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A visão Pág.02 espírita das almas gêmeas POR QUE SOMOS TÃO VAMPIRIZADOS ENERGETICAMENTE?
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Enjoos e desejos na Pág.04 gestação BOM MÉDIUM Pág.06
PROBLEMAS COM MEDIUNIDADE
Nº 05
Taubaté / SP
Maio de 2014
DROGAS: SOFRIMENTO E ARREPENDIMENTO Manoel Philomeno explica que a obsessão é uma espécie de assédio espiritual que um espírito começa a exercer sobre uma pessoa e que esta se dá devido a uma perfeita sintonia entre obsessor e obsidiado. Os motivos da obsessão podem ser diversos, mas quando esta apresenta características de tenacidade, geralmente trata-se de uma vingança praticada contra os atos que o encarnado cometeu contra o espírito obsessor, quando este ainda revestia a indumentária carnal. O perseguidor desencarnado começa a se insinuar ao encarnado insuflandolhe através da via telepática, idéias fixas, preocupações, medos infundados… Aproveitando-se dos complexos, recalques e reações pessimistas de sua vítima – que o perseguidor espiritual vai explorar habilmente -, se forma uma tomada, numa espécie de intercâmbio psíquico. Á partir daí, quando já está estabelecida a interferência e pelos fluidos deletérios que assimila do algoz espiritual, se originam os variados desequilíbrios psíquicos e orgânicos que atingem o hospedeiro encarnado.
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CURA DE CORPO PERECÍVEL NÃO É FINALIDADE DE UM CENTRO ESPÍRITA
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“CURANDEIROS ENDEUSADOS”, CIRURGIÕES DO ALÉM – SOB OS NARCÓTICOS INSENSATOS DO COMÉRCIO
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O que significa Jesus Cristo para o espiritismo Pág.10
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O Espiritismo para todos
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Maio de 2014
DROGAS: SOFRIMENTO E ARREPENDIMENTO Por quanto tempo um viciado em drogas desencarnado fica sofrendo? Durante o tempo em que permanecer empedernido no vício. Contudo, ao menor sinal de arrependimento sincero, ao primeiro pensamento de prece a Deus, significando o desejo de se corrigir, recomeçar um novo caminho e uma nova vida de reto proceder, a ajuda divina se apresentará de imediato, na forma de espíritos dedicados às tarefas socorristas. Não apenas aos toxicômanos é dado tal auxílio: a todos aqueles que em débito com a consciência manifestarem sincero arrependimento e enérgica vontade de se reformar será dada igual ajuda divina. No ato! Com claridade solar, em todo o Capítulo “Duração das penas futuras”, de O Livro dos Espíritos, o espírito São Luís oferta-nos pérolas de esperança, adubando-nos a fé. Vejamos suas consoladoras respostas: “Pergunta: 1004 - Em que se baseia a duração dos sofrimentos do culpado? Resposta: No tempo necessário a que se melhore. Sendo o estado de sofrimento ou de felicidade proporcionado ao grau de purificação do Espírito, a duração e a natureza de seus sofrimentos dependem do tempo que ele gaste em melhorar-se. À medida que progride e que os sentimentos
se lhe depuram, seus sofrimentos diminuem e mudam de natureza. Pergunta: 1006 Poderão durar eternamente os sofrimentos do Espírito? Resposta:... Deus não criou seres tendo por destino permanecerem votados perpetuamente ao mal. ... Cedo ou tarde o Espírito tem vontade de se tornar feliz. Pergunta: 1008 Depende sempre da vontade do Espírito a duração das penas? Resposta: Sim, ao Espírito podem ser impostas penas por determinado tempo; mas, Deus, que só quer o bem de suas criaturas, acolhe sempre o arrependimento e infrutífero jamais fica o desejo que o Espírito manifeste de se melhorar”. O QUE LEVA UM ESPÍRITO DESENCARNADO TOXICÔMANO A O ARREPENDIMENTO? A dor, mestra maior e último recurso natural para reconduzir o homem ao caminho do Bem. O viciado, ao desencarnar, percebendo que agora tudo está mais difícil, pois além de não poder satisfazer a ânsia da droga, ainda está doente, fraco, faminto etc., mais do que nunca, desejará as drogas. • E aí? • Onde buscá-las? • Como consegui-las? Carente, e sem nenhuma proteção, ficará a mercê de legiões de malfeitores
espirituais. Será sim, admitido nessas legiões, mas como elemento escravizado, desprezível, inferior... Aprenderá, rápido, que só no plano material poderá dar vazão ao vicio. Qual vampiro, poucas vezes sozinho - quase sempre em bandos - buscará os locais de frequência dos toxicômanos encarnados (às vezes até mesmo em seus lares), aderindo-se a eles, mente a mente, induzindo-os ao consumo das drogas, ou assediando criaturas invigilantes, ainda não viciadas,
para que o façam. Sem nenhuma reserva moral, em troca de alguma satisfação do vício, será submetido a uma série de perversidades. Com o tempo, poderá, pelo livre-arbítrio, tomar duas atitudes: 1ª - arrepender-se do mal praticado, do desrespeito às leis naturais, almejando melhorar de vida. O nível de sinceridade desse arrependimento determinará a ajuda celestial que virá em seu socorro; 2ª - revoltar-se ainda mais e tornar-se desejoso de
vingança contra seus algozes. O desejo de vingança lhe dará forças para desencadear uma fieira de maldades. Seu poder, ampliado, atingirá um ponto em que a Justiça Divina considera como saturação, dando um basta: compulsoriamente retornará à carne. Só que em tristes condições... Nem poderia ser diferente! A dor física e moral, num corpo deformado e sem defesas orgânicas, será constante na sua vida, como inigualável recurso educador.
êmeas A visão espírita das almas gêmeas Encontrar um grande amor e ser feliz para sempre é o sonho de muitas pessoas. Muitos passam a vida idealizando sua cara metade; outros, quando se apaixonam, logo acreditam ter encontrado a pessoa ideal, até o momento em que surgem os problemas e as decepções. Como consequência, a desilusão parece desmoronar o castelo construído, como esculturas na areia. Mas a grande dúvida permanece: nossa alma gêmea realmente existe, ou será apenas um sonho, fruto da imaginação dos mais românticos? A crença na alma gêmea vem desde a antiguidade. Uma lenda conta que, Deus, no processo de criação do mundo, uniu homens
EXPEDIENTE Diretoria: ACAM Colaboradores: • Diversos Editoração Eletrônica: Antonio C. Almeida Marcondes Tel.: (12) 3011-1013 e-mail: acam0000@ig.com.br O Jornal não se responsabiliza por matérias assinadas
e mulheres em um só corpo (a Bíblia diz que a mulher foi criada a partir da costela de Adão), mas após a queda do Paraíso os seres humanos teriam se distanciado do Criador. Assim, a união foi interrompida, dando origem ao sexo oposto. Desde então, homem e mulher passaram a buscar sua outra metade para se sentirem plenos novamente. A explicação bíblica é mitológica e está carregada de informações profundas, que se não forem corretamente interpretadas podem dar a ideia de algo fantasioso. Na psicologia junguiana, que leva em conta a linguagem simbólica, o termo alma gêmea simboliza o arquétipo da afetividade. Alguns psicólogos
explicam que, com o tempo, os conceitos evoluíram e o príncipe encantado que chegaria montado em um cavalo branco foi substituído por uma pessoa que se identifique com os ideais do outro, a chamada cara metade ou o companheiro ideal. Já a ficção alimenta a fantasia das pessoas e, muitas vezes, foge da realidade. Portanto, precisamos ficar atentos para a mensagem que está sendo passada ao público sobre certos conceitos. O Espiritismo esclarece que não existem dois espíritos criados um exclusivamente para o outro, mas que podem ter em comum os mesmos interesses e afinidades. O espírito imortal poderá encontrar em sua
trajetória evolutiva muitos espíritos afins. Essa busca pelo grande amor significa a aspiração da alma pela felicidade completa. A pergunta 386 de O Livro dos Espíritos explica que duas pessoas que se conheceram e se estimaram em vidas anteriores não se reconhecem, como muitos acreditam; apenas se sentem atraídos um para o outro. Isso acontece porque as
recordações das existências passadas trariam grandes inconvenientes; mas é claro que existem raras exceções. Essas questões nos levam a uma reflexão: como aprender a conviver e aceitar as diferenças, mesmo quando há uma grande afinidade entre os espíritos afins, afinal, cada qual trilha um caminho na jornada evolutiva.
O Espiritismo para todos
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Maio de 2014
POR QUE SOMOS TÃO VAMPIRIZADOS ENERGETICAMENTE? Não temos como negar, na maioria dos dias, ao final da tarde, normalmente nos sentimos esgotados. É comum vir aquele cansaço, aquela tensão, até uma dorzinha de cabeça e mal estar estomacal. Também vem a falta de paciência e o desânimo... O motivo: estamos exauridos de energia, ou melhor, dizendo, fomos sugados. Qual é a causa para tantas perdas de energia? Por que somos tão vampirizados na nossa rotina de vida? São muitos os fatores que podem promover os roubos energéticos, mas alguns são mais marcantes, logo significativos. Antes de tudo, é importante dizer que o corpo físico humano só existe e se mantém graças a uma força vitalizadora essencial que alguns chamam de fluido vital, outros de prana ou simplesmente Ki. São muitos os nomes dados ao longo da história da humanidade, mas o fato principal é que somos energia. A força vital que nos alimenta recebe influência direta dos pensamentos e sentimentos que desenvolvemos durante o dia, e é aí que residem os principais detalhes a serem observados quando o assunto for roubo de energia. Pensamentos e sentimentos ruins prejudicam intensamente a qualidade da energia que abastece o campo de energia humano. Da mesma forma, pensamentos e sentimentos positivos promovem a manutenção desta
bioenergia...O problema é que somos seres muito emocionais, o que quer dizer, que facilmente entramos de cabeça em uma ou outra emoção intensa, e estas por sua vez, são como fogos de artifícios que explodem, expandem-se e movimentam-se freneticamente. Quando essa explosão de emoções acontece, seja pelo motivo que for, há um consumo excessivo de energia vital e a bioenergia humana se desequilibra. Então, junte todos esses acontecimentos do dia, enumere-os um a um, e perceba que esses eventos são muito comuns na vida da esmagadora maioria das pessoas deste mundo. Seu time perdeu nos pênaltis, você sente um estado de nervoso... Você se desgasta. Você assiste a uma notícia muito ruim na televisão e sofre com isso... Você se desgasta. Você sente raiva no trânsito... Você se desgasta. Você sente medo de não conseguir pagar as suas contas... Você se desgasta. Você se chateia com um amigo, parente ou cônjuge... Você se desgasta. Você julga o comportamento alheio, faz muitas críticas... Você se desgasta. Você reclama da vida, do seu cabelo, do seu cansaço... Você se desgasta. Todos esses eventos comuns na vida da maioria das pessoas são os principais responsáveis pelo estado de exaustão energética que normalmente nos encontramos ao entardecer. Este fator
contribui muito para o aumento da intolerância, do estresse, da raiva, da falta de amor e das doenças físicas e emocionais no mundo. Mas a principal causa de tudo isso é o esquecimento... Esquecer quem somos, de onde viemos e qual a nossa missão aqui na Terra. Ter emoções é humano! Mas aprender a controlá-las também é uma habilidade humana de uma pessoa que esteja em sintonia com ela mesma, com a sua essência ou Eu interior. Não podemos mais viver no “piloto automático”, sem pensar nossos propósitos e sem cuidar
da nossa alma. Podemos nos encontrar com a nossa essência no banco do trem, avião ou metrô, na fila de um banco e até mesmo em pequenos intervalos de um ou dois minutos que temos antes e depois das refeições. Não devemos fechar os olhos apenas para dormir, mas para olhar para dentro. Precisamos aprender a ouvir o que a nossa essência fala. E ela fala! Podemos dar inúmeras dicas que são incríveis para reverter esse processo de exaustão energética, ou como dizemos na comunidade espiritualista, vampirismo energético. Mas a
principal dica, ou melhor, a causa raiz do problema é que deve ser observada: o esquecimento de quem somos e da nossa essência. Volte-se para você durante o seu dia, ouça a voz da sua consciência, respire fundo alguns minutos, eleve-se a Deus, faça uma oração do seu jeito e desenvolva a gratidão. Se você tomar essas práticas como uma rotina, em uma semana você já será uma nova pessoa. Pode fazer o teste! Escrito por Bruno Gimenes
O GRANDE PECADO
”Declarou, então, Jesus aos sacerdotes: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes vos precederão no reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não lhe destes crédito, mas os publicanos e as meretrizes lho deram…” Como vemos, o intérprete da Soberana Justiça classifica a falta dos sacerdotes mais grave que as das meretrizes e os publicanos, sendo que estes, no exercício do fisco, furtavam os contribuintes exigindo maior imposto que o estabelecido na lei. Mas, afinal, que espécie de delito praticavam os sacerdotes cuja gravidade o sábio Mestre reputa maior que o pecado das decaídas e dos publicanos? A culpabilidade das meretrizes procede das fraquezas da carne. A ladroíce dos publicanos não deixa de ser, a seu turno, fruto da frouxidão de caráter, modalidade de fraqueza também; ao passo que o crime dos maus sacerdotes se funda na má com que procedem, iludindo o povo cujos sentimentos religiosos exploram. Trata-se de um
programa doloso concebido, planejado e posto em prática com sagacidade e perfídia. Eles mesmos, os sacerdotes, não acreditam no que dizem, agindo em desacordo com a própria consciência. As conseqüências do mal praticado pela casta sacerdotal assumem proporções muito mais extensas que aquelas derivadas da vida dissoluta das messalinas e da desonestidade dos publicanos. As infelizes decaídas suportam, desde logo, os efeitos dos excessos e desmandos a que se entregam, sendo, elas mesmas, as maiores vítimas; enquanto que a mentira religiosa espalhada e mantida pelos maus sacerdotes responde pela corrupção moral do povo, pela impostura e pelo regime de mistificações que se generaliza em todas as camadas sociais. O pecado, portanto, dos sacerdotes, a cuja
responsabilidade se furtam no momento, é de efeitos mais prejudiciais e danosos que o dos publicanos e o das meretrizes. Estas exploram seu corpo; os publicanos exploram o cargo que ocupam, lesando materialmente os contribuintes, ao passo que os sacerdotes exploram o que há de mais sagrado e santo no homem: o sentimento religioso, nas relações entre a criatura e o Criador. Tal é o delito contra o Espírito Santo, isto é, contra a consciência, o campo aberto à sementeira das eternas verdades reveladas do Céu através dos divinos mensageiros de Deus. A insinceridade, o dolo no que respeita às questões espirituais – numa palavra – a hipocrisia – eis o Grande Pecado
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O Espiritismo para todos
04 Escrito por Dr. Ricardo Di Bernardi
Com o desenvolvimento da gravidez, à medida que o embrião vai se estruturando, conforme o molde energético dado pelas matrizes perispirituais da entidade reencarnante, vão se intensificando as trocas fluidicas ou energéticas, entre o perispírito da mãe e o espírito reencarnante. Já se observa, a certa altura, uma intensa sintonia vibratória com grande intercâmbio de campos energéticos. Sucede que estas vibrações permutadas podem ser doentes (espiritualmente falando ) ou sadias. As vivências das encarnações anteriores, indelevelmente registradas nos arquivos energéticos do espírito, são núcleos de emanação de ondas que exercem influência sobre a gestante. As experiências de sofrimentos ainda não resolvidas psicologicamente, os ressentimentos mantidos, são concentrações de força a irradiar sobre a estrutura psicofísica materna. As experiências comuns entre mãe e filho, vividas em estâncias pretéritas, se reencontram agora com anestesia apenas parcial. Não resta dúvida, que é a grande oportunidade da reaproximação e solução dos débitos passados. Também é importante se reafirme, toda a assistência espiritual presente no transcurso da gravidez, amparando a dupla. As trocas fluidicoenergéticas entre ambos, frequentemente produzem enjôos à mãe. A intensidade destes enjôos muitas vezes está relacionada (também) a diferenças de nível evolutivo entre o espírito reencarnante e a gestante. Em determinadas situações no entanto, não se trata de diferença de nível espiritual, pois normalmente aos espíritos superiores não é difícil superar e compreender as limitações dos menos evoluídos.
Enjoos e desejos na gestação
Frequentemente, são os reconhecimentos inconscientes das experiências comuns vividas. São assensações decorrentes do espelhar mútuo , da situação espiritualvivenciada no passado e ainda não resolvida. Cuidemos , no entanto, para não cometer injustiça ou erros de julgamento. Os enjoos tem também causas meramente orgânicas ligadas a fatores anatômicos e fisiológicos do processo gestacional. Atribuir aos enjôosapenas significado de ordem espiritual, seria empobrecer a ciência espírita e comprometer sua imagem perante as pessoas de bom senso. Os estranhos desejos da gestante As aparentes extravagâncias da mulher grávida podem ter,também, causas ligadas às influências do espírito reencarnante. Não estamos aqui, portanto, excluindo de maneira alguma o componente fisiológico. As profundas alterações hormonais sob o comando da hipófise são sem dúvida co-fatores que interferem no psiquismo da gestante determinando tendências na esfera alimentar. Tendo sido feita esta ressalva , cumpre-nos estudar a outra face da moeda. Estando a estrutura do corpo espiritual da entidade reencarnante unida ao chakra genésico materno, passa a sofrer a influência de fortes correntes eletromagnéticas que lhe impõem a redução volumétrica necessária. O corpo astral (perispírito ) que possuía digamos 175cm deverá se adaptar a um organismo fetal bem menor. Ocorre então a redução dos espaços intermoleculares da matéria perispiritual. Tal fato ocorre pela diminuição da vibração das moléculas do corpo espiritual. A energia cinética se reduz, as moléculas se aproximam reduzindo os espaços
intermoleculares. Além desta redução, toda molécula excedente, que não serve ao trabalho fundamental de refundição da forma é devolvida ao plano “espiritual “ e reintegrada ao fluido cósmico universal. No organismo materno, mais especificamente no chakra genésico, há uma função que lembra o trabalho de um exaustor de cozinha. Neste aparelho doméstico se processa a absorção da gordura excedente, eliminando-a do ambiente. Conforme encontramos no livro” Entre a Terra e o Céu “, cap. XXX, André Luiz que se expressa da seguinte forma.” O organismo materno materno, absorvendo as emanações da entidade reencarnante, funciona como um exaustor de fluidos em desintegração, fluidos estes que nem sempre são aprazíveis ou suportáveis pela sensibilidade feminina”. Há espíritos que por se acharem zoantropizados ou licantropizados (isto é, tão deformados que se parecem com animais,lobos etc ) , portanto com morfologia tão alterada e acrescida de fluidos prejudiciais que sofrerão intenso processo de reabsorção fluídica por parte do chakra genésico materno. O fato citado gera intensas e frequentes sensações psíquicas na gestante. Estas sensações não tem tradução lógica em valores conhecidos aos sentidos físicos. Como são sensações , o cérebro decodifica em algo material e expressa como: Desejo de comer, cheirar ou fazer alguma coisa diferente. Portanto, embora seja inverdade que desejos insatisfeitos possam determinar defeitos físicos no bebê, mera crendice, os desejos existem e quando não são tão absurdos como comer sabonete com cebola, não custa nada (às vezes) satisfazer a pobre da gestante.... Mas não exageremos....
Abril de 2014
O PROBLEMA DO DESTINO
O problema do nosso destino não se reduz a evitar pseudo castigos e obter imaginárias recompensas, neste ou noutros mundos. Semelhante conceituação é de cunho genuinamente egoísta. Ora, aquele problema, que tão de perto nos afeta, só pode ser solucionado mediante o cultivo do sentimento oposto, que é o amor. Para vivermos bem, precisamos ter uma certa compreensão da finalidade da vida. Essa finalidade é o amor. Os tropeços e percalços, as refregas e as lutas, a dor sob seus multiformes aspectos, como também os prazeres e triunfos mais ou menos efêmeros que logramos alcançar, são ensinamentos e experiências, são processos educativos, geralmente mal interpretados, os quais têm por
escopo conduzir-nos ao Amor, portanto, à finalidade da vida. O “porquê” da vida é o amor; e o “porquê” do amor é Deus. A vida leva ao amor e o amor conduz a Deus. Essa trajetória chama-se evolução. Evolução é renovação. A parte individual que nela tomamos denomina-se educação, ou melhor, auto-educação. Uma vez descoberto esse objeto, o destino vai-se cumprindo, desde então conscientemente; e nós, longe de embaraçarmos o seu curso natural, como ora sói acontecer, dar-lhe-emos todo o nosso apoio a fim de que o mesmo se consuma, na eternidade do tempo e na infinidade universal. Esclarecido assim o senso da vida, teremos desvendado o mistério do destino, encontrando, a seu turno, a desejada felicidade.
O Espiritismo para todos
05
Abril de 2014
VIDAS PASSADAS É possível saber o que fomos em vidas passadas? Ensina a Doutrina Espírita que todas as vivências da alma, sejam elas positivas ou negativas, desta vida ou de outras vidas, não se perdem jamais. Ficam registradas na mente, em ordem cronológica, mas a alma mantém no consciente somente as lembranças que lhe são úteis; as demais permanecem no inconsciente, que é uma espécie de arquivo-morto, ao qual ela tem acesso quando necessário. Ao reencarnar, a alma se submete a um processo de esquecimento, e isso ocorre por três razões principais: a primeira, para que os erros do passado ou posições de destaque, geradores de remorsos ou de vaidades, não perturbem o propósito de renovação íntima; a segunda, para que o pleno conhecimento dos desafetos e dos fatos que geraram a discórdia não dificultem o reajustamento; a terceira, para
que não haja repetição de certas experiências que lhe são mais agradáveis, o que retardaria o progresso, uma vez que elas já estão incorporadas. Não obstante a perda da lembrança, trazemos conosco as tendências instintivas e ainda temos a voz da consciência a nos orientar na presente jornada. Uma análise sincera dos nossos pensamentos mais comuns, de nossos desejos principais e de nossas reações, bem como dos acontecimentos hoje vividos, permite uma ideia geral do que fomos como ser humano, do que ainda somos e do que precisamos conquistar. Com esse conhecimento e o firme propósito de alcançar renovação interior, de conformidade com o amor e a
justiça de Deus, é possível à criatura avançar no seu progresso, desenvolvendo virtudes e eliminando imperfeições, sentimentos inferiores e vícios. Não raro, porém, Deus permite a certas pessoas a lembrança de outras vidas, e quando isso ocorre é sempre com um fim útil, certamente para fazê-las avançar. Essa lembrança pode ser natural, sem a barreira que normalmente o corpo oferece, o que frequentemente acontece quando a reencarnação é muito próxima do desencarne; pode ainda ser despertada em sonhos, ou mesmo através da mediunidade. Ultimamente, no Brasil e nos Estados Unidos, médicos,
psicólogos e pesquisadores têm-se valido da regressão de memória (TVP) para tratar das pessoas, fazendo com que retornem a vidas passadas que continuam a refletir na vida presente, com resultados extraordinários. Esse trabalho, de caráter científico, tem demonstrado, de maneira irrefutável, a reencarnação. Em qualquer das formas de recordação do passado, é possível se saber que personalidade fomos, onde e quando vivemos e o que fizemos. A mente, seja no transe hipnótico ou numa regressão espontânea, libera os arquivos mentais, tal como se colocássemos no videocassete um filme em que somos a personagem principal, com a
diferença de que igualmente vivenciamos as emoções do fato. Não há uma volta efetiva no tempo, de modo a permitir alteração dos acontecimentos, mas simples lembrança. Quando isso ocorre, é porque a pessoa está preparada emocionalmente para suportar uma vivência do passado, cujo conhecimento lhe permitirá melhor compreender o presente, liberando-se de traumas e sentimentos que ainda carrega consigo. Mas é importante ressaltar que o passado não pode ser buscado por mera curiosidade e nem por leigos, porque o despreparo pode trazer consequências desastrosas, com abalos emocionais de difícil reajuste. Autor: Donizete Pinheiro
O ESPIRITISMO E A DEFINIÇÃO DE KARDEC Dentro da definição que lhe deu Allan Kardec, o Espiritismo tem, ao mesmo tempo, um aspecto geral, como filosofia espiritualista, e os aspectos particulares, que são inerentes a seu caráter e sua organização. Quem o diz é o próprio Allan Kardec na introdução de O Livro dos Espíritos, ao ensinar que “todo espírita é espiritualista, mas nem todo espiritualista é espírita”. Realmente, há muitos espiritualistas que, embora admitam o fenômeno de alémtúmulo, não aceitam os postulados do Espiritismo. São espiritualistas, mas, na realidade, não são espíritas. Estas noções iniciais são muito conhecidas dos adeptos do Espiritismo, mas a verdade é que muitas pessoas julgam mal o Espiritismo, exatamente porque não conhecem as noções elementares da Doutrina. Daí, portanto, a necessidade, não mais para os espíritas, mas para o elemento leigo, de certos rudimentos indispensáveis a respeito do Espiritismo, sua definição, seu caráter, seus métodos, suas consequências. O fenômeno, como se sabe, é o ponto de partida, tanto do Espiritismo, como de todas as escolas e correntes que se preocupam com o além-túmulo. É de notar-se, porém, que nem todos os que se dedicam à
experimentação mediúnica entram nas indagações de ordem filosófica. Sob esse ponto de vista, é claro que o Espiritismo ultrapasse a experimentação pura e simples, porque, além de tratar, também, da origem do fenômeno, tira consequências morais de grande influência, tanto na vida particular, como na vida social. Justamente por isso foi que Allan Kardec definiu o Espiritismo como uma ciência que trata da origem e do destino dos espíritos, assim como de suas relações com o mundo terreno. Aí então, implicitamente, os três pontos básicos: 1. A origem e destino dos espíritos são questões transcendentais de alta filosofia; 2. A relação dos espíritos com o mundo terreno é assunto da ciência experimental, porque são os fenômenos que provam essas relações; 3. O aspecto moral, porém, é fundamental para o Espiritismo. De que serve a experimentação apenas como assunto de curiosidade? De que serve entrar em comunicações com os espíritos ou provocar fenômenos, sem tirar desses fenômenos o que é essencial para o refinamento dos costumes, para a reforma interior do homem? Para muita gente, Espiritismo é apenas fenômeno, mas quem conhece um pouco da
Doutrina sabe muito bem que não é assim. Para certas escolas, por exemplo, o fenômeno é o fim, ao passo que para o Espiritismo o fenômeno é o meio. Mas, meio de quê? Meio de aperfeiçoamento, elemento de convicção para a aceitação da vida futura e, consequentemente, caminho para a crença em Deus. Enquanto certos experimentadores levam anos e anos observando e provocando fenômenos, sem tirar conclusão alguma acerca dos altos e importantes problemas da vida futura e do destino humano, o experimentador espírita, quando bem orientado pela Doutrina Espírita, parte do fenômeno,
sobe à indagação dos porquês, que é o terreno da filosofia, e, depois, faz as necessárias aplicações à vida prática, isto é, ao comportamento do homem, às atitudes privadas e públicas, aos padrões de moralidade que
a condição de espírita exige em qualquer situação. A não ser assim, a experimentação, por si só, é assunto simplesmente de curiosidade. Autor (a): Deolindo Amorim
O Espiritismo para todos
06
Abril de 2014
BOM MÉDIUM Encontraremos na narrativa de O Evangelho Segundo Lucas o encontro entre Jesus e um homem rico, de destacada posição social na comunidade judaica. Em clara demonstração de referência e admiração, o insigne judeu Lhe perguntou: Bom Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna? Ao que Jesus replicou: Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão só Deus! Numa análise superficial, não encontraríamos justificativa para que o Mestre contestasse o título “bom”, haja vista que – de fato – Ele o era, e que se tratava de uma saudação amistosa e reverente. Além disso, diferente de muitas outras autoridades que buscaram Jesus para confrontá-lo, aquele nobre hebreu desejava, sinceramente, aprender com o Raboni de Deus. Por essas palavras, Jesus não anelava descartar aquele homem rico e bem posicionado, como encontraremos explanado na magistral interpretação de Allan Kardec acerca da salvação dos ricos, contida em O Evangelho Segundo o Espiritismo, muito ao contrário, desejava tê-lo entre Seus discípulos. Nada obstante, Jesus nunca desaproveitava as oportunidades para moralizar e desenvolver inteligências, ensinando a pensar, e, por conseguinte, ensinando a melhor maneira de bem viver. O respeito e a deferência são valores muito nobres, e devem ser aplicados não somente no tratamento para com aqueles em posição superior, mas também aos compares e subalternos,
indiscriminadamente. Contudo, poder-se-ia interpretar a postura de Jesus como uma advertência, para que fugíssemos da prática do enaltecimento exagerado, e da adulação visando à obtenção de favores e privilégios indevidos. A sabedoria das lições do Mestre Amorável são de pragmatismo ímpar, posto que a aplicabilidade de Sua doutrina logra bom êxito prático em todas as situações da vida, e em qualquer época histórica, mormente nos dias atuais, quando – a propósito dos ensinos apreendidos dessa passagem evangélica – poderse-ia estender a preciosíssima instrução do Nazareno até um dos maiores escolhidos da prática mediúnica: a interferência dos espíritos imperfeitos nas comunicações espirituais. Assédio persistente de um espírito sobre o outro, a obsessão se afigura como o mais grave drama que pode assolar a tarefa mediúnica, e nem mesmo os médiuns mais dignos e moralizados estão livres da ação dos espíritos levianos e pseudossábios. Além do mais, também assevera Allan Kardec queAs boas intenções, a própria moralidade do médium nem sempre são suficientes para o preservarem da ingerência dos espíritos levianos, mentirosos ou pseudossábios, nas comunicações. Além dos defeitos de seu próprio espírito, pode dar-lhes guarida por outras causas, das quais a principal é a fraqueza de caráter e uma confiança excessiva na invariável superioridade dos espíritos que com ele se comunicam.
É possível reconhecer o médium sob má influência pelos seguintes caracteres, entre outros: confiança do médium nos elogios que lhe fazem os Espíritos que com ele se comunicam; disposição para afastar-se das pessoas que podem lhe dar úteis conselhos; levar a mal a crítica, a propósito das comunicações que recebe. Dessa maneira, faz-se compreensível o efeito deletério que produz a aceitação da lisonja pelos medianeiros, sob qualquer pretexto. Para preventivo contra essa intervenção nociva, nunca será demasiado recordar a elucidação proporcionada pelo Codificador, poderosamente capaz de mudar o ponto de vista do médium no que diz respeito à própria condição de falibilidade: Os Espíritos bons aprovam aquilo que acham bom, mas não fazem elogios exagerados. Estes, como tudo
que denota lisonja, são sinais de inferioridade da parte dos Espíritos. Além do mais, o fiel apóstolo lionês de O Espírito de Verdade explica que (...)até os melhores médiuns também são iludidos pelos espíritos inferiores com assiduidade, e que o melhor médium é aquele que, simpatizando somente com bons Espíritos, tem sido enganado menos frequentemente. Portanto, pode-se ser enganado pelos espíritos sem estar obsidiado, assim como qualquer homem honestíssimo também pode ser enganado por encarnados vigaristas. Trata-se de grave advertência do mestre Rivail/ Kardec. A conclusão racional para os inolvidáveis ensinamentos de Jesus – e de Seu mais excelente intérprete, Allan Kardec – é que todo médium deve repelir impiedosamente os elogios de
todos os espíritos, ainda que se lhe apresentem como instrutores ou guias, especialmente se estiverem pregando ser dispensável o estudo metódico e continuado de todas as obras kardecianas. São sempre espíritos levianos e pseudossábios, que tendem a se impor aos homens cercandoos de lisonja e assistência, para conquistar-lhes a amizade e a confiança. O despistamento é o ato de iludir a vigilância dos médiuns, afastando suspeições. Declinemos, pois, da adulação e da blandície indevida, traiçoeiros véus capazes de obnubilar a visão de nossa real pequenez e de levar-nos aos abismos da perturbação e do erro, jamais esquecendo que, verdadeiramente,ninguém é bom, senão só Deus. Autor(a): Fabiano Pereira Nunes
A MELHOR HIGIENE NE MENTAL
Quando falamos de higiene mental, costumamos imaginar um ambiente calmo, quase idílico, onde poderemos relaxar e nos harmonizar com a vibração do Criador, ouvindo o canto dos pássaros e melodias sublimes. Mas eu pergunto: isso é possível nos dias de hoje? A resposta é, quase sempre, não. Dificilmente podemos nos dar a esse luxo nos dias atuais, ainda mais nós jovens, obrigados a dar conta de diversas coisas ao mesmo tempo (trabalho, estudo, família etc.). Chego mesmo a dizer que a situação acima descrita é inverossímil hoje: para que você, leitor, tenha uma ideia, estou escrevendo este texto imerso em uma série de preocupações, problemas e tarefas das quais tenho de dar conta, o que me leva a um estudo psicológico que, definitivamente, não é de higiene mental. Assim como acontece comigo, o estresse toma conta da cabeça de milhões de pessoas mundo afora, numa condição que é inerente à vida contemporânea, nas metrópoles cada vez mais congestionadas em que vivemos. O grande desafio está,
sem dúvida, em conseguirmos um estado mental satisfatório no meio de todo esse caos. Para tanto, a busca por nos higienizarmos mentalmente deve ser constante. Mas por onde começar: primeiro, elencando as prioridades nas quais você quer colocar a sua mente para trabalhar. Afinal, tentar cuidar de tudo ao mesmo tempo tende a gerar um curto-cicuito psicológico, uma vez que tal condição não é do ser humano. Fomos feitos para resolver nossas questões uma de cada vez, e atuar dessa maneira nos leva a uma sensação de bemestar, uma vez que só começamos a resolver um problema depois que o anterior foi solucionado. Outro ponto importante está em, aconteça o que acontecer, criarmos um tempo na agenda para nós mesmos. Isto não tem nada a ver com egoísmo; tem a ver, sim, com a reserva necessária de um momento só nosso, para desfrutarmos minimamente de algum prazer. E não é preciso ser rico para fazer isso: aquele sorvete predileto do qual tanto
gostamos, ou aquele disco da nossa banda favorita que estamos namorando há tanto tempo, já servem. A vida é feita de pequenos momentos, e se não adicionarmos prazer, bom humor e alegria a eles, os
antidepressivos estarão nos esperando, mais cedo ou mais tarde; digo isso por experiência própria. A melhor higiene mental é aquela que não nos isola do mundo, e sim nos preserva daquilo que ele tem de
estressante e daninho. Algo que nos remete àquela famosa expressão de Paulo de Tarso, o Apóstolo dos Gentios; “estar no mundo sem ser do mundo”. Até a próxima! Autor: Marcos Leite
O Espiritismo para todos
07
Abril de 2014
PROBLEMAS COM MEDIUNIDADE É muito freqüente, no meio espírita, quase uma rotina, ouvirse esta expressão: “O Senhor (ou a Senhora…) é médium e precisa desenvolver-se”.É o que se diz, indiscriminadamente, quando alguém se dirige a um centro à procura de solução para seu caso físico ou espiritual. Poucas, relativamente falando, são as instituições que têm certo cuidado neste sentido e, por isso mesmo, examinam primeiramente a situação da pessoa, suas reações, seu estado emocional, suas ideias e assim por diante. E somente depois dessa “tomada de contato” é que decidem se é ou não um caso de sessão mediúnica. Na maioria, porém, manda-se logo para a “mesa de desenvolvimento”, sem qualquer preparo, sem qualquer observação prévia. A própria pessoa poderá dizer, consigo mesma, que não sabe o que é isso, não sabe o que está fazendo, pois apenas lhe disseram que precisa desenvolver a mediunidade e nada mais… Isso é muito vago. O desenvolvimento, chamemo-lo assim, é feito, portanto, de modo completamente empírico, sem a menor instrução a respeito da mediunidade, sem que o candidato a médium tenha, pelo menos, alguma noção inicial ou primária do que seja mediunidade e quais as implicações que ela possa ter, positiva ou negativamente. Nada disso se diz. O candidato vai às cegas para a mesa, simplesmente porque o mandaram e nada sabe, afinal, do papel que está desempenhando ou vai desempenhar. Há boa intenção, não há dúvida, pois há
o desejo de servir, de prestar caridade, como geralmente se repete em toda parte. É necessário, porém, que haja condições decorrentes de um conjunto de providências. Lembremo-nos de que o próprio Allan Kardec, quando dirigia a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, em Paris, tinha preocupações, muito sensatas, aliás, quanto a pessoas que, sem objetivo, sem motivo sério, mas apenas para “ver como é”, queriam entrar no recinto das sessões mediúnicas. Allan Kardec fazia, como se diz hoje, uma espécie de teste com o visitante, a fim de sondar suas intenções, seu verdadeiro propósito, seus conhecimentos gerais sobre problemas filosóficos, etc. Não levava ninguém, portanto, para a mesa de sessões, logo no primeiro momento. Hoje, no entanto, em muitos casos, procede-se de maneira bem diferente… Poder-se-á dizer, em contrapartida, que tudo isso foi no século passado, mas, atualmente, já não há necessidade desses cuidados. Há, sim. O problema é o mesmo, ontem e hoje. Sessão mediúnica é trabalho muito sério e de grande responsabilidade. Justamente por isso, o candidato a “desenvolvimento” deve receber, pelo menos, algumas instruções gerais, sobretudo no que diz respeito à parte moral. É preciso que o médium em desenvolvimento saiba o que está fazendo, o papel que está desempenhando e, por fim, o uso que deve fazer da mediunidade. São princípios iniciais, sempre válidos em qualquer tempo. Além de tudo, e este ponto
é o mais relevante do que se possa pensar, a mediunidade é um instrumento de experiência espiritual, é um meio, em suma, é o primeiro passo, digamos, de uma jornada, que se vai empreender, visando ao melhoramento do homem. Prática mediúnica sem estudo da
Doutrina, sem educação do médium, sem objetivos superiores, termina sempre caindo na rotina, no hábito, quando não se transforma em espetáculo, às vezes de mau gosto… Há, evidentemente, uma preocupação corrente, na maioria dos casos: “preparar” médiuns
para a caridade. Sim, o desejo é sincero, não duvidamos, mas não é por este meio. O médium não se “prepara” simplesmente pelo desenvolvimento, mas pela noção de responsabilidade, pela educação, pela renovação íntima, pelo conhecimento, enfim. Autor : Deolindo Amorim
OS PROBLEMAS DA VIDA Podemos dizer, por hábito e força de expressão, que a vida humana encerra dois problemas – o físico e o espiritual. Daquele, os homens não se têm descuidado, pois constituiu sempre, através de todos os tempos, a sua máxima preocupação. Quanto ao segundo, eles o descuram lamentavelmente, esquecendose de que é por isso que os outros problemas – os materiais – continuam sem solução, apesar de tratados com tanto zelo e solicitude. A inversão de valores, nesse particular, tem sido fatal à Humanidade. Do pão para a boca jamais o homem olvidou. Quando lhe falta ou escasseia, ele prorrompe em protestos e lamentos, entregando-se ao desespero. Da roupa, para cobrir o corpo, também nunca desdenhou, empregando engenho e arte para conseguila sob as formas mais variadas e apropriadas a cada região do globo e a cada estação do ano. O teto para abrigar-se tem sido, a seu turno, objeto de suas cogitações constantes, dedicando a essa questão o melhor do seu tempo e de sua inteligência. Na pecúnia, nunca deixou de pensar, sendo que
este elemento absorve sua mente quase por completo, pois a pecúnia é a mola a que tudo obedece neste mundo. Será, no entanto, que o estômago é mais importante que a razão? Acaso os tubos digestivos representam mais que as cordas do sentimento? Dirão, talvez, os homens “práticos e sabidos” que as utilidades desta vida devem realmente ser consideradas em primeiro plano, visto como, abstraindo-nos do pão, vestuário e teto, o mais não passa de teorias que carecem de importância; estamos no plano da matéria, encarnados num corpo que depende daquelas utilidades. Portanto, acima de tudo, cumpre atender a essa circunstância. De nada vale falar no pão do Espírito quando o estômago está vazio e o corpo nu. O que interessa aos famintos, aos miseráveis, aos desnudos e peregrinos, é pão para a boca, é vestuário, é teto. Perfeitamente. As necessidades físicas requerem medidas imediatas, enquanto as necessidades espirituais, sendo de efeitos remotos, podem, sem prejuízo, ser adiadas “sine die”. Ninguém morre por carência de
luz, mas certamente muitos perecem à mingua de pão. Tudo isso parece certo, e é assim que os “homens práticos” pensam, agindo sob o influxo desse critério. Mas, assim sendo, porque então continuam insolúveis os problemas materiais do pão, do vestuário, do teto e da enfermidade, não falando já no do vício e do crime? A resposta é óbvia e clara; é porque aqueles casos só serão solucionados à luz do Espírito. Quando o problema espiritual for encarado e estudado como merece, verificar-se-á que os de categoria material estão intrinsecamente ligados àquele; não podem, portanto, resolverse em separado, distintamente. Enquanto persistirem no erro de colocar em primeiro lugar o corpo, nada de que o corpo carece estará acautelado e seguro. Logo, porém, que o Espírito esteja acima da matéria, a razão acima do estômago e o sentimento acima dos tubos digestivos, os problemas da vida terão pronta solução. “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça; tudo o mais vos será dado de graça e por acréscimo”. Em realidade, não há
problemas materiais; só existe um problema na vida: o espiritual. Mesmo por amor ao corpo devemos cuidar do Espírito. Assim, pois, se estamos interessados nas coisas do corpo – como é natural que estejamos, porque a “máquina divina” é instrumento de nossa evolução , cuidemos com afinco e
perseverança, sem vacilações nem esmorecimentos, das coisas da alma. O corpo foi criado para o Espírito e não o Espírito para o corpo: eis a questão posta em seus devidos termos, e, ao mesmo tempo, eis como se acha a incógnita que encerra o senso da Vida.
O Espiritismo para todos
08
Abril de 2014
CURA DE CORPO PERECÍVEL NÃO É FINALIDADE DE UM CENTRO ESPÍRITA Homero Pinto Vallada Filho, professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, garante que, sob o ponto de vista social, a terapia complementar religiosa (ou espiritual) é uma aliada importante dos serviços de saúde. Recentemente Homero orientou a pesquisa concretizada pela médica Alessandra Lamas Granero Lucchetti, objetivando mostrar a dimensão do trabalho realizado pelos centros espíritas, o grande número de atendimentos prestados e os diferentes serviços oferecidos. Lamas Granero obteve fazer um levantamento inicial de 504 centros espíritas da capital paulista que possuíam site na internet contendo endereço de contato. Notou que os principais motivos para a procura pelo centro espírita foram os problemas de saúde, mormente vinculados à depressão (45,1%), ao câncer (43,1%) e doenças em geral (33,3%). Também foram constatados relatos de dependência química, problemas de relacionamento.Aspecto que destacamos na pesquisa da médica é que nos tratamentos realizados, a prática mais presente foi a desobsessão (92,7%) e a menos frequente (graças a Deus!!!...) foi a cirurgia espiritual, e mesmo nessas cirurgias não havia os agressivos cortes (5,5%) – ótimo!... Outra coisa alvissareira que constatamos no estudo de Alessandra é que em quase todos os centros os pacientes são orientados a continuar com
o tratamento médico convencional, caso estejam fazendo algum, ou mesmo com as medicações indicadas pelos médicos. Parece que os espíritas estão realmente mais conscientes.Confirma-se assim o que estamos indicando em diversos artigos publicados sobre a temática: o Centro Espírita não pode e não deve ser um complexo hospitalar, entronizando métodos de cura física para os doentes que o procuram. Entretanto, deve priorizar a educação da alma em que se destaca a terapêutica da informação da Doutrina Espírita, considerando a terapia do espírito, a fim de que os doentes (espirituais) possam curar suas próprias moléstias (físicas). O Centro Espírita é um pronto-socorro aos necessitados de amparo e esclarecimento, seja através da evangelização, das orações ou dos tratamentos espirituais; ou seja, pelas orientações morais e materiais. A Casa Espírita oferece as bênçãos do passe, que sabemos ser um método tradicionalmente eficaz para transmissão de fluidos magnéticos e espirituais em favor daqueles que se encontram, moral e fisicamente, descompensados, fortalecendose-lhes o corpo físico e o tecido espiritual (períspirito). Portanto, é contraproducente transformar o centro espírita em hospitalzão, a fim de atender a todas as enfermidades físicas; isso é uma alienação, é perder o foco da prática espírita. Mas não há contradição em uma atividade de atendimento a enfermos portadores de problemas
espirituais. Pode-se aplicar-lhes passes magnéticos, ofertar-lhes a água magnetizada (se for o caso), mas a tarefa fundamental do Centro Espírita é clarear e despertar a consciência daqueles que o procuram. É bem verdade que a pesquisa de Lamas Granero descreve as atividades realizadas nos centros espíritas e salienta não só a importância social desempenhada por eles, mas também a contribuição ao sistema de saúde como coadjuvante na promoção da saúde, algo que a grande maioria dos acadêmicos desconhecem. Reenfatizamos mil vezes que o centro espírita não tem por escopo principal a cura dos corpos perecíveis; fica bem nítido o equívoco em que
incorrem os companheiros que, inadvertidamente ou empolgados excessivamente, prometem curas milagrosas para patologias que a medicina humana não cura. Todas as terapias para tratamento físico são secundaríssimas, até porque tratam de efeitos considerando a percepção que os enfermos têm da vida e sua maneira de viver. Para que as superficiais terapias (físicas) tenham efeito duradouro é preciso que os doentes busquem a transformação moral, pois a enfermidade é sempre um reflexo da alma, revelando que algo não vai bem na história comportamental do doente. Uma casa espírita orientada pelos cânones de Allan Kardec prioriza o esclarecimento ao doente,
informando-lhe que somente mudando a atitude equivocada que ocasiona a enfermidade é que se possibilita a cura. Quando não há uma transformação moral verdadeira a recuperação física será temporária, pois as doenças têm suas causas nos desequilíbrios morais. É exatamente assim a vida: colhemos o que semeamos, seja desta atual encarnação, seja das vidas anteriores. Por fim, diante de todos os males e quaisquer doenças, a casa espírita deve orientar os doentes para a mudança de comportamento, centrando os pensamentos e os ideais em Jesus, pois o remédio da enfermidade é e sempre será a prática do Evangelho. Jorge Hessen
O Espiritismo para todos
09
Abril de 2014
“CURANDEIROS ENDEUSADOS”, CIRURGIÕES DO ALÉM – SOB OS NARCÓTICOS INSENSATOS DO COMÉRCIO
Jorge Hessen http:// aluznamente.com.br
Após leitura de intrigante reportagem da Revista VEJA, deliberamos reproduzir e contextualizar alguns trechos da matéria publicada. Intitulada “A face humana do mais endeusado médium brasileiro” (1), a revista destacou a capacidade do famigerado médium de atrair gente do mundo inteiro para um município próximo do Distrito Federal. Afirma a reportagem que o “santificado médium” vive o cotidiano sob o manto da contradição entre o “espírito e a carne”, a “cura e a doença”, o “desprendimento e a vaidade”, os gestos de “generosidade, os arroubos de cólera” e os negócios terrenos (2) [é milionário], os amores [tem onze filhos com dez mulheres diferentes]. A cada dois anos o “curandeiro-endeusado do cerrado” troca a frota de carros da família. O dele é um Mohave Kia, avaliado em 170 000 reais.”. (3) Sabemos que a mediunidade não guarda relação com o desenvolvimento moral; seu funcionamento independe das qualidades morais, assim como o coração pulsa independentemente dos sentimentos bons ou maus que a pessoa alimente. O fato é que os médiuns de tais “cirurgiões do além” sempre seduzem grande número de fregueses, estabelecendo, não raro, com a mediunidade, um negócio rendoso, uma polpuda fonte de captação de dólares e reais. Para comprovar, consideremos o fato aqui comentado. Chequemos o seguinte: o PIB Produto Interno Bruto - do município onde o “médiumfeiticeiro do cerrado” comercializa disfarçada e generosamente a “cirurgia transcendental” é de 15 milhões de reais ao ano. No mesmo período, a instituição dirigida por tal “deus da mediunidade de cura” “ tem faturamento de, no mínimo, 7,2 milhões de reais, levando-se em conta exclusivamente o comércio de passiflora, preparado à base de maracujá, produzido ali mesmo, vendido a 50 reais o frasco e receitado a uma média de 3.000 visitantes semanais.”. (4) Por sérias razões, não apreciamos e sequer indicamos esse tipo de mediunidade, embora, excepcionalmente, acatemos os efeitos mediúnicos atingidos por alguns poucos médiuns humildes e honestos. Infelizmente alguns “deuses dos bisturis”, que promovem cirurgias com auxílio de supostos médicos do além, conseguem robustecer suas contas bancárias. Há algumas décadas Chico Xavier advertiu: “Creio que isto deva ser fruto da educação da pessoa simplória, acreditar que, pagando bem, irá conseguir curas espirituais. O verdadeiro Espiritismo não pode
cobrar, nem mesmo os remédios que receita aos doentes. Também sou contra essa estória de meter instrumentos cortantes no corpo dos outros, sem ser clínico. O médico estudou bastante anatomia, patologia e, por isso, está habilitado a fazer uma cirurgia. Por que eu, sendo médium, vou agora pegar uma faca e abrir o corpo de um cristão sem ser considerado um criminoso?”. (5) O médium de Pedro Leopoldo disse que foi operado pelos médicos terrenos cinco vezes, e vários médiuns lhe ofereceram seus serviços. “O Espírito Emmanuel lhe repreendeu: Você deveria ter vergonha até em pensar em receber esse tipo de cura, porque todos os outros doentes vertem sangue, usam éter, tomam determinados remédios para melhorar. Como você pretende se curar numa cadeira de balanço?”. (6) Do exposto, indagamos o seguinte: como ajuizarmos atualmente esses “curandeiros e cirurgiões do além”? Chico Xavier, quando estava para se submeter a uma cirurgia, em 1968, de um tumor na próstata, Zé Arigó [que não era espírita], mandou lhe avisar que estava pronto para realizar a operação. Chico respondeu: “como é que eu ficaria diante de tanto sofredor que me procura e que vai a caminho do bisturi, como o boi vai para o matadouro? E eu, sabendo disso, vou querer facilidades? Eu tenho é que operar [com médicos encarnados] como os outros, sofrendo com eles! (7) Por isso, o Espírito André Luiz advertiu para “aceitar o auxílio dos missionários e obreiros da medicina terrena, não exigindo proteção e responsabilidade exclusivos dos médicos desencarnados”. (8) É deplorável que os médiuns evoquem “Espíritos” para que lhes atendam como “cirurgiões do além” a fim de retalhar e perfurar corpos em nome de “operações espirituais”, que lhes prescrevam placebos. É lamentável essa tendência de subestimar a contribuição da medicina humana, entregando nossas enfermidades aos Espíritos “curandeiros do além” (preferencialmente com nome germânico ou hindu) para que “curem” doenças. Precisamos “aproveitar a moléstia como período de lições, sobretudo como tempo de aplicação de valores alusivos à convicção religiosa. A enfermidade pode ser considerada por termômetro da fé”. (9) Não desconhecemos a plausível intervenção dos desencarnados nos processos terapêuticos na Terra, mas não se pode dar proeminência a
João de Deus: em atendimento na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO) (foto: Luis Maximiano)
esse tipo de trabalho, na suposição de curas ou na pérfida ideia de robustecimento do Espiritismo por esses meios. É urgente não abrirmos mão da precaução! Ainda mesmo que o excesso em tudo seja prejudicial. Contudo, Kardec endossa nossa atitude dizendo que “vale mais pecar por excesso de prudência do que por excesso de confiança”. (10) Acreditamos que as “terapias alternativas”, “curandeirismos” e a fascinação na prática mediúnica, são fatores que têm desestabilizado o plano [da união] entre os espíritas e da unidade doutrinária. (11) É pouco significante que um “cirurgião do além-túmulo” faça desaparecer anomalias inibidoras ou deformantes do corpo, até porque o perispírito conservará a patologia, que vai se projetar para reencarnações futuras, exceto que nos ajustemos com a lei da justiça, cobrindo com amor a “multidão de pecados” que carregamos. Jamais olvidemos que a cirurgia transcendente pode até mesmo refrear temporariamente as doenças físicas, mas o amor, trabalhando nos tecidos sutis da alma, cura, purifica e redime para a eternidade. Segundo Divaldo Franco, “é uma temeridade transformar o centro espírita em pequeno hospital para atendimento de todas as
mazelas; isso é uma loucura, é um desvio da finalidade da prática do Espiritismo. Podemos, sim, fazer uma atividade de atendimento a doentes que são portadores de problemas na área da saúde espiritual. Poderemos aplicar-lhes passes, doar-lhes a água fluidificada, se for o caso; mas a função principal do Centro Espírita é iluminar a consciência daqueles que o buscam.”. (12) Ressalta o tribuno baiano que certa vez o Espírito do “Dr. Fritz” quis operar Chico Xavier, em 1965, através do médium não espírita Zé Arigó: - “Eu te ponho bom desse olho. Faço-te a cirurgia agora! Pronunciou Arigó, e Chico Xavier respondeu-lhe: - “Não, isso é um karma. Eu sei que o senhor pode consertar o meu olho. Mas como o karma continuará, vai aparecer-me outra doença. Como eu já estou acostumado com essa, eu a prefiro. Por que eu iria querer uma doença nova?”. (13) Os Espíritos não estão a disposição para promover curas de patologias que não raro representam providências corretivas para nosso crescimento espiritual no buril expiatório. Nesse sentido, os dirigentes de núcleos espíritas deveriam promover bases de estudos e reflexões sobre as propostas filosóficas, científicas
e religiosas do Espiritismo, em vez de encetarem trabalhos espirituais para os inócuos “curanderismos”. Referências bibliográficas: (1) Disponível em http:// vejabrasil.abril.com.br/brasilia/ materia/joao-do-ceu-e-da-terra-508 acesso em 14/09/2013 (2) Suas economias vêm do garimpo. Ele é dono de fazendas na região, é proprietário de apartamentos em Brasília, Goiânia, Anápolis e Abadiânia. (3) Disponível em http:// vejabrasil.abril.com.br/brasilia/ materia/joao-do-ceu-e-da-terra-508 acesso em 14/09/2013 (5) Entrevista, concedida aos jornalistas goianos Batista Custódio — Diário da Manhã — e Consuelo Nasser — Revista Presença —publicado no jornal “Goiás Espírita” — órgão de divulgação da Federação Espírita do Estado de Goiás — edição 284, de janeiro/fevereiro de 1988 (6) Vieira, Waldo. Conduta Espírita, Ditado pelo Espírito André Luiz, Cap.35. RJ: Editora FEB, 1977-5ª edição (7) Kardec, Allan. Viagem Espírita-1862, Brasília, Ed. Edicel, 2002, pág. 33 (8) Franco. Divaldo. Publicado no jornal Alavanca – abril/maio-2000 (9)Entrevista com Divaldo Franco publicado no jornal “A Gazeta do Iguaçu” em julho de 1997
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O Espiritismo para todos
O que significa Jesus Cristo para o espiritismo
Divaldo Franco responde a perguntas de um Padre, no Rio Grande do Sul. Numa entrevista concedida à TV Gaúcha, o Padre Ângelo Costa fala á Divaldo Franco a cerca de seus estudos sobre os livros da Doutrina Espírita, codificados por Allan Kardec. Nessa entrevista o sacerdote católico, demonstrando que não havia entendido nada sobre a Doutrina Espírita, formula algumas perguntas ao médium: Padre Ângelo - O que significa Jesus Cristo para o Espiritismo? Divaldo - Padre Ângelo Costa: Allan Kardec, nas “Obras Póstumas”, 13ª edição, página 121 e seguinte, tem um estudo sobre a natureza de Cristo. Aí, Allan Kardec nega a divindade de Cristo, porque os milagres, nem as palavras de Jesus, nem os testemunhos dos Apóstolos, diz Allan Kardec, provam a divindade de Cristo. No mesmo livro, página 283, Allan Kardec afirma que ele recebeu a comunicação do “Espírito de Verdade” em pessoa. Isto não é simples afirmação esporádica, ante a literatura espírita. Juntamente, Allan Kardec afirma que, com o Espiritismo, começou a 3ª Revelação. A primeira teria sido com Moisés, no Antigo Testamento, a 2ª Revelação teria sido com Jesus no Novo Testamento, e a terceira com o Espiritismo. No livro “O que é o Espiritismo”, 16ª edição, página 145, Allan Kardec afirma que Cristo, propositadamente, não quis tocar em certas verdades. Os Espíritos Mensageiros, diz Allan Kardec, têm nova revelação mais completa. Padre Ângelo - Senhor Divaldo, na sua opinião, gostaríamos de saber: Allan Kardec é mais do que Jesus Cristo? Senhor Divaldo, na sua opinião, os Espíritos são mais beneméritos e esclarecedores do que Cristo? O senhor, que é fiel à Doutrina Espírita, nos diga então, além do “amai-vos uns aos outros” o que o Espiritismo
respeita dos ensinamentos e da figura de Cristo? Divaldo - Sentimo-nos lisonjeados com a confiança que sua Reverendíssima nos deposita e com todo o respeito que lhe devotamos, desejamos responder às três questões que nos foram formuladas. Em “O Livro dos Espíritos”, página 298, na pergunta 625, Allan Kardec inquiriu aos Mensageiros Superiores: “Qual o Espírito mais perfeito concedido por Deus para nos servir de modelo e guia?” E a resposta foi “Jesus”. Allan Kardec, imediatamente entretece comentários nos quais diz: “Para a criatura Humana o ser mais evoluído foi Jesus; porque Ele sintetizava todas as perfeições...”. Depreende-se, pela linguagem óbvia, que Allan Kardec considerava Jesus, como todos nós o fazemos, como o Excelente Filho de Deus, o Supremo Governador da Terra, o “Espírito mais perfeito” que jamais esteve no mundo, colocando-se pois, e portanto, em plano muito secundário. Posteriormente, conforme se lê em “Obras Póstumas”, citada por Sua Reverendíssima, quando da revelação da missão que lhe estava destinada, Allan Kardec perguntou ao Espírito de Verdade: “E se eu fracassar? “. A resposta foi incisiva e concisa: “Outro te substituirá”, deixando transparecer que Allan Kardec era um Espírito normal dotado de uma tarefa. Depois, conforme se lê em João, capítulo XIV V. 15 a 17 e 26, Jesus disse, conforme a tradução da Bíblia, segundo o Padre João Ferreira de Almeida: “Se me amais, guardai os meus mandamentos e eu rogarei ao meu Pai e meu Pai vos mandará o Consolador, o Espírito de Verdade que o mundo ainda não conhece, porque não vê, mas vós o conhecereis. O Espírito Santo vos dirá todas as coisas que ainda não podeis suportar, ficará eternamente convosco, relembrará tudo que eu vos disse e muito mais”.
Como Sua Reverendíssima pode observar, foi Jesus quem prometeu o Consolador. A veneranda religião católica como a religião luterana e as suas ramificações asseveram que o Consolador veio no Pentecostes, no qüinquagésimo dia, quando o Espírito Santo, incorporado nos Apóstolos, fêlos profetizar e falar outros idiomas. O conceito é respeitável, porém, destituído de autenticidade. Isto, porque, se o Cristo se escusou a dizer muita coisa mais, em razão da mentalidade da época não ser compatível com o conteúdo dos ensinos, nem os homens se encontravam preparados, não poderia, cinqüenta dias depois mandar alguém no seu lugar. “Eu rogarei a meu Pai e Ele vos mandará o Espírito Santo, que ainda não conheceis porque não podeis ver; ele vos dirá todas as coisas que eu disse (porque seriam esquecidas, bem se vê), e outras coisas mais que ainda não podeis suportar”. Este Espírito Santo, para nós, são os Espíritos que vieram em todos os períodos da Terra, particularmente no século XIX quando já havia uma mentalidade própria, para compreender-se o fenômeno do batismo ou da reencarnação. Antes não se entendia das leis do Biologia, da Embriogenia, que estudam os fenômenos organogenéticos, nada se sabia de genes nem de cromossomos. Graças ao século XIX, a doutrina de Charles Darwin, ao Mendelismo, sabe-se, hoje que,
através do fenômeno da fecundação, começa o problema da reencarnação. Como se lê em João, na entrevista com Nicodemos: “Necessário vos é nascer da água”, quando a concepção resulte de uma gotícula de água noutra gotícula de água, realizando, a partir daí, o fenômeno vital da organização genética. Como tal somente poderia ser interpretado quando a ciência tivesse avançado de tal forma que fosse possível provar que a vida organizada começa na água. Além disso, Allan Kardec não pretendeu dizer mais do que Jesus; procurou, sim, atualizar em linguagem compatível com a ciência, o que Jesus havia dito de forma parabólica, segundo a mentalidade da época. Sabemos que o dialeto falado por Ele era o arameu, um dialeto restrito de vocábulos. Os vocábulos, segundo os historiadores não chegavam a número expressivo. Verificamos, na língua portuguesa, por exemplo, que somente os verbos da primeira conjugação chegam a vinte mil, os da segunda aproximadamente dez mil, os da terceira conjugação a cinco mil e os da quarta a sessenta e oito, derivados do verbo pôr... Ora, a língua falada era sintética, fazendo-se necessário que algo, que alguém viesse desdobrar suas lições mais tarde. Porém Allan Kardec, a seu turno, não disse a última palavra. Ele teve a nobreza de reconhecer as suas condições humanas e foi taxativo, quando
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asseverou: “O Espiritismo acompanha o que a ciência informa: se a ciência provar que o Espiritismo está errado num ponto, nós abandonaremos este ponto e seguiremos a ciência”. É de uma clareza meridiana, ensinando-nos que a revelação é contínua. Quando Kardec dividiu as revelações divinas em três ciclos, ele o fez, considerando os grandes empenhos dos reveladores para a Humanidade: 1 - O primeiro de Moisés, porque o Decálogo foi a maior lei até então apresentada; 2 - A de Jesus, porque foi a maior Revelação; a lei do amor; 3 - O Espiritismo, porque situou o Decálogo, a lei, com o amor numa síntese: a caridade! Então, a Doutrina Espírita, além do amor pregado por Jesus, aceita todos os ditos, todos os feitos e todo o Evangelho do Senhor. Não nos referimos aqui, exclusivamente aos quatro evangelhos, mas aos vinte e sete livros do Novo Testamento: aos Atos dos Apóstolos, às catorze Epístolas de Paulo, às Epístolas de Pedro, de Tiago, etc... Como também à visão da ilha de Patmos, pelo Apóstolo João. Aceitamos o Evangelho integralmente, sem nenhuma presunção de completar, de superar o ensino de Jesus, senão de desdobrá-lo e atualizálo sob a inspiração de O Consolador. - Entrevista concedida à TV Gaúcha. Padre Ângelo Costa e o Médium Divaldo P. Franco. - Texto Enviado Por: Malu Noya. Vacaria - RS.
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AS LEMBRANÇAS DE SEU PASSADO Você já se deu conta do quanto você mudou desde que você era criança? Lembra de como tudo era mais simples e prazeroso? Você carregava uma bagagem muito menor. Menos responsabilidades, menos posses, menos ambições, menos lembranças na sua cabeça. Quais são as responsabilidades de uma criança? Aos três anos, é não fazer xixi na cama; aos oito é estudar e cuidar das suas coisas. E quais são essas coisas? Uma criança tem poucas posses. Geralmente algumas roupas e brinquedos, meia dúzia de livros. As ambições de uma criança podem até ser grandes, mirabolantes, mas não a fazem perder o sono, não são uma obsessão, pelo contrário: são sonhos prazerosos. As lembranças de uma criança são tão poucas e próximas do presente, que chega a ser engraçado ouvi-las dizer: – Quando eu era pequeno… Você cresceu e cresceram suas responsabilidades, suas posses, suas ambições e suas lembranças. Suas responsabilidades envolvem justamente as posses, as
ambições e as lembranças. Você é responsável pelo que tem e pelo que quer ter. E em que se baseia essa responsabilidade? Em suas lembranças. Você guarda lembranças demais. E elas definem, até certo ponto, o andamento da sua vida. Não acho que devamos esquecer o passado. O passado é a nossa experiência, e devemos tirar proveito disso. Mas a maior parte das lembranças que guardamos não nos serve pra nada; se tínhamos algo a aprender com elas já aprendemos. Até quando você pretende ficar remoendo o amor não correspondido, a amigo traidor, os desaforos que lhe disseram, o desemprego que você enfrentou, as vezes em que você se deu mal, os foras que levou, os fracassos que experimentou, os parentes que desencarnaram sem resolver as pendengas familiares? Nada disso contribui em nada. Resolva o que ainda pode ser resolvido e perdoe-se pelo resto. É por causa desse monte de lembranças que mantemos necessidades artificiais, que não
correspondem ao que realmente desejamos. Muitas ambições que temos nasceram em momentos marcantes de nossas vidas que hoje não representam mais nada. Os momentos foram, as pessoas ligadas a eles passaram, mas as ambições permaneceram. Por quê? Será que elas não estão ligadas a pessoas e fatos que não fazem mais parte da sua vida? Vale a pena insistir nisso? E o monte de tralhas que você vai acumulando? Ficando cada vez mais escravo dos seus bens materiais. Não importa o preço deles. Há pobres muito mais escravizados às suas tralhas do que ricos às suas vultosas posses. Quanto mais se
compra e se acumula, mais se escraviza, menos livre se é. Há muito mais valor em se abrir mão de coisas materiais do que em adquiri-las. Observe as pessoas que você conhece. As coisas materiais que elas guardam não se tornam motivo de trabalho e preocupação? Não há nada de errado nas coisas materiais, pelo contrário. Mas elas só são positivas enquanto nos proporcionam conforto e prazer. Se se tornam objeto de cuidados e dores de cabeça é porque perderam o sentido. Muitas coisas que guardamos não fazem mais sentido em nossas vidas. Objetos que ocupam espaço em
nossas casas e lembranças que ocupam espaço em nossas cabeças. Precisamos arejar a casa e a cabeça, precisamos simplificar a vida. Estaremos mais próximos do ideal quando nos contentarmos com o mínimo necessário. Enquanto precisarmos de coisas externas para nos dar satisfação é porque não encontramos a verdadeira satisfação íntima. A verdade é que a satisfação que buscamos está dentro de nós. Algumas coisas têm o poder de despertar essa satisfação, mas ela já existe, é nossa, e não precisa de nada exterior para existir.
ESPÍRITO PROTETOR
Você dá a devida importância ao seu espírito protetor? O espírito protetor nos acompanha desde o nosso nascimento. Tem a atribuição de zelar por nós. A questão 491 do Livro dos Espíritos diz que a sua missão em relação ao seu protegido é a missão de um pai em relação ao seu filho, é a missão de guiar o seu protegido no caminho do Bem, de auxiliálo com os seus conselhos, de consolá-lo nas suas aflições, de levantar-lhe o ânimo nas provas da vida. Só temos acesso a ele através da sintonia, pelo pensamento. Qualquer contato ou troca de influências entre espíritos, encarnados e desencarnados, se dá por meio do pensamento. Pelo
pensamento nos elevamos ou nos rebaixamos, pelo pensamento aspiramos às coisas grandes da vida ou nos refocilamos na lama. O pensamento é determinante. Tudo começa pelo pensamento. O pensamento constrói o que nós somos. Somos o que pensamos. Não são poucas as pessoas que acreditam nisso, que percebem a realidade do poder creador do pensamento. Mas poucas sabem controlar o pensamento. Não chegamos ao estágio de ter controle absoluto sobre os pensamentos. Nossas tentativas ainda são primárias. Mas devemos tentar, todos os dias de nossas vidas. Um dos modos de obter um maior controle sobre o
pensamento é através do contato mais íntimo com o espírito protetor. Sabemos que o espírito protetor não está permanentemente à nossa disposição, que ele tem outras atribuições, outros serviços. Mas isso não impede que mantenhamos o pensamento vinculado a ele, buscando inspiração, manutenção do bom ânimo e reforço para os nossos pensamentos. Nossos pensamentos, invariavelmente, são acrescidos de outros pensamentos semelhantes. A maior parte das obsessões ocorre assim. Emitimos um pensamento menos nobre, continuamente, e esse pensamento é reforçado, potencializado por pensamentos de teor semelhante de espíritos encarnados ou desencarnados. Obsessão e cura “E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna.” Mateus 19:29 Esse ensino de Jesus, como muitos outros, aplica-se perfeitamente ao pensamento. Quem coloca o amor em primeiro lugar, quem segue o caminho indicado pelo Cristo, deixando em segundo plano as coisas materiais e os apegos terrenos, recebe cem vez tanto, recebe centuplicadamente, recebe cem vezes mais. Isso não teria sentido se ele estivesse se
referindo às coisas materiais. Seria loucura dizer que se deve deixar casa, mulher, filhos, terras, para receber cem vezes mais disso mesmo. Se é para deixar, por que receber de volta, cem vezes mais? É evidente que se trata da força do pensamento, da conjunção de pensamentos somados na mesma frequência, do somatório de pensamentos semelhantes que se agregam potencializando o pensamento de origem. Um pensamento bom, forte, limpo, positivo, mantido continuamente, por um esforço de vontade, atrai outros pensamentos semelhantes, formando uma corrente poderosa. Infelizmente, o contrário também acontece. O pensamento negativo, pesado, baixo, vil, atrai outros semelhantes. Tratei disso neste artigo: Espiritismo e televisão Nossos pensamentos interferem nos grandes acontecimentos veiculados pela televisão. Nos conflitos da Síria, por exemplo (confesso que não
acompanho), os pensamentos partidários de ódio, revanchismo, vingança, apreensão, curiosidade mórbida, terror, influenciam negativamente o andamento da situação. Além de todos os problemas práticos existentes, há a influência psíquica nociva pairando sobre os responsáveis e os diretamente atingidos pela complexidade dos conflitos. O contato mais íntimo e direto com o espírito protetor serve como um reforço à nossa própria consciência, nos auxiliando a manter um maior controle sobre o que se passa em nossas cabeças. Sem esquecer que o melhor modo de consolidar pensamento e intenções é através da prática. Precisamos de ação. Fé pressupõe ação. E a proteção espiritual que recebemos é, inevitavelmente, proporcional aos nossos atos. Por isso o Espiritismo insiste tanto na Caridade como meio de libertação, como o famoso lema ”fora da caridade não há salvação”.
O Espiritismo para todos
12
Abril de 2014
O PODER DA PALAVRA NUMA ÓTICA ESPÍRITA Palavras negativas não merecem ser ditas Apalavra tem poder. As palavras negativas não merecem ser pronunciadas. Uma ótica espírita sobre a palavra e suas consequências. A realização acontece em três etapas: Pensamento, palavra e ação. A origem de tudo é o pensamento. Ainda não temos as melhores condições de domínio sobre os pensamentos. Jesus nos apontou a importância do controle sobre os pensamentos ao nos falar sobre o adultério em pensamento. A lei antiga, de Moisés, proibia o adultério (da mulher, é claro; a mulher era propriedade do homem). Jesus inova o mandamento ao dizer que todo aquele que desejasse a mulher do próximo já estava cometendo adultério. Espiritismo e a importância do pensamento Ele estava se referindo aos nossos pensamentos íntimos, que revelam o que nós somos de verdade. Podemos passar uma imagem de bonzinhos mas mantermos os pensamentos poluídos. É o caso do adultério em pensamento. Ele não é
colocado em prática por falta de oportunidade ou por covardia. Mas, em intenção, em pensamento, ele existe. Devemos procurar, todos os dias de nossas vidas, controlar os nossos pensamentos, não há dúvida. Mas devemos reconhecer as diferenças entre as etapas da realização. Uma coisa é desejar a mulher (pensamento); outra, mais grave, é declarar isso a ela e fazerlhe propostas (palavra); outra, conclusiva e irreversível, é envolverse sexualmente com ela (ação). O adultério é apenas um exemplo, para ficarmos no ensino de Jesus. Isso se aplica a qualquer ato. Pode-se pensar em agredir alguém; pode-se agredir verbalmente alguém; e pode-se agredir fisicamente alguém. São estágios crescentes da realização. Se não conseguimos impedir o acesso do Mal ao nosso coração, devemos tentar não pensar nele. O pensamento é creador, e atrai outros pensamentos de igual teor. O pensamento imaginativo sobre a raiva, por exemplo, atrai pensamentos idênticos de outros espíritos, encarnados e
desencarnados, que potencializam a raiva inicial, formando imagens, estórias e emoções cada vez mais reais e vivas. Se, apesar de estarmos conscientes de que devemos exercer o controle sobre os nossos pensamentos, nos perdermos, algumas vezes, deixando a imaginação correr livre, sem nos darmos conta de que estamos atraindo pensamentos afins, ou, mesmo percebendo que estamos com pensamentos indesejáveis, não conseguirmos controlá-los imediatamente, tentemos, com todas as forças, não manifestá-los com palavras. A palavra é a etapa seguinte ao pensamento, e sua força de expressão é capaz de exercer o poder de uma ordem em relação a
espíritos ignorantes que se identifiquem com o seu teor. O Mal não merece ser mencionado em nosso dia-a-dia. As palavras negativas não merecem ser ditas. Os pensamentos distorcidos e errôneos não devem ser transformados em palavras. A mania de reclamação, o péssimo hábito de falar mal dos outros, os comentários negativos a respeito de tudo, a ironia, o sarcasmo, o deboche, são atitudes manifestadas em palavras que não merecem ser articuladas. Mania de reclamação Falar mal dos outros Espiritismo e o desabafo Não se deve confundir a externalização dos sentimentos, que se faz eventualmente para alguém de
muita confiança e amizade, ou para algum profissional da análise humana, com o desabafo chinelo, a reclamação azeda, a fofoca, a hipocrisia terrível de falar dos outros pelas costas. Tentemos, sempre, purificar os nossos sentimentos e controlar os pensamentos. A oração, a meditação, a leitura edificante, o estudo metódico das coisas do espírito, são algumas maneiras de controlar o padrão de pensamentos. Quando isso não for suficiente, guardemos nossas mazelas conosco, não sejamos instrumentos do Mal, espalhando aos outros o que não presta. É compreensível que não controlemos sempre o que se passa em nossas cabeças, mas manter a boca fechada não é assim tão difícil…
pois esse movimento obedece a leis naturais. 3- Você não conseguirá ir a lugar nenhum se não valorizar o que você é e o que você tem no agora. Jamais reclame, jamais critique, tampouco gaste o seu tempo se lamentando pelo que não tem ou não conseguiu. Gratidão e foco no seu objetivo são ingredientes mágicos que irão turbinar a sua energia interna de realização. 4- Ser para ter é a chave. No mundo atual, a maioria das pessoas olha ao seu redor e em algum momento sente uma carência profunda por não ter os bens materiais que o vizinho tem, por não ter o emprego que um amigo tem ou o relacionamento perfeito que aquela pessoa que está na mídia. Nesse momento, de forma ilusória, a pessoa pode acreditar que para ser feliz precisará dos bens materiais do vizinho, do emprego do amigo ou o relacionamento perfeito daquela celebridade. Como dificilmente ela conseguirá tudo isso, tal e qual as pessoas citadas conseguiram, então, o sentimento de carência pode vir à tona com toda força. Você não pode inverter o caminho das coisas, não podemos ter algo para ser, entretanto, devemos ser para ter. E o ser para ter envolve exatamente a aplicação correta do princípio 1. 5- Adquira o hábito da reflexão diária. Sem parar todos os dias, silenciando os sons externos e
acalmando a mente, você jamais escutará a voz da sua alma. Internamente, no âmago da nossa consciência encontramos as respostas certas para absolutamente todas as situações da nossa vida, contudo, não somos acostumados a isso. Todos os dias, feche os olhos por dez minutos e faça perguntas mentalmente para você, as quais têm o objetivo de analisar como a sua alma se sente quanto à forma como você vem vivendo a sua vida. Algumas perguntas que você pode se fazer são: - Eu estou no meu lugar no mundo? - Quanto esforço eu faço para ser aceito(a) pelas pessoas à minha volta? Isso é realmente necessário? Eu estou agindo corretamente? - Qual é o tamanho e qual é a qualidade do legado que eu já construí nesta vida? Quantas coisas eu já fiz pelo mundo das quais eu posso me orgulhar? - Eu gosto do que me tornei? - O que eu pretendo começar a fazer neste instante para melhorar a minha vida e o mundo? 6- Você só muda o mundo começando por você. Você não consegue mudar no outro o que não consegue mudar em você. Ensine pelo exemplo, seja o exemplo! Se quer mais harmonia, conquiste-a primeiro. Se quer que alguém tenha mais amor, mais paciência, mais
perdão, então, tenha você primeiro mais amor, mais paciência e mais perdão. 7- Saia do piloto automático. O mundo de hoje está programado para as pessoas não pensarem, não refletirem e viverem dentro de uma proposta de comportamentos controlados para um padrão materialista unicamente e linear. Não assista TV demais, não leia futilidades demais, não faça o que todo mundo faz o tempo inteiro, não fique na corrida louca do inconsciente coletivo, pois assim você será engolido. 8- Tenha disciplina nos assuntos essenciais. Toda pessoa, com o tempo, descobre valores os quais ela não suporta viver sem, por isso, descubra quais são esses valores na sua vida e dê muita atenção a eles. Todos nós temos áreas de nossas vidas que podem ser consideradas estratégicas, então as mapeie e determine um plano de ação para que sejam bem organizadas em sua vida. 9- Viver o seu melhor é uma consequência. Quando você aplicar na sua vida um estilo de vida e comportamentos voltados para os princípios anteriores, naturalmente os seus dons e talentos começarão a aflorar e você será inspirado a fazer novas coisas. Mas atenção! Não há como ser feliz com seus próprios talentos, se você não souber aplicar os princípios anteriormente citados.
A MISSÃO DE CADA UM A missão de cada um tem conteúdos específicos e intransferíveis, carregados de dons únicos e potenciais que somente aquele indivíduo conseguiria desenvolver. Muito embora quando falamos sobre a missão de cada um, passamos a ideia de uma tarefa única, personalizada, encontrar e realizar a missão da alma tem aspectos genéricos que se aplicam a qualquer ser humano. Todos temos dons ocultos específicos que podem e devem ser aflorados durante a vida, os quais se bem aproveitados, poderão promover um incrível aumento na plenitude e na alegria de existir de uma pessoa. Contudo, mesmo após o afloramento de determinados dons, muitas pessoas ainda munidas de potenciais latentes, não conseguem se concentrar no que realmente importa, a evolução da consciência e o foco em um estilo de vida voltado para os valores da alma. A maioria das pessoas, que em algum momento se perguntam sobre suas missões aqui na Terra, já começaram a sentir um dos primeiros sintomas que indicam que elas não estão alinhadas com os seus propósitos: o sentimento de vazio. Este sentimento não vem sozinho, com ele sempre encontramos a angústia, a frustração e o desânimo que gera o efeito nota 5. O efeito nota 5 é aquele conjunto de características que surge em uma pessoa que não faz o que ama fazer, que não vive uma vida cheia de propósitos, que não tem alegria no olhar, que não consegue construir aquele tipo de motivação que
transforma os lugares por onde ela passa. São pessoas que fazem “tudo direitinho”, que pagam as suas contas, que não fazem mal a ninguém, que são bons cidadãos e só! Não têm energia para criar novos projetos e para inspirar mais pessoas a tal. E a simples razão é porque não estão focando o estilo de vida para os valores da alma. PRINCÍPIOS VALIOSOS Alguns passos são necessários para que você comece a se alinhar com você mesmo: 1- Evoluir sempre é a questão mais importante da nossa existência. Em primeiro lugar, você precisa melhorar os aspectos da sua consciência, curando os traços negativos da sua personalidade, como raiva, medo, tristeza, mágoa, pessimismo, intolerância, agressividade, tendência a criticar, tendência a controlar os outros, tendência a se isolar do mundo, tendência a se culpar, e assim por diante. Leia livros, faça cursos, terapia, participe de grupos específicos, todavia jamais, sob nenhuma circunstância, deixe de dar prioridade número um a curar os seus pensamentos e emoções negativas. 2- Entenda que você é 100% responsável por você. Ninguém é responsável pela sua felicidade e você também não é responsável pela felicidade de ninguém. Arregace as mangas e siga em frente com vontade de fazer a diferença. Você pode até não saber o que está fazendo e também não ter certeza se está no caminho certo, mas se você estiver cheio de ânimo para encontrar o seu caminho, naturalmente irá encontrar,