Edição #43 Novembro de 2016
SPOTIFY
CHEGA AO JAPÃO País que abriga a segunda maior indústria musical do planeta é também um dos bastiões da mídia física. De que forma o Spotify pode mudar o paradigma do mercado japonês?
E MAIS: Nintendo apresenta o seu novo console, o Switch | PG. 8
Índice
EDITORIAL
Prêmio Multishow 2016 Tentei assistir a reprise do prêmio Multshow de 2016. Não sou crítico musical e nem mesmo especialista, mas sou público e consumidor de música. Não sei o que está acontecendo com a MPB nos últimos anos (pra mais de 10 anos). É um festival de mesmice que privilegia o sertanejo, rap, funk etc. A vulgaridade apelativa virou preferência nacional. Não que esses estilos não tenham representatividade na música. O rapper Marcelo D2 é um exemplo, dentre outros, de qualidade criativa e inovadora, expressando manifestação social, ideológica e filosófica. Não quero dizer que tudo tenha que ter um cunho cultural, já que música, ou qualquer outra manifestação cultural, também tem objetivo de entretenimento. Os premiados, ou agraciados, são escolhidos pelo voto do telespectador e isso mostra o quanto é preocupante ver que estamos re-
gredindo culturalmente. O que está acontecendo com a sociedade Brasileira? Sabe-se que a grande mídia é uma das culpadas pelo empobrecimento do segmento, já que não possibilita opções de escolha em seus veículos. Todos os programas, falei todos, são os mesmos artistas que estão presentes. Desde sempre o poder econômico movimenta os segmentos, inclusive o de entretenimento. Ao assistir o evento, a única coisa que me deu orgulho foi que estamos crescendo em qualidade técnica e cenográfica. Um espetáculo aos olhos! Olhos que brilharam ao ver Ney Matogrosso subir ao palco e apresentar um samba-canção que vai de contramão a tudo falado. Simples e elegante. Elegantes também foram Céu e Tiago Iorc. Somos um país plural e temos que respeitar isso. Augusto de Carvalho Editor-chefe
Audiência WhatsApp
03
Spotify chega ao Japão
04
Nintendo Switch e a busca do híbidro
08
Elastic Search e o poder no mercado
13
Como construir um discurso de MKT
15
Burger King e Mc Donalds no Halloween
18
Expediente Editor-chefe Augusto de Carvalho Textos Augusto de Carvalho Luis Gurgel Colaboradores Rodrigo Carvalho Silveira Gláucia Civa Kirch Diagramação Luis Gurgel
STF FARÁ AUDIÊNCIA PÚBLICA
SOBRE BLOQUEIO DO WHATASPP Após vários bloqueios, corte abriu inscrições para especialistas interessados na análise do tema Após os casos de bloqueio do WhatsApp promovidos por juízes de vários cantos do Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inscrições para a participação em uma audiência pública, com o fim de analisar e debater esta questão, que tem causado transtorno tanto às empresas envolvidas como aos usuários. Ainda sem data definida, a sessão tem como principal objetivo ouvir especialistas da área sobre o tema, de forma a auxiliar o ministro Luiz Edson Fachin, relator responsável pela ação sobre o caso, a compreender melhor se é, ou não, possível que o sigilo das mensagens de usuários em específico seja quebrado, para auxiliar em investigações. De acordo com o WhatsApp, no entan-
to, , que vem repetindo a mesma resposta desde o último ano, existem questões técnicas que impedem que este sigilo seja quebrado. É isso que a audiência pretende esclarever, com a ajuda dos participantes. Além disso, o encontro também servirá para a avaliação de outra questão relacionada ao tema. Por enquanto, sempre que os bloqueios aconteceram, todo o território nacional foi afetado. No entanto, a audiência quer descobrir se existe a possibilidade de limitar estes bloqueios para as áreas referentes às investigações em curso, de forma a reduzir o impacto. A audiência foi marcada no seguimento de bloqueios que ocorreram após solicitações de juízes de Sergipe e do Rio de Janeiro, e de ação movida pelo PPS.
SPOTIFY
NO JAPÃO
Serviço de streaming chega à terra do sol nascente e busca mudar paradigma do mercado japonês Aqueles jovens adultos que cresceram no mundo ocidental certamente experimentaram, durante a sua vida, diversas maneiras diferentes de curtir música. Num primeiro momento, com fitas, nos
famosos walkman. Depois, os CDs, nos discman, que eventualmente deram lugar para os “tocadores de mp3”, que, enfim, foram quase que completamente substituídos pela comodidade dos smartpho-
Shiina Ringo, Mizuki Nana e Hikaru Utada: cantoras são presença constante na lista do Oricon de artistas mais vendidos do Japão. No entanto, nenhuma das três tem acervo completo disponível no Spotify nes, aparelhos que desempenham diversas funções no cotidiano. Uma destas é o streaming de música, que permite a usuários ouvir canções por meio da Internet. Esta realidade, no entanto, tão comum no nosso mundo, não é seguida por um país bem no cantinho da Ásia: o Japão. Um dos últimos bastiões da venda de música em formato físico, o país recebe, agora, a chegada do Spotify, uma das maiores empresas de streaming de música de todo o planeta. Será que estamos prestes a presenciar uma mudança de paradigma? A chegada do Spotify ao Japão despertou a curiosidade de diversos segmentos do mundo. O projeto, que teve início há mais de 18 meses, quando a empresa insta-
lou o seu primeiro escritório em Tóquio, foi bastante lento, por conta da enorme burocracia enfrentada junto às gravadoras. Nesse meio tempo, outros rivais também chegaram, mas nenhum deles conseguiu modificar os hábitos dos clientes japoneses, que num mundo que cada vez mais abraça o digital, vai na contramão das tendências e consome cerca de 85% da sua música em formato físico – sim, caixinhas de CDs. “Então, o que torna o Spotify especial, em comparação a esses rivais?”.A resposta é simples: o Spotify, ao contrário de todas as alternativas, é o único que possui uma modalidade completamente gratuita, em que o usuário pode escutar qualquer mú-
sica que queira desde que, de vez em quando, pare pra ouvir alguns anúncios. Onde os aplicativos pagos, como o Apple Music falharam, o Spotify enxerga uma brecha para tentar, aos poucos, penetrar no valioso mercado de música japonês, que movimentou em 2015 cerca de 3 bilhões de dólares, colocando-o como o segundo maior de todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Para dar início a esta complicada missão, o Spotify avançou com o mesmo modelo que opera no restante do mundo, o “freemium”. Para os usuários que não queiram escutar anúncios e poder passar músicas à vontade, uma taxa de apenas 960 yen mensais, o equivalente a cerca de R$20, libera um acervo de mais de 40 milhões de faixas de músicas de todo o planeta. O preço, no entanto, merece destaque, e é uma das apostas da empresa. No mercado japonês, um CD single de um artista custa, em média, 1200 yen, ou R$36. Singles são pequenos discos com apenas duas ou três músicas. Já um álbum, completo, fica na faixa de 3 a 4 mil yen, aproximadamente 100 reais. Vendo apenas pelo custo-benefício, o Spotify apresenta uma proposição interessante, em que não necessariamente precisa substituir completamente o físico, e sim complementá-lo. Por menos do valor de um único single, o usuário poderá usufruir de um catálogo enorme de músicas. E, num mercado entusiasta como o japonês, isso talvez signifique apenas adequar os gastos e considerar a compra de uma mensalidade como “mais um single”. “Mas isso parece fácil”. Porém, a história também não é bem assim.A questão envolve outros pontos a se considerar. Em entrevista ao site do Japan Times, o analista do mercado de entretenimento japonês, Mikiro Enomoto, elogiou a chegada do Spotify, fazendo grandes elogios a dois fatos: primeiro, TOWER RECORDS: Loja de discos fechou todas as portas nos que ele é “basicamente de graça”. SegunEstados Unidos, mas segue forte no Japão. Filial localizada do, que o serviço, por ser gratuito, oferece em Shibuya, Tóquio, impressiona pelo tamanho grande facilidade na hora de compartilhar
suas canções favoritas, e “funcionando como o YouTube”. Basta pegar um link e mandar para o seu amigo, que poderá curtir a canção. O povo japonês, muito conectado com a Internet, e um aficionado pelo YouTube, certamente apreciará esse lado. No entanto, segundo Enomoto, existem outras questões que precisam ser vistas, e que poderão dificultar a penetração do Spotify. O primeiro, é claro, é a preferência pelo físico. O formato, em si, oferece menos conveniência, mas o analista explica que muitos japoneses têm uma veia de colecionador, que não pode ser reproduzida pelos serviços digitais. Há uma prática de “comprar CDs pela caixa e pela arte”, e mudar uma tradição tão enraizada na cultura de um local poderá ser difícil. Além disso, o mercado musical japonês funciona de maneira diferente, com muitos grupos aproveitando o lançamento de seus álbuns para incluir códigos ou cupons de sorteios para ingressos em shows ou eventos com a banda, que também adicionam valor à mídia física e precisariam ser adaptados para o ambiente online, um desafio e tanto em se tratando de um país com aquelas dimensões. Em seguida, Enomoto também aponta uma outra falha, talvez até mais grave: o Spotify, pelo menos no momento, simplesmente não tem a quantidade necessária de músicas japonesas que o público japonês quer ouvir. Ao contrário de mercados como o brasileiro, a música japonesa domina as paradas no país. O Oricon Chart, ranking elaborado pela empresa Oricon, todas as semanas, e que contabiliza e divulga periodicamente os CDs mais vendidos, é normalmente dominado por artistas domésticos. E, de acordo com Enomoto, presentemente menos de metade dos artistas que figuram nessa lis-
MERCADO JAPONÊS
em números US$3 bi por ano
85% das vendas de música em formato físco
ta podem ser ouvidos no Spotify. Mudar isso, é claro, leva tempo, e o Spotify acabou de chegar ao país, mas a luta poderá ser ainda mais complicada do que em outros cantos do planeta. Isso porque, ao contrário da tendência mundial da indústria em queda, as gravadoras japonesas não têm esse problema, antes pelo contrário. Lojas dedicadas exclusivamente à comercialização de CDs estão numa crescente. A Tower Records, que há pouco tempo fechou todas as suas lojas nos Estados Unidos, opera nada menos do que 85 diferentes lojas em território nipônico. Por que correr o risco de mexer em um time que está ganhando e diminuir os seus lucros é a pergunta que muitas gravadoras farão, e para convencê-los a disponibilizar seus acervos o Spotify terá de apresentar bons argumentos, ou então condições que favoreçam as gravadoras, mas que podem ser economicamente inviáveis para a empresa. Apesar das dificuldades, no entanto, o modelo do Spotify é aquele que apresenta a maior probabilidade de sucesso. E, num país altamente tradicional, uma mudança de paradigma poderia beneficiar, e muito, o Spotify, que passaria a ser um jogador importante num poderoso motor econômico da música e que, até então, está basicamente à espera de ser explorado.
NINTENDO APOSTA NO
HÍBRIDO
Novo console da empresa aposta em formato único que muda entre portátil e de mesa para dar a volta por cima nas vendas A Nintendo apresentou durante o mês de outubro ao mundo o seu mais novo videogame, e, seguindo algumas informações que já eram ventiladas na imprensa especializada durante algum tempo, confirmou que o projeto, que até então era chamado pelo codinome “NX”, se trata do Nintendo “Switch”, do inglês “Troca”, e que faz alusão à principal característica do produto: ele se propõe a agir tanto como um videogame de casa como uma portátil. Após soltar um vídeo de três minutos onde apresentava o conceito do produto, a Nintendo confirmou que o próximo pacote de informações apenas será revelado em janeiro de 2017, quando a empresa irá realizar uma nova transmissão online para divulgar novos detalhes. O que é o Nintendo Switch? A grande sacada do Nintendo Switch é que consegue, num único produto, unir
a portabilidade dos videogames portáteis com o conforto e o poderio gráfico esperado dos consoles caseiros. Para tal, o design do console é feito num formato de tablete, que conta com outros dois pequenos controles modulares que podem ser acoplados às laterais do tablete, quando o jogador decidir sair de casa. Se, porventura, a pessoa quiser utilizar o console em casa, então basta deixar o tablete numa estação que serve de carregador e plugar o controle modular a outro componente, que o transformará num joystick mais próximo àquilo que é considerado convencional dentro da indústria dos games. Do ponto de vista do mercado, no entanto, o Switch surge como uma aposta da Nintendo, mas também um dos únicos caminhos abertos para a empresa, que durante a última geração viu a sua estratégia de dois consoles diferentes, um portátil e um caseiro, ser frustrada por vendas
menos do que satisfatórias. O 3DS, sucessor do portátil Nintendo DS, não foi um desastre de vendas, já tendo ultrapassado as 60 milhões de unidades comercializadas em todo o mundo.Ainda assim, a plataforma enfrenta a concorrência cada vez maior dos smartphones, e, se comparado ao antecessor, a queda nos números é evidente: o Nintendo DS, durante toda a sua vida, vendeu 160 milhões de unidades. No ocidente, em especial, o apelo das portáteis tem vindo a diminuir, e a perda de espaço para os celulares é um tópico cada vez mais discutido dentro da indústria dos games, já que crianças não têm interesse em um aparelho dedicado exclusivamente aos jogos. Em contrapartida, o 3DS alcançou grande sucesso no Japão, que é responsável por 21 milhões das 60 unidades vendidas, e onde a Nintendo possui, hoje, a maior quantidade de
empresas terciárias que lançam jogos exclusivamente na sua plataforma. Já o Wii U, sucessor do Nintendo Wii, que foi um grande sucesso para a empresa, não teve a mesma sorte. O console caseiro também apostou num controle tablet, mas a ideia foi, desde a sua apresentação, mal explicada e executada. Ao contrário do Switch, que permite portabilidade total, levando o tablet para qualquer lugar, o Wii U apenas deixava o jogador transmitir as imagens da televisão para o tablet se ele estivesse próximo à ‘torre’ do console. Apesar de útil, a função foi muito pouco explorada, e a tela no meio do controle também serviu de muito pouco. Em números, a situação fica ainda mais catastrófica. O Wii original ficou conhecido por puxar o público casual para os videogames, por conta dos seus controles com sensores de movimento e de fácil
acessibilidade, chegando a vender mais de 100 milhões de unidades. A expectativa da empresa, uma fonte interna revelou há alguns meses, era que o Wii U repetisse este número. No entanto, a realidade foi bastante mais sombria: até novembro de 2016, a Nintendo havia comercializado apenas 13.9 milhões de Wii Us, um dos seus produtos com pior prestação na história centenária da gigante nipônica. Além disso, por se tratar de um console com gráficos HD, a Nintendo encontrou dificuldade para manter a sua produção de games constante. Isso, aliado ao fato que, tradicionalmente, as empresas terciárias não costumam oferecer grande apoio à Nintendo em termos de jogos “multiplataforma” (que são vendidos para mais de um console), fez com que o Wii U sofresse de vários períodos de seca, sem lançamentos novos, o que irritou os consumidores. Diante deste cenário, a mudança era exigida, e vem na forma do hibridismo. Ao concentrar tanto a sua linha portátil como caseira em um único console, a Nintendo tenta matar dois coelhos com uma cajadada só. Um único produto faz
com que não seja necessária a divisão das equipes internas da Nintendo, o que teoricamente acelera a produção dos games, e que serão compatíveis todos com um único console.Além disso, por se tratar de um hibrido de portátil e caseira, a esperança que a Nintendo tem é que as empresas terciárias parceiras da companhia no Japão, que têm feito jogos exclusivos para o Nintendo 3DS, sigam também no Switch, de forma a enriquecer ainda mais o acervo de games na plataforma. Isto não deverá ser estranho, pois as empresas japonesas têm mostrado preferência por sistemas portáteis, assim como os consumidores, e com a saída da Sony deste mercado após a má prestação do seu Playstation Vita, o caminho está livre para
Resultados obtidos pelo Wii U e pelo 3DS, consoles anteriores da empresa, fazem com que Nintendo aposte numa plataforma unificada
a Switch ser o guardião final dos consoles desse estilo. Dito isto, a jogada da Nintendo, embora repleta de méritos, não é um sucesso certeiro. Isto porque, apesar de suas muitas virtudes, existem também alguns pontos mais sombrios e que ainda necessitam ser elucidados, e que podem vir a dificultar o sucesso da Switch. Consoles caseiros e portáteis apresentam diversas diferenças, tanto na filosofia do design dos jogos para os mesmos, como nas especificações técnicas. Por serem mais compactos e necessitarem de uma bateria interna, recarregável, experiências portáteis são tradicionalmente menos poderosas, com gráficos mais simples. No entanto, a Nintendo está utilizando o mesmo aparelho para as duas coisas, e isso levanta a questão: como será o poderio gráfico do Switch? É difícil imaginar que chegue ao nível exibido pelos concorrentes diretos no mercado caseiro, o Playstation 4 e o Xbox One, porque a tecnologia de baterias não permitiria, atualmente, que o console fosse viável num ambiente portátil. Com isso em mente, a Nintendo corre o risco de ficar “de fora” do pacotão dos jogos multiplataformas mencionados anteriormente, pois trazê-los para o sistema
Switch poderá ser menos simples do que um simples trabalho de adaptação, o que desencorajaria as empresas de fazê-lo. Por sua vez, o console ser produzido em formato de tablet, com uma tela respeitável e outros periféricos modulares criados especificamente para ele, provavelmente irão encarecer o produto. E, no ocidente, como vimos antes, o mercado portátil está em declínio. Sem uma opção para adquirir um Switch “não portátil”, o consumidor final terá de arcar com a conta de um produto que gasta bom dinheiro em funções que podem não agregar valor aos olhos dos jogadores. Com o PS4 e o Xbox One sendo comercializados na faixa de 300 dólares, e ambos vendendo bastante bem, um preço mais alto significaria uma luta difícil para a Nintendo, que precisaria convencer os seus clientes a comprarem um videogame com especificações piores, com um acervo mais limitado de jogos, e por um valor superior, “apenas” pela questão da portabilidade. Será que os exclusivos da empresa, que são reconhecidos como alguns dos melhores games da indústria, têm o peso suficiente para virar esta batalha? Esta é a questão que se coloca para os próximos tempos.
Mudança para os gráficos em HD fez com que o modelo de duas plataformas ficasse inviável para a empresa. Abaixo, Zelda: Breath of the Wild, um dos títulos de lançamento do Nintendo Switch.
ELASTIC SEARCH
se destaca no mercado Solução tem mais capacidade de cruzamento de informações, melhor suporte e possibilidades de customização Representada no Brasil pela E-Storage, a Elastic Search apresenta recursos diferenciais sobre seu principal competidor de analises de dados, o Splunk. Entre tais recursos, estão a capacidade de cruzar maiores volumes de dados, capacidade de crescimento automático do cluster de acordo com a necessidade de escala da aplicação, suporte com atendimento personalizado de uma equipe que acompanha os projetos do início ao fim, tudo isso oferecido dentro de um pacote que inclui acesso aos plug-ins do software. Além disso, a solução conta com a expertise dos profissionais da Elastic, com
possibilidade de customização das funcionalidades de acordo com a demanda de cada empresa, com a possibilidade de tunning do cluster, otimização de queries e correção de bugs urgentes. O diretor da E-Storage, Eduardo Guimarães, destaca os serviços dos plug-ins oficiais da Elastic Search: Graph e o Watcher, que atuam no relacionamento de dados e no monitoramento de anomalias nos padrões de rede, respectivamente. “O Graph é uma ferramenta que relaciona dados, permitindo a análise de compras do cliente para recomendação de itens afins, fundamental para estratégia de negócios de qualquer e-commerce. Já o Watcher atua na análise de ataques de rede, monitorando anomalias em nos padrões e agindo por meio de ações pré-progra-
madas pelo usuário, como execução de atividades de infraestrutura, realização de alterações em índices ou envio de alertas”, explica Guimarães. Quanto à customização, a Elastic Search garante a possibilidade em recursos de busca textual, analytics, Big Data, cruzamento e transporte de informações, monitoramento de logs, balanceamento de carga e apontamento de ataques à ciberseguranca, entre outros. A escalabilidade da Elastic Search e a forma como aumenta a quantidade de ingestão, processamento, pesquisa e análise dos logs, que está ligada à capacidade de processamento do cluster, também demonstram sua superioridade em relação ao concorrente Splunk, que depende do limite de licenciamento, que se dá por gigabyte, ou seja, o cliente não indexará tudo, além de ficar controlando o que vai indexar para não pagar mais. “Os detalhes fazem da Elastic Search uma ferramenta superior. E o mercado já entendeu isso: clientes como Uber e Tinder confiam na solução, tendo criado seus aplicativos sobre ela”, afirma Guimarães. Outras empresas, como Mundipagg/ Stone, iFood, Walmart e Globo.com, também são usuários da Elastic Search, reforçando a confiabilidade e qualidade da ferramenta. A E-Storage firmou parceria com a Elastic em 2015, passando a atuar na distribuição, implantação e consultoria da solução baseada em código aberto (open source) no Brasil. Guimarães explica que o fato de a plataforma ser open source facilita a implantação de ferramentas exclusivas. “Na hora de adquirir uma solução de busca e análise de dados, a companhia tem que identificar quais informações precisa e de quais locais irá extrai-las. Além disso,
é preciso observar o escopo e a abrangência – multinacionais, por exemplo, precisam ter acesso a informações em outros idiomas. Somente uma ferramenta com a amplitude de recursos e as facilidades de customização da Elastic pode atender a estas demandas completamente”, destaca o diretor. Já o Splunk, tecnologia criada em 2004 e oferecida no Brasil desde 2009, monitora, faz a gestão e analisa os dados das empresas, permitindo que os usuários naveguem pelos registros da companhia e indexem dados a partir de qualquer aplicativo do servidor ou dispositivo de rede em tempo real. A diferença está na menor capacidade de cruzamento de dados, limitação e encarecimento do processamento, que é contabilizado por Terabyte, além de poucas possibilidades de customização e falta de suporte dedicado. Voltadas a acelerar a procura de informações nos dados das empresas, as ferramentas de busca corporativa cruzam dados de diferentes fontes (e-mail, servidores, páginas web, sistemas de bancos de dados, etc). Isso entrega às corporações alto poder de análise e aproveitamento da informação nos canais adequados, melhorando a tomada de decisões, otimizando processos, documentações e rotinas, e colaborando para uma gestão assertiva e mais produtiva. Recursos indispensáveis em um mercado em que, a cada ano, o volume de dados gerados e movimentados nas organizações cresce, em média, 61%, segundo estudo da Forrester Research. “É preciso contar com soluções robustas para busca, triagem e análise destes dados, para garantir que serão aproveitados de forma a gerar melhorias no dia-a-dia das empresas. A boa utilização de dados é fundamental para gerar bons resultados de negócio e competitividade”, finaliza Guimarães. SOBRE O AUTOR
Gláucia Civa Kirch é diretor executiva da assessoria de imprensa especializada em tecnologia ‘Capital Informação’, em São Paulo.
COMO CONSTRUIR
UM DISCURSO DE MARKETING
INTELIGENTE por Rodrigo Carvalho Silveira
Inspirado no artigo da agência digital britânica Distilled, desenhei um roteiro para refletir sobre um dos temas mais importantes da comunicação estratégica nas empresas, o discurso de marca. A ideia foi a de reunir tudo o que você precisar saber para criar um discurso de marca eficiente, tanto para o online quanto para o offline, lançando mão de exemplos de grandes marcas do mercado nacional. Espero que aproveite os amplos benefícios alcançados com o uso dessa estratégia de conteúdo! Será que a minha marca fala? Sim, sua marca fala, e mais do que isso, ela conversa. Se existe um produto ou serviço disponível no mercado, existem também inte-
rações e diálogo sobre ele. Isso acontece sem que você aprove ou dê permissão, mas simplesmente pelo fato de que toda obra carrega consigo os valores e significados de seu criador. Tá legal, isso pode ter soado um pouco filosófico demais. Na verdade, parte desses valores é desenhada pela marca, e a outra parte depende da interpretação do público. Por isso, o melhor que uma empresa tem a fazer é agir como um fator de direcionamento estratégico, fazendo bom uso das ferramentas de comunicação que estão ao seu alcance. Quando há um olhar estratégico sobre o conteúdo disseminado pela empresa, ou critérios para definir a forma como a marca se pronuncia, podemos dizer que há um discurso de marca
instituído. Fique tranquilo, boa parte dos empresários está tão constrangida quanto você, se acaso sua reação foi: como eu nunca pensei nisso antes? Parece trivial, mas até mesmo as grandes marcas pecam no momento de dialogar com o público, sobretudo, quando são requisitadas a falar sobre seus valores e posicionamentos, e não apenas anunciar seus produtos. A boa notícia para quem alimenta perspectivas otimistas com relação ao sucesso do próprio negócio é que ainda há tempo para desenvolver esse aspecto crucial, que se abriga no coração das ações de comunicação e marketing: o discurso de marca. que a Chilli Beans é descolada, a Tiffany sofisticada, e a RedBull aventureira. Porque o discurso de Para isso, um discurso de marca deve ser distinto, marca é importante? reconhecível e único. Pode parecer uma tarefa difícil, O discurso de marca expressa a per- até considerarmos o uso da nossa própria língua na sonalidade da empresa, reflete seus va- vida cotidiana. Todos empregamos a linguagem – eslores e visões de mundo. Não é apenas crita e falada – de um jeito muito parecido, mas nem sobre o que uma empresa faz, mas so- por isso passamos por desconhecidos ao falar ao telebre o que faz dessa empresa uma marca. fone com um parente. Claro, a cultura e o dialeto são os fatores mais sigÉ sobre as pessoas que compõem essa marca, e sobre tudo que as motiva dia- nificativos que ditam a nossa abordagem e uso das riamente, seus amores e ódios, e por fim, palavras. Mas dentro dessas fronteiras, cada um de nós sobre o que querem compartilhar com tem suas próprias idiossincrasias, expressões favoritas, o mundo. Se isso soa lúdico demais para inflexões, ritmo e assim por diante. Somos identificavocê, observe como pode se tornar um dos pelos traços de personalidade que reproduzimos, e com as marcas se dá de forma semelhante. Todo esdiferencial competitivo: forço realizado por um comerciante local para divulO discurso de marca diferencia você do resto David A. Aaker, em seu icônico livro Managing Brand Equity, destaca que “uma marca bem posicionada terá uma atraente posição competitiva, suportada por fortes associações” Associações essas que nos fazem crer
gar sua empresa pode ser diluído entre seus concorrentes se no momento da compra o cliente não resgatar a identidade por trás da mensagem recebida. O discurso de marca constrói a confiança Explorando agora as páginas de “Influência: A Psicologia da Persuasão“, de Robert B. Cialdini, descobrimos que há uma forte ligação entre familiaridade e confiança. Uma vez que algo familiar requer um baixo nível de esforço de processamento mental, estamos mais propensos a nos sentir à vontade diante daquilo com o que nos identificamos previamente. Sendo assim, a empresa deve ser consistente no uso da linguagem para que sua comunicação se torne familiar para o cliente, sugerindo identidade, aproximação e confiança no momento da compra. Criar um tom de voz específico para as abordagens da marca tem um papel fundamental neste processo. O discurso de marca pode ser usado para influenciar e persuadir
Uma das passagens mais vivazes da escritora norte-americana Maya Angelou diz que:“As pessoas não se lembram sempre do que você disse ou mesmo do que você fez, mas elas sempre se lembrarão de como você as fez sentir.” Mais do que a mensagem que desejamos transmitir é, muitas vezes, a maneira como o fazemos que dita quais sentimentos serão absorvidos pelo interlocutor. As pessoas são muito sensíveis à linguagem, e formam suas impressões e opiniões desde o momento
em que começam a ouvir ou ler suas palavras. Os termos empregados em uma curta frase de anúncio podem ser usados para persuadir ou influenciar uma audiência se forem cuidadosamente selecionados. Por exemplo, os políticos tendem a usar frases curtas e simples como uma forma de projetar a ideia de honestidade e ‘verdade universal’. Enquanto isso, as empresas de serviços financeiros são, por vezes, acusadas de abusar dos jargões técnicos como forma de impor um status de superioridade. Em geral, um discurso de marca bem-sucedido é simples e objetivo, já que ele não está centrado em exibir uma escrita sofisticada, mas sim refletir as qualidades do seu negócio. Gostou das dicas? Quer descobrir mais sobre este assunto? Confira o que mais Rodrigo tem a dizer na sua página do LinkedIn por este link: http://bit.ly/2f1Vjme.
SOBRE O AUTOR Rodrigo Carvalho Silveira atua no planejamento de marketing digital com foco em estratégias de conteúdo e SEO, ajudando as empresas a ampliarem sua visibilidade e relevância no meio digital. https://br.linkedin.com/in/ rodrigocsilveira
BURGER KING VOLTA A PROVOCAR MCDONALDS
NO HALLOWEEN Quem acompanha a AC Digital sabe que McDonalds e Burger King têm travado uma batalha muito interessante ao longo dos últimos meses.
Tudo começou com uma proposta de celebrar o dia da paz em que o BK sugeriu uma parceria com o McDonalds, que foi prontamente rejeitada pelo
rival. A partir daí, as duas empresas protagonizaram diversos episódios em que deram um show de marketing. Um deles, por exemplo, aconteceu na França, quando o McDonalds provocou o BK ao instalar uma placa que apontava a direção para o restaurante da franquia rival mais próximo... localizado a 258km de distância. Pois, bem, para não perder viagem, o Burger King aprontou mais uma. Como forma de comemorar o Halloween, o Dia das Bruxas americano, uma das lojas de Nova York ganhou uma decoração no mínimo inusitada. Panos brancos cobriram os telhados, com uma placa a ‘assustar’ os visitantes e avisando sobre a mudança para o Hallo-
ween. Além disso, quem comprava um sanduíche recebia uma embalagem branca, com o nome “McDonalds” escrito nela. A surpresa, no entanto, não acabava por aí. Ao abrir a caixinha, o cliente podia ler uma etiqueta com os dizeres: “BOOOOO! Estamos brincando, ainda grelhamos os nossos hamburgers!”, em mais uma cutucada no rival. A ação foi pensada pela agência de publicidade David, e foi um sucesso de repercussão. Sites de notícias e redes sociais foram inundados por fotos de clientes que se divertiram com a brincadeira. Certamente uma fantasia que irá entrar para a história da publicidade.
#CURTAS Brasileiro gasta três vezes mais tempo no mobile que no desktop Novos dados do novo estudo Global Digital Future in Focus, que analisa mercados de todo o mundo sobre o comportamento digital das pessoas, apontam que os brasileiros apresentam grande preferência por dispositivos mobile, em detrimento do tradicional computador de mesa, o desktop. De acordo com o estudo, o tempo gasto no celular é 283% superior ao passado no computador. No entanto, segundo os dados, o desktop passa bem, apesar do crescimento dos smartphones, e até apresentou altas em regiões como a Europa e o Oriente Médio .
Rolou no Confira alguns dos assuntos em voga na rede social
Monitoramento No grupo “Comunicação Corporativa”, um debate chama a atenção para a questão do monitoramento das redes sociais. No mundo conectado, estar por dentro do que é dito acerca da sua marca, além do que é dito PELA sua marca é um diferencial no mercado.
Acessibilidade no design No grupo “Digital Marketing”, uma entrevista aponta para a necessidade e a importância de, na hora de desenhar um website, levar em consideração as necessidades especiais de diversos tipos de usuários. Segundo Joanne Pires, da eSSENTIAl Accessibility, além dos ganhos financeiros que um site acessível pode acarretar, existe também a questão da lei. Em diversos países, é obrigatório, já, que certas empresas com número superior a 50 empregados e sites governamentais tenham sites com acessibilidade.
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