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Joaquín Tribaldos Campos Agricultor espanhol que trabalha na twins´Farm
DOIS DEDOS DE CONVERSA COM...
JOAQUÍN [ AGRICULTOR ESPANHOL QUE TRABALHA, COM O IRMÃO GÉMEO HERMINIO, NA TWINS’ FARM ]
TRIBALDOS CAMPOS
Bem-vindo à “Dois dedos de conversa com”, uma rubrica onde conhecemos um pouco melhor os agricultores e tratoristas do nosso país. Porque “se o campo não planta, a cidade não janta”. Desta vez abrimos uma exceção e fomos até Espanha para conversar com Joaquín Tribaldos, que trabalha na Twins’ Farm. As culturas que desenvolve são: cereais, leguminosas, girassol e olival.
Tem ligação familiar à agricultura?
Sim. Todos os meus familiares de gerações passadas foram agricultores. Os meus avós e os meus pais são-no e para nós é um orgulho poder continuar a trabalhar a terra que eles, com tanto esforço, trabalharam.
Com que idade se começou a interessar pelas máquinas?
Desde muito pequeno. Recordo-me que com uns 10 anos já conduzia o trator em algumas tarefas na cultura dos alhos, onde a velocidade de trabalho não supera 1 km/h.
Como descreve a sensação de as manusear?
É um autêntico prazer. Poder trabalhar com as máquinas antigas e sobretudo com as atuais é um luxo. As coisas evoluíram muito e todos os automatismos com que contamos, ajudam-nos muitíssimo a ter uma jornada de trabalho muito interessante.
O que lhe facilita a vida nas máquinas com que trabalha?
Sobretudo o autoguiamento por gps e o sonar no atomizador para olival.
Que atividade desenvolve e o que gosta particularmente nesse setor?
Do que mais gosto é dos cereais e do olival. São cultivos onde as tarefas são muito interessantes.
Pensa alargar a outras culturas/atividades?
Hoje em dia há outros cultivos (pistachos, lavanda, etc) que estão muito na moda, mas penso que continuaremos com os que temos atualmente.
Quais as tarefas que mais gosta de realizar? Nos cereais, a minha tarefa favorita é a sementei-
Nome
Joaquín Tribaldos Campos
Idade
43 anos
Onde trabalha?
Twins’ Farm
Por conta própria ou por conta de outrem?
Própria
Qual é a atividade da exploração/empresa?
Agricultura de cereais, leguminosas, girassol e olival
Usa as redes sociais para divulgar o dia-a-dia no campo?
Sim e muito. Temos o nosso próprio portal web chamado Twins’ Farm (www.twins-farm. com), canal de vídeos de Youtube, Facebook, Twitter e Instagram
ra por ser a época do ano em que o terreno está nas melhores condições de humidade para o trabalharmos. No olival, talvez a colheita porque se vê o fruto do trabalho feito durante todo o ano.
Quando está no trator, o que prefere ouvir? [o barulho do motor, música…]?
Primeiro a música e em algumas ocasiões o ruido do motor. Tenho um mp3 no trator que leva centenas de canções de diferentes tipos, e assim tenho música que chegue para várias jornadas de trabalho sem repetir nenhuma canção.
Dar massa e limpar o filtro fica para outro dia?
A manutenção é fundamental se não queremos ter problemas, e sendo assim é uma tarefa prioritária.
Qual é a melhor parte de trabalhar na agricultura?
Estar em contacto com o campo e com a natureza. É muito interessante e são.
Qual é a parte mais frustrante de trabalhar na agricultura?
Quando fizemos o trabalho todo e vemos que não chove. Em terrenos de sequeiro, passamos o tempo a olhar para o céu a ver se chove.
A agricultura de hoje obriga a uma aprendizagem permanente. Já sentiu isso em alguma situação no seu trabalho?
Sim. As máquinas são cada vez mais sofisticadas, os adubos e os produtos fitossanitários são mais complexos e temos de estar informados acerca das evoluções para podermos competir ao máximo.
Tem intenção de procurar trabalho noutro ramo?
Não. É uma exploração familiar que procuraremos manter por muitos mais anos.
E para lá da agricultura? O que faz quando não está a trabalhar para a exploração?
Trabalho num escritório, na minha carreira de engenheiro informático durante a manhã. E à tarde e aos fins-de-semana é quando sou realmente um agricultor.
O que é que o faz rir?
Sinto-me muito bem quando os meus filhos e os meus sobrinhos (todos de menos de 7 anos) nos fazem uma visita no campo.
O que é que o chateia?
Que na cidade não se valorize realmente o trabalho que é feito nas zonas rurais e se pense que os alimentos são fabricados nos polígonos industriais.
Se ganhasse a lotaria, qual seria a primeira coisa em que ia investir?
Talvez em ir para as Caraíbas…é piada. Talvez na compra de uma boa propriedade agrícola para poder ampliar a exploração.
É leitor da revista abolsamia?
Sim. Sigo-a em formato online e é muito interessante que fazem reportagens muito completas sobre maquinaria. Também vos convido a visitar o nosso blog www.twins-farm.com e o nosso canal de vídeos https://www.youtube. com/user/jtcpg ¢
HERCULANO HTP
UM “PORTUGUÊS” NA NOVA ZELÂNDIA
Existe um programa de televisão que dá pelo nome de “Portugueses pelo Mundo”. Este artigo bem poderia ser o primeiro capítulo da “versão abolsamia” do mesmo programa. E não fizemos por menos, fomos até à Nova Zelândia, onde há um prestador de serviços que não abdica dos seus reboques Herculano.
rant Barber vive e trabalha na cidade de Foxton, localizada na ilha Norte da Nova Zelândia. A empresa familiar tem uma pequena exploração leiteira e de bovinos de carne. No entanto, o principal negócio é a prestação de serviços a outras explorações e empresas locais, com especial enfoque no transporte de cargas. O grosso dos trabalhos efetuados ao longo do ano tem o seu pico na época da silagem, com o apoio às ceifeiras e ensiladoras. Esporadicamente, faz-se também algum transporte de inertes e areias para empresas de obras públicas e privadas. O parque de máquinas é, portanto, constituído na sua maioria por tratores com aptidão para transporte, sendo a Case IH a marca com maior presença na casa, e reboques. E foram precisamente estes últimos que chamaram a nossa atenção: afinal, como e porque é que um profissional neozelandês compra um reboque construído no outro lado do mundo? A resposta surge nas palavras de Grant. “Sou cliente fiel da 4AG, que é distribuidor da Herculano na Nova Zelândia, e conhecia a marca porque tenho grades HVR.
Um dia foi-me apresentado o HTP e fiquei encantado com o que vi. Comprei dois de uma vez, para renovar uma parte dos meus reboques”, começou por explicar. “A 4AG sabia da minha necessidade e procura por reboques versáteis que servissem para vários tipos de serviço, para diferentes tipos de transporte. Quando a Herculano lançou este novo reboque, a 4AG viu aí uma oportunidade “dois em um”: lançar o produto na Nova Zelândia e satisfazer as minhas necessidades”, sintetizou. Versatilidade e robustez foram as principais virtudes que levaram Grant a apostar no HTP. “É um reboque que tanto serve para transportes menos pesados, como a silagem, mas, ao mesmo tempo, é robusto e musculado o suficiente
para o transporte de materiais mais pesados como areia ou terra”, especificou. No entanto, houve um trabalho de fundo levado a cabo pela Herculano de forma a que o HTP correspondesse da melhor forma aos desafios enfrentados por Grant. “A Herculano teve um papel fundamental”, começou por afirmar. “Adaptou o HTP para o que vai encontrar na Nova Zelândia, com características que satisfazem as necessidades dos produtores das explorações daqui”. “E que adaptações específicas foram feitas?”, quisemos saber. “Foi criado um conjunto de extras como a adaptação de taipais à estrutura base em Hardox, para incrementar a carga sobretudo na silagem, uma
otimização do kit de iluminação para os trabalhos longos e fora de horas, um eixo direcional especial, que torna os movimentos exigentes, menos exigentes, e um duplo pivot no cilindro de basculamento e sistema hidráulico de estabilização para basculamento, explicou Grant antes de acrescentar: “A 4AG e a Herculano conseguiram trocar toda a informação e conhecimento para cumprirem com as minhas “exigências” e criarem um produto de excelência. Esta forma de estar tem sido uma constante, existe um apoio e avaliação permanentes, onde uma nova necessidade ou reparo, são cuidadosamente apontados, avaliados e corrigidos conforme o possível, tentando sempre melhorar este produto”. “É um reboque que tanto serve para transportes menos pesados, como a silagem, mas, ao mesmo tempo, é robusto e musculado o suficiente para o transporte de materiais mais pesados como areia ou terra”
Grant Barber
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
Caixa em HARDOX 450 e porta traseira construída em HARDOX 450 6mm
Chassis em tubo estrutural
Abertura de porta hidráulica
Cilindro de basculamento com grande capacidade de elevação e basculamento
OUTRAS
Rodas 600/55 R26,5
Lança hidropneumática Eixo direcional, dianteiro e traseiro (HTP Tridem)
Travagem hidráulica
Sistema hidráulico independente Porta traseira hidráulica
Descanso hidráulico