinucci (equipamentos de colheita para olival), a Jumar (pré-podadoras) e APV (semeadores pneumáticos), têm sido parceiros de negócio da empresa de Alcorochel.
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Dobradiças do capot Ajuste dos espelhos Dobradiças das portas Inclinação e ajuste de monitores Ajuste do encosto das costas Apoio do veio da direção Comando operacional Ajuste dos apoios dos braços Comando de válvulas hidráulicas Alimentação elétrica do assento Pedais Apoios da suspensão Acoplamentos / Powerlift
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EMPRESAS
CLAAS MODERNIZA
AS OPERAÇÕES EM FRANÇA Completam-se 16 anos desde que a Claas expandiu a sua atividade ao segmento dos tratores. Desde então, muita coisa já mudou nas operações da marca localizadas em França. O maior investimento visa a fábrica de Le Mans, onde está em curso um ambicioso plano de modernização P O R J OÃO S O B RA L
s operações da marca alemã em território francês deram lugar à criação de uma unidade de negócio autónoma, a Claas Tractor SAS. Existe a partir do momento que a companhia adquiriu a Renault Agriculture, em 2003. Desde então, os locais que compõem o puzzle francês têm sido alvo de um avultado investimento, com especial enfoque na fábrica de Le Mans, para onde já foram canalizados mais de 50 milhões de euros. Agnès Pokorny, responsável de comunicação, guiou-nos numa visita a esta fábrica e falou-nos do plano de modernização Claas Forth que está a ser implementado.
A
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abolsamia março / abril 2020
5 PRINCIPAIS SÉRIES SÃO PRODUZIDAS EM FRANÇA
As operações da Claas em França desenvolvem-se em diferentes locais e incluem a GIMA, uma parceria com o Grupo AGCO para as transmissões, localizada em Beauvais. Mas é em Le Mans, no espaço de onde anteriormente saíam os Renault, que a Claas produz hoje a maioria dos seus tratores, designadamente as séries Arion 400, 500 e 600, e as séries Axion 800 e 900. Em Le Mans já foram produzidos mais de 150.000 tratores com as cores e o DNA da Claas. Os modelos de baixa potência das séries Nexos, Elios e Atos são fabricados em Itália, provenientes de parcerias
com a Carraro Agritalia e com o Grupo SDF, e o maior do portfólio, o Xerion, é produzido internamente em Harsewinkel, na Alemanha. A série Arion 400 é a que maior saída tem, representando 26% do volume, logo seguida pela série Arion 600, representando 23%, e pela série Axion 800, representando 18% da produção total de tratores. Para além da gama europeia, a Claas fabrica também tratores de baixas especificações para mercados sujeitos a menor regulamentação. UMA REVOLUÇÃO NA FÁBRICA DE LE MANS
Quando vemos uma planta da
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// Fábrica Claas
Em Le Mans estão a ser construídos dois bancos de teste, um para condução, outro para travagem
FÁBRICA DE LE MANS EM NÚMEROS
10.000
A quantidade de tratores produzidos anualmente
10
A cada 10 minutos sai um trator da linha de montagem de Le Mans
50 Milhões
O valor em euros investido nos últimos 15 anos para modernizar as instalações
As drivelines são deslocadas dentro da fábrica em veículos de condução autónoma
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fábrica referente ao início do século percebemos que são impressionantes as alterações já feitas. Mas ainda há caminho a percorrer até que o plano Claas Forth fique terminado. A reorganização da fábrica, que envolve vários departamentos da Claas e um consultor externo, tem em vista gerir de forma mais eficiente a complexidade de processos, otimizar fluxos logísticos, modernizar a área de I&D, instalar equipamentos mais modernos, e melhorar as condições de trabalho dos funcionários. É um grande desafio, sobretudo porque as obras vão sendo feitas sem parar uma linha de produção de onde saem 90% dos tratores vendidos pela Claas.
1000
O número de funcionários das operações em França, dos quais 20% são mulheres. Destes, 650 trabalham em Le Mans
75%
A percentagem de tratores produzidos em Le Mans que vão para exportação
90 - 410
O intervalo de potência em cv dos tratores produzidos em Le Mans
396
A quantidade de opcionais com que é possível configurar um Arion 600
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EMPRESAS
RITMO DE PRODUÇÃO ADAPTA-SE ÀS ENCOMENDAS
A fábrica esteve limitada a nível de capacidade de produção, mas esse condicionamento foi ultrapassado. A linha de montagem principal pode andar mais depressa ou com ritmo mais pausado, dependendo do objetivo definido pelo setor de produção. Nos períodos em que há maior solicitação, normalmente no
verão, a Claas recorre a trabalhadores temporários que mantêm um regime de ligação à fábrica. Num país onde a atividade sindical é muito forte, existe uma constante comunicação entre os sindicatos e a direção da fábrica para planeamento. MAIS DE 300 FORNECEDORES
Os motores provêm da JDPS (John Deere Power Systems) e da FPT
Os Arion 400 são os tratores produzidos em maior número em Le Mans, logo seguidos pelos Arion 600
Industrial, e as transmissões provêm da GIMA, da ZF, e da Claas em Paderborn. A Dana e a Carraro fornecem os eixos dianteiros. As cabines chegam despidas, oriundas de um fornecedor local, e são recheadas numa linha de montagem separada, primeiro com a eletrónica e depois com a parte física. Quanto a capôs e guarda-lamas, estes chegam pintados, prontos para aplicação. São 300 os fornecedores a que a fábrica recorre, com 60% dos componentes a serem provenientes de França. AUTOMATIZAÇÃO
Gerir a complexidade e criar novas ferramentas que facilitem o trabalho dos operários são dois objetivos previstos na modernização da fábrica
É já considerável o nível de automatização que vemos na estrutura fabril de Le Mans, seja na secção de pintura, seja na movimentação de componentes ao longo da linha. Foram adicionadas passagens aéreas sobre as linhas de montagem que transportam as drivelines (a base constituída por eixo traseiro, transmissão e motor) para a fase seguinte de montagem. E ainda há componentes que chegam às respetivas estações de montagem transportados por veículos de condução autónoma. Também o armazenamento de pequenas peças foi otimizado. Existe agora um ‘supermercado’ com prateleiras em altura, sendo a gestão do stock feita por um robot que as coloca e retira das respetivas prateleiras. INTERNACIONALIZAÇÃO
O supermercado é uma nova zona de armazenamento em altura. É um robô que coloca cada peça nas prateleiras e as retira de lá
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abolsamia março / abril 2020
Após passar a Claas Tractor, a empresa deu um grande avanço no campo da internacionalização. No tempo da Renault, só 35% dos tratores produzidos iam para exportação. Atualmente, esse volume passou para 75%. França continua a ser o principal mercado, absorvendo 21% dos tratores, estando a Alemanha na segunda posição, absorvendo 20%.
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CONFORTO RENTABILIDADE EFICIÊNCIA MANITOU // Entrevista João Palmar
A MODERNIZAÇÃO POR ETAPAS 2003
Foi implementado em Le Mans o sistema Lean, para melhorar os fluxos logísticos e a organização interna da fábrica
2008
Foi inaugurada uma linha de montagem exclusiva para as cabines
2010
Entrou em funcionamento uma nova estufa de pintura
2012
O centro de testes e validação de protótipos passou a funcionar em novas instalações, situadas em Trangé
2013
A linha de montagem começou a produzir tratores que são enviados para a Rússia, por módulos, em contentores
2015
Em Trangé, foram inaugurados dois bancos de ensaio para testar a durabilidade dos protótipos
2017
Foi construído um armazém de peças com colocação e recolha feita por robô, para servir a linha de montagem
Ficou pronto o Technoparc, uma área para acolhimento de visitantes e realização de conferências
Começou a ser implementado o processo de modernização Claas Forth.
A PRESENÇA EM FRANÇA
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NOVAS
2016
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MERCADOS // Estatísticas
MERCADO PORTUGUÊS DE TRATORES AGRÍCOLAS
cresceu 15,84% P O R C A R LO S B R A N CO
O mercado português superou em quase o dobro a média europeia e 2019 foi o melhor dos últimos dez anos em número de matrículas de tratores novos
O
número de matrículas de tratores agrícolas novos registadas em Portugal durante o ano de 2019 aumentou 917 unidades relativamente ao ano anterior, o que corresponde a uma subida do mercado de 15,84%. No total, foram inscritos 6705 tratores agrícolas, o que fez do ano de 2019 o melhor da última década, valor só aproximado pelo de 2017 (6005 unidades), ano que ficou marcado pela entrada em vigor do pacote de harmonização de normas de segurança (mother regulation), que acabou por desvirtuar o registo de matrículas.
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abolsamia março / abril 2020
Sem apoios de qualquer espécie para o abate de maquinaria agrícola de idade muito avançada, ou desprovidos de dispositivos de segurança adequados, mas tão-só linhas de crédito ao abrigo dos programas-quadro comunitários, os números globais do mercado português são lisonjeiros quando comparados com os da esfera europeia, que encerrou o ano com um aumento do número de vendas, a rondar, em média, os 8%, bem acima do esperado pelos analistas europeus do mercado. Ainda a aguardar pelos números finais que serão revelados pela associação europeia de construtores (CEMA) – que a meio do
917
é o aumento do número de matrículas registadas no ano de 2019 relativamente ao ano anterior www.abolsamia.pt
MERCADOS // Estatísticas
ano antevia um cenário de recessão -, foi a forte federação industrial italiana (FederUnacoma) que se adiantou ao revelar tal cenário, apontando para uma base aproximada de 178 mil tratores agrícolas vendidos em 2019 no território europeu.
sensíveis foram as protagonizadas, entre outras, pela Branson (+46,58%) e pela Massey Ferguson (+35,92%), que finalizaram o ano com resultados muito animadores. No plano oposto situaramse a McCormick (-26,44%) e a Landini (-19,10%).
NOVO TRIUNFO DA NEW HOLLAND
“MINIS” GANHAM TERRENO
O ranking português de tratores voltou a ser encimado pela New Holland, repetindo a liderança do ano anterior. A marca do grupo CNH ficou quase cravada na fasquia dos 10% de crescimento face a 2018, ao matricular 958 unidades, mas baixando a sua margem de quota de mercado, agora estimada em 14,29%, apenas mais 2,8% que a Kubota. A marca japonesa matriculou 819 tratores, quase 200 máquinas mais que as que tinha colocado no mercado em 2018, melhorando 32,10% na sua performance de vendas. No terceiro posto ficou, uma vez mais, a John Deere (615 matrículas), o que lhe conferiu 9,17% de penetração no mercado. A Deutz-Fahr, primeira das marcas mais vendidas entre as demais do grupo SDF, também melhorou o desempenho ao colocar 511 tratores ao serviço da agricultura nacional (3,23% de progressão face a 2018 e 7,62% de quota de mercado). No quinto posto surge a Linhai, que comercializa veículos ATV e UTV (no quadro normativo europeu são equiparados a tratores agrícolas, embora não tendo as mesmas características), ao colocar 366 unidades ao serviço. Melhorias
O segmento preferido pelos agricultores portugueses continua a ser o dos tratores compactos, vulgo minis, que representaram 42,7% do mercado em 2019 (aumento de 27,64% face a 2018), seguindo-se os convencionais (36,15%) e os especiais (21,07%). O escalão de eleição mantém-se sendo aquele que tem um intervalo de potências entre os 40 e os 52 cv (1443 unidades), seguido pelo das máquinas que se situam no patamar imediatamente superior (53 a 79 cv), com 1229 unidades. No topo da hierarquia, destinado aos tratores com potência superior a 246 cv, foram matriculados apenas 33 unidades. REBOQUES À BEIRA DA RECESSÃO
Também os números de matrículas de reboques ficaram em margem positiva - ainda que pouco mais que residual (0,7%), com 2483 unidades -, contrariando o que em novembro apontava para uma quebra significativa. Liderou esta tabela a Herculano (529 unidades, 21,3% do mercado), seguida pela Galucho (485, 19,5%) e pela Rates (350), esta quase em igualdade com a Reboal (346).
EVOLUÇÃO DAS MATRÍCULAS de tratores agrícolas novos, por categoria ANOS
2015
2016
2017
2018
2019
Total ESPECIALIZADOS
918
1355
1750
1304
1413
Total MINIS (COMPACTOS)
1581
1855
1952
2247
2868
Total CONVENCIONAIS
2045
2067
2303
2237
2424
TOTAL MATRICULADOS
4544
5277
6005
5788
6705
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No total foram inscritos 6705 tractores agrícolas
O ano encerrou com um aumento de 15,8% no número de vendas
40/52 cv é o escalão de eleição nos tratores compactos com 1443 unidades vendidas
958
foi o número de unidades registadas pela New Holland abolsamia março / abril 2020
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MERCADOS // Estatísticas
Matrículas de tratores agrícolas NOVOS por marca 2019 vs 2018 COMPACTOS
CONVENCIONAIS
UNIDADES
MARCAS
2019
2018
% % QUOTA DE VARIAÇÃO MERCADO 2019
Linhai*
365
2
18.150
12,73
Kubota
345
281
22,78
12,03
Daedong/Kioti
297
242
22,73
10,36
LS
255
216
18,06
8,89
New Holland
201
247
-18,62
7,01
CFMoto*
187
118
58,47
6,52
Solis
160
123
30,08
5,58
Branson
98
60
63,33
3,42
Deutz-Fahr
93
105
-11,43
3,24
Iseki
89
97
-8,25
3,1
Landini
85
81
4,94
2,96
Lamborghini
84
76
10,53
2,93
Same
67
72
-6,94
2,34
Quaddy*
60
60
-
2,09
TYM
55
41
34,15
1,92
KL*
54
15
260
1,88
Massey Ferguson
52
42
23,81
1,81
Hürlimann
48
57
-15,79
1,67
Arctic Cat*
44
46
-4,35
1,53
McCormick
37
21
76,19
1,29
BRP*
31
17
82,35
1,08
Dong Feng
31
42
-26,19
1,08
A. Carraro
21
23
-8,7
0,73
Arbos
19
0
-
0,66
Goldoni
16
21
-23,81
0,56
John Deere
16
18
-11,11
0,56
BCS
15
13
15,38
0,52
Ferrari
12
29
-58,62
0,42
Lovol
7
14
-50
0,24
Mitsubishi
7
17
-58,82
0,24
Agrifarm
5
1
400
0,17
Yanmar
5
9
-44,44
0,17
Bombardier*
2
16
-87,5
0,07
DF*
2
1
100
0,07
Outros
3
28
-
0.09
2.868
2.247
27,64
100
TOTAL MERCADO
MARCAS New Holland John Deere
UNIDADES 2019
2018
537
502
462
442
ESPECIAIS % % QUOTA DE VARIAÇÃO MERCADO 2019 6,97 4,52
22,15 19,06
Kubota
285
202
41,09
11,76
Deutz-Fahr
247
212
16,51
10,19
Valtra
123
110
11,82
5,07
Same
117
104
12,5
4,83
Case IH
106
91
16,48
4,37
Hürlimann
91
73
24,66
3,75
Lamborghini
80
77
3,9
3,3
Massey Ferguson
72
52
38,46
2,97
Claas
66
54
22,22
2,72
Solis
65
109
-40,37
2,68
Fendt
54
54
-
2,23
Daedong/Kioti
42
68
-38,24
1,73
Landini
32
44
-27,27
1,32
Arbos JCB
14 12
McCormick
10
0 12 22
-54,55
0,58 0,5 0,41
Farmtrac
3
0
-
0,12
Steyr
2
0
-
0,08
Iseki
1
1
-
0,04
Outros
3
8
-
0,12
TOTAL MERCADO
2.424
2.237
8,36
100
* ATV’s
% % QUOTA DE VARIAÇÃO MERCADO 2019
2019
2018
New Holland
220
122
80,33
15,57
Kubota
189
137
37,96
13,38
Deutz-Fahr
171
178
-3,93
12,1
John Deere
137
145
-5,52
9,7
Same
104
85
22,35
7,36
Hürlimann
90
64
40,63
6,37
Lamborghini
88
77
14,29
6,23
CFMoto*
57
40
42,5
4,03
BRP*
48
18
166,67
3,4
Solis
48
46
4,35
3,4
Landini
44
74
-40,54
3,11
TYM
32
54
-40,74
2,26
Arbos
26
4
550
1,84
A. Carraro
23
20
15
1,63
Fendt
18
9
100
1,27
McCormick
17
44
-61,36
1,2
Massey Ferguson
16
9
77,78
1,13
Case IH
15
18
-16,67
1,06
Quaddy*
12
23
-47,83
0,85
Branson
9
13
-30,77
0,64
Corvus*
9
0
-
0,64
Carraro
6
19
-68,42
0,42
Ferrari
6
9
-33,33
0,42
Goldoni
4
26
-84,62
0,28
Iseki
4
8
-50
0,28
Lovol
4
17
-76,47
0,28
Arctic Cat*
3
0
-
0,21
Kukje
3
0
-
0,21
Valtra
3
22
-86,36
0,21
Claas
2
0
-
0,14
BCS
1
4
-75
0,07
Detank
1
0
-
0,07
JCB
1
0
-
0,07
Linhai*
1
1
-
0,07
Outros
0
18
-
-
1.413
1.304
8,36
100
TOTAL MERCADO
* ATV’s
178 mil
o número de tratores vendidos em território europeu em 2019 26
UNIDADES
MARCAS
abolsamia março / abril 2020
A Kubota colocou no mercado mais 200 máquinas que em 2018
42,7%
representam as vendas de tratores compactos em 2019 www.abolsamia.pt
POUPANÇA DE COMBUSTÍVEL GARANTIDA OU DEVOLVEMOS O SEU DINHEIRO* GARANTIA DE COMBUSTÍVEL
Se utilizar mais do que o nosso consumo de combustível alvo, iremos reembolsar a diferença.
B Ó N U S P O R E F I C IÊ N C I A
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T R AT O R E S 6 R, 7R E 8 R
A garantia de consumo de combustível inclui agora os tratores das séries 6R, 7R e 8R e aplica-se apenas a aplicações em campo e ao modo de transporte.
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PROGRAMA DE GARANTIA DE COMBUSTÍVEL. M A I S R E N D IM E N T O. G A R A N T ID O. * O programa de garantia de consumo de combustível só estará em vigor e será oferecido pelos concessionários John Deere aderentes de 1 de novembro de 2019 a 31 de outubro de 2020 para todos os tratores novos das séries 6R, 7R e 8R, nunca comercializados por meio da venda retalhista, comprados ou adquiridos em acordos de “leasing” entre as datas indicadas. Será preciso fazer a inscrição online de forma efetiva. O programa de garantia só é válido para aplicações em campo e para o transporte (acima de 20 km/h) de acordo com os dados JDLink™ fornecidos. O Bónus por Eficiência máximo está limitado a 3000€. Entre em contacto com o concessionário John Deere da sua zona para saber mais detalhes sobre o processo de inscrição.
4000 3000 2152
»
2000
2045
MERCADOS // Estatísticas 1687
1000
1855
1581
2247
2303
1952
1750
1335
918
829
2067
2237
1304
0
2014
2015
2016
2017
2018
Tratores Agrícolas Novos POR ESCALÕES DE POTÊNCIA (kW) ANO
<25
25-34
35-39
40-52
53-79
80-98
99-118
119-148
149-197
198-247
>248
2015
381
337
264
1023
1056
636
427
216
143
24
37
TOTAL 4544
2016
457
318
334
1267
1276
707
545
157
150
29
37
5277
2017
456
325
398
1383
1598
779
704
156
144
30
32
6005
2018
471
569
420
1233
1114
704
771
252
166
57
31
5788
2019
865
586
458
1443
1229
689
888
298
155
61
33
6705
UNIDADES
2019
1443
1400 1229
1200 1000
888
865 800 689 600
586 458
400 298 200
155
61
0
<25
25-34
35-39
40-52
53-79
80-90
99-118
119-148
149-197
198-247
33
>248
POTÊNCIA (kW)
GANHOS NA EUROPA E NOS EUA PERDAS NA ÍNDIA, CHINA E TURQUIA
E
Em outras longitudes, se o mercado norte-americano de tratores, fortemente apoiado por uma política de subsídios promovida pela administração Trump, cresceu 3,6%, já os indiano, chinês e turco decresceram, com este último, em situação crítica, a baixar para metade dos valores registados em 2018. O mercado global de tratores revelou grandes assimetrias em 2019. Se os EUA registaram um crescimento de 3,6% nas vendas, com valores aproximados às 245 mil unidades - disse o presidente da FederUnacoma, em conferência de imprensa realizada em Verona, no contexto de Fieragricola -, também na Europa se verificou uma subida dos negócios, e ainda com valores mais significativos, na ordem dos 8%, tendo
28
abolsamia março / abril 2019
como base 178 mil tratores registados. Ainda que as contas continentais não estejam completamente fechadas, Portugal reparte o pódio com aqueles que se encontram nos degraus dos ganhos, distante da Dinamarca, que trepou 25% quando em 2018 estivera no negativo, mas quase a par da França (+18% e 39.910 unidades registadas, o melhor resultado desde 2013). A Rússia poderá não andar longe daquela percentagem, pois em outubro estava no verde, com crescimento de 15%. Em Espanha, o mercado rejubilou com a ultrapassagem da fasquia das 12 mil unidades, com 25% destas (3000) inscritas por uma só marca: John Deere. Seguiu-se a New Holland, com 2000 tratores. No cômputo geral, o mercado cresceu 6,7%. Até o Reino Unido, onde
os negócios estiveram a meio do ano muito tremidos, recuperou o pulso e cresceu até aos 5,4%, caso para dizer que o pessimismo no setor já é crónico. Também se vaticinou um acentuado declínio nas vendas na Alemanha, na mesma medida da anunciada recessão económica, mas o fecho de tal conta agrícola foi positiva (+4,7% e 29 mil tratores novos). FENÓMENO “USADO” No campeonato dos maiores – e tendo em conta a forte componente industrial do país - só a Itália ficou a marcar passo, com uma ínfima margem positiva de 0,74%, o que corresponde a 18.579 matrículas. Mas aqui teve particular influência o fenómeno das aquisições dos tratores em segunda mão. Segundo
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Todos falam de eficiência. Nós fabricamo-la. A nova LEXION 8000-5000. As autênticas revoluções começam no coração.
Quando se trata de colher com eficiência, poderíamos fazer um longo discurso. Mas não o faremos. Basta o mais importante: As nossas novas LEXION 8000-5000 dispõem de uma tecnologia de debulha de ponta, APS SYNFLOW WALKER e APS SYNFLOW HYBRID. E fazem-no com uma extraordinária qualidade de palha, uma debulha suave e um fluxo em linha reta. E porque a eficiência das LEXION não termina aqui, aconselhamos: o melhor é que a experimente. As autênticas revoluções começam no coração.
Viva uma eficiência ainda maior. lexion.claas.com
»
MERCADOS // Estatísticas
a associação do setor, em cada 100 tratores novos foram 207 os que foram vendidos na condição de usados. Entre 2014 e 2019, os registos de máquinas novas cresceram 2,2%, enquanto os das usadas subiram 60,7%. No entanto, o setor industrial mantém uma grande solidez: nos primeiros dez meses de 2019, a conta de exportação atingiu 4 mil milhões de euros. ÍNDIA E CHINA EM QUEDA Gigantes na utilização de maquinaria agrícola, a Índia e a China caíram num precipício, e se no subcontinente desceu a -10%, na China registou-se o dobro da queda. Só o impressionante número de 723 mil tratores transacionados na Índia em 2019 pode amenizar o retrocesso nas vendas. No entanto, é consequência de um ajustamento do mercado que conheceu um impressionante processo de crescimento nos anos mais recentes, que foi acompanhado por políticas de forte apoio do Governo de Nova Delhi. Na China, onde não são conhecidos em pormenor os números do ano, aceita-se por razoável o facto da desaceleração geral da economia e a redução de subsídios públicos para a compra de máquinas agrícolas. O futuro próximo é que poderá trazer novos dissabores ao setor, pois a crise do Coronavírus poderá ter consequências imprevisíveis. A Turquia, outro colosso agrícola, continua a afundarse numa vertiginosa queda. Desta vez, fixada em -58%, uma vez mais devido à combinação de fatores políticos, económicos e monetários, neste caso intimamente ligados à forte desvalorização da moeda. Em 2017, a Turquia matriculou 72.909 tratores novos, o valor mais alto do último quinquénio.
EUROPA
Evolução de matrículas de tratores em 2018/2019 AS MARCAS MAIS VENDIDAS
25,7%
18%
Dinamarca New Holland; França John Deere; Portugal New Holland; Áustria Steyr; Espanha John Deere; Alemanha John Deere; Suíça Fendt; Reino Unido John Deere; Holanda New Holland; Itália New Holland; Polónia New Holland; Turquia New Holland
15,8%
9,8%
6,7% 4,7%
Dinamarca
França
Portugal
Áustria
Espanha
Alemanha
4%
Suíça
2%
2,6%
Reino Unido
Holanda
0,7% Itália
Polónia
Turquia
-0,3%
-57,9%
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abolsamia março / abril 2020
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MERCADOS // Estatísticas
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abolsamia março / abril 2020
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PRODUTO / notícias
Groung King da Nokian une o campo à estrada Fazer com que a estrada seja um prolongamento dos campos de trabalho é a proposta do Ground King da Nokian, o mais recente lançamento do fabricante finlandês de pneus. Apresentado na Agritechnica e pronto a revelar-se aos visitantes do Sul da Europa, na FIMA de Saragoça, diz a marca que as características multiusos do Ground King combinam
ANTONIO CARRARO COM RODAS DESIGUAIS
a melhor tração e aderência em terrenos macios com a resistência necessária quando se roda em estrada, tendo por denominador comum uma longa vida útil. Mobilidade e
Todos os modelos da Antonio Carraro são isodiamétricos.
versatilidade juntam-se numa nova era, tendo por base a
Mas, o que era regra vai deixar de ser. No SITEVI 2019, a
tecnologia Hybrilug, que combina um novo padrão de piso com
marca fez a apresentação inédita de um trator de
os novos tacos e talão.
arquitetura convencional, com rodas de maior diâmetro no eixo traseiro. O novo Tony 8900 é um vinhateiro estreito, com transmissão de variação contínua e motor de 4 cilindros. Com 3,8 litros de capacidade, este cumpre a norma de emissões Fase V e fornece 75 cv de potência. Com peso total inferior a 3 toneladas, terá uma variante V, que corresponde a uma largura de via muito estreita (entre 990 mm a 1,22 m), e uma variante VL, que corresponde a uma largura de via para vinhas com maior espaço nas entrelinhas. É compatível com alfaias traseiras, frontais e ventrais, podendo o fluxo hidráulico chegar aos 137 L/min. A cabine é de categoria 4 e terá os faróis traseiros de sinalização instalados no teto, para melhor visibilidade. A chegada ao mercado está prevista para 2021.
CLAAS XERION FASE V também com rastos A série de topo da Claas foi apresentada na Agritechnica 2019 com motor Mercedes-Benz Fase V. São três modelos (4200, 4500 e 5000), com potências de, respetivamente, 462, 490 e 530 cv. Pela primeira vez, a marca acrescenta aos Xerion uma variante (Trac TS) equipada com 4 sistemas de rastos Zuidberg, com bandas de borracha Camso de 762 mm. Esta configuração é possível apenas nos dois modelos mais potentes, sendo a configuração de rodas possível nos três. Estes tratores possuem direção em ambos os eixos, podendo cada eixo suportar até 15 toneladas, para uma velocidade máxima de 50 km/h. O cliente pode optar por diferentes posições da cabine, consoante as suas necessidades, o que faz desta série uma espécie de especializados de alta potência. A verificação do nível de óleo do motor passa a ser feita no terminal tátil Cebis de 12”. Este permite ainda gravar as preferências definidas por um condutor, para que este as possa transferir para outro Xerion com que pretenda operar.
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abolsamia março / abril 2020
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PRODUTO / notícias
CONTINENTAL DÁ DEZ ANOS DE GARANTIA PARA OS PNEUS AGRÍCOLAS válido para os modelos TractorMaster, CombineMaster, Tractor70 e Tractor85. A garantia também se aplica aos produtos com a tecnologia Very High Flexion (VF), VF TractorMaster Hybrid, VF TractorMaster e VF CombineMaster, que serão lançados em 2020. Segundo a marca, a garantia cobre as principais causas de pneus inutilizáveis, desde defeitos de material e fabricação. Geralmente, qualquer pneu que se torne inutilizável devido a uma condição de garantia
NOKIAN INTUITU
A Continental anunciou a introdução
coberta será reparado, ou a compra
de uma garantia de dez anos a partir
de um novo pneu será suportada pelo
da data de compra para pneus
construtor. Não estando disponível,
agrícolas adquiridos na Europa. A
este providenciará um produto
garantia aplica-se a todos os pneus
comparável a uma marca Continental.
As máquinas recebem cada vez mais
agrícolas radiais da Continental
O reembolso máximo será calculado
funcionalidades digitais. E os pneus
fabricados desde agosto de 2017 com
pela percentagem da profundidade
começam a enveredar pelo mesmo
o código de produção existente e o
remanescente do piso, ou com base
caminho, sendo disso exemplo o
logótipo “Engineered for Efficiency”,
na data de compra do pneu.
recente lançamento da ferramenta
OFERECE EXTENSÃO DE GARANTIA
Intuitu por parte da finlandesa Nokian. Com recurso a sensores e a uma App, é feita a recolha de dados digitais em tempo real, o que permite tirar maior
ALLIANCE 579
partido da utilização dos pneus. O sistema é de tipo plug & play. “Basta
é o novo pneu especializado para vinhas e hortas O grupo ATG apresentou em Hanôver o Alliance 579, o seu mais recente pneu especializado para tratores compactos que trabalhem em vinhas e hortas. Segundo a marca, o conceito do pneu incide na redução dos custos totais de operação. Para a ATG, o Alliance 579 completa o catálogo para o segmento dos tratores compactos e caracterizase pelo inovador desenho da banda de rodagem R3+ em prol da melhor proteção do solo, solução considerada ideal para todo o tipo de culturas especiais. A banda de rodagem R3+ é mais profunda, ao mesmo tempo que reduz ao mínimo possível a compactação do solo,
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abolsamia março / abril 2020
comprar os pneus, instalar a aplicação e está pronto a utilizar”, refere Toni Silfverberg, Diretor de Vendas e Marketing na Nokian Heavy Tyres. A Intuitu informa o utilizador acerca da pressão e temperatura do pneu, para que estes parâmetros se mantenham protegendo os cultivos. Dotado de um grande número de tacos, um ângulo pronunciado da linha central e um canal suave e aberto, a combinação destas propriedades tem como resultado uma tração eficiente e fiável, uma vida útil prolongada e capacidade de autolimpeza excelente.O novo 579 estará disponível numa grande variedade de medidas, desde 220/55R12 para o eixo dianteiro, até 420/70R24 para o eixo traseiro.
dentro de um intervalo ideal. São assim mais facilmente prevenidos eventuais danos. Por isso, a Nokian oferece um ano extra de garantia aos utilizadores da App que registem os seus pneus em Nokian Tyres Intuitu. A Nokian pretende desenvolver a ferramenta para que os dados transmitidos pelos sensores dos pneus possam vir a ser visualizados no monitor de rendimento da máquina em que estão instalados.
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GAMA COMPLETA
900 VARIO
TIGO
KATANA
CARGO
SLICER ROTANA
200V VARIO // TRATORES // CEIFEIRAS // ENSILADORAS // EMPILHADORES // ENFARDADEIRAS // CARREGADORES FRONTAIS // GADANHEIRAS // JUNTA PASTOS // PULVERIZADORES // REBOQUES // VOLTA FENOS www.forte.pt
PRODUTO // Teste em campo
FENDT 314 VARIO PROFI+
Reconhecido pelo TOTY como ‘Melhor Utilitário 2020’, o 314 Vario surge como um modelo de extensão da série 300. Transpõe a fasquia dos 150 cv e estreia o inovador posto de condução FendtOne P O R J OÃO S O B RA L
Na qualidade de membros do júri do Tractor of the Year [TOTY], no outono, durante a fase de avaliação dos finalistas, viajámos até Oberostendorf, na Baviera, para um primeiro contacto com o Fendt 314 Vario. À chegada, o trator aguardavanos na parcela, engatado num cultivador Lemken Karat 9. Num primeiro olhar, pareceunos em tudo semelhante ao 313 Vario, o modelo que deu à casa de Marktoberdorf a distinção ‘Melhor Utilitário 2019’. Mas, vendo bem, não o é. Assim que subimos ao posto
de condução apercebemo-nos logo da revolução aplicada pela Fendt neste modelo. Embora semelhante na estrutura de base e na estética, o 314 Vario comporta avanços tecnológicos muito substanciais. SÉRIE 300 VARIO EXPANDE-SE
É composta por quatro modelos pré-existentes (310, 311, 312 e 313), que além da passagem do motor à Fase V não sofrem alterações. Mantêm o sistema de comandos Variotronic. A novidade é o 314 Vario, um quinto modelo que estreia
um novo conceito de boost, o sistema de comandos FendtOne, e tecnologia no domínio da conectividade. MOTOR COM NOVO CONCEITO DE BOOST
O bloco Agco Power de 4 cilindros e 4,4 litros é exatamente o mesmo que propulsiona os restantes 300. Mas, exclusivamente neste 314, tem associado um novo conceito de extra-potência (boost), a que a Fendt atribui a designação Dynamic Performance (DP). Não é um boost dependente da ativação da TDF ou do alcance de
No novo joystick multifuncional econtram-se os 4 movimentos habituais
A função de painel de instrumentos é assegurada por um monitor de 9”
O apoio de braço assume um novo formato e os comandos foram repensados
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abolsamia março / abril 2020
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PRODUTO // Teste em campo
uma certa velocidade. Pelo contrário, está desenvolvido para extrair mais potência do motor independentemente da tarefa. Quando o sistema reconhece que é necessária maior disponibilidade de potência - essa necessidade pode vir de algum componente, como o hidráulico, a TDF, o ar condicionado, ou de vários em conjunto – aos 142 cv de potência máxima são adicionados 10 cv. Em transporte, ao enfrentar uma subida, se a velocidade descer abaixo de 15 km/h é disponibilizada potência extra. A DP também ativa um boost nos trabalhos estacionários com TDF, como acontece ao utilizar-se um reboque misturador para alimentação animal. Estes dois exemplos mostram a diferença face ao conceito tradicional de boost. TRANSMISSÃO
A conhecida transmissão Vario passa a ser controlada através de um novo joystick multifuncional, bastante diferente do usado até agora. Mas os operadores Fendt que fiquem tranquilos. Vão encontrar nos 4 movimentos as habituais funções (acelerar/desacelerar/inverter/cruise) que estão associadas ao ADN da marca. As diferenças estão em tudo o resto. Na lateral existe um grupo de teclas com funções fixas e no topo do joystick existe outro grupo de teclas em que praticamente tudo é personalizável, podendo o operador atribuir-lhes as funções que pretenda. Para facilitar a interpretação, as teclas assumem a cor que identifica a função que lhes é atribuída.
complexas com compatibilidade ISOBUS. Inclui um botão de inversor. AMBIENTE DE TRABALHO FENDTONE
A renovação do ambiente de trabalho é um grande passo dado pela marca. FendtOne é a designação da nova filosofia de comandos que expande a área de visualização de dados através de novos monitores. 2 monitores + 1 opcional
A bordo encontramos o monitor principal de 12”, posicionado no apoio de braço, no lugar do painel de instrumentos encontramos um monitor de 9” e é ainda possível configurar o 314 com mais um monitor de 12” (opcional) no teto. Este último pode ser puxado para baixo quando necessário. Pode ainda ser recolhido apenas a 50% e continuar a exibir informação nessa área de visualização. O trator está dotado de uma unidade de processamento central de maior performance que gere o conjunto dos três monitores. Uma particularidade do sistema é permitir deslocar informação de uns monitores para os outros. Se o operador está a ver a aplicação de guidance (condução automática) no monitor principal, mas necessitar de o usar para outra tarefa, pode escolher ver o guidance no monitor de 9” que está à frente do volante. O operador interage com os monitores por via tátil ou através de um botão de roda e cada monitor pode ser repartido em 6 zonas de visualização.
APRECIAÇÃO Quando se esperava que na passagem à Fase V a série 300 pudesse ser alvo de uma renovação estética, o que a Fendt preparou foi uma extensão da série. Lançou um modelo de características exclusivas, com o ambiente de bordo redesenhado e recheado com comandos personalizáveis e ferramentas de conectividade. Sentimo-nos confortáveis e bem tratados no novo ambiente de trabalho Fendt One. A mudança não chegou da forma esperada. Mas, tendo chegado como chegou, aplica-se a velha máxima: para melhor, mudase sempre.
HIDRÁULICO
É estreado um joystick hidráulico que concentra três patamares de operação, até um total de 24 funções. Pode ser usado para controlar um carregador frontal com movimentos combinados ou alfaias
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Sincronização onboard/ offboard
O conceito FendtOne tem por base uma filosofia de sincronização entre o trator, o escritório e a frota a nível de
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PRODUTO // Teste em campo
Sentimo-nos confortáveis e bem tratados no novo ambiente de trabalho Fendt One
troca de dados e planeamento de tarefas. Há tarefas que podem ser feitas inboard (na cabine), ou offboard (num tablet, em casa, ou no pc do escritório). Inicialmente são estas as duas apps disponíveis para uso offboard: TaskManager
Disponível a partir de junho de 2020, permite criar tarefas offboard – indicando qual é o trator, qual é a alfaia, qual é o operador, qual é a parcela, qual é a dose de aplicação – e enviá-las para o ambiente inboard. Quando a tarefa tiver sido executada, o operador grava e envia o relatório da tarefa para o escritório (offboard). Guide Sync
Disponível a partir de novembro de 2020, permite gerir parcelas offboard, sinalizando os limites, as vias de passagem e os obstáculos. Depois, essa informação é transferida para o trator ou sincronizada com toda a frota. INFOENTRETENIMENTO
No teto da cabine estão embutidos 8 microfones para telefonar em modo mãos livres. Um sistema de som com subwoofer e ligação ao telefone por Bluetooth faz também parte do catálogo.
Graças ao conceito Dynamic Performance, do bloco Agco Power são agora extraídos 10 cv de extra-potência
ESTÉTICA E VERSÕES
O 314 vai ostentar um contorno cromado em redor dos faróis dianteiros, que o distingue dos restantes 300, e estará disponível apenas com os níveis de equipamento mais completos, Profi e Profi+. PREÇO
No mercado nacional, o 314 Vario Profi+ será comercializado por um PVP de 135.880 Eur + IVA.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS MOTOR Fabricante / modelo
Agco Power / 44 HD
Nº de Cilindros/ cilindrada
4 / 4.400 cm3
Potência nominal /máxima
132 cv / 152 cv
Binário máximo / reserva
595 Nm / 42%
Nível de emissões
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TRANSMISSÃO
HIDRÁULICO
abolsamia março / abril 2020
Fase V
Capacidade de elevação Fluxo da bomba (opcional)
Traseira: 5.960 kg Ft: 3.130 kg 110 L/min
Configuração Velocidade máx.
Variação contínua 44 km/h
DIMENSÕES Distância entre eixos
2.420 mm
Carga máxima admissível
8.500 kg
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PORMENOR
CLAAS AXION 960 TERRA TRAC
EM DETALHE
No segmento de alta potência, o desafio é conseguir maior capacidade de tração e simultaneamente reduzir a compactação do solo. A adaptação dos Axion 900 ao sistema de rastos Terra Trac é a resposta da Claas a este desafio P O R J OÃO S O B RA L
F
oi em Bohmte, na Alemanha, que tomámos contacto com o Axion 960 Terra Trac, finalista do TOTY na categoria de Campo Aberto. Este modelo inaugura um novo conceito que foi pela primeira vez apresentado ao público na Agritechnica 2017, na altura ainda em fase de protótipo. Daí para cá, a Claas pôs em prática um exaustivo plano
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de testes e aperfeiçoamentos que culminam na produção em série e consequente comercialização. SÉRIE AXION 900
Na variante de rodas, são cinco modelos, que preenchem um intervalo de potência entre os 325 e os 445 cv de potência máxima. Na variante Terra Trac, a Claas propõe dois modelos: 930 Terra Trac e 960 Terra Trac, respetivamente com 355
O posto de condução mantém-se semelhante ao dos modelos de rodas
e 445 cv de potência máxima. MOTOR FPT E TRANSMISSÃO CMATIC
O motor FPT apresenta faixas de potência constante entre as 1300 e as 1500 rpm, e entre as 1700 e as 1900 rpm, uma característica favorável ao desempenho a baixo regime. A transmissão, fornecida pela ZF, possibilita três intervalos de velocidade ajustáveis via monitor Cebis e alcança os 40 Km/h às 1450 rpm.
As rodas dentadas permitem arrefecimento e auto-limpeza. Evitam também a patinagem dentro do rasto, minimizando as perdas de tração.
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PRODUTO // Teste em campo
O sistema inclui três níveis de altura ao solo, ajustável no monitor Cebis, e suspensão A plataforma para acesso à cabine e os guarda-lamas com depósito de combustível embutido são exclusivos dos modelos Terra Trac
Nos 900 Vario está favorecida a alternância entre campo e estrada graças à regulação da pressão dos pneus.
HIDRÁULICO
Devido à configuração de rastos, os braços de hidráulico são um pouco mais compridos do que na versão de rodas, o que reduz ligeiramente a capacidade máxima de elevação. ESTRUTURA MODIFICADA
O 960 Terra Trac não é um trator ao qual se removeram as rodas para colocar rastos. É um modelo modificado estruturalmente para utilizar exclusivamente rastos na traseira. Do meio para trás sofreu diversas alterações. No lugar do depósito estão a escada e a plataforma de acesso à cabine, e em redor dos guarda-lamas ficou espaço livre que foi aproveitado para oferecer um depósito de 860 litros (+220 litros do que a versão de rodas),
40
abolsamia março / abril 2020
para trabalho em contínuo até 12 horas sem reabastecer. Também a ligação dos rastos à driveline foi reinventada, não sendo assegurada por um eixo traseiro (bainhas). Em substituição desse componente, existe uma amarra pivotante e, independente dessa amarra, um cardã de transmissão. SISTEMA DE RASTOS TERRA TRAC
A Claas acumula uma larga experiência com os sistemas de rastos de fabrico próprio, aplicados nas ceifeirasdebulhadoras Lexion e mais recentemente nas automotrizes Jaguar. Ainda assim, a marca deparouse com a necessidade de readaptar bastante o sistema. Nas máquinas da linha de forragem, o suporte de carga é o elemento essencial, e nos
MAS COMO É QUE O TRATOR VIRA? É provavelmente a pergunta que o leitor estará a fazer. Pois bem, o que temos de fazer é usar o volante como em qualquer outro trator. A ordem do volante atua sobre a direção do eixo da frente e, através de sensores, aplica uma certa força de travagem num dos rastos ao virar. Mas é tudo feito automaticamente e em função da velocidade.
tratores é a tração. Por isso, os rastos estão equipados com um diferente piso das bandas e modificações nas engrenagens, com destaque para uma roda traseira de maior diâmetro, para ter mais superfície de contacto. Os blocos Terra Trac apresentam
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PRODUTO // Teste em campo
Os rastos Terra Trac do Axion assemelham-se aos que a Claas usa nas Lexion e Jaguar, mas foram modificados para suportar maior esforço de tração um ângulo pivotante à frente (8%) e atrás (15%) e a tração é transmitida aos rastos através de um veio de cardã telescópico externo que segundo a marca não requer manutenção. A força de travagem é transmitida também através deste veio. Segundo a Claas, este sistema proporciona +30% de área de contacto com o solo do que um trator com rodas, o que se traduz em +15% de potência de tração e -50% de compactação do solo. DISTRIBUIÇÃO DE PESO
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS MOTOR Fabricante / modelo
FPT / Cursor 9
Nº de Cilindros/ cilindrada
6 / 8.700 cm3
Potência nominal /máx.
440 cv / 445 cv
Binário máximo / reserva
1860 Nm / 35%
Nível de emissões
Fase IV
TRANSMISSÃO
Os Axion são conhecidos por terem uma distribuição de peso repartida a 45%-55% por ambos os eixos. Na variante Terra Trac, muda para 35%-65%, o que reduz a necessidade de lastrar a frente e permite aplicar pressões mais baixas nos pneus. Comparativamente com os tratores de rastos de apenas duas bandas, em que ao levantar-se a alfaia grande parte do peso fica concentrado na zona traseira dos rastos, formando picos de compactação, a Claas refere como vantagem do seu sistema uma mais homogénea distribuição da carga.
Configuração
Distância entre eixos
2.950 mm
LARGURA DAS BANDAS
Carga máx. admissível
22.000 kg
Nos tratores em teste estavam instaladas bandas de 735 mm. Com esta medida, o raio de viragem é semelhante ao de um Axion 960 com pneus de 710 mm. A marca propõe mais duas larguras: 635 e 890 mm. PREÇO
O PVP do Axion 960 Terra Trac no mercado português é de 353.000 Eur + IVA.
APRECIAÇÃO Fizemos um percurso misto (campo e asfalto) a velocidades altas, com uma alfaia pesada instalada na traseira. E fizemos preparação de solo com um cultivador rebocado. Nas viragens apertadas e a baixa velocidade esquecemo-nos dos rastos. Mas ao virar a
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Variação contínua
Velocidade máx.
40 km/h às 1450 rpm
DIMENSÕES
HIDRÁULICO Capacidade de elevação Fluxo da bomba (opcional)
Tr: 10.000 kg Ft: 6.500 kg 220 L/min
velocidades altas pareceu-nos haver
de fora vê as bandas dos rastos a
ligeiro atraso na mudança de direção.
tensionar, mas ao volante experiencia-se
Há a considerar o peso da alfaia
um surpreendente conforto. Em estrada
instalada. Para uma opinião mais formada
formámos a mesma opinião: suave, sem
sobre este aspeto teríamos de comparar
as vibrações dos rastos tradicionais. Em
modelos equivalentes (de rodas e de
síntese, os Axion Terra Trac assumem-se
rastos) sujeitos à mesma carga, e explorar
como um novo e interessante conceito,
com mais demora o ajuste de
desenvolvido para clientes que querem
agressividade da direção, que possui três
entrar no segmento, porque necessitam
níveis e é controlado através do monitor
de alargar a janela de oportunidade da
Cebis.
cultura, e que em simultâneo pretendem
Em todo o caso, é um comportamento a
fazer estrada. Num segmento onde as
que nos adaptámos em poucos minutos.
vendas não são numerosas, a Claas tem
A nível de conforto existe um sistema de
o mérito mérito de não ter cedido à
suspensão integrado nos rastos que
tentação de recorrer a um fornecedor
complementa a suspensão do eixo
externo, enveredando por um projeto
dianteiro e da cabine. Ao atravessar
próprio, que acabou por dar forma a um
margens a alta velocidade, quem está
trator original, arrojado e interessante.
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PRODUTO // Teste em campo
SÉRIE T5 COM TRANSMISSÃO MAIS SOFISTICADA NEW HOLLAND T5.140 DYNAMIC COMMAND
A transmissão robotizada Dynamic Command passa a estar disponível nos New Holland da série T5. Experimentámos o modelo mais potente desta série em transporte, com reboque, e a deslocar fardos, com carregador
F
oi no outono de 2017 que tivemos o primeiro contacto com a caixa Dynamic (DC) Command, de dupla embraiagem, quando a New Holland a lançou na série T6. Agora, a marca passa a disponibilizá-la também nos T5, alargando o leque de configurações possíveis nesta série. Operámos o T5.140 na qualidade de finalista do TOTY 2020 na categoria Melhor Utilitário, numa pista de testes da New Holland situada nos arredores de Turim.
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P O R J OÃO S O B R A L
SÉRIE T5
Com transmissão Auto Command (variação contínua) ou Dynamic Command (powershift robotizada), esta série abrange uma faixa de potência que vai dos 110 aos 140 cv de potência máxima, sendo composta por quatro modelos: T5.110, T5.120, T5.130 e T5.140. A New Holland disponibiliza ainda duas transmissões mais básicas, a Dual Command e a Electro Command, para modelos T5 posicionados num intervalo de potência imediatamente abaixo. O pack Blue Power (azul mais escuro,
grelhas cinza, e acabamentos no interior) pode ser solicitado como um extra. No decorrer de 2020, será lançada uma versão estreita na qual mudam os guarda-lamas e a medida dos pneus. MOTOR FPT DE 4,5 L
Comparativamente com a geração da Fase IV, este FPT NEF, agora adaptado à Fase V de emissões, apresenta um acréscimo de binário a baixo regime na ordem dos 26%. O binário máximo, de 630 Nm, é alcançado às 1300 rpm. O sistema de tratamento de gases
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PRODUTO // Teste em campo
baseia-se na tecnologia Hi-eSCR2, que dispensa paragens para manutenção.
variações de carga a que o trator é sujeito, fazendo-se a passagem entre gamas também de forma automática.
sistema ajusta automaticamente a relação de caixa em função das condições.
Dynamic StartStop
Cruise e AutoShift
Útil essencialmente para fazer aproximações durante o trabalho com carregador, através desta funcionalidade o operador pode imobilizar o trator apenas pisando os pedais de travão. Assim que aliviar o pé, o trator retoma o mesmo sentido de marcha.
Pode ser estabelecida uma velocidade alvo (Cruise), como na transmissão Auto Command. Dependendo da tarefa, o operador escolhe a que limite pode o regime do motor descer ou subir até que a troca de relação seja efetuada pelo sistema (autoshift).
SmartRange Shift
40 Km/h Eco
Visto que a gama B se sobrepõe às gamas A (lentas) e C (transporte), para que os rácios de velocidade sejam progressivos, não faz a passagem direta de B8 para C1, por exemplo. Tal significaria uma redução, porque C1 tem um rácio mais curto do que B8. O SmartRange Shift procura sempre o próximo rácio de velocidade, que nem sempre corresponde à relação imediatamente a seguir.
A última relação desta caixa (C8) é específica para regime económico. Trata-se de uma funcionalidade mecânica que em transporte permite alcançar os 40 km/h às 1700 rpm.
TRANSMISSÃO DYNAMIC COMMAND
Com um total de 24 velocidades (oito relações e três gamas), esta caixa possui um escalonamento totalmente repensado, quando a comparamos com a Electro Command, de 16 velocidades. Adicionalmente, dispõe de novas funcionalidades para funcionamento automatizado. Menor alternância entre gamas
Comparativamente com a caixa Electro Command, tem menos uma gama e o dobro das relações dentro de cada gama (oito em vez de quatro), o que na prática significa que o operador irá alternar menos vezes entre gamas. Favorável a que assim aconteça é também o escalonamento, porque as gamas estão sobrepostas. Modo manual ou automático
O operador pode selecionar manualmente a relação de caixa que pretende ou então optar pelo modo automático. Neste caso, as relações irão alternando em função das
Kick down
Para uma resposta rápida, podese pisar o acelerador a fundo e o
EIXO TERRAGLIDE E ELEVADOR FRONTAL
O eixo dianteiro TerraGlide com suspensão (opcional) apresenta-se reforçado face à geração T5 da Fase IV, podendo agora suportar mais uma tonelada de carga. O bloco constituído pelo elevador frontal + TDF também foi aperfeiçoado.
A versão mais equipada conta com apoio de braço SideWinder II, monitor IntelliView IV, e joystick CommandGrip
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PRODUTO // Teste em campo
Os autocolantes com faixas amarelas desaparecem da lateral do capô
Na variante de cabine com Panorama Roof, a escova passa a estar instalada em baixo, o que permite abarcar uma maior área
HIDRÁULICO E AGRICULTURA DE PRECISÃO
Nesta variante dos T5, o cliente pode optar por equipamentos e tecnologia para agricultura profissional, como telemetria, condução automática, Isobus III, ou gestor de cabeceiras HTS II (até 12 ordens para cada sequência). A nível de distribuidores, o cliente pode escolher blocos só de atuação mecânica, só eletro-hidráulica, ou mista. CABINE HORIZON
Vem das gamas maiores e diferencia-se da que é utilizada nos modelos T5 com especificações mais básicas. Assente em 4 pilares, pode ser configurada com teto baixo que inclui abertura superior
(Panorama Roof), para melhor visibilidade ao trabalhar com carregador, e com apoio de braço SideWinder II. Associado a este apoio de braço está o joystick CommandGrip, com movimento sequencial para a frente e para trás, para operação semelhante à caixa AutoCommand. Um joystick mais simples, fixo, em que as relações são mudadas apenas nas teclas, faz também parte do catálogo. O banco de passageiro corresponde às expectativas para este segmento, mas a inexistência de uma pega interior para apoio é definitivamente um aspeto a rever. PREÇO
Na versão base, o PVP deste modelo no mercado português é de 114.752 Eur.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS MOTOR
HIDRÁULICO
Fabricante / modelo
FPT
Capacidade de elevação
Nº de Cilindros/ cilindrada
4 / 4.485 cm
Potência nominal /máxima
130 cv / 140 cv
Binário máximo / reserva
630 Nm / 41%
Nível de emissões
3
Fase V
TRANSMISSÃO Configuração Velocidade máx.
Powershift robotizada 24 / 24 40 km/h às 1700 rpm
DIMENSÕES Distância entre eixos
2..490 mm
Carga máxima admissível
8.800 kg
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Fluxo da bomba (opcional)
Traseira: 5.500 kg Ft: 2.210 kg 80 (110) L/min
A abertura superior Panorama Roof garante boa visibilidade em altura ao trabalhar com carregador
O ajuste da coluna de direção, em altura e em profundidade, é feito através de um ‘gatilho’ manual situado abaixo do volante.
APRECIAÇÃO Num modelo que pode contar com especificações de base ou de topo, é a caixa DC que se destaca como a principal inovação. Mais sofisticada do que uma powershift tradicional e com preço mais acessível do que uma caixa de variação contínua, pode constituir uma alternativa equilibrada para muitos agricultores. No percurso com reboque da marca italiana Crosetto, enfrentámos uma subida íngreme em modo automático. Nesta experiência, comprovámos a correta resposta da transmissão e ficámos a conhecer a parametrização que é disponibilizada para o condutor adaptar o perfil de funcionamento às suas preferências. Adicionalmente, deslocámos fardos com um carregador New Holland 750TL, de origem Stoll. Nesta experiência, apreciámos a nova função de inversor no
joystick hidráulico, bem como a abertura superior (Panorama Roof) da cabine, que proporciona boa visibilidade em altura.
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PRODUTO // Notícias
SUPERA-TE NA AGROGLOBAL E SÊ O MELHOR OPERADOR DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS DE PORTUGAL
NEW HOLLAND COM NOVA GERAÇÃO T8 GENESIS Foi na Agritechnica 2019 que a New Holland fez a primeira apresentação europeia da nova geração T8 Genesis. Nesta série que se desdobra em 4 modelos (dos 351 aos 435 cv de potência máxima) o motor FPT Cursor9 de 8,7 litros passou à Fase V, a cabine foi renovada (externamente, no teto e ilumunação, e internamente, nos comandos) e as ferramentas PLM Intelligence para agricultura de precisão alargam funcionalidades. O grau de conectividade entre operadores, veículos e concessionários é maior. O objetivo é maximizar a produtividade, fornecer ao cliente acesso a software de gestão agronómica, e programar atempadamente a manutenção preventiva. A bordo, surge um apoio de braço SideWinder redesenhado, mais personalizável, e um monitor IntelliView de 12” também revisto. O painel de instrumentos assemelha-se agora a um
tablet . No decorrer de 2020, a série será expandida com a chegada do T8.435 Ultra Command. Aos modelos Auto Command, de variação contínua, vocacionados para transporte ou sementeira, junta-se este modelo com caixa powershift de 21/5 velocidades, para tarefas que exijam maior esforço de tração. Qualquer modelo T8 Genesis pode ser configurado com rastos de borracha SmartTrax no eixo traseiro.
Sentes que és o melhor operador de máquinas agrícolas das tuas bandas? Desconfias que tens uma habilidade muito para além do que é normal? Então, lançamos-te o desafio: superate na Agroglobal e sê o melhor operador de máquinas agrícolas de Portugal. A iniciativa é da revista abolsamia, da Valvoline e da Treemworld. Fica atento às próximas novidades no nosso site - www. abolsamia.pt - e facebook.
Miraldino Filipe Mendes & Companhia Lda. Alto da Boavista - Sousel • Tel. 268 551 170/1 • geral@miraldino.pt • www.miraldino.pt
PRODUTO // Em Foco
FARESIN COM NOVA LINHA UNIFEED
À DESCOBERTA NA TRACTORAVE A linha PF da gama Leader de unifeed automotrizes da especialista italiana Faresin já está em Portugal e o conceito de tecnologia avançada de alimentação animal de precisão pode ser avaliado no importador Tractorave, de Macieira da Maia, em Vila do Conde
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abolsamia março / abril 2020
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ais que uma descoberta da evolução de um produto tido como imprescindível numa exploração leiteira, uma situação de demonstração real da marca, com os técnicos da empresa fabricante, que explicam as caraterísticas dos equipamentos, as suas virtudes e a forma de se lhes aproveitar todo o rendimento é uma experiência inesquecível para a maioria dos agricultores, longe dos salões internacionais onde são expostas as novidades. A Faresin e a Tractorave proporcionaram a duas dezenas de clientes as melhores sensações para semelhante experiência. E aqueles não deram o tempo por mal empregue. Especialista na construção de elevadores telescópicos para os setores agrícola e industrial, e no fabrico de unifeed e instrumentos para análise de rações do setor pecuário, a Faresin, fundada em 1973, exporta atualmente 90% da sua produção. Com a Tractorave já tem 13 anos de parceria de sucesso, empresa que, em unidades automotrizes, já entregou 60 daquelas máquinas, razão pela qual reclama valor acima de 50% de quota de mercado. Com 97 modelos unifeed disponíveis, de cinco a 46 m3 de capacidade, às sete gamas juntou-se a linha PF (de Alimentação de Precisão), equipada com uma ou duas roscas sem-fim. Nestas gamas encontramse também unifeed rebocáveis (Trainato PF, Rambo, Twinner, Master e Twister) e uma unidade fixa (Stazionario PF). A Leader PF, nas versões Ecomix e Ecomode, com 22 modelos de 11 a 33 m3 de capacidade, foi a gama em destaque na jornada de Vila do Conde.
A linha PF tem 22 modelos à escolha, com capacidades do tegão entre 11 e 33 m3
M
Técnicos italianos detalharam as caraterísticas dos modelos para uma atenta assistência
A REVOLUÇÃO 4.0
A quantidade de melhoramentos depositados na nova linha não se esgota nos dedos de uma só mão. São às dezenas. Em síntese, e por grupos: a cabine PF; a fresa no topo da eficiência; o canal de carga mais eficiente do mercado; o moinho que respeita a fibra e o comprimento constante; a geometria da cuba ao serviço da homogeneidade; o(s) sem-fim e a eficácia a baixo consumo; o motor (traseiro) de alto desempenho. Tudo isto numa versão compacta, com a garantia de extrema mobilidade, seja em 4x2, seja em 4x4 (até em modo caranguejo). A “cereja no topo do bolo”, ainda que não tenha sido mostrada na demonstração em exploração leiteira – onde foi colocada à prova uma unidade Leader PF1.14 (cuba com uma rosca sem-fim, com 14 m3 de capacidade), na configuração Ecomix, propulsionada por motor de 170 cv –, mas uma característica que todos orgulha, da Faresin à Tractorave, é a tecnologia 4.0 que lhe está associada. A telemática, o controlo remoto, em suma, o sistema Farmatics, uma solução completa de hardware e gestão de dados que controlam a máquina, desde o local da exploração até à fábrica da Faresin, em Breganze (Itália), ou através do importador. Montado por opção, técnicos da marca poderão verificar (e alterar) os parâmetros do sofware de funcionamento e desempenho da máquina, de acordo com os desejos do utilizador.
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O moinho do canal de carga, que se segue à fresa, executa cortes precisos
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PRODUTO // Em Foco
MISTURA HOMOGÉNEA
A homogeneidade da mistura foi outro dos ênfases colocados pelos técnicos da marca, ao destacarem o instrumento de análise PolispecNIR, posicionado na cuba de mistura, que indica quando o produto está pronto a ser distribuído, depois de terem sido verificados os parâmetros de cada componente, sejam a substância seca, a proteína, a fibra, o amido e a homogeneidade da própria mistura. Para tal qualidade da mistura também contribui o sem-fim (um ou dois, consoante a versão PF1, ou PF2), agora com particular forma cónica no eixo central e do fecho superior, que elimina o risco de estagnação do produto, aumentando a salubridade da mistura. Igualmente destacado, o moinho do canal de carga é ideal para misturar pequenas quantidades, com corte preciso e constante da fibra, reduzindo o tempo de trituração e o consumo de combustível. Tem dois sentidos de rotação, dois conjuntos de contrafacas reguláveis (16+32) e um rolo com largura de 800 mm e 128 facas reversíveis. A fresa pode funcionar a 150 rpm (farináceos), a 250 rpm (silagem), ou a 315 rpm (fibra), sendo de alto rendimento, com velocidade de carga até 10 m3 por minuto.
TRACTORAVE EM MOMENTO MUITO POSITIVO Edgar Vasconcelos e a sua equipa não perdem pitada da ação e do interesse dos seus clientes no desempenho do unifeed. “A Faresin colocou a fasquia muito elevada com a introdução desta tecnologia e melhoramentos apresentados. A exploração onde nos encontramos, do nosso amigo António Balazeiro, consegue obter 42,8 Kg de média por vaca/dia, com 3,7 de matéria gorda, 3,25 de proteína e um índice de ruminação animal de 475, contribuindo para isso o unifeed Faresin Leader 22 que já leva 11 anos de trabalho”, diz Edgar, reforçando que aquele valor é encontrado com a seguinte fórmula: 34,5 Kg de silagem de milho, 1,5 Kg de palha e 6 Kg de concentrado/mix (complementado no robot de ordenha). “Estamos muito satisfeitos e todos saímos a ganhar deste evento”, atira Edgar Vasconcelos, para quem a tecnologia 4.0 da Faresin parece ser a sua ‘menina dos olhos’: “A telemática, com a possibilidade de assistência remota, a partir da fábrica, ou do importador, que permite receber dados e intervir na máquina sempre que necessário, é um passo de gigante que a Faresin deu, pioneira nesta tecnologia.” A Tractorave está em trajetória de crescimento, com um aumento de faturação na ordem dos 10% ao ano. “O serviço de pós-venda é uma das nossas mais-valias com um serviço profissional de intervenção imediata, o que leva à fidelização e à preferência pela parte dos nossos clientes. É um momento muito positivo”, rematou Edgar Vasconcelos.
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“CARREGADOS DE TECNOLOGIA INOVADORA” Para Paola Bettiol, responsável comercial da marca, a ação que a Faresin teve na Tractorave foi mais que um importante significado, “foi um inequívoco sinal que quisemos mostrar aos clientes portugueses que os nossos produtos não só são muito inovadores, como estão carregados de tecnologia. Desejamos fazer ver aos novos clientes, aos que ainda não estão convencidos, que ao seu lado estão muito clientes satisfeitos com os produtos da Faresin.” Com efeito, foi o que se ouviu na sala de apresentação, momentos depois desta ter terminado, convidados os já possuidores de um unifeed Faresin a expressarem a sua opinião. Ciente desse capital de simpatia gerado nos presentes, Paola destacou que o número de máquinas automotrizes que a Tractorave já entregou fala bem por si. “Há muitos clientes satisfeitos, e serão ainda mais depois de constatarem o nível das intervenções que realizámos.” Há outras ações preparadas para outros países, ações que serão estudadas tendo em atenção a especificidade de cada país. “Não são todos iguais. Portugal precisava agora de uma presença forte da Faresin, pois a concorrência é muito agressiva, precisava de uma demonstração e um sinal fortes de quão valiosa é a presença da Faresin neste país”, disse a italiana.
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PRODUTO // Gestão de parque de máquinas
UMA CASA DE VAIRÃO
ONDE O VERDE FENDT DOMINA Os irmãos Ramos e o jovem Pereira laboram em exploração de Vila do Conde que soube conservar a história da família. Também por ali há muita relíquia agrícola e muitos Fendt. Apenas Fendt
L
P O R J OÃO S O B R A L // FOTOS C A R LOS B R A N CO & J OÃO S O B R A L
evados por caminhos ladeados por muros de pedra, alguns bem altos, chegamos a São Salvador de Vairão. Na aldeia, cuja existência se julga remontar ao século X, passamos ao lado do Mosteiro e continuamos. Subimos um pouco mais, até termos vista de mar, e aí estamos, à entrada da casa que vamos visitar. Transpomos o portão, e lá dentro
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abolsamia março / abril 2020
estão à nossa espera os três cuidadores da exploração: o jovem José Pereira, Jorge Ramos, seu pai, e Artur Ramos, seu tio. Em redor, tratores de várias épocas. E de uma única marca: Fendt. É sobre os tratores que a conversa se desenvolve e aos poucos vamos conhecendo um pouco da história desta família e da agricultura local. Estamos no Douro Litoral, concelho de Vila do Conde. Na região, há várias
explorações leiteiras e os tratores Fendt são bastante populares. Assim é também na Sociedade Agrícola Casa Pereira, onde não têm tido entrada tratores de outra marca. “Desde 1964, apenas têm entrado nesta casa tratores Fendt”, começa por dizer Jorge Ramos. O de mais idade, modelo Farmer 1Z, foi comprado pelo seu pai quando fez a transição para a tração mecanizada. O mais recente é um Favorit 712 Vario. A transição
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// Sociedade Agrícola Casa Pereira
para mais tecnologia e para maior potência nos tratores da casa foi sendo feita de forma gradual, como se vê pelos tratores de várias gerações que compõem a frota. No total são oito os tratores, embora dois deles sejam praticamente peças de coleção. Mas são seis os que contam verdadeiramente como força de trabalho para levar alimento às 60 vacas de leite e aos 80 a 100 novilhos que costumam ter à engorda. A área trabalhada está repartida por várias parcelas, todas próximas das instalações principais. Em conjunto, são 52 hectares, onde o milho se evidencia como cultura principal. CADA TRATOR TEM AS SUAS FUNÇÕES
UM ESPIGUEIRO COM 130 ANOS Na exploração há coisas que se mantêm conservadas porque fazem parte da história da família. É o caso do espigueiro, um abrigo típico usado para manter a semente conservada. No topo da porta, gravada na pedra, é exibida uma data: 1890. Passaram-se 130 anos e continua a armazenar as maçarocas de milho para os animais de capoeira. Sobressai, imponente, num pátio central junto à habitação, e tem uma particularidade. Em 1959, para ampliar a casa, o avô de Jorge e de Artur desmontou-o, retirou-o do sítio onde estava, e voltou a erguê-lo um pouco mais ao lado, onde agora se encontra.
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Com cada trator dedicado à realização de determinadas funções, é assim minimizada a necessidade de trocar constantemente de alfaia. Por isso, o Farmer 102 usa quase sempre o rodo, para dar um jeito ao estábulo, já o Farmer 103 faz parelha com o unifeed, e o Farmer 105 S está destinado a rebocar a cisterna Reboal de 8.000 litros, para fazer a manutenção das fossas. O Farmer 309 calca o silo e, sobretudo, faz parceria com o carregador, para
limpar os estábulos, movimentar os estrumes, e para carregar o unifeed. É auxiliado pelo 280 S, que também tem carregador, e que já conta umas respeitosas 24.000 horas. São também estes dois tratores que gadanham e encordoam. Quanto ao 712, repousa na vacaria que fica sob o telheiro, só a olhar para o que se vai passando. Tem a seu cargo os trabalhos mais pesados, tendencialmente fora da vacaria, com a cisterna Rocha de 18.000 litros, o reboque de silagem, a charrua e o rototerra. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Os irmãos Ramos consideram que é importante ter capacidade de resposta para fazer o trabalho na altura certa. Mas, mesmo quando os afazeres ficam folgados, procuram manter o ritmo. “As máquinas custam muito dinheiro e tentamos rentabilizar fazendo prestação de serviços”, assinalam. Na região há explorações pequenas que se dedicam ao leite e que optam por não ter máquinas. “Aqui, houve uma altura em que as pessoas todas queriam ter as suas máquinas. Entretanto, a mentalidade foi mudando e já há muita gente a recorrer à prestação de serviços”. É a estes pequenos agricultores que vão dando resposta.
Artur, Jorge e José dedicam-se à produção de leite e carne. Os tratores Fendt são uma das suas principais ferramentas de trabalho.
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PRODUTO //
PERFIL DA EXPLORAÇÃO SOC. AGRÍCOLA CASA PEREIRA LOCALIZAÇÃO Vairão, Vila do Conde ATIVIDADE Produção de leite e carne; produção de silagem de milho ÁREA 52 hectares fracionados CABEÇAS DE GADO 60 vacas de leite e 100 novilhos de engorda
PARQUE
DE MÁQUINAS TRATORES 8 Fendt, dos seguintes modelos: Farmer 1Z, 2, 102, 103, 105 S e 309; 280 S; e Favorit 712 Vario
ENSILADORA
automotriz: Claas Jaguar 690
ALFAIAS
Um parque variado e extenso. Algumas são de propriedade partilhada
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abolsamia outubro / novembro 2019
CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS
Inversamente, há duas situações em que também contratam serviços. Na Claas Jaguar só têm frente de milho. Então, quando fazem ensilagem de erva, recorrem a um prestador. O mesmo acontece com a enfardação. Possuem uma Claas Quadrant de fardos quadrados, para feno, com a qual trabalham muito para fora. Mas não têm enfardadeira de rolos. Quando é para enfardar em verde, contratam.
Quando estivemos em Vairão, o Fendt Farmer 105 S estava todo desmontado, a preparar-se para uma nova renovação da pintura.
ÀS HORAS VAGAS, A MANUTENÇÃO
Na época baixa dos trabalhos no campo, José, Jorge e Artur dedicam a manhã a tratar dos animais e vão reservando algum tempo às tarefas de oficina. “Somos nós que fazemos grande parte da manutenção das máquinas. Se for preciso retificar um motor ou mexer numa caixa, aí já não arriscamos”, esclarecem. “Nos [tratores] de tecnologia simples, é fácil. Mas temos o 700 com caixa Vario e nesse, se houver algum problema, recorremos a uma oficina credenciada”, sublinham. Mas não é só da mecânica que cuidam. Instalações elétricas, chapa e pintura vão sendo revistas regularmente nesta casa, para que os tratores se mantenham apresentáveis e conservados. Quando um trator está mais necessitado, descascam-no por completo e retocam tudo de uma ponta à outra. Era o que estavam a fazer ao Farmer 105 S por altura da nossa visita. NOVAS AQUISIÇÕES?
A colocação de uma extensão na tremonha do semeador Matermacc foi uma solução preparada em casa, para adaptar o adubador aos big bags.
O espaço acolhe 60 vacas de leite e 100 novilhos de engorda
Com a entrada do José na equipa familiar, a ideia é aumentar a atividade da exploração “para sair mais um ordenado”. Uma possibilidade é intensificarem um pouco a prestação de serviços, mas por agora não prevêem adquirir um novo trator. Talvez uma charrua?! As duas que têm, da marca espanhola Lombarte, são de fusíveis, que quando partem, ao lavrar em terrenos com mais pedra, obrigam a parar e a meter mãos à obra. Mas “uma charrua nova custa uma pipa de dinheiro e para lavrar 50 hectares por ano, são poucas horas de trabalho”, diz Jorge. Uma charrua non-stop é um investimento que terá ainda de ser pensado.
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Quando um trator está mais necessitado descascam-no por completo e é retocado de uma ponta à outra ADAPTAÇÕES CASEIRAS
No parque de alfaias, a estratégia passa por fazer melhorias antes de se avançar para uma nova aquisição. O distribuidor de fertilizante Eurospand levava dois big bags de 500 kg. Mas como agora se usa mais os de 600 kg, instalaram uma extensão na tremonha e assim fazem menos paragens. Aplicaram o mesmo truque no semeador pneumático Matermacc de 6 linhas. Com uma extensão no adubador, já cabe um big bag dos grandes. EQUIPAMENTOS PARTILHADOS
Uma exploração vizinha pertence a dois primos de Jorge e de Artur. Com eles, têm vindo a adquirir em sociedade alguns equipamentos mais recentes e dispendiosos, e vão gerindo o seu uso partilhado. É uma estratégia de gestão muito interessante e bemsucedida. Há trabalhos que fazem ao mesmo tempo e entreajudam-se; outros vão calendarizando. Quanto à manutenção, é repartida. O que podem, fazem em casa. E se tiverem de ir à oficina, vão. “É a maneira de conseguirmos ter as máquinas e de as rentabilizarmos, porque individualmente não seria possível”, concluem.
A ANTIGA VACARIA TEM NOVAS FUNÇÕES Também junto à habitação, encontra-se a antiga vacaria. Estes cómodos, onde as vacas ficavam estabuladas, servem hoje de abrigo às alfaias. Há as que saem todas as campanhas, e outras que já não saem à rua porque passou o seu tempo. Um exemplo é a gadanheira Bousatis que além de ceifar também agrupava molhos de feno. Vai ficar na casa como relíquia.
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DOSSIÊ TÉCNICAS DE PODA
PODA MÍNIMA DA FERRAND
É APOSTA DA MANUEL FIALHO
G
eneralizada a mecanização da vindima, o novo ciclo vegetativo da videira iniciase com a poda, que pode ser manual, ou também mecanizada, que muito tem reduzido os tempos de trabalho e a conta da produção. A Manuel Fialho, Ldª, de Évora, em parceria com a Auto Agrícola Sobralense demonstraram na zona de Torres Vedras como se opera a poda mínima com uma máquina da Ferrand. Os franceses há muito que se lançaram à poda mínima, prática cultural que vai substituindo a operação manual, em parte pela escassez da mão-de-obra qualificada, mas também pelo tempo que consome e pelos custos que comporta, e particularmente em vinhedos de grande extensão. Não sendo novidade em Portugal, mas atenta a esses fatores, a Manuel Fialho, Ldª, de Évora, já tem em comercialização maquinaria específica da Ferrand para a prática da poda mínima, dotada com dois pares de discos de corte, com sensor ótico para seguimento do cordão e que permite uma aproximação ao mesmo com limites prédefinidos.
SEGUIMENTO DO CORDÃO
Foram promovidas várias demonstrações de campo, sempre precedidas pela operação de pré-poda. Viticultores da região de Torres Vedras, e mais tarde em explorações de Borba, Vidigueira, Évora, Estremoz e Almeirim assistiram aos trabalhos. Rápidos e bem executados, segundo a opinião geral. “Já trabalhamos com a Ferrand há três anos e esta máquina saiu por essa altura com seguimento de cordão automático.
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Vi-a a trabalhar em França e este ano tivemos a oportunidade de a trazer. É uma máquina de poda minimalista, funciona com quatro discos, dois na vertical e outros dois na horizontal, com sistema de seguimento de cordão. Dizemos qual é a altura do talão que queremos deixar e ela fará o corte, sempre da mesma altura em relação ao cordão da cepa”, esclarece Manuel Fialho, um dos sócios da empresa, sem deixar de explicar que se tem apercebido da dificuldade que os agricultores têm sentido em contratar mão-de-obra. O equipamento foi fixado à frente, no mesmo sítio da fixação dos pesos do trator, por ser ainda muito comum que não disponham de engate frontal de três pontos, mas é compatível com os tratores mais modernos, já com aquele sistema. Um kit de bomba hidráulica acionada pela TDF, para engate aos três pontos traseiros também está disponível para os tratores que não disponham de débito de óleo suficiente para satisfazer as necessidades da Ferrand. O operador da máquina, simultaneamente técnico da marca francesa, explicou as principais particularidades do equipamento: “Os discos trabalham a 3000 rpm, são todos de igual diâmetro e podem ser trocados entre si. No setor frontal há um paralelogramo deformável, que pode ser aberto ou fechado, consoante os desejos do operador. Isto é, pode ficar mais aberto ou fechado em função da grossura do cordão, controlável através de macacos elétricos.”
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DOSSIÊ TÉCNICAS DE PODA Depois da pré-poda (ao fundo) a Ferrand entrou em operação, deixando um trabalho limpo e cuidado. Manuel Fialho e o técnico francês explicando particularidades da máquina (em baixo)
Os franceses há muito que se lançaram à poda mínima, prática cultural que vai substituindo a operação manual
SENSOR ÓTICO
Manuel Fialho precisou depois que a máquina é pendular e que o seguimento do cordão tem três regulações: um sensor ótico regula a altura, entre cinco e 15 centímetros acima do cordão, consoante as necessidades do corte; em velocidades de subida e de descida (a de subida é superior) e tudo pode ser controlado através do posto de condução. A montagem dos discos de abertura mecânica nos postes pode ser invertida, pois depende da altura da pré-poda. Na demonstração, a prépoda estava um pouco alta, pelo que os discos foram virados para cima
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para não trabalharem sobre as varas, caso contrário estavam sempre a abrir. O chassis é polivalente, podendo ser aplicado com outras máquinas, quer sejam pré-podadoras, despampanadeiras e desladroadoras e está dotado com um sistema frontal de segurança de autoproteção da máquina para o caso de alguma colisão indesejada. Os discos durarão para dois, três dias de trabalho, tudo depende se as cepas são novas ou velhas e se o material lenhoso é de maior ou menor diâmetro, podendo depois ser novamente afiados.
PREÇO O preço do equipamento é variável, consoante as opções desejadas, sendo que a máquina demonstrada, com a cabeça de poda mínima Evo (com seguimento de cordão para mastro polivalente Evo), tem um custo aproximado de 25 mil euros. A tabela de preços está disponível no site da Manuel Fialho, Ldª. www.manuelfialho.pt
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DOSSIÊ TÉCNICAS DE PODA INTENSIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL DA VITICULTURA
ATRAVÉS DA PODA MECÂNICA
P O R M A N U E L B OT E L H O, A M Â N D I O C R U Z , C ATA R I N A M O U RATO, J O R G E R I C A R D O DA S I LVA , R O G É R I O D E C A S T R O, H E N R I Q U E R I B E I R O I N S T I T U TO SU P E R I O R D E AG R O N O M I A
C
om a generalização da vindima mecânica, a poda é a operação que mais tempo consome numa exploração vitícola (Clingeleffer & Krake, 2002). De acordo com vários autores internacionais (Martinez de Toda & Sancha, 1999; Intrieri & Poni, 1995), a poda ocupa entre 30% a 40% da necessidade total de mão-de-obra de uma vinha. Em virtude da escassez de mão-de-obra especializada e da necessidade de redução de custos, a
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poda, em tempos considerada uma arte, uma autêntica obra de jardinagem – “cada cepa é um caso” – tende hoje a simplificar-se, sobretudo em consequência da maior sistematização da condução e da necessidade de adequação à mecanização. A adopção de sistemas de poda mecanizada conduz a reduções de mão-de-obra, necessária para esta tarefa, de 54 a 80% e a aumentos significativos de produção, sem perda de qualidade da uva (Gatti et al., 2011), excepto onde as produções excedem
a capacidade produtiva das videiras (Clingeleffer, 2000), podendo até, em várias situações, originar acréscimos de qualidade (Intrieri et al., 2011; Terry & Kurtural, 2011). TIPOS DE PODA MECÂNICA PODA EM SEBE
A poda em sebe consiste num corte “cego” dos lançamentos a uma distância do cordão pré-definida, deixando todas as unidades de poda que ficam dentro desses limites. O corte é feito com recurso a um equipamento específico,
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MAN
o qual é constituído por três discos de corte (um horizontal e dois verticais), podendo ter ou não sensores ópticos que permitem uma maior aproximação dos discos de corte ao cordão, reduzindo a carga à poda deixada – poda rasa de precisão. Caso não se faça um correcto desladroamento na primavera, eliminando os ladrões do tronco e debaixo do cordão, no final deverá ser feita uma rápida passagem para cortar os lançamentos que cresceram na vertical descendente por baixo do cordão. De modo geral, uma casta adaptase bem à poda em sebe, quando a qualidade da produção não é significativamente prejudicada em relação à que é obtida pela poda convencional. A adaptação é conseguida quando se atinge um equilíbrio tal que o aumento de produção provocado pelo aumento de carga é superado pela eficiência do coberto vegetal (Poni et al., 2004). Tradicionalmente, a poda em sebe é executada em vinhas cuja formação da planta é feita alta, a cerca de 1,4 m de altura, apenas com o arame de
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Máquina de poda
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Sistema de armação para a formação do cordão alto, adaptado à poda mínima, mas também à poda em sebe.
formação do cordão, permitindo que a poda mecânica seja efectuada por uma unidade com barras de corte em forma de “U” invertido, podendo regular a distância dessas barras de corte ao cordão (Poni et al., 2004). Neste tipo de condução, a vegetação é livre, adquirindo parte dela um porte retombante devido ao seu próprio peso. A introdução da poda em sebe conduz ao aumento exponencial da carga à poda por planta. A carga neste tipo de poda é, normalmente, definida através da regulação da distância do corte
relativamente ao cordão ou à estrutura permanente, sendo tanto maior quanto mais afastado for feito o corte. Como consequência do substancial aumento de carga à poda, ocorre uma redução da taxa de abrolhamento, que se deve à capacidade de autorregulação da videira. A redução da taxa de abrolhamento é a principal resposta da videira ao aumento da carga, uma vez que a fertilidade dos olhos não se altera significativamente. Embora a taxa de abrolhamento seja inferior à da poda manual, a
Pré-poda e poda em sebe
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elevada carga deixada à poda dá origem, ainda assim, a uma maior quantidade de olhos abrolhados, que na fase inicial do ciclo constituem uma área foliar mais elevada. Downton & Grant (1992) observaram que quatro a cinco semanas após o abrolhamento a área foliar de videiras podadas mecanicamente era quatro a cinco vezes maior que a das podadas manualmente. Ao longo do ciclo há uma tendência de aproximação da área foliar dos dois tipos de poda, levando a que no final do ciclo, normalmente, a área foliar dos dois tipos de poda seja equivalente. A actividade fotossintética das folhas expostas, não difere significativamente entre as folhas de videiras podadas em sebe ou podadas manualmente (Lopes et al., 1995). Em termos hídricos, os resultados são variáveis consoante a região, a casta e o ano. Enquanto Lopes et al. (1995) não encontraram quaisquer diferenças no potencial hídrico foliar de base (reflecte a disponibilidade hídrica do solo na zona radicular) entre os dois
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As videiras podadas mecanicamente são mais eficientes, pois investem menos energia na formação de varas, redireccionando os seus maiores recursos para os frutos e para a formação de reservas tipos de poda (manual vs sebe), com a casta Cabernet Sauvignon, Botelho et al. (2013) observaram, na casta Syrah, que a poda em sebe conduziu a teores de água no solo mais baixos, refletindo um maior consumo de água devido à maior superfície foliar exposta deste sistema. A nível quantitativo observa-se, de modo geral, um aumento do rendimento como consequência do maior número de cachos, ainda que este incremento do número de cachos conduza, inevitavelmente, à redução do seu tamanho e do diâmetro dos bagos, em virtude da autorregulação da videira (Castro et al., 2010; Cruz et al. 2011; Botelho et al., 2013). Esta redução
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Produção ao longo de 11 anos na poda manual (MAN) e na poda em sebe (MEC) (adaptado de Martinez de Toda & Sancha, 1999). QUINTA DO GRADIL ALMEIRIM RIBAFREIXO
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do diâmetro dos bagos leva a uma menor compacidade dos cachos e a uma diminuição dos ataques de algumas doenças, nomeadamente a podridão cinzenta dos cachos (Botrytis cinerea). Os efeitos dos acréscimos de rendimento têm efeito variável sobre as características das uvas, havendo casos em que se observou uma ligeira redução do teor de açúcares (Intrieri et al., 2001; Cruz et al. 2011), enquanto noutros casos, não se verificam quaisquer diferenças entre uvas provenientes da poda em sebe, quando comparadas com a poda manual (Lopes et al., 1995; Botelho et al., 2013; Cruz et al., 2013), seja ao nível do teor de açúcares, seja no que respeita a compostos fenólicos. Castro et al. (2010) na região do Dão apenas observaram ligeira redução do teor alcoólico (% vol.) nos vinhos da casta Alfrocheiro, enquanto na Touriga Nacional se verificou mesmo um ténue acréscimo neste parâmetro, com a poda em sebe, que também não reduziu a intensidade da cor, em qualquer das duas castas. A poda em sebe tem também consequência no vigor e na expressão vegetativa das videiras. De facto, ao maior número de varas por videira está associado um menor peso unitário destas e, embora o seu número seja
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Produção em 2019 de 3 ensaios do projecto IntenSusVITI (Quinta do Gradil – Lisboa; Almeirim – Tejo; Ribafreixo – Alentejo). Castas: Quinta doDO Gradil – Sauvignon; Almeirim – Fernão Pires;ALMEIRIM Ribafreixo QUINTA DO GRADIL ALMEIRIM– Touriga Nacional. RIBAFREIXO QUINTA DO GRADIL ALMEIRIM RIBAFREIXO QUINTA GRADIL RIBAFREIXO
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Teor alcoólico provável das uvas em 2019 em 3 ensaios do projecto IntenSusVITI (Quinta do Gradil – Lisboa; Almeirim – Tejo; Ribafreixo – Alentejo). Castas: Quinta do Gradil – Sauvignon; Almeirim – Fernão Pires; Ribafreixo – Touriga Nacional.
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Arame de de Arame de Arame Formação Formação Formação - 1,70m 1,40 1,40 - 1,70m 1,40 - 1,70m
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da máquina, ano após ano, são feitas sempre à mesma altura. Geralmente, os sarmentos não cortados pela máquina são retirados manualmente numa passagem rápida. Segundo Caboulet et al. (2012), o trabalho mecânico ocupa cerca de três a quatro horas/ha e a passagem manual de 12 a 20 horas/ha. De forma geral, com a poda rasa de precisão observa-se um aumento da carga à poda e uma redução na taxa de abrolhamento (Goma-Fortin et al., 2013). Estes mesmos autores observaram um incremento significativo do rendimento, especialmente devido ao maior número de cachos, uma vez que estes são mais pequenos. Tal como a maioria dos sistemas de poda mecânica, a PRP origina um ligeiro atraso na maturação, não se encontrando, no entanto, quaisquer diferenças qualitativas entre os vinhos originários da PRP, quando comparados com os vinhos da poda manual (Caboulet et al., 2012; Goma-Fortin et al., 2013).
Independentemente da razão para a utilização de sistemas mecanizados de poda, é fundamental que a qualidade das uvas produzidas se enquadre nos objectivos pretendidos
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DOSSIÊ TÉCNICAS DE PODA
MAGNIFLORA AO LADO DA FELCO
NA ARTE DE (BEM) PODAR
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oda mecanizada, ou a tradicional poda manual? É uma questão de escolhas, da área a tratar e do jeito que se leva. Mas para a Magniflora, empresa das Caldas da Rainha e representante oficial das tesouras e ferramentas elétricas para podar da suíça FELCO, a poda é uma arte, desde que seja manual. E foi por isso mesmo que organizou, em dezembro último, o 1º Campeonato de Portugal de Poda, na Quinta da Lagoalva de Cima, em Alpiarça, onde participaram 30 profissionais e clientes
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da empresa. José Estêvão, de 65 anos, natural de Almeirim, superou os demais participantes e podou dez cepas em menos de metade do tempo disponível (20 minutos), segundo critérios definidos para todos, e com avaliação de seis especialistas na matéria. O prémio inclui a viagem e participação no campeonato mundial, a realizar na Suíça, e ainda uma visita à fábrica da FELCO, situada em Neuchâtel, por ocasião da celebração dos 75 anos da marca, onde será apurado o campeão dos campeões. “Desde 1981 que representamos a FELCO em Portugal. Têm sido anos de
muito trabalho, mas sempre com a satisfação de quem vende um produto de qualidade e o reconhecimento da parte dos nossos clientes. Apoiamos os cursos de formação de poda nas várias escolas no país e estamos presentes nos grandes eventos relacionados com a atividade”, disse Luís Saraiva, responsável pela Magniflora. A empresa dispõe hoje de uma linha completa e inovadora de produtos, tais como tesouras para canhotos, tesouras para mãos mais pequenas, com punho rotativo, razão pela qual a FELCO mantém-se na vanguarda no desenvolvimento de produtos.
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Na gama das ferramentas elétricas tem actualmente três modelos com diferentes aberturas e cortes, a FELCO 801 (30 mm), a FELCO 812 (35 mm) e a FELCO 822 (45 mm) que se caracterizam pela sua velocidade, ergonomia e capacidade de corte. A FELCO é uma marca existente há quase 75 anos e diferencia-se pela qualidade e fiabilidade dos seus produtos. Implantada na zona de Neuchâtel, na Suíça, emprega cerca de 150 pessoas, algumas das quais portuguesas. Nascida da ideia de um podador de profissão, que conhecia as dificuldades de um profissional em exercer a sua actividade, concebeu e brocou a primeira tesoura em alumínio. Mas Felix Flish quis fazer algo que até hoje ninguém conseguiu imitar, ao introduzir as peças de substituição de uma tesoura completa, atestando aí a qualidade e longevidade da tesoura de podar.
FERRAMENTAS
UMA COMPETIÇÃO GLOBAL A FELCO SA, líder global em tesouras de poda, organiza o primeiro Concurso Internacional de Poda de Vinhas, a realizar em 10 de março de 2020 na vinha do Chateau d’Allaman, em Morges, na Suíça, para eleger os melhores podadores, e que assinala as festividades do 75º aniversário da FELCO. Trata-se do final das competições organizadas em 2019 e 2020 pelas subsidiárias ou parceiras em 13 países: África do Sul, EUA, Nova Zelândia, França, Alemanha, Espanha, Portugal, Itália, República Tcheca, Hungria, Inglaterra, Eslováquia e Suíça. Um júri formado por seis especialistas de todo o mundo, chefiado pelo embaixador da marca FELCO e mestre podador italiano, Marco Simonit, avaliará a técnica, qualidade e velocidade para classificar os concorrentes. “O objetivo é mostrar a importância da poda na viticultura. Estes eventos são essenciais para que a empresa se torne mais próxima dos clientes, entenda as suas necessidades e ofereça ferramentas e soluções alinhadas às suas expectativas”, explica Christophe Nicolet, CEO da FELCO SA. Concorrentes ao Nacional de poda , realizado na Quinta da Lagoalva dee Cima, em Alpiarçaa
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CURIOSIDADES
AS PLANTAS EMITEM SONS QUANDO TÊM SEDE OU SÃO CORTADAS
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m estudo da Universidade de Telavive, em Israel, demonstra que algumas plantas emitem sons quando sentem falta de água, ou quando um dos caules é cortado. Tais sons não são audíveis para o ouvido humano, uma vez que se tratam de frequências ultrassónicas, mas aqui cai por terra a perceção que tínhamos do mundo silencioso que reinava no mundo vegetal. A notícia foi publicada na revista Sábado, que aqui reproduzimos com a devida vénia, e nela ficamos a saber que a equipa de académicos liderados pelo biólogo Itzhak Khait, documenta o que poderia não passar de uma teoria, com gravações dos sons emitidos pelas plantas sujeitas a tais stresses, por falta de água, ou pelo corte de parte do seu organismo. Os sons emitidos em tais situações são ultrassónicos, na frequência entre os 20 e os 100 Khz, demasiado agudos para serem audíveis pelos humanos, como que se
assemelhando a “guinchos”, descrevem os biólogos, para quem esta descoberta poderá abrir um novo campo na gestão das produções agrícolas, aumentando a
Pode ainda ler-se na revista Sábado que o estudo incidiu, sobretudo, sobre as plantas de tomate e tabaco. Foram colocados microfones a 10 centímetros das plantas, que
precisão da rega necessária, por exemplo, quando se “ouvirem” as plantas com sede. A poupança de água será crucial à medida que as alterações climáticas forem expondo mais regiões do planeta à seca.
captaram sons que insetos e alguns mamíferos podem ouvir até cinco metros de distância. Uma borboleta pode decidir não colocar ovos numa planta que se lamenta com falta de água, sugerem os investigadores.
Em média, os tomateiros colocados em seca forçada emitiram 35 sons por hora, enquanto as plantas de tabaco fizeram 11 “guinchos”. Quando um caule da planta é cortado, as plantas de tomate fazem uma média de 25 sons na hora seguinte, mais dez do que as plantas de tabaco. As plantas que não estavam sujeitas a stresse produziram menos de um som por hora. É até possível distinguir os sons para saber do que se “queixa” a planta, garantem os investigadores, que identificaram ruídos diferentes, quer na intensidade quer na frequência, nos casos de seca e de corte. O tabaco com falta de água parece fazer sons mais altos do que o tabaco que tem as folhas cortadas, por exemplo. Não é possível determinar se todas as plantas emitem estes guinchos, mas os biólogos israelitas presumem que assim seja. Novas investigações poderão revelar novos comportamentos, nos próximos anos.
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PRODUTO // Em Foco
UM DIA DE ALIMENTAÇÃO INTELIGENTE com os Siloking e o sistema NIR
Mais leite com controlo total no processo de alimentação dos animais, assim se revelou a jornada de demonstração promovida pela Maciel Máquinas Agrícolas com os unifeed da Siloking e o sistema NIR de análise de nutrientes da Dinamica Generale. Fomos a duas das maiores explorações pecuárias do país ver como tudo isto se conjuga
ois misturadores automotrizes da Siloking – a Premium 2215 e a System 1000+ 3225 – os sistemas NIR da Dinamica Generale, instalados junto à fresa das máquinas, ou como dispositivo portátil, duas das maiores explorações leiteiras do país, em Benavente e na Moita, e 57 grandes produtores de leite de todo o país e da Galiza, que assistiram à demonstração promovida pela Maciel Máquinas Agrícolas, Lda, empresa de Barcelos que representa a Siloking e a Dinamica Generale em Portugal, que contou com
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a colaboração da Irrifarm do Montijo, da Agro-Reparadora José Manuel Fialho de Évora e da Balsalgado da Póvoa do Varzim, concessionários das marcas nas respetiva zonas. Dir-se-ia que todos ficaram a perceber como se alimentam os animais de forma inteligente. As honras da primeira casa foram feitas por António Barão, que gere a Barão&Barão com o filho André, na Coutada Velha, Benavente, empresa familiar com 520 vacas à ordenha. “A produção ronda os 45 litros diários por cabeça, e subimos quatro a cinco litros por vaca no último ano. Alterámos a
estratégia da produção, em forragens e misturas e os resultados começaram a aparecer. Não há dúvidas que a Siloking nos tem ajudado muito com a qualidade da mistura, e com o sistema NIR, que analisa as forragens em tempo real. Também fizemos investimentos pelo bem-estar animal. Deste somatório temos a melhoria destes resultados”, explicou António Barão, enquanto o filho haverá de apresentar as vantagens da Siloking de 22 m3 (Premium 2215). O unifeed carrega a matéria seca e Luís Maciel, da Maciel Máquinas Agrícolas, vai respondendo às questões
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dos agricultores curiosos, explicando que “o aumento da produção e a diminuição dos custos da mesma são os caminhos a seguir.” Andrea Mariani, técnico italiano da Siloking, fala de uma filosofia muito própria: “O maior gasto numa quinta é com a alimentação, na ordem dos 45/50% dos custos totais. Mas pode não ser apenas um gasto, pelo que é preciso olhá-los da forma mais correta. Se tratarmos corretamente as forragens, se a misturarmos bem, se a silagem de milho, a mais nobre, for tratada com carinho, é esse o momento em que a alimentação deixa de ser um custo e passa a ser um investimento. É essa a nossa filosofia.” A MAIS-VALIA DOS DADOS
André Barão fala da gestão e análise dos dados: “Através do software do NIR temos o controlo integral da matéria seca do que é o nosso consumo em qualquer um dos parques de alimentação. Temos o registo diário de cada um deles. Antes de dispormos do NIR, a operação era complicada, pois requeria pesagens
PRODUTO // Em Foco
A certificação DLG atribuída à Siloking foi para nós uma garantia em como investimos no cavalo certo constantes, o que consumia muito tempo. O sistema NIR e o software que o acompanha, proporciona uma enorme quantidade de informação e estamos a trabalhar com a Dinamica Generale para termos relatórios ainda mais direcionados, até porque na nossa exploração controlamos diariamente a margem sobre o litro de leite. Não abdicamos disso. O software é uma grande mais-valia. Estamos na era dos ‘dados’ e trabalhamos para filtrar a grande informação que nos chega. Alimentamos duas vezes por dia e queremos resumos do que foi a alimentação no final da manhã e outro no final do dia, para que no dia seguinte
saibamos qual foi o real consumo de todos os ingredientes na exploração. Com tudo isto, o tempo de trabalho foi ajustado, pois trabalhávamos com um unifeed de 18 m3 – o que já não era suficiente para a nossa dimensão – e em média ganhámos 3,5 horas por dia. E atualmente fazemos cinco unifeed por dia, cerca de 35 toneladas/dia. Ainda que esta máquina represente 25% do consumo de gasóleo da exploração, ele já foi superior, pois aos unifeed rebocados havia que lhes juntar os tratores.” Luís Maciel acrescentou algo importante: “O consumo da Siloking está certificado, aferido na máquina de 19 m3 em 0,8 litros por tonelada carregada, misturada e distribuída.” Acrescentou depois André Barão, referindo-se ao galardão atribuído pela DLG à Siloking: “Para nós foi uma garantia em como investimos no cavalo certo.” SIMPLES E PORTÁTIL
Luís Maciel também demonstrou as potencialidades do sistema NIR
O misturador de 32 m3 está vocacionado para explorações com mais de 1000 animais
A fresa foi concebida para não esmagar o alimento, mas para o conduzir suavemente
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PRODUTO // Em Foco
como equipamento portátil, para fazer a leitura da alimentação entregue aos animais. Depois de aferido e calibrado, o aparelho revela os seus dados, a humidade da matéria seca, ADF, NDF, o amido, fibras, proteína, cinzas e gordura. Enrico Salvaterra, técnico da Dinamica Generale que acompanhou as operações, argumentou por que vale a pena ter um sistema NIR, enumerando três vantagens: “Temos o controlo e o ajustamento, em tempo real, da matéria seca carregada. Nunca digo que será a razão principal para ter grandes aumentos de produção de leite, mas com tal racionalidade poderemos, em dias de chuva, ter alimento de reserva com qualidade para as nossas vacas; em segundo lugar podemos controlar os reabastecimentos, seja em que parque for, com a quantidade desejada de matéria seca; por último, o nosso software armazena os dados na ‘nuvem’, pelo que o gestor ou os nutricionistas podem a qualquer momento controlar o que cada vaca está a comer. É um instrumento que é preciso ter nos dias de hoje.”
AUTOMOTRIZ SELFLINE 4.0 PREMIUM 2215 (15 M3 A 22 M3) MOTOR Volvo Penta (Fase 4), 4 cilindros, turbo-diesel 175 cv COMPRIMENTO 9,04 m (22 m3) LARGURA 2,55 m (22 m3) ALTURA 3,06 m (22 m3) DIREÇÃO eixo traseiro (2 eixos) RAIO DE VIRAGEM 7,40 m (22 m3) TEGÃO 22 m3 (2 sem-fim) SISTEMA NIR colocado junto à fresa
QUALIDADE, SEM COMPROMISSOS
E o que tem a Siloking que outras marcas não tenham? Andrea Mariani explica: “A qualidade acima de tudo, sem compromissos. Temos os melhores motores – Volvo Penta – e as melhores bombas e circuitos hidráulicos da Bosch Rexroth, nossos parceiros. Com a Volvo Penta conseguimos ter intervalos de manutenção de mil horas, em vez de 500.” E revelou ainda mais: “Conseguimos essa vantagem com uma fresa de 42 facas, que não esmaga a comida, mas que a carrega com eficiência. E para ser assim temos que ter o motor na frente da máquina, onde é necessário mais potência, para a fresa, que requer 120/125 cv, já que os sem-fim para a mistura apenas requerem 80/90 cv. Com um motor traseiro perderíamos potência. O próprio tegão tem a forma geométrica otimizada para melhorar a mistura, com um efeito contra-facas que auxilia essa mistura.” A misturadora de maior capacidade, igualmente automotriz, uma 4.0 1000+ 3225 (32 m3 e três semfim) também impressionou pelo trabalho realizado, quer na carga de material, quer na descarga junto aos animais. A apresentação passou para a Sociedade Agropecuária Quinta do Paraíso, de Domingos Correia, onde se alimentam 4000 animais. Andrea Mariani fez a síntese das principais características da misturadora: “É a maior máquina que temos em produção, com três eixos, motor de 286 cv de 6 cilindros, também Volvo Penta, destinada a explorações com mais de 1000 cabeças de gado.”
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AUTOMOTRIZ SELFLINE 4.0 SYSTEM 1000+ 3225 (25 M3 A 32 M3) MOTOR Volvo Penta (Fase 4), 6 cilindros, turbo-diesel 286 cv COMPRIMENTO 10,60 m (32 m3) LARGURA 2,55 m (32 m3) ALTURA 3,33 m (32 m3) DIREÇÃO Ativa (1º+3º eixos) TRAÇÃO Eixos dianteiro e central RAIO DE VIRAGEM 8,10 m (32 m3) TEGÃO 32 m3 (3 sem-fim) SISTEMA NIR colocado junto à fresa
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Testemunho de cliente
Barão & Barão Procurávamos um equipamento fiável e com qualidade de mistura para os animais, que é o foco da empresa. Queríamos uma máquina que tivesse as melhores relação qualidade/preço e tecnologia para nos permitir otimizar a atividade. E na procura dessa qualidade encontrámos a Siloking com certificação DLG, garantia de credibilidade. E aqui encontrámos também o sistema NIR da Dinamica Generale, que nos permite fazer a análise, em tempo real, de todos os ingredientes que entram na alimentação dos nossos animais. O NIR é uma grande mais-valia para nós. Passámos de uma taxa de erro de 12% do operador para uma taxa de erro de 3%. Com a qualidade de informação que conseguimos ter somos também muito mais rápidos a agir. Isso faz com que os operadores também se sintam controlados. Antigamente fazíamos análises para poder desenhar a alimentação. Agora estamos a utilizar as análises do NIR. Estamos a trabalhar com ele há nove meses e num ano está pago.
IMPORTADOR MACIEL, MÁQUINAS AGRÍCOLAS, LDA Travessa Cruz da Pedra nº4/6 Apartado 53 Lijó • 774-909 Barcelos
253 808 420
maciel.lda@sapo.pt
NOVIDADES TÉCNICAS PREMIADAS
O
concurso de novidades técnicas da FIMA 2020 despertou as atenções de 30 empresas que apresentaram a escrutínio 120 produtos e máquinas agrícolas, número superior aos que foram submetidos na edição de 2018. O júri acabou por distinguir 41 daqueles produtos, de acordo com as bases do concurso, segundo as quais devem oferecer novas funções, ou que melhorem os procedimentos estabelecidos relativamente à sua aplicação prática. Na mesma medida, foram distinguidos os avanços relativos face à economia do trabalho, os melhoramentos quanto às situações energética, ambiental e de trabalho, ou a respeito da segurança do mesmo. Alguns destes produtos já tinham sido destacados pelo concurso de inovações instituído pela Sociedade Agrícola Alemã na Agritechnica, realizada em Hanôver (Alemanha), em novembro. O júri foi formado por um grupo de reputados profissionais vinculados estritamente ao mundo da maquinaria agrícola, à Universidade e investigação, ou às associações do setor.
TRATORES, MÁQUINAS AUTOMOTRIZES E ENERGIA JOHN DEERE IBÉRICA S.A.
eAutoPowr – Transmissão infinitamente variável eletromecânica e sistema de tração inteligente e8WD com Joskin
Este produto, desenvolvido em parceria pela John Deere e pela Joskin, já tinha sido premiado na mais recente edição da Agritechnica com a medalha de ouro, que reconheceu a primeira caixa de velocidades de comando eletromecânico aplicada em tecnologia agrícola. Desenhada para os novos tratores da série 8R, dispensa a unidade hidráulica (bomba/motor) para utilizar motores elétricos como um atuador de variação contínua. Estes motores foram especificados para energizarem o inversor e fornecerem até 100 Kw de energia elétrica
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DESTACADA
para consumo de implementos externos. Tal eletrificação é demonstrada através de uma solução de sistema espalhador de chorume, desenvolvida em conjunto com uma cisterna Joskin, onde um dos eixos é acionado por esta forma de energia.
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DESTACADA SDF – SAME DEUTZ IBÉRICA SA
Sistema de direção em rodas traseiras para tratores Frutteto CVT ActiveSteer
Trator especializado, de via estreita, com caixa de variação contínua, cabine sofisticada e suspensão independente no eixo dianteiro, especificações premium e direção em ambos os eixos para agilizar a viragem nas
cabeceiras é algo, até agora, só ao alcance do grupo SDF, que no final do ano passado desvendou o seu modelo Active Steer e que, a breve trecho, estará a iniciar a fase de comercialização. Tal direção atua em ambos os eixos e permite reduzir o raio de viragem de 4,20 m para apenas 3 m, melhorando a capacidade de manobra.
NOVIDADE TÉCNICA ADR GEPLASMETAL, S.A.U.
Eixo de via extensível Variotrac
Este eixo tem uma via extensível variável, o que proporciona mais estabilidade ao veículo, adapta-se melhor ao caminho e reduz a compactação do terreno semeado. Tem como principais vantagens atuar de forma independente, e pode ser acionado a partir da cabine. Em estrada, quando completamente fechado, cumpre plenamente as normas de largura de circulação. O Variotrack adapta-se aos mais diferentes tipos de reboques. Como caraterísticas mais salientes, garante uma carga útil de até 14 toneladas e por ser de muito baixa fricção praticamente dispensa manutenção.
AGCO IBÉRIA S.A. - FENDT
Sistema automático de controlo de implementos para a vinha em tratores Fendt 200V Vario
O sistema de orientação automatizada de veículo e implemento desenvolvido em conjunto pela Fendt e a Braun aumenta o rendimento em tarefas na vinha – reduzindo simultaneamente a tensão sobre o operador. Os contornos do solo, videiras, postes, etc, são gravados através de tecnologia laser e a informação é depois passada para o Fendt 200V Vario, trator estreito, via interface ISOBUS.
AGCO IBÉRIA S.A.
Sistema de condução por joystick (Autodrive) que substitui o volante nas ceifeiras
Com o Fendt IDEALDrive, a AGCO oferece uma visão desobstruída da área diretamente em frente à ceifeira, dispensando a coluna de direção e o volante. O banco do operador está equipado com um apoio de braço esquerdo com um joystick. Todas as funções da coluna de direção desde o volante até aos piscas - estão integradas neste.
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AGCO IBÉRIA S.A. - VALTRA
Assistente hidráulico Valtra N4 e T4
O sistema foi patenteado e é revolucionário, pois proporciona, de forma automática, fluxo hidráulico às válvulas eletrónicas que o requeiram, independentemente do trator estar imobilizado ou em movimento, sem interferir na velocidade de condução. As rotações do motor ajustamse quando se requer caudal hidráulico em cada válvula, mas o aumento das rotações não interfere na velocidade do trator. O assistente hidráulico está disponível em todas as versões Hitech, Active, Versu e Direct.
CLAAS IBÉRICA, S.A.
Controlo automático de potência do motor (CEMOS Auto Chopping)
O CEMOS AUTO Performance combina a potência do motor com o trabalho em questão, alterando a curva de potência. No campo, o operador inicia o sistema de assistência e seleciona a velocidade do motor, a velocidade de avanço e uma das 10 curvas de potência do motor. Depois do piloto automático ser iniciado, a combinação picadora/ reboque do trator começa a funcionar.
CONTINENTAL TIRES SLU
Sensor de pressão e temperatura em pneus VF TractorMaster Hybrid A superfície de contacto é 30% superior à de um pneu convencional e melhora o conforto do operador, da mesma forma que aumenta a vida útil em estrada e a tracção em pisos duros. Os sensores fornecem informação em tempo real, lendo a pressão e a temperatura em cada pneu, leitura que poderá ser feita na cabine, ou pelo gestor da frota, a partir do escritório da exploração. Os “ombros” redondos minimizam os danos em culturas forregeiras.
JOHN DEERE IBÉRICA S.A. JOHN DEERE IBÉRICA S.A.
Controlador proativo de produtividade
As câmeras 3D detectam o estado da colheita na frente da ceifeira, como um operador proativo. A altura das culturas, culturas caídas e direção da queda, vazios, as faixas de rodagem e as áreas colhidas são detectadas e classificadas pela chamada “aprendizagem da máquina”.
Série 8RX – Trator convencional com quatro conjuntos de rastos de borracha
Com o novo 8RX, a John Deere introduz o primeiro trator convencional com quatro rastos de borracha integrados. Versão melhorada do 8R de rodas, foi redesenhado e otimizado no tocante à proteção do solo, tração e curtas janelas de trabalho.
NEW HOLLAND
Suspensão Terraglide para eixo dianteiro e pneu Pneutrac para tratores compactos
Comodidade, tração, estabilidade em transporte e sobre terrenos difíceis, segurança em declives, menor consumo por não se afundar no terreno e ótima adaptação de implementos frontais e ventrais são as principais vantagens do sistema de dupla suspensão do eixo dianteiro Terraglide e pneu Pneutrac, desenvolvido pela New Holland para a série T4 Specialty.
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RECAMBIOS FRAIN SL – PNEUS NOKIAN
Pneus com sensores de pressão, temperatura e desgaste com ligação sem fio
TRELLEBORG WHEEL SYSTEMS ESPAÑA
Sistema de controlo baseado em sensores TLC Plus Adotar a pressão correta dos pneus pode reduzir os custos variáveis da conta agrícola em mais de 20%, ao mesmo tempo que produz melhorias na proteção das culturas e a segurança da operação, sustenta a Trelleborg, que desenvolveu o avançado sistema de controlo TLC Plus, baseado em sensores. Isto é, uma porta de alta velocidade de transmissão de dados com um baixo consumo e ligação segura, e quatro sensores com uma vida útil de até cinco anos com uma precisão de medição muito eficiente. Os dados são transmitidos para o smartphone do utilizador/operador.
Os veículos que conduzimos e trabalhamos estão a passar por uma grande evolução digital dos dados que são recolhidos e que nos são transmitidos, desde a gestão da frota até ao diagnóstico remoto. A nova solução que a Nokian instituiu faz com que o acesso a esses dados seja fácil. A Internet das coisas foi a base do trabalho da Nokian e são sensores colocados no interior dos pneus que enviam dados da pressão e temperatura dos mesmos para uma aplicação móvel que mantém o usuário informado sobre os seus níveis vitais. O sistema não requer qualquer modificação no veículo, mas apenas os pneus com sensores e a APP.
MÁQUINAS OPERADAS E INSTALAÇÕES FIXAS E MÓVEIS NOVIDADE TÉCNICA
DESTACADA KUHN IBÉRICA, S.A.U. (RAUCH)
MultiRate - Sistema de dosagem e distribuição em pequena escala para fertilização pneumática O operador tem o controlo total sobre cada coletor de saída de distribuição individual. Exemplo: uma máquina com uma largura de trabalho de 36 m dispõe de 30 coletores de saída e o Multirate permite controlar a dosagem, de forma independente, de cada um deles. Cada coletor distribui a uma largura de 1,2 m e pode ser desligado ou ajustado de forma independente dos restantes. Entre as principais vantagens estão as poupanças entre 3/6% nas viragens de cabeceira, de 2/4% na condução em curva e de 5/10% quando se dispõe de mapas de aplicação.
NEW HOLLAND
DESTACADA
Driveline inovadora (Smartshift) para grandes enfardadeiras As enfardadeiras que produzem fardos de alta densidade requerem um volante de alta inércia e um potente êmbolo. Portanto, são necessários sistemas de arranque protetores para impedir que o trator pare ou o eixo da TDF entre em sobrecarga quando a prensa entra em ação. A solução proposta pela CNH é uma caixa de engrenagens situada entre a TDF do trator e o volante de inércia da enfardadeira que varia o regime de rotação do volante até ao estimado como necessário.
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ARCUSIN SA
Dispositivo articulado para recolha de fardos de forragem depositados no solo
BELLOTA AGRISOLUTIONS SLU
Discos recortados para a sementeira e fertilização
CIMA SPA
Difusor antideriva com regulação manual para pulverizador pneumático
AG-GROUP
Sistema modular mecatrónico DmaX Al-Sense para controlo da grade rotativa
A Alpego, representada em Espanha pela AG-Group, desenvolveu um sistema modular mecatrónico para as grades rotativas designado AI-Sense. O dispositivo é composto por dois módulos – AI-Guard e AI-Move -, o primeiro para verificar os parâmetros vitais da máquina e o segundo para gerir todos os seus movimentos. Provas de campo serviram para demonstrar a relação direta que existe entre as mudanças de parâmetros da grade rotativa e a qualidade do trabalho produzido. Como vantagens, a marca assegura que reduz ao mínimo o impacto ambiental, a absorção de potência e permite conhecer a profundidade efetiva de trabalho, ao mesmo tempo que informa o operador para situações anómalas de trabalho, inclusivamente de desgaste excessivo das ferramentas.
COMPONENTES AGRÍCOLAS GENERAL, S.L.
Atomizador com sistema direto de dosagem, mistura e injeção de produto fitosanitário na saída de pressão
DURÁN MAQUINARIA AGRÍCOLA, S.L.
Sistema triturador de resíduos SuperCut Mastek em barra universal para a distribuição de chorume
FLIEGL IBÉRICA SL
Fliegl Skate Compact – Injetor de parafuso sem-fim
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JOHN DEERE IBÉRICA S.A.
JOHN DEERE IBÉRICA S.A.
Com o amortecimento inteligente de vibrações, estas são quase completamente eliminadas nos modelos da série de tratores 7R em conjunto com as enfardadeiras da John Deere. Com base nos sinais dos sensores de aceleração no receptor GPS e outros sinais no trator, o acionamento é continuamente ajustável com a frequência do êmbolo da prensa, para que uma mudança periódica da configuração de velocidade compense as vibrações criadas. Nenhum hardware adicional é necessário para esse fim.
A solução Dual Exact Apply utiliza sensores de câmara RGB ao longo da barra de pulverização para identificar todas as partes verdes da planta, processando essas imagens digitais para determinar as filas e, por conseguinte, determinar se há lugar a tratamento, com precisão, das plantas doentes.
Amortecimento inteligente de vibrações para grandes enfardadeiras de fardos quadrados
Sistema de aplicação Dual Exact Apply com sensores de imagem RGB
NEW HOLLAND
Sistema de duplo nó LoopMasterTM para atar os fardos em enfardadeiras grandes Os restos de corda partida com nós costumam ficar pelo campo, por vezes em grande quantidade, o que piora a qualidade da forragem e é mais um dos impactes ambientais dispensáveis. O novo sistema de atagem LoopMasterTM reduz este risco, pois trata-se de um nó duplo para os fardos grandes de grande densidade das enfardadeiras Big Baler.
MOBILIZAÇÃO DE SOLOS • PLANTAÇÃO E SEMENTEIRA • FERTILIZAÇÃO • APLICAÇÃO DE FITOFÁRMACOS • COLHEITA E FENAÇÃO • TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS • SOLUÇÕES DE GESTÃO AGRONÓMICA • OUTRAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS • ESPAÇOS VERDES E JARDINAGEM
AGRICULTURA E ESPAÇOS VERDES
SOLUÇÕES DE GESTÃO AGRONÓMICA
UMA VASTA GAMA DE SOLUÇÕES PARA A AGRICULTURA
SEDE: R. Liberdade, 2550 Vermelha, Cadaval T. 262 699 000 • F. 262 299 009 jinaciolda@jinaciolda.pt
COIMBRA: Montemor-o-Velho M. 966 203 369 • M. 966 203 367 montemorovelho@jinaciolda.pt
LEIRIA: Vieirinhos, Pombal T. 233 959 920 pombal@jinaciolda.pt
SANTARÉM: Golegã T. 249 976 495 golega@jinaciolda.pt
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SETÚBAL: Alcacer do Sal T. 265 619 260 alcacerdosal@jinaciolda.pt
CENTRO DE USADOS: Palhoça, Cadaval T. 262 741 204 usados@jinaciolda.pt
NEW HOLLAND
Sistema de controlo de enfardadeiras para o T7
Enfardadeiras de fardos gigantes permitem alta densidade de transporte e armazenamento de material vegetal, sendo de grande importância na agricultura. No entanto, devido às altas forças inerciais e de pressão, estas induzem vibrações que sujeitam a cabine do trator a fortes movimentos que geram desconforto para o motorista. Para reduzir essa carga de vibração, um modo de enfardamento pode ser selecionado nos tratores New Holland T7. Esta inovação modifica a coordenação da suspensão do eixo dianteiro e aumenta a inclinação da curva limitadora no mapa do motor. Assim, evita-se a oscilação do combinado, o sistema desacopla e verifica-se uma redução da carga de vibração. Nenhum hardware adicional é necessário para este fim. O sistema passivo é compatível com enfardadeiras de qualquer fabricante.
KUHN IBÉRICA, S.A.U. (RAUCH)
Distribuição mais precisa de fertilizante em terrenos acidentados O HillControl Control System da Rauch é um software que melhora a precisão da distribuição ao espalhar fertilizante, especialmente em terrenos mais acidentados. Funciona em conjunto com um sensor de inclinação e taxa de guinada nos espalhadores de disco, alterando o ponto de aplicação do fertilizante, a velocidade do disco e a dosagem. Como resultado, a distância e a direção da dispersão dos grãos de fertilizante são alteradas meramente com um ajuste controlado do ponto de aplicação, corrigindo, portanto, a distorção no padrão de dispersão.
KVERNELAND GROUP IBÉRICA, S.A.
Cultivador Turbo Ti-Tiller com sistema de regulação “smart farming”
Os ajustes de profundidade e de nivelamento podem agora ser controlados a partir da cabine e do terminal ISOBUS. O cultivador está dotado de sensores que deteta desvios do vetor de força e patinagem de tração, podendo assim transmitir carga ao eixo traseiro e otimizar a operação. Os cilindros de nivelamento da máquina conseguem uma manutenção do paralelismo do chassis ao solo em situações de subida, descida, ou em plano.
MARISAN BALBASTRE E SANJAIME SL
Atomizador Marisan Ecosustentável com sistema de ionização da água
SOLUÇÕES DE GESTÃO AGRONÓMICA
DESTACADA
CNHI SPAIN + CLAAS IBÉRICA + JOHN DEERE IBÉRICA SA
Acessibilidade de dados em multiplataforma
NOVIDADE TÉCNICA ESTEL SL
Sistema para aplicação eficiente de produtos fitosanitários
GOIZPER S. COOP.
Software Landrooter para pulverizador centrífugo Micon em culturas arvenses
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KRAMP
Kramp Movile App. - Localização de peças em base de dados
Para encomendar uma peça à Kramp, de forma rápida, simples, e acima de tudo sem se correr o risco de enganos, será mais simples se à mão estiver um scanner da Kramp, ligado a um iPad da Kramp, via Bluetooth. Usando o dispositivo scan para telemóvel significaria uma poupança diária de 15 a 30 minutos em processos de encomenda, com o risco mínimo de enganos.
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JOHN DEERE IBÉRICA S.A.
Programação de configuração automática remota e sistema de documentação digital AutoSetup
A possibilidade de guardar todos os ajustes necessários ao trabalho de uma máquina em campo, a partir do computador do escritório da exploração, para serem utilizados posteriormente, já está ao alcance do sistema AutoSetup da John Deere. Este programa pode ser utilizado para planificar ordens de forma exaustiva e atribuí-las a determinadas máquinas, reduzindose consideravelmente os tempos improdutivos de preparação dos trabalhos.
NEW HOLLAND
Terminal AGXTEND-ISOMAX para adaptar implementos antigos ao sistema ISOBUS
O ISOMAX da AGXTEND representa uma nova solução para futuras aplicações ISOBUS. O sistema totalmente certificado pela AEF (Agricultural Industry Electronics Foundation) é universal, abrangente e compreende todos os elementos, incluindo o conector e a ECU. O ISOMAX pode ser operado através de qualquer terminal ISOBUS.
KUBOTA
Sistema de diagnóstico TIM – Kubota
O sistema TIM (Tractor and Implement Management), foi desenvolvido com a colaboração de grandes empresas do setor, tendo como objetivo a compatibilidade entre produtos de distintas marcas permitindo a livre escolha dos clientes na compra de maquinaria. Assim, a Kubota desenvolveu uma plataforma de verificação do sistema através da qual o cliente, de forma muito intuitiva, pode averiguar onde está o problema.
NANONORD A/S
Sensor multinuclear TVESGAEG NMR para análise de componentes mediante ressonâncias magnéticas nucleares (RMN)
RIEGOS IBERIA REGABER SA
Filtro automático de malha Mini Sigma com controlo mediante bluetooth
RIS IBERIA, S.L.
Plataforma de irrigação Cloud baseada em válvulas autónomas bidirecionais sem fio
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J U R Í D I CO
NOVA RÚBRICA
CONTRATOS PA RA A UTILIZAÇÃO DA TERRA NO ÂMBITO DA ATIVIDADE AGRÍCOLA, A FORMA COMO A TERRA É DETIDA POR QUEM A EXPLORA É UMA DAS QUESTÕES FUNDAMENTAIS NA ESTRUTURAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS DO AGRICULTOR. ASSIM, NESTE ARTIGO, PROPOMONOS IDENTIFICAR, DE UMA FORMA SIMPLES E SUCINTA, ALGUMAS DAS FIGURAS JURÍDICAS APLICÁVEIS AO USO DA TERRA. D I R E I TO D E P R O P R I E DA D E A forma mais tradicional de uso da terra é através da aquisição do respetivo direito de propriedade, o qual permite ao respetivo titular o gozo de modo pleno e exclusivo dos direitos de uso, fruição e disposição da coisa adquirida, dentro dos limites da lei. A compra e venda de um imóvel é celebrada através de escritura pública ou de documento particular autenticado e é sujeita a registo junto da Conservatória do Registo Predial, dando publicidade ao direito de propriedade e permitindo a sua oponibilidade a terceiros. A aquisição do direito de propriedade implica o pagamento do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (“IMT”) e do Imposto do Selo (“IS”). Posteriormente, será necessário pagar anualmente o Imposto Municipal sobre Imóveis (“IMI”). Gostaríamos de ressalvar que, aquando da compra e venda de prédios rústicos, deverá ser acautelado o regime da proibição do fracionamento de prédios rústicos, devendo ainda ser confirmada a eventual necessidade de ser dado o direito de preferência aos proprietários de terrenos confinantes. O direito de propriedade pode ser onerado, nomeadamente, através da constituição de hipoteca a favor de terceiros (o que é particularmente vantajoso quando o agricultor pretende obter financiamento).
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D I R E I TO D E S U P E R F Í C I E O direito de superfície permite ao proprietário do prédio manter a propriedade do solo e conceder a um terceiro (nomeadamente um agricultor), temporária ou definitivamente, a faculdade de construir ou manter, perpétua ou temporariamente, uma obra no seu terreno, ou de nele fazer ou manter plantações. O preço do direito de superfície poderá ser pago através de uma única prestação ou através de prestações anuais (sempre em dinheiro), conforme convencionado pelas partes. O direito de superfície, tal como o direito de propriedade, poderá ser constituído por meio de escritura pública ou de documento particular autenticado e é sujeito a registo junto da Conservatória do Registo Predial, dando publicidade ao referido direito e permitindo a sua oponibilidade a terceiros. Aquando da constituição do direito de superfície é necessário o pagamento de IMT e de IS, e a liquidação do IMI é, após o início da construção ou do termo da plantação, da responsabilidade do superficiário. O direito de superfície, tal como o direito de propriedade, pode ser onerado, nomeadamente, através da constituição de hipoteca a favor de terceiros (o que é uma vantagem na obtenção de financiamento).
U S U F R U TO Outra possibilidade de uso da terra por pessoa diferente do seu proprietário é o usufruto. Através deste regime é possível gozar temporária e plenamente um prédio rústico alheio, desde que sem alterar a sua forma ou substância. O usufruto pode ser estabelecido pelo prazo de duração da vida do usufrutuário ou, no caso de pessoas coletivas, pelo prazo máximo de 30 anos, pelo que se apresenta como uma solução que oferece estabilidade e segurança. O direito de usufruto, tal como os direitos reais anteriormente mencionados, poderá ser constituído por meio de escritura pública ou de documento particular autenticado e deverá ser objeto de registo junto da Conservatória do Registo Predial, beneficiando das já referidas vantagens (i.e., publicidade e oponibilidade). Aquando da constituição do direito de usufruto, é necessário o pagamento de IMT e de IS, ficando posteriormente o usufrutuário responsável pelo pagamento do IMI. O direito de usufruto beneficia igualmente da possibilidade de ser onerado, salvo estipulação das partes em contrário.
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PERGUNTAS FREQUENTES Ocupei um terreno para a sua exploração agrícola há já vários anos, poderei ter algum direito sobre o mesmo?
ARRENDAMENTO RURAL Uma das formas mais utilizadas de uso da terra é através do arrendamento rural. De acordo com o seu regime legal, e atendendo ao fim a que se destina, o arrendamento rural pode ser de um de três tipos: agrícola, florestal ou de campanha. Quanto ao prazo (i) os arrendamentos agrícolas não podem ser celebrados por prazo inferior a sete anos, sendo renováveis automaticamente por sucessivos períodos de, pelo menos, sete anos, enquanto não forem denunciados nos termos da lei, (ii) os arrendamentos florestais, não podem ser celebrados por prazo inferior a sete anos nem superior a 70 anos e, salvo disposição em contrário, não se renovam automaticamente no termo do prazo do contrato e (iii) os arrendamentos de campanha, não podem ser celebrados por prazo superior a seis anos e, salvo disposição em contrário, não se renovam automaticamente no termo do prazo do contrato. Caso tenham sido concedidos ao proprietário direitos de produção e direitos a apoios financeiros no âmbito da política agrícola comum é possível integrar a sua transmissão no âmbito do contrato de arrendamento rural, devendo ser respeitados os regimes especiais eventualmente aplicáveis. Quanto às formalidades a observar, o contrato de arrendamento rural deverá ser celebrado por escrito e o senhorio deverá entregar o respetivo original no serviço de finanças da sua residência ou sede social. Ao contrário dos regimes anteriormente descritos, o arrendamento rural não está sujeito a registo junto da Conservatória do Registo Predial. No que à renda diz respeito, a mesma é anual e deverá ser previamente estipulada, correspondendo a uma prestação pecuniária. Ao arrendatário não é permitida a oneração do prédio objeto do arrendamento, o que, caso o agricultor pretenda obter financiamento, poderá ser uma desvantagem face aos regimes anteriormente identificados. A celebração de arrendamento rural está isenta de pagamento de qualquer taxa ou imposto. Como acima se procurou expor, existem várias formas de regular a utilização da terra, cabendo às partes escolher e negociar o regime que melhor se coaduna com os respetivos interesses.
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Nos termos da lei, a posse do direito de propriedade mantida por certo lapso de tempo, permite ao possuidor, salvo disposição em contrário, a aquisição do referido direito através da usucapião. A usucapião tem lugar em 5, 10, 15 ou 20 anos, consoante a o tipo de posse em causa (i.e., se a mesma é titulada ou não titulada, de boa-fé ou de má-fé e, ainda, se existe ou não registo de mera posse). Assim, caso estejam verificados os pressupostos previstos na lei, poderá o possuidor adquirir por usucapião o direito de propriedade sobre o terreno em causa, através, nomeadamente, de uma escritura pública de justificação ou de uma ação judicial, consoante aplicável.
Qual a taxa aplicável a cada um dos impostos referidos (IMT, IS e IMI)?
Sobre prédios rústicos, a taxa de IMT é de 5% e a taxa do IS é de 0,8% (taxa a incidir sobre o valor constante do ato ou do contrato ou sobre o valor patrimonial tributário do imóvel, consoante o que for maior), a taxa de IMI é de 0,8% (taxa a incidir sobre o valor patrimonial tributário do imóvel).
O superficiário pode transmitir o seu direito a um terceiro?
Sim. Este direito é transmissível por ato entre vivos ou por morte.
Em caso de transmissão do direito de superfície o proprietário do solo tem direito de preferência? Sim, o proprietário do solo tem direito de preferência, em último lugar, na venda ou doação em cumprimento do direito de superfície.
Quais as causas de extinção do usufruto? O usufruto, quando celebrado por prazo certo, extingue-se com o termo do prazo ou, quando celebrado vitaliciamente, com a morte do usufrutuário. Outras causas de extinção são: a reunião do usufruto e da propriedade na mesma pessoa, o não exercício deste direito durante 20 anos, a perda da coisa usufruída ou a renúncia ao direito por parte do usufrutuário.
Que elementos deverão constar obrigatoriamente do contrato de arrendamento rural? A identificação completa das partes, a identificação do bem objeto de arrendamento, o fim a que se destina, o valor estipulado para a renda e a data de celebração. Caso existam bens móveis que façam parte integrante do contrato, deve ser anexada a sua descrição detalhada (designadamente no que respeita ao estado de conservação e funcionalidade).
As partes de um contrato de arrendamento rural podem estipular que o arrendatário renuncia ao direito de renovação do contrato ou se obriga antecipadamente à sua denúncia? Não, uma estipulação destas é nula, tal como são nulas as cláusulas em que (i) o arrendatário se obrigue ao pagamento de prémio de seguro contra incêndios de edifícios ou instalações e infraestruturas não compreendidas no contrato, bem como de impostos, contribuições ou taxas incidentes sobre os imóveis objeto do contrato e que sejam devidos pelo senhorio, (ii) qualquer dos contraentes renuncie ao direito de pedir denúncia ou resolução do contrato e às indemnizações que sejam devidas nos casos de violação de obrigações legais ou contratuais, e (iii) o arrendatário se obrigue, por qualquer título, a serviços que não revertam em benefício direto do prédio ou se sujeite a encargos extraordinários.
É possível atualizar a renda no decorrer do contrato de arrendamento rural? Salvo estipulação em contrário, o senhorio pode atualizar a renda anualmente aplicando o coeficiente resultante da totalidade da variação do índice de preços do consumidor, sem habitação, correspondente aos últimos 12 meses, apurado pelo Instituto Nacional de Estatística, I. P., e publicado no Diário da República. CCR LEGAL SOCIEDADE DE ADVOGADOS FRANCISCO SOUSA COUTINHO FSC@CCRLEGAL.PT
NOVA RÚBRICA
IMPACTOS DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NA
AGRICULTURA Os eventos climáticos extremos têm tendência a ser cada vez mais frequentes e intensos e os fenómenos de seca, precipitação forte e fogos florestais contribuirão para provocar graves prejuízos para a economia e para setores mais sensíveis e vulneráveis como a Agricultura P O R CA R LOS T I TO SA N TOS , CO NSU LTO R EM A LT ERAÇÕ ES CL I M ÁT I CA S
s alterações climáticas têm vindo a exacerbar a intensidade de eventos extremos, como as ondas de calor, seca, precipitação intensa, tempestades ou fogos florestais que se tornarão cada vez mais frequentes. O ano de 2019 foi considerado o segundo mais quente no planeta desde que há registos de temperaturas, e a década passada foi a mais quente de sempre. Na Europa, o ano de 2019 foi o mais quente desde que há registo. No final do mês de Outubro do ano passado, 36% do Sul de Portugal continental encontrava-se em situação de seca severa e extrema. De acordo
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com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a percentagem de água no solo era inferior a 20% em certas áreas do vale do Tejo, bem como nas regiões do Alentejo e Algarve. Em 2020, e apesar do Norte e Centro do país terem recuperado em termos de precipitação, o Sul ainda se encontrava em seca. Filipe Duarte Santos, especialista em alterações climáticas e presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, refere que desde 1960 o país vem observando um declínio no volume de precipitação anual, com os períodos de secas a serem mais intensos. O Sul da Europa está a ser afectado pelo clima do Norte de África. Até ao final do século estima-se que irá
ocorrer uma diminuição até 30% na pluviosidade média anual na região do Alentejo. PERDAS DE PRODUTIVIDADE
Em Portugal, os impactos das alterações climáticas e a variabilidade do clima têm vindo a afectar cada vez mais os diversos sectores da economia, como a agricultura, o que tem resultado em perdas de produtividade. A falta de chuva e as secas que se verificaram nestes últimos anos tiveram impacto nos recursos hídricos no Sul de Portugal e, consequentemente, nas crescentes necessidades de irrigação. Isto é preocupante para uma agricultura cada vez mais intensiva que requer um maior
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consumo de água. A pecuária também é afectada em termos das necessidades de consumo de água e alimentação para os animais. As alterações climáticas têm impactos na agricultura ao nível da fenologia e ciclo de cultura. Um estudo recente efectuado pela Agência Europeia do Ambiente sobre a adaptação às alterações climáticas no sector agrícola na Europa, indica que futuros impactos irão afectar a produtividade agrícola em termos de qualidade, quantidade, bem como dos preços dos produtos em algumas regiões do Sul da Europa e Mediterrâneo. O mesmo estudo projeta ainda que no Sul da Europa estes impactos farão com que em 2100 o valor das terras agrícolas vá decair em cerca de 80%, levando mesmo a que sejam abandonadas. Deste modo, a gestão dos recursos hídricos vai ter que ser mais adaptada às necessidades e disponibilidade de água e, por outro lado, dever-se-á promover uma maior utilização de culturas mais resistentes ao clima. No ano passado, o relatório “Vulnerabilidade de Portugal à Seca e Escassez de Água” recomendava aos agricultores a adoção de medidas de adaptação e utilização de instrumentos e tecnologias de irrigação, assim como sistemas de exploração agrícola sustentáveis mais adaptados e resilientes aos choques climáticos. Medidas como a reutilização de águas residuais que podem ser utilizadas na irrigação para agricultura e o recurso à dessalinização já estão a ser equacionadas pelo Governo português e vão ser necessárias para aumentar a adaptação e
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DIA DE FOLGA
ARTE CONTEMPORÂNEA MONUMENTAL EM ESTÁDIO AUSTRÍACO
DIA DE FOLGA
O objetivo do projeto “FOR FOREST – The Unending Attraction of Nature” (Pela Floresta – A Interminável Atração da Natureza) foi construir um memorial de espécies que podem desaparecer do habitat natural, de forma a levar o público a questionar o futuro da natureza. Assim aconteceu, no final do ano passado, no estádio da cidade de Klagenfurt, na Áustria, onde 300 árvores “ganharam” raízes. A instalação de Arte Temporária foi da responsabilidade do artista suíço Klaus Littmann, inspirada pelos desenhos do arquitecto e pintor austríaco Max Peintner Após a instalação, as árvores passaram o inverno no famoso viveiro de Praskac em
Tulln (alta Áustria), onde foram cuidadas por especialistas. Em breve serão replantados em Tullnerfeld, nos portões de Viena, no centro do futuro “FOR FOREST Campus”.
QUEM TEM MEDO COMPRA UM CÃO? Se calhar vamos ter de alterar o ditado: ‘Quem precisa de ajuda, compra um Spot’. É que o Spot parece-se com um cão, mas não se vai pôr a ladrar para afugentar estranhos que se queiram aproximar de si. Ainda assim, a Boston Dynamics, empresa que o está a desenvolver, dotou-o de uma série de
Pequenas coisas ou grandes números do maravilhoso mundo das máquinas agrícolas
competências que o podem tornar muito útil como ajudante. Sabe desviar-se de obstáculos, abre portas e apanha objetos (se for equipado com um braço), pode carregar às costas pesos até 14 kg, e se cair é capaz de se levantar sozinho. O Spot pode deslocar-se a uma velocidade de 4,8 km/h e a bateria confere-lhe autonomia para 90 minutos. Numa era em que os robôs nascem às centenas, para as mais variadas tarefas, o Spot destaca-se pelo seu ar simpático, talvez por se parecer com os nossos melhores amigos de quatro patas. E destaca-se também por se afigurar muito promissor, dadas as habilidades de que é capaz. Agora imagine-se daqui por uns tempos a falar com um destes: ‘Spot, traz-me a chave de luneta 18-19, o alicate de grifos e uma mini fresca’.
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DIA DE FOLGA
RIQUEZA AGRÍCOLA DE SINTRA EM MOSTRA NA AGRO-ARUIL O convívio entre famílias de agricultores, o fomento da rede de contactos e a promoção de exposição de agronegócios ligados ao concelho são os objetivos da próxima edição da Agro-Aruil, na freguesia de Almargem do Bispo, Sintra, no dia 30 de maio. A Sociedade Recreativa e Desportiva Aruilense, apoiada pela de Sintra, União das Freguesias de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar, e uma vez mais pela revista abolsamia, realiza a 4ª edição deste convívio entre agricultores do concelho, historicamente ligada à produção de produtos hortícolas, e que se pretende venha a ser um evento de referência da agricultura na região. Para além das já tradicionais iniciativas, seja a concentração e passeio de tratores, a realizar pelas 10h, seguido de almoço e da Gincana (16h), a organização está a preparar duas novidades para esta edição, a realizar no campo da Arroia, que serão a Festa da Sopa (para degustar, naturalmente) e as Jornadas de Horticultura, onde variadas bancas de empresas terão expostos os produtos referentes à sua atividade. O espaço estará aberto ao público a partir das 9h. O espaço de entretenimento musical estará a cargo do DJ Tigger. Para mais informações sobre o evento contactar Carlos Pedro (919 422 668).
AGRO-ARUIL‘20 Campo da Arroia, Aruil
30 Maio a partir das 9:00h
10:00 horas
Seguido de passeio Oferta de uma bifana e uma imperial a quem participar
A L M OÇO
Degustação de diversas sopas Sopas:
16 : 00 h o r a s
Gincana
Hortisopa, Lda.
SABE QUAL É A FRUTA MAIS PRODUZIDA EM TODO O MUNDO? Se não sabia, ou não adivinhou, a imagem já lhe deu a resposta: a banana é o fruto com maior produção em todo o mundo. O seu cultivo teve início no sudeste da Ásia e a sua produção está disseminada em cerca de 130 países. Constitui a quarta maior colheita geral, depois do trigo, arroz e milho. A Índia cultiva mais bananas do que qualquer outro país. Seguem-se-lhe as Filipinas, a China e o Equador como os três principais produtores de bananas. Mas a primeira produção de fruta pouco nada tem a ver com a banana. Segundo explica a publicação online FactRetriever, a produção de fruta teve início entre 6000 e 3000 antes de Cristo e coube ao figo essa primazia. Outro fruto, o kiwi, que a Nova Zelândia produz como nenhum outro país (cerca de um terço da produção mundial é produzido naquela ilha) deverá a sua origem à China. Acontece que Mary Isabel Fraser, uma professora primária local, visitou a China no início do séc. XX e de regresso à Nova Zelândia levou com ela sementes do fruto. Plantou-as e fez a primeira colheita em 1910. O resto é o que já se sabe. Vamos a mais curiosidades e falemos de inventores, começando por Cyrus McCormick, de quem se diz ser o “pai da agricultura moderna”, por ter sido o inventor do primeiro ripper mecânico, em 1831, que muito ajudou a substituir a mão-de-obra masculina pelo poder da máquina no trabalho da colheita. Outro empreendedor ligado à agricultura foi Eli Whitney (1765-1825), que ficou com o seu nome negativamente ligado ao facto de ter inventado o descaroçador de algodão. Dizem alguns historiadores que tal instrumento terá contribuído para o aparecimento da escravatura na região sul dos EUA. A produção da banana está disseminada em países
Variadíssimas bancas de empresas com exposições referentes àactividade
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Animação com Dj Tigger Contacto:
919 422 668 Carlos Pedro
4ª
maior Éa colheita geral depois do trigo, arroz e milho
O país de maior cultivo da banana é a
Índia
Media Partner
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REBO RACK, o trator anti-bala
MARÇO A ABRIL VOU DE FÉRIAS E APROVEITO PARA IR A UMA FEIRA
DESCUBRA
as diferenças
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MARÇO Tem uma cor estranha, este John Deere 6R, não tem? Mas a grande diferença face aos modelos de série não é o cinza acastanhado. É a blindagem. Há duas empresas alemãs, a Rebo Landmaschinen e a Rheinmetall Defense, que em conjunto preparam tratores John Deere (11 modelos possíveis) com blindagem à prova de bala. Comercializamnos depois sob a designação Rebo Rack. O objetivo é dar resposta a quem trabalha nas imediações de campos de treino militar e pretende estar protegido contra balas perdidas. Se levar um nível superior de blindagem, certificado pela NATO, e sem que a perda de visibilidade face ao modelo original seja significativa, este trator pode ser utilizado também em territórios contaminados com minas anti-carro.
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Expoagro Buenos Aires, Argentina
11 A 15 MAR Giardina Zurich Zurique, Suíça
31 A 04 ABR Silva Regina Suíça
31 A 04 ABR
Techagro Brno, República Checa
ABRIL 2 A 5 ABR
Agro Braga, Portugal
19 A 22 ABR SOL & Agrifood Verona, Itália
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Agrishow Ribeirão Preto, Brasil
© 2012 Nelson Martins
Mersin Agrodays Mersin, Turquia
SOLUÇÕES . ponto de exclamação; cor da jante; pano de limpeza; capot; gotas de óleo; bota do agricultor; folha a esvoaçar
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MERCADO DE ROBÔS já vale 6700 milhões de euros Os robôs com aplicação na agricultura, sejam tratores robotizados, veículos autónomos, ou drones constituem já um mercado de elevado valor económico, tendo atingido, este ano, 7400 milhões de dólares (cerca de 6700 milhões de euros). O valor foi divulgado por uma empresa norte-americana de pesquisa de mercado, que prevê que até 2025 este número venha a ser triplicado. Segundo os especialistas, a agricultura de precisão e a automação das máquinas, aliada à facillidade de aquisição das tecnologias GPS e das aplicações na Internet favorecerá este crescimento, na ordem dos 23% anuais.
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Ovibeja Beja, Portugal
Mais informações no nosso site em: www.abolsamia.pt/pt/feiras
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DIA DE FOLGA
ESPECIALISTAS EM FILTRAÇÃO
NELSON CARRASQUINHA COM AS CORES DE ABOLSAMIA NO IRONMAN DE CASCAIS
Nelson Carrasquinha, sócio-gerente da Etelgra, preparase para um novo desafio, inscrito para a etapa portuguesa do Ironman, a realizar em Cascais, em 27 de setembro, e que desta vez levará consigo as cores e logótipo da revista abolsamia. Depois da experiência de estreia, em 2018, em Marbella, o triatleta de Vendas Novas, com 41 anos, também já participou, em 2019, nas etapas suíça de Rapperswil-Jona e de Cascais. Presença assídua em provas de fundo nacionais, seja na corridas de São Silvestre e em algumas maratonas, as provas de triatlo de longa distância captaram a sua atenção desde 2018. A etapa de Cascais do Ironman, parte de um enorme calendário mundial com perto de 50 provas, terá a baía de Cascais como epicentro do evento, sendo o hipódromo o local de transição parea os três momentos competitivos. A prova de natação, com 3,8 km de distância, realizar-se-á na baía, iniciando-se o percurso de ciclismo, de 180 km, no hipódromo. Com uma volta de 74 km a realizar por duas vezes, os atletas terão Belas e Alcântara como extremos do percurso e passagens pelo interior do circuito do Autódromo do Estoril. A finalizar, o percurso de corrida, de três voltas, que perfarão 42,2 km, entender-se-á entre Cascais e a zona da praia do Guincho, para terminar no centro da vila, junto à baía.
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FLORESTA // entrevista
“É URGENTE REFLORESTAR E CRIAR INDÚSTRIA QUE APROVEITE NOVAS ESPÉCIES” Pedro Serra Ramos preside à Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente e advoga a urgência da reflorestação com novas espécies e a criação de indústrias que as aproveitem, única forma de os proprietários investirem, cuidarem desse recurso e dele tirarem o justo proveito
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m 2018, o saldo da balança comercial dos produtos com origem florestal registou um excedente de 2,6 mil milhões de euros. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, o setor florestal representa em média, desde 2000, dez por cento das exportações portuguesas e em 2015 correspondeu a três por cento do PIB. Tal setor é responsável pela criação de cerca de 94,3 mil postos de trabalho. O líder dos empresários florestais acredita que os números seriam ainda melhores se a governança aceitasse o empurrão da União Europeia, uma vez desiludido com a reforma da floresta e com os resultados dos sucessivos Quadros Comunitários de Apoio (QCA).
Por que se queixou tanto dos fundos comunitários?
Quando começámos, já grande parte do dinheiro para a parte florestal estava comprometido. A partir daí foi gerir o prejuízo. A maior parte das medidas estavam associadas à proteção contra o fogo e as pragas que atacaram os
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povoamentos. Numa classificação de 0 a 20, um projeto poderia ter 15 pontos e não ser contemplado com verbas, e essa foi uma situação recorrente. Com uma agravante: a fórmula que a estabelece privilegia tudo menos a qualidade do projeto. E nós, que somos quem mais próximos está do trabalho operacional, estamos ausentes da discussão daquilo que devem ser os apoios de um QCA. Pergunto: o que ganha o país com isso? A ANEFA não é consultada?
Fazemos parte do Conselho Florestal Nacional, que seria o orgão com quem o Governo se aconselharia. Mas aquele não se reúne mais que duas/três vezes por ano. Vale o que vale... Participamos em comissões, grupos de trabalho, mas está vedada a nossa participação na Comissão que define as fórmulas de mérito dos projetos nos QCA. O curioso é que, sendo a ANEFA o representante dos prestadores de serviço que elaboram projetos, esta não faça parte do organismo que discute os QCA. E quando estes são lançados notamos logo imensas coisas que falham. Já vamos com quatro ou cinco QCA e nada
aprendemos com o passado. Basta uma mudança de Governo para que se procure corrigir tudo o que o anterior Governo tinha realizado, sem que se analise o que estava bem ou mal. Há medidas que os associados (recorrentemente) se queixem por não serem apoiadas?
Todas as medidas relacionadas com a arborização, que é a que mais precisamos em termos florestais, no fundo, a grande aposta da UE. Enquanto ANEFA participamos em muitas ações de arborização. Temos os projetos Pro Natura e Terra de Esperança (este em parceria com a Galp, que vale 500 mil árvores) e encarregamo-nos de arranjar parceiros que subsidiem a ação, com o terreno e as espécies autóctones. Há uma recomendação do Conselho Europeu à Comissão [16 dezembro 2019] pela reflorestação e contra a desmatação...
É um facto. E é correto. O que aconteceu em 2017 criou uma sensação geral na sociedade civil de que a floresta só está associada ao fogo. E assim não
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FLORESTA // entrevista
E N G E N H E I R O S I LV I C U LT O R , D O U TO R A N D O E M A LT E R AÇÕ E S C L I M ÁT I C A S Doutorando em alterações climáticas, este engenheiro silvicultor começou por trabalhar numa das empresas de celulose antes de se juntar à empresa que que era detida pelo pai, a J. Serra Ramos. Até 2010 dedicou-se a elaborar projetos e a novas tecnologias associadas à silvicultura,
Pedro Serra Ramos preside à ANEFA desde 2001
arborizações, limpezas de mato, biomassa. Só depois montou a
“OS CUSTOS DE PRODUÇÃO DE UM HECTARE DE MADEIRA NÃO SERÃO PAGOS PELO SEU RENDIMENTO” é. Enquanto funcionário de uma empresa de celulose também me cabia vigiar e combater os fogos, e muito mudou desde então. A estrutura de combate já não vai ao interior da mata como ia em outros tempos. Não quer arriscar, e porque desconhece os acessos
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[há bombeiros de todo o país envolvidos], tendo como prioridade a defesa das populações. Na floresta que temos a propagação é muito rápida e quando o fogo chega junto dos meios de combate já se torna difícil o seu controle. Mas, apesar disto tudo temos muita dificuldade em encontrar mão-de-obra. As pessoas fogem do trabalho florestal, pelo que a formação, deficiente, é assumidamente uma prioridade da ANEFA, através de programa específico, quer dos operadores, quer dos próprios empresários. Procuramos os mais jovens para vir para a floresta. Porquê? Porque muitas das empresas viraram-se para os espaços verdes, onde é mais
Forestfin, que se dedica, essencialmente, à consultoria técnica (nomeadamente a certificação e à inovação e investigação de vários âmbitos, seja a produção de energia a partir de canais de rega, até à cartografia tecnologicamente avançada). Chegou a ser professor universitário, em 1995, mas nessa altura, o então secretário geral da ANEFA, Correia de Sá, desafiou-o para fazer parte da direção e foi secretário desta durante muitos anos até que em 2001 lhe lançaram novo desafio, para presidir à associação. Desde então assim se mantém. “Sempre com muita carolice, de forma voluntária, na defesa dos interesses dos associados”, diz Pedro Serra Ramos.
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“NO DIA EM QUE O TENTAREM FAZER [MULTAR] VOLTAREMOS AO TEMPO DA CAÇADEIRA À PORTA DO TERRENO” fácil ganhar dinheiro, e os viveiristas florestais viram-se para a agricultura. Temos presenciado ações de formação pelo país...
Já fizemos uma queixa à DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho] – que não teve seguimento. Há empresas a vender formação como sendo para operadores, quando na realidade é sobre Higiene e Segurança no Trabalho. Acontece que há quem pegue nas máquinas sem saber o que está a fazer, o que origina, frequentemente, acidentes. Uns porque sentem demasiado à vontade no trabalho que fazem, e outros porque não têm quem os ensine. Há mesmo casos em que os empregadores contratam e dizem ao operador que
tem que aprender por si próprio. Mas também é difícil convencer os empresários a libertar os trabalhadores para terem formação. Mas também acho inconcebível que se compre uma máquina cujo valor ascende a 400 mil euros, sem que, no contrato estabelecido, se inclua a formação dos operadores, como é inconcebível que não esteja incluído um contrato de reposição de peças durante um período razoável. Também é verdade que existe um tecido empresarial que tem origem nas famílias, e como tal muito do tempo de trabalho não é contabilizado. Daí que haja indivíduos que trabalham oito/ dez horas com um autocarregador, ou com máquina de corte, depois ainda façam mais cinco horas a levar madeira à fábrica. Não há noção do cansaço que isto implica, não só físico, mas acima de tudo mental. Isto tem que mudar! Foi anunciado investimento de 550 mil milhões/ano na floresta...
Já tinha ouvido falar em 100 milhões, quanto mais em 550 milhões. Com 100 já faríamos muita coisa. Há um desequilíbrio tão grande entre o que plantamos e o que consumimos que isto só podia acabar mal. Há dez anos, a Europa achava que o problema era de Portugal, mas assume que é um
problema de todo o espaço europeu. Nós tivemos os fogos, eles têm as tempestades. O que é certo é que vamos perdendo floresta e esta é um sumidouro de carbono. E se queremos atingir um determinado nível de descarbonização no horizonte de 2030 temos que apostar no setor florestal. Há cinco anos fomos convidados para ir à Comissão Europeia, onde fizemos a inocente pergunta, diante do Comissário da Agricultura. Por que não há um comissário da Floresta? Resposta: está no âmbito da Agricultura. Temos um Governo que separou o desenvolvimento rural da floresta. Como podemos pensar a floresta sem desenvolvimento rural. Isso não existe. Quando o Governo diz que vai investir 550 milhões estarei eu cá para ver? Seria bom demais para ser verdade. O Fundo Florestal Permanente – o imposto que pagamos quando atestamos o carro com combustível - nunca foi utilizado para plantar uma árvore. Tal fundo gera anualmente entre 25 a 30 milhões de euros. A ANEFA tem andado este tempo todo a pedir que parte desse fundo fosse gasto em ações de arborização ou no apoio à gestão. Tem dito que o proprietário florestal já não tem dinheiro para limpezas...
Imaginemos uma casa que está no
A A N E FA E M B U S C A D I F Í C I L P O R N OVO S A S S O C I A D O S
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A ANEFA nasceu em 1989, quando
integrados na ANEFA e em 1998
direitos. O quadro está hoje
vários alugadores de máquinas
houve maior abrangência, mas com
diferente, pois a adesão é maior,
acharam que deveria ser criada
dificuldades no setor agrícola, já
para lá da extinção da Associação
uma associação que os
que, normalmente, os agricultores
Nacional dos Espaços Verdes, que
representasse. Surgiram os
prestam serviço uns aos outros.
pediu para ser integrada na ANEFA,
primeiros quadros comunitários e
Cada vez há mais empresas de
que esta passou a representar. O
era preciso envolver as empresas.
prestação de serviços, mas sempre
universo de 100 associados sempre
Foi um início difícil, pois havia a ideia
foi difícil captar essas empresas,
esteve no horizonte, mas por ora
que as prestadoras de serviço não
que manifestavam receios de
não são mais de 70 esses
eram de caráter técnico. Mas com
confrontarem os seus clientes com o
associados, e isso tem muito a ver
os QCA e o aparecimento dos
facto de pertencerem a uma
com a (pouca) quantidade de
viveiros, estes começaram a ser
associação que reivindica os seus
trabalho que atualmente existe.
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meio do campo e que em seu redor tem árvores. Quem lá estava primeiro. A casa ou as árvores? Geralmente, eram as árvores. Então por que temos que as cortar, quando alguém consentiu que a casa fosse ali construída.
“UMA LEGISLATURA SÃO APENAS QUATRO ANOS, NEM DÁ PARA UM CORTE FLORESTAL” Quando obrigamos os proprietários a limpar e a cortar as árvores estamos a tirar-lhe parte do rendimento. Ninguém planta um pinheiro de seis em seis metros, pois não renderá. Por que havemos de prejudicar o proprietário se presta um serviço e gera benefício à comunidade. Ele não terá condições de o pagar todos os anos, pelo que alguém o deveria fazer. Simplesmente, ele irá abandonar esse serviço. Tal decreto-Lei é impossível de ser cumprido. Hoje, ao preço que está a madeira, o rendimento da floresta é zero. Num estudo recente que fizemos, os custos de produção de um hectare de pinho ou eucalipto não conseguem ser pagos pelo rendimento da madeira aos preços a que está a ser paga. O secretário de Estado disse que o FFP não deveria pagar tais custos, mas sim as equipas de sapadores. Então se os sapadores são necessários porque não fazem parte da estrutura do Estado e pagos através do Orçamento de Estado? Para o evitar dizem que estão a prestar um serviço ao Estado. É o jogo dos números... Se faltar a limpeza haverá multas, ou arrendamentos coercivos...
No dia em que o tentarem a fazer voltaremos ao tempo da caçadeira à porta do terreno... Não há nada que as pessoas preservem mais que um centímetro de terreno. Não é assim que se resolve. Por outro lado há notícias sobre a redução do valor da linha de crédito para limpeza
[risos] No orçamento anterior tinham previsto a possibilidade de lançar um imposto sobre quem utiliza produtos florestais, sem que fizessem a distinção entre a indústria e os madeireiros, mas como não usaram essa prerrogativa, e mesmo que não esteja inscrita para este
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FLORESTA // entrevista
OE, fala-se que o Governo a poderá usar com efeitos retroativos. No dia em que o fizerem estou certo que vão ter uma reação forte dos madeireiros, tão forte quanto a dos indivíduos que transportam as matérias perigosas. Tudo isto faz com que as pessoas se afastem da floresta. Fazemos muitos planos – e planeamos muito bem, mas nunca executamos esses planos. Talvez porque o timing dos governos não é o da floresta, e também não é o da indústria. Esta quer dividendos ao final do ano e a floresta leva muitos anos a crescer. Uma legislatura são quatro anos...
Nem sequer dá para um corte florestal. A nossa única esperança reside no pacto ecológico que foi assumido. Se não for a UE a dar um empurrão na governação para que a floresta tenha a importância que deve ter, esta, pura e simplesmente, será cada vez menor e mais mal cuidada.
“GRANDE PARTE DA INDÚSTRIA QUE UTILIZA O PINHO FAZ PALETES OU PELLETS” A certificação poderá ajudar?
É um processo caro. Quando compramos um produto biológico no supermercado sabemos que nos vai sair mais caro. E quem certifica floresta não recebe devidamente pelo processo. O que estão a pagar pela cortiça ou pela madeira certificada não compensa o processo de certificação, não paga os custos. É um negócio – nada contra -, mas não dá vantagem ao produtor. Num processo de cadeia de custódia, existe uma taxa anual que tem que ser paga em função da faturação da empresa.
Logo aí há empresas que perdem a vontade de faturar. As empresas de celulose estavam a pagar um bónus que variava entre os quatro e os sete euros por tonelada de madeira certificada [agora voltou aos quatro], valor que não dava para pagar a certificação, situação agravada pela baixa taxa de produtividade nos povoamentos florestais. Em tempos faziam-se três cortes e substituía-se por uma nova plantação. Hoje, os povoamentos têm cinco/seis cortes. E que dizer da medida de substituição de espécies?
Só fará sentido se houver investimento da própria indústria. Em 1994 questionei o então secretário de Estado da Agricultura, Álvaro Amaro, sobre a medida que privilegiava determinada lista de espécies, no caso, o plátano. Perguntei se teríamos indústria que a utilizava e recebi como resposta que teríamos 35 anos para montar tal
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FLORESTA // entrevista
indústria. Isto não pode funcionar assim. Olho para Israel e vejo que já só produz sob encomenda, seja agrícola ou florestal. E nós vamos produzir na esperança que alguém nos encomende? Mais: estaríamos 35 anos a deixar crescer uma cultura que no final desse período poderia não ter qualquer valor. Daí que, antes de se avançar para uma estratégia que leve os proprietários a mudarem a sua floresta teremos que criar a indústria que a aproveitará, ou pensar em apoiar alguém que a crie em pouco tempo, pois só assim conseguiremos fechar o ciclo. Há demasiado eucalipto e pinho?
Estamos limitados com o pinho, pois o nemátodo deixou de nos permitir vender lá fora a bons preços. No eucalipto poderemos estar no limiar da mudança, pois o preço a que hoje está a ser pago é tão baixo que se surgir uma indústria que pague (aos proprietários) mais por outro tipo de madeira eles mudam de espécie. Então, isto poderá ter pé para andar?
Sim, se surgir a indústria que utiliza essas novas espécies. Grande parte da indústria que utiliza o pinho faz paletes, ou pellets. Há uns anos visitei uma serração em Barcelona e fiquei a saber que paga 55 euros por tonelada de pinho, quando em Portugal se pagava a 36. Fiquei a saber que 51% da empresa pertencia à SONAE... Precisamos de indústrias locais que trabalhem outros tipos de madeira. Em tempos, no Alentejo, havia uma fábrica de tacos de azinho. Entretanto, o corte de azinho foi proibido e fechou a fábrica. O azinho, que parecia condenado, teve a sorte de surgir o porco preto, que foi a solução para manter os montados de azinho. Se não fosse o porco ninguém plantaria azinheiras. Mudemos as espécies, mas pensemos na indústria que lhe estará associada, pois essas espécies têm que ter valor
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económico, e esse valor terá que vir de duas fontes: da madeira em si, ou dos serviços que o ecossistema floresta presta à comunidade. Não está, portanto, otimista, com o resultado final da discussão orçamental?
Como poderia estar? Basta atravessar o pinhal de Leiria, uma propriedade do Estado. Como acreditar num Estado, que diz pretender mudar as coisas, mas que dois anos após um incêndio ainda tem as coisas naquele estado. Qual a receita?
Quem corta tem que arborizar a seguir. Enquanto não o instituirmos – esta deveria ser a regra, em vez da limpeza de mato -, nada estará limpo. Pois quando arborizamos, também limpamos. Não plantamos no meio do mato. O que ardeu ainda não foi cortado...
Ainda há muita área com madeira queimada por cortar. E há muita área que já ninguém lhe pega, pois a madeira deixou de ter valor, nem a própria indústria da biomassa lhe pega,
pois prefere a outra, pois a ardida tem demasiado teor de cinzas. Corta-se, mas não se rearboriza e a regeneração natural que surgir há-de ser de acácias. O eucalipto há-de rebentar, mas o pinho, após dois incêndios já não volta a ter regeneração natural, precisa de nova plantação. Apostar em espécies novas?
Plenamente de acordo! Enquanto técnico sempre fui apologista de modelos novos, pois continuamos a fazer floresta à moda antiga. A ANEFA é favorável a novos modelos. Até a acácia é comercializada e ninguém dá por isso. Desde que seja controlada não há problema. Que espécies recomendaria?
Depende da disponibilidade de terreno. O Governo já limitou as arborizações de eucalipto aos terrenos que já os tenham, pois o eucalipto provoca maior desgaste no solo, consome por ano mais nutrientes e água que outras espécies que produzem a mesma madeira, mas que crescem mais lentamente. A questão é, se se limitam as áreas do eucalipto é no mesmo solo desgastado
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“MUITOS PRODUTORES DE VINHO TÊM AQUI PLANTADO BOSQUES DE CARVALHO FRANCÊS” que voltamos a plantar eucalipto. Tais solos deveriam ser para outras espécies que exigem menos do solo, para lhe dar mais repouso e colocar o eucalipto em solos que têm estado em pousio, e onde possa ser mais bem controlado em caso de incêndio. Temos muitas espécies que poderemos utilizar, mas temos poucas indústrias que as utilizem. Vamos obrigar os proprietários a plantar o que depois não podem utilizar? Existem já exemplos positivos: muitos produtores de vinho têm aqui plantado bosques de carvalho francês – a entrada de Estremoz é um dos casos. Perfeito! Perceberam que esse carvalho para fazer tanoaria poderia ser aqui produzido com a mesma qualidade. Lá está: o fim a que se destina foi pensado de antemão. A estratégia nacional só funcionará se se pensar desta maneira. Quando estudava falava-se muito do choupo, falou-se em transformar o vale do Mondego num choupal. Porque ali havia a fosforeira nacional. Hoje há uma dificuldade terrível para o vender. Estas novas indústrias mobiliárias adquirem tais madeiras?
Algumas, mas apostam mais nos folheados e aglomerados. Uma das espécies que entretanto deixou de se falar, era a paulónia. Dá oito cortes e em quatro anos tem volume para
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ser cortado, mas tem que ser regada. Os israelitas usam-na para fabricar móveis, pois é madeira dura e muito leve. A sua produção deve ser feita em bosques pequenos, contidos, nada como as grandes extensões de eucalipto e pinheiros. A Universidade tem andado a par destas questões?
Andou muitos anos afastada disto e cometeu um erro: criou muitas empresas paralelas de consultoria, através dos seus professores. Estas ligações não deviam ser possíveis. Os técnicos já não estão só na Universidade e no Estado. Ainda que o setor florestal sempre tenha sido muito conservador, a entrada de outros ramos do conhecimento, como a eletrónica, nas questões florestais, representa um papel muito importante de alavancagem no desenvolvimento de tecnologia. O primeiro levantamento de georeferenciação por GPS na floresta portuguesa surgiu em 1991. A necessidade criou o engenho. A maquinaria moderna está demasiado cara para o setor?
Só tem sido possível porque os QCA permitem essa aquisição, mas o número de projetos são demasiados para o dinheiro disponível. Ao fim e ao cabo, só meia dúzia lhes tem acesso. A biomassa, voltaria a dizer que os preços não compensam?
Cada vez mais, porque as empresas preferem utilizar madeira do que biomassa e ao preço a que está é fácil ter acesso a ela. E a biomassa fica por aí...
Não se recolhe, entrega-se madeira nova, porque pagam mais do que soluções mais nobres para a mesma. A solução? Intervenção regulatória?
A estratégia foi errada. As centrais de grande dimensão não têm matériaprima que lhes chegue, que as torne rentáveis. Por outro lado, se não temos
preocupação com a qualidade dos solos, com alguma biomassa, não é com adubações artificiais que resolvemos o problema. Temos, enfim, que deixar de ser grandes produtores de paletes e começarmos a fabricar produtos mais nobres com madeira, para ver se a indústria começa a ter dinheiro para pagar. Se eu comercializo pão e tenho bom lucro com a sua venda devo preocupar-me com a matéria-prima, para que o padeiro tenha o melhor para produzir, ou que a produção do trigo seja a melhor. Ora, aqui, a indústria do papel não se preocupa com a madeira. Parece que tem a garantia que a matéria-prima irá bater à porta de qualquer forma. Chegam 240 mil toneladas por ano, por via marítima, para Portugal, e entram 400 camiões com madeira de eucalipto proveniente da zona de Huelva (Andaluzia, e há trasfega de camiões espanhóis para portugueses) e um comboio por dia. E essa madeira é mais barata? Não é. E sabemo-lo porque os relatórios de contas das celuloses apontam um valor à entrada de fábrica que, feitas as contas, dá 70 euros por tonelada, e a madeira em Portugal é paga a 39 euros. O problema é que há o medo de afrontar a indústria. O problema é que falar do preço da madeira em Portugal é tabu e a indústria ainda não percebeu que somos todos parceiros no mesmo barco e não inimigos.
240 MIL
TONELADAS DE MADEIRA CHEGAM TODOS OS ANOS A PORTUGAL POR VIA MARÍTIMA
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FLORESTA // segurança
NEGLIGÊNCIA E FALTA DE FORMAÇÃO AINDA E SEMPRE NA ORIGEM DOS ACIDENTES
Até ao final de 2017, o número de acidentes de trabalho no setor primário aumentou 90% desde 2012, de que resultaram 17 mortes neste grupo de atividades económicas, oito das quais no ramo da silvicultura, o maior número daquele período em análise
S
empre que a economia “aquece” intensifica-se a pressão sobre as empresas, na mesma medida em que aumenta a força laboral, e é comum descuraremse elementares regras de segurança. Muitas vezes, as entidades empregadoras ignoram, também, os preceitos legais de Segurança e Saúde no Trabalho. Salvo algumas exceções, muitos daqueles trabalhadores não estão preparados, ou não têm as competências exigíveis ao desempenho das tarefas que lhe são confiadas. Por isso, é certo e sabido que o acidente não tardará a ocorrer. Até finais de outubro de 2019 houve dez óbitos registados pela ACT, cinco dos quais no decurso de trabalhos florestais. É um quadro evitável se no mais elementar patamar de consciência imperar o bom senso dos agentes envolvidos no processo. O consumidor final também participa neste quadro, pois a leitura de um rótulo com inscrição de certificação será o garante que tal bem seguiu boas práticas, e que o processo observou as normas legais.
SENSIBILIZAÇÃO EM MONCHIQUE
Na Casa do Povo de Marmelete, em Monchique, alguns destes agentes,
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P O R C A R LOS B R A N CO
convidados pelo Forest Stewardship Council, organização internacional de sistema de certificação para áreas e produtos de origem florestal, foram informados e sensibilizados para tais assuntos nas Jornadas Técnicas sobre Segurança e Prevenção de Acidentes de Trabalho na Floresta. A esta juntaramse os inspetores de trabalho da ACT, com colaboração da 2BForest, também especializada em certificação florestal, da Aspaflobal e do município de Monchique. Novas jornadas estão já em perspetiva, a realizar em outras latitudes. Empresários e empreiteiros florestais, operários, operadores de máquinas
COMO A FALTA DE SEGURO PODE CONDENAR UMA EMPRESA O inspetor da ACT chamou a atenção para o facto de algumas empresas que trabalham na área florestal, que por serem muito pequenas, ou por se socorrerem frequentemente de mão-de-obra no seio familiar, ignorarem a contratação de um seguro de acidentes de trabalho. Como consequência, e em caso de sinistro, a indemnização pode ser tão elevada que dificilmente se voltarão a endireitar. O mesmo é dizer da falta de comunicação à Segurança Social. O cumprimento do manual de Segurança e Saúde no Trabalho é tido como fundamental para proteger a própria empresa.
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e sapadores viram quão negra tem sido a história da tragédia. E souberam os principais motivos do risco de morte, ou de lesão física grave associados aos trabalhos com maquinaria florestal: quedas, enrolamento, entalamento, atropelamento, reviramento, projeções, cortes, pancadas, queimaduras. Outros fatores, como a incúria e a negligência também foram mencionados: ingestão de álcool, deficientes formação e informação, a anulação de sistemas de segurança, manutenção desadequada, terciarização de serviços, exigências da indústria, trabalhadores estrangeiros, desvalorização de produtos, aumento dos custos de produção. DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA Carlos Montemor, inspetor de trabalho, deu exemplos das situações com que se tem deparado no decurso de formações ou de inquéritos que a ACT efetua após graves acidentes de trabalho: “Grande parte ocorre porque não são respeitadas as distâncias de segurança. Alguém não é suposto estar naquele local, pois não é seguro, seja no trabalho de motosserristas, seja no caso de abate de árvores, onde a distância de segurança será sempre no valor do dobro da altura daquela árvore. Verificamos se o ato foi inseguro, se o trabalhador não acatou as medidas de segurança, se o empregador ignorou os riscos da atividade. Nós não responsabilizamos ninguém – isso é do foro dos tribunais -, mas tão-só queremos perceber o que correu mal, para que, de futuro, tentemos corrigir e prevenir outros acidentes. Cabe às entidades empregadoras investigar o que aconteceu, para aprender com os erros.” Todos os acidentes mortais, ou que causem uma lesão física grave ao trabalhador têm que ser comunicados à ACT, e nas 24 horas seguintes à sua ocorrência. A investigação pretende apurar o que significa a segurança para a empresa empregadora, se existiam normas e procedimentos de trabalho e se estes foram cumpridos pelo trabalhador. José Banaco, também inspetor da ACT, abordou as obrigações dos empregadores e os fatores de risco associados ao trabalho florestal. E focou um aspeto que não estava presente pela assistência: que a admissão de um trabalhador, mesmo que por um ou dois dias, terá que ser comunicada à Segurança Social nas 24 horas que antecedem o início da atividade, paralelamente à constituição de um seguro de acidente de trabalho, com comunicação do valor do vencimento-base e subsídio de alimentação. Da mesma forma, deverá ser realizado um exame de saúde ao funcionário antes da admissão, pois em caso de acidente é preciso justificar por que razão assim não foi feito. A inobservância destes procedimentos poderá acarretar, em caso de acidente, complicações judiciais.
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FLORESTA // notícias
STEYR
STEYR KITADOS PARA FLORESTA Na Áustria, os Steyr têm tradição
fornecedor da Steyr a trabalhar no
Valentin, à saída de fábrica, vimos
ramo. A Schwarzmayr Landtechnik
este exemplar Steyr 4125 Profi CVT
é outro preparador que conhece
com proteções para a severidade
bem a gama da Steyr, e que
das tarefas florestais.
recorre a um diferente estilo de
uma empresa austríaca certificada
chega aos utensílios Stihl
Mas este não é o único
também na floresta. Em Sankt
Foi equipado pela Thanhofer,
TELEMETRIA
preparação. Uma das particularidades do
que se especializou em
seu trabalho é passar alguns
preparações por medida. O kit
componentes para a zona interior
para floresta inclui a blindagem
das jantes traseiras, numa meia-
A telemetria, que se tem vindo a afirmar
completa da driveline, eixo
lua acima das bainhas, de modo
nas máquinas agrícolas e florestais,
dianteiro e depósitos, e proteções
a ficarem facilmente acessíveis
expande-se agora aos utensílios da Stihl.
superiores consoante a
depois de se blindar o trator por
solicitação de cada cliente.
baixo.
Esta tecnologia permite monitorizar o funcionamento de máquinas ou utensílios e registar dados para posterior análise por parte do operador ou gestor de uma frota. Na Stihl, essa monitorização é assegurada por uma pequena cápsula, chamada Smart Connector, que pode ser aplicada em utensílios a gasolina, elétricos ou a bateria. Pesa apenas 20 gramas, capta sinal Bluetooth até 10 m, e é alimentada por uma pilha de 3V (tipo moeda). As informações que recolhe podem depois ser recebidas através de uma App e transferidas para a nuvem da Sthil. É uma ferramenta que permite organizar tarefas, registando equipas, clientes e locais de trabalho, fornece ainda acesso ao manual de utilizador e a dados como a localização, o estado da máquina, e necessidades de intervenção.
2 POR 1
O condado de Hertfordshire, no Sul de Inglaterra, decidiu plantar duas árvores por cada uma que seja abatida 98
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Milhões de árvores foram plantadas em 12 horas na Etiópia, precavendo o país contra as alterações climáticas www.abolsamia.pt
FLORESTA // notícias
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aos seus clientes os baldes de
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uma estrutura mais ligeira e
fixa (PVP de 1500 Eur) e na
destinam-se aos carregadores
variante sobre-elevada (PVP de
frontais e aos telescópicos.
2800 Eur).
De acordo com Ezequiel
Esta segunda é a mais
Palmar, gerente da
procurada porque, através de
TractoSorraia, na zona em que
uma terceira função hidráulica,
atua estes acessórios são
permite descarregar a meio do
solicitados pelos clientes para
compartimento de carga dos
carregar refugo de cortiça,
reboques.
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CENTRO
Usados: • Agrifull 55 DTF - 12.000€ • John Deere (x2) 5500 - 17.000€, • John Deere 1446F - 12.000€ • Lamborghini RF 80.4 - 18.500€ • New Holland TN95FA cab. - 19.000€ • New Holland TL 70 Cab. - 15.000€, • New Holland TS 110 - 15.000€ • Trator p/ peças NH TS115A - 5.500€
ALENTEJO
LISBOA & VALE DO TEJO
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AÇORES
ALGARVE
Usados: Tratores: J.Deere, 7230R • J.Deere, 6910 • J. Deere, 5075 E • Kubota, M108S • Case IH, PUMA CVX 200 • Case IH, MX110 • Case IH, 115U FARMALL • Deutz-Fahr, DX 6.30 • Fendt, 939 PROFI PLUS • Fendt, 820 • New Holland, TM120 • Enfardadeira Claas, ROLLANT 255 ROTO CUT • Enfardadeira Claas, 255 ROTO CUT • Fresa Celli, Multifacas 3MTS • Fresa Maschio, Multifacas Super Cobra 3MT
EUROPA
Usados: Reboques: Galucho 12.000Kg, Galucho PB 5.000Kg • Herculano 8.000Kg c/taipais • Grade discos: Galucho (x2) NA2C 20-22, NA2C 22-22 • Pijuca vinh. 4 c. - 2.250€ • Rototerras: Pegoraro Pegolama 2,5 - 5.750€ • Maschio Super Cobra 2,5Mts. e 3,0Mts. - 5.500€ • Charruas: Galucho 2F-10" - 900€ • Galucho 3F-14" • Escarif. Galucho E7D - 800€ • Tesoura poda Pellenc Vinion • Chisel XL5-7 3.250€ • Despamp. de corte horizontal/ vertical - 3.250€
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PORTO & NORTE
SANTARÉM
CENTRO
CONSULTE O MICROSITE Usados: Tratores: Lamborghini, 774-70 N • Same, Titan 145 • Same, SOLARIS 45 • Same, SOLARIS 55 • Same, EXPLORER 3 100 ARCO • Lamborghini, 874-90 DT • Ford, 5610-4RM • Leyland, 154 • International, 644AH 4RM • Mini-trator Same, Solaris 35
LISBOA & VALE DO TEJO
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ALENTEJO
CONSULTE O MICROSITE Usados: Ford 2600 Narrow - 4.000€ • Kubota 1501DT 3.000€ • Lamborghini R2 86 Cab. e A/C - 25.000€+IVA • Leyland (2) 154 - 2.500€, Leyland 253 - 2.500€ • M.Ferguson (3) 265 - 5.000€, 1035 - 7.500€, 135 - 4.000€ • Mitsubishi 1500 - 2.500€ • Same (3) Explorer 90 (em reparação) • Falcon 4RM - 6.000€, Mercuri 85 Export. - 4.000€
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EUROPA
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PORTO & NORTE CENTRO
SANTARÉM - LISBOA
LISBOA & VALE DO TEJO
Usados: Deutz-Fahr 420S, Agrotron 90 • McCormick F90 Cab. • New Holland TNF 90, M100 c/cab., Vindimadora SB60 • Hürlimann XF 880 • Same Rubin 120 • Landini Rex 90 F • Krone (2x) Gadanheira reb. 3mts. e 2,5 mts. • Joper cisterna 8000L • Alma reb. XL (2017) • Hardi reb. 1000L • Rocha reb. 1500L • Stagric reb. 1000L
ALENTEJO
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AÇORES
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EUROPA
Usados: New Holland TCE50 / TN55 4WD / T5050 4WD c/ cabine / TD95D c/ cabine
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PORTO & NORTE
LISBOA
CENTRO CONSULTE O MICROSITE
Lugar da Espera, Apartado 30 - 2565-716 Runa
T. 261 311 107 / Fax 261 311 707 sparexportugal@mail.telepac.pt www.sparex.com
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Usados: Cisterna Joper 4.000 L com rodado simples
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PORTO & NORTE
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LISBOA & VALE DO TEJO
CENTRO
SETÚBAL - PORTALEGRE - ÉVORA
SOUSEL USADOS
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• Massey Ferguson 133V, 1980 • Fiat 640, 1981 • New Holland 60-88DT, 1991 • New Holland G190, 1996 • New HollandTL80DT, 1999 • New Holland TL90DT, 1999 • Same Rubin 200, 2000 • Same Dorado 86, 2008
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Temos outras máquinas e alfaias
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PORTO & NORTE
ÉVORA - BEJA
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Usados: Abre regos Ribatejo, AR-3G • Cisterna 4000 lts • Destroçador Serrat, 1.80MTS • Enfardadeira Fiatagri, Heston 4700 • Gadanheira: Claas; WM-250F; Vicon, 6 discos - Extra 428 • Gadanheiras condicionadoras: Krone, EASY CUT R 320 CV ; John Deere, 324 • Gadanheira de discos Krone, EASY CUT R 280 • Grades de discos: Galucho, GPR 20x26; Galucho, GPR 16x32; Galucho, GLHR 28-26; Galucho, A2CP 20X24; Galucho, GPR 14X28 • Grade rápida Amazone, Castros 3003 XL • Pulverizador Tomix, P9 600 • Reboque agrícola Galucho, PB-5000 • Vibrocultor Kongskilde, 17 braços • Volta-fenos Vicon, RS/4V • Volta-fenos Krone, SWADRO 42
ALGARVE AÇORES EUROPA
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PORTO & NORTE ALGARVE
ALENTEJO
LISBOA & VALE DO TEJO
CENTRO
BEJA
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PORTO & NORTE
BEJA - FARO - AÇORES - EUROPA
CENTRO LISBOA & VALE DO TEJO ALENTEJO ALGARVE
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AÇORES
USADOS: Tratores: Claas Celtis 446 • Fendt 307C •Landini 5090H • NH T5050, TS 90 c/carr. fr. • Enfard. Welger AP 500 • Ensil. NH SX450 • Plastif. fardos Tanco 580 S • Pulverizador Rocha
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EUROPA
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CONCESSIONÁRIOS //
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1 AMÉRICO ANTÓNIO E POUSA (esq. p/ dir.) Vicente Branco e Nuno Pousa, a terceira geração da empresa 2 ETELGRA | NEW HOLLAND TD3.50 entregue à empresa Monte Pa´Parar, Montemor-o-Novo | à esq., João (cliente) com Pedro Rita (comercial Etelgra)
3 PARREIRA AZOR | NEW HOLLAND T6.180 DYNAMIC COMMAND entregue a Fernando Rocha Lima, Vila Nova – Ilha Terceira – Açores
4 PARREIRA AZOR | 1 º New Holland T5.95 DC CAB entregue a Nelson Marco Barcelos, Cinco Ribeiras – Ilha Terceira – Açores
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MOMENTOS NEW HOLLAND 116
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5 SEAC | New Holland T475S Cliente: Albano Silva
6 BRÁS & VASCONCELOS | New Holland T6.180 EC PROFLOREST entrege em Vieira do Minho
7 TRACTORUSSEIRA | New Holland T6.175 DYNAMIC COMAND entregue a Nuno Martins, Ferrel - Peniche
8 VARANDA & CORDEIRO |
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New Holland T3.60F entregue a Armindo Morais, Assares - Vila Flor
9 MATOS & PRATA | New Holland T5.105 entrege em Fernão Joanes
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NOVA RÚBRICA
GARAGEM GLÓRIA
“Garagem Glória” é uma nova rubrica que esporadicamente surgirá nestas páginas. Mostrará o esplendor das máquinas agrícolas de outros tempos, umas mais raras que outras, umas recuperadas, outras ainda a aguardar restauro pelos seus proprietários. [Boas] imagens captadas pelos nossos leitores e amigos às maravilhosas máquinas agrícolas de outrora serão sempre bem-vindas (redacao@abolsamia.pt)
Citroën Type J
A
cabara a II Grande Guerra e chegara o tempo de mecanizar a agricultura e a Citroën, que em 1919 se lançara na aventura de produzir o seu primeiro trator, levou um protótipo para ensaios secretos nos terrenos de uma abadia, em Soligny-la-Trappe. Era o Type J, de 1946, mas só três unidades viram a luz do dia. Uma delas repousa no museu da marca, em Aulnay-sous-Bois (França). Coube ao Plano Marshall fomentar tal mecanização nos países europeus que foram ocupados pela Alemanha nazi. Sem matéria-prima para o produzir em série, o plano dos americanos foi outra das razões para a Citroën abandonar o projeto.
Toda a história em
www.citroenorigins.fr/pt-br/veiculos/trator-type-j
Principais Características Motor a gasolina (diâmetro x curso – 72 mm/100 mm) refrigerado a água, com 4 velocidades (30 km/h vel. Max.) e 34 Cv de potência máxima; comprimento x largura x altura – 3m/1,70m/1,84m; tara – 1650 Kg; 4 rodas motrizes (isodiamétricas).
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abolsamia março / abril 2020 TOPGEAR.COM
A aguardar cuidados do dono: Fordson Super Dexta (1964), mรกquina com motor de 3 cilindros de 2.5 litros e 45 cv
DOIS DEDOS DE CONVERSA COM...
Diogo Azevedo
B
em-vindo à “Dois dedos de conversa”, desta vez com Diogo Azevedo, de 20 anos, que trabalha na zona Oeste, na produção de Pera Rocha.
[Produtor de Pera Rocha]
particularmente por ser uma área de culturas permanentes. Considero um desafio porque é um trabalho constante para que nada falhe ano após ano. E o setor da Pera Rocha é de grande importância para Portugal, o que me dá um grande orgulho.
Tem ligação familiar à agricultura?
Foi o meu avô que me incutiu o gosto e paixão pelo campo, pois desde os seis anos que o acompanho na exploração. Foi essa paixão que definiu o meu percurso, até à Escola Superior Agrária de Santarém, onde me licenciei em Agronomia. Com que idade se começou a interessar pelas máquinas?
Foi também o meu avô que me mostrou o mundo das máquinas agrícolas. Sempre me foi mostrando como é que se fazia, e foi aí que dei os meus primeiros passos, desde bastante novo, e por volta dos 14 ou 15 anos já trabalhava mais a sério. Qual a sensação de as manusear?
É espetacular manobrar uma máquina de grandes dimensões, ter a noção de força e poder das máquinas, o som, e tudo isto por estarmos a alimentar o Mundo. Que atividade desenvolve e o que gosta particularmente nesse setor?
A principal é a da fruticultura. Gosto
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Pensa alargar a outras culturas/ atividades? Quais e porquê?
Penso alargar para a viticultura, por ser uma cultura pela qual tenho algum fascínio, por se adaptar bem ao clima do Oeste, e pela questão económica, para não se estar preso apenas a uma atividade. Que tarefas gosta mais de realizar?
O controlo de infestantes com recurso a triturador, as mobilizações de solo, lavrar e gradar, e os tratamentos culturais. Quando está no trator, o que prefere ouvir? O barulho do motor, música?
A música, porque ajuda nos serviços mais monótonos. Por outro lado é importante estar atento a qualquer ruído estranho por parte da máquina ou da alfaia. Dar massa e limpar o filtro fica para outro dia?
Não sendo a parte mais entusiasmante de todo o trabalho, tem de ser feita e tenho enorme cuidado com isso. As máquinas têm
um custo avultado e temos de as preservar, daí ser um trabalho diário e necessário. Qual é a melhor parte de trabalhar na agricultura?
Poder trabalhar no campo, ao ar livre, porque, como se diz, galinha de campo não gosta de capoeira! E claro, contribuir para o bem-estar das pessoas, mais concretamente na sua alimentação, que é esse o nosso principal objetivo. Qual é a parte mais frustrante de trabalhar na agricultura?
Trabalhamos a céu aberto e todo o trabalho é exposto às condições meteorológicas, sejam boas ou más. Por vezes, vemos o trabalho de um ano ser destruído em minutos. Os valores que vemos nos supermercados é tão diferente do que realmente o agricultor recebe e isso é frustrante para quem quer continuar a investir e a fazer ainda melhor, sendo que cada vez mais temos de ser sustentáveis a todos os níveis para que o negócio continue. E por último, a desvalorização que a opinião pública tem da agricultura neste momento, sendo esta completamente injusta. A agricultura requer aprendizagem permanente. Já sentiu isso?
Cada dia que passa são-nos apresentados
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novos desafios, ou é porque o clima está a mudar e as condições para a época não são as que sempre foram, e as culturas têm comportamentos diferentes, ou porque os recursos são cada vez mais escassos e temos de os gerir da melhor forma, ou porque perdemos ferramentas para tratamentos de doenças e pragas e temos de encontrar soluções. É uma aprendizagem permanente.
GAMA DE PRODUTOS
ALFAIAS KUBOTA
Tem intenção de procurar trabalho noutro ramo?
Não. Não sei se estarei ligado a estas culturas para toda a vida, mas sei que sempre haverá de se fazer agricultura, seja ela de que maneira for, pois precisamos de comer todos os dias. O que faz quando não está a trabalhar para a exploração/empresa?
É uma atividade muito consumidora de tempo, mas arranja-se sempre um tempo para a cara-metade, para dar umas voltas de mota, arranjar as bugigangas na oficina, e conhecer um bocadinho o país e o Mundo. O que é que o faz rir?
Sou de riso fácil, então há muita coisa que me faz rir, mas principalmente as piadas que muitas vezes se dizem entre colegas em situações complicadas. O que é que o chateia?
A ignorância, a falta de inteligência e o chico-espertismo. Se ganhasse a lotaria, qual seria a primeira coisa em que ia investir?
Provavelmente adquiria uma exploração maior, equipada com o que de melhor há no Mundo para produzir o melhor do Mundo. É leitor da revista abolsamia? De que rubricas?
Sim, já há vários anos. Principalmente a edição online. Acompanho tudo, com destaque para as provas de campo e resumos das feiras, para saber as novidades do mercado.
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Sementeira Tratamento das culturas Soluções eletrónicas Equipamento para alimentação do gado Equipamento forrageiro
abolsamia fevereiro / março 2020 www.tratoresibericos.pt
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ISSN
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GERÊNCIA
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SÓCIOS
Nuno de Gusmão, Ana Gusmão, Catarina Gusmão e Francisca Gusmão
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EMP REG ADO DE EX P LORAÇ ÃO
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