Revista Acibalc - Edição nº15

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ACIBALC

EMPRESAS & NEGÓCIOS

REVISTA DA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ E CAMBORIÚ

EDIÇÃO Ano III | JAN 2013




Editorial

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Um novo ciclo

2013

por Nelson de Oliveira Presidente

Dois mil e treze chegou e com ele novos desafios e conquistas. A responsabilidade de escrever o primeiro editorial do ano, da Revista ACIBALC, soma-se com a de presidir a entidade desde o primeiro dia de janeiro. E não há outra forma de começar a cumprir o que me foi incumbido senão agradecendo aos meus colegas de diretoria da gestão passada e desta que se inicia e agradecer, em especial, aos associados da ACIBALC pelo voto de confiança, por unanimidade, para estar à frente desta nobre e importante instituição no biênio 2013/2014. Com certeza é uma grande honra poder representar este segmento e conduzir uma entidade que, nestes dez anos, acumula inúmeras conquistas. Sabemos que existem inúmeras demandas para solucionar, tendo em vista que nosso tempo é limitado e precioso. Se faz necessário debater e colocar em pauta as ações que são urgentes para nosso empresário e para nossa região. Na ACIBALC, o nosso compromisso nestes dois anos será de cobrar e ficar à disposição do poder público. Acredito que juntos teremos mais possibilidades de realização. A ACIBALC está aberta e assim continuaremos apoiando nossos associados, para que tenham na ACIBALC, uma entidade parceira do desenvolvimento, do empreendedorismo, da qualificação e da promoção do empresário. Ressalto que trabalharemos para a melhoria contínua dos processos, buscando a sustentabilidade da ACIBALC, bem como dos seus associados e empresariado. A ACIBALC é forte e representativa e tem como uma das células principais você nucleado, empresário, que em meio a tantas dificuldades e desafios, se mostram incansáveis na busca por manter e aprimorar seus negócios gerando riquezas e contribuindo para o desenvolvimento de nossa região. E como ACIBALC também é conhecimento, esta edição traz informações sobre a Classe C e seus anseios de consumo, as perspectivas de desenvolvimento da nossa região para 2013 e outros assuntos do seu interesse, pesquisados e redigidos que contribuirão para que você fique cada vez mais competitivo. Desejo um ótimo ano a todos.


Expediente

EMPRESAS E NEGÓCIOS

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Índice Perspectivas para região, em 2013..................... pág 14 Entrevista - Wagner Sarnelli.............................. pág 20 Raio X sobre a Classe C....................................... pág 24 Mais uma edição do Empretec........................... pág 30 A melhor hora de expandir seu negócio............ pág 32 Missão: Fortalecer o associativismo empresarial com representatividade e sustentabilidade.

Expediente Presidente

Diretor de Turismo

Conselho Editorial:

Nelson de Oliveira

Carlos Gustavo Bauer

Vice Presidente

Diretor de meio ambiente

Alexandre G. Rocha

Fernando Baumann

José Santos Pereira Matias Fidelis Angeli Marcio Daniel Kiesel

Diretor Adm. Financeiro

Diretor de Políticas Sociais

Cirlei Inez Donato

John Christian Wendling

Diretor Jurídico

Diretor de Ext. – Camboriú

Eraldo Luiz de Carvalho Jr.

Francisco Bueno

Diretora de Comunicação

Conselho Fiscal

Ciça Müller Diretor de Des. Empresarial

Márcio Daniel Kiesel Diretor Ind., Com. e Serviços

José Santos Pereira Diretor de Núcleos

Marcelo A. dos Santos

Membros Efetivos

Abdon Foes Finardi Juvenal A. Llamazares Gunnar Vollmer Membros Suplentes

Nazaré S. Gomes Augusto Munchen Carlos Mayer

Jornalista Responsável:

Andréa Artigas Mtb/SC 0003273 JP Projeto Gráfico:

*GGeDESIGN Colaboradores:

Janny C. Brumm Júlia Fronza Impressão

Impressul Ind. Gráfica Ltda. Jaraguá do Sul - SC Tiragem

5.000 Exemplares

Comercialização de publicidade: 47 3363-0700 | acibalc@acibalc.com.br | Rua 1.542 nº 715 | Sala 24 | Balneário Camboriú | SC

Os artigos e anúncios são de inteira responsabilidade de seus autores.


Em Foco

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Em Foco Santa Catarina - Assinado protocolo que trará cinco multinacionais para a região

Mundo - Recessão mundial refletirá no Brasil em 2013

Um protocolo de intenções para instalação, em Santa Catarina, de cinco multinacionais do ramo farmacêutico e de aditivos foi assinado na segunda quinzena do mês de janeiro, pelo governador Raimundo Colombo e os secretários do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen, e da Fazenda, Nelson Serpa. As empresas favorecidas são: Sanofi, Teva e Lubrizol, Heraeus Kulzer e SanCor. O objetivo é fortalecer o Polo Logístico de Saúde, instalado em Itajaí, para a importação e distribuição de produtos para todo o Brasil. A parceria deve diversificar a economia catarinense, estimular a criação de empregos e novos investimentos, além da dinamização, inovação tecnológica e modernização do parque produtivo.

A Organização das Nações Unidas (ONU) alerta que a economia mundial está à beira de uma recessão, e reviu, para baixo inclusive, a previsão de expansão econômica para o Brasil em 2012. Na melhor das hipóteses, o Brasil crescerá 2,7% neste ano, abaixo da média latino americana e um dos cinco países da região com a menor taxa de expansão.

Entre as requisições do governo estão a contratação do serviço de transporte rodoviário de cargas exclusivamente com empresas transportadoras instaladas no Estado e a contratação de no mínimo, 150 funcionários diretos a partir de, no máximo, 180 dias contados da data de início de funcionamento. O acordo também prevê uma parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) para incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos farmacêuticos.

Em relatório divulgado no início do ano, a previsão da ONU para crescimento do Brasil em 2012 era de 5,3%. O corte na previsão para o País foi, portanto, de quase a metade da estimativa anterior. Num cenário pessimista para a economia mundial, a ONU alerta que o desempenho brasileiro seria ainda pior, caso a Europa não consiga resolver seus problemas, o Brasil cresceria apenas 0,5% em 2012. Apesar disso, o documento destaca que essas nações seguem vulneráveis às condições econômicas dos países desenvolvidos. Para a América Latina, a previsão para 2012 é de crescimento de 3,6%, e de 4,5% no ano seguinte. No caso do Brasil, a previsão para 2013 é de alta de 3,8% no PIB. O documento destaca que, entre as principais nações em desenvolvimento, a China e a Índia devem permanecer com PIBs robustos, mas desacelerando.

Fonte: economiasc.com

“A classe C quer a inclusão pelo consumo. Os empreendedores que desejam prospectar este consumidor têm que ser sedutores, oferecer bom atendimento. A palavra do momento é atendimento.” Wagner Sarnelli, sócio do Data Popular, especializado em pesquisas de consumo, entrevistado desta edição, abordando sobre a nova classe C.


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Painel do Empreendedor

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Painel do Empreendedor Esse espaço é destinado aos empreendedores associados da ACIBALC que trazem desenvolvimento e qualificação ao nosso mercado

Zonta Móveis Didge Steakhouse

O Didge Steakhouse Pub une o melhor de uma Steakhouse com a descontração de um bom Pub, num clima bem australiano. O local conta com uma produção típica da Austrália, tanto na decoração do ambiente, quanto nos sabores. O acolhimento é um dos pontos altos do Didge que propicia a cada cliente uma noite especial. Numa primeira faixa horária o Didge é um local que elabora deliciosos pratos num ambiente aconchegante e que convida a reunir-se com amigos. Num segundo momento, a música, a luz e a equipe transformam o ambiente num Pub, preenchendo-o de autenticidade e descontração, sempre com uma boa atração.

A busca constante pela atualização sobre as novidades que há no mercado demonstra que a Zonta Móveis quer estar alinhada com o que há de melhor no ramo. No mercado de móveis residenciais e comerciais desde 1985, é especializada em móveis sob medida, desenvolvendo produtos que obedecem a rigorosos padrões de qualidade. Seus projetos visam aproveitar os espaços proporcionando qualidade, sem deixar de lado o bom gosto. Onde está: Rua 1500, 838, Centro | BC (47) 3393-6685 | www.moveiszonta.com.br

Onde está: Rua 4450, 143, esquina Beira Rio, Barra Sul | BC (47) 3361-6414 | www.didge.com.br

D´Carllos Buffet Exclusivo Se você pensou em fazer um evento com qualidade e com exclusividade você pode solicitar a empresa D´Carllos Buffet Exclusivo. Especializada em festa em domicílio e apta a atender com presteza qualquer tamanho de evento, levando até você toda a estrutura necessária para garantir o sucesso da sua ação. Equipamentos de cozinha, equipe treinada para bem servir e um cardápio variado que combina bom gosto, preço justo e ótimos sabores. Há 8 anos no mercado de eventos, atualmente atende cerca de 10 eventos mensais com a garantia do cheff Carllos, um especialista do setor. Onde está: Av. Palestina, 1510 (Anexo AABB), Bairro das Nações | BC (47) 3367-5340 | www.dcarllosbuffet.com.br


Painel do Empreendedor

EMPRESAS E NEGÓCIOS

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Maremar Móveis

Maremar Móveis teve seu início em 2001, na cidade de Balneário Camboriú com a visão de se inserir no mercado moveleiro fabricando móveis sob medida. A empresa surgiu por iniciativa dos irmãos Itamar e Vilmar Gonçalves que já trabalhavam no ramo de marcenaria e decidiram abrir um negócio próprio. Com o passar dos anos a empresa foi crescendo e atendendo um número maior de clientes precisando assim, aumentar o espaço físico e também investir em máquinas mais modernas e aperfeiçoamento de funcionários. Atualmente a Maremar produz móveis em MDF e utiliza materiais de ótima qualidade sempre prezando pela satisfação dos clientes. Com compromisso de entregar nos prazos determinados, a Maremar desenvolve móveis para clientes particulares, lojas, com atenção especial para arquitetos, decoradores e construtoras. Onde está: Rua Rodésia, 966, Bairro das Nações | BC (47) 3367-0760 | www.maremarmoveis.com.br

Espaço do Óleo

Especializado na troca de óleo, com estabelecimento em Balneário Camboriú e Navegantes, a Espaço do Óleo oferece serviços de troca de óleo, filtros, palhetas, limpeza de radiador e higienização de ar condicionado. A empresa tem uma dedicação especial ao atendimento, por isso toda equipe é treinada para oferecer muito mais do que uma troca de óleo, é treinada para oferecer qualidade, tempo hábil e bom preço. Para a Espaço do Óleo, cada cliente é único e merece atenção especial. Outra preocupação da empresa é o cuidado com o meio ambiente, fazendo o descarte de materiais de acordo com critérios ambientais. Onde está: Terceira Avenida, 1971, Centro | BC (47) 3366-5172

Lamin Auto Pintura

A Lamim Auto Pintura atua no ramo de funilaria, reparos, restaurações e pinturas de automóveis. Com uma estrutura, que independe das condições climáticas, executa os serviços solicitados faça sol ou faça chuva. A boa qualidade no serviço e no atendimento são valores de que a Lamim Auto Pintura não abre mão. Além disso, os colaboradores buscam constante atualização para melhor atender as demandas. Onde está: Rua 2550, 1000, Centro | BC (47) 3363-2667


Qualidade na Gestão

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Melhore seus Resultados em 2013 Nos últimos dias do ano, depois de dar conta de todas as tarefas antes do recesso coletivo, chega a hora de refletir sobre o desempenho da empresa e se preparar para a nova jornada. Para ajudar nessa tarefa, Bill McBean, autor de livros para empreendedores, listou, no site da Fox Business, cinco pontos essenciais para quem quer fazer a empresa crescer no próximo ano.

1 - Seja seu crítico mais severo

É fácil se cercar de gente que aprova tudo o que o chefe faz. Empresários de sucesso, porém, costumam ter um ponto em comum: boa capacidade de autoanálise. “Antes de avançar, avalie seus pontos fortes e os da empresa e compare-se com a concorrência”, sugere McBean. Pergunte-se, honestamente, se o ano foi bom, o que deu errado e onde estão as boas oportunidades.

2 – Agradeça aos clientes

O final de ano é o momento apropriado para agradecer a seus melhores consumidores. Dizer obrigado a quem entra na loja ou contrata seu serviço dá trabalho e custa tempo, mas fortalece o relacionamento. “Ninguém gosta de ser ignorado. Ligar ou escrever para os melhores clientes é um diferencial e traz excelente retorno”, diz Bean.

3 – Reconheça o bom trabalho

Não importa se uma empresa tem três ou cem funcionários. É sempre bom avaliar o desempenho da equipe durante o ano – não só para recompensar os melhores, mas para dar um gás no ânimo e na produtividade de todos. A ideia, segundo Bean, é mostrar aos colaboradores que se aprecia e reconhece sua contribuição.

5 – Peça conselhos

Reúna-se com o contador, o advogado e outros profissionais para saber o que deve ser programado para o próximo ano. Aproveite essa conversa para se aconselhar com eles e se informar sobre as perspectivas em cada área no ano que se iniciará. “A análise deles é extremamente valiosa para os empreendedores que passaram o ano concentrados apenas na gestão. Eles ajudam a tomar decisões inteligentes”, diz McBean.

4 – Avalie o marketing

É comum começar o ano com uma campanha de marketing que acaba sendo esquecida com o passar dos meses por causa da correria diária. Aproveite o recesso para questionar se esse plano é agressivo o suficiente, se está atingindo o público certo e se há melhores maneiras de usar seu dinheiro.


Qualidade na Gestão

EMPRESAS E NEGÓCIOS

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Turismo

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Nova Classe C começa a esquentar o setor de Turismo O aumento da capacidade de crédito das classes C e D, ocorrida nos últimos 10 anos, impulsionou não somente a venda de alimentos e bens duráveis. O turismo foi beneficiado diretamente por essa melhora no padrão de vida do brasileiro. A facilidade de pagamento e a segmentação dos pacotes oferecidos pelas agências de turismo foram itens que chamaram a atenção desse público. A possibilidade de consumo com a ampliação do crédito na classe C no Brasil se reflete no lazer e meios de transporte que os consumidores escolhem na hora de viajar. Um estudo realizado pela Hi-Mídia e M. Sense indica que 40% da nova classe média brasileira já utilizou o avião como meio de transporte. O mesmo percentual é de 87% na classe A e de 65% na classe B. De acordo com a presidente do BC Convention Bureau, Margot Rosenbrock Libório, este fenômeno já apresenta reflexos em Balneário Camboriú. Para ela, as empresas têm que estarem atentas para os anseios da nova classe C, que com o aumento do poder aquisitivo e estabilidade econômica do país está criando o hábito de viajar e procurar roteiros turísticos nacionais. “O mercado está se adaptando para receber esta nova classe C e é preciso estar em sintonia para poder atender e fidelizar este novo público”, salienta.

Segundo os sócios proprietários da VIP Mar Turismo, Ana Maria dos Santos e Juan Goana, empresa que atua no mercado de turismo receptivo nacional e internacional desde 1994, as empresas de turismo antes eram restritivas e hoje recebem e estão preparadas para atender e encantar este novo público. Apesar das empresas e operadoras oferecerem pacotes com parcelamentos extensos, Ana Maria dos Santos, acredita que a procura ainda é tímida e deve aumentar no decorrer dos próximos anos. “É um público que se planeja para pagar um parcelamento de 10, 12 vezes, busca promoções e hospedagem econômica. É uma classe que ainda tem muito a despertar, mas sinaliza que está mudando de hábito e começa a inserir nos seus sonhos viagens de férias”, destaca a empresária.

“O mercado está se adaptando para receber esta nova classe C e é preciso estar em sintonia para poder atender e fidelizar este novo público” Margot Rosenbrock Libório


Turismo

EMPRESAS E NEGÓCIOS

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A mesma opinião é compartilhada pelos empresários da Marjotur, Marcos Antônio dos Santos e Sheila dos Santos. Para eles a procura por roteiros de viagens pela nova classe C existe, mas ainda é tímida. Segundo Marcos Antônio, há cerca de 8 anos as empresas de turismo vêm se adequando para oferecer opções para a classe média. A possibilidade de parcelamentos, a queda nos valores das passagens aéreas e a flexibilidade das operadoras contribuem para esta adaptação. “Hoje temos produtos de qualidade, com preços acessíveis e facilidades de negociação, o que atrai a nova classe C”, explica o proprietário da empresa. Segundo informações do sócio proprietário da Lufer Transportes, empresa de transportes e turismo receptivo, há 12 anos no mercado regional, Luciano Maibuk, a nova classe C já soma de 30 a 40% dos seus clientes. “A nova classe C tem viajado muito, com certeza. São famílias inteiras e grupos que se hospedam em apartamentos. Diferente de alguns anos, quando as pessoas que utilizavam nossos serviços eram somente empresários e grupos elitizados”, explicou.

“Hoje temos produtos de qualidade, com preços acessíveis e facilidades de negociação, o que atrai a nova classe C” Marco Antônio dos Santos

Os cruzeiros são os preferidos Para a empresária Cintia Rux, da empresa Intermundo Turismo, agência de viagens especializada em planejamento e gerenciamento de viagens de negócios ou lazer, conta que 30% dos seus clientes integram a nova Classe C. A maior procura são pelos cruzeiros. Segundo ela, a facilidade do parcelamento dos pacotes aliado ao aumento do poder aquisitivo e estabilidade financeira são os ingredientes fundamentais para este aquecimento do setor, em relação a esta classe. “As pessoas estão mudando a cultura. Há uns 20 anos, a possibilidade de uma pessoa da classe média fazer uma viagem à Europa, por exemplo, era quase que remota. Hoje com as facilidades, com as ofertas, tem microempreendedor escolhendo roteiros como este nas férias”, explicou.


Perspectivas

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Balneário Camboriú e Camboriú: perspectivas de desenvolvimento para 2013 Com a chegada do novo ano, se renovam as esperanças de fortalecimento dos municípios de Balneário Camboriú e Camboriú. Os dois locais reelegeram seus prefeitos, o que significa a continuidade dos projetos implantados nos últimos quatro anos. Pela frente a responsabilidade dos dois governos de encontrar alternativas para caminhar ainda mais fortemente em direção ao desenvolvimento sustentável. Segundo o presidente da Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú, Nelson de Oliveira, o momento para a classe é de buscar apoio para fortalecer o empreendedorismo, diminuir a distância entre poder público e a classe empresarial e trabalhar pelo fortalecimento de projetos que visam não só o desenvolvimento da classe empresarial, mas o desenvolvimento das duas cidades. “Vamos trabalhar para buscar o apoio necessário para que os dois municípios se destaquem cada vez mais, tanto na sua cadeia produtiva, na venda de serviços, na oferta de turismo quanto no lado social, pois acreditamos que o conceito de cidade desenvolvida só acontece quando há ascensão econômica, mas acima de tudo, social”, salientou o presidente empossado em janeiro de 2013.


Perspectivas

EMPRESAS E NEGÓCIOS

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Camboriú Segundo o Secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Camboriú, Matias Fidelis Angeli, a expectativa em 2013, é de que a economia se fortaleça na cidade. A aproximação com a classe empresarial, os investimentos em infraestrutura e as parcerias com instituições de capacitação são alguns dos caminhos que a administração encontrou para acelerar o aquecimento da economia. “Dois mil e treze é o ano de continuação do segundo mandato da prefeita Luzia Lourdes Coppi Mathias, portanto, já são conhecidos os setores do Município que requerem atenção, pois já pertencem a um planejamento estratégico elaborado durante os primeiros quatro anos.” “Camboriú é a ‘bola da vez’ em crescimento e desenvolvimento, por se tratar de uma cidade estrategicamente bem localizada, situada entre Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Porto Belo, Tijucas, Canelinha e Brusque. Além disto, o fato de se localizar ao lado de dois portos, entre dois aeroportos, às margens do maior corredor de produção de norte a sul que é a BR 101 e ainda, estar incluída no projeto do traçado da estrada de ferro que ligará os portos, atingindo o município em quase toda sua extensão são alguns dos pontos positivos que fazem com que nossa expectativa de desenvolvimento seja positiva”, detalhou o secretário. Para ele a localização do município e as políticas públicas de incentivo ao distrito industrial são fundamentais para atrair novos investidores. “As empresas buscam construir em Camboriú porque tem mão de obra farta

“Camboriú é a ‘bola da vez’ em crescimento e desenvolvimento, por se tratar de uma cidade estrategicamente bem localizada” Matias Fidelis Angeli

e qualificada. Camboriú cresce no tamanho da cidade e do campo e se desenvolve através do povo trabalhador, ordeiro e receptivo, que atrai muita gente para residir e implementar seus projetos de construção de empresas em todos os setores da economia”, salientou. Atualmente o município conta com cerca de 4 mil empresas. Parte delas estão localizadas no Distrito Industrial. “Estamos fazendo nossa parte. Já temos parcerias estabelecidas com a ACIBALC, SEBRAE, SENAC e SENAI que oferecem treinamentos sem custos ou a custo muito baixo. Só depende do empresário em planejar tempo para isso. Buscamos qualificar a mão de obra e proporcionar informação ao empresário para que ele se torne competitivo, além dos investimentos na infraestrutura da cidade”, destacou o Secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Matias Fidelis Angeli.

Matias Fidelis Angeli Secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Camboriú


Perspectivas

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Balneário Camboriú Em Balneário Camboriú, segundo a diretora geral da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Jamille Santana, o setor de serviços ainda é, e deve continuar, como principal responsável pela movimentação da economia, sendo responsável por mais de 84% do Produto Interno Bruto. “Esse percentual deverá aumentar, e essa é a nossa expectativa, já que a cidade deverá ser, ainda no turismo, também referência no oferecimento de uma grande estrutura para o setor de eventos. Isso deverá ocorrer pela soma dos centros de eventos já ofertados pela iniciativa privada, à construção do nosso tão sonhado Centro de Eventos que será iniciado através da nossa Administração Municipal, pelo governo de Edson Piriquito e Claudio Dalvesco, e com apoio do Governo Estadual”, destaca a diretora. O poder público municipal aposta num turismo de eventos que venha qualificar ainda mais o setor na cidade. “Por isso, todas as obras que se relacionem à melhoria da infraestrutura para o turismo, e que venha a gerar, como essa qualificação, mais emprego e renda para o morador e trabalhador, serão motivadas pela nossa Administração. Já realizamos grandes obras pensando não apenas num turismo qualificado, mas também em uma melhor qualidade de vida das famílias”, salienta a representante da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico.

“Nós acreditamos que estamos no caminho certo e que Balneário Camboriú já se apresenta com um novo perfil de desenvolvimento econômico, muito mais humano e qualificado” Jamille Santana

Jamille defende que investimentos na infraestrutura são importantes e fazem parte do caminho para o desenvolvimento. “Nós acreditamos que estamos no caminho certo e que Balneário Camboriú já se apresenta com um novo perfil de desenvolvimento econômico, muito mais humano e qualificado”, concluiu, alertando que as obras de infraestrutura devem qualificar a cidade consequentemente para o fortalecimento empresarial.

Jamille Santana Diretora Geral da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Baln. Camboriú



Perspectivas

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Perspectivas: Facisc Em busca de cada tijolo em 2013 O ano 2013 nos desafiará e testará, de forma derradeira, nossa real capacidade de crescimento. Isso porque temos, sim, plena capacidade de figurar entre as grandes potências econômicas mundiais. E Santa Catarina, onde há muitos anos estamos fazendo história, inclusive por meio de nossa entidade, que congrega o maior sistema empresarial voluntário do Estado, tem uma cadeia produtiva diversificada e de excelência. Representando 4% do total, somos hoje o Estado na 6ª posição em participação no PIB brasileiro.

tão longamente aguardadas pelo setor produtivo, impactem também – positiva ou negativamente – na boa imagem que o Brasil desfruta lá fora, ante a perspectiva de sediarmos dois eventos esportivos mundiais.

O cenário junto às forças produtivas catarinenses é positivo e as perspectivas de crescimento são ancoradas numa real capacidade de desenvolvimento. Mas então, qual o desafio que 2013 nos traz? Será o ano no qual, de fato, precisaremos executar nosso dever de casa, que há muito estamos protelando, e muitas vezes por protecionismo e corporativismo. É uma lição que depende muito mais da definição de prioridades, bem como do cumprimento das mesmas, por parte do setor público.

Se não dermos cabo destas necessidades agora, então, quando o faremos? Neste sentido, a Facisc seguirá firme em seus propósitos e na defesa de suas bandeiras ao longo deste ano crucial. Precisamos de consistentes investimentos em infraestrutura – em especial, na malha viária, o que certamente reduzirá os custos de transportes no País – e de redução das acachapantes alíquotas tributárias. Nossa mão de obra demanda qualificação, o que certamente vai proporcionar um crescimento seguro e a gigantesca máquina pública precisa ser redimensionada a fim de que seja possível destinar mais recursos para investimentos. E precisamos, urgentemente, voltar a exportar, antes que nossa indústria seja aniquilada pela desleal concorrência trazida pelos produtos importados.

Se a classe empresarial tem compromisso com a geração de emprego e renda, com a qualidade de nossos produtos e serviços e vem, de forma honrada, posicionando nosso Estado na economia nacional e internacional, é mais do que hora de vermos nossos pleitos atendidos pelos diferentes níveis de governo. Afinal, estamos em 2013, ano derradeiro para que as obras de infraestrutura,

É inegável nosso potencial de crescimento. Mas, sem condições para tal, é como se estivéssemos construindo um novo lar com o mestre dos empreiteiros e as melhores ferramentas do mercado, mas não dispuséssemos do básico: tijolos. Em 2013, a Facisc continuará em busca de cada tijolo que for necessário ao desenvolvimento sustentável da economia e da sociedade de Santa Catarina.

Alaor Francisco Tissot Presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC)


Perspectivas

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Perspectivas: Sebrae Um ano histórico Em 2013, com a estagnação da economia americana e europeia, principais compradores dos produtos brasileiros, devemos buscar novos caminhos para o crescimento da economia catarinense, sem fechar os olhos ao crescente mercado interno e das classes C, D e E. Uma das justificativas para a evolução no poder de compra dessas classes é justamente o crescimento da variedade de produtos adquiridos, fator motivador para empresários inovadores. A nossa indústria tem fôlego e competência para crescer e tem um aliado preparado e atento às mudanças do mundo: o Sebrae/SC.

parceria do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, com o Sebrae/SC. Os resultados positivos dos últimos anos ratificam a relevância do Nova Economia@SC para a criação de uma Santa Catarina mais forte e sustentável. Estamos confiantes de que 2013 será um ano especial para os empreendedores catarinenses e que, certamente, será marcado pelo sucesso das pessoas que acreditam no potencial econômico de Santa Catarina.

Entre as premissas do Sebrae/SC deste ano, está impulsionar as micro e pequenas empresas e os microempreendedores individuais (MEIs) ampliando mercados, aumentando a competitividade, promovendo a inovação e a formalização. Uma das metas de 2013 é o atendimento a 75 mil MPEs e 30 mil MEIs por meio de cursos, consultorias e informações.

Este ano também será um marco importante para o programa Nova Economia@SC. Com foco no desenvolvimento de cadeias produtivas industriais, no fortalecimento dos negócios de pequeno porte e no crescimento aliado à preservação ambiental, o programa é uma

Foto: Divulgação

Também estamos trabalhando para, cada vez mais, transformar o Estado em um local propício para o desenvolvimento de novos negócios e para o sucesso dos empreendimentos já existentes. É com esse propósito que o Sebrae/SC, busca a implementação da Lei Geral da MPE em todas as cidades catarinenses, beneficiando os negócios de pequeno porte nas compras governamentais.

Sérgio Cardoso Diretor administrativo e financeiro do Sebrae/SC


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Entrevista

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A força da classe C O fenômeno de expansão do poder de compra da classe C é algo bastante conhecido no Brasil. Por isso, não tem jeito: o dono de um pequeno empreendimento precisa olhar para esse público e, mais do que isso, definir uma estratégia para conquistá-lo e cativá-lo. Mas é preciso cuidado. Antes de focar neste público, o pequeno empresário precisa ter algumas informações: o consumo não significa para a classe C o mesmo que para a elite. O consumo, de acordo com pesquisadores do assunto é visto como investimento, não como objeto de ostentação. De acordo com estudo elaborado pelo instituto Data Popular, 58% da população pertencerão à classe C em 2014. Isto demonstra que a expansão da classe C no País deve continuar a ocorrer em ritmo acelerado. Atualmente, 54% dos brasileiros se enquadram nesse extrato social que, segundo critérios do levantamento, reúne famílias com renda média de R$ 2.295. “Os padrões de consumo dessa nova classe C não serão iguais aos de hoje. Há uma mudança em andamento”, avisa Wagner Sarnelli, sócio do Data Popular, especializado em pesquisas de consumo. “Portanto, a empresa que quiser vender para esse público deve entender bem seus códigos e seus valores para se comunicar corretamente”. Para aprofundar este assunto e orientar nosso associado como aproveitar a ascensão deste grupo, conversamos com o sócio diretor do Instituto Data Popular, Wagner Sarnelli, que nos informou por meio de uma entrevista exclusiva que quem não estiver preparado para atender este público poderá deixar de faturar muito em 2014.

Wagner Sarnelli Sócio-Diretor do Instituto Data Popular


Entrevista

22 Revista ACIBALC: Como falar com a classe C? Wagner Sarnelli: Temos vários aspectos a considerar para entrarmos em sintonia com a classe C. Primeiro, o cenário, muitas empresas não estão sabendo conversar com a nova classe média brasileira. É preciso identificar os códigos deste grupo. Os códigos de alimentação por exemplo, este público gosta de fartura, a alimentação para ele é uma coisa muito importante, come arroz, feijão, ovo. Ele foi privado de ter acesso a variedade e hoje ele tem capacidade de variar mais a sua mesa, por isso ele busca esta variedade, levando em conta qualidade e preço bom. Nada de produtos de baixa qualidade na mesa. Ele é atraído por marcas, mas com o diferencial da pesquisa, ele vai em busca de locais que ofertem este produto, porque sabe que se sobrar recursos vai poder utilizá-lo em mais variedades para seu cardápio. Este não é um público que consome só pelo preço baixo. Há determinados produtos, marcas líderes, que são as preferenciais da classe C. A pesquisa pelo melhor preço, faz com que o que sobre retorne para o consumo, impulsionando o mercado. O código visual é outro fator a ser pensado pelo empresário. Pesquisas revelam que a classe C aprecia produtos em ofertas, distribuídos harmoniosamente, com cores sim, mas não naquele antigo conceito de balaio. Ele precisa entrar num local que o propicie sensação de fartura, mas que ao mesmo tempo proporcione opções de escolha com qualidade e preço que ele possa pagar. Ele quer se sentir à vontade ao entrar num comércio, por exemplo, ser acolhido. A classe C quer a inclusão pelo consumo. Os empreendedores que desejam prospectar este consumidor têm que ser sedutores, oferecer bom atendimento. A palavra do momento é atendimento. Este público precisa ser bem atendido e se torna fiel quando percebe que a empresa dá importância para seus códigos ou seja, para as mesmas coisas que ele valoriza.

Revista ACIBALC: As micro e pequenas empresas têm chance com a classe C? Wagner Sarnelli: Muito. Elas mais do que nunca. As micro e pequenas empresas são as mais próximas deste público. A classe C valoriza muito a “vizinhança”. Este conceito de proximidade está mais enraizado do que nunca. O casal compra, multiplica sua aquisição para o sogro, a sogra, o cunhado, o colega de trabalho e formase uma cadeia. Eles fazem um “boca a boca” que ajudam os comerciantes locais, que por sua vez, enquanto micro e pequenos, são iguais a eles: querem crescer, querem melhorar de vida.


Entrevista

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Revista ACIBALC: Essa pessoa que saiu da chamada linha de pobreza e passa a participar do mercado consumidor com mais força também passa a ter maior necessidade de conhecimento, de informação? Wagner Sarnelli: Do mesmo jeito que está ascendendo financeiramente, o consumidor da classe C, entra numa fase de aumentar seu repertório cultural e de formação. Ele está saindo do básico para entrar num nível maior, ele procura mais informações, aumenta seu repertório, vai qualificar a sua compra. Claro que por consequência ele vai se tornar mais exigente em todos os sentidos. Mas isto provoca uma cadeia positiva para o país. Nota-se que nunca o jovem teve tanto acesso a universidade como nos dias atuais. Hoje o jovem da classe C conclui o ensino médio, busca uma oportunidade e percebe que se empreender parte da sua remuneração em mais qualificação, logo poderá alcançar uma oportunidade ainda melhor. Com isto, vai, ao longo dos tempos e de acordo com sua qualificação, percebendo mais recursos financeiros e aumentando sua capacidade de endividamento.

Revista ACIBALC: Vale a pena a empresa se reinventar para captar este público? Qual é a tendência de crescimento do mercado de baixa renda no Brasil? Wagner Sarnelli: Antes de se reinventar o empresário necessita entender este público. Após o entendimento dos códigos da classe C, ele vai fazer alterações pertinentes para atrair este público. Vai mudar seu nível de produto, embalagens, seus canais. Revista ACIBALC: Qual a dica para entrar em sintonia mais fácil, identificar estes códigos? Wagner Sarnelli: Hoje, pela internet, você consegue muitas informações sobre a classe C e suas expectativas. Institutos como o FAE e Sebrae, repercutem as pesquisas neste sentido, além disso, já há muitas literaturas sobre o assunto. Com este volume que já está disponibilizado por estes meios, já é o suficiente para dar a largada para atender este público. Destaco três agentes fundamentais para foco nos próximos anos: a mulher, o jovem (faixa de 18 a 30 anos) e o afrodescendente. São eles que comandam a maior parte da classe C.


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RAIO X DA CLASSE C: O que? Como? Onde? Quando querem? Saiba como pensam, o que consomem e quais os valores da nova Classe C. Na última década, o perfil socioeconômico do país mudou – e muito. A principal novidade foi o fortalecimento da classe C, composta por famílias que têm uma renda mensal domiciliar total (somando todas as fontes) entre R$ 1.064,00 e R$ 4.561,00. Não se pode dizer que o país tenha mudado da noite para o dia. A modificação resulta de múltiplos fatores, da estabilização de preços às mudanças demográficas, da educação ao mercado de trabalho.

68%

de Jovens da Classe C estudaram mais que os pais

11 Milhões Será o número de eleitores com nível universitário em 2014

52 Milhões Será o número de eleitores com ensino médio em 2014

80%

das pessoas que acessam a internet pertencem à classe C

4% 40%

é o crescimento anual dessa nova classe C

de aumento na renda familiar da classe c nos últimos 7 anos


Mercado

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• Os jovens da classe C, mais educados e conectados, são hoje os formadores de opinião na família e na comunidade. (Meirelles) • Entre 2002 e 2010, os eleitores de nível universitário na classe C saltaram de 6 milhões para 9 milhões. Serão 11 milhões em 2014, incluindo aqueles com ensino médio, eram 48 milhões no ano passado e serão 52 milhões em 2014. • 68% dos jovens da classe C estudaram mais que os pais. (Meirelles) • A nova classe média não deseja o estilo de vida das elites e prefere produtos que valorizam a sua origem. (Meirelles) • 79% da nova classe média confiam mais nas recomendações de parentes que na propaganda da TV. • Segundo pesquisa da Fractal, a nova classe média deseja cultivar respeito próprio (99,2%), ser respeitada pelos outros (99,1%), ter segurança para viver (99,1%), desfrutar da vida (98,5%), sentir que alcançou as aspirações (98,2%). De acordo com a pesquisa de Jessé de Souza, o valor básico da nova classe média é a transmissão familiar da importância do trabalho duro e continuado, mesmo em condições sociais muito adversas – é a ética do trabalho. De modo geral, a nova classe média advém de família estruturada, com a incorporação de papéis familiares tradicionais.

Até poucos anos atrás, depois de quitadas as contas do mês, essas pessoas não tinham um centavo sobrando para consumir mais do que os itens da cesta básica. Hoje, colecionam sapatos, têm acesso à tecnologia e frequentam faculdades. Tudo isso graças a mudanças profundas na economia brasileira que elevaram a renda dos brasileiros. Nos últimos sete anos, essa camada da população teve um aumento superior a 40% em sua renda familiar, que hoje vai de R$ 1,1 mil a R$ 4,5 mil. Esse aumento já injetou na economia mais R$ 100 bilhões desde 2002. De acordo com dados do instituto de pesquisa Data Popular, a classe C é responsável por 78% do que é comprado em supermercados, 60% das mulheres que vão a salões de beleza, 70% dos cartões de crédito no Brasil e 80% das pessoas que acessam a internet. “A nova classe média movimenta R$ 273 bilhões na internet por ano, somente com seu salário, se considerarmos o crédito disponível à ela, esse montante dobra”. Essa nova classe social cresce cerca de 4% ao ano. Mais da metade da população brasileira se enquadra nesta nova classe média de ex-pobres que estão, a cada dia que passa, melhorando de vida e agora vivendo na classe C. As pessoas que formam essa nova classe média, são aquelas que antes não tinham conta em banco e só consumiam o que realmente era necessário, mas que hoje compram o primeiro carro zero e constroem a sua casa própria. Isso

R$ 100 Bilhões foram injetados na economia por esta camada da população desde 2002

R$ 273 Bilhões são movimentados na internet pela nova classe média anualmente

a faixa salarial da classe C parte de

R$ 1.064

até

R$ 4.561


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está acontecendo por causa do aumento de emprego e também por causa dos reajustes nos salários, que também contribuem para o crescimento dessa nova classe. A nova classe média tem maioria jovem, afrodescendente e sofre menos de problemas de excesso de peso que as classes mais ricas, aponta levantamento do Ibope. “O homem dessa categoria tende a viver menos e as mulheres exercem mais responsabilidade sobre a família, têm mais autonomia socioeconômica e, consequentemente, de consumo”, diz Dora Câmara, diretora comercial do Ibope Mídia e responsável pela pesquisa. O conceito de classe média não se resume ao nível de renda, simplesmente. Nesse sentido, seria “forçar a barra” chamar esse contingente expressivo – são 30 milhões de pessoas – de classe média, usando apenas o critério da renda. E as classes sociais se definem por outros critérios, como a sua forma de ver o mundo, sua cosmovisão, sua atitude perante a vida, suas memórias, sua história. E esses são fatores um pouco mais qualitativos, que não foram pesquisados. Essa chamada “nova classe média” é nova, mas não é média, pelo menos do jeito como conhecíamos a classe média convencional, que desenvolvia e estimulava o esforço pessoal, que tinha um mundo amplo, tinha escolaridade tradicional na família. A nova classe média parece que está se restringindo, por enquanto, a fatores

TV em baixa

A maioria da nova classe média confia mais nas recomendações de parentes que na propaganda da TV

Informatizados

Jovens pertencentes a esta classe hoje são os mais conectados e maiores formadores de opinião em suas famílias e comunidades

ainda referentes à situação anterior. Ela tem mais renda, mas continua “espiritualmente” a mesma. Pode fazer mais o que já fazia antes. Não houve ainda uma ruptura muito pronunciada. São pessoas que fizeram um esforço pessoal gigantesco, e que valorizam as realidades mais próximas de si. (Jorge Cláudio Ribeiro) O mundo dessas pessoas ainda é pequeno, restrito à família, ao bairro, às suas preocupações mais imediatas. Ela pretende que a sociedade e o Estado lhe deem mais daquilo que já têm, mas não realidades, propostas e possibilidades diferentes. É religiosamente também conservadora, no sentido de que ainda mantém os laços religiosos provindos, na sua maioria, de igrejas evangélicas. Por isso mesmo são conservadoras também. Muitos são o primeiro universitário da família. Escolhem a faculdade de grife, mas que não seja muito cara, um curso não muito exigente, mas aquele que foi possível entrar. Muitos não se envolvem com o ambiente universitário, mas querem ter o diploma. Ainda não viram muita efetividade em uma escolaridade maior. Interessante é que muitos não têm ainda segurança nessa nova posição. Estão endividados, não têm perspectiva de futuro muito clara, e os laços anteriores, que são sua rede de sustentação, se mantêm. Essa rede é representada pelos hábitos, pela cultura, pela religião e pelos relacionamentos comunitários do seu bairro. (Jorge Cláudio Ribeiro)

Liderança

As mulheres desta categoria tendem a viver mais, exercer mais responsabilidade sobre a família e possuir mais autonomia socioeconômica

Crédito

Classe corresponde a maioria dos donos de cartão de crédito no País


Mercado

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A nova classe média tem maioria jovem, afrodescendente e sofre menos de problemas de excesso de peso que as classes mais ricas, aponta levantamento do Ibope.

Na maioria das famílias de classe média brasileira, os pais ainda são mecânicos, pedreiros, empregadas domésticas, cozinheiras. Os filhos, vendedores de lojas, operadores de telemarketing, recepcionistas. De modo geral, nessas famílias quem comanda tem uma escolaridade baixa, porém, seus filhos já estão seguindo outro rumo. Os dados revelam a importância que o estudo tem hoje na vida dos futuros chefes de família da classe que mais cresce no País. Hoje, o sonho de muitos desses jovens não é apenas o carro zero e o celular de última geração, o diploma de ensino superior e o MBA tornaram-se mais importantes do que qualquer outro produto disponível no mercado.

Nova classe média vira o alvo das construtoras Empreendimentos são criados pensando nesta camada da população que busca seu primeiro imóvel próprio. Rio – Construtoras criam novas empresas ou até marcas, para atender a nova classe média na compra da tão sonhada casa própria. Boa parte do mercado imobiliário, acostumado a investir em projetos de médio e alto padrão, passou a incluir em seu portfólio empreendimentos do segmento econômico e do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’. A RJZ Cyrela, por exemplo, criou a Living, a Rossi apostou em marcas como Ideal e Mais e a João Fortes, Brookfield e Santa Cecília passaram a atuar neste perfil de projetos, mas mantiveram os nomes. Atualmente, mais uma construtora engrossa o time, a Pinto de Almeida Engenharia.

A empresa é conhecida por seus empreendimentos voltados para as classes A e B, como a linha ‘Chácaras’ em Niterói e o Juan Les Pins no Leblon. Agora, a construtora aposta em condomínios projetados especialmente para a nova classe média. Os empreendimentos são da ‘Portal’ e se caracterizam por unidades compactas, mas com conforto e em terrenos com boa localização e preços mais acessíveis, ou seja, até R$ 200 mil. “Constatamos que havia forte demanda por imóveis com este perfil, impulsionada pelo crescimento da nova classe média no Brasil e pelas facilidades de crédito oferecidas pelos bancos e construtoras. Este público inclui recém-casados ou com filho pequeno, que estão deixando o aluguel e solteiros que saíram da casa dos pais”, diz José Francisco Vieira Coelho, diretor da Pinto de Almeida.


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Classe C: ĂŠ preciso repensar as estratĂŠgias de marketing


Mercado

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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) classifica como classe média quem ganha acima de R$ 1.064. Nos últimos cinco anos, cerca de 22 milhões de pessoas passaram a integrar esse patamar social. Eram consumidores sem muita importância. Com dificuldade para conseguir crédito e condições favoráveis de pagamento, precisavam juntar dinheiro para comprar quase tudo à vista. Hoje a história é outra. Com uma economia que não sofre tanto como a mundial, acesso a crédito, aumento do salário mínimo e participação em programas sociais, os emergentes tornaram-se uma fatia muito importante da economia, porque nunca deixam de consumir, mesmo em tempos de crise.

Todo mundo gosta de qualidade e aperta o orçamento, mas não deixa de comprar o que acredita ser melhor.

Tudo completamente dissonante dos cenários chiques com artistas falando em nome de empresas. Até porque gente famosa dificilmente é vista em lojas populares. É preciso repensar as Estratégias de Marketing. A classe média não é só um rótulo, determinado pela faixa de rendimento, mas um conjunto de comportamentos. A tradicional propaganda por interrupção, onde a marca fala e o consumidor escuta, vem perdendo força. É preciso falar cada vez mais alto para surtir efeito. Quem vende tem que se posicionar como um provedor de soluções, que atende com qualidade, escuta e entende o seu público. É preciso haver identificação para criar relação, é aí que entram os valores intangíveis, fazendo com que a marca esteja no dia-a-dia do consumidor.

Engana-se quem pensa que, para vender para a nova classe média, só é preciso aparecer durante 30 segundos em um comercial com um cenário bacana, gente famosa e sorridente ofertando um produto de qualidade duvidosa a preço baixo e prestações a perder de vista. Ao comprovar a qualidade, ou falta dela, quem vende perde a credibilidade e abre espaço para o concorrente. Todo mundo gosta de qualidade e aperta o orçamento, mas não deixa de comprar o que acredita ser melhor. Isso vale para o rico e para o pobre. O status não é tão importante para essas pessoas. Elas levam muito mais em conta o conforto e qualidade para si e sua família. Exemplo disso são casas simples de reboco, equipadas com TVs de LED, aparelhos de som, computadores, forno de micro-ondas e outros apetrechos tecnológicos.

Quem vende tem que se posicionar como um provedor de soluções, que atende com qualidade, escuta e entende o seu público.


Parceria

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ACIBALC e Sebrae/SC promovem mais duas edições do Empretec em 2013 A ACIBALC amplia parceria com o Sebrae e estabelece uma agenda de oportunidades para todos aqueles que buscam crescimento através do conhecimento. Gestão financeira e gestão de inovação, oficinas SEI, seminários empresariais e duas edições do Empretec estão no calendário de cursos deste ano, sendo que a primeira já está com inscrições abertas. Na última edição, realizada em agosto do ano passado, nas dependências da FGV-Sociesc, rua Santa Catarina, 151, bairro dos Estados em Balneário Camboriú, www.sociesc.org.br, trinta e quatro empresários participaram do curso que revela características empreendedoras. O Empretec é um seminário que tem por objetivo desenvolver características de comportamentos empreendedores nos participantes. Um programa que amplia as habilidades de criação e administração do negócio desenvolvido por cada participante. A metodologia é totalmente vivencial e altamente interativa, com jogos, exercícios, palestras, atividades para serem executadas em sala, além de atividades extras, onde todos os dias será exigida dedicação exclusiva do participante. Antes de participar do seminário, o candidato terá que demonstrar o seu potencial empreendedor por meio de uma entrevista, que será realizada entre os próximos dias 18 e 21 de fevereiro na ACIBALC por um consultor credenciado ao Sebrae/SC. Durante o curso, os participantes irão estudar as dez características do comportamento empreendedor e terão a oportunidade de vivenciar mudanças comportamentais, revendo conceitos e atitudes. Podem participar empresários, candidatos a empresários, colaboradores de empresas e pessoas interessadas em desenvolver seu potencial quanto ao desempenho empresarial. Mais informações na ACIBALC pelo fone (47) 3363-0700.



Desenvolvimento

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Qual o momento de expandir o seu negócio?

Expandir, ou não, os negócios é uma decisão de extrema importância e que requer muita análise, estudo e planejamento. Há sempre prós e contras para a tomada dessa decisão; por isso, entenda os principais processos envolvidos na expansão do seu negócio e descubra se ela é conveniente a você!

• Tamanho não é sinônimo de sucesso! É importante saber que expansão nem sempre é sinônimo de mais produção ou aumento de faturamento. Muitas vezes, o que aparentemente pode ser bom para o crescimento do negócio, pode levá-lo à ruína em pouco tempo, pois o sucesso de um empreendimento depende de eficiência e não necessariamente de seu tamanho. • Um passo de cada vez! Os passos rumo à expansão devem ser dados um a um e as conquistas demandam tempo, visto que em cada etapa é preciso solidificar a posição alcançada. Lembre-se que um dos mais claros sinais de que a empresa está preparada para a expansão é o equilíbrio que se alcança no processo de gestão. • Avaliação contábil e jurídica! O constante apoio das áreas jurídica e contábil é fundamental na decisão de crescer sem correr o risco de estrangular a empresa. Avaliações constantes do fluxo de caixa da empresa, verificando quais serão as consequências do crescimento, se o negócio continuará a ser lucrativo após o crescimento é fundamental na tomada de decisão.

Nesse caso, a estratégia mais aconselhável é buscar especialistas que possam avaliar qual será o melhor e mais econômico caminho a ser seguido, pois é preciso analisar os custos e despesas para saber o critério de tributação que melhor se encaixam com a empresa. Há também que considerar que para a expansão são necessários investimentos. O capital envolvido deve ser muito bem planejado para ser empregado, principalmente, nos seguintes itens:

Disponibilidade de maior controle financeiro gerencial Aumento e melhora no relacionamento com clientes


Desenvolvimento

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Contratação de pessoal

Ampliação da visibilidade da marca

Investimentos para infraestrutura, equipamentos e softwares Fonte: msbrasil.com.br


Opinião

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A nova era do varejo

Por Romero Rodrigues,

fundador e principal executivo da Buscapé Company

O jogo do varejo está mudando rapidamente com uma inversão em sua lógica comercial. Se antes era o consumidor que procurava as melhores lojas e ofertas, agora são os varejistas que disputam esse cliente. Frente ao cenário de concorrência acirrada, o varejo precisa oferecer produtos e serviços personalizados para que o público se identifique. Afinal, ele detém o poder de decisão da compra. Tal mudança no perfil do consumidor se intensificou em 2012 com o avanço e integração de tecnologias que trouxeram – e continuarão trazendo – novas oportunidades de modelos de negócio para empreendedores do comércio eletrônico e também do varejo tradicional. Geolocalização Como exemplos, vale mencionar a rápida explosão da base de smartphones no País (o Brasil já está no top 10 dos países com maior número de aparelhos iOS e Android, segundo ranking da Flurry Analytics), o lançamento de aplicativos baseados em geolocalização e o desenvolvimento de softwares de análises de comportamento, que viabilizaram o ambiente ideal para o protagonismo do chamado mobile commerce na tão esperada revolução do varejo. Até então, o comércio eletrônico havia feito apenas a transposição das lojas de rua e dos shoppings para o ambiente digital, permitindo aos consumidores fazer suas compras no conforto do lar. E, com um poder muito maior de pesquisa de produtos por meio da comparação de preços, proporciona ao internauta a melhor tomada de decisão na hora de fechar negócio. O maior desafio A partir dos avanços do mobile commerce, o consumidor passa a carregar uma infinidade de shoppings e lojas no próprio bolso e, o mais importante nesta nova era do e-varejo, onde quer que esteja. É, justamente, nessa mobilidade que reside o maior desafio para a batalha entre os varejistas: a customização de ofertas para atrair clientes. É preciso conhecê-lo para identificar seus hábitos e desejos de consumo. Também é fundamental saber como esse consumidor se relaciona com o varejo para garantir a aderência de ofertas personalizadas. Este ano entrará para a história do comércio eletrônico, marcando, portanto, a transformação do Digital Commerce em Personal Commerce. Logo, nossos empreendedores de startups devem estar atentos a tais tendências. Oportunidades não vão faltar.


Economia

EMPRESAS E NEGÓCIOS

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Inadimplência de empresas e consumidores deve cair em 2013, diz Serasa A inadimplência das empresas e dos consumidores deve diminuir em 2013, diante de um melhor cenário externo e da tendência de queda apresentada nos meses anteriores. A análise é da empresa de análise de crédito Serasa Experian. De acordo com os economistas da Serasa, o cenário será mais positivo para as empresas ao longo do ano. “A perspectiva de manutenção, durante o ano de 2013, da taxa básica de juros (taxa Selic) em patamar historicamente baixo, a tendência de aceleração do crescimento econômico interno e a predominância de um cenário externo mais positivo, contribuirão para o estabelecimento de um quadro mais favorável para a queda da inadimplência das empresas em 2013”, afirmam. O indicador de perspectiva de inadimplência das empresas,

que emprega uma metodologia que permite prever os ciclos de inadimplência, registrou queda de 1,7% em novembro de 2012 em relação a outubro. Já em relação ao consumidor, a tendência é de que a inadimplência siga em queda gradual. Entre as razões apontadas pelo Serasa, estão a manutenção da taxa de desemprego próximo dos patamares mínimos históricos; salários sendo corrigidos, em sua maioria, acima da inflação; presença de condições monetárias propícias a movimentos de renegociação de débitos em atraso; e maior cautela e rigor no processo de análise e concessão de crédito bancário. O índice que mede a inadimplência do consumidor recuou 0,2% em novembro de 2012 em relação a outubro. FONTE: Serasa Experian


Editorial

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Veja dicas básicas para melhorar a posição de seu blog ou site no Google


Tecnologia

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No geral, mecanismos de buscas apresentam com destaque as páginas mais acessadas com as palavras digitadas na busca. Atualmente, a tendência é a de colocar também no topo da lista os resultados com proximidade geográfica do usuário. Para melhorar o desempenho de seu site/blog em buscas, uma boa dica é usar técnicas de SEO (Search Engine Optimization). Essas técnicas trabalham no direcionamento de acessos de maior qualidade para sua página. Com isso, há uma maior chance de conversão dos acessos em negócios ou seguidores. Crie conteúdo inédito e de qualidade De nada adianta criar um blog com publicações que são somente cópias de conteúdo publicado originalmente por outros. Aproveite para elaborar publicações inéditas e com qualidade. Os buscadores são “sedentos” por materiais que ainda não foram colocados na internet. Isto, faz com que os mecanismos de buscas visitem sua página regularmente. Além disso, essa estratégia ajuda a fidelizar seus leitores de forma mais eficiente e faz com que tenham vontade de compartilhar seu conteúdo publicado. O volume de atualizações também deve ser constante. Um blog que não muda após vários meses é considerado “morto” pelos internautas. Isso fará com que ele despenque no ranking de relevância dos mecanismos de busca. No entanto, é melhor ter uma publicação semanal de boa qualidade do que publicações inúteis diárias.

A importância do título Os títulos (cabeçalhos) de cada publicação têm importância fundamental para os mecanismos de busca. Por isso, evite títulos com sentido duplo e descreva neles literalmente um resumo do assunto. Tente usar a palavraschave no começo do título, com no máximo 7 palavras, e marque (tag) de forma idêntica no corpo da publicação. Assim, a relevância de seu blog aumentará. Separe por categorias Os buscadores marcam pontos extras no ranking quando se deparam com um blog/site bem organizado. Seus algoritmos entendem que as páginas mais importantes estão no máximo a três cliques da página inicial. Por isso, distribua e nomeie suas publicações em categorias para facilitar a navegação. Assim, todo seu conteúdo será encontrado facilmente pelos leitores e mecanismos de busca.

Um blog que não muda após vários meses é considerado “morto” pelos internautas


Tecnologia

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Insira links Os links são uma “mão de via dupla” para ampliar o tráfego em seu blog/site. Mostre para as pessoas seus conhecimentos do assunto e construa uma relação positiva com elas. Além disso, este tipo de atividade gera confiança dos mecanismos de busca em relação às suas páginas. Participe de outros blogs, fóruns e redes sociais espalhadas na internet. Coloque seus links nos comentários ou respostas de publicações alheias, desde que eles sejam pertinentes ao assunto abordado. Por outro lado, sempre que julgar necessário, não faça cerimônias para colocar links de publicações de outros em suas próprias. Só fica um aviso, use links que vão direto à publicação relacionada, em vez de ir para a página inicial de terceiros. Contudo, não links em excesso. Se os mecanismos de busca perceberem que são espalhados links desnecessários, seu blog/site será penalizado no ranking e ficará marcado como fonte de spam. Nomeie as URLs com palavras-chaves O endereço web (URL) de suas publicações faz parte de um dos temas abordados pelo SEO. Os mecanismos de busca irão indexar o que está escrito neles. Por isso, coloque um endereço com palavras-chave do tema que será abordado na página. Por exemplo, o título das dicas publicadas no iG Tecnologia fazem parte de sua URL. Segue abaixo um exemplo: http://tecnologia.ig.com. br/dicas/smartphones/2012-08-31/veja-10-dicas-paraescolher-um-smartphone-bom-de-foto.html Use imagens a seu favor Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras. No caso de SEO não é bem assim. Mas elas ajudam promover seu conteúdo e são ótimas para atrair novos leitores. Então, ao inserir imagens ou vídeos em suas publicações, providencie palavras-chave descritivas nos nomes dos arquivos das imagens. Não se esqueça de marcar as imagens (tag) com nomes alternativos (Alt) e que também tenham um vínculo com o assunto. Quando procuramos por uma imagem na internet (ex.: campo de busca de imagens do Google), são estes cuidados acima que resultam nas imagens mostradas no resultado das buscas. Fonte: tecnologia.ig.com.br




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