O espirita236 outubro de 2015

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21 Anos e-mail: jbbonani@ig.com.br - http://jornaloespirita.blogspot.com ANO XXI

TA U B AT É , OUTUBRO DE 2015

Nº 236

“FÉ INABALÁVEL É SOMENTE AQUELA QUE PODE ENCARAR A RAZÃO FACE A FACE, EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE”

30 ANOS DE ZÍBIA LUZ NO GASPARETTO: CAMINHO Mediunidade Semana estocada “Allan Kardec”

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Pág. 05 O Grupo Espirita Andre Luiz preparou-se para oferecer aos adeptos do Espiritismo Cristão, mais uma semana das mais movimentadas, considerando a sua programação. Vários oradores de outras cidades aqui estarão ao lado do representante de Taubaté, com o objetivo de trocarem experiências, a respeito das orientações que o codificador do Espiritismo entregou para a humanidade a partir de 18 de Abril de 1857.

Folha de S. Paulo traz hoje, 22 de setembro de 2015, interessante notícia sobre as atividades da médium. O mote principal é revelar as modificações que estão sendo feitas em suas obras, modificações, quer-se crer, principalmente de linguagem, a fim de as adaptar aos tempos pós-modernos do império das redes sociais.

REPORTER DE “O ESPÍRITA” FRENTE A FRENTE COM O CODIFICADOR !!! Já pensou Kardec, concedendo entrevista nos nossos dias? Pág. Pág.04 03


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DO EDITOR O SANGUE NA CRUZ PARA QUITAR J.B.Bonani NOSSAS DÍVIDAS? Já ouvimos muita gente afirmar que Jesus derramou seu sangue na cruz para livrar os nossos pecados. Nunca concordei com isso, embora respeitando a posição de muitos. Se Deus conferiu a todos o livre arbítrio, é justo que cada um responda pelo erro ou pecado que cometeu. Não podemos ficar esperando Jesus voltar para ir outra vez para a cruz, para limpar a nossa barra. Quando deparamos com pessoas sofrendo, questionamos: Se Jesus tivesse mesmo derramado seu sangue por nós, não haveria sofrimentos na terra, pois todos estariam livres de pecados já “quitados.” Será que já entendemos que as doenças que se manifestam em nossos corpos são quase todas elas efeitos, cuja causa está no espírito e que deveremos se acertar com a Lei? Quantas casas que se dizem espírita, estão mais preocupadas em curar corpos, esquecendo que o problema está na alma e nenhum bisturi vai curá-la com todo o respeito que temos pela medicina, e muito menos por iniciativa de “curadores.” Jesus, não curou a todos os que o procuravam. E quando curava dizia, vai tu fé te curou... Como poderíamos entender Jesus quando pede que coloquemos a fé em ação? Será que apenas a fé valeria para que a pessoa ficasse curada? Que tipo de fé seria essa ? A de Tomé? Ou a certeza de que Jesus nos chama a atenção para mudanças? Tudo que vem de Deus, tem um preço, nada de graça... Jesus, no momento em que curava, alertava a pessoa para não errar mais, pois com certeza já tinha entendido que a sua doença foi provocada por ela mesma, e que portanto ela mesma é que deve se curar, e o remédio já estamos cansados de ouvir: REFORMA INTIMA! Recordemos aquele encontro de Jesus com os 10 leprosos, quando o Mestre acabaria curando-os naquele instante quando imploraram que fossem curados. Jesus sempre aproveitava esses momentos

para oferecer lições as pessoas interessadas em aprender. Os 10, foram curados e saíram pelo mundo. Passado alguns dias um dos 10 retorna junto de Jesus para agradecer e o Mestre pergunta: E os outros onde estão? Raciocinemos então, por que só um voltou? Porque só um verdadeiramente estava curado, pois não só recebeu a cura do corpo, como a do espírito, que estava pronto,preparado para ser curado, e dar o testemunho através da ação e do trabalho, tanto é, que voltou para agradecer. Reconheceu em Jesus o seu grande amor pelos homens a verdadeira prática da caridade. Sem a menor dúvida, queiramos ou não, somos leprosos da alma, que procuramos a cura do corpo somente, imaginando “milagres” esquecendo da cura do Espírito não movendo uma palha para servir a nós mesmo aproveitando a necessidade do próximo,(Segundo Andre Luiz a ponte que nos levará até Deus)um campo de trabalho para quem deseja melhorar-se. Expulsemos as doença que convivemos com ela, fruto da inércia e do egoísmo, pois só sabemos pensar em nós. Repetindo, nada vem de graça partindo de Deus (Ajuda-te que os céus te ajudarão,) Arregacemos as mangas e comecemos a trabalhar nós mesmos para que nos livremos das doenças que retratam fielmente as falhas que ainda carregamos na alma, frutos do nosso pouco interesse em servir. Expulsemos de nós todo os tipos de doenças, pois não existem doenças e sim os doentes. Reconheçamos isso e deixemos de procurar curas para o corpo, jamais esquecendo que somos doentes da alma e não de corpo e que só existe um caminho para que sejamos curados: TRABALHO E REFORMA ÍNTIMA! Que esse trabalho seja primeiro lutar contra as nossas imperfeições e depois servir a onde quer que estejamos. Pensemos nisso...

EXPEDIENTE

“O ESPÍRITA”

Redação: Praça Angelo Testa, 32 Taubaté - SP Tel: (0xx12)3411-1024 Cel.: 99143-6244 - CEP: 12030120 e-mail: jornaloespirita@hotmail.com Redatores: * João Batista Bonani * Valdevino de Castro * Manoel da Cunha. * Isa Montenegro

* Rudymara Diagramação e Arte final Antonio Carlos de Almeida Marcondes Impressão: Circulação: Vale do Paraíba, Litoral Norte, Serra da Mantiqueira. Colaboradores: Diversos Tiragem: 3000 exemplares Jornalista responsável: João Batista Bonani / MT-10116

Outubro de 2015

Pensamento O Fluido Mental Inicialmente temos que entender um pouco do nosso funcionamento cerebral e orgânico. O nosso cérebro é o receptor do todas as nossas sensações tanto internas do corpo físico, como externas do meio que vivemos. Todos estes estímulos recebidos são transformados pelo sistema nervoso em impulsos elétricos que desencadearão estímulos químicos que serão armazenados em áreas especificas do cérebro como a memória para uma posterior assimilação, comparação e resposta a outros estímulos. O cérebro na verdade pode ser comparado a um enorme computador cujos condutores principais são de origem química e elétrica, lembrando que toda eletricidade gera ao seu redor o magnetismo. Desta forma quando recebemos um estimulo automaticamente, de forma consciente e/ou inconsciente, formulamos uma resposta através do pensamento. Este pensamento gera então uma força de resposta também eletroquímica, dando condições ao nosso corpo de responder ao estimulo recebido, com mudanças fisiológicas internas (mudança de frequência cardíaca ou respiratória, tônus muscular, liberação de hormônios e tantos outros), assim como na exteriorização desta resposta geramos um comportamento junto ao meio que estamos neste momento ( raiva, agressão, fuga, alegria, riso, choro e outros). A nossa mente através destes mecanismos de estímulos e respostas gera energia de característica elétrica, magnética e química. Temos assim que

pensamento é energia que se propaga para dentro e fora do corpo físico. No livro “Evolução em dois mundos”, André Luiz batizou esta energia de Fluido mental e o espirito Áureo no livro “Universo e Vida” de fluido mentomagnético, sendo a exteriorização deste por ondas eletromagnéticas. Toda a onda tem uma frequência e amplitude que lhe permite uma sintonia, recordando que sintonias afins tendem a se unir. É a afinidade entre duas faixas de mesma frequência e amplitude. Desta forma nos unimos a outros pensamentos similares aos nossos, ou seja recebemos o que emitimos. Por orientação dos espíritos que participaram da Codificação do Espiritismo sabemos que Deus criou o Fluido Cósmico que a tudo permeia, onde a substancia primordial ou éter é moldável ou plástico, podendo ser transformado em inúmeras outras estruturas, algumas conhecidas por nós pela tabela periódica. Esta característica plástica faz com que o éter se modifique de acordo com as energias atuantes. E pelo que vimos acima o pensamento é uma energia. O pensamento então, poderá causar uma impressão sobre o éter cósmico cuja energia de acordo com sua intensidade vibratória poderá formar partículas de pensamento mais ou menos densas dependendo das boas ou más intenções da nossa forma de agir e pensar. O agrupamento destas partículas por afinidade vibracional formará no plano

extra físico o que denominamos de Formas pensamentos ou egrégoras, que poderão ganhar cada vez mais força e dimensão quanto mais forem alimentadas por pensamentos afins, podendo cobrir toda uma região ou até todo um planeta, formando a chamada Psicosfera ou correntes mentais de pensamento. Este processo também cria ao nosso redor uma psicosfera própria, que alguns chamam de aura e que pode ser visualizada pelo plano espiritual, sendo uma verdadeira impressão da nossa identidade moral. De acordo com nossas buscas, ações e pensamentos vamos nos unir as psicosferas circulantes afins atraindo suas energias para nós que poderão ser benéficas ou maléficas à nossa estrutura física ou espiritual. Lembrando que os espíritos que nos circundam também visualizam estas energias as quais nos afinamos. No Evangelho Segundo o Espiritismo, capitulo XXVIII, item 20, nos dá uma boa orientação sobre isto: “O espirito não o teria arrastado ao mal, se não o tivesse julgado acessível a sedução”. Talvez seja por isto que Jesus nos deixou duas importantes orientações: “Vá e não peques mais, para que nenhum mal maior te suceda”. “Orai e Vigiai”. A felicidade ou infelicidade estão em nossas mãos, ou melhor nos nossos pensamentos. Alexandre Serafim Presidente da Associação Médico-espirita do vale do Paraíba (AME-Vale).

Se é foto é fato


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A ENTREVISTA QUE GOSTARIA DE TER FEITO ALLAN KARDEC Durante a nossa trajetória na área jornalística, tivemos a oportunidade de entrevistar pessoas que jamais passaram pela nossa cabeça, considerando a sua popularidade e a sua importância para o mundo. A própria profissão sempre colocou me frente a frente com essas criaturas que são lembradas por nós com muito carinho. Hoje, se alguém perguntasse qual a personagem que eu gostaria de entrevistar, imediatamente responderíamos: Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, aquele que organizou o consolador que Jesus prometeu. Pois bem, como fazer, se ele não encontra se encarnado entre nós? Como a vontade é muito grande, vamos fazer de conta que ele está diante de nossa pessoa para ser entrevistado. REPORTER: Professor esteja a vontade. Nesse instante realizo um grande sonho. Kardec: Estou as suas ordens para responder as perguntas que serão formuladas pelo amigo repórter de o jornal O ESPIRITA. Repórter: Por gentileza o Sr nasceu onde e quando? Kardec: Em Lion na França no dia 3 de Outubro de 1804. Repórter: Por que o Sr não seguiu os passos dos seus familiares quase todos voltados para ciências jurídicas? Kardec: Creio que nessa atual existência, reapareci na terra para percorrer a estrada da educação, pois sempre fui atraído para o o ensino. Tive como professor Pestalozi,” o pai da educação” que incentivou me mais ainda. Repórter: Quando o Sr iniciou a sua tarefa missionária? Kardec: Foi por volta de 1856. Por incrível que pareça, foi através do fenômeno das

mesas girantes, quando a sociedade francesa divertia-se com as mesas que levitavam nas reuniões que por sinal vários amigos participavam. De inicio, não deixei me impressionar, mas quando começaram a comentar que as mesas comunicavam-se, passei a estudar o fenômeno Repórter: Num dos seus trabalhos o Sr afirma que reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pela luta que trava para domar as suas mas tendências” O Sr poderia explicar melhor aos leitores de “O ESPIRITA” ? Kardec: Com muito prazer: Anote aí para o jornal que está circulando há quase 22 anos. Há, meus senhores,três categorias de adeptos: uns que se limitam a crer nas manifestações e que procuram, antes de tudo, os fenômenos; o Espiritismo é simplesmente para eles uma série de fatos mais ou menos interessantes, Os segundos vêem outra coisa nele além dos fatos, compreendem o seu alcance filosófico, admiram a moral que deles decorre, mas não a praticam; para eles, a caridade cristã é uma bela máxima, e nada mais. Os terceiros, finalmente. Não se contentam de admirar a moral: praticam-na e aceitam-lhe as conseqüências. Bem convencidos de que a existência terrestre é uma prova passageira, esforçamse por aproveitar esses curtos instantes, para marchar na senda do progresso que lhes traçam os Espíritos, empenhando-se em fazer o bem e em reprimir as suas más inclinações; as suas relações são sempre seguras, porque as suas convicções os afastam de todo o pensamento do mal; a caridade é, em toda a ocasião a regra da sua conduta: São esses os verdadeiros

espíritas, ou, melhor, os espíritas cristãos. Repórter: Mas Sr Kardec, as vezes deparamos com pessoas, aparentemente boazinhas, fala mansa, que chegam a confundir, a exemplo do que acontece quase sempre nas reuniões mediúnicas, quando os médiuns estão despreparados para a tarefa. Quantas e quantas vezes Espíritos galhofeiros se fazem passar por entidades de luz enganando o grupo. O Sr sabe as vezes as pessoas são espíritas somente na aparência,e daí? Kardec: Boa pergunta.É preciso, pois, evitar o deixarse seduzir pelas aparências, tanto da parte dos Espíritos, quanto da dos homens; ora, eu o confesso, aí está uma das maiores dificuldades; mas, nunca se disse que o

Espiritismo fosse uma ciência fácil; tem seus escolhos que se não podem evitar senão pela experiência. Para escapar á cilada, é preciso antes de tudo, fugir ao entusiasmo que cega, ao orgulho que leva certos médiuns a acreditaremse os únicos interpretes da verdade; é preciso que tudo seja friamente examinado, maduramente pesado, confrontado, e,se desconfiamos do próprio julgamento, o que é muitas vezes mais prudente, é preciso recorrer a outras pessoas, segundo o provérbio; que quatro olhos vêem melhor do que dois. Só um falso amor próprio ou uma obsessão podem fazer persistir em uma idéia notoriamente falsa e que o bom-senso de cada um repele Repórter: Chegamos ao final da entrevista.

Queremos agradecer ao querido missionário pela sua atenção e pelas suas palavras sábias. Que possamos ter novas oportunidades como as de hoje, pois o mundo precisa muito desses momentos. Sr Kardec, que Deus lhe abençoe e perdoa a nossa inferioridade no trabalho que acabamos de realizar. Muito obrigado pela sua paciência, pela compreensão e pela caridade da sua atenção. Kardec: Em nome de Jesus de Nazaré, agradeço ao irmão amigo, pela oportunidade. Aproveito nesse encerramento para lembrálos que fora da caridade não há salvação e para praticar o grande ensinamento, nunca esquecer da importância do AMAI-VOS E INSTRUÍ-VOS. Muito obrigado!

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UM ABRAÇO CURA... (SENTIMENTO DE CORAÇÃO ABERTO É UM PASSE) Há um poder de cura no abraço que ainda desconhecemos. Abraço cura ódio. Abraço cura ressentimento. Cura cansaço. Cura tristeza. Quando abraçamos soltamos amarras. Perdemos por instantes as coisas que nos têm feito perder a calma, a paz, a alma... Quando abraçamos baixamos defesas e permitimos que o outro se aproxime do nosso coração. Os braços se abrem e os corações se aconchegam de uma forma única. E nada como o abraço de um FILHO, DE UM PAI, DE UMA MÃE, DE UM AMIGO... Abraço de Eu amo você. Abraço de Que bom que você está aqui. Abraço de Ajude-me. Abraço de urso. Abraço de Até breve. Abraço de Que saudade! Quando abraçamos, a felicidade nos visita por alguns segundos e não temos vontade de soltar. Quando abraçamos somos mais do que dois, somos família, somos planos, somos sonhos possíveis. E abraço deveria, sim, ser receitado por médico pois rejuvenesce a alma e o corpo. Estudos já mostram, com clareza, os benefícios das expressões de carinho para o sistema imunológico, para o tratamento da depressão e outros problemas de saúde. O abraço deixou de ser apenas uma mera expressão de cordialidade ou convenção para se tornar veículo de paz e símbolo de uma nova era de aproximação. Se a alta tecnologia – mal aproveitada – nos afastou, é o abraço que irá nos unir novamente.Precisamos nos abraçar mais. Abraços de família, abraços coletivos, abraços engraçados, abraços grátis. Caem as carrancas, ficam os sorrisos. Somem os desânimos, fica a vontade de viver.

O abraço apertado nos tira do chão por instantes. Saímos do chão das preocupações, do chão da descrença, do chão do pessimismo. É possível amar de novo, semear de novo. É possível renascer. E os abraços nos fazem nascer de novo. Fechamos os olhos e quando voltamos a abrilos podemos ser outros, vivendo outra vida, escolhendo outros caminhos. Nada melhor do que um abraço para começar o dia. Nada melhor do que um abraço de Boa noite. E, sim, abraço deveria ser receitado por médico, várias vezes ao dia, em doses homeopáticas. Mas, se não resistirmos a tal orientação, nada nos impede de algumas doses únicas entre essas primeiras, em situações emergenciais. Um abraço demorado, regado pelas chuvas dos olhos, de desabafo, de tristeza ou de alívio. Um abraço sem hora de terminar, sem medo, sem constrangimento. Medicamento valioso, de efeitos colaterais admiráveis para a alma em crescimento. *Mas, se os braços que desejamos abraçar estiverem distantes? Ou não mais presentes aqui? O que fazer? Aprendamos a abraçar com o pensamento. O pensamento e a vontade criam outros braços e nossos amores se sentem abraçados por nós da mesma forma. São forças que ainda conhecemos pouco e que nos surpreenderão quando as tivermos entendido melhor. Abraços invisíveis a olho nu, mas muito presentes e consoladores para os sentidos do Espírito imortal, que somos todos nós. Redação do Momento Espírita.

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ZÍBIA GASPARETTO: Mediunidade estocada Com os negócios em queda, a médium está revisando a linguagem de seus livros com o objetivo de melhorar os resultados comerciais. A médium Zíbia, matriarca do clã Gasparetto, oferece aos críticos bom material para análise do contexto mediúnico e do produto final da mediunidade: a mensagem, que no caso dela são os livros publicados, a maioria deles romances. Não se pode duvidar da sua condição de médium, que é incontestável, mas pode-se analisar sua obra e negar a esta a mesma qualidade. O que não significa, necessariamente, condenar a médium por desvios ou os espíritos por possíveis más ideias. Ao observador cabe reunir os fatores que envolvem a função mediúnica, ou as funções, melhor dizendo, pois, o médium exerce não só a função de intermediário, mas, também, a de intérprete das ideias que lhe são apresentadas pelos comunicantes invisíveis. Folha de S. Paulo traz hoje, 22 de setembro de 2015, interessante notícia sobre as atividades da médium. O mote principal é revelar as modificações que estão sendo feitas em suas obras, modificações, quer-se crer, principalmente de linguagem, a fim de as adaptar aos tempos pós-modernos do império das redes sociais. O espírito mentor, Lucius, revela Zíbia, está de acordo com as mudanças e colaborando com elas, considerando ele que os tempos são outros. Ambos pretendem retirar ou modificar expressões, frases etc., das obras publicadas com o objetivo de dar a elas uma linguagem de acordo com o que se pratica hoje em todo o mundo. Segundo diz a médium, interpretando o espírito, “As coisas mudaram. Precisamos ter uma linguagem mais clara, mais simplificada. Nós estamos aí com a internet. Vamos modernizar.” É direito de qualquer autor alterar sua obra e Lucius e Zíbia

são autores, portanto, gozam desse direito. Lucius é dono da ideia e Zíbia é a intérprete que materializa a mensagem, conquanto muito raramente a posição de médium deixe entrever essa realidade, pois, parece que o médium é apenas alguém que recebe e retransmite nas condições colocadas pelo autor espiritual. É um erro pensar assim. Zíbia tem consciência disso, tanto que afirma: “Mudei as frases, tornando-as mais claras. Troquei floreios e facilitei o entendimento”. Na mediunidade psicográfica não temos, em geral, um autor e um receptor em funções plenamente distintas como se imagina. Espírito e médium estão imbricados na mensagem. Por isso, quando Zíbia aparece e diz que a linguagem dos livros que publicou está sendo revista, pode estar dizendo, também, que essa decisão é apenas dela, ou dela e do espírito, mas nunca pode afirmar que é somente do espírito, porque este, obviamente, depende dela e de sua vontade. Como também do que ela faz com as ideias dele. Mas a reportagem da Folha mostra outros detalhes interessantes. A médium, que há algum tempo abandonou o rótulo de médium espírita, no que foi acompanhada pelos filhos, tanto que encerrou as atividades do centro espírita que fundou e dirigia, transformou-se em empresária e montou uma indústria gráfica de médio porte, o que demandou investimentos consideráveis. Agora, revela que a empresa está com dificuldades

Se você pensa que a elegância é um estado de espírito... Se você crê que a vestimenta é o mais claro reflexo de sua personalidade... Só para você estar bem vestido é uma atitude otimista frente ao mundo... Então falamos a mesma linguagem

econômicas por causa das quedas nas vendas e na prestação de serviços a terceiros. Junte-se os pontos: queda nas vendas dos livros – são 35 ao todo, sendo que o 36º está a caminho – e mudança na linguagem, tudo ao mesmo tempo, pode revelar que no meio disso está a preocupação comercial e que esta preocupação é tão ou mais importante que qualquer outra coisa. É o que se pode depreender do que diz a repórter: “A preocupação comercial é maior do que nunca na casa, que teve a vendagem “um tanto afetada”. O fato é que a médium longeva Zíbia Gasparetto vem, mais uma vez, surpreender o público. Fez isso quando decidiu abandonar o espiritismo, quando encerrou as atividades do centro, quando transformou sua obra em negócio próprio, quando investiu numa empresa gráfica e quando deixou claro que a caridade não ajuda ninguém a crescer. E mais, quando assumiu, junto com seu filho mais famoso, Luiz Antônio Gasparetto, que o resultado financeiro do produto mediúnico e sua utilização é direito dela. Ou seja, colocaram-se contra a ideia, defendida pelo espiritismo, de que a mediunidade deve ser gratuita. Fonte: http:// www.expedienteonline.com.br/ zibia-gasparettomediunidade-estocada/ Publicado em Artigos, Cotidiano, Espiritismo, Imprensa por wgarcia.

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30 ANOS DE LUZ NO CAMINHO! GRUPO ESPIRITA ANDRE LUIZ PROMOVE MAIS UMA SEMANA ALLAN KARDEC! O Grupo Espirita Andre Luiz preparou-se para oferecer aos adeptos do Espiritismo Cristão, mais uma semana das mais movimentadas, considerando a sua programação. Vários oradores de outras cidades aqui estarão ao lado do representante de Taubaté, com o objetivo de trocarem experiências, a respeito das orientações que o codificador do Espiritismo entregou para a humanidade a partir de 18 de Abril de 1857. São assuntos dos mais interessantes, pois se o homem tivesse interesse de modificar-se para o seu próprio bem, e colaborar para um mundo melhor, ou seja, mais espiritualizado, talvez não estivesse diante da tão

comentada crise, financeira que tem como alicerce a moral desprezada, quando um boa parte da humanidade só viu cifrões pela frente e, para completar, como se fosse ficar eternamente aqui no mundo indo de encontro com as Leis Naturais. Estamos em pleno século 21, o século da informática, da Internet, da velocidade, da imortalidade, do Espirito e os homem ainda desconhece o mecanismo da vida, ignorando principalmente a Reencarnação única maneira de entender a justiça perfeita do Criador, que através da sua sabedoria criou o Espírito para a eternidade mas lhe oferece muitas, ou quantas oportunidades forem

necessárias para “acertos” com a Lei Imutável sem o que progredirá, e avançará até atingir a perfeição relativa. Afinal, Deus jamais na sua infinita sabedoria criaria o homem (Espirito) para viver alguns anos na terra e depois ficar no paraíso deitado em berço esplendido ouvindo as vozes dos anjos.(Que castigo!) Quanta coisa está preparada para a semana, quantos ensinamentos que Patrícia Carvalho os oradores devidamente Saraiva Mendes preparados vão oferecer em termos de esclarecimentos. Se você deseja aprender, ou aumentar o seu conhecimento, eis aí uma grande oportunidade de 17 a 24 deste mês. Vale a pena comparecer, serão 8 noites de fraternidade e uma boa

oportunidade para encontrar e reencontrar amigos o que completará a noite que com certeza, vai levá-lo ao caminho

da luz. Você caro leitor está sendo convidado pela direção do Centro Espirita “Andre Luiz.” Um lembrete: ENTRADA FRANCA.

Oradores da 30ª Semana “Allan Kardec” 170/010 Vinicius Lara (Juiz de Fora/MG)

Centro Espírita André Luiz

18/10 Eduardo Guimarães (Niteroi/RG)

Rua Mons. Siqueira, 97 - Centro - Taubaté / SP

19/10 Maria Emilia Baccaro (Jacareí/SP) 20/10 João L. R. Nascimento (C. Paulista/SP) 21/10 Eduardo Barreto(Rio de Janeiro/RJ) 22/10 CarlosA.Abranches(S.J.dos Campos/SP) 23/10 Mauricio Mancini (Rio de Janeiro/RJ) 24/10 Alexandre Serafim (Taubaté/SP)


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COISAS QUE NÃO SE ENSINAM Ensinar a teoria das leis do Magnetismo e mesmo perceber e movimentar a energia de forma consciente – inconscientemente todos nós percebemos e movimentamos, é fácil. Saber o que faz é o diferencial do magnetizador, o que o caracteriza como um doador de energia vital. No entanto, somente esse conhecimento não formará um magnetizador. Simone de Beauvoir dizia que não se nasce mulher, torna-se mulher. Parafraseio dizendo que não formamos magnetizadores, o interessado torna-se magnetizador. Pois essa condição demanda desenvolvimento pessoal, autoeducação. Nos relatos de Du Potet somos informados de suas lutas – comuns no caminho dos magnetizadores, pois é confronto da realidade pessoal com as leis maiores da natureza que regem os fenômenos – e percebemos a importância de conteúdos ainda pouco explorados em nossos cursos atualmente, tais como, controle emocional, autodomínio, pureza de intenções, dedicação, autoconhecimento, autoconfiança, temas imprescindíveis para identificarmos o tipo de energia que estamos emitindo. Comentamos geralmente a impressão que os outros nos causam, mas já questionamos qual é a impressão que deixamos em nossos semelhantes? É tempo de pensarmos nisso. No texto em que comento, há relatos de

ocorrências inesperadas e turbulentas, fenômenos magnéticos produzidos naturalmente sem a vontade do experimentador, mas com os quais ele deve lidar. Pacientes em crises prolongadas, assustadoras, terceiros à relação magnética atingidos violentamente, a ocorrência de efeitos muitas horas após o atendimento, são fatos que ele relata. Ainda não presenciei uma crise de quase morte, mas em grau menor já vimos os demais fatos e notam-se reações de susto, de medo, de confiança, de tranquilidade que pode ser vista por leigos como indiferença, por se manter a serenidade e prosseguir sem interrupção o trabalho. Embora, teoricamente, as instruções sejam dadas e o assunto discutido, será na prática que se revelará o desenvolvimento pessoal e a capacidade de enfrentar a crise. O Barão a certa altura diz: “Felizmente não me perturbei, a pureza de minhas intenções dava à minha dedicação uma energia calma, mas positiva. Conhecia-me o bastante para sentir que podia exercer um grande poder sobre minha sonâmbula. Comecei (...)”, e enumera os procedimentos técnicos adotados. É evidente a lição. Para vencer a dificuldade, que não era exterior nem técnica, ele se apoiou no desenvolvimento pessoal e no conhecimento que lhe garantia saber que tipo de influência ele teria. Como dirigi-la, foi o segundo passo. Ana Vargas Comentando trecho da obra

SETE LIÇÕES DE MAGNETISMO do Barão Du Potet Publicado na edição anterior do Vórtice JORNAL VÓRTICE ANO V, n.º 05 outubro - 2012 Pág. 16 anavargas.adv@uol.com.br “Não somos máquinas”, afirma o autor. Corajosa sentença opunha -se à filosofia e à ciência dominante em sua época, alinhadas ao pensamento de Descartes e Newton, nas quais prevalecia o entendimento mecanicista. E Du Potet defende a existência do fluido vital, tema que permeia todas as lições da obra traduzida. E ele adverte -nos para a nossa humanidade e suas especificidades, inclusive no que diz respeito à energia que nos vitaliza e pode sofrer esgotamento e mil e uma transformações. Ainda hoje, algumas pessoas negam a condição de humanidade encarnada e pretendem que a transmissão de energia seja fruto exclusivo da ação do pensamento, coisa que segundo a obra de médiuns conceituados, como Chico Xavier, não é viável nem aos espíritos desencarnados, uma vez que a coleção “Nosso Lar”, ditada pelo espírito André Luiz, é recheada de exemplos de emprego de passes magnéticos tanto de fins terapêuticos quanto de ação desobsessiva ou em reuniões mediúnicas, e em todos são descritos mentores espirituais empregando técnicas especificas nominadas, como por exemplo: dispersivos, dispersivos transversais,

passes cal - mantes, imposições em diversas regiões do corpo seja material ou espiritual, etc. Mais adiante, o Barão afirma: “E o que lhes digo deve fazê -los compreender o quanto pode ser perigoso se confiar naqueles que dizem ser suficiente uma boa intenção para prevenir todo perigo. (...) É preciso conhecimento, e uma grande força moral.” (grifei). Força moral envolve vivências, valores, ética, pensamentos, atitudes, sentimentos no cotidiano, independente se vai ou não aplicar passes aquele dia. É obra que se realiza com transfor mação e desenvolvimento pessoal. Kardec, afirmará décadas mais tarde, com o apoio da Espiritualidade Superior, a questão da autoridade moral e de seu caráter irresistível, tanto que a hierarquia espiritual é baseada nela, fruto direto da evolução. Mais do que nas declarações de Kardec reconhecendo o Magnetismo como ciência irmã e precursora do Espiritismo, é no fato de apontar aos seus adeptos o caminho do autoconhecimento, do desenvolvimento pleno das capacidades humanas e da prática do amor, que eu vejo os elos entre esses conhecimentos e a coerência de coexistirem como práticas complementares. Há mil maneiras de se transmitir o conhecimento, e mesmo sobre temas como autoconhecimento, autoconfiança e

desenvolvimento das potencialidades humanas é preciso teorizar, debater, incluir em seminários e cursos, mas somente a adesão real, o empenho próprio na autoeducação nos permitirá conhecer de que substâncias se revestirão as nossas energias e que tipo de assistência espiritual granjeamos para a tarefa de doação de energia vital e para a nossa vida. Mil pessoas assistirão a um trabalho, somente dez tocaram em frente colocando o conhecimento em prática. Entendendo -se a lição do Magnetismo e do Espiritismo, nada a surpreender, nem ovelhas perdidas a trazer de volta, apenas compreender que talvez ainda falte um trabalho que é pessoal e intransferível. Como já ensinavam os antigos judeus: há tempo de semear e tempo de colher. Ana Vargas – fonte: Jornal “Vortice”

UM ESPÍRITA DE 21 ANOS

“O Espírita”, informativo analítico editado pelo orador e apresentador J. BONANI nos traz em uma das suas recentes edições, oportuna análise sobre o paraíso prometido por Jesus ao “bom” ladrão, clareante explicação sobre o “Espírito Santo” e uma apreciação sobre “oposições”. Entre outros enfoques, um artigo da oficial de justiça em

Tremembé, e explanadora no grupo “Samaritanos”, a oriental Katia Oka, sobre o ainda instigante tema do desencarne. • Como sempre o jornal procura lançar luz sobre pontos ainda obscuros e controversos do espiritismo numa visão real. Destaque para o atualíssimo artigo “A Força da Oposição” escrito por Giovana Gianelli, com o pseudônimo, “Giovana

Blavatsky”. • O frontispício da publica- ção anuncia 21 anos a servi- ço da doutrina sendo imperioso analisar que não são 21 semanas ou meses, mas duas décadas, mais de 7.665 dias em que o jornal é exposto nas searas ou transposto em mãos de muitas centenas de leitores diariamente, como uma vitrine realçante dos ensinos e preceitos.

AGÊ D.T.


O ESPÍRITA

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Outubro de 2015

A COMUNICAÇÃO NA CASA ESPÍRITA A oratória é a palavra que ostenta o relevo da escultura, o matiz da pintura, a melodia da música e o ritmo da poesia. Alves Mendes Para uma boa divulgação da doutrina nas seções públicas da casa espírita é necessário que nos preparemos sempre e tenhamos a humildade de admitir que sempre haverá uma maneira de fazer melhor essa importante tarefa. Transmitir os conceitos espíritas, com toda a riqueza, racionalidade e amplitude, sem matar o auditório do sono. Portanto é necessário que o expositor tenha uma fala natural, objetiva, segura e sempre com muito entusiasmo. Quem se apresentar com um comportamento frio, apático, sem vibração, provocará o desinteresse dos ouvintes, pois ele mesmo parece desinteressado por aquilo que fala. A palavra falada atinge maior número de pessoas que o livro, pois há muitos que não sabem ler e muitos alfabetizados que não cultivam o hábito da leitura. A palavra impregnada de vibração fraterna do expositor que atinge melhor sensibilidade do ouvinte e permite atender ouvintes de diversos níveis de compreensão. Quando o orador acredita firmemente na

mensagem que transmite, agregando a ela todo o seu poder de persuasão, pode levar muitos a repensar suas vidas e despertar o saudável desejo de reforma moral. Antes de pensar como falar, saiba o que falar. Richard Simonetti afirma que o trabalho do orador é 90% transpiração e 10% inspiração. Fala ainda da necessidade de estudar pelo menos dez minutos para cada minuto que se pretende falar. Isto significa tirar os livros da estante, ler tudo o que encontrar relacionado com o tema, assinalar o que é importante. Há vários roteiros de pesquisa da literatura espírita relacionada a diversos temas. Entre eles citamos o “Vade Mecum Espírita” de Luiz P. Guimarães. Localizar os assuntos, marcar as páginas das obras indicadas e após ler grifar o que é importante, anotar, organizar o assunto com início, meio e fim, resumir, fazer um roteiro dos pontos importantes, interpretar os assuntos com sua linguagem. Não é necessário decorar, más é bom mentalizar o assunto nos dias que antecedem a apresentação da palestra. Aí já começa

também a assistência dos amigos espirituais: “Ajuda-te que o céu te ajudará.” Na fase de preparação, após pesquisar e anotar tudo sobre o tema, deixando sempre uma reserva de matéria, para que o tempo da palestra seja preenchido com a nata do assunto e para preencher alguns tópicos que geralmente são esquecidos durante a exposição. É bom lembrar que raramente o improviso funciona bem e que planejamento é sempre útil antes de qualquer atividade. Não adianta vento a favor ao barco sem rumo. Por outro lado, se contamos com a ajuda espiritual, é justo que eles também esperem que façamos a nossa parte. Deixar por conta deles é correr o risco de que “fechem a torneira” e tenhamos que improvisar com assuntos que não contribuem em nada com o tema. Só conseguimos falar bem daquilo que vivenciamos. Quando se tem uma boa ficha de serviços prestados à doutrina, o expositor é mais convincente. “Dizem que pregação sem exemplo é cheque sem fundo.” Além das obras básicas

da codificação temos uma rica literatura espírita complementar, como Emmanuel, André Luiz, Leon Denis, as passagens evangélicas de Neio Lúcio e os contos de Irmão X (Humberto de Campos) que sempre oferecem um recheio de qualidade para as palestras. O expositor deve evitar fazer comentários negativos sobre práticas infelizes de outras casas espíritas, ou de outras religiões. Com isso não iremos consertar o mundo e passamos uma péssima impressão em quem ouve. Quem procura o Centro Espírita está à procura de uma mensagem de esperança e não para ouvir críticas ou exemplos negativos, que sequer merecem ser comentados. Há tanta gente iluminada para ser citada: Ghandi, Madre Tereza, Barsanulfo, Chico, Dr Bezerra, entre tantos outros. Modelos a serem seguidos não nos faltam. André Luiz em “Conduta Espírita” (Perante a Tribuna) recomenda usar sempre o pronome NÓS em lugar do EU. O uso do plural de modéstia é de bom tom e afasta a idéia de personalismo. “ Nós pesquisamos” cai muito

melhor que “Eu pesquisei”. Na verdade ninguém faz nada sozinho. Evitar também tratar o auditório por vocês ou os senhores. Este tratamento é adequado em auditórios de empresas, não no centro espírita. O pronome NÓS coloca a mensagem de forma impessoal e nivela que fala com que ouve. As vezes somos mais necessitados de vivenciar a mensagem que aqueles que nos ouvem. Temos uma mensagem de esclarecimento e esperança a transmitir, em momento de tanta carência, aliando fé e razão. Portanto, procuremos transmiti-la com muita dedicação e busca da melhoria contínua. V. L. Castro


O ESPÍRITA

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Outubro de 2015

SÓ OS DISCURSOS DE JESUS NÃO VALERIAM ERA PRECISO MAIS... Os apóstolos que seguiam Jesus, embora convivendo com ele, ainda não estavam devidamente preparados para entender a necessidade do Mestre ter que passar por tudo aquilo que o povo assistiu no calvário, única maneira da humanidade gravar na sua mente para sempre a passagem de Jesus pela terra. De nada adiantaria para o progresso do mundo, se a sua passagem ficasse nos seus discursos, nos seus exemplos e até mesmo nos seus trabalhos mediúnicos, quando vários milagres no entendimento daqueles que o acompanhavam aconteceram. O momento em que Jesus pede para Lazaro

deixar a sepultura e caminhar, a conversão de Maria de Magdala, o episódio da mulher Hemorróida, o pedido do centurião romano, para curar um dos seus servos, o encontro com Zaqueu e tantos outros que com certeza o povo teria esquecido, se Jesus não tivesse passado pelos momentos em que foi massacrado, pisoteado e levado a cruz. Essas cenas, sim, os homens gravaram, foram tão marcantes esses acontecimentos que ainda hoje quando pretendem lembrar Jesus nos movimentos religiosos, realizam em praça pública cenas dramáticas relembrando tudo aquilo que ocorrera há mais de 2 mil anos! Com certeza

estiveram lá, pois percebese que os que interpretam os soldados, os poderosos da época que se contentavam com o espetáculo sangrento que assistiam, são tão perfeitos que não deixam dúvidas que participaram do maior crime que aconteceu no mundo em todos os tempos! Mas passado esses momentos, Jesus reaparece para Maria de Magdala e pede que ela se dirija aos companheiros de luta para anunciar o seu reaparecimento a sua presença entre nós. Os apóstolos ficaram estáticos, inicialmente não acreditaram que o Mestre depois de passar por tudo aquilo que passou, retornasse do túmulo, mas foi preciso, pois Jesus

desejava passar o derradeiro ensinamento para os homens, ou seja: a vitoria da vida sobre a morte. Depois de voltar a conviver com os seus irmãos apóstolos, por mais alguns dias, anuncia que deveria retornar as suas origens, ou seja junto ao Pai, mas que ficassem tranqüilos, uma vez que quando a humanidade estivesse amadurecida, preparada, para recordar os seus ensinamentos, rogaria ao pai para que fosse enviado a terra um outro consolador, que haveria de ficar para sempre entre os homens. Esse consolador para ficar entre nós para sempre, eternamente não poderia ser sem a menor dúvida um

outro Cristo, um profeta, pois ninguém passa pela terra para ficar eternamente. Que consolador seria esse? Para ficar aqui para sempre teria que ser um corpo de doutrina e aí aparece o codificador Allan Kardec, o missionário de Lion para organizar o Espiritismo, a doutrina espírita de mãos dadas com a ciência e a filosofia, para facilitar aos homens o entendimento e a importância de uma fé raciocinada. São poucos os que assimilaram, os ensinamentos do codificador, pois dificilmente deparamos com espíritas verdadeiramente vivendo os ensinamentos de Jesus.(Longe de qualquer julgamento, pois nos incluímos entre os citados).

J.B.Bonani

Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pela luta que haverá de travar consigo mesmo para “domar” as suas más tendências segundo Kardec. Como tem sido o nosso comportamento estando numa casa espírita estudando o consolador? O Espiritismo precisa de espírita de verdade para se implantar no coração dos homens que por sua vez haverão de espalhar pela terra os ensinamentos de Jesus, para que revivamos o cristianismo na sua maior pureza., única maneira de acabar com as “crises” para que possamos viver em paz. Pensemos bem nisso.

ESPIRITISMO E EVANGELISMO Temos visto, de forma cada vez mais freqüente, no meio Espírita, apelos e defesas para que se “evangelize” o Espiritismo, bem como se encontram ferrenhos defensores do Espiritismo como “religião”. Vêem-se mesmo colocações do tipo ”...necessitamos é de evangelho....”. Em minha opinião, o religiosismo e o “evangelismo” acabará por destruir o Espiritismo, pois se está abandonado a ”...filosofia com base científica e conseqüências éticas e morais...” preconizada no Livro dos Espíritos, para um “evangelismo” e x a c e r b a d o , transformando muitas Casas Espíritas em “igrejas”, onde o ouvir palestras e tomar passes passam a ter “status” de rito religioso.

Nessas Casas, não se aprofunda e se discute mais a Filosofia Espírita de Vida, e não se discute como transformala em aprendizado, em habilidade, em aptidão. Passamos a ter “estrelas” que ministram palestras, mais preocupados com a própria imagem, com o falar empolado, com técnicas avançadas de oratória, mas incapazes de serem animadores e promotores das mudanças pessoais e sociais. Kardec nunca deu um aspecto religioso ao Espiritismo. Mostrem-me isso nas obras básicas! Isso não existe. Não podemos abrir mão da Doutrina Espírita em nome de uma “religião espírita”, acreditando que isso se ”...corrige mais tarde...”. Um edifício mal construído acabará

desabando. Um alicerce mal feito não suporta uma obra de grande porte. Kardec estabeleceu um tripé didático para a Doutrina Espírita: Filosofia, Ciência e Ética/ Moral (e não religião). A Ética e a Moral adotadas são a do Cristo, brilhantemente descrita no Evangelho Segundo o Espiritismo. Mas é ética e moral, aplicada em uma filosofia de vida, embasada em conhecimento científico. O aspecto religioso do espiritismo, tal como concebido por Kardec, é íntimo, pessoal e individual. Não precisamos transformar as Casas Espíritas em “igrejas espíritas”, pois isso nada acrescenta, só atrapalha. Em “evangelismo”, temos que reconhecer que existem algumas religiões muito eficientes

nisso. Se vamos seguir por esse caminho, vamos aprender com elas. Mas essa não será a minha opção. Não abrirei mão da pureza doutrinária estruturada por Kardec. Assusta-me uma colocação como essa: ”...precisamos é de evangelho...”. Isso é quase um discurso do neo-evangelismo, das “modernas igrejas evangélicas”. Não é isso que precisamos. Precisamos de amor em ação, de caridade em ação, de ética em ação, de pensamento construtivo em ação, de efetivamente nos tornarmos criadores de uma nova realidade. Precisamos é de Filosofia Espírita, de Moral Espírita, de Ética Espírita, e isso já está contido no Livro dos Espíritos, a principal obra do Espiritismo (e poderia

até ser a única). P r e c i s a m o s transformar as Casas Espíritas em oficinas de aprendizado, em “fábricas” de habilidades e aptidões éticas e morais, em não em púlpitos de discursos e pregações, esteticamente lindas, belas, mas inócuas por não estimularem a evolução individual. Cristo como modelo. Claro que sim. Somos todos admiradores desse ser. Mas procuremos conhecer o Cristo Histórico, O Cristo Humano, o Cristo Revolucionário, o Cristo que não tinha uma religião, que não fundou uma religião, que não se entregou as religiões, que VIVEU sua pregação, que tentava t r a n s f o r m a r ensinamento em

aprendizado. Que seja ele o nosso modelo de construção de vida e de sociedade. O Cristo Vivo, não o Cristo das Igrejas e Religiões. O Cristo em nosso coração e nas nossas ações, e não no evangelismo pobre e limitador. Esta é uma opinião pessoal, mas mais que isto, é uma crença pessoal, uma diretriz de minha conduta dentro da Doutrina Espírita. Compreendo e respeito quem pensa diferente. Reconheço-lhes esse direito. Mas lutarei tenazmente pelo Espiritismo Filosófico, Científico, Ético e Moral. E para evitar que nos transformemos em Igreja. Autor: Carlos Augusto P. Parchen Enviado por: Marina Ferri

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