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Festival pede a palavra pela arte

Peça-Palavra visa reflexão sobre luta estudantil através do diálogo, ‘performances’ e oficinas. Repúblicas de Coimbra contribuem ao garantir alimentação e estadia.

- POR LUCÍLIA

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ANJOS -

OTeatro Experimental Kagadal (TEK) traz a Coimbra a primeira edição do Festival Peça-Palavra, a realizar-se entre os dias 17 e 22 de abril. Joana Silva, membro do TEK, refere que este projeto “pretende celebrar as lutas estudantis e pensar no ensino superior atual”, dentro do prisma “das artes e do estudo e prática artísticas, enquanto motor de transformação social”.

A ideia surgiu no seio do curso de Estudos Artísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (UC), e tem como objetivo “debater o setor artístico e a profissionalização das artes”, expõe Joana Silva. Além disso, procura “abrir as portas das repúblicas a atividades inseridas no meio académico”, acrescenta. A estudante menciona que o festival propõe “aproximar instituições que partilham o mesmo espaço e não comunicam entre si”, como as entidades profissionais e culturais de Coimbra, os grupos académicos da cidade e as repúblicas.

Cada dia do festival vai ser dedicado a uma arte diferente, visto que “se trata de um mundo muito abrangente”, explica Arianna Angioli, também membro do TEK. Entre conversas, oficinas e espetáculos, a iniciativa abraça a literatura e a poesia no primeiro dia, e a música, com foco no “repensar da música popular portuguesa”, e o cinema, nos restantes. No último dia, vai ser discutido o ensino das artes, numa tertúlia que conta com a presença de professores universitários e diretores artísticos. Todos os dias terminam com uma refeição comunitária numa república.

Arianna Angioli revela que não existiu ajuda orçamental para a realização do festival. No entanto, através de parcerias, foi possível ter acesso a “espaços para estar e falar”. A jovem complementa que os maiores parceiros do projeto são as treze repúblicas que “garantem alimentação e estadia a qualquer participante”.

Tudo acontece no “âmbito da amizade e partilha”, comenta.

Joana Silva realça o apoio dado por parte do Laboratório de Investigação de Práticas Artísticas, “um organismo da UC ligado a estudos artísticos”, que tem como objetivo “fazer uma ponte entre os projetos práticos dos alunos e a sua base teórica”. A atriz salienta também a presença e ajuda do Teatro dos Estudantes da UC e do Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra.

As expectativas de adesão são altas e o festival acolhe qualquer pessoa que tenha interesse em participar num espaço “aberto e horizontal”, declara Arianna Angioli. As atrizes esperam que, com a realização do evento, as pessoas se “juntem ao projeto de aprendizagem e experimentação artística do TEK e avancem com novas iniciativas”.

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