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Agroglobal

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ENTREVISTA

ENTREVISTA

AGROGLOBAL 2020 metas até 2030

O Governo apresentou uma agenda para a agricultura portuguesa, para os próximos dez anos. Falando no encerramento da Agroglobal, que decorreu entre 9 e 11 de Setembro,a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, identificou quatro pilares e cinco metas.

Na sua intervenção numa das maiores feiras europeias ligadas ao sector agrícola, realizada no concelho do Cartaxo, a ministra informou que sociedade, território, cadeia de valor e Estado são os quatro pilares da agenda. Mais saúde, mais inclusão, mais rendimentos, mais futuro e mais inovação são os cinco objectivos identificados pelo Governo. No campo da saúde visa-se aumentar, em 20%, o nível de adesão à chamada “dieta mediterrânica”. A inclusão visa instalar 80% dos novos jovens agricultores em zonas de baixa densidade popula-

 A Agroglobal tem

um papel essencial de partilha de conhecimentos entre todos os intervenientes do sector agrícola

cional. No que respeita a rendimento, é elevar o valor da produção agroalimentar em 15%. Mais futuro relaciona-se com o aumentar, para mais de metade, da área agrícola em regimes de produção sustentável. O objectivo para a inovação é aumentar em 60% o investimento em investigação e desenvolvimento. Os quatro pilares traduzem 15 iniciativas, consideradas pelo Governo como emblemáticas.

No documento oficial lêem-se: alimentação saudável; uma só saúde; mitigação às alterações climáticas; adaptação às alterações climáticas; agricultura circular; territórios sustentáveis; revitalização das zonas rurais; agricultura 4.0; programa dos produtos agroalimentares; excelência da organização da produção; transição agro-energética; promoção da investigação; inovação e capacitação; rede de inovação; Portal Único da Agricultura e Reorganiza. Esta agenda, aprovada em Conselho de Ministros na véspera de ser apresentada publicamente, prevê apoios de incentivos. Contudo, a ministra da Agricultura não revelou, na sua intervenção na Agroglobal, quais os montantes que prevê serem aplicados. O documento apresentado na Agroglobal foi desenvolvido durante vários meses, com a auscultação de responsáveis de diferentes áreas, nomeadamente gestão do território, investigação, produtores e empresários dos sectores agrícola e agroalimentar, autarcas e responsáveis de diversos organismos. ¢

JOAQUIM PEDRO TORRES

Diretor Geral da Agroglobal

Numa Agroglobal completamente diferente do habitual, o responsável pelo evento começou por enaltecer a resiliência do setor agrícola durante a pandemia e a importância do mesmo na construção do futuro. “É preciso olhar para a frente e para o futuro do nosso país. Na construção deste futuro estou seguro da importância da agricultura pelo seu papel decisivo e insubstituível, não apenas a nível económico, mas também social e ambiental. Basta olhar para o que o nosso setor tem sido capaz de fazer para dinamizar zonas bastante desfavorecidas do país”, afirmou. Papel essencial, pela plataforma de partilha de conhecimento tem, na opinião de Joaquim Pedro Torres, a Agroglobal. “A partilha de conhecimento gerada pela Agroglobal entre agricultores, empresas, e ensino, é um elemento essencial para colocarmos cada vez mais parcelas do nosso país em zona de mercado, capazes de competir em mercado aberto”, sintetizou. No final do discurso, uma chamada de atenção aos governantes presentes relativamente às restrições colocadas aos agricultores europeus. “A agricultura europeia é das mais seguras e controladas em todo o mundo. No entanto, é preciso não nos esquecermos que a inclusão de restrições exageradas pode condicionar a competitividade dos agricultores europeus ao ponto de não termos agricultores nem termos produtos saudáveis porque acabamos a importar de países onde não há controlo”, finalizou.

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