Revista AC Digital #26

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Edição #26 Junho 2015

LIGHTPHONE Grupo no Kickstarter desenvolve celular que visa retirar distrações de smartphones e criar aparelho que ajuda na dependência da tecnologia PG. 03

CONECTIVIDADE COM A VIDA – Na era da tecnologia, como a novela ‘sete vidas’ dá um show de humanidade

PG. 19

NA CORRIDA –

spotify anuncia novidades em seus serviços para quem gosta de correr

PG. 07

E MAIS: NOVAS REGRAS DO SOUNDCLOUD DESAGRADAM USUÁRIOS PG. 10 | JULHO PARA OS LEITORES. PG. 17


EDITORIAL DOENÇA TECNOLÓGICA Estudos recentes apontam que as mudanças causadas no cérebro pelo abuso na utilização da internet e da tecnologia como um todo são similares aos efeitos de drogas químicas, como o álcool e a cocaína. O uso excessivo, inclusive, pode até viciar. “A linha que separa o uso do abuso é tênue. Mesmo que se utilize muito o celular, isso não caracteriza o vício. Na dependência patológica, o manuseio excessivo está ligado a um transtorno de ansiedade, como pânico ou fobia social”, afirma a psicóloga Anna Lucia Spear King, pesquisadora do Laboratório de Pânico e Respiração do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, em entrevista dada ao jornal O Globo. A pesquisadora é a pioneira no estudo científico da nomofobia, nome cunhado na Inglaterra para descrever o medo de ficar sem celular Ela explica que os principais sintomas da síndrome são angústia e sensação de desconforto quando se está sem o telefone e mudanças comportamentais, como isolamento e falta de interesse em outras atividades. “Isso pode indicar que a pessoa está com algum problema que precisa ser investigado”. “A dependência pela tecnologia é comportamental, as outras são químicas, mas ela causa o mesmo desgaste na ponta do neu-

rônio que as drogas”, explica Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, em entrevista também fornecida ao jornal O Globo. De acordo com pesquisa realizada pela Google em 2012, 73% dos brasileiros que possuem smartphones não saem de casa sem eles. Em pesquisa global, divulgada em 2014, pela Telefónica durante a Futurecom - evento dedicado ao mercado de Tecnologia da Informação (TI) e telecomunicações, que ocorreu em São Paulo - 78% dos brasileiros entre 18 e 30 anos dizem possuir um smartphone, porcentual que era de 63% na mesma pesquisa do ano passado. As informações mostram que além de ser uma doença a tecnologia está interferindo diretamente nos relacionamentos sociais. Por onde andamos vemos pessoas digitando em seus smartphones sem olharem para frente e nem para o outro. É comum relatos de pais que contam que falam, dentro de casa, por mensagens via internet com os filhos. Não sabemos que mal vai ser para o futuro , mas o sinal vermelho já está aceso. Alerta!

Augusto de Carvalho Editor-chefe

Índice Coca em Braille

03

Light Phone

04

Spotify e novidades para corredores

07

Soundcloud enduerece regras

10

Crowdsourcing e serviços

12

Mudança do telecom

15

Junho para leitores

17

19 Expediente Conectividade e a vida

Editor-chefe Augusto de Carvalho Textos Augusto de Carvalho Luis Gurgel Colaboradores Carlos Augusto Brum Simone Mendonça Diagramação Luis Gurgel


COCA-COLA em braille Há alguns meses a AC Digital noticiou uma ação de marketing desenvolvida pela Coca-Cola, onde as latinhas do produto estavam sendo vendidas em versões internacionais. Ao comprar a bebida, o cliente recebia a lata com o nome da marca gravado em Japonês, Árabe, etc. Pois bem, entre essa brincadeira e a dos nomes, a empresa volta a apostar as fichas em latinhas personalizadas, desta vez para os deficientes visuais com os nomes inscritos em braille, democratizando a estratégia de marketing. A iniciativa aconteceu na Cidade do México e foi uma parceria da empresa com o Comité Internacional ProCiegos. Criada pela agência ‘Anonimo’, as latinhas não estavam, inicialmente, disponíveis para o consumidor geral, uma

vez que apenas eram vendidas numa máquina personalizada – também em braille – dentro da fundação. Com o sucesso da campanha, a Coca-Cola e a ProCiegos decidiram expandir a ação, e agora máquinas similares serão instaladas em salas de cinema da Fundação Cinépolis, espalhadas por todo o país, sob a batuta da camapanha ‘Share a Coke’, ou “Compartilhe uma Coca-Cola”. Assim, o objetivo é permitir que um número cada vez maior de pessoas com deficiência visual possam experimentar a sensação de encontrar uma latinha com o seu nome, além de incentivar amigos e familiares a comprarem uma Coca para compartilhar com pessoas do grupo. A empresa disponibilizou um vídeo da ação, com legendas em inglês, no YouTube. O resultado ficou bem legal e vale a pena ser conferido em https:// www.youtube.com/watch?v=Y55KQUAT1kE. Por ora, o Brasil fica só de espectador, mas pode ser que a Coca-Cola decida expandir a iniciativa para o resto do mundo, em resposta ao sucesso alcançado.



LIGHT

PHONE Novo projeto de Kickstarter apresenta telefone que visa livrar usuários das distrações da tecnologia Sabe quando entra num restaurante e repara que, em todas as mesas, há pessoas que não estão interagindo umas com as outras, e sim concentradas em seus smartphones, vendo o que se passa no mundo e em suas redes sociais, com os seus amigos? Este é um cenário bastante comum nos dias de hoje, e esta ‘dependência’ do celular vem se tornando cada vez mais um assunto sério, estudado, e, em níveis extremos, até mesmo como uma condição que necessita de acompanhamento médico. Foi pensando nesse sentido de que menos é mais, e de que não precisamos nem de perto de tantas funções nos celulares como as que temos hoje em dia, que a equipe da ‘Light’ abriu uma página no Kickstarter em busca de financiamento para o ‘Light Phone’, um aparelho que vai na contramão dos celulares modernos. Com o tamanho de um cartão de crédito e um design simples e clean, o ‘Light Phone’ é um celular que tem como objetivo livrar os seus usuários de ‘distrações’. Assim, logo de cara, coisas como jogos,


navegadores de internet, redes sociais e similares não são acessáveis através do LP. Efetuar e receber chamadas são as principais (e únicas) funções do celular, e qualquer aplicativo existente existe apenas para facilitar esta tarefa, como, por exemplo, o redirecionamento de chamadas. Como o LP possui um número próprio, é possível usá-lo como um “suporte” ao smartphone. A intenção é que os usuários deixem o seu celular principal em casa, carregando, e ativem a opção de redirecionar qualquer chamada que este receba diretamente para o Light Phone. Outro ponto de destaque na campanha do Kickstarter é a duração da bateria do aparelho. Quem usa um smartphone sabe que, nos dias correntes, é impossível sair de casa para qualquer programa que dure mais de algumas horas sem um carregador. As baterias acabam cada vez mais depressa, e o próprio mundo vem se adaptado a esse novo estilo de vida. Carregadores portáteis em mesas de restaurantes e hotéis, espaços dedicados para carregar celulares em vários estabelecimentos, etc. Com o Light Phone, no entanto, isso deixa de ser uma preocupação. Uma vez carregado completamente, os criadores prometem 20 dias initerruptos de duração de bateria, garantindo assim que o celular nunca irá deixá-lo na mão. A ideia, embora original, tem recebido algumas críticas online. A principal delas referente ao preço do Light Phone, que os criadores estipularam em 100 dólares. Para muitos, nas redes sociais, o preço não é condizente com o intuito de oferecer um celular barato e quase “sem funcionalidades”, já que é possível comprar um celular antigo que, a bem ou a mal, também não possui recursos de internet e afins por um valor muito menor. A empresa, no entanto, afirma que a diferença

Imagem ilustrativa com usos e vantagens do Light Phone

entre ambas as alternativas, é que o Light Phone não é desprovido de tecnologia, simplesmente decidiu utilizar o que a tecnologia tem de melhor de maneira focada e inovadora. Apesar de ser um celular simples, a bateria duradoura, redirecionamento de chamadas e o próprio design são atrativos que não seriam reproduzidos em outros aparelhos mais antigos.Aos interessados, ainda faltam cerca de 15 dias para o fim do Kickstarter. Até ao momento, a Light já arrecadou mais de 280 mil dólares, e a campanha já está financiada. A página pode ser acessada através deste link: https://goo.gl/xhtkIC.


SPOTIFY ANUNCIA

NOVIDADES PARA CORRIDA Correr e ouvir música ao mesmo tempo é bastante normal; empresa busca capitalizar essa atividade

No último mês, a AC Digital falou sobre o crescimento dos serviços de streaming, e como estão cada vez mais tirando um pedaço do mercado de música dos concorrentes de downloads. Pois bem, esse sucesso não aparece por acaso, como prova o Spotify. A empresa realizou um evento em Nova York no último dia 20 de maio e, lá, apresentou diversas novidades para melhorar ain-

da mais a experiência dos usuários do aplicativo, em especial, de uma classe muito específica: corredores. Correr por gosto em busca de uma vida saudável é uma atividade muito comum, e a música é uma parte importante deste ritual para muitas pessoas. O celular e o fone de ouvido são pareceiros inseparáveis, e o Spotify, de olho nesse mercado, apresentou medi-


das próprias para a corrida. A maior delas, e que faz uso muito inteligente da biblioteca quase infinita do serviço, é a utilização dos sensores do telefone para determinar o ritmo em que o usuário está correndo. Uma vez feito isso, o programa é capaz de relacionar determinado ritmo a um ‘tempo’, de música, e escolher faixas que, teoricamente, irão oferecer um estímulo ao corredor. Além disso, o Spotify anunciou parcerias com músicos, de forma a criar faixas originais feitas especificamente para incentivar a prática de corrida. O famoso DJ Tiesto, que esteve presente durante a apresentação, é um dos envolvidos no projeto, e, segundo ele, conversas da equipe do Spotity com algumas pessoas que praticam

corrida revelou que, para muitos, a “música certa” faz com que se sintam “como heróis”. No entanto, o efeito é limitado, e só duraria cerca de 90 segundos, ou até a próxima música começar. E é aí que o Spotify quer intervir. Segundo a equipe, as faixas originais que estão sendo criadas não serão simples músicas com um início, meio e fim – elas seguirão o conceito de ‘tempo’ introduzido antes, e irão se ajustar automaticamente ao longo da sua duração, de forma a estarem sempre alinhadas com o ritmo atual do corredor. O chefe da criação de produtos, Gustav Söderström, ressaltou ainda que todas estas novidades estão sendo elaboradas com a ajuda de corredores e, acima de tudo, experts na


Gustav Söderström durante a apresentação dos novos tipos de playlists, baseadas em momentos de espírito e atividades que o usuário goste de fazer leiros irão desfrutar desta novidade, e quanto tempo irá demorar para chegar ao mercado nacional. A empresa também está em busca de reformular a maneira que os seus usuários procuram por músicas. Atualmente, o usuário pode procurar artistas e faixas por meio dos “gêneros”, como rock, pop, rap etc. Porém, segundo o Spotify, o conceito de gênero está perdendo relevância, e a ideia Outras novidades é passar a disponibilizar vários tipos Outra das novidades anunciadas du- de playlists que se adequem a “siturante a apresentação foi a introdução ações” – muito como visto acima no de novos tipos de conteúdo ao Spoti- que toca à corrida. Assim, exemplos de possíveis playlists fy. Além de música, o aplicativo agora irá ter acesso a vídeos, notícias e até como “acordar feliz” ou “corrida mamesmo podcasts. Alguns dos parceiros tinal” foram apresentados. Além disso, anunciados até agora incluem as re- por meio do histórico de reproduções des de televisão NBC, BBC, Come- de cada usuário e suas preferências, o dy Centra, MTV, E! Entre tantas ou- Spotify deverá ser capaz de refinar cada tras. A ideia, pelo que dá a entender a vez mais estas listas, utilizando as inforapresentação, é disponibilizar peque- mações colhidas e comparado-as com nos clips de programas populares e/ as de outros usuários para encontrar ou concertos de bandas. Resta saber, artistas similares de pessoas com gostos no entanto, é até que ponto os brasi- similares e que o usuário não oiça. área fitness, de forma a apresentar um produto que realmente corresponda às expectativas do público-alvo. Não obstante, Söderström também aproveitou a oportunidade para anunciar uma parceria com a gigante Nike, também relacionada com este novo foco do Spotify. Por enquanto, sem maiores detalhes.


SOUNDCLOUD

ENDUERECE REGRAS Serviço de música é o mais novo a encontrar problemas no balanço entre leis autorais e a satisfação de seus utilizadores

Num período em que muito se fala sobre streaming de música na Internet, o SoundCloud, um dos serviços mais acessados do gênero, causou grande comoção durante o último mês por causa das novas medidas que tomou. A empresa endureceu as regras contra conteúdo protegido por direitos autorais, o que afetou diversos artistas que usavam o SoundCloud para divulgação de remixes e similares. A questão é que, desde o início de 2015, o Soundcloud mudou o ‘robô’ que faz a identificação de faixas que estejam

fora da regra, com a tarefa agora sendo da Zefr, a mesma empresa que monitora o YouTube. Conhecido por possuir um algoritmo que funciona, e talvez até funcione demasiado bem, alguns sets de remixes, setlists para discotecas criados por Djs e até mesmo faixas originais, livres de qualquer pendência, estão sendo retiradas e os seus criadores/uploaders notificados, o que vem gerando um crescente descontentamento com a plataforma. Desde então, as críticas em redes sociais têm sido normais. Em entrevista


ao Estado, o DJ carioca Roger Lyra foi um dos que comentou ter abandonado o Soundcloud, após ter sua conta removida por conta de algumas notificações que estavam ligadas ao podcast mensal que o músico fazia. Ao jornal, ele afirma ser cliente e ter uma conta paga no Soundcloud há mais de cinco anos, e estima que tenha perdido cerca de 20 mil seguidores. Outro caso similar é o do DJ Mujica, que utilizou o seu blog para fazer um desabafo sobre a situação. Após ter algumas faixas removidas, e sem sequer receber um aviso ou notificação para que ele pudesse tomar providências quanto a estas músicas, o jockey publicou o texto criticando a postura ‘anti-remix’ do Soundcloud, e como acredita que esta recente postura é uma demonstração de má fé para com aqueles que ajudaram o serviço a se estabelecer. Segundo Mujica, o problema é que, ao surgir, o SoundCloud ganhou fama levado no colo de artistas como ele, Djs, que publicaram os seus remixes e setlists no site quando ainda ninguém fazia uso do mesmo. Porém, agora que o site atingiu o público mainstream e conta com a colaboração de grandes gravadoras que querem utilizá-lo para promover as bandas mainstream do mercado, as pessoas que ajudaram a estabelecer o SoundCloud como um dos maiores players de streaming de música estão sendo corridas do serviço. A assessoria do SoundCloud, em resposta a matéria publicada no site do Estadão, respondeu apenas que não “tem problemas em abrigar conteúdo que esteja devidamente autorizado”. Com a lei ao seu lado, é difícil argumentar, mas a questão dos direitos autorais no ambiente online vem sendo discutida constan-

temente, muito antes desta situação com o SoundCloud, e se configura como um dos grandes problemas a serem resolvidos na atualidade. Alternativas Porém, o SoundCloud não é o único site que permite a divulgação de música e do trabalho de artistas. Com a questão se tornando cada vez mais popular na Internet, alternativas ao site já começaram a receber publicidade, e muitos estão migrando para outros serviços.A AC Digital lista algumas das alternativas abaixo. Mixcloud – A plataforma inglesa é basicamente o reduto dos insatisfeitos com as mudanças no SoundCloud. Muitos músicos e Djs passaram a utilizar o Mixcloud após os recentes acontecimentos, apesar do serviço ter algumas limitações, se comparado ao concorrente. O problema é que a música disponibilizada só pode ser ouvida através de streaming, não havendo a possibilidade do usuário baixá-la. Além disso, faixas individuais não são permitidas, sendo, portanto, necessário fazer upload de um arquivo longo de áudio, como álguns ou sets para as pistas. Bandcamp – O site Bandcamp, que é utilizado por artistas de diversos gêneros e que possui boas alternativas para os usuários. A música pode ser disponibilizada tanto em streaming gratuito ou download pago, e alguns músicos fazem da sua página do bandcamp uma verdadeira central para outros itens relacionados ao seu trabalho, como links para sites onde disponibilizam camisetas e outros itens de divulgação para as suas marcas. Segundo a empresa, em números divulgados no início do ano, o total arrecadado por artistas que utilizam o site já havia ultrapassado os US$ 100 milhões.


CROWDSOURCING

E SERVIÇOS A terceirização de serviços através de sites de crowdsourcing está cada vez mais popular Muito se tem falado no movimento coletivo durante estes últimos anos, e o crescimento de plataformas como o Kickstarter e o Patreon, não deixa enganar: o fenômeno participativo veio para ficar,

e continua em franca ascensão. A novidade da vez, no entanto, fica por conta da utilização do crowdsourcing. Para quem desconhece, o nome da prática remete às palavras ‘crowd’ (multidão) e ‘sourcing’


(livremente traduzido como terceirização), e o intuito é criar um processo onde as pessoas podem buscar serviços e ideias ao recorrer a um grupo de contribuídores online, em vez de recorrer a uma empresa mais tradicional. A ideia é simples. A pessoa sai em busca de um serviço, e, para tal, precisa encontrar um site de crowdsourcing que consiga suprir as suas necessidades. Uma vez feito isso, basta explicar, detalhadamente, o que é preciso, e outras empresas/pessoas irão oferecer propostas, permitindo ao cliente escolher a mais interessante. A prática recebeu críticas de profissionais da área. Por permitir que preços mais em conta sejam atingidos, existia a preocupação de que serviços pagos desta forma pudessem diminuir a qualidade das ofertas, impactando todo o mercado. Porém, apesar das ressalvas levantadas, o fato é que existem cada vez mais sites dedicados a este nicho do mercado, e que abrangem um leque cada vez mais variados de serviços, como design, construções

pioneiros, o 99 Designs, como indica o nome, é especializado em serviços de design. O site recentemente passou a atuar no Brasil, e é uma boa alternativa para quem está em busca de soluções gráficas. Isto inclui, é claro, desde coisas ‘simples’ como uma ilustração ou um logotipo, até serviços mais robustos, como o desenvolvimento de um template ou layout para websites. A versão ‘brasileira’ do site está localizada em http://99designs.com.br/. Ao acessar, o usuário precisa escolher o tipo de projeto que deseja receber e fazer um pagamento, onde o preço irá variar de acordo com as suas necessidades. Feito isso, os colaboradores do 99 Designs pas-

sam a enviar suas sugestões com as linhas descritas pelo ‘comprador’, e o cliente acaba por escolher aquele que mais lhe agradar. Bougue e serviços de software.

Quando o assunto é reforma em casa, a Internet também já encontra maneiras de Abaixo, confira alguns dos sites que se ajudar. O ‘Bougue’ (http://www.bougue. encaixam nesta modalidade. com.br/), site Brasileiro, é uma espécie de 99 Designs da construção/reforma. O 99 Designs usuário entra no site, preenche as informações do serviço que necessita, e pronProvavelmente um dos mais conheci- tamente prestadores de serviço próximos dos sites do gênero, e também um dos à sua região poderão entrar em contato para oferecer sua expertise. Segundo a pá-


gina do Bougue, a visita à casa do cliente é gratuita, e o usuário que contratar algum serviço ainda conta com outras regalias, como facilidade do pagamento em 12X e um seguro de mão de obra. Outra opção, esta internacional mas que, recentemente, passou a atuar no Brasil, é o CoContest (https://www.cocontest.com/#!pt/home). A página ofiGrande número de ideias é um dos principais atrativos

cobrar o que achar justo pelo seu trabalho, e o usuário de escolher aquele que mais garantias apresentar. O site fica localizado em https://www. workana.com/pt, e possui um vídeo explicativo para tirar as dúvidas dos interessados. cial oferece um guia sobre as vantagens de usar o serviço, que apresentam a grande variedade de opções como um dos principais atrativos para utilizar o serviço. Workana E quando o serviço requerido não se encaixa dentro das alternativas supracitadas? É nessa hora que os sites mais generalistas entram em ação, como é o exemplo do Workana. Sem um foco próprio, o Workana abrange especialidades como tradução, informática, administração, marketing, finanças e por aí vai. Assim, o usuário cria o seu projeto e especifica exatamente que tipo de serviço quer, e o Workana entra em contato com a sua extensa rede de profissionais afiliados, oferecendo diversas propostas para que você encontre aquilo que necessita. Como de costume, os preços variam, pois cada profissional tem a liberdade de

Riscos Apesar da comodidade e da facilidade em encontrar várias propostas, ainda é preciso atenção redobrada na hora de contratar um serviço pela internet. Qualquer profissional afiliado com esse tipo de rede tem a possibilidade de enviar os seus orçamentos, o que significa que a qualidade de cada um irá variar. Além disso, é importante verificar se a pessoa ou empresa em questão têm um bom feedback online, e, para tal, consultar informações como páginas no LinkedIn ou até mesmo postagens em redes sociais sobre as mesmas é uma boa dica, para evitar complicações futuras. Da mesma forma, a comunicação é essencial, então sempre que buscar um serviço no ambiente online, confirme e verifique tudo o que desejar antes de assumir o compromisso, tal e qual seria feito na vida real. Afinal, é sempre melhor prevenir do que remediar.


A MUDANÇA DO TELECOM Lojas do segmento em transformação para melhor atender os clientes

hoje as chamadas de voz ‘normais’ perderam espaço para o novo rei do momento: dados.A ligação à internet, e a transmissão constante de dados, é um fator importantíssimo no novo cenário mobile, pois cada vez mais as pessoas diminuem o número de chamadas efetuadas, preferindo o conforto, praticidade e, é claro, a economia das mensagens instantâneas. Para que ligar, se é possível enviar um áudio para o seu amigo por meio do WhatsApp?

Recentemente,o mundo das telecomunicações recebeu mais uma bomba: o WhatsApp, utilizado por milhões de pessoas ao longo de todo o mundo, anunciou a nova função de realizar chamadas de voz pelo próprio app, livre de custo.A medida, que certamente irá tirar um peso do bolso de muita gente, é uma ilustração perfeita do novo cenário mobile, onde a concorrência que antes estava limitada às operadoras passa a ser muito maior, mais aberta, com a inclusão de empresas que oferecem serviços. E isso se reflete, é claro, em todas as esferas, inclusive nas lojas de varejo, que já vêm se adaptando com mudanças de como atender o cliente. Com o crescimento de aplicativos como o Skype e o WhatsApp em celulares, os hábitos dos consumidores se transformou. Se, antes, o cliente buscava apenas um bom celular e um plano de ligações que fosse aprazível,

Para traduzir em números, de acordo com pesquisa efetuada pela Pyramid Research e divulgada no blog Beeck & Blog, atualmente o mercado consome 51 vezes mais dados, numa velocidade 140 vezes mais rápida do que há apenas dez anos atrás. Em contrapartida, o preço do megabyte trafegado sofreu brusca queda: 98,4% entre 2003 e 2013. Ainda segundo os documentos, apenas em 2013 esse mercado de dados movimentou 480 bilhões de dólares, o que corresponde a cerca de 40% do mercado total de mobile. Não é pouca coisa, e a tendência é clara. E é então que se chega ao varejo. As lojas de telefonia em território, em sua


grande maioria, ainda não estão 100% adaptadas a este novo cenário, e existe uma certa contradição entre os serviços oferecidos e aqueles que os seus clientes buscam. Isto porque, uma vez que o consumidor entra numa loja, ele busca não apenas o smartphone, que é a porta de entrada para o mundo ‘moderno’, mas sim um plano de dados que consiga suprir as suas necessidades. Por sua vez, muitas das lojas ainda estão presas ao modelo analógico, extremamente centradas no produto, como o novo Samsung Galaxy ou o iPhone, e ignorando aquilo que realmente possibilita que o cliente tire o máximo dos seus novos brinquedos de luxo. A solução é investir em serviços que se agreguem aos planos, além de possuir atendimento mais qualificado e transparente, de modo a que o próprio lojista saiba apresentar ao cliente um plano que se adeque ao seu perfil de consumo e possa maximizar a sua venda e a satisfação do consumidor. Em outros mercados, como os Estados Unidos, esta tendência já é uma realidade, até mesmo em grandes redes. É o exemplo da Best Buy, que há alguns anos encerrou a atividade de 50 grandes lojas, e remanejou os gastos das mesmas para novas lojas, menores, e com foco completo em mobile. Lá, o cliente encontra de tudo um pouco que precisa para suprir as suas necessidades, além de atendimento personalizado, já que a empresa investiu pesado em treinamento dos seus funcionários no que toca à abordagem de venda deste novo cenário. A europeia Vodafone, por sua vez, também investiu pesado na hora de reformular a sua rede de varejo. A grande novidade da mesma, no entanto, é um pouco diferente.A empresa criou o canal

Best Buy fechou grandes lojas e investiu em menores, especializadas

‘Omnichannel’, que possibilita ao consumidor começar a compra pelo computador, na Internet, e finalizar na loja. Este processo oferece maior comodidade ao cliente, e o ambiente online pode ser preparado de forma a que o comprador encontre todas as informações que precise a qualquer momento. Outras empresas como a Verizon e a AT&T também já desenvolvem estratégias similares, todas com o intuito de estimular o consumidor a usar dados e a lucrar com isso, ao mesmo tempo que tentam não ficar reféns da receita de voz. Em terras tupiniquins, o avanço é lento, mas certamente já se começa a ver alguma movimentação nesse sentido, como franquias em que o cliente pode usar o WhatsApp sem descontar do seu uso mensal de internet. Daí em diante, uma das progressões naturais é simplesmente transformar o ponto de venda, de forma a que o comprador saiba da existência destas novidades, e possa escolher o plano que, cada vez mais, melhor supre as suas necessidades.


JUNHO PARA

OS LEITORES

Salão FNLIJ do Livro Infantil e Juvenil, no Rio, e espera pela FLIP

Já é grande a expectativa para a próxima edição da Feira Literária Internacional de Paraty (FLIP), um dos principais festivais literários do mundo, que acontecerá de 1 a 5 de julho. Mas enquanto julho não vem, pelo menos os pequeninos terão muito o que fazer neste mês, com a 17ª edição do Salão FNLIJ do Livro Infantil e Juvenil, no Rio de Janeiro. Organizado pela própria Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), o evento acontecerá entre os dias 10 e 21, homenageando, nesta edição, um coletivo de países latino-americanos dos quais já confirmaram presença: Argentina, Colômbia, Cuba e Venezuela. Ao longo de seus 12 dias, uma programação com vários lançamentos de livros, bate-papos com autores e performances de ilustradores. Entre os autores que já confirmaram presença estão: Adriana Falcão; Ana Maria Machado; Bia Bedran; Celso Sisto; Ciça Fittipaldi; Cláudio Martins; Eliardo França; Eva Furna-

ri; Fernando Vilela; Frei Betto; Joel Rufino dos Santos; Karen Acioly; Leo Cunha; Luciana Sandroni; Luiz Raul Machado; Marina Colasanti; Mary França; Michele Iacocca; Miriam Leitão; Odilon Moraes; Pedro Bandeira; Roseana Murray; Roger Mello; Rui de Oliveira; Sergio Capparelli e Ziraldo. Evento homenageia 150 anos de “Alice no País das Maravilhas” - Entre as atrações programadas, está a Exposição Alice, que comemora os 150 anos deste clássico infantil, com uma mostra das principais edições brasileiras do livro de Lewis Carroll, além de algumas publicações estrangeiras. Alice também será tema do 17º Seminário FNLIJ – Bartolomeu Campos de Queirós, que contará com a presença das escritoras Ana Maria Machado e Marina Colasanti. O Centro de Convenções SulAmérica fica na Av. Paulo de Frontin, 1 - Cidade Nova. Informações pelo telefone (21) 2262-9130. FLIP 2015 homenageia Mário de Andrade A edição deste traz como homenageado Mário de Andrade, agitador cultural e literário que buscou interpretar o Brasil de diferentes ângulos. Entre os diversos


posta de uma conferência de abertura e mesas que reúnem para uma conversa informal convidados - escritores, cineastas, quadrinistas, historiadores, jornalistas e artistas plásticos, entre outros. O espaço tem capacidade para 850 pessoas, porém todos os eventos são transmitidos ao vivo em telões instalados pela cidade e também pela internet, com tradução simultânea. Na programação paralela, conhecida como FlipMais, o público pode ver pré-estreias e exibições de filmes, leituras de peças teatrais, exposições e debates. E há, ainda, a Flipinha, um espaço destinado às crianças, que este ano terá a presença de 14 escritores e ilustradores, representando a diversidade de gêneros e a criatividade da literatura infanto-juvenil brasileira. Homenageado da Flip 2015, o escritor Mário de Andrade será lembrado na Flipinha por meio da obra de dois autores: Luciana Salão FNLIJ irá homenagear Sandroni, autora de “O Mário que não era de Andrade”, obra de Lewis Carroll e Odilon Morais, ilustrador do livro “Será o Benedito!”. A clássica literatura brasileira estará presente também nas recortes da programação estão: poesia, obras da ilustradora Simone Mathias. sexo e erotismo na literatura, ciência, reOs interessados podem conferir toda a programação presentações literárias da família e da vida da FLIP no site: afetiva, romance policial, questões de pohttp://www.flip.org.br/flip2015.php lítica internacional, literatura de viagem, música, arquitetura, políticas culturais e os Ingressos rumos da sociedade brasileira. Realizada pela primeira vez no ano de Os ingressos para a Flip 2015 estarão disponíveis de 1 2003, a FLIP inseriu o Brasil no circuito a 30 de junho pelo site da Tickets for Fun (www.ticketsdos festivais internacionais de literatura. forfun.com.br), em seus pontos de venda credenciados, São cinco dias em que acontecem 200 pelo telefone 4003-5588 e nas bilheterias do Citibank eventos entre debates, shows, exposições, Hall de São Paulo e do Rio de Janeiro. Durante a oficinas, exibições de filmes e apresenta- Flip, a venda será realizada só em Paraty, na bilheteria ções de escolas, entre outros. oficial da festa. SOBRE A AUTORA Programação A programação principal da Flip 2015 conta com 39 autores – 16 deles internacionais - que se dividem em 23 mesas literárias. O curador desta edição é o editor Paulo Werneck, responsável também pela curadoria de 2014. Essa chamada parte “principal”, que acontece na Tenda dos Autores, é com-

Simone Mendonça é jornalista e escritora. Começou no Jornalismo em 1990 e passou por grupos empresariais importantes como o Sistema Jornal do Brasil, Jornal do Commercio, Rede Globo (TV Alto Litoral e InterTV), Sebrae/RJ, entre outros. Atuou em reportagem, edição, produção, assessoria de imprensa e como Diretora de Comunicação. Atuou também na Pastoral da Comunicação e como membro da diretoria do Centro Cultural Nossa Senhora da Assunção. Atualmente é integrante da Assessoria de Comunicação Salesiana. Além da atuação no Jornalismo, escreve contos e crônicas. Em 2014, recebeu o Prêmio Liberdade de Expressão durante o Festival de Contos do Rio de Janeiro.


CONECTIVIDADE

COM A VIDA No editorial falei sobre a doença tecnológica que nos pegou desprevenidos por uma necessidade absurda de conectividade. Claro que sei da importância da internet para os dias de hoje. Da disponibilidade da informação para todos, sem distinção de raça, crédulo ou classe social. Nós que trabalhamos com comunicação temos consciência disso, mas o excesso tem preço e nos leva a escravidão. A tecnologia não está só nos smartphones, como todos sabem bem disso, mas também em tudo que nos cerca. No entretenimento veio para ficar e

por Augusto de Carvalho proporcionar efeitos especiais de pura realidade. Mas mesmo com tudo isso, a sensação que tenho é que fica faltando a emoção da vida, com histórias que se entrelaçam. A simplicidade do dia a dia, com o cotidiano num ritmo natural do voar de pássaro. Acho que temos que pisar no freio da ansiedade de tudo saber para olhar


o nascer do sol ou mesmo ouvir o vento. A conectividade com a natureza é a formula, para mim, de tudo. Não é um não à modernidade que estamos vivendo nesse século de transformações, em que tudo acontece num piscar de olhos, e sim usar com sabedoria. Nos últimos meses tenho me deparado com essa simplicidade na novela, exibida às 18 horas, pela Rede Globo. A teledramaturgia “Sete Vidas” nós remete a um tempo onde o relógio anda mais devagar, ao sabor do vento. A abertura é feita com imagens de fatos que poderiam ser de qualquer pessoa ou família do mundo. São situações do cotidiano, apresentadas de maneira simples e casual, como a vida. Apesar do tema central, doação de sêmen e inseminação artificial, aparentar uma discussão que, confesso achei que seria maluca, descabida, o resultado final foi e está sendo de pura emoção. O autor soube narrar as vidas envolvidas, com seus familiares, de maneira simples, quase chegando ao

“Sete Vidas” retrata a vida como nosso bem maior. Resumindo, conectividade pode ser virtual, mas o presencial leva à emoção. real. A complexidade do tema poderia ficar num campo de ficção científica, mas não está sendo o que vemos todos os dias na telinha. A trilha sonora é um capítulo à parte. Há muito não ouvia tantos cantores e autores importantes da nossa música serem homenageados numa trama. “Sete Vidas” retrata a vida como nosso bem maior. Resumindo, conectividade pode ser virtual, mas o presencial leva à emoção.

#CURTAS Dicionário mais robusto Selfie foi eleita a palavra do ano pelo dicionário Oxford não muito recentemente. Seguindo essa linha, o dicionário Merriam-Webster adicionou mais três “neologismos” da Internet às suas páginas: emojis, NSFW e meme. Os emojis são pequenos símbolos feitos com texto, similares aos emoticons. Meme é uma ideia/comportamento que se espalha dentro de uma cultura. E NSFW é “inseguro para o trabalho”, usado para avisar que determinado conteúdo não é propício para o ambiente de trabalho.

Facebook passa a permitir uso de GIFs Desde o último dia 29, o Facebook disponibiliza a integração de GIFs nas postagens na linha do tempo dos seus usuários. Este era um pedido antigo de muitos fãs da rede social, que anteriormente só permitia conteúdo animado por meio de vídeos. Segundo a rede, a novidade vem para facilitar ainda mais o compartilhamento de ‘coisas divertidas’. Por outro lado, alguns usuários brasileiros parecem não gostar da ideia, classificando-a como ‘orkutização’.


CRÔNICA

CARLOS AUGUSTO BRUM

Desde os 7, pintando o 7 Vários aniversários se aproximavam e, depois de muito pensar, eu tomei a decisão que tomo 90% das vezes: vou dar livros. Fui à minha livraria preferida. Sempre que vou lá tomo cuidado para separar um grande naco de tempo do meu dia, porque ir na livraria preferida da gente é um ritual muito importante e sagrado, né. Depois de horas de garimpo e especulação, escolhi os vencedores e, como ninguém é de ferro, também peguei um livro pra mim. No caminho até o caixa me esbarrei com os livros de colorir para adultos. Dei uma olhada e... achei meio chato. Não sei, não me deu vontade de pintar. Saí da livraria com aqueles amigos recém-adquiridos na sacola e, aproveitando que estava por lá, passei numa papelaria logo ao lado para comprar as canetas que eu gosto de usar porque ali sai mais barato. Entrei na papelaria, fiquei escolhendo o que ia levar e, do meu lado, zuniu uma moça carregada de sacolas: “por favor, eu preciso de lápis de cor!”. O atendente, muito simpático, explicou que eles estavam sem lápis de cor e logo emendou: “é para seu livro de colorir?” A moça disse que sim e foi embora, cabisbaixa. Paguei minhas canetas (não-coloridas, admito) e também fui. No caminho para casa eu só conseguia pensar naqueles livros de colorir para adultos. O antepenúltimo livro que eu fiz se chama “Matiz colore o mundo”. Ele é, como vocês podem imaginar, um livro de colorir. Na verdade, ele começa colorido, com a menina Matiz em seu mundo de contos de fada; mas fica preto-e-branco quando ela embarca em uma jornada em busca de aventuras maiores. No final o leitor é quem resolve a situação da personagem, sendo convidado a colorir o mundo novamente. Eu o ilustrei assim porque achei que fosse a melhor maneira de contar essa história, mas no começo eu não achei que ele tivesse algum valor terapêutico. Certa vez uma leitora de sete anos me explicou o óbvio: “ah, Cadu, eu adoro livro de colorir, é super relaxante!”. É, pasmem: as crianças já sabiam do poder revigorante da pintura anos antes de nós - era só um daqueles segredos muito bem guardados que elas têm. Eu acho essa onda dos livros de colorir para adultos ótima, mas eu não queria que parasse por aí. Queria que a seguir viesse a febre do “pedir desculpa pro colega que você machucou” para adultos. Depois a mania do “acreditar em um mundo melhor” para adultos. E então a epidemia do “ser diferente não é ser pior” e “ninguém é melhor que ninguém” para adultos. Poderia acabar com meu preferido: “usar a arte como refúgio, terapia e forma de crescimento e aprendizado” para adultos. Daí eu já estaria bem satisfeito. Enquanto as tendências da próxima estação não chegam, acho que todo mundo poderia canalizar um pouco do seu hipster interior e brincar disso antes de virar modinha: afinal, o que nos fazia feliz quando crianças? Que tal tentarmos mais uma vez? Para alguns seria pintar, desenhar, dançar, cantar ou tocar reco-reco mas só fazer barulho. Para outros seria contar história, ler contos de fada, jogar bola ou brincar de esconde-esconde com seu amigo imaginário. Mas não nos preocupemos com formalidades: vale tudo que nos fazia voar antes de embarcarmos nessa jornada em busca de aventuras maiores da vida adulta que, infelizmente, desbotou um pouco da cor de nossa matiz. Se o adolescente dentro de você ficar envergonhado de fazer coisa de criancinha, não se preocupe: é só colocar um sufixo “para adultos” que tudo fica muito mais aceitável e digerível.

Contatos: carlosaugusto52@gmail.com | facebook.com/br1editores

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