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março / abril 2022
A LONG WAY
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A REVISTA DA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA
Ano XXIX . Nº 130 | Bimestral março / abril 2022 | Diretora: Catarina Gusmão
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Nº130 - Ano XXIX
2022
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“
Fabricado na EU: estará de volta?
Editorial Sebastião Marques Chefe de redação
Nas últimas décadas, a tendência de globalização levou a Europa a deslocalizar setores industriais inteiros para zonas como a Ásia, onde o custo da mão de obra é mais reduzido. O que já foi amplamente visto como um benefício para a humanidade gera agora ressentimentos amargos sobre a desindustrialização no Ocidente e uma dependência excessiva de regimes despóticos, como a Rússia ou a China. Anton Jankovoy
O
Índice de Preços Alimentares da Organização para Alimentação e Agricultura (FAO) atingiu em fevereiro o seu valor mais alto de sempre. Este índice mede os preços médios ao longo do mês, de modo que a leitura de fevereiro incorpora apenas em parte os efeitos decorrentes do conflito na Ucrânia. “A inflação dos preços dos alimentos provém de setores externos à produção alimentar, nomeadamente dos setores da energia, fertilizantes e rações”, explicou o economista da FAO Upali Galketi Aratchilage. “Todos estes fatores tendem a reduzir as margens de lucro dos produtores e agricultores, desencorajando-os a investir e expandir a sua produção.” Cenário semelhante reportou também a Federação de Construtores de Máquinas Agrícolas Italianos (FederUnacoma) que, sublinhando que se a procura por equipamentos até continua alta, é no fabrico que surgem os problemas. O custo das matérias-primas e da energia disparou, tendo atingido máximos em 25 anos. Olhando para algumas commodities, no período entre abril de 2020 e dezembro de 2021, verificaram-se aumentos de 89% para o cobre, 85% para o alumínio, ou 38% para o ferro. No que diz respeito ao fornecimento de energia, o índice de preços já vinha em crescendo antes da crise na Ucrânia: +90% em dezembro de 2021 em relação a janeiro do mesmo ano, e +1.050% em relação a abril de 2020. O gás natural cresceu 1.692% de abril de 2020 a
dezembro de 2021, (e ameaça crescer ainda mais em resultado da crise com a Rússia), enquanto o petróleo Brent aumentou 218% e o carvão 152% no mesmo período.
Durante séculos, a Ucrânia foi conhecida como “o celeiro da Europa”. O país possui cerca de 42 milhões de hectares de terras agrícolas. Atualmente, 32 milhões de hectares são cultivados anualmente, representando uma área maior que a Itália. A Rússia e a Ucrânia são responsáveis por cerca de 10% da produção mundial de cereais.
“Nunca antes ficou tão evidente como agora” - disse Alessandro Malavolti, presidente da FederUnacoma - que a economia, mesmo numa era de globalização de mercados, depende da localização geográfica dos recursos e da configuração das rotas comerciais. Ao dia de hoje, a produção de matérias-primas está “na mão” de alguns países: a União Europeia importa 98% de metais raros da China, 87% de lítio da Austrália, 71% de platina da América do Sul. A China é hoje o principal fornecedor de matérias-primas críticas da União Europeia, enquanto o problema do abastecimento de gás, que depende em grande parte da Rússia, surgiu com toda a sua gravidade nos últimos dias”, explicou o responsável. Irão as ações da Rússia forçar a Europa a mudar de direção, procurando tornar-se autossuficiente novamente? Terá a invasão da Ucrânia desencadeado uma reversão mundial na globalização? Voltaremos a ter mais fábricas de tratores em países europeus?
DIRETORA Catarina Gusmão ASSESSOR DE DIREÇÃO Bruno Meneses REDAÇÃO Sebastião Marques (sebastiaomarques@revista-abolsamia.com) · João Sobral (joaosobral@ abolsamia.pt) PUBLICIDADE Catarina Gusmão (T. 913 469 299 · catarinagusmao@abolsamia.pt) · Américo Rodrigues (T. 917 769 014 · americorodrigues@abolsamia.pt) MARKETING DIGITAL Hugo Neves (marketingdigital@revista-abolsamia.com) DESIGN E PRÉ-IMPRESSÃO Victor Manfredo (prepress@abolsamia.pt) COLOBAROU NESTA EDIÇÃO António Marques PROPRIEDADE Nugon - Publicações e Representações Publicitárias, Lda (Contribuinte 502 885 203 · Registo ERC 117122 · Depósito legal 117.038/97) SEDE/EDITOR R. S. João de Deus, 21, 2670-371 Loures ESCRITÓRIO/REDAÇÃO R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 · 2670-338 Loures (T. 219 830 130) IMPRESSÃO Jorge Fernandes Lda · R. Q.ta Conde de Mascarenhas 9, 2820-653 Charneca de Caparica TIRAGEM MÉDIA 4.000 exemplares ISSN 2183-7023 GERÊNCIA Nuno Gusmão e Catarina Gusmão SÓCIOS Nuno Gusmão (35%), Ana Gusmão (35%), Francisca Gusmão (15%), Catarina Gusmão (15%). ASSINATURAS Hugo Neves (marketingdigital@revista-abolsamia.com) · T. 21 983 0130) Os textos e fotos de autor são propriedade da Nugon,Lda., não podendo ser reproduzidos sem autorização, por escrito, da mesma. O conteúdo dos anúncios e das publireportagens dos clientes é da sua exclusiva responsabilidade. A abolsamia segue o AO90, embora nem todos os colaboradores tenham adotado a nova grafia. Estatuto Editorial www.abolsamia.pt/estatuto-editorial-e-distribuicao
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n° 130 | março / abril 2022
Sumário EMPRESAS
PRODUTO
8 Notícias
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EM FOCO
12 Resultados Financeiros
34 Kubota M5091NQ 38 Tractorponte e Orizzonti em campo
EM FOCO
42 2a Convenção Farmtrac
14 Solemai
44 Farmtrac FT6050
16 Cimetal 18 Conferência John Deere Ibérica
NOTÍCIAS
62 Monosem ValoTerra
ENTREVISTA
63 Maior performance nos T5 Electro Command
20 Entrevista a Pedro Vilas-Boas,
64 Kubota M6001 no lugar dos MGX-IV
country manager da igus Portugal
64 As novas minicarregadoras Elise 900 e Sherpa Z10 65 O peso de 1000 sementes em 5 minutos
MERCADOS
66 Deutz-Fahr apresenta série 6C
22 Portugal
68 Retroescavadora NH com novas funções e mais espaço
26 Europa
70 Visão a 4 metros de altura no novo telescópico Fendt
28 Mundo 30 Opinião: Campbell Scott
PUBLIRREPORTAGEM 32 Herculano pelo Mundo
AGRITECHNICA 2022 46 Prémios de inovação
TESTE EM CAMPO
70 Sistema patenteado fixa proteções de veios com um clique 71 Landini 5-085 reforça oferta no patamar dos 75 cv
46 AGRITECHNICA 17 INOVAÇÕES PREMIADAS
58 Antonio Carraro SRX 5800 Tora 60 Landini 5-120 Dynamic
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TECH 72 Um Fendt elétrico para quem não tem tempo
72 AUGA Group constrói o seu próprio trator híbrido
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REVISTA
PNEUS 74 Pneu de muito baixa pressão para pulverizadores automotrizes
74 Pneus para pivot 75 BKT cria pneu para terrenos rochosos
CULTURAS ESPECIALIZADAS
Portugal Europa 25€
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25€
1 ano (5 revistas)
2 anos (10 Revistas)
Só o Anuário
76 Parceria Jopauto e Vitibot para distribuição do robot Bakus em Portugal
78 Vencedores do Sitevi Innovation Awards 2021
FLORESTA 87 Riper amontoador faz várias operações numa só passagem
88 Mercado sueco de forwarders recua 26%
89 Máquina de estilha Pezzolato
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com tremonha basculante
90 Reboque Kesla com kit para combater incêndios
91 Elmia Wood está de regresso em junho
92 Queimar madeira para produzir eletricidade é insustentável
É FÁCIL ASSINAR
ONLINE
www.abolsamia.pt/pt/assinaturas
93 Carregadora Volvo controlada
remotamente através da rede 5G
ANTIGAMENTE ERA ASSIM... GRUPO FRICKE 112 Granit: de uma loja de ferragens para o Mundo
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POR CHEQUE
PT50 0035 0365 0000 1699 8307 7 Envie comprovativo para o email: brunomeneses@revista-abolsamia.com
à ordem de NUGON, LDA e envie para: R. Nelson P. Neves, Lj.1 e 2 - 2670-338 Loures - Portugal
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julho/setembro abolsamia 2021 7
EMPRESAS
NOTÍCIAS
O GRUPO CLAAS E O GRUPO CARRARO ASSINARAM UM NOVO ACORDO estratégico que visa, para além do desenvolvimento e produção de tratores especiais e compactos e do fornecimento de eixos e componentes para os tratores, a “transferência mútua de conhecimentos e intercâmbio de competências na área dos recursos humanos.” “Vamos investir também em conhecimentos e competências dos colaboradores. Outro objetivo é aumentar vendas e a quota de mercado nos segmentos de tratores especiais e compactos”, anunciou Thomas Böck, CEO da Claas. No futuro, também será dada atenção à área da Responsabilidade Social Corporativa. “Os colaboradores selecionados do Grupo Carraro trabalharão em locais da CLAAS por curtos períodos e viceversa. Esta [parceria] incluirá também funções administrativas na unidade de negócio e ambas as empresas reforçarão a sua ligação no seu valor de marca”, finalizou Thomas Böck. Com base nesta cooperação, deverão ser lançados novos modelos de tratores ainda este ano.
Claas e Carraro
promovem intercâmbio de conhecimentos e competências
Campbell Scott funda a startup Atomictractor É por muitos conhecido como ‘o homem Massey Ferguson’ por ter no currículo uma longa carreira associada àquela marca. Após um interregno, volta à ribalta com um projeto próprio dirigido ao desenvolvimento e à comercialização de uma tecnologia alternativa ao diesel, destinada a propulsionar máquinas agrícolas.
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A NOVA STARTUP FUNDADA POR CAMPBELL SCOTT chama-se Atomictractor e uma das motivações do projeto é dar resposta aos agricultores que ambicionam cortar nos custos com gasóleo. Nesta fase de arranque, foi concluído um estudo de viabilidade com a Aston University, de Birmingham, relativo à aplicação de uma tecnologia de baixa emissão de carbono destinada à propulsão de máquinas agrícolas.
Uma unidade de propulsão que pode vir a ser associada a um trator doador de outros componentes A unidade de propulsão está a ser desenhada e desenvolvida no Reino
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Unido e irá adequar-se a um alargado leque de aplicações agrícolas. O foco inicial são os tratores até 100 kW (134 cv) mas “os aspetos concretos da tecnologia permanecem confidenciais”, explica Campbell Scott. “Inicialmente, gostaríamos de trabalhar em parceria com um fabricante de tratores estabelecido”, acrescenta. A razão tem a ver com os diversos componentes de um “trator doador” que podem ser aplicados à base de propulsão que a Atomictractor está a desenvolver.
Um trator elétrico de baixa potência inspirado no TE20 A comercialização de um trator elétrico para pequenas explorações está também nos objetivos da Atomictractor. Inspirado no mítico Ferguson TE20, adotará a designação E20 e irá enquadra-se na filosofia “baixo carbono” que norteará a marca. A Atomictractor está sediada em Coventry, no Reino Unido, uma cidade com longa tradição na conceção e fabrico de tratores.
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NOTÍCIAS
Adeus a Rogério Carvalho Deixou-nos no passado mês de fevereiro Rogério Carvalho, gerente da Unitractores, Vila Nova de Poiares.
EMPRESAS
Dumper Volvo é o primeiro veículo com aço não fóssil da SSAB Um dumper para pedreiras e minas que foi produzido com aço livre de energias fósseis é o resultado do mais recente projeto que juntou a SSAB e a Volvo CE.
NAS PALAVRAS DE JOÃO PIMENTA, “O meu primeiro contacto profissional que tive com o Sr. Rogério Carvalho aconteceu em 1998 após ter iniciado funções de Director Técnico e Comercial da Valtractor. De imediato percebi que se tratava de um profissional exigente e rigoroso, grande negociador mas ao mesmo tempo cordial e afável com quem era fácil estabelecer compromissos e levá-los até ao fim. Ao longo dos mais de 20 anos de parceria entre a Valtra e a Unitractores tive também oportunidade de conhecer o lado humano e familiar. Era o pilar da família, pai atento e presente, apoiava os filhos na hora “h”, avô extremoso e babado que adorava ter a casa cheia e receber calorosamente parceiros a quem tratava como amigos. Também pude testemunhar que a sua equipa Unitractores tinha por ele um profundo respeito e admiração pela forma humana e generosa como tratava os seus colaboradores que o acompanharam uma vida inteira. Raro nos dias que correm. As inúmeras vezes que travei com ele fui sempre recebido como um amigo que realmente fui, sou e serei. Até sempre!” Abolsamia faz suas as palavras de João Pimenta e deixa à família as suas condolências.
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O PROCESSO DE FABRICO TRADICIONAL DO AÇO derivado de
alimentados por hidrogénio e por eletricidade livre de energia fóssil.
minério de ferro recorre à queima de carvão. O passo agora dado pela SSAB põe o carvão de parte no sentido de contribuir para a redução das emissões com efeitos de estufa.
Um dumper da Volvo CE que conta com propulsão elétrica e condução autónoma é o primeiro veículo construído com o aço não fóssil da SSAB. Mas este produto deverá servir para dar forma a outras máquinas a breve prazo. A SSAB prevê que a partir de 2026 possa disponibilizar este tipo de aço no mercado, a uma escala comercial.
Este player da indústria de componentes está a converter parte da sua estrutura de produção, passando a recorrer a fornos
Goldoni apresenta um novo logotipo A atual fase de renovação da Goldoni faz-se acompanhar de uma renovação do logotipo da marca. NOS ANOS MAIS RECENTES, o logotipo ostentava uma forma oval de cor vermelha alaranjada com a designação Goldoni no interior em letras brancas. A cor emblemática mantém-se e passa a ser usado um logotipo composto por um G estilizado.
Após ter sido adquirida pelo grupo belga Keestrack em 2021, a Goldoni está a reorganizar diversos processos, incluindo a área da imagem. O novo logotipo exibe-se em todos os modelos produzidos a partir de agora por esta marca histórica cuja fundação remonta ao ano de 1927.
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EMPRESAS
NOTÍCIAS
Massey Ferguson tem nova identidade de marca
NA COMEMORAÇÃO DOS SEUS 175 ANOS, a Massey Ferguson redesenha o logotipo. A chegada ao mercado das primeiras máquinas a ostentarem a nova identidade está prevista para a primavera. O emblemático símbolo que ao longo de décadas tem definido a identidade da Massey Ferguson dá lugar a um novo logotipo de traço único e estilo mais contemporâneo. O triplo triângulo começou a ser utilizado em 1958 e desde então já tinha sido redesenhado algumas vezes. Com a forma geral a manter-se, “os três triângulos sobrepõem-se para representar a relação de confiança e benefício mútuo entre agricultores,
concessionários e a marca”, explica Francesco Murro, vice-presidente de marketing e vendas da Massey Ferguson. Esta estilização acompanha uma tendência que vem sendo seguida pela generalidade das marcas no sentido de tornar os logotipos mais simples e “planos”, para ganharem maior compatibilidade com os diversos suportes digitais. O novo logotipo surge associado ao slogan “Born to Farm”, que complementa a identidade da Massey Ferguson a nível de comunicação e marketing. A aplicação dos primeiros logotipos nas máquinas que saem para comercialização está prevista para a próxima primavera.
Lemken investe 18 milhões de euros numa nova fábrica da Steketee EM 2018, A LEMKEN APOSTOU NO REFORÇO DA SUA GAMA de produto ao adquirir a empresa holandesa Steketee, especializada no fabrico de equipamento para controlo mecânico das infestantes. O crescimento evidenciado desde então levou a gigante holandesa a investir agora 18 milhões de euros numa nova fábrica, em Dinteloord, que abre as portas no final de 2023 e irá dar emprego a cerca de 30 pessoas. Anthony van der Ley, diretor-geral da Lemken, indicou as razões da decisão. “As novas tecnologias permitem-nos aplicar produtos sanitários com maior precisão e reduzilos gradualmente graças à transição para o controlo
mecânico inteligente de infestantes. Por isso, desde 2018 que assumimos um compromisso decisivo com o desenvolvimento, produção e comercialização de máquinas Steketee”, afirmou, avisando: “Queremos investir ainda mais, por exemplo, através do uso de inteligência artificial”. Por seu lado, ljan Schouten, diretor administrativo da Steketee, mostra-se animado: “Estou orgulhoso pela confiança da Lemken na nossa equipa de jovens talentos e profissionais experientes. Temos ainda em vista uma área de produção de última geração mas também um Centro de Desenvolvimento e um AgroForum que servirão de base de conhecimento a todos os nossos clientes.”
11 mil milhões de euros para resolver a crise dos semi-condutores “POSITIVA”. FOI DESTA FORMA QUE A ASSOCIAÇÃO AUTOMÓVEL DE PORTUGAL (ACAP) classificou a proposta da Comissão Europeia (CE) para a criação de um plano massivo de investimentos de modo a responder à crise dos semi-condutores – conhecidos também como ‘chips’ -, gerada devido à paralisação forçada das fábricas durante a pandemia e ao aumento da procura por
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equipamentos eletrónicos. A União Europeia terá, então, 11 mil milhões de euros à disposição para tentar atingir 20% do mercado até 2030. “Esta lei europeia dos ‘chips’ chega no bom momento”, avaliou Ursula von der Leyen, presidente da CE. Pese embora o otimismo generalizado, a medida não poderá ser implementada da noite para o dia, segundo Hélder Barata Pedro, secretário-geral da ACAP:
“Leva tempo e não soluciona a falta de semicondutores no imediato. Ainda assim, é um passo para a sua resolução.” Em breve, o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu discutirão a proposta da Comissão Europeia, tendo esta já estipulado no seu programa de trabalho para 2022 a criação de uma nova lei por forma a responder às preocupações sobre o fornecimento de semi-condutores.
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NOTÍCIAS
EMPRESAS
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EMPRESAS
RESULTADOS FINANCEIROS
Grupos empresariais de maquinaria agrícola apresentaram os seus resultados financeiros de 2021
Crescimento médio de 20% em relação a 2020 De um modo geral, os grandes grupos e as marcas de maquinaria agrícola conseguiram contornar os obstáculos criados pelos aumentos de custos e dificuldades de fornecimento e apresentar resultados financeiros positivos em 2021. Nota de destaque para o Grupo AGCO, que atingiu os melhores números de sempre, mas todos registaram um crescimento médio de 20% em relação a 2020, com a CNH Industrial a chegar mesmo aos 28% de melhoria.
Deere&Company cresce e elogia a dedicação de funcionários, revendedores e fornecedores A Deere&Company fechou o ano fiscal de 2021 com um resultado superior a 38 mil milhões de euros em vendas, quase mais 24% do que em 2020. “O forte desempenho no ano inteiro foi alcançado graças à dedicação dos nossos funcionários, revendedores e fornecedores em todo o mundo, os quais ajudaram a manter a segurança nas nossas operações de venda e atendimento aos clientes”, disse John C. May, presidente e CEO de um grupo cujo lucro líquido em 2021 se situou nos 5.217 milhões de euros, mais do dobro de 2020. “Os resultados refletem a forte procura do mercado final e a capacidade de continuar a atender clientes enquanto gerimos as questões da logística da empresa”, referiu, antes de fazer uma previsão para 2022 e 2023: “Esperamos que a procura por equipamento agrícola e de construção continue a ter ideias positivas, preços favoráveis, crescimento económico e um aumento do investimento em infraestruturas.”
CNH Industrial apresenta “crescimento em todas as áreas” A CNH Industrial, grupo ao qual pertencem marcas como New Holland, Steyr, ou Case IH, anunciou um “forte crescimento” no ano de 2021: receitas consolidadas de 29,4 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 28% em relação a 2020. No último ano antes da quebra de ligação com o Grupo Iveco, o lucro líquido foi de 1.551 milhões de euros, o que agradou a Scott W. Wine, CEO da CNH Industrial. “Estou orgulhoso e muito grato pela forma como a nossa equipa industrial da CNH superou este ano difícil. Entre desafios externos - Covid, serviço de transportes e entregas, etc. – e oportunidades internas – spin, aquisição e integração da Raven e reorganização focada no cliente – houve crescimento em todas as áreas. Este desempenho criou bases sólidas para o sucesso futuro do Grupo Iveco bem como da CNH Industrial, até por ser o segundo ano seguido com mais de 1,5 mil milhões de euros de lucro líquido. Com a mesma pujança nos nossos mercados finais, ordens de encomenda e estratégia global para o futuro, há entusiasmo por entrar em 2022 como um claro player em equipamentos agrícolas e de construção”, afirmou.
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EM ABERTO Até final de fevereiro apenas haviam sido publicados os resultados dos Grupos mencionados na peça.
RESULTADOS FINANCEIROS
Grupo AGCO superou o melhor ano de sempre O Grupo AGCO, que integra Fendt, Challenger, Massey Ferguson e Valtra, apresentou “resultados recorde em 2021”. O resultado financeiro de 9,8 mil milhões de euros (superou mesmo 2013, que havia sido o melhor ano de sempre do Grupo) representa um crescimento de 21,7% em relação ao ano anterior e o lucro líquido situou-se nos 793 milhões de euros, mais do dobro do alcançado em 2020 (370M€). Por esta razão, o trabalho das equipas foi elogiado por Eric Hansotia, presidente e CEO da AGCO. “Este desempenho foi impulsionado pela melhoria da procura geral da indústria e pela performance da equipa AGCO, que superou metas de vendas apesar dos desafios que enfrentámos. As margens operacionais ajustadas atingiram 9,1% das vendas líquidas devido ao crescimento de vendas e preços que ajudaram a compensar as pressões de custos inflacionários”, explicou, deixando uma palavra de otimismo para o futuro: “A nossa linha de produto com tecnologia inteligente procura cada vez mais ir ao encontro do que o nosso cliente pede e, olhando para 2022, vamos continuar a trabalhar com os nossos fornecedores para mitigar o impacto de problemas como aumento de custos e dificuldades nas entregas. Prevemos o crescimento das vendas e a expansão da margem em 2022.”
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EMPRESAS
Kubota apresenta resultados “positivos” No exercício encerrado a 31 de dezembro de 2021, os resultados da Kubota Corporation foram considerados “positivos”: 16,8 mil milhões de euros, representando um crescimento de 18,5% em relação a 2020. Já o lucro líquido aumentou 500 Milhões de euros, situando-se agora nos 1,8 mil milhões de euros. A fabricante japonesa superou os obstáculos e registou um crescimento assinalável, pese embora os “efeitos negativos do aumento dos preços dos materiais e das despesas de logística” reconhecidos no Relatório e Contas divulgado pela empresa. Num ano em que a Kubota nomeou Shingo Hanada como novo Presidente e CEO da Kubota Tractor Corporation, o novo líder mostrou ambição no arranque: “Estamos comprometidos em expandir nossas linhas de produtos e construir a nossa infraestrutura para melhor atender às necessidades dos nossos clientes e revendedores, e estou confiante de que continuaremos a fortalecer ainda mais a marca Kubota no mercado.”
Claas aumenta vendas pese embora a “implacável pandemia” “Apesar da implacável pandemia de coronavírus e dos funis contínuos de fornecimento, a Claas conseguiu aumentar as vendas em 19% [em relação a 2020], mostrando resultados de 4,8 mil milhões de euros. E os lucros antes de impostos cresceram significativamente para os 357 milhões de euros.” Foi desta forma que Thomas Böck, CEO do Grupo Claas, abordou o balanço de 2021 no Relatório Anual da fabricante alemã de máquinas agrícolas. O lucro líquido da Claas também mais do que duplicou de 2020 (107,1M€) para 2021 (272,6M€) e o responsável máximo manifestou-se satisfeito com “o crescimento significativo da Claas no Reino Unido, apesar da incerteza que ali existe após a saída da União Europeia” e ainda “com o lançamento de 20 novos modelos da série Trion”.
Manitou aumenta faturação em 18% Michel Denis, presidente e diretorexecutivo da Manitou, não escondeu o seu contentamento pelo crescimento da empresa francesa especializada em equipamentos de movimentação de materiais e elevação de pessoas em 2021, apresentando um resultado financeiro superior ao de 2020: 1.86 mil milhões de euros contra 1.58 mil milhões. Já o lucro líquido foi de 82,1 milhões de euros, mais do dobro de 2020 (39,6M€). “O grupo fechou o ano com um aumento de 18% na faturação em comparação com o ano anterior. Este resultado é fruto do compromisso das nossas equipas num contexto de tensões acrescidas devido às dificuldades que o mercado enfrenta a todos os níveis. Os setores, mercados e clientes contribuíram para o crescimento da procura. A organização industrial é projetada para respondermos à procura dos clientes num ambiente de tensões e aumento de preços. Face a este cenário, o grupo prevê [neste ano] um crescimento do seu volume de negócio em mais 20% em relação a 2021”, disse o gerente máximo da Manitou.
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EMPRESAS
EM FOCO
Já não é só na altura da rega
O stock que temos permite-nos ser muito rápidos e isso faz a diferença. Os nossos tempos de entrega estão em 24h.
Na Solemai os galvanizados continuam a sair como pãezinhos quentes
O DOBRO DA ARMAZENAGEM O aumento de stock levou a empresa a, desde o início de 2020, reforçar a capacidade de armazenagem. Continuar a melhorar as infraestruturas de forma a maximizar a utilização do espaço é um dos objetivos da Solemai.
“Desde 1996 que esta empresa de Milheirós (Maia) se dedica ao fornecimento de acessórios para rega agrícola e de jardinagem. Fabrica por medida e o stock disponível é imenso”. Assim começava o artigo que publicámos na nossa edição de maio/junho de 2019. Na altura, visitámos as instalações da Solemai pela primeira vez, agora, dois anos depois, voltámos a Milheirós para saber como tem evoluído a empresa. 14
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Uma das principais melhorias face a 2019 é mesmo a diminuição da sazonalidade. Com a expansão para sul (outro dos objetivos traçados há dois anos), a Solemai conseguiu estender os meses de maior procura bem para lá de junho. “Tal como tínhamos estabelecido, temos vindo a conseguir expandir o nosso mercado para o sul do país. Aquando da última entrevista trabalhávamos muito de Coimbra para cima, e hoje diria que as vendas estão distribuídas a metade (abaixo e acima de Coimbra). Os olivais gota-a-gota (na ligação das condutas para abastecimento), e a instalação de pivots têm sido os principais motores da nossa expansão a sul. Os galvanizados continuam a sair como pãezinhos quentes e durante todo o ano. O mercado do sul trouxe-nos isto. Além do setor agrícola, temos também crescido nas obras públicas, o que nos permite alargar ainda mais o período de vendas. Antes trabalhávamos muito em três meses e tínhamos o resto do ano mais parado. Agora, conseguimos estender a faturação ao longo do ano”, explicou Luís.
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EM FOCO
EMPRESAS
L
uís Rodrigues e Luís Silva, pai e filho, continuam à frente dos destinos da Solemai, mas desta vez foi apenas Luís Silva a dar a voz. Indo direto ao assunto, porque o trabalho aperta, começou por nos explicar que as grandes melhorias foram feitas ao nível da capacidade produtiva. “Desde a última entrevista, mantivemos a gama de produtos praticamente igual mas reforçámos a capacidade produtiva e a versatilidade dos nossos equipamentos. Temos mais máquinas e aperfeiçoámos as que já cá estavam. Estão também mais rápidas, de forma a diminuirmos os custos de produção, compensando os aumentos da matéria prima. Foi assim que conseguimos ter um aumento de stock e, consequentemente, de clientes”, contou Luís Silva.
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Já em 2019 era assim e hoje ainda mais: o stock é a base de trabalho da Solemai. “Permite-nos ter uma capacidade de resposta imediata e o cliente não tem de esperar”. Recordando a frase que marcou a entrevista de há dois anos: “se existir material para entrega ele sai. Os galvanizados vão saindo como pãezinhos quentes, se não for no início de junho é a meio ou no final, mas sai.”
Pandemia trouxe novos desafios O contexto pandémico trouxe uma realidade nova para a empresa ao nível da disponibilidade de matéria prima. Se no início foi possível precaveremse, em 2022 o cenário pode ser diferente. “Até aqui não tínhamos sentido a escassez de matéria prima porque mal começámos a ver a situação a complicarse comprámos a quantidade suficiente para estarmos a trabalhar sem interrupções durante um ano. Agora que estamos a analisar as encomendas para o próximo ano temos sentido a escassez e consequentes aumentos de preço.”
Consolidação, substituir a importação, e especialização Relativamente aos próximos anos “o nosso primeiro objetivo é consolidar o crescimento que obtivemos nos últimos dois anos — tivemos um crescimento de 25%/ano nos últimos dois anos, refere Luís Silva. Depois, queremos continuar a substituir a importação tornando-nos ainda mais competitivos e, um dos caminhos, é continuar a investir em máquinas”. No que toca à estratégia, a ideia passa por continuar a crescer nos galvanizados. “Até há uns anos a nossa estratégia estava mais centrada na diversificação. Hoje apostámos mais na especialização, nomeadamente nos galvanizados. Quando virmos que não conseguimos crescer mais neste segmento procuraremos novas oportunidades no mercado”, finalizou Luís Silva.
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COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS PARA AGRICULTURA E ESPAÇOS VERDES Estremoz - Sede Z. Ind. - Apartado 41 T. 268 337 040
Ferreira do Alentejo Z. Ind. - Lote 23 T. 284 739 944
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Muge Z. Ind. de Muge, Rua A - Lote 12 A - Nº 34 2125-363 Muge T. 263 151 608 / 263 098 129
Coruche Z. Ind. -Monte Barca, Lt.6 T. 243 678 041 Beja Z. Ind. - Rua da Metalúrgica Alentejana, 10 T. 284 329 278
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EMPRESAS
EM FOCO
TEXTO HUGO NEVES
“Agricom, o nosso negócio online, deu-nos 30 a 40% de crescimento” Dois anos depois, regressámos à Cimetal para perceber a forma como a empresa especializada em desenvolver soluções nas áreas de máquinas e equipamentos agrícolas e sistemas de vedações e proteção de pomares tem respondido às dificuldades criadas pela pandemia e às novas exigências dos clientes. A aposta em novas infraestruturas e a loja online de venda de peças tem sido a alavanca principal mas há margem de crescimento e as exportações serão o principal foco nos próximos anos. Em 2020, falou num novo projeto de construção de um pavilhão com área coberta de 500m2 para armazenar peças e promover o aumento da exportação. Está concluído?
Q
uando traçamos objetivos num negócio que está em crescimento é muito difícil esperar por processos burocráticos. Os nossos clientes não vão esperar por nós e como todos os mercados são dinâmicos teremos de pensar em soluções mais rápidas de concretizar. Queremos construir ainda este ano, contudo não depende de nós. Até isso acontecer avançámos com outro projeto, que já está em curso.
Qual é o projeto e que impulso pode trazer à Cimetal? O projeto é um sistema integrado de logística 4.0 que já está implementado a 85%. Trata-se de um armazém
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automático com um sistema WMS que está ligado ao nosso ERP permitindonos uma gestão integrada e flexibilidade na nossa logística. Nos dias de hoje, as alterações climáticas e a paralisação dos equipamentos agrícolas podem comprometer todo o investimento agrícola e o nosso cliente é cada vez mais exigente na qualidade e rapidez das entregas. Assim, conseguimos estar mais preparados para poder responder às suas necessidades.
Está integrado no projeto Agricom, de que falámos há dois anos? Sim. Em 2021 com a Agricom tivemos um acréscimo de 30-40% de volume de negócios online. A pandemia mudou os hábitos de quem compra, e quem vende tem que ir ao encontro dos novos desafios deste mercado. Em 2020 já estávamos preparados para a transformação digital e em 2022 estamos preparados para a qualidade e eficiência dos processos.
NAS EXPORTAÇÕES “Queremos apostar na América Latina. Neste momento já estamos a exportar para o Equador, mas queremos chegar ao mercado do Chile. Tratase de um país com ótimas condições climatéricas, que está a investir na agricultura e cujo sector representa 3.7% do PIB (mais do que a média UE, que pesa 1.3%)”, diz Carlos da Mota (gerente), na foto ao lado de Helena Mota (Dep. Financeiro).
Só referente à Agricom ou fala da Cimetal como um todo? A Agricom é a nossa área de negócios relativamente ao comércio de peças. A área de negócios da Cimetal são as máquinas e equipamentos agrícolas. O volume de negócios global tem uma média de crescimento de 20% ao ano nos últimos 10 anos.
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“O negócio online exige uma pessoa em exclusivo” A aposta numa loja online na Cimetal começou em 2012, sofreu atualizações em 2016 e, para Carlos da Mota, já é necessária nova modernização. A experiência com a Agricom já permitiu perceber que só o tempo trará sucesso. “O trabalho por detrás de um negócio online é muito dinâmico, deve ser alimentado diariamente. Há que ter alguém dedicado exclusivamente a este tema”, explicou o gerente da Cimetal, mostrando-se satisfeito com o feedback que os utilizadores já vão dando: “Em muitos casos, o utilizador consulta o nosso catálogo e antes de finalizar a compra pede o nosso parecer técnico. Não queremos que a Agricom seja apenas uma loja online, o que pretendemos é que seja uma plataforma onde os utilizadores possam consultar os produtos e especificações dos mesmos e poder seleccionar a melhor opção de acordo com as suas necessidades. O retorno deste negócio só vem com o tempo, mas podemos desde já analisar que em 2021 tivemos mais 15% de visitas que no ano anterior .” Já no que toca ao interesse geográfico do cliente, é difícil a Carlos da Mota conseguir identificar uma região que sobressaia: “A Agricom tem uma média de 34000 visitas mensais de utilizadores de todas as regiões do país, neste momento estamos a traduzir o conteúdo para inglês e espanhol e já se está a reflectir em vendas pontuais para o nosso país vizinho.”
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EM FOCO
Olhando apenas para a venda de máquinas, qual é o tipo de equipamento mais representativo para a faturação da Cimetal? Nos dias de hoje não procuramos comercializar equipamentos a baixo custo. O nosso foco é desenvolver a melhor solução para o cliente tendo em conta as exigências reais, pois o valor acrescentado será traduzido na optimização dos processos agrícolas. É necessário um novo paradigma de negócios para enfrentar as alterações climáticas. Esse é o nosso desafio como proposta de criação de valor. Neste momento o nosso foco são os equipamentos de múltiplas funções, com redução de consumo de adubos, redução do consumo de combustíveis e redução de tempos de mobilização, sementeira, colheita, etc., assim como o os sistemas integrados de agricultura 4.0.
Mas se não é qualquer cliente que sabe tirar proveito das novas tecnologias de uma máquina, também não é qualquer um que a sabe vender... A transformação digital também está na agricultura. A agricultura 4.0 é um conjunto de inovações que trazem maior agilidade, autonomia, conectividade e integração dos processos produtivos. Os nossos parceiros têm que estar informados e cabe-nos a nós investigar, ir às principais feiras e procurar as melhores soluções junto dos fabricantes de equipamentos e de quem desenvolve os produtos.
Sente falta de algum tipo de equipamento no portfólio da Cimetal? Estamos satisfeitos. Contamos com parceiros com um leque muito completo de máquinas, como por exemplo a Maschio Gaspardo. Para as culturas mais especializadas contamos com um leque muito variado, dependendo da área em causa.
EMPRESAS
Reforço da área financeira ajudou a veia comercial Em 2020, a Cimetal contava com 10 colaboradores mas, já na altura, Carlos Mota referia a importância de reforçar a equipa. Entretanto, surgiu a pandemia mas não foi obstáculo suficiente para que a empresa de Torres Novas desse um passo atrás. Bem pelo contrário. “Temos agora 11 colaboradores, em 2021 o reforço na área financeira libertou-me para a vertente comercial. Estamos ainda a recrutar mais dois colaboradores”, explicou o gerente.
Entregas e subidas de preços Sentiu mais problemas nas entregas dos fornecedores à Cimetal? Como lidou com a subida dos preços? A instabilidade dos preços causa uma grande incerteza na tomada de decisão, contudo não sentimos que o investimento agrícola tenha reduzido. Durante o último ano conseguimos antecipar os movimentos de subida de preços, fazendo um bom aprovisionamento, para garantir que tínhamos sempre resposta para os nossos clientes. Ainda assim, em algumas áreas de negócio tivemos constrangimentos no que diz respeito aos prazos de entrega.
Que previsão faz para o próximo ano? O próximo ano vai ser um ano cheio de desafios! Em primeiro lugar a questão da seca que irá pressionar muito o sector agrícola em Portugal e todas as áreas que dependam do mesmo. Por outro lado, a instabilidade a que se assiste no panorama europeu e mundial irá certamente influenciar o custo das matérias primas e, por consequência, o aumento dos preços das peças e máquinas agrícolas. Claro que iremos manter o nosso caminho, mas certos de que serão tempos desafiantes. Temos que continuar a dar resposta aos nossos parceiros agricultores, que certamente irão dar mais importância ao planeamento, eficiência dos processos e ‘know-how’ especializado.
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EMPRESAS
EM FOCO
John Deere vai abrir novo Centro de Inovação na sua sede em Espanha
SEDE Novo Centro de Inovação funcionará dentro do edifício em Parla e terá a missão de desenvolver iniciativas como laboratórios de formação ou até creches de empresas.
Objetivo passa por criar soluções inovadoras em culturas de alto valor e ainda laboratórios de formação e desenvolvimento. O peso que Espanha e Portugal têm no setor agroalimentar levou a marca a dar um novo passo na aposta de reforço da liderança do mercado ibérico.
A
John Deere revelou, no encontro anual com a comunicação social, que vai inaugurar um Centro de Inovação no seu edifício-sede em Parla (Madrid) de forma a responder ao peso estratégico que Espanha e Portugal têm no setor agroalimentar e a honrar o compromisso de continuar a liderar o mercado da Península Ibérica. Este novo Centro de Inovação terá a missão de contribuir para o crescimento de soluções inovadoras em culturas de alto valor, mas também outro tipo de iniciativas como laboratórios de formação ou desenvolvimento e até creches de empresas. Para esse efeito, há conversas adiantadas com Universidades, Escolas de Negócios e algumas Instituições públicas e privadas. “Este é o edifício mais emblemático de John Deere na Europa. Auditório, campo de testes, salas de treino... este ambiente inspira a história de inovação da empresa e do setor. Espanha e Portugal são grandes potências agrícolas, pelo que devemos promover e liderar a revolução tecnológica que está a chegar ao setor agroalimentar”, disse Eduardo Martínez de Ubago, Diretor de Negócios de John Deere Ibérica. “Este projeto irá mobilizar investimento, ideias e talento, gerando riqueza e impacto na comunidade, no ambiente e no setor”, acrescentou.
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Estratégia Smart Industrial impulsiona crescimento Na mesma conferência, a gigante norte-americana revelou os resultados financeiros do ano de estreia da Estratégia Smart Industrial. A John Deere fechou o ano fiscal de 2021 com um resultado superior a 38 mil milhões de euros em vendas, quase mais 24% do que em 2020. O lucro líquido situou-se nos 5.217 milhões de euros, mais do dobro do ano anterior. “A estratégia Smart Industrial reflete-se nos benefícios que temos. O ano de 2022 pede para sermos tão promissores quanto desafiantes”, afirmou Santiago González, gestor financeiro. Na John Deere Ibérica, a venda de tratores aumentou, em média, 6%, tendo os tratores de alta potência a registado o maior crescimento: 17%. Em 2021, a John Deere reforçou a sua posição como marca com maior número de vendas de tratores com potências acima de 150 cv e anunciou um objetivo claro para 2022: reforçar competências, dimensão e poder de investimento dos concessionários, meta integrada num plano de integração que terá novidades nos próximos meses. As negociações decorrem entre essas empresas, com a John Deere a garantir que conta com todas num ano em que ainda tenciona disponibilizar o primeiro trator autónomo para que, tal como defendeu Eduardo Martínez de Ubago, “2022 permaneça para sempre nos livros de história da agricultura.”
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ENTREVISTA
PEDRO VILAS-BOAS
TEXTO SEBASTIÃO MARQUES
“Temos uma gama ótima para um futuro de automação da agricultura” A igus, um dos principais fabricantes mundiais de polímeros e outros componentes utilizados na indústria das máquinas agrícolas, esteve presente na EMAF. Pedro Vilas-Boas, Country Manager da igus Portugal, concedeu-nos uma entrevista onde abordou a presença da empresa no mercado agrícola, bem como as inovações técnicas que prometem ser solução para o presente e futuro da agricultura.
O
responsável pela filial portuguesa, Pedro Vilas-Boas, recebeu-nos no stand da empresa na EMAF -Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos e Serviços para a Indústria, realizada na Exponor no passado mês de dezembro, para uma entrevista.
Apesar de ser um facto desconhecido para a maioria dos agricultores, a igus equipa muitos dos fabricantes de alfaias e tratores no mundo. Em poucas palavras, o que faz a igus? A igus dedica-se ao fabrico de polímeros especiais, ou seja, componentes para aplicações que tenham movimento, os chamados motion plastics. Estes polímeros destacam-se por terem incorporados lubrificantes sólidos que permitem a eliminação da necessidade de lubrificação adicional (através de massa ou óleo). Esta é a grande inovação que a igus aporta aos seus clientes, a que se junta a redução de custos.
EM 1964, GÜNTER E MARGRET BLASE FUNDARAM A IGUS NA SUA GARAGEM EM COLÓNIA MÜLHEIM. Em 2022, a empresa fornece clientes em todo o mundo com os seus motion plastics isentos de lubrificação e de manutenção. A igus é ainda líder mundial em sistemas de calhas articuladas, cabos altamente flexíveis, casquilhos deslizantes e guias lineares, bem como em sistemas de fusos com tribopolímeros. A empresa de gestão familiar, com sede em Colónia, Alemanha, está representada em 31 países e emprega mais de 4250 pessoas em todo o mundo. Em 2020 gerou um volume de negócios de 727 milhões de euros.
E onde está localizada a unidade de fabrico? A fabricação e injeção de plástico é toda realizada em Colónia, na Alemanha, existindo ainda pequenas unidades de produção espalhadas pelo mundo que se dedicam apenas a pequenos subcomponentes.
Portanto, mantém-se na cidade onde nasceu... Sim, é verdade. No entanto, são já muitas mais as filiais da empresa, por exemplo, a igus Portugal que existe no nosso país há vinte e dois anos. Neste momento somos uma equipa de dezoito pessoas, a maioria engenheiros mecânicos que têm como função prestar suporte técnico aos nossos clientes portugueses e encontrar soluções. Esta é, a par dos nossos produtos, a nossa maior mais-valia: o apoio técnico que prestamos. Este é um apoio que prestamos de forma gratuita aos nossos clientes.
Em que setores da indústria podemos encontrar componentes da igus no nosso país? Trabalhamos para todos os setores da indústria, desde a agrícola, passando pela automóvel , portuária, siderúrgica, ou mobilização de cargas. Ao nível dos fabricantes de máquinas agrícolas em Portugal trabalhamos com alguns dos maiores, e são verdadeiras referências para nós. O mesmo se passa na indústria automóvel.
A par dos polímeros, a igus também conta na sua gama com algumas soluções robóticas.
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PEDRO VILAS-BOAS
234.000
ENTREVISTA
2020, 2021 e, tudo indica, 2022, ficam marcados por grandes dificuldades no fornecimento e entrega de matérias primas e produtos. Como é que a igus tem enfrentado este fenómeno?
ARTIGOS
A igus tem disponíveis em stock 234.000 artigos, cuja duração de vida pode ser calculada online. Nos últimos anos, a empresa expandiu-se, criando start-ups internas, por ex. para rolamentos de esferas, acionamentos para robôs, impressão 3D, a plataforma RBTX para Robótica Lean e “smart plastics” para a Indústria 4.0. Entre os investimentos ambientais mais importantes encontram-se o programa “chainge” para reciclagem de calhas articuladas usadas e a participação numa empresa que produz óleo a partir de resíduos plásticos (Plastic2Oil).
Podem ter uma aplicação agrícola, nomeadamente para fabricantes nacionais? Nos robots, a igus tem já uma oferta utilizada na agricultura, nomeadamente para tarefas de pick and place - na apanha de fruta ou hortícolas. Também em aplicações de rega automática temos alguns equipamentos em trabalho. Portugal tem um imenso potencial na parte agrícola, nomeadamente no que se refere à vinha, e os robots serão essenciais no futuro para contribuir para a automatização da agricultura. A igus será um excelente parceiro de quem se procure afirmar neste setor. Temos uma gama de produto com enormes vantagens, desde os polímeros sem necessidade de lubrificação, com custo de utilização mais baixo, anti corrosão, e mais leves, até aos robots. É preciso destacar que os nossos polímeros se adaptam muito bem a ambientes de trabalho com muita sujidade, desde terra até produtos químicos. Temos uma gama ótima para um futuro de automação da agricultura.
A empresa estava muito bem preparada para a crise porque há já vários anos que vinha armazenando uma grande quantidade de matéria-prima. Por isso, temos os nossos armazéns cheios. A par disto, somos “clientes prioritários” para as maiores fabricantes de polímeros do mundo. Não prevemos qualquer tipo de atrasos neste tipo de produto, que é o utilizado maioritariamente pelos clientes agrícolas. Não temos armazém em Portugal porque trabalhamos diretamente com Colónia, mas conseguimos ter os tempos de entrega das transportadoras. Para lhe dar um exemplo, não é raro uma encomenda ser feita em Portugal às 18 horas de um dia e estar no cliente às 9h do dia seguinte.
Quais são as prioridades da empresa a breve prazo? Hoje em dia existe uma preocupação crescente com o aumento tecnológico dos equipamentos e essa é também a nossa preocupação, encontrar componentes mais económicos, tecnologicamente mais evoluídos, com custos menores, com maior durabilidade. Queremos encontrar soluções adaptadas ao cliente – temos muitos configuradores disponíveis na nossa página na internet que permitem que os produtos sejam configurados rapidamente. Podem ser encomendados facilmente na mesma plataforma online, e queremos também entregá-los de forma rápida.
outubro/novembro 2021
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MERCADOS
PORTUGAL
Matrículas de tratores agrícolas novos crescem 11% em 2021 A New Holland acabou o ano a liderar a tabela de vendas em Portugal, com 873 tratores matriculados... os mesmos que registara em 2020. A seguir vem a Solis, que deu um salto do 6º para o 2º lugar, com 565 tratores transacionados. Quanto ao segmento das potências, houve um regresso a 2017: há 3 anos que o escalão abaixo dos 50cv liderava mas, em 2021, o escalão seguinte (51-120cv) voltou a sobrepôr-se em número de vendas de tratores matriculados.
desta vez, os tratores de 51-120cv atingiram os 47,23% de vendas, superando os 43,72% do escalão abaixo de 50cv. É um regresso a 2017 pois, até aí, o escalão de 51-120cv liderava há vários anos seguidos em Portugal e, se é certo que em 2021 este novo líder não mostrou a força que tinha em 2017 (aí registou 51,31% das vendas), a verdade é que o ano passado veio inverter o triénio de maiores vendas do escalão abaixo de 50cv na agricultura portuguesa. O atual cenário começou a desenhar-se em 2018 e acentuou-se nos anos em que a pandemia impôs a sua lei (2019 e 2020). Quanto aos segmentos de maior potência, o de 121-200cv voltou a registar mais de 400 matriculações em 2021 - o que já tinha acontecido em 2018 e 2019. Em relação ao escalão de mais de 200cv, que chegou às 94 matriculações em 2019, quebrou nos últimos dois anos, tendo registado 84 matriculações em 2021.
Marcas O ‘boom’ esperado e um regresso a… 2017 A quebra residual que o mercado português dos tratores agrícolas registara de 2019 para 2020 não foi mais do que um percalço, após superado o maior impacto da pandemia. E 2021 confirmou o ‘boom’ que o fim de 2020 já indiciava: foram matriculados 5.913 tratores novos, mais 587 do que em 2020, representando um crescimento total de 11% na venda de tratores agrícolas novos. Numa análise aos segmentos de potência mais vendidos, 2021 traz uma novidade: depois de três anos seguidos em que o escalão mais baixo de potência (abaixo de 50cv) reinou em vendas no mercado português [ver quadros],
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A New Holland continua a destacar-se da concorrência: manteve a bitola elevada de 873 tratores transacionados e terminou 2020 com 14,76% de quota de mercado. Ainda que este valor seja menor em relação a 2020, foi conseguido o alargamento do fosso para a concorrência, também devido à quebra que a Kubota registou (9,2% de quota contra os 12,5% de 2020). No 2º lugar está agora a Solis: a marca indiana apresentou um aumento de vendas de 91,53% em comparação com 2020 e parece bem lançada. Atrás da Kubota surgem Deutz-Fahr e John Deere, que viram a quota de mercado descer, embora tenham aumentado as vendas.
março / abril 2022
New Holland
Top de vendas
873
unidades
Solis
Kubota
544 unid.
unid.
Marca New Holland Solis Kubota Deutz-Fahr John Deere Kioti Same LS Hurlimann Lamborghini Landini Farmtrac Case IH Massey Ferguson Tym Branson Iseki Valtra Claas Mc Cormick Fendt Hinomoto A. Carraro VST E Kubota Dong Feng Ferrari BCS Preet Carraro Outros
2021 873 565 544 523 444 388 255 241 236 230 188 176 143 132 122 108 101 98 83 76 62 58 56 43 34 31 25 20 16 14 28
2020 873 295 664 501 438 374 253 249 191 231 135 39 122 131 79 100 86 121 64 84 62 42 49 24 0 31 19 10 3 2 54
Total Mercado
5913
5326
565
unidades
unidades
% Variação
0,00 91,53 -18,07 4,39 1,37 3,74 0,79 -3,21 23,56 -0,43 39,26 351,28 17,21 0,76 54,43 8,00 17,44 -19,01 29,69 -9,52 0,00 38,10 14,29 79,17 0,00 0,00 31,58 100,00 433,33 600,00 -14,77 11,02
% Mercado 2021 14,76 9,56 9,20 8,84 7,51 6,56 4,31 4,08 3,99 3,89 3,18 2,98 2,42 2,23 2,06 1,83 1,71 1,66 1,40 1,29 1,05 0,98 0,95 0,73 0,58 0,52 0,42 0,34 0,27 0,24 0,47
2020 16,39 5,54 12,50 9,41 8,22 7,02 4,75 4,68 3,59 4,34 2,53 0,73 2,29 2,45 1,48 1,88 1,61 2,27 1,20 1,58 1,16 0,79 0,92 0,45 0,00 0,58 0,35 0,18 0,06 0,04 1,01
100,00 100,00
Expurgámos os ATV, UTV homologados sob a categoria T e Telescópicos. Origem: IMT / Fonte: ACAP
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ABOLSAMIA_2022_OUTLINES.pdf 1 04/02/2022 12:13:51
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
MERCADOS
Marcas
PORTUGAL
<50cv
51-120cv 121-200cv >200cv
Total
Modelo mais vendido da marca
Unid.
New Holland
268
568
37
0
873
New Holland T5.115
Solis
414
151
0
0
565
Solis 26 4WD Stage V
Kubota
279
248
17
0
544
Kubota B2261
68
Deutz-Fahr
41
431
48
3
523
DF 3060
52
John Deere
50
198
163
33
444
JD 5075 E
29
Kioti Same LS Hurlimann Lamborghini Landini Farmtrac Case IH Massey Ferguson Tym Branson Iseki Valtra Claas McCormick Fendt Hinomoto A. Carraro VST E Kubota Dong Feng Ferrari BCS Preet Carraro Outros
317 25 236 29 34 95 156 0
70 229 5 206 195 91 20 101
1 1 0 1 1 2 0 35
0 0 0 0 0 0 0 7
388 255 241 236 230 188 176 143
Kioti DK5010N Same Argon 80 LS R41 Hurlimann XE 80 Lamborghini Crono 80 Landini 2-050 Farmtrac 26V 4WD Farmall 115C
Total
111 42 113 28 33 72 113 14
33
67
31
1
132
MF 1532
16
115 99 101 0 0 43 0 51 23 43 34 31 17 13 16 0 22
7 9 0 26 54 30 12 7 33 0 0 0 8 7 0 14 6
0 0 0 44 26 2 42 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 28 3 1 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
122 108 101 98 83 76 62 58 56 43 34 31 25 20 16 14 28
Tym TS 25 Branson 2900/2900 H Iseki TM 3247 Valtra G135 Claas Elios 240 McCormick X2.30 Fendt 211 Vario Hinomoto 255 NM Tigre 4400F Fieldtrac 224D EK 1-261 DF 304G2 Ferrari Cromo K40 RS VALIANT L600 AR Preet Avenger 26 Agricube 105F
41 28 30 10 10 21 12 28 12 18 34 17 5 4 14 5
2585
2793
451
84
5913
7,63%
1,42
43,72% 47,23%
Março foi mês mais proveitoso Depois de um 2020 menos proveitoso em termos de vendas, o ‘boom’ esperado para 2021 teve efeitos ao cabo do primeiro trimestre. Do total de 5.913 tratores matriculados, 704 foram vendidos em Março, o melhor mês de um ano que viveu ainda outros três meses com matriculações acima das cinco centenas: Junho (606), Outubro (551) e Dezembro (541). A reta final do ano trouxe, por isso, boas notícias para as marcas e a expectativa para 2022 é que o cenário positivo continue.
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Marcas e modelos mais vendidos por segmentos de potência Segundo os dados do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), apesar de a New Holland ter matriculado mais tratores, foi a Solis que teve o modelo mais vendido: o Solis 26 4WD Stage V registou 313 unidades transacionadas, mais 200 do que os que registaram o segundo melhor número - o LS R41 e o Farmtrac 26D 4WD, com 113 unidades. Já quanto a marcas líderes nos escalões de potência, abaixo dos 50cv o destaque vai para a Solis: 414 tratores matriculados novos, quase mais 100 do que os 317 da Kioti. No escalão 51-120cv, o cenário muda de figura: aqui mandam a New Holland (568 tratores matriculados novos) e a DeutzFahr (431), surgindo a concorrência mais próxima a mais de 180 máquinas de diferença. O escalão 121-200cv é a ‘praia’ da John Deere: 163 tratores vendidos. No escalão acima de 200cv, a marca norte-americana também lidera mas de forma bem menos confortável: 33 tratores novos matriculados, contra 28 da Valtra.
CF Moto destaca-se nos ATV’s e UTV’s Analisando o mercado de vendas de ATV’s e UTV’s em 2021, há uma marca que sobressai entre as restantes: CF Moto. Embora veja a Linhai na liderança das vendas de ATV’s – 639 unidades, com um crescimento de 38% em relação a 2020 – a CF Moto também cresceu (22%) neste segmento e reforçou ainda a liderança no Top de Vendas de UTV’s, com 124 unidades transacionadas (aumento de 70% em relação a 2020), mais 47 unidades do que a BRP. Em números gerais, o mercado de vendas de ATV’s e UTV’s cresceu em 2021: o primeiro registou 1.337 vendas contra as 921 de 2020 (+45%) enquanto o segundo atingiu as 417 vendas contra as 386 de 2020 (+8%).
março / abril 2022
Unidades Marca
%
% Mercado
2021
2020
Var
2021
2020
Linhai
639
463
38.01
47.79
50.27
CFMoto
254
208
22.12
19.00
22.58
Segway
199
-
-
14.88
-
Polaris
124
120
3.33
9.27
13.03
Quaddy
61
81
-24.69
4.56
8.79
BRP
26
26
0
1.94
2.82
Hisun
17
-
-
1.27
-
Goes
12
7
71.43
0.90
0.76
Arctic Cat
5
16
-68.75
0.37
1.74
1.337
921
Total
45.17 100.00 100.00
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2021
2020
Evol. 21/20
Marca Galucho Herculano Rates Joper Reboal Massil Outeiro Costa Rebossil Agriduarte Rocha Outros
Total 447 444 292 193 174 89 43 23 20 16 14 109
% 24 23,8 15,7 10,4 9,3 4,8 2,3 1,2 1,1 0,9 0,8 5,8
Total 652 357 335 222 78 116 35 17 42 16 25 119
% 32,4 17,7 16,6 11 3,9 5,8 1,7 0,8 2,1 0,8 1,2 5,9
Unid. -205 87 -43 -29 96 -27 8 6 -22 0 -11 -10
% -31,4 24,4 -12,8 -13,1 123,1 -23,3 22,9 35,3 -52,4 0 -44 -8,5
Total
1864
100
2014
100
-150
-7,45
simple | intelligent | feeding
Reboques No que diz respeito aos reboques, registou-se uma quebra de 150 unidades matriculadas em relação ao ano de 2020, correspondente a 7,5%. A reta final do ano trouxe boas notícias, com duas empresas do Top 5 a superarem mesmo os números registados no ano anterior: Herculano e Ja&ma Reboal. Os primeiros discutiram mesmo até ao fim a liderança de vendas com a Galucho. Ainda assim, e tal como já se registava em Outubro, a Galucho é a que mais matricula mas também foi a que registou maior quebra em relação a 2020 entre o Top 5, com menos 31,4%. Essa razão prende-se, como explicou Jorge Carvalho, diretor comercial da Galucho, a abolsamia com o comportamento das empresas no final de cada ano civil: “Quer no último mês de 2020, quer nos dois primeiros meses de 2021, não pedimos matrículas. E agora, em mês e meio de 2022, já pedimos 64 matrículas. Tem muito a ver com a estratégia das empresas no virar de cada ano.” Referência final para Herculano e Ja&ma Reboal: se a empresa de Oliveira de Azeméis cresceu 24,4% nas vendas em relação a 2020 e ficou com a quota de mercado (23,8%) ‘encostada’ à da Galucho, a empresa de Famalicão apresenta um crescimento de 123,1%: vendeu mais 96 reboques em 2021 do que os 78 que transacionara no ano anterior.
Unidades Marca CFMoto BRP Polaris Quaddy John Deere Kubota Corvus KL Linhai Hisun Kioti MX
%
% Mercado
2021 124 77 64 33 29 27 18 16 14 9 6 0
2020 73 72 59 15 33 30 18 63 15 6 2
Var 69.86 6.94 8.47 120.00 -12.12 -10.00 0 -74.60 -6.67 0 -200
2021 29.74 18.47 15.35 7.91 6.95 6.47 4.32 3.84 3.36 2.16 1.44 0
2020 18.91 18.65 15.28 3.89 8.55 7.77 4.66 16.32 3.89 1.55 0.52
417
386
8.03
100.00
100.00
Total
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NOTÍCIAS
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MERCADOS
EUROPA
Apesar dos resultados recorde, indústria de máquinas agrícolas não consegue realizar todo o potencial de vendas Análise ao ano 2021 e desafios para 2022 da Associação Alemã de Máquinas Agrícolas (VDMA)
FÁBRICAS Muitas tiveram de desacelerar a produção no final do ano.
Os fabricantes de máquinas agrícolas alemães aumentaram as suas vendas para níveis recordes no ano passado. O aumento sustentado nos mercados de commodities agrícolas atuou como um importante motor de desenvolvimento de negócios, informou a VDMA. A procura foi particularmente forte nos tratores, soluções de sistemas digitais e tecnologia de proteção de culturas. “No total, as vendas aumentaram 16% para cerca de 10,5 mil milhões de euros. Significa a continuação do crescimento excepcional dos últimos dois anos. O valor das exportações continua a crescer, aumentando até 19% em 2021”, diz o Dr. Bernd Scherer, Diretor Administrativo da Associação de Máquinas Agrícolas VDMA.
Efeito “funil” do abastecimento e logística diminui resultados anuais No entanto, a Associação refere que poderia ter sido ainda melhor. “O potencial de vendas nos mercados internacionais era ainda muito maior. Afinal, os pedidos recebidos em 2021 estiveram consistentemente num nível duas vezes superior ao aumento das vendas no ano”, explica Scherer. Aumentos extremos de preços e efeitos “funil” no lado da oferta e logística desaceleraram de forma acentuada a produção no final do ano. ”No quarto trimestre de 2021, o crescimento das vendas foi apenas 5% acima do ano anterior – um desenvolvimento que os nossos economistas já tinham previsto no verão”, disse o experiente especialista do setor.
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março / abril 2022
180 fabricantes de máquinas agrícolas, tratores e sistemas de software são associados da Associação Alemã de Máquinas Agrícolas (VDMA).
Atrasos são grande desafio A indústria está empenhada a tentar processar as carteiras de encomendas em tempo útil. Estão a ser exploradas rotas alternativas de abastecimento e logística para componentes; no entanto, devido à falta de navios porta-contentores, a única opção disponível em muitos lugares é o transporte aéreo, muito mais dispendioso. As incertezas também podem ser observadas nos mercados agrícolas. “Além do facto dos agricultores estarem atualmente confrontados com aumentos de preços de matérias-primas muito acentuados, os preços pagos ao produtor, que até se encontram em crescendo, baseiam-se, em geral, em pressupostos que bastante frágeis. Por exemplo, a importação de leite por parte da China está muito dependente do “clima económico” dos consumidores”, resumiu Bernd Scherer.
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EUROPA
MERCADOS
Efeito funil da oferta atrasa crescimento Resultados do Barómetro de Negócios CEMA de janeiro de 2022
No que diz respeito às expectativas para a entrada de pedidos (um indicador que não alimenta o Índice Geral de Clima de Negócios), o ceticismo generalizou-se nos representantes da indústria (mais pessimistas do que otimistas pela primeira vez desde o final de 2020). No entanto, de momento, os fabricantes continuam a ser confrontados com uma grande dinâmica de entrada de pedidos por parte dos concessionários - apesar das encomendas já estarem em níveis recorde. De acordo com o resultado do inquérito, os stocks dos concessionários com máquinas novas foram significativamente reduzidos nos últimos meses e, assim, pode já estar abaixo do nível ótimo na maioria dos mercados. Da mesma forma, o stock de máquinas usadas foi, em geral, “limpo”.
Clima de Negócios
Índice de Desenvolvimento
Índice Geral de Clima de Negócios CEMA (CBI) - Total
80 CBI
60
58
Situação Atual
40
Expetativa Futura
20 0 -20
201201 201203 201205 201207 201209 201211 201301 201303 201305 201307 201309 201311 201401 201403 201405 201407 201409 201411 201501 201503 201505 201507 201509 201511 201601 201603 201605 201607 201609 201611 201701 201703 201705 201707 201709 201711 201801 201803 201805 201807 201809 201811 201901 201903 201905 201907 201909 201911 202001 202003 202005 202007 202009 202011 202101 202103 202105 202107 202109 202111 202201
O Índice Geral de Clima de Negócios para a Indústria de Máquinas Agrícolas na Europa tem vindo a estabilizar num nível elevado após vários meses de ligeira curva descendente desde o pico recorde em maio e junho (onde atingiu o seu nível mais alto desde 2008). Em janeiro, aumentou ligeiramente para 58 pontos (numa escala de -100 a +100).
-40 -60 -80
CBI=média geométrica de 1) avaliação da situação atual do negócio e 2) expetativa de volume de negócios: Escala do índice de -100 a +100-, Índice positivo para 1) maioria dos inquiridos avalia a situação como favorável e vice versa; Índice positivo para 2) maioria dos inquiridos espera nos próximos seis meses um aumento do volume de negócio e vice versa (comparando respetivamente com o nível obtido no ano anterior)
Fonte: Barómetro de Negócios CEMA
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MERCADOS
MUNDO
Mercado das Máquinas Agrícolas apresenta números recorde mas conflito na Ucrânia afeta previsões para 2022 A Federação de Construtores de Máquinas Agrícolas Italianos (FederUnacoma) fez a análise ao ano de 2021 e admite que os desafios de crescimento sustentado para 2022 sofrem revés com a guerra na Europa de Leste.
Guerra na Ucrânia deixa tudo em suspenso
O mercado mundial de máquinas agrícolas manteve a sua fase ascendente de vendas em 2021, depois de já ter demonstrado um crescimento notório em 2020, com aumentos em quase todos os principais países (registara subida de 7,7% para 2,2 mil milhões de unidades). Na conferência de imprensa da FederUnacoma, o cenário apresentado foi de sucesso: o mercado europeu registou um crescimento de 16,6% de acordo com os dados divulgados pelo Comité Europeu de Fabricantes Agrícolas (CEMA), apresentando números na ordem das 180 mil unidades contra as 154 mil de 2020. Aqui continuam a dominar França e Alemanha, com 36 mil (+9,2%) e 35 mil unidades (+8,8%) vendidas respetivamente, mas o maior crescimento foi da Polónia (43%), logo seguida da Itália (36,6%), embora tenham números inferiores de vendas: 20.200 e 24.400 unidades, respetivamente. Para Alessandro Malavolti, presidente da FederUnacoma, existem “várias razões para este bom desempenho”, nomeadamente “o saldo positivo do ano agrícola para os cereais e o pacote de incentivos ativado em muitos países de apoio ao sector primário e à recuperação no pós-pandemia.” No caso das vendas de tratores italianos para o estrangeiro, cresceram 20,8%, enquanto a venda de outras máquinas agrícolas subiu “cerca de 19%”, tendo as exportações aumentado, na sua generalidade, 20% no total de 2021. Ainda assim, neste capítulo específico trata-se de um recuo bastante significativo se pensarmos que no primeiro semestre de 2021, o crescimento nas exportações era de 57%.
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março / abril 2022
Estados Unidos e Índia fecham o ano com números marcantes De acordo com os dados publicados pela Associação Nacional de Fabricantes dos Estados Unidos, o país registou 318 mil tratores (subida de 9,5% em relação aos 288 mil de 2020), enquanto a Índia consolidou a sua supremacia no mercado mundial das máquinas agrícolas, ao ultrapassar as 900 mil unidades vendidas, um aumento de 13% relativamente ao ano anterior. Já a China ainda não revelou os dados finais de 2021 mas já em 2020 apresentara números recorde (+47% em relação a 2019).
A “dinâmica promissora” que as exportações de tratores italianos e maquinaria agrícola para a Rússia e a Ucrânia demonstraram ao longo de 2021 sofreu um revés com a mudança de cenário naquela zona do globo. As exportações de máquinas agrícolas italianas para a Rússia entre janeiro e novembro de 2021 valeram 124 milhões de euros (+29%), e para a Ucrânia representaram 63 milhões de euros (+52%) mas as previsões globais para 2022, positivas no início do ano, serão agora impactadas pelo conflito militar russoucraniano, que influenciará a economia global. Contudo, os efeitos são, nesta fase, ainda difíceis de medir.
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Cartaz_Herculano 230_297.pdf
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MERCADOS OPINIÃO
Uma reflexão sobre a Indústria de Tratores fevereiro de 2022
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Atomictractor, desenvolvemos novos métodos de propulsão para tratores sem a utilização de motores de combustão interna. Outras empresas a que devemos estar atentos são, por exemplo, a JCB, com o seu motor a hidrogénio, a Farmtrac, com o seu 25G a bateria, ou as unidades totalmente elétricas e autónomas de alta tecnologia do trator Z e da Monarch. Estes tratores chegarão à Europa num future não muito distante. Embora na sua infância, estes são os designs dos tratores que dominarão, cada vez mais, o futuro.
ue louco período temos visto no Mundo durante estes últimos dois anos! A Covid colocou alguns setores da economia em suspenso mas, por outro lado, surgiram novos negócios que não só se estabeleceram como se puderam expandir. Os custos energéticos têm alimentado a inflação e tal tem impacto nos custos de produção e, consequentemente, nos preços de quase todos os produtos que queiramos comprar. E depois olhamos para a situação política nos Leste europeu e perguntamos... “para onde é que este mundo vai?” No entanto, o fator constante em toda esta situação é que as pessoas precisam de comer e a tendência para uma melhor nutrição está a crescer em todo o mundo. Isto significa que a produção de alimentos e todos os itens associados, tal como a maquinaria agrícola e os tratores, continuam a ter uma procura crescente. Tal é especialmente verdade para as altas tecnologias que tornam a indústria agrícola cada vez mais eficiente. Por outro lado, e tal como colocado em evidência pela COP26, há a necessidade de regular o desenvolvimento de uma maquinaria mais “verde”. Assim, na maior parte do globo temos assistido a um aumento da procura por tratores, o que resulta em melhores resultados em vendas e lucros para os grandes grupos fabricantes. Isto apesar da escassez de componentes terem sido, e continuarem a ser, um problema para as fábricas – em especial para itens eletrónicos e chips de computador. Um dos impactos da Covid foi a impossibilidade dos fabricantes de tratores apresentarem os seus novos produtos em feiras – a maioria foi adiada. Por isso, a maioria da indústria transitou para lançamentos online o que exigiu mudanças nas táticas de marketing. Como mostrar os novos produtos sem que o agricultor possa tocar-lhes! A minha previsão é de que nem todas as grandes marcas voltarão às grandes feiras. Algumas pouparam muito dinheiro ao não terem de montar grandes stands em Paris ou Hannover e pesarão os custos versus os benefícios antes de se voltarem a comprometer em reaparecer. Algumas das mais excitantes novidades a chegar ao mercado ainda se encontram nas primeiras etapas de comercialização. Na minha empresa, a
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Por Campbell Scott, fundador da Atomictractor Ltd. e exdiretor de marketing e relações públicas da Massey Ferguson para a EAME.
Então, em que direção irão os grandes fabricantes de tratores no próximo ano e seguintes? Bem, desenvolver novos tratores é um pouco como pintar uma longa parede: quando chegas a uma ponta é necessário começar tudo de novo. Por isso, a próxima tarefa será assegurarem-se de que todos os tratores dos vários segmentos de potência cumprem as regras relativas a emissões e os requisitos de segurança impostos pela Mother Regulation. Ao mesmo tempo, a maioria incluirá novas funcionalidades nos tratores de potências mais elevadas, nomeadamente na área da tecnologia de agricultura de precisão. No segmento de potências mais baixas, é expectável que continuemos a ver cada vez mais tratores compactos vindos da Ásia. Os grandes volumes e o baixo custo de produção nestes países permitelhes fabricar tratores com menos tecnologia/ baixas especificações de forma muito barata, o torna difícil competir com eles caso o preço seja a única preocupação do agricultor. Para os concessionários, a necessidade de prestar um serviço de primeira classe nos produtos mais caros tornar-se-á ainda mais importante, e muitos técnicos precisarão de ter formação, cada vez menos na área da engenharia mecânica pura e cada vez mais na eletrónica e tecnologia elétrica e, em alguns casos, em engenharia química. Se acredita que a indústria dos tratores é o parente “tecnologicamente pobre” da indústria automóvel, dos camiões, aviões e autocarros, preste atenção – esta é uma das indústrias mais estratégicas do mundo. A segurança alimentar precisa de agricultores eficientes com acesso às melhores e mais recentes tecnologias – disponibilizadas a preços acessíveis – e apoiados por profissionais!
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Herculano pelo Mundo No final de 2020 realizámos a primeira de uma série de reportagens sobre a expansão da Herculano por mercados estrangeiros. Nessa altura fomos até à Nova Zelândia. Agora ficamos pela Europa, onde o fabricante de Oliveira de Azeméis tem cimentado as suas vendas e reputação. Iniciamos o roteiro europeu pela Bélgica e França. 32
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“Equipamentos adaptados às nossas explorações”
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a Bélgica o projeto é liderado por um dos maiores concessionários do país, a Cnudde BV, que vê na gama da Herculano uma excelente solução para os seus clientes, nomeadamente para explorações leiteiras. Falámos com Jan Cnudde, coproprietário e gestor da empresa. É uma empresa familiar sediada em Lokeren, Bélgica, fundada na década de 60 por Philibert Cnudde. Atualmente é propriedade de três dos seus filhos: Geert, Paul e Jan. Desde sempre associada à marca de tratores Deutz-Fahr, é o maior revendedor (em números de vendas) no Benelux (Bélgica, País Baixos e Luxemburgo) em 2014. Trabalha com a Herculano desde 2015.
Quais os pontos fortes da Herculano ? Tem uma excelente relação qualidade/preço e uma política de proximidade única com os seus distribuidores. Para além de terem as portas sempre abertas para nos receber, para
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PRESENÇA EM FEIRAS Três HTP tridem em exposição na Bélgica. Através do seu concessionário Cnudde BV, a Herculano tem sido presença assídua em várias feiras, como é o caso da Werktuigendagen em Oudenaarde.
Bélgica
Cnudde BV nos ouvirem – o processo de desenvolvimento do reboque HTP, no qual estivemos envolvidos, é um bom exemplo – , ainda levam a cabo iniciativas, como a viagem de concessionários, que não conheço em mais nenhuma marca no mundo das máquinas agrícolas.
Qual a recetividade do mercado belga para os produtos da marca? Após sete anos de trabalho podemos dizer que a Herculano é uma marca bastante conhecida pelos agricultores belgas, sendo os reboques monocoque, bem como os reboques compactos, os produtos com maior procura. A opinião dos agricultores que possuem equipamentos Herculano é de que têm uma performance muito boa e adaptada às suas explorações.
Existe um cliente tipo? São sobretudo explorações leiteiras mas existem também vários agricultores de menor dimensão que optam pelos reboques compactos.
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PUBLIRREPORTAGEM
“A Herculano é muito conhecida no mercado francês” França
Sarl Mat Anjou
Monocoques Versátil, resistente e funcional, são as características que melhor definem o HTP Herculano. Foi especialmente desenvolvido para as tarefas mais duras e exigentes como os trabalhos na construção e nas obras públicas, no entanto, estende a sua utilização a outras tarefas, nomeadamente o transporte de silagem ou outros produtos agrícolas, utilizando para o efeito taipais suplementares.
HTP Possui um chassi extremamente robusto e uma caixa construída integralmente em aço Hardox 450 de 6mm de espessura, com elevadas características de resistência ao desgaste e ao impacto, garantindo uma vida útil muito longa ao equipamento. A Cnudde BV foi uma das envolvidas no desenvolvimento do HTP.
Principais caracterísitcas Caixa em chapa hardox 450 6mm Caixa cónica e porta hidráulica Basculamento a 58o com estrutura oscilante dupla no cilindro de basculamento Sistema hidráulico independente que pode debitar até 125 litros por minuto (1000 rpm) Chassi em tubo estrutural Ferpinta
Em França a SARL MAT Anjou, localizada em Beauforten-Anjou, no noroeste do país, entre Nantes e Le Mans, é também ela uma empresa familiar, gerida por Didier Chevalier. Numa zona fortemente agrícola, os equipamentos Herculano têm-se destacado entre os produtores de cereais.
Há quantos anos trabalham com a Herculano ? Há sensivelmente quinze anos. Tivemos o primeiro contacto com a Herculano em Espanha, através de outros concessionários que já trabalhavam com a marca e acabámos por criar esta parceria.
Quais os pontos fortes da Herculano? A relação humana e a disponibilidade dos profissionais da empresa são sem dúvida uma das mais valias. Somos uma visita frequente das instalações no Loureiro, já este ano lá estivemos, e somos sempre muito bem recebidos e ouvidos. Este é um ponto muito importante para o desenvolvimento de parcerias duradouras. Isto sem falar, obviamente, da qualidade do produto.
Qual a recetividade do mercado francês para os produtos da marca? Depois de vários anos de trabalho conjunto, podemos dizer que a Herculano é uma marca bem conhecida no mercado francês. Os equipamentos com maior procura são os reboques. Os clientes que os compram ficam muito satisfeitos, gabando bastante a sua durabilidade e robustez.
Existe um cliente tipo? Os maiores utilizam-nos para o transporte de cereais. Temos até um caso curioso de um cliente que adquiriu dois reboques HMB depois de ter trabalhado com um emprestado por um agricultor vizinho.
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PRODUTO
EM FOCO
KUBOTA
M5091NQ
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stava um dia soalheiro de dezembro, em Fráguas, concelho de Rio Maior, quando a Horto São Silvestre nos recebeu para apresentar a sua mais recente aquisição: um Kubota M5091NQ com rastos no eixo traseiro. A ocasião era de assinalar, não fosse este o segundo de dois tratores existentes no nosso país. No entanto, para quem conhece Reinaldo Costa, proprietário e gerente da empresa, sabe que nesta casa, tratores são Kubota.
Do 245 ao 5091 A história da relação de Reinaldo com a marca japonesa vem de trás, dos tempos em que o seu pai se dedicava à vinha e à criação de porcos, trabalhos que desempenhava com um 245. A imagem que guardou marcou-o de tal forma que, ao dia de hoje, tem seis tratores “laranja”. “Quando fiz o meu primeiro projeto até adquiri um Landini mas havia um trator que não me saía da cabeça... era o Kubota 245 com tração do meu pai”, começou por contar. “Mais tarde, em 2009, quando tive necessidade de adquirir outro trator, optei por um Kubota 6040. Gostei bastante deste trator, que guardo até ao dia de hoje. Com 10.000 horas nunca teve avarias!”, contou orgulhoso. Mas as coisas não ficaram por aqui. “De seguida, comprei outro Kubota. Desta vez um 6060 sem cabine – tínhamos instalado estufas e precisávamos de um trator para esses serviços”, explicou. A exploração foi crescendo e Reinaldo sentiu a necessidade de tratores com mais cavalagem. É assim que se juntam ao parque de máquinas dois M5091, um em 2018 e outro em 2019. “Todos estão equipados com rodados médios para andar “dentro” das parcelas de hortícolas. Um dos M5091 está também equipado com GPS para a marcação dos camalhões”, contou o agricultor de Fráguas.
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O sexto Kubota adquirido pela Horto São Silvestre, empresa de Rio Maior dedicada à produção biológica de frutas e hortícolas, não é um trator qualquer: um especializado com rastos no eixo traseiro. Fomos descobrir os motivos para uma escolha ainda pouco habitual.
UM TRATOR QUE NÃO SAI DA CABEÇA
Terrenos diferentes pedem tratores diferentes O sucesso da Horto São Silvestre nos hortícolas levou a empresa não apenas à diversificação de culturas, mas também ao aumento de área. Um dos terrenos que adquiriu não apresentava condições ótimas para hortícolas e, como tal, Reinaldo decidiu plantar um pomar. “Os terrenos onde o instalámos têm algum declive e são solos difíceis de cultivar. Portanto, não vimos condições para lá fazer horticultura. Tendo já uma distribuição nacional para os produtos hortícolas, e como até já comprava fruta a terceiros, aproveitámos para também produzir fruta, instalando um pomar de 10 hectares”, explicou. O declive e o solo argiloso colocaram problemas de tração e aderência
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aos tratores. Por isso, Reinaldo decidiu ir ter com a... Kubota, pois claro, para averiguar a possibilidade de ter um trator fruteiro com sistema de rastos. Outro ponto importante na equação que levou à procura de um trator com esta configuração, foi a reduzida compactação do solo provocada pelos rastos quando comparado com um trator de rodas “normais”. “Conseguimos assim evitar futuros problemas de erosão do solo. Ainda mais, instalámos um prado permanente nas entrelinhas que não nos interessa que seja afetado aquando da realização dos tratamentos de inverno”, referiu Reinaldo a propósito. A escolha acabou por recair num M5091NQ com rastos no eixo traseiro. O trator estará encarregue, sobretudo, de três trabalhos: a aplicação dos fungicidas no inverno, a limpeza junto das árvores com o intercepas e, claro, a colheita através do transporte de palotes.
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EM FOCO
PRODUTO
TEXTO SEBASTIÃO MARQUES
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A empresa nasceu em 1999 com o propósito de fazer agricultura em modo de produção biológico. Iniciando-se com 2,5 hectares de hortícolas trabalha, ao dia de hoje, 60 hectares, entre hortícolas e frutícolas. Toda a produção está no concelho de Rio Maior. 10 hectares são um pomar, havendo a possibilidade de ser aumentado para 14, num futuro próximo. Tudo em modo de produção biológico.
Empresa HORTO SÃO SILVESTRE SOCIEDADE AGRÍCOLA LDA Fráguas, Rio Maior
REINALDO COSTA “Não tive oportunidade de o experimentar antes da compra, apenas o tinha visto em revistas e vídeos. Procurei opiniões de agricultores, sendo que em Portugal apenas existe outro trator destes”, referiu a propósito do novo M5091NQ com rastos.
O CONCESSIONÁRIO É A M.J. NALHA, LDA, DA CHAMUSCA (esq.-drt. em cima: Paulo Vieira (T.Ibéricos), Márcio Seabra (operador Horto São Silvestre), Reinaldo Costa, José Lopes (técnico MJ Nalha), Bruno Faria (cliente MJ Nalha), Afonso Nalha e José Manuel Nalha; em baixo: Valter Roberto e Tiago Lopes (operadores Horto São Silvestre)
As infraestruturas e a produção “Produzo muita batata doce, muitas abóboras, batata, cebola. Curgetes, pimento, beringela, couve (brócolo, lombarda, coração), e alface. Ainda assim, o nosso top de vendas é a cenoura mas compramos quase toda a terceiros.”
A transição para o biológico “Em 1998 andava numa encosta aqui perto da sede a aplicar inseticida e houve um pequeno escorrimento para uma charca que tenho. O resultado foi a morte dos peixes que lá existiam. Esse momento teve um grande impacto em mim e fez com que me iniciasse numa agricultura diferente. Em 1999 fiz a certificação para modo de produção biológico. Pouco depois, com a crise das vacas loucas, a procura por produtos biológicos deu um “salto” bastante significativo. O interesse crescente da comunicação social foi também ajudando. Ao mesmo ritmo, fui certificando mais e mais terrenos. Hoje a agricultura biológica é um mercado que movimenta muitos milhões de euros. Eu produzo quase tudo por encomenda. ”
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EM FOCO
Kubota M5091NQ Candidato a Melhor Especializado em 2018
Principais vantagens
O primeiro contacto que tivemos n’abolsamia com este trator foi em França, perto de Montpellier. Corria o ano de 2017, e o M5091NQ era candidato na categoria de Melhor Especializado ao Tractor of the Year 2018 – distinção que acabou por sorrir ao Fendt 211 Vario V. “Na mobilização de solo com grade rápida, o trator revelou um desempenho agradável e ágil, com destaque para o impressionante raio de viragem nas cabeceiras, devido à atuação do sistema Bi-speed. O M5091NQ apresenta-se mais estável e equilibrado do que o modelo correspondente da geração anterior, o que se deve a um acerto estrutural por a distância entre eixos ter sido aumentada em 80 mm. Uma nota também para a modificação feita a nível da caixa, em que o número de relações passou de 5 para 6. Esta evolução torna menos frequente a necessidade de se alternar entre gamas, o que contribui para um maior conforto durante o trabalho. A localização da caixa de arrumos, por estar demasiado exposta a potenciais embates, é um aspeto a rever”, escrevemos na altura (a análise pode ser consultada na íntegra na página 50 e seguintes, da edição 111 da revista abolsamia). Entre as várias versões do M5091NQ à disposição para teste encontrava-se a configuração com rastos no eixo traseiro, da qual destacámos precisamente “a utilidade para tipos de solo onde se coloca o desafio de obter uma boa capacidade de tração e em simultâneo uma baixa compactação”.
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MOTOR Fabricante/ Modelo Nº de cilindros /cilindrada Potência máxima Binário máximo Nível de emissões TRANSMISSÃO Configuração Velocidade máxima
Kubota/V3800 4/3769 cm3 95cv 342 Nm às 1500rpm Fase IIIB/Tier 4i Semi-pwershift 18/18 30 km/h
HIDRÁULICO
Fluxo da bomba
Traseira:2.300kg Ft:1.600kg 69 L/min
DIMENSÕES Distância entre eixos Carga máx. admissível
2.130 mm 4.000kg
Capacidade de elevação
Baixa compactação e capacidade de tração Paulo Vieira, gestor comercial da Tratores Ibéricos, destacou as principais qualidades de uma máquina que se distingue pela sua especificidade. “É um trator bastante específico para determinados contextos e que apresenta como principais vantagens a baixa compactação e a capacidade de tração em terrenos com declive acentuado, argilosos ou sujeitos a alagamento”, começou por explicar. “Tem 95 cavalos, é uma versão narrow (estreita), que na sua configuração de rodas tem muita saída no nosso país – perto das 100 unidades por ano. Conta com inversor hidráulico, caixa de 18x18 (única disponível para a configuração de rastos), plataforma direita, e Bi-speed. Pode ainda equipar com cinco grupos de válvulas atrás, e dois à frente, com regulador de caudal independente”, sintetizou. Em relação à possibilidade de fazer estrada com este equipamento, Paulo Vieira foi taxativo. “Pode andar na estrada, faz 30 km/h de velocidade máxima – sendo o único contra um desgaste prematuro das lagartas”, explicou.
Preço e garantia Em relação ao preço, quando comparado com a versão de rodas, este “tem um custo 30% mais elevado”, partilhou o responsável (o PVP recomendado das versões de rodas anda entre os 50 e os 60.000€). Tal como em toda a gama Kubota, o M5091NQ tem cinco anos de garantia total ou 2000 horas, podendo ainda ser acionada uma extensão de garantia ao nível das horasintervalos de 500 até um máximo de 5000.
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PRODUTO
EM FOCO
TEXTO SEBASTIÃO MARQUES
Em fevereiro, mais precisamente entre os dias 7 e 10, a Tractoponte organizou várias demonstrações de norte a sul do país. O intuito foi apresentar o chassis porta-alfaias Jolly, sistema modular da marca que permite acoplar diversos acessórios para trabalho intercepas. A primeira dessas demonstrações teve lugar na zona Oeste e contou com a parceria da AFN Prata.
TRACTOPONTE, FORÇA EM MOVIMENTO, COM A MIRA N’ORIZZONTI
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Tractoponte, empresa sediada em Ponte do Abade, Aguiar da Beira, é representante em Portugal, desde 2014, da Orizzonti, fabricante italiana de máquinas agrícolas para vinhas e pomares. Os responsáveis técnicos da Orizzonti estiveram presentes nas ações de demonstração, tendo os eventos decorrido, no primeiro e segundo dia, na região Oeste, onde a Tractoponte tem como parceiro estratégico a empresa AFN Prata, sediada em Vila Verde dos Francos - no primeiro dia, na Quinta do Gradil, no Vilar, no segundo, no Casal do Repelão, Torres Vedras. Ao terceiro dia, a comitiva rumou à zona de Viseu, para demonstrações em Moimenta da Beira, Lamego, e Armamar. Em Beja, onde também estava prevista uma demonstração, resultado da parceria com a empresa Fialho, Corria e Lampreia, o evento foi adiado devido à pandemia.
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A Orizzonti é uma empresa familiar italiana especializada na conceção e construção de máquinas agrícolas para vinhas e pomares tendo, ao longo de 40 anos, adquirido uma vasta experiência em equipamentos para fruticultura e viticultura.
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“O casamento perfeito” Agostinho Frias é o responsável comercial da Tractoponte, empresa familiar com mais de 25 anos de experiência, e que se dedica ao comércio e exportação de máquinas agrícolas, em particular na área da fruticultura e da viticultura. A empresa tem uma ampla gama de representações de equipamentos para a fruticultura e, mais recentemente, tem procurado enriquecer o seu portfólio no que à viticultura diz respeito. A Orizzonti, por se dedicar a ambas, foi o “casamento perfeito”. “Permite-nos ter um equipamento entrecepas multifunções, em que o cliente adquire um chassis ao qual pode acoplar mais de quarenta acessórios, tanto nos intercepas como também nas podadoras e despontadoras. O mesmo acontece com os equipamentos de poda através do chassis PMD Vario, em que podemos, do mesmo modo, acoplar diferentes acessórios de corte. Além disso,
AGOSTINHO FRIAS Responsável comercial da Tractoponte, representante da Orizzonti em Portugal.
leva mais de quarenta anos a trabalhar em vinhas e pomares”, referiu Agostinho. Em relação às demonstrações, o responsável destacou a sua importância. “São muito relevantes para que o cliente possa conhecer a oferta da Orizzonti e a sua qualidade, e, ao mesmo tempo, para que as pessoas da Orizzonti conheçam as necessidades do mercado português. Nesta ocasião optámos por trazer apenas uma pequena parte dos equipamentos da marca, que vão muito além dos intercepas”,resumiu.
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Uma máquina para vários contextos Riccardo Raneri, proprietário e diretor de exportação da Orizzonti, esteve em Portugal para apresentar em primeira mão aos agricultores portugueses as soluções propostas pela sua marca. “Estas demonstrações são muito importantes para nós, para o desenvolvimento da nossa marca. É a oportunidade de mostrar as máquinas em trabalho ao agricultor, de poderem tocar e ver a qualidade do serviço. Assim, podemos perceber as suas necessidades e continuar a melhorar os nossos equipamentos”, começou por referir.
Um chassis, vários acessórios Os sistemas modulares, em que o agricultor adquire um chassis porta-alfaias ao qual pode acoplar diferentes acessórios consoante as suas necessidades, é uma tendência nas máquinas para a vinha. A Orizzonti não foge à regra. “O nosso objetivo é ter equipamentos modulares, ou seja, em que o agricultor adquire uma base (o chassis porta-alfaias) e, depois, consoante o seu contexto e necessidades, adquire os acessórios de que precisa. Esta polivalência permite-nos ser competentes em diferentes regiões, cada uma com as suas características – do Douro ao Alentejo”, exemplificou. Na Orizzonti, no entanto, a lógica modular não se resume aos intercepas. “Temos este tipo de sistema modular não apenas para os intercepas mas também para as podadoras, trituradores... toda a nossa gama está desenhada assim. Esta modularidade é uma das vantagens que nos permite ter máquinas a trabalhar em culturas diferentes e ter clientes satisfeitos.
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Presente em mais de trinta países A marca Orizzonti está representada em mais de trinta países, número que deixa os responsáveis da Orizzonti orgulhosos, é explicada, segundo Riccardo Raneri, pelo conhecimento e experiência de parceiros como a Tractoponte. “Em Portugal, tal como nos outros países, existem contextos muito diferentes de região para região – pensemos nas diferenças entre o Douro e o Oeste, por exemplo. Os nossos parceiros, como a Tractoponte, conhecem o mercado e as necessidades específicas dos agricultores de cada região e, com a nossa experiência, podemos dar a melhor resposta. As vendas confirmam que este é o caminho a seguir”, disse de forma assertiva. Já no que se refere a perspetivas para o próximo ano, o responsável italiano está otimista. “O contexto macroeconómico não é, certamente, o melhor para quem queira fazer previsões para 2022. No entanto, acreditamos muito no nosso projeto, na nossa empresa, e no setor agrícola como um todo. Assim, só podemos olhar para os próximos anos com otimismo pois a mecanização vai aumentar, tendo em conta a falta de mão de obra, e as melhorias tecnológicas vão continuar a grande ritmo. Queremos ser um dos líderes de mercado no que a equipamento para vinha e pomar diz respeito”, concluiu.
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PRODUTO
EM FOCO ANTÓNIO NOBRE PRATA Proprietário e gerente da AFN Prata.
EM CAMPO
JOLLY No Casal do Repelão esteve em demonstração o chassis porta-alfaias Jolly, que pode ser acoplado na dianteira ou na traseira do trator, com três acessórios diferentes: Summer blade kit (lâmina), Motor hoes kit (roto-fresa), e o Ecology kit (rolo hidráulico com fios para deserva).
O especialista do Oeste Responsável pela organização dos eventos na zona Oeste esteve António Nobre Prata, proprietário e gerente da AFN Prata. “Entusiasmado” com a performance e a qualidade dos equipamentos da marca italiana, começou por contar a origem da parceria estratégica da AFN Prata com a Tractoponte. “Começou há três anos com a venda de alguns produtos da Tractoponte por parte da AFN Prata e resultou, ao dia de hoje, neste acordo de representação da Orizzonti para a zona Oeste. É uma marca com uma gama muito ampla, devido ao sistema modular que utiliza, e específica para a vinha e pomar e é, por isso, muito interessante para nós. São máquinas com uma construção de grande qualidade e de manuseamento muito fácil e prático, como são exemplo os engates. A possibilidade de ao mesmo chassis acoplar várias alfaias é uma grande mais-valia. Estas demonstrações, que começaram pela Quinta do Gradil e depois no Casal do Repelão, são muito importantes para podermos mostrar a mais valia destes equipamentos aos nossos clientes. Este tipo de iniciativa é para continuar”, finalizou.
Uma das soluções para intercepas da Orizzonti, o Jolly. Destaca-se por poder ser acoplado em tratores com ou sem engate de três pontos frontal, pois a marca tem os seus próprios sistemas hidráulicos frontais. Destinado para o trabalho em vinhas e pomares de espaços reduzidos, tem como requisitos 180 bar de pressão com um caudal mínimo de óleo de 30 l/min. Apesar de ser controlado pelo joystick da marca italiana, todas as funções podem ser adaptadas ao joytstick do trator.
Ao nível dos acessórios, em demonstração esteve apenas uma pequena parte da vasta gama da Orizzonti:
Summer blade kit
Chassis PMD Vario
Lâmina para uma mobilização superficial.
Multi funções com coluna móvel auto-nivelante e sistema de engate rápido
Kit Rapid ventral
Triturador Power
Com a opção de vários acessórios.
Com opção de sistema reversível.
Agostinho Frias, mostrou também a satisfação de poder contar com o contributo da AFN Prata. “É uma empresa que se enquadra na perfeição no tipo de parceiro que procurávamos para a distribuição da Orizzonti: é um especialista em fruticultura e viticultura, e está habituado a trabalhar marcas de qualidade”.
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A CONVENÇÃO
FARMTRAC
O Entreposto Máquinas organizou uma formação para a sua rede de concessionários Farmtrac a propósito do lançamento no mercado português da mais recente versão do FT6050. Um trator de 50 cv com “corpo” de convencional. 42
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dia nasceu marcado pelo regresso da chuva a grande parte do território. Condeixa-aNova não foi exceção, vila onde fica a Quinta das Abertas, local escolhido pelo Entreposto Máquinas para a realização da segunda “convenção Farmtrac”, evento formativo organizado para os concessionários da marca indiana no nosso país. O motivo foi a apresentação da nova versão do FT6050, a “arma” para o segmento dos 50 cv, já com motor preparado para a norma de emissões da Fase V.
O nosso objetivo é atingir rapidamente uma taxa de penetração de 5%, o equivalente a 300 unidades por ano. Nuno Santos, diretor comercial do Entreposto Máquinas
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EM FOCO
PRODUTO
TEXTO SEBASTIÃO MARQUES
ENTREPOSTO JUNTA CONCESSIONÁRIOS DA MARCA NO LANÇAMENTO DA NOVA VERSÃO DO FT6050 Desde o lançamento da marca em Portugal, realizado em março de 2020 no Bombarral, a marca indiana foi uma das que mais cresceu no mercado nacional (em 2020 havia vendido 39 unidades e em 2021 foram 176). O diretor comercial do Entreposto Máquinas, Nuno Santos, mostrou-se, por isso, muito satisfeito mas apontando já o caminho para os próximos anos. “Queremos continuar a fazer crescer a Farmtrac em Portugal, não como uma marca da moda mas sim com um projeto sustentado. O nosso objetivo é atingir rapidamente uma taxa de penetração de 5% - o equivalente a 300 unidades”, afirmou.
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CRISTINA VICENTE Responsável comercial pela Farmtrac no Entreposto Máquinas.
ELÉTRICOS E HÍBRIDOS
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Para obter os resultados pretendidos, o Entreposto colocará à disposição dos concessionários uma gama ainda mais completa do que em 2021. Assim, no segmento dos compactos abaixo de 40 cv, aos já presentes 25G (elétrico), 22, 26 e, juntar-se-á, no início de 2023, o 35. Nas potências acima de 40 cv, o FT6050 foi agora apresentado na versão Fase V e junta-se ao já Stage V FT6075 (versões convencional e especializado) que terá as primeiras unidades a chegar ao país ainda em março. Ainda este ano deverá surgir em Portugal o modelo de 90 cv (versões convencional e pomareira). A oferta da Farmtrac já disponível no nosso país fica completa com a linha de produto fabricada na Polónia e que oferece tratores de 90, 100 , 117 e 130 cv de potência.
Outro dos argumentos da marca é “a facilidade de acesso a informação sobre os equipamentos oferecida ao concessionário”, enfatizou Cristina Vicente, responsável comercial pela Farmtrac no nosso país. Aproveitando para reforçar a importância do retomar das reuniões presenciais de concessionários, a responsável destacou ainda a adaptação do FT6050 ao nosso mercado. “É um trator multi-tarefa robusto, para profissionais”, concluiu.
CARLOS DOMINGUES Responsável pela divisão agrícola do Entreposto Máquinas.
REUNIÃO Teve lugar na Quinta das Abertas, em Condeixa-a-Nova.
O Farmtrac 25G é, para já, o único modelo elétrico disponibilizado. No entanto, o Farmtrac 35 poderá também nos próximos tempos contar com uma motorização semelhante. Já o modelo híbrido da marca, disponível na América do Norte, ainda se encontra em processo de homologação para a Europa.
FARMTRAC 5060 A “arma” para o segmento dos 50 cv, já com motor preparado a norma de emissões da Fase V.
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ft6050 C
om dimensões e peso superiores à média da generalidade dos tratores de 50 cv, o FT6050 é mais um convencional do que um compacto. Em relação ao seu antecessor, e aparte o motor, destaca-se por ter o inversor sincronizado ainda que a caixa não seja. Carlos Domingues, responsável pela divisão agrícola do Entreposto Máquinas, lembrou que “esta é uma marca com uma história longa e um dos maiores fabricantes mundiais de tratores”, destacando ainda o nível de equipamento dos tratores que chegarão ao mercado português, contando de série com válvula de travão hidráulica de reboque, contrapesos frontais ou pirilampo.
50 CAVALOS, ENVERGADURA DE TOURO Motor A Escorts, grupo indiano que fabrica os tratores Farmtrac, desenvolveu um motor “mais limpo”, de 3 cilindros, 2750 de cilindrada, injeção common rail da Bosch (já presente no FT6075). O sistema de tratamento de gases é composto por EGR+catalisador+filtro de partículas. O filtro de ar tem sensor de entupimento. O motor debita uma potência nominal de 48 cv e o binário é de 200Nm. O depósito tem capacidade para 60 litros de combustível.
Transmissão e eixo traseiro Fabricada pela italiana Carraro, a caixa de velocidades é composta por oito velocidades para a frente, oito para trás, quatro mudanças e duas gamas. O inversor é sincronizado mas a caixa continua a não ser. A embraiagem é dupla e a embraiagem da tomada de força é independente, contando com duas velocidades (540 e 540 eco). O eixo traseiro é do tipo redução planetária.
VERSÃO ROPS O FT6050 conta com um banco maior e um computador de bordo.
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MOTOR Fabricante/ Modelo
Escorts E3.276 TC CRDi
Nº de cilindros /cilindrada 3 / 2.760 cm³ Potência nominal Nível de emissões
48 cv Fase V
TRANSMISSÃO Configuração
8 frente + 8 atrás
DIMENSÕES Comprimento Largura Peso Preço
3.415 mm 1.830 mm 2.250 kg Desde 27.400€+IVA
Hidráulicos e Travões Equipado de série com quatro conectores hidráulicos e uma bomba de 133 litros por minuto, tem uma capacidade de elevação de 1500kg nos braços traseiros. Os travões são em banho de óleo e vem equipado de série para o nosso mercado com válvula de travão hidráulica de reboque. Os pneus standard são radiais 280/70 R16 (frente) e radial 360/70 R28 (atrás).
Posto de condução Apesar de uma versão cabinada vir a estar disponível de fábrica num futuro próximo, para já apenas está disponível a versão ROPS. A plataforma plana é um ponto a favor no conforto do operador, bem como os pedais suspensos e a direção assistida. O banco é maior do que a do seu antecessor e conta também com computador de bordo.
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FT6050 CRDI
ESTILO COM CONTEÚDO PODEROSO E EFICIENTE
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Vila do Conde . Leiria . Almeirim . Lisboa . Setúbal . Faro
707 202 599
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Prémios Inovação Agritechnica 2022 A DLG (Deutsche LandwirtschaftsGesellschaft – Sociedade Agrícola Alemã) anunciou os vencedores do Prémio Inovação Agritechnica 2022. Este ano, 164 inovações candidatas foram apresentadas para uma das principais distinções de inovação no setor internacional de máquinas agrícolas. A Comissão de Novidades DLG concedeu uma medalha de ouro e 16 medalhas de prata. Os laureados foram distinguidos durante a Agritechnica 2022, feira realizada em Hannover de 27 de fevereiro a 5 de março de 2022. 46
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ouro Nexat System Tractor: um porta-alfaias de pórtico largo com 1090 cv de potência NEXAT GMBH Com largura até 24 metros, o Nexat é um concentrado de potência que promete reduzir a área de solo cultivado que é pisada por rodas. É compatível com diferentes tipos de alfaias para operações em campo aberto destinadas a cobrir as diferentes etapas de uma cultura. O conceito de um porta-alfaias de pórtico largo, automotriz, que recebe alfaias ao centro em posição montada, e que abarca uma maior largura de trabalho do que um trator convencional, não é inédito. Houve algumas tentativas no passado que não gozaram de afirmação no mundo agrícola. Mas é tendo como ponto de partida este tipo de arquitetura que surge agora o projeto Nexat, com uma diferença essencial face a essas outras experiências passadas. A empresa responsável por esta criação rodeou-se de vários parceiros no segmento
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das alfaias, entre os quais a Väderstad, a Damman e a Geringhoff. Não está a propor apenas um novo conceito de trator. Está a propor esse conceito e um conjunto de alfaias compatíveis com ele. O Nexat está a ser desenvolvido pela empresa alemã Kalverkamp, que está associada a diversas inovações agrícolas que mediante acordo comercial passam à fase de produção sob a marca de outras empresas. Com o Nexat, o objetivo é lançar o produto no mercado de forma independente, em especial no leste da Europa e América do Norte. A nível técnico, funcionará em campo, na posição transversal, através de guiamento por GPS, com o fabricante a propor diferentes medidas de pórtico,
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prata Sistema automático de extração de poeira AGCO - FENDT A Fendt apresentou um sistema que deteta o nível de obstrução do filtro de ar no decorrer do trabalho e que procede à sua limpeza sem que este elemento tenha de ser aberto e retirado.
entre 6 e 24 metros. E pode ser conduzido manualmente nas deslocações em estrada, em posição longitudinal. Dispõe de uma cabine com movimento giratório de 270° colocada numa das extremidades do pórtico e está preparado para um vasto leque de operações de campo aberto, desde a mobilização, sementeira, proteção fitossanitária e colheita. A tração é assegurada por quatro unidades de rastos de borracha acionados eletricamente, que dispõem de um movimento giratório de 90° para alterar a sua orientação e permitir que a máquina faça deslocações em estrada. A electricidade é produzida por dois motores Liebherr de 545 cv cada um, que funcionam como geradores. Segundo o
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fabricante, está previsto que estes motores de combustão possam no futuro ser substituídos por outras formas de propulsão. Quando equipado com um módulo de pulverização, pode trabalhar com uma barra de até 70 metros. Não menos impressionante é o módulo NexCo de ceifeiradebulhadora, que possibilita a recolha de 130 a 200 toneladas de cereal por hectare.
A limpeza processa-se através de dois impulsos de ar sob pressão projetados a partir do interior do filtro que soltam a poeira acumulada, sendo esta encaminhada para o exterior com a ajuda de um sistema de vácuo. Em simultâneo, a ventoinha, que é de acionamento hidrostático, aumenta temporariamente o seu regime durante este processo de limpeza do filtro. A limpeza automática é acionada sempre que o vácuo do sistema de aspiração cai abaixo de um certo limite, o que indica que o filtro está obstruído. O fluxo de ar provém de um reservatório, alimentado por um compressor, que acumula ar comprimido a 12 bar de pressão.
Um dos pontos fortes deste conceito é servir o conceito de Agricultura de Tráfego Controlado, que visa limitar a área de solo que é pisada por pneus e consequentemente compactada.
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Sistema de Prevenção de Compactação (CPS) AGTECH 2030 O Sistema de Prevenção de Compactação (CPS) da Agtech 2030 oferece ao utilizador (agricultor, prestador de serviço, gestor) um serviço que mostra com antecedência e em forma de mapa o risco de compactação atual de uma parcela e, portanto, a sua transitabilidade. O cálculo rápido e específico do local ajuda a planear o trabalho e também permite que o operador da máquina evite zonas que estão em risco, caso necessário. No “estado da parcela” o CPS tem em conta variáveis como o estado do solo, o tipo de mobilização a utilizar, a cultura em questão e o estado vegetativo da mesma, por exemplo.
DirectInject system: Dosagem rápida, flexível e baseada nas necessidades de agentes de proteção das culturas AMAZONE A seleção flexível de agentes de proteção das culturas e o uso de substâncias ativas em áreas parciais de acordo com as necessidades de produção das culturas exigem cada vez mais dos agricultores e da tecnologia moderna de proteção de culturas. O DirectInject foi pensado para resolver os problemas emergentes dos sistemas de injeção direta de formulações para proteção de culturas detetados nos pulverizadores que utilizam esta tecnologia. Uma dosagem flexível de agentes líquidos e granulados permite uma reação adequada às respetivas situações. Um benefício adicional é que não são necessárias passagens adicionais, economizando em fatores, como combustível e tempo de trabalho. Os agentes de proteção de culturas não utilizados podem ser devolvidos ao recipiente original, o que significa que a quantidade necessária não precisa de ser conhecida antes da aplicação e o destino das quantidades residuais pré-misturadas deixa de ser uma preocupação. A integração completa no circuito do agente de pulverização e a operação do pulverizador através do sistema ISOBUS equivalem tanto a uma operação simplificada quanto à limpeza automática através do Comfort-Pack plus do pulverizador. Tal pode ser realizado de forma conveniente e rápida a partir da cabine do trator. Se os mapas de aplicação estiverem disponíveis, o tempo de reação necessário é eliminado e a pulverização localizada pode ser facilmente realizada com alta precisão.
RoboVeg Robotti: 1º Robot autónomo para colheita seletiva de brócolos AGRO INTELLIGENCE APS + ROBOVEG LTD Na cultura do brócolo, a colheita ocupa cerca de metade do tempo total de trabalho necessário. O RoboVeg Robotti é a combinação de um robot agrícola, o Agro Intelligence ApS, com o robot de colheita de brócolo da RoboVeg Ltd. O Robotti é propulsionado por dois motores que fornecem uma potência total de 141 cv. O mecanismo de elevação tem capacidade para 750 kg. O RoboVeg está equipado com câmeras 2D de alta resolução e sensores 3D. Dois braços robóticos com possibilidade de rotação em torno de seis eixos realizam a colheita de forma autónoma. Cada braço robótico requer aproximadamente três segundos para selecionar o brócolo no campo e colocá-lo no chão. Tem capacidade para fazer cerca de 2.400 unidades por hora, enquanto que na colheita manual são alcançados desempenhos na ordem das 300360 unidades por hora e trabalhador.
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Agro ContiSeal- pneu anti-furo CONTINENTAL AG Um polímero viscoso na parte interna dos pneus agrícolas veda o esvaziamento em caso da banda de rodagem ser penetrada por um corpo estranho, como pregos ou outros objetos pontiagudos. Apesar do furo, o veículo pode continuar a andar e o pneu pode ser reparado ou trocado posteriormente. Esta inovação pode revelar-se particularmente importante em janelas de trabalho onde o tempo é pouco e o trabalho tem de ser concluído. A troca de pneus em condições difíceis pode, portanto, ser feita mais tarde na oficina.
Cemos Auto Header CLAAS
O fabricante de Harsewinkel desenvolveu a primeira tecnologia de controlo de ajuste para barras de corte com sem-fim, o Cemos Auto Header. Um scanner a laser regista continuamente a altura da colheita. Uma vez que o operador tenha especificado a profundidade nominal de imersão do moinho na colheita e a posição horizontal nominal, estes são adaptados automaticamente à medida que a altura da colheita muda. O sistema reconhece os trilhos e o fim de uma colheita e conduz quaisquer feixes de cereais que caem da mesa da barra de corte para o sem-fim de entrada. O comprimento da mesa da barra de corte é ajustado para o controlador de rendimento no canal de entrada, dependendo das vibrações do sensor de espessura da camada. Quanto mais uniforme for o fluxo do material colhido, menores serão as vibrações do sensor.
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OptiSpread Automation System CNH INDUSTRIAL NEW HOLLAND A distribuição lateral uniforme da palha pelas ceifeiras é um dos pré-requisitos básicos para uma produção de culturas precisa, especialmente em sistemas com mobilização reduzida. Assim, a New Holland desenvolveu o primeiro sistema de distribuição de palha com tecnologia de medição direta, o OptiSpread Automation System. Sensores de radar 2D montados em ambos os lados da ceifeira medem a velocidade e o lançamento do material picado. Os sensores registam todo o processo de lançamento e, portanto, o padrão de distribuição. Se este não corresponder ao padrão de distribuição nominal em toda a largura de trabalho, a velocidade de rotação dos rotores de alimentação acionados hidraulicamente em ambos os lados é aumentada ou reduzida separadamente até que o padrão de distribuição corresponda novamente ao padrão nominal. A tecnologia regista a distribuição irregular do material picado mesmo com vento a favor ou contra e, adicionalmente, permite a produção de um mapa de distribuição.
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Terranimo: Exibição do risco de compactação do solo no terminal do trator CLAAS O novo sistema da Claas mostra ao operador quão alto é o risco de compactação, sob as condições operacionais atuais, diretamente no terminal da cabine do trator. Para o cálculo, a Claas liga as informações fornecidas pelo sistema de assistência ao condutor CEMOS sobre aspetos como tipo/condição do solo, cargas por eixo ou pressão dos pneus com o Terranimo, uma ferramenta utilizada para simular a carga no solo e a capacidade de carga. As mudanças dinâmicas de carga do eixo também são tomadas em consideração neste processo. Lâmpadas de pressão de cor vermelha, por exemplo, indicam alto risco de compactação. Nesse caso, o operador pode terminar a operação planeada ou implementar medidas adequadas (por exemplo, alterar o peso do lastro ou a pressão dos pneus) e verificar imediatamente os efeitos novamente.
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Automação nas BigBaler CNH INDUSTRIAL - NEW HOLLAND O sistema Big Baler Automation da CNH Industrial New Holland é o primeiro em que o operador pode definir o peso desejado para o fardo diretamente na enfardadeira de fardos quadrados passando então a máquina, de forma antecipada e independente, a assumir a orientação da máquina e a regulação da velocidade do trator e das configurações da enfardadeira. Esta é uma evolução crucial para o funcionamento totalmente automático de uma enfardadeira de fardos quadrados. Um sensor LiDAR (Light Detection and Ranging) mede opticamente o cordão à frente do trator através de um laser, e um sensor IMU deteta a aceleração e a orientação do trator. As informações do sensor GPS do trator são processadas adicionalmente para obter uma precisão ainda maior. O trator é, portanto, guiado de forma totalmente automática sobre o cordão e a sua velocidade é adaptada antecipadamente às condições deste. Ao mesmo tempo, os dados recolhidos são usados para pré-calcular constantemente o peso do fardo, a fim de ajustar a configuração da pressão de enfardamento e, através da velocidade do veículo, as espessuras de camada dos cursos de pistão individuais. Como resultado, a enfardadeira funciona continuamente em alta capacidade, mesmo no caso de mudanças nas condições de colheita e rendimento, e o mesmo peso de fardo predefinido é sempre alcançado.
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Krone ExactUnload: Sistema inteligente para descarga automática de acordo com a distância (GX) KRONE Com o Krone ExactUnload, o descarregamento do novo reboque para silagem, GX, o operador pode definir previamente no terminal da cabine do trator a distância em que quer ver distribuída uniformemente a silagem. Depois, dentro da janela de velocidade (até 3,5 km/h), a velocidade de deslocamento do trator e do reboque é irrelevante, já que a parede móvel interior do reboque fará o trabalho sozinha. Tal garante que mesmo operadores inexperientes consigam obter uma boa distribuição e os veículos de compactação tenham menos material para redistribuir, contribuindo assim para uma compactação mais uniforme e, portanto, para uma maior qualidade da silagem.
DL 66 Pro: máquina de irrigação móvel automotriz FASTERHOLT MASKINFABRIK A/S Parece um pivot mas não é, assemelhando-se mais ao conceito de “rampa de lançamento linear” mas montada num veículo automotriz. A máquina de irrigação DL 66 Pro da Fasterholt é uma combinação de uma máquina de irrigação móvel (avanço e recuo) e uma lança de alumínio de 66 metros telescópica e hidraulicamente dobrável equipada com bicos de rega.
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Müthing CoverSeeder: sistema combinado para instalação de culturas de cobertura MÜTHING O Müthing CoverSeeder é um sistema combinado para instalação de culturas de cobertura. O equipamento é composto por uma grade de bicos frontal que assegura um solo fino e melhora a distribuição da palha, um triturador de martelos rebocado tritura a palha e o restolho, e remove os resíduos de colheita próximos da cama de sementeira graças ao alto poder de sucção do rotor. A mistura resultante é depositada sobre a linha de sementeira. As sementes são colocadas no solo. Uma vez que as sementes foram semeadas e cobertas, um rolo garante a reconsolidação do solo, necessária para obter uma boa germinação. O rolo também define a altura de trabalho do CoverSeeder.
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TerraService RAUCH + AGRICIRCLE AG Um serviço digital através do qual o agricultor pode calcular antecipadamente a navegabilidade das parcelas. O dados da máquina são inseridos pelo utilizador, já o nível de humidade do solo é estimado através de medições de radar realizadas pelos satélites Sentinel-1 em combinação com dados meteorológicos. Complementados com informações sobre a estrutura do solo, os dados da máquina e da humidade do solo são usados então para calcular antecipadamente a navegabilidade do terreno agrícola e mostrados num terminal portátil. A informação é exibida por parcela, numa grelha de 10 metros. Se necessário, o utilizador recebe um aviso ou uma mensagem se o solo não for navegável ou for navegável apenas até certo ponto. A sequência de condução nas parcelas também pode ser otimizada de forma a evitar atolamentos.
SIS Remote Photoheyler faz sacha com rotores hidráulicos PLANUNGSBÜRO HEINRICH
REICHHARDT + HBC-RADIOMATIC / VOGT / MDB O SIS Remote é um sistema de controlo integrado para comando remoto de máquinas agrícolas autónomas. Composto por um sistema de rádio controlo e automação ISOBUS, o sistema atende a todos os requisitos de segurança e foi desenvolvido inicialmente para produção em série num porta-ferramentas de rastos.
A Photoheyler é uma marca nova, que para já tem apenas uma máquina no seu portfólio, destinada à monda mecânica na cultura da beterraba. O sachador Photoheyler foi pensado exclusivamente para engate no elevador dianteiro do trator, dispõe de um guiamento por câmeras e recorre a rotores de acionamento hidráulico para fazer a cava em redor das plantas. Os rotores fazem uma mobilização na linha, entre plantas, e depositam as infestantes na entrelinha. Em termos de guiamento, as rodas de guia da alfaia estão programadas para mimetizar os movimentos da direção do trator. Numa hora de trabalho, o Photoheyler permite cobrir uma área de 1 hectare. Requer do trator um sistema hidráulico com sensor de carga e fluxo de 80 l/min.
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RSM Ok ID: Sistema de alerta de sonolência para máquinas agrícolas ROSTSELMASH Sistemas de alerta de sonolência ou sistemas de assistência à atenção já existem há algum tempo no setor de automóveis de passageiros. A Rostselmash adotou essa abordagem, e trouxe-a para o setor agrícola. O RSM Ok ID realiza constantemente a monitorização do estado do operador e, se reconhecer sinais de sonolência ou outras mudanças de estado, notifica imediatamente o operador com um sinal sonoro, parando a máquina de forma a evitar consequências trágicas. Além disso, o sistema envia automaticamente uma mensagem para o sistema de gestão da exploração, o Agrotronic. As pupilas do operador, o piscar de olhos, a posição da cabeça e o pulso são monitorizados continuamente através de uma câmera concebida para a função de reconhecimento de sonolência. O sistema reconhece, portanto, os indicadores típicos de sonolência: piscadas frequentes, olhos para baixo ou seu fechamento por mais de três segundos, queda na frequência cardíaca, bem como bocejar e esfregar os olhos. Como o sistema RSM Ok ID está acoplado ao ISOBUS da máquina, é capaz de parar o veículo ativamente.
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Embora existam no mercado kits sofisticados para guiamento lateral das alfaias, esta solução destaca-se por ser mais simples e de baixo custo. Comparativamente com esses kits, apresenta ainda a vantagem de ser mais leve – pesa apenas 35 kg – e de permitir que a alfaia fique engatada no trator à distância normal.
Distinções também para Sistemas, Componentes e projetos pioneiros
Além disso, é fácil de instalar, fácil de manobrar, e não sujeita os braços do hidráulico a esforço. O movimento lateral da alfaia é obtido através da oscilação dos braços inferiores do hidráulico, o que implica a remoção dos estabilizadores de ambos os lados. Este 4º ponto resulta de um desenvolvimento conjunto levado a cabo pelo Grupo Vensys e pela HidrokiT e adequa-se a qualquer tipo de trator. É compatível com guiamento por GPS, com guiamento por câmera 3D e com condução manual.
Este ano foram também criados os prémios Troféu “Sistemas e Componentes - Escolha dos Engenheiros”, do qual destacamos duas inovações, e o prémio “DLG Agrifuture Concept”, do qual destacamos um.
Engate de 4 pontos possibilita a deslocação lateral da alfaia RAU SERTA HYDRAULIK O sistema de engate de 4 pontos foi concebido para estabelecer um novo tipo de ligação entre o trator e a alfaia, possibilitando uma deslocação lateral através da oscilação dos braços inferiores do hidráulico. Trata-se de um cilindro hidráulico instalado em posição diagonal por baixo dos braços do hidráulico, que permite aplicar às alfaias um movimento lateral, para se obter uma maior precisão de trabalho. É especialmente útil para semeadores e para cultivadores de deservagem mecânica.
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Identificar alfaias e ajustar as definições no trator FASTER O ABC (always the best connection) é um sistema eletrónico desenvolvido pela Faster que visa gerir o emparelhamento entre um trator e uma alfaia. É associado a cada mangueira hidráulica da alfaia um minúsculo identificador de frequência rádio que transmite informação ao trator. As válvulas de engate rápido passam a funcionar como elemento inteligente que reconhece um determinado par alfaia-trator. Feita a identificação, o sistema aplica no trator um ajuste automático do caudal hidráulico que está definido e gravado para aquela unidade em concreto. O Faster assume-se como uma ferramenta vantajosa quando uma frota é composta por diversas alfaias hidráulicas que trabalham ligadas a diferentes tratores.
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I M PORTADOR EXCLUSI VO PARA PORT UGAL
Mapa comum de cobertura para comunicação wireless numa parcela AEF Existem diversos aspetos relacionados com a comunicação wireless entre máquinas que têm de ser resolvidos e harmonizados. Nesse sentido, a AEF desenvolveu uma ferramenta, que é uma extensão da atual funcionalidade ‘controlo de secções’, para incluir uma solução que responda à necessidade de ter frotas mistas em trabalho colaborativo. A funcionalidade ‘mapa comum de cobertura’ vai permitir que várias máquinas trabalhem em conjunto numa parcela e troquem entre si informação respeitante às linhas de guiamento e à delimitação dessa parcela.
Robustas, foram concebidas para um corte de qualidade. Distinguem-se pela excelente estabilidade e adaptação ao solo. De fácil manutenção. A nossa gama inclui modelos até uma largura de trabalho de 15 m.
MÁQUINAS
FORRAGEIRAS
CHARRUAS
VARZIAGRO, LDA Rua da Estrada Nova, 456 - 4495-524 Terroso - Póvoa de Varzim T. 252 692 484 • varziagro@varziagro.com • www.varziagro.com www.abolsamia.pt
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TESTE EM CAMPO
ANTONIO CARRARO SRX 5800 TORA
TEXTO JOÃO SOBRAL
ANTONIO CARRARO
A pensar nas operações especializadas em pomares, vinhas e olival, a Antonio Carraro desenvolveu um trator com motor de 4 cilindros e 50 cv de potência que dispõe de chassis articulado e condução reversível.
SRX 5800 TORA
VERSÃO ARCO A versão de plataforma dispõe de um arco de segurança instalado na parte traseira do capot.
P
osicionada no segmento médio da marca, a série Tora é composta pelo modelo SN 6800V, com posto de condução unidirecional, e pelos modelos SRX 5800 e SRX 6800, ambos com posto de condução reversível. O presente artigo tem como enfoque o SRX 5800 Tora, que foi um dos modelos finalistas do prémio Tractor of the Year 2022 na categoria Melhor Especializado.
MOTOR Fabricante/ Modelo
Motor de 4 cilindros
Hidráulico
O bloco escolhido para equipar este modelo é um Yanmar de 4 cilindros, com turbo e 2,1 litros de capacidade. Recorre a um sistema DPF para cumprir a Fase V de emissões.
O sistema hidráulico de centro aberto com sensor de carga está configurado com uma bomba standard que fornece 37 L/min. Os clientes que necessitam de maior caudal, podem solicitar a configuração com uma bomba de 57 L/ min.
Transmissão Desenvolvida internamente pela marca, a transmissão apresenta um escalonamento de 16 velocidades e conta com um inversor sincronizado. A velocidade mínima é de 400 m/h e a velocidade máxima é de 30 km/h.
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TDF de duas velocidades O SRX 5800 dispõe de tomada de força traseira com duas velocidades, 540 e 540 E, com acionamento eletrohidráulico progressivo. A velocidade de TDF proporcional à velocidade de avanço está também disponível.
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Nº de cilindros /cilindrada Potência máxima Binário máximo Nível de emissões
Yanmar 4 TNV86CT 4 / 2.091 cm³ 52 cv 170 Nm Fase V
TRANSMISSÃO Configuração Velocidade máxima
Mecânica 16/16 30 km/h
HIDRÁULICO Capacidade de elevação Fluxo da bomba
Traseira: 2.190 kg Ft: 500 kg 37 L/min (52 L/min)
DIMENSÕES Distância entre eixos Carga máx. admissível
1.460 mm 3.300 kg
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Apreciação O posto de condução reversível dota este trator de uma versatilidade muito acrescida comparativamente com propostas concorrentes que não dispõem desta funcionalidade.
A cabine, sem ser das mais espaçosas e das mais confortáveis, proporciona uma boa visibilidade, com destaque para a visibilidade lateral, e o trator no seu conjunto é ágil e suficientemente compacto para os trabalhos no interior de culturas instaladas em linha.
UM ARTICULADO REVERSÍVEL PARA VINHAS E POMARES SISTEMA HIDRÁULICO COMPACTO Os distribuidores surgem em posição de fácil acesso e um dos pendurais dispõe de ajuste hidráulico a partir da cabine.
Cabine climatizada A red cab é uma nova cabine da marca italiana, desenhada para os tratores de chassis articulado, que que conta com climatização. Este modelo pode também ser configurado sem cabine. A variante de plataforma conta com um arco de segurança rebatível, instalado sobre a parte traseira do capot.
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TESTE EM CAMPO TEXTO JOÃO SOBRAL
LANDINI DYNAMIC
Com um motor conforme à Fase V de emissões poluentes, a nova geração de tratores da série 5 prevê uma renovada linha estética e uma aposta na pintura de tonalidade azul escuro em combinação com jantes pretas. 60
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5-120
LANDINI 5-120 DYNAMIC
O
modelo mais potente da série 5 fez parte do lote de finalistas do Tractor of the Year, na categoria Melhor Utilitário 2022, tendo o prémio sido atribuído a um modelo da John Deere. A série 5 corresponde a um perfil de trator multitarefas, com características adequadas ao trabalho com carregador frontal, inclusive no interior de estábulos, transporte e operações em campo aberto. A estética e a troca de fornecedor dos motores são as grandes mudanças face à geração anterior.
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A série 5 São quatro os modelos que compõem a série: 5-085, 5-100, 5-110 e 5-120. O modelo de entrada equipa com um motor de 3,4 litros que fornece 75 cv de potência e diverge dos restantes nas dimensões, com 2171 mm de distância entre eixos e 5800 kg de carga máxima admissível. Os modelos maiores partilham a estrutura de base e fornecem, respetivamente, 95, 102 e 114 cv de potência.
Motor A propulsão do 5-120 é assegurada por um motor FPT de 4 cilindros,
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LANDINI 5-120 DYNAMIC
TESTE EM CAMPO
com 3,6 litros de capacidade. Através de um sistema EGR+DOC+DPF+SCR, cumpre a norma de emissões Fase V. A manutenção é feita em intervalos de 500 horas. Na anterior geração, a Landini recorria um motor Deutz com exatamente a mesma cilindrada.
Transmissão Desenvolvida internamente pela Argo Tractors, a variante Dynamic da transmissão dispõe de Park Lok, um dispositivo mecânico que imobiliza o trator mesmo em pendentes, e apresenta um escalonamento de 12 relações, com desdobramento de três níveis de powershift (HML) no sentido de avanço, o que dá um total de 36/12 velocidades. A marca disponibiliza no entanto outras variantes, desde a mais básica 12/12 com inversor mecânico à T-Tronic 48/16 com invesor eletrohidráulico e superlentas.
Hidráulico e TDF O caudal fornecido pelo sistema hidráulico é de 82 L/min e a direção conta com uma bomba independente cuja performance é de 32 L/min de fluxo. Em termos de distribuidores, pode incluir até um máximo de seis, sendo três traseiros de controlo mecânico e um de controlo eletrónico, e mais dois em posição central para o elevador dianteiro e carregador, que podem funcionar em simultâneo. A nível da TDF, a Landini propõe uma função Auto PTO que, combinada com o hidráulico de controlo eletrónico, liga e desliga a TDF em função da posição do elevador traseiro, para facilitar a gestão nas manobras de cabeceira.
CABINE O operador beneficia de ajuste em altura e profundidade da coluna de direção e o rádio com Bluetooth inclui um sistema de mãos livres para fazer e receber chamadas.
Conforto
MONITOR O autoguiamento, juntamente com a compatibilidade ISOBUS é gerido através de um monitor tátil colocado junto ao pilar A.
A cabine conta com suspensão mecânica de dois pontos e o eixo da frente com suspensão é um extra que passa a estar disponível para configuração. Este pode incluir travões de disco para travagem efetiva às rodas da frente. Para obter uma melhoria da performance de tração, esta série conta com a funcionalidade Twin Lock que bloqueia em simultâneo ambos os diferenciais, dianteiro e traseiro.
PVP O PVP do Landini 5-120 Dynamic no mercado nacional é de 101.313 Eur. Este valor é referente à versão em cor azul escuro e jantes pretas, a que se juntam o hidráulico de controlo eletrónico, três distribuidores, e cabine com suspensão. De acordo com Osvaldo Cordeiro, diretor comercial para Portugal, a Argo Ibérica prevê que a nova geração de tratores Landini série 5 fique disponível para entrega aos clientes portugueses em junho deste ano.
MOTOR Fabricante/ Modelo Nº de cilindros /cilindrada Potência máxima Binário máximo Nível de emissões TRANSMISSÃO Configuração Velocidade máxima
FPT / F36 4 / 3.600 cm³ 114 cv 460 Nm Fase V Semi-powershift 36/12 40 km/h às 1920 rpm
HIDRÁULICO
Fluxo da bomba
Traseira: 4.500 kg Ft: 2.200 kg 82 L/min
DIMENSÕES Distância entre eixos Carga máx. admissível
2.355 mm 7.000 kg
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Capacidade de elevação
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PRODUTO
NOTÍCIAS
MONOSEM VALOTERRA SEMEADOR DE PRECISÃO CHEGA AO MERCADO EM 2023 Uma melhor qualidade de sementeira para garantir uma emergência mais uniforme, regulações mais precisas, e uma maior velocidade de trabalho. São estas as metas que a Monosem promete aos agricultores com a apresentação do novo ValoTerra, um semeador monogrão com sistema elétrico de distribuição.
O
semeador ValoTerra surge na gama da Monosem como um novo produto, que recorre a funcionamento inteiramente elétrico. Apesar de esta tecnologia já figurar no catálogo da marca, o ValoTerra dispõe de um novo doseador patenteado, sendo o sistema de distribuição impulsionado por um gerador ligado à TDF, capaz de fornecer 5,6 kW a uma tensão de 56V. A distribuição é feita através de aspiração, mas com uma arquitetura diferenciada face à restante gama, o que inclui discos de sementeira de rápida substituição para alternar entre culturas. Nos elementos de contacto com o solo, a marca francesa propõe discos de 45 cm associados a rodas compactadoras com o mesmo diâmetro. Os primeiros garantem uma melhor penetração no solo, minimizando a projeção de terra e as segundas visam assegurar uma profundidade regular. Para adaptação a diferentes tipos de solo, a pressão sobre a cama de sementeira pode variar entre 145 e 225 kg por cada unidade de distribuição. Quanto à disponibilidade deste semeador, está previsto que as primeiras unidades ValoTerra cheguem ao mercado em 2023.
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Características Configuração de 6 a 12 linhas, com largura de trabalho de 4,2 a 6 metros. Chassis com dimensões de 127 mm por secção, para sementeira sobre solo trabalhado, ou de 180 mm, para sementeira direta. Caixas individuais com tremonhas de 70 litros de capacidade, para 160.000 sementes de milho. É possível modular a densidade de sementeira em níveis de caudal de 100 grãos/ha. Para alternar entre diferentes culturas, basta trocar o disco de cada linha, o que demora menos de um minuto por linha.
Compatível com fertilizador e microgranulador O ValoTerra é compatível com o elemento fertilizador FertiSmart, para distribuição de até 600 kg/ha de adubos minerais ou orgânicos, podendo o agricultor optar por uma distribuição centralizada ou então independente, linha a linha. É ainda compatível com o microgranulador MicroSmart, com tremonha de 20 litros, que dispõe de um doseador por linha e distribui entre 2 a 35 kg/ha.
Conectividade O ValoTerra pode ser controlado através da aplicação de smartphone MonosemPlus para, entre outros parâmetros, se ajustar a densidade de sementeira. Nesta máquina, o agricultor tem ainda acesso ao portal MyJohnDeere, para gerir a documentação e a traçabilidade, bem como ao serviço JDLink, para geolocalização e programação à distância, o que deriva do facto de a Monosem ser detida pela John Deere.
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NOTÍCIAS
PRODUTO
New Holland põe maior performance nos T5 Electro Command NA ATUALIZAÇÃO DA SÉRIE T5 PARA 2022, A NEW HOLLAND PROCEDEU A ALTERAÇÕES MUITO CENTRADAS NO MOTOR. A cilindrada passou de 3,4
para 3,6 litros, com o binário máximo a ser atingido a um regime mais baixo. E cada modelo beneficia de um ligeiro acréscimo de potência. O motor FTP de 4 cilindros apresenta-se com uma cilindrada mais alta e atinge o binário máximo a um regime de 1300 rpm. A marca recorre agora a um sistema Hi-eSCR2 para cumprir a norma de emissões da Fase V. Este sistema prevê uma combinação DOC+SCR num único elemento, agora mais compacto e integrado dentro do compartimento do motor.
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CONFORTO EXTRA O eixo dianteiro com suspensão faz parte da lista de opcionais.
A série é composta por três modelos, com 101, 110 e 117 cv de potência máxima, que partilham a mesma transmissão Electro Command. Em termos de escalonamento, esta é composta por 4 relações distribuídas por 4 gamas, num total de 16 velocidades, e conta com um modo automático. Com vocação para explorações leiteiras ou mistas, estes tratores equipam com uma bomba hidráulica de 80 L/min e podem ser configurados de fábrica com carregadores
frontais da série 700 TL. Adicionalmente, o joystick dual command prevê a utilização da 3ª, 4ª e 5ª função hidráulica, para operar acessórios mais complexos. A nível de conforto, a New Holland disponibiliza como extras a suspensão no eixo dianteiro Terraglide e também na cabine Comfort Ride. Por fim, o depósito de combustível é outro elemento que foi alterado, com a capacidade a passar de 165 para 174 litros.
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www.tm.parts
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ELISE KUBOTA M6001 NO LUGAR DOS MGX-IV A Kubota anuncia o lançamento da série M6001 Utility, que substitui os MGX-IV. Estes tratores dispõem de uma caixa de 24 relações e cobrem uma faixa de potência que vai dos 102 aos 141 cv. OS M6001 UTILITY ABRANGEM DOIS TAMANHOS DE CHASSIS. Os modelos de chassis curto (M6-101U e M6-111U) equipam com um motor Kubota Fase V de 4 cilindros e 3,8 litros. Já os de chassis longo (M6-121U, M6-131U e M6141U) equipam com outro motor da casa, igualmente de 4 cilindros e cumprindo as normas da Fase V, mas com 6,1 litros de capacidade.
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AS NOVAS MINICARREGADORAS ELÉTRICAS DA KOVACO
SHERPA E se conseguisse trabalhar com a sua minicarregadora sem qualquer barulho e emissões? AGORA É POSSÍVEL, COM A NOVA KOVACO ELISE 900 que conta com 3 motores elétricos alimentados por baterias capazes de proporcionar uma autonomia de até 10 horas. Com uma capacidade de elevação de 1400 kg a 3.6 m de altura não terá problema de carregar qualquer contentor ou até mesmo um camião, contando ainda
Z10
com mais de 100 acessórios opcionais entre outros extras. Em grande destaque temos a possibilidade de controlo da máquina remotamente elevando a segurança destas minicarregadoras a níveis nunca antes vistos. A Kovaco não deixou no entanto de parte os clientes que precisam de ir aos mais pequenos espaços onde em tempos seria impensável entrar uma máquina. Desenvolveu a Sherpa Z10, movida por um motor elétrico em cada roda, ligados a uma bateria com autonomia de até 6 horas. Com dimensões de apenas 760 mm, é capaz de ir a qualquer lado carregando até 900 kg. A Anzeve é o distribuidor em exclusivo.
O intervalo de potência da série vai dos 102 aos 141 cv e, no que respeita ao equipamento, os M6001 Utility são ligeiramente mais básicos do que os seus irmãos M6002. Quanto à transmissão, serão servidos por uma caixa powershift de 8 relações distribuídas por três gamas, que alcança os 40 km/h. O eixo da frente com suspensão está entre a lista de opcionais que a marca japonesa propõe para esta série. A chegada ao mercado está prevista para a próxima primavera.
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O peso de 1000 sementes em
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CONTAR E PESAR 1000 SEMENTES, COM UM DESVIO NÃO SUPERIOR A 0,3% na quantidade e não superior a 0,2% no peso, é o que propõe a firma francesa Godé SAS. Esta medição é alcançada através do dispositivo PMG Fibercontrol, que tem uma balança integrada e faz a contagem através de fibra ótica em apenas 5 minutos. Este aparelho foi desenvolvido para os cereais mas pode ser usado para qualquer espécie com diâmetro do grão entre 2,5 e 9 mm.
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A determinação do peso de mil grãos é um indicador muito importante, sobretudo quando o agricultor instala uma nova rotação cultura recorrendo a semente de produção própria.
Para além das funções de contagem e pesagem, é possível obter ainda outros indicadores. Através de um monitor tátil, tem-se acesso a um simulador de sementeira que indica a dosagem recomendada em kg/hectare. Em função da área a semear, calcula ainda a quantidade de semente que é necessário preparar, reduzindo desta forma a incerteza a nível de gestão de stocks.
A marca anuncia um preço a rondar os 400 Eur e uma garantia de 3 anos. No mercado há mais de 130 anos, a Godé comercializa diversos dispositivos patenteados para o sector dos cereais que visam apoiar os agricultores na tomada de decisão.
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PRODUTO
NOTÍCIAS
A pensar nas explorações de média dimensão, a Deutz-Fahr apresenta a nova série 6C. Com motores Deutz de 3,6 litros, os três modelos cobrem uma faixa de potência que vai dos 120 aos 136 cv.
A
série é composta por três modelos: 6115C (substitui o 5115 com motor Fase IV), de 120 cv, 6125C, de 129 cv, e 6135C, de 136 cv de potência nominal. Beneficiam de um boost de potência de 6 a 7 cv a uma velocidade de avanço acima dos 15 km/h ou sempre que a TDF estiver em funcionamento.
Motor de 3,6 litros O bloco propulsor é um Deutz de 4 cilindros com 3,6 litros de capacidade e ventoinha viscoestática. Este motor cumpre a norma anti-poluição da Fase V graças a um sistema EGR+DOC+DPF+SCR.
Três transmissões à escolha A Deutz-Fahr oferece ao cliente a possibilidade de escolher entre três transmissões, consoante o modelo: - A caixa Powershift pode dispor de 20, 30, 40 ou 60 relações, em função do número de gamas (2 ou 4) e dos níveis de powershift (2 ou 3) com que for configurada.
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DEUTZ-FAHR APRESENTA SÉRIE 6C Independentemente do escalonamento, alcança uma velocidade máxima de 40 km/h. - A caixa RVShift oferece um escalonamento de 20/16 e dispõe de alguns mecanismos de apoio à condução, como cruise control, Stop&Go e passagem automática dos níveis de powershift. - A caixa TTV, de variação contínua, dispõe de duas gamas de passagem automática e, tal como a RVShift, alcança os 50 km/h a um regime económico do motor.
Fluxo hidráulico de 120 L/min O sistema hidráulico com sensor de carga fornece um caudal até
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Os irmãos Same Virtus e Lamborghini Spark R Como é habitual no Grupo SDF, esta série é replicada na marca Same, sob a designação Virtus Fase V, e na marca Lamborghini, sob a designação Spark R Fase V. A grande diferença que ambos apresentam face ao Deutz 6C está no bloco propulsor. Em vez de um motor Deutz, ambos equipam com um motor FARMotion com 3849 cm³. A nível das transmissões, os Same Virtus não têm prevista a opção de variação contínua, opção que está disponível nos modelos da Lamborghini. Os modelos das três marcas estão disponíveis para encomenda imediata, estimando-se que as primeiras unidades cheguem ao mercado nacional no início do segundo semestre deste ano.
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NOTÍCIAS
PRODUTO
120 L/min. Quanto à capacidade máxima de elevação, é de 3.000 kg na dianteira e de 5.000 kg na traseira. Em opção, para quem precisa de trabalhar com alfaias pesadas, qualquer um dos 6C pode ser configurado com uma capacidade de elevação traseira até 7.000 kg.
Cabine de 4 pilares e três níveis de equipamento Uma ruptura face aos modelos anteriores posicionados neste segmento é a cabine, agora assente em 4 pilares e a ostentar linhas mais retas. No habitáculo, a disposição dos comandos surge repensada e são três os níveis de equipamento: TopVision, TopVision+ e TopVisionPro. No domínio da tecnologia, o autoguiamento e a telemetria estão entre o leque de opcionais.
Dimensões Nos modelos PowerShift a distância entre eixos é de 2480 mm e a carga máxima admissível é de 8000 kg. Nos modelos com as outras duas caixas, a distância entre eixos é de 2510 mm e a carga máxima admissível é de mais 500 kg.
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PRODUTO
NOTÍCIAS
A aplicação de um motor Fase V com funcionalidades destinadas a poupar combustível, e a revisão da cabine a nível de espaço, de habitabilidade e de arrumação dos comandos estão entre as novidades das retroescavadoras série D, que substituem as máquinas equivalentes designadas de série C.
A
pós ter apresentado a gama de pás carregadoras de rodas da série D, a New Holland dá continuidade à renovação da sua gama de máquinas para trabalhos ligeiros nos sectores agrícola e da construção ao atualizar as retroescavadoras, que também assumem a designação D.
Motor FPT Fase V Na propulsão, estas máquinas dispõem de um bloco FPT de 4 cilindros, com 3,6 litros de capacidade e potência até 82 kW/110 cv. Para cumprir os requisitos anti-poluição da Fase V, este motor recorre a um sistema combinado EGR+SCR+DPF.
Funcionalidades para poupar combustível A nova funcionalidade Eco Mode, que faz parte do equipamento base, regula automaticamente o regime do motor e a pressão do sistema hidráulico no decorrer de trabalhos que não solicitem um regime e potência constantes. Segundo a marca, esta inovação contribui para uma poupança de combustível na ordem dos 10%.
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RETROESCAVADORA NEW HOLLAND COM NOVAS FUNÇÕES E MAIS ESPAÇO Ainda com o intuito de reduzir o consumo, a funcionalidade Auto Idle baixa automaticamente o regime do motor sempre que a máquina estiver inativa por mais do que 5 segundos, e a funcionalidade Auto Engine Shutdown desliga o motor após 3 minutos de inatividade.
CABINE O operador beneficia de mais espaço disponível para as pernas quando é feito o momento de rotação do assento.
Cabine mais ampla e redesenhada Na renovada cabine, o espaço de acesso ao interior é mais amplo, bem como o espaço disponível para as pernas e joelhos ao fazer-se o movimento de rotação do assento. O travão de parque e a alavanca de estabilizador foram reposicionadas, e os comandos da consola direita foram reagrupados. A inclusão de um comando de inversor no joystick da pá frontal e a inclusão de um botão de rolete no joystick traseiro, que tem como função fazer a extensão da lança, são mais duas novidades que visam um maior conforto para o operador e um acréscimo de produtividade de trabalho. A cabine dispõe ainda de duas novas portas USB, Bluetooth, uma porta de 12 V no grupo de instrumentos e um suporte para telemóvel.
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Atenção redobrada à segurança O bloqueio de transporte da retroescavadora, as válvulas de retenção do estabilizador, as válvulas de segurança disponíveis para cilindros hidráulicos, e as válvulas de retenção opcionais da pá frontal, as válvulas de retenção 4 × 1/6 × 1 e o kit de manuseamento de objetos são alguns exemplos de dispositivos que a marca disponibiliza com vista a garantir uma maior segurança do operador.
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VISÃO A 4 METROS DE ALTURA NO NOVO TELESCÓPICO FENDT AO LANÇAR UM TELESCÓPICO DE 4 TONELADAS, a Fendt posiciona-se no segmento de mercado com maior volume de vendas. A cabine elevatória é a característica mais diferenciadora deste novo modelo Cargo. A Fendt fez a apresentação do seu primeiro telescópico no final de 2019. O modelo Cargo T955 está em comercialização desde 2020, resulta de uma parceria com a marca alemã Sennebogen, permite elevar até 5,5 toneladas a uma altura de 8,5 metros, e distinguese por dispor de uma cabine elevatória.
Oferta no segmento de maior volume
Cargo T740, este telescópico resulta da mesma parceria e permite elevar até 4 toneladas a uma altura de 7,70 metros. Com este modelo mais compacto, a Fendt passa a dispor de uma máquina de média capacidade, enquadrada no segmento de mercado de maior volume, que representa mais de 80% das vendas de telescópicos na Europa.
Visão em altura a 4 metros Um dos pontos fortes do T740 é permitir uma visão em altura, até 4,10 metros. Como a cabine dispõe de elevação hidráulica, durante a carga o operador pode beneficiar
Decorridos dois anos, a Fendt reforça a gama de telescópicos com a chegada de um segundo modelo. Denominado Fendt
de uma visão direta sobre o compartimento de um reboque ou de um unifeed, ou ainda ao fazer arrumação de fardos. A contribuir para uma visão desobstruída está também a arrumação dos comandos, que aparecem concentrados do lado direito do posto de condução.
Elevação da cabine com memorização Quando é necessário recorrer de forma repetitiva à mesma posição da cabine, esse parâmetro pode ser memorizado. O operador pode definir uma altura máxima
de elevação da cabine para transpor a entrada de um armazém e recorrer à memória para regressar a essa mesma altura sempre que quiser.
Hidráulico, motor e velocidade Dispõe de uma bomba de débito variável que fornece um caudal de 170 L/min e é propulsionado por um motor Cummins de 4 cilindros, com 3,8 litros de capacidade, que desenvolve 136 cv de potência. A velocidade máxima standard é de 20 km/h, mas os limiares de 30 e de 40 km/h fazem parte dos opcionais.
SISTEMA PATENTEADO FIXA PROTEÇÕES DE VEIOS COM UM CLIQUE NO MANUSEAMENTO E MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS, os veios de cardan são um dos elementos de maior risco, com potencial para originarem acidentes graves. Por isso, é essencial manter as proteções dos veios em boas condições e substituilas sempre que apresentem algum defeito que comprometa a segurança.
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Tendo em conta que substituir este componente não é uma operação fácil, a Sparex desenvolveu uma gama de proteções tendo em mente a facilidade de utilização e a segurança. As novas proteções Garloc distinguem-se pela tecnologia patenteada A-Lock, que permite trancar e destrancar apenas com um clique as pontas que revestem as cruzetas, sem ser necessário recorrer a ferramentas.
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Estas proteções são compatíveis com vários tipos de perfil e com diferentes comprimentos de tubo, entre 950 e 1450 mm.
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NOTÍCIAS
PRODUTO
Landini 5-085 reforça oferta no patamar dos 75 cv A marca italiana acrescentou à sua gama um trator que é uma espécie de modelo extra-série. O novo 5-085 apresenta características que o põem a meio caminho entre os modelos da série 4 e os modelos da série 5.
Gama de alfaias Kubota. Sementeira Tratamento das culturas Soluções eletrónicas Equipamento para alimentação do gado Equipamento forrageiro
FORNECE 75 CV DE POTÊNCIA, TAL COMO O 4-080, mas enquanto o modelo de topo da série 4 é propulsionado por um motor Kohler de 2,5 litros, o 5-085 está equipado com um motor FPT de 3,4 litros, sendo a distância entre eixos também superior: 2171 mm contra 2110 mm. Estruturalmente mais próximo dos três modelos da série 5, que vão dos 95 aos 114 cv, é ainda assim 184 mm mais curto do que estes na distância entre eixos. A cabine de 4 pilares está assente em sinoblocos e no interior existe um joystick dedicado ao carregador frontal. Quanto à performance hidráulica, o elevador traseiro pode suportar uma carga máxima de 3900 kg e o dianteiro, que é opcional, uma carga máxima de 1600 kg. No que respeita à medida dos pneus, a marca disponibiliza duas configurações possíveis: 280/85R24 420/85R30 ou 380/70R24 - 480/70R34.
tractoresibericos.pt TRACTORES IBÉRICOS Lda. GRUPO AUTO-INDUSTRIAL
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TECH
NOTÍCIAS
AUGA GROUP CONSTRÓI O SEU PRÓPRIO TRATOR HÍBRIDO
Um Fendt elétrico para quem não tem tempo NOS ANOS MAIS RECENTES, A MARCA ALEMÃ TEM VINDO A DAR ALGUNS PASSOS A NÍVEL DE ELETRIFICAÇÃO. Começou por desenvolver o 700 Vario X Concept, equipado com um alternador de grande capacidade para alimentar os serviços externos com corrente elétrica de alta voltagem, e no segmento dos tratores compactos dispõe do 100% elétrico e100 Vario (consulte a reportagem na edição 121 em abolsamia 121 (maio/jun 20) by NuGon, Lda. - Issuu) como um produto praticamente acabado mas que ainda está nas últimas etapas de aprovação. Apesar destes desenvolvimentos, não se aguardava para já o lançamento de um elétrico da Fendt no patamar de potência da série 300. E em boa verdade, apesar de o trator existir, esse lançamento nunca aconteceu. Confuso? Pois bem, este é só mais um exemplo de como por vezes a procura anda a um ritmo muito mais veloz do que a oferta. Se a Fendt não fez um 313 Vario elétrico e ele fazia falta, alguém meteu mãos à obra e fez um. A notícia é avançada pela revista Trekker e dá conta do que aconteceu. Um produtor de hortaliças holandês pretendia um trator elétrico e
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AUGA M1 é movido a biometano e eletricidade para uso profissional na agricultura com autonomia estimada de 12 horas.
o concessionário local arranjou forma de lhe fornecer um com as características pretendidas. Com a marca a não ser tida nem achada neste assunto, o 313 Vario elétrico resulta da conversão de um normal 313 Vario a gasóleo. Este surpreendente trabalho foi levado a cabo pelo concessionário Fendt Holland Utrecht e pela empresa New Electric Automotive. O motor diesel, o sistema de refrigeração, o depósito de combustível e o sistema de tratamento de gases foram retirados e no espaço deixado livre foram instalados dois motores elétricos Siemens e quatro baterias Tesla. Dito assim até parece simples, mas a conversão não foi feita de um dia para o outro e o pessoal envolvido deparou-se com vários obstáculos técnicos por resolver. Mas tendo alcançado a meta pretendida, com o trator preparado para uma autonomia de 8 horas de trabalho, esta conversão põe em evidência o desfasamento entre uma indústria que dá passos lentos e certos nichos de mercado que, não tendo tempo para esperar, criam eles próprios a solução que procuram.
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O AUGA GROUP, EMPRESA LOCALIZADA NA LITUÂNIA, destaca-se por ser o maior produtor europeu de alimentos biológicos e, agora, por desenvolver o seu primeiro protótipo de trator híbrido o AUGA. Conta com uma potência de 400 cv conseguidos através de uma motor de combustão alimentado por 8 botijas de biometano. Sendo a energia transferida para motores elétricos presentes em cada uma das rodas, o excesso de energia é armazenado em baterias para tarefas de pouco esforço ou como um boost de energia repentino em caso de necessidade. Após perceberem que mais de 30% das emissões produzidas pela empresa eram provenientes do uso de combustíveis fósseis tornou-se evidente que algo tinha de ser feito, daí resultou o M1, fundamental para o objetivo de até 2030 atingirem a neutralidade carbónica.
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PNEUS
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PNEU DE MUITO BAIXA PRESSÃO PARA PULVERIZADORES AUTOMOTRIZES A Michelin apresentou o novo Michelin Spraybib CFO (Cyclical Field Operation*), uma gama de pneus de muito baixa pressão para pulverizadores automotrizes. O fabricante francês aproveitou também para acrescentar uma nova medida: VF 420/90 R 34 174F/170E.
dependendo da medida do pneu. A conceção da carcaça, que combina as normas VF e CFO, permite ainda que as pressões de trabalho se iniciem em 0,8 bar, contra o anterior mínimo de 1,8 bar. Outra das vantagens evidenciadas nos testes realizados pela Michelin é a zona de contacto com o solo que oferece um aumento da capacidade de tração de até 20%***. A velocidade máxima também foi aumentada com a introdução do índice de velocidade E (até 70 km/h) em determinadas medidas.
DEACORDO COM A MARCA, EM COMPARAÇÃO COM O SEU ANTECESSOR, o Michelin Spraybib,
Nova medida na gama Michelin Spraybib: VF 420/90 R34 174D/170E
a nova gama Michelin Spraybib CFO apresenta algumas melhorias. No que toca à capacidade de carga, esta foi incrementada em até 14% em condições de carga cíclica a velocidades de até 30 km/h. Tal foi conseguido através da conceção reforçada da carcaça que proporciona até 1,3 toneladas de capacidade de carga adicional por eixo,
O atual VF 420/85 R34 é, normalmente, montado em pequenos pulverizadores automotrizes e estará disponível a partir de abril de 2022. Ludovic Labeaume, responsável de Produto Agrícola da Michelin, explicou, a propósito desta nova gama de pneus: “Os fabricantes de pulverizadores automotrizes
Pneus para pivot
estão a desenvolver modelos com depósitos cada vez maiores, de até 10 000 litros, e barras de pulverização de mais de 50 metros. Por isso, as cargas que os pneus suportam são muito elevadas. As limitações são ainda maiores devido ao facto de a velocidade em estrada superar os 50 km/h, dependendo da legislação local. A nova gama Michelin® Spraybib CFO melhora o desempenho da oferta de pneus existente no mercado nesta categoria, e responde às expetativas dos utilizadores”, sintetizou. A nova gama Michelin® Spraybib CFO estará, progressivamente, disponível em 12 medidas entre fevereiro e dezembro de 2022, dependendo da medida e do mercado. * A norma CFO (Cyclic Field Operation) permite que um pneu VF aumente a carga cíclica em 13,5% a 30 km/h. ** Comparação com um pneu não CFO. *** Comparação entre a gama MICHELIN® SPRAYBIB e a nova gama MICHELIN® SPRAYBIB CFO, na medida VF 380/90 R46; estudo de campo em condições reais de utilização realizado pela Michelin em tratores, em novembro de 2021 em França. **** A norma VF (Very High Flexion) permite que o pneu suporte 40% mais de carga que um pneu standard à mesma presão.
A BKT APRESENTOU UMA LINHA DE PNEUS RADIAIS E DUAS LINHAS DE PNEUS DIAGONAIS especificamente criados para aplicação nos sistemas de rega por pivots. O Agrimax RI 818, pneu radial, abre a gama, e está disponível em dois tamanhos - 280/85 R 24 e 320/85 R 38. O TR 117 é um pneu padrão específico para a rega com pivot central e existe em quatro tamanhos diferentes: 11.2 – 24, 13.6 – 24, 14.9 – 24 e 11.2 – 38. Já o TR 118, desenvolvido para a maquinaria de
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irrigação, está disponível no tamanho 14.9 – 24. abolsamia falou com João Banza, agricultor e prestador de serviços com o objetivo de perceber o que valoriza neste tipo de pneu. “Essencialmente tem a ver o tipo de rasto do pneu - é importante que seja mais aberto e os gomos mais baixos e estreitos, evitando cavar a terra. Se o gomo for mais alto e profundo, levanta o solo e ganha lama no mesmo, ficando o rasto empapado e atascando o pivot”, explicou João Banza.
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BKT CRIA PNEU PARA TERRENOS ROCHOSOS O AGRIMAX FORTIS foi desenhado pelo fabricante indiano a pensar nos tratores de elevada potência e reforçado com um composto especial inspirado no setor da maquinaria industrial. Este composto é, de acordo com os responsáveis, mais resistente do que o habitual (apresenta cerca de 10 Sh(A) mais resistência). O produto foi testado pela BKT em terreno rochoso coberto de detritos, em Espanha e França, para avaliar a resistência do pneu em condições difíceis, onde os pneus normais apresentam danos graves após 200 horas de utilização. Os testes demonstraram que, depois de 500 horas de trabalho, os pneus reforçados com o composto especial se encontravam em perfeito estado, quando comparados com os pneus padrão. Estes últimos necessitaram, em média, de 7 reparações sob as mesmas condições. “As experiências e comentários dos nossos clientes foram fundamentais para o desenvolvimento do composto especial para o Agrimax Fortis”, explicou Piero Torassa, engenheiro de campo na BKT. “Cada aplicação exige um produto muito específico: por isso é que trabalhamos arduamente para converter as necessidades dos agricultores em produtos únicos. Mas não se trata apenas de ter mais opções. Utilizar o pneu certo é também sustentável e económico, uma vez que o ciclo de vida do produto se alarga sem ter de ser substituído, e o consumo de combustível se reduz”, finalizou.
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CULTURAS ESPECIALIZADAS
NOTÍCIAS
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aniel Lopes, responsável comercial da Jopauto, explicou à abolsamia que o “namoro” já dura há três anos e que o produto da VitiBot se enquadra na estratégia da Jopauto. “Temos mantido conversações com a VitiBot desde 2018, e acompanhado a evolução do robot Bakus e dos implementos que podem ser acoplados. O acordo de distribuição formalizado com esta empresa, líder de mercado no segmento de equipamentos robotizados e 100% elétricos, é mais um passo no caminho da sustentabilidade da viticultura, que é o principal foco da nossa estratégia para os próximos anos”, afirmou. Luca Cazzola, diretor de exportação da VitiBot, partilha do entusiasmo da Jopauto. “A nossa estratégia de mercado é consolidar a nossa posição de líderes na indústria robótica para a vinha em França e Itália e iniciar a exportação dos nossos robots para outros países produtores de vinho, como os EUA, Espanha ou Portugal. Queremos ajudar os viticultores destes países a enfrentar os desafios de uma viticultura sustentável”, finalizou.
Quem é a VitiBot?
Parceria Jopauto e Vitibot para distribuição do robot Bakus em Portugal A empresa de São João da Pesqueira assinou um acordo de distribuição com a VitiBot, uma marca líder de mercado no segmento de equipamentos robotizados e 100% elétricos
Bakus, o robot
ocorrer em 2023, e do recuperador em 2024. O Bakus utiliza tecnologia RTK-GPS – as parcelas são mapeadas de forma a oferecer ao robot uma precisão centimétrica – , e está equipado com oito câmeras 3D e doze câmeras RGB, que lhe permitem detetar obstáculos e alterações na topografia, conseguindo assim abrandar ou parar. A autonomia é de 10 horas, período após o qual é necessário o carregamento das quatro baterias de lítio.
Consistindo num porta-alfaias multi-tarefa, pode ser equipado com uma ampla gama de acessórios para a vinha devido ao seu sistema modular: neste momento já foi testado com entrecepas duplo, com despontadora elétrica Provitis e com recuperador de calda. A entrada no mercado da despontadora deve
“A intenção é tornar a máquina ainda mais multifuncional, em particular adicionando novos recursos, tais como mais ferramentas mecânicas de deservagem, um triturador para vinhas estreitas e largas, um pulverizador com painéis recuperadores de calda, podadoras, máquinas de tirar sarmentos”, explicou Luca Cazzola.
A VitiBot é um empresa industrial francesa, especializada no mercado de robots autónomos e elétricos para a vinha e que lançou a primeira máquina em 2015. O Bakus é o seu robot multi-tarefa para a vinha e, ao dia de hoje, existem duas versões disponíveis: o Bakus S, versão mais pequena, e o Bakus L.
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Estreia em Portugal em 2022
DANIEL LOPES “Queremos ajudar os viticultores a enfrentar os desafios de uma viticultura sustentável.”
Relativamente ao momento em que poderemos ver os primeiros VitiBot Bakus em trabalho no nosso país, Daniel Lopes está otimista, e aponta já para os próximos meses. “Felizmente, com o alívio de restrições que se perspetiva para os próximos meses, será possível comunicar ao mercado que a apresentação em Portugal deste equipamento terá lugar em 2022. Estamos a estudar a possibilidade de fazer uma semana de campo, com demonstrações em diferentes regiões, em clientes estratégicos, e em parceria com algumas associações de viticultores. Haverá novidades relativamente aos timings da apresentação e demonstrações nas nossas redes sociais”, finalizou.
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Vencedores do SITEVI Innovation Awards 2021 O SITEVI, exposição internacional de equipamentos e know-how para a produção de vinho, azeitona, frutas e legumes, premiou as inovações do setor que mais se destacaram em 2021.
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e entre as 57 candidaturas recebidas, 31 foram nomeadas. 16 produtos e serviços foram então distinguidos pelo júri (2 Prémios Ouro, 6 Prémios Prata e 8 Prémios Bronze). Neste artigo abordamos não apenas os vencedores, mas também alguns dos nomeados que se destacaram.
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Prémios
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PROCESSO DE IMPRESSÃO 3D DE RECIPIENTES CERÂMICOS PARA MATURAÇÃO DO VINHO
• BIOPYTHOS
A impressão 3D de recipientes cerâmicos oferece novas possibilidades para o fabrico dos mesmos em termos de forma, reprodutibilidade e desempenho técnico, inatingíveis até aqui. A cerâmica conserva a micro-oxigenação mantendo-se inerte em relação ao vinho, e ajuda a obter um vinho frutado, fresco e preciso, sem aroma amadeirado, para destacar o terroir e o trabalho do viticultor.
SIMULADOR DE CONDUÇÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS PARA ESCOLAS E EMPRESAS
• STUDIO NYX & CONSORTIUM E-CAB O E-Cab é o novo simulador para formação de operadores com tecnologia de realidade virtual para máquinas agrícolas, e está voltado para escolas e empresas. Permite o treino e formação na operação de uma máquina de colheita graças à imersão total do utilizador num ambiente 3D. É proposto um exercício na estrada, juntamente com condução em percursos entre cones e um módulo numa vindimadora em trabalho numa parcela de vinha. O principal objetivo do E-Cab é colocar ferramentas digitais eficazes à disposição de formadores e alunos, de forma muito operacional em salas de aula, centros de formação, e empresas. O projeto é patrocinado por um consórcio de organizações privadas e públicas: a faculdade AgriCapConduite que projetou a abordagem pedagógica, o fabricante de máquinas de vindima Grégoire, a consultora Shinypix e o Studio Nyx para o desenvolvimento do programa e marketing. O E-Cab é um projeto aberto e escalável que permitirá a inclusão de máquinas de vindima de outros fabricantes além da Grégoire, tratores e reboques, máquinas plataforma, pulverizadores, podadoras, entre outros equipamentos.
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Prémios prata COQUAS: DESCASCADORA COMPACTA DE AMÊNDOAS
• FLDI GROUP
O fabricante francês apresenta as suas novas linhas de descascadoras de amêndoa. Um máquina compacta, a FLCA 80 Coquas, e a linha industrial com a FLCA Coquas. A linha mais completa apresenta a novidade de ser escalável: permite que comece com uma configuração básica e vá aumentando a capacidade de processamento posteriormente. Fabricadas em França, a linha FLCA permite-lhe ser totalmente autónomo, desde o transporte das nozes até ao cracker, até à saída calibrada do produto acabado: a amêndoa crua.
AMPELOS: SISTEMA DE PRESSÃO DE FLUXO CONTÍNUO PARA PERMITIR QUE O TRABALHO SEJA CONDUZIDO EM CICLO CONTÍNUO
• DELLA TOFFOLA FRANCE
O sistema é composto por três prensas automáticas interligadas por sensores e inteligência artificial integradas numa única estrutura. O modo contínuo é alcançado criando uma sinergia entre várias pequenas prensas individuais usadas em expansões modulares. Esta abordagem permite que altas capacidades sejam alcançadas com prensas relativamente pequenas, oferecendo uma vantagem qualitativa substancial.
FILTR’ACTIV: COMBINAÇÃO DE FILTROS TANGENCIAIS PARA OTIMIZAR O DESEMPENHO DA FILTRAGEM DE LÍQUIDOS COM MATÉRIA SUSPENSA PELLENC – PERA • OENOPROCESS
A combinação FILTR’ACTIV é um equipamento 2 em 1 para a filtragem de produtos com elevado teor de sólidos em suspensão e vinhos. Como única alternativa técnica aos filtros rotativos de vácuo e prensa, a linha FILTR’ACTIV combina o melhor da filtragem tubular tangencial e a tecnologia de filtragem de fluxo tangencial dinâmico para obter um desempenho inigualável em termos de fluxo, qualidade do produto filtrado e rendimento. As duas unidades podem filtrar em conjunto ou separadamente.
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AGXTEND XPOWER XPN: MONDA ELÉTRICA PARA VINHAS ESTREITAS NEW HOLLAND AGRICULTURE O porta-alfaias New Holland Braud 9070N recebe um acessório da gama Agxtend para realizar monda elétrica em vinhas estreitas. É instalado em posição ventral e tem a chegada ao mercado prevista para 2023. O conceito foi premiado pelo SITEVI 2021 com uma medalha de prata. Após ter adquirido experiência nos últimos dois anos com o acessório de monda elétrica XPS para vinhas largas, a New Holland fez agora, no SITEVI 2021, uma pré-apresentação do mesmo conceito para aplicação às vinhas estreitas. Enquanto o XPS é composto por um gerador acionado pela TDF traseira de um trator vinhateiro e por aplicadores instalados no elevador dianteiro, o conceito XPN foi projetado para os porta-alfaias Braud 9070N e trabalha em posição ventral.
KISSABEL®: NOVAS VARIEDADES DE MAÇÃ VERMELHA
• DALIVAL / IFO
Nova gama de variedades de maçã vermelha, desenvolvida através da organização Ifored, um consórcio de 14 produtores/fornecedores de 13 países.
A Braud surge equipada com um par de aplicadores em cada lado, que são geridos através do interface IntelliView IV. Estes aplicadores foram especificamente adaptados às exigências das vinhas estreitas em termos de largura de trabalho e adaptabilidade a diferentes tipos de vinha. A sua alimentação elétrica é assegurada por um gerador impulsionado pelo circuito hidráulico do porta-alfaias, estando este elemento instalado no deck traseiro, atrás da cabine. O XPN resulta de um trabalho em conjunto entre as equipas da New Holland Braud, da Agxtend, que pertence igualmente ao universo CNH Industrial, e da Zasso, que foi pioneira na implementação deste conceito. Segundo a New Holland, a utilização da tecnologia de monda elétrica XPower assume-se como uma alternativa ao controlo de infestantes através de mobilização ou aplicação de herbicidas químicos. As três entidades vão continuar a desenvolver este produto com o objetivo de o terem pronto para comercialização em 2023.
PULVERIZAÇÃO CONFINADA POR PAINÉIS DE RECUPERAÇÃO DE CALDA, PARA INSTALAÇÃO NO ROBOT BAKUS, FABRICADO PELA VITIBOT
• VITIBOT
A pulverização confinada da VitiBot com painéis de recuperação é um dispositivo inovador e totalmente elétrico adequado para a plataforma automatizada Bakus, um robot com sistema modular fabricado pela VitiBot. Equipado com as mais recentes tecnologias de pulverização, oferece, entre outras coisas, um aumento significativo na segurança do operador devido ao seu afastamento, economia de energia, pulverização precisa e de qualidade com as tecnologias mais eficientes da área e eficiência económica devido à redução drástica de deriva e a recuperação e reutilização de produtos pulverizados. Tem um consumo muito baixo de eletricidade e também é silencioso. Prevê-se que seja lançado no mercado em 2022. A Jopauto é o importador exclusivo da Bakus em Portugal.
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Prémios bronze APTITRACK: SOLUÇÃO PARA MONITORAMENTO AUTOMÁTICO DE TEMPOS DE TRABALHO DE PESSOAS E MÁQUINAS
• APTIMIZ
A Aptimiz passa a oferecer seus serviços aos viticultores e fruticultores e amplia a sua oferta com o lançamento do Aptitrack, a primeira solução para medir automaticamente todo o tempo gasto por homens e máquinas numa exploração. Sem exigir qualquer input, a solução é baseada num aplicativo de smartphone ou um sensor que determina automaticamente a atividade que um utilizador realiza, medindo o tempo gasto na mesma. O agricultor não tem de fazer absolutamente nada: o trabalhador incia o seu trabalho, é detetada a atividade, registado o tempo gasto e o de viagem. O Aptimiz destaca-se pela facilidade de uso e pela medição completa do tempo numa exploração, determinando automaticamente as tarefas realizadas tanto no campo como no escritório. Com o Aptitrack, o smartphone deteta em que máquina um agricultor está a trabalhar e com que alfaias.
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BUCHER XPLUS: CANAL DE DRENAGEM GIRATÓRIA QUICK-CLIP
• BUCHER VASLIN
A prensa Bucher XPlus possui elementos de drenagem para a drenagem de sucos. A presença dessas peças também garante maior eficiência da ação de esmagamento durante a rotação do tanque.
EXAPTA TACTIQUE: AUXÍLIO À DECISÃO PARA FORMULAÇÃO DO CALENDÁRIO DE PROTEÇÃO DA VINHA
• ERTUS GROUP
PRIMEIRO CURSO E-LEARNING SOBRE VÍRUS DA VIDEIRA
O novo assistente de tratamento para a vinha Exapta Tactique é o novo módulo do pacote de software Process2Wine que permite projetar e otimizar o cronograma de tratamentos. A Exapta Tactique irá recolher automaticamente dados de modelos epidemiológicos, previsões meteorológicas e utilizar a informação já presente no software Process2wine para propor as intervenções mais adequadas para uma proteção eficaz da vinha. Todos os dias, os dados são atualizados e o cronograma dos tratamentos propostos é adaptado de acordo com as condições climáticas. As primeiras simulações realizadas para a campanha 2020 mostram uma poupança de até 20% no custo dos tratamentos fitossanitários. Do ponto de vista ambiental, as doses de cobre podem ser reduzidas até 15% e o número de tratamentos e o índice de frequência de tratamento podem ser reduzidos até 20%.
Sendo o primeiro curso e-learning sobre doenças virais da videira, o curso de formação Pathogen oferece uma abordagem inovadora à formação neste tema, combinando ensino online e sessões de campo. São disponibilizados três níveis para atender aos diversos perfis e expectativas dos profissionais da indústria do vinho. Os níveis “Básico” e “Avançado” incluem uma descrição dos vírus mais difundidos, modos de transmissão, métodos de deteção e possíveis métodos de controlo, bem como aspetos regulatórios.
E.N.118 - Km 45 • Apart. 45 2121-901 Salvaterra de Magos Tel. 263 507 022 Tlm. 934 564 165 Fax. 263 507 485 geral@pulvilava.pt www.pulvilava.pt
O nível “Trainer” foi concebido para permitir que os técnicos forneçam posteriormente esta formação aos profissionais do setor através da realização de sessões de campo.
PLANTADORAS AUTOMÁTICAS, AUTOMOTRIZES
CONCESSIONÁRIO OFICIAL
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INSTITUT FRANÇAIS • DE LA VIGNE ET DU VIN (IFV)
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MÁQUINAS PARA TOMATE
PULVERIZADORES
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ITRIA: MÁQUINA PARA CONTROLO DE QUALIDADE E SELEÇÃO ÓTICA DE CAIXAS DE UVAS
• R&D VISION
Esta máquina combina o uso de imagens 3D de alta velocidade, imagens multiespectrais (visível e infravermelho) e tecnologias de inteligência artificial para fazer uma análise de parâmetros como condição física (oídio, míldio, botrytis), queimaduras solares, tamanho e cor da baga, deteção “não-uva” e nível de enchimento.
NETFLUSH™: VÁLVULA DE LAVAGEM DE OPERAÇÃO REMOTA
• NETAFIM
A vida útil e o desempenho dos sistemas de irrigação por gotejamento são determinados por vários fatores: qualidade da água, qualidade do sistema de irrigação e manutenção. A lavagem da linha de gotejamento é um procedimento essencial no processo de manutenção. O NetFlush™ é uma válvula de lavagem de sistemas gota-a-gota, pois é o único a permitir operação remota, compatível com linhas de parede finas, médias e grossas. O NetFlush™ pode ser instalado em qualquer sistema gota-a-gota, seja enterrado ou superficial. É um trabalho que os agricultores podem fazer a meio de outras tarefas, mantendo o sistema de irrigação livre de detritos e maximizando o desempenho e a longevidade do sistema de irrigação.
ENTRE CEPAS RADIUS SL PLUS COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE MÁQUINAS E AUTOMÓVEIS, S.A.
CONCESSIONÁRIO ENTRE CEPAS MULTICLEAN
SEDE SÃO JOÃO DA PESQUEIRA T. 254 489 150 FILIAL VILA REAL T. 259 342 147 GERAL@JOPAUTO.PT WWW.JOPAUTO.PT
DESPONTADORA ST 120
AMPARADORA PA 5000
PRÉ-PODADORAS • AMPARADORAS • DESPONTADORAS • MÁQUINA DE TIRAR VIDES • ENTRE CEPAS • ESLADROADORAS
OENOVIEW : MONITORIZAÇÃO DO ESTADO HÍDRICO DA VINHA ATRAVÉS DE IMAGENS DE SATÉLITE
• TERRANIS AND ICV GROUP
Respondendo a uma necessidade recorrente da indústria vitivinícola no contexto das alterações climáticas, a solução proposta permite estimar e monitorizar o estado hídrico da vinha durante a estação com base na análise de imagens adquiridas pelo satélite ótico Sentinel-2.
Outras inovações nomeadas:
DESFOLHADORA VITIPULSE COMBI
• ERO
O VITIpulse Combi combina a desfolhadora de rolos e a desfolhadora de jato de ar numa única máquina para oferecer ao cliente o melhor dos dois mundos. Ao reunir os dois sistemas de desfolhação líderes de mercado, esta solução permite uma maior qualidade de desfolhação e uma maior velocidade.
LIVIO RAPID: FERRAMENTA QUE PERMITE REDUZIR O TEMPO DE MONTAGEM E GARANTE A PADRONIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO DO GANCHO LÍVIO ELIMINANDO O ERRO HUMANO
• VIGNETINOX
Esta ferramenta reduz substancialmente o tempo de montagem e garante a padronização da montagem do gancho Lívio ao eliminar o erro humano, principal causa de ineficiências. O Rapid permite um movimento rápido e calibrado, resultando num excelente acoplagem entre a estaca, o fio e o clipe.
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SMART SYNTHESIS HYBRID CAFFINI • SPA
A solução proposta possui um ventilador acionado eletricamente com gerador elétrico (400V), ligado à tomada de força do trator e um inversor que controla a velocidade do motor elétrico em função da densidade da folhagem. Estes valores são dados por dois ou mais sensores ultrassónicos. Estes dados, devidamente elaborados, permitem alterar o volume de ar em tempo real, adaptando-o à densidade da folhagem e muito mais, porque pela primeira vez num pulverizador de vinhas e pomares foram montados bicos PWM, que pulverizam com alta frequência a um fluxo contínuo para um melhor controlo do produto fitofarmacêutico.
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TK METHANE POWER
NEW • HOLLAND
AGRICULTURE
O TK Methane Power é um trator de rastos especializado propulsionado a biometano. O tamanho do trator não foi aumentado de forma a permitir que continue a trabalhar em espaços exíguos e culturas em linha.
VSE 230: NOVA VERSÃO DA MÁQUINA DE TIRAR VIDES
• PROVITIS
O fabricante da Alsácia lançou uma nova versão da máquina de tirar vides, que trabalha de forma similar à já existente VSE 430 mas, ao contrário desta, retira os sarmentos para baixo e não lateralmente. Esta alteração foi feita para responder a uma necessidade dos produtores da Alsácia e de uma região específica da Alemanha, que usam uma poda em Guyot diferente da tradicionalmente usada, por exemplo em Portugal. Para que a vara que fica não seja danificada, é necessário que os sarmentos cortados sejam puxados para baixo.
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NA FLORESTA Mercado sueco de forwarders recua 26%
Reboque Kesla com kit para combater incêndios Queimar madeira para produzir eletricidade é insustentável
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PUBLIRREPORTAGEM
A associação de outros elementos a um riper permite realizar várias operações florestais em simultâneo, na fase de preparação do terreno com vista à instalação das plantas. Esta solução combinada visa manter a estrutura física do solo e promover a retenção de água.
A
mobilização do terreno é essencial para a plantação. Esta operação é fundamental para o desenvolvimento inicial das raízes das árvores. Para que esse objetivo seja atingido, devem utilizar-se preferencialmente métodos que promovam a infiltração e retenção de água, com manutenção da matéria orgânica e dos nutrientes essenciais no solo. A mobilização parcial é uma prática com maior sustentabilidade na preparação do solo para uma nova plantação florestal, e sempre que for possível de executar é recomendável. A mobilização não intensiva e não total contribui para a acumulação de carbono no solo e a manutenção da estrutura física que as novas raízes irão aproveitar. Com este objetivo em mente, a Fravizel, em parceria com a equipa de Inovação Florestal da Navigator Company, tem vindo a desenvolver o Riper Amontoador cujo objetivo é realizar a gradagem, ripagem e adubação em apenas uma só operação.
Riper amontoador faz várias operações numa só passagem Vantagens associadas ao equipamento
- Adaptabilidade a vários tipos de terreno; - Mantém a terra fértil à superfície; - Afinação hidráulica do ângulo dos discos; - Possibilidade de adaptação para trator através de 3.º ponto; - Dimensões customizáveis; - Permite outras culturas (Ex: oliveira, amendoal). boa “cama de plantação”. Os discos têm orientação variável, o que permite definir a altura do comoro, adaptando-se a zonas mais secas ou de maior encharcamento e efetuar uma ripagem até 70 cm de profundidade, ficando marcada com o riscador a futura linha de plantação. Adicionalmente pode ser aplicado adubo fosfatado (ou outro), na linha de plantação e à taxa variável. Nos ensaios preliminares já executados, o rendimento da operação situa-se entre 2 a 3horas/hectare. Os ensaios estão a ser executados no âmbito do projeto rePlant, apoiado pelo Portugal 2020 e Compete.
Esta alfaia mobiliza a faixa de terreno, proporcionando assim uma
www.fravizel.com T. 243 409 220 geral@fravizel.com
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NOTÍCIAS
John Deere, Komatsu, Ponsse e Rottne mantêm as suas posições como marcas mais populares no ranking de vendas de forwarders na Suécia. O aumento das encomendas para outros continentes e a falta de componentes explicam a contração deste mercado.
O
registo de forwarders novos na Suécia é um dos indicadores de referência de mercado, a nível mundial, para este tipo de máquina.
De acordo com a Transportstyrelsen, a Agência Sueca de Transportes, em 2021 foram registados naquele país 332 forwarders novos, o que representa uma contração do mercado de 26% face ao ano anterior. Em 2020 foram registadas 451 unidades. Quando olhamos para o mercado num período de 10 anos, os registos apontam para uma média de 320 forwarders vendidos por ano. A explicação para 2020 ter sido um ano com vendas acima da média na Suécia deveu-se a uma diminuição da procura a nível mundial. Henrik Johansson, diretor da John Deere Forestry na Suécia, explicou à revista Forestry que essa menor pressão dos mercados mundiais abriu espaço para as marcas darem maior resposta às encomendas neste mercado nórdico.
Mercado sueco de forwarders recua 26% Em 2021, a tendência inverteu-se, com os mercados da Rússia, América do Norte, América do Sul e Ásia a solicitarem máquinas em maior número e sem que as marcas conseguissem dar resposta num curto prazo.
Carl-Henrik Hammar, diretor da Ponsse na Suécia, referiu que a fábrica da marca na Finlândia está a funcionar à sua capacidade máxima e que as encomendas feitas no início de 2022 só serão entregues em 2023.
Tal como noutras áreas da indústria, os fabricantes têm-se deparado com a falta de componentes, com máquinas praticamente prontas estacionadas a aguardarem alguns detalhes em falta. Mas uma vez que esteja ultrapassado este constrangimento, se a procura se mantiver alta, outro fator limitante será a capacidade de produção.
A Suécia é o mercado de referência no segmento dos forwarders, não só porque no país este tipo de máquina é sujeita a registo, o que permite disponibilizar as estatísticas anualmente, mas também porque esses números tendem a ser representativos das vendas a nível mundial.
Marca John Deere Komatsu Ponsse Rottne Ecolog Logset Tigercat Sampo TOTAL
Unidades 146 61 60 30 24 6 3 2 332
2021 Quota(%) 44 18,4 18,1 9 7,2 1,8 0,9 0,6 100
Unidades 191 98 86 34 30 0 6 6 451
2022 Quota(%) 42,4 21,7 19,1 7,5 6,7 0 1,3 1,3 100
Fonte: Transportstyrelsen
FLORESTA
NOTÍCIAS
FLORESTA
A GAMA MAIS INOVADORA NO SETOR DAS MÁQUINAS FLORESTAIS, BIOMASSA E AGRÍCOLAS
Máquina de estilha Pezzolato com tremonha basculante A Pezzolato fabrica máquinas processadoras de estilha e dispõe de uma gama muito completa, desde modelos para tratores de baixa potência, passando por modelos com motor próprio e até um modelo automotriz. No segmento das processadoras para tratores de alta potência, um dos modelos propostos pela Pezzolato é o PTH 1200/1000, acionado através da TDF e que dispõe de grua para alimentar a unidade de processamento.
ESTILHAÇADORES COM MOTOR A GASOLINA OU A DIESEL TRITURADOR FLORESTAL
ESTILHAÇADORES PARA TRATOR
FRESA E TRITURADOR DE PEDRA
TRITURADOR LATERAL
Recentemente, esta casa italiana entregou a um cliente da Dinamarca uma processadora deste modelo que se diferencia por incluir uma tremonha, dando resposta a solicitações específicas dos clientes. Em vez de a estilha ser depositada no chão, vai acumulando neste depósito com capacidade para 20m³ que inclui uma função basculante. Através de acionamento hidráulico, o depósito eleva-se a uma altura de 4,5 metros, permitindo a descarga diretamente para o compartimento de um reboque ou camião. O modelo PTH 1200/1000 apresenta uma performance de trabalho que permite produzir até 250 m³ de estilha por hora.
TRITURADOR LATERAL HIDRÁULICO
ROÇADORA PROFISSIONAL DE CHAPA DUPLA
TRITURADOR DOBRÁVEL DE ALTO RENDIMENTO
TRITURADOR HIDRÁULICO
A Pezzolato é representada em Portugal pela Cabena, sediada em Benavente.
TRITURADOR AUTOALIMENTADO PARA OLIVAL
TRITURADOR FLORESTAL PARA CARREGADORAS
CRTA. VILABLAREIX, 18-20 (POL. IND. MAS ALIU) 17181 AIGUAVIVA (GIRONA) T. +34 972 40 15 22 • F. +34 972 40 01 63 cial@venturamaq.com
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www.venturamaq.com
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NOTÍCIAS
A
Kesla apresentou um conceito multifuncional destinado a combater incêndios. Ao seu reboque florestal modelo 144, com capacidade de carga de 14 toneladas, a marca finlandesa acrescentou um depósito de plástico de 10.500 litros e um sistema de bomba hidráulica com mangueiras e canhões para lançamento de água.
Reboque Kesla com kit para combater incêndios
O sistema faz uso da TDF do trator, fazendo acionar as bombas ao encher e ao despejar o depósito. O lançamento de água é feito através de um canhão instalado na traseira e através de um outro canhão posicionado na ponta da lança, podendo este ser direcionado na direção que se pretenda. A água é projetada a 6 bar de pressão, a uma distância de 30 metros.
O depósito e restantes elementos que constituem o kit podem ser removidos do reboque em bloco. Uma vez retirados, os fueiros laterais podem voltar ao seu lugar e o reboque está novamente pronto para servir a sua função principal na rechega de madeira.
O enchimento é feito através de uma bomba externa que pode ser colocada com a grua dentro de uma ribeira ou charca e faz-se em cerca de 10 minutos.
Este novo produto está disponível para encomenda através da rede de distribuição da marca.
A MELHOR GAMA COM A MELHOR ASSISTÊNCIA TÉCNICA
EFICÁCIA
SEGURANÇA
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ANOS
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CONFORTO DESEMPENHO
ECONOMIA DURABILIDADE
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Elmia Wood está de regresso em junho
A mais importante feira florestal com demonstração de máquinas em ambiente de trabalho está de regresso em 2022. A última edição da Elmia Wood realizou-se em 2017 e em condições normais a feira teria voltado a abrir portas em 2021. Mas a pandemia determinou o adiamento por um ano. Assim, e acreditando que não volta a haver contrariedades, a Elmia Wood volta a reunir os players do sector entre os dias 2 e 4 de junho deste ano. A localização será a do costume, em Jönköping, na Suécia.
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NOTÍCIAS
E
m Portugal, a floresta já não produz matériaprima suficiente para abastecer as necessidades de todas as empresas existentes instaladas: as indústrias e PME de base florestal tradicionais, as produtoras de ‘pellets’ e as consumidoras de biomassa para fins energéticos. Uma possível reconversão da Central Termoelétrica do Pego de carvão para biomassa vai aumentar este desequilíbrio de forma muito significativa, alerta o Centro PINUS, uma associação sem fins lucrativos que reúne os principais agentes da Fileira do Pinho. “Existe hoje um elevado défice da oferta de madeira e de biomassa florestal residual. Este contexto deve-se, sobretudo, ao declínio dos recursos florestais, mais evidente para o pinheiro-bravo, espécie em que o volume em crescimento registou um decréscimo de 37% entre 2005 e 2019. Esta situação estrutural da nossa floresta foi agravada por opções de política energética que introduziram incentivos à produção de eletricidade a partir de biomassa que causaram distorções no mercado. Adicionalmente, a falta de regulamentação prevista e a inadequação da existente permite que alguns operadores queimem madeira e não biomassa florestal residual”, afirma João Gonçalves, presidente do Centro PINUS. Assim, explica o responsável, um aumento relevante da produção de energia através da queima, alegadamente, de biomassa florestal residual – como é possível que aconteça com a reconversão de carvão para biomassa da Central Termoelétrica do Pego – irá colocar em risco milhares de empregos criados por este setor da economia. Estima-se que o défice estrutural de madeira de pinho represente já 57% do consumo industrial anual, com tendência a aumentar de forma significativa nos próximos anos e impactar a atividade das indústrias da fileira de pinho.
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Queimar madeira para produzir eletricidade é insustentável Aumento da queima de biomassa para produção de energia ameaça milhares de empregos e é um contrassenso no contexto das preocupações ambientais e de sustentabilidade. O Alerta é dado pelo Centro Pinus.
Consumo insustentável O consumo atual de biomassa para energia em Portugal, estima o centro PINUS, é “insustentável” e consumir madeira para produzir energia “não faz qualquer sentido.” “Enquanto material renovável, reutilizável e reciclável, a madeira só cumpre a sua função plena no quadro de uma bioeconomia circular quando se garante a sua ‘circularidade’ em cadeias de valor que cumprem o princípio da utilização em cascata. Só deve ter como destino final a queima a madeira que não pode ter utilização em produtos de maior valor
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JOÃO GONÇALVES Presidente do Centro PINUS.
acrescentado”, refere João Gonçalves. No atual enquadramento legal – que o Centro PINUS considera incoerente – essa queima é permitida. “Uma vez queimada, a matériaprima não pode ser reparada, reutilizada, nem contribuir para uma descarbonização, sob a forma de produtos que são armazenadores de carbono, ajudando assim a atenuar as emissões de CO2. A par disso, este défice vai, inevitavelmente, gerar enormes pressões no mercado da rolaria, dos subprodutos de madeira e da madeira reciclada, contrariando as práticas de economia circular e de uso em cascata.”
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FLORESTA
Carregadora Volvo controlada remotamente através da rede 5G A VOLVO ESTÁ A TESTAR UMA CARREGADORA DE RODAS COM PINÇA PARA DESLOCAR MADEIRA, MANOBRADA A PARTIR DE UMA ESTAÇÃO DE CONTROLO REMOTO QUE FAZ USO DA REDE 5 G. Os testes decorrem no âmbito do projeto Remote Timber, que resulta de uma colaboração entre a Volvo CE (Volvo Construction Equipment) e diversas outras instituições. Na prática, uma carregadora de rodas Volvo L180 equipada com pinça, tem sido manobrada a centenas de Km de distância a partir de um simulador. A máquina encontra-se num terminal de logística da Suécia e dispõe de sensores e câmaras posicionados em pontos estratégicos.
Segundo a marca, a experiência tem permitido verificar que existe uma baixa latência na operação. O mesmo é dizer que existe uma mínima diferença de tempo entre as ordens dadas no simulador e as instruções recebidas e executadas pela máquina. A tele-operação de máquinas florestais pode permitir que, a partir de um único local, um operador manobre máquinas que estejam estacionadas em diferentes pontos, sem que tenha de fazer sucessivas deslocações ou permanecer longe de casa. Existe ainda a expectativa de tornar estas tarefas mais seguras, uma vez que as pessoas permanecerão menos
tempo em ambientes onde estão mais expostas a perigos. Tendo em conta que a movimentação de madeira se depara com situações muito diversas, um objetivo deste projeto é perceber quais são os requisitos identificados pelos operadores para que a tele-operação proporcione um trabalho eficiente e marcado pela precisão. A movimentação de madeiras em pilha e a sua colocação na plataforma de um camião é uma operação demasiado complexa para ser feita autonomamente mas prevê-se que a tele-operação abra gradualmente a porta a alguns processos de automação.
AJAP
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Associação dos Jovens Agricultores de Portugal
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REGIÕES
Concessionários
Nos anúncios com consulte as máquinas para venda em www.abolsamia.pt/pt/compra-de-maquinas
Viana do Castelo - Braga - Bragança
Usados: Case CX80 • Fendt (2) Farmer 309 LSA c/ cab., 260S DT • JD 2200 • Same (2) Delfino 35, Minitauros 60 2RM • Gadanheira Kubota c/ 8 discos corte • Reboque forrageiro Juscafresa
Usados: Agrifull Jolly 50 • Deutz DX3700 DT • JD 2200 c. front. • Lamborghini R1 55 • Pasquali 441 4RM • Steyr 540 • Abre regos de 3 bicos • Armador camalhões C.Magli • Charruas Ribatejo (2) 2 ferros auto., Joper 2 ferros hidra. • Colh. milho 1L (2) Mengele + Pöttinger • Enfard. NH 271 • Fresas usadas várias • Sem. Agrovil 2 linhas mec.
Usados: Deutz-Fahr Agroplus 85 • Unifeed Gilioli 5 m3 • Charrua Galucho 2F 14” • Desensilador Tico-Tico Agrovil
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Braga - Vila Real - Bragança
Usados: Tratores Deutz DX 3500 S - 14.500€ • JD 6105 R - 55.000€ • Same (2) Dorado 3 90 Classic - 23.800€, Golden 60 - 13.500€ • Ursos c/ escarificadores - 5.500€ • Valtra T133 - 47.500€ • Retroescavadora Komatsu WB93R - 20.000€ • Reboque Porta Maquinas Joper PB5000 - 7.250€ • Reboque Galucho PB3000 Tri-Basculante - 3.250€
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Bragança - Porto
Usados: Goldoni 40 DT • Kubota L2550 DT • New Holland (6) TN70VA CC, 4835 DT, TN 65N, TN 75N, TL 90, TK 65F rastos • Same Solar 50 • Shibaura SP2540 • Enfardadeiras NH (2) BB940 fardos gigantes, 640 fardos redondos
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Porto - Aveiro
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Aveiro - Viseu - Guarda
Usados: Deutz Agrofarm 420 T • Autocarregante Durante 16 m3 • Ceifeira rotariva Krone AM166 • Charrua Galucho 2 ferros 13´´ hidráulica • Retroescavadora traseira p/ trator BK215
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Guarda - Castelo Branco - Coimbra
Usados: Agritec A23 DT • Ferrari 1100 DT • Ford 4600 • Goldoni Star 55 DT • Iseki SS 330 (corta-relvas) • Kubota (2) 2850 DT, 175 • MF 390 • NH 2120 DT • Shibaura S320 • Vários motocultivadores usados em stock
Usados: Mini-trator Tomo Vinkovic -2.500€ • Ford 1700 -3.500€ • Ford 4000 - 6.500€ • Ford 6600 -8.250€ • Same Delfino 35 8.500€ • Iseki TX 2160 F (c/ alfaias) - 6.750€ • Kioti LK3054 - 8.500€ • NH 1720 - 9.750€
Usados: Fiat 420 • JD (2) 746 • Landini R 6860 • MF 2410 • Same Argon 50 4RM • Charrua Galucho F16 • Enfarda. Pottinger F125 Pro • Rotorfresa 2,60mts. • Motoenxada Honda F501 • Tesoura de poda Pellenc Lixion com carregador, colete e mala de transporte original.
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Leiria
Usados Tratores: • Iseki TS1910 - 2.750€ • JD 1546F - 12.500€ • McCormick C70 LC -19.500€ • Goldoni 3445 DT - 8.500€ • NH TS115A p/ peças - 6.000€ • Valpadana 3675 p/ peças
Usados: Tratores Claas (2), Arion 550, Arion 460 • John Deere 6920 • Ceifeira debulhadora Claas Lexion 415 • Pá Laser Mara de 5 mts. • Pá Luz Antónios de 5 mts.
Usados: Tratores: Ford, 1710 • Daedong T2600 DT • Farmtrac 80 4WD • Valmet 4400 DT • Shibaura S 320 • Ammann-Yanmar YM-1401s/ mat. • Gadan. Gaspardo BF 940 • Grua florestal Costa G3000 • Motoenxada Gemar MZ 100 - 1040 • Pulverizador Tomix, 200 L
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Leiria - Lisboa
Usados: Deutz-Fahr Agrotron 90 • Fiat 55-56 F • McCormick F90 Cab. • NH T4 90 • Solis 90 Cab. c/carr. front. • Automotriz Argiles p/poda e colheita c/ reb. • Krone Gad. reb. 3mts. • Pulv. Rocha reb.1500L
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Lisboa
Usados: (2x) John Deere 5515 V, 20 C • New Holland Boomer 25
Lugar da Espera, Apartado 30 - 2565-716 Runa
T. 261 311 107 / Fax 261 311 707 sparexportugal@mail.telepac.pt www.sparex.com
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A nossa gama de pós-venda de peças para tractores abrange uma vasta gama de marcas e modelos, incluindo Massey Ferguson, Valmet/ Valtra, John Deere, Case IH, New Holland, Fiat e muitas mais.
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WIRELESS, MAGNÉTICO, SEM FIOS
MARCAS EM QUE PODE CONFIAR
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Lisboa - Santarém
Usados: Tratores: JD 8345R • NH TM155 • Same Explorer 80 • Deutz Fahr M620 Agrotron • Fendt 415 VARIO • JD 6630 • JD 6105M • Landini7800 rastos • Charruas: Kverneland LD85 6F. • Kverneland PB100 • Galucho 2F 16’’ • Enfardadeira Claas 3200 Rotocut • JD 578RC • Pulverizador Kverneland 1.800 LTS
Usados: Reboque Galucho 12.000Kg • Grade discos: (2x) Galucho NA2C 16-20, NA2C 20-22 • Pijuca 4 corpos esp. vinha • Rototerras: Maschio S Cobra 2,5m. e 3m.• Charruas: Galucho (3) 2F-10”, 3F-14”, 2F-13” • Escarif. Galucho E7D • Espalhador C.Magli plást. micro-granulador • Plantador Ferrari 3 lin. • Polvilhadora Gaysa c/barra hidra. 3 mts.
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Usados: Case-IH MXU 125 4WD cab. • Jonh Deere Milénio 50C • Lamborghini (2) 774- 70 N, 874-90 DT • NH TN75 • (3x) Same Argon 80, Dorado 86, Explorer 85 T
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Santarém - Portalegre - Setúbal
Usados: JD 2035 • Lamborghini Crono 574-70 • Landini 5500 • Ford 1920 4RM • Mitsubishi MT 28 28/36 • MF 135 • Kubota (2) M9540 c/ cabine, 7100
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Setúbal - Évora
Usados: Tratores: Claas Ares 836 RZ • Deutz-Fahr Agrotron 1160 TTV 38.000€ • New Holland TM120 • Same Explorer 80 • Chísel-charrua 9 bicos • estroçador Serrat 1.80mts • Enfard. Krone Big Pack 1270 • Gadan.: Vicon 6 discos Extra 428 • G. de pente • G. de discos Krone Easy Cut R2 80 • G. de discos: Galucho GPR 20x28 • GaluchoGPR 16x28 • Semeador Sicam 6 linhas • Voltafenos: Krone Swadro TS740 Twins • Krone Swadro 42 • Vicon RS/4V
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Évora - Beja
Usados: Máquina de vindimar Alma Selecta 2 rebocável
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Beja
A melhor ligação entre o agricultor e as máquinas agrícolas
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Beja - Faro - Açores - Europa
Usados: Claas Celtis 446 RX • John Deere 1950 • Enfardadeiras: JD S440R • Kuhn Bio combinada • McHale S550 • Unifeed Zago 17 m3 • Unifeed Trioliet 7 m3
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MOMENTOS
NEW HOLLAND
Jopauto New Holland Boomer 35 STAGEV Rops entregue ao cliente Floriano Almeida, em Vila Real.
NCN New Holland T5.140 DTC entregue à Soc. Agrícola Caneja. Esq./dir.: José Flausino, Joaquim Costa, Fernando Garcia (Diretor Geral NH Portugal) e Amândio Rato (Gestor de Vendas).
New Holland T4S75 entregue ao cliente Bruno Filipe.
Cameirinha
New Holland T3.50F entregue à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Jopauto
New Holland T4.100LP Cab entregue ao cliente Paulo Machado. Esq. p/ dir.: Thomas Braekel (comercial) e cliente Paulo Machado.
New Holland T4S.75 Power Shuttle entregue ao cliente Luís Ataíde, na Maia.
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Tractorusseira
SEAC
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Américo Pousa
New Holland T4S. 75 entregue ao cliente Lícinio Augusto Vaz (Espinhosela). Esq. p/ dir.: Américo António e Licínio Augusto Vaz (cliente).
New Holland Braud 9090X Olive entregue ao cliente Herdade da Turca do Meio. Esq./dir.: Luis Profeta, Mário Cananão, José Ferreira (cliente) e Lino (operador).
Etelgra New Holland T3.60F Rops entregue ao cliente Elísio Guiães, em Vila Real.
Jopauto
New Holland T4.75S, equipado com carregador frontal NH, entregue ao cliente João Machado Martins.
NCN
New Holland Boomer 35 entregue ao cliente João Pinheiro, em Penamacor.
Adelino Lopes Nogueira Etelgra
New Holland T4.55s entregue ao cliente Vicente Fernandes. Esq/ dir.: Pedro Rita (Etelgra), Vicente Fernandes e Antônio Fernandes.
Américo Pousa Sérgio Pousa (dir.) entrega New Holland T4S.75 ao cliente José Augusto dos Anjos (S. Cibrão).
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ANTIGAMENTE
ERA ASSIM...
O Grupo Fricke é um dos maiores grupos privados alemães do sector da maquinaria agrícola, e inclui marcas como a Granit Parts ou a Saphir Maschinenbau. Esta é a história de uma empresa que nasceu do sonho de um ferreiro alemão numa pequena oficina perto de Hamburgo.
E
m 1923, Dietrich Fricke, ferreiro de profissão, funda em Heeslingen, no norte da Alemanha, uma empresa dedicada à venda de máquinas agrícolas. Trinta anos mais tarde, em 1953, devido à precoce morte do fundador, o seu filho Wilhelm Fricke, à data com 23 anos, assume o negócio da família. Apesar da sua juventude, Wilhelm consegue fazer crescer a empresa afirmando-se no mercado das ceifeiras-debulhadoras através da venda das primeiras Claas. A 1 de Julho de 1966, fruto do crescimento conseguido, a empresa muda-se para as suas atuais instalações na rua “Zum Kreuzkamp 7”, com uma oficina, armazém de peças e escritório. Em 1972, a empresa toma uma decisão com um grande impacto no futuro da mesma: investe na compra de grandes quantidades de peças de reposição da Hanomag, empresa de Hannover que vira a sua produção descontinuada. Esta aquisição resultou numa expansão significativa do negócio, lançando o Grupo Fricke no comércio internacional de peças. 1992 fica marcado pelo retirar de Wilhelm Fricke, que entrega a gestão do grupo ao seu filho, Hans-Peter Fricke que, juntamente com Holger Wachholtz, assume a administração da empresa. Entre 1993 e 2000, o Grupo expande a sua atuação para diversas áreas através da criação de várias empresas, diretamente e indiretamente ligadas à
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De uma loja de ferragens para o Mundo
HANS PETER FRICKE Director Executivo e proprietário do grupo Fricke
maquinaria agrícola. Uma destas empresas foi a Granit Parts, fundada em 1996 devido ao sucesso da comercialização de peças agrícolas, e dedicou-se à expansão à escala europeia, sendo os respetivos produtos vendidos sob a sua própria marca. A experiência de comercialização e serviço pós venda de maquinaria agrícola, abriu as portas na venda de peças, uma vez que as necessidades e preocupações os nossos clientes são facilmente atendidas. Também em 1996, é criada a Gartenland GmbH, uma empresa especializada em equipamento de jardinagem. No ano 2000 é fundada a Saphir Maschinenbau GmbH, marca especializada na conceção, fabrico e comercialização de alfaias e equipamentos agrícolas.
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...ERA ASSIM No período que se seguiu, entre os anos 2000 e 2020, o foco principal do grupo foi o crescimento a nível internacional e o desenvolvimento logístico. A internacionalização da Granit Parts iniciou-se com a abertura das filiais austríaca e neerlandesa, estando atualmente presente em todo o continente europeu. O seu objetivo é assegurar o fornecimento de peças de reposição para todo o tipo de maquinaria agrícola e, consequentemente, uma rede de suporte ao cliente, no seu próprio idioma. Em 2012 foi concluída a expansão do centro logístico da Granit Parts em Heeslingen, com um aumento da área útil de armazém de 50 000m2. Simultaneamente, foram também fundadas as filiais espanhola, romena, dinamarquesa e suíça.
A Hofmeister & Meincke, empresa fundada em 1908 por Friedrich Hofmeister e Richard Meincke, dedicada ao retalho de peças e componentes para veículos comerciais foi adquirida em 2013 pelo grupo Fricke. 2019 fica marcado pelo consórcio entre o grupo Fricke e a Jungheinrich, para a criação da TREX.PARTS, empresa dedicada ao comércio de peças de reposição para empilhadores. No ano 2020 deu-se a implementação da representação da Granit Parts em Portugal. Através
Granit em números
90.000 m2 O maior armazém de peças de reposição da Europa com
250.000 artigos
40.000 Encomendas enviadas por dia totalizando cerca de
80.000
artigos por dia
65%
Artigos provêem de fornecedores alemães
Encomendas efetuadas através do website da Granit
24h
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Prazo de entregas
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Curiosidade O nome Granit Parts deve-se ao lendário Hanomag Granit 500, homenageando desta forma o início da comercialização e expansão de negócio de peças através da venda das peças Hanomag.
ANTIGAMENTE
SEDE E CENTRO LÍGISTICO DO GRUPO FRICKE É o maior armazém de peças de reposição da Europa e está sediado em Heesligen, no norte da Alemanha
desta representação os clientes portugueses que até à data obtinham o suporte técnico e administrativo através da filial alemã, passaram a ter um suporte individualizado, no seu próprio idioma. Apesar do desenvolvimento do E-commerce ser crucial no ramo da mecanização agrícola, a Granit continua a apostar no suporte ao cliente, através de técnicos e comerciais especializados. A abertura da subsidiária portuguesa foi um compromisso pessoal do Hans Peter Fricke, ciente da importância do mercado português na produção de uma infinidade de produtos agrícolas de valor acrescentado. Atualmente o grupo Fricke mantém-se como uma empresa familiar, onde os anos passam mas a tradição se mantém. Os dois filhos de Hans-Peter Fricke, Adrian e Philipp Fricke, encontram-se profissionalmente activos na empresa, o primeiro como responsável comercial no norte da Alemanha e o segundo como responsável pelo departamento de peças para maquinaria de construção e industrial, uma gama de produtos iniciada recentemente. Quase a comemorar 100 anos da sua fundação e após várias gerações o princípio do Grupo mantém-se: Proporcionar o melhor serviço ao cliente.
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A REVISTA DA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA
Ano XXIX . Nº 130 | Bimestral março / abril 2022 | Diretora: Catarina Gusmão
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Nº130 - Ano XXIX
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