Índice
EDITORIAL
Caos Descrito
04
Internet vs Literatura
08
Bruno Duarte
EXPRESSÕES CULTURAIS A produção cultural no Brasil encontrou na net uma for ma para continuar a comunicar com o grande público. Já é sabido que as mídias tradicionais não mais fazem esse papel, então cada artista buscou a sua for ma de produzir arte. Nesta edição vamos falar de um projeto que envolve duas expressões culturais: literatura e fotografia. O click urbano estimula o escritor e o escritor estimula o olhar do fotógrafo. Juntos criam histórias que fazem mexer com o imaginário e revelam para o leitor sentimentos que talvez nunca tivessem sido despertados se as artes estivessem sozinhas. A criatividade se liberta da imagem estática, que para ser contada cria vida. O orador mergulha no que vê e deixa-se levar numa narrativa discursiva. Não que isso seja novidade, mas é um exercício de mentes que se soltam e deixam voar em situações diversas. O cérebro não fica limitado ao que vê, mas pode buscar no arquivo da memória histórias inusitadas. A cultura no Brasil ainda é para poucos e o projeto ganhou as mídias sociais popular izando o exercício cr iativo. Falando ainda em literatura, descobrimos um jovem escritor gaucho que op-
tou pelo universo criativo e hoje tem uma editora independente que publica seus livros. Aos 27 anos, com 10 anos de carreira, ele mostra que ler ainda é uma satisfação para muitos. Carlos Augusto Pessoa de Brum não deixou o seu sonho de lado e fez dele um instrumento de trabalho. A cr iatividade do artista não se limita a escrever. Ele ilustra seus livros, faz palestras e oficinas. Moacyr Sclier fala sobre o autor: “Se a gente tivesse de selecionar um adjetivo para a ficção de Pessoa de Brum este adjetivo certamente ser ia ‘amável’. Um qualificativo pouco comum para um escr itor, reconheço. Mas nem por isso deixa de ser menos importante. Porque envolve um elemento de or iginalidade na fase atual da literatura.” Os exemplos acima, e de cantores e compositores, que já publicamos em edições anter iores, revelam que os jovens não estão tão alienados para a cultura como se imaginava. Muito pelo contrár io: a globalização fez com que eles bebessem de vár ias fontes e a internet ajudou no processo.
Augusto de Carvalho Editor-chefe
Vendas nas Redes Sociais
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Fim do Orkut
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Campanha Online Honesta
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Expediente Editor-chefe Augusto de Carvalho Textos Augusto de Carvalho Luis Gurgel Colaboradores André Damasceno Fabrício Rocha Diagramação Luis Gurgel
CAOS
DESCRITO Um click e uma história. O projeto une fotógrafos e escritores que registram e relatam emoções em artes diferentes. As ruas de uma cidade abrigam todo o tipo de pessoas e situações. Caminhar pelas mesmas, por mais familiares que sejam, oferece sempre uma experiência diferente, pois a paisagem está sempre em constante transformação. Os transeuntes, por sua vez, também colaboram, pois as pessoas e os seus arredores nunca interagem da mesma forma. Capitalizando nisto, um trio de fotógrafos decidiu juntar a atmosfera urbana a duas artes, a fotografia e a literatura. Nascia, assim, o projeto Caos Descrito. A iniciativa, criada por Bruno
Duarte Sampaio, Matheus Cappellato e Suhellen Dolenga, funciona da seguinte forma: os fotógrafos produzem material com a temática urbana, e escritores convidados desenvolvem textos em cima do mesmo. O intuito é levar ao leitor histór ias, cr iadas a partir da imaginação dos autores e que adicionem um novo significado àquele trabalho. Intr igados com esta novidade, a AC Digital procurou os cr iadores para uma entrevista. Confira, nas próximas pág inas, algumas fotos do projeto assim como uma entrevista com os cr iadores.
Matheus Cappellato
Bruno Duarte Sampaio
ENTREVISTA Como foi que surgiu a ideia para criar este projeto, quais foram as suas inspirações? Caos Descrito - A ideia do projeto surgiu do gosto comum pela fotografia de rua/fotojornalismo, a leitura que os acompanham desde a infância e pelo interesse em sempre visitar bibliotecas, museus, exposições relacionadas. Mesmo sendo explorado constantemente, essa temática (a atmosfera urbana) pode ser bem revisitada sobre novas perspectivas - basta ser ousada e não ter medo de enxergar o que pôde ser ignorado por outros olhares. O nosso ofício é olhar para o que a maioria não olha.Por isso mesmo que escolhemos também como nome, Caos Descrito. O que inspirou a fazer este tipo de fotografia, foram fotógrafos como: Diane Arbus, por ter um olhar fora do padrão normal da sociedade, Jan Ung, Robert Capa, Bresson, Evandro Teixeira, Tiago Santana , Sebastião Salgado e por ai vai... Além de livros, e também filmes.
De que forma o trabalho do fotógrafo influência/afeta o escritor e vice-versa? Como se sente cada lado quando se juntam ambos os trabalhos? Suhellen Dolenga (Fotógrafa): Pensamos que na maioria das vezes fazemos um desafio ao escritor, praticamente chegamos com o ‘nosso olhar’ e eles são instigados a descrever sobre isto, esta é a proposta do Caos. Quando encaminhamos as fotos para eles, é sempre uma reação diferente, alguns se encantam com as imagens e ficam analisando, levam dias ou semanas para produzir algo, outros na hora ‘dispara’ uma ideia e no mesmo dia recebemos o trabalho. Costumo ler todos os textos que chegam com as imagens na hora de atualizar, dizem que o trabalho de um escritor é solitário, nesse caso damos uma voz para ele. Basta o escritor colocar um tom. Estamos em processo de fazer uma semana de troca, de os fotógrafos serem os escritores e os escritores serem os fotógrafos, já fizemos uma pequena seleção e logo estará no Caos. Posso dizer que já tenho meu texto pronto e foi uma experiência boa até então, espero que os leitores gostem, será no mês de setembro. Alexandre França (Escritor): ‘’Sou tomado pela ideia imediata que a foto me traz. Geralmente, volto a foto para finalizar o texto - quando volto, curiosamente, a superfície é outra. Por tanto, uma mudança é provocada no olhar sobre a imagem através da escrita. Como se o texto provocasse uma ilusão de ótica. O resultado, então, é a transposição deste fenômeno.
QUEM
SÃO
Suhellen Dolenga - Natural de Curitiba (PR), 1987, Bacharel em Administração mas tem como amor a fotografia, do qual se especializou pelo Centro Europeu. Atualmente cursando pós em Comunicação Digital e E-branding e ainda pretende também estudar Cinema. Procura sempre estar por dentro do que esta acontecendo no mundo das artes. Alexandre França nasceu em 1982. Escreveu e encenou com sua companhia de teatro, a Dezoito Zero Um, uma série de peças na cidade de Curitiba. Para este ano, prepara o lançamento de seu primeiro romance – Arquitetura do Mofo. Atualmente, mora em São Paulo.
Suhellen Dolenga
“Terça, nove da manhã – uma bituca de cigarro próxima ao ralo do chuveiro. Nariz entupido, calça amarelada de urina, olho para o ralo e para os cabelos secos. A dança segue no escuro? Segue o ritmo daquilo que não posso assistir? Junto a sujeira que eu mesmo não lembro de ter feito. Sangue em minha camisa – a morte deitou aqui? Logo traças e aranhas e outros bichos pedem licença para participar da festa “daquela”, onde dançam seus cabelos, onde o ralo toca uma canção silenciosa. Quarto, amarelo, fogo, neblina, suor e aquele sangue ressecado – ela realmente morreu um pouco aqui e eu não sei. O que eu deveria saber de uma terça-feira véspera de feriado? É que ela deveria estar de malas prontas para nós dois pegarmos o ônibus leito. Lá fora ninguém – estariam todos dançando na festa apinhada daquele ralo?”
O condicionador - Alexandre França
Carlos Augusto Brum ministrando uma oficina
INTERNET VERSUS
LITERATURA Literatura no século XXI tem como ferramenta de divulgação a internet. Com o advento da Internet e a popularização das redes sociais, é comum encontrar muitas pessoas que afirmam que esses recursos são prejudiciais aos jovens, que perdem interesse pela leitura e deixam de utilizar “o bom português”. Na contramão a esse senso comum, a internet vem mostrando que pode, sim, auxiliar na divulgação e parte da formação de talentos da literatura, como é o caso do gaúcho Carlos Augusto Pessoa de Brum. O jovem escritor de 27 anos concedeu entrevista à AC Digital este mês, comentando sobre a sua carreira, influências, e, é claro, o papel da grande rede na construção da mesma. Ao
lançar suas obras através da sua editora independente, a Br1, é um autor alinhado com tendências atuais do mercado, fazendo uma mescla do tradicional e do novo na divulgação do seu trabalho. Desde que iniciou a sua caminhada, Cadu, como é conhecido, já teve os seus livros apresentados por escritores como Moacyr Scliar, Lya Luft, Luiz Antôntio de Assis e Letícia Wierzchowski. Se quiser conhecer um pouco mais sobre a trajetória do mesmo, assim como comprar as suas obras e segui-lo nas redes sociais, o site da editora de Brum poderá ajudar: http://www. br1editores.com.br/401.html. Confira agora a entrevista:
Quando tudo começou e de que forma o escritor se revelou para você? Quando eu era pequeno eu pensava em ser dentista, porque meu pai era dentista e meu avô era dentista. Eu sempre amei livros e histórias e desenhos, mas sempre vi a odontologia como uma profissão de gente grande muito mais séria do que escrever ou desenhar. Fiquei muito feliz depois de ler o “Max e os felinos” de Moacyr Scliar - primeiro porque era um livro ótimo, mas também porque o Scliar era médico e escritor. Durante minha adolescência o plano oficial era seguir a profissão da família e cuidar dos dentes, mas o sonho de escrever persistia como um segredo bem guardado que me animava muito. A farsa acabou no ensino médio. Minhas péssimas notas em química e meu total desinteresse pelas ciências foram esmagados pela minha paixão pelos livros e pelas ilustrações. Escrevi meu primeiro livro com 16 anos e lancei-o com 17, contando com a apresentação de Luis Antônio de Assis Brasil. Meus próximos livros seriam apresentados por Letícia Wierchowski, Lya Luft e Moacyr Scliar - quatro grandes que muito me influenciaram e encantaram com seus textos. A web existe há 25 anos. O que te atraiu primeiro: os livros ou o mundo virtual? Meus pais sempre amaram livros, então minha infância foi regada à literatura. Porém, além disso, meu pai também é grande entusiasta da tecnologia, então ele achava muito legal eu querer saber tudo sobre compu-
tadores e videogames. Acho que eu sempre quis que as duas mídias se encontrassem... Lembro de achar muito frustrante não ter livros de histórias do Sonic nas livrarias nem jogos do Sítio do Pica-pau Amarelo no Mega Drive. Acho que quando colocaram internet discada lá em casa foi dos dias mais felizes da minha vida, porque daí eu podia buscar infinitas coisas para ler na internet. O processo criativo de um escritor jovem é feito através de quê? O que o atrai para escrever? Para escrever o mais importante é a vivência: experimentar coisas novas, conhecer pessoas diferentes. Para mim a melhor cura do bloqueio criativo é um bar ou uma festa - normalmente tu volta tendo algo novo para criar. Claro, a gente sempre busca algo em si para escrever, e publica na esperança de que alguém vai olhar aquela ideia, aquele sentimento ali no papel e vai pensar: “puxa, eu também penso
isso”, “eu também sinto isso”. Então a literatura, e, claro, a arte no geral, é, antes de tudo, a forma de comunicação mais sincera e humana que existe. É sentimento comunicado e sentimento absorvido. E isso é muito atrativo e empolgante. Vár ias vezes eu já escrevi livros sem a menor pretensão de ajudar alguém e, depois do lançamento, recebi um e-mail dizendo “cara, esse teu texto me ajudou muito quando eu tava depr imido” ou “essa tua histór ia ajudou muito meu filho quando ele tava sofrendo no colégio”. E isso é uma espécie de acerto de contas, porque em vár ios momentos onde eu passava por coisas ruins eu fui salvo por livros. Quando falo na “contramão” do processo evolutivo, falo na possibilidade de livros em papel não mais existirem. Você acredita nisso? Acredito que eu não verei isso acontecer, porque a minha geração está acostumada com o livro impresso. Por mais que eu leia ebooks e coisas do tipo, nunca consegui reproduzir em um tablet ou celular ou computador o sentimento de sentar sozinho na minha sala com um livro excelente e uma xícara de café. E sempre que um ebook me captura eu penso “cara, eu preciso comprar esse livro”... Mas acredito que a escolha do futuro do livro também não caiba à mim, nem à minha geração. Acho que um exemplo bom é a máquina de escrever. Quando ela apareceu o pessoal mais velho tinha medo que ela fosse estragar a caligrafia dos jovens.
“...todo escritor lê muito porque ama livros” Talvez isso tenha acontecido mesmo, mas hoje em dia é muito mais importante digitar rápido do que ter uma letra bonita, né? Então, se em 3014 não existirem mais livros impressos, acho que não vai fazer muita diferença, porque continuarão existindo as histórias: essas sim, nunca serão obsoletas. O escritor lê muito? Em quem se inspira? Acho que todo escritor lê muito porque ama livros, mas também acho que nenhuma pessoa que ama livros lê tanto quanto gostaria. No começo eu me inspirava muito em clássicos e nos grandes da literatura, como Machado de Assis, Guimarães Rosa, Franz Kafka e Homero. Acredito que eles tenham criado a base da minha produção inicial, mas hoje em dia eu busco mais os textos de autores contemporâneos como Neil Gaiman, John Green, William Joyce e Shaun Tan. Como você enxerga as mídias sociais? Acha importante ter blog, Facebook, Twitter, site etc.? Quando eu escrevi meu primeiro livro a gente já tinha Orkut, mas ninguém acreditava muito que ele fosse ajudar a divulgação da produção artística. Lembro de ficar feliz quando um
amigo meu criou uma comunidade do meu primeiro livro, e achei o máximo quando fechamos gloriosos 15 membros, mas foi só isso. Hoje em dia, porém, redes sociais mais dinâmicas e globais ajudam em muito a divulgação de seu trabalho, e acho que para o jovem artista elas são essenciais. Em última análise esse dinamismo da internet dominou o mundo e mudou todas as indústrias. Se você perguntasse para um produtor de livros, música ou teatro dez anos atrás como o mercado estaria em uma década, ele responderia de imediato, dizendo que estaria praticamente igual... Mas hoje em dia ninguém ousa prever o que vai acontecer daqui a dois ou três anos. Coisas como Napster, iTunes, Amazon e eBay tornaram essas previsões impossíveis. Isso é péssimo para as grandes empresas, mas é a melhor oportunidade da história da humanidade para os criadores de conteúdo criativo, porque agora o limite não é ditado pela tua editora ou pela tua gravadora, mas sim pelo alcance do teu talento e da tua dedicação. Não morar no eixo Rio/ São Paulo ainda é um complicador para quem desenvolve um trabalho cultural no país? Escuto muitas pessoas falarem disso, mas para mim têm sido tranquilo. Eu gosto muito da parte orgânica do trabalho: de poder conversar com os leitores, de acompanhar a leitura e os trabalhos feitos nas escolas, de autografar tudo quanto é livro que vendo... E, como autor independente, eu posso criar uma base de leitores sustentável aqui no Rio Grande do Sul mesmo
e não perder essa proximidade com o público que eu gosto tanto de ter. Mesmo com a globalização, acredita que o Sul ainda continua sendo uma região à parte do Brasil? Quero dizer, que tem vida e cultura própria? Acredito que o Sul seja uma região à parte do Brasil, exatamente por ter vida e cultura própria, mas também acho que essa frase se aplique à todas as regiões do país. O Brasil é um grande e fascinante retalho de costumes e povos, e acho muito legal que, apesar de tantas diferenças e rixas, nós ainda cantemos o mesmo hino. De certa forma, nosso país é um ótimo retrato da globalização antes mesmo da globalização acontecer: sempre fomos múltiplos. Poderia fazer uma análise da juventude pós-internet? Hoje eu vejo uma consciência questionadora muito forte no jovem. Às vezes estou em escolas e vejo alunos de, sei lá, dez anos discutindo sobre homofobia, machismo e desigualdade social. Eu não fazia isso nessa idade, mas essa gurizada está muito mais ligada em polêmicas atuais por causa do feed deles. Claro, isso torna esses jovens muito mais dinâmicos, e acho que em muitos aspectos a educação está correndo atrás do prejuízo nesse quesito. Sempre que possível eu evito fazer palestras, e prefiro fazer oficinas onde o jovem possa criar junto, possa participar, porque é isso que ele quer. Acabaram-se os tempos de sentar em uma cadeira e escutar uma versão da verdade. Agora o jovem quer perguntar junto, que pegar junto, quer buscar algo novo. Resumindo, acho que a juventude pós-internet é a juventude mais legal da história.
5 DICAS PARA SUA EMPRESA
VENDER MAIS COM AS REDES SOCIAIS É possível alavancar as vendas do seu negócio utilizando as mídias sociais? Como podemos atrair mais consumidores para nossa loja utilizando o Twitter e Facebook? Essas são algumas das perguntas que sempre ouço entre uma palestra e outra. É comum ao final de cada evento profissionais e empreen-
dedores virem até a mim perguntando se realmente é possível utilizar as mídias sociais para aumentar as vendas no final do mês. Pensando nisso, preparei 5 dicas rápidas e simples para você atrair mais clientes por meio de uma estratégias nas redes sociais.
A primeira e mais importante dica é: desenvolva um planejamento estratégico digital. Definir objetivos primários e secundários, identificar e interpretar o comportamento do seu público-alvo, estabelecer metas a curto, médio e longo prazo são apenas algumas das fases da construção do Planejamento Estratégico Digital. Acrescente doses diárias de pesquisas e um mapeamento detalhado sobre sua marca no ambiente online. A partir dessa primeira etapa você será muito mais assertivo em suas ações e terá dado um passo importantíssimo para atrair novos clientes para o seu negócio.
Produza conteúdo de qualidade. Sabe o que irá diferenciar o seu negócio do seu concorrente? CONTEÚDO DE QUALIDADE. Cara, escreva com o coração e coisas incríveis vão acontecer. Quanto mais conteúdo de qualidade você produzir, mais os seus clientes vão querer fazer negócios com a sua marca.Vídeos, webséries, fotos, infográficos, e-books, podcast, listas de interesse… Use a criatividade e ouse na gestão de conteúdo.
Invista na sua equipe interna ou contrate uma empresa. Ter uma equipe ou empresa para desenvolver o trabalho de gestão e execução nas mídias sociais é fundamental. Divida tarefas, faça reuniões regulares, crie rotinas para desenvolvimento de ações e estabeleça prazos.
Mantenha o foco, mas não deixe de apostar em redes sociais de nicho. No mínimo uma vez por semana eu preciso criar uma discussão na rede social da EXAME PME. É por lá que encontro empreendedores de todo Brasil conversando e tirando dúvidas sobre diversos temas.
Mensure os resultados. O mercado está cheio de profissionais que acham um monte de coisas. Criou uma oferta no Facebook ou um special no Foursquare? Monitore e mensure os resultados diariamente. Para mais detalhes em como aplicar estas dicas, o leitor poderá visitar o link: http://www.omelhordomarketing.com.br/4-dicas-de-midias-sociais-para-pequenas-e-medias-empresas/
André Damasceno é o fundador do Melhor do Marketing. Professor no MBA de Novas Mídias e Marketing na Universidade de Vila Velha-ES e no MBA de Marketing de Varejo da Faculdade Católica Salesiana. Especialista em Marketing pela Fundação Getulio Vargas; Coach pela Academia Brasileira de Coaching e licenciado pelo BCI – Behavioral Coaching Institute. Possui cursos e certificações nas áreas de social media, comportamento do consumidor, Neuromarketing, branded content, planejamento estratégico, empreendedorismo, entre outros.
O FIM DO Rede social mais “brasileira” de sempre encerra seus serviços no próximo dia 30 Se você é brasileiro, é praticamente certo que em algum momento da sua vida já tenha, pelo menos, ouvido falar a palavra “Orkut”. Criado pelo Google em 2004, o Orkut foi a primeira rede social que realmente “pegou” no país. No último mês de Junho, a empresa norte-americana anunciou que estaria encerrando o serviço no dia 30 de setembro, e a proximidade da data faz com que se olhe, novamente, para este fenômeno. Criado por Orkut Buyukkokten em suas horas vagas no cargo de engenheiro de software na Google em 2004, o Orkut apareceu numa época em que o Facebook e outros rivais mais fortes da atualidade ainda não existiam. Graças a um timing perfeito, em que a Internet começava a se popularizar no Brasil e o
Orkut aparecia como a primeira rede social de muitos, o serviço rapidamente se tornou um fenômeno. Pessoas de classe social mais elevadas, pessoas com condições mais modestas de vida, essas distinções rapidamente deixaram de importar, com a ferramenta chegando a totalizar 40 milhões de usuários no país em seu pico – o que correspondia a cerca de 70% da população com acesso à Internet na altura. Com esses números, o Brasil chegou ao topo da lista de países com mais usuários no mundo, posição que ainda ocupa atualmente, com a Índia em segundo lugar. Contudo, a situação é bastante diferente, pois o número de utilizadores despencou, com apenas 6 milhões de adeptos atualmente. Os fatores que motivaram essa que-
da são vários, desde a popularização do Facebook até à criação do Google+, a nova rede social do Google que chegou com a promessa de unificar todos os serviços da empresa num único lugar. Com as atenções voltadas para o novo brinquedo e o abandono completo do Orkut pela comunidade internacional, o mesmo ficou respirando por aparelhos nos poucos países que ainda possuíam algum apreço pelo produto. E, agora, há poucos meses atrás, finalmente foi decretado o seu fim. Repercussão Após o anúncio, no entanto, as novas redes sociais não ficaram imunes às notícias. Segundo dados do site Proxxima, foram encontrados mais de 5000 posts sobre o assunto, espalhados pelo Twitter, Facebook e similares. A hashtag #riporkut também foi uma das mais comentadas nos dias que se seguiram, e cerca de 52% das manifestações foram positivas, com lembranças e saudades dos bons tempos que passaram. De forma a demonstrar a forte nostalgia que o nome ainda causa, apenas 10% dos que falaram tiveram uma reação negativa, “celebrando” o encerramento. Por mais que as pessoas tenham seguido em frente, não existe um “problema” com o Orkut, e tudo se trata de um processo natural do fim de um ciclo e a transição para o outro Resistência Embora os atuais 6 milhões sejam muito poucos para manter o serviço funcional, em especial devido à falta de popularidade do Orkut em outros países para além do Brasil, pelo menos em território nacional ainda existem fãs que irão ficar junto à rede social até
ao seu último momento. Um grande grupo destes são os torcedores de futebol, onde as comunidades dedicadas aos grandes times do nosso campeonato, criadas há vários e vários anos, continuam com ampla atividade, com fãs a discutirem as notícias do seu clube, além de trocarem experiências e marcarem encontros. Um exemplo disso é o jornalista Filipe Rangel. “O Orkut tinha um caráter de conteúdo mais segmentado que a rede social mais usada atualmente, o Facebook. Lá tinha seu aparato pessoal, feito através dos recados, e o acesso aos conteúdos de seu interesse, selecionados através das comunidades e seus respectivos fóruns. No Facebook é tudo um pouco mais confuso, as coisas se misturam na sua timeline. E ainda assim, a fan page, que seria o equivalente à comunidade tem caráter mais informativo que a proposta de se tornar um local de discussão. Frequento até hoje a comunidade do meu time de futebol no Orkut porque lá consigo discutir assuntos e obter um apanhado de informações em tópicos específicos, num ambiente segmentado e livre de outras interferências.
SALVAR OS DADOS Para aqueles que ainda usam o Orkut e desejam salvar suas informações, fotos, scraps e demais, está disponível a ferramenta “Google Takeout”. Quem acessar o site poderá escolher a opção “Orkut” e criar um arquivo baseado no seu perfil. Uma vez pronto, é só baixar.
CAMPANHA ONLINE
HONESTA Três dicas para verificar se os candidatos estão seguindo as regras Em épocas de eleições candidatos são postos à prova quanto a inúmeros requisitos relacionados com a capacidade de governar ou legislar sobre o povo. Honestidade é de longe a qualidade
mais procurada, apesar de ser talvez a menos encontrada, já que ocupamos o 72º lugar entre os países mais corruptos do mundo, segundo ONG Transparência Internacional (2013). Cabe ao Revista VEJA
eleitor ficar de olho em cada uma das atividades desenvolvidas por quem está na corrida pelo voto. Não é necessário dizer que se o jogo é sujo desde a campanha, não se pode esperar algo diferente do exercício do mandato.
caso não dê a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República também reproduziu algumas regras em seu próprio site (http://www.secom. gov.br/orientacoes-gerais/normas-e-contratacoes/eleicoes-2014_)
A internet, além de fonte de informação, é também fonte de desinformação. Cada vez mais a rede se torna um lugar ideal para a disseminação de boatos e falsas notícias e isso só acontece porque tem quem acredite sem apurar, o máximo possível, as referências. Isso vale até para informações divulgadas pela mídia tradicional. É necessário não ser passional na busca por informação e isso é aplicável na hora de acompanhar as ações dos candidatos. Essas pessoas concorrem a uma posição essencial para o futuro da nação e sua vida política não pode ser baseada em falsas notícias ou outros truques sorrateiros.
#Dica Nº2 – Procure sites que orientem candidatos e internautas sobre as normas
E é por isso que a AC Digital preparou uma breve lista com dicas fáceis para você ficar de olhos bem abertos em quem pretende levar o seu voto: #Dica Nº 1 – Comece pelo site do TSE
Na Suite de Gerenciamento Político, página voltada para candidatos que querem incrementar a campanha em ambiente online, o autor faz um resumo das possibilidades nas ferramentas de mídias sociais, e-mail marketing e website. Vale a pena conferir em www. gerenciamentopolitico.com.br/propaganda-eleitoral-normas-2014. No site www.pragmatismopolitico. com.br ,que tem como objetivo promover a educação política no país através da rede, é possível acompanhar os passos dos candidatos, principalmente os presidenciáveis. A filosofia é analisar os fatos a partir dos seus desdobramentos práticos, então se alguém dançar desconforme à música eles vão noticiar.
Blogs também podem ser ótima fonte O TSE – Tribunal Superior Eleitoral de informação, desde que comprovem é a instância jurídica máxima da Jus- credibilidade no assunto. É necessário tiça Eleitoral brasileira. É o único ór- observar se a experiência e titulação gão jurídico do país que detém funções de quem o escreve é compatível com administrativas e normativas e por esta a proposta. Uma indicação é o blog do última função é a fonte mais confiável jornalista Leonardo Sakamoto (www. para verificar se o candidato está an- blogdosakamoto.blogosfera.uol.com. dando na linha ou não. Basta acessar o br) que é doutor em Ciência Política e link www.tse.jus.br/eleicoes/eleico- é acreditado por um currículo que ines-2014. Não é difícil o site do TSE clui a cobertura de conflitos armados estar fora do ar, mas não se preocupe, e o desrespeito aos direitos humanos há bastante tempo para tentar acessar e em Timor Leste, Angola e no Paquis-
tão. Além de ser professor de Jornalismo na PUC-SP e coordenador da ONG Repórter Brasil. #Dica Nº3 – Diga não à boataria
direta, pois a Justiça Eleitoral está em cima. Internautas perdem o limite da responsabilidade e acabam criando essas versões digitais das lendas urbanas e em épocas de eleições o artifício pode ser bastante perigoso. Recentemente chegaram a divulgar na internet o vídeo de um candidato à presidência que teria soltado um pum ao vivo durante uma entrevista na televisão... e tem gente acreditando.
O hoax está na moda e apesar da palavra mais parecer uma onomatopeia quer dizer apenas boatos que são espalhados pela internet. Esses boatos muitas vezes ganham roupagem especial para parecem muito com fatos verdadeiros, mas... são boatos. E muitos usuários tem Para acabar de vez com essa senfacilidade de acreditar nessas mentiras. sação de propagar mentiras na rede Edgard Matsuki criou o www.boaEsse tipo de informação mentiro- tos.org que cumpre a missão diária de sa pode até ser fomentada por candi- desmentir todas as balelas que circudatos, mas é difícil que seja de forma lam no mundo virtual.
#CURTAS 600 milhões É o número de utilizadores mensais registrados e ativos do WhatsApp, de acordo com um tweet feito pelo presidente e cofundador do app, Jan Koum. Esse número contabiliza todos os usuários que mandaram, pelo menos, uma única mensagem durante o mês. Para efeitos de comparação, em fevereiro deste ano, aquando da compra do WhatsApp pelo Facebook, esse número estava em 450 milhões. Em menos de quatro meses, um salto de mais de 100 milhões de usuár ios, que vem reforçar o que Mark Zuckerberg disse: o WhatsApp irá atingir 1 bilhão de usuár ios mais rapidamente que o Facebook.
Botão antirroubo O estado da Califórnia, nos Estados Unidos, aprovou uma lei que determina que todos os celulares comercializados a partir de julho de 2015 tenham um sistema antirroubo. Na prática, isto significa um comando que irá “matar” o celular, fazendo que co o mesmo se torne inutilizável por ladrões, reduzindo assim o incentivo aos furtos. O que não está claro, ainda, é de que forma o usuário fará uso deste sistema. Esta prática, no entanto, não é uma novidade, pois leis similares já haviam sido aprovadas em outros estados, como em Minnesota. A diferença, contudo, é que a lei Californiana estipula que é necessário existir um maneira de “reativar” o celular, caso o dono original consiga reaver o seu aparelho dos ladrões. O roubo de smartphones é um dos delitos mais comuns em terras americanas, e ações como estas têm sido apoiadas tanto por usuários como fabricantes.
Rolou no O LinkedIn é uma rede social onde profissionais de várias áreas podem se encontrar e trocar ideias. Aqui, você encontra um pouco do que aconteceu por lá.
O fim da mídia impressa?
Eleições
O grupo “Mídias Sociais” tem uma discussão sobre as práticas comuns adotadas nas campanhas eleitorais online. Aproveitando a matéria da AC Digital deste mês, uma visita ao grupo para ler os textos publicados pode ser uma boa pedida. Confira!
O grupo “Assessoria de Imprensa” levanta a questão sempre presente nos debates das mesas de jornalistas: a importância das mídias tradicionais no mundo moderno, e um possível desaparecimento das mesmas. Um artigo divulgado no grupo traz alguns dados relevantes sobre este tema, tirados de pesquisas realizadas no ano passado, e que oferecem um novo olhar sobre as mídias tradicionais em território nacional. Um dos exemplos é que o Brasil aparece em primeiro lugar, entre nove países avaliados, como o país que mais gasta mensalmente com mídia tradicional. São, em média $15, o que equivale a aproximadamente 30 reais. Outra pesquisa mostra que o Brasileiro cita jornais e revistas como um dos principais lugares para conhecer novas marcas. Em geral, a situação parece não estar tão má quantos muitos pensa. Vale a pena conferir