Revista AC Digital #15

Page 1


Índice

EDITORIAL

4 6

Let’s Play Blogs

NA REDE A AC Digital está abr indo mais uma porta em sua linha editor ial. Na verdade começamos na edição de número 14 com a cantora e compositora Blubell que utilizou a rede para a produção do videoclipe, em comemoração ao aniversár io de São Paulo, através do financiamento coletivo. Também caminhamos em paralelo ao mercado editorial e deslumbramos no mundo virtual uma excelente possibilidade de se expor pensamentos, reflexões e encontrar outros loucos pensadores que disponibilizam, de forma colaborativa, suas ideias. A AC Digital surgiu assim. Com a falta de patrocínio, propagadas e outros, trabalhamos por amor ao que fazemos e com o mesmo afinco de uma grande revista. Claro que queremos alcançar o “sucesso”. Não somos loucos de não buscar mos um reconhecimento pelo trabalho executado, mas preserva-

mos os nossos ideais. Nesta edição tivemos a grata surpresa de entrevistar o cantor e compositor Thiago Pethit. Ele tem um trabalho de vários anos na rede e nos palcos (cerca de 14 anos profissionalmente) e utiliza as mídias sociais como prazer e principal ferramenta de divulgação. Por gostar de dividir descobertas, a AC Digital vai fuçar tudo de novo e disponibilizar para os leitores. Acreditamos que quem deve dizer o que devemos ler, ouvir, ver e pensar, somos nós mesmos. Aceitamos sugestões de pessoas que estejam fazendo algo diferente pela cultura, tecnologia, informação e tudo mais. Parafraseando um ditado popular: O que cai na rede é gol!

Coca-Cola

11

Redes Sociais na Copa do Mundo

12

Pethit na Rede

16

Missão, Visão, Valores

21

Apps Pró-Saúde

24

Expediente Editor-chefe Augusto de Carvalho Textos Augusto de Carvalho Luis Gurgel Colaboradores

Augusto de Carvalho Editor-chefe

Fabrício Rocha Thales H. Pimenta Renan Barbosa Diagramação Luis Gurgel



Felix Kjellberg, conhecido online como PewDiePie, faturou US$ 4 mi com seu canal no último ano

LET’S PLAY E FAZER DINHEIRO Jogar games e transmitir no YouTube pode ser bastante lucrativo. Conheça o fenômeno dos “Let’s Play” Um dos novos fenômenos da Internet está relacionado com os games. Assistir pessoas jogando é, cada vez mais, um dos passatempos preferidos de jovens adultos que se encaixam dentro da categoria dos gamers. Os

exemplos são diversos, e a própria AC Digital apresentou o caso da compra do Twitch, no mês passado, uma mídia social completamente voltada para esse tipo de conteúdo. Porém, o que muita gente não sabe é que essa


brincadeira também pode render dinheiro. Muito dinheiro... No último mês, diversos veículos de comunicação noticiaram que o usuário PewDiePie conseguiu fazer cerca de US$ 4 milhões em um único ano, tudo por meio do seu canal de YouTube com o mesmo nome. O jovem, de apenas 24 anos, tornou-se uma sensação dos Let’s Play, vídeos de entretenimento e informação onde os produtores jogam e comentam games. Com mais de 27 milhões de inscritos, PewDiePie é o detentor, atualmente, do canal com maior número de inscritos em todo o YouTube, derrotando até mesmo grandes corporações e artistas de renome internacional. Esta notícia aparece em um momento curioso, pois o mês de junho foi marcado por notícias menos animadoras no que toca à mídia especializada em games. A revista britânica CVG anunciou que estará fechando as portas, e o site GameTrailers, que acabou de ser vendido pela Viacom, anunciou que estará efetuando cortes de pessoal. Estes relatos aparecem, também, pouco tempo após a realização da E3, feira mais importante do segmento e que, em geral, significa um dos períodos de maior atividade para estes veículos. É uma situação incomum, pois não há dúvidas que o conteúdo produzido por publicações como a CVG e GameTrailers são mais refinados, pensados por profissionais da área de jornalismo, enquanto que o trabalho desenvolvido por PewDiePie é algo amador, feito do ponto de vista de um fã. Uma das grandes vantagens do trabalho realizado pelos fãs, no YouTu-

be, acaba por ser a independência dos mesmos e a liberdade de moldar o seu conteúdo de forma a atender os desejos dos seus seguidores da melhor maneira possível. Livres de algumas correntes das linhas editoriais, além de serem equipes compostas por um único homem, os Let’s Players são vistos, muitas vezes, como fontes mais isentas, e com os quais os espectadores conseguem se identificar de forma mais próxima. Poderá isso significar que os dias da mídia tradicional estão contados? Dificilmente. Mas a popularidade de pessoas como Pewdiepie e tantos outros demonstram que existe, sim, um mercado a ser explorado no YouTube, e que a cultura dos fãs está cada vez mais relevante para o entretenimento. Empresas prestam muita atenção ao que os seus fãs fazem, e aqueles que estão mais ligados às novas tendências têm utilizado as mídias sociais de forma a fortalecer a sua posição frente aos rivais, assim como divulgar o seu trabalho.

Os episódios possuem pequenas montagens para chamar a atenção


A RESPONSABILIDADE DE

INFORMAR ONLINE Blogs ganham cada vez mais espaço como fonte de informação, mas quais as responsabilidades que vêm quando esse poder é estendido ao informante amador? Segundo a pesquisa Brazil Digital Future in Focus 2014 divulgada em fevereiro pela comScore Media Metrix, nosso país ocupa o 5º lugar no ranking de uso da internet no cenário mundial.

A categoria de alcance news/information é a que apresenta o segundo maior crescimento, tendo chegado a 70,9% só aqui e 77,9% no mundo todo. O segundo lugar no mundo também vai


para o alcance dos blogs com 77,3%, ficando atrás apenas do Japão. Em termos de divulgação dos conteúdos, no entanto, o que se faz hoje entre blogueiros é um fomento à ampla circulação de links e partes desses conteúdos por entre as redes sociais digitais. E uma delas, o Facebook, serve como um dos maiores espaços de disseminação informacional por quase dominar o total de tempo gasto pelos usuários nas redes sociais, com a impressionante marca de 97,8% num país que tem hoje o maior engajamento com o conteúdo dessas redes, ainda segundo a pesquisa. Nesse sentido, os conteúdos da blogosfera não começam e terminam em si mesmos, havendo uma espécie de transbordamento informacional com uma série de rotas possíveis a ser tomadas pelos usuários de internet em seu consumo. Os dados dão credibilidade à relevância do assunto, mas é de conhecimento comum que a internet desde que começou a se popularizar é fonte de informações das mais variadas classes que compõem a sociedade. E é impossível dissociar a informação da notícia, até porque ambas estão unidas inclusive dicionaricamente. O que cai na rede vira peixe e, como cardume se espalha rápido, acompanhando as correntes desses mares virtuais uma informação circulada pela internet acaba por se tornar parte da agenda de assuntos dos usuários. Não há como não pensar nas responsabilidades que vêm com tantos processos de circulação informacional – às vezes de vida ou morte, como foi o caso da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, que morreu após ser linchada por moradores de um bairro no Guarujá, litoral de São Paulo, que enfurecidos a confundiram com a possível autora de crimes contra crianças na localida-

de. Um retrato falado da suposta criminosa havia sido publicado em uma página local de notícias e, a partir dessa informação, pessoas da cidade tomaram a decisão de fazer justiça por elas mesmas. Apenas um exemplo do que a falta de cuidado nos critérios de apuração jornalística pode ocasionar. Mas quem domina tais critérios, afinal? Espera-se que jornalistas e profissionais da área de comunicação os dominem, mas o processo em si é muito subjetivo. E no âmbito das rotinas de produção profundamente alteradas pelos processos da rede, ética às vezes é cavaco que voa longe do pau e demanda novos questionamentos quando profissionais que deveriam se dedicar à informação responsável se tornam protagonistas das notícias e fontes sem credibilidade em vez de executarem papeis de facilitadores. Para o jornalista e editor do jornal Folha dos Lagos em Cabo Frio, Filipe Rangel, “fazer jornalismo sem responsabilidade é a mesma coisa que ser pai e abrir mão da parte de educar para só aparecer na hora de brincar. As responsabilidades com a notícia, com a apuração e com a fonte são indissociáveis da atividade jornalística. Colocando-as à parte fica fácil demais, o que configura a concorrência desleal”. – Com a internet e a possibilidade de noticiar em tempo real, a fome pelo furo ficou ainda maior. E muitos blogs soltam as notícias sem a verificação necessária, saindo na frente de veículos que, por serem totalmente profissionais, primam por essa ética da checagem. Quando a notícia é quente, eles levam os louros do furo. Quando é ‘barrigada’, vem a desculpa de que ‘botou porque alguém falou. Não sou jornalista e


não tenho obrigação disso ou daquilo’. Uma errata no outro dia que, todos sabemos, não conserta totalmente o estrago previamente feito. Por muitas vezes, esses blogues têm como objetivo ou consequência desinformar. A informação mal checada, mal apurada, mal dada ou leviana. A superexposição da figura humana e da tragédia pra angariar mais ‘likes’ ou ‘views’. No fim das contas, o que me incomoda não são as plataformas utilizadas ou as formações acadêmicas, e sim a falta de responsabilidade com tudo o que envolve uma notícia – explica Rangel. Não é simplesmente numa perspectiva tecnológica, portanto, que o fenômeno dos blogs preocupa. E avançando a discussão para o âmbito das produções amadoras, a formação acadêmica em si também não é o dilema. É importante lembrar, por exemplo, que temos histórias de vida marcadas pelos meios de comunicação: assim como uma criança detém conhecimentos de estrutura narrativa, conseguindo identificar o momento de clímax em seu desenho animado favorito ou percebendo as intenções de cada gênero discursivo em uma revista de jornalismo infantil (ex.: o que diverte; o que informa; o que publiciza), o sujeito que produz material na posição de amador também domina as singularidades de cada gênero informativo, desde a notícia até uma reportagem, sem muitas vezes saber o nome de cada uma. Isso se chama competência jornalística, algo que desenvolvemos ao longo da vida porque somos expostos ao campo das mídias, incorporamos suas lógicas e começamos a pensar através delas. Nesse sentido, a perspectiva técnica também não é o que mais preocupa no fenômeno dos blogs porque não exclui as lógicas

do jornalismo: ao contrário, incorpora e expande as suas linguagens. Numa perspectiva ética, por outro lado, pode ser um fenômeno preocupante na medida em que o sujeito atravessa as fronteiras dos gêneros, por exemplo, e funde o factual com o opinativo sem ter em mente que isso requer pesquisa, sensibilidade e, muitas vezes, empatia com os personagens da notícia, além de clareza sobre o que é factual no texto e o que não é. O maior desafio hoje é entendermos que os blogs têm de ser levados a sério porque eles são um espaço alternativo ao trabalho midiático tradicional já problemático em muitos aspectos, principalmente os de ética. O assunto é sério e causa polêmicas dentro e fora da área da comunicação social, pois os jornalistas especializados, principalmente de assessorias de imprensa, entram no dilema de serem obrigados ou não a responder quem divulga certas informações, seja por ser comunicador de formação acadêmica ou usuário de espaços como os blogs, que podem ser editados por qualquer indivíduo com acesso à internet e conhecimento mínimo sobre a plataforma então utilizada. – O universo virtual é formado por espaços democráticos. Isso nos leva a reavaliar o fazer jornalístico e o próprio critério de noticiabilidade. Há algum tempo as assessorias vêm sentindo o baque provocado não apenas pelos blogs, mas também por outro tipo de serviço oferecido, pelos próprios colegas, que é a desvalorização financeira desse tipo de trabalho. De qualquer maneira, uma das características da adesão a um determinado grupo, particularmente das redes sociais, é a confiabilidade de


(...) ..causa polêmicas dentro e fora da área da comunicação social, pois os jornalistas especializados, principalmente de assessorias de imprensa, entram no dilema de serem obrigados ou não a responder (...) quem apresenta o conteúdo. Resultado para mim: só sobreviverão aqueles que de fato fizerem alguma diferença nesse universo ilimitado de informação – opina Diana Damasceno, jornalista e professora universitária.

que costuma apresentar problemas, por exemplo. Por outro lado, a falta de limite neste cyberspaço esbarra num quesito que vai muito além do que podemos chamar de falta de bom senso. Na internet, a velocidade é o plus da comunicação, mas também seu algoz. A informação que se Nessa briga entre anjos e demônios é julga verdadeira, colocada no calor dos muito difícil ter uma opinião genera- acontecimentos, pode provocar tragélizada sobre o assunto, afinal é possível dias como a morte de Fabiane Maria de levantarmos exemplos de desinforma- Jesus (descrita algumas páginas antes). O ção, mas casos ricos em conteúdo útil episódio é um alerta, um freio para uma são o que não falta em diversos aspec- sociedade que clama pela liberdade, mas tos, principalmente os de conteúdos se omite da responsabilidade daquilo que educativos. Para quem lida diariamente produz. A grande questão é que o quarto com esse universo fica ainda mais di- poder, se é que assim podemos chamar a fícil opinar, como no caso da jornalista internet, não se fecha a um determinado e cientista social Christina Nascimento, grupo. Ele é acessível, popular e plural. repórter do jornal O Dia: Não exige credencial. Assim, todos nós – É muito difícil traçar uma resposta temos a sensação de sermos protagonistas ímpar sobre este assunto. E o motivo é da realidade que ultrapassa nossa esfera simples: é um tipo de comunicação que de convivência e nos coloca no pedestal tem benefícios e riscos. É inegável que da informação. a internet hoje ocupa uma posição de Por serem uma zona de produção prestígio entre os canais de comunica- sem hierarquias rígidas entre os sujeitos, ção, justamente por ser um espaço sem os blogs são também espaço no qual a barreiras editoriais, onde basta uma ideia obsolescência do credencial é assumida na cabeça e um teclado na mão para que a ponto do produtor às vezes deixar de a informação atravesse continentes e re- lado, também, uma série de compropercuta sem obstáculos burocráticos. Isso missos com a informação que ele até tem aspectos positivos, como a divulga- conhece bem, mas associa ao trabalho ção de fatos que dificilmente chegariam jornalístico tradicional e não segue. No à imprensa e a estruturação de uma fer- início de junho, uma matéria publicaramenta que serve como porta-voz de da no blog do jornalista Juarez Volotão grupos sociais e de uma pluralidade de abordou o caso de uma vítima do recendenúncias e reclamações, sejam elas ar- te fenômeno de revenge porn (ou pornô bitrariedades da polícia ou críticas a uma de revanche), que acontece quando fodeterminada marca de eletrodoméstico tos, vídeos e outros conteúdos eróticos


íntimos de alguém são compartilhados sem o seu consentimento por motivos de vingança – que podem ou não ser declarados por quem praticou o delito. Em seu texto, o jornalista reflete mais a responsabilidade da mulher exposta do que o crime, colocando em dúvida até mesmo a integridade moral da vítima e incentivando mais vigilância familiar para que se evite isso. A leitura midiática habitual desses casos sempre é feita na perspectiva de que qualquer pessoa está propensa a ser vítima disso, podendo evitar a mesma situação se seguir as orientações dadas pelo texto. Em termos éticos, isso é desempoderador porque reforça uma cultura de vigilância sobre a mulher – principal vítima de revenge porn – e deixa a questão principal sem discussão: quem compartilha ilegalmente esses conteúdos faz isso numa sociedade em que mulheres sempre tiveram a sua privacidade abordada como um assunto da esfera pública, ou seja, sofisticar a prevenção de mais casos dessa natureza não elimina a responsabilidade dos culpados pelo compartilhamento ilegal de conteúdos íntimos e não esclarece a questão do direito feminino à privacidade. Pelo contrário, isso apenas reforça a culpabilidade das vítimas ao se pressupor que elas souberam cuidar de si agora terão de arcar com as consequências.

Print da matéria sobre as meninas de Arraial e Cabo Frio

nais, nos quais a crítica dos colegas de profissão e o feedback do público são levados em conta de acordo com os interesses de quem enuncia. Nesse sentido, a postura do jornalista expõe muito daquilo que vemos com frequência na blogosfera: falhas éticas das mídias tradicionais são reproduzidas por meios de comunicação alternativa e, em função disso, blogs nem sempre são um espaço de tensões no qual os sujeitos confrontam a forma hegemônica de comunicar. Às vezes o blogueiro mantém essa lógica, marcado por uma cultura de opinião Ao ser procurado para entrevista, na qual não existe o reconhecimento Volotão não quis fazer declarações de que não dominamos a realidade e sobre o assunto. E a mesma situação precisamos entendê-la através de dise repetiu em sua página do Face- ferentes prismas. E transpor essa lógica book, quando usuários questiona- é também tarefa dos novos produtores. ram os aspectos problemáticos de seu Por Fabrício Rocha e *Thales H. Pimenta texto sem obterem resposta alguma – o que reproduz a estrutura vertical * Thales é jornalista e Mestre em Ciências dos meios de comunicação tradicio- da Comunicação pela Unisinos


LATINHAS DE TODO MUNDO

Coca-Cola faz criativa estratégia de marketing e traz latas com logo da empresa escrito em idiomas diferentes, em homenagem à Copa do Mundo do Brasil Em comemoração da Copa do Mundo no Brasil, a Coca-Cola está promovendo uma campanha criativa e que promete despertar o interesse dos colecionadores. Entitulada “Latinhas de Todo Mundo”, a empresa lançou no mercado edições especiais da bebida onde é possível encontrar a logo da Coca-Cola escrita em outros idiomas.

Disponíveis em lojas e restaurantes, é possível encontrar latinhas em onze línguas diferentes. Algumas delas são pouco conhecidas no ocidente, como é o caso do amárico e do bengali, falados na Etiópia e Bangladesh, respectivamente. Além dessas, completam a lista o árabe, coreano, hebraico, hindi, inglês, japonês, mandarim, russo e o tailandês.



COPA DO MUNDO

FENÔMENO NAS REDES SOCIAIS Competição que mexe com o brio de todo o globo vem batendo recordes de participação no ambiente online A Copa do Mundo no Brasil tem mexido com o coração de milhões de torcedores ao redor do mundo. Como já é hábito, famílias e amigos se reúnem para torcer, comemorar e colocar a conversa em dia. No entanto, parece que este mundial ficará marcado pelo acréscimo de alguns novos companheiros indispensáveis para a festa: as mídias sociais. De acordo com números fornecidos pelo Facebook, durante o jogo de abertura da copa, que terminou com a vitória do Brasil frente à Croácia por 3 a 1, cerca de 58 milhões de postagens foram registradas na rede social. Para comparação, esse número é quase cinco vezes maior do que aquele que foi registrado para outro acontecimento importante, a entrega

do Oscar. Dentro deste jogo, o Facebook ainda separou duas das jogadas mais comentadas do encontro. A primeira foi o gol de empate marcado por Neymar, e a segunda foi o penalty sofrido por Fred, que dividiu opiniões e foi muito contestado por fãs de futebol e técnicos durante os dias que se seguiram. A torcida brasileira também não tem motivos para se envergonhar no mundo virtual. Presença massiva na Internet, cerca de 16 das 58 milhões de mensagens registradas foram de autoria nacional. O número impressiona, e, conforme destaca a rede social, equivale a cerca de vinte vezes a capacidade de todos os estádios utilizados na Copa.


e smartphones ao mesmo tempo em Outra rede social que tem sido mui- que assistem televisão. Para atender essa demanda dos fãs, o to acionada pelos fanáticos da bola é o Twitter. A revista VEJA montou em espaço “Corneteiro” Digital da VEJA seu site uma seção dedicada à Copa oferece várias informações, buscando Mundo, com o auxílio do pró- do complementar a experiência dos prio microblog e da empresa argen- usuários. Ao entrar na página, o estina especializada em mídias sociais, a pectador encontra uma tabela com os Flowics. O projeto, de acordo com a jogadores da seleção brasileira, onde é publicação, é baseado no conceito de possível ver quantas vezes o nome de segunda tela, que dá a possibilidade cada um foi mencionado. A atualizados usuários interagirem na internet ção, que ocorre em tempo real, tamao mesmo tempo em que estão assis- bém mostra uma espécie de avaliação, dividida em positiva e negativa, que tindo a uma atração na televisão. Esse comportamento não é novo, e reflete como determinado atleta está com a popularização dos smartpho- cotado junto ao público. A página também possui alguns nes e a queda dos preços dos mesmos, cada vez mais um número maior de gráficos, que abordam temas um pessoas adere à moda de comentar os pouco mais gerais. Um deles, por seus programas favoritos na televi- exemplo, oferece uma análise do são ao vivo.. Segundo informações da volume de tweets em português VEJA e do instituto IAB Brasil (In- sobre os cinco craques da copa – teractive Advertising Bureau, ou Es- Neymar, Cr istiano Ronaldo, Bacritório de Publicidade Interativa, em lotelli, Messi e Klose. Além da VEJA, o próprio Twitter tradução livre), sete entre cada dez usuários de internet utilizam tablets também preparou algumas novidaTwitter

Mapa de calor do Twitter durante a partida entre Brasil e Croácia


des para o período. Uma das que mais atenção chamou foi o mapa de calor que, durante a partida de abertura, mostrava sobre qual seleção cada região do globo estava postando no momento. A cada lance, era possível observar como cada canto do mundo reagia, e qual dos dois times estava em destaque. Globo Por fim, quem também parece ter entrado de vez na brincadeira da segunda tela foi a Globo. A empresa atualizou o seu aplicativo para celular e tornou o mesmo num verdadeiro centro de informações para os telespectadores. Além de oferecer um chat entre os torcedores e um índice de vídeos com os melhores momentos de cada partida, o app ainda traz todo tipo de estatísticas sobre os duelos, como passes certos e errados, escanteios, impe-

dimentos, finalizações e tantos outros. Ao estilo do que a VEJA faz, a Globo também permite ver o “sentimento da torcida”, ao mostrar o total de menções por país, e como estão distribuídas, separadas entre classificações negativas, neutras e positivas.

App da Globo para smartphones



PETHIT na rede O cantor e compositor dá uma entrevista exclusiva à AC Digital e fala sobre os desafios e oportunidades de atuar no campo online A internet veio na contramão das mídias tradicionais que determinavam o que era sucesso ou não no cenário cultural nacional. Impunham aos artistas, que normalmente eram e são moldados, um modismo de obsorção rápida e consequentemente o mesmo destino para o descarte. Muitos duram apenas uma temporada ou até o surgimento de uma nova tendência imposta. O mundo virtual foi a solução para quem estava fazendo um trabalho que não se enquadra nas exigências de mercado e isso foi descoberto rapidamente pelos ávidos de novidades. Não que a cultura popular não tenha valor. Isso não se discute. O que se discute é não ter espaço para todos com igualdade.

A grande maioria da população brasileira ainda não tem acesso à rede e não tem ideia do que o país anda produzindo, mas quem começa a desvendar os caminhos se surpreende com artistas como o Thiago Pethit. Um jovem cantor compositor que está no seu segundo disco autoral: “Berlim, Texas” e “Estrela Decadente”. Em entrevista exclusiva para AC Digital ele fala sobre o mercado fonográfico, sucesso, mídia televisiva, novos talentos da MPB, internet e mídias sociais. O artista respondeu as perguntas pelo Facebook. AC Digital- Como vê o mercado fonográfico nesses tempos de mundo virtual? T. Pethit: Como um grande gigan-


te em coma, respirando por aparelhos. O mercado fonográfico ainda detém a maior fatia do dinheiro do mercado, embora sejam poucas as gravadoras grandes. Para existirem, elas precisam cada vez mais de artistas de ‘massa’ que em geral, sendo bons ou ruins, por maior sucesso que façam só existem e lucram por um tempo determinado. São sucessos da temporada e logo desaparecem. Não creio que isso possa durar muito mais tempo. Na contramão, existe o que a gente pode entender como os artistas menores, mas que vêm crescendo à medida que esse grande mercado esmorece. O mundo virtual possibilitou essa coexistência. E eu acredito que isso está avançando e alterando não apenas a parte comercial da indústria cultural, mas também a parte artística. Vem surgindo pelo mundo uma geração de artistas que cada vez mais entendem que além da capacidade de exercer suas criatividades, precisam também assumir os rumos do próprio negócio e gerenciar as carreiras com criatividade. Se até os anos 2.000 um bom artista era aquele que fazia suas próprias composições, cantava bem, tinha bom desempenho ao vivo e era carismático, agora ele também será um melhor artista e com mais destaque se souber fazer seus próprios vídeos, suas próprias produções, e se souber negociar e pensar seus passos e rumos. AC Digital- O cantor e compositor tem um trabalho na contramão do que hoje é considerado “sucesso”. A opção faz com que o percurso seja mais logo e na incerteza de retorno? Pensa nisso? T. Pethit- Com certeza o percurso é mais longo, mas é o único percur-

so que, me parece, será durador daqui pra frente. É como eu respondi acima: os grandes sucessos do momento, os que lucram, os que vão à direção pela qual o vento sopra, as Anitas, os Naldos, o Teló, todos duram apenas uma temporada e desaparecem para dar espaço a outro novo sucesso. Faz-se lucro, muito lucro por sinal. Mas não existe longevidade nessa direção. É tão incerto quanto estar na contramão como eu. Com a dificuldade extra de precisar da estrutura do mercado para existir. Eu estou fazendo aquilo que gosto e como gosto, gerado pelo lucro não do mercado, mas do meu próprio negócio. Se eu errar em algum momento e o lucro for menor, a única responsabilidade sobre isso é minha e o investimento será menor para o próximo trabalho, mas se houver lucro, ele será inteiramente meu também. É como qualquer outro negócio em qualquer outro mercado.


AC Digital- Pethit está numa geração de novos talentos (Tulipa Ruiz, Blubell e Filipe Catto) que estão buscando e/ou dando uma identificação nova para a música brasileira, mas com cara de universal. A afirmação é verdadeira? T. Pethit- Talvez. Não penso muito sobre isso. Nunca tive a ‘intenção’ de mudar ou dar nova cara a música brasileira. Eu faço a minha música e cada vez mais enxergo as diferenças entre os nomes da minha geração, mais do que similitudes. Fica difícil afir mar que é isso o que todos estamos fazendo ou que somos parte de uma geração que pensa música de um jeito único, como foi em outras épocas. AC Digital- Como você vê/vive a interação direta com os seus fãs através das várias redes sociais na qual está Eu sou um micro empreendedor que presente? Isso serve como inspiração talvez escape com mais facilidade dos para o seu trabalho? T. Pethit- Eu amo a internet. Eu altos e baixos do mercado. Enquanto existem os grandes que sofrem mais gosto de estar em redes sociais e pocom cada queda. É assim que eu vejo. der trabalhar através delas. Me diverte. AC Digital- A mídia televisiva Creio que jamais tive um assessor de pouco dá espaço, isso chega a atra- mídias sociais que escreve recados por mim com a hashtag #produção, juspalhar? T. Pethit - Não creio que sejamos tamente por que eu adoro essa parte uma geração que precisa da televisão. A TV também tem sua parcela de gigante respirando por aparelhos. Mas não tenho dúvida de que é uma mídia muito poderosa. A questão é que artistas como eu surgiram através da internet e se expandiram por outras mídias. Mas a única necessidade real para se manter em ativa, é acompanhar o desenvolvimento dessa mídia de redes fundamental e estar presente nela, agindo e interagindo e fazendo o próprio espaço.

“A questão é que artistas como eu surgiram através da internet e se expandiram por outras mídias.”


Billy (Will Oldham). Depois de uma temporada de shows lotados na casa, o cantor abriu os shows de Jens Lekman, no projeto Invasão Sueca. Desde o lançamento de seu disco de estreia ganhou o prêmio Aposta MTV no VMB 2010 e levou seu show a diversas cidades brasileiras e a países como Argentina e Portugal. Em 2011, participou do disco de Rodrigo Leão, fundador de uma das bandas portuguesas de maior projeção mundial, Madredeus. Além de gravar com o compositor, Pethit excursionou com o projeto de Leão, que já contou com nomes como Beth Gibbons (Portishead) e Stuart Stapples (Tindersticks). Com for mação em artes cênicas, Pethit estudou canto e composição em Buenos Aires e Par is. A transição do teatro para a música é definitiva para o desenho de seu esHistória A estreia musical de Pethit no pal- tilo musical, que resgata elementos co, para apresentar oficialmente suas do universo do cabaré alemão dos canções, foi no Studio SP, em 2008, anos 1930, com foco em autores/ na abertura do show do compositor compositores como Bertolt Brecht folk norte-americano Bonnie Prince e Kurt Weill. do trabalho. Sinto que isso faz parte aliás, do que é o meu trabalho. As redes sociais, exigem cada uma a sua maneira, uma criatividade específica para chamar atenção do público e isso pra mim, tem certo envolvimento artístico. Por exemplo, o Instagram, cada foto e cada legenda sobre elas precisa de certa forma estar criando um pequeno universo no qual o meu público possa ao mesmo tempo se identificar e ao mesmo tempo criar imaginários sobre o meu trabalho e sobre o meu universo artístico. Eu vejo isso como uma extensão da minha arte. Interagir com os fãs é a parte mais divertida. Não sei se serve como inspiração, mas serve como motor para criação.


MARKETING 3.0 MISSÃO, VISÃO, VALORES No marketing atual, as coisas mudam com muita rapidez. Assim sendo, saber o caminho que se quer tomar é de suma importância Um dos conteúdos que abordo no curso Marketing 3.0 para Empreendedores é a importância da Missão, Visão e Valores da empresa para as estratégias de Marketing 3.0. Para exemplificar, utilizo a história do filme “Other People’s Money” (Com o Dinheiro dos Outros). O filme mostra uma empresa que fabricava fios e cabos indo à falência por causa de fabricarem um produto que simplesmente estava ficando extremamente ultrapassado e, com isso, perdendo cada vez mais mercado. Na produção, os donos da empresa

familiar, tentam de diversas maneiras manter o empreendimento longe das mãos de um investidor/especulador voraz, que queria controlar o negócio para tirá-lo do caminho de suas investidas financeiras, que esbarravam nas ações da empresa de fios e cabos que, apesar de ultrapassada, tinha ações valorizadas - por pouco tempo. O investidor Larry Garfild, interpretado por Danny DeVito, tenta de todas as formas tirar a empresa de seu caminho. O filme é de 1991, mas a atualidade dos assuntos abordados mostra


que a voracidade do capitalismo se já era presente no início da computação, se tornou ainda mais feroz com a revolução tecnológica e digital dos últimos 20 anos. Enfim, não contarei o final do filme, mas o importante para este texto é a análise de como atualmente as empresas precisam saber exatamente que caminhos tomar para não serem “engolidas” pela evolução tecnológica que ocorre quase que diariamente. Uma empresa de aplicativo, por exemplo, pode se tornar obsoleta da noite para o dia, com o surgimento de um app concorrente e mais funcional. Ou mesmo o celular que você compra hoje, amanhã já estará antigo. Outro aspecto, além de evolução e concorrência de mercado, é que várias empresas, principalmente as de tecnologia, programam a vida útil de seus produtos, o objetivo é que o cliente necessite trocar o dispositivo depois de determinado tempo, simplesmente por que ele ficou velho demais e não funciona mais corretamente. O objetivo, claro, é gerar novas vendas de bens ‘duráveis”. Esta estratégia é chamada de obsolescência programada. Pois bem, a questão é: com um mercado tão concorrido e ágil, como a empresa pode se manter forte em sua área de atuação e não sofrer com a especulação do mercado e com a obsolescência de seus própr ios produtos? Para uma empresa se manter forte no mercado, ela precisa ter muito bem definido sua Missão, sua Visão e seus Valores. Pois, com isso, a instituição encontrará novos segmentos de mercado e levará a razão de

a empresa existir para um patamar que ultrapassa a qualidade e inovação dos produtos e preocupa-se em contribuir na melhoria do ambiente ou setor em que atua. Ou seja, o produto deixa de ser importante em si e o que passa a ser valorizado é o compromisso da empresa em atender as demandas dos clientes, da sociedade e, com isso, acompanhar as alterações do mercado. MISSÃO A missão, vai mostrar a razão da empresa existir, vai delimitar que setor, que clientes e que segmento social a empresa pretende impactar. Geralmente, a missão é a que tem mais foco no produto ou serviço oferecido pela empresa. Enquanto a Missão é baseada no alicerce do empreendimento, quando a empresa foi fundada, a Visão tem a ver com a invenção do futuro. VISÃO A Visão é onde a empresa quer chegar, que objetivos quer atingir, em que setor quer ser líder ou em que negócio ela quer ser referência. De acordo com grandes líderes de empresas mundiais, como Steve Jobs, a Visão de uma empresa é mais importante do que a Missão, pois explica o que o negócio pretende ser e o que pretende realizar. É preciso saber qual a Visão para definir não apenas as ações de comunicação e marketing, mas para entender e planejar os investimentos futuros. Abrace a Visão, sonhe alto e planeje de que maneiras chegar lá, o resultado será um crescimento consciente da empresa, ações bem planejadas e o


engajamento de stakeholders. VALORES Os Valores podem ser considerados “padrões de comportamentos institucionais da empresa”. Eles representam um conjunto de prioridades corporativas a partir do planejamento de procedimentos e objetivos sustentáveis que beneficiem uma comunidade ou sociedade na qual a empresa atua. Os Valores ajudam o empreendimento a se tornar uma marca melhor

e que faz a diferença para funcionários, clientes e sociedade. Portanto, apesar do conselho parecer aula de administração básica: defina muito bem sua Missão, Visão e Valores. Para esclarecer para si mesmo, e para seus clientes parceiros e funcionár ios, qual é o real motivo de sua empresa existir e quais as var iações na produção ou segmentos de mercado ela pode ter. Mas não complique, escreva os três de for ma clara e objetiva. Quanto mais simples, melhor.

Renan Barbosa é jornalista, social media e consultor de Marketing 3.0. É pós-graduando em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais na PUC Minas e autor do Blog Midiologias, que transmite conhecimentos sobre comunicação digital, empreendedorismo, Marketing 3.0 e tecnologia. Possui experiência em gestão de marketing para mídias sociais, assessoria de comunicação, relações públicas, marketing digital, fotojornalismo, design gráfico, produção e edição de notícias. www.midiologias.com | E-mail: renanbarbos@gmail.com

#CURTAS Copa é o evento mais comentado da história do Facebook De acordo com informações da agência Reuters, a Copa do Mundo do Brasil já é o evento mais comentado da história da rede social Facebook. Atingindo a marca de mais de um bilhão de interações desde o seu início, com mais de 220 milhões de pessoas diferentes participando. Esse recorde se dá muito pelo apelo global da competição. Só em sua primeira semana os números alcançados superaram as Olímpiadas de Sochi, Super Bowl e o Oscar combinados.

Fim do Orkut A rede social Orkut, do Google, já tem a data do seu fim decretada: 30 de setembro. Primeira investida do Google nas redes sociais, o Orkut nunca atingiu grande popularidade no mundo, mas foi adotado pelos brasileiros, que foram os principais responsáveis pela longevidade do produto. Porém, fatores como a criação do Google+ e a perda de usários para o Facebook foram determinantes para este fim. Ficam as memórias de quem frequentou a rede.


APLICATIVOS

PRÓ-SAÚDE Quem busca mais informação sobre aquilo que come ou cozinha pode encontrar novas alternativas com estes aparelhos

Dando continuidade a uma série de matérias que a AC Digital vem publicando sobre a utilidade dos smartphones no quotidiano das pessoas, a bola da vez deste mês é o uso de aplicativos de celular para revolucionar a vida de quem está preocupado com os alimentos que consome.

Uma das novidades que explodiu na inter net recentemente é o sensor molecular “Scio”. O aparelho, que foi apresentado e financiado coletivamente através do Kickstarter, parece ter saído da saga de ficção científica Star Trek. Com um formato e tamanho si-


milares aos de um pen drive, o Scio é capaz de identificar a composição molecular de todo o tipo de alimentos, além de outros objetos. Ao utilizá-lo, o usuário consegue obter vários tipos de informação como, por exemplo, qual a quantidade de proteína e gordura presente em determinado tipo de queijo, ou se uma fruta está ou não madura por dentro. O segredo por trás deste aparelho fica por conta de um espectrômetro de tamanho muito reduzido, criado pela equipe do Scio. Esse dispositivo consegue medir o comprimento das ondas de luz que são refletidas pelos objetos que se deseja analisar, e, como cada molécula reage de maneira diferente à luz, o resultado consegue identificar a composição através do seu espectro.

O processo de como funciona o Scio está dividido em quatro partes diferentes. Inicialmente, ele ilumina o objeto que se quer analisar com a sua fonte de luz, um laser de cor azulada. A luz, refletida, é coletada pelo espectrômetro, que então envia as informações por meio de Bluetooth para o smartphone. Uma vez recebidos, estes são lançados para a nuvem, onde são analisados dentro de uma base de dados, retornando, em seguida, os resultados. O Scio ainda não está disponível no mercado, mas através da loja dos desenvolvedores é possível ver que a primeira está programada para ser enviada em março de 2015. O único senão fica por conta do preço salgado. Para reservar o seu, o usuário terá de desembolsar 249 dólares, cerca de 600 reais. Assim, como toda nova tecno-


logia, ainda poderá levar um pouco até o Scio atingir popularidade junto à massa. Peres Um dos maiores problemas que se encontra na cozinha é a dificuldade em saber até quando determinados alimentos ainda estão em condições propícias para serem consumidos ou não. Foi para ajudar na solução dessa dúvida que surgiu o Peres. Para tal, o dispositivo também utiliza a conexão com smartphones para apresentar resultados. Diferentemente do Scio, no entanto, o aparelho Peres funciona de forma diferente. O dispositivo possui quatro sensores diferentes, que são capazes de monitorar temperatura, humidade, níveis de amônia e compostos orgânicos voláteis no ar em torno da comida. Uma vez adquiridos esses dados, o bluetooth volta a entrar em cena, e o próprio celular irá apresentar recomendações sobre o alimento que está sendo analisado. Na página do produto, a descrição explica que o dispositivo pode ser usado em carnes tanto bovinas como suínas, além de todo o tipo de aves e peixes. Segundo os desenvolvedores do Peres, o grande diferencial do produto está na capacidade de detectar e classificar os supracitados compostos orgânicos no ar. São mais de 100 tipos diferentes, e vários são fortes indicadores sobre o que está ou não propício para ser consumido. O Peres também buscou recursos por meio do financiamento coleti-

vo, embora tenha utilizado o site “Indiegogo” para tal. Com uma pedida inicial de 50 mil dólares, os criadores do aparelho acabaram conseguindo 155% desse valor, ou seja, 77 mil.

OPINIÃO PROFISSIONAL Analisando pelo ponto de vista profissional esse recurso tem muito a acrescentar na vida das pessoas. Porém, como tudo, devemos sempre considerar dois pontos. Primeiro: em geral é a falta de informação que leva ao mau hábito alimentar. Então, se tivermos a informação facilitada devemos acreditar que em longo prazo teremos uma sociedade que priorize os bons hábitos. Contudo, precisamos ser críticos, e fazer algumas perguntas: - quem cria essas informações? E o leigo tem capacidade de entender e julgar o que é adequado para ele, se tratando de quantidades de gorduras, proteínas e afins? Esses aplicativos possuem funções capazes de definir o peso indicado e quantas calorias devem ser ingeridas ao dia. Isso não está certo, pois pressupõem que somos todos iguais. Isso é uma inverdade. Segundo: acredito, sim, na modernidade e que só temos a ganhar usando desses artifícios, porém reprovo a criação e comercialização desses, sem vinculo a um responsável técnico (no caso um nutricionista). Se pensarmos que profissionais podem fazer uso desses instrumentos para ampliar sua zona de atendimento e até mesmo facilitar a comunicação entre paciente e profissional, estaremos abrangendo ainda mais nossa eficiência e possibilitando mais atenção ao cliente. E então, sim estes estarão sendo utilizados na sua segurança, priorizando a individualidade de cada um, o que jamais deve ser deixado de lado. A informação é tudo, desde que, ela seja segura.

Tânia Inês Back Nutricionista


Rolou no O LinkedIn é uma rede social onde profissionais de várias áreas podem se encontrar e trocar ideias. Aqui, você encontra um pouco do que aconteceu por lá.

Follow up No grupo “Assessoria de Imprensa” está sendo divulgado e debatido um artigo que comenta sobre a relação entre os profissionais de assessoria e os jornalistas de redação, mais especificamente, a dinâmica que rola no momento de fazer um “follow up” ao release que foi enviado. O texto aborda o ponto de vista dos profissionais de ambas as áreas, e dá dicas para os assessores que estão começando a experimentar esse processo. Cuidado para não ser inconveniente, preparar releases bem escritos e enxutos, que vão direto ao ponto, além de sempre ter as informações bem estudadas de forma a poder oferecer dados e novidades que realmente interessem são alguns dos cuidados que qualquer profissional deve ter.Vale conferir.

Decadência do papel pode não ser culpa da Internet Também no grupo “Assessoria de Imprensa”, foi compartilhada uma matéria sobre o estudo realizado por um professor da Universidade de Chicago. Ele apresenta razões para demonstrar que a queda do impresso não é culpa exclusiva da net. Confira!


BRASIL: 5º LUGAR* MUNDIAL NO RANKING DE USO DA INTERNET *Segundo informações da comScore

accomunicacao.com.br accomunicacao.wordpress.com


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.