Nº121 MAIO / JUNHO 2020
abolsamia.pt
A REVISTA DA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA
TESTES EM CAMPO STEYR 4130 EXPERT CVT + McCORMICK X7.624 VT.DRIVE + VALTRA A114 HITECH4
2020
EXPOSITORES PORTUGUESES EM DESTAQUE
MOTORES AGRÍCOLAS A ELETRICIDADE JÁ É ALTERNATIVA
APRESENTAÇÃO OS FARMTRAC CHEGARAM A PORTUGAL
GALUCHO
DINAMIZA ÁREA DE PEÇAS Fabricante nacional reforça a aposta na qualidade dos produtos e serviços
Ano XXVII . Nº 121 Bimestral maio / junho 2020 Diretora Catarina Gusmão Preço: € 6,00 Cont. / ISSN 2183-7023 EXEMPLAR DE OFERTA
Todos falam de eficiência. Nós fabricamo-la. A nova LEXION 8000-5000. As autênticas revoluções começam no coração.
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EDIÇÃO 121 maio / junho 2020 EDITORIAL
POIS É, MAS NÃO DEVIA SER, e não devia ser porque, em tempos de crise como os que estamos a atravessar, tudo o que diga respeito à agricultura devia ser prioritário em ajudas. É que, por não haver alimentos, por mais desenvolvida que a ciência venha a estar, jamais alguém vai inventar uma vacina para quem deixar de comer. Com efeito, imediato, precisamos tanto do pão nosso do dia-a-dia, como os doentes, dos medicamentos. Daí, não percebermos a razão por que uma parte dos nossos maiores apoiantes desistiram de aparecer n’abolsamia. A razão que me leva a crer o que toda a gente vai reparar, prende-se com o facto da presente revista ter quase metade do número de páginas, quando precisamente deveria ter uma carga semelhante de informação, necessariamente acompanhada da totalidade da publicidade habitual. Publicidade que, tratando de informar quem serve o mercado das máquinas agrícolas e florestais e quer estar a par das novidades desses sectores, nos tem dado a preferência, uma vez que a nossa estratégia para o marketing, jamais sendo comparável aos longos e chatos períodos dos reclames via televisão, é do agrado da generalidade dos nossos leitores. E assim, entendemos que a ajuda que damos na divulgação de produtos específicos, que melhoram a vida dos nossos meios rurais e aumentam o que o campo tem para dar, devem ser propagandeados precisa e preferencialmente quando mais necessários são. É que o facto de termos constantemente de comer não é uma situação que possa ser adiada, como a compra de automóveis de passeio, vestuário, viagens de turismo, cabeleireiros, etc, etc... Contudo, nesta edição, tive uma grande alegria. Não tivemos qualquer desistência dos contratos anuais que temos com a série “interminável” de concessionários de tractores e de máquinas agrícolas. Conversando com um destes empresários sobre o facto da marca do tractor que vendia não vir a constar na revista, ouvi-o dizer que não percebia, na medida em que, à minha maneira, por meio d’abolsamia,
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eu devia ser considerado como um dos melhores vendedores do Representante da referida marca — e ele, o Representante em Portugal do Fabricante, sabe isso: se não como é que há mais de 25 anos gasta tanto dinheiro para ter uma página inteira na sua revista? E, por graça, esse meu amigo despediu-se, dizendo: eu, se fosse a si, depois de tudo o que Você já fez pela marca, como se fosse um empregado da casa, pedia-lhe o que eles agora chamam de lay-off. Hoje em dia, cada vez mais os comerciantes bem sucedidos dão valor à Publicidade e de tal forma que o grosso dos milhões de euros ganhos pelos melhores jogadores de futebol não são dados pelo lucro do valor dos bilhetes de entrada nos estádios, mas sim pela dimensão e número dos reclames expostos de empresas. E o perfume mais caro do mercado só resulta quando o frasco de cristal que o contém tem um design de tal modo atraente que rende 10 vezes mais do que a fragrância do seu conteúdo. E assim, pelo modo como colaboramos com os nossos clientes, através das provas que ao longo dos anos lhes temos dado, acreditamos que em breve os grandes apoiantes d’abolsamia não vão deixar que a revista, que eles criaram, comece a perder qualidade.
Nuno de Gusmão
Frasco de perfume de Carolina Herrera
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SUMÁRIO REGUL ARES
EMPRESAS 06 Notícias
MAIO / JUNHO 2020
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MERCADOS
74 Venda de tratores em Portugal em alta
até fevereiro
PRODUTO
12 Testes em Campo
McCormick X7.624 VT.Drive Valtra A114 HiTech4 Steyr 4130 Expert CVT 20 New Holland T8.435 entregue no Ribatejo 24 John Deere Apresentação e demonstração dos novos 5G 32 Entreposto Máquinas revela as gamas da Farmtrac que passa a representar em Portugal
32
61 Notícias
TECH
70
66 A eletrificação já é opção para os tratores
agrícolas
FLORESTA
70 O que têm em comum tratores florestais
e veículos TT de competição?
CONCESSIONÁRIOS 77 Regiões
54
DOIS DEDOS DE CONVERSA 96 António Pedro Marques, jovem agricultor
de Coimbra
66
ESPECIAIS
38 FIMA 2020
As presenças portuguesas Expositores em destaque
36 As alterações climáticas
O Acordo Verde europeu 52 Tema jurídico
Benfeitorias no arrendamento rural 54 Galucho Fabrico próprio de peças originais
evita recurso ao exterior 94 Garagem Glória, máquinas de outros tempos
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ERRATA è Por lapso, na edição de março / abril (nº 120), a ficha com as características técnicas do New Holland T5.140 Dynamic Command não correspondia ao modelo em apreço. Feita a correção, apresentamos desculpas ao representante da NH em Portugal e aos leitores.
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EMPRESAS // notícias
LEMKEN
JOHN DEERE
COM RESULTADOS ESTÁVEIS A Lemken, construtora alemã de maquinaria agrícola, revelou que apesar do cenário económico desfavorável verificado em 2019, os seus resultados empresariais mantiveram-se estáveis, encerrando as contas com 380 milhões de euros de faturação. A exportação representa já três quartos daquilo que produz e as vendas na Alemanha, consideradas as mais importantes na globalidade do mercado
JOHN DEERE
distinguida pela melhor ética empresarial
europeu, encolheram três por
A John Deere, construtora norte-americana de maquinaria agrícola, voltou a ser eleita
cento. Já em França, o segundo
pelo Ethisphere Institute como uma das empresas eticamente mais responsáveis em
mercado em vendas e para onde
todo o mundo, reconhecimento que acontece pela 13ª vez.
exporta a maior quantidade dos
O Instituto Ethisphere, sediado nos EUA, criou esta distinção há 14 anos e para a edição
seus produtos, melhorou
de 2020 os organizadores avaliaram o valor do desempenho ético de 130 empresas,
consideravelmente o seu
representando 51 indústrias de 21 países. Aquela entidade avalia o desempenho das
desempenho, o que ajudou a
empresas em cinco categorias: ética e conformidade; cultura de ética; cidadania e
equilibrar os resultados do
responsabilidade corporativa; governança; liderança e reputação.
exercício.
John May, diretor executivo da companhia, declarou, a propósito do reconhecimento,
Se a Europa de Leste, à exceção do mercado russo,
que “a integridade é um dos valores fundamentais na John Deere e tem sido um elemento fundamental no nosso vasto historial de sucessos.”
encomendou menos maquinaria, foi no continente norte-americano que a empresa solidificou os seus
Agro-Ribatejo
resultados, acima de tudo nos
distribui em Portugal a marca AMA
EUA (crescimento de 23%), mas também no Canadá.
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Sediada na zona industrial da Várzea, em
entre as empresas internacionais do
Santarém, a Agro-Ribatejo, que desde
setor, com necessidade de transporte
1954 está vocacionada para a venda
e armazenamento de combustíveis entre
de peças e acessórios para tratores
os 50 e os 50 mil litros.
industriais e agrícolas, anuncia que passa
A Agro-Ribatejo destaca
a distribuir em Portugal os produtos da
os depósitos de
marca italiana AMA.
polietileno para
Esta nova representada dispensa
transporte de
apresentações e é sinónimo de
combustível
qualidade e durabilidade. A AMA,
diesel, (com
Advance Fluid System, líder mundial
isenção de ADR,
na fabricação de sistemas de
de acordo com o
armazenamento e reabastecimento
parágrafo 1.1.3.1.C),
de diesel, gasolina e combustível para
e AdBlue® (ou com
aviação, ocupa um papel importante
homologação ADR).
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Cultivamos a qualidade, com ela fazemos cultura Em 50 anos temos muitas histórias para contar Começámos por ser uma família. Nos anos 70 a AGRICORTES tinha nos seus quadros pessoal das Cortes, amigos, familiares, vizinhos e pessoas muito próximas, facilitando o convívio e as festas. A AGRICORTES cedia as instalações a bailes com bolas de espelhos a rodarem e o rock de nova geração. Ainda muito crianças, as atuais administradoras da AGRICORTES viam com entusiasmo este mundo de fervilhante amizade. Para estas jovens os gabinetes de trabalho eram incrivelmente estupefactantes, o fumo dos cigarros era tanto que pairava constantemente uma névoa no ar e os cinzeiros abarrotavam. Usava-se alcatifas e madeiras maciças onde o cheiro mais se entranhava. Pensamos hoje, com saudade, em todos os que lá encontrávamos, alguns ainda ao serviço da AGRICORTES, outros retirados mas sempre próximos do coração. A AGRICORTES desde a sua constituição definiu a sua missão como distribuidora de máquinas e equipamentos que melhorem a qualidade de vida dos trabalhadores rurais e do setor da construção. Em 1975 afirmou-se como negociadora internacional iniciando a importação, representação e regulação de mercados e desde aí alargou a atuação aos continentes Europeu, Ásia e África. Em 2020 assume uma Política para a Qualidade e Ambiente num compromisso de melhoria contínua na oferta de produtos desejáveis, de redução de impactos ambientais e na criação de valor envolvendo todos os parceiros e gerações futuras. As filhas do Major Vieira, elas, a Ana Sofia Bernhard e Susana Vieira, representam desde 2000 a segunda geração na gestão da AGRICORTES, reforçando ainda mais o laço afetivo entre colegas e colaboradores e levando esse afeto no negócio a outros mercados de proximidade como Espanha. Elas dão sentido ao projeto da AGRICORTES. Hoje já ninguém põe em causa a liderança feminina. Hoje sabe-se que a sustentabilidade económica e empresarial é criada por valores, empatia e criatividade, características transversais a qualquer género. Na AGRICORTES as nossas equipas são pequenas e ágeis, em avaliação constante, aproveitando a intuição do conhecimento acumulado e a racionalidade aplicada a processos adaptativos com o mais alto valor possível. Entre os colaboradores disseminamos conhecimento, identificamos impedimentos, priorizamos o trabalho com planeamento iniciando novos ciclos e soluções. Na AGRICORTES continuamos a ser uma família e nela cabem as melhores histórias que temos para contar, com um sorriso para dar. LEIRIA - PORTUGAL T 244 819 110 • AGRICORTES@AGRICORTES.COM • WWW.AGRICORTES.COM // FILIAIS MADRID, LUANDA, BISSAU
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EMPRESAS // notícias
KUBOTA
CNHi
SUZANNE HEYWOOD É A NOVA DIRETORA EXECUTIVA A britânica Suzanne Heywood acaba
KUBOTA DISPARA EM TODAS AS FRENTES
de ser designada diretora executiva
KUBOTA JÁ TEM MOTOR PARA O SEGMENTO DE 6 CILINDROS
Hubertus Mühlhäuser, que apresentou
A Kubota não tem escondido a necessidade e a ambição de
a sua demissão, sem que sejam
desenvolver motores de 6 cilindros.
conhecidos os motivos de tal decisão.
Como fornecedor de motores para outras marcas de equipamentos
em exercício do grupo industrial CNH, substituindo no cargo o alemão
Heywood, diretora geral da Exor,
autopropulsionados, não estava presente neste segmento, permitindo
principal acionista da CNHi e holding
margem de atuação a outros fabricantes de motores.
da família Agnelli, acumula as novas
Por outro lado, a Kubota tem por tradição que os seus tratores sejam
funções, interinamente e durante os
propulsionados com motores de fabrico próprio e a inexistência de um
próximos meses, com a presidência
bloco Kubota com maior capacidade estava a condicionar a escalada
do Conselho de Administração da
para o nível de potência acima dos 200 cv.
CNHi, até que seja encontrado um CEO
A marca tem vindo a investir neste objetivo e deu agora a conhecer o resultado do trabalho feito nesta área. Na ConExpo 2020, realizada
permanente. Na mesma ocasião, o corpo
em Las Vegas, nos Estados Unidos, desvendou o futuro S7509, um
administrativo da CNHi, que detém,
motor 6 cilindros com 7,5 litros de capacidade que é capaz de fornecer
entre outras, as marcas de maquinaria
300 cv de potência e que cumpre a norma da Fase V através de um
agrícola New Holland, Case IH e Steyr,
sistema combinado SCR+DPF. O início da produção em série está
e o fabricante de motores FPT, nomeou
previsto para 2023.
como diretor financeiro o italiano Oddone Incisa, que substitui Max Chiara
ACELERAR A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
naquelas funções.
Nos mercados desenvolvidos, a tecnologia de ponta é imprescindível e os fabricantes de topo têm de estar preparados. Neste contexto, a Kubota celebrou com a Microsoft uma aliança estratégica plurianual para migrar os seus sistemas para a plaforma Microsof Azure (nuvem). A aliança terá impacto na área alimentar, ambiental e irrigação. E prevê também a criação de um laboratório de aprendizagem no campo da mecanização que se ocupará de desenvolver soluções inovadoras. PARCERIA COM A ESCORTS LTD É REFORÇADA No que respeita a sinergias, a Kubota acaba de adquirir 10% do capital do fabricante indiano Escorts Ltd (entre outras marcas, detém a Farmtrac), com quem aliás já tinha celebrado uma parceria em 2018. Em simultâneo, esta companhia passa a controlar 40% das participações da marca japonesa na Índia. A Kubota garante assim maior presença na Índia e noutros mercados onde a Escorts Ltd já atua.
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EMPRESAS // notícias
CLAAS
VALTRA ENSAIA
CONDUÇÃO À DISTÂNCIA A Elisa é um fornecedor de telecomunicações da Finlândia que está a fazer progressos significativos no campo da digitalização. E a Valtra dispensa apresentações. Com base na rede de internet móvel 5G, que está a ser implementada, a Elisa e a Valtra estão a desenvolver a possibilidade de conduzir um trator remotamente. No mês passado, a Elisa abriu uma sala de exposições onde os visitantes
CLAAS ASSEGURA
fornecimento de peças
podem ter contacto prático com o
Apesar das medidas mais rigorosas adotadas no início de abril para conter a pan-
projeto. Neste espaço, situado em
demia de Coronavírus e as restrições resultantes na economia, a Claas mantém a
Helsínquia, o ‘condutor’ instala-se no
produção e o envio de peças de reposição aos seus clientes na Europa. Os conces-
assento de um Valtra a que está
sionários e as oficinas também continuam em pleno funcionamento, graças a medi-
associada a instrumentação Smart
das de segurança sanitárias muito abrangentes.
Touch, põe óculos de realidade virtual,
“As primeiras precauções foram tomadas há várias semanas nos nossos armazéns e
e pode manobrar um trator que está
departamentos para minimizar o risco e interromper possíveis canais de transmissão”,
em Raisio, uma cidade a 170 km de
diz Ulrich Timcke, porta-voz do Conselho de Administração da CLAAS Serviço e Peças.
distância.
Em comunicado, aquele responsável da marca alemã diz que a decisão da empre-
O trator responde aos comandos, sem
sa não apenas incluiu a reestruturação do turno de trabalho no Centro de Logística
atrasos, e uma câmara instalada no
de Peças, mas também o aperto das regras de higiene como parte de um conceito
topo da cabine permite observar o
abrangente de segurança.
espaço envolvente, em tempo real, o que só é possível com tal rapidez devido às potencialidades de transferência de dados oferecidas pela
Laurindo Prata deixou-nos aos 87 anos
rede 5G. De acordo com Mikko
Laurindo
agrícolas. No início dos anos 70 abriu
Lehikoinen, diretor de marketing da
Prata (1933-
as portas da firma à venda de veículos
Valtra, a condução remota é mais um
2020), natural
automóveis, até que, na década
passo em direção aos tratores
de Cafede,
seguinte, tornar-se-ia representante da
autónomos, que, acredita, se virão a
freguesia do
BMW na Guarda, abrindo depois filiais em
afirmar após 2030, apesar de até lá
concelho de
Castelo Branco, e mais recentemente na
ainda ser necessário trabalhar diversos
Castelo Branco,
Covilhã.
fundador da
Pelo caminho, em 2000, iniciou uma
aspetos relacionados com a segurança.
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empresa Matos & Prata, da Guarda,
profícua relação com a New Holland e
faleceu em 11 de abril. Tinha 87 anos.
com esta celebraria, no ano passado,
Empresário e empreendedor de
o 50º aniversário da firma, já com os
sucesso, commumente considerado
seus descendentes aos comandos da
um dos grandes impulsionadores
administração, evento que reuniu mais de
da mecanização agrícola da Beira
mil convidados e algumas das principais
Interior, fundaria na Guarda, em 1969,
figuras públicas da região.
a empresa Matos & Prata, que se
O funeral de Laurindo Prata realizou-se
dedicou à comercialização de tratores
no domingo de Páscoa, no cemitério de
Massey Ferguson e de outras máquinas
Cafede, reservado aos familiares.
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www.
.com
BKT E SÃO JOSÉ PNEUS não param A BKT e o seu importador exclusivo para a Península Ibérica, a São José Logística de Pneus, de Cantanhede, continuam a garantir o fornecimento de pneus para equipamentos agrícolas, para que a agricultura não corra o risco de parar. A BKT, como especialista em pneus agrícolas e industriais, continua a garantir o fornecimento de pneus para todas as oficinas em Portugal e Espanha, através dos seus distribuidores e do importador São José Pneus, ambos com capacidade de stock para atender a todos os pedidos. Em comunicado, a BKT sublinha que os tratores e todas as máquinas agrícolas precisam de pneus para realizar as suas operações diárias e, portanto, diz-se ao lado dos agricultores e de todo o ambiente rural, garantindo a continuidade de suas operações.
130
anos, é a idade da Kubota, fundada por Gonshiro Kubota, em 3 de abril de 1890, em Osaka, Japão, onde fabricou o primeiro tubo metálico para transporte de água. Hoje, a Kubota é um dos principais fabricantes mundiais de maquinaria e de motores e detém capital ou é maioritária em 186 empresas
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REPRESENTAÇÕES
CONCESSIONÁRIO
PRODUTO // Teste em campo
SÉRIE X7.6 ENCURTA DISTÂNCIA FACE AOS X8
MCCORMICK X7.624 VT-DRIVE Num evento exclusivo do TOTY, tivemos contacto com as primeiras unidades de pré-série dos novos X7.6 VT-Drive. Nesta geração com motor Fase V, a marca aplicou uma revolução na estética, o modelo de topo da série encurta o intervalo de potência face aos X8 e foram feitas diversas atualizações de pormenor. P O R J OÃO S O B RA L
E
m outubro de 2019, o Grupo Argo inaugurou uma nova filial francesa, localizada em Vaulx-Milieu, nos arredores de Lyon. Visitámos este espaço a convite da McCormick e, numa parcela a pouca distância, tivemos um primeiro contacto com o X7.624 VTDrive, que foi nomeado para o prémio Tractor of the Year 2020 na categoria para Campo Aberto. Esta foi a primeira aparição pública da nova série X7.6, que representa um importante passo para a McCormick se afirmar no segmento imediatamente acima dos 200 cv.
O monitor principal DSM de 12” é tátil e faculta um intuitivo ambiente de trabalho desenvolvido pelo Grupo Argo
SÉRIE X7.6 VT-DRIVE
Na passagem à Fase V, a série X7.6 VT-Drive é atualizada e sobe na escala de potência, encurtando a distância face aos X8, cujo modelo de entrada fornece 264 cv de potência máxima. Esta série passa a ser composta por quatro modelos (em vez de apenas dois) a preencherem um segmento que vai dos 190 aos 240 cv de potência máxima com boost.
A condução automática é gerida através de um monitor dedicado, de 8,4”,fornecido pela TopCon
MOTOR FPT FASE V
Como é habitual nos McCormick de segmento alto, o motor está instalado no interior de um O joystick multifunções Easy Pilot passa a integrar 5 botões configuráveis ‘MY’
PRODUTO // Teste em campo
A capacidade do depósito passa dos 320 para os 350 litros, de modo a assegurar uma maior autonomia chassis de ferro fundido. Esta solução minimiza o stress mecânico a que este elemento está exposto, reduz o nível de vibração e garante a todo o conjunto uma maior resistência à torção. Concretamente neste modelo, o bloco FPT de 6 cilindros fornece 230 cv de potência máxima para trabalhos de tração e, com um boost de +10 cv, alcança os 240 cv em transporte ou com alfaias ligadas à TDF. O intervalo de manutenção do motor passa das 600 para as 1200 h, o que é de evidenciar, e foram feitos melhoramentos no sistema de refrigeração. Este apresentase agora mais volumoso e com maior ângulo de abertura para facilitar a limpeza. TRANSMISSÃO VT-DRIVE
A transmissão de variação contínua de origem ZF apresenta uma configuração de 4 gamas e permite alcançar os 50 km/h a um regime de 1680 rpm. O controlo é feito através do joystick multifunções Easy Pilot, que está bem conseguido do ponto de vista da ergonomia, e as personalizações disponíveis no monitor DSM de 12” são fáceis de ajustar. Nesta transmissão, o operador tem à sua disposição quatro diferentes intervalos ajustáveis de velocidade de trabalho. FLUXO HIDRÁULICO DEDICADO ATÉ 160 L/MIN
Numa série que conta com certificação ISOBUS, o sistema hidráulico é de centro fechado com sensor de carga. A bomba standard fornece 123 L/min, podendo o cliente optar por uma bomba de
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160 L/min. Em ambos os casos, a direção é servida por uma bomba dedicada de 44 L/ min. A nível de distribuidores hidráulicos, a marca permite até um máximo de sete. No que diz respeito aos comandos, o joystick multifunções Easy Pilot agrupa cinco botões configuráveis ‘MY’, aos quais o operador pode atribuir diferentes funções do hidráulico ou também do motor e transmissão. Um extra que merece destaque é o pendural direito de ajuste hidráulico, bastante prático para nivelar ou desnivelar uma alfaia a partir da cabine. CABINE E TECNOLOGIA A BORDO
Embora o ambiente de trabalho pareça inalterado, a marca aplicou alguns aperfeiçoamentos. O ajuste em profundidade da coluna de direção passa a ser feito através de um comando elétrico, a instalação do monitor foi melhorada e a posição do pedal de condução também foi revista. Quanto à iluminação exterior, na anterior geração os faróis da cabine estavam orientados sobretudo para a frente e para trás e agora abrangem também as laterais, sendo as luzes de canto da cabine ajustáveis. Existe uma função ‘go home’, podendo programar-se quanto tempo permanece ligada. CONFORTO E AUTOMATISMOS
Para lá do eixo rígido fabricado pela Argo Tractors, a McCormick disponibiliza um eixo com suspensão de braços independentes fornecido pela Carraro. No que respeita à suspensão da cabine, a versão standard é mecânica. A variante de suspensão semi-ativa (opcional) possui três níveis de dureza ajustáveis através do monitor. No mesmo menu, encontramos ainda os quatro níveis de ajuste da funcionalidade Easy Steer, que altera o rácio da direção. No capítulo dos automatismos, a marca desenvolveu a gestão de sequências nas cabeceiras e passou a incluir teclas de comando no apoio de braço, o que
APRECIAÇÃO Esta geração ostenta um ar mais contemporâneo e elegante, o que muito se deve a um capot semelhante ao dos X8 e à substituição do painel superior da cabine e respetiva iluminação, elementos que estavam já muito datados. Concretamente no que respeita ao X7.624 VT-Drive, estamos perante um modelo que se aproxima da performance oferecida pela série X8 mas mantendo dimensões que lhe conferem versatilidade num mais vasto leque de tarefas. Experimentámo-lo em trabalho de solo com um cultivador Maschio Veloce e com uma grade rotativa Maschio Aquila Rapido. Fizemos também deslocação em asfalto e em caminhos acidentados com a grade rotativa engatada no hidráulico. No decorrer deste contacto, apreciámos o desempenho geral e o conforto a bordo, que condizem com o que é de esperar de um trator deste segmento.
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PRODUTO // Teste em campo Com elementos digitais e analógicos, o painel de instrumentos exibe a ordenação que é habitual na McCormick.
»
O vermelho vivo tradicional e o vermelho escuro metálico são as duas cores propostas pela McCormick possibilita um acesso mais rápido para gravar, editar ou ativar as funções. Quanto à condução automática, esta funcionalidade é gerida num monitor dedicado fornecido pela TopCon. O sistema de telemetria Fleet Management é disponibilizado como um extra. Uma tecnologia ainda em fase de desenvolvimento, mas que ficará disponível nesta série, é o ajuste automático da pressão dos pneus a partir da cabine. Assumirá a designação comercial EazyGrip. DISPONIBILIDADE Antes da pandemia, a chegada da nova geração X7.6 ao mercado português estava prevista para setembro de 2020, adiantou à revista abolsamia Miguel Vieira, gerente da TractorLuso. Mas, na fase conturbada que atravessamos, é de antever a dilatação deste prazo. Não está ainda definido um PVP para os novos X7.6 mas há um detalhe que podemos adiantar. No nosso mercado, a escolha de cor não alterará o preço final, podendo os clientes optar pelo vermelho tradicional, mais vivo, ou pelo vermelho metalizado, mais escuro.
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CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS MOTOR Fabricante / modelo
FPT / NEF 67
Nº de Cilindros/ cilindrada
6 / 6.728 cm3
Potência nominal /máxima
220 cv / 240 cv
Binário máximo / reserva
979 Nm / 36%
Nível de emissões
Fase V
HIDRÁULICO Capacidade de elevação Fluxo da bomba (opcional)
Traseira: 9.740 kg Ft: 3.500 kg 123 (160) L/min
DIMENSÕES Distância entre eixos
2.820 mm
Carga máxima admissível
13.000 kg
TRANSMISSÃO Configuração
Variação contínua
Velocidade máx.
59 km/h
Velocidade eco
50 km/h às 1680 rpm
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PRODUTO // Teste em campo
TRANSMISSÃO MAIS SOFISTICADA NOS VALTRA A
EM DETALHE
VALTRA A114 HITECH 4
É o típico trator para explorações agropecuárias onde o carregador frontal representa muitas horas de trabalho e onde há sempre uma série de outras tarefas para levar a cabo. Neste contexto, a caixa HiTech 4 faz a diferença em comodidade
O painel de instrumentos tem uma área digital onde são mostrados vários parâmetros de funcionamento
P O R J OÃO S O B RA L
J
untamente com os restantes 24 jornalistas que compõem o júri do prémio Tractor of the Year (TOTY), viajámos até Suolahti, na Finlândia, para termos contacto com o finalista da Valtra à categoria Melhor Utilitário 2020. As principais características a destacar no A114 HiTech 4 são a suspensão na cabine, o painel de instrumentos mais completo, o apoio de braço com joystick e, claro está, a transmissão. Experimentámo-lo em estrada e deslocámos fardos com um carregador fornecido de fábrica pela marca.
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SÉRIE A HITECH 4
A série A preenche uma faixa de potência que vai dos 75 aos 130 cv, sendo os A104 e A114, de 100 e 110 cv, os modelos intermédios. São precisamente estes dois tratores que podem ser configurados com a nova transmissão HiTech 4.
O apoio de braço com joystick e a alavanca fixa com teclas para controlo da transmissão são exclusivos dos modelos HiTech4
MOTOR AGCO POWER DE 4,4 LITROS
Projetado na Finlândia, o bloco de 4 cilindros que equipa o A114 é construído na fábrica da Agco Power em Changzhou, na China. Com 4,4 litros, fornece 110 cv de potência máxima e cumpre a norma da Fase IV de emissões (DOC+SCR). O serviço de manutenção está programado para intervalos de 500 horas.
Os assentos e o volante em pele são opcionais disponibilizados através do Unlimited Studio da Valtra
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PRODUTO // Teste em campo
Nos 900 Vario está favorecida a alternância entre campo e estrada graças à regulação da pressão dos pneus.
TRANSMISSÃO HITECH 4
A HiTech 4 diferencia-se da caixa sincronizada que equipa os modelos de base. Fabricada em França pela GIMA (a joint-venture do Grupo Agco e da Claas para as transmissões), surge acoplada a um eixo traseiro proveniente da fábrica Agco de Changzhou. Pensada para uma utilização muito reduzida da embraiagem, oferece um escalonamento mais amplo e possui seis relações num intervalo de velocidade de trabalho que vai dos 4 aos 12 km/h. → 4 relações e 4 gamas
Enquanto a caixa sincronizada de 12 velocidades é comandada através de uma tradicional alavanca em H, a HiTech 4 apresenta um escalonamento de 16 velocidades (4 relações repartidas por 4 gamas) e é controlada através de dois botões instalados numa alavanca
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A porta direita beneficia de um bom acesso. É deste lado do trator que se faz o abastecimento de AdBlue e que se liga/desliga o multiacoplador hidráulico do carregador
fixa (Control Grip) semelhante à utilizada nas variantes HiTech5 das séries N e T.
específicas para reiniciar a marcha após o inversor ter sido acionado. → Regulação de sensibilidade
→ 3 modos de operação
O operador pode escolher entre três modos de controlo: Manual; Auto1, em que a caixa muda automaticamente de relação quando o motor atinge as 1650 rpm; e Auto2, em que a transição é feita só às 2050 rpm. → Definir a relação após arranque
A passagem de relações é feita sem recurso ao pedal de embraiagem. E, através da função AutoTraction, o mesmo acontece quando imobilizamos o trator. Basta que pressionemos os pedais de travão e a embraiagem é acionada automaticamente, o que torna a utilização mais flexível. O operador pode ainda definir relações
A suavidade de resposta tanto do inversor como da passagem de relações pode ser regulada. A navegação nos menus de ajuste é feita através de um painel de teclas situado à direita do volante. → 4RM após mudança de sentido
Para minimizar a patinagem, neste trator a tração dianteira pode ser engrenada automaticamente sempre que é invertido o sentido de marcha. O tempo que permanece ligada é o condutor que escolhe, entre um mínimo de 1 segundo e um máximo de 30 segundos. Como opcional, a Valtra disponibiliza uma variante de superlentas, com 32 relações, que permite velocidades abaixo dos 100 metros/hora a 1400 rpm.
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PRODUTO // Teste em campo
A simbiose entre trator e carregador está bem presente na Valtra. Com um joystick projetado para esta função, o A114 HiTech 4 confirma a regra SISTEMA HIDRÁULICO
É de centro aberto e controlado eletronicamente. A bomba fornece um fluxo de 98 L/min e todos os distribuidores, num máximo de três (6 vias), são de controlo mecânico. Nos série A HiTech 4, o elevador frontal + TDF estão disponíveis por encomenda através do Unlimited Studio. A direção é servida por uma bomba independente de 33 L/min.
sendo o ajuste feito diretamente nos elementos amortecedores.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
→ Abertura panorâmica
O teto em vidro favorece a visibilidade em altura nos trabalhos com carregador. A bordo, encontramos alguns espaços de arrumação e o assento de passageiro é espaçoso para este segmento.
MOTOR Fabricante / modelo
→ Ajuste em altura do volante CABINE E AMBIENTE A BORDO
O ambiente de trabalho mantém-se semelhante aos restantes Valtra A, apenas com ligeiras diferenças. São elas o apoio de braço com joystick e um painel de instrumentos mais completo, onde o operador pode escolher as informações que pretende visualizar. O apoio de braço inclui ainda um grupo de teclas para ligar e desligar a suspensão do carregador (SoftDrive) e bloqueá-lo em posição de transporte.
Um aspeto a rever é o curso da regulação em altura da coluna de direção. Permite usar o volante muito alto mas não permite baixá-lo tanto quanto desejaríamos. → Telemetria opcional
No capítulo da tecnologia, existe a possibilidade de configurar este trator com o serviço de telemetria Valtra Connect.
Os dois modelos HiTech 4 podem ser configurados com assento pneumático e suspensão de cabine. Esta inclui afinação de dureza,
APRECIAÇÃO
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Nº de Cilindros/ cilindrada
4 / 4.400 cm3
Potência nominal /máx.
106 cv / 110 cv
Binário máximo / reserva
520 Nm / ND
Nível de emissões
Fase IV
TRANSMISSÃO Configuração Velocidade máx.
Powershift 16/16 43 km/h às 1878 rpm
DIMENSÕES
PREÇO → Suspensão opcional
Agco Power / 44 AWFC
Na versão base e pneus Michelin, o PVP no mercado português é de 72.411 Eur + IVA. Se o cliente pretender assento pneumático e suspensão na cabine, o PVP adicional é de 1784 Eur + IVA.
Distância entre eixos
2.430 mm
Carga máx. admissível
8.500 kg
HIDRÁULICO Capacidade de elevação
Tras. 4.300 kg Ft: 2.500 kg
Fluxo da bomba (opc.)
98 L/min
Vários componentes deste trator provêm de
Não obstante os pontos positivos, ficamos com
outros locais de fabrico do Grupo Agco mas o
a ideia de que este modelo é uma solução de
puzzle é formado na Finlândia. Segundo os
compromisso. Possibilita o acesso a algumas
responsáveis da marca, isso possibilita um
soluções do universo Valtra por um preço
importante controlo de qualidade na
acessível, mas sem transmitir aquela sensação
montagem e no teste de fim de linha.
geral de produto premium que reconhecemos
A transmissão HiTech 4 confere novas
à marca.
possibilidades de domínio do trator e torna
Para clientes que não tenham o preço como
mais prático todo o modo de operação.
fator limitante, nesta faixa de potência o N104
Apreciámos ainda a visibilidade em altura da
HiTech 5 (105 cv + boost de 10 cv para
cabine e o novo joystick de controlo
transporte e TDF) e N114E HiTech 5 (115 cv +
proporcional, a possibilitar que os movimentos
boost de 10 cv) são alternativas a considerar
do carregador sejam feitos com precisão.
por um diferencial que ronda os 20.000 Eur.
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PRODUTO
MAIS 435 CAVALOS
AZUIS NO RIBATEJO António Gonçalves, ribatejano, produz tomate há mais de cinquenta anos. No entretanto, juntou à sua demanda os dois filhos, Nicolau e Luís. Foi este último que nos mostrou a última aquisição da empresa: um trator New Holland T8.435 que se junta a uma frota de outros vinte e dois... New Holland P O R S E BA S T I ÃO M A R Q U E S
oi precisamente por esta indefetível ligação à marca azul que começámos a nossa conversa. Nunca tiveram vontade de experimentar algo diferente? “Não. Até começámos por ter dois David Brown mas, desde então, os tratores da casa sempre foram New Holland (numa primeira fase sob a marca Fiat) e assim continuamos quase há 50 anos. Temos tratores que vêm connosco quase desde o início e continuam a trabalhar”, começou por explicar Luís. Mas qual é então o segredo para tal longevidade? “Prevenção” – este foi o fator chave identificado não só por Luís, como também por Amândio Rato, comercial da Apolinários-
F
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Máquinas Agrícolas e Industriais, Lda., concessionário New Holland da zona. “O Luís trata dos tratores (e de todas as máquinas) como ninguém. Terminada a campanha, todos os tratores são revistos em casa e todos os consumíveis necessários são adquiridos antes da próxima janela de trabalho. Todas as peças são de origem, todas as revisões são feitas a horas”. E algumas até antes do recomendado pelo fabricante. Porquê? “Se podemos antecipar de forma a não ter de parar a meio da campanha, fazemolo. Todos os minutos contam quando a campanha começa”, clarificou Luís. De entre os 23 tratores New Holland que compõem a frota da empresa, quatro são T8 (dois 360 e dois 435 AutoCommand) – há ainda um T8040
e um TG285. São os trabalhos de mobilização do solo e a curta janela de oportunidade que justificam tantos tratores com tão alta potência - o transporte das galeras, para os quais também poderiam ser utilizados, é feito por camiões, já que as parcelas têm todas acesso à estrada. A evolução que a New Holland tem tido neste segmento de alta potência é outro dos argumentos para a lealdade à marca. “Há uma melhoria constante. O caso da transmissão é um bom exemplo. Começámos por utilizar, nestes tratores maiores, a transmissão UltraCommand (full powershift). Hoje não abdicamos da AutoCommand, uma transmissão que nos permite ter maior rendimento, poupança e conforto”.
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// Mais 435 cavalos azuis no Ribatejo
De entre os 23 tratores que compõem a frota da empresa, quatro são T8 (dois 360 e dois 435 Auto Command) NEW HOLLAND T8.435 » Motor FPT Cursor 9 de 8,7 cm3 – Norma
O processo de revisão é de tal forma minucioso que até parafinados os tratores são
Da esquerda para a direita: Amândio Rato (Apolinários-Máquinas), António Gonçalves, Nicolau Gonçalves, Luís Gonçalves, Francisco Silva (Repsol), João Rego (New Holland)
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As curtas janelas de oportunidade justificam então uma frota que ultrapassa as duas dezenas de tratores (entre os 70 e os 435 cv de potência). Desde a lavoura, a gradagem, a subsolagem, a passagem do rototerra, ou armação dos camalhões. Até aos tratamentos, plantação ou colheita, todos estes trabalhos pressupõem a utilização de tratores. E tudo isto entre final de fevereiro e setembro. É por isso que a empresa chega a empregar mais de 20 operadores. Com tantas pessoas envolvidas, questionámos se utiliza os sistemas de telemetria disponibilizados pela marca de forma a poder controlar o que se passa com cada um dos equipamentos em tempo real. Luís esclareceu que confia a
Tier 4B – Sistema ECOBlue Hi-eSCR (Redução Catalitica selectiva, sem DPF) / Turbo geometria variável » Máx. potência EPM – ISO TR14396 – ECE R120 (kW/CV): 320/435 » Potência máx. ISO TR14396 – ECE R120 (kW/CV): 307/417 » Potência nominal EPM ISO TR14396 – ECE R120 (kW/CV): 305/415 » Potência nominal ISO TR14396 – ECE R120 (kW/CV): 279/380 » Regime nominal do motor (rpm): 2000 » Binário máx. – ISO TR14396 a 1300-1400 (Nm): 1850 » Reserva de binário, de série / EPM (%): 39 / 27 » Capacidade do depósito de diesel Auto Command™ (litros): 609 » Capacidade do depósito de AdBlue® (litros): 99 » Intervalo de manutenção (horas): 600 » Caudal da bomba principal MegaFlow (l/ min): 274 » N.º máx. de válvulas traseiras: 6 » Capacidade de elevação máxima nas rótulas (kg): 10927 » Pesos mínimos sem balastro / de expedição: Eixo dianteiro de série (kg): 12900 » Pesos mínimos sem balastro / de expedição: Eixo dianteiro Terraglide™ com suspensão (kg): 13039 Peso total admissível a 50 km/h*** (kg): 18000 » Eixo dianteiro: Classe 5.0 » Sistema integrado de AutoCondução: IntelliSteer
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PRODUTO
100% em todos os seus empregados e que, como tal, ainda não sentiu necessidade de recorrer a esta tecnologia. O recurso ao GPS é que não é dispensável para diversos serviços, nomeadamente marejar, passagem de rototerra e herbicidas nos cereais. No que a máquinas diz respeito, a empresa tem vindo a automatizar o processo de plantação através da reforma das máquinas manuais por máquinas automáticas. A empresa conta também com duas colhedoras Guaresi. Tal como outros produtores de tomate da região, também aqui encontrámos a utilização de rastos nos pulverizadores
Distância entre eixos: A gama T8 possui a maior distância entre eixos do segmento. No T8.435 são 3550 mm
PERFIL DA EXPLORAÇÃO ANTÓNIO EVARISTO GONÇALVES E FILHOS, LDA LOCALIZAÇÃO Cartaxo
NEW HOLLAND T8 GÉNESIS. O QUE MUDARÁ? A estratégia da marca em ser cada vez mais um full liner justifica esta aposta no segmento mais alto, onde a oferta de mais opções vai sendo alargada de ano para ano. Tratores como o T6 DynamicCommand, o T7 Heavy Duty, ou o novo T8 Génesis – que irá estar disponível ainda em 2020. O T8 irá apresentar uma nova designação “T8 Génesis”, nome que pretende fazer renascer a Série Génesis-70, emblemático trator da Ford. Ao nível das mudanças relativamente ao seu antecessor (o trator agora entregue), foram quase todas feitas na cabine e nos controlos, mantendo-se o exterior praticamente inalterado. No fundo, será um novo início no que à capacidade eletrónica e configuração dos controlos diz respeito. O motor será um FPT Cursor Stage V, com sistema de tratamento ATS livre de manutenções (não necessita de DPF). Ao nível das transmissões mantém-se a AutoCommand, UltraCommand (18x4 full-powershift) – exceto no T8.435 – e uma nova opção powershift 24x5. O sistema de rastos SmartTrax passa a contar com os novos Camso. O pilar de informação desaparecerá, passando toda a informação para um ecrã de alta definição, o InfoView, colocado por detrás da coluna de direção. Outra forma de aceder à informação será através do IntelliView do apoio de braço. Passarão a estar disponíveis quatro redes CANbus, ao invés das atuais duas, aumentando a capacidade de dados que o trator consegue processar. Tal torna possível atribuir diferentes válvulas hidráulicas a diferentes interruptores e adicionar várias funções ISOBUS a vários botões no apoio de braço. Compatível com implementos de Classe 3 ISOBUS. No geral, serão menos botões mas mais funções. O PLM Intelligence, até agora tecnologia Trimble, passará a ser desenvolvido “em casa”, ainda que recorrendo a hardware Novatel. O novo recetor Cygnus permitirá à New Holland comercializar os seus próprios “níveis de sinal” em ambos os sistemas de satélite. Quem já tem uma frota de tratores da marca equipados com Trimble não terá de se preocupar, o novo sistema funcionará na perfeição.
CULTURAS Tomate, milho (silagem), vinha ÁREA 600 hectares DESCRIÇÃO Um dos maiores produtores de tomate para indústria do país, abriu atividade há mais de 50 anos, explora 600 hectares. Especialistas na cultura do tomate, fizeram no ano passado 200 hectares de milho para silagem. Por via de uma herdade adquirida recentemente, onde já existia vinha instalada, acabaram por se iniciar também nesta cultura, estando previsto passar de 10 para 22 hectares já no próximo ano. Para trabalhar na vinha a empresa também já adquiriu um T4 110 N, o primeiro a equipar com suspensão dianteira em Portugal.
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PRODUTO // em foco
J. INÁCIO APRESENTA JOHN DEERE 5G NA QUINTA DE MONFALIM A J. Inácio- Máquinas Agrícolas, Lda realizou no dia 7 de Março, na Quinta de Monfalim, Sobral de Monte Agraço, um evento de apresentação e demonstração dos novos John Deere 5G Especiais. Num evento que contou com mais de 100 pessoas, estiveram também em trabalho os novos atomizadores John Deere com tecnologia H3O
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// J. Inácio apresenta John Deere 5G A equipa da J. Inácio
U m eve n t o q u e s e r v i u p a ra a g ra d e ce r a o s c l i e n t e s J . I n á c i o e p a ra d a r a co n h e ce r a e m p re s a , o s s e u s p ro d u t o s e s e r v i ço s , àqueles que ainda não o são
P O R S E BA S T I ÃO M A R Q U E S
U
m dia de sol, uma paisagem vinícola com várias pendentes acentuadas e noventa agricultores, viticultores e fruticultores em maioria. O mesmo é dizer que as condições para a apresentação dos John Deere 5G especiais estavam reunidas. O local escolhido não foi ao acaso, já que será o habitat perfeito para um trator que apresenta várias novidades no que à suspensão e conforto do operador diz respeito. O evento dividiu-se em várias etapas, começando pela receção dos participantes, seguiu-se uma demonstração em campo dos tratores e dos atomizadores. Numa apresentação em sala foram abordados vários temas - desde os 5G até aos planos de manutenção ou financiamento -, finalmente, e para terminar, teve lugar um jantar convívio. JOHN DEERE 5G A Série 5G, construída em Itália, compreende potências entre os 75105 cv (110 cv com gestão inteligente de potência). “É um trator compacto, específico para este tipo de culturas e, daí, a localização do evento nesta zona”, começou por explicar Nuno Inácio, sócio gerente da J.Inácio. Esta série, que já conta com alguns
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anos no mercado, tem uma ampla gama de modelos e opcionais. O 5GF foi concebido para o trabalho em pomares, vinhas e hortas de dimensões amplas, já o 5GN é a solução preferida para pomares e vinhas de linhas mais estreitas de até 185 cm. Ambos podem equipar com uma cabine mais larga. O modelo mais estreito, 5 GV (com uma cabina estreita), foi construído a pensar nas vinhas com uma largura mínima de trabalho de 160 cm. Finalmente, o 5GL é a solução de baixo perfil da marca. Em termos da largura do trator, a série 5GL está baseada na série 5GF e está disponível de fábrica com a cabine de baixo perfil. Tem vindo a contar com diversas melhorias. Neste evento pretendeu-se destacar algumas novidades e pontos fortes da máquina. Assim, começando pelo eixo dianteiro, uma redução do suporte permitiu à série 5G um ângulo de direção mais amplo e um raio de viragem melhorado. Graças à redução do suporte dianteiro em 88 mm, o ângulo de direção foi ampliado em função da modificação do formato do suporte do eixo dianteiro. Esta modificação tem um maior impacto nas versões N e V. Na versão V, por exemplo: de 20 graus para 43 graus. A suspensão do eixo dianteiro, inspirada nas séries de maior potência, permite uma maior aderência do trator
ao solo, conforto do operador, e evita por completo o efeitos dos “saltos”. Relativamente à cabine, a marca procedeu a melhorias em vários aspetos. A primeira grande
Q U I N TA D E M O N FA L I M Com origens anteriores a 1381, ao longo dos séculos, foi passando por várias mãos, até ser adquirido pela Família dos atuais proprietários em 1841. Durante muitos anos, destinouse exclusivamente à agricultura, produzindo cereais, azeite e, sobretudo, vinho. Tornou-se, então, numa das principais casas agrícolas da região. No início do século XXI, o casario foi recuperado e a Quinta passou a acolher eventos.
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PRODUTO // em foco A t o m i za d o r J o h n D e e re M 1 1 5 co m t u r b i n a i n ve r s a e t o r re p a ra c u l t i vo s especia is perm ite a ce d e r à S p e c i a l t y C ro p s P l a t fo r m - a n ova fe r ra m e n t a p a ra co n t ro l a r co m t o t a l p re c i s ã o o s t ra t a m e n t o s re a l i za d o s . A t ra vé s d e l a p o d e rá a g i l i za r o s e u t ra b a l h o e co n t a rá co m va l i o s a i n fo r m a çã o q u e o a j u d a rá a t o m a r m e l h o re s d e c i s õ e s n a s u a ex p l o ra çã o
A Rinieri é um fabricante italiano especialista em
Novidade: SCG -
equipamentos para a
Specialty Crops
viticulta e fruticultura. A Bio Dynamic, uma máquina para remoção das ervas daninhas com rapidez (trabalha até 15 km/h) e que evita a administração de herbicidas, foi um dos produtos em destaque no evento. Pode ser montada na dianteira ou na traseira do trator e está disponível com estrelas de três
A p e s a r d e h a ve r m a i s e s p a ço d e n t ro d o p o s t o d o o p e ra d o r, a e s t r u t u ra d a ca b i n a co m n ovo d e s i g n d a s é r i e 5 GV (t a m b é m d i s p o n í ve l co m o o p c i o n a l n o 5 G N ) a g o ra o fe re ce u m a l a r g u ra t o t a l m e n o r d e s ó 1 0 0 m m e n t re a s p e g a s d a p o r t a p a ra ev i t a r i n t e r fe rê n c i a s co m a s c u l t u ra s e o s g a l h o s n a s l i n h a s e s t re i t a s d a s vinhas
Gateway Composto por um módulo, monitor, antena GPS e sensor à TDF. Permite planeamento do trabalho, leituras de passagens com geo-localização, leitura da velocidade e da rotação da TDF;
tamanhos (540, 700 ou 950 mm de diâmetro) e em três consistências diferentes: macio, médio ou duro.
diferença é o aumento de espaço dentro do posto do operador, possível graças ao novo design das consolas e à redução da altura do túnel de transmissão. A disposição dos pedais foi otimizada, a nova alavanca de velocidades é mais ergonómica, bem como as alavancas de mudança de gamas e do travão de mão. Também as alavancas dos distribuidores auxiliares foram alteradas. Finalmente, o banco do condutor é maior quando comparado com o seu antecessor. O sistema hidráulico é outro dos pontos fortes do 5G com até 3 bombas hidráulicas disponíveis, num total de 126.4 l/min (66.8l/min; 29.8l; 29.8l/ min). O motor é um FPT F34 de 3,4l e 4 cilindros. Também inspirado nos
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tratores de maior potência da marca, o 5G conta com gestão inteligente de potência. “O ATOMIZADOR INTELIGENTE”
Outro dos produtos em destaque foi o atomizador John Deere M 115 com turbina inversa e torre para cultivos especiais. Fabricado pela Fede, fabricante espanhol, para a John Deere, fruto de um protocolo estabelecido entre as duas marcas. Como nos explica Nuno Inácio, a escolha da John Deere deveu-se ao facto de “entre os fabricantes europeus a Fede ser aquele que mais tecnologia aporta aos seus atomizadores”. O modelo presente no evento incorpora a tecnologia H3O – “um sistema que
permite monitorizar à distância o trabalho do atomizador através de uma plataforma web. Permite também que o agricultor possa estar num escritório algures, por exemplo na propriedade, e enviar instruções para a máquina. Ou seja, o agricultor define que determinada parcela seja tratada com 600l por hectare, e essa prescrição é enviada para o tablet do atomizador, limitando-se o operador a cumprir com a prescrição enviada”, descreveu Nuno Inácio. É então um atomizador com sistema inteligente de calibração em função da massa vegetal que permite, segundo o fabricante, uma redução de consumo de combustível de até 5l/h e uma redução da deriva real em 47,6% e da potencial em 45,9%.
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PRODUTO // Teste em campo
STEYR 4130 EXPERT CVT
ESPECIFICAÇÕES PREMIUM DESDE OS 100 CV A Steyr passa a disponibilizar no segmento imediatamente acima dos 100 cv especificações que antes só estavam acessíveis em tratores de maior potência. Damos-lhe a conhecer o modelo de topo da nova série Expert CVT P O R J OÃO S O B RA L
D
a mesma forma que a mistura de vermelho com amarelo dá origem à cor laranja, suponha que a Steyr pegou num Multi e num Profi e os misturou. O resultado é o Expert CVT. Esta nova série partilha componentes com as que lhe estão mais próximas, abaixo e acima, e vem
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reforçar a oferta da marca austríaca junto dos clientes que necessitam de um trator de cento e poucos cavalos com especificações premium. O modelo de topo desta série foi um dos nomeados à categoria ‘Melhor Utilitário 2020’ do TOTY. Foi nesse contexto que o experimentámos em território austríaco.
SÉRIE EXPERT CVT
É composta por quatro modelos, a preencherem um intervalo de potência nominal que vai dos 100 aos 130 cv. São configurados exclusivamente com transmissão CVT. O 4130 é o modelo de topo desta série. MOTOR FPT DE 4,5 L
Os Expert partilham com os
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PRODUTO // Teste em campo
modelos de entrada da série Profi, imediatamente acima, um motor FPT NEF de 4 cilindros com 4,5 litros de capacidade. Concretamente no 4130 Expert CVT, este motor fornece 130 cv de potência nominal, sendo a potência máxima de +10 cv. Quanto ao sistema de tratamento de gases, cumpre a norma da Fase V e baseia-se na tecnologia Hi-eSCR2, que dispensa manutenção. Entre as particularidades a destacar está a ventoinha reversível e o travãomotor, que providencia 15 kW de potência auxiliar de travagem. TRANSMISSÃO CVT
A transmissão de variação contínua é constituída por duas gamas mecânicas e tecnologia de dupla embraiagem, podendo atingir os 43 km/h. Embora a arquitetura desta caixa permitisse ir para lá desta velocidade, foi aplicada uma limitação eletrónica porque os Expert têm os mesmos eixos (traseiro e dianteiro) utilizados na série Multi, os quais não foram projetados para velocidades mais altas.
SISTEMA HIDRÁULICO
CABINE E AMBIENTE A BORDO
O sistema hidráulico é de centro fechado com sensor de carga (CCLS) e pode ser configurado com uma bomba de 80 ou de 110 L/min. A direção é servida por uma bomba independente de 36 L/min. Pode equipar com 4 distribuidores traseiros (8 vias) e 3 distribuidores ventrais (6 vias).
A marca disponibiliza uma variante de teto alto, que é apropriada para quem faz essencialmente transporte e trabalho de campo. Apresenta como vantagem uma maior altura interior. Uma variante de baixo perfil está também disponível. Se o trator estiver destinado a fazer dupla com um carregador, não há espaço para hesitações. Esta é definitivamente a melhor escolha pela visibilidade em altura que o recorte no teto proporciona. Outro fator que favorece esta cabine é a escova limpa pára-brisas. Funciona de baixo para cima, num movimento de 235 graus, abarcando maior área. O ambiente de trabalho é funcional, inclui uma caixa de refrigeração e pode-se escolher o tipo de assento. O mais requintado é forrado a pele com acabamentos em cor vermelha, assim como o volante, e tem um encosto pivotante. Sem instrumentação junto ao volante, é no pilar A que o operador monitoriza as principais informações. A bordo, há ainda que escolher entre duas variantes de apoio de braço.
ELEVADOR DIANTEIRO DE CONTROLO ELETRÓNICO
Quem necessitar de elevador dianteiro, vai ter acesso a um sistema de controlo eletrónico que mantém de forma constante uma baixa pressão sobre o solo. Um sensor de carga sinaliza as alterações de relevo, assim como a pressão no solo exercida pela alfaia. Consequentemente, a altura do elevador será continuamente ajustada para manter a pressão constante. Ao trabalhar com uma gadanheira frontal permite gerir a distribuição do peso entre a alfaia e o eixo dianteiro, o que ajuda a conservar a estrutura do solo e a melhorar a qualidade da forragem.
A cabine possui um recorte desenhado para conferir maior visibilidade em altura
O apoio de braço Multicontroller é herdado das séries superiores da marca
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PRODUTO // Teste em campo O apoio de braço Multicontroller II oferece uma forma alternativa de arrumação dos comandos. Nesta variante, o joystick hidráulico inclui a função de inversor
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
É no pilar A da cabine que está concentrada a instrumentação principal
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Multicontroller
É semelhante ao utilizado nas gamas superiores da Steyr. Nesta variante, o monitor tátil S-Tech 700 pode ser instalado diretamente no apoio de braço ou então no painel direito da cabine. Multicontroller II
Com uma manete multifunções de formato diferenciado, mas que inclui igualmente botões configuráveis, o tabuleiro de comandos apresenta-se com uma arrumação alternativa. Nesta variante, o monitor fica instalado num arco de suporte junto ao vidro. TECNOLOGIA E AUTOMATIZAÇÃO
Com compatilidade ISOBUS, este
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trator pode receber ordens de uma alfaia, adaptando o regime e a velocidade de avanço aos requisitos de trabalho. Outra tecnologia a destacar é a gestão de cabeceiras Easy-Tronic II que permite uma sequenciação automatizada de ordens no final e no início de cada torna. Adicionalmente, a tecnologia S-Turn calcula a melhor rota e a velocidade mais adequada para realizar a viragem e reentrar na linha. A condução automática S-Guide e o serviço de telemetria S-Fleet também estão disponíveis. PREÇO
A versão de base, com apoio de braço Multicontroller e cabine standard, terá um PVP de 111.900 Eur + IVA. O apoio de braço Multicontroller II e a cabine de baixo perfil têm um preço adicional de, respetivamente, 457 e 1490 Eur. A comercialização em Portugal será iniciada logo que esteja fechado o processo de homologação.
Instalamo-nos e a primeira sensação é de estarmos num trator curto e com uma visibilidade muito boa para a frente. Fazemos um percurso em estrada com reboque, para vermos como funciona a transmissão. Como expectável, a condução é agradável e a adaptação rápida. Já a nível de conforto, a frente do trator mostrou alguma tendência para saltitar. Para uma opinião mais fundamentada, seria necessário verificar a pressão dos pneus ou ajustar a lastragem. De notar que se tratava de um trator sem suspensão no eixo dianteiro. Com este extra, estamos em crer
MOTOR Fabricante / modelo Nº de Cilindros/ cilindrada Potência nominal /máxima Binário máximo / reserva Nível de emissões TRANSMISSÃO Configuração Velocidade máx. / regime eco
FPT NEF 4.5 4 / 4.485 cm3 130 cv / 140 cv 630 Nm / 41% Fase V
Variação contínua 43 km/h às 1700 rpm
HIDRÁULICO Capacidade de elevação Traseira: 5.600 kg Ft: 2.300 kg Fluxo da bomba (opc.) 80 (110) L/min DIMENSÕES Distância entre eixos Carga máxima admissível
2.490mm 8.800 kg
A iluminação de trabalho pode incluir até 16 faróis LED com 2000 lumens cada
que a diferença será assinalável. Passámos à mobilização de solo. Numa parcela que tinha uma zona íngreme, o trator ultrapassou o ‘obstáculo’ sem dificuldade e mostrou-se ágil na viragem. Com o carregador frontal, apreciámos a visibilidade oferecida pela cabine de baixo perfil, assim como a precisão e ergonomia do joystick. Em síntese, o Expert CVT combina bem com explorações agrícolas ou mistas de média dimensão onde se pretende um trator ligeiro e que disponha de um bom leque de funcionalidades para agricultura de precisão.
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OPINIÃO
UM MUNDO À PARTE POR JOÃO SOBRAL
Atravessamos uma conjuntura imprevista. Por causa de um surto de vírus contagioso, inúmeros setores pararam por completo ou reduziram drasticamente a sua atividade. Esta ameaça surge num tempo em que cada vez mais pessoas optam por viver em espaço urbano. Na Europa, é já cerca de 75% da população que vive em cidades ou em zonas suburbanas. E as previsões apontam para um acentuar desta tendência na ordem dos 9% nos próximos 30 anos. A confirmar-se, em 2050 apenas 16% da população europeia viverá em zonas rurais. Durante e após uma pandemia é natural que os hábitos e os padrões de consumo se alterem, mas há uma coisa que é certa: os alimentos têm de continuar a chegar à mesa das famílias. Nesta fase, e não obstante algumas dificuldades e incertezas que os produtores enfrentam, a agricultura é um ramo de exceção que prossegue o seu ritmo. Porque desempenha um papel fundamental, hoje e no futuro. Este é um fator de segurança associado ao setor. Uma população tendencialmente urbana depende cada vez mais da produção agrícola e, consequentemente, da cadeia logística que a acondiciona, transporta e distribui.
Pelo meio do trabalho que por estes dias temos em mãos, talvez devamos reservar tempo para refletirmos. Para valorizarmos o mundo à parte que é cada uma das nossas explorações, do qual retiramos benefício. E para tentarmos ver para além deste momento. - Como é que me adapto para assegurar a sustentabilidade da minha atividade? - O que posso fazer para minimizar fatores de incerteza? - Como é que torno a exploração mais autossuficiente? - Como reforço a cooperação com os meus parceiros locais para obtermos mais benefícios mútuos? - Como garanto o meu bem-estar e daqueles que comigo trabalham? Por trabalharmos num setor em que quando tudo colapsa - e pode colapsar de diferentes formas – a sociedade precisa de nós, é importante que nos consigamos adaptar nos momentos de incerteza e que continuamente saibamos introduzir melhorias naquilo que fazemos. Nós e aqueles que nos vão suceder no ofício. Por isso, no que controlamos, no nosso mundo à parte, aproveitemos esta fase para reavaliarmos prioridades e para nos reprogramarmos.
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PRODUTO
FARMTRAC
O GIGANTE INDIANO PELAS MÃOS DO ENTREPOSTO O Entreposto Máquinas é desde março o representante oficial para Portugal dos tratores Farmtrac, marca do gigante grupo indiano Escorts, um dos maiores construtores a nível mundial
Foi na Quinta do Sanguinhal que foram apresentadas à rede de concessionários as três gamas dos Farmtrac – compacta, convencional e especializada -, com potências entre os 20 e os 75 cv
om mais de 1,5 milhões de tratores vendidos desde 1961, a Farmtrac, presente em 62 países, é uma marca do multifacetado grupo indiano Escorts, especialista na produção de maquinaria agrícola, de construção, equipamentos de movimentação de cargas, caminhos de ferro e componentes para automóveis, e chega a Portugal pela mão do Entreposto Máquinas, que também comercializa em Portugal, na vertente agrícola, os tratores da Case IH e Branson.
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Foi na Quinta do Sanguinhal, no Bombarral, que foram apresentadas à rede de concessionários as três gamas dos Farmtrac – compacta, convencional e especializada -, com motorizações de três e quatro cilindros Mitsubishi e potências entre os 20 e os 75 cv. Fabricados na Polónia, onde a marca tem a sua sede europeia, mercado onde marca presença há 18 anos. Para além dos oito modelos, uma outra grande novidade – a todos os títulos ambientalmente irrepreensível - estava reservada para a apresentação nacional
do modelo FT25G, um trator 100% elétrico, 4x4, com 20 cv, alimentado por bateria de lítio de 72V e 300Ah, que certamente irá despertar muito interesse e curiosidade. Nuno Santos, diretor comercial do Grupo Entreposto, começou por explicar a filosofia que conduziu ao acordo entre o Entreposto Máquinas e a Farmtrac: “A Farmtrac tem, e tem tido de uma forma sustentável e sólida, desde as últimas duas décadas, uma estratégia de crescimento para fora das fronteiras indianas, com foco nos mercados
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// Um gigante indiano nas mãos do Entreposto Máquinas
africanos e europeus. Neste, aliás, o grupo investiu não só no desenvolvimento de gamas especialmente concebidas para esta geografia – a gama ‘Nets’ -, mas teve o cuidado de criar as condições acessórias a uma implantação sólida e confiável, estabelecendo uma sede europeia – Polónia -, que não só fabrica tratores, como encerra em si valências importantes como centro de desenvolvimento, centro de treino e formação e armazém de peças de reserva.” PARCERIA SÓLIDA
“Consciente do fator vital e crítico que é a escolha de um parceiro dentro de cada país que desenvolva de uma forma sólida e confiável a marca, a Farmtrac escolheu o Entreposto Máquinas como parceiro para o seu futuro em Portugal. Da parte do Entreposto Máquinas esta parceria é vista como uma excelente oportunidade para desenvolver o nosso negócio e aumentar a nossa implantação nacional no mercado agrícola, conscientes que somos do grande potencial e capacidade que o grupo Escorts, e em particular a Farmtrac, efetivamente encerra. Será, seguramente, um player importante a considerar doravante no nosso mercado de máquinas agrícolas, e temos muito orgulho em fazer parte deste projeto”, justificou Nuno Santos. À MEDIDA DO MERCADO E A PREÇO COMPETITIVO
Sobre as razões para considerar a aquisição de um Farmtrac, o gestor do Grupo Entreposto enumerou um bom leque delas: “O posicionamento da marca Farmtrac pode ser definido pela sua definição básica estratégica, que é a de poder oferecer o melhor ‘value for money’ do mercado, ou seja, pelo seu custo de aquisição o cliente
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Cristina Vicente, responsável pela marca e Diogo Inácio, marketing e comunicação
“Estamos muito entusiasmados por colocar no mercado nacional uma marca que corresponde às necessidade do consumidor” Cristina Vicente
poder usufruir de uma máquina bem equipada, fiável e perfeitamente adaptada às suas necessidades; A gama compacta, por exemplo, vem equipada com motores Fase V da Mitsubishi, transmissões semi-sincronizadas, controle de profundidade, pneus radiais, saídas hidráulicas traseiras, contrapeso frontal, tudo de série. Tudo isto a um preço extremamente competitivo. São, por isso, tratores especialmente adaptados às necessidades do nosso mercado, quer em especificações, quer em qualidade, quer em preço, para executar os mais variados trabalhos. Seja para cortar a relva, jardinar ou fazer qualquer outro trabalho em vinhedo ou pomar.” AGRICULTURA SUSTENTÁVEL
Já sobre o caráter inovador da chegada ao mercado nacional de um trator 100% elétrico, Nuno Santos não tem dúvidas: “O trator elétrico com bateria de lítio representa o futuro
ZERO EMISSÕES E RUÍDO MÍNIMO É azul, mas tem o coração inteiramente verde. Dele se falou muito no salão de Inglaterra, o Lamma Show, onde causou grande surpresa, mesmo para os mais entendidos em tecnologia. Tratase do FT25G, o trator 100% elétrico da Farmtrac, um 4x4 com potência equivalente a um diesel de 25 cv. Alimentado por bateria de ion-lítio, de 72V e 300Ah, tem dois motores elétricos (um para a unidade motriz, outro para o elevador e serviços hidráulicos. Com três gamas de velocidades e inversor elétrico, a direção é hidrostática e tem disponível TDF traseira e ventral (540 rpm). A capacidade de reboque é de 1500 Kg. Homologado para circular na via pública, tem uma autonomia superior a 3h quando em plena carga, e de 4h50m com carga mínima. Com simples recurso a uma tomada elétrica carece de 5h30 para ser abastecido com a carga máxima de energia. De acordo com Cristina Vicente, responsável pela marca em Portugal, numa fase inicial este trator estará somente disponível por encomenda, mas no início do próximo ano deverá ser incluído de forma permanente na oferta da marca. “A partir dessa altura desenvolveremos ações de divulgação da marca. Estamos ainda a avaliar a hipótese de colocação em funcionamento de um FT 25G na próxima Agroglobal”, precisou. Um híbrido com 70 cv, já mostrado na Agritechnica em 2019, também já é uma realidade na Farmtrac.
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PRODUTO
A Farmtrac terá uma rede de concessionários próprios, alguns já concessionários do Entreposto Máquinas, outros a iniciar uma parceria
da agricultura, e é bem espelho da capacidade de desenvolvimento ligada à aplicabilidade praticada que nos proporciona a Farmtrac. É um passo em frente na transformação da nossa agricultura no sentido de a tornar mais limpa e sustentável. Com tecnologia de bateria de lítio e tempo de recarga rápido, este trator compacto e ágil representa um desenvolvimento significativo na engenharia agrícola. As suas credenciais ambientais incluem
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“Pelo seu custo de aquisição o cliente poder usufruir de uma máquina bem equipada, fiável e adaptada às suas necessidades” Nuno Santos
zero emissões e baixos níveis de ruído e um custo operacional bastante mais reduzido que as soluções convencionais. Tem enorme potencial e aplicabilidade em várias indústrias, incluindo horticultura, pecuária, jardinagem.” PASSOS SEGUROS
Já disponíveis para entrega imediata, os tratores Farmtrac podem ser vistos e experimentados em qualquer concessionário da rede nacional da marca, explica Cristina Vicente, responsável pela Farmtrac: “Estamos numa fase de arranque e de divulgação da marca e dos seus produtos em Portugal, por isso pretendemos dar passos seguros de conquista sustentável de mercado, sempre dentro da perspetiva de solidez da marca, do distribuidor e das concessões. Trata-se de um projeto sólido, e quem adquirir um produto Farmtrac saberá sempre que tem não só um excelente produto, moderno e fiável, mas também toda uma rede de assistência e peças que o acompanhará desde hoje e ao longo de todo o ciclo de vida do produto. Trata-se de construir uma relação de confiança com o cliente.
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CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS 5 ANOS DE GARANTIA
Todos os tratores Farmtrac da série Compacta beneficiarão de 5 anos de garantia de fábrica, ou 2000 horas de trabalho, consoante a situação que primeiro ocorra. As demais séries em comercialização - Convencional e Especializada - terão garantia de 3 anos, ou aquelas mesmas horas de trabalho.
Compactos Farmtrac Motor Potência (cv) Velocidade TDF Transmissão Velocidades Embraiagem Travões Elevação (Kg) Válvula auxiliar, tras. Direção Opções
Assim, temos como objetivo entre 2020 e 2021 colocar cerca de uma centena de unidades em funcionamento, conscientes que estamos que serão anos de investimento da marca em Portugal.” DEMONSTRAÇÕES DE NORTE A SUL
Diz ainda a gestora da marca que “serão feitas várias ações de divulgação direta, privilegiando as demonstrações em eventos de proximidade com os nossos clientes. Estas ações terão lugar de Norte a Sul do território, apontando a clientes que vão desde o designado ‘hobby farmer’ até empresários com um maior grau de profissionalização que exigem equipamentos bem adaptados e capazes de responder de uma forma competitiva às suas necessidades específicas. Exemplo disto serão clientes com atividade no ramo de culturas específicas como em estufas, pomares ou vinhas, cultura hortícola, etc.” Quem vai comercializar os produtos Farmtrac? Responde Cristina Vicente: “A Farmtrac será comercializada por uma rede de concessionários próprios, alguns já concessionários Entreposto Máquinas, outros que iniciam agora uma relação de parceria connosco e com a marca. Contamos já nesta fase de arranque com uma extensa cobertura nacional capaz de aconselhar e assistir os clientes da marca.”
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20 - 22 26 - 30 Mitsubishi 3 cil. (952cc) (1318cc) 18,5 - 21,5 24,5 - 28,5 540/540E (variante hidrostática com 540 e TDF ventral) mecânica mecânica ou hidrostática 9F + 3T 9F + 3T ou três gamas hidrostáticas single single/hidrostática imersos em óleo 750 1 distribuidor – 2 conectores hidráulica assistida carregador, engate frontal, aquecedor de cabine, distribuidor ventral, joystick com variante hidrostática
Convencionais Farmtrac Motor Potência (cv)
6050 4WD
6075 E
Mitsubishi 3 cil. (2760cc)
4 cil. (3460cc)
47 cv
75 cv
Velocidade TDF
540/540E
Transmissão
parcialmente sincronizada
Carraro sincronizada
Velocidades
8F+8T
12F+12T (opção 24F+24T)
Embraiagem
Dupla
Dupla
imersos em óleo
hidráulicos assistidos - OIB
1500
2500 (3000 opção)
Válvula auxiliar, tras.
1 1SA/1DA (2 nos.)
2DA/2SA (4 nos.) - 3DA/3SA (opção)
Direção
hidráulica assistida
hidráulica assistida (ajustável)
Opções
carregador, hidráulico de reboque
ROPS, carregador, TDF frontal, hidráulico frontal, TPL e travões de reboque Dual Air
Travões Elevação (Kg)
Especializados Farmtrac Motor Potência (cv) Velocidade TDF
6075 EN 4WD/6075 EN (MID-ROPS) 4 cilindros, 3460cc 75 cv 540/540E
Transmissão
Sincronizada
Velocidades
12F+12T/24F+24T
Embraiagem
Dupla
Travões Elevação (Kg) Válvula auxiliar, tras. Travão de reboque
imersos em óleo 2500 2DA/2SA hidráulico
Direção
hidráulica assistida (ajustável)
Opções
Lastro frontal e traseiro, HVAC-cabine, TPL e TDF frontal, gancho de reboque semi-automático
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NOVA RÚBRICA
ALIMENTOS “DO PRADO AO PRATO” PARA MELHORES SAÚDE E AMBIENTE
O Pacto Ecológico Europeu “Green Deal” (Acordo Verde) é a estratégia da mais alta instância continental de políticas comuns aos 27 Estados-membros para fazer face aos desafios impostos pelas alterações climáticas P O R CA R LOS B RA N CO
aquecimento da atmosfera, as extremas variações do clima, a poluição e destruição de florestas e oceanos, a deterioração da saúde dos cidadãos e o risco de perda de biodiversidade levaram a Comissão Europeia (CE) a desenhar um pacote de medidas ambiciosas tendentes a permitir aos cidadãos melhores saúde e bem-estar e uma transição ecológica sustentável. Foi chamado de Pacto Ecológico Europeu e abarca os mais variados setores da economia, com particular destaque para os transportes, energia, imobiliário, agricultura e indústrias pesadas. Com
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um denominador comum: que até ao ano 2050 se atinja a neutralidade das emissões de carbono (equilíbrio entre as emissões e a absorção deste gás), com recurso aos seus sumidouros naturais, o solo, as florestas e os oceanos. Fazer uma Europa mais forte no combate às alterações climáticas, economicamente mais saudável e pioneira nesta neutralidade é a tarefa assumida pelo novo executivo europeu liderado pela senhora Ursula von der Leyen, que pretende uma transição justa e socialmente equitativa, segundo a qual nenhum país ou região podem ficar para trás. Um roteiro de políticas fundamentais está pronto para ser
colocado em execução e que nesta Primavera deverá arrancar com a estratégia “do Prado ao Prato”. Quer esta dizer que se pretende tornar a produção agroalimentar em conformidade com as melhores práticas ambientais, sendo que leis mais restritivas farão com que seja reduzida a utilização de fertilizantes, antibióticos e pesticidas químicos, medidas estas acompanhadas de fortes investimentos na investigação e na inovação tecnológica. ALIMENTOS SEGUROS, PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL Segundo a comunicação da CE ao Parlamento Europeu, um documento
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orientador de tais políticas datado de dezembro de 2019, o alimento que os europeus colocam na mesa é famoso por ser seguro, nutritivo e de elevada qualidade, mas a sua produção deve ser sustentável, ao mesmo tempo que terá que evitar poluir o ar, a água e o solo, o que contribui para a perda de biodiversidade e para excessivos consumos de recursos naturais, da mesma forma que parte desse alimento é desaproveitado. Em última análise, o mesmo documento sustenta que dietas de má qualidade contribuem para a obesidade e para o desenvolvimento de doenças como o cancro. O que vai ser feito de imediato: um alargado debate cobrindo todas as áreas da cadeia alimentar para pavimentar o caminho de uma nova política alimentar sustentável. E para tal transição agricultores e pescadores serão personagenschave do processo. A CE irá propor que a política agrícola comum, entre 2021 e 2027, estipule que pelo menos 40% do orçamento das políticas agrícolas, e 30% do fundo financeiro para as pescas contribuam para ações relacionadas com o clima, com um pacote de fundos que atingem 100 mil milhões de euros. Por isso mesmo, é muito provável que a revisão da PAC seja atrasada até ao início de 2022, pois quer a CE que os Estados-membros façam refletir nas políticas nacionais a ambição do “Acordo Verde” na estratégia “do Prado ao Prato”. E que políticas orientadoras serão essas? Tais planos devem incorporar práticas sustentáveis como a agricultura de precisão, orgânica, ecológica, e padrões de bem-estar animal. Os melhores planos ecológicos deverão recompensar os agricultores pela performance ambiental e climática, incluindo a melhor gestão dos solos e de nutrientes orgânicos, da qualidade da água e pela redução de emissões gasosas. O organismo europeu identificará as medidas a tomar e providenciará um pacote legislativo. Segundo este, a Europa precisa de inovar nas formas de proteger as colheitas de pestes e doenças, levando em conta o papel das técnicas inovadoras de melhorar a sustentabilidade e segurança da cadeia alimentar. E alerta: um melhor ecossistema fornece alimento, água fresca e ar puro, evita desastres naturais, pestes e doenças e regula o clima. A economia circular será um caminho a trilhar, pelo que, será necessário tomar ações no processo de transporte, armazenamento, acondicionamento, evitando desperdícios alimentares. Também as florestas europeias terão que ser preservadas e reflorestadas. DESAFIOS À MECANIZAÇÃO O “Acordo Verde” deverá ser considerado um desafio à indústria da mecanização agrícola, não apenas pela observação das regras mais restritivas em termos de emissões poluentes, mas por novos desenvolvimentos do papel que a agricultura 4.0 terá neste processo, que passa pela intensa pesquisa, e também pela formação profissional dos agricultores, gestores agrícolas e operadores de máquinas. Os desenvolvimentos tecnológicos operados pela indústria na última década já permitiram uma drástica redução no uso de pesticidas e fertilizantes, na economia de combustíveis e no melhor uso da água disponível. No entanto, a estratégia da CE aponta para objetivos mais ambiciosos e “verdes”, pelo que se o dispendioso investimento na inovação não continuar, então a nova PAC não contemplará de recursos a mecanização agrícola.
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EFICIÊNCIA SUSTENTABILIDADE DIGITALIZAÇÃO
AS CHAVES DO SALÃO DE REFERÊNCIA DO SUL DA EUROPA E DO ARCO MEDITERRÂNICO
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A eficiência, a sustentabilidade e a digitalização foram confirmadas como elementos fundamentais para o futuro do setor, que durante cinco dias mostrou a sua face mais tecnológica na vitrina de Saragoça
A
recente edição da Feira Internacional de Maquinaria Agrícola entrará na história por ser aquela em que foram quebrados mais recordes, em número de expositores (mais de 1650), em área de exibição (165.500 m2, distribuídos por 11 pavilhões), e por ter conseguido atrair as atenções de mais de 237 mil visitantes, no final de fevereiro, quando o flagelo do Covid-19 já se tinha feito anunciar. Excetuando alguns grupos de expositores e visitantes chineses, sul-coreanos e italianos que se abstiveram de marcar presença, naturais de países onde o vírus inicialmente se disseminou - e de forma mais dramática -, as 80 demais nacionalidades, com a portuguesa entre estas, voltaram a eleger a FIMA como o palco de excelência e de tecnologia do Sul da Europa e da zona do Arco Mediterrânico. Porventura, a última grande oportunidade de mostra de novidades do ano, se o infâme vírus se mantiver ativo por mais uns meses. Outros salões europeus de cariz agrícola foram, entretanto, cancelados, e também em Portugal, como foram os casos de Braga, da Ovibeja e da Feira Nacional de Agricultura. O grande Salão Automóvel de Genebra, que já estava montado para arrancar em março, nem abriu as portas. Manter-se-á a incerteza sobre a realização da Agroglobal em setembro, e de Bolonha (EIMA), entre os dias 11 e 15 de novembro, que já se desencontrou com o Salão de Paris, pois o SIMA anunciou que reagendou a sua realização para o próximo ano, entre 21 e 25 de fevereiro (ver página 93).
SAÚDE DE FERRO
De acordo com o presidente da Feira de Saragoça, Manuel Teruel, o certame contou com o total apoio do mercado, e que disse ter sido marcado pelo “alto profissionalismo
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e interesse demonstrado pelos visitantes”. “A FIMA mostrou uma saúde de ferro”, destacou o articulista do Interempresas, canal digital dedicado à agricultura. No âmbito da FIMA foram realizadas mais de 3000 reuniões e encontros internacionais entre as empresas expositoras e grupos de compradores internacionais. Organizadas pela Agragex e pela Feira de Saragoça, as missões comerciais têm sido um sucesso e muito têm contribuído para a exportação de produtos e máquinas espanholas para o mercado externo. De tal forma, que o titular da pasta da Agricultura espanhola, Luis Planas, a escolheu para divulgar o novo plano “Renove”, programa de auxílio estatal para renovação do parque de máquinas agrícolas, e que para o ano em curso ascende a oito milhões de euros, mais 60% do que em 2019. Depois da apresentação na edição nº 120 (março/abril) das inovações técnicas premiadas, descubra nas páginas seguintes alguns dos destaques da exposição, que contou, com a presença de vários fabricantes portugueses.
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www.herculano.pt // T. 256 661 900 // herculano@ferpinta.pt
HERCULANO
O FABRICANTE DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS E LÍDER IBÉRICO DE REBOQUES SENTIU-SE MESMO EM CASA CISTERNA CH18000 RG • Braço telescópico multidirecional • Sensor NIR que analisa a composição do chorume • ECU (calculador de dados) • Adufa elétrica • Caudalímetro e sistema de caudal proporcional ao avanço (DPA) • Medição de velocidade e sentido de movimento por GPS • Enriquecimento de chorume - H2SO4 • Suspensão hidráulica • Travões mistos • Agitador interno
LOCALIZADOR DE CHORUME PARA CISTERNAS Ainda na senda da legislação para aplicação de chorumes, mas sempre com uma preocupação com o ambiente, que vai mais além do que a orientação da lei, a Herculano apresentou também o seu localizador de chorume para aplicação em cisternas. • Minimiza as perdas de azoto e reduz odores • 6 metros • Filtro decantador • Saídas 50mm
A Herculano, há meio século habituada à passadeira vermelha dos grandes desfiles de material agrícola, se no mercado ibérico não precisa de pedir meças a ninguém, em Saragoça, no maior salão de exposição do Sul da Europa, como se estivesse em casa, apresentou novidades e expressou tal familiaridade em castelhano: “Contigo en el campo” Reforçando a sua aposta e liderança ibérica, a Herculano esteve em força na grande mostra da FIMA e os seus produtos foram observados por mais de 200 mil visitantes, razão pela qual demonstrou as suas principais novidades e inovações, desde os produtos-estrela na área do transporte/semi-reboques, à mobilização de solo e aos produtos de apoio à exploração agrícola. Uma zona de atendimento central com os produtos dispostos em seu redor, sendo ali igualmente colocada em foco a aposta do emblema do Grupo Ferpinta - a humanização da marca -, destacou-se no stand como uma via de aproximação ao cliente. Como novidades em evidência, a marca apresentou a cisterna CH 18000 RG, com tecnologia de precisão em conformidade com a nova legislação para aplicação de chorumes. Contou também com uma variedade de inovações tecnológicas, sendo este um co-projecto da Herculano e INESC TEC, com fundos COMPETE 2020.
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DUMPER HTP Com o inovador HTP, a Herculano apresentou o seu novo Dumper, indicado para os trabalhos mais exigentes, como por exemplo minas e transporte de resíduos sólidos com pedras. Reboque em HARDOX 450 6mm, com inovações não apenas na robustez, mas também na experiência de utilização com componentes hidráulicos que auxiliam e facilitam tarefas de carga e descarga, CH18000 RG
LOCALIZADOR DE CHORUME HTP
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bem como trabalho nas horas mais
HDPA
tardias com sistema de iluminação led.
TRITURADOR AGRÍCOLA “FIXO” HTRA • Largura trabalho 1.60m •
• Caixa cónica e porta traseira construída
Descentramento (1 posição) • Caixa de
em HARDOX 450 6mm • Rodas 600/55
engrenagem 50hp c/ roda livre 540 rpm
R26.5 • Lança hidropneumática • Eixo
• Transmissão lateral por correias (3) •
direcional, dianteiro e traseiro (HTP
16 martelos • Rotor/velocidade diam.
Tridem) • Travagem hidráulica • Sistema
132mm/2250 rpm
hidráulico independente • Porta traseira
• Patins, rolo nivelador e capô de abrir •
hidráulica • Descanso hidráulico •
Potência necessária 40-60hp
Iluminação LED HGR 4
DUMPER HDPA
TRITURADOR AGRÍCOLA LATERAL ARTICULADO HTRL
Ainda na área dos Dumper, a Herculano
• Triturador agrícola lateral articulado •
volta a destacar no mercado a sua
Largura trabalho 1.60m • Deslocamento
outra opção, o HDPA, um Dumper
lateral hidráulico • Inclinação hidráulica
mais versátil que permite um trabalho
• Transmissão lateral por correias
eficaz em ambientes duros, com uma
(3) • 16 martelos • Rotor/velocidade
excelente capacidade de basculamento
diam. 132mm/2250 rpm • Patins, rolo
e manobrabilidade.
nivelador e capô de abrir • Potência
• Eixo/suspensão Boggie • Caixa em HARDOX • Descanso hidráulico acionado
necessária 45-65hp
FOX 3000 4
de funcionamento e mecânico de
CAPINADEIRA FLORESTAL REFORÇADA HCFR
estacionamento • Lança com mola
• Largura trabalho 1.80 mt • Espessura
• Cilindros de dupla ação
da carcaça 8 mm • Diferencial 75
a partir do trator • Travão hidráulico
hp • Dispositivo de corte correntes •
GRADES RÁPIDAS A Herculano apresentou duas grandes novidades: a nova linha de grades rápidas
Patins reguláveis em altura • Potência necessária +90 hp
CAPINADEIRA
HGR com um redesign e reconstrução totalmente completos, bem assim como a parceria com a fabricante italiana FALC, sobretudo ao nível das rotofresas, como é o caso da FOX3000 exposta.
GRADE RÁPIDA HGR 4 • Rolo Tandem • Pente destorroador • Iluminação • Controlo hidráulico de profundidade • Chumaceiras livres de manutenção • Proteções de borracha 35x210 mm
GRADE ROTATIVA FOX 3000 4 • Largura de trabalho de 3m • Rolo
HTRL
Packer • Deflectores laterais, reguláveis • Barra niveladora regulável em altura
TRITURADORES E CAPINADEIRAS Como novidade absoluta, a Herculano apresentou uma gama interessante de soluções de trabalho e durabilidade, com trituradores e capinadeira florestal.
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HTRA
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GRUPO JOPER
www.joper.com.pt // www.tomix.com.pt // www.ribatejo.com.pt
FORTE APOSTA NOS MERCADOS IBÉRICO E MAGREBE
A JOPER e a TOMIX apresentaram-se na FIMA com um espaço de 400 m2 expondo máquinas específicas não só para para este mercado, mas também para Marrocos, Tunísia e Argélia, mercados para os quais exportam com regularidade. O GRUPO JOPER representado em Saragoça pela JOPER e pela TOMIX (a RIBATEJO encontra-se vocacionada para o mercado nacional e marroquino) exibiram diversos equipamentos da sua vasta gama, abrangendo as áreas da vinha, pomares, olival e grandes culturas. Destes equipamentos, destacam-se os trituradores, modelo descentrado TDH com disco lateral para trabalhar a entre-linha e o modelo descentrado de braço TDB. Para grandes culturas, foi apresentado o subsolador SBF, a
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grade rápida GR, a charrua CSF e a grade de biscos rotativos GBR. Não esquecendo as alfaias de mobilização para vinha e pomar, nomeadamente a grade rápida GRV e o chisel CV. Outra novidade para apresentação ao mercado espanhol foi a gama de pulverizadores, rebocados ou suspendidos, agora com capacidades até 4000 L para olival e amendoal, cada vez mais polivalentes, pois podem servir ambas as culturas. Também em destaque esteve o novo pulverizador semi-rebocado BIFACE,
com pulverização pneumática e lados independentes, permitindo trabalhar a diferentes alturas, ideal para pulverização em vinhas com desniveis entre as linhas. Foi também apresentado o distribuidor de adubo pendular DP com subsolador e o distribuidor de 2 discos, modelo DCQS, disponível nas capacidades de 800, 1200 e 1600 kg.Salientar também o pulverizador suspendido com turbina de aspiração inversa, modelo A I PALMETA, indicado para pomares.
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www.manitou.com/pt // T. 263 200 900
MANITOU
MAIS NOVIDADES, NOVAS
SOLUÇÕES E FUNCIONALIDADES O ultracompacto carregador telescópico MLT 420H, já disponível na Europa suscitou muita curiosidade na FIMA e atraiu muitas atenções ao stand da Manitou, que apresentou novas soluções e funcionalidades O líder mundial em movimentações off-road apresentou um conjunto de inovações para aumentar a renda das explorações e incrementar o conforto e o desempenho em todas as operações. O já premiado MLT 420H, dos mais compactos do mercado - altura de 1,97m e comprimento de 1,49m, quatro modos de direção e raio de viragem de apenas 3,06m -, está equipado com motor de 57cv (Fase V) e tem uma capacidade de carga de 2t e uma altura máxima de 4,35m. A marca mostrou também os modelos MLT 730, MLT 737 e o MLT 961. Quanto à nova linha de articulados, esta é composta por oito modelos, otimizados para trabalhar em espaços exíguos, com cargas de 875 kg a 5t, para uma altura de elevação entre 2,5 e 5,20m, fáceis de operar e que oferecem excelente visibilidade em 360º. Em exibição estiveram os modelos MLA-T533 e o MLA 3-35H. Como aplicações da Manitou para aumentar a produtividade, o novo JSM reduz a fadiga do operador, já que a velocidade do motor para aplicações hidráulicas é controlada pelo joystick, enquanto o pedal do acelerador controla a velocidade de avanço. Também a nova câmara High View foi muito apreciada pelos visitantes. O sistema de visão ativa consiste numa câmara embutida na cabeça da lança que transmite imagens para uma tela na cabine. Tão importante quanto a visibilidade é a poupança de combustível. Com a função Ecostop, o motor desliga-se quando deteta interrupção prolongada nas operações. Caberá ao operador programar o tempo de paragem até que se ative tal função. Na mesma linha, as máquinas Manitou e Gehl encomendadas desde janeiro de 2019 já poderão dispor do sistema de ligação, que analisa dados precisos das operações para que possa ser reduzido o custo total da propriedade.
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MLT 730
O ULTRACOMPACTO MLT 420H
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PULVERIZADORES ROCHA CONSOLIDAR O TRABALHO FEITO COM MUITA INOVAÇÃO Por demais habituada a estes cenários, a Rocha, empresa da Maia especialista em pulverização, equipamentos de vinha e distribuidores de adubo voltou à FIMA de Saragoça para mostrar o importante trabalho de investimento que tem realizado nas áreas produtiva e de pesquisa e desenvolvimento. E mais do que pensar, por agora, em expansão para novos mercados, sublinha que chegou a hora de consolidar o trabalho e os investimentos tecnológicos realizados. Com uma área de exposição de 400 m2, a imagem de inovação no stand ficou bem patente com a presença, entre outros produtos, do pulverizador rebocável Mittos 6 Faces. Segundo Sérgio Oliveira, responsável pelo marketing da Rocha, este produto, “está agora equipado com sistema Tandem, e os novos atomizadores de 3000 e 4000L têm a possibilidade de incorporar o kit Pre-Mixer de 15L.” Os visitantes do maior salão de máquinas agrícolas da Península Ibérica também se detiveram para observar o novo modelo da despontadora VISION. Diz Sérgio Oliveira que permite uma melhor visibilidade ao operador, mas também apontou o interesse que despertou a central hidráulica com capacidade para 120 litros de óleo.
CONSOLIDAR TRABALHO
O responsável pelo marketing destaca que a Rocha mantém um volume de negócios fora de Portugal na casa dos 40%, “muito por força da atual política da empresa que passa pela manutenção e consolidação do trabalho junto dos
atuais clientes. Neste momento, mais que partir para novas geografias, pretendemos consolidar a nossa posição nos mercados onde estamos presentes.” A exposição realizou-se no final de fevereiro, no início do surto epidémico. No entanto, segundo o responsável pela equipa da Pulverizadores Rocha em Saragoça, “a feira decorreu em ambiente de normalidade, apesar de uma eventual redução de visitantes fora de Espanha. Não conseguimos fazer uma correta avaliação da feira, pois poucos dias após a realização da mesma, o mundo foi rapidamente afetado pelo coronavírus e todas as questões económicas e comercias ficaram para segundo plano.”
DESPONTADORA VISION
ATOMIZADOR 3000 E 4000L
SUBSOLADOR E DISTRIBUIDOR DE ADUBO
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STAGRIC
GAMA REFORÇADA PARA GANHAR TERRENO A STAGRIC participou em mais uma edição da prestigiada feira de maquinaria agrícola, que se realizou no passado mês de fevereiro em Saragoça - FIMA 2020. Este evento serviu para apresentar ao mercado as suas principais novidades
PODADORA
A STAGRIC ampliou a sua gama de soluções para a vinha, pomares, amendoais e olivais.
PODADORA DE ÁRVORES COM BARRA DUPLA DE CORTE
Com o lançamento da nova podadora de árvores, a STAGRIC dá um salto importante para satisfazer o cliente que procura equipamentos para podar as árvores de fruto, os amendoais e os olivais. O equipamento é constituído por duas barras de corte (vertical e horizontal), equipadas com pentes de retenção com ponta esférica que protegem a vegetação após o contacto com a barra de corte. As barras de corte estão aptas a cortar ramos com uma espessura média de 30 mm. O chassis está equipado com 5 movimentos hidráulicos independentes, controlados por joystick elétrico.
ATOMIZADOR REBOCÁVEL 4000 L
ATOMIZADOR PNEUMÁTICO DESPAMPANADEIRA
ATOMIZADORES 4000L PARA GRANDES ÁREAS
A gama de pulverização conta também com novos modelos de atomizadores rebocáveis com capacidades até 4000 litros, pré-misturador incorporado, painel centralizado de funções e eixos tandem, que oferecem uma excelente performance em grandes áreas num menor período de tempo. O mesmo se aplica aos ventiladores, agora disponíveis em diâmetros superiores (1020 mm) que prometem proteger grandes extensões de amendoais e olivais.
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empresa que conta agora com um forte aliado. Dada a complexidade e as especificidades do terreno, a STAGRIC desenvolveu um atomizador pneumático, de baixo volume, com ventoinha centrífuga que, com os seus braços de abertura hidráulica, faz a aplicação de tratamentos na face exterior do bardo, garantindo assim uma cobertura completa e homogénea de duas fileiras de videiras. Esta máquina é também caracterizada pela pouca absorção de potência, simplicidade de funcionamento e baixo peso – fatores decisivos nesta região.
DESPAMPANADEIRAS COM GAMA RENOVADA
ATOMIZADOR PNEUMÁTICO GARANTE COBERTURA HOMOGÉNEA
Também a região vitivinícola do Douro mereceu a melhor atenção da
Ainda a pensar na vinha, a gama de despampanadeiras foi renovada e alargada, oferecendo agora uma vasta gama de equipamentos para todos os tipos de terrenos, desde as grandes várzeas de vinhas em que se pode utilizar uma despampanadeira que corta 2 fileiras completas, até aos terrenos mais difíceis de manobrar localizados nos socalcos do rio Douro.
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BKT / SÃO JOSÉ PNEUS
A NOVIDADE V FLEXA E MUITAS ATRAÇÕES Para a BKT, que repartiu stand com a São José, Logística de Pneus, importadora da marca para a Península Ibérica, a presença na FIMA 2020 foi um enorme êxito, tendo sido uma excelente oportunidade para lançar nos dois mercados o V FLEXA, o novo pneu de flutuação com tecnologia VF, e também mostrar a sua gama de topo, com destaque para os V FLECTO. “Foi para nós e para a BKT uma grande oportunidade, onde recebemos o excelente feedback do comportamento dos nossos pneus no mercado ibérico, transmitido diretamente pelos seus principais utilizadores, os agricultores”, disse José Aniceto, sócio-gerente da empresa. “Foi muito gratificante escutar que os pneus BKT têm excelentes prestações comparadas com os melhores players
JOSÉ ANICETO E IYA TRAORÉ
do mercado, com grande enfoque no seu maior rendimento por hora de trabalho. O nosso stand foi um dos mais visitados em toda a feira, com destaque para o show de free style com bola de futebol protagonizado por Iya Traoré”, congratulou-se José Aniceto, Para além disso, a parceria da BKT com a La Liga espanhola de futebol, e a presença do seu embaixador, o campeão mundial Fernando Morientes, foi outro dos momentos
altos, onde ofereceu aos presentes bolas BKT autografadas, o que contribuiu para a ainda maior divulgação e promoção da marca. A responsabilidade social das duas empresas esteve mais uma vez em foco, desta vez com uma ação de recolha de fundos para a AECC - Asociación Española contra el Cáncer - em troca de um donativo era oferecida uma bola de futebol. No fim desta iniciativa obtiveram um donativo para esta associação espanhola no valor de 7000€.
produto pretendido, prestando um serviço de assistência de qualidade ímpar. É a experiência de uma equipa qualificada que tem feito da Ventura,
Máquinas Forestales, SL, uma empresa moderna, inovadora, com uma atenção constante à qualidade dos seus produtos para poder responder às necessidades dos clientes.
VENTURA
COM MAQUINARIA INOVADORA NA FIMA A Ventura, empresa espanhola especializada no fabrico de maquinaria florestal, agrícola e de tratamento de biomassa, esteve uma vez mais presente na FIMA, em Saragoça, a mais importante feira do setor no Sul da Europa, onde apresentou as soluções e produtos mais inovadores. Com uma vasta gama de trituradores aplicáveis a qualquer tipo de trator, a sua grande rede de distribuição com experiência profissional acumulada desde 1953, garante aos clientes o melhor aconselhamento sobre o
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CLAAS
A TECNOLOGIA EM MASTER CLASS FORMATIVA
A marca alemã deu um salto em frente e mais do que unicamente expor os seus produtos optou, em Saragoça, por proporcionar aos seus clientes finais uma jornada didática. E para quê? Para que conhecessem em detalhe as máquinas que operam e as soluções tecnológicas avançadas disponíveis. E com que objetivo? Para tirarem o máximo partido e eficiência das mesmas. Clientes e a rede de distribuição estiveram atentos às questões relacionadas com a telemetria, os sistemas de precisão, o GPS, englobados no sistema Easy. Afinal, são as principais parcelas da revolução 4.0 da mecanização agrícola, um movimento que já vê chegar à agricultura, e a passos largos, a automação, a robótica. Em mil metros quadrados, a Claas dispôs 21 dos seus produtos, entre os quais o sistema Cemos Auto Performance e a multiplataforma Data Connect, ambos premiados pela inovação pelo júri do concurso da FIMA. Se o primeiro faz o controlo combinado da potência do motor e da velocidade de avanço das ceifeiras de forragem, o segundo produto premiado, partilhado com a Case IH, New Holland e a John Deere, baseia-se no interface independente 365FarmNet, com o qual o agricultor pode ligar os portais de dados daquelas marcas ao da Claas para que aproveite ao máximo a possibilidade de ter um vasto parque de máquinas.
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VALTRA N154 ELEITO TRATOR DE ESPANHA 2020 O Valtra N154 Eco Direct foi eleito o Trator de Espanha 2020, considerado o mais próximo do que deve ser o trator ideal, obtendo a maior proporção de pontos na avaliação do júri composto por técnicos especializados no setor de mecanização agrícola e pelos próprios agricultores (por votação popular). Outras cinco categorias também foram a escrutínio, saindo vencedores o John Deere 6100M (até 100 cv), o Valtra N154 Eco Direct (101-200 cv), o Steyr 6300 Terrus CVT (+200 cv), SAME Frutteto 115 CVT ActiveSteer (categoria Especiais) e Massey Ferguson TH8043 (multitarefa). A divulgação dos resultados do concurso ocorreu no decurso da FIMA, em Saragoça. A apresentação foi feita pelo ator de cinema Jorge Sanz, a empresária e presidente da Associação Autónoma, Maite Mazuelas, e o inspetor do Tesouro de Espanha, Raúl Murillo. Destacadas personalidades do setor agrícola também estiveram presentes, casos de Manuel Teruel, presidente da Feira de Saragoça, Jose Manuel Cebolla, presidente da ASAJA Aragão; Javier Camo, diretor da FIMA; Rogelio Cuairán, diretor geral da Feira de Saragoça, Alberto Lopez, diretor de desenvolvimento e marketing da Feira de Saragoça e Ignacio Ruiz, diretor da ANSEMAT. A iniciativa, que já vai na III edição, é patrocinada pela Trelleborg Wheel Systems e conta com a colaboração de Miralbueno, Agriworld, AgroTV, Algaenergy, FIMA, Agrotecnica, Kverneland Group, Kramp, Recinsa, Agroeuropa, ASAJA e Aguirre Agricultural Machinery.
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KUBOTA
NOVO M6002 FOI À ANTESTREIA NA FIMA A primeira unidade da nova série M6002 da Kubota foi revelada em antestreia na FIMA, em Saragoça. Segundo anunciou a marca, estará disponível nos mercados durante o segundo semestre do ano. Desenvolvido integralmente pelo construtor japonês, a nova série M6002 foi concebida de raiz para se situar no patamar da média-alta potência, equipado com o motor da mais recente geração, o 4 cilindros V6108 (Fase V), com três níveis de potência: 121 cv (M6122), 131 cv (M6132) e 141 cv (M6142). A filial europeia do construtor japonês não se poupou a esforços em Saragoça e garantiu a presença do diretor geral da Divisão de Tratores, Koichiro Kan, para quem a Kubota “não é um fornecedor de produtos, mas sim de soluções totais”. Disse-o em conferência de imprensa, onde se referiu ao trator autónomo como o veículo de futuro para a agricultura do Japão. Na ocasião também foram referidos os números da marca, a nível global, em 2019: 17.600 milhões de dólares (cerca de 16.150 milhões de euros); 40.200 funcionários (dos quais 4000 na Europa); 70% do volume de vendas com destino à exportação.
ADR GEPLASMETAL, S.A.U.
Em destaque no stand da ADR esteve o Variotrack, premiado como novidade técnica na FIMA e já destacado na edição 120 da revista. Um eixo com via extensível variável que proporciona maior estabilidade ao veículo, adapta-se ao caminho e reduz os níveis de compactação do solo.
ANTONIO CARRARO
A Antonio Carraro continua a apostar no melhoramento da tecnologia integrada e na transmissão de variação contínua nos seus tratores. No stand da marca destacaram-se o TONY 10900 TR e SR, tratores compactos com transmissão de variação contínua, os hidrostáticos reversíveis INFINITY TR e SR 7600. Finalmente, destacamos o TRX 5800, um isodiamétrico compacto reversível de 50 CV.
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CEAT
A Safame Comercial, distribuidor exclusivo da marca CEAT Specialty para Portugal e Espanha apresentou na FIMA o novo CEAT Torquemax com tecnología IF desenhado para tratores de alta potência e o novo CEAT Yieldmax para ceifeiras.
LANDINI
No stand da Landini destacamos o REX4, trator que se apresentou aos visitantes nas versões V, S, GT, GTL e GE (versão plataforma). Entre as novidades, destaca-se a transmissão fabricada pelo ArgoTractors, que dispõe de 12 velocidades para a frente, 12 para trás, distribuídos por 4 marchas e 3 gamas com inverso mecânico ou electro-hidráulico.
TRELLEBORG/ MITAS
A Trelleborg Wheel Systems apresentou na FIMA várias soluções inovadoras, das quais se destacam o Sistema Central de Enchimento de Pneus (CTIS +) e a app para calcular a pressão dos pneus (TLC Plus). Ao nível dos pneus, destacamos o TM1000 Progressive Traction- segundo a marca, reduz em 3% o consumo de combustível e tem uma vida útil até 5% mais longa. Na Mitas destacamos dois novos pneus: o VF 1000/65 R32 CFO 200A8 HC3000R TL, e o 800/65 R32 IMP 185D Agriterra04TL.
MCCORMICK
BERTHOUD
O sucesso da gama de pulverizadores da marca na área da viticultura suporta a inovação tecnológica constante. Na FIMA foi possível ter contacto com a solução Air Drive, pensada para reduzir a deriva e limitar as quantidades aplicadas, bem como a nova rampa Axiale de três braços.
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O X7.624 VT-Drive Fase V assumiu o papel de personagem principal da McCormick no salão espanhol. Dispõe de um motor Fase V fornecido pela FPT que após o tuning da McCormick recebe a designação Beta Power. Este modelo de topo da série X7.6 representa um importante avanço face à anterior geração, vindo fortalecer a posição da marca no segmento profissional.
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NOVA RÚBRICA
BENFEITORIAS
NO ARRENDAMENTO RURAL P O R F RA N C IS CO S O USA CO U T I N H O - FS C@ CC R L EGA L . PT
Como referido no nosso último artigo, uma das figuras jurídicas aplicáveis ao uso da terra é o arrendamento rural, que, tendo em conta o seu objeto, pode assumir um dos seguintes tipos: agrícola, florestal ou de campanha. No presente artigo iremos analisar, de forma simples e sucinta, algumas especificidades do regime das benfeitorias no arrendamento rural. O QUE SÃO BENFEITORIAS?
De acordo com o Código Civil, benfeitorias são “todas as despesas feitas para conservar ou melhorar a coisa”, neste caso, o prédio dado em arrendamento. O Novo Regime do Arrendamento Rural (“NRAR”) distingue entre dois tipos de benfeitorias: (i) As benfeitorias necessárias, i. e., “as despesas realizadas com o objetivo de evitar a perda, destruição ou deterioração do prédio rústico, ou do urbano, caso esteja
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// VA S CO BA RJ O N A H E N R I Q U E S - V B H @ CC R L EGA L . PT
incluído no contrato, e, consequentemente, salvaguardar as suas características produtivas fundamentais”, considerando-se como benfeitorias necessárias “as ações de conservação e de recuperação”; e (ii) As benfeitorias úteis, i.e., “as despesas que, tendo em consideração o objeto do contrato de arrendamento, determinam o desenvolvimento e melhoria da capacidade produtiva do prédio, e, consequentemente, o seu valor”. O NRAR prevê como princípio geral que tanto o senhorio como arrendatário são obrigados a permitir e a facilitar a realização das ações de conservação ou recuperação, assim como as benfeitorias que a outra parte deva ou pretenda fazer, de modo a garantir o uso do prédio de acordo com os fins constantes do contrato e numa perspetiva de melhorar as condições de produção e produtividade.
AS BENFEITORIAS PODEM SER REALIZADAS SEM O CONSENTIMENTO DO SENHORIO?
O arrendatário pode, sem o consentimento do senhorio, realizar ações de recuperação, i.e., “as ações que tenham como objetivo promover e garantir a recuperação das características e potencialidades fundamentais do prédio objeto de destruição ou deterioração, devida a circunstâncias imprevisíveis e anormais, alheias à vontade do arrendatário”, nos casos em que: (i) O senhorio não tenha feito, em tempo, as reparações que, pela sua urgência, não se compadeçam com a demora de um procedimento judicial; e (ii) Exista uma urgência que não consente qualquer dilação, contanto que o arrendatário avise o senhorio em simultâneo.
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Em ambos os casos referidos em (i) e (ii) antecedentes, o arrendatário terá direito a ser reembolsado pelas obras realizadas. No que respeita às benfeitorias úteis, salvo se as partes do contrato de arrendamento tiverem acordado de forma diferente, o arrendatário necessita do consentimento do senhorio para poder realizá-las. Por outro lado, importa igualmente salientar que, salvo as ações de recuperação do prédio (que poderão ser efetuadas sem a necessidade de consentimento prévio), o senhorio apenas poderá fazer benfeitorias no prédio, após consentimento do arrendatário ou com suprimento judicial deste. O SENHORIO PODE AUMENTAR A RENDA APÓS A REALIZAÇÃO DE BENFEITORIAS?
O aumento de renda, por realização de obras de beneficiação pelo senhorio, com autorização do arrendatário, no prédio arrendado durante o prazo do contrato, necessita do acordo expresso do arrendatário.
O QUE ACONTECE ÀS BENFEITORIAS REALIZADAS PELO ARRENDATÁRIO COM A CESSAÇÃO DO CONTRATO?
Regra geral, e não havendo estipulação em contrário no contrato, as benfeitorias realizadas pelo arrendatário revertem a favor do senhorio. No entanto, no caso das benfeitorias úteis realizadas pelo arrendatário, com consentimento do senhorio, que revertam para este no fim do arrendamento, é devida uma indemnização cujo cálculo tem em conta o custo suportado pelo arrendatário, as vantagens das quais o mesmo haja usufruído na vigência do contrato e o proveito patrimonial e os rendimentos que delas resultem, futuramente, para o senhorio. A lei dá a possibilidade ao senhorio de pagar a indemnização acima referida de forma fracionada, permitindo que as prestações sejam pagas aquando da perceção pelo senhorio dos benefícios resultantes das benfeitorias.
Refira-se igualmente que, no caso de plantações e de melhoramento fundiários realizados pelo arrendatário, com o consentimento do senhorio, e que tenham tornado o prédio mais produtivo, há lugar a indemnização correspondente a 1/12 da renda anual, por cada ano de contrato (esta indemnização é igualmente devida ao arrendatário, em caso de oposição à renovação ou denúncia pelo senhorio relativamente às ações de recuperação do prédio). Finalmente, gostaríamos de salientar que é comumente entendido que às benfeitorias se deverá aplicar o regime legal em vigor à data da sua execução. Assim sendo, será sempre necessário verificar qual o regime legal aplicável ao caso em concreto (e.g., se o regime jurídico do arrendamento rural de 1988 se o NRAR), de modo a aferir com rigor os termos e condições aplicáveis às benfeitorias sob análise.
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FABRICO E STOCK DE PEÇAS ORIGINAIS É MOTIVO DE ORGULHO DA
GALUCHO
A Galucho produz internamente as suas peças-chave para alfaias e equipamentos agrícolas reduzindo a dependência de fornecedores externos. É algo de que não abdica e que faz da centenária empresa de Sintra um caso raro no panorama industrial europeu www.abolsamia.pt
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EMPRESAS // em foco
om um considerável stock de peças e componentes originais produzidos nas suas fábricas para os equipamentos agrícolas que comercializa, a Galucho não deixa de abastecer os seus clientes mesmo em tempo de crise como a que atravessamos, pois não depende de fornecimentos externos. À qualidade, robustez e durabilidade, juntam-se a sustentabilidade e a racionalidade dos recursos utilizados. Para a Galucho não há máquina que fique para trás por falta de peças. E isto é raro, em Portugal ou no mais vasto cenário industrial europeu. Sustenta a empresa que é o que faz sentido. Uma das caraterísticas distintivas das alfaias e equipamentos Galucho é a elevada incorporação de peças e componentes produzidas na própria fábrica de Sintra, o que até pode parecer um contrassenso face à crescente tendência de as fábricas de equipamentos agrícolas se assemelharem cada vez mais a linhas de montagem, com a maioria das peças a incorporar nos produtos a terem origem em fornecedores externos. Como exemplos concretos, os discos usados nas grades e nas charruas de discos são integralmente fabricados na Galucho, assim como a maior parte das chumaceiras, aivecas e até alguns cilindros hidráulicos e engrenagens. O objetivo é garantir a qualidade, a robustez e a durabilidade das referidas peças. Para isso, o processo de qualidade total começa muito antes de se iniciar a produção, desde logo na fase de engenharia de conceção de cada peça, passando pela compra e controlo de receção de matérias-primas de primeira qualidade, provenientes de fornecedores reconhecidos e certificados, e que prossegue ao longo de todo o processo produtivo, onde são utilizados equipamentos específicos para as operações de forjamento, com recurso a fornos de indução e prensas, tratamentos térmicos e, finalmente, a maquinação de acabamento. Neste particular, a Galucho dispõe de de 15 centros CNC. A montagem é feita por operários especializados com vasta experiência e com autocontrolo, peça a peça, no caso das chumaceiras, cilindros hidráulicos e engrenagens. Algumas peças, como as molas de lâmina e parabólicas para as suspensões dos reboques e para as lanças de algumas grades,
assim como os braços de mola para os chiséis são fabricadas numa outra fábrica do Grupo, a ELO Automotive, no Seixal, um fabricante de referência a nível europeu neste tipo de produção. “Obviamente que a maioria da peças e componentes mais convencionais, ou que impliquem o cumprimento de homologações específicas para alguns mercados de exportação, a Galucho adquire-os a fornecedores externos, ainda assim nunca descurando a qualidade, selecionando criteriosamente os fornecedores e sempre que possível aproveitando para fazer parcerias. Como acontece no caso dos eixos para reboques agrícolas e transportes rodoviários, em que a referida ELO Automotive fornece uma grande parte dos fabricantes a que a Galucho compra os eixos, em Itália, Alemanha e França” refere José Justino, presidente da empresa. “MÁQUINAS PARA A VIDA” O objetivo último é continuar a tradição familiar de produzir máquinas resistentes e adaptadas à dureza dos solos portugueses, garantindo, sempre que possível, o fornecimento de peças originais e certificadas Galucho para a maioria das máquinas por si produzidas, mesmo para além do habitual prazo legal de cinco anos após os fins de série. Mas para lhes prolongar a vida útil, fazendo jus ao slogan do centenário da empresa que se comemora este ano, “Máquinas para a Vida” e contribuindo para a tendência crescente de maior consciencialização para os problemas ambientais, de sustentabilidade e racionalidade na utilização dos recursos naturais, evitando desperdícios derivados do fácil descartar dos equipamentos que se vinha a vulgarizar. Jorge Carvalho, diretor comercial da empresa e responsável pela área de peças, aborda aquela tradição de excelência em termos de precisão, qualidade superior de trabalho e máxima longevidade do material, de que beneficiam os clientes dos produtos Galucho: “Conscientes da importância que o setor de peças tem para os clientes em geral, a Galucho decidiu reforçar a aposta no desenvolvimento de soluções que permitam maior proximidade ao cliente e também o fornecimento de peças de forma mais eficaz. Daí que tenhamos iniciado ações com os nossos recursos humanos conducentes à melhoria dos sistemas de planeamento e produção de peças, à promoção de entregas rápidas (entre 24 e 48 horas), à receção de encomendas na plataforma online, tudo isto feito com um suporte técnico e humano dedicados e com reforço da área de pós-venda.”
O PROCESSO DE QUALIDADE TOTAL COMEÇA MUITO ANTES DE INICIAR A PRODUÇÃO 56
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A Galucho produz internamente os seu próprios discos
Armazém de moldes e matrizes desenvolvidos pela Galucho ao longo dos anos
A Galucho permanece nas instalações de São João das Lampas, em Sintra, desde que foi fundada
Conjunto de discos e braços de mola de produção própria
Molas de parabólicas e sistema de suspensão para reboques
Vista parcial do stock de peças de desgaste
Chumaceiras de fabrico Galucho
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Montagem de caixa redutora, com controlo de qualidade presente ao longo de todo o processo de fabrico
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EMPRESAS // em foco
O PRAZO MÉDIO DE ENTREGA TEM VINDO A SER REDUZIDO CONTORNAR IMPREVISTOS “Esta capacidade de fabrico interno de componentes, alguns dos quais fomos descontinuando ao longo dos anos, mas de que mantemos um extraordinário acervo de matrizes e moldes, garante-nos alguma autonomia em caso de rutura na cadeia de abastecimento externo. Como, aliás, está a acontecer a muitas empresas na atual crise provocada pela pandemia Covid-19. Até ao momento conseguimos garantir a maior parte do abastecimento proveniente de fornecedores europeus, mas estamos preparados para que, se vier a ser necessário, voltar a produzir os nossos eixos e outros componentes para reboques agrícolas e grades pesadas. Aliás, esta crise veio confirmar que a dependência quase exclusiva de fornecedores externos, mais ainda se de fora da Europa, é contraproducente. O que reforça o acerto da estratégia de não termos enveredado pelo outsourcing indiscriminado, continuando a tradição da Galucho em manter um equilíbrio entre a produção interna de componentes e a compra a fornecedores externos”, reforça José Justino. A Galucho tem acordos com operadores de transporte rodoviário que diariamente recolhem encomendas no armazém (ao final da tarde) e que as distribuem maioritariamente no dia seguinte. “É um processo que evita tempos de espera que no passado ocorriam com muita frequência pela falta de resposta do ponto de vista da distribuição”, explica Jorge Carvalho, para quem a implementação de novas soluções fez com que os prazos médios de entrega de peças fossem consideravelmente reduzidos. O BARATO SAI CARO “Neste momento podemos dizer que a nossa capacidade de atendimento está a funcionar a 100%, permitindo assim dar seguimento aos pedidos de forma imediata. O know-how da equipa de peças é um ativo muito valioso, já que fruto do conhecimento profundo das nossas máquinas e dos anos de empresa, está bem preparada para apoiar nas situações técnicas diárias mais complexas que lhes são colocadas”, sublinha o diretor comercial. Jorge Carvalho explica também que o considerável reforço dos stocks de peças de desgaste faz com que os clientes reconheçam hoje em dia que ao adquirirem peças genuínas Galucho isso lhes permite evitar avarias e um ajuste perfeito nas máquinas, o que poderá não acontecer ao adquirirem cópias que são supostamente mais baratas. E termina com uma expressão lapidar: “As peças originais valem cada cêntimo, porque a experiência não pode ser copiada.”
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AINDA MAIS EFICÁCIA COM A ENCOMENDA ONLINE
Vai ser lançado o novo site da Galucho, onde é possível efetuar simulações e encomendas online de máquinas e peças originais Galucho. Nesta primeira fase vai ser num formato experimental, mas a empresa espera estar suficientemente testado para ser realmente eficaz a curto prazo. Jorge Carvalho assegura que esta nova solução permitirá aos concessionários uma maior eficácia no processo de encomenda, como exemplifica: “O concessionário terá capacidade de identificação da peça para a máquina ou quais as peças para a máquina; terá acesso à referência correta, evitando fornecimentos trocados, com todas as complicações daí inerentes; ficará com a perceção imediata do custo da encomenda e, por conseguinte, uma nota de encomenda clara e fiável; implementação de indicadores para medir os prazos médios de entrega.” A Galucho muito brevemente vai entrar em contacto com os seus concessionários afim de estabelecer agenda de formação e implementação desta nova ferramenta que trará enormes vantagens a todos os intervenientes. Por último, a Galucho reforçou também a sua equipa de pós-venda e, sendo uma área crucial, tem a forte convicção que quem escolhe GALUCHO vai ficar ainda mais satisfeito sempre e quando esta equipa for chamada a intervir.
CENTRO DE TREINO
APOSTA NA QUALIFICAÇÃO E NO SERVIÇO AO UTILIZADOR FINAL No âmbito da sua política de investimento em recursos humanos qualificados e no incremento da qualidade e do serviço ao cliente, a Galucho inaugurou um Training Center (Centro de Treino/ Formação) em Setembro de 2019. O centro destinase essencialmente à formação profissional interna de operários especializados, técnicos, quadros e chefias intermédias da empresa segundo os parâmetros da Galucho. Como função complementar, dar formação nas vertentes comercial, de marketing, técnica e prática aos concessionários da rede Galucho e, quando necessário, também o treino e formação do próprio utilizador final, para que melhor partido possa tirar do desempenho das máquinas e alfaias. Aquela unidade, instalada nos terrenos da unidade fabril de São João das Lampas, servirá igualmente para o lançamento e demonstração de novos equipamentos.
PARCERIA COM O IEFP Um dos grandes dinamizadores e impulsionadores do novo Centro de Treino da Galucho tem sido a parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), tendo como objetivo promover a formação profissional certificada de serralheiros e soldadores naquelas instalações. Esta parceria, que visa suprir uma necessidade efetiva do mercado em Portugal, no que a estas categorias profissionais diz respeito, estabelece uma ligação inovadora entre ambas as entidades, usando a Galucho o knowhow e experiência dos seus quadros para poder capacitar os formandos destes cursos profissionais de capacidades produtivas adequadas aos desafios das respetivas áreas profissionais.
550 70.000 800 máquinas produzidas por mês
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peças com referência
toneladas de aço transformado por mês
785
máquinas e opcionais na tabela de preços da área agrícola abolsamia maio / junho 2020
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OPINIÃO
Se até o tempo tem andado contaminado, parece chegada a altura de vermos alguma luz nestes vazios
#QUENADASEJACOMOANTES POR CARLOS BRANCO
Confinados, angustiados, à espera de melhores notícias, tem sido este o diário das nossas vidas desde os idos dias de fevereiro. Estudamos as lições com os filhos, trabalhamos em casa, cozinhámos, lemos, ouvimos música, arrumámos a casa. À falta de mais conversa, as redes sociais animam um bocado a coisa. Rimonos com as sátiras do papel higiénico, mais as da farinha para pão que anda esgotada. Pois é. Fomos conferir: diz o boletim estatístico de março do INE que a área instalada para a produção de cereais de Inverno já é a menor dos últimos cem anos. Em contrapartida, a produção de azeite para 2020 aponta para um crescimento de 45% face a 2019. E fomos ouvindo outras que tais: empresas de vestuário interromperam linhas de produção para produzir máscaras sociais e equipamentos de proteção para os profissionais de saúde; fábricas de maquinaria agrícola começaram a produzir viseiras e caixas para ventiladores; as soluções alcoólicas desinfetantes esgotaram ou estão a preços incomportáveis para as populações mais desfavorecidas. Os produtos da terra nela vão ficando. O agricultor não tem parado (nem pode!), mas a sua renda vai de mal a pior. Mas os grandes empórios, que muito têm lucrado, não perdem tempo em solicitar ajuda de Bruxelas. Provavelmente, até iremos (todos) pagar por termos deixado de utilizar as autoestradas. Se a situação não fosse tão grave até que isto seria anedótico. Devemo-lo à globalização, num altar doirado, repartido pelos mercados e pela economia. Mas quantas mais vidas deixarão de ser resgatadas para lhes fazermos a vontade? Necessariamente, teremos que produzir outro tipo de bens que não apenas turismo, agora que temos cruzeiros “encalhados” em Santa Apolónia e bandos de aves que recuperaram o seu lugar nos aeroportos. Há quem diga que isto não passa de um “resfriadinho”
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abolsamia maio / junho 2020
mas liga a fornecedores chineses de máscaras e ventiladores. Os camionistas portugueses são vítimas de tentativas de roubo nas estradas europeias. Prosaico é saber que havia falta de zaragatoas para os testes à Covid-19. Filófosos, ensaístas, cientistas e os muitos opinadores serão chamados à liça nos próximos meses. Uns serão pelos méritos da telescola e do ensino à distância, e que o Serviço Nacional de Saúde, afinal, até que se está a aguentar, outros descobrirão virtudes e defeitos do teletrabalho e de quão limpo ficou o ambiente sem o atropelo dos carros. Mas, e o PIB?, ouvir-se-á das business schools. Vá lá que a quezília política tem andado apaziguada, mas esta recrudescerá. Racionalidade, ciência e natureza. Revalorizá-las seria recriar a corrente humanista em que o Homem voltaria a ser o centro das atenções. A isto se chamou Renascimento. O pós-Covid certamente será tão melancólico quanto o têm sido estes dias, mas deles se espera que possamos tirar ensinamentos. Chocou os EUA, pasme-se, onde se diz que ninguém fica para trás. Onde os profissionais de saúde também se queixam da falta dos EPI e de ventiladores. Esta humilde reflexão é desprovida de qualquer caráter ideológico e parte de quem tem praticado isolamento social, que faz teletrabalho, que tem ido para as filas do supermercado, que tem usado luvas e máscara e que lava as mãos frequentemente, que tem mais esperanças que a mera recuperação da economia: que se cuidem dos idosos, que ninguém fique para trás, que haja máscaras e uma vacina para todos. Se até o tempo tem andado contaminado, parece chegada a altura de vermos alguma luz nestes vazios. Que não se desespere e que se acredite que ainda subsista algum humanismo entre nós. Só espera, este ser, que ‘nada-seja-como-antes’, que se redefinam prioridades, para que não estejamos em 2021 novamente contaminados e confinados. Haja Saúde!
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PRODUTO // notícias
Relatório de colheita é nova funcionalidade da telemática da Krone A maquinaria agrícola da Krone, marca importada pela Farming Agrícola para o mercado ibérico, tem uma nova funcionalidade que em muito pode ajudar os seus utilizadores, ao dotar o sistema de telemática com o Smart Reporting, um relatório que permite a avaliação rápida e fácil dos dados da colheita referente às
NEW HOLLAND LANÇA UM PORTA-ALFAIAS
parcelas já trabalhadas. O procedimento é realizado através de um computador ou de um
Assenta sobre a base de uma vindimadora Braud 9080N,
tablet e não há a necessidade de registar, antecipadamente, os
para vinhas estreitas. Mas não é uma vindimadora. Sem
limites da parcela. O número de fardos depositados no terreno,
cabeça de recolha, o modelo 9070N é o novo porta-
os níveis de desempenho e o consumo de combustível podem
alfaias da marca, destinado a uma variedade de tarefas
ser acessados através do
de manutenção em vinhas.
operador da máquina, ou
Apresenta uma largura de via ajustável entre 0,9 e 1,3 m, e
pelo escritório da exploração.
é propulsionado por um motor FTP de 4 cilindros, com 175
A Krone Smart Telematics
cv de potência. Na cabine, o operador beneficia de
está disponível em toda a
proteção de categoria 4 e de um monitor IntelliView IV.
gama Krone Big (Big X, Big M,
Está pensado para os trabalhos de pulverização, poda
Big Pack) e na maioria das
em verde, e mobilização nas entrelinhas com recurso a
enfardadeiras redondas e
alfaias de engate ventral.
reboques forrageiros.
Tratores Claas por medida para o Turquemenistão Nos campos agrícolas do Turquemenistão existe
uma roda no eixo dianteiro. A marca alemã
a tradição dos tratores de três rodas. E como
foi recetiva à solicitação e desenvolveu uma
sabemos, as tradições têm raízes bem firmes.
variante modificada dos Axos, uma série
Num país onde o investimento agrícola é
destinada a países de menor regulamentação.
dominado pelo Estado, é maioritariamente nos
O desafio que se impôs à Claas foi garantir que o
campos de algodão que os tratores com esta
trator oferece um nível aceitável de estabilidade,
estranha configuração são utilizados.
o que passou por reforçar a secção lateral com
As autoridades turquemenes viraram-se para
barras de chassis. As ordens de encomenda
os fabricantes ocidentais e bateram à porta
turquemenes costumam chegar a Le Mans quase
da Claas com a garantia de uma grande
sempre com três dígitos, o que obriga a fábrica a
encomenda, mas com uma condição: apenas
produzir uma fornada destes Axos especiais.
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PRODUTO // notícias
JOHN DEERE
LAVE AS MÃOS E DEPOIS CONDUZA Este depósito lava-mãos foi apresentado em junho de 2019 como um acessório para máquinas agrícolas. Não é, portanto, uma resposta ao Coronavírus. A atual situação de pandemia só veio trazer maior visibilidade a esta ideia da Syngenta, e também uma nova utilidade que não tinha sido prevista. Nos trabalhos agrícolas o que não faltam são situações de onde
1,4 L/H SEPARAM DUAS TRANSMISSÕES DA JOHN DEERE
saímos com as mãos sujas. E nem sempre temos uma forma prática
As caixas de variação contínua costumam estar
Para conforto dos operadores, para manter as cabines
associadas a menores consumos. Mas serão imbatíveis?
higienizadas, e agora também para prevenir o contágio, é
A revista francesa Matériel Agricole pegou em dois
importante garantir-se o acesso a uma forma prática de lavar as
tratores John Deere 6175R, iguais em tudo menos na
mãos.
transmissão, fez trajetos idênticos com carga e mediu
Quem queira, pode aventurar-se e fazer um acessório caseiro.
consumos.
Com imaginação, vai de certeza encontrar os materiais
Um dos tratores estava equipado com a caixa AutoPowr,
necessários e um cantinho na sua máquina para os fixar.
de variação contínua, e o outro com a caixa DirectDrive,
E faz todo o sentido que de futuro as marcas incluam de forma
uma powershift robotizada de dupla embraiagem.
mais generalizada um depósito para água nas máquinas que
Os operadores evidenciaram a maior suavidade de
fabricam.
de armazenar água para nos lavarmos. Ora é isso que a Syngenta propõe resolver com o S-Clean, que pode ser adquirido online por 138 euros e é composto por um depósito para água e por um doseador de sabão.
funcionamento da AutoPowr, e também as menos frequentes variações de regime do motor que verificaram comparativamente com a DirectDrive. Menos previsível foram as medições de consumo, num trajeto de estrada repetido três vezes por cada trator, utilizando o mesmo reboque e a mesma carga. O 6175R AutoPower apresentou um consumo consistentemente superior em todos os trajetos, o que se expressou numa média de 24,5 L/h. O 6175R DirectDrive evidenciou um apetite mais contido (-1,4 L/h) para completar os mesmos trajetos, tendo-se ficado por uma média de 23,1 L/h.
JOHN DEERE SURPREENDE COM MOTOR DE 18 LITROS Foi apresentado na ConExpo 2020, em
máquinas propulsionadas por motores de
a John Deere passa a ter capacidade
Las Vegas, e é o motor mais potente
maior potência e cilindrada. É o caso dos
para propulsionar com motores próprios
desenvolvido pela John Deere.
tratores 9570R, RT e RX, e ainda dos 9620R
as suas máquinas de segmento alto. E
O bloco de 13,5 litros, que fornece 625 cv
e RX, que recorrem a um motor de 15 litros
alarga também o seu catálogo como
de potência máxima, era até agora o
fornecido pela Cummins. E é também o
fornecedor de motores.
motor John Deere de topo. Tem sido
caso das ensiladoras da série 9000, que
O novo bloco será fabricado nas
utilizado nas ceifeiras-debulhadoras, nas
recorrem a um motor de 24 litros fornecido
instalações da John Deere em Waterloo,
ensiladoras de entrada de gama e em
pela Liebherr.
nos Estados Unidos, estando a produção
alguns tratores da série 9.
Ao apresentar um novo bloco de 18 litros
das primeiras unidades prevista para
Mas no catálogo da John Deere há
que atinge os 870 cv de potência máxima,
2022.
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PRODUTO // notícias
Landini apresenta série 7 Robo-Six Fase V A Fieragricola de Verona serviu de palco à apresentação inédita dos novos Landini da série 7. Na passagem do motor à Fase V, a marca fez uma renovação estética que incidiu não só no estilo do capot mas também no topo da cabine. Com motor FPT de seis cilindros e 6,7 litros de capacidade, são três os modelos desta série (7-200, 7-210 e 7-230), a preencherem uma faixa de potência que vai dos 190 aos 225 cv com boost. A norma da Fase V é cumprida através de um sistema DOC+SCR. Para já, foram apresentados os modelos com transmissão Robo-Six de 30 velocidades (powershift roborizada de 5 gamas e seis relações), que permite passagens de caixa em modo automático e em função da carga a que o trator é sujeito. Mais tarde, juntar-se-ão certamente a esta série os modelos na variante V-Shift, com caixa de variação contínua. A nível da cabine, a iluminação de trabalho foi revista e pode orientar-se agora sobre as laterais do trator.
MULTIFUNÇÕES ELÉTRICO PARA HORTICULTURA Desenvolvido em França pela Touti Terre,
requerida (4 modelos), o Toutilo pode
o Toutilo conta com propulsão elétrica,
acolher uma ou duas pessoas. Mas é
sendo alimentado por baterias, para uma
possível adicionar dois lugares laterais,
autonomia de 20 horas.
até um máximo de 4 pessoas a
A estrutura é altamente modular e
trabalharem em simultâneo, para larguras
ajustável, podendo levar uma lona de
de trabalho entre 80 e 1,40 m. Os dois
proteção, diferentes acessórios para
assentos centrais permitem uma posição
sacha, e ainda prateleiras para caixas.
sentada, para deslocação e a sacha, e
Funciona num intervalo de velocidade
uma posição deitada, para plantação,
entre os 50 m/h e os 2 km/h, sendo
monda e recolha.
comandado através de um painel
A Touti Terre não tem representação
comercialização direta junto dos
amovível com o tamanho de um
em Portugal, mas Flore Lacrouts-
clientes portugueses que tenham
smartphone. A deslocação autónoma
Cazevane, que tem vindo a
interesse. O preço de venda oscilará
está também disponível, seja por sinal
desenvolver este equipamento
entre os 17.000 e os 30.000 Eur,
RTK, seja por câmara de guiamento.
juntamente com o pai e a irmã, explicou
dependendo da versão e nível de
Dependendo da largura de chassis
à revista abolsamia que fará a
equipamento.
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PRODUTO // notícias
PÖTTINGER TERRADISC COM MAIS RESISTÊNCIA Utilizadas para várias finalidades, desde incorporação de restolho à preparação da
Kubota apresenta M5 de baixo perfil
cama de sementeira, as Terradisc são um produto afirmado na gama da Pöttinger. Mesmo assim, periodicamente, a marca austríaca introduz aperfeiçoamentos nestas grades rápidas. Chegou agora mais uma atualização, desta vez ao nível dos braços que suportam os discos de 580 mm. A Pöttinger criou um braço duplo (twin arm) para suporte de dois discos em conjunto. O objetivo é obter maior resistência e prevenir movimentos laterais, para que a grade obtenha um melhor desempenho, sobretudo em solos resistentes e secos. Cada braço inclui um elemento de borracha que possibilita um ligeiro desvio dos discos para cima e serve como uma proteção contra sobrecargas. Já a montagem dos discos continua com um ângulo ‘agressivo’ para garantir uma mistura homogénea. Os modelos Terradisc vão dos 3 aos 10 m de largura de trabalho.
A série M5 da Kubota expande-se com a chegada de uma nova variante. Para além dos modelos convencionais e dos modelos Utility Narrow (Convencional Estreito), a marca japonesa apresentou o M5111 Low Profile (Baixo Perfil). Na generalidade, mantém as características do modelo convencional correspondente, M5111, mas sem cabine (ROPS) e com
Massey Ferguson 3700 AL agora com suspensão dianteira
modificações específicas na secção traseira. O posto de condução mantém o ar de família, mas a plataforma foi
A Massey Ferguson equipou os seus modelos 3700 AL com um eixo dianteiro suspenso,
rebaixada e os guarda-lamas
com rotação independente e pivotante, sistema que a marca diz ter sido projetado com
ficam-se pelos 1,50 m de altura.
os mais altos padrões de qualidade.
Alguns elementos mais expostos
Segundo o comunicado do construtor, tal dispositivo permite que o eixo se mova para
receberam proteções, os piscas e
cima e para baixo, em ambos os lados do eixo, enquanto os acumuladores amortecem
os espelhos podem ser recolhidos,
suavemente os choques ao longo de sua viagem. As rodas seguirão atentamente o
e o escape está orientado para
perfil do solo, proporcionando tração e estabilidade ideais, além de conforto do
baixo.
operador. O operador tem a faculdade de controlar o ajuste da altura da suspensão,
É impulsionado por um motor
em +/- 45mm, usando os dois interruptores localizados no pilar direito da cabine. Tem
Kubota Fase IV, de 4 cilindros e 3,8
três posições para os 3 modos: automático - sem a
litros, que fornece 107 cv de
intervenção do operador; manual – suspensão não
potência. A transmissão é uma 18/18
ativa, podendo o operador ajustar a sua altura;
(6 relações e 3 gamas) que alcança
bloqueada - permanecerá na posição mais baixa
os 40 km/h.
para aplicações de precisão, permitindo, no entanto, a
A Kubota desenvolveu esta variante
livre oscilação do eixo pivotante.
para os clientes que trabalham no
O acabamento AL da série 3700 equipara-se ao topo de
interior de estufas e sob a copa de
gama da série, para tornar o trator mais ágil, polivalente e robusto.
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abolsamia maio / junho 2020
frutícolas e outras árvores.
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simple | intelligent | feeding
STEYR IMPULS E ABSOLUT CVT NA FAIXA DOS 165 AOS 260 CV À medida que as transmissões de variação contínua se foram tornando mais populares, os Steyr da série CVT viram a sua designação diluída num conceito que é de uso generalizado. Na recente atualização deste segmento, a Steyr decidiu aplicar uma nova injeção de identidade. Dividiu a série em duas e atribuiu-lhes designações inéditas. É assim que surgem as séries Impuls CVT e Absolut CVT, ambas com chegada ao mercado prevista para este ano. IMPULS CVT Servida por um motor FPT Fase V de seis cilindros, com 6,7 litros de capacidade, a série Impuls CVT é constituída por três modelos – 6150, 6165 e 6175 Impuls CVT – com potência máxima que vai dos 165 aos 180 cv. O boost de potência
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adicional para TDF e transporte varia consoante o modelo. A estética assume o mais recente ar de família Steyr já ostentado pelos Expert, Profi e Terrus. ABSOLUT CVT Servida pelo mesmo motor dos Impuls, esta série é constituída por 4 modelos – 6185, 6200, 6220 e 6240 Absolut
O sistema de alimentação de precisão, com tecnologia NIR, permite ao agricultor distribuir uma alimentação equilibrada aos animais, segundo o determinado pelo nutricionista, isto graças a uma análise contínua dos ingredientes utilizados e o ajuste ótimo e em tempo real do seu peso. c Analisador de tecnologia NIR c Indicação do valor dos nutrientes e da matéria seca c Refaz em tempo real e de forma automática o cálculo do peso que deverá carregar para manter os valores dos nutrientes
CVT. A potência máxima extraída vai dos 200 aos 260 cv. Tal como nos Impuls, o boost de potência não é igual em todos os modelos. São 25 cv adicionais nos dois modelos de entrada, 20 cv no 6220 e só 10 cv no modelo de topo As escadas da cabine ganharam iluminação e dispensadores para higienizar as mãos. O habitáculo recebe diferenciação face à série abaixo, com destaque para um volante estilizado e criação de espaços para colocar smartphones e tablets. Entre outros extras,
ALIMENTAÇÃO SIMPLES E INTELIGENTE SILOKING SELFLINE 4.0 PREMIUM 2215
A solução ideal para explorações com maior volume de trabalho e elevada altura de carga c Mais capacidade: 15 m3, 19 m3 e 22 m3 c Motorização turbo-diesel Volvo de 4 cilindros c Raio de viragem mín. devido ao chassis de 3 pontos
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TECH // Veículos elétricos
Na propulsão e no acionamento de alfaias
A ELETRICIDADE
A ASSUMIR-SE COMO ALTERNATIVA Ainda é pouco evidente que a eletricidade destrone o gasóleo na propulsão de máquinas agrícolas. Mas é de esperar que se afirme em certos nichos de aplicação. Fomos ter contacto com o produto elétrico mais maduro da Fendt e apercebemo-nos de particularidades inesperadas que são próprias deste mundo novo P O R J OÃO SO B R A L
O
Fendt e100 Vario não é o primeiro desenvolvimento da marca a nível de eletrificação. Em 2013, a Fendt deu a conhecer o seu ‘X concept’, construído a partir de um 700 Vario. No lugar do bloco de 6 cilindros foi instalado um motor de 4 cilindros acoplado a um alternador elétrico. Com esta modificação, o trator passou a ter capacidade para gerar uma corrente de 130 kW dedicada ao acionamento de alfaias.
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abolsamia maio dezembro / junho / fevereiro 2020 2020
MENOS CARDAN, MAIS CABOS ELÉTRICOS
O objetivo era promover avanços na eletrificação dos tratores e das alfaias que lhe são associadas. É uma ideia entusiasmante que aponta para um futuro completamente diferente na área das alfaias. Em vez de cilindros hidráulicos e veios de cardan, os movimentos seriam assegurados por motores elétricos. Passados sete anos, os progressos nesta área são ainda modestos,
embora alguns tenham sido feitos. Mas acreditamos que esta área ganhe relevo porque encerra desde logo três vantagens assinaláveis: a arquitetura das alfaias é simplificada, o controlo torna-se mais preciso e o consumo de energia é mais eficiente.
TRATORES ELÉTRICOS PARA TAREFAS LIGEIRAS
Um outro assunto, relacionado, mas diferente, é a propulsão. No setor automóvel a eletricidade está a prosperar. O mesmo acontece com os pequenos utensílios para agricultura e espaços verdes, onde se vulgarizam as motosserras, as podadoras e as varejadoras a bateria. Concretamente no que respeita aos tratores de média e alta potência, a expansão da autonomia é ainda uma área a desenvolver. Mas há um espaço de oportunidade que se abre no segmento de baixa potência, a pensar em operações ligeiras. É aqui que encontramos o Fendt e100 Vario, um projeto com que tivemos contacto há poucos meses. O E100 VARIO ESTÁ EM EVOLUÇÃO
A apresentação deste projeto foi feita em 2017 e daí para cá a marca tem vindo a testá-lo. Em banco de ensaio mas também em trabalhos agrícolas e municipais. Com base no feed-back recolhido, vai revendo aspetos técnicos, tendo a mais recente geração sido mostrada na Agritechnica 2019. Antes do salão fomos à Baviera a uma demonstração da Fendt e foi nessa ocasião que conhecemos melhor este elétrico. TUDO O QUE O E100 NÃO TEM
À parte a ausência do escape e do depósito de combustível, não é muito diferente de um 200 Vario especializado, modelo com o qual partilha a estrutura
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»
TECH // Veículos elétricos
de base. Mas quando abrimos o capot não está lá uma bateria de arranque, nem radiadores, nem motor ou sistemas de tratamento de gases. E TAMBÉM O QUE TEM
O compartimento está preenchido com a bateria, que pesa nada menos do que 600 kg. E é também aí, embora escondido, que está o motor elétrico, compacto, de apenas 55 kg. Mais atrás foi mantida a transmissão Vario. Esta era dispensável, mas é usada como uma espécie de centro de distribuição que assegura o funcionamento do hidráulico e da TDF. Ainda assim, a Fendt não põe de lado a possibilidade de a remover. Mas quando o fizer terá de redesenhar toda a secção traseira e terá de instalar motores elétricos dedicados aos serviços externos. CARREGAMENTO FOI SIMPLIFICADO
Inicialmente, a marca previa que o carregamento fosse feito só através de um carregador DC (corrente direta). Este tipo de carregamento é rápido, mas naturalmente requer que nas propriedades agrícolas exista uma estrutura apropriada para este fim, a que está associado um investimento extra. Para simplificar, a Fendt passa a fornecer um cabo com tomada de tipo 2 de 400V e capacidade de carga até 22kW. Uma carga completa é feita em 5 horas. O carregamento DC (permite pôr a bateria a 80% em 40 minutos) continua disponível para quem disponha de estrutura para o utilizar. CLIMATIZAÇÃO DAS BATERIAS E DA CABINE
Existe um sistema térmico para aquecer ou arrefecer a bateria, consoante a necessidade imposta pelo clima do país, e para climatizar a cabine. A ventoinha deste sistema está posicionada à frente da bateria.
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abolsamia maio / junho 2020
UM ESPALHADOR PURAMENTE ELÉTRICO A demonstração do e100 Vario foi feita em combinação com um espalhador de sal (para neve) da Kugelmann cuja ligação ao trator é feita através da tomada AEF, dispensando um veio de cardan.
PROPULSÃO DE 50 KW COM BINÁRIO LIMITADO
A potência disponibilizada pelo motor elétrico é de 50 kW (67 cv). Mas o sistema fornece um boost adicional de curta duração, dedicado às alfaias, que pode atingir os 150 kW. O funcionamento é silencioso e o binário está limitado para simular um comportamento semelhante ao de um motor diesel de potência equivalente. Portanto, a nível de comportamento não é assim tão diferente do que estamos habituados. A diferença mais notória é o menor ruido.
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TECH // Veículos elétricos
O PRINCÍPIO DA BANANA O e100 Vario aparenta ser um produto finalizado. Mas os responsáveis da Fendt falaram-nos do princípio da banana. “O cliente recebe a banana ainda verde e tem de esperar que ela amadureça. Não é a nossa postura. A Fendt quer que o produto chegue perfeito ao cliente”. É por isso que o e100 vai continuar a ser observado nas exploraçõespiloto onde está em utilização. A comercialização deve acontecer só a partir de 2022. INTERFACES CONVENCIONAIS E ELÉTRICOS
O e100 está preparado para qualquer alfaia, quer seja acionada pela TDF, por circuito hidráulico ou por circuito elétrico. Possui dois interfaces elétricos, um para o elevador traseiro e outro para o dianteiro. A ligação elétrica às alfaias é feita através de tomadas de 700V certificadas pela AEF, uma atrás e outra na frente. CICLO, AUTONOMIA E EFICIÊNCIA
A bateria de iões de lítio de 650V tem um ciclo de vida previsto de 2000
UMA EQUIPA DE PROFISSIONAIS PRONTA A COLABORAR CONSIGO
cargas, o que equivale a cerca de 10.000 horas de trabalho. Já a autonomia de cada carga ronda as 5 horas de trabalho. Em termos de eficiência, a Fendt aponta para uma perda de energia de apenas 20% entre o motor e as rodas, ou seja, 80% de eficiência. Com um motor diesel, a eficiência não vai além dos 25%. O E100 VARIO PRODUZ MUITO RUÍDO
pelo motor e pelas engrenagens. DEPENDER DO SOL E DO VENTO
O e100 tem menos manutenção do que um diesel (sem óleo ou filtros) e faz sentido como trator de apoio em explorações onde exista capacidade própria para produzir energia fotovoltaica ou eólica. APLICAÇÕES
Sim, mas das rodas. Como tudo o resto praticamente não se ouve, em piso asfaltado os pneus fazem um ruido considerável. O mesmo que farão em qualquer outro trator, mas que nós não diferenciamos do ruído geral produzido
Há duas situações onde a utilização deste trator tende a ser vantajosa. Como emite pouco ruido, pode trabalhar com baixo impacto junto a zonas habitacionais. E como não emite fumos, a utilização dentro de estufas ou outros ambientes fechados pode ser feita sem restrições.
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FLORESTA // notícias
Rep. Checa GPS: N 49°34.32558’, E 16°16.60785’ Autor: Marek Olbrzymek
UM PINHEIRO SILVESTRE NA REPÚBLICA CHECA
É A ÁRVORE EUROPEIA DO ANO
U
m pinheiro silvestre (Pinus
comunidade botânica por “Castanheiro
cidade, desafiando as pessoas a abrirem
Sylvestris), conhecido como o
de Vales”.
os braços e abraçarem o seu tronco.
“Guardião da Vila Inundada”,
O pinheiro de Chudobín é a memória
Celebra a vida e também lhe deram o
com 350 anos de crescimento
da vila perdida e está relacionado com a
nome de Adão. A seu lado está a Eva.
num afloramento rochoso na
vila desaparecida devido à construção
O “Álamo Solitário”, que há pouco
margem da barragem de Vir, na região
da barragem. Constitui um importante
atingiu a centenária idade, é um álamo
de Chudobín, Vysocina, na República
testemunho da sua grande resistência
(Populus Lauriflora) da região russa
Checa, foi eleita a Árvore Europeia do
às alterações climáticas e ao impacto
das estepes de Har-Buluk, em Kalmykia.
Ano, assim ditou o resultado da votação
humano.
Segundo a lenda, foi plantado no início
promovida pelo concurso organizado
do século XX por um monge budista.
pela Environmental Partnership
ADÃO E EVA
Trouxe sementes do Tibete, onde fez uma
Foundation (EPA). Em sexto lugar ficou a
No segundo lugar daquela votação
peregrinação, e colocou-as num cajado
representante portuguesa do certame,
ficou o Ginko de Daruvar, conhecido por
que enterrou no ponto mais alto de uma
um castanheiro (Castanea Sativa) de
“Ginko Apaixonado”, um Ginkgo Biloba
colina na vasta estepe. É considerado
Cresminas, no concelho de Vila Pouca de
da região de Darubar, Bjelovar-Bilogora,
um santuário em Kalmykia.
Aguiar, distrito de Vila Real, exemplar com
na Croácia. Durante os seus 242 anos
mil anos, conhecido pelos locais e pela
de idade cresceu junto ao castelo da
70
abolsamia maio / junho 2020
O castanheiro português descobre-se entre paisagens agrícolas e florestas à
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Rússia GPS: N 46° 16’ 49.80”, E 44° 00’ 40.19” Autor: Nikolay Boshev
A GAMA MAIS INOVADORA NO SETOR DAS MÁQUINAS FLORESTAIS, BIOMASSA E AGRÍCOLAS
Croácia GPS: N 45°35.72520’, E 17°13.18620’ Autor: Inst. de Gestão de Áreas Naturais Protegidas
ESTILHAÇADORES COM MOTOR A GASOLINA OU A DIESEL
Portugal GPS: 41°27’44.70”N, 7°31’13.77”W Autor: Raquel Lopes
Estilhaçadores para trator
Triturador florestal
entrada da aldeia de Vales. Com 4,5 m de largura do tronco é uma das mais grossas árvores do país, cuja cavidade do tronco guarda muitas histórias do tempo em que o castanheiro
Fresa e triturador de pedra
Triturador lateral
era local das brincadeiras de crianças e se tornou memória de gerações de adultos. Admite-se que o castanheiro tenha mais de mil anos e tenha sido cultivado pelos romanos nos tempos em que ali exploravam as minas de ouro. A EPA é uma associação fundada pela Bulgária, República Checa, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia, que apoiam
Triturador agrícola
Triturador lateral hidráulico
projectos comunitários locais e que têm como objetivos proteger o ambiente e capacitar comunidades locais. Nos últimos 20 anos, a EPA forneceu dez milhões de euros de financiamento para estes projetos. O concurso português, da responsabilidade da UNAC – União da Floresta Mediterrânica, teve como elementos do júri o economista e entusiasta do reino vegetal Bagão Félix,
Triturador hidráulico
Roçadora profissional de chapa dupla
Rui Queirós, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, e António Gonçalves, pela UNAC. A votação online, para a qual foram indicadas 35 árvores, terminou em fevereiro. A “Oliveira do Mouchão”, de Abrantes e a “Canforeira de Bencanta”, em Coimbra ficaram nas segunda e terceira posições.
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FLORESTA // notícias
TRATORES FLORESTAIS E CARROS TT DE COMPETIÇÃO.
O QUE TÊM EM COMUM?
A
contar para o Campeonato de Portugal de Todoo-Terreno, foi disputada no início de março, nos concelhos de Grândola e Santiago do Cacém, a
prova ‘Baja TT ACP’. Saiu vencedor o piloto Miguel Barbosa, auxiliado pelo navegador Pedro Velosa, aos comandos de uma Toyota Hilux. Quem assistiu à prova pôde apreciar o impressionante desempenho desta dupla. O bom resultado deve-se muito a serem ambos experientes nestas andanças. Mas quão determinante terá sido a viatura com que competiram? CARROS DE RALI COM MAIS GÁS
Embora esteticamente próxima das pick-up de utilização quotidiana, a Hilux conduzida por Miguel Barbosa é diferente em tudo o resto. Quem faz competição, entre outras coisas, precisa de mais performance, de mais robustez, de instrumentação própria e arrumada da forma que lhe dá jeito, precisa de assentos especiais, e de muitas outras coisas. É aqui que entram as firmas de preparação. O andamento que se viu nas pistas do Alentejo deveu-se à perícia do
às suas obras. Em tempos, o preparador que mais esteve
piloto e do navegador mas certamente deveu-se muito
em voga na Alemanha foi a Werner Forst & Industrietechnik
também à firma belga Overdrive Racing que está por
que, entre outros pormenores, equipava os Fendt 700
detrás da preparação da viatura.
Vario com uma cabine rotativa e os rebatizada com a designação WF Wario.
UM MUNDO DE REQUINTES NA TRANSFORMAÇÃO DE TRATORES
Nisto, os trabalhos florestais têm semelhanças com o todo-
KOTSCHENREUTHER É UM PREPARADOR QUE SE AVIDENCIA
o-terreno. Pode-se trabalhar na floresta com um trator
Presentemente, a Kotschenreuther Forst, também alemã,
agrícola a que se acrescenta uma ou outra alteração. Mas
está a conquistar espaço neste nicho da preparação. Usa
não deixa de ter as suas limitações.
como base tratores John Deere 6R, com potência entre 160
É por isso que nos últimos anos as firmas de preparação
e 250 cv, e dá-lhes uma grande volta. O cliente idealiza, e
de tratores têm vindo a adicionar cada vez mais requinte
os mecânicos projetam e põem em prática.
FLORESTA // notícias
A cabine é transformada no exterior
sítio, o que é útil para ter a sinalização
ver na imagem. É uma estratégia
e no habitáculo, passando o assento
luminosa que é obrigatório em
desaconselhada para estrada mas
a ser reversível, são criados vários
estrada. A ligação elétrica é feita
interessante para conseguir mais
pontos de arrumação, como os
através de uma simples ficha plug-in.
tração em situações específicas. Se
encaixes para usar motosserras,
E para os clientes que o pretendam,
o trator estiver de pique abaixo e for
o eixo dianteiro recebe cilindros
há várias funções do trator que
preciso recuar, o piso assim instalado
hidráulicos de estabilização, e na
podem passar a ser controladas
vai garantir maior aderência.
frente é adicionado um guincho. Ao
remotamente a partir do exterior
hidráulico de série a Kotschenreuthe
da cabine através de um painel de
E AS PREPARAÇÕES MADE IN
pode acrescentar um circuito extra
comandos sem fios. No final, a marca
PORTUGAL?
de alta performance e respetivos
de origem e o símbolo do veado
No TT compete-se com viaturas de
reservatórios de óleo. Um pormenor
desaparecem do trator e dão lugar
série ou com viaturas modificadas,
curioso é que a instalação da grua
ao nome Kotschenreuther e ao seu
mas só uma das categorias dá
não compromete a utilização dos
logotipo representado por um touro.
acesso aos lugares de pódio. E na
braços de hidráulico. Desta forma,
Está assim feita a transformação. O
floresta?
torna-se viável engatar um triturador
que foi um John Deere assume a nova
de rama nos três pontos que é
identidade Kotschenreuther.
alimentado pela grua. O trator mostrado na fotografia
BANDA DE RODAGEM VIRADA
aparece sem guarda-lamas mas
AO CONTRÁRIO
a Kotschenreuther inventou uma
Como curiosidade, e sem estar
solução engenhosa para este
relacionado com o trabalho de
componente. Os guarda-lamas
preparação técnica, o utilizador deste
são desmontáveis e, através de um
trator alterou o sentido de rodagem
encaixe, facilmente se voltam a pôr no
dos pneus da frente, como se pode
DÊ A SUA OPINIÃO Se é empreiteiro florestal e aplica transformações nas suas máquinas, fale-nos da sua experiência e dê-nos a conhecer a sua estratégia. Como é que compete pelos lugares da frente? Envie a sua resposta para redacao@abolsamia.pt
MERCADOS // Estatísticas
VENDAS DE TRATORES AGRÍCOLAS
em alta no tempo do pré-Covid
O comércio de tratores agrícolas novos no mercado português teve uma boa performance até ao final de fevereiro, com vendas de 1055 unidades, superando o resultado do período homólogo de 2019 com mais 95 unidades, o que significa um crescimento de quase 10% P O R C A R LO S B R A N CO
Em Itália o trimestre encerrou com -14,6% de novos registos de tratores
E
stas contas são bem lisonjeiras para o setor, tendo em conta que o ano de 2019 foi o melhor dos últimos dez anos em número de novas matrículas – 6705 unidades e crescimento de 15,8% -, e que apontariam para um resultado acumulado, no final do ano, superior a 7000 unidades. Porém, eles não levam em conta os atuais constrangimentos com o estado de emergência nacional em março e abril por via da crise sanitária. Com o comércio de retalho de tratores agrícolas à porta fechada, não presencial, aqueles meses afiguravam-se devastadores, à semelhança do que aconteceu, a título de exemplo, em Espanha e Itália. No país vizinho, o mercado encolheu 44,25% no mês de março quando comparado com o mesmo mês de 2019, e decresceu 28,17% no trimestre. Em Itália, onde se concentra uma boa parte da indústria de maquinaria agrícola,
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abolsamia maio / junho 2020
que só em meados de abril começou, aos poucos, a retomar a atividade produtiva, o trimestre encerrou com -14,6% de novos registos de tratores. NEW HOLLAND À CABEÇA
Segundo os dados daqueles dois meses fornecidos pela ACAP, com base nos registos do IMT, fevereiro foi melhor em vendas que o mês de arranque, com 538 tratores matriculados (415 em 2019), contra 517 de janeiro (545 no ano passado). A estatística mantém a New Holland no comando do pelotão, e com a Deutz-Fahr a forçar o ritmo para igualar a Kubota. A ordem de escolha do tipo de tratores mantém-se inalterada, com os compactos na liderança, seguidos dos convencionais e dos especiais. Quanto aos escalões de potência, o intervalo entre 30-39 Kw (40-52 cv) foi o preferido em fevereiro, com 231 unidades matriculadas, logo seguido pelo escalão seguinte (53-79 cv), com 197 unidades.
30-39 Kw foi o escalão de potência preferido nas vendas
538
tratores matriculados no mês de fevereiro www.abolsamia.pt
No setor dos reboques regista-se uma quebra de mercado superior a 15%, com a Galucho a saltar para o comando da lista de vendas no somatório dos dois meses (78 unidades). A Herculano, que acabara 2019 como líder de vendas, encolheu bastante o seu resultado. Em Espanha, a quebra deste específico mercado atingiu os 45%. O EFEITO CORONAVÍRUS
Em França não são ainda conhecidos resultados do mercado de vendas deste ano, mas se em Espanha e Itália os números não são nada animadores para os industriais e retalhistas, com perspetivas não animadoras para o segundo trimestre, só a atenuação das medidas de emergência poderão incentivar uma recuperação do setor. A exemplo do que aconteceu em Portugal nos primeiros dois meses do ano, também o mercado alemão estava em alta, com 11% de crescimento face a 2019. No somatório daqueles meses foram vendidos 4087 novos tratores. No Reino Unido, até que o mês de março não correu mal em vendas, com 1763 tratores novos (valores que não contemplam motorizações até 50 cv), quando em fevereiro não tinham sido matriculados mais que 575. No entanto, segundo os dados da Associação de Engenharia Agrícola, revelou-se 4% pior que em idêntico mês do ano passado, encerrando o primeiro trimestre com -8% que no período homólogo de 2019. Entre outras eventuais exceções, na Áustria, aparentemente, a atividade do comércio de maquinaria agrícola não foi muito desgastada pelo efeito do Coronavírus, pois o mercado aumentou o volume de vendas em 4,5%. Após o primeiro trimestre, a Steyr, marca nacional do grupo CNHi, mantém a liderança (211 unidades). Mas a Fendt ficou-lhe próxima (196). Resta saber o que nos trará o segundo trimestre, tendo em conta que a maioria das unidades de produção por toda a Europa têm estado encerradas. Ainda que a receber notas de encomenda, mas em menor número, o rearranque do processo produtivo será lento, envolto ainda em drásticas medidas de segurança para proteger os trabalhadores, ao mesmo tempo que faltarão algumas peças de montagem com origem em fornecedores externos.
Vendas tratores novos Jan-Mar 2020 PORTUGAL > jan. / fev.
ESPANHA > 1º trimestre
+ 9,9%
-28,1%
ITÁLIA > 1º trimestre
ALEMANHA > jan. / fev.
-14,6%
+11%
R. UNIDO > 1º trimestre
ÁUSTRIA > 1º trimestre
-8%
+4,5%
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SEGURANÇA NAS EXPLORAÇÕES
OBSERVA AS RECOMENDAÇÕES DAS AUTORIDADES SANITÁRIAS? O país já observou três períodos de estado de emergência devido à pandemia pelo novo coronavírus, situações declaradas pelo Presidente da República e autorizadas pela Assembleia da República, cabendo ao Governo a responsabilidade de executar as medidas de exceção determinadas. Cabe às autoridades sanitárias emitirem
diariamente comunicados em prol da segurança de todos e o Estado e as forças de segurança têm zelado para que sejam seguidos os adequados procedimentos. Acima de tudo, o devido isolamento voluntário, os cuidados de higiene e o distanciamento social. Isto é válido para todos, mesmo para os que trabalham no campo.
Como bom exemplo a seguir, nas edições digitais da revista abolsamia – site e facebook – já foi reproduzido um vídeo elaborado pelo blog “Milho Amarelo”, da autoria do empresário agrícola João Coimbra, onde se descreve o protocolo a cumprir por todos os funcionários e colaboradores da Quinta da Choldra (www.milhoamarelo.pt).
PROTOCOLO A CUMPRIR w Não podem ter contacto físico com outras pessoas, através de
w Sempre que entrar numa máquina ou carro onde não foi o último
cumprimentos, como sejam apertos de mão, beijos, etc; w Manter sempre uma distância entre pessoas de mais de 2 metros; w Reduzir o contacto pessoal com pessoas não essenciais à nossa atividade; w Ninguém entra no escritório (salvo autorização especifica); w Quando precisar de alguma coisa use o telefone em vez de entrar no escritório. Todas as ordens são dadas e recebidas pelo telefone; w Não são permitidas visitas ou a permanência de pessoas que não façam parte da atividade; w Ao receber entregas do correio, encomendas ou fornecedores devem cumprir estas normas de distanciamento mínimas; w Sempre que possível, o motorista externo permanece dentro do carro e deixa descarregar o material, deixando todas as encomendas na rua; w Se for necessário assinar guias, isso deverá ser feito fora do escritório (no exterior) usando cada um a sua própria caneta; w Antes de entrar no escritório deve lavar bem as mãos; w As viagens de carro devem ser reduzidas ao máximo e sempre que possível viajar sozinho; w É obrigatório lavar bem as mãos sempre que cheguem do exterior e tiverem contacto próximo com outras pessoas; w Todos devem levar consigo um garrafão de água e sabão para lavar as mãos;
a entrar, desinfete todo o trator ou carro nas zonas onde poderá vir a tocar durante a sua utilização; è Para desinfetar, não havendo produto melhor, deve-se usar uma mistura de água e lixívia com uma concentração a 5% (5 cl de lixívia para 1 litro de água). Deverá sempre levar consigo um borrifador e um pano para o efeito; è Pulverize o pano e passe bem todas as partes onde poderá vir a tocar. Deixe o trator/carro a arejar; è No final lave as mãos e poderá manobrar o trator/carro em segurança até que outra pessoa entre; w Sempre que possível deixe o trator/carro ao sol; w Em caso de ter de viajar em conjunto no mesmo carro, deve dividir o espaço para manter a maior distância possível uns dos outros; w Deverá evitar falar. Se espirrar ou tossir faça-o para o cotovelo; w Sempre que possível abra as janelas. Deverá usar máscara durante a viagem; w É proibido entrar mais que uma pessoa num trator; w Todos devem medir a temperatura antes de vir trabalhar; w Se esta estiver acima de 37,5 ºC, devem ficar em casa e consultar as autoridades de saúde (808 24 24 24); w Reduzir ao mínimo o contacto social incluindo as idas ao supermercado e manter sempre as distâncias de proteção; w Todas estas medidas deveram ser cumpridas por familiares e contactos pessoais.
A VIDA NO CAMPO
EVENTOS
FEIRA DA AGRICULTURA CANCELADA
AINDA HÁ ESPERANÇA NA AGROGLOBAL A Feira Nacional da Agricultura/Feira
do Ribatejo, que deveria realizar-se entre 6 e 14 de junho, no CNEMA, em Santarém, foi cancelada. Sem possibilidade de reagendamento, a organização já marcou encontro para o próximo ano, nos mesmos moldes e para data semelhante. Outras organizações nacionais seguiram o mesmo exemplo, casos da Agro Braga e da Ovibeja. Subsiste a dúvida quanto à Agroglobal, ainda agendada para setembro. Tudo dependerá da evolução da situação sanitária em Portugal, mas o facto de se realizar no final do Verão faz com que os organizadores mantenham a esperança da sua realização. “Portugal e o mundo inteiro vivem momentos difíceis e extraordinários devido à pandemia Covid-19, uma situação à qual não é alheio o CNEMA – Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, em Santarém”, lê-se no início da nota desta entidade, antes de concluir que não estão reunidas as condições para a realização da Feira Nacional da Agricultura. O cancelamento não tem apelo, mas o
A feira da Trofa escapou às restrições impostas pela emergência sanitária
próximo encontro já está agendado: 5 a 13 de junho de 2021. AGROGLOBAL AGUARDA
Quanto à Agroglobal, o grande evento de campo bienal de Valado do Ribatejo, onde as máquinas se exibem diante dos visitantes, os dias são de incerteza, apesar dos terrenos estarem preparados para a montagem. “Partilhamos obviamente das dúvidas que resultam de uma situação completamente desconhecida”, pode ler-se no site oficial. Marcado para 9, 10 e 11 de setembro, é uma data que se diz ainda longe: “Espera-se que, até lá e com o esforço de todos nós, se resolva este
gravíssimo problema. Se assim for, estaremos na Agroglobal a comemorar a vida e orgulhosos por vermos o nosso setor, por vezes tão injustamente tratado, mais respeitado e valorizado”, explica a organização, que tomará uma decisão não mais tarde que 15 de junho. Pequenas feiras locais, concelhias, ou mesmo regionais, ou se realizaram antes da declaração do surto pandémico – caso da Feira da Trofa -, ou acabaram canceladas, adiadas, ou reagendadas. Na capital minhota, as recomendações da DGS para o adiamento de eventos sociais, como medida de contenção do coronavírus, nomeadamente a suspensão em espaços abertos com mais de 5 mil pessoas, e seguindo as orientações da Câmara Municipal de Braga, entendeu a InvestBraga adiar a realização da 53ª Agro para 25 a 28 de março de 2021. Também a edição deste ano da Ovibeja, que deveria realizar-se entre 29 de abril e 3 de maio, foi cancelada devido à emergência de saúde pública, tendo já sido definida a sua realização em 2021, entre os dias 21 e 25 de abril.
SIMA FOI REAGENDADO PARA FEVEREIRO DE 2021 Devido à pandemia, a organização do salão francês decidiu reagendar o evento. Em vez de se realizar em novembro deste ano, como previsto, estará de portas abertas ao público entre 21 e 25 de fevereiro de 2021. Esta alteração é uma resposta ao contexto difícil que a indústria de máquinas agrícolas e a sociedade em geral estão a enfrentar. “Em Fevereiro de 2021, o SIMA irá proporcionar uma oportunidade para o setor se reagrupar e reunir todos os seus intervenientes de modo a reavivar a atividade económica”, pode ler-se no comunicado. A organização esclarece que o reagendamento não significa um regresso ao calendário tradicional do SIMA e que a edição seguinte irá decorrer de 6 a 10 de novembro de 2022.
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NOVA RÚBRICA
GARAGEM GLÓRIA
São peças de culto, umas já musealizadas, outras a aguardar carinho dos seus proprietários, e muitas com menos sorte, à mercê da inclemência dos elementos. Uma época houve em que todas foram glórias, de mecânica pura e zero de eletrónica. Todas cumpriram a sua missão. É só tempo de descanso, pois que os tratores, simplesmente, não morrem. Respeito!
Deutz D30 S Luftgekuhlt
O
motor a vapor ficou com os dias contados a partir do momento em que o alemão Nicolaus August Otto construiu o primeiro motor de combustão interna (ciclo Otto – quatro tempos), que funcionava a gasolina ou álcool. Uniu-se ao industrial Eugen Langen e fundaram a companhia que perdura nos dias de hoje, a Deutz-Fahr, atualmente na posse do grupo SDF. O modelo que aqui apresentamos, o Deutz D30 S Luftgekuhlt (refrigerado a ar), de 1964, foi fotografado no show room da Tractorave, em Vila do Conde, concessionário Deutz-Fahr e seu proprietário. O estado da máquina é irrepreensível. Este e outros tratores da marca podem ser vistos do Museu Alemão de Tratores, em Paderborn, ou no museu da marca, a Deutz-Fahr Arena, em Lauingen.
Toda a história em
www.deutz-fahr.com/pt-pt/deutz-fahr-world/historia
Principais Características
Motor a gasolina F2L 812, 4 tempos, 2 cilindros - 1700cc, refrigerado a ar, 28 cv de potência máxima às 2300 rpm (TDF 540 rpm); transmissão de 8+2 velocidades; tração às rodas traseiras; tara – 1400 Kg; sistema hidráulico - 22 litros/min, elevador traseiro -1250 Kg.
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FORD TW-25
Sem abrigo desde há muito, o azul deste colosso dos anos 80 vai-se desvanecendo. E ao seu ritmo, a corrosão ganha terreno nos recantos da chaparia. Mas o bloco Ford de 6 cilindros continua vivo, sempre prestável ao rodar da chave, e a impor-se com o seu roncar à antiga, a insinuar que os cavalos daquele tempo eram maiores do que os de agora. Os TW eram os modelos de topo da Ford e estiveram no ativo até ao final da década de 80.
António Pedro Marques [Jovem Agricultor de Coimbra]
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em-vindo à “Dois dedos de conversa com”, uma rúbrica onde conhecemos um pouco melhor os agricultores e tratoristas do nosso país. Porque “se o campo não planta, a cidade não janta”.
Tem ligação familiar à agricultura?
Sim tenho, já os meus avós eram agricultores e o meu pai seguiu-lhes as pisadas. Desde sempre me lembro de andar no trator e ir para o campo com ele. A agricultura foi o futuro que quis para a minha vida e quando tive oportunidade de seguir os estudos nesta área foi isso que fiz. No ensino secundário ingressei na Escola Profissional De Agricultura e Desenvolvimento Rural de Vagos, no curso de Técnico de Produção Agrária, depois prossegui estudos na Escola Superior Agrária de Coimbra no CET de Produção Agrícola Biológica e depois para a Licenciatura de Engenharia Agropecuária que estou a concluir. Com que idade se começou a interessar pelas máquinas?
Acho que desde sempre. Os meus pais têm fotos minhas para aí com 4 anos no trator e comecei a trabalhar no campo com 12 anos.
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Qual a sensação de as manusear?
É o que gosto realmente de fazer e onde me sinto bem. O que lhe facilita a vida nas máquinas com que trabalha?
As minhas máquinas são já antigas, muito simples, sem tecnologias, o que por vezes pode acabar por facilitar a vida, se bem que no fim de um dia de trabalho é bem mais cansativo. Que atividade desenvolve e o que gosta particularmente nesse setor?
Gosto da produção de milho e da produção de bovinos. Pensa alargar a outras culturas/ atividades? Quais e porquê?
Sim, recentemente adquiri vacas da raça marinhoa para me iniciar na produção de bovinos porque é uma área que me fascina bastante, nomeadamente a reprodução. Este ano também diversifiquei as culturas deixando de produzir em exclusivo milho e iniciei-me na produção de azevém para feno e ervilha para indústria. O motivo desta opção deve-se ao facto de o mercado do milho grão estar com um preço baixo e para obter mais rentabilidade dos terrenos produzindo mais culturas nas mesmas áreas.
DOIS DEDOS DE CONVERSA COM...
Quais as tarefas que mais gosta de realizar?
As tarefas que gosto mais de realizar são a preparação de solo, e os transportes das colheitas porque é o início e o fim de um ano de trabalho. O bom trabalho que realizamos na preparação do solo e ao longo do desenvolvimento da cultura depois aparece no fim com os resultados. Quando está no trator, o que prefere ouvir? [o barulho do motor, música…]?
Os meus tratores não têm cabine, por isso o barulho do motor é uma constante. De vez em quando costumo meter os auscultadores nos ouvidos para ouvir musica ou podcasts. Dar massa e limpar o filtro fica para outro dia?
Jamais, devido à avançada idade dos meus tratores é fundamental a prevenção e manutenção das máquinas devido ao elevado desgaste que já têm, seja nos tratores seja nas alfaias, por isso é fundamental fazer revisões preventivas e lubrificar com regularidade. Qual é a melhor parte de trabalhar na agricultura?
É trabalhar ao ar livre, no contacto com a
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natureza, com os animais é um trabalho onde o dia de hoje nunca é igual ao de amanhã e por isso uma pessoa nunca sabe bem o que nos espera e isso torna o dia-a-dia muito mais interessante.
método de trabalho e produção com vista a reduzir os custos, aumentar a produção e a qualidade, algo a que dou bastante importância! Produzir com qualidade!
Qual é a parte mais frustrante de trabalhar na agricultura?
Tem intenção de procurar trabalho noutro ramo?
É estar sempre sujeito às condições edafo-climáticas, trabalhamos um ano inteiro e depois de um momento para o outro podemos perder praticamente tudo, seja com cheias, como aconteceu na campanha passada, seja com o vento. E é algo que tem acontecido cada vez com mais frequência, o que é bastante preocupante. As avarias nas máquinas quando mais precisamos delas é algo que me chateia bastante também, mas como se costuma dizer, elas paradas não avariam.
Não sei estar parado, se for necessário procurar é isso que irei fazer. Mas não tenho intenção nenhuma disso, muito pelo contrário. O meu objetivo de vida é trabalhar por conta própria no setor agrícola e pecuário.
A agricultura de hoje obriga a uma aprendizagem permanente. Já sentiu isso em alguma situação no seu trabalho?
Sim, sinto isso constantemente. Todos os anos podemos alterar algo no nosso
E para lá da agricultura? O que faz quando não está a trabalhar para a exploração?
Devido à agricultura ser a minha principal atividade pouco tempo resta para fazer outras coisas. Mas quando é possível gosto de passear com a minha namorada, principalmente pelo interior de Portugal e também conhecer novos países e culturas. O que é que o faz rir?
Ver os resultados do meu trabalho a
aparecerem, estar reunido com amigos na conversa. O que é que o chateia?
Quando as coisas não correm como quero, e não consigo atingir os objetivos a que me proponho, não prestarem atenção às minhas opiniões principalmente quando sei que tenho razão, avarias e quando chove e quero ir para o campo. Se ganhasse a lotaria, qual seria a primeira coisa em que ia investir?
Sem dúvida seria renovar o meu parque de máquinas. É algo de que necessito efetivamente. É leitor da revista abolsamia? De que rubricas?
Sim sou. Leio primeiro a edição online e depois em papel, porque papel será sempre papel. As rubricas que mais destaque têm para mim são os testes de campo e a divulgação de empresas do setor. Mas costumo ler a revista toda de ponta a ponta.
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Descubra as caraterísticas: mínima compactação2 do solo, uma cabina3 nova e maior com assento3 de massagem, eficiência4 do combustível garantida e monitorização remota da máquina com Expert Alerts para todos os modelos. * Custo de insumo de trigo de acordo com os dados do Agribenchmark para França, Reino Unido e Alemanha. Combustível/ha de acordo com os dados do Agribenchmark para França, Reino Unido e Alemanha. A redução do custo de insumo para sistemas de guiamento com 15 cm é de 8%, de acordo com o Lohnunternehmen 1/2010. Neste caso, apenas comparamos a diferença com o sinal EGNOS de 30 cm menos preciso, por isso o benefício é metade de 8% = 4%. Custo da mão-de-obra de acordo com os dados do Agribenchmark para França, Reino Unido e Alemanha. O aumento da produtividade com SF1 é de 14%, de acordo com o Landtechnik 6/2006. Mais uma vez, estamos apenas a comparar com metade da precisão do sinal de correção EGNOS de 30 cm, por isso o ganho é de 14% / 2 = 7%. Redução do custo de insumo com controlo de secções, de acordo com a Profi de dezembro de 2012. Note que quanto menor for o campo e menos retangular for o formato do campo, e quanto maior for a largura de trabalho da alfaia e menor forem as secções individuais da alfaia, maior será o benefício. Para campos grandes com formato retangular, o benefício do controlo de secções é mínimo. 1 4
AutoTrac SF1 oferece 15 cm de precisão contra apenas 30 cm com EGNOS; 2 tratores 8RX; 3 tratores 7R, 8R, 8RT, 8RX; tratores 6R, 7R, 8R
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Mesmo em circunstâncias excecionais como a que estamos a vivenciar, a BKT permanece sempre ao lado dos agricultores que, com determinação e responsabilidade, continuam a trabalhar no cultivo dos campos. Graças a eles, as empresas do setor agroalimentar têm a possibilidade de continuar a desempenhar suas atividades, de modo que todas as famílias possam levar para suas mesas os frutos da terra. Juntos, não parámos nunca.