ANO l
Nº 01
Taubaté / SP
Janeiro de 2014
O QUE É O ESPÍRITISMO Pág.02 DESDOBRAMENTO Pág.03 QUANDO A VIDA COMEÇA Pág.04 Esclarecimentos da visão Espírita sobre inseminação artificial
Pág.05
O SUICIDIO QUE NÃO SE CONSUMOU Pág.06 SOU SEU ANJO Pág.06 HORA DA DIVULGAÇÃO Pág.07 GRADES INVISÍVEIS Pág.08
A NECESSIDADE DELE É DE AMOR E CUIDADOS, A NOSSA É DE CONCIÊNCIA
O Espiritismo para todos
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O QUE É O ESPÍRITISMO? O que é o Espiritismo: É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec, que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, o Céu e o Inferno e A Gênese. É o Consolador prometido que veio, no devido tempo, recordar e complementar o que Jesus ensinou, "restabelecendo todas as coisas no seu verdadeiro sentido", trazendo, assim, à Humanidade as bases reais para sua espiritualização. O que revela: Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que reagem a vida. Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento. Qual a sua abrangência: Trazendo conceitos novos sobre o homen e tudo o que cerca, o Espiritismo toca em
todas as áreas do conhecimento, das atividades e do comportamento humano. Pode e deve ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional e social. Prática Espírita: Toda a prática espírita é gratuita, dentro do princípio do Envangelho: "Dai de graça o que de graça recebeste". A prática Espírita é realizada sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade. O Espiritismo não tem corpo sacerdotal e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais, búzios ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.
O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-los, a submeter os seus ensaios ao crivo da razão, antes de aceitálos. A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adote. Prática mediúnica espírita
só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã. O Espiritismo respeita todas as religiões, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que "o verdadeiro homem de bem é o que cumpre
a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza". "Nascer, morrer, renascer, ainda, e progredir sempre, tal é a lei." "Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade." "Fora da caridade não há salvação." O estudo das obras de Allan Kardec é fundamental para o correto conhecimento da Doutrina Espírita.
POR QUE BUSCAR O MÉRITO SÓ PARA SI QUANDO A OBRA É DE VÁRIOS? “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.” – Paulo. (I Coríntios, 3:6.)
A igreja de Corinto estava cheia de alegações dos discípulos inquietos. Certos componentes da instituição imprimiam maior valor
EXPEDIENTE Diretoria : Acam Colaboradores: • Diversos Editoração Eletrônica : Antonio C. Almeida Marcondes
TEL.: 3011-1013 email: acam0000@ig.com.br
O Jornal não se responsabiliza por matérias assinadas
aos esforços de Paulo, enquanto outros conferiam privilégios de edificação a Apolo. O advogado dos gentios foi divinamente inspirado, comentando o assunto em sua carta. Por que pretensões individuais numa obra da qual somos todos beneficiários do mesmo Senhor? Na atualidade, é louvável o exame da recomendação de Paulo aos coríntios, porquanto já não são os usufrutuários da organização cristã que se rejubilam pela recepção das bênçãos do Evangelho através desse ou daquele dos trabalhadores do Cristo, mas os operários da causa que, por
vezes, chegam ao campo de serviço exibindo-se por vultos destacados dessa ou daquela obra do bem. A certeza de que “toda boa dádiva vem de Deus” constitui excelente exercício para os trabalhos comuns. É interessante observar como está sempre disposto o homem a se apropriar de circunstâncias que o elevem no alheio conceito com facilidade. Sempre inclinado a destacar-se nos círculos do bem que ainda lhe não pertence de modo substancial, raramente assume a paternidade dos erros que comete. Essa é uma das singulares contradições da criatura. Não te esqueças. O serviço
é de todos. Uns plantam, outros adubam. Vive contente no setor de trabalho confiado às tuas mãos ou à tua inteligência e serve sem pretensões, porque o homem prepara a terra e organiza a semeadura, por misericórdia da Providência,
mas é Deus quem põe as flores nas frondes e concede os frutos, segundo o merecimento. Fonte: extraído do livro “Caminho, Verdade e Vida”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel. Federação Espírita Brasileira.
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DESDOBRAMENTO
Projeção da consciência, experiência fora-do-corpo, experiência extracorporal, desdobramento, projeção astral ou viagem astral são termos usados alternativamente para designar as experiências forado-corpo que pode ser realizado por qualquer pessoa, por meio do sono, via meditação profunda, ou outras técnicas de relaxamento. A Projeciologia acredita que, durante a projeção, quando lúcida, o indivíduo está ciente de que se encontra fora do próprio corpo, projetado por meio do corpo astral, perispírito, psicossoma, etc. Por intermédio da projeção da consciência é possível conhecer dimensões extrafísicas, relativas ao plano astral ou espiritual. Segundo a concepção espírita, o desdobramento tratase de um processo de exteriorização do perispírito do corpo físico. O perispírito, durante este processo, sempre
permanece ligado ao corpo por uma espécie de cordão umbilical fluídico. É um estado de relativa liberdade perispiritual, análogo ao sono, em que podemos agir semelhantemente a um desencarnado, podendo nos afastar a distâncias consideráveis de nosso corpo físico. O desdobramento pode ser consciente ou inconsciente e, nesse último caso, pode ser iniciado através de operadores encarnados ou desencarnados benfeitores ou obsessores. Também pode ser parcial, quando o perispírito não deixa o corpo físico totalmente situação na qual as faculdades psíquicas são muito ampliadas ou total, quando o perispírito deixa o corpo físico. Os portadores desta faculdade têm sonhos vívidos, coerentes e nítidos em que assistem a cenas que, mais tarde, descobrem terem sido fatos reais ocorridos
em outros lugares. Podem também ter visões de cenas fantásticas, com muito realismo, ouvir sons e até sentir contato dos lugares onde foram. Essa faculdade pode ser desenvolvida através de exercícios metódicos. Também é chamado de desdobramento astral, exteriorização ou emancipação da alma O sonho é a recordação de uma parte da atividade que o espírito desempenhou durante a libertação permitida pelo sono. O sonho também satisfaz impulsos e é uma expressão do estilo de vida, com uma grande diferença, a de não se processar só no plano mental, mas ser uma experiência genuína do espírito que se passa num mundo real e com situações concretas. O espírito, livre temporariamente dos laços orgânicos, empreende atividades noturnas que
poderão se caracterizar apenas por satisfação de baixos impulsos, como também, trabalhar e aprender muito. Nesta experiência fora do corpo, na oportunidade do desprendimento através do sono, o ser, poderá ver com
clareza a finalidade de sua existência atual, lembrar-se do passado e entrevê o futuro, todavia, a amplitude ou não dessas possibilidades é relativa ao grau de evolução do espírito.
NECESSIDADE INARREDÁVEL DO PERDÃO
Se teu irmão peca contra ti, com indiferença, injúria ou incompreensão, perdoa... A vida social é impossível sem desculparmos as falhas uns dos outros. Não te sintas tolo ou estimulando o mau comportamento, por seres indulgente. Notes, de reversa maneira, tratar-se de conduta madura, que se dispõe a relevar o que sejam bagatelas, para se ater ao importante, enxergando o melhor em cada circunstância, focando a parte positiva de cada pessoa. Haverá o instante, realmente, em que terás que aplicar a disciplina, a firmeza, inclusive a benefício de quem está sendo objeto de nossa
severidade, num ato de sincero amor, quiçá de humildade (por abandonar a postura “boazinha” do conivente que se acumplicia com a má conduta); mas, mesmo neste instante, mantém o coração em paz e sempre disposto à conciliação, ou, se possível, em estado de boa vontade, ou seja: que nem precisa de conciliação, porque sequer adentrou o terreno da desavença ou da desinteligência, propriamente. Em todo conflito em que te encontres ou a que sejas levado viver, releva, compreende e auxilia, infatigavelmente, porque o Cristo é Luz Viva no mundo, espelhado na pessoa de Seus seguidores genuínos, a dissipar as trevas da maldade e do descaso, da preguiça e da
covardia em toda parte… E, se te faltarem forças para este feito, que te pareça acima de tuas condições pessoais, renova-as, por meio da prece, asserena o coração, para sentires a Voz de Jesus (ou de Maria), por meio de teus guias espirituais ou como vibrações salutares de paz e de reequilíbrio íntimo, e logo te sentirás retomando a rota aparentemente perdida… apenas brevemente desencontrada… porque o que importa é manteres o coração devoto a Deus e Seus Emissários – o resto se resolve com o tempo, na perseverança do serviço solidário, em qualquer parte, onde estiveres, com quem estiveres.
Visite nosso facebook Elias Colchões Rua Dr. Jorge Winther, nº 318 - Centro - Taubaté
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QUANDO A VIDA COMEÇA Em que momento exato podemos identificar como vida: na concepção (união do óvulo ao espermatozóide) ou na implantação do já ovo no útero? Os Espíritos, na questão 344 de "O Livro dos Espíritos", respondendo à pergunta de Kardec sobre o momento em que o espírito reencarnante se une ao corpo, esclareceram que esta união começa na concepção, não esclarecendo, em pormenores, se estavam se referindo ao momento da fecundação propriamente dita (em que a célula sexual masculina fertiliza a célula feminina) ou ao da nidação (em que o produto da fertilização é implantado no útero materno). Em todo caso, trata-se de uma ligação parcial, pois esta somente se conclui no nascimento. No entanto, segundo André Luiz, no livro Missionários da Luz, capítulo XIII, intitulado "Reencarnação", descrevendo os detalhes do processo de reencarnação de um espírito, no momento de sua ligação à matéria, nos traz a seguinte narrativa: "Os Espíritos Construtores começaram o trabalho de magnetização do corpo perispirítico [do reencarnante], no que eram amplamente secundados pelo esforço do abnegado orientador [Alexandre], que se mantinha dedicado e firme em todos os campos de serviço. (...) Compreendi que o interessado [Segismundo, o espírito reencarnante] precisava oferecer o maior coeficiente de cooperação individual para o êxito amplo. Surpreendido, reconheci que, ao influxo magnético de Alexandre e dos Construtores Espirituais, a forma perispiritual de Segismundo tornava-se reduzida. A operação não foi curta, nem simples. Identificava
o esforço geral para que s efetuasse a redução necessária. Segismundo parecia cada vez menos consciente. Não nos fixava com a mesma lucidez e suas respostas às nossas perguntas afetuosas não se revelavam completas. Por fim, com grande assombro meu, verifiquei que a forma de nosso amigo assemelhava-se à de uma criança. (...) - Faremos agora o ato de ligação inicial, em sentido direto, de Segismundo com a matéria orgânica. (...) Foi então, ó divino mistério da Criação Infinita de Deus!, que a vi [Raquel, a futura mãe do reencarnante] apertar a "forma infantil" de Segismundo de encontro ao coração, mas tão fortemente, tão amorosamente, que me pareceu uma sacerdotisa do Poder da Divindade Suprema. Segismundo ligara-se a ela como a flor se une à haste. Então compreendi que, desde aquele momento, era alma de sua alma aquele que seria carne de sua carne. (...) Observando que a forma de Segismundo se ligara a ela, por divino processo de união magnética, recebi a determinação do meu orientador para seguir-lhe, de perto, o trabalho de auxílio na ligação definitiva de Segismundo à matéria. (...) Auxiliado pelo concurso magnético do mentor, passei a observar as minúcias do fenômeno da fecundação. (...) O meu orientador, absolutamente entregue ao seu trabalho, tocou a pequenina forma [óvulo fecundado] com a destra, mantendo-se no serviço de divisão da cromatina, cujas particularidades são ainda inacessíveis à minha compreensão, conservando a
atitude do cirurgião seguro de si, na técnica operatória. Em seguida Alexandre ajustou a forma reduzida de Segismundo, que se interpenetrava com o organismo perispirítico de Raquel, sobre aquele microscópico globo de luz, impregnado de vida, e observei que essa vida latente começou a movimentar-se. Havia decorrido precisamente um quarto de hora, a contar do instante em que o elemento ativo ganhara o núcleo do óvulo passivo. (...) Depois de
prolongada aplicação magnética, que era secundada pelo esforço dos Espíritos Construtores, Alexandre aproximou-se de mim e falou: Está terminada a operação inicial de ligação. Que Deus nos proteja. (...) Sentindo que Alexandre não se demoraria, acerquei-me, ainda uma vez, do quadro de formação fetal. O óvulo fecundado animava-se de profunda vida, evolutindo para a vesícula germinal." Portanto, de acordo com a descrição de André Luiz, a ligação
do espírito reencarnante ao óvulo fecundado se dá imediatamente após o ato de fertilização da célula sexual feminina pela masculina, mais exatamente após decorrido "um quarto de hora". Até este instante em que a ligação é efetuada, segundo o Autor espiritual, há uma vida latente, que somente vai se manifestar com a ligação do espírito. Somente após esta ligação é que o óvulo fecundado, já se encontrando o espírito reencarnante a ele ligado, é abrigado pelo útero materno.
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SE JÁ EXISTE VIDA NA CONCEPÇÃO, O ESPÍRITO JÁ ESTARIA LIGADO AO REENCARNANTE FORA DO ÚTERO? Segundo a narrativa de André Luiz, sim, o espírito reencarnante é ligado ao óvulo fecundado antes deste ser abrigado no útero. No entanto, cumpre observar que a descrição de André Luiz se refere a um processo de concepção natural e não de fertilização in vitro (tubo de ensaio). Além disso, na resposta à questão 336 do Livro dos Espíritos, os Espíritos deixam
clara a ressalva no sentido de que haverá sempre um espírito predestinado ao corpo em formação "quando a criança deve nascer para viver". Somente nesta hipótese é que, necessariamente, haverá um espírito designado para ocupar o novo corpo, pois, conforme esclarecem mais adiante, na questão 356, há casos em que não há espírito destinado a encarnar no corpo em formação. Tais crianças,
natimortas, somente vêm como prova para seus pais. Nascem, tão somente, em conseqüência do automatismo biológico, ou seja, em decorrência do processo biológico resultante da união das células sexuais dos pais. Esta informação dos Espíritos nos leva a concluir que a regra mencionada na questão 344 é restrita aos casos em que o processo conceptivo deve atingir o seu objetivo, com o nascimento com vida de um
A VISÃO ESPIRITA SOBRE A LAQUEADURA DE TROMPAS, VASECTOMIA E ANTICONCEPCIONAIS Neste caso os pais estariam impedindo a reencarnação de um espírito? Há métodos anticoncepcionais que não são abortivos, pois não permitem que ocorra a concepção. Em conseqüência, nestes casos não há que se falar em ligação entre um espírito e a matéria. O uso de anticoncepcionais é um meio de se fazer planejamento familiar, a fim de que a família seja programada, se constitua e se multiplique com equilíbrio. Não há nada de errado em prepararse, física e psicologicamente, para a vinda de um filho, como um ato deliberado, para que a paternidade e a maternidade alcancem plena satisfação e realização. Os casais têm livrearbítrio para decidir sobre quantos filhos terão e quando os terão. Muitas vezes, trazemos uma programação espiritual prévia dos filhos, mas o ser humano tem o livre-arbítrio de fazer escolhas. Escolhas egoístas podem ter conseqüências futuras, mas o simples planejamento
equilibrado da família não é reprovável do ponto de vista espiritual. A procriação, dando oportunidade reencarnatória a um espírito que necessita voltar à vida física para continuar sua evolução, é uma das tarefas que podemos trazer para a nova passagem pela carne. Porém, não a única. Não reencarnamos unicamente com esse objetivo. Sendo assim, temos o direito de fazer o nosso planejamento familiar, pois, do contrário, teríamos que procriar indefinidamente, durante toda a existência física, o que não seria uma atitude de bom senso. A questão do controle da natalidade deve ser examinada observando-se a intenção de quem o pratique. Se a intenção for de seguir um planejamento familiar que atenda às realidades do casal, inclusive de ordem econômica, nada há na Doutrina que o reprove. Se,
porém, a intenção é meramente de preservar a estética do corpo, manter a sensualidade ou ter uma atividade sexual voltada unicamente para o prazer, por exemplo, entendemos que, nestas hipóteses, deverão advir conseqüências na vida espiritual. Nestes casos, estará sendo contrariada a Lei Natural e a conseqüência será a necessidade de retificação numa existência física futura, de forma geralmente dolorosa. Obviamente que o mau uso do livre-arbítrio, através do abuso do prazer sexual e da promiscuidade, gerará conseqüência desgostosas para o espírito que não souber utilizar adequadamente suas energias sexuais. Então, o uso de métodos anticoncepcionais não significa liberação sexual absoluta e desregrada, mas tão somente um modo de se planejar adequadamente a família.
novo ser. Na hipótese da questão 356, não haverá espírito ligado após a concepção. Assim, na hipótese mencionada na pergunta, o mais provável é que apenas haverá um espírito fluidicamente vinculado a esses embriões se for para a fecundação prosperar até o seu final, isto é, se for efetivamente para encarnar um espírito. Caso contrário, o mais provável é que não haja espírito
algum ligado a esses embriões. Vianna de Carvalho, no livro "Atualidade do Pensamento Espírita", entende, em resposta a semelhante indagação (questão 41), que não necessariamente há, nestes casos, um espírito ligado para fins reencarnacionistas. "O desenvolvimento que ocorre em alguns experimentos é espontâneo, resultado do automatismo biológico", explica o Autor espiritual.
Esclarecimentos da visão Espírita sobre inseminação artificial Nesta questão, estão inseridos vários conceitos que a Doutrina Espírita nos traz, a saber:Deus é onipotente. Criador das Leis Divinas, que regem tudo o que existe, material e espiritual. Deus não derroga suas próprias Leis, porque são perfeitas, tudo o que acontece no Universo tem a manifestação divina por estar contida nas Leis. Desta forma, todo avanço científico, fruto do trabalho do homem e da inspiração dos amigos espirituais, está previsto na Lei Divina. A Ciência é neutra, quem dá o caráter bom ou mau é o homem imperfeito que dela se serve. Mas de qualquer forma, os avanços científicos existem para o auxílio do homem de bem. O Espiritismo nos diz que somos Espíritos imortais habitando momentaneamente corpos físicos para progredirmos (reencarnação). O Espiritismo contribui para o progresso do homem na
destruição do materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses. E se o interesse do homem é de, através das reencarnações conquistar progressos, quanto maior a possibilidade de ele cumprir sua programação reencarnatória, melhor. E se a Ciência, através da inseminação artificial, auxilia no processo da construção do corpo físico, porque não utilizar este avanço científico? A inseminação artificial pode ser vista como mais uma ferramenta que a ciência proporcionou ao homem de poder reencarnar e progredir. Não nos esqueçamos que o corpo é instrumento de evolução do Espírito. Que o verdadeiro foco deve ser para o progresso do Espírito. Fonte de Pesquisa: Federação Espírita Brasileira
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O SUICÍDIO QUE NÃO SE CONSUMOU Wellington Balbo
Incompreensivelmente, a mídia não aborda o tema suicídio com a seriedade que ele merece. O receio é de que se o assunto for debatido e divulgado ondas de autoextermínio se espalharão por todos os cantos. Todavia, mesmo com o assunto não sendo veiculado, constatamos que os índices de suicídio só aumentam. Chegou, pois, o momento de encarar de uma outra forma a polêmica questão, mostrando às pessoas que o suicídio não compensa sob qualquer hipótese. Por mais difícil nos pareçam os desafios existenciais, é muito melhor ficar por aqui, na boa luta para resolvê-los do que jogar-se desarvoradamente ao outro lado da vida. E trabalhando nesse tema há algum tempo venho me deparando com casos dos mais sérios e que me deixam penalizado. Pessoas sem esperança na vida, sem fé no futuro, sem acreditar em si mesmas. Entretanto, nem só de más notícias se faz nossa cruzada contra o suicídio. E nessa tarefa conhecemos algumas pessoas que conseguiram se levantar das quedas existenciais e retornaram triunfantes à vida, sonhando, amando, contribuindo... Pois numa dessas agradáveis experiências que conheci Ana Júlia e sua comovente história. Adolescente com inúmeros dilemas e problemas havia planejado ingerir vigoroso copo de veneno, julgando que assim exterminaria com suas angustias. Mas num desses aparentes acasos da vida, minutos antes de levar sua idéia adiante a adolescente encontrou Vitória, a diretora de sua escola. Vitória perguntou-lhe como estava, mas não apenas por “educação” ou força do hábito. A pergunta da diretora
tinha sentimento e sinceridade o que foi suficiente para a adolescente explodir em choro convulsivo. Foi então que a diretora dedicou-lhe atenção e carinho, emprestando seu ouvido à garota. Aquilo bastou para que Ana Júlia repensasse sua atitude de autoextermínio. A atenção de Vitória salvou uma vida. Hoje Ana Júlia está bem, namorando, estudando e sonhando em ser médica. Podemos fazer isso também. Darmos atenção às pessoas. No entanto encontramos um mundo muito ocupado e desatento. Poucos são como as Vitórias, que dedicam tempo ao semelhante. Estamos sempre apressados, correndo, correndo, correndo... Uma pena, pois com isso não conseguimos identificar se alguém precisa de ajuda. Sabemos de casos em que o suicídio foi um por parte de pais, filhos, amigos, avós... Um grito desesperado para que fossem ouvidos, sentidos, notados. Infelizmente grande parte desses gritos terminam no caixão. Consideramos por isso ser fundamental a mídia dar maior atenção ao tema suicídio, debatendo com seriedade o tema e convidando a população a vigiar às atitudes de outras pessoas. Mas não se assuste! Não se trata de vigiar a vida alheia no intuito de podar o livre arbítrio, perseguir, julgar e condenar. Este é um vigiar mais brando, pacífico, benéfico. É vigiar para saber as companhias de nossos filhos. Vigiar para saber se nossos pais e amigos necessitam de mais atenção, amor, carinho... vigiar para saber se precisam de apoio e ombro amigo... Reflitamos neste ponto, porquanto, com toda certeza: um minuto de atenção pode salvar uma vida! Pensemos nisso.
E
u estou ao seu lado e sou aquele que nunca desacredita dos seus sonhos. Sou eu que às vezes altero seu itinerário, e até atraso seus horários para evitar acidentes ou encontros desagradáveis. Sim, sou eu que falo ao seu ouvido aquelas “inspirações” que você acredita que acabou de ter como “grande idéia” Sou eu quem te causa aqueles arrepios quando você se aproxima de lugares ou situações que vão te fazer mal. E sou eu quem chora por você quando você com a sua teimosia insiste em fazer tudo ao contrário só para desafiar o mundo. Quantas noites passei na cabeceira de sua cama velando por sua saúde, cuidando de sua febre e renovando suas energias. Quantos dias eu te segurei para que você não entrasse naquele ônibus, carro e até avião? Quantas ruas escuras eu te guiei em segurança? Não sei, perdi a conta, e isso não importa. O que realmente importa, e o que me deixa triste e preocupado, é quando você assume a postura de vítima do mundo, quando você não acredita na sua capacidade de resolver os problemas, quando
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SOU SEU ANJO
você aceita as situações como insolúveis, quando você pára de “lutar” simplesmente reclama de tudo e de todos, quando você desiste de ser feliz e culpa outra pessoa pela sua infelicidade, quando você deixa de sorrir e assume que não há motivos para rir, quando o mundo está repleto de coisas maravilhosas, quando se esquece até de mim, seu anjo da guarda, aquele que Deus deu a honra de auxiliar nessa missão tão difícil que é viver e progredir. Já que me deixaram falar diretamente com você, gostaria
de te lembrar, que estou ao seu lado sempre, mesmo quando você acredita estar totalmente só e abandonado, até nesse momento eu estou segurando a sua mão, eu estou consolando seu coração, eu estou te olhando, e por te amar demais, fico triste com a sua tristeza, mas, como eu sei que você nasceu para brilhar, eu agradeço a Deus a oportunidade bendita de te conhecer e cuidar de você, porque você é realmente muito especial. Seu anjo da guarda, que acredita em você.
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Janeiro de 2014
HORA DA DIVULGAÇÃO Quem possui um tesouro e é sábio investe-o, gerando bênçãos. Quem conduz claridade esparze luz onde se encontra. Quem frui felicidade distribui alegria, promovendo esperança. Quem ama irradia júbilo. Quem tem conhecimento elucida problemas e auxilia nas dificuldades. O Espiritismo é um tesouro de alto valor que tem a missão de produzir lucros de amor e juros de paz. Ocultá-lo, sem o promover entre as criaturas, é o mesmo que enterrar uma fortuna, que assim perde a finalidade para a qual existe. Retê-lo, constitui crime de avareza, considerando-se a fome de luz de que padecem as criaturas. Adiar a sua divulgação, onde se encontre o espírita, representa perda de oportunidade valiosa, que não
se repetirá. Condicioná-lo às circunstâncias e interesses seria desfigurá-lo na legitimidade dos seus conceitos e objetivos edificantes. Pessoas existem que sofrem hipertrofia dos sentimentos e não se dão conta. Criaturas movimentam-se, no mundo, fátuas e risonhas, ignorando, porém, porque vivem e para que vivem. Homens agem sob os automatismos de que se tornaram vítimas. Indivíduos desajustam-se por desconhecerem os valores do espírito. Coletividades desarticulam-se, porque vencidas pelo egoísmo e pelas paixões dissolventes. O Espiritismo é o antídoto eficiente e rápido para os males que grassam, na Terra, derruindo o materialismo e promovendo a vida. Difundi-lo, a rigor, é tarefa de quantos se
identificam com as suas lições e nele encontraram satisfação de viver. Não é lícito impô-lo, nem justo deixar de apresentá-lo. A convicção de que ele se faz objeto, favorecendo a pessoa com bênçãos, deve emular o seu beneficiário a levá-lo a
quantos o ignoram. E porque este é o momento da renovação espiritual da Humanidade, que se encontra exaurida por dores superlativas, também é a hora da divulgação, consciente e nobre, da Doutrina que "mata a morte" e alonga a
vida, elucidando os enigmas complexos da existência carnal com acenos seguros de felicidade à vista. Marcelo Ribeiro (espírito) Fonte: Livro Terapêutica de Emergência
RETRATO DE UMA FOTOGRAFIA Remexendo naquelas caixas de documentos que costumava guardar, sobre o guarda roupas, senti-me saudoso ao me deparar com um álbum de fotografias. Lembranças afloraram; naquelas fotos ficaram gravadas, instantes pretéritos. A Ávida é extremamente dinâmica. Tu d o m u d a , n ó s s o m o s mutantes. Peguei aquele registro de imagem e contemplei o rosto de meu filho ali estampado. Dei-me conta, de que certamente naquele momento ele estava em algum lugar, descobrindo a vida e descobrindo-se. O tempo passou, e cá estou, experimentando a orfandade dos próprios filhos. Nossa condição evolutiva turva as nossas vistas, e não
nos deixa enxergar que “nossos filhos não são nossos filhos” assevera o profeta Kalil Gibran. Já não compro mais hambúrgueres, ele já está na fila da vida aprendendo qual é o hambúrguer mais importante... Hoje aprendo com ele. Observo aquela maneira peculiar de agir, e me rendo à verdade de que ele tem uma bagagem espiritual que não posso mensurar, pois não foi eu quem lhe deu. Antes de ser meu filho, ele é filho de Deus. A foto em minhas mãos... e meu filho na moldura do mundo. A imagem congelada entre meus dedos, e ele, movimentando a própria vida. As cores da todo amarelando-se, e ele, cada vez brilhando mais, refletindo as cores do amor de Deus.
Não posso continuar chamando-o de meu, ele não me pertence. Ele é da vida, ele é a vida... Apenas filho! Ele é a maior demonstração de confiança que Deus depositou em mim. O bem mais valioso que o Criador emprestou-me. A jóia que enfeita meus dias. A foto em minha mão e meu filho voando. A voz não é a mesma, tem firmeza e opinião. Os anseios dele são os mesmos que os meus; ser feliz, vencer na vida... Não são nossos filhos, somos espíritos; filhos do Espírito Deus. Eles estão filhos, amanhã estarão pais! Alhures, estarão avós. Filhos... Pais... Irmãos... Avós..., Primos... Várias g r a d a ç õ e s d e a m o r, pa r a
aprendermos a amar. Em um instante, chego a temer por ele, o mundo... a violência... a vida... No entanto reconfortado recordo-me, que todos os pais do mundo certamente tem a fotografia dos filhos emolduradas em seus corações. Esse planeta é uma
escola, e Deus, por tanto amor, matriculou-nos aqui; ser pai, filho, mãe ou irmão são estágios experenciados pelo espírito, em busca da própria evolução. A foto registra um flash na eternidade da vida. Somos todos filhos de Deus.
O Espiritismo para todos
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GRADES INVISIVEIS Podemos ser livres, ou prisioneiros de nós mesmos. A nossa vida é o resultado, de nossos mais ínfimos pensamentos. Tudo o que pensarmos tornar-se-á, construção de trevas ou luz, de acordo com os interesses que alimentamos. Desta forma, nossa mente pode ser um cárcere tormentoso, ou um campo fértil para a realização dos nossos mais felizes sonhos. A felicidade é conquista íntima, que nasce em nós, através da paz em nosso espírito. Já o mal que nos obstaculiza o crescimento e que nos leva as lágrimas, tem o tamanho que damos a ele. Quantas vezes, já não fomos prisioneiros da mágoa e das lamentações exacerbadas? Permitimo-nos ficar atrelados a situações pretéritas, que só nos fazem reviver dramas lamentáveis que deveriam ser esquecidos. Essas criações mentais são alimentadas pelo rancor, e pela falta de perdão. Funcionam como algemas poderosas, e quanto mais remoemos mentalmente situações passadas, mais nos sentimos aguilhoados a dor. Por mais que tenhamos sofrido com o que quer que seja, devemos nos libertar desse verdadeiro calabouço mental, que nos impomos voluntariamente. É certo, que muitas coisas são difíceis de se esquecer, mas
Na questão 919 de O Livro dos Espíritos temos: Qual o meio mais eficaz para nos melhorarmos nesta vida e resistirmos às solicitações do mal? “Um sábio da antiguidade vos disse: Conhece-te e ti mesmo”.
quanto antes implementarmos uma renovação mental, mas depressa experimentaremos a libertação das amarras da dor. O tempo é de libertação, e a verdadeira liberdade deve começar a partir de nossa mente. Quantas lágrimas não foram derramadas e represadas mentalmente por nossa imaginação fértil, sempre mancomunada com o lado treva de tudo e de todos. Quantas quedas não nos infringimos, por querer dos outros, aquilo que os outros não nos podem dar? Desejamos sempre que as coisas se renovem, não obstante, não permitimos que a renovação floresça a partir do nosso coração. Se estivermos alimentando diariamente, os mesmos pensamentos tormentosos, é melhor que tomemos cuidados, pois estaremos erguendo grades vigorosas em nossa mente. Somos o que pensamos, portanto, pensemos no bem, para que o bem se faça em nossa vida. O quanto antes modificarmos nosso panorama mental, mais depressa quebraremos as algemas que nos infelicitam. O sofrimento que experimentamos pode estar se prolongando porque nós o estamos alimentando, representando o papel de coitadinho. A auto-piedade é o caminho mais curto para a depressão.
VIDA NOTURNA 1 -Sou vidrado em espetáculos noturnos “da pesada” — penumbra nevoenta, luzes faiscantes, som “manero”, turma animada... Um êxtase! É compreensível. Há quem goste de banho de lama, férias no Polo Norte, tanajura frita. Há até Espíritos que apreciam morar no Umbral! Gosto não se discute. 2 -Umral? Vejo que você não leu a obra de André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, onde descreve uma região densa e escura que circunda a Terra, habitada por Espíritos em desajuste, ainda presos aos interesses da Terra. Seria o purgatório da Igreja Católica. Para nós, espíritas, o Umbral. 3 - E o que tem isso a ver com minha curtição? É que essas casas noturnas parecem sucursais do Umbral. Ambiente sombrio, inconseqüência, gente avoada e até drogada... 4 - Espíritos também? Aos montes, perturbados e perturbadores gravitando em torno dos encarnados. 5 - Qual o problema se
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estamos todos numa boa? Muitos pacientes no manicômio também se sentem assim. Criminosos, assaltantes, estelionatários, adúlteros, estão todos “numa boa”. Só que essa “boa” de hoje será a “péssima” de amanhã, em lamentável envolvimento com o desajuste. 6 - Que mal pode haver num lugar onde a gente vai curtir um som, em ambiente de descontração e alegria, num agito muito feliz? ?Começa pelo som, tão ensurdecedor que fatalmente músicos e freqüentadores habituais terão problemas auditivos. Depois o envolvimento com o álcool, as drogas, que correm soltos, o sexo promíscuo e mais a sintonia com Espíritos umbralinos. Resultado a médio e longo prazo: perturbação, enfermidade, obsessão, infelicidade. Decididamente, não é uma boa. 7 -Nada disso me afeta. Sinto-me muito bem. Problemas dessa natureza não surgem da noite para o dia. Há um efeito cumulativo, como um copo d’água que só transborda quando cheio.
8 -Há no Espiritismo alguma proibição a respeito? O apóstolo Paulo dizia “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convêm”. É exatamente esse o ponto de vista doutrinário. Faça o que deseja, mas considere que nem sempre o objeto de seus desejos é algo conveniente. Cuidado com o Umbral! Nota do próprio autor Nós temos duas maneiras para evitar o que é inconveniente: 1º colhendo as consequencias de nossas iniciativas. 2º Recebendo informações a respeito. O Espiritismo nos oferece essa segunda alternativa. A opção é nossa. Aprendemos pelo saber ou pelo sofrer.
Richard Simonetti
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UM ALERTA ÀS MÃES SOBRE MENSAGENS PSICOGRAFADAS
Eliana Haddad
Analisando mensagens foi o tema da palestra realizada por Nena Galves, no Centro Espírita União, em São Paulo, em abril último, em homenagem ao médium e amigo Chico Xavier. Nena comentou sobre a mensagem maior que não deve passar despercebida pelos que assistem ao filme As mães de Chico Xavier, lançado em todo o país, no último 1º. de abril, encerrando as comemorações do centenário de nascimento do médium mineiro. “Não me cabe a análise técnica da obra, mas alertar sobre a grandiosidade da vida espiritual, que está sendo mostrada nas entrelinhas da história, alinhavada pela dor sofrida por duas famílias que perdem seus filhos e por uma jovem prestes a realizar um aborto”. Lembrou-se da situação de fragilidade que vivem as pessoas que perdem seus parentes e amigos, principalmente as mães. “É inimaginável a dor de uma mãe que perde um filho”, disse, destacando a responsabilidade dos médiuns que são procurados em busca de algum alento, de alguma mensagem, de alguma notícia dos que se foram. “São situações profundamente dolorosas, que não há palavras para consolálas; dá vontade de abraçar, de tirar o sofrimento com as mãos”, afirmou, citando momentos comoventes de amor que presenciou na Casa da Prece, em Uberaba, MG, quando Chico parava tudo o que estava fazendo para ouvir, orientar e consolar tantas mães desesperadas, desiludidas com as perdas. Nena fez questão de enfatizar, também, que Chico, como espírita, tinha uma conduta bastante marcante no trabalho consolador. “Ele sabia que a finalidade principal do espiritismo era educar através da explicação e prática do Evangelho de Jesus. Sua atitude perante aos necessitados de
consolação não se resumia apenas em receber ou mandar recados. Ele praticava a ética cristã na sua maior profundidade -- primeiro atendia, orientava, educava pais e filhos, de forma a evitar conflitos e tragédias familiares. Sabia que o esclarecimento poderia transformar os corações, nas situações presentes e futuras. Uma vez consolidada a crise, a perda, o problema, aí sim, Chico consolava, sem julgamento, sem gerar culpas, mas de forma a levar serenidade aos corações sofridos”. Em sua palestra, Nena resumiu as três histórias vivenciadas no filme As Mães de Chico de Chico Xavier – uma mãe que perde um filho ainda criança; outra, que perde o filho para as drogas e o suicídio, e outra, jovem, que vive os conflitos de uma gravidez inesperada. “Para compreender histórias assim, é preciso, muito mais que as mensagens, refletir sobre o que a filosofia espírita esclarece sobre esses verdadeiros dramas. Como uma mãe pode escolher a morte prematura de um filho? Por que a sedução do caminho das drogas nos jovens? Por que os casais se entregam sexualmente sem se conhecerem?”, perguntou, lembrando que, no caso do filme, as três mulheres envolvidas convivem em ambientes de muitos conflitos, por falta da educação espiritual e compreensão da vida, entre idas e vindas. Segundo ela, é preciso compreender “além do fenômeno” como enalteceu Kardec na codificação espírita. Por isso, sua análise sobre o filme foi absolutamente doutrinária. Mas foi além, ao abordar as causas de todos aqueles sofrimentos. Falou sobre a sobrevivência da alma e a fé na vida futura, que levam à libertação dos que se foram e dos que ficaram, através e uma forma perene de consolo: a transformação de todos pela
educação moral do espírito, numa conquista da paz e da compreensão verdadeiras. Destacou a cena do filme em que Chico pergunta à mãe que perdeu o filho de cinco anos, depois de uma queda de bicicleta, num passeio com a babá – ‘Você já agradeceu a sua babá? Ela só foi um instrumento. Seu filho já estava doente... como você se sentiria se ele tivesse caido de seus próprios braços?’. Para Nena, essa foi a cena mais impactante do filme por mostrar o que é a vida espiritual, onde cada qual tem seus desafios, seus acertos e desacertos, esquecidos na vida atual, e que perante a misericórdia da lei divina, as reencarnações são oportunidades valiosas que funcionam como verdadeiros aprendizados para os devidos reajustes. “É claro que havia ali um compromisso coletivo – da mãe, do pai, do menino e da babá”, comentou, lembrando que Chico, médium extraordinário, “vendo fora do tempo e do espaço” certamente ao encontrar a mãe reconheceu toda a trajetória espiritual do grupo familiar, dando-lhe, assim, o consolo através de palavras de carinho e apoio fraterno, oferecendo-lhe a orientação que educa e edifica para
sempre. “O que queremos mesmo é que o espírito venha e diga que está bem e, de preferência, que ainda agradeça pelo o que fizemos por ele, mas nem sempre isso é possível, pois nem todos estão em condições de se submeter às comunicações e alguns são trazidos até mesmo acompanhados de mentores, que os orientam e podem até mesmo censurá-los nas palavras para que o bem seja maior”, explicou. Disse, também, que essas mulheres que perdem seus filhos já os escolheram, ao se comprometem com a maternidade, devendo-se portanto prestar sempre muita atenção no teor das mensagens recebidas, para saber se o médium realmente está sendo fiel a detalhes, que identifiquem o desencarnado. “Chico não falava de fatos gerais, eram mensagem particulares, trazendo coisas que ninguém sabia, nomes de parentes, detalhes de conversas e até revelações da própria desencarnação”, lembrou Nena Galves. Ela comentou que, para acolher uma mãe desesperada, um médium pode querer consolá-la através de uma mensagem em nome da
caridade. “É necessário cuidado com a vulgarização dessas comunicações, cujo conteúdo as pessoas devem criteriosamente analisar com a lógica e o bom senso que a razão exige. Citou também Yvonne Pereira, lembrando que a médium ao ser procurada para psicografias definia-se como médium conselheira e procedia a orientação verbal, afinal todos podemos consolar através da palavra e atitudes de amor. Ela enfatizou o valor da psicografia como manifestação mediúnica. “Claro que a psicografia existe; se a negássemos, estaríamos desmentindo a Codificação; o que não podemos é vulgarizála”, observou. Alertou, entretanto, para o fato de que “mensagens gerais, ao encontrarem uma mãe fragilizada, por exemplo, ao invés de libertá-la, podem escravizá-la pela dependência de recados e mais recados, numa busca incessante para saber sempre mais e mais sobre os entes queridos, quando deveriam ser orientadas para a prática do bem, o verdadeiro bônus que todos os filhos aguardam em forma de luz: um alento que os liberte também da saudades e do apego terreno, para também seguirem em paz os seus caminhos”.
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VELAS, BANHOS, DEFUMADORES, ETC... Observando-se, ainda, no exercício mediúnico, o uso de velas, banhos, pontos traçados, defumadores, gostaríamos de saber as causas e origens, bem como os inconvenientes de tais práticas.
Divaldo Franco
Há dois fatores atávicos. O fator ancestral religioso, herança das doutrinas ortodoxas que estabeleceram no culto a preservação de luzes para a adoração espiritual, e o fator sociológico-antropológico, especialmente nas Américas, já que, de certo modo, somos legatários das tradições africanas. A própria antropologia religiosa dos povos de Angola, Cabinda e de outros que vieram para cá desenvolveu em forma de automatismo um animismomediúnico como meio de intercâmbio com o mundo espiritual. No Brasil, em particular, somos herdeiros inevitáveis dos cultos animistas, que os antigos escravos das gerações passadas introduziram em nossa formação religiosa, associando-se ao culto externo do catolicismo, que a partir do século 4º introduziu o uso de velas, incensos, flores, vestuários das tradições pagãs. É inevitável que muitos espíritos, “que são as almas dos homens”,
e que estavam acostumados a tais tradições desses cultos religiosos, retornem do alémtúmulo fazendo essas recomendações absurdas quanto a uma aparente necessidade de manifestações externas, solicitando que se mandem celebrar missas, que se acendam velas, que se queimem defumadores, que se traga o turíbulo para o incenso, em razão da crença fundada na eficiência dessas fórmulas. A Allan Kardec não passou despercebida essa questão, tanto assim que ele a introduziu em O Livro dos Espíritos, quando abordou o tema “fetichismo”, demonstrando que os Espíritos Superiores e os espíritos, na sua generalidade, desprezam e ridiculizam as fórmulas externas de nenhuma validade para a pro-moção moral do ser. Também há o atavismo religioso, que mantém, na sua liturgia, a presença indispensável desse culto exterior.
PORNOGRAFIA Raul Teixeira
Resposta: A pornografia que encontramos espalhada ou difundida nos mais variados meios de comunicação, nos veículos de comunicação de massa, não deixa de ser o extravasamento da pornografia que está no interior das criaturas. Falávamos da revista, do jornal, da televisão, da internet e do rádio, mas nos esquecemos que esses órgãos não se plasmam por si mesmos; eles são confeccionados por indivíduos que saíram das
O Espiritismo é a doutrina da integração da criatura com o Criador, através da sua liberdade com responsabilidade, da sua conscientização de deveres, a fim de que possa fruir de paz, de esperança e de felicidade. Qualquer manifestação de culto externo, por desnecessária, é de segunda ordem, não merecendo maior consideração, no que tange à educação o mediúnica. A educação mediúnica exige, em primeiro plano, o conhecimento pelo estudo da mediunidade. A seguir, a educação moral, e como conseqüência, o exercício e a vivência da conduta cristã. Cristã, porque é o amor na sua expressão mais elevada, quando o indivíduo se encontra consigo próprio. Michael Quoist, sacerdote francês, tem um pensamento que se adapta à questão. Diz ele, em outras palavras: “Eu Te procurei e fugi do mundo para entrar em contato Contigo,
abandonei-me a mim e a meus irmãos, mas não Te encontrei; quando me voltei para a ação da caridade ali me deparei Contigo, com o meu próximo, comigo mesmo, assim encontrando-nos os três.” É necessária a educação intelecto-moral que está implícita na resposta do Espírito da Verdade: - “Espíritas! amái-vos. Espíritas! instruí-vos.”
Instruir no século 19, tinha a abrangência do moderno verbo educar, que é adquirir hábitos e conhecimentos. Através dos hábitos salutares do estudo e do exercício do amor, o médium se libera de quaisquer atavismos para fazer-se ponte entre ele, a criatura, e o Criador, sob a inspiração dos Espíritos Superiores.
COMO NÓS, OS PAIS, QUE TEMOS A INCUMBÊNCIA DE ORIENTAR NOSSOS FILHOS, DEVEMOS AGIR DIANTE DE TANTA PORNOGRAFIA DIVULGADA NOS JORNAIS, REVISTAS, FILMES, TV, ETC.?
famílias, que saíram das universidades, que saíram da própria estrutura social, de maneira que estamos sentindo a necessidade de o lar tornarse mais ajustado no conduzimento e na orientação dos próprios filhos. A pornografia reflete o nosso estado emocional, espiritual e intelectual. Em verdade, a cultura não tem obrigação de tornar-se pornográfica - o avanço da sociedade não tem nenhum compromisso com a pornografia
- mas esta significa ou simboliza o estágio ainda de brutalidade das expressões, e os Espíritos Nobres tem-nos dito que pela maneira de falar, pelas expressões que são usadas, pelos sentimentos expressos, pode-se avaliar a condição espiritual, a condição moral de um indivíduo ou de uma comunidade. Então, nas famílias, aqueles que estão ocupados verdadeiramente em educar, deverão ater-se com cuidado a desfazer, na intimidade de seus filhos, e de
si mesmos, essa bomba pornográfica que assenta-se no desequilíbrio que as criaturas conduzem. Frase de Raul Teixeira numa palestra: "(...) que fluido recebe as mulheres que tiram fotos nuas para as revistas? Depois que aparece canceres de útero, seios podem ser os dardos dos fluidos que chegaram das mentes doentias (...)" (Retirado do blog http:// grupoallankardec.blogspot.com)
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VOCÊ SE CONTENTA COM O NECESSÁRIO? A partir das definições do dicionário Aurélio: “Ecologia: sf. Biol. Estudo das relações entre os seres vivos e o meio ambiente onde vivem, bem como de suas recíprocas influências. “ “Meio ambiente: SM. Conjunto dos fatores físicos, químicos e bióticos que agem sobre um ser vivo ou uma comunidade ecológica e podem determinar sua sobrevivência.” O meio ambiente, como a definição nos apresenta, é um conceito muito mais amplo do que muitos da sociedade atual imagina ser. Tendo como base os estudos da doutrina Espírita e conhecimentos sobre preservação ambiental, entende-se que o desenvolvimento moral, que muitos valorizam, está além de uma simples reciclagem de lixo, mas sim um equilíbrio homemnatureza. “A Terra produzia sempre o necessário, se com o necessário soubesse o homem contentarse. Se o que ela produz não lhe basta a todas as necessidades, é que ele a emprega no supérfluo o que poderia ser empregado no necessário.” (O Livro dos Espíritos, capitulo V, Lei da Conservação). Na atualidade, o homem se preocupa demasiadamente com bens materiais, querendo sempre sofisticá-los e elevar seus custos. Esse conceito deve ser revisto, não só pela questão materialista, mas também pela questão ambiental, pois toda a matéria-prima, para a criação desses bens materiais, é retirada do meio ambiente. Precisa-se refletir sobre o que é necessário e o que é supérfluo para as nossas vidas. Desde o surgimento do capitalismo, o lucro tornou-se
prioridade no mundo, pouco se preocupando com o meio ambiente e as conseqüências que isso pode gerar. Nessa obsessão para obter lucro, o desperdício da matéria fundamental para a sobrevivência do homem aumentou significativamente. Porém, dos conceitos ditos acima grande parte da população já está ciente, sendo a mídia grande responsável pela divulgação dos problemas ambientais. Contudo a visão espírita sobre esse assunto é bem mais profunda e complexa do que muito imaginam. Certos problemas ambientais são causa da destruição necessária, ou seja, natural, ocorrem com o objetivo de renovação ambiental, sem a interferência consciente e direta do homem. Já a destruição abusiva, com a participação consciente e direta do homem, gera a maior parte dos problemas ambientais enfrentados por todos os seres vivos que habitam a Terra. Assim como os sentidos humanos, como a visão e a audição, o meio ambiente é uma das ferramentas mais completas que o homem tem a sua disposição para alavancar sua evolução. Porém, o livre arbítrio é de fundamental importância para o bom uso deste meio,
respeitando as leis Divinas. Os espíritas, carregando o fardo do conhecimento, carregam também uma maior responsabilidade para com a evolução do planeta. Os espíritas que mantém uma posição comodista diante dos problemas ambientais, presos a idéia de que todos os problemas se resolverão por conta própria, como um ‘destino prédeterminado’, estão retardando o processo evolucional coletivo, adiando a passagem da Terra de mundo de ‘’Provas e Espiações’’ para mundo de “Regeneração”. Contudo, apenas o conhecimento não basta, sendo necessária a aplicação da teoria na prática. Os espíritas costumam dizer que a verdadeira vida é a espiritual, e que a reencarnação é temporária, mas isso não justifica o desleixo e o comodismo com relação às provas terrenas. Baseando-se na Lei Natural que rege todas as ações, deve-se criar uma consciência de que o equilíbrio é fundamental, tanto no mundo material quanto espiritual. O planeta é, sim, uma estadia temporária, mas não significa que deve ser desprezado, até porque também está em evolução, tornando os seres vivos construtores dessa transição.
O planeta Terra sempre nos oferecerá o necessário para a sobrevivência, onde a reflexão das Leis Morais é necessária para a capacitação da humanidade para a melhor utilização dos recursos oferecidos por Deus, com o
objetivo de auxiliar a evolução espiritual individual e coletiva, atuais e futuras. Mocidade Espírita André Luiz Anna Flávia S. Souza. Giovanna Faria. William Tadashi Aoki
ECOLOGIA E ESPIRITISMO
O PLANO ESPIRITUAL BUSCA ALERTAR OS HOMENS SOBRE A NECESSIDADE DE SE CONSERVAR A NATUREZA, POR SER IMPORTANTE À EVOLUÇÃO NA TERRA. “Com que objetivo Deus deu a todos os seres vivos o instinto de conservação? R: Porque todos devem cumprir os desígnios (planos) da Providência; é por isso que Deus deu o instinto de conservação. Além disso, a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres que tem instintivamente esse sentimento, sem se darem conta disso.” (O Livro dos Espíritos questão 703) Analisando a resposta dada pelos Espíritos a Kardec, notamos que o plano espiritual tem tentado nos esclarecer sobre a importância da evolução dos seres que habitam nosso planeta. Dentro desta temática, podemos considerar de grande importância uma atual conscientização ecológica na humanidade e, porque não dizer, no meio espírita.Segundo dados da S.O.S. Mata Atlântica, quando os primeiros colonizadores chegaram ao Brasil, a Mata Atlântica cobria cerca de 1,29 milhões de km², aproximadamente 15% do país. Hoje, esse número é de apenas 8% de sua área original. Entre as causas estão as queimadas, que devastam boa parte do meio ambiente brasileiro e mundial. Só nos últimos anos, os estados de Roraima, Mato Grosso do Sul e Pará foram atingidos de forma extremamente violenta, com
prejuízos incalculáveis para a fauna e a flora. Nos oceanos planetários ainda reina a matança de baleias, golfinhos e tubarões. No Brasil, o comércio clandestino de animais chega à barbaridade de contrabandear aves dentro de tubos de PVC, sendo que, de dez contrabandeados, apenas um chega vivo ao seu destino. O buraco da camada de ozônio alcançou nos últimos anos o tamanho da Antártida. Segundo os espíritos responsáveis pela codificação, a conservação é necessária para a evolução dos seres e essa evolução deve ser efetuada através de uma parceria entre os seres habitantes deste planeta. Nos é dito que a essência criada por Deus evolui por todos os reinos, desde o mineral, passando pelo vegetal e animal, individualizando-se no homem. Ora, dentro deste processo de evolução, não podemos esquecer de nossos irmãos menores, pois, cedo ou tarde, eles também se tornarão indivíduos. Não podemos esquecer que, sem a existência destes seres, não haveria vida orgânica na Terra. Há uma necessidade de uma conscientização ecológica mais intensa nas nossas casas, escolas, centros espíritas e
demais religiões. Precisamos ver a matéria não com apego, como um doce que queremos degustar o mais rápido possível, mas sim como um local de aprendizado. Mais que uma casa, uma verdadeira mãe designada pelo Pai para nos acolher enquanto aprendemos as lições necessárias para a evolução. Passamos por um período crítico de expurgo planetário. Muitos estão percebendo esse momento dentro de seus corações e, sem explicação, sentem-se amedrontados. Como buscar paz, harmonia e serenidade quando não conseguimos ao menos cuidar da nossa própria morada? Como buscarmos comunicação com os espíritos de luz se esquecemos dos nossos irmãos menores? Por isso, quando estiver dentro do carro ou do ônibus e for degustar a bala que tira do bolso, lembre-se de não jogar o papel na rua, pois poderá ficar sem o doce chamado planeta Terra. (Ricardo Viana – Revista Cristã de Espiritismo) Obs.: Amar a Deus é amar cuidando, respeitando, preservando, conservando tudo o que ele criou, e isto corresponde ao próximo, a fauna, a flora e a nós mesmos.
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COMO VOCÊ VÊ A OFICIALIZAÇÃO DO CASAMENTO ENTRE HOMOSSEXUAIS E A ADOÇÃO DE FILHOS POR PARTE DELES? Consideramos que qualquer oficialização que se estabelece no mundo corresponde à formalização de situações que já existem, ou que precisam ser normatizadas para evitar distorções nos julgamentos de diversificadas situações, em respeito ao conceito formal de justiça. Assim, se se fala de oficialização de casamentos entre pessoas do mesmo sexo é que essas pessoas já estão se unindo sem qualquer formalização, deparando-se, a partir disso, com problemas cujas soluções exigem um pronunciamento da lei que regulamenta a vida de um povo ou de uma sociedade. Independentemente do nome que se deseje dar a essas
uniões, a realidade é que tais uniões existem. Seus parceiros podem conviver pouco ou muito tempo juntos; podem fazer aquisições de variada índole em nome da dupla ou durante o período em que estão juntos os indivíduos. Como ficará, perante a sociedade organizada, a situação de um e de outro parceiro? Em caso de falecimento de um deles, há ou não há direitos a pensões e outros benefícios, após uma vida passada em comum? Todos os quadros com os quais nos defrontamos e que tomam corpo na sociedade precisam ser estudados e disciplinados pela legislação. Não há como fazer vistas grossas e fazer de conta que tal coisa não existe. Logo,
não há como fugirmos dessa oficialização em nome de qualquer tradição ou preconceito, uma vez que os fatos aí estão afrontando os tempos e exigindo um posicionamento oficial das autoridades, pois não há lei que possa impedir de fato que duas pessoas do mesmo sexo tenham vida em comum, que se entendam, que se cuidem ou que se amem. No que respeita à adoção de filhos, estamos diante de uma questão de bom senso. O que será melhor para uma criança: viver nas ruas, ao abandono, sujeito a todos os perigos que inundam as ruas - ou em instituições que, por mais respeitáveis que sejam, não
conseguem se converter num lar para nenhuma criança abandonada - ou ser amparada pela generosidade e pelo carinho de duas pessoas do mesmo sexo e que vivem juntas? O Espírito Camilo sempre me ensinou que o amor, em si mesmo, não tem sexo e
que é muito valorosa a atitude de quem quer que seja que se decida a adotar uma criança. Somente a hipocrisia ou a indiferença para com a criança órfã ou abandonada pode criar impedimentos para tal adoção. José Raul Teixeira
MELINDRE - FILHO DO ORGULHO O MELINDRE – filho do orgulho – propele (leva) a criatura a situar-se acima do bem de todos. É a vaidade que se contrapõe ao interesse geral. Assim, quando o espírita se melindra, julga-se mais importante que o Espiritismo e pretende-se melhor que a própria tarefa libertadora em que se consola e esclarece. O melindre gera a prevenção negativa, agravando problemas e acentuando dificuldades, ao invés de abolilos. Essa alergia moral demonstra má-vontade e transpira incoerência, estabelecendo moléstias obscuras nos tecidos sutis da alma. Evitemos tal sensibilidade de porcelana, que não tem razão de ser. Basta ligeira observação para encontrá-la a cada passo: · É o diretor que tem a sua proposição refugada e se sente desprestigiado, não mais comparecendo às assembléias. · O médium advertido construtivamente pelo condutor da sessão, quanto à própria educação mediúnica, e que se ressente, fugindo às reuniões. · O comentarista admoestado fraternalmente para abaixar o volume da voz e que se amua na inutilidade. · O colaborador do jornal que vê o artigo recusado pela redação e que se supõe menosprezado, encerrando atividades na imprensa. · A cooperadora da assistência social esquecida, na passagem de seu aniversário, e se mostra ferida, caindo na indiferença. · O servidor do templo que foi, certa vez, preterido na composição da mesa orientadora da ação espiritual e se desgosta por sentir-se infantilmente injuriado. · O doador de alguns donativos cujo nome foi omitido nas citações de agradecimento
e surge magoado, esquivandose a nova cooperação. · O pai relembrado pela professora das aulas de moral cristã, com respeito ao comportamento do filho, e que, por isso, se suscetibiliza, cortando o comparecimento da criança. · O jovem aconselhado pelo irmão amadurecido e que se descontenta, rebelando-se contra o aviso da experiência. · A pessoa que se sente desatendida ao procurar o companheiro de cuja cooperação necessita, nos horários em que esse mesmo companheiro, por sua vez, necessita de trabalhar a fim de prover a própria subsistência. · O amigo que não se viu satisfeito ante a conduta do colega, na instituição, e deserta, revoltado, englobando todos os demais em franca reprovação, incapaz de reconhecer que essa é a hora de auxílio mais amplo. O espírita que se nega ao concurso fraterno somente prejudica a si mesmo. A rigor, sob as bênçãos da Doutrina Espírita, quem pode dizer que ajuda alguém? Somos sempre auxiliados. Ninguém vai a um templo doutrinário para dar, primeiramente. Todos nós aí comparecemos para receber, antes de mais nada, sejam quais forem as circunstâncias. Fujamos à condição de sensitivas humanas, convictos de que a honra reside na tranqüilidade da consciência, sustentada pelo dever cumprido. Com a humildade não há o melindre que piora aquele que o sente, sem melhorar a ninguém. Cabe-nos ouvir a consciência e segui-la, recordando que a suscetibilidade de alguém sempre surgirá no caminho, alguém que precisa de nossas preces, conquanto curtas ou
aparentemente desnecessárias. E para terminar, meu irmão,
imagine se um dia Jesus se melindrasse com os nossos
incessantes desacertos . . . (Cairbar Schutel)