EDITORIAL A palavra A fer ramenta do jor nalista é a palavra. Claro que é o pr incipal instr umento de todos para a comunicação. Mas o jor nalista tem de dominar a escr ita para uma infor mação direta e sem er ros. Os r uídos podem causar g rande transtor no para quem quer passar uma notícia fidedigna. Somos contadores de histór ias, não de romances e sim de vidas. Relatamos o que vemos sem a interferência do “eu”. Segundo Victor Hugo, “as palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade”. O francês - poeta, dramaturgo entre tantas outras atividades- definiu com sabedor ia a importância da comunicação e o que ela pode causar. Quando infor mamos um f ato não queremos a concordância do que relatamos, mas a reflexão em cima da infor mação. “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a mor te o direito de você dizê-las” declarou o filósofo Voltaire. Concordar ou não é um direito democrático e que tem que ser respeitado. Deus nos deu o raciocínio, o intelecto, e com ele cr iamos o alfabeto, a co-
municação. Não sei se concordam, mas acho que foi o invento mais importante do ser humano. Expressamo-nos através de poemas, romances, música etc. Vivenciamos vidas alheias apenas na leitura ou quando assistimos uma obra de dramaturgia. São tantas vidas que a palavra proporciona. “Seja como for o que penses, creio que é melhor dizê-lo com boas palavras”- disse William Shakespeare. É exatamente isso, escolher elas para compor estrofes, r imas ou simplesmente uma opinião. “São os suspiros da alma” - declarou Pitágoras. Padre Quevedo falou com sabedor ia: “As palavras são como moedas: uma pode valer por muitas, e muitas não valer por uma”. Para fechar com chave de ouro esse doido pensar: “Se você não conseguir fazer com que as palavras trepem, não as masturbe” - Henry Miller. Escolhe-las é sabedor ia na hora se expressar.
Augusto de Carvalho Editor-chefe
Índice Quem quer ser Nigéria?
03
Novidades no Facebook
08
Nas ondas do Rádio
11
Prêmio Literarte
15
Perfexx
16
E-Book MKT 3.0
20
Windows 10
22
Expediente Editor-chefe Augusto de Carvalho Textos Augusto de Carvalho Luis Gurgel Colaboradores Caos Descrito Carlos Augusto Brum Fabrício Rocha Tereza Cristina Rocha Diagramação Luis Gurgel
QUEM QUER SER
NIGÉRIA? O massacre no jornal parisiense Charlie Hebdo formou uma onda comoção mundial. Já na Nigéria a morte de 2.000 pessoas mal fez uma marola. O mundo inteiro acompanhou o resultado de uma ação reivindicada pelo grupo terrorista Al-Qaeda que deixou 12 mortos e pelo menos 11 feridos na França, no dia 7 do mês passado. O alvo foi o satírico jornal
Charlie Hebdo, semanário de humor mordaz conhecido por debochadas matérias e caricaturas que mexem com assuntos políticos, econômicos e também religiosos, sendo este último o estopim para o ato de terrorismo: o
Profeta Maomé é um dos principais temas das brincadeiras de Charlie. Essas sátiras já há muito tempo causam polêmica no mundo islâmico e são recebidas como insultos pelos mulçumanos. Foi o que levou os irmãos Saïd e Chérif Kouachi, a entrarem na sede do jornal vestidos de preto e armados com fuzis Kalashnikov. A iniciativa foi elogiada pelo grupo extremista Estado Islâmico, que na segunda-feira 26 de janeiro ordenou a realização de novos ataques contra países ocidentais. “Pedimos aos muçulmanos da Europa e do Ocidente infiel que ataquem em todos os lugares (...) nós prometemos aos cristãos que eles continuarão vivendo em estado de alerta, de terror, de medo e de insegurança (...) Vocês ainda não viram nada”, afirmou Mohammad al-Adnani, porta-voz do EI em uma mensagem de áudio postada na internet, de acordo com informações da agência AFP. Toda essa movimentação vingativa em torno da honra do profeta ofendido preocupou o mundo ocidental que se mobilizou em número expressivo contra o terrorismo. No dia 11 de janeiro três milhões de pessoas se manifestaram em toda França, incluindo 40 líderes mundiais. A frase “Je suis Charlie” (francês para” Eu sou Charlie”) encorpava gritos e condolências nas redes sociais envolvendo o planeta em uma onda de solidariedade contra os ataques.
usada nas manifestações a favor da liberdade de expressão de Charlie Hebdo, mas “oublié” nem tanto. Quer dizer “esquecida” em francês, característica atribuída ao suplício das vítimas de um massacre em Baga, na Nigéria, que tirou a vida de um número estimado de 2.000 nigerianos. Também um ato de terrorismo desta vez promovido por militantes do Boko Haram, organização fundamentalista islâmica. A onda de comoção por Charlie passou por muitos lugares e bem podia ter se somado a de Baga e virado uma tsunami contra o terrorismo. Mas o caso da Nigéria não passou de marola, se comparado com o irmão francês. Apesar da quantidade muito maior de mortos, a ação do Boko Haram não tirou tanta gente de casa com placas na mão e ninguém viu desfiles acalorados de líderes mundiais por ruas nigerianas. Quem reparou na disparidade pôs a boca no trombone, principalmente sobre a ação da mídia. No Twitter o especialista em terrorismo Max Abrahms afirmou ser uma vergonha o fato de duas mil pessoas serem mortas no maior ataque do Boko Haram ganhar quase nenhuma cobertura da mídia. Na mesma rede social o músico britânico Nitin Sawhney também manifestou sua opinião sobre caso. Ele disse que era comovente assistir aos eventos (de comoção) em Paris, mas gostaria que a imprensa mundial se sentisse igualmente indignada pelas Je suis Baga. Oublié. recentes notícias da Nigéria. E as críticas continuaram através de charges A expressão em francês “Je suis”, que imitavam as criadas para apoiar que quer dizer “eu sou”, já está co- Charlie Hebdo. Uma das mais comonhecida da maioria, depois de tanto ventes mostra as vitimas do Boko Ha-
ram em uma nuvem assistindo do céu às manifestações pela liberdade de expressão do jornal parisiense enquanto o filho pergunta para a mãe: “por que o mundo não está se colocando de pés por nós também?” “Eu sou Charlie, mas eu sou Baga também”, publicou o correspondente de África Simon Allison do Daily Marverick, jornal diário online da África do Sul. Em matéria comparando os dois massacres ele questiona onde estão as marchas solidárias, os editoriais apaixonados e as condenações internacionais para o crime do Boko Haram. No texto ele condena: algumas vidas parecem ser mais valiosas do que outras. Ele conta que as informações sobre o acontecido foram nebulosas e que os jornalistas mais próximos estão há centenas de quilômetros de distância e, mesmo ali, não é seguro. As notícias chegam quase que exclusivamente através de refugiados traumatizados e fontes não confiáveis do governo. Allison explica que ainda assim fatos suficientes emergiram para se saber que algo terrível tinha acontecido lá – apocalíptico. Ele continua o texto relatando todas as atrocidades que vinham acontecendo continuamente em Baga que não ganharam muita atenção da grande mídia internacional, como uma adolescente que foi presa a explosivos e usada em um ataque que matou pelo menos 16 pessoas. O artigo do correspondente condena o silêncio do mundo, mesmo após a morte de mais de 2.000 mil pessoas. O continente africano ficou em silêncio. Citando como exemplo o que, segundo Allison, foi uma demonstração de hipocrisia, a presença
do presidente do Gabão Ali Bongo Ondimba na marcha da solidariedade em Paris. Um ditador africano que fez campanha pela liberdade de expressão na França, mas restringe violentamente a liberdade de imprensa em casa. E Allisson questiona: Onde estão os líderes africanos condenando o massacre em Baga? Onde estão os jornalistas africanos analisando obsessivamente e reportando esse massacre? Onde estão as marchas de solidariedade na África? Contra a disparidade No Brasil, o Observatório da Imprensa, que é iniciativa do Projor – Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo – publicou um artigo condenando a desproporção nas coberturas midiáticas. Já no título a autora, Sylvia Debossan Moretzsoh, que é jornalista e professora da Universidade Federal Fluminense, faz men
Imagem ilustra vítimas nigerianas questionando desigualdade entre tratamento dos casos
ção à dissemelhança: O abismo entre ‘Charlie’ e Baga, Nigéria. A jornalista começa citando um artigo clássico publicado em 1976, mas que ainda hoje se faz bastante coerente com o contemporâneo. Alexander Cockburn, falecido em 2012, disse na época que “Os editores devem se lembrar de que há extensas partes do mundo nas quais as pessoas não existem a não ser em grupos de mais de 50 mil.”. Quase quarenta anos depois da publicação e Alexander parece ter publicado o texto ontem. “As pessoas somente começam a se interessar se falarmos em 50 mil e 100 mil mortos. Especialistas calculam que somente uns 50 mil indianos seriam capazes de igualar, em termos de notícia, ao total de 10 americanos”. No texto que pode ser acessado em www.migre.me/olFU0, Sylvia ressalta que “a disparidade é, antes de mais nada, reveladora da distinção entre os seres humanos: ocidentais brancos, especialmente se têm prestígio social, valem mais que negros africanos ou pessoas que nasceram e habitam na periferia do mundo. Geopoliticamente, faz sentido, por mais que seja cruel: o que ocorre nos países mais importantes tem mais relevância, inclusive pelas consequências políticas que pode provocar. A derrubada das Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001, é um exemplo disso. E o jornalismo se guia por esses critérios.” A jornalista explica que o público está acostumado, pela própria imprensa, a ter o interesse cativado a “prestar atenção apenas ao que, aparentemente, lhe diz respeito, por proximidade física, cultural ou ideológica.”. Ela cita um exemplo da diferença de re-
percussão gerada pela desigualdade entre classes sociais no Brasil. O instrutor de asa delta Marcos Archer, preso na Indonésia desde 2004 por tentar entrar no país com cocaína foi morto por fuzilamento no dia 17 de janeiro deste ano. No Lins, subúrbio da cidade do Rio de Janeiro, o menino Patrick Ferreira de Queiroz era enterrado, no mesmo dia da execução de Archer, na data do próprio aniversário quando faria 12 anos, após ter sido atingido por um tiro também de fuzil, supostamente em uma troca de tiros entre policiais e traficantes. Segundo o registro policial Patrick levava uma pistola e uma mochila com drogas e um radiotransmissor. Acusações semelhantes, a morte chegou para os dois, mas o histórico de vida deles é bastante diferente. O caso de Archer dividiu o público, virou tema de debates sobre a pena de morte. Era mais um da classe média que estava morrendo ali. Sylvia novamente ressalta que “em momento algum Archer foi chamado de traficante: era apenas alguém que carregava droga e foi flagrado pela alfândega.”. O pobre Patrick não teve a mesma repercussão, por sua causa não se discutiu o destino de menores como ele que em uma esquina ou outra dessa vida acabam do mesmo jeito. Com Patrick vai morrendo cada dia mais a prática do jornalismo que deveria fazer diferença na sociedade, mas que pela falta de pensar, questionar, revisar a forma como gere as informações, acaba reproduzindo as injustiças e preconceitos que há muito tempo estão gritando bem na nossa cara.
“Exageramos na exploração de um fato... porque é insuportável lidar com o outro” Como pessoa, me enquadro na massa que fica indignada com o que acontece ao redor, mas não encontra caminhos ou força para mudar ou fazer alguma diferença. E como muitos, acostumando a calar, acomodando as emoções para não doer, até mudar e ficar como os Macacos Sábios da mitologia japonesa, que não veem, não ouvem e não falam. Há anos a questão da Nigéria vem ocorrendo e a repercussão na mídia e no mundo é a mesma. Uma noticiazinha aqui, outra ali, um abaixo assinado, um grupo indignado falando do absurdo, redes sociais comentando e agindo virtualmente, alguns países tentando ajudar a procurar sequestrados. Concretamente, na realidade, a situação só se agrava e nada muda. Banalizou? Até onde sei, é exatamente o comportamento “ocidentalizado” da comunidade cristã local que está sendo rejeitada pelos Boko Haram, não é? Quantas meninas vem sendo sequestradas, estupradas, mutiladas e obrigadas a conversão ao islamismo? Os olhos do mundo estão fechados há mais tempo! Vejo a reação atual à matança de 2000 pessoas como igual a tantas outras (em menor número) de meninas, crianças ainda e adolescentes. A mídia não tem dado importância a estes acontecimentos com muita ênfase e, talvez por tabela, as pessoas também. Não tem interesse. “é a lei de lá”... “é uma cultura diferente”, meio que confirmando o ditado popular – “em briga de marido e mulher, ninguém deve meter a colher”. Então é o inverso? De repente, as pessoas estão pouco se lixando para questões religiosas, culturais, que acontecem lá na Nigéria. Nem reconhecem haver problema no fato de mais de 200 meninas serem capturadas em uma escola para serem estupradas em massa, simplesmente por não seguirem os preceitos islâmicos? A cada ano as notícias são mais graves, mas como poucos se interessam, a mídia também não se interessa. Será isso? ... 5, 50, 200, 2000, ..., números
Por Tereza Cristina Rocha*
que não se aproximam do fato essencial que pode ser aceitação das diferenças, liberdade de escolha, sei lá! A história está sempre escancarando fatos que falam da mesma dicotomia – domínio/submissão; conquista/ destruição. Não basta ter o domínio. É necessário apagar, destruir qualquer vestígio do que foi dominado. É o troféu da conquista – excluir do mapa. Os espanhóis na conquista da América construíram igrejas soterrando templos e toda a cultura de uma civilização. Evoluímos? Sei não... Acho que muitas vezes exageramos na exploração de um fato - como o ataque terrorista ao jornal Charlie Hebdo na França – porque é insuportável lidar com o outro. Você pergunta se é possível quebrar a repetição desses desfavorecimentos com uma mudança de comportamento. Acho que é sim. Mas o primeiro passo é reconhecer que existe este desfavorecimento. Enquanto for negado, não há o que mudar. Simples assim. O que penso é que o foco não deve estar no desfavorecimento e sim no direito de cada um de escolher como quer viver sem ser punido por isto. Viver e deixar viver. Sem imposição ou domínio. E aí o pensamento não tem fim o que é o direito de cada um? *Tereza é psicóloga especialista em psicodrama. Pós-graduada em Terapia Comunitária Integrativa na Universidade Federal do Ceará, e é uma das fundadoras da ECCOSocial da Região Serrana (www.eccosocial.org).
NOVIDADES NO
FA C E B O O K Empresa de Mark Zuckerberg prepara novo pacote para conquistar novos mercados Sempre em busca de um novo mercado para competir, o Facebook lançou neste último mês, para algumas seletas empresas, o aplicativo “Facebook At Work”. O nome, que pode ser livremente traduzido para “Facebook no trabalho”, é auto-explicativo: o app é uma investida no
ambiente corporativo. Desenvolvido pela equipe de Londres, a ferramenta apresenta um design muito parecido ao que é encontrado na rede social normal, mas possui algumas diferenças-chave. A primeira é que, obviamente, não apresenta nenhum tipo de pu-
blicidade. A segunda, e talvez mais importante, é que ao contrário do que acontece normalmente, a empresa de Mark Zuckerberg não segue e compila o dado dos usuários, para posteriormente poder usá-lo na hora de direcionar anúncios e/ ou negociar com outras empresas. É uma atenção maior à privacidade dos seus usuários, e que poderá fazer com que certas empresas se tornem mais dispostas a usufruir do programa. Atualmente, os usuários tem acesso ao “At Work” tanto a partir dos seus computadores como pelos smartphones, por meio do “app”.
Ao contrário de um fenômeno das redes sociais, que se alia na possibilidade de viralizar tudo e fazer dinheiro com publicidade e a informação de seus usuários, especialistas da WSJ afirmam que o potencial do mundo corporativo para lucros é bastante menor, e que, contrariamente ao que acontece no presente, o ‘At Work’ deverá manter-se vivo por meio do pagamento de pequenas taxas de ‘assinatura’ do serviço. Segundo o Facebook, a grande novidade é a existência de “Grupos”, que podem ser criados e que, espera-se, possam vir a substituir os e-mails no ambiente de trabalho. A lógica é que, ao criar-se grupos que podem enviar mensagens entre si, seria possível um nível maior de organização, reduzindo assim a pilha infinita de e-mails que chegam e que muitas vezes não têm o interesse de todas as pessoas. Para o Facebook, esta nova aposta parece ser bastante diferente do core business da empresa. Ao contrário de um fenômeno das redes sociais, que se alia na possibilidade de viralizar tudo e fazer dinheiro com publicidade e a informação de seus usuários, especialistas da WSJ
afirmam que o potencial do mundo corporativo para lucros é bastante menor, e que, ao contrário do que acontece no presente, o ‘At Work’ deverá manter-se vivo por meio do pagamento de pequenas taxas de ‘assinatura’ do serviço.
brinquedinhos. A empresa começou a realizar testes de um recurso que converte em texto as mensagens de áudio enviadas pelo aplicativo do Messenger do Facebook. A novidade foi revelada por David Marcus, que antes presidiu o PayPal e recentemente juntou-se aos quaAinda assim, o Facebook não é a dros do Facebook, em sua página. única gigante a focar parte da sua Inicialmente, haverá uma fase beta, atenção neste mercado. A Microsoft, em escala limitada, para testar se desde 2012, após ter adquirido a tudo está funcionando corretamenYammer, especializada em ambientes te, e apenas após esse período o re“sociais corporativos”, também vem curso será liberado em larga escala. incluindo funções ao seu “Office” Segundo Marcus, a função é inteque visam melhorar a vida dos tra- ressante pois, às vezes, as pessoas balhadores em escritórios. Por sua encontram-se em ambientes como vez, a famosa IBM também pegou um show ou uma reunião, onde o carona na mesma onda, e construiu barulho ou a necessidade de silêno serviço de rede social corporativa cio impedem que possam checar as ‘Connections’, para o seu próprio suas mensagens de áudio. Com esta uso. O sistema foi, recentemente, novidade, basta um clique no botão avaliado em $1 bilhão. para que o Messenger converta, automaticamente, tudo para texto. Facebook + Áudio No momento, não há previsão de que este recurso seja incluido na Mudando um pouco o foco, mas versão “de computador” do Faceainda relativo à rede social de Mark book, estando limitado ao aplicativo Zuckerberg, não são apenas os ‘en- do Messenger em smartphones. Vale gravatados’ que irão ganhar novos a pena ficar de olho nas novidades!
Imagem divulgada do Facebook ‘At Work’ funcionando em Smartphones. Nada de anúncios nas páginas.
NAS ONDAS DO
RÁDIO Conheça mais sobre a 93 FM, que há 13 anos atua com o rádio on-line Na edição passada publicamos uma matéria sobre a pesquisa brasileira, referência 2014, sobre hábitos de consumo de mídia da população nacional, divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Os dados completos podem ser acessados no link: http://observatoriodaimprensa.com.br/download/PesquisaBrasileiradeMidia2014.pdf O rádio, marcado pela sua época de ouro na década de 50, tem como panorama atual uma perda se comparado à televisão. Apenas 21% dos
entrevistados ouvem o rádio todos os dias da semana, ao passo que 39% dizem nunca fazê-lo. No entanto, um dado curioso é que, uma vez ligados na programação, a média de tempo a que as pessoas ficam expostas ao rádio é praticamente igual à da TV, sendo de 3h7m durante a 2ª e 6ª e 3h aos fins de semana. Falando em regiões, o Centro-Oeste e Norte abrigam os estados que, em geral, menos utilizam o rádio – apenas 16% e 12%, respectivamente. Em contrapartida, o Sul desponta como principal adepto, com
uma média de ouvintes regulares de 27%. Este número foi puxado para cima graças ao estado do Rio Grande do Sul, onde 35% da população dos entrevistados são expostos todos os dias à programação. A idade dos entrevistados revelou ser um importante fator no que toca à utilização do rádio. Nota-se uma clara segmentação entre as faixas etárias – o percentual de pessoas que ouvem rádio todos os dias sobe de 15% entre os mais jovens para 26% entre a população acima de 65 anos. O rádio também apresenta algumas similaridades com a televisão. Na divisão entre os sexos, as mulheres novamente batem os homens: em média, elas estão expostas ao rádio por um período de cerca de 3h14m, contra 2h59m. Da mesma forma, também o tamanho do município influi diretamente no tempo que se gasta ouvindo rádio. Em locais menores, até 20 mil habitantes, gasta-se cerca de 2h46m do dia com esse meio de comunicação, e este número cresce conforme o tamanho dos municípios. Naqueles com mais de 500 mil habitantes, a média chega a alcançar 3h30m. Com as informações fomos ouvir um profissional do ramo e fizemos a solicitação para que falasse sobre o assunto. Principalmente o que foi feito ou está sendo feito para competir ou se adaptar a era digital. Juliano Medeiros, jornalista e chefe de reportagem da rádio 93FM, nos mandou um texto explicando o trabalho desenvolvido na emissora para a manutenção e busca de novos ouvintes. Este segue reproduzido na íntegra, a seguir:
PESQUISA BRASILEIRA DE MÍDIA 2014
RÁDIO
Fundada em maio de 1992, a 93FM traz o que existe de melhor da música cristã contemporânea. A rádio entrou no ar à meia noite do dia 25 de maio. Com o passar dos anos foi se consolidando no segmento gospel. Em 1997, reformulou seu sistema de transmissão e passou a ser uma das pioneiras no uso da tecnologia digital. Com o avanço das redes sociais e as facilidades tecnológicas, a direção da emissora observou um potencial em explorar esses nichos e ampliar sua área de cobertura. Primeiro, a rádio investiu, há 13 anos, na transmissão usando a internet. Por meio de um link dedicado (exclusivo) e um acordo com empresas especializadas, a programação, deixou de ser veiculada apenas em canal aberto, passou a ser acessível em todo o mundo através da rádio on-line.
Era o início da revolução digital da emissora pela rede. Essa experiência foi ampliada no ano de 2003. A 93FM transmitiu, ao vivo, com qualidade digital, usando a internet, shows do Canta Zona Sul, direto da Praia de Copacabana. Até então, este tipo de cobertura era feito por meio de linhas telefônicas exclusivas ou canais via satélite. A aposta rendeu know how para futuras transmissões do mesmo estilo. O modelo chamou a atenção de outras grandes rádios. O sistema Globo, por exemplo, observou o sucesso e a qualidade destas transmissões e posteriormente adotou o mesmo modelo em suas coberturas jornalísticas e esportivas. A consolidação da rádio on-line e a presença em diversos eventos importantes no país ficaram pequenas
para a equipe da emissora. E foi preciso ir além, buscar novos meios de crescer, agregar audiência. As redes sociais viraram o novo foco da equipe. Primeiro o orkut foi usado como ferramenta para atrair ouvintes e disponibilizar conteúdo exclusivo sobre programação, bastidores e eventos. O facebook foi outra aposta, antes mesmo da rede social se tornar popular entre os brasileiros. Só para se ter uma ideia da importância que se é dada a este segmento, em 2011, a comunidade da emissora era de 2 mil pessoas. Hoje, são mais de 508 mil seguidores, que acompanham por meio das postagens relacionadas a bastidores, informação, mensagens e música. E a página foi reconhecida oficialmente pelos gestores da rede social e ganhou o selo de autenticidade. Atualmente, somos uma das maiores comunidades do segmento do Brasil. Também investimos no uso do ‘twitter’ (com informação e interação com o nosso ouvinte) compartilhando conteúdo por meio de outra ferramenta que invadiu a redação logo no início de seu uso aqui no Brasil: whatsapp. Fechamos esse ciclo nas redes sociais com as postagens no ‘instagram’, exclusivas de nossos bastidores. Aliado a essa revolução tecnológica, a rádio também investiu pesado no canal do Youtube, dando a oportunidade aos nossos ouvintes de verem os clipes e bastidores dos maiores cantores gospel do país. Sucessos da programação regular da 93FM. O número de seguidores não para de crescer, porque o canal também se
complementa as outras redes sociais. Sabemos que novas redes sociais estão ganhando força ou futuramente podem se tornar uma arma importante nesse papel de divulgação e interação com o ouvinte. Por isso, já estamos de olho também no Pinterest, Flickr, Google+, Eyeen, etc. Os desafios da 93FM são sempre renovados. Não só com a responsabilidade de manter consolidada a audiência via sinal aberto, mas também de estar à frente das mudanças que a web nos sujeita encarar.
93 FM na web Site: www.radio93.com.br Facebook: facebook.com/radio93.3fm Twitter: @93fmgospel Instagram: radio93fm WhatsApp Jornalismo 93: (21) 96803-8319
JULIANO MEDEIROS CHEFE DE REPORTAGEM Juliano Medeiros é jornalista formado pela Universidade Salgado de Oliveira, com especialização na Universidade Estácio de Sá. Já atuou em importantes grupos de comunicação do país, como produtor, repórter e editor de texto. Passagens pela TV Gazeta (afiliada TV Globo), InterTV Alto Litoral (afiliada Rede Globo) e TV Record Rio e TV Record Região dos Lagos. Atualmente, está na chefia de reportagem da Rádio 93FM. Ao longo de 14 anos de profissão teve diversas reportagens vencedoras nos Prêmios Petrobrás de Jornalismo e Prêmio Cabo Frio de Comunicação (onde ganhou 3 vezes). Também palestrou em universidades como Veiga de Almeida, Estácio e FSMA (Macaé).
Grupo Literarte organiza evento visando agraciar projetos e figuras importantes para a cidade Em fevereiro, representantes de vários segmentos da arte, cultura e comunicação serão agraciados com o Prêmio Cabo Frio de Cultura e Entretenimento. A iniciativa é do Grupo Literarte, com o objetivo de destacar os melhores trabalhos desenvolvidos na área durante o ano de 2014. Só da Região dos Lagos- RJ, serão muitos homenageados, distribuídos entre atores, diretores, músicos, escritores, jornalistas, comunicadores, veículos de imprensa e autoridades, que de alguma maneira incentivam a produção artística e cultural. Também serão agraciados representantes de outras cidades do Brasil e do mundo. Ao falar sobre a premiação, a presidente da Literarte, Izabelle Valladares, explicou que com esse gesto a associação reconhece quem se destaca na sociedade com excelência na gestão de suas carreiras, contribuindo, assim, para o desenvolvimento cultural do país. A falta de espaços e de mecanismos para que os escritores e artistas possam apresentar suas criações ao público nacional e internacionalmente foi um dos motivos do surgimento da associação. Aos poucos, foi se tornando um importante incentivador dentro do cenário artístico e cultural, visto que promove eventos e concursos culturais, auxilia os artistas na
produção e publicação de suas obras, além de integrar escritores, músicos e artistas plásticos, dentro e fora do país. A cerimônia de entrega do Prêmio será no dia 28 de fevereiro, sábado, às 18h, no Teatro Municipal de Cabo Frio.
SOBRE A LITERARTE A LITERARTE é uma Associação Internacional de escritores e artistas, fundada em 10 de julho de 2010, que começou suas atividades propriamente ditas em outubro do mesmo ano. Trata-se de uma entidade cultural de tempo indeterminado, com foro jurídico e sede na cidade de Cabo Frio/ RJ. Sem fins lucrativos, tem por
objetivo principal associar, unir, promover e divulgar, a nível nacional e internacional, escritores e artistas plásticos, residentes ou não no Brasil. Endereço: Av. Nilo Peçanha, 360 , loja 105 - Centro - Cabo Frio - RJ Email: atendimento@grupoliterarte. com.br Telefone:(22) 2645-3466 (Cabo Frio)
SIMONE MENDONÇA Simone Mendonça é jornalista e escritora. Começou no Jornalismo em 1990 e passou por grupos empresariais importantes como o Sistema Jornal do Brasil, Jornal do Comercio, Rede Globo (TV Alto Litoral e InterTV), Sebrae/RJ, entre outros. Atuou em reportagem, edição, produção, assessoria de imprensa e como Diretora de Comunicação. Trabalhou na Pastoral da Comunicação e como membro da diretoria do Centro Cultural Nossa Senhora da Assunção. Atualmente é integrante da Assessoria de Comunicação da faculdade Salesiana Maria Auxiliadora. Além da atuação no Jornalismo, escreve contos e crônicas. Em 2014, recebeu o Prêmio Liberdade de Expressão durante o Festival de Contos do Rio de Janeiro. Simone Mendonça passa a integrar ao quadro de colaboradores da revista AC Digital, com crônicas sobre o mundo literário na era virtual.
Reprodução
PERFEXX Descubra como é o funcionamento de uma assessoria especializada no meio artístico Os profissionais da área de comunicação, mais especialmente aqueles que atuam como assessores (de imprensa ou comunicação), sabem que existem todo o tipo de clientes. Políticos, empresas, instituições dos mais variados tipos, enfim, o leque de possibilidades é bastante amplo. No meio desta rede, encontra-se também os artistas e o meio artístico. A AC Digital traz, este mês, uma matéria sobre a Perfexx, uma asssessoria de imprensa situada em São Paulo, que é especializada na comunicação e empresariamento artís-
tico. Entre o grupo de artistas que integram o seu quadro pode-se citar Gal Costa, a banda de rock Fresno, além, é claro, de Filipe Catto, com quem a AC Digital teve o prazer de conversar há alguns meses. Ana Paula Aschenbach, dona da Perfexx ao lado de Rogério Bolzan, tirou um tempinho para responder algumas questões sobre como é a vida de uma assessoria imersa no meio artístico. Questões como o ego dos artistas e a diferença entre divulgar um produto e uma pessoa foram alguns dos temas abordados, confira!
AC Digital: O jornalista/assessor, que diferenças são fundamentais para o exercício da função? Ana Paula Aschenbach: É importante saber se comunicar bem em diferentes ambientes. Em um dia você pode estar em um ambiente muito formal e em outro em lugar bem descontraído. Precisa ser transparente tanto com os clientes como com os jornalistas, fazer promessas que você não consegue cumprir é um grande erro. Acho que essas duas coisas são principais. AC Digital: O jornalista tem como foco a notícia e o assessor o de fazer virar notícia o fato assessorado. Como se encontra o equilíbrio para a ética exigida na profissão? Ana Paula: O assessor precisa saber também o que é notícia, não há necessidade em transformar o que não é notícia em notícia. O assessor muitas vezes é um dos caminhos para a notícia chegar ao jornalista e não um “criador de notícias”. Pensar em pautas diferentes é uma função do assessor, que conhece melhor seu cliente e pode sugerir pautas diferenciadas de acordo com o veiculo. AC Digital: Elaborando uma comparação, qual a diferença entre o trabalho realizado para pessoas/artistas e a assessoria de imprensa corporativa? Ana Paula: Para uma pessoa ou artista você não pode pensar só no produto, tem que pensar em muitas
outras coisas, afinal você está tratando de uma pessoa, há sentimentos, ego, muitas outras coisas envolvidas. Em uma empresa, em muitos casos, você pensa no produto, na imagem que quer passar e no retorno que quer ter. Quando falamos em artista, é um pacote completo, o seu projeto atual (cd, dvd, ep...), o show, a vida privada....tudo está linkado e influencia na hora de fazer a divulgação.
“Para uma pessoa ou artista você não pode pensar só no produto, tem que pensar em muitas outras coisas, afinal você está tratando de uma pessoa, há sentimentos, ego, muitas outras coisas envolvidas.” AC Digital: De que forma(s) a assessoria de imprensa pode agregar valor à carreira de um de quem necessita da opinião pública? Ana Paula: A assessoria de imprensa vai fazer um trabalho diário para que outras pessoas conheçam a pessoa em questão. Estamos cansados de saber que há muitas pessoas qualificadas no Brasil, mas que não recebem oportunidade, a assessoria
Reprodução
ajuda a passar a imagem que a pessoa quer transmitir. Fazer com que o cliente vire fonte ou referência no assunto que ele é especialista. AC Digital: A liberdade nas redes sociais é encarada como positiva ou negativa na vida de uma pessoa/empresa? Ana Paula: É positiva. É um contato direto da pessoa ou empresa com o consumidor final e seu público. Se bem utilizada, a rede social consegue aproximar a pessoa ainda mais do seu público. Só que como é algo muito direto e transparente, pode ter o efeito contrário e afastar ou criar uma rejeição. AC Digital: Como funciona a dinâmica do trabalho com relação às redes sociais? Existe alguma espécie de instrução aos artistas sobre o que devem ou não dizer, ou é algo que varia de caso a caso? Ana Paula: Varia de caso a caso. Tem artista que sabe melhor do que ninguém como falar com seu público. Acho que a maior instrução da assessoria é ser natural. As pessoas sabem quando é algo forçado. Na maioria dos casos de quando é uma empresa que cuida das redes sociais de um artista, coloca-se [Equipe] para não iludir os fãs. Em casos extremos, a assessoria entra no circuito. AC Digital: Processo criativo de um evento ou lançamento. O assessor participa de tudo ou só depois para a criação da estratégia de divulgação? Depende muito da relação com o artista e seu escritório. Em alguns
Filipe Catto, entrevistado pela AC Digital, é um dos clientes
casos participa de todo o processo, em outros participa só como ouvinte, mas o principal mesmo, e quando se tem carta branca para fazer da forma que acha melhor, é na estratégia de comunicação, divulgação. De toda forma, a assessoria precisa ter um relacionamento estreito com o escritório, para saber de todas as ações, todas as novidades. AC Digital: Crise, como é visto e encarado pelo profissional de imprensa diante da opinião pública? Ana Paula: Em uma situação de crise o que se deve pensar principalmente é como conseguir diminuir os danos. É importantíssimo alinhar a estratégia com todos os envolvidos e ter uma verdade.
Ana Paula Aschenbach Assessora de imprensa, já trabalhou em gravadoras como Sony Music e Abril Music. Dona da Perfexx, ao lado de Rogério Bolzan.
SOBRE A PERFEXX Especializada em assessoria de comunicação e empresariamento artístico, a Perfexx informa e atualiza a mídia com notícias sobre cada cliente. Através do nosso trabalho, cada cliente pode divulgar suas agendas de shows, os lançamentos de seus produtos e tudo relacionado a suas carreiras, nos melhores e mais focados meios de comunicação do Brasil. Na parte de empresariamento,
respondemos pela carreira das cantoras Luiza Possi e Bruna Caram, atuando de forma global. Somos responsáveis por todos os contratos de trabalho negociados que envolvem: shows, uso de imagem, licenciamentos, venda de CDs e DVDS - física e digital, pela elaboração da agenda de shows – abertos e corporativos – pela produção de cada apresentação das artistas.
DESCRITO CAOSDESCRITO O Caos Descrito é um projeto que junta o cotidiano e arte, por meio da fotografia e a literatura. Podem conferir mais do trabalho do grupo no blog http://caosdescrito.wordpress.com
ALDO por Gustavo Bonin Foto: Matheus Cappellato “Hoje não resisti, fui junto e grosso, na praça, estava alucinando adrenalina, com uma katana na mão corri raivoso, ele ontem postou no feice, mudou o status de relacionamento, um tal de jorge, quero ver ele digitar alguma coisa agora, no celular ou no caixa do mac, encontraram a mão, o copo do lado, a coca, talvez. O mac ainda contrata gente como ele, adaptaram uma prótese, coisa assim, me deu um assalto de felicidade, desconfiei nele de novo, tirei uma selfie na direção, ele no fundo da minha selfie, juro que percebi ele olhando pra outro, preciso de uma agulha de tricô, na castanheda, na praça talvez…”
APADRINHE UMA CRIANÇA
MUDE
UMA VIDA mudeumavida.org.br
E-BOOK
MARKETING 3.0 Disponível gratuitamente na Internet, livro de Renan Barbosa reflete novas tendências A internet é uma grande vitrine em que as empresas podem, com custos reduzidos, mostrar a um grande número de pessoas o que têm a oferecer e acrescentar à vida dos seus clientes. No entanto, apesar da aparente facilidade existente para ingressar no ambiente virtual corporativo, a realidade é diferente. Uma comunicação que não tenha sido bem pensada, sem o marketing adequado, dificilmente irá surtir efeito. É para ajudar com situações dessas que o jornalista e social media Renan Barbosa escreveu o eBook Marketing 3.0, disponibilizado gratuitamente em seu blog. Interessada nessa iniciativa, a AC Digital procurou Renan para uma breve entrevista sobre o seu material. Visando apresentar estratégias e conceitos de marketing para impulsionar o desenvolvimento de empresas, o eBook apoia-se em conceitos ligados à comunicação empresarial, assim como as próprias experiências vividas pelo autor. Em suas respostas, Barbosa fala um pou-
co sobre a sua visão da importância da comunicação para o próprio ser humano, assim como o que o levou a começar o seu blog, que culminou com a publicação do artigo em questão. Confira abaixo a entrevista, e acesse também o blog Midologias, para poder baixar o eBook: http:// www.midiolog ias.com/2014/11/ ebook-marketing-30-para-empreendedores.html AC Digital: Sobre o e-book “Marketing 3.0”, o que o motivou a escrevê-lo e qual o principal objetivo da obra? Renan Barbosa: O Ebook surgiu primeiro como material didático do curso Marketing 3.0 para Empreendedores, desenvolvido por mim e ministrado na FazINOVA, escola de empreendedorismo e inovação criada pela especialista Bel Pesce. Desde que comecei meus estudos e trabalho, sempre acreditei que a chave para o desenvolvimento humano é a comunicação. Ao conhecer e me aprofundar nas redes sociais, decidi que queria trabalhar com co-
municação e marketing digital, mas mais do que isso, percebi que além de trabalhar e estudar também iria compartilhar meus conhecimentos e experiências, foi então que tive a ideia de criar um blog e mais recentemente o curso Marketing 3.0 para Empreendedores. A ideia é ministrar cursos também em outros locais e, em breve, um curso on-line para levar esse conhecimento para mais e mais pessoas. O fato de ter o marketing 3.0 como tema foi apenas uma adaptação de nome que encontrei para abranger os diversos conhecimentos abordados no curso. O Marketing 3.0 é um conceito do Kotler concebida no livro de mesmo nome, ao montar curso e o ebook percebi que todos os conceitos que queria trazer como Marketing Pessoal na Internet, Marketing nas Mídias Sociais para Pequenas e Médias Empresas, a importância de se comunicar corretamente nas redes sociais, etc, estavam ou poderiam se encaixar dentro do conceito de Marketing 3.0. O principal objetivo do ebook e do curso, portanto, é levar esses conhecimentos de comunicação e marketing digital nas redes sociais para as pessoas. Como ainda não formatei uma versão on-line do curso, disponibilizar o ebook gratuitamente foi a forma que encontrei de impactar e engajar as pessoas em torno da importância da correta comunicação no ambiente on-line. AC Digital: Como surgiu a ideia de disponibilizá-lo gratuitamente através do seu blog? Renan Barbosa: Como já atu-
alizo desde o ano passado o blog, disponibilizá-lo gratuitamente foi uma forma primeiro de agradecer aos leitores e segundo de impactar, engajar e capacitar mais pessoas, principalmente, empreendedores a utilizarem a comunicação digital de forma eficiente e em favor do empreendimento. AC Digital: Para a confecção do material, quais foram as suas inspirações e referências? Renan Barbosa: Como disse, no ebook utilizei como referência principalmente o livro Marketing 3.0, e também o mais recente do Kotler, os livros: Inovação - a arte de Steve Jobs, O Efeito Facebook e a Cauda Longa também foram essenciais. Como inspiração para o fato de que é preciso compartilhar conhecimento, me inspiro principalmente na própria Bel Pesce e suas ações importantes para o ensino do empreendedorismo, Conrado Adolpho, criador do método 8Ps, o Flávio Augusto do GV e, claro, o mestre Steve Jobs. Conceitos e conhecimentos que aprendi com a Bel, o Conrado e o Flávio, apesar de não estarem listados na bibliografia do ebook, são e foram essenciais na jornada e meta de ensinar sobre comunicação digital.
RENAN BARBOSA Renan Barbosa é jornalista, social media e consultor de Marketing 3.0. É pós-graduando em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais na PUC Minas e autor do Blog Midiologias, que transmite conhecimentos sobre comunicação digital,
10
WINDOWS Microsoft revela novos detalhes sobre o sucessor do Windows 8 Após as vendas insatisfatórias do Windows 8, a Microsoft voltou à carga no fim do último ano ao anunciar o Windows 10 como sucessor do mais famoso nome dos sistemas operacionais. Chamado de Windows 10, a nomenclatura escolhida causou estranheza nos usuários, uma vez que a empresa de Redmont decidiu saltar de todo o número “9”. Agora, no último dia 21 de janeiro, a Microsoft revelou várias novas informações sobre o produto, incluindo questões de interesse do consumidor como o preço e a data
de lançamento. A AC Digital, como não poderia deixar de ser, está em cima do assunto, e traz para os leitores todas estas novidades. A primeira grande mudança, e que provavelmente fará a felicidade de muitos, é que a Microsoft decidiu tomar um passo arriscado e inovador dentro do mercado de OSes. Poussídores de uma cópia original do Windows 7 e do Windows 8 poderão, livres de qualquer custo, realizar a atualização para o Windows 10. A razão que motivou tal mudança não foi revelada, mas especula-
-se que a Microsoft queira, o quanto antes, conseguir migrar o máximo de seus utilizadores atuais para a nova plataforma. Talvez existam alguns motivos ulteriores ainda não revelados para que tal aconteça, mas é claro que, do ponto de vista da empresa, ter quase toda a sua população concentrada no novo Windows 10 facilitaria, por exemplo, o sistema de atualizações de segurança. Em vez de se desdobrar para tentar atender duas ou três plataformas diferentes, a Micrososoft poderia concentrar-se única e exclusivamente no 10, teoricamente melhorando a performance para os seus usuários ao mesmo tempo que reduz custos e simplifica o trabalho. Além disso, vale lembrar, o Windows 7, que para muitos continua a ser o melhor sistema operativo do mercado, deixou de receber atualizações no início deste mês. Spartan Em seguida, mais uma mudança radical para a empresa. Quem usa computadores e a Internet há muito tempo certamente sabe o que é o Internet Explorer, navegador da Microsoft que vem pré-instalado em cópias do Windows. Pois bem, o vovô da navegação na Internet irá continuar a existir, com a versão 11, mas a partir desta nova versão do Windows contará com concorrência interna: o Spartan. Desenvolvido como um “segundo browser”, o novo navegador promete trazer diversas otimizações que já estão presentes nos concorrentes, mais especificamente o Mozilla Fi-
refox e o Google Chrome. A falta de segurança e, sobretudo, poucas opções de plug-ins e customização foram algumas das razões que levarram ao apequenamento do Internet Explorer, e o objetivo do Spartan deverá ser trazer uma opção mais robusta e atraente para os consumidores que não desejarem instalar outros navegadores. Durante a apresentação, uma das novidades que o Spartan trouxe fica por conta da possibilidade de “marcar” páginas com informações e comentários, ao estilo do que é possível fazer-se no Word, por exemplo, com comentários. Uma vez destacados pontos de interesse, o Spartan tornará possível compartilhar as páginas marcadas com outros amigos e colegas de trabalho. Além disso, a leitura offline e compatibilidade de raiz com PDFs são outros atrativos anunciados. Cortana Disposta a oferecer soluções similares às suas rivais, a Microsoft também apresentou a sua própria assistente virtual inteligente, a exemplo da “Siri” da Apple. Chamada “Cortana”, e inspirada na persongem com o mesmo nome da série de videogames “Halo”, ela traz a promessa de facilitar o acesso a documentos e aproveitar funções como o reconhecimento de voz. Para aqueles que nunca usaram um assistente do tipo, o que isto significa é que seria possível utilizar comandos de voz, por exemplo, para desempenhar várias atividades. Durante a apresentação, foi pedido a Cortana, oralmente, que buscasse “fo-
tos de dezembro”. O programa rapidamente separou e selecionou todas as fotos correspondentes a esse período, exibindo-as para ao utilizador. Além do próprio sistema operativo, a empresa de Redmond parece estar fazendo um esforço para integrar a assistente virtual também ao Spartan, o que permitiria que comandos de voz do gênero fosse também utilizados na navegação pela Internet. Xbox + Windows Por fim, o Windows agora prepara-se para invadir também o Xbox, linha de consloles de videogames da Microsoft. Durante a conferência, Phil Spencer apresentou o “Xbox App”, que estará disponível na nova versão do OS, e servirá como uma lista de amigos e feed de atualizações universal entre as duas plataformas. Por meio desta app, os jogadores poderão até mesmo gravar sessões de jogos por meio de DVR e
compartilhar os vídeos por meio da “Xbox Network”. Isto significa que, tal como no Xbox One, jogos que sejam jogados nos PCs com Windows instalados também poderão ter o gameplay gravado e compartilhado. Além disso, Spencer também aproveitou a oportunidade para apresentar o DirectX 12, que promete melhorar ainda mais a performance dos jogos, e que, a partir desta versão, também oferecerá suporte para a plataforma “Unity”. Lançamento Uma versão rudimentar do Windows 10, de testes, está disponível para aqueles inscritos no “Windows Insider Program”. Essa versão estará funcional até ao dia 15 de abril de 2015. Para os meros mortais, a solução é esperar. Felizmente, no entanto, a Microsoft anunciou que o Windows 10 está prevsisto para o fim do ano. Até lá, basta ficar ligado nas novidades!
#CURTAS Novo recorde da Apple Graças a uma parceria com a operadora chinesa “China Mobile”, a Apple alcançou o seu melhor resultado fiscal de sempre. Com um aumento de 70% no país, as vendas, lá, dispararam de cerca de 9 bilhões de dólares, no ano passado, para 16,1. No total, a receita da empresa também saltou de US$ 57,6 bi para impressionantes US$ 74,6%, o equivalenre a um crescimento de 29,6%. Tim Cook deve estar feliz.
Nintendo é primeira empresa de games a virar uma MCN A Nintendo anunciou que irá se tornar uma MCN (Multi Channel Network, ou Rede de “Múltiplos Canais”) no YouTube. A decisão faz parte de um plano chamado “Nintendo Partners Creators Plan” (Plano para parceiros criadores) e visa regular a postagem de vídeos de games da empresa no site, oferecendo uma forma dos usuários monetizarem o seu conteúdo sem infringerem nenhuma “regra” e terem seu conteúdo bloqueado.
CRÔNICA
CARLOS AUGUSTO BRUM
A beleza da simplicidade
Leonardo da Vinci dizia que a simplicidade é o mais alto grau de complexidade que existe. A frase soa com força para quem já tentou criar algo: são inúmeros rascunhos jogados fora, várias noites mal dormidas e encruzilhadas confusas que parecem não ter fim. Algo novo, porém, se constrói da subtração de você mesmo: é o pedaço que você guarda depois de jogar o resto fora. São todas suas influências, experiências e vivências despertando sentimentos, ideias e imagens, então organizadas de forma racional ou bela ou chocante a fim de inspirar, comover ou perturbar. Resumindo, é sentimento gerando sentimento para então gerar mais sentimento - a retroalimentação do bom e velho carrossel da criação artística. É, também, a simplicidade sendo esculpida a partir da complexidade. É o fim do tédio da complicação. É um fogo destrutivo, porém criador. Dia desses eu encontrei um tesouro. Sentado em uma prateleira da minha livraria preferida, vi “As Regras de Verão”, livro mais recente do escritor e ilustrador australiano Shaun Tan. Gosto muito do trabalho de Tan - mais conhecido pela sua adaptação de seu livro “A coisa perdida”, que ganhou o Oscar de Melhor Curta de Animação em 2010 -, então foi com grande prazer que esbarrei naquela peça que faltava na minha coleção. Comprei-o e logo entreguei-o para minha mãe: “esse é meu presente de Natal” (eu sempre prefiro ganhar as coisas que comprei do que comprá-las diretamente). É possível lê-lo em poucos minutos, pois cada duas páginas possuem apenas uma ilustração e uma lei de poucas palavras. Logo estranhei: parecia mais superficial e prosaico do que as outras obras de Tan. Nas semanas seguintes, porém, minha imaginação retornou várias vezes ao livro. Reli-o uma, duas, três, dez vezes. Algumas das Leis de Tan eram óbvias e fáceis de se compreender (“nunca coma a última azeitona em uma festa”, com duas crianças cercadas por falcões que encaram essa última azeitona), outras mais crípticas e intrincadas (“nunca deixe uma meia vermelha no varal”, com duas crianças se escondendo de uma gigantesca lebre vermelha)... Mas eu sentia que algo estava escondido além de tudo aquilo. Algo complexo expressado de maneira simples instigava em mim mais complexidade. Não sei exatamente qual a mensagem do livro. Talvez seja sobre as infinitas possibilidades da imaginação de duas crianças em um verão tedioso. Talvez seja sobre o amor infinito entre irmãos. Talvez seja sobre os conflitos mal resolvidos entre irmãos. Talvez seja sobre a desesperança de se viver em um universo de leis tão incompreensíveis e de ameaças tão inevitáveis. Talvez seja sobre o saudosismo da visão despretensiosa que tínhamos na infância. E, claro, talvez não seja sobre nada disso. O que eu sei, porém, é que a simplicidade é a coisa mais fascinante do mundo - talvez por deixar tantos espaços em branco para nossa imaginação colorir, talvez por ser o trajeto mais verdadeiro até a felicidade.
Contatos: carlosaugusto52@gmail.com | facebook.com/br1editores
Rolou no Confira alguns dos assuntos em voga na rede social
Branding No grupo “O Melhor do Marketing”, uma das discussões aborda a importância do ‘Branding”, ou seja, a importância de tornar a sua marca em algo único e que consiga se destacar das demais no mercado. O texto aponta que, inicialmente, você dificilmente estará sozinho na selva que é a competição entre os mais variados negócios que competem pelo mesmo espaço, e que a chave para o sucesso não é copiar ou simplesmente fazer o mesmo que os demais, mas sim livrar-se destas concepções e buscar o “novo”. Pois, só assim, diz o autor, será possível cravar um espaço único para a sua marca, de preferência suprindo algum nicho ou deficiência que tenha identificado e se tornando uma referência dentro desse segmento.
Charlie Como não poderia deixar de ser, o assunto, que também rendeu matéria na AC Digital, repercutiu também na rede social de negócios. Jornalistas, em especial, trocaram pontos de vistas acerca do ocorrido, abordando temas como a liberdade de expressão etc.
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